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Sociologia

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O Estado moderno, que cresce e se complexifica a cada dia, cria um grupo de

pessoas especializadas em sua organização e funcionamento pleno, a burocracia. O


burocrata sempre age de maneira impessoal, visando o bom desenvolvimento social e
funcionamento pleno da sociedade.

O mundo moderno, em todas as suas instâncias, foi ficando cada vez mais racional.
Esse processo de desencantamento do mundo marcou a obra de Weber. No caso dos
protestantes e sua relação com o trabalho, a religião deixou de ser algo
irracional, para ser pensada e explicada logicamente com a ajuda do capitalismo.

Weber entendida a estratificação social como uma questão do capitalismo.


Diferente de Marx, Weber afirma que a renda não é o único fator que divide a
sociedade em classes. O poder também divide a sociedade em estamentos, assim como
o status social. Desse modo, a estratificação social é multidimensional.

Obras: A ética protestante e o Espírito do capitalismo; Economia e sociedade; e


Ciência e política: duas vocações.
-> Nesse último, Weber afirma que o papel do cientista social é dar a conhecer a
realidade, não transformá-la. A vocação de mudar a realidade é dos políticos.

SOCIOLOGIA BRASILEIRA

ANTÔNIO VIEIRA e ANTONIL (1ª FASE)


Contexto da colonização: dominação portuguesa, escravidão negra e indígena.
Qual é a legitimidade da escravidão?

2ª FASE - CRISE DO SISTEMA COLONIAL


Contexto das cidades
Diferenciação social: estudar direito na Europa.
Ideias iluministas são trazidas ao Brasil e dão margem aos movimentos
emancipacionistas. Discussão sobre o estado.
• Conjuração baiana ou revolta dos alfaiates (Feita pelo povo, inspirada na
revolução francesa, quer o fim da escravidão - mudança social)
• Inconfidência mineira ou conjuração mineira (feito pela elite, quer a sua
independência, a república, não trata da escravidão e segue o exemplo dos EUA
- aspecto política).

Século XIX
• Situação tensa na Europa com o expansionismo francês de Napoleão Bonaparte;
• Portugal quebra o bloqueio continental que os franceses tinham lhe imposto;
• A família imperial portuguesa chega ao Brasil, saída estratégica de Dom João
para “fugir de Bonaparte” e não perder o restante de seu terrário, por isso
muda-se a capital do império para o Rio de Janeiro.
• Inicia-se uma série de reformas no Rio de Janeiro.
• Em 1808, D. João cria a imprensa Régia, um estabelecimento que vai poder
imprimir materiais no Brasil, como os jornais - correio Brasiliense, Gazeta
do RJ, etc. Todos censurados pelo governo.
• Em 1921, a família imperial portuguesa volta a Europa. A censura acaba.
Inicia-se muitas discussões sobre o estado. Começa o processo de
independência do Brasil em 1822. Os jornalistas questionam o que é o Brasil.
O foco das discussões passa a ser o que é a nação brasileira.
• Concepção cívica de Nação: pessoas que habitam um determinado território e
que se submete as leis que circulam ali.
• Concepção romântica de Nação: um povo, uma terra e uma cultura
compartilhados.
• Década de 1850: discussões sobre o fim da escravidão ganham força. Inglaterra
reconheceria o Brasil como país independente somente se eles acabassem com a
escravidão.
• Aprovação da lei Eusébio de Queiroz, proibição da venda de escravos.
• Racismo científico, inferioridade das raças de acordo com ciência.
• Vinda dos imigrantes -> Branqueamento da população e mão de obra.
Continuação… (final do século XIX)

Discussões sobre miscigenação:


-> Problema ao cruzar raças diferentes. Para alguns pensadores, como A. Nina
Rodrigues e Silva Romero, a mistura de raças diferentes é prejudicial à
sociedade, pois somente as características ruins de cada uma das raças se
perpetuariam.

-> Euclides da Cunha, que era repórter e crítico da miscigenação, ao observar o


desenvolvimento da guerra de canudos (1896/1897), percebe que a população
sertaneja trabalhadora era miscigenada, mas diferente do que ele pensava, ele vê
um povo forte e resistente indo contra o governo. “O sertanejo é antes de tudo
um forte”. O sujeito miscigenado, frente a um cenário de dificuldade, ele cria
resistência. Portanto, o ambiente é fundamental para determinar suas
características. Assim, Euclides da Cunha estabelece o chamado “Determinismo
geográfico”. Nem sempre o fruto da miscigenação é degenerado, isso depende do
lugar onde ele cresce.

SOCIOLOGIA BRASILEIRA (final do século XX)

MODERNIZAÇÃO DO BRASIL.
No final da década de 1920, ocorre a crise da bolsa de 1929, abalando a economia
brasileira que se baseava no café. Com isso, Getúlio Vargas sobe ao poder em
1930, e governa até 1945.
• Industrialização: O que mais marca esse momento é o início da indústria
lição brasileira, pois Vargas oferece subsídio para que isso ocorra;
• Direitos trabalhistas: Muitas pessoas saem do campo para trabalhar nas
indústrias, começam a surgir, desse modo, as leis trabalhistas;
• Surgimento das universidades e de um pensamento mais organizado;
• Surge a sociologia brasileira de fato.
-> Manoel Bonfim, considerado o primeiro sociólogo brasileiro;
-> O conjunto sistematizado dos primeiros sociólogos é chamado “Geração de
trinta” e nasce desse processo de modernização do Brasil.

GERAÇÃO DE 1930 Sérgio Buarque de Holanda |Caio Prado Júnior |Gilberto Freyre

Sérgio Buarque de Holanda: “Raízes do Brasil” - Entender quais são as razões do


atraso brasileiro. Holanda estudou na Alemanha e teve contato com a obra de
Weber, especificamente no conceito de “tipo ideal”. Ele constata que o atraso do
Brasil é resultado da nossa cultura. Para isso desenvolve o conceito de “Homem
cordial”, uma generalização do ser brasileiro.

HOMEM CORDIAL (CORAÇÃO)


O brasileiro é um homem cordial pois se guia de acordo com o seu coração. Seus
comportamentos são mais guiados pelos seus sentimentos do que sua racionalidade.
Assim, muitas vezes despreza o bem comum e se move pelos próprios interesses. O
geral fica em segundo plano para dar lugar ao particular.

Caio Prado Júnior: “Formação do Brasil contemporâneo”, uma análise econômica


marxista da história do Brasil - Caio Prado é considerado o pai do marxismo no
Brasil, sendo seu grande representante no momento. O Brasil é atraso pela sua
própria formação histórica. Ele surge como colônia de Portugal, coloca as
margens e profundamente explorado. Sua história se baseia em ser explorado,
primeiro por Portugal, depois pela Inglaterra e por fim os EUA.
OBS: Romper com a dependência e fazer o Brasil se desenvolver é papel do Estado.
Mas ele não faz isso porque a elite, que é quem governa o país,se beneficia
disso.
Gilberto freyre: “Casa Grande Senzala”, analise da formação cultural brasileira.
Freyre trouxe muitas ideias de antropologia vindas da Europa e Estados Unidos
para o Brasil (estudos sobre cultura). Todas as culturas são válidas. A cultura
brasileira é única, pois só aqui houve a contribuição de três raças totalmente
diferentes: indígena, africano e europeu. Suas diferenças os fizeram se aproximar
e se fez criar uma “Democracia racial”: a mistura de raças permitiu que
independentemente de sua origem, as oportunidades estão disponíveis igualmente
(um conceito muito problemático, mas que para a época era revolucionário.
-> Gilberto elogia o processo de colonização e miscigenação.
-> O contexto europeu da década de 30 era de regimes nazifascistas, que
menosprezavam certas raças. Por isso, quando Gilberto Freyre traz a ideia de
igualdade racial, mesmo não sendo verdade, era algo válido para o momento.

DÉCADA DE 1960/1970 - NOVA GERAÇÃO

A discussão não é mais sobre atraso, pois houve um relevante avanço no país.
Entretanto, a desigualdade social continuou fortemente presente no Brasil. Nesse
sentindo, o grande nome desse momento era Florestan Fernandes.

Florestan Fernandes: trabalha em cima da desigualdade social, destacando a


situação da população preta. A questão étnica é marcante. Fernandes crítica
amplamente a democracia racial de Gilberto Freyre. Historicamente, a população o
preta foi deixada de lado, não recendendo o auxílio necessário para se
desenvolver propriamente.

DÉCADA DE 1980/1990 - Final do regime militar | redemocratização do Brasil

Muitos sociológicos se inserem nas discussões e cenário político. A sociologia, a


partir desse momento, tomou para si uma grande diversidade de temas, não se
restringindo aos temas do passado.

Recomendação: Jessé de Souza (atualidade).


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Sociologia BR
Retrospectiva

Século XVI - XVII


● Contexto colonial
○ Colonização e ocupação do território brasileiro
○ Eixo de produção de riqueza: nordeste
○ Produção e exploração da cana de açúcar
○ Vida rural predominante → fazendas
● Pensamento social produzidos pelos padres jesuítas
○ Alfabetizados, portadores de cultura → produzir informação intelectual
● Foco da discussão: Escravidão → legitimidade e eficácia
○ Personalidades
◆ Antônio Vieira
◇ Discussão: indígenas e africanos → legitimidade da escravidão
■ Indígenas: devem ser educados, pois se eles agem errado é
porque eles não conhecem o certo → escravidão caso o ataque
■ Africanos: imorais → escravidão necessária → purgação dos
“pecados”
◆ A. J. Antonil
◇ Escravidão já é a base da mão de obra → contornar a situação
◇ Discussão: eficiência da escravidão
■ “Os escravos são as mãos e os pés do senhores de engenho” →
responsáveis pela atividade produtiva
□ Teoria dos 3 P’s → necessários
▲ Pão → alimentação básica
▲ Pano → vestimenta e proteção da imoralidade →
corpo como fonte de pecados
▲ Pau → castigar
△ Teoricamente → funcionamento equilibrado
△ Se a escravidão é ruim → violência está se
sobressaindo
□ Realidade: os escravos são subalimentados, subvestidos,
e excessivamente castigados
Século XVIII
● Contexto
○ Mudança do ciclo econômico
◆ Mineração → primeiras minas de ouro e diamante
◆ Eixo de produção de riqueza: centro-sul
○ Auge da escravidão do Brasil
◆ Ponto máximo na quantidade e condição cruel dos africanos trazidos em
condição de escravizados
◆ Maior trato de violência → fiscalização dos escravos que trabalhavam nas
minas
◆ Trabalho na mineração → extremamente insalubre e problemático
○ Começo da vida urbana
◆ Principalmente na região de Minas Gerais
◇ Elite branca → dona das minas
◇ Classe média branca trabalhadora (livre) → imigrantes europeus
fazendo as antigas funções dos escravos
◆ Elite buscando um novo meio de diferenciação social → para além da raça →
formação acadêmica
◇ Filhos indo estudar nas universidades da Europa // Portugal e
França
■ Entram em contato com o Iluminismo
□ Direitos das pessoas, organização social → Estado
■ Estudam principalmente Direito
□ Contraste com a realidade brasileira
▲ Colônia, área de exploração, população desprovida
de direitos
△ Baseados em Locke → direito de rebelião //
resistência → criação de um governo
● Pensamento intelectual produzido por juristas e advogados
○ Baseados nas ideias iluministas
● Foco de discussão: papel do Estado
○ Leva a decadência do sistema colonial
◆ Movimentos emancipacionistas
◇ Inconfidência mineira (1789) // aspecto político
■ “Traição mineira” → ponto de vista do Governo Português
■ Elite → iluminista
■ Independência → República
– Modelo de referência → Independência dos EUA
■ Não discutem acerca da escravidão
■ Líder: Tiradentes
– Alvo único da culpa
– Militar (atrasado// frustrado) e dono de minas → sem
destaque social
■ Fracassa
◇ Conjuração baiana (1798) // aspecto social
■ “Revolta dos alfaiates” → pessoas que exerciam a função de
alfaiates participando do movimento
■ Parcela popular com o auxílio da elite → iluminista
■ Independência → República
– Modelo de referência → Revolução Francesa
■ Discutem acerca da escravidão
■ Fracassa

Século XIX
● Contexto
○ Europa tensa
◆ Expansionismo napoleônico → bloqueio continental // Inglaterra resistente
○ Vinda da família real portuguesa para o BR (1808) → “saída estratégica”
◆ Rio de Janeiro → passa a ser a capital do Império Português
◇ Transformação da área em uma grande cidade → medidas e reformas
■ Criação da Imprensa Régia | 13/05/1808
□ Máquina de imprensa
▲ Estabelecimento que permitiu a produção e a
impressão de livros, jornais e panfletos
□ Início do jornalismo brasileiro
▲ Até 1821 → censura
△ Família Real não dá espaço para crítica →
controle das informações que circulavam
△ Discussões superficiais acerca da realidade
brasileira
▲ 1821 → Família Real volta pra Portugal → deixa D.
Pedro
▲ 1822 → Independência BR
△ Fim da censura → novo foco de discussão
● Pensamento intelectual produzido pelos jornalistas
● Foco das discussões
○ O que é a nação brasileira e quais os elementos que a formam
◆ Contraste entre visões
◇ Concepção cívica: uma nação é formada por pessoas que habitam em
determinado território e que se submetem ao governo e as leis
estabelecidas → abrangente
◇ Concepção romântica: uma nação é formada por um povo que habita
uma determinada região e que compartilham uma determinada cultura
→ excludente
◆ Criação do Instituto histórico e geográfico brasileiro (IHGB) - 1838
◇ Formula oficialmente as questões históricas do BR
■ Fortalecimento da concepção romântica
□ A cultura e a nação brasileira são resultado da união das
raças africanas, indígenas e portuguesa europeia

○ Fim da escravidão (1850)


◆ Pressão externa
◇ Reconhecimento inglês acerca da independência BR sob as condições
■ Renovação dos acordos comerciais
■ Compromisso com o fim da escravidão
□ Questão econômica e questão religiosa
◆ Pressão interna
◇ Diversos grupos se colocando contra a escravidão
◆ Lei Eusébio de Queiroz: proíbe a vinda de escravos para o BR

Século XX
Geração de 1930 | discussões voltadas ao atraso BR
● Sergio Buarque de Holanda
○ Professor da USP
○ Primeiros livros com viés sociológico → “Raizes do BR”
◆ O atraso do BR é baseado na questão cultural
◇ Homem cordial: indivíduo que se guia de acordo com o coração →
comportamentos modelados pelos sentimentos mais do que pela
racionalidade
■ Valorização da esfera privada em detrimento da esfera pública →
“jeitinho brasileiro”
□ Muitas vezes ultrapassamos o bem comum e agimos de
acordo com o benefício próprio
◇ Baseado no Weber → o “homem cordial” é um tipo ideal
● Caio Prado Júnior
○ Pai do marxismo no BR → introdutor das ideias marxistas // elite
◆ “Formação do Brasil contemporâneo” (1942)
◇ Atrasado pela questão histórica
■ Desde o princípio o país assume uma posição periférica diante
do cenário mundial → exploração de Portugal , Inglaterra e
EUA
◇ Proposta: Estado deve intervir para acabar com a tendência
exploratória e dependente → criar mecanismos para o país assumir
uma posição autônoma
■ Não defende a revolução!
● Gilberto Freyre
○ Teórico filho da elite pernambucana → estudou no exterior
◆ Estudos de antropologia (cultura) dos EUA e Europa
◇ “Casa Grande e Senzala” (1933)
■ Analisa a formação da cultura brasileira a partir dos conceitos
norte americanos e europeia do momento
□ Multi-culturalismo → culturas igualmente válidas →
resposta a um conjunto de elementos → sem hierarquia
▲ BR → original
△ Mistura de três raças diferentes → indígenas,
portugueses e negros
△ Elogio a colonização portuguesa → permitiu a
miscigenação // aproximou as pessoas e criou
uma democracia racial
□ Democracia racial
▲ Perspectiva positiva acerca da miscigenação!
△ Conceito problemático → mascara a realidade
▲ Independente da sua raça e cultura, no BR tem-se
uma igualdade de oportunidades para todos →
criação de um quadro ilusório
Geração de 60 | discussão acerca da desigualdade social
● Florestan Fernandes
○ Formado na USP
○ Primeiros trabalhos voltados para a cultura
○ Desigualdade social → população preta
◆ Aspecto étnico marcante
◆ Crítica a obra de Gilberto Freyre → nunca se teve iguais
◇ Sociedade organizada de forma que o branco está no topo e o preto
está na base
◇ Pós escravidão → parcela da população nunca recebeu condições
necessárias para se inserir na sociedade

Geração de 80,90
● Contexto
○ Final do Regime militar
◆ Redemocratização do país
◇ Sociólogos se inserindo na discussão e partidos políticos
● Produção sociológica
○ Diversificação de temas
◆ Sociologia rural, arte, mulher

● Jesse de Souza (PESQUISAR!)


○ Profundamente marxista
○ Discute a desigualdade social e a população

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