Regulamento Técnico Anp 3-2015

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ANP - AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E

BIOCOMBUSTÍVEIS

REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015


Aprovado pela Resolução Nº 50, de 25 de novembro de 2015, publicada
no DOU Nº 228, de 30 de novembro de 2015, Seção 1, página 101.
Alterado pela Resolução Nº 15, de 6 de abril de 2016, publicada no DOU
Nº 66, de 7 de abril de 2016, Seção 1, página 55.
Alterado pela Resolução Nº 799, de 2 de setembro de 2019, publicada no
DOU Nº 170, de 3 de setembro de 2019, Seção 1, páginas 39 a 42

Resumo: Este Regulamento estabelece as definições, diretrizes e normas para


a aplicação de recursos a que se referem as Cláusulas de Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação, presentes nos Contratos para Exploração,
Desenvolvimento e Produção de Petróleo e Gás Natural, bem como estabelece
as regras para comprovação das atividades de P,D&I e respectivas despesas
realizadas pelas Empresas Petrolíferas em cumprimento às referidas cláusulas
contratuais.
SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 - DOS ASPECTOS GERAIS……………………………………………………..……………..........................…...4

Objetivo.....................................................................................................................................................4

Base Legal..................................................................................................................................................4

Definições..................................................................................................................................................4

Princípios...................................................................................................................................................6

Acesso a Informação.................................................................................................................................8

Ativos Gerados no Âmbito dos Projetos ou Programas............................................................................9

Divulgação dos Resultados Obtidos………………………….........................................................…………………...9

CAPÍTULO 2 - DA OBRIGAÇÃO DE INVESTIMENTO EM P,D&I E DESTINAÇÃO DOS


RECURSOS...............................................................................................................................................11

Fato Gerador e Valor da Obrigação.........................................................................................................11

Prazo e Regras Gerais para Aplicação dos Recursos...............................................................................11

Apuração e Atualização de Saldo de Recursos Não Aplicados................................................................12

Compensação de Despesas com P,D&I...................................................................................................13

Rendimento de Aplicação Financeira.....................................................................................................14

CAPÍTULO 3 – DA QUALIFICAÇÃO DOS PROJETOS OU PROGRAMAS....................................................15

Programa Tecnológico para Desenvolvimento e Capacitação Técnica de Fornecedores.......................16

Projeto Específico de Tecnologia Industrial Básica.................................................................................16

Projeto Específico de Engenharia Básica Não Rotineira..........................................................................17

Projeto para Estudo de Bacias Sedimentares de Nova Fronteira que Envolva a Atividade de Aquisição
de Dados Geológicos, Geoquímicos e Geofísicos....................................................................................18

Programa Específico de Formação e Qualificação de Recursos Humanos..............................................18

Projeto Específico de Melhoria de Infraestrutura Laboratorial..............................................................19

Projeto Específico de Apoio a Instalações Laboratoriais de P,D&I.........................................................20

Projeto ou Programa Estruturante.........................................................................................................20

Projeto ou Programa Cooperativo..........................................................................................................21

Programas Prioritários............................................................................................................................21

Disposições Gerais sobre os Planos de Trabalho....................................................................................22

CAPÍTULO 4 – DA QUALIFICAÇÃO DE DESPESAS ADMITIDAS EM PROJETOS E


PROGRAMAS...........................................................................................................................................24

Despesas Admitidas em Empresa Petrolífera ou em sua Afiliada...........................................................24

Despesas Admitidas em Empresa Brasileira............................................................................................25


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Despesas Admitidas em Instituição Credenciada....................................................................................29

Orientações Específicas sobre Despesas com Equipe Executora e Outras Despesas..............................31

CAPÍTULO 5 - DA AUTORIZAÇÃO DE PROJETOS E PROGRAMAS...........................................................33

Alteração de Plano de Trabalho Autorizado pela ANP............................................................................34

Validade da Autorização.........................................................................................................................34

CAPÍTULO 6 – DA FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DA CLÁUSULA DE P,D&I...................................35

Das Informações e Prazos.......................................................................................................................35

Auditoria Contábil e Financeira...............................................................................................................36

Relatório Consolidado Anual de P,D&I – RCA.........................................................................................36

Arquivo de Informações e Guarda de Documentos................................................................................37

Visitas Técnicas de Fiscalização...............................................................................................................38

Do Processo de Fiscalização Anual..........................................................................................................38

Da Apuração de Saldo para o Ano de Referência e Emissão de Parecer de Fiscalização........................39

CAPÍTULO 7 – DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS...................................................................................43

ANEXO A - ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS SOBRE DESPESAS COM PASSAGENS, DIÁRIAS E AJUDA DE


CUSTO E DOCUMENTOS A SEREM SUBMETIDOS À ANP.......................................................................45

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1. CAPÍTULO 1 - DOS ASPECTOS GERAIS

Objetivo
1.1. Este Regulamento estabelece as normas para a aplicação dos recursos a que se
referem as Cláusulas de Pesquisa e Desenvolvimento ou de Pesquisa, Desenvolvimento e
Inovação, doravante denominadas de Cláusulas de P,D&I, presentes nos Contratos para
Exploração, Desenvolvimento e Produção de Petróleo e Gás Natural, bem como as regras para
comprovação das atividades de P,D&I e respectivas despesas realizadas pelas Empresas
Petrolíferas em cumprimento às referidas cláusulas contratuais (NR).

Base Legal
1.2. As Cláusulas de P,D&I têm por objetivo atender ao disposto na Lei nº 9.478, de
06/08/1997, que estabeleceu, dentre as atribuições da Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis – ANP, a de estimular a pesquisa e a adoção de novas tecnologias
para o setor.

Definições
1.3. Empresa Petrolífera - Empresa signatária de contratos de concessão, cessão onerosa
ou partilha de produção firmados com a União, por intermédio da Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP ou do Ministério de Minas e Energia - MME,
para fins de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural.
1.4. Instituição Credenciada - Universidade ou Instituição de Pesquisa e Desenvolvimento
credenciada pela ANP nos termos previstos na regulamentação de credenciamento de
instituições de pesquisa e desenvolvimento junto à ANP.
1.5. Empresa Brasileira - Organização econômica, devidamente registrada na Junta
Comercial ou no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, instituída para a produção ou a circulação
de bens ou de serviços, com finalidade lucrativa, constituída sob as leis brasileiras e com sede
de sua administração no Brasil. (Art. 60, DL 2.627/40 e Art. 1.126, Lei Nº 10.406/2002).
1.6. Microempresa, Pequena Empresa, Média Empresa e Grande Empresa - Empresa
Brasileira que pertença a grupo econômico de micro, de pequeno, de médio e de grande porte,
conforme o caso, adotando-se como referência para tal classificação os critérios estabelecidos
pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social – BNDES e, adicionalmente, a
exigência de que, no mínimo, 70% do capital da empresa pertença a pessoas físicas ou a
pessoas jurídicas cujo faturamento não ultrapasse o teto do porte respectivo. (NR).
1.7. [Revogado]
1.8. Núcleo de Inovação Tecnológica - Núcleo ou órgão constituído com a finalidade de
gerir a política de inovação de uma Instituição Credenciada, nos termos das Leis 10.973/2004
e 13.243/2016. (NR)

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1.9. Projeto de P,D&I - Investigação científica ou tecnológica com início e final definidos,
fundamentada em objetivos específicos e procedimentos adequados, empregando recursos
humanos, materiais e financeiros, com vistas à obtenção de resultados de causa e efeito ou
colocação de fatos novos em evidência.
1.10. Programa de P,D&I - Compreende o conjunto de ações e projetos coordenados que
têm como objetivo atingir, em um prazo determinado e com recursos humanos, materiais e
financeiros definidos, um ou mais resultados para solução de problemas. O Programa deverá
especificar o conjunto de ações e relacionar os respectivos projetos vinculados.
1.11. Pesquisa e Desenvolvimento - É o trabalho criativo desenvolvido de forma
sistemática para aumentar o campo dos conhecimentos científicos e tecnológicos ou a
utilização desses conhecimentos para criar novas aplicações.
1.12. Inovação - Introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e
social que resulte em novos produtos, serviços ou processos ou que compreenda a agregação
de novas funcionalidades ou características a produto, serviço ou processo já existente que
possa resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho, decorrente da
realização de atividade de pesquisa e desenvolvimento. (NR)
1.13. Pesquisa Básica - Trabalho teórico ou experimental empreendido primordialmente
para a aquisição de uma nova compreensão dos fundamentos subjacentes aos fenômenos e
fatos observáveis, sem ter em vista nenhum uso ou aplicação específica. A pesquisa básica
analisa propriedades, estruturas e conexões com vistas a formular e comprovar hipóteses,
teorias e leis.
1.14. Pesquisa Aplicada - Investigação original concebida pelo interesse em adquirir novos
conhecimentos, sendo primordialmente dirigida em função de um fim ou objetivo prático
específico.
1.15. Pesquisa em Meio Ambiente – Atividades de pesquisa e desenvolvimento quer seja
na prevenção, na monitoração, controle, redução ou mitigação dos danos ambientais
associados aos impactos decorrentes da indústria de petróleo e gás natural, de
biocombustíveis e petroquímica de primeira e segunda geração, desde que tais atividades não
estejam circunscritas ao cumprimento de exigências de órgãos ambientais e que,
reconhecidamente, os resultados nelas obtidos representem uma contribuição científica ou
tecnológica ao tema.
1.16. Pesquisa em Ciências Sociais, Humanas e da Vida - Atividades de pesquisa e
desenvolvimento, voltadas para a ampliação do conhecimento sobre o contexto social,
econômico, cultural e ambiental, associadas aos impactos decorrentes da indústria de
petróleo e gás natural, de biocombustíveis e petroquímica de primeira e segunda geração.
Essas atividades devem ser dirigidas para aspectos regulatórios, econômicos, jurídicos,
socioambientais e de segurança e saúde, ou para temas afeitos à ciência, tecnologia e
inovação e outros correlatos.
1.16.A. Pesquisa em Tecnologia da Informação e Comunicação - Atividades de pesquisa e
desenvolvimento que tenham por objetivo resolver uma incerteza científica ou tecnológica e
que resultem na geração de um novo conhecimento na área de Tecnologia da Informação e
Comunicação. Essas atividades podem abranger temas como engenharia de software, banco
de dados, inteligência artificial, teoria da computação, redes de computadores, interação

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humano-computador, sistemas distribuídos, visão computacional, segurança da informação e
digitalização, dentre outros.
1.17. Desenvolvimento Experimental - Fase sistemática, delineada a partir de
conhecimento pré-existente, visando ao desenvolvimento, à comprovação ou à demonstração
da viabilidade técnica ou funcional de novos produtos, processos, sistemas e serviços ou,
ainda, ao aperfeiçoamento dos já produzidos ou estabelecidos.
1.18. Protótipo - Modelo original básico, representativo de alguma criação nova, detentor
das características essenciais do produto pretendido, cujo desenvolvimento pode abranger a
elaboração do projeto, a construção, a montagem testes laboratoriais de funcionamento,
teste para homologação, ensaios para certificação e controle da qualidade e testes de
operação em campo.
1.19. Unidade-Piloto - Instalação operacional, em escala não comercial, destinada a obter
experiências, dados técnicos e outras informações, com a finalidade de avaliar hipóteses,
estabelecer novas formulações para produtos, projetar equipamentos e estruturas especiais
necessárias a um novo processo, bem como preparar instruções operacionais sobre o produto
ou processo.
1.20. Cabeça de Série - Produto que resulte do aperfeiçoamento de protótipo obtido em
projeto de P,D&I ou programa tecnológico anterior. Nesta fase busca-se melhorar o desenho
e as especificações do protótipo para eliminar peças e componentes com dificuldade de
reprodução em larga escala. Realizam-se os testes para homologação, certificação e controle
da qualidade e definem-se também as características básicas da linha de produção e do
produto.
1.21. Lote Piloto - Produção em escala piloto de cabeça de série fruto de desenvolvimento
de projeto de P,D&I ou programa tecnológico anterior. Nesta fase, realiza-se uma primeira
fabricação para ensaios de validação, análise de custos e refino do projeto, com vistas à
produção industrial e/ou à comercialização de determinado produto.
1.22. Ativos Intangíveis - Todo e qualquer resultado ou solução tecnológica gerado no
âmbito de atividades de P,D&I tais como, patentes de invenção, patentes de modelo de
utilidade, desenho industrial, topografia de circuito integrado, cultivares, know-how e
qualquer outro desenvolvimento tecnológico que acarrete ou possa acarretar o surgimento
de novo produto, processo ou aperfeiçoamento incremental.
1.23. Ano de Referência – Corresponde ao ano civil em que a obrigação de investimento
em P,D&I foi apurada.
1.24. Período de Referência – Período que vai de 1º de janeiro do Ano de Referência até
30 de junho do ano subsequente, durante o qual devem ser aplicados os recursos referentes
à obrigação gerada no Ano de Referência.

Princípios
1.25. As Cláusulas de P,D&I estabelecem a obrigação de realização de despesas qualificadas
como Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) pelas Empresas Petrolíferas, cujo
cumprimento será regido pelo estabelecido neste Regulamento e na legislação aplicável.

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1.26. A realização das despesas qualificadas como P,D&I deve ter por finalidade a
promoção do desenvolvimento científico e tecnológico no setor de Petróleo, Gás Natural,
Biocombustíveis e outras fontes de Energia Renováveis correspondentes a esse setor, e na
Indústria Petroquímica de Primeira e Segunda Geração, visando fomentar o desenvolvimento
da indústria nacional, a busca de soluções tecnológicas e a ampliação do conteúdo local de
bens e serviços.(NR)
1.27. As despesas qualificadas como P,D&I são aquelas relacionadas com atividades de
pesquisa, desenvolvimento e inovação realizadas na forma de projeto ou programa executado
no País.
1.28. Os projetos ou programas de P,D&I deverão ter como executores a própria Empresa
Petrolífera ou Empresas Brasileiras ou Instituições Credenciadas, individual ou
conjuntamente, segundo as atividades de responsabilidade de cada um dos executores
especificadas nos respectivos planos de trabalho, atendidas as disposições deste
Regulamento.
1.29. No âmbito de projeto ou programa desenvolvido em cooperação com Instituição ou
Empresa estrangeiras, as atividades de P,D&I que sejam de responsabilidade destas não
poderão ser financiadas com recursos das Cláusulas de P,D&I.
1.30. Os recursos da Cláusula de P,D&I devem ser aplicados com o objetivo exclusivo de
custear as despesas diretas e mensuráveis do projeto ou programa, observadas as exceções
admitidas expressamente neste Regulamento, ficando vedada a previsão de quaisquer outros
valores que tenham como objetivo o ressarcimento de custos não discriminados ou a
remuneração na forma de lucro, de criação de reserva financeira ou de qualquer outro tipo de
vantagem.
1.31. A duração máxima permitida para um projeto ou programa é de 60 (sessenta) meses,
incluídas as possíveis prorrogações de prazo.
1.32. São consideradas atividades de P,D&I, em conformidade com as definições
estabelecidas neste Regulamento, aquelas referentes a:
a) Pesquisa básica, pesquisa aplicada e desenvolvimento experimental, incluída a
pesquisa em meio ambiente e em ciências sociais, humanas e da vida;
b) Construção de protótipo e unidade-piloto;
c) Engenharia de software, banco de dados, inteligência artificial, teoria da
computação, redes de computadores, interação humano-computador, sistemas
distribuídos, visão computacional, segurança da informação e digitalização, bem
como novas ferramentas e tecnologias, notadamente em P,D&I, que venham a
surgir.” (NR)
1.33. As atividades realizadas em programa específico de formação e qualificação de
recursos humanos, em programa tecnológico para desenvolvimento e capacitação técnica de
fornecedores, e em projetos específicos de melhoria de infraestrutura laboratorial, de apoio
à instalação laboratorial de P,D&I, de tecnologia industrial básica e de engenharia básica não
rotineira, são consideradas como equiparadas a atividades de P,D&I para efeito de aplicação
de recursos da Cláusula de P,D&I.

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1.34. Na aplicação dos recursos da Cláusula de P,D&I deverão ser observados os aspectos
técnicos, de efetividade, de economicidade e de legalidade, cabendo à Empresa Petrolífera
zelar pelo atendimento destes aspectos nos projetos ou programas por ela executados ou
contratados.
1.35. A execução das atividades de P,D&I previstas no projeto ou programa contratado
pela Empresa Petrolífera são de responsabilidade exclusiva da Empresa Brasileira ou
Instituição Credenciada que figure como executora ou co-executora no respectivo plano de
trabalho, não sendo admitida a terceirização das referidas atividades a qualquer título.
1.36. A ANP é responsável pela análise, aprovação, acompanhamento e fiscalização da
aplicação dos recursos oriundos da Cláusula de P,D&I.
1.37. No cumprimento do disposto no item 1.36, a ANP poderá ter o apoio de consultores
ad hoc ou estabelecer convênios com entidades públicas de fomento a P,D&I.
1.38. As informações fornecidas para fins de comprovação do cumprimento da obrigação
de investimento em P,D&I, entre as quais estão incluídas contratos, planos de trabalho,
relatórios técnicos e financeiros e outras, previstas neste regulamento ou que venham a ser
solicitadas pela ANP, deverão ser produzidas na Língua Portuguesa.
1.39. Para a 11ª, 12ª, 13ª Rodadas de Concessão e Primeira Partilha de Produção, um
Comitê Técnico-Científico, com atribuições e composição definidas em Resolução da ANP,
deverá preparar e divulgar anualmente uma relação de áreas prioritárias, atividades e projetos
de interesse e temas relevantes em pesquisa e desenvolvimento e inovação para a indústria
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, bem como diretrizes para a aplicação dos recursos
provenientes das obrigações previstas nos itens 2.9(a), 2.10(a), 2.10(b), 2.11 e 2.12. (NR)
1.40. [Revogado]
1.41. [Revogado]
1.42. [Revogado]
1.43. [Revogado]
1.44. [Revogado]

Acesso a Informação
1.45. Sem prejuízo dos sigilos legalmente previstos ou de restrição de divulgação de
pesquisas ou obras científicas sob direitos autorais, todas as informações sobre tecnologias,
produtos, processos e resultados relacionados aos recursos da Cláusula de P,D&I são passíveis
de sigilo pela ANP por um período máximo de 5(cinco) anos, contados a partir da data de
término do projeto ou programa e, na hipótese de salvaguardar a comercialização ou a
utilização de tecnologia e mediante aprovação, prorrogável por mais 5 (cinco) anos,
ressalvadas em todos os casos as informações públicas nos termos da legislação vigente ou
informações que venham a se tornar públicas por meio de terceiros autorizados a divulgá-
las.(NR)

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1.46. A ANP poderá divulgar, independentemente de consulta às empresas e/ou
instituições executoras, as informações primárias de todos os projetos ou programas, tais
como: título, resumo, empresas e/ou instituições executoras, valor do projeto, datas de início
e término.

Ativos Gerados no âmbito dos projetos ou programas


1.47. O instrumento contratual relativo à execução de projeto ou programa deverá conter,
quando pertinente, dispositivo que assegure o direito de propriedade intelectual para a
Empresa Petrolífera, Empresa Brasileira ou Instituição Credenciada sobre o Ativo Intangível
que venha a ser gerado.
1.48. É vedada a proteção sob regime de segredo industrial para os resultados obtidos em
projeto ou programa realizado com recursos das Cláusulas de P,D&I.
1.49. A repartição dos direitos sobre Ativos Intangíveis resultantes de projeto ou programa
executado por Instituição Credenciada ou Empresa Brasileira será fixada em contrato pelas
partes, de acordo com a legislação vigente. (NR)
1.50. [Revogado]
1.51. [Revogado]
1.52. [Revogado].
1.53. [Revogado]
1.54. [Revogado]
1.55. [Revogado]
1.56. [Revogado]
1.57. [Revogado]
1.58. No que concerne aos ativos tangíveis, na forma de infraestrutura para P,D&I,
constituídos de equipamentos e materiais de natureza permanente, construídos ou
produzidos com recursos financeiros aportados no âmbito do projeto ou programa contratado
com recursos da Cláusula de P,D&I, deverão ser observadas as seguintes condições:
a) Serão incorporados ao patrimônio da Empresa Petrolífera, da Instituição
Credenciada ou da Empresa Brasileira ao término do projeto ou programa, para
fins de continuidade de suas atividades de P,D&I;
b) Poderão ser doados a uma Instituição Credenciada, mesmo não vinculada ao
projeto ou programa, mediante autorização da ANP, para fins de realização de
atividades de P,D&I voltadas para o setor. (NR)

Divulgação dos Resultados Obtidos


1.59. Todo o material produzido no âmbito do projeto ou programa executado, assim
como a infraestrutura relativa a edificações e equipamentos adquiridos, deve exibir, em lugar
de destaque, a logomarca da ANP, ficando a critério da Empresa Petrolífera que aportou os
recursos a exibição de sua respectiva marca.

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1.60. As publicações técnico-científicas resultantes do desenvolvimento de projeto ou
programa deverão referenciar, em espaço apropriado, menção ao apoio da ANP - Agência
Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Brasil, associado ao investimento de
recursos oriundos das Cláusulas de P,D&I, ficando a critério da Empresa Petrolífera que
aportou os recursos a inclusão de igual referência.

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2. CAPÍTULO 2 - DA OBRIGAÇÃO DE INVESTIMENTO EM P,D&I E DESTINAÇÃO DOS
RECURSOS

Fato Gerador e Valor da Obrigação


2.1. O cumprimento da obrigação de destinar recursos para P,D&I está vinculada à
modalidade dos contratos originais e respectivos termos aditivos.
2.2. Nos Contratos de Concessão, o valor da obrigação corresponde a 1% (um por cento)
da receita bruta da produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos nos
campos abrangidos pelos respectivos contratos para os quais a Participação Especial seja
devida em qualquer trimestre do ano civil.
2.3. Nos Contratos de Partilha de Produção e de Cessão Onerosa, o valor da obrigação
corresponde a, respectivamente, 1% (um por cento) e 0,5% (meio por cento) da receita bruta
anual da produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos nos campos
pertencentes aos blocos detalhados e delimitados nos respectivos contratos.
2.4. Em qualquer modalidade de contrato em que o contratado esteja constituído como
um consórcio de Empresas Petrolíferas, cada Empresa Petrolífera deverá responsabilizar-se
pela realização dos investimentos em P,D&I proporcionalmente à sua participação, bem como,
pela respectiva comprovação junto à ANP, nos termos estabelecidos neste Regulamento.
2.5. A quitação plena da obrigação de investimento em P,D&I relacionada a um ou mais
campos vinculados a um contrato específico em que o contratado seja um consórcio somente
será reconhecida mediante a comprovação do cumprimento integral de tal obrigação por
parte de todos os integrantes do consórcio, responsáveis solidários, independentemente de
qualquer acordo ou contrato celebrado entre as partes.
2.6. A condição prevista no item 2.5 não se aplica à Pré Sal Petróleo S.A., empresa criada
pela Lei 12.304/2010.

Prazo e Regras Gerais para Aplicação dos Recursos


2.7. Os recursos provenientes das Cláusulas de P,D&I devem ser aplicados até 30 de
junho do ano seguinte ao Ano de Referência em que foi gerada a obrigação.
2.8. Os recursos da obrigação de investimento em P,D&I deverão ser aplicados em
projetos ou programas de P,D&I executados no País de acordo com as condições estabelecidas
neste Regulamento.
2.9. Nos Contratos de Concessão até a décima Rodada de Licitação deverá ser observado
o seguinte:
a) Pelo menos 50% (cinquenta por cento) dos recursos deverão ser aplicados em
projetos ou programas executados por Instituições Credenciadas;
b) O restante dos recursos poderá ser aplicado em projeto ou programa executado
em instalações da própria Empresa Petrolífera ou de sua Afiliada, desde que
localizada no Brasil, ou contratados junto a Empresas Brasileiras.

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2.10. Nos Contratos de Concessão da décima primeira à décima terceira Rodadas de
Licitação e nos Contrato de Partilha de Produção da primeira Rodada de Licitações de Partilha
deverá ser observado o seguinte:
a) Pelo menos 50% (cinquenta por cento) dos recursos deverão ser aplicados em
projetos ou programas executados por Instituições Credenciadas;
b) Pelo menos 10% (dez por cento) dos recursos deverão ser aplicados em projetos
ou programas executados por Empresas Brasileiras;
c) O restante dos recursos poderá ser aplicado em projeto ou programa executado
em instalações da própria Empresa Petrolífera ou de sua Afiliada, desde que
localizada no Brasil, ou contratados junto a Empresas Brasileiras ou junto a
Instituições Credenciadas. (NR)
2.10A. Nos Contratos de Concessão a partir da décima quarta Rodada de Licitação e nos
Contratos de Partilha de Produção a partir da segunda Rodada de Licitações de Partilha deverá
ser observado o seguinte:
a) de 30% (trinta por cento) a 40% (quarenta por cento) dos recursos deverão ser
aplicados em universidades ou institutos de pesquisa e desenvolvimento nacionais
credenciados pela ANP;
b) de 30% (trinta por cento) a 40% (quarenta por cento) dos recursos deverão ser
aplicados em atividades de pesquisa e desenvolvimento e inovação que tenham por
objetivo resultar em produtos ou processos com inovação tecnológica junto a
Empresas Brasileiras;
c) O restante dos recursos poderá ser aplicado em atividades de pesquisa,
desenvolvimento e inovação realizadas em instalações do próprio Concessionário ou
de suas Afiliadas, localizadas no Brasil, ou em Empresas Brasileiras, ou em
universidades ou institutos de pesquisa e desenvolvimento credenciados pela ANP.
2.11. Os recursos originados do Contrato de Cessão Onerosa deverão ser aplicados
integralmente em projetos ou programas executados por Instituições Credenciadas.
2.12. Até 30% da parcela mínima dos recursos previstos nos itens 2.9(a), 2.10(a) e 2.11,
poderão ser aplicados diretamente em Empresa Brasileira, no âmbito de projeto ou programa
que, necessariamente, seja executado em parceria com Instituição Credenciada e tenha como
objetivo a inovação de produto, processo ou serviço. (NR)
2.13. Na aplicação dos recursos a que se referem os itens 2.9(b), 2.10(b), 2.10(c) e 2.12,
deverá ser observado o disposto na Lei Complementar 123/2006, no que couber.
2.14. [Revogado]
2.15. [Revogado]

Apuração e Atualização de Saldo de Recursos Não Aplicados


2.16. A apuração dos recursos aplicados pelas Empresas Petrolíferas será realizada
segundo a modalidade do contrato gerador da obrigação, observando-se os procedimentos
de fiscalização estabelecidos no Capítulo 6 deste Regulamento.

12
2.17. Nos Contratos de Concessão e nos Contratos de Partilha da Produção, os recursos
oriundos da Cláusula de P,D&I não aplicados na forma e prazo estabelecidos neste
Regulamento, com os acréscimos estabelecidos no contrato, constituirão o Saldo de Recursos
Não Aplicados – SRN relacionado ao contrato gerador da obrigação.
2.18. O valor do SRN relativo a cada contrato será corrigido pela taxa referencial do
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC para títulos federais, acumulada a partir
do primeiro dia após a data limite em que os recursos deveriam ser aplicados até a data limite
do ano subsequente.
2.19. A Empresa Petrolífera obriga-se a comprovar a aplicação do SRN, observado o
previsto nos itens 2.17 e 2.18, no ano subsequente aquele em que tiver se configurado o
inadimplemento, sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis.
2.20. O SRN constitui parcela da obrigação contratual de investimento em P,D&I para
todos os fins previstos neste Regulamento.
2.21. Conforme estabelecido no Contrato de Cessão Onerosa o valor correspondente aos
recursos não aplicados até 30 de junho do ano seguinte ao ano civil em que for gerada a
obrigação de investimento em P,D&I, deverá ser recolhido ao Tesouro Nacional, via Guia de
Recolhimento da União – GRU, acrescido de 30%, até 30 de julho do mesmo ano em
referência, e comunicado à ANP.
2.22. No caso de não cumprimento do disposto no item 2.21 por circunstância alheia a
vontade da Empresa Petrolífera, atestada pela ANP, ou em função do não enquadramento de
despesas pela ANP quando da fiscalização da aplicação dos recursos, a Cessionária deverá
realizar o recolhimento do valor total computado ao Tesouro Nacional, acrescido de juros
acumulados, calculados com base na taxa referencial do SELIC, considerando a data limite em
que as despesas deveriam ter sido efetuadas até a data do efetivo recolhimento.
2.23. No caso de descumprimento do disposto nos itens 2.21 e 2.22, a ANP encaminhará
à Procuradoria Federal junto à Agência comunicação formal relatando a inadimplência da
Cessionária perante a União, para que possam ser tomadas as medidas cabíveis para a sua
inscrição na Dívida Ativa da União.

Compensação de Despesas com P,D&I


2.24. É permitida a compensação de recursos de P,D&I, aplicados pela Empresa Petrolífera
em data anterior ao período de constituição da obrigação de investimento em P,D&I ou em
valor superior ao valor da obrigação apurado em determinado período.
2.25. Poderão ser computadas para fins de compensação os recursos aplicados
antecipadamente pelo período de até 5 (cinco) anos anteriores ao Ano de Referência em que
a obrigação de investimento em P,D&I venha a ser gerada para determinado contrato.
2.26. Os recursos de P,D&I aplicados antecipadamente ou a maior constituirão a parcela
denominada Saldo Credor a Compensar – SCC.
2.26A. A parcela do Saldo Credor a Compensar referente a investimento a maior poderá ser
utilizada por prazo ilimitado pela petrolífera contratante.

13
2.27. O SCC será apurado tendo como referência o mesmo período adotado para a
apuração do cumprimento da obrigação de investimento em P,D&I e as regras para destinação
dos recursos estabelecidas nos itens 2.7 a 2.15.
2.28. O valor do SCC será corrigido pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação
e de Custódia – SELIC para títulos federais, acumulada a partir do primeiro dia após a data
limite do Período de Referência até 30 de junho do ano seguinte, observado o disposto no
item 2.25.
2.29. O valor do SCC resultante da aplicação de recursos de P,D&I realizada
antecipadamente será vinculado ao respectivo contrato a partir da constituição da obrigação
de investimento em P,D&I nos termos estabelecidos nos itens 2.2 e 2.3.
2.30. O valor do SCC resultante da aplicação de recursos de P,D&I a maior guardará vínculo
ao contrato de origem enquanto persistir a respectiva obrigação de investimento em P,D&I.
2.31. O valor do SCC não utilizado em virtude da extinção da obrigação em determinado
contrato poderá ser considerado na compensação da obrigação apurada em outro contrato,
de qualquer modalidade, em que a mesma Empresa Petrolífera tenha participação,
condicionado à quitação plena da obrigação no contrato de origem.
2.32. O disposto no item 2.31 observará o estabelecido nos itens 2.25 e 2.26 e 2.26A em
relação ao investimento realizado antecipadamente e realizado a maior, respectivamente,
para fins de correção do saldo credor.(NR)
2.33. A apuração dos recursos aplicados nos termos previstos nos itens 2.24 a 2.28 deverá
observar os procedimentos de fiscalização estabelecidos no Capítulo 6 deste Regulamento.

Rendimento de Aplicação Financeira


2.34. Independentemente da forma de contratação, os recursos repassados às Instituições
Credenciadas ou Empresas Brasileiras deverão ser mantidos em conta específica para o
projeto ou programa, sendo obrigatória a aplicação financeira da parcela dos recursos cuja
utilização venha a ocorrer em período superior a 30 (trinta) dias.
2.35. O valor do rendimento de aplicação financeira não será computado para fins de
cumprimento da obrigação de P,D&I.(NR)
2.36. O rendimento da aplicação financeira auferido em decorrência do disposto no item
2.34 deverá ser aplicado exclusivamente na realização de despesas compatíveis com os
objetivos do respectivo projeto ou programa, estando sujeito à fiscalização da ANP nos termos
previstos neste Regulamento.(NR)

14
3. CAPÍTULO 3 – DA QUALIFICAÇÃO DOS PROJETOS OU PROGRAMAS

3.1 A aplicação dos recursos a que se refere a Cláusula de P,D&I deverá ser efetuada
por intermédio de projeto ou programa, na forma estabelecida neste Capítulo.
3.2 O projeto ou programa realizado com recursos da Cláusula de P,D&I deve ter como
objeto a realização das atividades de P,D&I previstas neste Regulamento, observadas as
condições específicas pertinentes à execução dessas atividades, individual ou conjuntamente,
por Empresa Petrolífera, Empresa Brasileira ou Instituição Credenciada.
3.3 Poderá ser admitida a aplicação dos recursos em Empresa Petrolífera ou afiliada, em
suas instalações localizadas no Brasil, na execução de:
a) Projeto ou programa de pesquisa básica, pesquisa aplicada ou desenvolvimento
experimental, incluída pesquisa em meio ambiente, em Ciências Sociais, Humanas
e da Vida e Tecnologia da Informação e Comunicação.
b) Projeto destinado à construção de protótipo ou de unidade piloto resultante de
atividade de pesquisa e desenvolvimento tecnológico realizada majoritariamente
no País.
c) Programa tecnológico para desenvolvimento e capacitação de fornecedores.
d) Projeto específico de engenharia básica não rotineira.(NR)

3.4 Poderá ser admitida a aplicação dos recursos em Empresa Brasileira, na execução
de:
a) Projeto ou programa de pesquisa aplicada ou desenvolvimento experimental,
incluída pesquisa em meio ambiente e Tecnologia da Informação e Comunicação.
b) Projeto destinado à construção de protótipo ou de unidade piloto resultante de
atividade de pesquisa e desenvolvimento tecnológico realizada majoritariamente
no País.
c) Programa tecnológico para desenvolvimento e capacitação técnica de
fornecedores.
d) Projeto específico de tecnologia industrial básica.
e) Projeto específico de engenharia básica não rotineira. (NR)

3.5 Poderá ser admitida a aplicação dos recursos em Instituição Credenciada, na


execução de:
a) Projeto ou programa de pesquisa básica, pesquisa aplicada ou desenvolvimento
experimental, incluída pesquisa em meio ambiente, em Ciências Sociais,
Humanas e da Vida e Tecnologia da Informação e Comunicação.
b) Projeto para estudo de bacias sedimentares de nova fronteira que envolva a
atividade de aquisição de dados geológicos, geoquímicos e geofísicos.
c) Programa específico de formação e qualificação de recursos humanos.
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d) Projeto destinado à construção de protótipo ou de unidade piloto resultante de
atividade de pesquisa e desenvolvimento tecnológico realizada
majoritariamente no País.
e) Projeto específico de melhoria de infraestrutura laboratorial.
f) Projeto específico de apoio à instalação laboratorial de P,D&I.
g) Projeto específico de engenharia básica não rotineira em coexecução com
Empresa Brasileira.
h) Projeto específico de tecnologia industrial básica em coexecução com entidade
reconhecida ou credenciada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT - como organismo de normalização ou condição equivalente, conforme
previsto no item 3.14(b).(NR)

Programa Tecnológico para Desenvolvimento e Capacitação Técnica de Fornecedores


3.6 O programa tecnológico para desenvolvimento e capacitação técnica de
fornecedores deve ter como objetivo o aumento de Conteúdo Local intensivo em tecnologia
por meio da inovação de produto, processo ou serviço, resultante de atividade de pesquisa e
desenvolvimento realizada no país, aplicando-se, especificamente, às Empresas de até Médio
Porte.
3.7 As Empresas Petrolíferas ou suas afiliadas e Empresas Brasileiras de Grande Porte
poderão atuar no âmbito de programa tecnológico para desenvolvimento e capacitação
técnica de fornecedores como âncoras, capacitando uma ou mais Empresas de menor porte
como fornecedoras ou subfornecedoras.(NR)
3.8 O programa tecnológico para desenvolvimento e capacitação técnica de
fornecedores poderá abranger equipamentos específicos para linha de produção, engenharia
de produto, fabricação de cabeça de série, lote piloto, testes funcionais para certificação,
homologação e controle de qualidade do novo serviço, produto ou processo para produção
industrial, e a produção do primeiro lote em escala comercial, observadas as disposições do
Capítulo 4.
3.9 O plano de trabalho do programa tecnológico para desenvolvimento e capacitação
técnica de fornecedores deve ser acompanhado de Plano de Negócios abordando aspectos
relativos às operações da empresa beneficiada e ao desenvolvimento do programa proposto,
conforme orientações constantes do ANEXO A.

Projeto Específico de Tecnologia Industrial Básica


3.10 O projeto específico de tecnologia industrial básica deverá ter como objetivo a
incorporação de requisitos de qualidade e desempenho, e a avaliação de conformidade do
serviço, produto ou processo, novo ou aprimorado, resultante de pesquisa e desenvolvimento
tecnológico realizado no País, aplicando-se, especificamente, às Empresas de até Médio Porte.

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3.10.A. As Empresas Brasileiras de Grande Porte poderão atuar em projeto específico de
tecnologia industrial básica, como âncora para o desenvolvimento de fornecedores, de acordo
com o item 3.13(b).
3.11 O projeto específico de que trata o item 3.10 terá como escopo a especificação de
todos os serviços de tecnologia industrial básica que sejam necessários para o atendimento
de seus objetivos, a contratação desses serviços junto a entidades integrantes do Sistema
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, e o acompanhamento de sua
execução.
3.12 Para efeito de aplicação do item 3.11, os serviços de tecnologia industrial básica
compreendem as atividades específicas dirigidas para metrologia, normalização, avaliação de
conformidade, homologação e certificação, aplicada ao serviço, produto ou processo, novo ou
aprimorado.
3.13 O projeto específico de tecnologia industrial básica poderá ainda ter como escopo:
a) A realização de atividades voltadas para normalização técnica de interesse do
setor de petróleo, gás natural, biocombustíveis e outras fontes de energia
renováveis correspondentes a esse setor, compreendendo a elaboração de
normas técnicas e sua disseminação entre as empresas brasileiras da cadeia de
fornecimento, com o objetivo de estimular a padronização e qualificação de
produtos, processos e serviços e contribuir para a eliminação de barreiras
técnicas;
b) A execução de plano de treinamento, o suporte tecnológico e qualificação, bem
como a avaliação de conformidade do serviço, produto ou processo, que tenham
como objetivo a adequação à normalização técnica a que se refere a alínea (a),
aplicando-se, especificamente, às Empresas de Micro e Pequeno Porte. (NR)
3.14 O projeto específico de tecnologia industrial básica deverá ter como executor:
a) A Empresa de até Médio Porte cujo serviço, produto ou processo seja objeto da
qualificação pretendida, no caso do previsto no item 3.10.
b) A entidade reconhecida ou credenciada pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT como organismo de normalização ou condição equivalente, no
caso do previsto no item 3.13(a), ficando a referida entidade equiparada à
Instituição Credenciada para fins de aplicação dos recursos.
c) A Empresa de Micro ou Pequeno Porte cujo serviço, produto ou processo seja
objeto do plano de treinamento, suporte tecnológico e qualificação, e de avaliação
de conformidade, no caso do previsto no item 3.13(b).(NR)

Projeto Específico de Engenharia Básica Não Rotineira


3.15 O projeto específico de engenharia básica não rotineira deverá ter como objetivo a
concepção, definição e especificação de parâmetros ainda desconhecidos ou não adotados
pela indústria no Brasil que estejam diretamente relacionados a processos de inovação.

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3.16 O escopo do projeto específico de engenharia básica não rotineira pode abranger as
seguintes atividades:
a) Produção de planos e desenhos que especificam, técnica e operacionalmente, os
elementos necessários à concepção, desenvolvimento, manufatura e
comercialização de novos produtos e processos;
b) O projeto, a confecção e as mudanças de ferramental a serem utilizadas em novos
produtos ou processos;
c) As especificações e requisitos técnicos de materiais empregados;
d) O estabelecimento de novos métodos e padrões de trabalho; e
e) Os rearranjos de planta requeridos para implementação de novos produtos e
processos.

Projeto para Estudo de Bacias Sedimentares de Nova Fronteira que Envolva a Atividade de
Aquisição de Dados Geológicos, Geoquímicos e Geofísicos
3.17 O projeto executado por Instituição Credenciada que tenha por finalidade o estudo
de bacias sedimentares de nova fronteira, conforme definido pela ANP, e cujo escopo envolva
a atividade de aquisição de dados geológicos, geoquímicos e geofísicos, deve observar as
seguintes condições:
a) Os dados gerados no âmbito do projeto são classificados como Dados de
Fomento, nos termos da Resolução ANP nº 757/2018;
b) As atividades do projeto não podem estar associadas a compromisso de
programa exploratório assumido nem a área de estudo restringir-se à área sob
contrato para exploração e produção de petróleo e gás natural.(NR)
3.18 A atividade de aquisição de dados envolvendo a perfuração de poços estratigráficos,
no caso em que a Instituição Credenciada não detenha habilitação para a sua realização, ou a
capacidade tecnológica e operacional requerida, poderá ser realizada pela Empresa Petrolífera
ou contratada por esta ou pela Instituição Credenciada, observado o disposto na Resolução
ANP nº 757/2018, desde que previsto no plano de trabalho submetido à autorização da ANP.
(NR)
3.19 No âmbito de projeto para estudo de bacias sedimentares de nova fronteira é de
responsabilidade da Empresa Petrolífera contratante a entrega à ANP de todos os dados e
informações geradas, em conformidade com as regras estabelecidas na Resolução ANP nº
757/2018, independentemente do andamento do projeto no âmbito da Instituição
Credenciada. (NR)

Programa Específico de Formação e Qualificação de Recursos Humanos


3.20 O programa específico de formação e qualificação de recursos humanos deve ter por
objetivo a formação ou a qualificação de técnicos de nível médio, graduados, especialistas,
mestres e doutores, em temas ou áreas de interesse do setor, podendo abranger cursos na
modalidade presencial ou semi-presencial.

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3.21 Programas de fomento a formação internacional de recursos humanos, executado
pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e pela
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, e o Programa de
Formação de Recursos Humanos da ANP – PRH ANP são qualificados como programas
específicos de formação e qualificação de recursos humanos para o setor.(NR)
3.22 O programa específico de formação e qualificação de recursos humanos poderá
abranger a formação de profissionais para o setor no âmbito do Programa de Mobilização
Nacional da Indústria de Petróleo e Gás – PROMINP, criado pelo Decreto 4.925/2003.
3.23 Na execução de programa de formação e qualificação de recursos humanos deverão
ser observados os critérios de credenciamento previsto no Regulamento Técnico ANP nº
7/2012 para a seleção de Instituições executoras.
3.24 [Revogado]
3.25 Os trabalhos de conclusão de curso de graduação, dissertações de mestrado ou teses
de doutorado, ou monografias, desenvolvidos no âmbito do programa de formação e
qualificação de recursos humanos devem, necessariamente, ter vinculação a temas de
interesse do setor.
3.26 A seleção de alunos para os cursos oferecidos no âmbito do programa de formação
e qualificação de recursos humanos deve ser pública, sendo vedada a reserva de vagas para
empregados das Empresas Petrolíferas ou de Empresas co-participantes, bem como o
pagamento de bolsas, quando haja essa previsão, a alunos selecionados que integrem o
quadro de empregados de tais empresas.

Projeto Específico de Melhoria de Infraestrutura Laboratorial


3.27 O projeto específico de melhoria de infraestrutura laboratorial deve ter como
objetivo ampliar a capacitação técnica da Instituição Credenciada para a realização de
atividades de P,D&I, podendo abranger reforma de instalações físicas e a aquisição,
montagem, instalação e recuperação de equipamentos, instrumentos e outros materiais de
natureza permanente, necessários ao funcionamento de laboratórios.
3.28 O projeto específico de melhoria de infraestrutura poderá abranger, de forma
excepcional, a execução de obras civis para a construção de edificações novas ou acréscimo
de área nas edificações existentes, desde que esteja associada à criação de uma nova
competência ou à expansão da capacidade técnica existente para a realização de atividades
de P,D&I, cuja necessidade seja justificada.
3.29 O projeto cujo escopo envolva a execução de obras civis de reforma ou construção
deve ser acompanhado de projeto executivo e de orçamento analítico, sendo especificados
no Manual Orientativo os casos em que poderão ser dispensados.(NR)
3.30 O plano de trabalho de projeto específico de melhoria de infraestrutura laboratorial
deverá, necessariamente, apresentar informações sobre a infraestrutura existente, as linhas
de pesquisa que serão viabilizadas e relação indicativa de projetos ou programas de P,D&I que
serão executados uma vez concluído o projeto.

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3.31 O plano de trabalho de projeto específico de melhoria de infraestrutura laboratorial
deverá ser apresentado de forma individualizada para os itens 3.27 e 3.28, sendo estes
classificados como projetos distintos para todos os fins previstos neste Regulamento.
3.32 O projeto específico de melhoria de infraestrutura laboratorial conforme previsto no
item 3.27 poderá ter como objetivo a ampliação da capacitação técnica da Instituição
Credenciada para fins de execução de programa específico de formação e qualificação de
recursos humanos autorizado pela ANP.
3.33 Um projeto de P,D&I poderá apresentar no seu escopo itens de despesas
compatíveis com o previsto no item 3.27 no limite estabelecido no Manual Orientativo, não
sendo qualificado como projeto específico de melhoria de infraestrutura laboratorial.(NR)
3.34 É vedado projeto de reforma ou construção de edificações em Unidades de Pesquisa
de Instituições Credenciadas privadas com fins lucrativos.

Projeto Específico de Apoio a Instalações Laboratoriais de P,D&I


3.35 O projeto específico de apoio a instalações laboratoriais de P,D&I deve ter como
objetivo oferecer o suporte necessário ao funcionamento de infraestrutura de pesquisa que
apresente caráter estratégico para a realização de atividades de P,D&I de interesse do setor e
do País, conforme as características e necessidade específicas que deverão ser detalhadas e
justificadas no respectivo plano de trabalho.(NR)
3.36 [Revogado]
3.37 O plano de trabalho do projeto específico de apoio a instalações de P,D&I deverá
apresentar informações sobre as instalações laboratoriais, bem como, relacionar os projetos
ou programas de P,D&I beneficiados e resultados esperados relativos ao período de duração
proposto para o projeto de apoio.
3.38 O projeto específico de apoio a instalações laboratoriais de P,D&I terá duração
limitada a três anos e a possibilidade de sua renovação estará condicionada à avaliação dos
resultados alcançados.
3.38A. Um projeto de apoio poderá apresentar no seu escopo itens de despesas compatíveis
com o previsto no item 3.27 no limite estabelecido no Manual Orientativo, não sendo
qualificado como projeto específico de melhoria de infraestrutura laboratorial.

Projeto ou Programa Estruturante


3.39 O projeto ou programa qualificado como estruturante deve ter como objetivo criar
competência nova, consolidar competência emergente ou produzir conhecimento estratégico
para o desenvolvimento do setor de petróleo, gás natural, biocombustíveis e outras fontes de
energia renováveis correspondentes a esse setor.(NR)
3.40 O projeto ou programa qualificado como estruturante deve ter como objeto as
atividades de P,D&I previstas neste Regulamento.
3.41 Poderá ser considerado como estruturante o projeto ou programa inserido no
âmbito de ações de entidades públicas de fomento a P,D&I, observado o estabelecido neste
Regulamento.
20
3.42 O repasse de recursos para projeto ou programa estruturante executado no âmbito
de ações a que se refere o item 3.41, bem como, no âmbito de ações voltadas para o Programa
de Recursos Humanos da ANP para o setor de Petróleo, Gás Natural e de Biocombustíveis -
PRH/ANP de que trata o item 3.21, resultará na quitação antecipada do montante investido
pela Empresa Petrolífera, sem prejuízo da devida prestação de contas por parte das
instituições executoras.(NR)
3.43 Para fins do previsto no item 3.42, a execução do projeto ou programa estruturante
deverá ser precedida de assinatura de termo de cooperação envolvendo a ANP e a entidade
pública de fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação. (NR)

Projeto ou Programa Cooperativo


3.44. O projeto ou programa cooperativo é caracterizado pela participação financeira de
duas ou mais Empresas Petrolíferas, bem como de Empresa Petrolífera em parceria com
outras empresas provedoras de recursos no modelo Joint Industry Project – JIP.
3.45. O projeto ou programa cooperativo terá como executores as próprias Empresas
Petrolíferas, Instituições Credenciadas ou Empresas Brasileiras, devendo observar, para fins
de utilização de recursos da Cláusula de P,D&I, as regras estabelecidas para aplicação e
despesas admitidas.
3.46. O plano de trabalho do projeto ou programa cooperativo deverá ser apresentado
em sua integralidade, em proposta única, devendo incluir o orçamento total necessário para
sua execução, sendo especificado o percentual equivalente de recursos a serem aportados,
segundo cada participante.
3.47. No caso de projeto ou programa cooperativo com participação de mais de uma
Empresa Petrolífera, os recursos repassados por cada Empresa Petrolífera serão considerados
proporcionalmente ao valor total das despesas a serem custeadas com recursos da Cláusula
de P,D&I, para fins do processo de fiscalização e consequente manifestação quanto à
aprovação ou não das despesas.
3.48. Verificando-se a hipótese do item 3.47 deverá ser definido entre as Empresas
Petrolíferas a quem caberá o fornecimento dos documentos pertinentes ao projeto ou
programa para fins de fiscalização, devendo ser observado o disposto no Capítulo 6.

Programas Prioritários
3.48.A. Programa Prioritário - Programas de Desenvolvimento Tecnológico com aportes
voluntários de Empresas Petrolíferas decorrentes da Cláusula de Investimento em P,D&I e que
têm por objetivo desenvolver empresas inovadoras das cadeias produtivas consideradas
prioritárias para o setor de Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis, bem como estimular o
empreendedorismo e induzir a cooperação entre instituições de pesquisa científica
tecnológica e empresas, explorando a sinergia entre ambas e estimulando a transferência de
conhecimentos e tecnologias.
3.48.B. Os Programas Prioritários serão constituídos por contas específicas compostas por
aportes voluntários de uma ou mais Empresas Petrolíferas com obrigação decorrente da

21
Cláusula de P,D&I e deverão observar as regras estabelecidas para aplicação de despesas
admitidas neste regulamento.
3.48.C. A proposição, a estruturação, a implementação e o gerenciamento dos Programas
Prioritários, bem como a seleção e contratação das empresas e instituições de pesquisa serão
realizadas pela instituições públicas, privadas sem fins lucrativos ou organizações sociais.
3.48.D A ANP receberá as propostas para a criação de Programas Prioritários, que deverão
ser apresentadas pela própria candidata a coordenação do programa.
3.48.E Para que o Programa Prioritário seja instituído, deverá ser assinado um Acordo entre
a ANP e a instituição coordenadora do programa.
3.48.F O Programa Prioritário deverá ter Comitê Gestor formado, pelas empresas petrolíferas
participantes do programa que manifestarem interesse, por representante indicado pela ANP
e por representante indicado pela instituição coordenadora do programa.
3.48.G A composição final e as competências do Comitê Gestor serão definidas no Acordo
entre a ANP e a instituição coordenadora do programa.
3.48.H. A coordenadora de Programa Prioritário é integralmente responsável pela captação
de recursos junto as empresas, bem como pela abertura de conta específica para o programa,
estruturação de procedimentos financeiros para receber os recursos, e deverão observar as
regras estabelecidas para aplicação de despesas admitidas neste regulamento. O saldo da
aplicação financeira deverá ser reinvestido no Programa Prioritário.
3.48.I. A coordenadora do Programa Prioritário deverá enviar anualmente o relatório de
prestação de contas à ANP acerca da utilização dos recursos do programa. O relatório de terá
o objetivo de demonstrar e verificar resultados.
3.48.J. Os aportes das Empresas Petrolíferas nos Programas serão limitados a 10% do valor
de sua obrigação de investimento em P,D&I no ano corrente ou a um valor máximo em Reais
(R$) estipulado no Manual Orientativo, sendo considerado o mais alto entre esses dois
parâmetros.
3.48.K. O efetivo aporte de recursos pela empresa Petrolífera para o Programa Prioritário
será reconhecido como quitação da respectiva obrigação em decorrência da Cláusula de
Investimento em PD&I, na proporção do aporte realizado.
3.48.L. É facultado à coordenadora do Programa Prioritário a utilização de 5% do recurso
captado dentro do ano fiscal para o custeio de despesas administrativas.

Disposições Gerais sobre os Planos de Trabalho


3.49. Para cada tipo de projeto e programa qualificado neste Capítulo deverá ser
elaborado plano de trabalho individual.
3.50. O plano de trabalho deverá discriminar as atividades de P,D&I, os objetivos
específicos, os resultados pretendidos, e a estimativa dos recursos humanos, materiais e
financeiros envolvidos, para cada Instituição Credenciada, Empresa Brasileira ou Empresa
Petrolífera relacionadas como executoras do projeto ou programa, conforme o caso.(NR)

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3.51. No caso de projeto ou programa contratado junto a Instituição Credenciada ou
Empresa Brasileira, é exigida a discriminação das informações de que trata o item 3.50
independemente do instrumento jurídico utilizado para a contratação.
3.52. A ANP disponibilizará Manual contendo orientações específicas para elaboração de
plano de trabalho de projeto ou programa.

23
1. CAPÍTULO 4 – DA QUALIFICAÇÃO DE DESPESAS ADMITIDAS EM PROJETOS E
PROGRAMAS

4.1 As despesas admitidas no âmbito de projeto ou programa, na forma estabelecida no


Capítulo 3, são aquelas estritamente necessárias à realização das atividades de P,D&I e
deverão observar o que se segue:
a) As despesas deverão ser especificadas e justificadas quanto à sua necessidade,
de forma a que fique expressa a correlação existente entre estas e as atividades
a serem realizadas no âmbito do projeto ou programa.
b) As despesas devem ser apresentadas com seus custos estimados totais, incluindo
os impostos sobre elas incidentes.
c) As despesas consideradas no projeto ou programa devem observar o princípio da
economicidade, tendo como balizadores os preços de mercado praticados na
região onde esta seja executada.
d) Os valores estimados apresentados no Plano de Trabalho poderão ser livremente
remanejados durante a execução do projeto para atendimento dos objetivos
propostos. (NR)
4.2 As despesas necessárias à execução do projeto ou programa não previstas
expressamente neste Capítulo, segundo o enquadramento específico dos executores como
Empresa Petrolífera, Instituição Credenciada ou Empresa Brasileira, não são financiáveis com
recursos da Cláusula de P,D&I, sendo qualificadas como contrapartida da empresa ou
instituição.

Despesas Admitidas em Empresa Petrolífera ou em sua Afiliada


4.3 Poderão ser admitidas como despesas qualificadas como P,D&I aquelas realizadas
em projetos ou programas executados nas instalações da Empresa Petrolífera ou de sua
afiliada localizada no Brasil, conforme previsto no item 3.3, podendo abranger os seguintes
itens:
a) Aquisição de material de consumo diretamente relacionada com a atividade de
P,D&I;
b) Aquisição de materiais e componentes, e contratação de serviços necessários
para a construção de protótipo ou unidade-piloto;
c) Até 25% das despesas com testes nas instalações operacionais da Empresa
Petrolífera, de tecnologia em desenvolvimento resultante de pesquisa realizada
no País;
d) Remuneração direta de pessoal próprio residente no país que atue na execução
de atividades de P,D&I, acrescida de todos os encargos legais e dos benefícios de
seguro saúde, vale transporte e auxílio alimentação, correspondente ao número
de horas efetivamente despendido nas referidas atividades, observados os
limites estabelecidos neste Regulamento;

24
e) Serviços técnicos especializados de caráter complementar às atividades de P,D&I
no âmbito do projeto ou programa, ficando excluídas de tal classificação as
atividades de consultoria;
f) Compra de equipamentos, instrumentos e outros materiais de natureza
permanente que integrem exclusivamente infraestrutura laboratorial, necessária
para a execução do projeto ou programa;
g) Concessão de diária ou ajuda de custo, no País e no exterior, para integrantes da
equipe executora do projeto ou programa;
h) Aquisição de passagem para integrantes da equipe executora do projeto ou
programa;
i) Despesas acessórias de importação, abrangendo fretes, seguros, armazenagens,
impostos e taxas.(NR)
2. j) Serviços computacionais diretamente vinculados com as atividades de P,D&I.(NR)

4.4 Poderão ser admitidas como despesas qualificadas para efeito de aplicação dos
recursos, aquelas destinadas à remuneração direta de pessoal próprio residente no país,
acrescidas de todos os encargos legais e dos benefícios de seguro saúde, vale transporte e
auxílio alimentação, que atue na execução de atividades de P,D&I no âmbito de projeto ou
programa contratado junto a Instituição Credenciada ou Empresa Brasileira, desde que
compatíveis com o previsto no item 3.3, cujas atividades e carga horária a elas associadas
estejam devidamente especificadas e justificadas no plano de trabalho do respectivo projeto
ou programa, observados, ainda, os limites estabelecidos neste Regulamento. (NR)
4.5 As despesas operacionais e administrativas poderão ser admitidas como despesas
qualificadas para efeito de aplicação dos recursos, limitadas a 5% do montante total dos
recursos aplicados em projetos ou programas em cada Período de Referência.(NR)
4.5.1. As despesas operacionais e administrativas admitidas como despesas qualificadas não
são sujeitas à comprovação. (NR)
4.6 [Revogado]

Despesas Admitidas em Empresa Brasileira


4.7 Poderão ser admitidas como despesas qualificadas como P,D&I aquelas realizadas
em projetos ou programas executados por Empresas Brasileiras, conforme previsto no item
3.4, podendo abranger os seguintes itens:
a) Aquisição de material de consumo, diretamente relacionado com a atividade de
P,D&I;
b) Aquisição dos materiais e componentes e contratação de serviços necessários
para a construção de protótipo ou unidade-piloto;

25
c) Remuneração direta de pessoal próprio residente no país que atue na execução
de atividades de P,D&I, acrescida de todos os encargos legais e dos benefícios de
seguro saúde, vale transporte e auxílio alimentação, correspondente ao número
de horas efetivamente despendido nas referidas atividades.
d) Serviços técnicos especializados de caráter complementar às atividades de P,D&I
no âmbito do projeto ou programa, que, comprovadamente, sejam atividades
que não possam ser realizadas diretamente pela Empresa Brasileira, ficando
excluídas de tal classificação as atividades de consultoria;
e) Ressarcimento de custos diretos e mensuráveis relacionados à realização de
testes, ensaios e experimentos de P,D&I do projeto ou programa;
f) Compra de equipamentos, instrumentos e outros materiais de natureza
permanente que integrem exclusivamente infraestrutura laboratorial necessária
para execução de projetos ou programas;
g) Despesas acessórias de importação, abrangendo fretes, seguros, armazenagens,
impostos e taxas;
h) Concessão de diária ou ajuda de custo, no País e no exterior, para integrantes da
equipe executora do projeto ou programa;
i) Aquisição de passagem para integrantes da equipe executora do projeto ou
programa.
3. j) Serviços computacionais diretamente vinculados com as atividades de P,D&I.(NR)

4.8 Para Empresas Brasileiras de Micro e Pequeno Porte, além do previsto no item 4.7,
poderão ser admitidos os seguintes itens de despesas:
a) Compra de dados geológicos, geoquímicos e geofísicos classificados como dados
públicos na forma da Resolução ANP 757/2018, ficando vedado o pagamento
pelo direito de utilização de dados confidenciais e de outros dados técnicos não
regulados pela ANP que sejam justificados na execução do projeto ou programa.
b) Aquisição de licença de software ou aluguel de software por período pré-
determinado, compatível com o período de execução do projeto;
c) Serviços de locomoção e transporte relacionados a atividades de P, D&I;
d) Serviços de apoio diretamente relacionados aos programas e projetos de P,D&I,
tais como instalação, montagem, calibração, recuperação e outros necessários à
operacionalização de equipamentos e instrumentos;
e) Outros serviços de apoio necessários a execução do projeto ou programa de
P,D&I, justificados no respectivo plano de trabalho.
f) Manutenção preventiva e corretiva nos equipamentos e instrumentos utilizados
no escopo do projeto ou programa. (NR)

26
4.9 No caso de execução de Programa Tecnológico para Desenvolvimento e Capacitação
Técnica de Fornecedores, além do previsto nos itens 4.7 e 4.8, poderão ser admitidas as
seguintes despesas:
a) Aquisição de bens, materiais e serviços relacionados à fabricação de cabeça de
série e lote piloto, e à realização de testes funcionais para certificação,
homologação e controle de qualidade do novo serviço, produto ou processo, para
Empresas de até Médio Porte;
b) Contratação de estudos de viabilidade técnica e econômica com vistas à
implantação do novo serviço, produto ou processo, somente para Empresas de
Micro e Pequeno Porte.
c) Aquisição de equipamentos específicos relacionados a linha de produção e de
materiais relacionados à produção do primeiro lote em escala comercial,
somente para Empresas de Micro e Pequeno Porte;
d) Aquisição de equipamentos laboratoriais, somente para Empresas de Micro e
Pequeno Porte;
e) Contratação de serviços técnicos de apoio, tais como instalação, montagem,
calibração, manutenção e outros necessários à operacionalização de
equipamentos e instrumentos, somente para Empresas de Micro e Pequeno
Porte. (NR)
4.9A. Para as Empresas Petrolíferas e Empresas Brasileiras que atuem como âncoras em
Programa Tecnológico para Desenvolvimento e Capacitação Técnica de Fornecedores,
poderão ser admitidas as seguintes despesas:
a) Remuneração direta de pessoal próprio, residente no país, que atue na execução
do Programa Tecnológico para Desenvolvimento e Capacitação Técnica de
Fornecedores, acrescida de todos os encargos legais e dos benefícios de seguro saúde,
vale transporte e auxílio alimentação, correspondente ao número de horas
efetivamente despendido nas referidas atividades.
b) Compra de passagem para integrantes da equipe executora Programa
Tecnológico para Desenvolvimento e Capacitação Técnica de Fornecedores.
c) Concessão de diária ou ajuda de custo, no País e no exterior, para integrantes da
equipe executora de Programa Tecnológico para Desenvolvimento e Capacitação
Técnica de Fornecedores.
d) Até 25% das despesas com testes nas instalações operacionais da Empresa
Petrolífera, de tecnologia em desenvolvimento resultante de pesquisa realizada no
País;

4.10 Para projeto específico de tecnologia industrial básica poderão ser admitidas as
seguintes despesas:
a) Remuneração de pessoal integrante da equipe executora principal do projeto,
residente no país, observados os limites e orientações estabelecidas neste
Regulamento para projeto executado nos termos dos itens 3.10 e 3.13.

27
b) Contratação de serviços de tecnologia industrial básica para projeto executado
nos termos do item 3.10.
c) Serviços de apoio especializado necessários à execução de projeto nos termos do
item 3.13(a), justificados no respectivo plano de trabalho.
d) Concessão de diária ou ajuda de custo, no País e no exterior, e aquisição de
passagem para integrantes da equipe executora de projeto executado nos termos
dos itens 3.13(a) e 3.13(b).
e) Contratação de serviços técnicos específicos para treinamento, suporte
tecnológico e qualificação, necessários para a execução de projeto nos termos do
item 3.13(b).
f) Compra de material de consumo no âmbito do projeto.
g) Despesas acessórias de importação, abrangendo fretes, seguros, armazenagens,
impostos e taxas. (NR)
4.10 A. Para as Empresas Brasileiras que atuem como âncoras em Projetos de Tecnologia
Industrial Básica, poderão ser admitidas as seguintes despesas:
a) Remuneração direta de pessoal próprio, residente no país, que atue na execução
do Programa Tecnológico para Desenvolvimento e Capacitação Técnica de
Fornecedores, acrescida de todos os encargos legais e dos benefícios de seguro
saúde, vale transporte e auxílio alimentação, correspondente ao número de
horas efetivamente despendido nas referidas atividades.
b) Compra de passagem para integrantes da equipe executora Programa Tecnológico
para Desenvolvimento e Capacitação Técnica de Fornecedores.
c) Concessão de diária ou ajuda de custo, no País e no exterior, para integrantes da
equipe executora de Programa Tecnológico para Desenvolvimento e Capacitação
Técnica de Fornecedores.
2.4.10B. Para a entidade reconhecida ou credenciada pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT como organismo de normalização ou condição equivalente, no caso do
previsto no item 3.13(a), além das despesas admitidas no item 4.10, poderão ser admitidas:
a) Despesas operacionais e administrativas relativas à gestão administrativa e
financeira das obrigações previstas nos acordos, convênios e contratos firmados,
com a interveniência ou não de Fundações de Apoio, definida nos termos da Lei
8958/1994, no montante de 5% sobre o valor das despesas do projeto ou
programa.
b) Ressarcimento de custos indiretos referentes à utilização das instalações e
serviços, no montante de 15% sobre o valor das despesas do projeto ou
programa.

28
Despesas Admitidas em Instituição Credenciada
4.11 Poderão ser admitidas como despesas qualificadas como P,D&I aquelas realizadas
em projeto ou programa executado por Instituições Credenciadas, no âmbito do previsto no
item 3.5, observados o objetivo e escopo específicos, as despesas correspondentes a:
a) Remuneração direta de pessoal próprio, residente no país, que atue na execução
de atividades de P,D&I acrescida de todos os encargos legais e dos benefícios de
seguro saúde, vale transporte e auxílio alimentação, quando cabíveis,
correspondente ao número de horas efetivamente despendido nas referidas
atividades.
b) Concessão de bolsas de pesquisa e inovação a docentes ou pesquisadores
vinculados à Instituição Credenciada que atue na execução de atividades de
P,D&I, observado o disposto na Lei 10.973/2004, no que couber;
c) Concessão de bolsas de pesquisa e inovação a alunos de graduação e pós-
graduação no âmbito de projeto ou programa de P,D&I;
d) Concessão de bolsas de pesquisa e inovação a pesquisador visitante de
comprovada competência em sua área de atuação, vinculado a instituição de
pesquisa do exterior ou do Brasil, por tempo determinado, para execução de
atividades de P,D&I no País, desde que devidamente justificada no plano de
trabalho do respectivo projeto ou programa;
e) Compra de passagem para integrantes da equipe executora de projeto ou
programa de P,D&I;
f) Concessão de diária ou ajuda de custo, no País e no exterior, para integrantes da
equipe executora de projeto ou programa de P,D&I;
g) Compra de material de consumo no âmbito de projeto ou programa de P,D&I;
h) Compra de dados geológicos, geoquímicos e geofísicos classificados como dados
públicos na forma da Resolução ANP 757/2018, ficando vedado o pagamento
pelo direito de utilização de dados confidenciais;
i) Compra de outros dados técnicos não regulados pela ANP que sejam justificados
na execução do projeto ou programa;
j) Compra de material bibliográfico;
k) Aquisição de licença de software;
l) Compra de equipamentos, instrumentos e outros materiais de natureza
permanente que integrem infraestrutura laboratorial necessária para execução
de projetos ou programas;
m) Compra dos materiais e componentes e contratação de serviços necessários para
a construção de protótipo ou unidade-piloto;
n) Serviços de locomoção e transporte relacionados a atividades de P,D&I;
o) Taxa de inscrição em congressos e outros eventos de interesse do projeto ou
programa de P,D&I;

29
p) Serviços de apoio relacionados à melhoria de infraestrutura laboratorial, tais
como instalação, montagem, calibração, recuperação e outros necessários à
operacionalização de equipamentos e instrumentos;
q) Serviços de apoio relacionados à atividade de aquisição em campo realizada pela
própria Instituição Credenciada, de dados geológicos, geoquímicos e geofísicos,
nos termos especificados pelos itens 3.17;
r) Serviços de perfuração de poço estratigráfico nos termos previstos no item 3.18;
s) Serviços técnicos especializados de caráter complementar às atividades de P,D&I
no âmbito do projeto ou programa, que não caracterizem atividades que possam
ser realizadas diretamente pela própria Instituição Credenciada, ficando
excluídas de tal classificação as atividades de consultoria;
t) Serviços de editoração e de impressão gráfica de publicações técnico científicas;
u) Outros serviços de apoio necessários a execução do projeto ou programa de
P,D&I, justificados no respectivo plano de trabalho.
v) Execução de reformas em instalações físicas, bem como, a execução de obras
civis e realização de estudos técnicos e elaboração de projeto executivo,
necessários à implantação de infraestrutura laboratorial em atendimento ao
previsto no item 3.29;
w) Concessão de bolsas a alunos, a pesquisador visitante e a coordenador no âmbito
de Programa Específico de Formação e Qualificação de Recursos Humanos;
x) Taxa de Bancada no âmbito de Programa Específico de Formação e Qualificação
de Recursos Humanos na forma disposta no item 4.13.
y) Ressarcimento de custos diretos e mensuráveis relacionados à realização de
testes, ensaios e experimentos de P,D&I do projeto ou programa;
z) Manutenção preventiva e corretiva nos equipamentos e instrumentos utilizados
no escopo do projeto ou programa.
aa) Despesas acessórias de importação, abrangendo fretes, seguros, armazenagens,
impostos e taxas.
bb) Serviços computacionais diretamente vinculados às atividades de P,D&I.(NR)
4.12 Além do previsto no item 4.11, poderão ser admitidas em projeto ou programa
executado por Instituição Credenciada os seguintes itens:
a) Despesas operacionais e administrativas relativas à gestão administrativa e
financeira das obrigações previstas nos acordos, convênios e contratos firmados,
com a interveniência ou não de Fundações de Apoio, definida nos termos da Lei
8958/1994, no montante de 5% sobre o valor das despesas do projeto ou
programa.
i. No caso de projeto específico de melhoria de infraestrutura laboratorial o
percentual fica estabelecido no montante de 3% sobre o valor das despesas.
b) [Revogado]

30
c) Ressarcimento de custos indiretos referentes à utilização das instalações e serviços,
no montante de 15% sobre o valor das despesas do projeto ou programa.
i. [Revogado]
ii. As despesas associadas ao ressarcimento de custos indiretos não podem ser
lançadas na forma de rateio, a qualquer título, em outros itens de despesa
do projeto ou programa;
iii. O ressarcimento de custos indiretos não é admitido no âmbito dos projetos
ou programas a que se referem às alíneas (c), (e) e (f) do item 3.5.

d) A base de cálculo para as despesas previstas nas alíneas (a) e (c) é constituída
exclusivamente pelos itens de despesa previstos no item 4.11, excluída a despesa
prevista nos itens 4.11(r) e 4.11(aa).
e) As despesas previstas nos itens (a) e (c) não são sujeitas à comprovação. (NR)
4.13 Os recursos da Taxa de Bancada de que trata o item 4.11(x) corresponderão a um
percentual do valor total destinado ao pagamento de bolsas para os alunos, conforme
definição da ANP, devendo ser utilizados na realização de despesas relacionadas às seguintes
atividades:
a) Pesquisa de campo e coleta de dados;
b) Análises e experimentos de laboratório;
c) Participação de coordenador, bolsista, professor orientador ou pesquisador
visitante em eventos e congressos técnico-científicos, relacionados ao programa
e suas especializações;
d) Publicações técnico-científicas relacionadas com as atividades realizadas no
âmbito do programa.
Orientações Específicas sobre Despesas com Equipe Executora e Outras Despesas
4.14 O valor da remuneração da equipe executora, em qualquer modalidade admitida,
deverá ser compatível com a formação do beneficiário e a natureza da atividade executada no
projeto ou programa.
4.15 O valor financiável com recursos da Cláusula de P,D&I a ser pago mensalmente a
qualquer participante da equipe executora deve observar, como teto, o valor máximo da
remuneração estabelecida para o funcionalismo público, fixado na forma do Artigo 37, XI, da
Constituição, observadas, quando couber, as disposições legais aplicáveis.
4.16 [Revogado]
4.17 A remuneração prevista no projeto ou programa na forma de pagamento de bolsas
a estudantes regulares ou a pesquisadores deverá observar como referência, quando houver,
os valores de bolsas correspondentes concedidas por entidades públicas de fomento a P,D&I.
4.18 As despesas com passagens, diárias e ajuda de custo estão limitadas aos valores e
condições, conforme Anexo A.

31
4.19 Poderá ser admitida, em caráter excepcional, a realização de despesas no exterior
referente a serviços técnicos especializados de caráter complementar de que tratam os itens
4.3 (e), 4.7(d) e 4.11(s), os serviços de tecnologia industrial básica de que trata o item 4.10(b)e
os serviços necessários para a construção de protótipo ou unidade piloto de que tratam os
itens 4.3(b), 4.7(b) e 4.11(m), desde que fique demonstrado que tais serviços não podem ser
realizados no País. (NR)
4.20 Poderão ser admitidas as despesas correspondentes ao pagamento de serviços,
taxas e manutenção, no país e no exterior, relativos à proteção de propriedade intelectual de
ativo intangível para Instituições Credenciadas ou Empresas de Micro e Pequeno Porte, por
um período de até 3 anos.
4.21 As despesas previstas no item 4.20 serão deduzidas das parcelas de recursos que são
aplicáveis nas Instituições Credenciadas ou nas Empresas Brasileiras, conforme o caso, e não
poderão ser computadas no âmbito de projeto ou programa específico, devendo observar as
regras próprias para sua comprovação previstas no Capítulo 6.

32
3. CAPÍTULO 5 - DA AUTORIZAÇÃO DE PROJETOS E PROGRAMAS

5.1 Estão sujeitos à autorização da ANP para fins de contratação e execução os planos
de trabalho de projetos ou programas qualificados como:
a) Programa tecnológico para desenvolvimento e capacitação técnica de
fornecedores;
b) Projeto específico de melhoria de infraestrutura laboratorial;
c) Projeto para estudo de bacias sedimentares de nova fronteira que envolva a
atividade de aquisição de dados, conforme previsto no item 3.17;
d) Projeto específico de tecnologia industrial básica;
e) Programa específico de formação de recursos humanos;
f) Projeto específico de engenharia básica não rotineira;
g) Projeto específico de apoio a instalações laboratoriais de P,D&I.
5.1. A. Projeto de construção de protótipo ou de unidade piloto resultante de atividade de
pesquisa e desenvolvimento tecnológico realizado majoritariamente no País e parcialmente
no exterior, poderá ser submetido à autorização da ANP.
5.2 O plano de trabalho de projeto ou programa a que se refere o item 5.1 poderá ser
submetido a qualquer tempo, exceto quando a ANP estabelecer calendário em casos
específicos. (NR)
5.3 Na avaliação para autorização de projeto ou programa serão considerados os
seguintes critérios:
a) Mérito e relevância do projeto ou programa e sua contribuição para o setor,
considerando a existência de interesse comum da ANP e da Empresa Petrolífera;
b) Adequação das informações apresentadas no plano de trabalho;
c) Enquadramento às disposições previstas neste Regulamento.
d) [Revogado]
5.4 O parecer técnico final de avaliação do plano de trabalho do projeto ou programa
será elaborado no prazo de até 45 (quarenta e cinco) dias, contados do protocolo do plano de
trabalho na ANP.
5.5 No caso de haver exigências formuladas pela ANP, o prazo previsto no item 5.4 será
interrompido, reiniciando-se a contagem quando do atendimento da exigência.
5.6 O prazo estabelecido pela ANP para o atendimento da exigência será de, no mínimo,
15 (quinze) dias.
5.7 O não cumprimento de exigência estabelecida pela ANP implicará em não
autorização e consequente arquivamento do plano de trabalho do projeto ou programa
submetido.

33
5.8 O plano de trabalho de projeto ou programa de P, D&I que no seu escopo de
despesas apresentar itens compatíveis com o previsto no item 3.27 no limite estabelecido no
Manual Orientativo não necessita de autorização. (NR)
5.9 A aprovação das despesas qualificadas como P,D&I nos projetos ou programas
contratados que atendam ao disposto neste capítulo, para fins de comprovação do
cumprimento da obrigação contratual de investimento em P,D&I, está condicionada ao
processo de fiscalização da aplicação dos recursos, nos termos previstos neste Regulamento.

Alteração de Plano de Trabalho Autorizado pela ANP


5.10 A Empresa Petrolífera deverá observar a execução dos planos de trabalho nos
termos autorizados pela ANP, admitindo-se o acréscimo de até 30% no valor original do
projeto ou programa sem necessidade de nova autorização pela ANP, não sendo considerada
no cálculo deste percentual eventual variação cambial e a receita financeira de que trata o
item 2.36.
5.11 A alteração do plano de trabalho nos termos do item 5.10, quando existente, deverá
ser justificada nos documentos fornecidos para fins da fiscalização de que trata o Capítulo 6
deste Regulamento.
5.12 A alteração que exceda ao percentual estabelecido no item 5.10 estará sujeita a
avaliação da ANP, que fica condicionada à fiscalização das atividades realizadas no projeto e
respectivas despesas, devendo ser encaminhados os documentos previstos no item 6.6(c)
previamente à aplicação dos recursos.
5.13 O projeto ou programa preliminarmente autorizado que apresente modificação do
objeto previsto no plano de trabalho não será reconhecido para fins de cumprimento da
obrigação de investimento em P,D&I.

Validade da Autorização
5.14 A autorização concedida pela ANP nos termos estabelecidos neste capítulo terá
validade de 1 (hum) ano a partir da data de sua publicação.

34
1. CAPÍTULO 6 – DA FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DA CLÁUSULA DE P,D&I

6.1 O processo de fiscalização será realizado com base no Ano de Referência e deve ter
como finalidade verificar o cumprimento da obrigação contratual de investimento em P,D&I
por parte das Empresas Petrolíferas, devendo tal verificação abranger a obrigação gerada no
próprio Ano de Referência e eventuais Saldos existentes conforme previsto nos itens 2.18 e
2.27.
6.2 Para fins do processo de fiscalização, a Empresa Petrolífera é responsável pelo
acompanhamento e controle das atividades, dos prazos, dos resultados obtidos e das
despesas realizadas nos projetos ou programas, sejam estes por ela executados diretamente
ou contratados junto a Empresas Brasileiras ou Instituições Credenciadas.
6.3 Na fiscalização do cumprimento da obrigação de investimento em P,D&I serão
consideradas as informações técnicas e financeiras fornecidas pela Empresa Petrolífera para
comprovação das atividades de P,D&I, de despesas realizadas e dos resultados obtidos nos
projetos ou programas executados com recursos das Cláusulas de P,D&I, na forma
estabelecida neste Capítulo.
6.4 A Empresa Petrolífera obriga-se a fornecer as informações referentes à aplicação dos
recursos, na forma e prazo previstos neste Capítulo, até a quitação da obrigação de
investimento em P,D&I relacionada a um ou mais Campos vinculados a um contrato específico.
6.5 A quitação da obrigação de investimento em P,D&I para um contrato específico
ocorrerá quando a ANP emitir Parecer de Fiscalização, atestando a inexistência de qualquer
parcela remanescente de recursos da obrigação total gerada, para um ou mais Campos
vinculados, incluso eventual Saldo de Recursos Não Investidos (SRN) apurado em processo de
fiscalização anterior.

Das Informações e Prazos


6.6 As informações técnicas e financeiras sobre os projetos ou programas deverão ser
apresentadas na forma dos seguintes documentos:
a) Relatório Consolidado Anual de P,D&I (RCA);
b) Plano de Trabalho de Projeto ou Programa (PTR) executado pela Empresa
Petrolífera ou sua afiliada, ou contratado junto a Empresa Brasileira ou
Instituição Credenciada;
c) Relatório Técnico (RTC) e Relatório de Execução Física e Financeira (REF) do
projeto ou programa;
6.7 Os documentos relacionados no item 6.6 deverão ser gerados e encaminhados por
meio de sistema informatizado de acompanhamento dos investimentos em P,D&I, a ser
disponibilizado no sítio da ANP, observado o estabelecido no ANEXO A.
6.8 O RCA deverá ser encaminhado até 30 de setembro do ano subsequente àquele em
que a obrigação foi gerada e quando houver Saldo de Recursos Não Aplicados (SRN) a ser
investido.

35
6.9 O prazo estabelecido no item 6.8 deverá ser observado para apresentação de RCA
representativo de despesas com P,D&I realizadas antecipadamente à ocorrência de fato
gerador da obrigação para as quais a Empresa Petrolífera pleiteie o reconhecimento como
Saldo Credor a Compensar (SCC).
6.10 O PTR deverá ser encaminhado à ANP no prazo de até 90 (noventa) dias corridos
contados da data de contratação ou início do projeto ou programa. (NR)
6.10A. O RTC e o REF deverão ser encaminhados à ANP no prazo de até 120 (cento e vinte)
dias corridos contados da data de conclusão do projeto ou programa.
6.11 O previsto no item 6.10 aplica-se a projeto ou programa cancelado, fazendo constar
do RTC as justificativas do cancelamento.
6.12 Para projeto ou programa estruturante deverá ser observado o previsto no item
6.10, salvo disposições específicas estabelecidas em termo de cooperação em atendimento
ao disposto no item 3.43.
6.13 Considerando a natureza específica do projeto ou programa, a ANP poderá solicitar
informações adicionais na forma de documentação complementar referente aos contratos, às
atividades e despesas executadas, aos recursos despendidos e aos resultados obtidos, com o
objetivo de subsidiar o processo de análise técnica.
6.14 O prazo de entrega das informações adicionais de que trata o item 6.13 será de até
60 (sessenta) dias corridos contados da data da solicitação. (NR)

Auditoria Contábil e Financeira


6.15 A ANP poderá determinar a realização de Auditoria Contábil e Financeira em projetos
ou programas por ela selecionados com o fim de subsidiar a avaliação técnica quanto a sua
conformidade econômico-financeira.
6.16 A Auditoria Contábil e Financeira deverá ser realizada por empresa de auditoria
independente, inscrita na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a ser contratada pela
Empresa Petrolífera.

Relatório Consolidado Anual de P,D&I - RCA


6.17 O RCA deverá ser elaborado pela Empresa Petrolífera para cada contrato.
6.18 Uma vez estabelecida a vinculação do projeto ou programa a um contrato, fica
vedado o seu remanejamento, salvo o previsto no item 2.31.
6.19 No caso de projeto ou programa cooperativo de que trata o item 3.44 cada Empresa
Petrolífera deverá vincular o projeto ou programa a um contrato e fornecer as informações
correspondentes no RCA pertinente, independente do previsto no item 3.48.
6.20 O RCA deverá apresentar a relação dos projetos ou programas em execução e dos
projetos ou programas que foram concluídos no Período de Referência.

36
6.21 O RCA deverá consolidar as informações referentes ao repasse de recursos no
âmbito de projeto ou programa contratado junto a Instituição Credenciada ou Empresa
Brasileira, bem como, aos desembolsos realizados pela Empresa Petrolífera no Período de
Referência.
6.22 Os desembolsos a que se referem o item 6.21 correspondem às despesas realizadas
no âmbito de projeto ou programa executado pela Empresa Petrolífera ou das despesas
relativas à participação da Empresa Petrolífera no âmbito de projeto ou programa contratado
junto a Instituição Credenciadas ou Empresa Brasileira.
6.23 As informações referentes ao projeto ou programa incluído em um RCA devem,
obrigatoriamente, ser atualizadas no relatório anual subsequente, independente da existência
ou não de nova obrigação, até sua conclusão.
6.24 As informações correspondentes a despesas realizadas com proteção da
propriedade intelectual de ativo intangível gerado devem ser apresentadas como item
específico do RCA, identificando-se o projeto ou programa que deu origem ao referido ativo,
o registro de propriedade intelectual e as despesas realizadas.
6.25 As informações correspondentes às despesas relacionadas com atividades de gestão
de projetos e programas de P,D&I, na forma prevista no item 4.5, devem ser apresentadas
como itens específicos do RCA.(NR)
6.26 [Revogado]
6.27 As despesas referentes à contratação da Auditoria Contábil e Financeira poderão ser
lançadas em item específico do RCA para fins de abatimento da obrigação de investimento em
P,D&I.

Arquivo de Informações e Guarda de Documentos


6.28 A Empresa Petrolífera deverá adotar procedimentos de registro, de arquivamento e
guarda de todas as informações e documentos gerados por força do cumprimento da Cláusula
de P,D&I, incluindo, entre outros, contratos e documentos fiscais referentes aos repasses de
recursos e aos pagamentos e às despesas realizadas no âmbito dos projetos ou programas
executados diretamente ou contratados junto a Empresas Brasileiras ou Instituições
Credenciadas.
6.29 As informações e documentos a que se referem o item 6.28 devem ser mantidas sob
a guarda da Empresa Petrolífera e, quando for o caso, sob a guarda também da Empresa
Brasileira ou Instituição Credenciada, pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos contados da data
de término do projeto ou programa, e devem permanecer à disposição da fiscalização da ANP.
6.30 Os procedimentos a que se referem o item 6.28 devem permitir o imediato e fácil
acesso às informações e documentos sobre as atividades e despesas realizadas nos projetos
ou programas executados com recursos da Cláusula de P,D&I.
6.31 As Instituições Credenciadas e as Empresas Brasileiras devem enviar às Empresas
Petrolíferas contratantes as informações e documentos referentes aos projetos ou programas
por elas executados, sem prejuízo da obrigação de manterem sob a sua guarda cópia da
referida documentação para fins de fiscalização pela ANP.
Visitas Técnicas de Fiscalização
37
6.32 A ANP poderá realizar, a seu critério, a qualquer tempo, visita técnica às instalações
da Empresa Petrolífera, da Instituição Credenciada ou da Empresa Brasileira, com o objetivo
de acompanhar a execução das atividades de P,D&I e confirmar ou obter informações
adicionais sobre os dados constantes nos documentos fornecidos no âmbito do processo de
fiscalização.
6.33 A visita técnica poderá ocorrer durante a fase de execução ou após a conclusão do
projeto ou programa.
6.34 A visita técnica realizada nas instalações da Empresa Brasileira ou Instituição
Credenciada deverá ser acompanhada por representante da Empresa Petrolífera contratante
do projeto ou programa sob fiscalização.
6.35 A ANP notificará a Empresa Petrolífera, com cópia à Empresa Brasileira ou Instituição
Credenciada, conforme o caso, sobre a realização da visita técnica.
6.36 A notificação deverá ser feita com antecedência mínima de 15 (quinze) dias em
relação à data prevista para a realização da visita técnica.
6.37 Na notificação da visita técnica devem ser especificadas a data, os nomes dos
participantes, os objetivos da visita e a agenda de trabalho proposta, bem como os
documentos que deverão ser colocados à disposição da fiscalização pela Empresa Petrolífera,
Instituição Credenciada ou Empresa Brasileira, conforme o caso.

Do Processo de Fiscalização Anual


6.38 O processo de fiscalização anual do cumprimento da obrigação de investimento em
P,D&I será realizado com base na avaliação das informações constantes no RCA e demais
documentos especificados no item 6.6, bem como, a critério da ANP, na avaliação das
informações adicionais solicitadas, daquelas obtidas durante visitas técnicas de fiscalização,
ou daquelas apresentadas em Relatório de Auditoria Contábil e Financeira.
6.39 Na verificação anual do cumprimento da obrigação de investimento em P&D serão
consideradas:
a) As informações constantes do RCA, REF, RTC e PTR para projetos e programas
concluídos;
b) As informações constantes do RCA para os demais projetos e programas e para
as despesas previstas nos itens 6.24, 6.25 e 6.27.
6.40 As informações declaradas no RCA serão avaliadas quanto ao atendimento do
estabelecido nos itens 6.17 a 6.27, ao cumprimento dos prazos e regras gerais de destinação
de recursos previstos no Capítulo 2 deste Regulamento, assim como ao atendimento do
disposto no Capítulo 5 e à regularidade das Instituições Credenciadas, quando couber.
6.41 Na avaliação das informações de que trata o item 6.39(a) serão considerados os
seguintes aspectos:
a) A relevância do projeto ou programa para o setor de Petróleo, Gás Natural,
Biocombustíveis, outras fontes de Energia Renováveis correspondentes a esse
setor e Indústria Petroquímica de Primeira e Segunda Geração;(NR)

38
b) O enquadramento das atividades executadas como pesquisa, desenvolvimento
e inovação nos termos estabelecidos neste Regulamento;
c) O enquadramento das despesas realizadas e sua compatibilidade com as
atividades realizadas, que deverá considerar a natureza do projeto ou programa
conforme disposições deste Regulamento;
d) As atividades realizadas, os resultados alcançados e possíveis desdobramentos;
e) [Revogado]
f) A adequação dos documentos e informações ao formato e padrão técnico
requeridos;
g) O atendimento às demais regras estabelecidas neste Regulamento.

6.42 A avaliação das informações pertinentes ao item 6.39 resultará no pronunciamento


final quanto ao enquadramento ou não do projeto ou programa concluído e despesas nele
realizadas, assim como, do enquadramento ou não das despesas a que se referem os itens
6.24, 6.25 e 6.27.
6.43 A ANP poderá solicitar, a seu critério, a apresentação de RTC e REF referentes a
projeto ou programa em execução incluído no RCA, incorporando-o ao processo de avaliação
nos termos previstos no item 6.41, resultando em pronunciamento quanto ao enquadramento
ou não de despesas realizadas até o período da verificação.
6.44 Para fins de aplicação do previsto no item 2.31 deverão ser apresentados o RTC e o
REF do projeto ou programa em execução, sendo estes incorporados ao processo de avaliação
nos termos do previsto nos itens 6.41 e 6.43.

Da Apuração de Saldo para o Ano de Referência e Emissão de Parecer de Fiscalização


6.45 O valor do recurso total do projeto ou programa objeto de verificação do
cumprimento da obrigação de investimento em P&D, nos termos dos itens 6.39(a) e 6.43, é
constituído pela soma entre o valor nominal dos repasses ou desembolsos e o valor da receita
financeira auferida, caso exista, em atendimento ao previsto nos itens 2.34 a 2.36:
VRP = VR + RF
Onde:
VRP - Valor do recurso total do projeto ou programa
VR - Valor nominal dos repasses ou desembolsos do projeto ou programa
RF - Receita financeira nominal do projeto ou programa

6.46 O valor não aprovado do projeto ou programa corresponderá à soma do valor das
despesas não aceitas com o valor do recurso não utilizado, multiplicada pela razão entre o
valor nominal dos repasses ou desembolsos efetuados e o valor do recurso total:
VR
VNA = DNE + RNU
VRP

39
Onde:
VNA - Valor não aprovado para projeto ou programa
DNE - Valor de despesas não aceitas para projeto ou programa
RNU - Valor de recurso não utilizado do projeto ou programa
VR - Valor nominal dos repasses ou desembolsos do projeto ou programa
VRP - Valor do recurso total de projeto ou programa

6.47 O VNA apurado nos termos previstos no item 6.46 será corrigido pela taxa referencial
do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC para títulos federais, calculada
considerando o período compreendido entre o Ano de Referência do último repasse ou
desembolso associado ao respectivo projeto ou programa e o Ano de Referência da apuração
do VNA, conforme declarado no RCA.
6.48 No caso em que o VNA apurado seja superior ao último repasse ou desembolso, a
taxa SELIC aplicada ao valor excedente corresponderá ao período compreendido entre o Ano
de Referência em que tenha havido repasse ou desembolso, imediatamente antecedente ao
último computado, conforme estabelecido no item 6.47, e o ano de apuração do VNA, de
forma sucessiva até que o VNA apurado seja totalmente computado para efeito de correção.
6.49 Para despesas com proteção da propriedade intelectual, despesas com atividades de
gestão e despesas com contratação da Auditoria Contábil e Financeira, o valor não aprovado
será verificado no próprio Ano de Referência, conforme informado no respectivo RCA, não
cabendo correção para efeito de computo do valor não aprovado.(NR)
6.50 O valor total não aprovado para o Ano de Referência corresponde ao somatório dos
valores não aprovados corrigidos nos termos dos itens 6.47 e 6.48 para cada projeto ou
programa, acrescido do valor apurado como não aprovado nos termos do item 6.49:


VTN =  VNAC  + VDVN




Onde:
VTN – Valor total não aprovada para o Ano de Referência
 –Valor corrigido não aprovado para o projeto ou programa 
VDVN – Valor total não aprovado para despesas não vinculadas a projeto ou programa
específico a que se refere o item 6.49.

6.51 Para efeito de aplicação no previsto no item 6.50, o valor VNAC corresponderá ao
próprio valor VNA nos casos em que não haja correção em função de o repasse ou desembolso
ter ocorrido no próprio Ano de Referência da apuração.
6.52 O valor total aprovado para o Ano de Referência será a diferença entre o valor total
declarado no RCA relativo a repasses ou desembolsos realizados e o valor total não aprovado
calculado nos termos do previsto no item 6.50:
VTA = VTD − VTN

40
Onde:
VTA – Valor total aprovado para o Ano de Referência
VTD – Valor total de repasses e desembolsos declarado no Ano de Referência
VTN – Valor total não aprovada para o Ano de Referência

6.53 Na apuração de saldo para o Ano de Referência serão consideradas as parcelas


mínimas obrigatórias para destinação de recursos e demais disposições estabelecidas no
Capítulo 2.
6.54 Para contratos de Concessão e Partilha da Produção, a apuração a que se refere o
item 6.53 considerará o computo entre o valor total aprovado para o Ano de Referência, o
valor da obrigação gerada no Ano de Referência e valor do saldo de período anterior, corrigido
nos termos do previsto nos itens 2.18 ou 2.28, conforme o caso:
 =   − !" + 
Onde:
SAR – Saldo do Ano de Referência
VOB – Valor da obrigação gerada no Ano de Referência
SAA – Valor corrigido de saldo apurado em processo de fiscalização anterior. O valor será
positivo em caso de investimento anterior a maior ou antecipado ou negativo em caso de
investimento anterior a menor.
VTA – Valor total aprovado para o Ano de Referência

6.55 Para contrato de Cessão Onerosa o valor SAR será calculado conforme previsto no
item 6.54 somente no caso em que houver investimento a maior, em observância ao previsto
nos itens 2.21 e 2.22.
6.56 Para efeito do previsto no item 2.22, o cálculo do valor a ser recolhido ao Tesouro
Nacional corresponderá a:
VTR = VOB − VTA × &'(
Onde:
VTR – Valor total corrigido a ser recolhido ao Tesouro Nacional referente ao Ano de Referência
VOB – Valor da Obrigação gerada no Ano de Referência
VTA – Valor total aprovado para o Ano de Referência
SELIC – Fator de correção relativo à taxa referencial do SELIC
6.57 Anualmente será emitido Parecer de Fiscalização, com a manifestação final sobre os
valores apurados para efeito de comprovação do cumprimento da obrigação de investimento
em P,D&I do Ano de Referência.
6.58 O Parecer de Fiscalização será elaborado no prazo de até 120 (cento e vinte) dias,
contados do recebimento do RCA, não sendo computado nesse prazo o período referente ao
atendimento, por parte da Empresa Petrolífera, de eventuais exigências formuladas pela ANP
durante o processo de avaliação técnica, ou de eventual realização de visita técnica de
fiscalização.

41
6.59 O Parecer de Fiscalização deverá conter demonstração expressa sobre a apuração
dos seguintes valores:
a) Valor Total Aprovado para o Ano de Referência;
b) Valor Total Não-Aprovado; e
c) Cálculo de saldo no Ano de Referência, observadas as parcelas de destinação de
recursos e demais disposições estabelecidas no Capítulo 2.

42
CAPÍTULO 7 – DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS (Itens 7.2, 7.3, 7.4 e 7.10 alterados pela
Resolução ANP Nº 15/2016), alterado pela Resolução Nº 674, de 23 de março de 2017,
publicada no DOU Nº 58, de 24 de março de 2017, Seção 1, página 125.

7.1 As Empresas Petrolíferas poderão aplicar os recursos de que trata o item 1.39 na
contratação de projeto ou programa a ser executado por Instituições Credenciadas ou
Empresas Brasileiras, observadas as demais disposições deste Regulamento.
7.2 Os projetos e programas estruturados com base nas regras previstas no
Regulamento Técnico ANP nº 5/2005 poderão ser contratados ou iniciados até 31/03/2017.
7.3 Os projetos e programas estruturados com base nas regras previstas no item 8.2 do
Regulamento Técnico ANP nº 5/2005 poderão ser submetidos para Autorização da ANP até
31/08/2016.
7.4 As autorizações prévias concedidas pela ANP no âmbito do item 8.2 do Regulamento
Técnico ANP nº 5/2005 são válidas até 31/03/2017 para fins de contratação dos respectivos
projetos e programas, incluídas as Autorizações que vierem a ser concedidas em atendimento
ao previsto no item 7.3.
7.5 Fica vedada qualquer alteração nos projetos ou programas que se encontrem em
execução na data de publicação deste Regulamento que resulte em acréscimo superior a 30%
(trinta por cento) do valor de despesas previamente aprovadas, não sendo considerada no
cálculo deste percentual eventual variação cambial e a receita financeira.
7.6 As Empresas Petrolíferas farão constar no RCA referente a cada contrato, quando
couber, relações separadas para os projetos ou programas, executados diretamente ou
contratados, segundo estes estejam sob as regras do presente Regulamento ou sob as regras
do Regulamento Técnico ANP nº 5/2005, apresentando as informações de acordo com as
especificidades contidas em cada regulamento.
7.7 As Empresas Petrolíferas deverão estabelecer a vinculação dos projetos ou
programas executados diretamente ou contratados junto a Instituições Credenciadas ou
Empresas Brasileiras a cada contrato individual, conforme previsto no item 6.18, a partir do
Ano de Referência de 2015.
7.8 O Saldo Credor a Compensar, caso haja, poderá ser integralmente utilizado para
compensação da obrigação de investimento em P,D&I em Ano de Referência anterior a 2015
cujo processo de fiscalização não tenha sido concluído na esfera administrativa até a data de
publicação deste Regulamento.
7.9 Na fiscalização dos projetos ou programas iniciados em data anterior à publicação
deste Regulamento serão consideradas as regras vigentes à época de sua contratação, sendo
observado, no que couber, o estabelecido no Capítulo 6.
7.10 Para projeto ou programa contratado ou iniciado com base nas regras previstas no
Regulamento Técnico ANP nº 5/2005, o Relatório técnico e o Relatório de execução físico
financeira correspondentes deverão observar o formato estabelecido no Regulamento
Técnico ANP n° 3/2015 e os prazos previstos no seu Capítulo 6, salvo o disposto a seguir:

43
a) Para projetos concluídos até 30/06/2016 o Relatório técnico e o Relatório de
execução físico financeira deverão ser encaminhados até 30/09/2017;
b) Para projetos concluídos entre 01/07/2016 e 30/06/2017 o Relatório técnico e
o Relatório de execução físico financeira deverão ser encaminhados até
30/09/2017.
7.11 O disposto nos itens 4.3(c), 4.4 e 4.5, poderá ser aplicado na apuração do
cumprimento da obrigação contratual de investimento em P,D&I em Ano de Referência
anterior a 2015 cujo processo de fiscalização não tenha sido objeto de decisão definitiva até a
data de publicação deste Regulamento.
7.12 Até que seja implantado o sistema informatizado de que trata o item 6.7, a ANP
disponibilizará formulários padrão para elaboração dos documentos listados no item 6.6,
conforme orientações constantes de Manual Orientativo disponibilizado pela ANP.

44
ANEXO A
ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS SOBRE DESPESAS COM PASSAGENS, DIÁRIAS E AJUDA DE
CUSTO E DOCUMENTOS A SEREM SUBMETIDOS À ANP

A.1. Este Anexo apresenta orientações específicas sobre despesas com passagens, diárias e
ajuda de custo, bem como, as orientações acerca dos documentos a serem encaminhados à
ANP pertinentes ao cumprimento do estabelecido neste Regulamento.
A.2. Esclarecimentos pertinentes a itens de despesa previstos neste Regulamento encontram-
se em Manual Orientativo, disponibilizado no sítio da ANP, que inclui os modelos a serem
adotados para Plano de Trabalho (PTR), Relatório Consolidado Anual de P,D&I (RCA), Relatório
de Execução Financeira (REF) e Relatório Técnico (RTC).

A.3. Orientações Específicas sobre Despesas com Passagens, Diárias a Ajuda de Custo

A.3.1. São admitidas despesas com passagens, diárias e ajuda de custo para integrantes da
equipe executora, desde que vinculados a Instituição Credenciada ou Empresa executora ou
coexecutora de até Micro e Pequeno Porte, para realização de trabalhos de campo,
intercâmbio técnico-científico e treinamento específico no âmbito de projeto ou programa de
P,D&I.
A.3.2. Os dados referentes a cada viagem devem ser preenchidos no Plano de Trabalho sendo
especificados: destino, evento, possíveis integrantes da equipe técnica envolvidos, valor
unitário, passagem relacionada e importância da viagem para a execução do projeto ou
programa.
A.3.3. A concessão de diárias é admitida para período de até 15 dias, e deve se dar de acordo
com os seguintes valores de referência:
a) O valor das diárias a serem pagas no País deve ser proporcional aos custos de
deslocamento local, limitados a R$ 500,00 (quinhentos reais) por diária.
b) O valor das diárias a serem pagas no Exterior é função do País de destino,
podendo variar de U$ 180,00 (cento e oitenta dólares) a U$ 370,00 (trezentos e
setenta dólares), conforme Tabela A1.
A.3.4. A concessão de ajuda de custo é admitida somente para período superior a 15 dias e
inferior a 1 ano, e deve se dar de acordo com os seguintes valores de referência:
a) Ajuda de Custo no Brasil: até R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por mês, acrescidos
de uma ajuda de custo adicional, de igual valor, no primeiro mês. No último mês
de afastamento, caso o período seja inferior a 16 dias, poderá ser percebida
meia ajuda,no valor máximo de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

45
b) Ajuda de Custo no Exterior: variável em função do País de destino, podendo
variar de U$ 1.440,00 (mil e quatrocentos e quarenta dólares) a U$ 2.960,00 (mil
e novecentos e sessenta dólares), conforme Tabela A1, por mês, acrescidos de
uma ajuda de custo adicional, de igual valor, no primeiro mês. No último mês de
afastamento, caso o período seja inferior a 16 dias, será percebida meia ajuda
de custo em valores que podem variar de U$ 720,00 (setecentos e vinte dólares)
a U$ 1.480,00 (mil e quatrocentos e oitenta dólares).
A.3.5. As despesas com passagens deverão representar o valor praticado para os destinos
indicados, em classe econômica ou similar.
A.3.6. Para pesquisador visitante são admitidas despesas com passagens e ajuda de custo, no
âmbito de projeto ou programa de P,D&I executado por Instituição Credenciada.
A.3.7. Os valores previstos para diárias e ajuda de custo poderão ser revistos pela ANP, sempre
que necessário, mediante aprovação da Diretoria Colegiada.

A.4. Plano de Trabalho de Projeto ou Programa - PTR


A.4.1. O PTR se aplica a todo projeto ou programa executado no âmbito do cumprimento da
obrigação de investimento em P,D&I.
A.4.2. Na elaboração do PTR deverão ser observadas as regras de aplicação de recursos, as
orientações quanto à qualificação de projeto ou programa e as disposições sobre as despesas
admitidas, estabelecidas neste Regulamento.
A.4.3. O PTR deverá, como regra geral, conter informações que permitam a identificação do
projeto ou programa, o(s) executor(es), prazo de execução, objetivos, justificativas, resultados
pretendidos, valor total, detalhamento de despesas, e demais informações técnicas e de
acompanhamento de sua execução, além de outras que são específicas para os projetos de
melhoria de infra-estrutura laboratorial, formação e qualificação de recursos humanos, e de
apoio a instalações laboratoriais de P,D&I.
A.4.4. Na elaboração do PTR de programa tecnológico para desenvolvimento e capacitação de
fornecedores, o Plano de Negócios a que se refere o item 3.9, deverá conter, entre outros, os
seguintes tópicos:
a) Empresa - histórico; estrutura societária; estrutura organizacional; missão e parcerias.
b) Aspectos Operacionais - produtos, processos e/ou serviços oferecidos; área de atuação;
participação no mercado; capacidade instalada; competência tecnológica;
competência de Recursos Humanos; atividades de pesquisa e desenvolvimento.
c) Grau de Inovação - características quanto à natureza da inovação; radical ou
incremental; internacional, nacional ou regional; diferencial tecnológico; identificação
de tecnologias concorrentes.
d) Aspectos Mercadológicos do produto, processo e/ou serviço a ser desenvolvido -
clientes; concorrentes; mercado potencial; fornecedores; segmentação; participação
no mercado; riscos do negócio; estratégia de inserção no mercado.
e) Aspectos Econômico-Financeiros do produto, processo e/ou serviço a ser desenvolvido
- investimento inicial, receitas, custos, despesas e resultados projetados para os
próximos cinco (5) anos; ponto de equilíbrio financeiro projetado.

46
A.5. Relatório Consolidado Anual de P,D&I - RCA
A.5.1. O RCA deverá conter itens de informação geral, sendo identificados o contrato e campo
gerador, o valor consolidado de despesas realizadas no período em instalações da Empresa
Petrolífera ou sua afiliada, em Empresas Brasileiras ou em Instituições Credenciadas, de forma
a demonstrar o atendimento ao estabelecido nos itens 2.7 a 2.15, no que couber.
A.5.2. O RCA deve apresentar a relação de projetos e programas em execução e concluídos no
período de referência, sendo identificados o título, data de início e conclusão, executores,
valor contratado, valor realizado no período, valor realizado acumulado e saldo a ser aplicado.
A.5.3. Os valores a serem informados devem ser discriminados segundo a execução do projeto
ou programa, total ou parcial, tenha sido realizada por Empresa Petrolífera, Empresa Brasileira
ou Instituição Credenciada, e conforme as regras para destinação dos recursos estabelecidas
nos itens 2.7 a 2.15, no que couber.
A.5.4. Adicionalmente, o RCA deve conter informações correspondentes às despesas
realizadas com proteção da propriedade intelectual de ativo intangível gerado e com
atividades de gestão de projetos e programas de P,D&I contratados junto às Instuições
Credenciadas e Empresas Brasileiras, observadas as disposições previstas neste Regulamento,
considerando o período de referência.

A.6. Relatório Técnico de Projeto ou Programa - RTC


A.6.1. O RTC se aplica a todo projeto ou programa executado no âmbito do cumprimento da
obrigação de investimento em P,D&I, e deverá apresentar, além de itens de informação de
caráter geral, os seguintes aspectos de forma destacada, no que couber:
a) Informações sobre o estado da arte do tema objeto da pesquisa;
b) Descrição dos seus objetivos, aplicação e benefícios para o setor, dos procedimentos
experimentais (materiais, equipamentos e métodos utilizados) e dos resultados
obtidos;
c) Avaliação dos resultados, sendo destacados os elementos tecnologicamente novos ou
inovadores e os avanços científicos e tecnológicos obtidos com o projeto ou programa;
d) Registro dos seguintes Indicadores:
i. Capacitação de recursos humanos;
ii. Novos produtos, processos, metodologias e serviços;
iii. Fase de alcance do projeto ou programa (EVTE, Estudo de mercado, Lote
pioneiro, Cabeça de série, Protótipo, Fabricação Piloto);
iv. Apropriação de ativos intangíveis;
v. Transferência de tecnologia;
vi. Publicações em periódicos, em anais e livros;
vii. Implantação de infraestrutura de P,D&I (melhorias, ampliação, nova unidade);
viii. Outros indicadores.
A.6.2. No caso de projeto específico de implantação ou melhoria de infraestrutura
laboratorial, deverão ser apresentadas fotos internas e externas que forneçam uma visão
sobre o porte e características da edificação e sobre os principais laboratórios que foram
implantados, bem como a relação de equipamentos, no que couber.
47
A.7. Relatórios de Execução Financeira de Projeto ou Programa - REF
A.7.1. O REF se aplica a todo projeto ou programa executado no âmbito do cumprimento da
obrigação de investimento em P,D&I, e deverá acompanhar o respectivo Relatório Técnico -
RTC como documento anexo.
A.7.2. O REF deverá discriminar os registros referentes às despesas com atividades de P,D&I
realizadas em instalação da Empresa Petrolífera, ou por Empresa Brasileira ou Instituição
Credenciada contratada, conforme o caso, demonstrando a compatibilidade das mesmas com
o previsto no PTR e justificando as eventuais alterações que tiverem sido efetuadas.
A.7.3. Todas as informações lançadas no REF devem ser lastreadas em documentos
comprobatórios para a fiscalização de que trata o item 6.38.
A.7.4. O REF deverá ser estruturado de forma a conter os seguintes itens de informação,
segundo cada empresa ou instituição co-executora do projeto ou programa, quando
pertinente:
a) Período de execução financeira do projeto ou programa;
b) Demonstrativo de receitas e despesas;
c) Discriminação de despesas previstas e despesas realizadas;
d) Demonstrativo das aquisições de equipamentos;
e) Demonstrativo de rendimento de aplicação financeira;
f) Demonstrativo de utilização do rendimento da aplicação financeira;
g) Registro das despesas realizadas, por rubrica, identificando e correlacionando cada
despesa com o número de seu respectivo documento fiscal comprobatório, com a
atividade/etapa do plano de trabalho e com a fonte de recursos;
h) Outros itens julgados pertinentes.

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TABELA A1 – Valor de Diárias e Ajuda de Custo no Exterior
Valor Diária Valor Ajuda de
Grupos de Países
(US$) Custo Mensal (US$)
Afeganistão, Armênia, Bangladesh, Belarus, Benin,
Bolívia, Burkina-Fasso, Butão, Chile, Comores, República
Popular Democrática da Coréia, Costa Rica, El Salvador,
Equador, Eslovênia, Filipinas, Gâmbia, Guiana, Guiné
Bissau, Guiné, Honduras, Indonésia, Irã, Iraque, Laos,
Líbano, Malásia, Maldivas, Marrocos, Mongólia,
A 180 1.440
Myanmar, Namíbia, Nauru, Nepal, Nicarágua, Panamá,
Paraguai, Rep. Centro Africana, República Togolesa,
Salomão, Samoa, Serra Leoa, Síria, Somália, Sri Lanka,
Suriname, Tadjiquistão, Tailândia, Timor Leste, Tonga,
Tunísia, Turcomenistão, Turquia, Tuvalu, Vietnã,
Zimbábue
África do Sul, Albânia, Andorra, Argélia, Argentina,
Austrália, Belize, Bósnia-Herzegovina, Burundi, Cabo
Verde, Camarões, Camboja, Catar, Chade, China, Chipre,
Colômbia, Dominica, Egito, Eritréia, Estônia, Etiópia,
Gana, Geórgia, Guiné- Equatorial, Haiti, Hungria, Iêmen,
Ilhas Marshall, Índia, Kiribati, Lesoto, Líbia, Macedônia,
B 260 2.080
Madagascar, Malauí, Micronésia, Moçambique,
Moldávia, Níger, Nigéria, Nova Zelândia, Palau, Papua
Nova Guiné, Paquistão, Peru, Polônia, Quênia, República
Dominicana, República Eslovaca, Romênia, Ruanda, São
Tomé e Príncipe, Senegal, Sudão, Tanzânia, Uruguai,
Uzbequistão, Venezuela
Antígua e Barbuda, Arábia Saudita, Azerbaidjão,
Bahamas, Barein, Botsuana, Brunei Darussalam,
Bulgária, Canadá, Cingapura, Congo, Costa do Marfim,
Cuba, Djibuti, Emirados Árabes, Fiji, Gabão, Guatemala,
C Jamaica, Jordânia, Letônia, Libéria, Lituânia, Mali, Malta, 310 2.480
Maurício, Mauritânia, México, República Democrática do
Congo, República Tcheca, Rússia, San Marino, Santa
Lúcia, São Cristovão e Névis, São Vicente e Granadinas,
Taiwan, Trinidad e Tobago, Ucrânia, Uganda, Zâmbia
Alemanha, Angola, Áustria, Barbados, Bélgica,
Cazaquistão, Coréia do Sul, Croácia, Dinamarca, Espanha,
Estados Unidos da América, Finlândia, França, Granada,
Grécia, Hong Kong, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Japão,
D 370 2.960
Kuait, Liechtenstein, Luxemburgo, Mônaco, Montenegro,
Noruega, Omã, Países Baixos, Portugal, Reino Unido,
República Quirguiz, Seicheles, Sérvia, Suazilândia, Suécia,
Suíça, Vanuatu.

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