A2 - 2º Questionário Trabalho 2 - 02052024

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2º QUESTIONÁRIO- Direito do Trabalho 2

Para ser entregue até às 23:59, do dia 17.10.2024, sob pena de


preclusão. Valor: 2,0 pontos. Obs. A única forma de envio
aceita é pelo portal EAD, acessando nossa disciplina, em
sequência na aba avaliações múltiplas, e clicando na tarefa.
Sendo que a tarefa pode ser enviada em arquivo do word ou
pdf.
OBS. O presente questionário serve de auxílio para os estudos para
a prova, contudo, naturalmente é essencial rever a matéria dada,
para um estudo completo. Sendo que a matéria é cumulativa, desde
a primeira aula do semestre, até última aula antes da prova.
1- Indique quais e com quantos doze avos de 13º um cidadão deve receber se:
admitido em 20.03.2015 e dispensado imotivadamente em 14.12.2016 (data já
com a projeção do aviso indenizado), nunca recebeu 13º.

Nove doze avos em 2015 e onze doze avos em 2016.

2- Qual a base de cálculo do 13º salário de um funcionário que tem salário de R$


1.000,00, adicional de insalubridade de R$ 200,00, ajuda de custo de R$ 100,00
por mês, diárias para viagem de R$ 200,00 por mês?

A base de cálculo será em R$1.200,00, uma vez que, o adicional salubridade,


possui inequívoca natureza salarial, de modo que são cabíveis seus reflexos em
FGTS décimo terceiro salário, horas extras e férias.

3- Quando dispensado, recebia salário de R$ 1.000,00 e adicional insalubridade de


R$ 200,00. Admitido em 10.05.2012, e demitido em 11.04.2019. Quantos dias
de aviso este trabalhador deve receber?

48 dias de aviso indenizado.

4- Qual a multa de FGTS em caso de dispensa imotivada?

A multa de FGTS será de 40%

5- Qual o percentual do adicional noturno e do adicional de transferência?


Adicional noturno => no mínimo 20% sobre a hora diurna para o trabalho
noturno e o mínimo de 25% para os trabalhadores rurais, salvo disposição em
contrário de convenção coletiva de trabalho da categoria.
Adicional de transferência => representa um acréscimo mínimo de 25% no
salário do colaborador que precisa mudar seu local de trabalho. Seu pagamento
só se dá nos casos em que a mudança tem caráter provisório, portanto, com
previsão para ser revertida e o trabalhador voltar ao seu posto original

6- Quando o adicional de transferência é devido?

Quando houver necessidade do colaborador mudar seu local de trabalho.

7- A prorrogação do adicional noturno se aplica para todo trabalhador?

A prorrogação do adicional noturno não se aplica automaticamente a todos os


trabalhadores. Ela é uma possibilidade prevista na CLT e ocorre quando o
trabalho noturno é estendido além da jornada diária normal do empregado.
Nesses casos, o adicional noturno continua a ser pago sobre as horas
prorrogadas.

8- Trabalhador foi contratado em 05.05.2015, e tirou as férias do período aquisitivo


2015/2016, em 09.02.2017. Recebendo pelas férias em 05.04.2017. Indique o
valor das férias, considerando que ele tem remuneração de R$ 3.000,00.

O valor das férias será de R$4.000,00.

9- O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador o exime do


pagamento do adicional de insalubridade? Justifique.

O simples fornecimento de aparelhos de proteção pelo empregador não o exime


do pagamento do adicional de insalubridade. O adicional é devido quando o
ambiente de trabalho é considerado insalubre, mesmo com o uso dos
equipamentos. A eficácia dos equipamentos na neutralização dos riscos à saúde
é determinante para afastar o pagamento do adicional, de acordo com as normas
regulamentadoras.

10- Indique os graus, os percentuais e a base de cálculo, do adicional de


insalubridade, do adicional de periculosidade e do adicional de penosidade.

a. Adicional de Insalubridade
- Graus: Mínimo, Médio e Máximo.
- Percentuais: 10%, 20% e 40% do salário mínimo regional, respectivamente.
- Base de Cálculo: Calculado sobre o salário mínimo regional ou salário
contratual, o que for mais vantajoso para o trabalhador.
b. Adicional de Periculosidade
- Percentual: 30% sobre o salário base do trabalhador, sem incluir
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

c. Adicional de Penosidade
- Percentual: Não tem um percentual fixo definido em lei. É geralmente
negociado entre as partes ou estabelecido em acordo coletivo de trabalho.
- Base de Cálculo: Calculado sobre o salário base do trabalhador, sem incluir
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

É importante consultar a legislação vigente e os acordos coletivos de trabalho


para obter informações específicas sobre os percentuais e a base de cálculo
desses adicionais, pois podem variar de acordo com a categoria profissional e as
negociações estabelecidas.

11- Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito em receber qual
adicional?

Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de


periculosidade. Isso porque o trabalho realizado nesse ambiente é considerado
perigoso devido à exposição constante a produtos inflamáveis, como a gasolina
e o álcool.

Nesse caso, o percentual do adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário


base do trabalhador, sem incluir gratificações, prêmios ou participações nos
lucros da empresa.

12- É possível cumular adicional de insalubridade com periculosidade? Fundamente


sua resposta.

Não é possível cumular o adicional de insalubridade com o adicional de


periculosidade de acordo com a legislação brasileira. Isso se deve ao fato de que
esses adicionais têm fundamentos distintos e visam compensar situações de risco
diferentes. O trabalhador tem direito a receber apenas um dos adicionais, o que
for mais vantajoso para ele, de acordo com as condições de trabalho a que está
exposto.

Em 2019, a Seção 1 de Dissídios Individuais do TST decidiu que não é possível


o recebimento cumulativo dos adicionais de insalubridade e de periculosidade,
ainda que decorrentes de fatos geradores distintos e autônomos

13- Quanto tempo o funcionário pode faltar, sem ter descontos de salário, quando
casa? E se esse funcionário é um professor?
A CLT estabelece que os trabalhadores têm direito a três dias consecutivos de
folga na licença casamento, sem que haja descontos ao salário. Já para
professores, o prazo está descrito no parágrafo 3º do artigo 320 da CLT, tendo
direito a nove dias de licença gala.

14- Em regra, quais os limites da jornada de trabalho do trabalhador brasileiro?

44 horas semanais.

15- Explique a regra para condenação do empregador que não concede


integralmente o intervalo intrajornada, antes e depois da reforma trabalhista.

Antes da reforma trabalhista, a regra para condenação do empregador que não


concedia integralmente o intervalo intrajornada era o pagamento do período não
concedido como horas extras, com acréscimo de, no mínimo, 50%. Após a
reforma trabalhista, essa regra permaneceu a mesma: o empregador é obrigado a
remunerar o período não concedido como horas extras, com acréscimo de 50%
sobre o valor da hora normal de trabalho.

16- Como um trabalhador pode ter direito de receber adicional de horas extras,
superior a 50% do valor da hora normal?

O cálculo do valor das horas extras habituais, para efeito de reflexos em verbas
trabalhistas, observará o número de horas efetivamente prestadas e a ele aplica-
se o valor do salário-hora da época do pagamento daquelas verbas.

O trabalhador poderá receber um adicional de horas extras superior a 50% do


valor da hora normal de trabalho por meio de:

1. Acordo ou convenção coletiva.


2. Contrato individual de trabalho.
3. Legislação específica ou regulamentos setoriais.

Em todos os casos, o adicional deve estar previsto de forma clara e acordada


entre as partes envolvidas.

17- De que forma o banco de horas pode ser previsto no contrato individual de
trabalho?

O banco de horas pode ser previsto no contrato individual de trabalho de três


maneiras:
a. Inclusão de cláusula específica no contrato, estabelecendo as regras de
funcionamento do banco de horas.
b. Referência ao regulamento interno da empresa, onde são detalhadas as
condições de utilização do banco de horas.
c. Instituição por meio de acordo individual por escrito entre empregador e
empregado, formalizando as condições de funcionamento do banco de horas.

Em todas as formas, é essencial que as condições do banco de horas estejam de


acordo com a legislação trabalhista e sejam transparentes para ambas as partes.

18- De que forma o banco de horas pode ser previsto em negociação coletiva?

O banco de horas pode ser previsto em negociação coletiva de algumas


maneiras:

a. Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)

b. Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)

c. Normas Coletivas da Categoria

O banco de horas pode ser previsto em negociação coletiva por meio de


convenções coletivas, acordos coletivos ou normas coletivas da categoria, onde
são estabelecidas as regras e condições para sua implementação e utilização
pelos trabalhadores representados pelos sindicatos.

19- Qual é o intervalo interjornada?

O intervalo interjornada, também conhecido como intervalo entre jornadas, é o


período de descanso obrigatório estabelecido por lei entre o término de uma
jornada de trabalho e o início da jornada seguinte. Esse intervalo é garantido aos
trabalhadores para assegurar o seu repouso e recuperação física e mental entre os
períodos de trabalho.

De acordo com a legislação trabalhista brasileira, o intervalo interjornada deve


ser de, no mínimo, 11 horas consecutivas. Isso significa que o trabalhador deve
ter um intervalo mínimo de 11 horas entre o término de uma jornada de trabalho
e o início da próxima jornada.

20- Quando o empregador é obrigado a ter controle de ponto dos funcionários?

O empregador é obrigado a ter controle de ponto dos funcionários quando a


jornada de trabalho dos empregados é registrada de forma individualizada e
precisa. Isso é estabelecido pela legislação trabalhista brasileira e pode ocorrer
em algumas situações específicas:
a. Empresas com mais de 10 funcionários

b. Acordo ou convenção coletiva

c. Determinação judicial ou do Ministério do Trabalho

O controle de ponto é importante para garantir o cumprimento da jornada de


trabalho, a aplicação correta das horas extras, o respeito aos intervalos mínimos
de descanso e o cumprimento das normas trabalhistas vigentes. O não
cumprimento dessa obrigação pode sujeitar o empregador a multas e sanções
legais.

21- Qual intervalo intrajornada do funcionário com jornada contratada de segunda


até sexta, das 08:00 às 12:00?

15 minutos, visto que a legislação trabalhista estabelece que o período


de intervalo intrajornada é de no mínimo quinze minutos para os empregados
que laboram em jornadas contínuas de quatro até seis horas diárias.

22- Qual intervalo intrajornada do funcionário com jornada contratada de segunda


até sexta, das 10:00 às 16:00?

15 minutos, visto que a legislação trabalhista estabelece que o período


de intervalo intrajornada é de no mínimo quinze minutos para os empregados
que laboram em jornadas contínuas de quatro até seis horas diárias.

23- Qual intervalo intrajornada do funcionário com jornada contratada de segunda


até sexta, das 10:00 às 18:00?

O intervalo deve ser de no mínimo 1 hora e no máximo 2 horas, visto que sua
jornada é superior a seis horas.

24- Tião e Tony tem salário mensal de R$ 2.200,00. Tião trabalha 44 horas
semanais, de segunda até sábado, sem ultrapassar 8 horas diárias de trabalho. Já
Tony trabalha em jornada de 12 por 36. Qual deles tem o maior valor pago pela
hora trabalhada?

- Tião: Trabalha 44 horas semanais, de segunda a sábado, com salário mensal de


R$ 2.200,00. Isso resulta em um valor pago por hora trabalhada de R$ 12,50.
- Tony: Trabalha em jornada de 12 por 36, com salário mensal também de R$
2.200,00. Seu valor pago por hora trabalhada é de R$ 9,78.

Portanto, Tião tem o maior valor pago pela hora trabalhada, sendo R$ 12,50,
enquanto Tony recebe R$ 9,78 por hora trabalhada.

25- A hora extra paga com habitualidade gera reflexos? Caso gere, cite quais
reflexos.

Quando as horas extras são pagas com habitualidade, ou seja, de forma


recorrente e constante, elas podem gerar reflexos sobre outras verbas salariais e
benefícios. Isso ocorre porque, nesse caso, as horas extras passam a ser
consideradas parte integrante da remuneração do trabalhador.

Os principais reflexos das horas extras pagas com habitualidade são:

a. Férias: As horas extras integram o cálculo do valor das férias, incluindo o


terço constitucional.

b. 13º salário: As horas extras também integram o cálculo do 13º salário.

c. Repouso Semanal Remunerado (RSR): O RSR é calculado com base na


remuneração do trabalhador, que inclui as horas extras pagas com habitualidade.

d. Descanso Semanal Remunerado (DSR) das horas extras: O DSR das horas
extras é calculado com base na remuneração habitual do trabalhador.

e. Adicionais noturno, de insalubridade e de periculosidade: A remuneração


das horas extras pode impactar no cálculo desses adicionais, que são calculados
sobre o valor da hora normal de trabalho.

Portanto, as horas extras pagas com habitualidade podem gerar reflexos em


diversas verbas e benefícios do trabalhador, integrando sua remuneração de
forma permanente.

26- O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer
meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, deve ser computado
na jornada de trabalho?

Hora in itinere é o tempo despendido pelo empregado, no deslocamento de sua


residência até o efetivo local de trabalho e seu retorno e que, diante de alguns
requisitos (local de difícil acesso e não servido por transporte público regular e
condução fornecida pelo empregador), computava na jornada de trabalho.

A Reforma Trabalhista (Lei Federal 13.467/2017) modificou tal entendimento,


considerando que mesmo que preenchidos tais requisitos, não se considera mais
a hora in itinere como jornada de trabalho.

Entretanto, mesmo com a nova redação do § 2º do art. 58 da CLT, é possível


concluir que o tempo de trajeto da entrada da sede do empregador até o local
efetivo de trabalho deve ser considerado tempo à disposição do empregador, nos
termos do art. 4º da CLT, e, em razão da possibilidade de aplicação, por
analogia, dos dispositivos especiais adotados aos trabalhadores em minas de
subsolo (art. 294), motoristas, ferroviários e de outras categorias

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