LEAL, Catarina Pereira. O Investimento Das Empresas Portuguesas No Brasil
LEAL, Catarina Pereira. O Investimento Das Empresas Portuguesas No Brasil
LEAL, Catarina Pereira. O Investimento Das Empresas Portuguesas No Brasil
2005 Políticas
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Universidade de Aveiro Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e
2005 Políticas
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Félix Ribeiro, Subdirector Geral do Departamento de Planeamento e
Prospectiva, do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do
Desenvolvimento Regional.
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o júri
presidente Prof. Dr. Artur da Rosa Pires
Professor Catedrático da Universidade de Aveiro
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Professor Associado com Agregação do Instituto Superior de Economia e Gestão
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sobretudo, o empenho e interesse que desde a primeira hora colocou nesta
orientação.
Agradeço também às várias personalidades que, no quadro da presente
investigação, estiveram envolvidas nas várias entrevistas, nomeadamente:
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Dr. André Magrinho, Eng.º A. Sousa Gomes, Prof. M. Athayde Marques, Prof.
Augusto Mateus, Eng.º Francisco de la Fuente Sánchez, Embaixador
Francisco T. Knopfli, Dr. Francisco Murteira Nabo, Dr. Jacinto Rego de
Almeida, Dr. Joaquim Pina Moura, Eng.º Jorge Rocha de Matos e Dr. Victor P.
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Saltão.
Saliento ainda a colaboração prestada por todos aqueles que, de modo directo
ou indirecto, forneceram informações indispensáveis à elaboração desta
Dissertação, destacando o Prof. Joaquim Ramos Silva e o Dr. Carlos Nunes.
Finalmente, quero agradecer aos meus pais o apoio, a motivação e a
compreensão pelas imensas horas dedicadas à elaboração deste trabalho.
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palavras-chave Diplomacia económica, investimento directo português no Brasil, Nova Política
para a Internacionalização, sectores infra-estruturais, Estado, globalização.
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entre 1997-2001.
A Dissertação é composta por cinco capítulos, contendo uma vasta bibliografia
comentada.
Começa-se por enquadrar historicamente o desenvolvimento da diplomacia
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económica e a evolução da lógica da intervenção económica externa do
Estado e o seu papel. Seguidamente, analisa-se a importância da Nova
Política para a Internacionalização e a sua articulação com o investimento
português no Brasil. Neste processo de internacionalização, participaram
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2001.
The Dissertation is divided into five chapters with an immense bibliography
commented.
It begins by presenting the historical framework from which economic
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diplomacy emerged, and the means by which the State’s external economic
logic and its role evolved. Then, it analyses the importance of the New Policy
for Internationalisation and its relation to Portuguese investment in Brazil. The
enterprises of the infrastructural sectors with State participation were present in
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO 1
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1.5 A Evolução da Lógica da Intervenção Económica Externa e Papel do
Estado: Criação de Redes, Atmosfera Competitiva e Externalidades
Positivas 22
1.6 Globalização, Centros de Decisão e Diplomacia Económica 26
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1.7 A Diplomacia Económica e a Importância Crescente na Promoção
do Investimento Internacional 28
1.8 Conclusões 31
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3.2.2 O Contexto de Internacionalização da PT 72
3.2.3 Internacionalização no Brasil 73
3.3 A EDP - Energias de Portugal 78
3.3.1 Enquadramento e Breve Descrição da Empresa 78
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3.3.2 O Contexto de Internacionalização da EDP 85
3.3.3 Internacionalização no Brasil 86
3.4 A CIMPOR - Cimentos de Portugal 93
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5.3 Conclusões 168
CONCLUSÃO 169
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BIBLIOGRAFIA 179
LISTA DE ABREVIATURAS
Abreviaturas Significado
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ASEAN Associação de Nações do Sudeste Asiático
BM Banco Mundial
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OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
Portuguesas
PT Portugal Telecom
UE União Europeia
LISTA DE FIGURAS
Pág.
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Figura 2.6 Distribuição Sectorial das Principais Empresas com Capital
Português no Brasil 60
LISTA DE TABELAS
Pág.
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Contexto das 1000 Maiores Empresas do Expresso 2001
57
INTRODUÇÃO
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Nesta conjuntura, os Estados devem delinear formas de apoiar os tecidos económicos
na adaptação ao actual período internacional de globalização, e impulsionar o
desenvolvimento de um novo modelo económico capaz de responder e de se adaptar a
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esta nova realidade.
Para se conseguir obter uma primeira estimativa do que realmente terá ocorrido em
termos de actuação do Estado é apresentada uma primeira aproximação do papel do
Governo no sentido de abrir espaço para as empresas portuguesas no processo de
privatizações no Brasil. Para tal, procedeu-se a um conjunto de entrevistas
acompanhadas de um questionário, com a finalidade de recolher informações que
reflectem as várias perspectivas de alguns actores que estiveram envolvidos no
processo, designadamente: governamental, diplomática e empresarial. Nesta parte
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analisa-se, ainda, a formação de “núcleos duros” de controlo das empresas envolvidas
na expansão para o Brasil e o estabelecimento de alianças ibéricas para actuarem em
conjunto no país irmão, em particular, e na América Latina, em geral.
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No último capítulo, analisa-se a questão da sustentabilidade futura do investimento
das empresas nacionais no Brasil. Assim, é feita uma avaliação da intervenção do
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Uma das missões mais antigas da diplomacia económica é apoiar as empresas que
querem entrar nos mercados estrangeiros. Actualmente, poder-se-á afirmar que tal
actividade parece já não fazer muito sentido devido à própria evolução das relações
económicas internacionais. Será verdade?
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Não! Apesar do ambiente económico ter sofrido profundas alterações, foram os
objectivos e os métodos que se modificaram e que se adaptaram. Países como os
EUA, a Alemanha, a França e o Reino Unido continuam a consagrar uma parte
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importante dos seus meios à diplomacia económica.
moeda.
1
Cf. Guy Carron de la Carrière, La Diplomatie Economique, Le Diplomate et Le Marché (Paris: Económica,
1998), pp. 150-152.
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A diplomacia económica cingia-se a ser uma diplomacia comercial. O comércio de
mercadorias constituía o essencial das relações económicas internacionais. A missão
fundamental dos diplomatas era a protecção das actividades mercantis.
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A diplomacia protegia a economia, pois ela “velava pela economia, ao proteger os
que se encontravam no estrangeiro, em terras nem sempre seguras, nem sempre
hospitaleiras, nem sempre civilizadas.”2 A protecção dos nacionais além fronteiras –
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que na sua maior parte eram comerciantes – levou a que, desde os séculos XV e XVI,
fosse necessária a sua protecção de pirataria organizada.
2
Guy Carron de la Carrière, op. cit., p. 2.
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