Anatomia Sistemica Cap7 Sist Digestorio
Anatomia Sistemica Cap7 Sist Digestorio
Anatomia Sistemica Cap7 Sist Digestorio
SISTEMA DIGESTÓRIO
7.1 Boca
É a primeira porção do tubo, compreende um vestíbulo e uma
cavidade (a cavidade oral propriamente dita).
Vestíbulo da boca
Pequeno espaço, em forma de ferradura, delimitado pelos lábios e
bochechas (anterolateralmente), dentes e gengivas (posterolateralmente).
Ao espaço entre os lábios dá-se o nome de rima labial.
I
, '
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4 4
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'. r" I ,.,,. I . .•
Língua .
rn órgão muscular, que preenche a maior parte da cavidade oral
Éu dita recoberta por mucosa e contendo receptores neavosos
roP(iafl'len~mpe~atura e pressão) bem como especiais (gustação).
P 81·s (dor, t
ger rção superior é denominada dorso da língua, lateralmente
su~ens laterais, sua extremidade anterior é o ápice e sua parte
e5táO as O
assoalho da boca é a face inferior.
Jtada para
"° . , .
do no dorso da lingua, o sulco tennmal divide os 2/3 anteriores
SilUªda língUél) do 1/3 posterior (raiz da língua), o qual está muito
(~ faringe. O ápice da língua fica posteriormente aos dentes incisivos.
língua, há um aglomerado de tecido linfoide, a tonsila lingual.
Na raiZ • . • - h d .l 1· .
Amucosa possui proJeçoes c ama as papl as tnguaLS.
Nas margens laterais (mais posteriormente) papilas folhadas
No dorso do corpo da língua, há três tipos:
_ Papilas filiformes
_ Papilas fungiformes (dispersas entre as filiformes)
_ Papilas valadas (anteriores ao sulco terminal)
Na maioria das papilas, há receptores para gustação (fungiformes,
valadas e folhadas). As filiformes têm função mecânica.
ofrênulo lingual é uma prega de mucosa situada na face inferior da
língua, que a fixa ao assoalho da boca.
Posteriormente, a língua conecta-se à epiglote, através de três pregas:
- prega glossoepiglótica mediana
- pregas glossoepiglóticas laterais (são duas, uma direita e outra
esquerda).
Entre a prega glossoepiglótica mediana e as pregas glossoepiglóticas
laterais, encontram-se as valéculas epiglóticas, uma direita e outra esquerda.
Funções da língua: gustação, articulação das palavras, deglutição,
movimentação do alimento na boca durante a mastigação, entre outras.
Dentes
Formados principalmente por dentina (mais internamente).
Primeira dentição: inicia aproximadamente aos 6 meses de idade e
ase.me·completa
•
por volta dos 2 anos, contendo mais ou menos 20 dentes
•sivos, 4 caninos e 8 molares.
114
damente com 6 ª"" -
. - ennanente: começa ap•roxima a , ol - •Y;:i de •
Dentiçao P 4 canmos, pre-m ares e 12
e totaliza 32 dentes 8 incisivos,
e centrais; servem llara
_ Incisivos: os mais anteriores
Partes do dente
ível na cavidade oral, em que
_ Coroa: parte livre do dente, vis
dentina é revestida pelo esmalte;
no alvéolo dental;
_ Raiz: parte do dente implantada
ento situado entre a coroa e
a raiz, circundado
_ Colo: estreitam
pela gengiva;
nto: tecido conjuntivo qu e fDC a o dente ao alvéolo, através do
_ Ceme
to é externo à dentina, na região
ligamento periodontal. O cemen
da raiz;
coroa dentária;
- Cavidade pulpar. no interior da
z.
- Canal radicular. no interior da rai
s dos can ais radicular es, che ga à cavidade pulpar o supri-
Atravé
nte.
mento sanguíneo e nervoso do de
7.2 Faringe
,
com um ao sistem a res pir atório e digestório. Suas partes
Orgão
faringe e laringofa ringe ) e respectivos limites encontram-
(nasofaringe, oro
ório.
se no item 6.3 do Sistema Respirat
riada esquelética. O estrato muscu
lar
Sua parede possui musculatura est ais.
res e o interno, por fibras longitudin
ectemo é constituído por fibras circula
Os músculos constritores da far
inge têm fibras circulares e são
denominados:
- M. constritor superior
- M. constritor médio
- M. constritor inferior
1 7 - Sistema digestório 115
.
Estão relacionados com a deglutição.
O rn ·
constritor inferior faz o limite com esôfago, e part d
. , O
e e suas
nstitui o esfincter cncofanngeo.
fibras co
1.3 Esôfago
Tubo muscular, que é a continuação inferior da laringofaringe.
Situado entre a traqueia e a coluna vertebral, possui em torno de
cm de comprimento (no adulto) e conduz O bolo alimentar da
5 30
2ª " go, atraves
faringe ao estoma 'de movim • entos peristálticos.
Início: na junção faringoesofágica, na altura da vértebra C6.
Na transição faringoesofágica, há um estreitamento onde se localiza
0
músculo cricofaríngeo.
Partes do esôfago: cervical, torácica e abdominal.
Aparte torácica do esôfago é a mais longa; está no mediastino posterior,
onde se relaciona com a artéria pulmonar e o brônquio principal esquerdos.
o esôfago atravessa o m. diafragma, passando pelo hiato esofágico,
e a partir daí constitui a parte abdominal. A seguir, atinge o estômago na
altura da cárdia.
Estrutura muscular do esôfago: no terço superior, há músculo estriado
esquelético, voluntário; nos dois terços restantes, há apenas músculo liso,
involuntário.
\
7.4 Estômago
Localizado na cavidade abdominal, à esquerda da linha mediana (ou
plano mediano). Tem a forma· parecida à da letra 'j" com a concavidade
voltada para a direita.
O estômago tem as seguintes partes:
- Cárdia (região onde termina o esôfago)
- Fundo
- Corpo
- Parte pilórica (subdividida em antro e canal pilórico)
Tem duas curvaturas:
- Maior: à esquerda
- Menor: à direita
T4 duas aberturas: "
em , . ( a transição com o esofago)
óstio cárdiCO n
- , . , . (na transição com o duodeno)
- Ostio ptlonco
Tem duas paredes:
- Pafede anterior
_ Parede posterior
I
I
Fig. 52 - Estômago
1. óstio cárdico; 2. cárdia; 3. fundo gástrico; 4. corpo gástrico;
5. antro pilórico; 6. canal pilórico; 5 + 6. parte pilórica; 7. óstio pilórico;
8. curvatura maior; 9. curvatura menor
,
E revestido internamente por mucosa, que apresenta pregas. Qu
- Repleto pregas disseminadas;
- Vazio pregas evidentes.
. Na transição entre o esôfago e o estômago, existe muscula
circular que envolve o óstio cárdico, atuando fisiologicamente como
esfincter.
l
oe!, 1,S, • clgellMO 117
- entre o est"omago
translçao e O duoden
rfa há grande concentração de fibras musc ºj ao redor do óstio
~1óric<\arnente formam o esfincter pilórico (pil~r~;es circulares, que
oti8tortll ern do quimo (bolo alimentar + suco gástri ' )o qual. co~trola
a paSS89 co em d1reçao ao
duodeno.
~im, no:
_ óstio esofagogástrico: esfincter fisiológico;
_ Óstio gastroduodenal: esfincter verdadeirc (esfincter pilórico).
1
Jejuno
\ Tem cerca de 2,5 metros, seguintes ao duodeno
quadrante superior esquerdo do abdorne. ' e tend
1.
'•
ep
i
i Íleo
São os cerca de 3,5 m finais do intestino delgado.
. tino. gros Terrn·
inicial do intes h d A .
so, c ama a ceco. valva Lleocecal•na, na
interno do ceco, no local em que o íleo desemboca nest
e. e um rei
Intestino Delgado: apresenta, como características
rnorf , .
pregas circulares d~ mucosa e as microvilosidades, 1
que au~e:cas,
superfície de absorçao.
rn
o jejuno e o íleo apresentam grande mobilidade no .
cavidade abdominal, graças a uma prega do perit
ônio que interior
envolvê-los, denominada mesentério (vide Item 7.8
- Peritônio). vem P
---- -+- - 11
1-- ---
Canal anal
São os 3 ou 4 cm finais do intestino grosso.
Apresenta internamente pregas verticais, as colunas anais. Bas
separadas entre si por depressões, os seios anais. Inferiormente, as co
anais são unidas por pequenas pregas (as válvulas anais).
Na região das colunas e seios anais, há um plexo de veias retais
quando dilatadas, constituem as hemorroidas.
O canal anal se abre para o meio externo através do ânus.
7- sistema dtgestórlo
121
7. 7.2 Fígado
al, à direita do 1
LocaJizado na cavidade abdomin
mente vascularizado Pªº?_
t
1
•
1 Faces do fígado
'
- Diafragmática
1 - V-1Sceral
1 observados dois lob
j Pela face diafragmática podem ser os, separad
:
entre si pelo ligamento falcifonne
1
- Lobo direito (maior)
- lobo esquerdo (menor) \
• '
\
- Lobo quadrado
Fig. 55 - Fígado e seus lo •
pela face visceral
1. lobo direito; 2. lobo esquerdo; J.
kmc,
caudado; 4. lobo quadrado
Funções do fígado
- armazena ferro e vitaminas;
- transforma glicogênio;
- faz a depuração de toxinas;
- produz a bile.
O fígado recebe sangue venoso contendo os nutrientes absorvidos
pela ~gestão através da veia porta do fígado. O sangue arterial lhe chega
atraves da artéria hepática própria, que é ramo da artéria hepática comum,
:1 provém do tronco celíaco (ramo da Aorta abdominal). No interior
p~ ga~o, ocorre uma mistura entre o sangue venoso e o sangue arterial.
?
5aír 0 ff?~do, o sangue deve seguir por uma das três veias hepáticas,
as b'ibutárias da V. Cava Inferior.
124
biliar
7.7_3 vesícula
. da . n•o à face visceral do fígado, alojada ern
SitU8 JU li tiºd • sua
musculatura hsa, reves a internamente P
•
7.7.4 Pâncreas
É uma glândula mista, de disposição transversal, loca •
posteriormente ao estôm~go, junto à parede posterior do abdorne
sibJação retroperitoneal. E considerada mista porque tem dois tip~s
secreção: endócrina (hormonal) e exócrina (o suco pancreático).
Anatomicamente, apresenta três partes: cabeça, corpo e cauda.
- Cabeça = porção de maior volume, emoldurada pelo duodeno
porção inferior da cabeça tem a forma de um gancho, e por i
recebe a denominação de processo uncinado;
- Corpo = porção mais central;
- Cauda= parte terminal e afilada, muito próxima ao baço.
Fig. 59 - Pâncreas
1• cabeça do pâncreas; 2. processo uncinado; 3. corpo do
pâncreas; 4. cauda do pâncreas
125
____ 1--~
__
,
,, do pâncreas
ão endócrina: insulina e glucagon;
- ~ .0 exócrina: suco pancre ático contém enzimas que
_ ~ a proteínas, carboi dratos e lipídios. Este suco sai do
através do dueto pancreático principal, que se abre na
pâll descendente do duodeno, naquela elevação denominada
~::a duodenal maior (vide Item 7.5 - Intestino Delgado,
duodeno).
d há um dueto pancreático acessório, ele desemboca na
Qu~...1n~ .::1l menor, situada superiormente à papila duoden
al maior.
ila duouc;, a-.
paP
periton10
.
1.8
{..ârnina de natureza serosa, transparente e delgada, com dois folhetos.
folheto que reveste internamente a parede abdominal é deno-
0
. d peritônio parieta l, enquanto que aquele que reveste externamente
Jlllll8 ~era (aderido a ela) é o peritôn io visceral. O espaço que
uma anece entre o peritônio visceral e o parietal é denominado cavida de
pe~neal, a qual contém líquido (líquid o periton eal). Este líquido
{:1rilica os dois folhetos peritoneais, facilitando o deslizamento entre as
vísceras.
Todo o órgão que tiver sua parede revestida externamente por
peritônio é dito "peritonizado". Por exemplo: estômago, fígado, baço, a
maior parte do intestino delgado.
Certos órgãos localizados junto à parede abdominal posterior
não são peritonizados, têm apenas o peritônio parietal passando-lhes
anteriormente, como é o caso dos rins, pâncreas, ureteres, veia cava
inferior, Aorta abdominal e a maior parte do duodeno. Estes órgãos são
ditos "retroperitoneais".
Há um órgão, o ovário, que não contém peritônio visceral e ao
~esmo tempo está contido na cavidade peritoneal; assim, ele é um órgão
lntraperitonea.l".
O peritônio apresenta: reflexões, pregas, ligamentos, omentos,
e_ me~s. O meso é uma prega dupla de peritônio que se estende
ór rito~o panetal ao visceral de um determinado órgão. Ele confere ao
9ª0 méllor mobilidade na cavidade abdominal.
\
126
.. .,. .
2~7
~-------------~1
10
12 8
4 13 14
6
stório
Resumo sobre a irrigação de órgãos do sistema dige
Esôfago:
do esôfago)
• artéria tireoídea infe rior (parte cervical
(parte torácica do esôfago)
• artérias esofágicas e artérias branquiais
• artéria gástrica esquerda
Estômago:
co celíaco, corre no ome nto
• artéria gástrica esquerda: ram o do tron
curva abruptamente para
menor em direção à cárdia, depois se
r com a artéria gástrica
seguir a curvatura men or e se anastomosa
direita;
ina-se da artéria hepática
• artéria gástrica direita: geralmente orig
da curvatura menor, para
comum, corre para a esquerda ao long o
uerda;
se anastomosar com a artéria gástrica esq
-- -- -· -
128
An~
• artéria gastromental ("gastroepiploica") direita: ori .
gastrodu<>denal. A artéria gastromental direita se gina..se
a artéria gastromental esquerda (ramo da art ~nasto
• do estomago,
nível da curvatura maior " e irrigameriaf esP1
posterior desse órgão. a ace a
10
13
1-~,
lntotino Delgado:
- Duodeno: artéria gastroduodenal (ramo da artéria hepátl
comum) e artérias pancreáticas, ramos da artéria gastroduod
e também da artéria esplênica;
- Jejuno e íleo: ramos jejunais e ileais da artéria mesentérica
129
cJJgest6rfO
1- -~
550·
1 oro
fnº • ,.
. • ação de dua s arte nas : a me sen
téri ca superior e a mesen-
Jflte5 roc•P
8
tfá a p ..
-~r i~ . .
téf''ªJtl ·a rnesentén ca supeno r ongma:
A
e· .
artéfl •eiunais e I·1ea1•s lfng ando JeJ• . uno e fleo)·
"
. . . ,
artériaSJ e cec o), da qua l .
se origina a art,ena
• . ·Jeocóbca (irri ga,.. íleo
d. ·t
_,.,.éna 1 a o ape n ice verm11orme;
, é:IJ"endicular, par
endente;
apéria cólica direita: irriga colo ascd.
'd. • .
, art Irei to e esquerdo, que atin gem
, artéria cólica me ia: pos sui ram os
o colo transverso.
·a me sen téri ca infe rior orig ina :
Aartén
o descendente e con trib ui para
, artéria cólica esq uer da: irrig a o col
stomosar-se com a artéria
a irrigação do col o transverso, ao ana
cólica média;
sigm oide ;
, artérias sigmoídeas: irrig am o col o
sup erio r do reto.
, artéria retal sup erio r: irrig a o terç o
Pâncreas:
_ artéria gastroduodenal;
_ artérias pancreático-duodenais (ramos das artérias y._,s~..t:i.'fii
e mesentérica superior), além de ramos provenientes da:
esplênica.