Projecto Tecnológico 2023-2024-12a

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MATERIAL DE PROJECTO TECNOLÓGICO PARA OS CURSOS DE SAÚDE DO ITS E REDE PRIVADA DE

INSTITUTOS MÉDIOS DE SAÚDE

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................1

UNIDADE I – DISCIPLINA DE PROJECTO TECNOLÓGICO ....................................................3

1.1. OBJECTIVOS DA DISCIPLINA DE PROJETO TECNOLÓGICO .........................................3

1.2. OBJECTO DE ESTUDO DA DISCIPLINA ........... ……………………………………………………………3


1.3. FASES A CONSIDERAR NO ÂMBITO DA DISCIPLINA DE PROJECTO
TECNOLÓGICO .............................................................................................................................4

1.4. IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA DE PROJECTO TECNOLÓGICO ...................................4

1.5. COMPETÊNCIA DESENVOLVER COM A DISCIPLINA DE PROJECTO


TECNOLÓGICO .............................................................................................................................4

1.6. COMPETÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS..............................................................................5

1.7. RESPONSABILIDADE DOS INTERVENIENTES NA DISCIPLINA DE PROJECTO


TECNOLÓGICO .............................................................................................................................6

1.8. PRINCÍPIOS ÉTICOS NA PESQUISA CIENTÍFICA .......................................................... 7


UNIDADE II – CONCEITOS GERAIS ............................................................................................9

2.1. PROJECTO ............................................................................................................................. 9

2.3. CONHECIMENTO E OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTOS ....................................... 9

2.4. CORRELAÇÃO ENTRE CONHECIMENTO POPULAR E CONHECIMENTO CIENTÍFICO . 11

2.5. Ciência................................................................................................................................... 11
2.5.1. Propriedades Fundamentais da Ciência ........................................................................11

2.6.1. CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO POPULAR ...................................................... 12

2.6.2. CONHECIMENTO FILOSÓFICO ............................................................................................. 13

2.6.3. CONHECIMENTO RELIGIOSO (TEOLÓGICO)..................................................................... 13

2.7. PESQUISA ............................................................................................................................ 13


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2.7.1. Papel da Pesquisa: ....................................................................................................................... 14

2.8. PESQUISA CIENTÍFICA..................................................................................................... 14

2.8.1. Classificações Das Pesquisas ...................................................................................................... 14

2.8.1.1. Estudo de Caso: O que é, Exemplos e Como Fazer ...................................................... 15

2.8.1.3. Como Fazer Estudo de Caso Passo a Passo? ................................................................. 16

2.8.1.4. Vantagens de Fazer Estudos de Caso ............................................................................ 16

2.8.1.5. Limitações de Fazer Estudos de Caso (Desvantagens) ................................................. 17

2.8.1.6. Importância de Estudo de Caso ..................................................................................... 17

2.8.1.7. Impacto ∕ Efeito Positivo de Estudo de Caso ................................................................. 17

2.8.2. Tipos De Abordagens .................................................................................................................. 18

2.8.3. Projecto de Pesquisa .................................................................................................................... 20


2.9. O ANTEPROJETO DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA .......................................................20

2.9.1. Importância do Anteprojeto ............................................................................................20

2.10. REGRAS PARA O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO ANTEPROJETO ...................20

2.11. ESTRUTURA DO ANTEPROJETO ................................................................................21

UNIDADE – III: PROJECTO DE PESQUISA ..............................................................................23

3.1. CONCEITO. O QUE É UM PROJETO DE PESQUISA? ......................................................23

3.2. PASSOS A SEGUIR NA ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO .............. 23

3.2.2. FUNÇÕES DO PROJECTO ....................................................................................................... 24


3.3. ETAPAS PARA A ELABORAÇÃO ∕ ESTRUTURA DO PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO ..24

3.3.1. Selecção do Tema ...........................................................................................................25

 Importância ou Utilidade do Tema ........................................................................................26

 Relevância Social ...................................................................................................................26


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 Relevância Científica .............................................................................................................26

 Relevância Académica ...........................................................................................................26

3.3.2. Justificativa da Escolha do Tema ...................................................................................27

3.3.3. Revisão da Literatura (o que já foi escrito sobre o tema) ...................................................27

3.3.4. Formulação do Problema (pergunta científica) .............................................................27

3.3.4.1. Variáveis......................................................................................................................28

3.3.4.2. Hipóteses .....................................................................................................................30

3.3.5. Determinação de Objectivos (Geral e Específicos). Responde às questões: para quê


e para quem? .................................................................................................................................31

3.3.6. Metodologia ....................................................................................................................32

 Métodos científicos .................................................................................................................33

 População...............................................................................................................................36

 Amostra ..................................................................................................................................36

 Técnicas de Amostragem ........................................................................................................36

 Procedimentos Éticos .............................................................................................................36

3.3.7. Colheita de dados ...........................................................................................................37

3.3.8. Análise e Discussão de Dados ........................................................................................37

3.4. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES – RESPONDE À QUESTÃO: QUANDO? .................37

3.5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO OU EXCLUSÃO ......................................................................38

3.6. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS ..................................................................................................39

3.7. ESTRUTURA DE REDACÇÃO DO PROJECTO ..................................................................39

UNIDADE – IV: TIPOS DE CITAÇÕES.......................................................................................41

4.2. ASPECTOS GERAIS A CONSIDERAR NAS CITAÇÕES ................................................ 41

4.2.1. Uso da Vírgula .................................................................................................................. 41


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4.2.2. Uso do ‘e’, ‘and’ ou ‘y’ ............................................................................................................... 42

4.2.4. Estilos de citação com autores..................................................................................................... 43

4.3. CITAÇÃO DIRECTA ........................................................................................................... 43

4.4. CITAÇÃO INDIRECTA....................................................................................................... 44

4.5. CITAÇÃO DE CITAÇÃO .................................................................................................... 45

4.6. APÊNDICES ......................................................................................................................... 45

4.7. ANEXOS............................................................................................................................... 46

4.8. ALGUMAS REGRAS PARA FORMATAÇÃO DE UM TRABALHO DE FIM DE CURSO


46

4.8.2. Margens ....................................................................................................................................... 46

4.8.3. Parágrafos, Espaçamentos e Alinhamentos ................................................................................. 46

4.8.4. Paginação .......................................................................................................................... 47

4.9. ESTILO ................................................................................................................................. 48

4.10. DEFESA DO PROJECTO DE PESQUISA ...................................................................... 48

4.11. AVALIAÇÃO DO PROJECTO........................................................................................ 48

4.12. ENTREGA DO PROJECTO ............................................................................................. 49

4.13. RESUMO DO PROJECTO ............................................................................................... 49


4.14. INSTRUMENTOS DE RECOLHA DSE DADOS ............................................................49

4.14.1. Inquérito por Questionário ................................................................................................ 49

4.14.2. Etapas do Inquérito............................................................................................................ 50

4.14.3. Elaboração do Questionário .............................................................................................. 50

4.14.4. Classificação das Perguntas (principais tipos de perguntas) ............................................. 50


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4.15. WEB GRAFIA .................................................................................................................. 52

4.16. BIBLIOGRFIA.................................................................................................................. 53
4.17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E WEBGRÁFICAS ...............................................54

4.17.1. Referências Bibliográficas ..........................................................................................54

4.17.2. Referências Web gráficas ................................................................................................. .55


INTRODUÇÃO
O Projecto Tecnológico decorre durante as 12ª e 13ª classes dos cursos técnicos de saúde
ministrados no Instituto Técnico De Saúde Do Lubango nº 1831 e para os alunos das escolas
particulares adstritas a este Instituto, e neste sentido, consiste num conjunto de actividades
práticas sob coordenação e acompanhamento dos professores da disciplina. Neste sentido,
enquanto área curricular de natureza inter e transdisciplinar, visa a realização de projectos
concretos por parte dos alunos, com o fim de:

 Compreender a importância da investigação no desenvolvimento do conhecimento da


profissão;
 Saber seleccionar a melhor evidência científica relacionada com a temática;
 Identificar as etapas de um projecto de investigação;
 Conhecer os passos para a elaboração do trabalho de conclusão de curso;
 Apresentar oralmente o trabalho de conclusão de curso;
 Defender o trabalho perante júri nomeado pela direcção da instituição.

O projecto tecnológico ou (a Metodologia, se preferirmos) tem como função mostrar ao aluno


como andar no “caminho das pedras” da pesquisa, ajudá-los a reflectir e instigar um novo
olhar sobre o mundo: um olhar curioso, indagador e criativo.

Tanto a ciência como a tecnologia partem do mesmo tipo de pensamento racional baseado na
observação empírica, ou seja, da realidade que nos circunda, e no conhecimento das causas
naturais (comprováveis que se podem demonstrar objectivamente, na prática).

Entretanto a tecnologia, que é a base dos nossos cursos, não busca a verdade absoluta, a
explicação final sobre os factos, mas, sim, a sua utilidade prática na solução de problemas do
quotidiano do trabalho: enquanto ciência busca saber, modelos acadêmicos de pensamentos e
investigações, paradigmas e referências universais. A tecnologia busca o controle de
fenómenos e processos para viabilizar soluções no trabalho prático de empresas e
organizações de acordo com a realidade específica de cada contexto em que elas se inserem.

É por isso que o saber e o fazer de um tecnólogo são orientados por procedimentos (métodos)
científicos. A tecnologia se volta mais para a praticidade, escolhendo dentre os procedimentos
científicos aqueles que possam resultar em alguma utilidade, mudança de realidade, resolução
de problemas, criação de soluções e alternativas, etc. que possam promover a melhoria
contínua ou a inovação nas organizações, serviços e comunidades.
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Conhecer técnicas básicas de pesquisa científica para saber identificar e delimitar o foco de
seu trabalho (para ele não perder o senso de aplicabilidade), definir com clareza seus
objectivos e procedimentos (métodos) de embasamento teórico (tais como a elaboração do
referencial bibliográfico, que é sucinto no projecto tecnológico, mas que confere legitimidade
ao trabalho, caso contrário ele não seria uma produção de cunho académico/profissional, e,
sim, apenas a expressão de sua percepção pessoal).

Por: Alfredo Kassiwe; Octávio Kavinja; Tomás Manico e Hélio Fernandes 2


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UNIDADE I – DISCIPLINA DE PROJECTO TECNOLÓGICO

1.1.OBJECTIVOS DA DISCIPLINA DE PROJETO TECNOLÓGICO

 Realizar um trabalho técnico adequado ao curso frequente;


 Enquadrar o projecto proposto nos objectivos e nos seus projectos de vida, profissional e
pessoal;
 Pesquisar recursos necessários para realização do projecto;
 Elaborar um trabalho válido para a escola e a sociedade;
 Identificar e formular claramente os objectivos, parcelas a atingir;
 Elaborar uma estratégia adequada no produto que se dispõe a realizar;
 Fundamentar cientifica e tecnicamente as opções tomadas;
 Avaliar o trabalho desenvolvido;
 Realizar o produto de acordo o projecto elaborado;
 Apresentar publicamente o trabalho;
1.2.OBJECTO DE ESTUDO DA DISCIPLINA
O objecto de estudo é o foco de qualquer área de conhecimento, ou seja, o cerne do enfoque a
ser desenvolvido. Aqui é importante ressaltar a necessidade de se responder à pergunta “o que
eu quero saber sobre a disciplina?”. Na verdade, escrever um projeto de pesquisa é
organizar as ideias em nossa mente e, antes de tudo, respondermos a nós mesmos o que, de
facto, vamos fazer e porquê.

Desta feita, o objecto de estudo do Projecto Tecnológico tem a ver com a introdução do
estudante no mundo dos procedimentos sistemáticos e racionais, base da formação tanto do
investigador quanto do profissional, pois ambos actuam, além da prática, no mundo das
ideias. Logo, devemos dizer que é aprender o padígma da Metodologia de Investigação
Científica. Todavia, consideram-se dois aspectos:
 Objecto Material: identificação de problemas (factos, fenómenos, etc) que afligem a prática
clínica nos serviços de saúde e, a apresentação de soluções.
 Objecto formal: estudo dos métodos (caminhos) necessários para a elaboração de um
trabalho científico na prática dos serviços de saúde.

Por: Alfredo Kassiwe; Octávio Kavinja; Tomás Manico e Hélio Fernandes 3


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1.3.FASES A CONSIDERAR NO ÂMBITO DA DISCIPLINA DE PROJECTO


TECNOLÓGICO

No processo de ensino e aprendizagem desenvolvido na disciplina de projecto tecnológico os


alunos devem obedecer algumas fases que permitiram desenvolver competências necessárias
a cadeira de projecto tecnológico e estas fases são:

 Selecção do tema do projecto e do grupo de trabalho;


 Concepção e elaboração do projecto adequado ao curso frequentado;
 Utilização de processo de auto-avaliação;

1.4.IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA DE PROJECTO TECNOLÓGICO

Projecto tecnológico é uma disciplina privilegiada por estar incluída no cumprimento técnico
e prático dos cursos técnicos profissionais (Formação média e técnica).

É importante, porque contribui positivamente e é indispensável para a formação pessoal e


social dos jovens, através de uma educação para a cidadania que pode e deve ser partilhada,
reflectida em contexto real e diversificada.

1.5.COMPETÊNCIA DESENVOLVER COM A DISCIPLINA DE PROJECTO


TECNOLÓGICO

Este parâmetro apresenta cinco características para avaliação das competências técnicas dos
alunos que são:

 Autonomia / Interesse;
 Inovação / Criatividade;
 Capacidade de Organização / Cumprimento de prazos;
 Conhecimentos técnicos / Linguagem técnicas;
 Capacidade de concentração.
1. Autonomia / Interesse

Relativamente a anatomia pretende se avaliar a capacidade dos alunos por si próprio, isto é,
encontrar soluções, tomar decisões e intervir na organização das tarefas.

Interesse pretende avaliar o interesse demonstrado pelo aluno em melhorar os conhecimentos


profissionais e em corrigir defeitos.

Por: Alfredo Kassiwe; Octávio Kavinja; Tomás Manico e Hélio Fernandes 4


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2. Inovação – Criatividade

Pretende avaliar a capacidade de adesão e assimilação de novos métodos técnicos por parte do
aluno.

3. Capacidade de Organização

Cumprimento dos prazos – avaliar a capacidade de organização, isto é, a capacidade do aluno


para organizar o seu trabalho com ordem e métodos, bem como avaliar o cumprimento dos
prazos de entrega dos relatórios ou do trabalho final.

4. Conhecimentos Técnicos / Linguagem Técnica

Pretende-se avaliar os conhecimentos científicos e profissional e bem como a capacidade de


compreender e interpretar e expor os conhecimentos técnicos.

5. Capacidade de Concentração

Pretende-se avaliar a capacidade dos alunos e orientar a sua intenção para uma determinada
tarefa ou conjuntos de tarefas.

1.6. COMPETÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

Este parâmetro apresenta características para avaliar a competências sociais e humanas dos
alunos:

 Responsabilidade;
 Controlo emocional;
 Relação humana;
 Assiduidade e pontualidade.

Responsabilidade: pretende-se avaliar a capacidade de os alunos prever, julgar, e assumir as


consequências de seus actos em relação as pessoas as pessoas nas quais são informadas.

Controlo emocional: pretende avaliar a capacidade dos alunos a reagir de modo estável e
equilibrado fácil a qualquer situação.

Relação humana: avaliar a capacidade e o interesse dos alunos em estabelecer e manter boas
relações com quem trabalha e criar um bom ambiente bem a capacidade de cooperação com
os outros e possuir aptos de trabalho. E ainda é importante respeitar os pontos de vista dos
outros, sendo flexível e tolerante sem nunca perder a sua própria personalidade.

Assiduidade e pontualidade: pretende se avaliar a pontualidade e assiduidade do aluno tendo


em atenção a frequência de falta e atraso.
Por: Alfredo Kassiwe; Octávio Kavinja; Tomás Manico e Hélio Fernandes 5
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1.7.RESPONSABILIDADE DOS INTERVENIENTES NA DISCIPLINA DE


PROJECTO TECNOLÓGICO

Os intervenientes da disciplina de Projeto Tecnológico são:

 Coordenador do Curso;
 O professor de Projecto Tecnológico;
 O Professor Orientador (Tutor);
 Unidades Hospitalares;
 O aluno;
1. Responsabilidade do Coordenador do Curso

As responsabilidades dos coordenadores de curso, sob orientação da Direcção da Escola são:

 Assegurar a realização do projecto tecnológico aos seus alunos;


 Articular com o Gabinete de Inserção na Vida Activa, sempre que possível, a realização
de estágios no âmbito do Projeto Tecnológico;
 Estabelecer os critérios de distribuição dos alunos pelos lugares existentes nas diferentes
unidades hospitalares em colaboração com os professores de P.T;
 Assegurar a elaboração do protocolo com as unidades hospitalares.
 Assegurar a avaliação de desempenho dos alunos em colaboração com as respectivas
unidades hospitalares;
2. Responsabilidades do Professor de Projecto Tecnológico
 Supervisionar e homologar o plano de trabalho definido em conjunto pelo Tutor do
projecto e, quando se aplique, pelo Orientador nomeado pela Unidade Hospitalar e pelo
aluno;
 Acompanhar a execução do plano de trabalho e, quando necessário efectuar deslocações
periódicas aos locais de realização dos estágios.
3. Responsabilidades do Professor Orientador

As responsabilidades do Professor Orientador do Trabalho são:

 Elaborar o plano de trabalho em conjunto com o aluno e, quando se aplique, o Orientador


nomeado pela Unidade Hospitalar;
 Assegurar ao aluno o necessário acompanhamento técnico e científico ao
desenvolvimento do plano de trabalho e quando necessário, efectuar deslocações
periódicas aos locais de realização do estágio;

Por: Alfredo Kassiwe; Octávio Kavinja; Tomás Manico e Hélio Fernandes 6


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 Manter o Professor de Projeto Tecnológico informado sobre a evolução relativa ao plano


de trabalho proposto.
4. Responsabilidades das Unidades Hospitalares

As responsabilidades das Unidades Hospitalares são:

 Designar o Orientador por parte da Unidade;


 Colaborar na elaboração do protocolo e do plano de trabalho;
 Colaborar no acompanhamento e na avaliação do desempenho dos alunos;
 Assegurar o acesso à informação necessária ao desenvolvimento do trabalho;
 Controlar a assiduidade do aluno;
5. Responsabilidades do aluno

As responsabilidades do aluno são:

 Colaborar na elaboração do plano de trabalho, devendo este ser apresentado por escrito,
sendo obrigatório a sua apresentação em ambiente digital;
 Participar nas reuniões de acompanhamento do Projecto Tecnológico, quando convocado;
 Cumprir, no que lhe compete, o plano de trabalho;
 Respeitar a forma de trabalhar na Unidade Hospitalar e utilizar com zelo os bens,
equipamentos e instalações;
 Cumprir os prazos definidos;
 Não utilizar, sem prévia autorização, a informação a que tiver acesso durante o Projecto
Tecnológico;
 Ser assíduo e pontual e estabelecer boas relações de trabalho;
 Zelar pelos dados relativos ao seu projeto, cabendo ao aluno toda a responsabilidade no
caso do seu desaparecimento.
1.8.PRINCÍPIOS ÉTICOS NA PESQUISA CIENTÍFICA

Toda a investigação científica é uma actividade humana de grande responsabilidade ética


pelas características que lhe são inerentes. Sempre associada à procura da verdade, exige
rigor, isenção, persistência, importância, pertinência, valor e humildade. A investigação
em ciências da saúde não foge a estas exigências e requisitos, devendo obedecer aos
princípios éticos nacional e internacionalmente estabelecidos. Estes princípios, sendo comuns
a uma qualquer investigação, têm no entanto particularidades inerentes à disciplina científica
(comportamento) que lhe serve de base.

Por: Alfredo Kassiwe; Octávio Kavinja; Tomás Manico e Hélio Fernandes 7


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Neste sentido, pretendemos fazer uma reflexão sobre os principais aspectos éticos a ter em
conta nos vários passos de um estudo de investigação em saúde.

O alvo da nossa actuação enquanto investigadores é o Homem e as suas respostas às


situações de saúde/doença, o desenvolvimento da investigação deve suscitar em nós o
interesse pelas questões éticas, advindas da necessidade de criar regras para regulamentar e
controlar a investigação com seres humanos. E se dessas regras surgem limitações, estas
devem ser vistas como uma efectiva protecção da pessoa e não como um entrave ao
desenvolvimento científico, uma vez que este só é pertinente quando ao serviço do Homem e
sempre garantir o pleno respeito pela sua dignidade. Poderíamos mesmo dizer que a ética não
é um conjunto de regras feitas nem tem o objectivo de limitar as acções e comportamentos do
investigador. É antes um conjunto de valores e princípios que permitem optar “pelo melhor
para o investigado”, não em função de critérios de amizade, conhecimento, gosto, ou mesmo
morais, mas apenas pelo dever de respeitar toda a pessoa como pessoa. Quando assim não é,
não podemos dizer que estamos perante uma ética mas, talvez, perante interesses individuais
e/ou colectivos.

Não podem, por isso, existir dúvidas que à investigação em ciências da saúde se aplicam os
princípios universais da ética. Seja qual for a natureza do projecto de investigação, os
princípios éticos da autonomia, da beneficência, de não maleficência e da justiça, deverão ser
respeitados e orientarão todos os momentos dessa investigação (Grande, 2000).

Este cuidado e esta reflexão têm de ser contínuos, a cada passo, cumprindo assim o
pressuposto máximo do Código Deontológico em saúde sobre os princípios orientadores da
actividade dos profissionais de saúde “o respeito pelos direitos humanos na relação com os
clientes”.

Fonte: José Carlos Amado Martins; Investigação em Enfermagem: Alguns Apontamentos


sobre a Dimensão Ética (2007), Coimbra, Portugal. Consultado por Kassiwe em Novembro
de 2020. Lubango – Angola.

Nota Bem: “Nem tudo o que é importante é pertinente, mas tudo o que é pertinente é
importante”, (kaasiwe, 2020).

Por: Alfredo Kassiwe; Octávio Kavinja; Tomás Manico e Hélio Fernandes 8


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UNIDADE II – CONCEITOS GERAIS

2.1.PROJECTO

O termo projecto é utilizado desde o século XV, porém somente em meados do séc. XX que o
termo obteve consenso em diversos países, sendo definido pelo Project Management Body
Knowlwdge (PMBOK, 2004, p.5) como: “um projecto é um esforço temporário empreendido
para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo” (PERREIRA, 1997, apud
BITTENCURT, 2003, p.3).

É um conjunto de actividades planificadas com vista a alcançar um determinado objectivo


através da utilização de recursos disponíveis. (SILVA & MIRANDA, 1990, P.21).

Um projecto é um trabalho de pesquisa que tem como objectivo, resolver um problema que se
nos apresenta. No projecto, tratamos de situações concretas. O projecto é algo que nos atira
para o futuro, isto é, algo que pretendemos construir, a partir de uma ideia mais ou menos
definida. (Miúdo, Wilson).

De acordo com Miranda (2008, p.4), “Uma das características que distingue o conceito de
projecto o de mera actividade isolada, automática ou imposta, é o seu carácter intencional e
gerador, pois o projecto pode ser pensado como projectus, algo «lançado para frente» ”.

2.2.TEMA

O tema de uma pesquisa, é o assunto que se deseja provar ou desenvolver; “ é uma


dificuldade, ainda sem solução’’ (Marconi e Lakatos, 2010 p.110).

2.3.CONHECIMENTO E OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTOS

Ao falar de Conhecimento Científico é preciso antes diferenciá-lo de outros tipos de


conhecimentos existentes.

O conhecimento vulgar ou popular, geralmente típico da sociedade comum, é transmitido de


geração para geração por meio da educação informal e baseado em imitação e experiência
pessoal; logo, empírico e desprovido de conhecimento sobre: a composição do ser vivo
(composição e estrutura anatómica do ser humano), das causas do desenvolvimento da pessoa,
da natureza das doenças, do ciclo reprodutivo das bactérias, dos vírus e insectos,etc. o
conhecimento científico, é transmitido por intermédio de treinamento apropriado (educação
formal), é obtido de modo racional, condizido por meio de procedimentos científicos. Visa

Por: Alfredo Kassiwe; Octávio Kavinja; Tomás Manico e Hélio Fernandes 9


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explicar “por que’’ e “como’’ os fenômenos ocorrem, na tentativa de espelhar os factos que
estão correlacionados, numa visão mais globalizante do que a relacionada com um simples
facto – uma cefaleia, por exemplo.

A Epistemologia (ciência do conhecimento) é a teoria do conhecimento, do que este consiste,


de como podemos obtê-lo e como podemos defender e justificar o nosso conhecimento. Daí
aprendemos que existem fundamentalmente quatro tipos de conhecimentos: conhecimento
empírico; conhecimento científico; o conhecimento filosófico e, o conhecimento teológico.

 Conhecimento Empírico diz respeito ao conhecimento popular, ou seja, é o que


aprendemos a partir da nossa interacção e observação do mundo;
 Conhecimento científico, compreende as informações e factos que são comprovados
sistematicamente através da ciência;
 Conhecimento filosófico nasce a partir do pensamento crítico e das reflecções que o ser
humano é capaz de fazer;
 Conhecimento teológico, ou religioso, é o baseado na fé religiosa, acreditando que ela
detém a verdade absoluta.

Logo, temos quatro grupos de conhecimentos provenientes do empirismo, da ciência, da


Filosofia e da Religião. Diz-se que, didácticamente só o conhecimento, alicerçado na razão,
recebe o nome de ciência. Defendemos a tese que todos os conhecimentos formam ciência, e
que, essa divisão é realmente somente didática.

Mas na realidade científica, esses quatro conhecimentos são interdependes e se


complementam, pois, todos fazem uso da experiência, da reflexão, da fé e sobretudo da razão.
Pelo conceito de ciência, vimos que é um ´´conjunto de conhecimentos´´, isto é, certo para o
conceito de ciência em geral, mas para a definição de uma ciência determinada, por exemplo,
Matemática, Biologia, Física, História, Direito, Economia, Administração…há necessidade
desses conhecimentos serem específicos e sistematizados e sobretudo terem técnicas e
métodos próprios, particulares sobre determinado ramo do saber.

Por: Alfredo Kassiwe; Octávio Kavinja; Tomás Manico e Hélio Fernandes 10


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2.4.CORRELAÇÃO ENTRE CONHECIMENTO POPULAR E CONHECIMENTO


CIENTÍFICO

O conhecimento vulgar ou popular, às vezes denominado senso comum, não se diferencia do


conhecimento científico nem pela veracidade nem pela natureza do objecto conhecido: o
que os distingue é a forma, o modo ou o método e os instrumentos do “conhecer’’.

Adenda: saber que determinado individuo enfermo, necessita de tomar medicamento e que,
se a defesa do organismo não for capaz de combater os agentes nocivos (patogénicos) de
forma “natural’’ deve ser submetido à uma intervenção médica, pode ser um conhecimento
verdadeiro e comprovável, mas, nem por isso, científico. Para que isso ocorra é necessário ir
mais além: conhecer a natureza da pessoa, sua composição, seu estágio de
desenvolvimento e as particularidades de cada paciente. Desta forma patenteiam-se dois
aspectos:

 A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade;


Um mesmo objecto ou fenômeno – uma planta, um mineral, uma comunidade ou as relações
entre chefes e subordinados – pode ser matéria de observação tanto para o cientista quanto
para o homem comum; o que leva um ao conhecimento científico e outro ao vulgar ou
popular é a forma de observação.

2.5.Ciência

A Ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos


metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objectos de uma mesma
natureza (Ander-Egg:15).

2.5.1. Propriedades Fundamentais da Ciência

Alguns dos elementos tidos como propriedades ou características da ciência (conhecimento


científico), são os seguintes:

 Generalidade: Os conhecimentos passam por um processo lógico segundo o qual se


transita do singular ao geral e os resultados se convertem em leis e teorias com um grau de
generalização adequado à natureza do objecto de estudo.

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 Metodicidade: adquirem-se mediante a aplicação consciente de métodos com uma base


científica, ou seja, procedimentos regulares, explícitos e repetíveis para alcançar o
conhecimento da verdade como reflexo fiel da realidade no pensamento.
 Racionalidade: O conhecimento das diferentes leis e teorias se expressa formalizado em
enunciados que devem apresentar elevado nível de consistência lógica entre suas
afirmações.
 Objectividade: As teorias científicas devem ser construções conceituais que representem
com fidelidade o mundo real, que contenham imagens dessa realidade que sejam
“verdadeiras”, evidentes, impessoais, passíveis de serem submetidas a testes
experimentais e aceitas pela comunidade científica.
 Sociabilidade: O conhecimento científico dificilmente é fruto da intuição individual de
um cientista. A ciência é produzida na sociedade, para a sociedade e com a sociedade.
 Historicidade: A ciência, por mais verdadeira que possa ser, é histórica, ou seja, está
directamente relacionada a época em questão. Trata-se de algo dinâmico e em constante
processo de aperfeiçoamento.
 Discutibilidade: A discutibilidade é o critério principal de cientificidade. Somente pode
ser científico o que for discutível. A ciência tem compromisso evidente de ser crítica e
criativa.
 Falibilidade: os conhecimentos são susceptíveis a falhas, razão pela qual são discutíveis;
dai que uma verdade científica, de hoje, pode vir a ser o erro de amanhã.

2.6.PROPRIEDADES DE OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTOS

Verificou-se, que o conhecimento científico diferencia-se do popular sob ponto de vista


metodológico do que propriamente ao seu conteúdo. Essa diferença ocorre também em
relação aos conhecimentos filosóficos e religiosos (teológico).

Trujillo (1974:11) apud Marconi e Lakatos (2010 p.59) sistematiza as características de outros
tipos de conhecimentos:

2.6.1. CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO POPULAR

Para Ander-Egg(1978:13-14) ap. Marconi e Lakatos (2010 p.59), o conhecimento popular


caracteriza-se por ser predominantemente:

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 Superficial, isto é, conforma-se coma aparência, com aquilo que se pode comprovar
simplesmente estando junto das coisas: expressa-se por frases como “porque o vi’’,
“porque o senti”, “porque o dosseram”, “porque todo o mundo o diz”;
 Sensitivo, ou seja, referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária;
 Subjectivo, pois é o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhecimentos,
tanto os que adquire por vivência própria quanto os “por ouvi dizer”;
 Assistemático, pois esta “organização” das experiências não visa a uma
sistematização das ideias, nem na forma de adquiri-las, nem na tentativa de validá-las;
 Acrítico, pois, verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam
não se manifesta sempre de uma forma crítica.

2.6.2. CONHECIMENTO FILOSÓFICO


 Valorativo;
 Racional;
 Sistemático;
 Não verificável;
 Infalível;
 Exacto.
2.6.3. CONHECIMENTO RELIGIOSO (TEOLÓGICO)
 Valorativo;
 Inspiracional;
 Sistemático;
 Não verificável;
 Infalível;
 Exacto.

2.7.PESQUISA

O que é uma pesquisa?

Numa visão simplista respondemos que é a busca de alguma coisa. Em outras palavras: é a
busca da solução de um problema. Se de facto se busca alguma coisa, é porque aquela coisa
vem nos trazer a solução para algum problema, seja no sentido social, material, intelectual,
filosófico ou religioso. Buscamos ou procuramos sempre o que vem satisfazer uma
necessidade ou solucionar algo que nos preocupa.

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A Pesquisa é um processo de investigação que se interessa em descobrir as relações existentes


entre os aspectos que envolvem os fatos, fenómenos, situações ou coisas. Para Ander-Egg é
um “procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos
factos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento.” Para Rúdio (1999, p.
9) “é um conjunto de actividades orientadas para a busca de um determinado conhecimento”.

2.7.1. Papel da Pesquisa:


 Pesquisa é a base para expansão de corpo de conhecimentos científicos capaz de
fundamentar a prática;
 Pesquisa é o elo entre educação - teoria – prática.

2.8. PESQUISA CIENTÍFICA

A pesquisa científica é a que usa o método científico ou tem por objectivo desvendar ou
buscar através dos métodos e das técnicas especificas, as soluções para os problemas do
conhecimento em geral e, especificamente das ciências. Segundo um conceito clássico,
pesquisa científica é uma actividade ou um meio para elaborar teorias científicas, partindo do
conhecimento empírico, da observação dos fenómenos ou factos em geral, seja de qual
natureza for, naturais, socioecónomicos ou culturais.

Exemplo: A covid-19 até então foi um problema desconhecido. Através do seu do seu
impacto negativo, interessou a ciência para desvendar o mistério.

2.8.1. Classificações Das Pesquisas

Existem várias formas de classificar as pesquisas. As formas clássicas de classificação são


apresentadas a seguir:

Quanto à Natureza da Pesquisa (Marconi e Lakatos, 2001) pode ser:

 Pesquisa Básica: o processo de geração de conhecimentos novos para o avanço da


ciência, sem preocupação com aplicação prática imediata.
 Pesquisa Aplicada: a geração de conhecimentos visando aplicação prática, direcionados
para a solução de problemas específicos.

Do ponto de vista de seus objectivos (GIL, 1991) pode ser:

 Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema com


vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico;
entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado;

Por: Alfredo Kassiwe; Octávio Kavinja; Tomás Manico e Hélio Fernandes 14


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análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de


pesquisas Bibliográficas e Estudos de Caso.
 Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou
fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas
patronizadas de colectas de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em
geral, a forma de levantamento.

Pesquisa Explicativa: visa identificar os factores que determinam ou contribuem para a


ocorrência dos fenómenos. Aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o
´´porquê´´ das coisas. Quando realizada nas ciências naturais, requer o uso do método
experimental. Assume, em geral, a forma de Pesquisa Experimental e Pesquisa Expost-facto.

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos (GIL, 1991), pode ser:

 Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, constituídos


principalmente de livros, artigos periódicos e actualmente com material disponibilizado na
Internet.
 Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam
tratamento analítico.
 Pesquisa Experimental: quando se determina um objecto de estudo, seleccionam-se as
variáveis que seriam capazes de influenciá-los, definem as formas de controlo e de
observação dos efeitos que a variável produz no objecto.
 Levantamento de Dados: quando a pesquisa envolve a interrogação directa das pessoas
cujo comportamento se deseja conhecer.
 Estudo de Caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos
objectos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.
 Pesquisa Participante: quando se desenvolve a partir da interacção entre pesquisadores e
membros das situações investigadas.

2.8.1.1.Estudo de Caso: O que é, Exemplos e Como Fazer


O Estudo de Caso é o procedimento em que se analisa extensamente uma ocorrência de um
fenómeno, procurando extrair dela o maior número de dados relevantes possível.
É muito comum no sector da saúde, onde existem incontáveis variáveis, ou seja, situações,
que podem determinar uma doença, mas também pode ser utilizado em outras áreas de
conhecimento.
2.8.1.2.O que é Estudo de Caso?
Fonte: www.google.com Estudo de caso (2020). Acedido em 07.02.2021.
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O estudo de caso também conhecido como case, é uma pesquisa aprofundada sobre um ou
poucos objectos de investigação de modo a produzir conhecimento amplo e detalhado sobre o
tema.
O seu objectivo é servir de base e referência para novos estudos ou como prova social,
atestando a veracidade de um uma proposta.
Um estudo de caso deve sempre levar em conta tanto os aspectos positivos quanto negativos.
Vale lembrar que o estudo de caso não deve ser encarado como uma regra a ser seguida, pois
cada caso é um caso.
2.8.1.3.Como Fazer Estudo de Caso Passo a Passo?
Não existe um modelo único sobre como fazer um estudo de caso, mas é interessante seguir
uma metodologia, com uma ordem coerente de acções.
O segredo de como fazer um estudo de caso poderoso, portanto é, saber usá-lo como um
exemplo motivador e saber adaptar a cada realidade e contexto; ou seja, a regra número um
(1) é: evite usar o estudo de caso um manual de instruções.
Existem diferentes tipos de estudo de caso. Por exemplo, ele é muito comum no âmbito
acadêmico, sendo usado como TCC em determinados cursos.
O estudo de caso é extremamente importante no marketing, pois traz credibilidade ao servir
de exemplo para outras empresas que querem aumentar o seu leque de clientes ∕ utentes ou
para passar mais credibilidade do seu produto, estudo, projecto, ou serviço à sociedade.
O estudo de caso pode se diferenciar de acordo com o tipo, tema, área de conhecimento e
seguimento. Por exemplo, um estudo de caso de finanças obviamente não será o mesmo de
um estudo de caso de um paciente, ou um estudo de caso de marketing (comércio,
publicidade).
O estudo de caso é um relato da experiência e dos resultados de um paciente ∕ utente a partir
do uso de um produto, ou a partir de um acontecimento, facto, fenómeno. Em outras palavras
é uma história de ocorrências que tenham acontecido na vida de um individuo.
2.8.1.4.Vantagens de Fazer Estudos de Caso
Muitas são as vantagens de saber como fazer um estudo de caso. A principal é poder construir
um arquivo com material descritivo que possa servir como uma espécie de referência para
próximas acções.
Trata-se de um material completo, possível de ser reinterpretado e adaptado a diversas
situações e contextos.

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São pesquisas mais acessíveis a público geral do que outros dados de investigação que
costumam usar muitos termos técnicos e específicos.
Para saber como fazer um estudo de caso você deve primeiro partir de uma teoria mas
relacionar com a prática, ou seja, ao quotidiano e realidade actual.
Trazem exemplos específicos, acontecimentos e situações concretas.
Vale ressaltar que, um bom estudo de caso não se faz do dia para a noite. É necessário aplicar
tempo e pesquisa para isso.
2.8.1.5.Limitações de Fazer Estudos de Caso (Desvantagens)
Sublinham-se aqui algumas limitações do estudo de caso:
1. Exigem muito tempo de pesquisa e dedicação;
2. O investigador do estudo de caso deve levar em conta a confidencialidade dos dados,
as limitações entre o público e o privado, preservando o anonimato dos envolvidos;
3. Pode gerar interpretações equivocadas, uma vez que muitos leitores não adaptam o
problema à sua realidade ou necessidade;
4. Trata-se de um estudo em profundidade de uma realidade específica, portanto, não
deve ser generalizado;
5. Corre-se o risco de formar juízos de valor sobre a validade do conhecimento de um
caso específico.
Mesmo com algumas limitações o que é natural no processo de elaboração de qualquer
pesquisa qualitativa, vale a pena considerar realizar um estudo de caso poderoso se você
planeia obter sucesso sobre o impacto do seu projecto.
2.8.1.6.Importância de Estudo de Caso
Desempenha um papel fundamental, no sentido de oferecer conteúdos e pesquisas
aprofundadas. Pode ser o factor decisivo na hora de um utente escolher o seu serviço ao invés
da concorrência.
2.8.1.7.Impacto ∕ Efeito Positivo de Estudo de Caso
O estudo de caso é, portanto, uma forma prática de mostrar os benefícios do seu produto ou
serviço, o que ele oferece de facto para um utente real e se ele está satisfeito com isso.
Além de constatar a satisfação de conteúdos que abordam sobre o que o seu projecto faz,
oferece e tem influência directa na decisão de leitura.
2.8.1.8.Exemplos de temas sobre estudos de Caso
Pediatria:
1. Broncopneumonia ao Recém-nascido: Um Estudo de Caso no Hospital Pediátrico
do Lubango.

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2. Estudo de Caso: Cuidado ao Recém-nascido em Fototerapia no Hospital Municipal


de Xangongo.
Maternidade (Parteiras):
3. Ambivalência de ser Mãe: Um Estudo de Caso em Psicologia Hospitalar no
Hospital Municipal da Matala.
4. Hipertensão Arterial na Gestante: Um Estudo de Caso na Maternidade do Lubango.
5. Paciente de 26 anos de idade, com o diagnóstico médico de Depressão Pós-parto:
Um estudo de caso realizado nos Hospital Maternidade Irene Neto- Lubango de 01 a
07 de Maio de 2024.

2.8.2. Tipos De Abordagens

No que concerne às abordagens, existem duas possíveis, referentes a uma intenção geral do
trabalho:

1. Abordagem Quantitativa: busca demonstrar valores numéricos e verificáveis por outros.


Muitas vezes, essa abordagem é considerada exclusiva das ciências exactas, o que não é
verdade.

As humanidades podem apresentar pesquisas quantitativas através, por exemplo, de


estatísticas de população ou outras alternativas de mensuração semelhantes.

A pesquisa quantitativa em geral é considerada mais objectiva e depende da matemática de


alguma forma em sua linguagem.

2. Abordagem Qualitativa: é a alternativa, que vai buscar qualificar o resultado, isto é,


descrever as informações obtidas. Uma pesquisa qualitativa pode ser perigosamente
subjectiva.

A subjectividade é, aliás, inseparável dessa abordagem, mas pode ser controlada caso o
pesquisador tenha a consciência dessa relação.

Para melhor estabelecer as diferenças entre essas duas abordagens, veja o quadro que se
segue.

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Quadro 1- Abordagem Quantitativa e Qualitativa

Característica Abordagem Quantitativa Abordagem Qualitativa


Foco Busca explicar o "por quê"; Busca compreender o "como".
Preocupa-se em entender os
Preocupa-se com as causas. factos a partir dos símbolos ou
significados atribuídos a eles.
Obejecto de estudo Factos naturais descritos Significados humanos dados aos
factos.
Papel do pesquisador Distancia-se do facto Olha seu objecto de estudo à luz
pesquisado, ou seja, mantém da sua subjectividade. Envolve-
neutralidade. se no facto estudado, ou seja,
não se preocupa com a
neutralidade e sim com a
subjectivade.
Objectivos da pesquisa -Testar hipóteses; -Compreender, analisar;

- Descrever e estabelecer - Apreender, interpretar a


correlações matemáticas relação de significados dos
(estatística) e causais entre os factos para as pessoas e a
factos. sociedade.
Amostra/grupo para estudo Randômica – (incerteza; Proposital e intencional, sujeitos
dúvida; aleatória) e individualmente escolhidos.
representativa (estatisticamente
definida) de uma população. Normalmente de pequena
grandeza.
Instrumento de recolha de Experimentos; Observação Habilidade do pesquisador;
dados. dirigida; Inquéritos fechados; Observação presencial
Escalas; classificações sistemática, participante ou não;
nosográficas – (descrição e
explicação de doenças) e Entrevistas individuais ou
exames laboratoriais. colectivas fechadas ou abertas;

Testes psicológicos eventuais.


Tratamento/ análise dos dados Uso de técnicas estatísticas, Análise de conteúdo: definição
habitualmente feita por de categorias por relevância
especialistas. teórica de repetição;

Análise de discurso.
Discussão dos resultados e - Confirmação ou refutação das - Interpretação simultânea à
conclusões. hipóteses (no caso do método apresentação de resultados;
hipotético-dedutivo) definidas;
- Revisão de hipóteses,
- Generalização dos resultados e conceitos ou pressupostos.
conclusões.

Fonte: Pasqualotti; Portella (2003), p. 6-17 apud Guerra E. L. A (2014).

Plano de projecto

Define como o projecto será executado, monitorado, controlado e encerrado para alcançar os
objectivos para os quais o projecto foi concebido.

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2.8.3. Projecto de Pesquisa

Projecto de pesquisa é um plano ou caminho para abordar certa realidade.

Para Martins e Theóphilo (cit in Medeiros 2013), projecto de pesquisa é um texto que define e
mostra, com detalhes, o planeamento do caminho a ser seguido na construção de um trabalho
científico de pesquisa. É um planeamento que impõe ao autor ordem e disciplina para a
execução do trabalho de acordo com os prazos estabelecidos.

A pesquisa científica precisa ser bem planeada. O planeamento não assegurara por si só, o
sucesso do relatório, mas, com certeza, é um bom caminho para um relatório de qualidade.

2.9. O ANTEPROJETO DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Ante projecto é um documento escrito composto pela escrita de actividades devidamente


intencionadas e coordenadas devidamente dentro de objectivos preciso, limites de tempo, recurso e
orçamentos que constituem uma obra a realizar ainda na sua fase de planeamento.

2.9.1. Importância do Anteprojeto

O anteprojeto é elaborado para ser útil ao longo da realização do trabalho, já que se trata de um
documento orientador para a concretização do trabalho final. Ele representa o elemento organizativo
da orientação de um trabalho indicado o que fazer com, e como fazer, quando fazer bem como vários
outros aspectos a considerar nova mente de recolha e tratamento de dados.

Logo: anteprojeto deve explicar todos elementos que vão ser desenvolvidos no trabalho PAP.

Assim sendo, quando se terminar a leitura do projecto, o leitor deve passar a conhecer:

 O que o aluno pensa fazer;


 Como pensar fazer – lo;
 O que já existe feito sobre o assunto;
 Que contribuir o trabalho vai trazer;
 Que tipos de resultados são esperados;
 Que tempo vai ser necessário;
 Que recursos vão ser utilizados.

2.10. REGRAS PARA O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO ANTEPROJETO

Na elaboração do ante projecto seguem-se as seguintes regras:

1. O uso de linguagem impessoal, ou seja, aquela que indica distanciamento entre objecto a
ser pesquisado. Exemplo: proibido o uso de expressões do tipo:
a) Eu acho que;

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b) Minha pesquisa;
c) Nosso projecto.

Uso de expressões como:

a) Esta pesquisa;
b) Este trabalho;
c) O presente projecto.
2. Definir atempadamente o tipo de pesquisa/ abordagem a efectuar:
a) Pesquisa de Caso ou descritiva
b) Abordagem Quantitativa;
c) Abordagem Qualitativa.
3. Citar sempre as fontes de pesquisa e de igualmente os autores;
4. Evite o uso de terminologia dos quais não tem domínio;
5. Revise o ante projecto antes da sua entrega definitiva, se possível entregue o ante projecto
a uma pessoa mais especializada para ajudar a determinar erros e corrigi-los
atempadamente.

2.11. ESTRUTURA DO ANTEPROJETO

 Capa;
 Folha de Rosto;
 Índice;
 Introdução;
 Selecção do tema;
 Antecedentes do Tema;
 Justificativa da Investigação;
 Formulação do problema científico;
a) Variáveis;
b) Hipóteses;
 Determinação de obvjectivos;
a) Geral;
b) Específicos (tarefas da Investigação);
 Identificação de (palavras-chave);
 Desenho teórico (Capítulo I);
a) Definição de termos e conmceitos;
 Desenho metodológico (Capítulo II);
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a) Zona de estudo;
b) Tipo de pesquisa, procedimentos técnicos e abordagens;
c) Demonstração da população;
d) Determinação da amostra;
e) Determinação de instrumentos de recolha de dados a empregar;
f) Procedimentos éticos;
 Resultados esperados;
 Cronograma de actividades;
 Conclusões;
 Referências bibliográficas e Webgráficas;

OBS: As variáveis, hipóteses e os resultados esperados são opcionais dependendo do tipo de


pesquisa.

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UNIDADE – III: PROJECTO DE PESQUISA

3.1. CONCEITO. O QUE É UM PROJETO DE PESQUISA?

O projeto é um documento através do qual se articula e se organiza uma proposta de pesquisa


e que se elabora.

Conforme realça DESLANDES (1996), o projecto de pesquisa é orientado pelos seguintes


aspectos:

 O que pesquisar;
 Por que pesquisar;
 Como pesquisar.

3.1.1. Finalidades do Projecto de Investigação

As finalidades do projecto de pesquisa, na perspectiva proposta por DESLANDES (1996), ap.


Alcenir Soares dos Reis; Maria Guiomar da Cunha Frota (s∕ano) são as seguintes:
a) Mapear o caminho a ser seguido durante a investigação;
b) Orientar o pesquisador durante o percurso de investigação;
c) Comunicar os propósitos da pesquisa para a comunidade científica.
Fonte: Reis e Frota (Guia básico para a elaboração do projeto de pesquisa.pdf). Consultado
por Kassiwe, em Novembro de 2020. Lubango – Angola.
3.2. PASSOS A SEGUIR NA ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO

Para a estruturação de um projecto de investigação é importante que todos os seus aspectos


sejam abordados, pois a maioria de alunos (investigadores) quando defrontam com esse tipo
de trabalho científico sentem muita dificuldade, pois são muitos os passos que devem ser
seguidos e nem sempre um livro de metodologia científica descreve todas essas etapas.

Para a elaboração de um projecto de investigação científica são necessários estudos


preliminares ou exploratórios sobre informações da realidade e sobre outros estudos e
pesquisas realizadas envolvendo o assunto que se vai desenvolver.

Por: Alfredo Kassiwe; Octávio Kavinja; Tomás Manico e Hélio Fernandes 23


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3.2.1. QUESTÕES DO PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO

Um projecto de pesquisa deve responder às seguintes questões:


1- “ O que pesquisar?” (identificação do problema ∕ tema);
2- “ Por que pesquisar?” (justificativa da escolha do tema);
3- “ Para que pesquisar?” (objectivo geral e específicos);
4- “ Como pesquisar?” (metodologia);
5- “ Quando e, onde pesquisar?” (cronograma de actividades ∕ execução);
6- “ Com que recursos pesquisar? (orçamento ∕ honorário);
7- “ Pesquisado por quem e, com quem pesquisar?” (equipa de trabalho);
8- “ Porquê pesquisar?” (causas e efeitos);
9- “ Para quem pesquisar?” (viabilidade do projecto).

Por conseguinte, um projecto de investigação desempenha determinadas funções.

3.2.2. FUNÇÕES DO PROJECTO


1- Define e planeia o desenvolvimento do trabalho de investigação;
2- Estabelece as relações de diálogo com a comunidade científica (comunicação no
processo de pesquisa);
3- Esclarece ao orientador o que o aluno quer fazer, o que torna o processo de orientação
mais dinâmico e funcional;
4- Serve de base para a solicitação de “bolsas” de estudo ou de financiamento, etc.;
5- Exigência para quem quer ingressar em cursos posteriores.

3.3. ETAPAS PARA A ELABORAÇÃO ∕ ESTRUTURA DO PROJECTO DE


INVESTIGAÇÃO

A pesquisa, sendo um procedimento reflexivo e crítico de busca de respostas para problemas


ainda não solucionados, o seu planeamento e a sua execução, fazem parte de um processo
sistematizado que compreende as etapas seguintes:

1. Selecção e delimitação do tema;


2. Justificativa da escolha do tema;
3. Revisão da literatura;
4. Formulação do problema científico;
4.1.Variáveis;

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4.2.Hipóteses;
5. Determinação de objectivos;
6. Metodologia;
7. Colheita de dados;
8. Análise e discussão dos resultados;
9. Redacção e apresentação do trabalho científico, relatório ou trabalho de conclusão do
curso (TCC).

3.3.1. Selecção do Tema

Inicia-se aqui a uma caminhada científica, cujo conteúdo e sucesso dependem bastante deste
momento.

Quem deve seleccionar o tema do projecto?

A selecção do tema do Projecto pode ter como base (origem):

 As propostas apresentadas pela Escola;

 Uma proposta apresentada por um aluno ou um grupo de alunos;

 As propostas apresentadas pelos técnicos do local de estágio/organização.

Factores que podem influenciar a escolha do tema do projecto por aluno ou grupo de
alunos:

No processo de decisão sobre o qual o tema do projecto a escolher, o aluno deve ter em conta
factores como:

 Exequibilidade (realista em função do tipo de trabalho a desenvolver);

 As características do Trabalho: teórico, teórico-prático ou prático;

 O gosto pela área;

 Pertinências, a originalidade e aplicabilidade do trabalho.

Nesta etapa deve-se responder à pergunta: “O que pesquisar∕ abordar?” Já se aflorou


anteriormente (em conceitos básicos), que o tema, é um aspecto ou uma área de interesse de
um assunto que se deseja provar ou desenvolver. Ora, escolher um tema significa eleger uma
parcela delimitada de um assunto, estabelecer limites ou restrições para o desenvolvimento da
pesquisa pretendida.

Por: Alfredo Kassiwe; Octávio Kavinja; Tomás Manico e Hélio Fernandes 25


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A definição do tema com base na sua observação do quotidiano, na vida profissional, no


âmbito do programa de pesquisa, em contacto e relacionamento com especialistas (o tema não
se deve copiar ao outro colega que talvez já tenha debruçando-se anteriormente, teve ou não,
sucesso).

Dever-se-á levar em conta, para a escolha do tema, a sua actualidade e relevância, o seu
conhecimento à respeito, a sua preferência e aptidão pessoal para lidar com o tema escolhido.

 Importância ou Utilidade do Tema

O desenvolvimento do conhecimento é sempre benéfico. Deve estar claro para o pesquisador


a relevância de um tema, que possa dirigir-se genericamente a três beneficiários: a sociedade,
a ciência, a escola.

 Relevância Social

Um tema tem relevância quando o desenvolvimento e as conclusões reflectem a uma


contribuição directa para a sociedade. Quer, isto dizer, que pode contribuir para responder a
uma necessidade social concreta.

 Relevância Científica

É característica daquele tema que, se desenvolvido, contribui para melhor esclarecer ∕ resolver
um problema detectado ou previsto no curso de um estudo ou pesquisa científica. Exemplo:
A covid-19 até então foi um problema desconhecido. Através da sua relevância para a ciência,
interessou aos pesquisadores para desvendar o mistério.

 Relevância Académica

É característica do tema que, se desenvolvido, contribui para o processo de ensino


aprendizagem a respeito de uma necessidade∕ problema humano.

Exemplo: A Covid-19 até então foi um problema desconhecido. Através da sua relevância
para a ciência, interessou aos pesquisadores para desvendar o mistério e posteriormente levar
o assunto no seio académico.

Na redacção do tema o pesquisador deve responder às perguntas: O quê (problema de


estudo)? Com quem (população alvo)? Onde (unidade sanitária ou local geográfico)?
Quando (tempo /duração)?

Exemplo de tema 1: Planeamento familiar no bairro Bula Matadi. Estudo de caso de uma
família num agregado de 3 mulheres em idade fértil em Março de 2023.

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Exemplo de tema 2: Estudo de caso: Planeamento familiar no bairro Bula Matadi num
agregado familiar de 3 mulheres em idade fértil em Março de 2023.

3.3.2. Justificativa da Escolha do Tema

Justificar é fornecer razão suficiente para que algo tenha acontecido ou aconteça. A
justificativa de um projecto consiste em apresentar motivos bons o bastante para o
desenvolvimento de pesquisa a respeito do tema específico.

Nesta etapa reflecte-se sobre “o porquê” da realização da pesquisa procurando identificar as


razões da preferência pelo tema escolhido e a sua importância em relação a outros temas.
Pergunte a você mesmo: o tema é relevante e, se é porquê (causas e efeitos)? Quais os pontos
positivos que você percebe na abordagem proposta? Que vantagens e benefícios você
pressupõe que sua pesquisa irá proporcionar? A justificativa deverá convencer quem for ler o
projecto, com relação a importância e á relevância da pesquisa proposta.

3.3.3. Revisão da Literatura (o que já foi escrito sobre o tema)

É a apresentação de literatura básica, com os possíveis itens sobre o assunto pesquisado.

Especificação detalhada e criticamente articulada sobre todos os pontos chaves das perguntas
que a investigação pretende responder, as quais fornecerão subsídios necessários para as
discussões e conclusões do estudo.

NOTA: revisão da literatura também designada por Enquadramento Teórico – responde ainda
à questão como?

Integra a fundamentação teórica da pesquisa e a definição dos conceitos usados.

É importante lembrar e salientar, que nesta etapa dever-se-á responder às seguintes questões:
quem já escreveu e o que já foi publicado sobre o assunto, que aspectos já foram abordados,
quais as lacunas existentes na literatura? (Antecedentes do tema).

A revisão de literatura é fundamental, porque fornecerá elementos para o investigador evitar a


duplicação de pesquisas sobre o mesmo enfoque do tema. Favorecerá a definição de
contornos mais precisos do problema a ser estudado.

3.3.4. Formulação do Problema (pergunta científica)

Vale lembrar aqui, conforme referimos anteriormente, que toda pesquisa tem por finalidade
buscar a solução de um ou mais problemas. Ora, o problema é uma dificuldade proposta.

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Nesta etapa você irá reflectir sobre o problema que pretende resolver na pesquisa, se é
realmente um problema e se vale apenas tentar encontrar uma solução para ele. A pesquisa
científica depende da formulação adequada do problema, isto porque objectiva buscar a sua
solução.

Para um dos mais respeitados autores no campo da metodologia das ciências sociais, a
maneira mais prática para entender o que é um problema científico consiste em considerar
primeiramente aquilo que não é (Kerlinger, 1980). Sejam os exemplos: "Como fazer para
melhorar o planeamento familiar?" "Que conhecimentos têm os estudantes sobre o
planeamento familiar? Quais são as causas do planeamento familiar?" "Como aumentar a
produtividade no trabalho?" Nenhum destes constitui rigorosamente um problema científico,
pois, sob a forma em que são propostos, não possibilitam a investigação segundo os métodos
próprios da ciência.

Ainda segundo (Kerlinger, 1980) estes são antes problemas de valor, assim como todos
aqueles que indagam se uma coisa é boa, má, desejável, indesejável, certa ou errada, ou se é
melhor ou pior que outra. São igualmente problemas de valor aqueles que indagam se algo
deve ou deveria ser feito.

Embora não se possa afirmar que o cientista nada tenha a ver com esses problemas, o certo é
que a pesquisa científica não pode dar respostas a questões de valor, porque sua correcção ou
incorrecção não é passível de verificação empírica.

Com base nessas considerações pode-se dizer que um problema é de natureza científica
quando envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis ou observáveis.

Exemplo 1: De que forma o planeamento familiar influência no bem-estar da família?"

Exemplo 2: Em que medida o planeamento familiar influência para a infertilidade da


mulher?"

3.3.4.1.Variáveis

Variáveis (caracteres) ou Atributos Estatísticos: são as propriedades dos indivíduos da


população estatisticamente estudadas.

As variáveis podem ser:

1. Quantitativas: aquelas que são quantificáveis ou numeráveis. Possíveis atribuir uma


medida;

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As variáveis quantitativas podem ser:

a) Discretas: quando assume um valor finito ou infinito contável de valores e, assim


somente fazem sentido valores inteiros;
b) Continuas: quanto assume qualquer valor de um intervalo. Assumem valores em uma
escala contínua.

Variáveis quantitativas Tipos de valores


o Idade Discreta
o Número de um aluno
o Classificação final de uma disciplina

o Altura de um individuo Contínuas


o O peso de um indivíduo

2. Qualitativas: não são numeráveis, ou seja, são relacionadas com qualidade ou categoria
ou então característica que não pode ser quantificável.

A variável qualitativa pode ser registada numa escala:

a) Nominal: caso a ordem das modalidades não interesse (não existe ordenação dentre as
categorias).
b) Ordinal: caso a ordem da modalidade interesse (existe ordenação dentre as categorias).
Ex: 1º, 2º, 3º etc.

Variáveis qualitativas Tipos


o O sexo (Masculino ou feminino)
o O estado civil (Solteiro, Casado ou Divorciado)
o A profissão Professor, Fisioterapeuta, Enfermeiro, Médico) Nominal

o Menor do que
o Maior do que
o Superior Ordinal
o Habilitações académicas

De acordo com Marconi e Lakatos “Variável é um conceito operacional, sendo que a


recíproca não é verdadeira”.

Com efeito, uma variável pode ser considerada como uma classificação ou medida; uma
quantidade que varia.

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3. Identificação das Variáveis em Estudo:


a) Variável Independente – Número de Treinos

Variável de estímulo ou input – factor que é seleccionado pelo investigador, com vista à
medição ou manipulação, para determinar a sua relação com o fenómeno observado.

Segundo Marconi e Lakatos (2010), a variável independente (x) é aquela que influencia,
determina ou afecta outra variável; é factor determinante, condição ou causa para determinado
resultado, efeito ou consequência.

b) Variável dependente – Performance das Capacidades

Variável de resposta ou output – factor que é observado e medido para determinar o efeito
da variável independente, ou seja, o factor que se manifesta, desaparece ou varia à medida que
o investigador introduz, remove ou faz variar a variável independente.

Exemplo 1 do problema 1:

Variável independente (x): Planeamento familiar.

Variável dependente (y): o bem-estar da família.

Exemplo 2 do problema 2:

Variável independente (x): prática do planeamento familiar nas mulheres. Ou seja, utilização
de anti-concepcionais no domínio do planeamento familiar nas mulheres.

Variável dependente (y): problemas de infertilidade nas mulheres.

3.3.4.2.Hipóteses

Corresponde à resposta suposta e provisória ao problema; no entanto, pode ser verificada por
pesquisa científica.

As hipóteses são formuladas em forma de frase declarativa; usam-se quando se adopta


normalmente numa metodologia experimental.

Exemplo 1:

H1: o planeamento familiar influência no bem-estar da família.

H0: o planeamento familiar não influencia no bem-estar da família.

Exemplo 2:

H1: o planeamento familiar influência na infertilidade da mulher.

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H0: o planeamento familiar não influencia na infertilidade da mulher.

3.3.5. Determinação de Objectivos (Geral e Específicos). Responde às questões: para


quê e para quem?

Os objectivos de uma pesquisa delimitam e dirigem os raciocínios a serem desenvolvidos.

Nesta etapa você pensará sobre a sua intenção ao propor a pesquisa. Deverá sintetizar o que
pretende alcançar com a pesquisa. Os objectivos devem estar coerentes com a justificativa e o
problema proposto.

O Objectivo Geral de uma pesquisa científica é a sua “espinha dorsal”; deve expressar
claramente o que se pretende alcançar com a sua investigação.

Os Objectivos Específicos explicitarão os detalhes e serão os desdobramentos, ou seja,


divisões do objectivo geral.

Os objectivos informarão para quê e para quem você está a propor a pesquisa, isto é, qual o
resultado que pretende alcançar ou qual a contribuição que a sua pesquisa irá efectivamente
proporcionar.

Os enunciados dos objectivos devem começar com um verbo no infinitivo e este verbo deve
indicar uma acção passível de mensuração.

Ainda segundo SILVA (2004), apresentamos aqui verbos que podem ser usados tanto para
objectivo geral quanto para os objectivos específicos:

Objectivos Verbos (objectivos esp.)

Quando a pesquisa tem o objectivo Apontar, citar, classificar, definir, descrever,


geral de conhecer: identificar, reconhecer, relatar;

Quando a pesquisa tem o objectivo Concluir, reduzir, demonstrar, determinar,


geral de compreender: diferenciar,
discutir, interpretar, localizar, reafirmar;

Quando a pesquisa tem o objectivo Desenvolver, empregar, estruturar, operar,


geral de aplicar: organizar,
Praticar, seleccionar, traçar, optimizar, melhorar;

Quando a pesquisa tem o objectivo Comparar, criticar, debater, diferenciar,


geral de analisar: discriminar, examinar, investigar, provar, ensinar,

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medir, testar, monitorar, experimentar;

Quando a pesquisa tem o objectivo Compor, construir, documentar, especificar,


geral de sintetizar: esquematizar,
Formular, produzir, propor, reunir;

Quando a pesquisa tem o objectivo Argumentar, contrastar, decidir, escolher, estimar,


geral de avaliar: julgar,
Medir, seleccionar.
De acordo a tabela acima podemos apresentar o seguinte exemplo:

Quando usarmos o objectivo geral com o verbo conhecer:

Conhecer a influência do planeamento familiar no bem-estar da família do Bairro Bula


Matadi.

De acordo com o objectivo geral pode-se formular os seguintes objectivos específicos:

 Definir o planeamento familiar e os seus métodos.


 Identificar os métodos de planeamento familiar usados pelas 3 mulheres do bairro Bula
Matadi.
 Descrever os resultados do planeamento familiar em função dos métodos usados pelas 3
mulheres do bairro Bula Matadi.

3.3.6. Metodologia

Metodologia é o conjunto de métodos e técnicas utilizadas para a realização de uma pesquisa.

Método é o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na investigação


dos factos ou na procura da verdade.

Na metodologia de pesquisa, encontramos meios e técnicas utilizadas para atingir os


objectivos anteriormente apresentados e responde questões como: como, com quê/quem,
onde, quando, oque, e com quanto pesquisar?

Integra:

 Método científico;
 Tipo de pesquisa;
 Procedimentos técnicos e abordagens;
 Caracterização do local da pesquisa
 População e Amostra

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 Procedimentos Éticos
 Instrumentos ou técnicas de recolha de dados (entrevistas ou inquéritos dependendo dos
procedimentos e abordagens que optar.), indicando as características, a forma da sua
aplicação, como se pensa codificar os dados.

Quer, isto dizer, que nesta etapa você definirá, o tipo de pesquisa, a população (universo da
pesquisa), a técnica de amostragem, os instrumentos de colheita de dados e a forma como
pretende tabular e analisar os seus dados.

 Métodos científicos

A investigação científica depende de um “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos”


(GIL, 1999), p.26) para que seus objectivos sejam atingidos. Portanto, os métodos científicos.

Assim, Método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que se devem


empregar na investigação. É a linha de raciocínio adoptada no processo de pesquisa. Os
métodos que fornecem as bases lógicas á investigação são: indutivo, dedutivo, hipotético-
dedutivo, dialéctico e fenomenológico.

Método Dedutivo

O método dedutivo, de acordo com a acepção clássica, é o método que parte do geral e, a
seguir, desce ao particular. Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis
e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente
de sua lógica. E o método proposto pelos racionalistas (Descartes, Spinoza, Leibniz), segundo
os quais só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro, que decorre de princípios a
priori evidentes e irrecusáveis.

O protótipo do raciocínio dedutivo é o silogismo, que consiste numa construção lógica que, a
partir de duas preposições chamadas premissas, retira uma terceira, nelas logicamente
implicadas, denominada conclusão. Seja o exemplo:

Todo homem é mortal, (premissa maior).

Pedro é homem, (premissa menor).

Logo, Pedro é mortal, (conclusão)

Método Indutivo

O método indutivo procede inversamente ao dedutivo: parte do particular e coloca a


generalização como um produto posterior do trabalho de coleta de dados particulares. De

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acordo com o raciocínio indutivo, a generalização não deve ser buscada aprioristicamente,
mas constatada a partir da observação de casos concretos suficientemente confirmadores
dessa realidade. Constitui o método proposto pelos empiristas (Bacon, Hobbes, Locke,
Hume), para os quais o conhecimento é fundamentado exclusivamente na experiência, sem
levar em consideração princípios preestabelecidos.

Nesse método, parte-se da observação de fatos ou fenômenos cujas causas se deseja conhecer.
A seguir, procura-se compará-los com a finalidade de descobrir as relações existentes entre
eles. Por fim, procede-se à generalização, com base na relação verificada entre os fatos ou
fenômenos. Considere-se o exemplo:

António é mortal.

Benedito é mortal.

Carlos é mortal.

Zózimo é mortal.

Ora, António, Benedito, Carlos... e Zózimo são homens.

Logo, (todos) os homens são mortais.

As conclusões obtidas por meio da indução correspondem a uma verdade não contida nas
premissas consideradas, diferentemente do que ocorre com a dedução. Assim, se por meio da
dedução chega-se a conclusões verdadeiras, já que baseadas em premissas igualmente
verdadeiras, por meio da indução chega-se a conclusões que são apenas prováveis.

Método Hipotético-dedutivo

Método cunhado pelo pensador Karl Poper, que dizia a ciência ser hipotética e provisoria, e
não um conhecimento definitivo.

O Método hipotético-dedutivo consiste na construção de conjecturas, ou seja, premissas com


alta probabilidade e que a construção seja similar, baseada nas hipóteses, isto é, caso as
hipóteses sejam verdadeiras, as conjecturas também serão. Por isso as hipóteses devem ser
submetidas a testes, os mais diversos possíveis, à crítica intersubjectiva, ao controlo mútuo
pela discussão crítica, à publicidade (sujeitando o assunto a novas críticas) e ao confronto com
os factos, para verificar quais são as hipóteses que persistem como válidas resistindo às
tentativas de falseamento, sem o que seriam refutadas. É um método com consequências, que

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leva a um grau de certeza igual ao das hipóteses iniciais, assim o conhecimento absolutamente
certo e demonstrável é dependente do grau de certeza da hipótese.

Método Dialéctico

O método dialético possui várias definições, tal como a hegeliana, a materialista, entre outras.
Para alguns, ele consiste em um modo esquemático de explicação da realidade que se baseia
em oposições e em choques entre situações diversas ou opostas. Diferentemente do método
causal, no qual se estabelecem relações de causa e efeito entre os fatos (ex: as radiações
solares provocam a evaporação das águas, estas contribuem para a formação de nuvens, que,
por sua vez, causa as chuvas), o modo dialético busca elementos conflituantes entre dois ou
mais factos para explicar uma nova situação decorrente desse conflito.

Método Fenomenológico

A fenomenologia estuda a essência e a manifestação das coisas. Ou seja: tudo aquilo que se
pode perceber do objeto ou do fenômeno através dos sentidos.

O método fenomenológico foi proposto pelo filósofo alemão Edmund Husserl, como uma
crítica ao método indutivo e ao método dedutivo.

A crítica de Husserl se estendia também ao método experimental, já que, para o filósofo, as


instabilidades dos dados empíricos não fornecem o rigor necessário para a investigação
filosófica.

Então, enquanto a ciência positivista restringia seu campo de análise ao método experimental,
Husserl buscou fazer uma análise compreensiva e não explicativa dos fenômenos, através do
método fenomenológico.

O método, tal como Husserl propôs, propõe-se a construir um método seguro, livre de
preposições, para todas as ciências.

Para Husserl “toda consciência é consciência de alguma coisa “. Nessa perspectiva, para
Husserl, não existe uma consciência completa separada da realidade. No entanto, na
compreensão do autor, o mundo e a realidade só existem para uma pessoa: o eu. Quer dizer:
cada pessoa interpreta e dá significado à realidade.

Por esse motivo, na concepção do autor, as ciências com certezas seguras e positivas são
ingênuas.

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 População

MARCONI e LAKATOS (2010, p. 206), definem universo ou população, como sendo, ‘‘o
conjunto de seres humanos ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em
comum. Sendo N o número total de elementos do universo ou população’’.

Segundo ZASSALA (2012, p.85), ‘‘deve ser indicada a população para a qual os resultados
poderão ser generalizados. Representa o grupo total do qual a amostra será retirada’’.

Portanto, sucintamente, população ou universo da pesquisa, é a totalidade de indivíduos que


possuem as mesmas características definidas para um determinado estudo.

 Amostra

Ainda de acordo MARCONI e LAKATOS (2010, p.206), conceituam amostra ‘‘uma porção
ou parcela, convenientemente seleccionada da população. É um subconjunto da população.
Sendo n o número de elementos da amostra’’.

Para FERNANDES (2010, p. 62), defende que a amostra ‘‘consiste em escolher as pessoas a
interrogar por forma a assegurar que sejam tanto quanto possível representativas do conjunto
da população a estudar’’. Todavia os tipos de amostragens são probabilísticos e não-
probabilístico.

 Técnicas de Amostragem

Amostragem Probabilística

Amostragem probabilística, ou aleatórias, ou ao acaso, é “aquela que em cada elemento da


população tem uma chance de ser seleccionado para compor a amostra” (MATTAR, 2001).

Instrumento de Recolha de Dados, ver quadro 1 do presente documento.

Amostragem não Probabilística.

“Aquela em que a selecção dos elementos da população para compor a amostra depende ao
menos em parte do julgamento do pesquisador no campo. Não há nenhuma chance conhecida
de que um elemento qualquer da população venha fazer parte da amostra” (MATTAR, 2001).

 Procedimentos Éticos

Quando se tratar de pesquisas que envolva seres humanos, deixar claro o respeito às normas
éticas. É necessário contar com o consentimento livre do sujeito da pesquisa ou um
representante legal em caso de ser um menor. Prover procedimentos que assegurem a

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confiabilidade e a utilização de informações sem prejuízo das pessoas. O participante ou o seu


responsável legal estarão cientes de que poderá desistir a qualquer momento da pesquisa.

3.3.7. Colheita de dados


Nesta etapa você fará a pesquisa de campo propriamente dita. Para obter êxitos neste
processo, cerca de Cinco (5) qualidades, ou seja, princípios éticos são fundamentais: a
responsabilidade, a persistência (paciência), a importância (utilidade), a pertinência
(necessidade) e a humildade científica.

3.3.8. Análise e Discussão de Dados

Nesta etapa você vai interpretar e analisar os dados, que tabulou e organizou na etapa anterior.
A análise deve ser feita para atender aos objectivos da pesquisa e, para comparar e confrontar
dados e provas com o objectivo de confirmar ou rejeitar a (s) hipótese (s) ou os pressupostos
da pesquisa. Consiste na análise estatística dos dados colhidos.

3.3.9. Redacção e apresentação do trabalho científico, relatório ou trabalho de


conclusão do curo (tcc).

Nesta etapa o pesquisador deverá redigir o seu relatório de pesquisa ou anteprojecto.

Azevedo (1998, p.22) argumenta que o texto deverá ser escrito de modo apurado, isto é,
“gramaticalmente correcto, fraseologicamente claro, terminologicamente preciso e
estilisticamente agradável”.

3.4. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES – RESPONDE À QUESTÃO: QUANDO?

Nesta secção indica-se o tempo necessário para o desenvolvimento de cada uma das etapas da
pesquisa (GIL, 2002).

Implica divisão da pesquisa em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar
de uma parte a outra (Kassiwe, 2010).

As tabelas a seguir, espelham um exemplo de cronograma de actividades e recursos materiais


e financeiros e a sua execução.

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Tabela nº 1 – recursos materiais e financeiros

 Cronograma

Nesta secção indica-se o tempo necessário para o desenvolvimento de cada uma das etapas da
pesquisa (GIL, 2002). No quadro a seguir damos um exemplo de cronograma de execução.

Nº Orçamento ∕ Honorários Quantidade Valor total Observações


(Kz)
1 Investigador (a) 1 200. 000.
2 Outros investigadores 3 600.000
Subtotal 800.000
3 Materiais de Computador 1 300.000
oficina Impressora 1 80.000
básicos Papel 2 12.000
Tinta 4 32.000
Subtotal 424.000
4 Transporte 1 150.000
5 Alimentação 1 180.000
Subtotal 330.000
6 Serviços Impressão/cópias 5 160.000
gráficos Encadernação 5 20.000
Extras --- 160.000
Subtotal 240.000
Total 1.894.000

Actividades Meses/Ano
J F M A M J J A S O N D
Levantamento Bibliográfico X X X X X X X X X X X X
Elaboração do projecto X X X
Apresentação do projecto X
Correcção do projecto X X X
Colecta de dados (a pois a Correcção) X X
Tabulação e análise dos dados colectados X X
Apresentação dos resultados ou trabalho X
final
3.5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO OU EXCLUSÃO

O estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão para os participantes de um estudo é


uma prática padrão e necessária na elaboração de protocolos de pesquisa de alta qualidade.
Critérios de inclusão são definidos como as características-chave da população-alvo que os
investigadores utilizarão para responder à pergunta do estudo. Critérios de inclusão típicos
incluem características demográficas, clínicas e geográficas.

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Erros comuns relacionados aos critérios de inclusão e exclusão incluem a utilização da mesma
variável para definir critérios de inclusão e exclusão (por exemplo, em um estudo incluindo
apenas homens, listar sexo feminino como um critério de exclusão).

Descrever as características necessárias ao sujeito para ser incluído ou excluído na pesquisa.

3.6. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

Quando se tratar de pesquisa que envolva seres humanos, deixar claro o respeito às normas
éticas. Sugestão de texto para este item:

Segundo as recomendações éticas do Ministério da Saúde, na Resolução 196, de 10 de


Outubro de 1986, inciso III, alínea G, é necessário contar com o Consentimento Livre e
Esclarecido do sujeito da pesquisa e/ou representante legal. E, alínea J: "prover procedimentos
que assegurem a confiabilidade e a utilização de informações sem prejuízo das pessoas"
(BRASIL, 1996). O presente anteprojecto de pesquisa obedecerá aos critérios dessa
Resolução e serão pedidas autorizações ao paciente ou responsável através de Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, conforme Comité de Ética em Pesquisa (CEP) pela
Plataforma Brasil para utilização dos dados dos participantes nesta pesquisa bem como a
divulgação dos resultados. O avaliado ou seu responsável estarão cientes que poderão desistir
a qualquer tempo, sem que haja qualquer descontinuidade do atendimento nutricional.

3.7. ESTRUTURA DE REDACÇÃO DO PROJECTO

A estrutura de redacção do projecto segue uma sequência cuja finalidade é demonstrar que o
aluno sabe o que quer pesquisar, para que, porque, como e quando fazer. No projecto o aluno
deve demonstrar também domínio sobre o que existe na literatura actual sobre o tema, ao
escrever a introdução e o referencial teórico.

Assim, apresenta-se os elementos abaixo:

3.7.1. Parte Externa

 Capa
 Contracapa

Já a parte interna é compreendida pelos seguintes elementos:

3.7.2. Pré textuais

 Folha de rosto
 Lista de ilustrações

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 Lista de tabelas
 Lista de abreviaturas e siglas
 Lista de símbolos
 Sumário

3.7.3. Textuais

 Introdução
 Desenvolvimento
3.7.4. Pós-textuais
 Referências
 Glossário
 Apêndice
 Anexo

Capa: é a parte externa do trabalho e nela devem constar os elementos mais representativos
(curso, nome do aluno, tema do projecto, se houver local e ano).

Folha de rosto: na folha de rosto deve conter, nome do autor, tema do projecto, se houver
detalhes incluindo a natureza do projecto, o objectivo (grau pretendido), nome da Instituição,
o nível, nome do orientador, cidade e ano.

Índice ou Sumário: o sumário é uma listagem de todas as acções do projecto indicando


numeração e páginas. Deve ser identificado pelo conceito SUMÁRIO digitado em caixa alta,
fonte 12, negrito e centralizado.

Parte introdutória: nessa parte, seguindo as normas recomendadas pelos metodológicos,


devera constar o tema do projecto, o problema a ser abordado, a(s) hipótese(s), quando
couber(em), bem como o(s) objectivo(s) a ser(em) atingido(s) a(s) justificativa(s). Portanto,
nesta fase o autor deve demonstrar de forma clara e atraente conhecimento da literatura sobre
o assunto abordado, adquirido pelo levantamento bibliográfico. A construção deverá ser
sucinta e preferencialmente, em ordem cronológica, mostrando a evolução do tema de
maneira integrada. Toda a bibliografia utilizada é obrigatoriamente citada.

Referencial teórico: trata-se do levantamento na literatura (livros, artigos científicos, sites


oficiais) que versam sobre o tema proposto.

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UNIDADE – IV: TIPOS DE CITAÇÕES

4.1.NORMAS DA APA

As Normas da APA (American Psychological Assocition) empregam o sistema autor-data


para as citações, ou seja, sobrenome do autor, vírgula e o ano de publicação. A numeração da
página só é colocada quando há uma citação directa. Nesse caso, usa-se o sobrenome do autor
citado, vírgula, ano, vírgula seguido de “p.” e o número da página. Com relação aos
sobrenomes, há algumas especificidades, por exemplo, não se usa o sufixo Jr.

Uma citação é uma forma abreviada de fazer referência no texto ao conteúdo de outro autor e
deve conter toda a informação necessária para permitir uma correspondência inequívoca entre
si e as respectivas referências bibliográficas no final do documento.

Podem considerarem-se três formas de realizar as citações:

 Citação directa – transcrição literal do texto do autor: breve e extensa (o nome do autor e
data devem aparecer no fim do parágrafo);
 Citação indirecta - transmissão da ideia por palavras próprias (o nome do autor e data
devem aparecer no início do parágrafo);
 Citação de citação - quando não se tem acesso ao texto original (dependendo da
transcrição, deve-se proceder conforme frisado anteriormente).

4.2.ASPECTOS GERAIS A CONSIDERAR NAS CITAÇÕES

4.2.1. Uso da Vírgula

A vírgula é usada para separar o sobrenome do nome do autor, tanto na citação no corpo do
texto, quanto nas referências.

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4.2.2. Uso do ‘e’, ‘and’ ou ‘y’

Quando os autores estiverem fora dos parênteses, acrescentar antes do último autor ‘e’, para
artigo em português, ‘and’ para artigo em inglês e ‘y’ para artigo em espanhol.

4.2.3. Uso do ‘&’

O “&” é usado para separar o sobrenome do último autor citado entre parênteses. Isso vale
para artigos em português, inglês e espanhol.

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4.2.4. Estilos de citação com autores

4.2.5. Quando usar ‘p.’ ou ‘pp.’

Nas citações diretas e nas referências, usa-se o “p.” quando indicar apenas uma página citada,
e “pp.”. Quando houver mais de uma página citada.

4.3. CITAÇÃO DIRECTA

É a transcrição literal de trecho do original, nela é obrigatória a menção da página ou do


número do parágrafo para material sem paginação.

Se a citação compreende menos de 40 palavras, incorpore-a ao texto e coloque entre aspas


duplas.

Citações com mais de 40 palavras deve ser apresentada em um bloco de texto separado sem
aspas. Inicie essa citação em um bloco com recuo de 1,25cm da margem esquerda, se houver

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mais de um parágrafo dentro da citação, recue a primeira linha de cada parágrafo com mais
1,25cm. Use espaçamento simples nos blocos de citação direta e no final informe a fonte
citada e o número da página ou do parágrafo entre parênteses depois do ponto final.

4.3.1. Citações com menos de 40 Palavras

Para citação directa com menos de 40 palavras, mantemos no corpo do texto entre aspas
duplo.

4.3.2. Citações acima de 40 palavras

Quando a citação direta ultrapassa 40 palavras, é preciso apresentar a citação em um bloco


independente, numa nova linha com recuo de 1,25 cm do parágrafo da margem esquerda,
espaçamento simples e tamanho de fonte igual a do texto: Arial, 12.

4.4. CITAÇÃO INDIRECTA

É a transcrição de conceitos do autor consultado, porém escritos com as próprias palavras do


redator. Na citação indireta o autor tem a liberdade de parafrasear ou referir-se a uma ideia
contida em outro trabalho.

Na citação indireta não há uma exigência para informar o número de página ou de parágrafo,
porém pode ser feito quando isso auxiliaria um leitor interessado a localizar a passagem citada
em um texto longo ou complexo.

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4.5. CITAÇÃO DE CITAÇÃO

É a transcrição directa ou indirecta (citação de citação ou fontes secundárias) de uma obra da


qual não se teve acesso. Deve ser usada moderadamente, se possível, evitada.

Indicar o autor da obra original e o ano (se possível), logo após acrescentar “como citado
em” (artigo em português) e “as cited in” (artigo em inglês), autor, ano e página da obra
utilizada para consulta. Na lista de referências, indicar apenas os dados da obra consultada.

4.6. APÊNDICES

Apêndices são textos ou documentos elaborados pelo (s) autor(es) e são utilizados como
materiais suplementares ao conteúdo do artigo.

O título ‘Apêndice’ deve aparecer com a inicial maiúscula e as demais minúsculas


centralizado. Se o trabalho possui apenas um apêndice use apenas o rótulo ‘Apêndice’, se
possui dois ou mais, rotule cada um com uma letra maiúsculas na ordem como são
mencionados no texto: ‘Apêndice A’, ‘Apêndice B’, etc. Cada apêndice deve ter um título e
no texto deve ser citado por seus rótulos.

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4.7. ANEXOS

São documentos não elaborados pelo autor, que servem de fundamentação, comprovação ou
ilustração à parte nuclear do trabalho.

Podem-se incluir nos anexos: leis, ilustrações e outros documentos não elaborados pelo autor.
Sua paginação deve ser contínua a do texto.

O título ‘Anexo’ deve aparecer com a inicial maiúscula e as demais minúsculas centralizado.
Se o artigo possui apenas um anexo use apenas o rótulo ‘Anexo’, se possui dois ou mais,
rotule cada um com uma letra maiúsculas na ordem como são mencionados no texto: ‘Anexo
A’, ‘Anexo B’, etc. Cada anexo deve ter um título e no texto deve ser citado por seus rótulos.
(Apêndice N).

4.8. ALGUMAS REGRAS PARA FORMATAÇÃO DE UM TRABALHO DE FIM DE


CURSO

Tipo de papel.

Papel branco, formato A4.

4.8.1. Tipo de letra

Times New Roman ou Arial tamanho 12 para o texto, título, resumo, citações e referências.
Com exceção para “Notas” com fonte tamanha 10.

Negrito só é utilizado para dar ênfase a uma frase e/ou palavra.

Itálico é utilizado para palavras em língua estrangeira.

4.8.2. Margens

Para as margens no trabalho de fim de curso vai-se utilizar:

Superior e esquerda, 3 cm.

Inferior e direta, 2 cm.

4.8.3. Parágrafos, Espaçamentos e Alinhamentos

No texto o alinhamento deve ser justificado, e espaçamento 1,5 (usado também no Resumo).

Para os títulos, o espaçamento deve ser simples com 12 pt. antes e depois sem o recuo na
primeira linha. Para isso, vá a Parágrafo – Espaçamento, e inclua 12 pt. antes e 12 pt. depois.

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No caso de citação direta acima de 40 palavras, deve-se ir para uma nova linha, com recuo de
1,25 (e mantê-lo até o final da citação) com espaçamento simples e fonte 12.

Com relação à lista de referências, a fonte é 12 com espaçamento simples entre as linhas da
referência. Entre uma referência e outra, deixamos 12 pt de espaço.

Além do espaçamento, há o deslocamento em cada referência. Na segunda linha da referência


em diante, faz-se o recuo de 0,75.

4.8.4. Paginação

A numeração é colocada a partir da primeira folha da parte textual, ou seja, da seção referente
à introdução do trabalho.

As páginas textuais e pós-textuais (todas são numeradas em algarismos arábicos) no canto


inferior direito.

Utilizar algarismos romanos para numerar os itens pré-textuais.

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4.9. ESTILO

O texto deverá ter:

 Clareza: ideias transmitidas com base na literatura e exposição organizada de dados e


conceitos.
 Coerência: conexão lógica do texto, incluindo frases e parágrafos.
 Concisão: evitar redundâncias e repetições desnecessárias.
 Linguagem científica: a linguagem coloquial só poderá ser utilizada quando
expressamente requerida pelo Orientador(a).
 Adequação gramatical: o texto deverá estar totalmente corrigido quanto á acentuação,
pontuação e regras gramaticais.
 Abreviaturas: definidas no texto na primeira vez em que são empregadas, e adicionadas a
lista de abreviaturas com a definição adequada.
 Evitar o uso da 1ª pessoa (singular ou plural), utilizando a impessoalidade no texto – 3ª p.
singular. (p. ex.: serão investigados).
 Evitar: números no início de frases assim, como, abreviaturas em títulos ou no resumo.

4.10. DEFESA DO PROJECTO DE PESQUISA

A defesa do projecto de pesquisa (estudo de caso) deverá ocorrer publicamente no tempo


estimado entre 15 á 20 minutos. A defesa deverá ocorrer com a presença do Orientador, mais
dois professores avaliadores e dos demais colegas de sala e/ou convidados do (s) autor (es).
Essa apresentação deverá ser feita durante o semestre ou o ano em curso da disciplina; são
apresentadas todas as secções contidas no projecto, avaliando-se sempre a questão do tempo
de apresentação, dividindo-se esse tempo de forma proporcional para a parte escrita de cada
secção.

4.11. AVALIAÇÃO DO PROJECTO

O projecto será avaliado por um corpo de Júri composto por dois professores sendo um
Presidente de mesa, um arguente e o Orientador (a indicação do corpo do Júri depende da
dinâmica e necessidade da Instituição), o qual irá presidir a defesa. Os membros do Júri irão
atribuir uma nota de 0 (zero) a 20 (vinte) valores por escrito ao trabalho do estudante. Assim,
a nota final do projecto será a média aritmética simples das duas notas do trabalho escrito e da
apresentação individual.

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4.12. ENTREGA DO PROJECTO

No processo de defesa do projecto, o aluno deverá inicialmente entregar uma semana antes da
defesa:

 Uma (1) via para cada membro do corpo de Júri (total 3 vias);
 Uma (1) via para Orientador;
 Uma (1) via para os estudantes que deverão fazer anotações das correcções durante o
questionamento do Júri no dia da defesa do projecto.

Após a defesa propriamente dita, o estudante deverá em conjunto com o Orientador realizar as
correcções exigidas pelo Júri.

Depois da realização da correcção indicada pelo Júri, o estudante deverá, então, entregar na
coordenação uma (1) via no formato digital na versão electrónica em CD e física, até uma
semana depois da defesa.

Todos os casos omissos neste resumo deverão ser avaliados pela Coordenação da
disciplina.

4.13. RESUMO DO PROJECTO

O resumo do projecto deve ser feito baseando-se no rigor da Instituição. É a representação


condensada de todo o conteúdo mais relevante do projecto em, no máximo 4 páginas (importa
lembrar que, o resumo ao invés de constar apenas em papel, que esteja também no programa
informático POWER PONT pelo facto de ser apresentado publicamente). Portanto, o resumo
é o último item a ser escrito.

4.14. INSTRUMENTOS DE RECOLHA DSE DADOS


4.14.1. Inquérito por Questionário

O inquérito por questionário, é um instrumento de recolha de dados, de forma sistemática,


através de aplicação de perguntas organizadas num questionário a um grupo de pessoas.

As perguntas que compõem o questionário são definidas de acordo com os objectivos para os
quais foi decidido realizar o inquérito. Os dados recolhidos transformam-se em informação
quando sistematizados e, depois de analisados, produzem conhecimento, o qual por sua vez
permite tomar decisões importantes, quando o objectivo do inquérito é fazer monitoria,
avaliação ou advogacia.

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Em geral, ao enviar o questionário, deve acompanhar uma nota ou carta a explicar a natureza
da pesquisa, sua importância e pertinência de obter respostas, tentar despertar o interesse do
inquirido, no sentido de que ele preencha e devolva o questionário dentro do prazo razoável.

O questionário deve ser limitado em extensão e em finalidade; se for muito longo, causa
fadiga e desinteresse; se curto demais, corre o risco de não oferecer suficientes informações.
Varia de acordo com o tipo de pesquisa e dos inquiridos.

4.14.2. Etapas do Inquérito

O inquérito por questionário, obedece as seguintes etapas:

 Definição de objectivos do inquérito;


 Tipo de pesquisa e dos participantes;
 Elaboração do questionário (perguntas)
 Teste do questionário;
 Definição da população e da amostra representativa (probabilística);
 Aplicação do;
 Registo de dados;
 Análise de dados e produção do relatório.
4.14.3. Elaboração do Questionário

Antes de iniciar a elaboração de um questionário, é aconselhável verificar se existe algum


previamente elaborado que possa ser usado, ou adaptado; o contrário produzir um novo
questionário.

Entre muitos aspectos a ter em conta na sua elaboração, é importante: formular perguntas
simples que estejam ao alcance de todos; usar frases curtas e directas; evitar perguntas de
forma negativa; evitar fazer perguntas duplas.

4.14.4. Classificação das Perguntas (principais tipos de perguntas)

Quanto à forma, as perguntas, em geral, são classificadas em três categorias: abertas,


fechadas, dicotómicas ou tricotómicas e de múltipla escolha.

 Perguntas Abertas: também chamadas de livres ou não limitadas, são as que


permitem ao inquirido responder livremente, usando linguagem própria, e emitir
opiniões. São de natureza exploratória, porque o respondente expressa sua opinião sem
ser coagido com opções pré-estabelecidas.

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Exemplos:

01- Qual é a sua opinião, sobre a legalização do aborto?


02- Em sua opinião, quais são as principais causas do elevado índice de delinquência na
Mitcha?
 Perguntas Fechadas ou Dicotómicas: também denominadas limitadas ou de
alternativas fixas. São aquelas que o inquirido escolhe sua resposta entre duas opções;
que geralmente são (sim e não; concordo e não concordo; ou verdadeiro e falso;
corroboro, refuto).

Exemplos:

01- Você já sofreu alguma doença de transmissão sexual? Sim____. Não____.


02- A falta de saneamento básico no bairro Bula Matady, promove a Shistosomiase em
crianças dos 05 aos 10 anos de idade. Concordo______. Não concordo______.

Obs: quando é acrescentado mais um item, “ não sei”, a pergunta denimina-se tricotómica.

Exemplos:

Você acha que deveria ser permitido, aos divorciados ou às divorciadas, mais de um
casamento?

1- Sim _____;
2- Não _____;
3- Não sei ____.
 Perguntas de Múltipla Escolha: são perguntas fechadas, mas que apresentam uma
série de possíveis respostas ao inquirido, abrange várias facetas do mesmo assunto. As
respostas possíveis estão estruturadas junto à pergunta, cabe ao inquirido assinalar
uma ou várias delas.

Exemplos:

01- Qual destes factores de riscos, promove o surgimento de cólera?


a) Águas paradas _____;
b) Utilização de água imprópria para o consumo ______;
c) Consumo de frutas ______;
d) Consumo de verduras ______.
02- Quais são as principais causas do elevado índice de malária na Tchavola?
a) Águas paradas ______;

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b) Não uso de mosquiteiro ______;


c) Amontoados de lixo _______;
d) Proliferação de mosquitos ______.

Logotipo Da Escola

Questionário aplicado aos (técnicos, enfermeiros, médicos) do hospital ….Centro médico


de…..

Este questionário emnquadra-se numa recolha de dados destinados ao trabalho de fim de


curso da 13ª classe do curso de…….

Trata-se de um trabalho de investigação científica, o inquérito é anónimo e confidencial.


Agradece-se a colaboração.

Objectivos: pretende-se com este inquérito, recolher informações aos (técnicos, enfermeiros,
médicos) sobre o conhecimento que têm concernente ao tema…….. saber o nível de
dificuldades……. As causas de……. Os factores de riscos da…… para melhoria da qualidade
e humanizaçãqo de serviços de saúde.

Instruções:

 Não escrever o seu nome na folha;


 Responder com honestidade, clareza, livre e cuidadosamente;
 Assinale as respostas com um X dentro dos quadradinhos ou espaços vazios;
 Após as respostas releia atentamente o questionário.

Hospital_______________________________________________________.

Género (sexo) _____, Idade_______, Nacionalidade______, Nível académico.

4.15. WEB GRAFIA

Como avaliar a informação disponibilizada na internet?

A Internet, como sabe-se; é uma fonte inesgotável de recursos. Você deve utilizá-la para a
busca de informações, mas deve ser igualmente selectivo no uso dessas informações. Alguns
critérios de selecção devem ser adoptados como, por exemplo, verificar as credenciais do
autor, como está escrito o documento (linguagem, correcção ortográfica e gramatical) e a
actualidade do site.

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Outro cuidado que o pesquisador deve tomar é com os direitos autorais. Referenciar os
documentos usados e indicar como fonte de consulta é ético e humilde.
4.16. BIBLIOGRFIA
Deve ser feita de acordo com as normas da APA 6ª e 7ª edição.
As referências podem ser divididas em Obras citadas e Obras consultadas. Tudo que for
citado no texto deverá ser inserido na parte de Obras citadas. As Obras consultadas são
aquelas que foram lidas por serem pertinentes ao tema da pesquisa, mas não foram citadas no
texto (CASTRO, 2009).
Conforme a ABNT, as referências devem ser listadas em ordem alfabética, fonte 12, espaço
1,5.
Exemplos (APA 6ª edição 2018):
Dutra-de-Oliveira J. E. & Marchini, J. S. (2008). Ciências Nutricionais: Aprendendo a
Aprender. 2ª Edição. São Paulo: Sarvier.
Kassiwe, A. (2020). Monografias e Relatórios Escolares. 1ª Edição. ITFSH - Lubango.
Santos, E. (1995). Nutrição e Dietética. Série Curricular do Enfermeiro Geral. Sistema
Único de Saúde (SUS). Rio de Janeiro.

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4.17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E WEBGRÁFICAS


4.17.1. Referências Bibliográficas

Artigos Científicos de Mestrado em Supervisão Pedagógica e Formação de


Formadores, (2009-2011). ISCE – Odivelas, Portugal.

Azevedo,M. (2011). Teses, Relatórios, e Trabalhos Escolares. 8ª Edição. Lisboa.

Chivela, L (2016) Resumo Projecto tecnológico

Fernandes, A. J; (2010). Introdução à Ciência Política. Porto: Porto Editora.

Gil, A. C. (1991). Como elaborar projectos de pesquisa. 3a. ed. São Paulo: Altas.
Kassiwe, A (2020) Manual de apoio de Projecto Tecnológico

Kassiwe, A; (2013). Dissertação de Mestrado em Supervisão Pedagógica e


Formação de Formadores: Concretização de Aulas Práticas de Campo, n ∕ p. ISCE:
Odivelas – Portugal.

Kavinja, O; (2019) Projecto Tecnológico

Marconi, M. A; Lakatos, E. M; (2010) Fundamentos de Metodologia Científica 7ª


edição. São Paulo. Editora Atlas.

Marconi, M. A; Lakatos, E.M; (2010). Fundamentos de Metodologia Científica. 7ª


Edição. São Paulo. Editora Atlas.

Martins, G. A. (1994). Manual para elaboração de Monografias 2a. ed. São Paulo:
Atlas.

Martins, J.C.A; (2007). Investigação em Enfermagem: Alguns Apontamentos sobre a


Dimensão Ética. Coimbra, Portugal.
Netemo, B et al (2018) Sebenta da disciplina de projecto tecnológico

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Reis e Frota (Guia básico para a elaboração do projeto de pesquisa.pdf). Consultado


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Zassala, C; (2012). Iniciação à Pesquisa Científica. Luanda,Abril.

QUIVY, R & CAMPENHOUTDT, L. V. (1992). Apud. ALMEIDA, L. & FREIRE, T. (2000).


Fases de Metodologia de Investigação Científica.
QUIVY, R & CAMPENHOUTDT, L. V. (1995). Manual de Recherche en Sciences Sociales.
Paris: Dunod. Apud. TATIANA, Engel Gehrardt & DENISE, Tolfo Silveira.(1995). Métodos
de Pesquisa. Série Educação à Distância.
QUIVY, Raymond; & CAMPENHOUTDT, Luc Van, (2008). Manual de Investigação em
Ciências Sociais. 5ª Edição Lisboa: Gradiva. Apud. Marta, B; e Sousa, S. (2008). Etapas do
Processo de investigação.
REIS & FROTA www.google.com. (Guia básico para a elaboração do projeto de
pesquisa.pdf). acedido em Novembro de 2020. Lubango – Angola

SEVERINO, A.J. (1996). Metodologia do Trabalho Científico. 20ª. Ed. São Paulo: Cortez
Editora.
4.17.2. Referências Web gráficas
www.educ.fc.ul.pt. O Processo de Investigação Científica. Ap. www.google.com .

www.google.com. Papel da Pesquisa em Enfermagem. Pesquisa em Enfermagem – ppt.

www.joinville.ifsc.edu.br. As Etapas de Pesquisa. Ap. www.google.com. Acedido em


Novembro de 2020. Lubango.

www.maestrovirtuale.com. As Hipóteses e o Método. Os 8 Tipos de Hipóteses de Pesquisa.


Ap. www.google.com. Acedido em Novembro de 2020. Lubango.

www.monografias.com. Plus. Estudo de Caso em Enfermagem Pediátrica. (2020). Ap.


www.google.com. Acedido em 07.02.2021.

www.pepsic.bvsalud.og. Estudos Interdisciplinares em Psicologia. Ap. www.google.com.


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Por: Alfredo Kassiwe; Octávio Kavinja; Tomás Manico e Hélio Fernandes 55


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www.tes.pucgoias.edu.br . Projectos de Pesquisa. Ap. www.google.com. Acedido em


Novembro de 2020. Lubango.

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