E1 Cadeia de Isoladores-VA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
LABORATÓRIO DE ALTA TENSÃO

Laboratório de Materiais Elétricos

Estudo da Distribuição de Tensão em


Cadeias de Isoladores

1998
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ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO EM


CADEIAS DE ISOLADORES
1. OBJETIVOS

* Estudar a utilização de isoladores como um componente elétrico em uso nas linhas de


transmissão;
* Verificar a distribuição de tensão e o efeito de capacitâncias parasitas em uma cadeia
de isoladores.

2. MATERIAL UTILIZADO

* Kit de alta tensão contendo


* Mesa de controle de Tensão;
* Transformador (0-220/ 100kV - 5 kVA);
* Divisor de tensão capacitivo;
* Seis isoladores tipo disco de vidro;
* um espinterômetro;
* Cabos;
* Um braço de Torre (Modelo);

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 INTRODUÇÃO

Os isoladores são utilizados tanto para isolar os condutores da terra como para
suportar ou fixar condutores nas linhas de transmissão. Logo, torna-se necessário que os
isoladores individualmente ou na forma de cadeias apresentem, além de isolamento,
resistência mecânica suficiente para suportar os esforços provenientes do levantamento do
cabo, peso do cabo, temperatura, ação do vento, e o peso dos outros isoladores na cadeia. O
uso de cadeias de isoladores nas linhas de transmissão também reduz a vibração mecânica
transmitida à torre.
Os isoladores devem resistir tanto às solicitações elétricas quanto mecânicas.
As solicitações de natureza elétrica são:

a) tensão de operação e sobretensões em freqüência industrial;


b) sobretensões de origem atmosférica, cujas intensidades podem ser muito
elevadas e variadas;
c) surtos de sobretensão de manobra que podem atingir níveis bem superiores à
tensão de serviço entre fase e terra.

A determinação do número de isoladores de uma cadeia é baseada nos valores


das sobretensões previstas a classe de tensão e a configuração do sistema elétrico.
A falha em um isolador pode ocorrer tanto no interior do material (perfuração)
como pelo ar que o envolve (descarga externa). Assim, um isolador deve ter formato
adequado para garantir o isolamento a ele imposto, nas condições mais adversas. Como
também, seu projeto deve ser feito de forma a assegurar uma distribuição de potencial a mais
uniforme possível.
Além dos requisitos acima, o isolador deve ser projetado para minimizar a
produção indesejável de radiointerferência. A radiointerferência nos isoladores pode ser
provocada pelo efeito corona, pela ação das bandas secas e descargas parciais. As intempéries

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e a poluição intensificam os efeitos causadores da radiointerferência. Descargas de altas
freqüências são produzidas, irradiando energia de maneira semelhante a um radiotransmissor.
É um problema que deve ser minimizado pela própria configuração (formato) e pelo
acabamento superficial dos isoladores.
Quanto aos materiais, os isoladores podem ser de porcelana vitrificada, vidro
temperado ou fabricados à base de resinas sintéticas, também chamados de isoladores
poliméricos.

Porcelana Vitrificada: a porcelana é um material extremamente resistente ao ataque de


produtos químicos, ácidos ou alcalinos, diluídos ou concentrados, razão pela qual seu
desempenho não é afetado pelas condições climáticas. Suas características originais se
mantém indefinidamente. Para que se obtenha esse desempenho, tirando-se o máximo
proveito das características excepcionais da porcelana, é preciso que, tanto no projeto do
isolador como no seu uso, não sejam aplicadas solicitações elétricas, ou mecânicas, além dos
valores permissíveis. Como o dielétrico de porcelana oferece uma superfície bastante áspera,
suscetível de aderir poeira, toda a área externa é coberta com uma camada de vidro, cuja única
função é a de tornar lisa e impermeável a superfície exposta. Assim, facilita-se o processo de
limpeza pela chuva, ou pela manutenção preventiva. A sujeira depositada sobre a superfície
do isolador, aumenta o nível de corrente de fuga e reduz a tensão de descarga externa, causa
também problemas, em decorrência da distribuição irregular do potencial sobre isoladores,
montados em cadeia, e mesmo entre diversos pontos do mesmo isolador. A porcelana é
mecanicamente resistente, menos afetada pela temperatura e tem mínimos problemas de
descargas.

Vidro Temperado: é o resultado de uma solidificação progressiva, sem traços de


cristalização, de uma mistura homogênea de vários óxidos fundidos. Sua composição especial
atende às elevadas exigências de isolação das linhas. Por sua vez a têmpera confere grande
resistência mecânica ao dielétrico, superior à de outros materiais isolantes. A homogeneidade
e a transparência tornam extremamente simples o controle de qualidade e a sua inspeção,
tanto no recebimento quanto na manutenção.
A têmpera do vidro consiste em um aquecimento a uma temperatura
ligeiramente inferior à do ponto de amolecimento, seguido de um resfriamento brusco por
meio de jatos de ar, com duração controlada. No resfriamento, o vidro sofre contração rápida
nas camadas externas. No resfriamento final, as tensões mecânicas se equilibram ao longo da
espessura do isolador, de tal forma que nas camadas externas ficam tensões permanentes de
compressão e nas camadas internas tensões de tração.
A fim de se obter um vidro com as propriedades exigidas aos isoladores
elétricos, diversos produtos foram incorporados à mistura, em pequena proporção, para
aumentar a rigidez dielétrica.
O fator de dissipação (tangente de perdas) baixo dos isoladores de vidro é
outra característica importante. Sua rigidez dielétrica é extremamente alta em comparação
com outros materiais isolantes, Tabela 1.

3. Poliméricos : Os isoladores poliméricos apresentam muitas vantagens sobre


os demais: peso reduzido, resistência ao vandalismo, maior durabilidade, excelente
desempenho sob poluição e resistência a choques mecânicos. São constituídos por três
elementos principais:
* núcleo de fibras de vidro: sua função é suportar os esforços
mecânicos provenientes do condutor, conservando ao mesmo tempo perfeitas características
elétricas.
* revestimento de borracha: Os isoladores poliméricos possuem
um revestimento de um composto especial de borracha, que protege o núcleo de fibras de

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vidro dos agentes externos (umidade, contaminadores químicos, etc.), assegurando a
estanqueidade do conjunto e dando ao isolador as distâncias elétricas necessárias para um
bom desempenho nas condições normais de operação. É ainda capaz de suportar efetivamente
os efeitos causados pelo sol, ozônio e pela poluição.
* ferragens terminais: são os componentes metálicos do isolador.
Sua função é transmitir ao núcleo os esforços mecânicos do condutor, fazendo as interligações
condutor/isolador e isolador/estrutura.

Constante Dielétrica Fator de Dissipação % Rigidez


Material Relativa (60 Hz) (1MHz) Dielétrica
kV/cm
Ar 1 - 22,8
Vidro 4-7 0,50 1.350-2.000
Porcelana 5-6,5 0,60 300-400
Poliestireno 2,5 0,02 760
Esteatita 6,5 0,20 300
Tabela 1

Quanto a forma, os isoladores podem ser classificados em três tipos principais:

1. Isoladores de Pino: São fixados à estrutura através de um pino de aço. São


empregados em linhas até 69 kV e com condutores relativamente leves. Os isoladores de pino
são “peças inteiras”. Isso implica que qualquer vibração ocorrida no cabo é quase que
totalmente transmitida à torre ou ao poste.

Condutor

Condutor
Isolador
Tipo Pino

Mão Francesa
Cruzeta
Poste Torre
Isolador Tipo Pino

Figura 1 : Esquema ilustrando isoladores Tipo Pino

2. Isoladores de Suspensão: Constituem-se no tipo de isolador de maior


importância para as linhas de transmissão. Pode ser usado uma única peça ou mais (formando
as cadeias de isoladores). Os isoladores de suspensão tem, entre outras vantagens:
* a manutenção é mais econômica por não se precisar trocar toda a

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cadeia, mas o disco com defeito;
* absorve a maior parte das vibrações mecânicas dos cabos;
* para aumentar seu poder de isolação, basta aumentar o número de
discos e não trocar a cadeia inteira.
* podem suportar grandes esforços de tração.

Braço de
Torre ou Cadeia de
Míssula Isoladores

(a)

Dielétrico
Campânula

Argamassa

Pino

(b)

Figura 2 : (a) Cadeia de Isoladores, (b) isolador tipo disco

3. Isoladores Tipo Pedestal (Post Line): sua principal vantagem é a de além de


isolar, servir de suporte mecânico fixo, afastando o condutor do terra, Figura 3, barateando o
custo do projeto e a complexidade do mesmo. Sua atuação é comparável aos isoladores de
cadeia.
Os isoladores devem ser duráveis, reduzindo o número de reposições, pois a
troca é bastante onerosa para as companhias.

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Figura 3 : Isolador Tipo Pilar.

3.2 ESCOLHA DE ISOLADORES PARA EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E PARA


LINHAS AÉREAS DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Para se escolher isoladores adequados, às funções que deverão desempenhar, é


necessário considerar uma série de fatores inerentes ao projeto da instalação e às condições
ambientais do local.

3.2.1 ASPECTOS ELÉTRICOS

Em primeiro lugar, deve-se escolher isoladores com nível de isolamento


adequado à máxima tensão de operação do sistema (mcov). A mcov é função da tensão de rede
e do sistema de aterramento. Todos os catálogos de isoladores, quando indicam uma tensão
nominal para um isolador sempre se referem à tensão de rede trifásica em estrela com neutro
aterrado solidamente. Por exemplo: isolador para 15kV é para ser usado em linha trifásica
com neutro aterrado e com tensão máxima de operação 8,7kV.
Normalmente os catálogos também se referem ao isolamento em condições
favoráveis, isto é, em altitudes máximas de 1000 ou 1500 m acima do nível do mar, em
ambientes pouco poluídos. Por isso o projetista da linha de transmissão deverá estar
capacitado a estabelecer seus próprios critérios em função das condições peculiares que terá
que enfrentar. Para evitar que os critérios sejam heterogêneos ou colidentes, as associações de
normas técnicas estabeleceram valores básicos mínimos que deverão ser seguidos, sempre que
possível. O aspecto econômico das instalações também deverá ser observado, o projetista
deverá se ater, quando recomendável, aos tipos de produtos e valores normalizados.
Os dados elétricos importantes, que caracterizam os isoladores devem ser
fornecidos pelo fabricante. Normalmente se encontram nos catálogos os valores das seguintes
características elétricas:
* Tensão suportável em freqüência industrial, a seco;
* Tensão suportável em freqüência industrial, sob chuva;
* Tensão disruptiva sob impulso (positivo ou negativo com relação à
terra);
* Distância de escoamento superficial;
 Tensão de perfuração;
 Tensão de radiointerferência e de corona e
* Confiabilidade em níveis de poluição.

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3.2.2 ASPECTOS MECÂNICOS

Os isoladores para redes aéreas e para equipamentos são geralmente sujeitos a


esforços mecânicos de diversas naturezas. Esforços constantes em tração, flexão, torção ou
compressão, esforços combinados de dois ou mais tipos simultâneos e cargas temporárias ou
transitórias. O isolador para resistir permanentemente aos esforços precisa ser projetado para
atender a pior combinação de esforços, inclusive os transitórios. A acumulação de esforços
transitórios pode causar a degradação progressiva das características mecânicas e em certos
casos até elétricas. Assim, é conveniente observar e evitar balanços de cabos e estruturas e
mesmo vibrações que podem causar distúrbios elétricos de amplitudes bastante elevadas.
As características físicas e mecânicas importantes que devem ser fornecidos
pelo fabricante são:

* resistência eletromecânica;
* carga máxima de trabalho;
* resistência ao impacto e
* resistência aos choques térmicos.

3.3 DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO EM CADEIAS DE ISOLADORES

A distribuição de tensão ao longo da cadeia de isoladores, objeto do estudo,


apresenta-se de forma não uniforme, embora os isoladores sejam teoricamente iguais. A não
uniformidade é decorrente da presença de capacitâncias parasitas. Uma cadeia de isoladores
pode ser representada por um circuito composto de várias capacitâncias, como mostra a
Figura 4.
K
C C*
K
K
C C*
K
K
C C*
K
K
C C*
K
K
C*
C
K
K

Figura 4 - Circuito equivalente de capacitâncias de uma cadeia de isoladores.

A Figura 4 mostra que a capacitância própria de cada isolador da cadeia é


representada por K, a capacitância parcial para a terra por C (capacitância entre as partes
metálicas dos elementos de união e a terra) e a capacitância parcial para o condutor por C*.
Todas as capacitâncias para a terra foram consideradas iguais, pois as distâncias dos
elementos àqueles aterrados da vizinhança são praticamente iguais. Por simplicidade, as
capacitâncias C* também foram consideradas iguais.
Existe outra explicação, um pouco mais simples, porém de cunho teórico para a
distribuição de tensão não uniforme.
Suponha dois planos infinitos cujas placas estão carregadas com densidade de
carga uniforme + e -, respectivamente. As configurações das linhas de campo e das
equipotênciais estão mostradas na Figura 5.a. Como pode ser visto o campo elétrico é
uniforme entre os planos, portanto a distribuição de potencial é uniforme porque as linhas
equipotenciais são eqüidistantes

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Suponha agora, dois planos finitos como mostrado na Figura 5.b. As linhas de
campo mostram que existe uma concentração das linhas de fluxo elétrico nas proximidades do
plano menor, e uma menor concentração nas proximidades do plano maior. O campo elétrico
é bastante reduzido na parte central, entre os planos. Portanto, a distribuição de potencial
apresenta-se não-uniforme.


+ (a)


+

(b )
Figura 5 : Distribuição das linhas de campo (a) dois planos infinitos (b) dois planos finitos

Os cálculos, medições e analogias mostram que a distribuição ao longo da


cadeia de isoladores não é uniforme. No caso de existirem n isoladores, a tensão aplicada a
cada isolador é diferente.
O problema da distribuição não uniforme da tensão foi considerado muito
grave quando se iniciou o emprego de cadeias de isoladores, observando-se descargas nos
primeiros isoladores da cadeia, como também correntes de fuga sobre sua superfície.
Procurou-se então meios de se evitar o problema. Primeiramente, foi sugerido o emprego de
discos com maiores tensões disruptivas junto aos condutores. Posteriormente, foram
desenvolvidos os anéis equalizadores de potencial.
Os anéis equalizadores (ou distribuidores) de potencial provoca um aumento da
capacitância entre as peças metálicas dos isoladores e condutores. O emprego dos anéis
equalizadores melhorou a distribuição de potencial na cadeia. Por outro lado, reduzem a

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distância disruptiva da cadeia, principalmente quando associados com outros anéis na parte
superior, conduzindo a uma nova avaliação da coordenação de isolamento.
Outra finalidade do uso de anéis equalizadores é evitar que um eventual arco
disruptivo (arco de potência), ao longo da cadeia de isoladores, queime sua superfície.
O aprimoramento da técnica de fabricação, a melhoria da rigidez dielétrica,
bem como o aperfeiçoamento da qualidade do material e de suas configurações tem reduzido
o problema da perfuração e queima das superfícies pelo arco de potência.

4. ROTEIRO EXPERIMENTAL

4.1 RESUMO DO ENSAIO

A distribuição da tensão em uma cadeia de isoladores é importante para se


definir o nível de tensão que a cadeia pode suportar. As cadeias de isoladores são amplamente
utilizados em linhas de transmissão o que aumenta ainda mais a importância de seu estudo.
Neste estudo será determinada a porcentagem de tensão a qual cada isolador é
submetido em uma cadeia de seis isoladores.
O arranjo experimental a ser utilizado está mostrado na Figura 6.
Sabendo-se que o espinterômetro rompe na tensão fixa V, pode se determinar a
percentagem de tensão que cada isolador suporta, medindo a tensão aplicada na cadeia para
cada posição do espinterômetro.

4.2 FORMULÃO MATEMÁTICA PARA DETERMINAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE


TENSÃO EM CADEIA DE ISOLADORES COM O ESPINTERÔMETRO

O espinterômetro é dispositivo eletromecânico utilizado para medição direta de


tensão e seu uso é padronizado para normas internacionais. Ele é constituído por dois
eletrodos de forma esférica, principalmente, separados por um gap (espaço). A tensão de
ruptura do espinterômetro depende da distância de separação das esferas; do diâmetro dos
eletrodos; do gás onde esferas estão submergidas; da pressão, temperatura, densidade e
umidade do gás; da forma de onda da polaridade e do tempo de aplicação da tensão e do nível
de radiação recebido.
A determinação da distribuição de tensão nas cadeias de isoladores é obtida
variando a posição do espinterômetro ao longo da cadeia e anotando-se a tensão aplicada, na
cadeia completa, que provoca a ruptura elétrica do meio gasoso entre as esferas. Para se
determinar a percentagem que cada isolador recebe do total de tensão aplicada a cadeia, é
preciso alguns ajustes matemáticos.
Fazendo-se N o número de isoladores, Y isolador em questão, x1, x2, x3, x4, x5,
x
..., N os valores percentuais das tensões nos isoladores 1, 2, 3, 4, 5, ..., N (contando-se de
baixo para cima) e V1, V2, V3, V4, V5, ... , VN as tensões aplicadas à cadeia, para que a diferença
de potencial em cada isolador quebre a rigidez dielétrica do ar entre as esferas do
espinterômetro e V a tensão disruptiva do espinterômetro, tem-se que :
V
x1  x2  x3  x4  x5 ... x N  1 e xY 
VY
então:
V
V
VY V
xY  que é igual a xY  N Y o que leva a:
1
 xI
I 1

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V 1 1
VY VY VY
xY  N
 N
. Assim, xY %  N
* 100 .
 V VI  1
VI  1
VI
I 1 I 1 I 1

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4.3 PREPARAÇÃO DA APARELHAGEM

 Escolha seis isoladores de vidro ou porcelana, tipo disco;


 Limpe os isoladores escolhidos;
 Agrupe os isoladores em forma de cadeia. Não esqueça de colocar a cupilha.

4.4 APLICAÇÃO DA TENSÂO

Primeiramente, o aluno deve aplicar a tensão sem o intuito de medi-la, e sim de


ter uma idéia aproximada da tensão disruptiva no espinterômetro. Após deve aplicar a tensão,
observando seus resultados.
Observações :
* imediatamente após a descarga no espinterômetro, deve-se reduzir a
tensão para não haver danos materiais;
* A primeira medida deve ser desprezada.

4.5 ROTEIRO

a) monte o arranjo experimental mostrado na Figura 6 com uma cadeia de


isoladores de vidro ou porcelana, de classe 15 kV, composta de 6 isoladores
V12 254CB sem equalizador, coloque os terminais do espinterômetro no
pino e na câmpula do primeiro isolador;
b) eleve a tensão até que haja descargas no espinterômetro, repita o
procedimento cinco vezes. Anote os valores na Tabela 1;
c) mude a posição do espinterômetro e repita o procedimento anterior, para
todos os isoladores.
d) Instale na cadeia dois equalizadores tipo raquete na cadeia e repita os
procedimentos a, b, e c, anotando os valores na Tabela 2.

100pF

60Hz Mesa de
220 V Controle
0-220V/100kV espinterômetro
5kVA SM76 Voltímetr
o
de Pico
Figura 6 - Geração e medição de alta tensão e cadeia de isoladores.

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4.1 CONDIÇÕES PARA REALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO

1)Antes da realização do experimento o aluno deverá ter pleno conhecimento relativo aos
objetivos e procedimentos a serem adotados durante o experimento, podendo ser questionado
pelo professor. É importante saber:
-Sobre as funções dos isoladores nas linhas de transmissão;
-As vantagens e desvantagens da instalação de isoladores de porcelana, vidro e poliméricos,
em relação à manutenção;
-As vantagens da utilização de cadeias de isoladores;
-As finalidades da utilização de eletrodos equalizadores nas cadeias de isoladores;

Obs. a) Ao aluno que se mostrar despreparado não será permitido realizar o


experimento.
b) Será atribuída uma nota ao questionamento prévio.

5.0 Relatório

Cada aluno deverá, no prazo de 48 hs, encaminhar por email relatório do


experimento, cujos tópicos e ênfases são de livre escolha.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 WELLAUER, M, Introdução à Técnica das Altas Tensões - Ed Polígono, 1973.


 COSTA, E G et al, Isoladores Tipo Disco de Vidro Temperado - Análise de Desempenho e
Vida Útil no Sistema CHESF - Grupo de Estudo III do XI SNPTEE -Outubro de 1991.
 UFPB-DEE/CHESF, Relatórios Técnicos Internos - Anos 1989, 1990 e 1991.
 FUCHS, R D, Transmissão de Energia Elétrica - Linhas aéreas - Vol 1 - LTC/EFEI, 1979.
 WADHWA, C. L.,Electrical Power Systems, Second Edition, John Wiley & Sons, 1991.
 Catálogos dos Fabricante (HOECHST CeramTec)
 Catálogos dos Fabricante (Cerâmica SANTA TEREZINHA S.A.)
 Catálogos dos Fabricante (Cerâmica SANTANA S/A)
 Catálogos dos Fabricante (VIFOSA)
 Catálogos dos Fabricante (ELECTROVIDRO)

6. ANEXOS

6.1 Tabela 1

Posição do Tensão de ruptura Médias


espinterômetro
1 2 3 4 5
1
2
3
4
5
6
Cadeia sem equalizador

6.2 Tabela 2

Posição do Tensão de ruptura Médias


espinterômetro
1 2 3 4 5
1
2
3
4
5
6
Cadeia com equalizador

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