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AÇÕES PORTUGUESAS

A TER EM CONTA ATÉ AO


FINAL DE 2024
AÇÕES PORTUGUESAS A TER EM CONTA ATÉ AO FINAL DE 2024

Índice
Introdução 3

Enquadramento Macroeconómico 3

Empresas que estão a influenciar o desempenho do mercado português 6

O que pode estar por detrás destes desempenhos? 9

CTT 10

Jerónimo Martins 12

Galp 14

Mota-Engil 16

BCP 18

Conclusão 20

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AÇÕES PORTUGUESAS A TER EM CONTA ATÉ AO FINAL DE 2024

Introdução
Nos últimos quatro anos, Portugal e a Europa têm enfrentado um ambiente macroeconómico
desafiante, marcado por vários acontecimentos inesperados como o período da pandemia e
também pela invasão russa à Ucrânia. Nestes últimos 2 anos, em que todas as economias
atravessam um período hostil em termos de crescimento económico por via das políticas
monetárias restritivas adotadas pelos Bancos Centrais, a economia portuguesa, em particular,
tem-se demonstrado resiliente, com crescimentos ainda que modestos, mas acima das
principais economias europeias.

Enquadramento Macroeconómico
Começando pela inflação, em agosto de 2024, a taxa de variação anual do IPC foi estimada em
1,9%, uma desaceleração em relação aos 2,5% registados em julho de 2024. A inflação
subjacente, que exclui produtos energéticos e alimentares não transformados, manteve-se
estável em 2,4%. A taxa de variação dos preços da energia caiu para -1,4%, uma descida
acentuada face aos 4,2% de julho, impulsionada pela redução dos preços dos combustíveis e
pela base de comparação com agosto de 2023. Os preços dos alimentos não transformados
também desaceleraram, com uma taxa de variação anual de 0,8% comparada aos 2,8% do mês
anterior. Em termos mensais, o IPC registou uma variação de -0,3% (em comparação com -0,6%
em julho de 2024). A média dos últimos 12 meses foi estimada em 2,3%, ligeiramente abaixo dos
2,5% do mês anterior.

Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), o segundo trimestre de 2024 registou um crescimento de
1,5% em termos homólogos (comparação com o mesmo trimestre de 2023) e de 0,1% face ao
trimestre anterior. Este crescimento foi sustentado principalmente pela procura interna, com o
investimento e o consumo privado a acelerarem, embora o contributo da procura externa líquida
(exportações menos importações) tenha sido negativo, devido ao aumento das importações a
um ritmo superior ao das exportações.

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Evolução da inflação (medida através do indicador IPC geral em termos homólogos) em comparação com o
crescimento da economia (PIB). No gráfico conseguimos ver que a inflação tem vindo a descer de forma
acelerada ao longo dos últimos 2 anos, ao mesmo tempo que o crescimento económico tem também
abrandado devido às políticas monetárias mais restritivas.
Fonte: INE

No mercado de trabalho, em julho de 2024, a taxa de desemprego situou-se em 6,2%, uma ligeira
descida em relação a junho e abril de 2024, mantendo-se estável face a julho de 2023. A
população desempregada foi estimada em 331,8 mil pessoas, refletindo uma redução em
comparação com os três meses anteriores. A população empregada caiu ligeiramente para cerca
de 5,04 milhões de pessoas em comparação com o mês anterior, com um decréscimo de 0,1%.
Por outro lado, a população inativa aumentou para cerca 2,55 milhões de pessoas, com uma
subida de 1,1% face a junho de 2024. Estes dados indicam uma ligeira queda nas condições do
mercado de trabalho.

O investimento aumentou 4,4% em termos homólogos, com a Formação Bruta de Capital Fixo
(FBCF) a crescer 2,8%, impulsionada por setores como o de equipamento de transporte. O
consumo privado também acelerou, crescendo 1,5% (face a 0,6% no trimestre anterior), com um
aumento no consumo de bens não duradouros e uma menor queda no consumo de bens
duradouros.

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No que toca à dívida pública, os últimos dados referem que a dívida situou-se em 100.5% do PIB
no 1º trimestre deste ano, um aumento ligeiro em comparação com o 4º trimestre de 2023 que
se encontrava nos 99.1%, aumentando em valor absoluto 2,4 mil milhões de euros.

Em relação aos gastos do estado, em 2023 Portugal gastou cerca de 85 mil milhões de euros ao
longo do ano com todos os encargos ligados ao estado, este ano a previsão de gastos segundo
os dados do Governo é de 93.1 mil milhões de euros, um acréscimo notável de mais de 8 mil
milhões de euros, cerca de mais 10% em comparação com com o período anterior. Este impulso
nos gastos do estado deverá levar o défice orçamental a aumentar, mas por outro lado deverá
auxiliar o crescimento económico.

A receita fiscal prevê-se que seja de cerca de 86 mil milhões de euros, equivalente a 31.75% do
PIB para 2024, um acréscimo de 2.38pp em relação aos cerca de 78 mil milhões arrecadados em
2023, a carga tributária continua a aumentar em função do PIB em Portugal. Estes números
atingidos podem ter impacto no investimento das empresas e no consumo das famílias, já que a
carga tributária está a atingir níveis que em função dos salários médios podem comprometer a
poupança, investimento e consumo.

Em relação aos encargos com a dívida nacional, os últimos dados do orçamento de Estado
(ainda provisórios) estimam um aumento dos encargos com os juros da dívida pública num
acréscimo de 500 milhões de euros (face ao valor de 2023), subindo 300 milhões de euros em
2025 (face a 2024).Os últimos dados de 2023 anunciaram que a despesa com juros foi de 6,9 mil
milhões de euros.

Variação da carga fiscal e do PIB entre 2010-2023

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A carga fiscal em função do PIB continua a crescer de forma impressionante, ainda que a um ritmo mais
lento. Não obstante, a carga fiscal continua em máximos dos últimos 10 anos. Fonte: INE

Empresas que estão a influenciar o


desempenho do mercado português
Melhor desempenho YTD:
● BCP 60,43%
● GALP 31,11%
● CTT 31,89%

Pior desempenho YTD:


● Mota-Engil - 34,54%
● Jerónimo Martins -25,02%

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Depois de termos olhado para todos os indicadores macroeconómicos relevantes em relação a


Portugal, vamos agora focar-nos no mercado acionista, olhando para as empresas que
compõem o índice de referência PSI.

Em termos sectoriais e tendo em conta o atual contexto económico, o impacto nas empresas
tende a ser diferente.
No sector financeiro, o ambiente de taxas de juro elevadas tende a beneficiar as instituições
credoras, tais como o BCP e CTT (no segmento de negócio bancário). Por outro lado, o sector de
retalho (principalmente o alimentar), como o caso da Jerónimo Martins, que outrora veio a
beneficiar as empresas neste sector numa fase inicial com a escalada dos preços dos bens,
acaba agora por ser penalizado com as mudanças nas condições económicas e com o
abrandamento da subida geral dos preços

Além disso, o contexto de abrandamento económico mundial afeta também outros setores como
o energético que está extremamente dependente da procura/oferta e do preço do petróleo. Ainda
assim, a GALP tem sido bastante resiliente neste contexto hostil, sendo que neste âmbito os
projectos da empresa têm contribuído positivamente para o seu desempenho.

Por fim, mas não menos importante, o caso da Mota-Engil tem estado em destaque este ano,
mas pela negativa. Visto que a empresa vinha com métricas de crescimento elevadíssimas e que
sofreu agora um abrandamento forte no seu crescimento. No entanto, o facto da empresa ter
grande exposição internacional faz com que esta também fique mais vulnerável a estas
mudanças globais, mas ao mesmo tempo diversificada.

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Fonte: Euronext

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Empresas portuguesas em destaque este ano

Desempenho das empresas cotadas na bolsa portuguesa, com melhor e pior desempenho ao longo deste
ano de 2024.(19/09/24) Fonte: Koyfin

O que pode estar por detrás destes desempenhos?


Depois de termos passado pela análise macroeconómica e termos compreendido o panorama
nacional, ao mesmo tempo que destacamos o desempenho das melhores e piores empresas
este ano, vamos ver detalhadamente cada uma destas cotadas e tentar entender o que
aconteceu ao longo do ano.

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CTT

Métricas fundamentais relevantes

- As receitas da empresa subiram entre 17% e 9% (YoY)


- O EBITDA cresceu imenso no último trimestre do ano passado e no primeiro deste ano, o
último relatório estagnou, no entanto os 2 períodos anteriores referidos mostraram um
crescimento acima de 30%.
- A margem operacional também desceu do primeiro trimestre para o segundo trimestre de
16,8% para 6,7%.
- O último resultado líquido também mostrou um crescimento considerável passando de
9,91 milhões de euros (2023) para 12,38 milhões de euros (2024).
- O capital próprio caiu neste último trimestre de 286 para 271 milhões de euros, devido ao
aumento do passivo com despesas correntes.
- A dívida total caiu para 530 milhões de euros, um decréscimo positivo comparando com
os 649 milhões de euros do mesmo período do ano anterior.
- A empresa pagou um dividendo 0,17 cêntimos, representando um aumento de 36% face
ao mesmo período do ano anterior.

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Análise técnica

O preço encontra-se a consolidar na faixa de negociação entre os 4€ e os 4,55€ desde Março de


2024. Uma quebra em alta da resistência dos 4,5€-4,6€ poderia abrir espaço para um movimento
ascendente forte até junto da próxima resistência que se encontra nos 5,15€ (máximos de 2021).
Por outro lado, caso haja uma quebra em baixa da SMA 200 (D1) e do suporte dos 4€ por mais de
duas semanas, pode significar que a tendência de alta terminou e o movimento descendente está
em curso, podendo cair rapidamente para a zona dos 3,4€.

Gráfico da cotação das ações dos CTT em W1 (17/09/2024). Fonte:xStation5

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Jerónimo Martins

Métricas fundamentais relevantes

- As receitas da empresa subiram entre 18,5% e 6,8% (YoY)


- As margens operacionais fixaram-se entre os 2,7% e os 3,3%
- O EBITDA ficou estagnado no 1º trimestre deste ano e acabou por cair no 2º trimestre em
11,1% comparativamente com o mesmo período do ano anterior.
- O último resultado líquido também mostrou um abrandamento considerável passando de
217 milhões de euros (2023) para 156 milhões de euros (2024).
- O capital próprio caiu neste último trimestre de 3150 milhões para 2895 milhões de euros,
devido à diminuição de ativos correntes do balanço.
- A dívida total aumentou para 4506 milhões de euros, um aumento substancial negativo
comparando com os 3756 milhões de euros do mesmo período do ano anterior. Este nível
de dívida é considerável, já que ultrapassa o montante do capital próprio da empresa,
mostrando uma necessidade rápida de rentabilidade dos investimentos realizados, pois

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caso contrário a empresa poderá sofrer dificuldades de solvabilidade num horizonte de 24


meses.
- O dividendo fixou-se nos 0,66€ por ação, crescendo 19,1% comparativamente com o ano
anterior.

Análise técnica
As ações da Jerónimo Martins têm vindo a perder terreno ao longo do ano, a tendência tem sido
claramente baixista. O rompimento da zona dos 19,78€ abriu caminho para que o preço
continuasse a cair. Nesta altura, o preço aguentou-se na zona dos 15,25€ e está a consolidar
depois dos fortes movimentos de queda. Caso o preço não regresse rapidamente para a zona
dos 18€, então os movimentos descendentes poderão continuar até à zona dos 13€.

Gráfico da cotação das ações da JMT em W1 (17/09/2024). Fonte:xStation5

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Galp

Métricas fundamentais relevantes

- O crescimento das receitas aconteceu no 2º trimestre do ano com um aumento de 14.1%,


tendo esganado no 1ºtrimestre (YoY)
- As margens operacionais fixaram-se entre os 16% e os 11,1%
- O EBITDA subiu no 1º trimestre 10,1%, mas caiu no segundo trimestre comparativamente
com o ano anterior em 16%.
- O último resultado líquido foi superior em comparação com o ano anterior, fixando-se nos
362 milhões para o grupo em comparação com os 251 milhões do ano anterior. No 1º
trimestre os resultados também foram superiores em comparação com o ano anterior:
374 milhões dos 352 milhões.
- O capital próprio subiu em comparação com o ano anterior nos 2 primeiros trimestres,
atingindo os 5650 milhões de euros em comparação com os 5190 do ano anterior.
- A dívida total diminuiu do 1º trimestre para o 2º trimestre, no entanto continua
ligeiramente superior face ao mesmo período do ano passado, passando a empresa a
deter um total de dívida de 4835 milhões em relação aos 4625 milhões de 2023.

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- O dividendo fixou-se nos 0,27€+0,28€ por ação, crescendo 3,8% comparativamente com o
ano anterior.

Análise técnica
As ações da GALP estavam com uma dinâmica de alta interessante ao longo do ano, no entanto
nestas últimas semanas sofreram quedas significativas, perdendo o suporte dos 18€. Nesta
altura estão a tocar na SMA de 200 (D1), o que demonstra um sinal de fraqueza da tendência de
alta. Se o preço se aguentar nesta zona poderá ter espaço para recuperar e voltar para junto dos
níveis de resistência importantes na zona dos 20€-21€. Caso o preço não consiga recuperar e
aprofunde as quedas, poderemos ter confirmado uma inversão de tendência e as ações da GALP
podem cair até à zona do suporte 13,5€.

Gráfico da cotação das ações da GALP em W1 (17/09/2024). Fonte:xStation5

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Mota-Engil

Métricas fundamentais relevantes

- O crescimento das receitas no primeiro semestre deste ano foi de apenas 6,8%, muito
abaixo do ano anterior que tinha sido de 88,9%
- As margens operacionais fixaram-se nos 8,7%, um acréscimo de 0,4pp
- O EBITDA subiu 15,5% no primeiro semestre deste ano, fixando-se nos cerca de 191
milhões comparativamente aos cerca de 165 milhões apresentados no ano anterior.
- O último resultado líquido foi superior no primeiro semestre do ano para o grupo em
comparação com o mesmo período do ano anterior. Os valores apresentados situam-se
nos 59,18 milhões de euros em comparação com os 43,71 milhões de euros.
- O capital próprio teve uma subida impressionante comparada com o mesmo período do
ano anterior, passando de 504,61 milhões de euros (2023) para 743,76 milhões de euros
em 2024. O aumento substancial dos resultados do ano anterior estão na origem deste
aumento, já que houve um incremento agressivo nos ativos, principalmente nas contas a
receber de longo prazo.

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AÇÕES PORTUGUESAS A TER EM CONTA ATÉ AO FINAL DE 2024

- A dívida total aumentou ligeiramente, comparando com o 1º semestre do ano anterior.


Nesta altura o total de dívida está em cerca de 2783 milhões de euros. Este valor é
demasiado grande para a empresa e a mesma deve tentar reduzi-la. Caso os lucros
continuem a subir a empresa poderá aumentar o seu capital próprio diluindo assim a
percentagem de dívida em função do capital próprio. No entanto, deixamos uma nota de
atenção de solvabilidade, pois se os resultados da empresa se agravarem o montante
total de dívida pode impactar na solvabilidade da empresa nos próximos 24 meses.
- A empresa pagou um dividendo de 0.1277€, aumentando o dividendo em
aproximadamente 27% YoY

Análise técnica

As ações da Mota-Engil têm estado com quedas agressivas desde a quebra do suporte dos 3,5€.
Nesta altura a tendência é claramente de baixa e as expectativas dos investidores foram-se
desvanecendo, já que os crescimentos da empresa em 2023 foram excepcionais. Neste
momento, o mercado acredita que o crescimento da empresa será mais modesto, reduzindo a
sua avaliação. Caso o preço não volte rapidamente para a zona dos 3,5€, ainda há espaço para
mais quedas, podendo as ações da empresa voltarem para a zona dos 2€.

Gráfico da cotação das ações da Mota-Engil em W1 (17/09/2024). Fonte:xStation5

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BCP
Panorama geral da empresa

Métricas fundamentais relevantes

- Depois de um aumento impressionante da receita com juros durante 2023 derivado das
taxas de juro altas do BCE, as receitas no ano de 2024 subiram 4,8% no 1º trimestre e
caíram neste último trimestre 1,2% YoY, já as receitas totais do banco fixaram-se nos
cerca de 832 milhões de euros aumentando 8,7% no 2º trimestre.
- As despesas com encargos de juros a pagar sobre os depósitos também aumentaram
para cerca de 520 milhões de euros em comparação com os 350 milhões do ano anterior.
- As provisões para perdas com empréstimos concedidos caíram para 24,2 milhões de
euros em comparação com os cerca de 65 milhões do ano anterior.
- Os últimos resultados líquidos do banco mostraram melhoria nos lucros tendo sido
285,46 milhões de euros (2ºT) e 256,63 milhões de euros (1ºT), comparativamente com
os mesmos períodos do ano anterior quando foram relatados 225,47 milhões de euros
(2ºT) e 251,26 milhões de euros (1ºT).

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- As margens líquidas retirando itens excepcionais nos últimos resultados apresentados


ficaram em 30.2%, sendo o valor mais alto do banco nestes últimos 5 anos.
- O montante total de depósitos atingiu máximos fixando-se em cerca de 82 mil milhões de
euros.
- O montante total de empréstimos continua estagnado na zona dos 55 mil milhões de
euros.
- O capital próprio do banco atingiu novos máximos e com uma subida notória
comparando com o mesmo período do ano passado, fixando-se agora nos cerca de 7,6
mil milhões em comparação com os 6,5 mil milhões do ano passado.
- A dívida total ficou praticamente inalterada, caindo ligeiramente. O nível de dívida em
função do capital próprio continua dentro dos rácios aceitáveis para a banca.
- A empresa pagou um dividendo de 0,017€, algo que já não acontecia desde 2022 quando
pagou 0,0009€ por ação.

Análise técnica

As ações do BCP continuam a sua escalada atingindo máximos relativos este ano. A tendência
continua claramente altista e o preço tem respeitado uma linha de tendência intermédia
ascendente que tem servido de suporte ascendente. Caso o preço continue a aguentar-se por
cima dos 0,38€ a tendência altista perdura. Se os resultados do banco continuarem a ser
crescentes e as métricas financeiras melhorarem, a ação tem espaço para chegar à resistência
principal junto dos 0,51€. Em caso de quebra dos 0,32€, poderemos assistir a uma inversão de
tendência.

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Gráfico da cotação das ações do BCP em W1 (17/09/2024). Fonte:xStation5

Conclusão
Dito isto, os ciclos económicos (fruto das mudanças na economia) fazem com que determinados
setores tendem a ter melhor desempenho do que outros a dado momento do ciclo. É importante
notar que, apesar das pressões sobre os preços estarem a abrandar significativamente, as
economias atravessam um momento desafiador perante o futuro que continua a ser incerto.

O mercado acionista português ao longo deste ano não tem sido indiferente a estes ciclos. As
empresas que beneficiam mais das condições atuais, como o BCP e a Galp, mostraram
resiliência e crescimento. Por outro lado, algumas como a Jerónimo Martins e a Mota-Engil têm
tido um ano difícil

A volatilidade que se tem observado oferece tanto riscos como oportunidades, dependendo da
capacidade das empresas de se ajustarem às dinâmicas de mercado. Para os investidores, este
é um momento de prudência, mas de oportunidades, pois as mudanças dos ciclos económicos
podem trazer novas janelas de oportunidades. Ainda assim, a diversificação e a adaptação
estratégica serão, sem dúvida, os pilares para a gestão eficaz do portefólio até ao final deste ano.

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Este material é uma comunicação de marketing na aceção do artigo 24.º, n.º 3, da Diretiva 2014/65/UE
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, relativa aos mercados de instrumentos
financeiros e que altera a Diretiva 2002/92/CE e a Diretiva 2011/61/UE (MiFID II).

A presente comunicação comercial não constitui uma recomendação de investimento ou uma


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