Universidade Federal de Minas Gerais - Ufmg Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde Da Família

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS– UFMG

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA

LUIZA PROCÓPIO DE CARVALHO

IMPORTÂNCIA DA ADESÃO DAS MULHERES AO EXAME DE


PAPANICOLAU PARA A PREVENÇÃO AO CÂNCER CÉRVICO-
UTERINO

Governador Valadares - MG
2014
LUIZA PROCÓPIO DE CARVALHO

IMPORTÂNCIA DA ADESÃO DAS MULHERES AO EXAME DE


PAPANICOLAU PARA A PREVENÇÃO AO CÂNCER CÉRVICO-
UTERINO

Trabalho de Conclusão do Curso de


Especialização em Atenção Básica em
Saúde da Família, Universidade Federal
de Minas Gerais para obtenção do
Certificado de Especialista.

Orientadora: Cibele Alves Chapadeiro

Governador Valadares - MG
2014
LUIZA PROCÓPIO DE CARVALHO

IMPORTÂNCIA DA ADESÃO DAS MULHERES AO EXAME DE


PAPANICOLAU PARA A PREVENÇÃO AO CÂNCER CÉRVICO-
UTERINO

Trabalho de Conclusão do Curso de


Especialização em Atenção Básica em
Saúde da Família, Universidade Federal
de Minas Gerais para obtenção do
Certificado de Especialista.

Orientadora: Cibele Alves Chapadeiro

Banca Examinadora:
Profa. Cibele Alves Chapadeiro - Orientadora
Profa. Maria Dôlores Soares Madureira - Examinadora
Aprovado em Belo Horizonte, 25 de junho de 2014.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pois sem Ele essa jornada jamais seria cumprida.

Aos meus pais Lina e Roberto, pelo amor e apoio incondicional, não medindo
esforços para que eu chegasse até esta etapa da minha vida.

A professora Cibele Alves Chapadeiro pela paciência e incentivo que tornaram


possível a conclusão deste trabalho.

Agradeço a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização desse


trabalho
“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as
grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível.”
Charles Chaplin
RESUMO

Sabe-se que o Câncer do colo do útero possui o segundo maior índice de


mortalidade no Brasil. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, este fato se
deve a falta de informação por parte das mulheres, assim como pela falta de uma
política que permita o recrutamento dessas mulheres, a realização do exame e o
tratamento através de técnicas adequadas. Devido a estes fatores, mais 50% dos
casos de câncer do colo do útero são diagnosticados em seus estágios mais
avançados, exigindo tratamento muitas vezes mutilantes. O Governo vem buscando
diminuir este problema. Prova disso é o programa Viva Mulher, que objetiva a
padronização de procedimentos e de condutas que garantam a qualidade dos
processos técnicos e operacionais para o controle do câncer. Foi realizado um
levantamento dos principais problemas que acometem a população da Estratégia de
Saúde da Família (ESF) do bairro Recanto Verde/Timóteo-MG através de
pesquisas/entrevistas com informantes chaves, sendo os mais citados: drogas,
carência de área de lazer, saneamento básico, baixa adesão ao exame preventivo
do Câncer de Colo do Útero, gravidez na adolescência, infraestrutura da unidade de
saúde, atendimento na recepção e pavimentação. Priorizaram-se os problemas,
sendo necessária a triagem daqueles com maior urgência. O resultado proveniente
da seleção constituiu o plano de ação. Partindo desta premissa, este estudo, busca
propor uma estratégia de intervenção, a fim de aumentar a adesão das mulheres da
área de abrangência da ESF ao exame de Papanicolau, orientar sobre a importância
da realização do mesmo e assim, evitar e/ou minimizar possíveis agravos
provenientes da não realização do exame. Os principais nós críticos identificados na
realização da prevenção ao câncer de útero, que se concretiza pela realização do
exame de Papanicolau foram: nível de informação da população e questões sócio-
culturais, falta de monitoramento das mulheres para a coleta do exame preventivo,
baixa oferta de coletas do Papanicolau, oferta de consultas médicas para as
mulheres, falta de informação da equipe em relação a importância do exame
Papanicolau e as consequências da não adesão.

Palavras-chaves: Câncer do colo do útero, Prevenção, Fatores de risco.


ABSTRACT

It is known that the cervical cancer has the second highest rate of maternal mortality
in Brazil. According to the data of the Ministry of health, this fact is due to the lack of
information on the part of women, as well as by the lack of a policy that allows for the
recruitment of women, the Director of the examination and the treatment through
appropriate techniques. Due to these factors, over 50% of cases of cervical cancer
are diagnosed in its advanced stages, requiring treatment often mutilantes. The
Government is seeking to reduce this problem. Proof of this is the program Viva
Woman, aimed at the standardization of procedures and conduct that guarantee the
quality of the technical and operational procedures for the control of cancer. We
conducted a survey of the main problems that affect the population of the family
health Strategy (FHS) of neighborhood Green Nook/Timothy-MG via
surveys/interviews with key informants, with the most cited: drugs, lack of
recreational area, sanitation, low adhesion preventive examination of cervical cancer,
teen pregnancy, infrastructure health unit, attendance at the reception and paving.
Prioritized problems, requiring the screening of those with greater urgency. The profit
or loss of the selection was the plan of action. Starting from this premise, this study
seeks to propose a strategy of intervention in order to increase the membership of
the women of the area covered by the ESF to the Pap test, guide on the importance
of completing the same and thus avoid and/or minimize possible damages arising
from the failure of the exam.The major US critics identified in the realization of uterine
cancer prevention, which takes place by performing the Pap test were: level of
information of the population and socio-cultural issues, lack of monitoring of women
for preventive examination collection, low Pap collections offer, offering medical
consultations for women, lack of information from the team about the importance of
Pap smear and the consequences of non-compliance.

Key words: Cancerofthecervix, Prevention, Riskfactors.


SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 9
2- JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 11
3- OBJETIVO .......................................................................................................... 12
4- METODOLOGIA ................................................................................................. 13
5- REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................... 14
5.1- O útero............................................................................................................ 14
5.2- Colo do útero .................................................................................................. 14
5.3- Câncer uterino ................................................................................................ 15
5.4- Papanicolau .................................................................................................... 15
5.5- A importância e conhecimento da prevenção do câncer do colo do útero...... 16
6- PLANO DE AÇÃO .............................................................................................. 19
7- CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 23
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 24
9

1- INTRODUÇÃO

A estratégia saúde da família (ESF) do bairro Recanto Verde, em Timóteo-


MG, possui via urbana e tem transporte público acessível. As atividades econômicas
mais frequentes na comunidade são o comércio e a indústria.
A estrutura do saneamento básico da comunidade é parcialmente adequada,
possuindo tratamento de esgoto e água potável, na maior parte da área de
abrangência da ESF, com alguns lugares com esgoto a céu aberto. A maioria das
casas é de alvenaria. Existem áreas invadidas por famílias, que vivem em situações
precárias, à beira de córregos.
Na área, estão presentes algumas instituições que beneficiam a população,
como: duas creches, o Grupo Humanizar e o Centro de Referência de Assistência
Social (CRAS).
A ESF atende sete micro áreas, com uma população de 5050 habitantes e
1508 famílias (SIAB, 2013). Seu horário de funcionamento é de 07 às 17 horas, de
segunda a sexta-feira.
A estrutura física da unidade é feita de alvenaria e constituída por: recepção,
dois consultórios médicos, sendo que um funciona também como coleta de exames,
um consultório de enfermagem com sanitário, uma sala de curativo, uma farmácia,
uma sala de vacina, banheiros para usuários e para funcionários, cozinha,
almoxarifado e um terraço onde acontecem os grupos operativos.
As atividades desenvolvidas na unidade são: Hiperdia onde são realizadas as
atividades de Saúde do Idoso e do Adulto: palestras, aferição de pressão arterial,
medida do peso, altura, medida da circunferência abdominal dos hipertensos e
diabéticos e consulta individualizada com o médico; Saúde da Mulher, que
compreende o exame de papanicolau e pré-natal; Saúde da criança, em que se
realiza a puericultura; Acolhimento, que acontece o dia todo; Consultas, de
enfermagem e médica; Vacinação; Medicação; Curativo e Coleta de exames.
Foram levantados os principais problemas através de levantamento dos
dados do SIAB e entrevistas com informantes chaves, sendo os mais frequentes:
drogas, carência de área de lazer, problemas no saneamento básico, baixa adesão
ao exame preventivo do Câncer de Colo do Útero, gravidez na adolescência,
infraestrutura da unidade de saúde, atendimento na recepção e pavimentação. De
10

acordo com a prioridadedos problemas e a governabilidade dos mesmos, elencou-se


o controle do câncer do útero, isto é, a adesão das mulheres à realização do exame
de Papanicolau, como problema para o qual se pretende propor um plano de ação
neste trabalho.
Considerando os nós críticos identificados no processo de trabalho, Campos,
Faria e Santos (2010), indicam que o controle do câncer do útero depende do apoio
dos serviços de saúde e da conscientização da mulher quanto à adoção de medidas
preventivas. Assim, neste projeto, o exame de Papanicolau tornou-se o tema a ser
estudado.

“O controle do câncer do colo do útero representa um grande


desafio para a saúde pública, principalmente no Brasil. Os dois
principais motivos que não permitiram as ações de prevenção do
colo do útero definir a incidência e controlar a mortalidade da doença
no Brasil, são a falta de uma política nacional que permitisse o
recrutamento das mulheres, a citopatologia, o controle da qualidade
e o tratamento dos casos positivos, assim como uma avaliação
adequada dos resultados obtidos (BRASIL, 2001).”

Existem muitas mulheres desinformadas sobre o câncer do colo do útero.


Existem hoje, na área de abrangência da ESF do bairro Recanto Verde, 2248
mulheres acima de 18 anos, sendo que somente 40% dessas mulheres realizam o
exame de Papanicolau na unidade. Realizar o exame previne a doença e suas
consequências, aumentando a garantia da cura em caso de detecção precoce.
Outro fator que muito dificulta a detecção do câncer do colo do útero é o
abandono de tratamento de saúde por parte das mulheres. Este abandono se da
muitas vezes pelo temor e angústia experimentados durante uma consulta, o mau
atendimento e até mesmo a ideia de que o que se passa com as mulheres deva ser
escondido e que o corpo não deva ser visto nem pelos médicos e nem por elas
mesmas (BRASIL, 2012).
O presente trabalho objetiva propor uma estratégia de orientação à realização
do exame de Papanicolau, a fim de aumentar o número de mulheres que o realizam
e a adesão por cada mulherao exame.
11

2- JUSTIFICATIVA

Segundo Lopes et al. (1995), o câncer cérvico-uterino no Brasil apresenta


altas taxas de mortalidade e morbidade, em decorrência do diagnóstico tardio, sendo
que este tipo de câncer pode ser facilmente diagnosticado e apresentar altas taxas
de cura quando realizado precocemente.
Mediante os possíveis agravos provenientes da baixa adesão das mulheres
ao exame Papanicolau, que segundo Souza e Barbosa (2008) contribuem para as
estatísticas que demonstram o câncer de colo uterino como o terceiro mais
frequente na população feminina, entendeu-se como importante propor uma ação
que aumente a adesão das mulheres ao exame.
12

3- OBJETIVO

O objetivo geral deste estudo foi descrever o conhecimento sobre o útero, o


câncer de útero e o exame preventivo Papanicolau e elaborar uma proposta de
intervenção para orientar mulheres sobre a realização do exame Papanicolau, a fim
de aumentar a informação e a adesão ao mesmo e assim, evitar e/ou minimizar
possíveis agravos provenientes da não realização do exame.
13

4- METODOLOGIA

Trata-se de uma análise da bibliografia sobre a realização do exame de


Papanicolau como prevenção do câncer de útero e uma proposta de um plano de
intervenção, a partir de uma análise situacional do território da área de abrangência
da ESF do bairro Recanto Verde em Timóteo/MG.
A bibliografia foi obtida através dos bancos de dados eletrônicos: Scielo e
Google Acadêmico. O uso de palavras-chave incluiu combinações dos seguintes
termos: Papanicolau, realização de Papanicolau, adesão ao Papanicolau. A partir
daí, selecionou-se os artigos entre 1997 a 2013, seguindo os passos: leitura do
material e organização dos dados.
Foi realizada uma pesquisa exploratória. Segundo Gil (1999), a pesquisa
exploratória tem como finalidade apresentar maiores informações sobre determinado
assunto, sendo o foco, nesta pesquisa, o exame Papanicolau.
Vergara (2004) define os tipos de pesquisas em dois: quanto aos fins e
quanto aos meios de investigação. Quanto aos fins, o trabalho será do tipo
descritivo, pois visa descrever a importância do exame preventivo Papanicolau.
Quanto aos meios, o trabalho é bibliográfico, pois se valerá de materiais publicados
para ser realizado.
14

5- REVISÃO DA LITERATURA

5.1- O útero
O útero é a parte do aparelho reprodutor feminino que recebe o ovócito
fecundado pelo espermatozoide, o embrião. É no útero que o embrião se instala e
desenvolve até a hora do nascimento. É um órgão muscular oco, em forma de pera,
côncavo e de paredes espessas, situado entre a bexiga e o reto. Ele recebe as
tubas uterinas em sua parte superior e se prolonga em direção à vagina (LIRA
NETO, 2000).
A porção superior do útero é chamada corpo, abaixo situa-se o óstio, e a
porção inferior cilíndrica que se abre na vagina é denominada colo uterino. A
cavidade do útero é revestida por uma camada de tecido chamada endométrio. A
descamação do endométrio é o fluxo menstrual (HALBE, 2000).

5.2- Colo do útero


O colo uterino é a parte inferior do útero que fica dentro do canal da vagina,
na sua parte superior, e é revestido por várias camadas de células epiteliais
pavimentosas, arranjadas de forma bem ordenada. Ele tem um orifício por onde sai
a menstruação. Nesta parte há células que podem se modificar produzindo um
câncer. Estas alterações celulares têm uma progressão gradativa e é por isto que
este tipo de câncer é curável quando descoberto no início (LIRA NETO, 2000).

FIGURA 1 – O colo do útero (LIRA NETO, 2000).


15

5.3- Câncer uterino


De acordo com Leite et al. (2010), o câncer de colo de útero é uma neoplasia
que atinge milhares de mulheres brasileiras e que se diagnosticada precocemente,
as chances de cura chegam a 100%.
De acordo com Freitas Filho (2011), uma das formas de detectar o câncer do
colo do útero é através do exame conhecido como Papanicolau. É fundamental que
esse exame preventivo seja realizado periodicamente em função desse tipo de
câncer demorar anos para se desenvolver. O principal causador do câncer do colo
do útero é o Papiloma Vírus Humano (HPV).
Uma das formas de combate a proliferação dessa doença traçada pelo
governo brasileiro foi a elaboração da Política Nacional de Atenção Oncológica
(PNAO), no ano de 2005, que estabeleceu o controle dos cânceres do colo do útero
e de mama como componente fundamental a ser previsto nos planos estaduais e
municipais de saúde (Portaria GM nº 2.439/2006, de 31 de dezembro de 2005). A
importância da detecção precoce dessas neoplasias foi reafirmada no Pacto pela
Saúde em 2006, por meio da inclusão de indicadores na pactuação de metas com
estados e municípios, para a melhoria do desempenho das ações prioritárias da
agenda sanitária nacional (BRASIL, 2011).

No ano de 2009, foram registrados cerca de 11 milhões de exames


citopatológicos no Brasil, demonstrando assim um aumento do número de exames
se comparado a anos anteriores. Porém, a mortalidade por câncer do colo do útero
no Brasil ainda é considerável, cuja redução torna-se um desafio a ser vencido
(BRASIL, 2011).

5.4- Papanicolau
O exame de Papanicolau ou "preventivo de câncer de colo uterino" é simples,
e tem reduzido as mortes por câncer de colo de útero em 70 %, desde sua criação
pelo Dr. George Papanicolau, em 1940. O sucesso do teste deve-se ao fato de que
ele pode detectar doenças que ocorrem no colo do útero antes do desenvolvimento
do câncer (HALBE, 2000).

De acordo com Leite et al. (2010), o exame Papanicolau conhecido também


como esfregaço cérvico-vaginal, citologia oncótica, preventivo, e fora do Brasil como
16

Pap Test ou PapSmear, este exame não é somente uma maneira de diagnosticar a
doença. Ele serve principalmente para determinar o risco de uma mulher vir a
desenvolver o câncer ou, preferencialmente, alterações celulares que podem dar
origem ao câncer do colo uterino anos mais tarde (por isso chamado de preventivo).
Quanto mais cedo essas alterações forem descobertas, maior a chance de cura e
menos complexo e traumático é o tratamento. Normalmente são dadas outras
informações neste exame como a presença ou ausência de infecções (candidíase,
tricomoníase, bactérias...) e o estado hormonal.

Este exame consiste na retirada de células soltas ou presentes em um líquido


para estudo. O médico ou o técnico treinado para isto, introduz um espéculo vaginal
e procede-se à escamação ou esfoliação da superfície externa e interna do colo
através de uma espátula de madeira e de uma escovinha endocervical. Este
material, geralmente colhido durante um exame ginecológico, é normalmente
colocado em lâminas de vidro ou frascos específicos, e levado ao laboratório de
Anatomia Patológica para ser visto por um médico anatomopatologista (LIRA NETO,
2000).

FIGURA 2 – Exame Papanicolaou(LIRA NETO, 2000).

5.5- A importância e conhecimento da prevenção do câncer do colo do


útero
Rodrigues, Barbosa e Matos (2013) realizaram uma revisão literária, com o
objetivo de verificar a eficácia do Papanicolau na prevenção da neoplasia de útero e
avaliar a cobertura do exame no Brasil. Eles constataram que a taxa de mortalidade
pelo câncer do colo do útero no Brasil ainda se encontra elevada graças a não
realização do exame Papanicolau. Eles ressaltaram que muitas mulheres não tem
17

acesso ao exame, mesmo ele sendo oferecido em todos os postos de saúde do


país. Eles chegaram a conclusão que ainda há deficiência na informação sobre o
diagnóstico do câncer e o acesso ao diagnóstico para todos, que precisa ser sanada
a fim de que haja avanços.
Valente et al. (2009) relatam um estudo com 1035 mulheres, sendo 476
maiores de 18 anos, com o objetivo de identificar o conhecimento de mulheres
estudantes do ensino médio noturno, em escolas públicas da cidade de
Uberaba/MG, a respeito do exame de Papanicolau. Eles verificaram que 58,4 % das
mulheres entrevistadas possuíam um conhecimento distorcido do exame
Papanicolau, apesar de ser tão divulgado.
Castro (2010) fez uma revisão de literatura com o objetivo de identificar
evidências científicas sobre o conhecimento das mulheres acerca do exame
Papanicolau e de prevenção do câncer de colo uterino. Ele concluiu que o
conhecimento ainda é escasso por grande parte das mulheres e que talvez explique
os altos índices de mortalidade dessa neoplasia no Brasil. O autor ressaltou ainda, a
importância do Programa de Saúde da Família na prevenção do câncer de colo
uterino.
Brennaet al. (2001) realizaram um estudo, em que foram entrevistadas 138
mulheres, cujo objetivo foi analisar conhecimento, atitude e prática do exame de
Papanicolau, a fim de compreender a não adesão das mulheres a este exame. Os
autores concluíram que, mais de 80% das mulheres entrevistadas apresentaram
desmotivação e vergonha de realizar o Papanicolau, 60% relataram que os médicos
não examinavam e cerca de 50% apontaram o tempo de espera para a consulta e a
demora no agendamento como dificuldades. Em geral, a prática do exame
dependeu da iniciativa do médico e a periodicidade da coleta foi determinada pela
procura de consulta devido a sintomas. As mulheres com 56 anos ou mais
mostraram maior inadequação no conhecimento, na atitude e na prática. No entanto,
aquelas com maior escolaridade conheciam melhor o exame. A maior idade e a
menor escolaridade podem estar associadas a não adesão das mulheres ao exame,
porém as dificuldades sociais e econômicas para conseguir atendimento em saúde
precisam ser consideradas para aumentar a prática do exame.
Oliveira et al. (2012), concluíram um estudo com 114 mulheres com idade
mínima de 18 e máxima de 50 anos de idade com o objetivo de avaliar a adesão das
mulheres ao exame colpocitológico (COP) na Estratégia Saúde da Família (ESF) de
18

Iporá, Goiás, Brasil. Eles observaram que a preocupação com a prevenção estava
entre as principais justificativas das mulheres para a realização periódica do exame.
Leão et al. (2009) efetivaram uma pesquisa bibliográfica com o objetivo de
compreender os motivos que levavam as mulheres a realizarem ou não o exame
Papanicolau e quais eram seus sentimentos no momento do exame. Detectaram
que os principais motivos para não realização foram: desconhecimento, medo,
dificuldade de acesso, ausência de sintomas e vergonha. Já os motivos para
realização foram: prevenção, recomendação médica, presença de sintomas,
autocuidado, achar importante e possuir vida sexual ativa. Eles concluíram que há
necessidade da realização de mais campanhas sobre o exame Papanicolau, para
que as mulheres tenham consciência da importância do exame e o façam
periodicamente. No momento da realização do exame, os profissionais da saúde
devem tirar dúvidas e explicar o procedimento às mulheres para que estas fiquem
mais tranquilas e seguras.
Santos, Macêdo e Leite (2010) realizaram um estudo com 25 mulheres que se
submeteram ao exame preventivo, em uma Unidade de Saúde do município de
Cajazeiras – PB. Tiveram como objetivo, verificar a percepção das usuárias acerca
da prevenção do câncer do colo do útero, assim como verificar a frequência da
realização do exame Papanicolau e a satisfação com relação às ações de controle e
prevenção realizadas na unidade de saúde. As participantes apontaram como
principal medida preventiva a realização periódica do Papanicolau (72%) e o uso de
camisinha (8%), não tendo conhecimento sobre a doença. Isso possivelmente deve
estar relacionado à falta de orientações teóricas repassadas pelos profissionais da
unidade. Portanto, a percepção das participantes sobre medidas preventivas
encontrava-se em um nível insatisfatório, já que não havia um conhecimento mais
aprofundado sobre a prevenção.
Souza, Silva e Pinto (2010) fizeram um estudo com 28 mulheres que foram
abordadas em uma praça de grande circulação da população de uma cidade do
interior de Minas Gerais, com o objetivo de avaliar o conhecimento e prática de
mulheres em relação ao exame citológico do câncer do colo uterino. Grande parte
das mulheres entrevistadas demonstraram desinteresse em participar de palestras
informativas sobre o assunto, o que confirma a necessidade de adoção de
estratégias por parte dos profissionais de saúde que sejam atraentes e eficazes para
levar à adesão das mulheres ao exame.
19

6- PLANO DE AÇÃO

Foi realizado um diagnóstico situacional da área de abrangência da ESF do


bairro Recanto Verde, elaborado por ocasião da disciplina de Planejamento e
Avaliação das Ações em Saúde (CAMPOS, FARIAS &SANTOS, 2010), no Curso de
Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família - CEABSF.
Após a realização do diagnóstico situacional, os principais problemas
indicados nas entrevistas com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e
informantes chave da comunidade, e nos dados do SIAB, foram a baixa adesão ao
exame preventivo do câncer de colo do útero, o uso de substâncias psicoativas, falta
de área de lazer e gravidez na adolescência (Quadro 1).

Quadro- 1: Síntese das entrevistas e observações com ACS e informantes chave da


área de abrangência

PROBLEMA INDICADORES FONTES

Baixa adesão ao exame 10 entrevista/observação


preventivo do Câncer de
Colo do Útero
Droga 7 entrevista/observação

Área de lazer 6 entrevista/observação


Saneamento/esgoto/Lixo a 5
céu aberto
Gravidez na adolescência 5 entrevista/observação
Atendimento na recepção/ 4 entrevista/observação
demora no agendamento
de exames
Infraestrutura da unidade 1 entrevista/observação
Pavimentação 1 entrevista/observação

Foi, então, elaborado um plano de ação para ser avaliado por toda a equipe,
para juntos desenvolver ações que visem melhorar o problema da baixa adesão ao
exame preventivo do câncer cérvico-uterino. Os nós críticos apontados deram
origem à busca de conhecimento em relação ao exame preventivo do câncer cévico-
uterino, com vistas à melhoria da baixa adesão. Os principais nós críticos
identificados na realização da prevenção ao câncer de útero, que se concretiza pela
realização do exame de Papanicolau foram: nível de informação da população e
20

questões sócio-culturais, falta de monitoramento das mulheres para a coleta do


exame preventivo, baixa oferta de coletas do Papanicolau, oferta de consultas
médicas para as mulheres, falta de informação da equipe em relação a importância
do exame Papanicolau e as consequências da não adesão (Quadro 2).

Quadro 2: Nós críticos, operação, resultados esperados, recursos


necessários, responsável e prazo dos problemas encontrados no diagnóstico
situacional da ESF do Recanto Verde.

Nó crítico Operação/ Resultados Recursos Responsável Prazo


Projeto esperados necessários
1- Nível de Elaborar Mulheres com mais Datashow, Enfermeira da
informação da palestras com informações em papel craft, equipe e 15 dias
população e foco em relação a prevenção pincéis e ACS’s
questões aumentar o de doenças, agenda.
sócio-culturais nível de qualidade de vida,
informação quebrar barreira em
das mulheres relação as questões
em relação culturais.
aos cuidados
com a saúde,
a importância
dos exames
preventivos e
questões
sócio-culturais.
2- Falta de Elaborar um Equipe informada Elaboração do Enfermeira da
monitoramento fichário sobre quantas arquivo e equipe, técnica
das mulheres rotativo, que mulheres que estão fichas para o de
para a coleta tenha o nome realizando o exame mesmo. enfermagem e 30 dias
do exame de todas as Papanicolau no ACS’s
preventivo mulheres da prazo preconizado
área de pelo Ministério da
abrangência, Saúde
data de
nascimento,
data de última
coleta e
resultados.
3- Baixa oferta Organizar um Aumento da adesão Agenda, Enfermeira da Imediato
de coletas do mutirão extra das mulheres ao cronograma de equipe, técnica
Papanicolau de coleta do exame de atividades. de
exame, pelo Papanicolau, enfermagem,
menos 2 vezes principalmente as médico e ACS
no mês nos que trabalham
finais de durante a semana.
21

semana.

4- Oferta de Aumentar a Número de consultas Agenda e Gerente da 45 dias


consultas oferta de médicas compatível contratação de unidade e
médicas para consultas com o número de outro Medico
as mulheres médicas mulheres da área. profissional
5- Falta de Aumentar o Profissionais mais Conhecimento Enfermeira da 15 dias
informação da conhecimento informados para sobre o tema e equipe,
equipe em dos repassar as agenda médico, ACS’s
relação a profissionais orientações e técnica de
importância do com necessárias enfermagem
exame capacitações
Papanicolau e sobre o tema.
as
consequências
da não adesão.

No plano de ação descrito no Quadro 2, foram detalhadas as propostas das


ações para cada nó crítico:
1- Com a participação dos agentes comunitários, médico e enfermeiras,
desenvolver palestras educativas para as mulheres onde sejam abordados
alguns temas como: sexualidade, medo do exame, passo a passo do exame,
cuidados com a saúde, fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de
colo do útero, utilizando uma metodologia participativa, com teatros, dinâmicas,
discussões de grupo, fazendo com que todos expressem seus conhecimentos,
com objetivo de que as mulheres tenham consciência da importância do exame e
o façam periodicamente. No momento da realização do exame, os profissionais
da saúde devem tirar dúvidas e explicar o procedimento às mulheres para que
elas fiquem mais tranquilas e seguras.
2- Criação do fichário rotativo com dados relevantes de cada mulher como:
identificação pessoal, data e resultado do ultimo exame colhido e data da
próxima coleta, isso facilitará a busca ativa das mulheres para o exame de
Papanicolau e organizará o trabalho dos profissionais, sendo que a formulação
desse arquivo traria dados importantes de cobertura a equipe.
3- Sensibilizaçãodos profissionais da equipe com relação ao número da cobertura
populacional preconizado pelo Ministério da Saúde para a realização do exame
22

de Papanicolau, fazendo assim mutirões de coleta fora do horário de


funcionamento da unidade, dando preferencia às mulheres que não podem
comparecer a coleta naquele horário de funcionamento da unidade. Facilitar o
agendamento de consultas para a coleta, sendo realizado em qualquer horário,
por telefone ou presencial e podendo ser feito através dos agentes comunitários.
4- Treinar os agentes comunitários de saúde e técnicos de enfermagem, para que
esses profissionais possam repassar os conhecimentos e captar essas mulheres
para a realização do exame.
5- Sensibilizar o profissional médico a aumentar o número de consultas específicas
à mulher, questionando sempre a data da última coleta do exame preventivo e
orientando a cada consulta a importância da realização do mesmo e se estiver
em atraso, realizar a coleta naquele momento.
O plano de ação será avaliado periodicamente através de reuniões sistemáticas e
acompanhamento do fichário rotativo que constam todos os dados atualizados da
mulher.
23

7- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um desafio a ser enfrentado para a prevenção do câncer do útero é que as


mulheres ainda se sentem retraídas e desconfortáveis frente ao exame preventivo,
afinal ainda é grande o número de mulheres que não o realizam, sendo necessárias
novas estratégias que reforcem as políticas já adotadas, com o intuito de fazer com
que as mulheres entendam que o exame é o melhor caminho para se prevenir desta
doença ginecológica.
É importante que as mulheres compreendam a importância da realização do
exame preventivo Papanicolau periodicamente e entendam a necessidade de
realizá-lo como método de prevenção, e não apenas quando apresentam alguma
sintomatologia ginecológica. Necessita-se, então, que estas mulheres passem a
utilizar o serviço de prevenção como forma de evitar que processos infecciosos se
evoluam para um quadro mais grave, ocasionando um câncer do colo do útero.
O trabalho apresentou um plano de ação, que deve ser aplicado na unidade
de saúde da família do Recanto Verde, pela equipe de profissionais. Mas, também,
pode servir de inspiração para outras equipes, na avaliação das questões de adesão
e não adesão das mulheres ao exame e utilização de ações concretas que
propiciam melhor adesão e consequentemente a diminuição da incidência do câncer
uterino, através da realização do exame de Papanicolau.
O profissional da saúde deve atuar como elemento incentivador, transmitindo
com clareza as informações que indicam a importância do exame, como é realizado,
ressaltando as suas vantagens. Para isto, a equipe de profissionais como um todo,
deve atualizar seu conhecimento e adequá-lo à realidade da sua comunidade, assim
como propor estratégias objetivas para obter resultados concretos na prevenção de
doenças.
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