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PROGRAMA DE DESPOLUIÇÃO DO RIO TIETÊ IV

AVALIAÇÃO AMBIENTAL E SOCIAL (AAS) E


PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PGAS)
DA AMOSTRA DO PROGRAMA DE DESPOLUIÇÃO DO RIO TIETE – ETAPA IV
(TIETE IV)

EMPREENDIMENTO D
VERSAO FINAL

Março de 2018

Consultor – Rogério Peter de Camargo

Permitida a reprodução total ou parcial deste documento, desde que citada a fonte.

Programa de Despoluição do Rio Tietê IV


Avaliação Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social (AAS/PGAS)
Empreendimento D – ETE Pq Novo Mundo

1 1
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 7
2 DESCRIÇÃO GERAL DO PROGRAMA TIETÊ IV ................................................. 8
2.1 Abrangência do Programa Tietê IV ................................................................. 8
2.2 Valores Previstos para o Empréstimo ........................................................... 10
2.3 Descrição dos Componentes do Programa .................................................. 11
2.3.1 Cronograma de Implantação ................................................................. 11
2.4 Projetos da Amostra Representativa............................................................. 11
2.5 Descrição das Obras do Empreendimento D ................................................ 16
3 POLÍTICAS E SALVAGUARDAS DO BID............................................................ 18
4 MARCO LEGAL E INSTITUCIONAL.................................................................... 21
4.1 Licenciamento de Intervenções Específicas ................................................. 24
4.2 Plano Diretor de Esgotos (PDE) ................................................................... 26
4.3 Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo –
ARSESP ................................................................................................................. 27
4.4 Novo Código Florestal Brasileiro................................................................... 28
4.5 Política Nacional dos Resíduos Sólidos ........................................................ 28
4.6 Áreas de Proteção dos Mananciais (APM) da RMSP ................................... 28
4.7 Saúde e Segurança do Trabalhador ............................................................. 29
4.8 Cumprimento do Programa Tietê IV com o Marco Legal Estadual ................ 32
5 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL ................................................................... 32
5.1 Cursos d’Água .............................................................................................. 32
5.2 Vegetação e Áreas de Preservação ............................................................. 34
5.3 Uso e Ocupação do Solo .............................................................................. 36
5.4 Análise da implantação das obras ................................................................ 38
6 AVALIAÇÃO AMBIENTAL E SOCIAL DOS COMPONENTES DA AMOSTRA .... 40
6.1 Identificação, Análise e Caracterização dos Impactos Ambientais ................ 40
6.1.1 Avaliação dos Impactos e Riscos de Desastres Naturais – Fase de
Construção .......................................................................................................... 42
6.1.2 Avaliação dos Impactos e Riscos de Desastres Naturais – Fase de
Operação ............................................................................................................. 44
6.2 Potenciais Riscos de Desastres Naturais ..................................................... 45
6.3 Potenciais Riscos Às Comunidades Afetadas............................................... 45
7 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL - PGAS........................................ 45
7.1 Principais Impactos e Medidas na Etapa de Construção .............................. 45
7.1.1 Programa de Comunicação Social, Divulgação e Gestão de Queixas ... 47
7.1.2 Programa de Controle Ambiental de Obras (PCAO) .............................. 52
Programa de Despoluição do Rio Tietê IV
Avaliação Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social (AAS/PGAS)
Empreendimento D – ETE Pq Novo Mundo

2 2
7.2 Principais Impactos e Medidas na Etapa de Operação e Manutenção.......... 73
7.2.1 Medidas de Prevenção e Controle dos Riscos Socioambientais ............ 74
7.2.2 Recepção e Atenção a Queixas............................................................. 77
7.2.3 Programa de Resposta a Emergências ................................................. 77
7.2.4 Programa de Educação Ambiental e Sanitária....................................... 79
7.2.5 Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa GEE ..................... 81
8 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 82
ANEXO 1 - Conteúdos Mínimos de Treinamento Ambiental na Etapa de Construção 84

LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Distribuição dos valores de investimento nos componentes do Programa
Tietê IV ....................................................................................................................... 11
Tabela 2 – Quadro resumo da amostra....................................................................... 12
Tabela 3 – Redes coletoras por empreendimento....................................................... 12
Tabela 4 – Coletores Tronco – Amostra Representativa ............................................. 13
Tabela 5 – Linhas de Recalque e Estações Elevatórias.............................................. 14
Tabela 6 – Descrição dos Atributos dos Impactos ...................................................... 40
Tabela 7 – Impactos e Medidas na Etapa de Construção ........................................... 46
Tabela 8 – Impactos e Medidas na Etapa de Operação.............................................. 73

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Etapas de implantação do Projeto Tietê na RMSP ....................................... 9
Figura 2 – Municípios na área de abrangência do Programa Tietê IV na RMSP ......... 10
Figura 3 – Localização dos projetos previstos no Programa Tietê IV .......................... 15
Figura 4 – Localização dos Projetos – Empreendimento B ......................................... 17
Figura 5 – Cronograma simplificado das obras ........................................................... 17
Figura 6 – Áreas disponíveis para ampliação da estrutura da ETE ............................. 18
Figura 7 – Áreas com probabilidade a enchentes e inundações ................................. 34
Figura 8 – Vegetação e Áreas de Preservação Permanente....................................... 35
Figura 9 – Vegetação e Áreas de Preservação Permanente....................................... 37
Figura 10 – Fluxo de comunicação antes do início e durante a execução das obras .. 49
Figura 11 – Fluxo de gestão de reclamação ............................................................... 50

LISTA DE FOTOS
Foto 1 – Pequena área de favela existente ao sul da ETE Parque Novo Mundo, acesso
da Ponte Domingos Franciulli Netto. ........................................................................... 39
Foto 2 – Cingapura ao sul da ETE Parque Novo Mundo, vista da Ponte Domingos
Franciulli Netto. ........................................................................................................... 39

LISTA DE SIGLAS

AAS - Avaliação Ambiental e Social


ABC – Municípios de Santo André, São Bernardo e São Caetano do Sul

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Avaliação Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social (AAS/PGAS)
Empreendimento D – ETE Pq Novo Mundo

3 3
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
APA – Área de Preservação Ambiental
APM – Áreas de Proteção dos Mananciais
APP – Área de Proteção Permanente
APRM – Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais
ARSESP – Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo
BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento
C - Componente
CADRI – Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental
CDL – Certificado de Dispensa de Licença
CET - Companhia de Engenharia de Trafego
CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente
CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico
e Turístico
CONPRESP – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e
Ambiental da Cidade de São Paulo
CONSEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente
CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
CT – Coletor Tronco
CTS –Coletor Tronco Secundário
DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica
DAIA – Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental
DAP – Diâmetro a Altura do Peito
DATASUS – Departamento De Informática Do Sistema Único De Saúde
DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio
DER – Departamento de Estradas de Rodagem
DME – Depósito de Material Excedente
DOF – Documento de Origem Florestal
DQO – Demanda Química de Oxigênio
EAS – Estudo Ambiental Simplificado
EEE – Estação Elevatória de Esgoto
EIA – Estudo de Impacto Ambiental
EMPLASA – Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano

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4 4
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva
EPI – Equipamentos de Proteção Individual
ETA – Estação de Tratamento de Água
ETE – Estação de Tratamento de Esgoto
FCA – Ficha de Caracterização da Atividade
FISPQ – Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos
GEE – Gases de Efeito Estufa
GLP – Gás Liquefeito de Petróleo
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas
IT – Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros
KGF – Quilograma-força
Km – Quilômetros
LI – Licença de Instalação
LO – Licença de Operação
LP – Licença Prévia
LR – Linha de Recalque
M/S³ – Metros Cúbicos por Segundo
MCT – Ministério de Ciências e Tecnologia
MinC – Ministério da Cultura
MND – Métodos Não Destrutivos
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego
NATM – New Austrian Tunnelling Method
NBR – Norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas
NCA – Nível de Critério de Avaliação
NR – Norma Regulamentadora
NTS – Normas Técnicas Internas da Sabesp
OD – Oxigênio Dissolvido
ONG – Organização Não-Governamental
OP – Políticas Operacionais
P – Produto
PBGHGP – Programa Brasileiro do GHG Protocol
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Avaliação Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social (AAS/PGAS)
Empreendimento D – ETE Pq Novo Mundo

5 5
PCAO – Programa de Controle Ambiental de Obras
PCMAT – Programa de Condições de Meio Ambiente e Trabalho na construção civil
PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PDE – Plano Diretor de Esgoto
PEAD – Polietileno de Alta Densidade
PEAS – Programa de Educação Ambiental e Sanitária
PGAS – Plano de Gestão Ambiental e Social
pH – Potencial Hidrogeniônico
POP – Poluentes Orgânicos Persistentes
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
PROCON – Programa de Proteção e Defesa do Consumidor
RIMA – Relatório de Impacto Ambiental
RMSP – Região Metropolitana de São Paulo
ROP – Regulamento Operacional do Programa
S – Subcomponente
SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho
SISNAMA – Sistema Nacional de Meio Ambiente
SIT – Serviço de Inspeção do Trabalho
SMA – Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
SPHAN – Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
UEP – Coordenação Unidade Executora do Programa
UN – Unidade de Negócio
USD – Dólares Americanos

Programa de Despoluição do Rio Tietê IV


Avaliação Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social (AAS/PGAS)
Empreendimento D – ETE Pq Novo Mundo

6 6
1 INTRODUÇÃO
Esta Avaliação Ambiental e Social (AAS) do Programa Tiete IV e o seu Plano de Gestão
Ambiental e Social (PGAS) está estruturada de modo a identificar os prováveis impactos
positivos e negativos, diretos, indiretos e cumulativos do Programa e as medidas de
prevenção, mitigação, e correção, estabelecendo procedimentos de monitoramento
socioambiental relativos à mitigação e/ou compensação dos impactos ambientais e
sociais adversos ou negativos, e a potencialização dos impactos positivos (cuidados e
medidas que visam garantir e amplificar os impactos benéficos causados pelo
Programa) diagnosticados no âmbito deste estudo ambiental sobre as intervenções
projetadas para o Programa Tietê IV.
O Programa de Despoluição do Rio Tietê caracteriza-se por ser o maior programa de
saneamento ambiental do País. Desde o início da década de 1990, com base no Plano
Diretor de Esgoto (PDE)1, ocorreu forte mobilização social e o planejamento para
implantação do Programa Tietê. Atualmente, o Programa Tietê encontra-se na sua
etapa III, sendo a presente etapa IV objeto de captação de recursos financeiros junto ao
BID.
Para tentar recuperar o mais importante rio do Estado de São Paulo, em 1992
mobilização social, seguida de um abaixo-assinado com mais de 1 milhão e 200 mil
assinaturas, ocorrida na capital, com a iniciativa da rádio Eldorado, do Jornal da Tarde
e da ONG SOS Mata Atlântica, teve origem o Projeto de Despoluição do Rio Tietê, com
o objetivo de ampliar a coleta e o tratamento de esgotos, reduzindo o lançamento de
poluentes nos principais rios e córregos que percorrem a Região Metropolitana de São
Paulo – RMSP. A lei estadual nº 7.815, de 23 de abril de 1992, instituiu o dia 22 de
setembro como Dia do Tietê.
O objetivo do Programa Tietê IV é contribuir com a recuperação da qualidade das águas
do rio Tietê e seus tributários, na Região Metropolitana de São Paulo, por meio da
ampliação da cobertura de esgotamento sanitário.
Com a implantação do Projeto de Despoluição do Rio Tietê, priorizou-se as obras que
fariam parte da primeira etapa. Com investimentos de US$ 1,1 bilhão, a primeira etapa
do Projeto Tietê foi idealizada e implantada entre 1995 e 1998, com a inauguração de
três ETE’s e a ampliação da ETE Barueri. Na segunda etapa, iniciada em 2002 e
concluída em 2008, foram investidos US$ 400 milhões com a implantação de 36 Km de
interceptores, 110 Km de coletores tronco, 1,2 mil quilômetros de redes coletoras e 290
mil ligações domiciliares.
A terceira etapa, iniciada em 2010 e com término previsto em 2020, tem foco na
ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgotos na Bacia do Alto Tietê (RMSP),
com investimento estimado de US$ 2 bilhões. É previsto um acréscimo de 8 m³/s na
vazão tratada, significando um acréscimo de população com esgoto tratado da ordem
de 5 milhões de habitantes.
Os resultados dos investimentos das Etapas I e II foram expressivos, conforme
apresentado a seguir:
• Coleta de esgoto na RMSP subiu de 70% para 84%;
• Tratamento de esgoto na RMSP subiu de 24% para 70%;

1 O PDE foi revisado em 2006.


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Avaliação Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social (AAS/PGAS)
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7 7
• População beneficiada: 8,5 milhões de pessoas;
• Ampliação do Sistema de Coleta de esgotos, totalizando:
o 550 km de interceptores e coletores-tronco
o 2.900 km de redes coletoras
o 540 mil ligações domiciliares
• Duplicação da capacidade de tratamento de esgotos (de 8,5 para 18 m³/s);
o Construção de 3 ETEs (ABC, Parque Novo Mundo e São Miguel) e ampliação
da ETE Barueri
A Etapa III do Programa teve como foco a ampliação do sistema de coleta e tratamento
de esgotos na Bacia do Alto Tietê (RMSP). Com a culminação dos desembolsos desta
terceira fase prevista para setembro deste ano (2018), e com a finalização de todas as
obras, se alcançarão resultados expressivos: mais de 13 milhões de habitantes terão se
beneficiado com as três etapas, alcançando 87% de cobertura de esgotamento sanitário
e 84% de tratamento de águas residuais.
Desta forma, foram alcançadas as condições para preparar a quarta etapa do Programa
(batizada Tietê IV), a ser financiada também pelo BID, com vistas a conseguir a
universalização do serviço de esgotamento sanitário na área de atuação da Sabesp na
Região Metropolitana de São Paulo.
2 DESCRIÇÃO GERAL DO PROGRAMA TIETÊ IV
Desde o ano 1992 (25 anos de história de colaboração), o BID vem apoiando o Estado
de São Paulo, através da Sabesp, na implementação do Programa de Despoluição do
Rio Tietê, por meio do desenvolvimento de infraestrutura de esgotamento sanitário na
RMSP. Até a presente data foram executadas com sucesso duas operações de
empréstimo (Tietê I e Tietê II, por um total de USD 650 mi de aportes do BID), estando
em plena execução a terceira fase (Tietê III, por USD 600 mi de aportes do BID).
2.1 Abrangência do Programa Tietê IV
Está prevista a culminação dos desembolsos da terceira fase (Tietê III) em setembro do
ano 2018. Mais de 13 milhões de habitantes terão se beneficiado com as três etapas,
alcançando 87% de cobertura de esgotamento sanitário e 84% de tratamento de aguas
residuais, com a finalização de todas as obras. Desta forma, se alcançaram as
condições para preparar a quarta etapa do Programa (Tietê IV), a ser financiada pelo
BID com vistas a conseguir a universalização do serviço de esgotamento sanitário no
âmbito de atenção da SABESP.
De maneira resumida, está prevista a implantação da seguinte infraestrutura:
• Ampliação da capacidade de tratamento de águas residuais em 3 m3/seg,
abrangendo as ETEs Parque Novo Mundo e São Miguel Paulista, bem como a
ampliação da fase sólida da ETE Barueri para 16 m3/seg.
• Construção de 200 km de redes coletoras e 160 km de Interceptores e Coletores-
tronco.
• Fortalecimento das capacidades e instrumentos de gestão da Sabesp.
As obras serão implantadas nas regiões apontadas a seguir, com a correspondente
Unidade de Negócio (UN) da Sabesp à qual pertencem:
• São Paulo Capital (UN Centro)
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8 8
• Região oeste – Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco e Santana do
Parnaíba (UN Oeste)
• Região sul – Cotia (UN Oeste) e Itapecerica da Serra (UN Sul)
• Região leste - Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba (UN Leste)
As figuras a seguir apresentam a inserção dos projetos de implantação, de acordo com
as Etapas do Projeto Tietê, incluindo a Etapa IV, e a área de abrangência considerando
os municípios previstos de receberem as obras.
Figura 1 – Etapas de implantação do Projeto Tietê na RMSP

Fonte: Sabesp, 2008

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Avaliação Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social (AAS/PGAS)
Empreendimento D – ETE Pq Novo Mundo

9 9
Figura 2 – Municípios na área de abrangência do Programa Tietê IV na RMSP

Fonte: Emplasa, 2007

2.2 Valores Previstos para o Empréstimo


A Sabesp é mutuaria do empréstimo e também a entidade responsável pela execução
das intervenções do Programa e pela operação e manutenção das obras. O montante
de empréstimo previsto é de US$ 300 mi com uma contrapartida de US$ 200 mi. A
tabela a seguir apresenta os valores por Componente.

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Empreendimento D – ETE Pq Novo Mundo

1010
Tabela 1 – Distribuição dos valores de investimento nos componentes do Programa Tietê
IV

CRONOGRAMA US$ x 1000


COMPONENTE / CATEGORIA
Banco Sabesp Total

Componente 1 - Obras de Esgotamento


290.600 187.400 478.000
Sanitário
Componente 2 - Sustentabilidade
7.000 7.000 14.000
Operacional e Institucional
3. Apoio a Gestão, Monitoramento e
2.400 5.600 8.000
Avaliação
TOTAL GERAL 300.000 200.000 500.000
Fonte: Sabesp, 2018

2.3 Descrição dos Componentes do Programa


Componente 1: Obras de Redes de Esgotamento Sanitário (aprox. US$ 455 M). Serão
financiadas obras de redes de esgotamento sanitário que incluem construção de redes
de coleta, estacoes elevatórias coletores troncos e secundários, e conexões
domiciliarias, melhoras tecnológicas, e ampliação da capacidade das plantas de
tratamento. Este componente incluirá ainda a elaboração de projetos e a supervisão de
obras.
Componente 2: Sustentabilidade Institucional e Operacional (aprox. US$ 10 M). Serão
financiadas ações orientadas a: (i) fortalecer a capacidade da Sabesp no âmbito da
gestão dos sistemas de esgotamento sanitário , inclusive dos aspectos de gestão
ambiental, social, e de saúde e segurança (ASSS), tanto na etapa de planejamento,
como na construção e na operação e manutenção das obras financiadas pelo Programa;
(ii) desenvolver e implantar projetos que introduzam tecnologias operacionais
inovadoras no âmbito dos serviços de agua e esgotos; e (iii) apoio estruturante à Sabesp
para atender aos requerimentos do ente regulador.

2.3.1 Cronograma de Implantação


O Programa Tietê IV está previsto para ser implantado entre os anos de 2020 e 2024.

2.4 Projetos da Amostra Representativa


A Amostra Representativa das Obras consideradas pelo Programa TIETÊ IV, inclui
Coletores Tronco, Elevatórias de Esgoto, Linhas de Recalque, Emissários
Gravitacionais, Redes Coletoras de Esgotos e ampliação da Estação de Tratamento de
Esgotos Parque Novo Mundo.
As obras selecionadas se inserem em diversas bacias distribuídas em seis municípios
da Região Metropolitana de São Paulo.
Os coletores-tronco, estações elevatórias, linhas de recalque, e a estação de esgoto
Parque Novo Mundo que fazem parte da amostra foram consolidados em quatro
conjuntos de intervenções integradas, denominadas Empreendimentos. De acordo com
os municípios e as bacias nas quais serão implantados estes Projetos, tem-se:
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1111
Tabela 2 – Quadro resumo da amostra
Empreendimento Município Bacias
Cotia
A TO-11
Itapevi
Santana de Parnaíba TO-01, TO-03, TO-05, TJ-07
B
Barueri TO-07
C São Paulo JU-05, JU-07, TO-20
São Paulo TC-13A, TC-15, TC-17, TC-
19, TC-21, TC-24, TC-26,
D (ETE PNM)
TC-28, TL-01, TL-02, TL-03,
TL-04, TL-06, TL-08
Fonte: Sabesp, 2018

Em parte das áreas a serem atendidas pelos coletores tronco serão implantadas as
redes coletoras. No Empreendimento A serão implantadas redes de coleta de esgoto
com uma extensão de 45.000 metros e 2.647 ligações domiciliares. No Empreendimento
B serão implantadas redes de coleta de esgoto com uma extensão de 5.520 metros e
325 ligações domiciliares. O Empreendimento C inclui as redes a serem implantadas
nos bairros Jd. Anhanguera, Morro Doce, Jd. Santa Fe, Sol Nascente, Morro Verde e
Jd. Ipanema. A Extensão total das redes nesse empreendimento será de 3.500 m com
206 ligações domiciliares.
A tabela a seguir, apresenta um resumo das redes coletoras por empreendimento.
Tabela 3 – Redes coletoras por empreendimento
Empreendimento Município Extensão (m)
Cotia
A 45.000
Itapevi
Santana de Parnaíba
B 5.520
Barueri
C São Paulo 3.500
Total 54.020
Fonte: Sabesp, 2018

As obras escolhidas para a Amostra Representativa contam com projetos de engenharia


executivos ou básicos com exceção da ETE PNM e de alguns dos coletores dos
Empreendimentos A e B.
A estação de tratamento Parque Novo Mundo (ETE PNM) será ampliada aumentando
a sua capacidade de tratamento de 3,5 m3/s para 4,5 m3/s. A ETE está dentro do
município de São Paulo.
A ETE PNM não receberá efluentes dos coletores que fazem parte da amostra
representativa. Os efluentes dos coletores tronco dos Empreendimentos A, B e C serão
direcionados para a ETE Barueri.
A seguir, são apresentados os empreendimentos da amostra representativa, com as
obras que os compõem, suas localizações, bacias, populações atendidas e principais
características. São apresentados os coletores-tronco, as linhas de recalque e estações
elevatórias.
Em destaque são apresentadas as obras que são escopo do financiamento BID, bem
como os Empreendimentos que fazem parte da amostra representativa.

Programa de Despoluição do Rio Tietê IV


Avaliação Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social (AAS/PGAS)
Empreendimento D – ETE Pq Novo Mundo

1212
Tabela 4 – Coletores Tronco – Amostra Representativa
POPULAÇÃO
ATENDIDA (hab) EXTENSÃO
EMPREENDIMENTO OBRAS MUNICÍPIO BACIA PROJETO
(m)
INICIAL FINAL
CT ID MONTANTE-2 Cotia TO-11 Básico 579 1112 30
CT ID MONTANTE-4 Cotia TO-11 Básico 2.407 4.620 369
CT ID MONTANTE-1 Cotia TO-11 Básico 5.104 9.798 3.244
CTS JB ME Montante Jandira/Itapevi TO-11 Básico 1.299 10.016 916
CTS ID (Cobrape) Itapevi TO-11 Básico 1.491 1.871 590
CTS IRACEMA/JUREMA Itapevi TO-11 Executivo 4.902 3.709 1.429
CTS JB Montante Jandira TO-11 Básico 1.299 9.798 446
CTS JB1 Jandira/Itapevi TO-11 Básico 3.208 3.981 935
A
CTS MIRAFLORES Itapevi TO-11 Executivo 7.765 8.979 1.952
CTS SANTA RITA Itapevi TO-11 Básico 1.759 2.241 963
CTS SAPIANTÃ Itapevi TO-11 Básico 19.400 24.099 3.244
CT IC Itapevi TO-11 sem projeto - 2.932 893
CT IC (MONTANTE) Itapevi TO-11 sem projeto - 7.540 920
CTS ID Itapevi TO-11 sem projeto - 28.353 2.540
CTS S.J.BARUERI M.SERRAT Itapevi TO-11 sem projeto - 4.541 1.537
CTS SÃO JOÃO DE BARUERI 7 Itapevi TO-11 sem projeto - 9.408 677
CTS 05 Santana de Parnaiba TO-01 Básico 17.153 27.459 1.778
CTS 04 Santana de Parnaiba TO-03 Básico 17.153 32.082 643
CTS 1 Santana de Parnaiba TO-05 Básico 21.829 29.609 666
CTS 2 Santana de Parnaiba TO-05 Básico 5.352 7.585 1.819
B
CTS JD ISAURA Santana de Parnaiba TO-05 sem projeto - 15.844 2.390
CT BE Barueri TO-07 sem projeto 351
CT BE 1 Barueri TO-07 sem projeto - 41.899 979
CT BE 2 Barueri TO-07 sem projeto 1.531
CT ANHANGUERA São Paulo JU-05 Executivo 56.405 82.465 2.386
CT CLARA NUNES São Paulo JU-05 Executivo 3.070 4.242 1.657
CT DELEGACIA São Paulo JU-05 Executivo 36.175 55.265 180
CT PIRAPORA São Paulo JU-05 Executivo 11.257 22.339 1.144
C CT SANTA FÉ São Paulo JU-05 Executivo 35.683 54.628 3.362
CT TOM JOBIM São Paulo JU-05 Executivo 261 360 400
CF CHICA LUIZA São Paulo JU-07 Executivo 65.864 99.833 1.770
CT BATISTA São Paulo JU-07 Executivo 8.637 15.929 668
CF FINAL BARUERI São Paulo TO-20 Executivo 80.785 129.748 1.336

Fonte: Relatório da Amostra Representativa, Fev. /2018

Programa de Despoluição do Rio Tietê IV


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Empreendimento D – ETE Pq Novo Mundo

1313
Tabela 5 – Linhas de Recalque e Estações Elevatórias
POPULAÇÃO
EMPREENDIMENTO OBRAS MUNICÍPIO BACIA PROJETO ATENDIDA (hab) VAZÃO (Lt/s)
INICIAL FINAL L (m)
EE ALTO da COLINA Itapevi TO-11 Executivo 5
A 1.204 1.856
LR ALTO da COLINA Itapevi TO-11 Executivo 480
EE 01 Santana de Parnaiba TO-05 Básico 161
28.271 56.760
LR EE 01 Santana de Parnaiba TO-05 Básico 2.081
B EE PRINCIPAL Santana de Parnaiba TJ-07 sem projeto 27
LR PRINCIPAL Santana de Parnaiba TJ-07 sem projeto 13.422 17.195 1.508
EG EE 1-1 Barueri TO-07 sem projeto 682
EE ANHANGUERA São Paulo JU-05 Executivo 56.405 82.465 255
LR ANHANGUERA São Paulo JU-05 Executivo 1.344
EE ARTHUR de AZEVEDO São Paulo JU-05 Executivo 2.413 5.019 15
LR ARTHUR de AZEVEDO São Paulo JU-05 Executivo 605
EE FORMIGAS São Paulo JU-05 Executivo 2.598 5.403 16
LR FORMIGAS São Paulo JU-05 Executivo 865
C
EE SANTA FÉ São Paulo JU-05 Executivo 160
35.383 54.628
LR SANTA FÉ São Paulo JU-05 Executivo 1.660
EE BANDEIRANTES São Paulo JU-07 Executivo 320
69.286 108.922
LR BANDEIRANTES São Paulo JU-07 Executivo 1.869
EE BATISTA São Paulo JU-07 Executivo 50
9.459 17.368
LR BATISTA São Paulo JU-07 Executivo 1.380

Fonte: Relatório da Amostra Representativa, Fev. /2018

A figura a seguir apresenta os sistemas de esgotamento da RMSP, o que corresponde


à área de abrangência do Programa de Despoluição do Rio Tietê.

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Empreendimento D – ETE Pq Novo Mundo

1414
Figura 3 – Localização dos projetos previstos no Programa Tietê IV

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Empreendimento D – ETE Pq Novo Mundo
1515
2.5 Descrição das Obras do Empreendimento D
A Estação de Tratamento Parque Novo Mundo fica no município de São Paulo, na
margem direita do rio Tietê, próximo à rodovia Fernão Dias, atende parte das zonas
leste e norte do município de São Paulo e foi projetada para atender parte de Guarulhos,
município atualmente não operado pela SABESP. Está situada na Av. Educador Paulo
Freire, em um prolongamento da Avenida Aricanduva, que conflui para a Rodovia
Fernão Dias, no bairro Parque Novo Mundo. O local é relativamente próximo à região
central e a área de ocupação é predominantemente residencial.
Por se tratar de uma área adensada da região metropolitana devem ser considerados
não só os impactos de sua operação na ocupação do entorno, mas também a potencial
e importante oferta de água de reuso.
Teve sua concepção inicial em 1985, na Revisão e Atualização do Plano Diretor de
Esgotos da RMSP- COPLADES e faz parte integrante do Projeto Tietê, programa
destinado a melhorar a qualidade dos cursos de água da Bacia do rio Tietê na Região
Metropolitana de São Paulo. A estação de tratamento foi projetada originalmente para
uma vazão média máxima de 7,5 m³/s. A divisão em fases de expansão da estação
exigiu a construção de 3 módulos, cada um dimensionado para tratar 2,5 m3/s.
O processo de tratamento é de lodo ativado convencional a nível secundário, com grau
de eficiência de 90% de remoção de carga orgânica medida em Demanda Bioquímica
de Oxigênio (DBO). Devido à exiguidade da área disponível, algumas variações ao
processo convencional foram adotadas, como: utilização de peneiras rotativas em
substituição aos decantadores primários, e estabilização química do excesso de lodo
secundário em lugar da digestão anaeróbia.
O processo de tratamento é constituído por duas fases: líquida e sólida.
• Unidades da Fase Líquida
o Grades grossas
o Estação elevatória final de esgoto bruto
o Grades médias mecanizadas
o Peneiras rotativas
o Caixas de areia
o Tanque de aeração
o Decantadores secundários
• Unidades da Fase Sólida
o Adensadores por flotação
o Condicionamento químico dos lodos
o Desaguamento mecanizado

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Empreendimento D – ETE Pq Novo Mundo
16
Figura 4 – Localização dos Projetos – Empreendimento B

O custo previsto para o Empreendimento D é de R$ 50 mi. É prevista a criação de 42


empregos diretos e 77 empregos indiretos, totalizando 119 empregos, na fase de
construção. Conforme a figura a seguir, o cronograma para execução e conclusão das
obras alcança o quarto trimestre de 2024.

Figura 5 – Cronograma simplificado das obras


Período
Empreendimento Descrição 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4
Ampliação - ETE PNM - de 3,5
ETE PNM
para 4,5m³/s

Fonte: Sabesp

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Empreendimento D – ETE Pq Novo Mundo
17
O projeto de expansão da ETE PNM para aumentar em 1,0 m3/s a sua capacidade de
tratamento, está em estudo, levando-se em conta a qualidade mínima exigida para o
descarte de efluente no corpo receptor. Serão avaliadas abordagens considerando
diferentes sistemas de tratamento, sendo um deles mais convencional, contemplando
sistema de lodos ativados para descarte do efluente no corpo receptor, sem o uso de
membranas, e com MBBR (Moving Bed Biofilm Reactor ou Biorreator de Leito Móvel).
Como a remoção de nutrientes será necessária no futuro, o sistema MBBR deverá ser
convertido para Integrated Fixed Film Activated Sludge (IFAS). Será também estudada
a configuração utilizando ambos os sistemas de tratamento, de forma a permitir
flexibilidade operacional e minimizar custos caso não haja demanda para reuso de toda
a vazão da ETE
A figura a seguir apresenta as áreas disponíveis para ampliação da estrutura da ETE, é
importante ressaltar que não é necessária ampliação da área, somente utilização dos
espaços remanescentes.

Figura 6 – Áreas disponíveis para ampliação da estrutura da ETE

3 POLÍTICAS E SALVAGUARDAS DO BID


O BID possui diversas políticas operativas que regulam suas operações, desta forma, a
seguir são apresentadas de forma resumida as Políticas Operacionais (OPs por seu
acrônimo em inglês) relevantes na questão ambiental e que nortearam esse trabalho.
A OP 102, Política de Acesso a Informação, apresenta as diretrizes para a
disponibilização das informações, criando regras para pedidos de documentos e dados.
Objetiva-se, por meio desta dar transparência às ações do Banco, atribuindo eficácia às
suas atividades.
A OP-703, Política de Meio Ambiente e Cumprimento de Salvaguardas, define as
salvaguardas que devem ser observadas em Programas financiados pelo Banco,

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18
dependendo das características de cada operação, determinadas salvaguardas são
acionadas:
Salvaguarda B1 – Normas Legais Aplicáveis. O Banco somente apoiará operações e
atividades ambientalmente viáveis. Para ser considerada ambientalmente viável, toda
operação financiada pelo Banco cumprirá as diretrizes da Política OP-703, bem como
as provisões ambientalmente relevantes das demais políticas do Banco.
Salvaguarda B2 – Legislação e Regulamentos Nacionais. As etapas de planejamento,
implantação e execução do Programa deverão estar consonantes com as leis e
regulamentos ambientais do país em que a operação está sendo realizada, incluindo as
obrigações ambientais estabelecidas nos acordos ambientais multilaterais.
Salvaguarda B3 – Pré-avaliação e Classificação. Todas as operações financiadas pelo
Banco serão pré-avaliadas e classificadas de acordo com seus potenciais impactos
ambientais, o Banco utiliza 3 categorias para classificar as operações, conforme seu
potencial de impacto: Categoria A – Potenciais impactos socioambientais negativos
significativos, Categoria B - Potenciais impactos socioambientais negativos localizados
e no curto prazo e Categoria C – Não causam impactos ambientais negativos. A cada
categoria são atribuídas salvaguardas ambientais e os requisitos adequados de revisão
ambiental.
Salvaguarda B4 – Outros Riscos. Além dos riscos que os impactos ambientais e sociais
associados representam, o Banco identificará e gerenciará outros fatores de risco que
podem afetar a sustentabilidade ambiental do Programa. Entre os fatores de risco
incluem-se elementos como a capacidade de gestão do executor / mutuários ou
terceiros, riscos derivados do setor, riscos associados a preocupações sociais e
ambientais muito sensíveis, e vulnerabilidade a desastres. Dependendo da natureza e
gravidade dos riscos, o Banco designará, juntamente com a agência executora /
mutuário ou terceiros, medidas apropriadas para gerir tais riscos.
Salvaguarda B5 – Requisitos para a Avaliação Ambiental. Para empreendimentos onde
se faz necessário o desenvolvimento de estudos ambientais, como é o caso dos
Programas/Projetos enquadrados na Categoria B, deverá ser realizada a análise
ambiental voltada à determinação dos potenciais impactos e riscos aos recursos
naturais, à sociedade, à saúde e à segurança, assim como a indicação das medidas
para seu controle.
Salvaguarda B6 – Consultas. Como parte do processo de avaliação ambiental, as
operações classificadas nas categorias A e B exigirão consultas com as partes
afetadas e seus pontos de vista serão considerados. Eventuais consultas com outras
partes interessadas também podem ser conduzidas para permitir uma maior variedade
de experiências e perspectivas2.
Salvaguarda B7 – Supervisão e Cumprimento. O Banco supervisionará o cumprimento
de todos os requisitos de salvaguarda estipulados no contrato de empréstimo e nos
regulamentos de crédito ou operacional do projeto pela entidade executora / mutuário.
Salvaguarda B9 – Habitats Naturais e Sítios Culturais. O Banco não apoiará operações
e atividades que, em sua opinião, convertam ou degradem significativamente habitats
naturais críticos ou que prejudiquem sítios históricos e/ou arqueológicos de importância
cultural crítica. Sempre que possível, as operações e atividades financiadas pelo Banco
serão localizadas em terrenos e locais anteriormente interpostos. O Banco não apoiará
operações que impliquem conversão significativa ou degradação de habitats naturais

2Partes afetadas são indivíduos ou comunidades que podem ser diretamente impactos por uma
operação financiada pelo Banco, partes interessadas são indivíduos ou grupos que desejam
expressas seu apoio ou preocupação em relação a operação financiada.
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conforme definido nesta Política, a menos que: (i) não haja alternativas viáveis que o
Banco considere aceitáveis; (ii) foram feitas análises muito completas demonstrando
que os benefícios totais derivados da operação excedem em muito os seus custos
ambientais; e (iii) incorporar medidas de mitigação e compensação que o Banco
considera aceitáveis – incluindo, conforme necessário, as que visam minimizar a perda
de habitat e estabelecer e manter uma área protegida ecologicamente similar – e que
são adequadamente financiados, implementados e supervisionados. O Banco não
apoiará operações através das quais as espécies invasoras são introduzidas.
Salvaguarda B10 – Materiais Perigosos. As operações financiadas pelo Banco devem
evitar impactos adversos no meio ambiente, saúde e segurança humana derivados da
produção, aquisição, uso e disposição final de materiais perigosos, incluindo
substâncias tóxicas orgânicas e inorgânicas, pesticidas e poluentes orgânicos
persistentes (POPs3).
Salvaguarda B11 – Prevenção e Redução de Contaminação. As operações financiadas
pelo Banco devem incluir, conforme o caso, medidas para prevenir, reduzir ou eliminar
a poluição resultante de suas atividades. O Banco exigirá que seus clientes cumpram
as normas de emissão de contaminantes específicas reconhecidas pelos bancos
multilaterais de desenvolvimento. Com base nas condições locais e na legislação e
regulamentação nacionais, o relatório de avaliação ambiental ou o relatório de gestão
ambiental e social justificarão, de acordo com a presente Diretiva, os padrões
selecionados para cada operação específica
Salvaguarda B14 – Projetos multifásicos ou repetitivos. Todo caso que envolva
problemas ambientais significativos resultantes de etapas pretéritas de operações com
várias fases ou de uma operação financiada pelo BID recém-concluída pela mesma
agência executora/prestatário, esta última deverá aplicar as ações apropriadas para
remediar tais problemas ou acordar com o Banco um programa de ações coerentes com
a responsabilidade da agência executora/prestatário antes que o Banco tome sua
decisão referente a fase de empréstimo subsequente. Se a natureza da operação assim
se justificar, é possível que se requeira uma auditoria ambiental para identificar os riscos
e as soluções correspondentes.
Salvaguarda B17 – Aquisições. De forma a garantir que haja um processo de
contratação ambientalmente responsável, disposições de salvaguarda aceitáveis para
aquisição de bens e serviços relacionados a projetos financiados pelo Banco podem ser
incorporadas nos contratos de empréstimo específicos do Banco. De forma a procurar
garantir que os bens e serviços adquiridos para as operações financiadas pela
Instituição sejam produzidos de forma ambientalmente e socialmente sustentável em
relação ao uso de recursos, ambiente de trabalho e relações comunitárias.
A OP-704 – Gestão de Risco de Desastres. Esta política destina-se a auxiliar os
mutuários na redução de riscos decorrentes de ameaças naturais e na gestão de
desastres, a fim de promover a consecução de seus objetivos, desenvolvimento
econômico e social. As diretrizes fazem parte da gestão de riscos dos projetos,
envolvendo quatro estratégias: (i) a aprovação quando o risco está abaixo dos limites
toleráveis para os afetados; (ii) a prevenção e mitigação de ocorrências; (iii) a
distribuição, ou, quando possível, a transferência do risco a terceiros, por exemplo, por

3 Poluentes orgânicos persistentes (POPs) são compostos orgânicos específicos altamente


estáveis e que persistem no ambiente, resistindo a degradação e se acumulando em organismos
vivos, sendo tóxicos para estes. São definidos em acordos ambientais multilaterais nos termos
da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistente (2001), que culminou com
um tratado global destinado a proteger a saúde humana e o meio ambiente contra POPs (vide
http://www.pops.int/).
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meio de seguradoras; (iv) a não aprovação quando os riscos superam os limites
toleráveis sem possibilidade de redução a níveis aceitáveis.
A OP-761 – Política Operacional sobre Igualdade de Gênero. A igualdade de gênero
contribui com a redução da pobreza e resulta em maiores níveis de capital humano para
as gerações futuras; esta política contribui também para o fortalecimento dos
compromissos dos países membros em promover a igualdade de gênero e os direitos
da mulher. Busca-se, portanto, promover ativamente a igualdade de gênero e o
fortalecimento da mulher no mercado de trabalho e na sociedade, e prevenir ou mitigar
os impactos negativos por razões de gênero. Neste contexto, a igualdade de gênero
significa que mulheres e homens devem ter as mesmas condições e oportunidades para
o exercício dos seus direitos, alcançando suas potencialidades em termos sociais,
econômicos, políticos e culturais.
A OP 765 – Política Operacional sobre Povos Indígenas. Através das experiências, são
reconhecidas as necessidades, direitos, demandas e aspirações dos povos indígenas
de acordo com a visão holística dos mesmos. Consequentemente, busca-se apoiar
processos de desenvolvimento socioculturalmente apropriados da economia e
governança dos povos indígenas, priorizando a integridade cultural e territorial, a relação
harmônica com o meio ambiente e a segurança ante a vulnerabilidade e respeitando os
direitos dos povos e indivíduos indígenas. Compreende-se a necessidade de consolidar
as condições que tornem possível que os povos indígenas exerçam o direito de
participar efetivamente na determinação de seu próprio futuro político, econômico, social
e cultural, dentro de um marco de participação em sistemas democráticos e de
construção dos estados nacionais pluriculturais. Esta política busca consolidar e renovar
a definição do rol e compromisso do Banco com o desenvolvimento com a identidade
dos povos indígenas.

4 MARCO LEGAL E INSTITUCIONAL


No Capítulo VI - Do Meio Ambiente da Constituição Federal de 1988, o artigo 225
estabelece que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo ao Poder Público
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.
Nesse mesmo artigo 225, o § 3º inovou a ordem jurídica existente ao estabelecer que o
poluidor, ao causar dano ambiental, poderá ser responsabilizado, alternativa ou
cumulativamente, nas esferas penal, administrativa e civil.
Posteriormente, atendendo aos ditames da Carta Magna e complementando às leis
6.938/81 e 7.347/85 que regulam as ações lesivas ao meio ambiente no âmbito civil, foi
editada a lei 9.605/98, "Lei de Crimes Ambientais", que dispôs sobre sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
Assim, ao poluidor, nos termos da Constituição, aplicam-se medidas de caráter
reparatório e punitivo.
Desta forma, as atividades sujeitas ao licenciamento ambiental que estiverem em
desacordo com a legislação ambiental constituirão crime ambiental. A poluição de
qualquer natureza, em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde
humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da
flora, está sujeita a severas penalidades, especialmente se o crime: (i) tornar uma área,
urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana; (ii) causar poluição atmosférica
que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas,
ou que cause danos à saúde da população; (iii) causar poluição hídrica que torne

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21
necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade, dentre
outros.
Os empreendimentos que fazem parte da Amostra Representativa do Programa em
questão não apresentam ações que possam levar a crimes ambientais como acima
referenciado. Inclusive, as ações de minimização de impacto trabalhadas em capítulo
posterior podem ser consideradas efetivas.
Por sua vez, a lei N° 6.938/81 estabeleceu a Política Nacional do Meio Ambiente
(PNMA), seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Entre os princípios dessa
Política, destaca-se a ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico,
proteção de ecossistemas, controle das atividades potencial ou efetivamente poluidoras
e recuperação das áreas degradadas. Foi regulamentada, quase dez anos mais tarde,
pelo Decreto 99.274/90 e suas alterações, após a consolidação da Constituição de
1988.
Além disso, essa lei definiu o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA): conjunto
de órgãos e instituições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
bem como fundações, instituídas pelo Poder Público e pelos responsáveis pela proteção
e melhoria da qualidade ambiental.
Por sua vez, a Resolução CONAMA nº 01, de 23 de Janeiro de 1986, estabeleceu
definições, responsabilidades, critérios e diretrizes para uso e implementação da
Avaliação de Impacto Ambiental, como instrumento da Política Nacional do Meio
Ambiente na regularização legal de obras ou atividades com potencial de degradação
ambiental, condicionando à elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), a serem apresentados pelo empreendedor,
visando à obtenção de licenciamento do órgão estadual competente, integrante do
Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), ouvidos os demais órgãos, no âmbito
da União, do Estado e dos Municípios.
Segundo a Resolução CONAMA nº 369, de 28 de março de 2006, em seu artigo 11,
“considera-se intervenção ou supressão de vegetação, eventual e de baixo impacto
ambiental, em APP: “...II - implantação de instalações necessárias à captação e
condução de água e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do direito de
uso da água, quando couber; ...”. O § 1º determina que em todos os casos, incluindo os
reconhecidos pelo conselho estadual de meio ambiente, a intervenção ou supressão
eventual e de baixo impacto ambiental de vegetação em APP não poderá comprometer
as funções ambientais destes espaços, especialmente: I - a estabilidade das encostas
e margens dos corpos de água; II - os corredores de fauna; III - a drenagem e os cursos
de água intermitentes; IV - a manutenção da biota; V - a regeneração e a manutenção
da vegetação nativa; e VI - a qualidade das águas. O § 2o define que a intervenção ou
supressão, eventual e de baixo impacto ambiental, da vegetação em APP não pode, em
qualquer caso, exceder ao percentual de 5% (cinco por cento) da APP impactada
localizada na posse ou propriedade. ”
Os níveis de licenças ambientais estabelecidos na legislação compreendem: (i) a
Licença Ambiental Prévia (LP), requerida com base na elaboração do EIA/RIMA e
correspondente à etapa de planejamento do empreendimento, subsidiando a avaliação
de sua viabilidade ambiental; (ii) a Licença Ambiental de Instalação (LI), requerida
previamente à etapa de instalação do empreendimento e possibilitando a liberação de
frentes de obra; e, finalmente (iii) a Licença Ambiental de Operação (LO),
correspondente à etapa de operação do empreendimento, que atesta a regularidade
legal do mesmo, mediante comprovação da adoção de medidas ambientais
compromissadas no processo de licenciamento.

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22
Dessa forma, como ação típica e indelegável do Poder Executivo, o licenciamento
constitui importante instrumento de gestão ambiental, à medida que, por meio dele, a
Administração Pública exerce o necessário controle sobre as atividades humanas que
interferem nas condições ambientais, de forma a compatibilizar o desenvolvimento
econômico com a preservação do equilíbrio ecológico.
Com base nisso, o CONAMA editou a Resolução nº 237/97, alterando parcialmente a
Resolução nº 001/86 e tratando do licenciamento ambiental de forma mais sistemática:
"...procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental licencia a localização,
instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de
recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas
que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as
disposições legais e regulamentares e as normas aplicáveis ao caso".
Em conformidade com as disposições legais federais, com ênfase na Resolução
CONAMA 01/86, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA)
elaborou o Manual de Orientação para Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório
de Impacto Ambiental (RIMA), para intervenções de porte e complexidade, envolvendo,
entre outras, a implantação de duplicação ou de novas rodovias, em áreas
ambientalmente sensíveis, com potencial de significativa degradação ambiental.
Dado que as exigências desses instrumentos abrangem intervenções com distintos
graus de interferências ambientais, a SMA, antecipando-se à Resolução CONAMA nº
237/97, instituiu conforme a Resolução SMA nº 42, de 29/12/1994, a elaboração de
instrumento preliminar ao EIA/RIMA: o Relatório Ambiental Preliminar (RAP), visando
avaliar previamente a significância dos impactos ambientais e otimizar procedimentos
do licenciamento ambiental, podendo inclusive dispensar a elaboração de EIA/RIMA
para projetos cujos impactos ambientais fossem pouco significativos.
Consolidando o processo de atualização no âmbito estadual, a SMA promulgou a
Resolução SMA nº 54, de 30/11/2004, que dispõe sobre os novos procedimentos para
o licenciamento, considerando, dentre outros, o Estudo Ambiental Simplificado (EAS),
como documento técnico com informações que permitem analisar e avaliar as
consequências ambientais de atividades e empreendimentos considerados de impactos
ambientais muito pequenos e não significativos. Estes procedimentos têm como objetivo
a concessão de Licença Ambiental Prévia (LP) a empreendimentos considerados de
impacto ambiental muito pequeno e se inicia com a protocolização do EAS nas agências
unificadas da Cetesb, localizadas na Capital ou nas regionais de cada empreendimento.
A Resolução SMA 42/94 foi revogada pela Resolução SMA 054, de 04/07/2013, tendo
sido substituída pela Resolução SMA 049 de 28/05/2017 que também revogou e
substituiu a Resolução SMA 054/2004.
Compete à Cetesb e ao CONSEMA, a concessão da LP mediante a avaliação da
viabilidade ambiental de empreendimentos geradores de significativos impactos
ambientais e, exclusivamente à SMA a concessão da LI, com avaliação de
procedimentos e métodos de implantação do empreendimento e respectivas medidas
mitigadoras/compensatórias e a LO, pela verificação do cumprimento das medidas
ambientais recomendadas. A expedição destas licenças ambientais é subsidiada por
Parecer Técnico elaborado pela CETESB, com a avaliação dos documentos técnicos
solicitados em cada etapa.

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23
Existem também algumas licenças específicas que podem ser necessárias,
dependendo da dinâmica das obras (por exemplo: supressão de vegetação, intervenção
em Áreas de Preservação Permanente – APP, necessidade de DME4, entre outros).
4.1 Licenciamento de Intervenções Específicas

Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE)


O DAEE é órgão gestor dos recursos hídricos do Estado de São Paulo, vinculado à
Secretaria Estadual de Recursos Hídricos.
Para melhor desenvolver suas atividades e exercer suas atribuições conferidas por lei,
o DAEE atua de maneira descentralizada, no atendimento aos municípios, usuários e
cidadãos, executando a Política de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, bem
como coordenando o Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos, nos termos
da Lei 7.663/91 adotou as bacias hidrográficas como unidades físico-territoriais de
planejamento e gerenciamento.
A outorga ou a dispensa para uso das águas ou intervenções em cursos d’água,
mediante concessões, permissões e autorizações para utilização ou derivação das
águas de domínio estadual são de competência do DAEE, conforme (Decreto n°
23.933/85), cabendo-lhe também fiscalizar e impor penalidades às infrações da
legislação relativa às águas.
Assim, os usos e intervenções nos recursos hídricos, devem ser previamente
autorizados pelo DAEE, por meio de solicitação de outorga ou a dispensa ao órgão.
Para intervenções de travessia de corpos d’água não são exigidas outorgas específicas,
mas, apenas é exigido pelo órgão responsável o cadastramento simples da intervenção
a ser realizada.

Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural Nacional (IPHAN)


As intervenções em bens históricos ou sítios com potencial arqueológico, localizados
em terras de domínio público ou privado, necessitam da autorização e permissão de
pesquisa pelo IPHAN (Portaria IPHAN n° 07/88).
Atualmente, no caso de início de processo junto ao IPHAN, é necessário ouvir os órgãos
competentes, como definido pela Portaria SPHAN/MinC nº. 07/88 e, principalmente,
pela IN 01/2015 que normatiza e legaliza ações/intervenções junto ao patrimônio
arqueológico nacional, apresentando os passos que os pesquisadores devem realizar
ao dirigir pesquisa em solo nacional.

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB)


• Supressão de vegetação nativa
Qualquer atividade que envolva a supressão de vegetação nativa depende de
autorização da Cetesb, seja qual for o bioma (mata atlântica, cerrado, etc.) e o estágio
sucessional (inicial, médio, avançado ou clímax).
Mesmo o bosqueamento (retirada da vegetação do sub-bosque da floresta) ou a
exploração florestal sob regime de manejo sustentável, para retirada seletiva de
exemplares comerciais (palmito, cipós, espécies ornamentais, espécies medicinais,
toras de madeira, etc.) não podem ser realizados sem o amparo da Autorização da
Cetesb para supressão ou intervenção em área de preservação permanente.

4DME – Depósito de Material Excedente – antigamente conhecidos como “Bota Fora” são locais
destinados a receber material de escavação das obras e que não será utilizado.
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• Corte de árvores isoladas
A Autorização para supressão de exemplares arbóreos nativos isolados, vivos ou
mortos, situados fora de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reserva Legal,
Reservas e Estações Ecológicas assim definidas por ato do Poder Público, quando
indispensável para o desenvolvimento de atividades, obras ou empreendimentos, é
concedida pela Cetesb, após a realização de análise técnica e mediante assinatura de
Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental que deve contemplar plantio
compensatório.
• Intervenção em Área de Preservação Permanente (APP)
A Lei Federal 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção de vegetação
nativa, define Área de Preservação Permanente – APP como a área protegida, coberta
ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos,
a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas, nos termos dos
artigos 3° e 4°
Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou
urbanas:
I – As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente,
excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima
de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de
largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50
(cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a
200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos)
a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior
a 600 (seiscentos) metros.
II – As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima
de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20
(vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta)
metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas.
• Corte de árvores nativas isoladas
A Autorização para supressão de exemplares arbóreos nativos isolados, vivos ou
mortos, situados dentro e fora de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reserva
Legal, Reservas e Estações Ecológicas assim definidas por ato do Poder Público,
quando indispensável para o desenvolvimento de atividades, obras ou
empreendimentos, é concedida pela Cetesb, após a realização de análise técnica e
mediante assinatura de Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental que deve
contemplar plantio compensatório. As árvores nativas isoladas situadas fora de
Áreas de Preservação Permanente – APP podem ser autorizadas pelo Poder
Público Municipal, conforme Resolução SMA 84 de 2013.
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CADRI – Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental
Instrumento que aprova o encaminhamento de resíduos industriais a locais de
reprocessamento, armazenamento, tratamento ou disposição final, licenciados ou
autorizados pela Cetesb, o CADRI é obrigatório para todos os tipos de resíduos de
interesse – Resíduos industriais perigosos (classe I, segundo a Norma NBR 10004, da
ABNT) e os abaixo listados:
• Resíduo sólido domiciliar coletado pelo serviço público, quando enviado a aterro
privado ou para outros municípios.
• Lodo de sistema de tratamento de efluentes líquidos industriais.
• Lodo de sistema de tratamento de efluentes líquidos sanitários gerados em
fontes de poluição definidos no artigo 57 do Regulamento da Lei Estadual
997/76, aprovado pelo Decreto Estadual 8.468/76 e suas alterações.
• EPI contaminado e embalagens contendo PCB.
• Resíduos de curtume não caracterizados como Classe I, pela NBR 10004.
• Resíduos de indústria de fundição não caracterizados como Classe I, pela NBR
10004.
• Resíduos de Portos e Aeroportos, exceto os resíduos com características de
resíduos domiciliares e os controlados pelo “Departamento da Polícia Federal”.
• Resíduos de Serviços de Saúde, dos Grupos A, B e E, conforme a Resolução
CONAMA 358, de 29 de abril de 2005. Para os resíduos do Grupo B, observar a
Norma Técnica Cetesb P4.262 – Gerenciamento de resíduos químicos
provenientes de estabelecimentos serviços de saúde: procedimento, de agosto
de 2007.
• Efluentes líquidos gerados em fontes de poluição definidos no artigo 57 do
Regulamento da Lei Estadual 997/76, aprovado pelo Decreto Estadual 8.468/76
e suas alterações. Excetuam-se os efluentes encaminhados por rede.
• Lodos de sistema de tratamento de água.
• Resíduos de agrotóxicos e suas embalagens, quando após o uso, constituam
resíduos perigosos.
O procedimento poderá ser estendido para resíduos não relacionados acima, nos casos
em que a instalação de destinação exigir o documento ou a critério da Agência
Ambiental.

Parecer Técnico
A Agência Ambiental recebe um pedido formal do interessado, solicitando manifestação
a respeito de assuntos inerentes às atribuições da Cetesb.
4.2 Plano Diretor de Esgotos (PDE)
Na concepção do Plano Diretor de Esgotos da Região Metropolitana de São Paulo,
desenvolvido pela Sabesp e servindo como documento norteador de planejamento e
fiscalização por parte dos executores, entidades fiscalizadoras, entidades
governamentais e sociedade civil, foram estabelecidas as premissas básicas de um
Sistema Principal, também chamado Unificado com a finalidade de atender a população
da RMSP, abrangendo 20 municípios.

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Em 1984 foi efetuada a revisão desse Plano, adotando-se como meta a implantação de
seis Sistemas de Esgotos Sanitários, com seis Estações de Tratamento de Esgotos,
Estações Elevatórias de Esgotos, Coletores Tronco, Emissários e Interceptores.
Em 16/10/89, a SABESP mediante a apresentação de um Estudo de Impacto Ambiental
– EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, solicitou à Secretaria do
Meio Ambiente, por intermédio do Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental –
DAIA, que iniciasse o processo de licenciamento ambiental referente a implementação
do Plano Diretor de Esgotos da RMSP, permitindo dessa forma a implantação dos
empreendimentos. Nesse EIA/RIMA a alternativa que contemplava maior viabilidade
ambiental, excluía o Sistema Juqueri, assim ficou definida a implantação de cinco
Estações de Tratamento de Esgotos.
Em 27/11/91, com base na Deliberação CONSEMA n.º 52 de 27/11/91, foi concedida
pela SMA a Licença Prévia para os empreendimentos do Plano Diretor de Esgotos.
Com o passar do tempo, a Licença Prévia sofreu renovações em função do prazo de
sua validade. A última renovação, LP n.º 00709 - Processo 394/1989 foi emitida em
02/04/2004 com validade de cinco anos.
Em 27/01/2012, a Cetesb emitiu o Ofício 093/2012/IE atendendo a solicitação de
prorrogação da Licença Ambiental Prévia, formulada pela SABESP. Nesse Ofício a
Cetesb apresenta a Informação Técnica 004/12/IETH, esclarecendo que a prorrogação
da LP é desnecessária para a emissão das Licenças de Instalação para trechos de
empreendimentos integrantes do Plano Diretor de Esgotos da RMSP.
A TG, comprometida com o cronograma de investimentos do governo do estado,
entende que o objetivo principal do Plano Diretor está na melhoria das condições de
saneamento da RMSP com benefícios bastante significativos em termos de saúde
pública e qualidade ambiental dessa região, além de considerar que o Plano é um
instrumento de gestão ambiental cuja base configura-se nas condicionantes ambientais
definidas principalmente na fase de licenciamento prévio e que continuam válidas.
Assim, diante do histórico da execução das etapas do Projeto Tietê, considera-se que
os princípios que nortearam o Plano Diretor permanecem inalterados, o que permite
assegurar que a implantação dessa nova etapa será uma continuidade desse projeto
ambiental, e que não diferenciará das anteriores.
Salienta-se ainda instrumentos legais aplicáveis ao Programa importantes de serem
seguidos:
4.3 Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo –
ARSESP
A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo – ARSESP
é uma autarquia de regime especial, vinculada à Secretaria de Governo do Estado de
São Paulo, criada pela Lei Complementar nº 1.025, de 07 de dezembro de 2007, e
regulamentada pelo Decreto nº 52.455, de 07 de dezembro de 2007, com o objetivo de
regular, controlar e fiscalizar os serviços de gás canalizado e de saneamento básico de
titularidade estadual, bem como os serviços e atividades de energia elétrica, de
competência da União, ou de saneamento básico, de competência municipal, delegados
ao Estado de São Paulo pelos órgãos competentes. Cabe a ARSESP regular, controlar
e fiscalizar, no âmbito do Estado de São Paulo, os serviços de gás canalizado e de
saneamento básico de titularidade estadual, preservadas as competências e
prerrogativas municipais.

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4.4 Novo Código Florestal Brasileiro
Vale destacar a Lei n° 12.651 de maio de 2012, referente ao novo Código Florestal, que
dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto
de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006;
revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989,
e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
O novo Código Florestal foi aprovado no dia 25 de maio de 2012 e trouxe mudanças em
relação ao código de 1965 em pontos importantes como as Áreas de Preservação
Permanente (APP) e de reserva legal.
4.5 Política Nacional dos Resíduos Sólidos
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305 de 02 de agosto
de 2010, dispõe sobre os princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as
diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos
os perigosos; às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos
instrumentos econômicos aplicáveis.
Essa lei instituiu a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos
fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços
de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e
embalagens pós-consumo.
Também definiu metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e
instituiu instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microrregional,
intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que empreendedores
particulares elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
Política Nacional dos Resíduos Sólidos coloca o Brasil em patamar de igualdade com
os principais países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a
inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na
Logística Reversa quando na Coleta Seletiva.
4.6 Áreas de Proteção dos Mananciais (APM) da RMSP
Importante destacar a criação das APM, com regulamentação mais restritiva e maior
controle de parcelamento da terra que envolve parte significativa da Região
Metropolitana de São Paulo.
Inicialmente a lei 898/1975 introduz a questão, criando uma primeira delimitação e
processos de restrição à ocupação de áreas de mananciais da RMSP, essa lei passou
por diversas alterações em atualizações, culminadas em 2015 com as Leis 15.790 de
16 de abril (APRM do Juquery-Cantareira) e 15.913 de 2 de outubro (APRM do Alto
Tietê e Cabeceiras).
Em 2006 foi aprovada a Lei 12.233 que estabelece a APRM-G: Área de Proteção e
Recuperação dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do (reservatório) Guarapiranga,
este instrumento tratou não apenas da questão de restrição, mas introduz a clara
necessidade de se recuperar parte da Bacia que alimenta esse importante reservatório.
Igualmente, em 2009 foi definida a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da
Bacia Hidrográfica do Reservatório Billings - APRM-B, nos mesmos moldes da APRM-
G.
É importante destacar que, dado ao fato das áreas serem bastantes extensas e estarem
nas franjas de expansão urbana (e, portanto, periféricas), tais áreas sofrem com
recorrentes processos de invasão, parcelamentos irregulares e ocupação, sobretudo,
das Áreas de Proteção Permanente.

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Pode-se afirmar que, por ser parte de um grande conjunto de obras de saneamento, o
Projeto Tietê – Fase IV deverá melhorar a qualidade da água que drena para esses
mananciais, principalmente o reservatório Guarapiranga, contudo deve-se ponderar pra
o fato de que, parte significativa das fontes de poluição está diretamente atrelada a
ocupações irregulares em margens de rios, sendo que o Programa não atinge essas
áreas, visto que a SABESP não pode interligar esses loteamentos clandestinos em seu
sistema.

4.7 Saúde e Segurança do Trabalhador


A seguir são apresentados os diplomas legais e normas técnicas consideradas mais
relevantes no âmbito do Programa, no que tange a SST.
• Decreto-Lei 5452 de 01 de maio de 1943, Capitulo V do Título II das Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT.
• Decreto 62.130 de 29/07/2017 – Cria, no âmbito da Administração direta, indireta e
fundacional, equipes de trabalho denominadas "Brigada contra o Aedes aegypti"
cuja função é a criação de brigadas específicas para combater o mosquito e reduzir
a incidência de arboviroses.
• Portaria 3.523 de 28/08/1998 de Ministério da Saúde: Aprova Regulamento Técnico
contendo medidas básicas referentes aos procedimentos de verificação visual do
estado de limpeza, remoção de sujidades por métodos físicos e manutenção do
estado de integridade e eficiência de todos os componentes dos sistemas de
climatização, para garantir a Qualidade do Ar de Interiores e prevenção de riscos à
saúde dos ocupantes de ambientes climatizado.
• Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 – que altera o Capítulo V do Título II da CLT,
relativo a Segurança e Medicina do Trabalho.
• Portaria 3214 de 08 de junho de 1978 – Aprova as NRs – Normas Regulamentadoras
do Capítulo V, do Título II, da CLT.
NR 01 – Disposições Gerais: tem como objetivo informar sobre a abrangência das
NRs, bem como as obrigações do empregador e do empregado no que diz respeito ao
documento legal.
NR 04 – Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina do
Trabalho: tem como objetivo informar o dimensionamento dos Serviços Especializados
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do
risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento,
NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes: tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da
saúde do trabalhador.
NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI: tem como objetivo informar a
definição, a obrigatoriedade do uso e as especificações de uso dos EPIs
NR 07 – Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional: tem como objetivo
estabelecer a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de
promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
NR 09 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: tem como objetivo
estabelecer a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
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Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde
e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação
e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a
existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e
dos recursos naturais.
NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade: tem como objetivo
estabelecer os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de
medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde
dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e
serviços com eletricidade.
NR 12 – Máquinas e Equipamentos: tem como objetivo definir referências técnicas,
princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade
física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes
e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos
de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e
cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas.
NR 13 – Caldeiras, Vasos de Pressão E Tubulação: Estabelece requisitos mínimos
para gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas
tubulações de interligação nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação
e manutenção, visando à segurança e à saúde dos trabalhadores
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres: tem como objetivo informar as atividades
que são consideradas insalubres pelo MTE, em função de exposição acima dos Limites
de Tolerância legais ou por meio de avaliação qualitativa de exposição dom trabalhador.
NR 16 – Atividades e Operações Perigosas: tem como objetivo informar as atividades
e operações consideradas periculosas por exposição a explosivos, inflamáveis, energia
elétrica, radiação ionizante e por exposição a violência física.
NR 17 – Ergonomia: tem como objetivo estabelecer parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao
levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e
às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.
NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção: tem
como objetivo estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de
organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho
na Indústria da Construção.
NR 19 – Explosivos: As atividades de fabricação, utilização, importação, exportação,
tráfego e comércio de explosivos devem obedecer ao disposto na legislação específica,
em especial ao Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105) do
Exército Brasileiro, aprovado pelo Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000.
NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: Estabelece requisitos mínimos para a
gestão da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes
provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, transferência,
manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis
NR 21 – Trabalho a Céu Aberto: Estabelece normatização para trabalhos em locais
abertos, tornando obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos, capazes de
proteger os trabalhadores contra intempéries. Também exige medidas especiais que
protejam os trabalhadores contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os
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ventos inconvenientes. Por fim, determina que aos trabalhadores que residirem no local
do trabalho, deverão ser oferecidos alojamentos que apresentem adequadas condições
sanitárias
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: Estabelece
parâmetros para (i) Instalações sanitárias, (ii) Vestiários, (iii) Refeitórios, (iv) Cozinhas,
(v) Alojamento e (vi) Condições de higiene e conforto por ocasião das refeições.
NR 26 – Sinalização de Segurança: Estabelece parâmetros para sinalização de
segurança em locais de trabalho/obra para advertência aos trabalhadores locais sobre
riscos e produtos perigosos.
NR 33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados: Estabelece os
requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento,
avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou
indiretamente nestes espaços.
NR 35 – Trabalho em Altura: Considera trabalho em altura toda atividade executada
acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. O acesso por
cordas é regulamentado no Anexo 1 e para situações de trabalho em planos inclinados,
a aplicação deste anexo deve ser estabelecida por Análise de Risco.
É importante citar também as ITs – Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros do
Estado de São Paulo:
IT 16 – Plano de Emergência contra Incêndio: Estabelece os requisitos para a
elaboração, manutenção e revisão de um plano de emergência contra incêndio, visando
proteger a vida, o meio ambiente e o patrimônio, bem como viabilizar a continuidade dos
negócios.
IT 17 – Brigada de Incêndio: Estabelece as condições mínimas para a composição,
formação, implantação, treinamento e reciclagem da brigada de incêndio e os requisitos
mínimos para o dimensionamento da quantidade de bombeiro civil, para atuação em
edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo, na prevenção e no combate ao
princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros, visando, em caso de
sinistro, proteger a vida e o patrimônio, reduzir os danos ao meio ambiente, até a
chegada do socorro especializado, momento em que poderá atuar no apoio
IT 21 – Sistema de Proteção por extintores de incêndio: tem como objetivo
estabelecer critérios para proteção contra incêndio em edificações e áreas de risco por
meio de extintores de incêndio (portáteis ou sobre rodas), para o combate a princípios
de incêndios, atendendo às exigências do Decreto Estadual nº 56.819/11 –
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado
de São Paulo.
IT 28 – Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de GLP: tem
como objetivo estabelecer medidas de segurança contra incêndio para os locais
destinados a manipulação, armazenamento, comercialização, utilização, instalações
internas e centrais de GLP (gás liquefeito de petróleo), atendendo ao previsto no
Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra incêndio das
edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo.
Por fim, se destaca também algumas normas técnicas:
ABNT 6493 – Emprego de Cores para Indicação de Tubulação
NBR 7195 – Cor para a Segurança
NBR 12962 – Inspeção, Manutenção e Recarga de Extintores de Incêndio

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ABNT 12779 – Mangueiras de Incêndio – Inspeção, Manutenção e Cuidados
A Sabesp possui dois importantes documentos norteadores sobre o assunto:
• PE-RH0003 (Versão 13, de 16/08/2017) – Segurança e Saúde do Trabalho em obras
e Serviços Contratados
• PR-RH0001 (Versão 14, de 11/10/2017) – Segurança e Saúde do Trabalho
Estes documentos, baseados e de acordo com a legislação descrita acima, orientam
todo o Sistema de Saúde e Segurança do Trabalhador da Sabesp, assim como seus
contratados (e subcontratados que trabalhem diretamente nas obras).
4.8 Cumprimento do Programa Tietê IV com o Marco Legal Estadual
No caso do Programa Tietê como um todo, o licenciamento ambiental ocorreu no âmbito
estadual através de EIA/RIMA para todo o Plano Diretor de Esgotos da Região
Metropolitana, conforme Licença Prévia (LP) emitida pela Cetesb em Ofício SMA 1330,
de 27 de novembro de 1991 (processo SMA 394/89). Essa LP passou por várias
renovações em função do prazo de sua validade. A última renovação, LP n. º 00709 -
Processo 394/1989 foi emitida em 02/04/2004 com validade de cinco anos.
Em 27/01/2012, a Cetesb emitiu o Ofício 093/2012/IE atendendo à solicitação de
prorrogação da Licença Ambiental Prévia, formulada pela Sabesp. Nesse Ofício a
Cetesb apresenta a Informação Técnica 004/12/IETH, esclarecendo que a prorrogação
da LP é desnecessária para a emissão das Licenças de Instalação para trechos de
empreendimentos integrantes do Plano Diretor de Esgotos da RMSP.
Atualmente, tendo em vista a publicação da Deliberação CONSEMA 01/2016, que versa
sobre a simplificação dos procedimentos de licenciamento ambiental de estações
elevatórias de esgoto, e do Decreto Estadual 62973/2017, que dá nova redação a
dispositivos da legislação de controle da poluição e licenciamento ambiental, o
licenciamento ambiental de estações elevatórias de esgotos com vazão inferior ou igual
a 50 l/s obedece a um procedimento simplificado, que possibilita a obtenção de licença
prévia, licença de instalação e licença de operação de forma concomitante.
O licenciamento ambiental das Estações Elevatórias de Esgoto com vazão maior que
50 l/s e das Estações de Tratamento de Esgotos dispensadas de avaliação de impacto
ambiental (AIA) seguem o procedimento convencional, ou seja, emissão de licença
prévia concomitantemente à licença de instalação e posterior obtenção de licença de
operação.
5 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL
A caracterização das Áreas de Intervenção foi dividida nos seguintes itens: (i) Cursos
d’Água; (ii) Vegetação e Áreas de Preservação Permanente; (iii) Áreas de Risco; (iv)
Uso e Ocupação da Terra; (v) Condições Sociais.
5.1 Cursos d’Água
Os rios existentes próximos do Empreendimento B drenam diretamente para o rio Tietê,
sendo que a ETE se encontra na margem esquerda do deste importante rio, separada
pela marginal tietê.
De forma geral, os rios encontram-se bastante poluídos e sofreram profundas alterações
em seus leitos e regimes hídricos por conta dos processos de urbanização, sobretudo
questões relacionados a retificação e canalização. Pode-se citar ainda o rio Cabuçu de
Cima, que deságua no rio Tietê, a pouco mais de 350 m à montante do lançamento do
efluente da ETE.

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Por estar bastante próxima do rio, a ETE se encontra em área com potencial de
alagamento, como pode ser observado na figura a seguir. Contudo, destaca-se que,
desde sua instalação, não ocorreram alagamentos em sua estrutura.
Na figura a seguir também são plotados pontos mapeados pelo Centro de
Gerenciamento de Emergências de São Paulo (CGE/SP) entre 2009 e 2012, nenhum
atingindo a ETE em si.

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Figura 7 – Áreas com probabilidade a enchentes e inundações

Fonte: Projeto Hand/Megacidades (INPE/IPT)

5.2 Vegetação e Áreas de Preservação


Não existem fragmentos de vegetação no interior da ETE e a unidade se encontra fora
de APP, conforme pode ser observado na figura a seguir.

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Figura 8 – Vegetação e Áreas de Preservação Permanente

Fonte: Emplasa, 2005.


As áreas de preservação permanente – APP são diplomas legais que protegem o
entorno de rios, lagos, nascentes, entre outros, sua instituição é a partir do código
florestal (Lei n° 12.651 de maio de 2012), sendo definida uma faixa de proteção que
varia, conforme a largura do rio. As APPs apresentam diversas restrições de usos no
intuito de se evitar o corte de vegetação e ocupação nos entornos de drenagens,
contudo algumas obras, por suas características ou relevância são permitidas, desde
que a área de intervenção seja compensada com o plantio de espécies nativas em local
definido pelo órgão licenciador (neste caso a Cetesb). O padrão de compensação é 1

Programa de Despoluição do Rio Tietê IV


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Empreendimento D – ETE Pq Novo Mundo
35
para 1, assim, cada m² afetada de APP será compensando com o mesmo m² de
replantio.

5.3 Uso e Ocupação do Solo


O Mosaico de uso utilizado foi baseado no mapeamento elaborado pela Emplasa em
2002/2005 e atualizado, conforme as necessidades deste estudo, em geral o entorno
das obras do empreendimento D compreende os seguintes usos:
• Áreas Urbanizadas: Locais totalmente urbanizados, com infraestrutura urbana
instalada, podem ser residenciais e/ou serviços/comércios. Costumam ser as
ocupações mais antigas presentes na região.
• Campo e Capoeira: Áreas com vegetação rasteira e/ou de baixo porte. São locais
cuja vegetação foi suprimida e que não apresentam um uso específico identificado,
normalmente são as áreas que estão em processo de ocupação pela urbanização,
sobretudo sem planejamento.
• Equipamento Urbano: Equipamento de uso urbano – escolas, prédios públicos, etc.
• Indústria: atividades tipicamente industriais, com grandes galpões e produção fabril
instalada.
• Loteamento Desocupado: Áreas de loteamento (irregular ou regular) que ainda
não foram ocupadas, mas devem apresentar adensamento em um horizonte de
tempo próximo.
• Movimento de Terra/Solo Exposto: Locais em que ocorria movimento de terra no
momento do mapeamento, podendo se tratar de diversos padrões de uso.

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36
Figura 9 – Vegetação e Áreas de Preservação Permanente

Fonte: Emplasa, 2005.


O empreendimento será instalado em área de uso da Sabesp, não interferindo em
outras feições de uso e ocupação. Percebe-se que o entorno é todo tomado por
ocupação urbana, envolvendo residências e comércios. Há também áreas ocupadas por
indústrias e alguns terrenos sem uso determinado que apresentam campo antrópico nas
porções a norte.

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37
5.4 Análise da implantação das obras
A seguir serão detalhados pontos considerados importantes para a análise das obras e
definição de impactos, riscos e elaboração do PGAS:

Fonte: Emplasa, 2005.

Apenas na porção sul da ETE (próximo ao conjunto administrativo), e em área externa


à sua instalação, aparece o padrão de ocupação residencial, figurados em um conjunto
habitacional para baixa renda (projeto “Cingapura” da Prefeitura Municipal de São
Paulo) e uma pequena área com favela, conforme as fotos a seguir.

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38
Foto 1 – Pequena área de favela existente ao sul da ETE Parque Novo Mundo, acesso da
Ponte Domingos Franciulli Netto.

Foto 2 – Cingapura ao sul da ETE Parque Novo Mundo, vista da Ponte Domingos Franciulli
Netto.

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39
6 AVALIAÇÃO AMBIENTAL E SOCIAL DOS COMPONENTES DA AMOSTRA
6.1 Identificação, Análise e Caracterização dos Impactos Ambientais
Os cenários de referência e de desenvolvimento foram avaliados para a definição dos
Impactos ou Efeitos sob o ponto de vista dos fatores críticos. Para tanto, foram utilizados
os indicadores relacionados no Diagnóstico Ambiental.
Os Impactos ou Efeitos a seguir descritos foram considerados de caráter geral e, em
sua maior parte, ocorrem na fase de Implantação.
Considerando os critérios de avaliação ambiental sintetizados, pode-se afirmar que
existem grandes grupos de interferências que gerarão impactos negativos e positivos,
durante as fases de construção e operação. Espera-se que com a operação do
empreendimento muito mais impactos positivos do que negativos sejam agregados.
Os impactos foram identificados com base nos diagnósticos e nas informações
disponíveis sobre o Programa Tietê IV e com o conhecimento prévio em projetos
similares.
A tabela a seguir apresenta os atributos definidos na avaliação dos impactos e na
sequência é apresentada a matriz dos impactos mais relevantes identificados e sua
classificação segundo os atributos selecionados. Antecipa-se também a apresentação
da indicação das medidas de mitigação, controle e monitoramento ou potencialização
dos impactos.
Tabela 6 – Descrição dos Atributos dos Impactos
ATRIBUTO DESCRIÇÃO
A Natureza poderá ser Negativa (quando gera efeitos adversos)
Natureza
ou Positiva (quando gera efeitos benéficos).
Forma das repercussões do impacto: Localizada
Espacialidade
(espacializável) e Dispersa (não espacializável).
Impacto Certo, Provável e Possível, em função da
Probabilidade possibilidade de serem evitados ou considerados dependentes
de outros fatores.
Tempo para ocorrência do impacto: a Curto Prazo, a Médio
Ocorrência
Prazo ou a Longo Prazo.
O impacto poderá ser Temporário (quando ocorrer somente
Duração durante uma ou mais fases do empreendimento) ou
Permanente (quando o impacto se perenizar).
Caso cessada a intervenção, as condições ambientais retornam
Reversibilidade
à situação anterior (Reversível) ou não (Irreversível).
Fonte: Elaboração Equipe Técnica

Considerando os critérios de avaliação ambiental sintetizados, pode-se afirmar que


existem grandes grupos de interferências que gerarão impactos negativos e positivos,
como segue:
• Meio Biótico
o Melhoria para a qualidade da biota aquática
• Meio Físico
o Interferência em áreas de elevada fragilidade/vulnerabilidade dos terrenos
ocasionando processos erosivos e acidentes durante a fase de obras;
o Alteração na qualidade da água;
• Meio Socioeconômico

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40
o Incômodos à população lindeira por geração de ruído, poeira e alterações na
infraestrutura viária e serviços públicos;
o Melhoria na qualidade ambiental e de saúde da população, com a
minimização da proliferação de doenças e ambientes insalubres;
Esses e outros impactos estão comentados a seguir, na sequência da Matriz de
Impactos

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41
6.1.1 Avaliação dos Impactos e Riscos de Desastres Naturais – Fase de Construção
Programa /
Ação Impacto Natureza Espacialidade Ocorrência Probabilidade Duração Reversibilidade
Medida
Comunicação Social
e Diretrizes para
Aumento de Positiva na Contratação da Mão
Geração de pessoas contratação de Obra Local,
Empregos e empregadas / e Negativa Localizado Curto Prazo Possível Temporário Reversível atentando-se
Renda Aumento de na também para a
renda. dispensa igualdade de
gêneros

Potencial Programa de Sítios


impacto ao Culturais para
Escavações e
patrimônio Monitoramento,
trafego de
histórico e Negativa Localizado Curto Prazo Possível Permanente Irreversível Preservação e
veículos em áreas
cultural, sub Resgate Fortuito
de obra
superficial ou
edificado
Aumento de Comunicação
volume de Social, Código de
Escavações e bota fora e Conduta, Controle
trafego de áreas Ambiental das Obras
Negativa Localizado Curto Prazo Certa Temporário Reversível
veículos em áreas destinadas a e Recuperação de
de obra canteiro de Áreas Degradadas
obras e
empréstimo
Aumento das
Escavações e concentrações Comunicação Social
trafego de de material e Controle Ambiental
Negativa Disperso Curto Prazo Certa Temporário Reversível das Obras
veículos em áreas particulado no
de obra entorno das
obras

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Programa /
Ação Impacto Natureza Espacialidade Ocorrência Probabilidade Duração Reversibilidade
Medida
Aumento de
Escavações e emissão de
Comunicação Social
trafego de ruído e
Negativa Localizado Curto Prazo Certa Temporário Reversível e Controle Ambiental
veículos em áreas vibrações no
das Obras
de obra entorno das
obras;
Riscos de
Comunicação Social
contaminação
Escavações em Gestão de áreas
associados ao
áreas contaminadas, e
manejo de Negativa Localizado Curto Prazo Possível Temporário Reversível
potencialmente Programa de Saúde
áreas com
contaminadas e Segurança dos
passivos
trabalhadores
ambientais
Aumento de
carreamento Controle Ambiental
de material das Obras,
Atividades de
para os rios, Recuperação de
escavação, cortes Negativo Localizado Curto Prazo Possível Permanente Reversível
processos Áreas Degradadas e
e aterro
erosivos e Saúde e Segurança
riscos de dos Trabalhadores
acidentes
Controle Ambiental
das Obras e
Risco de
Manipulação de Monitoramento
contaminação
óleos, graxas e Ambiental /
de solos e Negativa Localizado Curto Prazo Possível Temporário Reversível
outros Procedimentos já
corpos
contaminantes elaborados pela
hídricos
Sabesp e imposto às
construtoras.

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6.1.2 Avaliação dos Impactos e Riscos de Desastres Naturais – Fase de Operação
Programa /
Ação Impacto Natureza Espacialidade Ocorrência Probabilidade Duração Reversibilidade
Medida
Melhoria na
Ampliação da
qualidade das Programa de
cobertura de
águas e Educação
coleta e Positiva Dispersa Longo Prazo Certa Permanente Irreversível
proteção dos Ambiental e
tratamento de
ecossistemas Sanitária
esgoto
aquáticos
Manutenção do
Licenciamento
Ambiental e
Ampliação no Controles
Melhoria na
atendimento do Operacionais nas
qualidade
serviço de Positiva Dispersa Longo Prazo Certa Permanente Irreversível instalações de
ambiental e
esgotamento saneamento,
saúde pública
sanitário Programa de
Educação
Ambiental e
Sanitária

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44
6.2 Potenciais Riscos de Desastres Naturais
Não se prevê que existam riscos de desastres naturais a afetar a ETE, tanto na estrutura
já instalada, como nas obras futuras. Apesar de se localizar em área onde existe o
potencial para alagamento, especificamente na área da ETE os terrenos estão bem
estabilizados e drenados. Também não existe histórico de alagamento na estrutura.

6.3 Potenciais Riscos Às Comunidades Afetadas


As obras na ETE serão bastante centralizadas em pontos específicos, com a instalação
de equipamentos e a infraestrutura necessária para tal. Com isso deve ocorrer um fluxo
maior de caminhões durante o período de obras, basicamente para entrega de insumos
e equipamentos.
A ETE é isolada e possui sistema para evitar a entrada de pessoas não autorizadas,
que poderiam se ferir nas áreas de obras.
Dessa forma, não se considera existirem riscos às comunidades, somente algum
eventual incômodo por ruídos decorrentes do aumento do tráfego de caminhões durante
as obras. Já na fase de operação, não deverá ocorrer alterações perceptíveis para
população local

7 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL - PGAS


O PGAS a seguir apresenta o detalhamento dos programas de gestão ambiental e social
para a etapa de obras e a etapa de operação, separadamente.
Identifica as medidas e atividades destinadas a prevenir, mitigar e/ou compensar os
impactos socioambientais e superar lacunas porventura existentes na legislação
ambiental, social e de saúde e segurança aplicável ao Programa.
Medidas de prevenção e controle dos riscos socioambientais negativos dos projetos a
serem considerados dentro do Programa são definidas, incluindo, quando aplicável,
diretrizes para o seu desenho, construção e operação.
O plano de monitoramento e acompanhamento dos impactos ambientais e sociais,
requisitos para gestão ambiental dos projetos que compõem o Programa, inclui aqueles
necessários para cumprimento com as políticas de salvaguardas ambientais e sociais
do BID, incluindo um Mecanismo para Gestão de Queixas.
Os requisitos e regras poderão ser incorporados ao Regulamento Operacional para a
prevenção ou o controle dos impactos negativos, a verificação dos impactos positivos,
e o acompanhamento dos impactos diretos e indiretos e de longo prazo identificados.
No quesito da Comunicação Social, são definidos os mecanismos de consulta com a
comunidade, e o envolvimento e participação dos grupos de interesse, das comunidades
beneficiadas e do público nas ações de gestão ambiental dos projetos e atividades.

7.1 Principais Impactos e Medidas na Etapa de Construção


A Tabela a seguir apresenta os principais impactos previstos na Etapa de Construção.

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Tabela 7 – Impactos e Medidas na Etapa de Construção
Impacto Programa / Medida Indicador Resp. Prazo
Comunicação Número de Empreiteira / Durante as
Social e Diretrizes trabalhadores Sabesp obras
Aumento de para Contratação empregados nos
pessoas da Mão de Obra municípios de
empregadas / Local, atentando-se inserção do
Aumento de também para a empreendimento
renda. igualdade de
gêneros

Potencial Sítios Empreiteira / Durante as


Programa de Sítios
impacto ao arqueológicos Sabesp obras
Culturais para
patrimônio encontrados nas
Monitoramento,
histórico e obras resgatados
Preservação e
cultural, sub
Resgate Fortuito
superficial ou
edificado
Aumento de Comunicação Áreas Empreiteira / Durante as
volume de Social, Código de degradadas Sabesp obras e logo
bota fora e Conduta, Controle recuperadas após o
áreas Ambiental das adequadamente encerramento
destinadas a Obras e
canteiro de Recuperação de
obras e Áreas Degradadas
empréstimo
Aumento das Número de Empreiteira / Durante as
Comunicação
concentrações reclamações por Sabesp obras
Social e Controle
de material poeira gerada.
Ambiental das
particulado no
Obras
entorno das
obras
Número de Empreiteira / Durante as
reclamações Sabesp obras
geradas por ruído
Aumento de
emissão de Comunicação
Número de
ruído e Social e Controle
ocorrências de
vibrações no Ambiental das
indenizações por
entorno das Obras
afetações nas
obras;
estruturas das
edificações
lindeiras
Riscos de Comunicação Quantidade de Empreiteira / Durante as
contaminação Social Gestão de áreas Sabesp obras
associados ao áreas contaminadas
manejo de contaminadas, e identificadas
áreas com Programa de Saúde E quantidade
passivos e Segurança dos remediada
ambientais trabalhadores

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Impacto Programa / Medida Indicador Resp. Prazo
Número de Empreiteira / Durante as
acidentes por Sabesp obras
Aumento de Controle Ambiental
processos do
carreamento das Obras,
meio físico
de material Recuperação de
para os rios, Áreas Degradadas
Número de
processos e Saúde e
ocorrências de
erosivos e Segurança dos
processos
acidentes Trabalhadores
erosivos e de
carreamento
Número de Empreiteira / Durante as
incidentes com Sabesp obras
vazamento de
Risco de
Controle Ambiental material
contaminação
das Obras e contaminante
de solos e
Monitoramento
corpos
Ambiental Tempo de
hídricos
remediação e
correção do
incidente

7.1.1 Programa de Comunicação Social, Divulgação e Gestão de Queixas


A equipe da Sabesp já possui experiência e canais definidos para a devida comunicação
com o público diretamente ou indiretamente afetado pelo Programa Tietê IV. Neste
sentido deverão ser continuados os esforços para atingir os seguintes objetivos:
• Divulgar as obras de execução de coletores tronco e interligações de esgotos;
• Conscientizar a população em relação aos benefícios oferecidos e implantados e
sobre a importância do saneamento, qualidade de vida e preservação do meio
ambiente, ampliando na medida do possível a área de penetração e a quantidade
de pessoas sensibilizadas sobre o Projeto Tietê;
• Manter um canal de comunicação permanente e de fácil acesso a população para
receber reclamações e opiniões da população afetada pelas obras, minimizando o
impacto que essas poderão causar durante sua execução e também para
disponibilizar informações relativas ao Projeto Tietê e seus benefícios em cada
etapa de implantação;
• Minimizar o máximo possível as interferências das obras na rotina diária da
população local;
• Atender de maneira rápida e eficiente qualquer demanda que venha a ocorrer
durante o período de execução das obras;
• Assegurar que a comunidade envolvida tenha referências suficientes sobre o
andamento de todas as etapas do empreendimento, diminuindo suas expectativas;
• Difundir os benefícios proporcionados pela implantação das obras, principalmente
os relacionados à geração de emprego na região, despoluição do meio ambiente,
ganhos com a saúde pública e dinamização na economia local;
• Orientar, conscientizar e atender os moradores, transeuntes e motoristas que
trafeguem no entorno das frentes de serviço das obras;
• Divulgar a tecnologia e segurança aplicada no empreendimento;

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47
• Capacitar toda a mão de obra envolvida, para que todos saibam agir diante de
qualquer situação, seja de caráter informativo ou em casos de emergência.
A Comunicação Social visa dotar o Programa de instrumentos que garantam o fluxo de
informações entre o empreendedor e a população local a ser afetada. Tais instrumentos
de comunicação devem difundir de forma adequada as características do
empreendimento em suas três fases (planejamento, implantação e operação) assim
como atuar preventivamente na mitigação dos impactos diretos e indiretos sobre a
população e atividades econômicas.
A informação é um direito de cidadania, além de imprescindível para o bom andamento
do projeto e para a objetivação da relação empreendedor e população local. O programa
também se justifica enquanto instrumento de mobilização das organizações
representativas locais, tendo em vista o encaminhamento dos programas preventivos e
compensatórios.
O principal objetivo deste programa é desenvolver campanhas de esclarecimento aos
moradores das áreas a serem diretamente afetadas pelas obras, à população flutuante
que transita pelas áreas afetadas e aos residentes do entorno das obras, tendo em vista
mitigar as dúvidas quanto as afetações, as apreensões quanto a abrangência dos
programas e as formas de resoluções, assim como, os desdobramentos esperados ao
longo do tempo. Constitui ainda objetivo do programa demonstrar para a população a
importância do Programa Tietê IV e seus esperados efeitos benéficos.
A Comunicação Social deverá abranger todos os segmentos da população diretamente
afetada, além daqueles interessados nas intervenções previstas. Esse contingente será
identificado por meio de pesquisas e levantamentos realizados, antes do início das
obras e que deverão ser atualizados no decorrer do processo de implantação dos
projetos.
De forma geral, o público alvo engloba:
• Trabalhadores envolvidos na implantação das obras;
• Empresa(s) responsável(eis) pela execução das obras;
• Responsável pela implantação do projeto;
• Empresa(s) responsável(eis) pela Supervisão e Gerenciamento da execução dos
Planos e Programas Ambientais propostos;
• Empresa(s) responsável(eis) pela Supervisão das Obras.
• População Afetada
• População Lindeira
• População Beneficiada
• População Circulante
• Representantes da Comunidade
• Organizações Sociais
• Veículos de Comunicação

Procedimentos e Diretrizes
Para a fase de obras, deverá ser elaborado um plano de comunicação pela empreiteira,
conforme os padrões já definidos e utilizados normalmente pela Sabesp, contendo as
diretrizes apresentadas a seguir.

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• Ações socioeducativas com todos os públicos de interesse
• Ações de proximidade e sensibilização com empresas, instituições e comércios
no entorno das obras
• Contato direto com os moradores e transeuntes no entorno das obras
Todas as ações deverão ter meios factíveis de controle e indicadores.
O fluxograma de comunicação a seguir mostra as principais ações durante o processo
de comunicação antes do início e durante a execução das obras.
Figura 10 – Fluxo de comunicação antes do início e durante a execução das obras

Caso haja alguma reclamação durante as obras, será necessário seguir os


procedimentos de gestão de queixa ou reclamações) já instituídos pela Sabesp com as
contratadas. Um modelo conceitual deste processo a ser seguido é apresentado a
seguir:

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Figura 11 – Fluxo de gestão de reclamação

Profissionais envolvidos no atendimento à população – tanto da Sabesp, quanto das


construtoras responsáveis pela implantação de cada Projeto – deverão estar
devidamente capacitados para o atendimento ao público, esclarecendo as dúvidas ou
direcionando as questões, e também para registrar e encaminhar demandas mais
complexas para as áreas competentes.
Mecanismos de Comunicação e Gestão de Queixas
Diversos mecanismos de comunicação deverão ser utilizados nas diferentes fases de
implantação de cada projeto.
• Fase de Planejamento - Nesta fase, o foco principal serão as informações sobre:
o As características gerais das áreas de intervenção, suas localizações e
principais benefícios a serem auferidos;
o Estudos socioambientais realizados e os principais impactos e programas;
o Divulgação através dos Canais de Atendimento ao Cliente.

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• Fase de Construção - Nesta fase, a Comunicação deverá prestar as seguintes
informações:
o Localização das intervenções e das áreas no entorno que poderão receber
impactos socioambientais das obras projetadas; suas características
específicas (cronogramas, métodos construtivos, áreas de apoio, etc.); e os
planos socioambientais previstos para controle e mitigação de impactos;
o Divulgação através dos Canais de Atendimento ao Cliente e outros meios de
comunicação direta com a Sabesp e com equipes de comunicação das
construtoras envolvidas na implantação de cada Projeto;
o Alterações de itinerário e pontos de parada do transporte coletivo (caso
alterado);
o Particularidades locais referentes à interrupção e/ou desvios de tráfego
durante as obras, além de eventuais interrupções temporárias nas
infraestruturas e equipamentos públicos;
Profissionais envolvidos no atendimento à população – tanto da Sabesp, quanto das
construtoras envolvidas na implantação de cada Projeto – deverão estar devidamente
capacitados para o atendimento ao público, esclarecendo as dúvidas ou direcionando
as questões, e também para registrar e encaminhar demandas mais complexas para as
áreas competentes.
Os Canais de Atendimento ao Cliente concentrarão as demandas de recepção e gestão
das queixas da população a respeito das obras e atividades realizadas. O Mecanismo
de Gestão de Queixas incluirá um cadastro organizado e permanentemente atualizado
com o registro de todas as queixas recebidas e de todas as atividades de gestão
realizadas, até o seu atendimento completo, conforme atestado por escrito pela pessoa
física ou jurídica que tenha feito a queixa.

Recursos Humanos
A equipe de Comunicação Social é composta, de acordo com o tipo e tamanho de obra,
de forma a aplicar e atender as exigências estipuladas para o Programa de
Comunicação Social. Esta equipe poderá executar o Plano de Consulta e Programa de
Comunicação.
Um ou mais profissionais podem ser alocados para as demandas do Plano de Consulta
e Programa de Comunicação, inclusive com tarefas compartilhadas. Porém, é
importante que se garanta a execução do programa com total excelência.
Além dos envolvidos nos serviços de comunicação, todos os integrantes da equipe de
obras devem estar engajados direta ou indiretamente nas ações previstas no presente
Plano de Consulta e Programa de Comunicação.

Ferramentas de Comunicação
Para alcançar os resultados do Plano de Comunicação, deverão ser adotadas ações e
ferramentas de comunicação, que atendam às necessidades para o pleno atendimento
ao público alvo, respeitando a legislação vigente para uso de comunicação visual na
área de abrangência.

Avaliação do Programa de Comunicação


Os indicadores mensais de avaliação do Programa de Comunicação serão os seguintes:

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• (número de reclamações mensais registradas / 1.000 metros de obras lineares
executadas) x 100 ≤ 1%.
• (número de reclamações mensais atendidas / número de reclamações mensais
registradas) x 100 ≥ 90%.
Serão computadas todas as reclamações formais advindas de canais monitorados pela
Sabesp tais como, 195, Ouvidoria, ARSESP, mídia, gerências operacionais, prefeituras
municipais, PROCON e outras.

7.1.2 Programa de Controle Ambiental de Obras (PCAO)


A implementação das obras que compõe o Programa Tietê IV envolve a adoção de uma
série de medidas de ordem técnica visando assegurar o controle e a minimização dos
impactos ambientais diretos que incidam no ambiente de inserção. Nesse sentido, o
presente Programa apresenta a organização de uma série de ações vinculadas
diretamente às obras, as quais deverão ser implantadas pelo empreendedor e pelas
empresas construtoras que serão contratadas ao longo de todo o período de
implantação.
A responsabilidade pela execução deste programa é da(s) empresa(s) contratada(s)
para a implantação das intervenções previstas, sob a fiscalização da Sabesp.
O PCAO deverá ser incluído no Edital de Obras, a fim de que as empresas possam
apresentar em suas propostas o atendimento e custos associados a todos os seus
requisitos. A empresa ganhadora do edital deverá, então, propor um PCAO especifico
para as obras contratadas, e submete-lo à aprovação da gestão e supervisão ambiental.
As obras só receberão Ordem de Serviço após essa aprovação.
A maior parte dos impactos ambientais decorrentes da implantação está associada à
fase de construção. Assim, é necessária a adoção de procedimentos e medidas
destinadas a evitar ou minimizar de forma efetiva a ocorrência desses impactos. Desde
algum tempo que requisitos ambientais vêm sendo incorporados nas especificações
técnicas que orientam a execução de obras civis e nos documentos de licitação de obra.
A experiência acumulada em trabalhos de Supervisão Ambiental de Obras de
Infraestrutura demonstra que o conhecimento prévio das medidas preventivas ou
mitigadoras representa melhores resultados na proteção ao meio ambiente.
O objetivo deste Programa é permitir o correto gerenciamento ambiental das obras, de
maneira a:
• Controlar os impactos diretos associados à execução do empreendimento;
• Manter o padrão de qualidade ambiental local, o máximo possível, sem alteração;
• Cumprir as diretrizes do estudo de avaliação ambiental;
• Atender às determinações legais pertinentes às questões ambientais.
O Programa tem a finalidade de estabelecer diretrizes e procedimentos ambientais para
a execução dos serviços e atividades necessárias à implantação do Programa Tietê IV,
tendo em vista assegurar condições ambientais adequadas nas áreas a serem afetadas
pelas intervenções. Visa fornecer às empresas construtoras as medidas, os
procedimentos e os cuidados que deverão ser observados durante a execução das
obras e, ao empreendedor e aos órgãos fiscalizadores, um instrumento para o
acompanhamento e fiscalização do cumprimento das medidas mitigadoras e dos

Programa de Despoluição do Rio Tietê IV


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Empreendimento D – ETE Parque Novo Mundo
52
cuidados necessários à efetiva prevenção e controle dos potenciais impactos
ambientais identificados.
Este Programa abrange atividades da etapa pré-construtiva e das obras propriamente
dita. O seu desenvolvimento requer as seguintes ações principais:
• Análise detalhada por parte das empresas contratadas das intervenções,
anteriormente à implantação das obras, para identificação e caracterização dos
impactos potenciais, locais de incidência e magnitude e a identificação de medidas
de controle e normas aplicáveis na execução dos serviços. Essas são informações
que foram identificadas e desenvolvidas no âmbito dos estudos ambientais;
• Estabelecimento de especificações ambientais para a etapa de implantação. Trata-
se de atividade a ser desenvolvida no detalhamento dos programas e consiste em
estabelecer um conjunto de diretrizes e especificações destinadas a:
o Orientar as atividades de operação dos canteiros e das frentes de obra;
o Indicar a melhor forma de utilizar e recuperar áreas de apoio (empréstimo e
bota-fora);
o Apontar as medidas de segurança para os trabalhadores, para os moradores
e para a população lindeira às obras. Estas especificações ambientais
devem fazer parte dos editais de licitação das obras;
o Planejamento ambiental da construção, que consiste em adequar o plano de
ataque das obras proposto pela(s) construtora(s) contratada(s) de modo a
considerar os requisitos ambientais decorrentes do processo de
licenciamento e requisitos do BID, localização do canteiro e das instalações
de apoio. Trata-se de atividade a ser desenvolvida pela(s) construtora(s) e
submetida(s) à aprovação da Supervisão Ambiental, antes do início das
obras.
A seguir são apresentadas as atividades a serem realizadas no âmbito do PCAO. As
atividades foram divididas em subprogramas, visando melhor organização das ações.

Subprograma Controle das Licenças Ambientais


O Licenciamento Ambiental permite a obtenção das Autorizações necessárias para a
execução e operação dos empreendimentos.
O Licenciamento é obtido em função da análise pelos Órgãos competentes, dos
respectivos Relatórios Ambientais elaborados em função do escopo do
empreendimento e atendendo a legislação vigente dos Órgãos Municipais, Estaduais e
Federais.
O controle das licenças ambientais deve ser feito a fim de monitorar e garantir todas as
autorizações legais necessárias para o empreendimento.
A grande quantidade de licenças e autorizações necessárias, parte sob
responsabilidade do empreendedor e parte sob responsabilidade das empresas
construtoras contratadas, além da diversidade dos órgãos públicos competentes para
emissão das licenças e autorizações, cada um com seus procedimentos administrativos
e exigências técnicas, requer um planejamento adequado para organização e controle
do processo de modo a atender ao cronograma de implantação das obras.
Este Subprograma prevê sistematizar as ações da Sabesp e das construtoras
contratadas para a obtenção de todas as licenças, autorizações, outorgas e anuências
ambientais complementares necessárias à implantação do empreendimento, garantindo

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que as gestões necessárias para requerer as mesmas sejam iniciadas com a
antecedência necessária em todos os casos.
Os Relatórios Ambientais a serem elaborados com fins de licenças e autorizações
devem abordar as características do empreendimento, as interferências locais e
principalmente as intervenções previstas na vegetação e em Área de Preservação
Permanente – APP, atendendo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, por intermédio
da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Cetesb, Secretarias Municipais de
Meio Ambiente, Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo –
DAEE, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, Conselho de
Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico – CONDEPHAAT e
Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da
Cidade de São Paulo – CONPRESP.
As autorizações dos órgãos competentes devem encontrar-se no local de obra/ canteiro
de obra. Dentre as licenças e autorizações necessárias, citam-se:
• Licença Prévia e Licença de Instalação – Cetesb: O Relatório solicitando a LP e LI
do empreendimento deve ser elaborado quando as unidades lineares contemplem
diâmetros maiores ou iguais a 1.000 mm, como também para Unidades fixas,
Estação Elevatória de Esgoto – EEE e Estação de Tratamento de Esgoto – ETE. Os
empreendimentos lineares com diâmetro inferior a 1.000 mm, e que estejam
interligados ao trecho com diâmetro maior ou igual a 1.000 mm, também deverão
estar contemplados no Relatório Ambiental.
• Autorização para Supressão de vegetação
• Licença para porte e uso de moto serras junto ao órgão ambiental competente –
IBAMA.
• Licença para transporte de material lenhoso - DOF
• Área devidamente licenciada junto ao órgão ambiental para disposição final de
resíduos.
• Material de construção civil a ser empregado nas obras deverá ser proveniente de
áreas devidamente licenciadas e autorizadas (caixa de empréstimos, jazidas, etc.)
• Obter antes do início das obras, o respectivo alvará para o canteiro de obras, emitido
pela Prefeitura Municipal ou órgão competente.
• Aprovação do Plano de Controle de Tráfego pelo órgão municipal pertinente,
previamente as obras.
• Autorização de interferências com infraestrutura de serviços públicos, respectivas
anuências junto aos órgãos/concessionárias responsáveis.
• Autorização para operação de máquinas em horários específicos nos locais de
adensamento com população residente próxima, quando necessário.
• Autorizações do Iphan e outros órgãos de proteção ao patrimônio cultural. A
realização dos serviços arqueológicos permitirá a obtenção junto ao IPHAN da
Autorização necessária para a implantação do empreendimento. Deverá ser
apresentada a Ficha de Caracterização da Atividade – FCA, conforme Instrução
Normativa 01/2015 do IPHAN, para aprovação e/ou revisão, se necessário. A FCA
deverá classificar o empreendimento conforme os Itens 65 a 70 – Infraestrutura
Urbana, Sistemas de Abastecimento/Distribuição/Coleta de água e Esgotamento
Sanitário – do Anexo II da Instrução Normativa, que tem Nível de Classificação
variando entre Não se Aplica – NA, Nível I e Nível II, conforme anexo I da IN. Nos
casos em que a classificação se dê nos níveis I e II, deverá apresentar relatório com
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54
a previsão das atividades necessárias para a etapa de obras e incluir estas ações e
respectivos custos inerentes no pacote de obras a ser objeto de licitação pela
Sabesp.
• Outorgas do Departamento de Água e Energia Elétrica – DAEE para cruzamento de
corpos hídricos, captação de água superficial ou subterrânea, lançamento de
efluentes, e rebaixamento de lençol freático quando necessário, junto ao DAEE.
Para a implantação de empreendimentos lineares cuja tubulação subterrânea
necessite atravessar cursos d’água, canalizados ou não, deverá ser elaborada para
o DAEE a seguinte documentação: Preencher o “Requerimento de Dispensa de
Outorga de Travessia Subterrânea” para cada travessia prevista no
empreendimento. Também deverá ser apresentado o “Requerimento de Outorga de
Autorização de Implantação de Empreendimento” ´preenchido com a relação de
todas as travessias previstas. Relatório para o DAEE, contemplando texto com o
resumo do empreendimento previsto, mencionando também as bacias hidrográficas
afetadas, a interligação do novo empreendimento com o sistema existente e para
qual sistema de tratamento serão direcionados os esgotos. Travessias aéreas de
cursos d’água deverão apresentar no Relatório, além do Anexo, o respectivo estudo
hidrológico. Para outras interferências não dispensadas de outorga ou uso de corpos
hídricos, deverá ser elaborado o material atendendo a situação específica, o
preenchimento do respectivo Anexo e a apresentação de todos os documentos nele
exigidos.
• Certidão de Uso e Ocupação do Solo / Manifestação Ambiental – Prefeitura
Municipal: os relatórios devem abordar resumidamente o empreendimento,
contendo os desenhos necessários para que a prefeitura possa emitir a Certidão de
Uso e Ocupação do Solo, e ou a Manifestação Ambiental, dependendo do
empreendimento e atendendo a resolução CONAMA 237 artigos 10º e 5º.
• Intervenção em Área de Proteção de Mananciais – APM - Cetesb / Intervenção em
Área de Preservação Ambiental – APA – Cetesb. Para os empreendimentos
localizados dentro dos limites dessas áreas ambientalmente protegidas, deverá ser
elaborado estudo específico abordando as características do empreendimento e
atendendo a legislação da Cetesb. Além da APM, o Relatório deverá seguir a
orientação mencionada neste Termo de Referência para LP, LI, Autorização em APP
e Remoção de Vegetação, além de apresentar os desenhos, planta da Emplasa, e
outros documentos que forem necessários. Em caso de intervenção em APA em
que a administração da unidade se manifeste durante o processo de licenciamento
ambiental, quaisquer exigências de cuidados ambientais e serem tomados durante
a fase de obras deverão ser quantificados e incorporados ao pacote a ser objeto de
licitação pela Sabesp.
• Intervenção em Área Contaminada – Cetesb: Deverá pesquisar junto à Cetesb a
existência de área(s) contaminada(s) cuja pluma venha a interferir com o
caminhamento ou localização das unidades previstas. Caso exista interferência o
projeto deverá ser alterado, para que não haja necessidade de uma série de
medidas de remediação, a serem elaboradas e analisadas pela Cetesb, cuja
aprovação é condicionada à obtenção do licenciamento. Deverá ser comprovada
formalmente a realização da pesquisa não somente pelo Site da Cetesb, mas
também diretamente nas Unidades da Cetesb que possuam informações ou
processos das áreas declaradas contaminadas, que possam interferir com o
caminhamento proposto pelo projeto. Caso não exista alternativa de traçado, ou haja
interferência em áreas suspeitas de contaminação, deverá prever a realização de
avaliações detalhadas durante a fase de obras, incluindo, se necessário, sondagens
e análises de água e solo, visando à apresentação relatórios para a Sabesp e Cetesb

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da influência da obra em uma possível pluma de contaminação, bem como os
cuidados inerentes a segurança dos trabalhadores durante a execução das obras
em áreas com contaminação. Todas as ações e custos destas atividades deverão
ser quantificados e incorporados ao pacote a ser objeto de licitação pela Sabesp.
• Autorização para Intervenção em Área de Preservação Permanente - APP e/ou
Remoção de Vegetação – Licenciados na Cetesb. Os empreendimentos localizados
na RMSP e que interfiram em Área de Preservação Permanente – APP, ou em razão
do caminhamento necessitem da supressão de vegetação, deverão ser analisados
pelas Agências Ambientais da Cetesb na RMSP. O Relatório deverá ser elaborado
atendendo as exigências da legislação para obtenção da Autorização de Intervenção
em APP e/ou supressão de vegetação. Nos desenhos do caminhamento de
empreendimentos lineares, na escala 1:10.000, deverão ser identificados os limites
das faixas de APP, assim como as intervenções em APP em áreas permeáveis e
impermeáveis. A identificação dessa característica do recobrimento do solo deverá
ser contemplada em tabela específica de intervenção, fazendo parte do Relatório.
Em seguida à apresentação da tabela, deverá ser informado o cálculo da
compensação ambiental atendendo a Resolução SMA 07/2017. No caso de obras
lineares por método não destrutivo, a área a ser considerada como interventiva será
a que está prevista para a implantação do poço de serviço. A implantação das obras
lineares por método não destrutivo e que não interfiram com a superfície, não
deverão ser consideradas mesmo estando dentro da APP.
• Autorização para Intervenção em Área de Preservação Permanente - APP e/ou
Remoção de Vegetação emitidas pelas Secretarias Municipais na RMSP. Os
empreendimentos previstos nos municípios da RMSP, os quais possuam
competência administrativa para efetuarem o licenciamento ambiental municipal de
acordo com a Deliberação CONSEMA Normativa 01/2014, deverá atender a
legislação específica elaborando relatório visando a autorização municipal.
As áreas de apoio às obras podem incluir as seguintes instalações cujo licenciamento
será exclusivamente de responsabilidade das construtoras contratadas:
• Canteiro principal de obra;
• Oficinas de manutenção;
• Almoxarifados / áreas para depósito de insumos isoladas do canteiro de obra;
• Áreas para estocagem de materiais de construção ou equipamentos;
• Pátios de armação;
• Pátios de carpintaria;
• Laboratórios;
• Pátios de pré-moldados;
• Centrais de concreto;
• Centrais de britagem;
• Usinas de asfalto;
São necessários os procedimentos a seguir para controle das licenças ambientais e
autorizações:
• Atender as condicionantes ambientais previstas na LI.
• Verificar periodicamente os atendimentos às licenças/autorizações e respectivos
vencimentos para renovação em tempo hábil.
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• Desenvolvimento de um sistema com cronograma e controle de licenças
automatizado

Subprograma Código de Conduta


A ética é ideal de conduta humana que orienta cada ser humano em sua decisão sobre
o que é bom e correto para si e para sua vida em relação a seus semelhantes, visando
o bem comum. A ética pessoal e a ética empresarial são inseparáveis para garantir a
boa prática e conduta na implantação de projetos. A Sabesp adota princípios e condutas
éticas, incluindo o combate a toda e qualquer forma de fraude e corrupção faz parte da
cultura da Sabesp, o que reflete na sua identidade organizacional.
A adoção dos princípios e condutas éticas do código é fundamental para garantir que a
empresa, seus dirigentes e empregados atuem de forma integrada e coerente na
condução de suas relações e negócios com diferentes públicos: clientes, acionistas,
investidores, fornecedores, parceiros, terceiros, governo, comunidade e sociedade em
geral.
Como objetivo, o código de conduta deve ser padrão de conduta pessoal e profissional
para todos os empregados, colaboradores e dirigentes, independentemente do cargo,
função que ocupem ou forma de contratação, no relacionamento interno e externo com
clientes, acionistas, investidores, fornecedores, parceiros, terceiros, governo,
comunidade e sociedade em geral. Deve fortalecer o comportamento ético, legal e
transparente, pautado em valores incorporados por todos, por serem justos e
pertinentes, reduzindo a subjetividade das interpretações pessoais sobre princípios
morais e éticos. Deve, também, fortalecer a imagem da Sabesp e de seus empregados
junto aos seus públicos de relacionamento, e ser referência no combate a todas as
formas de fraude, corrupção e atos lesivos à administração pública, em especial as
previstas nas leis anticorrupção nacional e estrangeiras.
O código de conduta deve contemplar as seguintes diretrizes a serem adotadas pela
Sabesp e, consequentemente, por todos os empregados, dirigentes e terceirizados
contratados na fase de obra:
• Respeito à sociedade e ao cliente
• Oferecer produtos e serviços com qualidade e com tarifas adequadas.
• Promover o desenvolvimento sustentável, a educação e a consciência ambiental,
zelar pela proteção, preservação e recuperação dos recursos hídricos e do meio
ambiente, para as presentes e futuras gerações.
• Promover a equidade de oportunidades, respeito às diversidades e desenvolvimento
profissional. Estabelecer relações de confiança e estímulo à participação por meio
da comunicação e da integração.
• Agir com justiça, legalidade, coerência, transparência, ética e honestidade em todas
as práticas e decisões.
• Atuar com profissionalismo, agilidade, eficácia, garantindo a qualidade de
processos, serviços e produtos. Valorizar os conhecimentos compartilhados,
proatividade, criatividade, inovação, simplicidade e flexibilidade na busca de
soluções.
• Atuar com consciência cidadã e responsabilidade na promoção do bem público.
• Desenvolver suas atividades com base nos princípios da prevenção e da precaução
ambiental, na busca da melhoria contínua, não promovendo práticas que coloquem
em risco o meio ambiente.

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• Promover a Educação Ambiental junto aos diversos públicos de relacionamento e
da sociedade em geral.
• Alcançar e superar os padrões de conformidade legal, criando e agregando valor ao
negócio.
• Ser responsável com o saneamento e a salubridade
• Atender às solicitações e reclamações de seus clientes com a devida qualidade.
• Respeitar a diversidade de seus diferentes públicos, assumindo o compromisso de
exercer suas atividades de forma isenta e imparcial, sem favorecimento de qualquer
ordem, livre de preconceito e de qualquer tipo de fraude, corrupção e prática de atos
lesivos à administração pública nacional e estrangeiras.
• Divulgar informações transparentes e objetivas, para seus clientes, acionistas e
investidores, preservadas as informações confidenciais, assim classificadas em lei
ou decorrentes de preceitos de saúde pública.
• Manter canais abertos com a imprensa, redes sociais e com os diversos segmentos
da sociedade.
Os empregados, dirigentes e demais colaboradores devem cumprir ainda as seguintes
condutas:
• Cumprir as instruções normativas da organização e de preceitos legais, assumindo
o compromisso de comunicar e zelar pela disseminação desse conhecimento e
orientação dos trabalhos.
• Ser responsável pela saúde e segurança das pessoas que trabalham para a
organização, por meio do cumprimento de leis e normas internas relativas à
Medicina e Segurança do Trabalho, de forma a preservar um ambiente sadio e com
qualidade de vida para os trabalhadores.
• Exercer a função sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer
outras formas de discriminação.
• Exercer sua função garantindo um ambiente livre de constrangimento moral ou
sexual de qualquer ordem.
• Divulgar informações que contribuam para a qualidade do trabalho ou de caráter
institucional de interesse do empregado.
• Garantir a confidencialidade de todas as informações sob sua responsabilidade e de
proteger segredos industriais, dados sigilosos ou privados.
• Os bens, equipamentos, serviços e meios de comunicação devem ser utilizados de
forma a preservar os trabalhadores.
• Não contrariar orientações internas ou prejudicar os interesses do trabalho e da
empresa.
• Não utilizar bens, serviços e colaboradores para fins particulares
• Devem exercer suas funções e atividades de forma ética e transparente, garantindo
um ambiente livre de qualquer favorecimento para si ou para outrem, combatendo
qualquer forma de suborno, corrupção, propina e atos lesivos à administração
pública nacional e estrangeira.

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Subprograma Treinamento e Capacitação
O Programa de treinamento e capacitação pela mobilização da mão de obra no início
da implantação dos projetos, e sua consequente desmobilização ao final do período, é
de extrema importância diante da necessidade de capacitar trabalhadores da obra,
quanto para promover trabalhadores mais preparados ao mercado de trabalho. Tais
treinamentos já ocorrem normalmente, conforme o Documento Orientador para
Implementação dos Planos de Gestão de Obras da Sabesp.
Um dos objetivos principais do Programa é o de estabelecer diretrizes para se proceder
à mobilização com vistas a potencializar ao máximo os efeitos positivos da geração de
emprego para o município de inserção, assim como, minimizar os efeitos negativos da
desmobilização, sobretudo, quando da conclusão das obras civis.
Este programa possui, ainda, os seguintes objetivos.
• Estabelecer mecanismos para se proceder à mobilização e habilitação da mão de
obra, visando maximizar seu aproveitamento nas obras. Espera-se, com isso, gerar
trabalho e renda para a população local e minimizar as possíveis interferências
negativas oriundas da atração de população externa;
• Estabelecer mecanismos, juntamente com entidades e autoridades locais, para
minimizar os efeitos decorrentes da liberação de trabalhadores, após o término das
obras.
Procedimentos e Diretrizes
Os funcionários contratados devem receber cursos de capacitação bem como
atividades educativas e preventivas sobre segurança e medicina do trabalho, saúde,
higiene, conduta e relacionamento social, além de orientações sobre o uso, a
manutenção e a limpeza dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e
treinamentos de meio ambiente e preservação ambiental e patrimonial.
Deverá ser realizado treinamento ambiental com palestras sobre meio ambiente e
adequado ao nível educacional de cada grupo. O treinamento específico do pessoal
encarregado da segurança dos usuários e de orientação aos moradores do entorno
também deve ser realizado.
A capacitação dos trabalhadores responsáveis pela operação com produtos perigosos
também deve envolver este tema.
Todos os trabalhadores envolvidos com a implantação das obras deverão receber
treinamento e conscientização ambiental, no que se refere às medidas, aos cuidados e
aos procedimentos de controle ambiental a serem observados durante a execução das
obras, bem como, sobre a sua conduta no relacionamento com a comunidade do
entorno, de modo a evitar eventuais conflitos. As empresas deverão dar preferência à
contratação de mão de obra local e oferecer oportunidade de trabalho para mulheres
em variados postos da execução da obra.
O treinamento deverá fornecer, para todos os funcionários, informações úteis com
respeito aos assuntos, conforme apresentado no Anexo 1. A seguir, alguns itens
básicos a serem abordados no treinamento:
• Aspectos pertinentes da legislação ambiental;
• Prevenção de incêndios;
• Procedimentos para situações de emergência (acidentes, incêndio etc.);
• Cuidados com a vegetação e fauna;

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• Cuidados com o patrimônio histórico e arqueológico;
• Coleta, acondicionamento, armazenamento e destinação final de resíduos sólidos;
• Informações sobre animais peçonhentos;
• Utilização de equipamentos de segurança;
• Prevenção e controle de erosão; e,
• Prevenção à poluição e contaminação dos recursos hídricos etc.

Subprograma Gestão de Áreas Contaminadas


A implantação de qualquer empreendimento novo em dado terreno poderá atingir áreas
contaminadas por atividades poluidoras atuais ou pretéritas, sendo necessário um
devido controle do material eventualmente existente nestes locais para evitar maior
poluição do ambiente local, bem como afetar a saúde de trabalhadores das obras ou
moradores locais durante a fase de implantação.
Como procedimento padrão adotado pela Sabesp, é realizada uma pesquisa prévia de
áreas contaminadas junto à Cetesb na área de interferência do empreendimento com
respectiva avaliação de possibilidade de alteração do projeto, quando aplicável, para
evitar tais interferências em áreas contaminadas.
Além disso, este é um tema abordado no PGA Sabesp e abordado, quando pertinente,
nas ações de destinação adequada de resíduos.
Dessa forma se apresenta aqui procedimentos minimamente necessários para a
identificação e avaliação de áreas contaminadas, indicando os procedimentos a serem
executados.
Os projetos deverão considerar os resultados destes estudos e, caso necessário,
redimensionar os locais de implantação de estruturas, os serviços de escavações, os
processos de bombeamento de efluentes para possível rebaixamento de nível d’água
local e a destinação de materiais.
A partir da identificação de eventual área contaminada deverão ser definidos os métodos
construtivos mais adequados no projeto executivo, visando minimizar os impactos ao
meio ambiente, custos e prazos de intervenções de obras, considerando os possíveis
riscos de exposição dos trabalhadores.
Os relatórios deverão ter anuência da Cetesb, assim como a rotina de envio de
documentos de acompanhamento e controle ambiental de obras. O licenciamento das
etapas posteriores de obra, onde houver evidência de contaminação e poderá
apresentar condicionantes ao prosseguimento das mesmas.
Inicialmente, a Sabesp deverá preparar o Relatório de Avaliação Preliminar de Áreas
Contaminadas, que indicará a necessidade ou não de se aprofundar as pesquisas.
A metodologia a ser aplicada na Avaliação Preliminar deverá atender as orientações do
Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas da Cetesb5, que contempla
“Procedimento para o Gerenciamento de Áreas Contaminadas”, contendo, no mínimo,
os itens apresentados a seguir:
Estudos Preliminares:

5O referido manual é responsabilidade da Cetesb que estabelece procedimentos adequados e


em linha com as tecnologias mais recentes; tal manual poderá ser eventualmente modificado,
sendo que a Sabesp deverá seguir a legislação nacional sobre o assunto.
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• Levantamento histórico do uso e ocupação do solo da área de intervenção e um
envoltório de 500m;
• Análise multitemporal de imagens históricas, visando à identificação de fontes
pretéritas com potencial de contaminação;
• Coleta de dados existentes e produção de dados adicionais em campo;
• Inspeção de reconhecimento da área, com levantamento de informações coletadas
em entrevistas com moradores do entorno;
• Indicação das fontes potenciais e bens a proteger identificados, apresentando
figuras e mapas em escalas adequadas (envoltória de 500 m);
• Elaboração do modelo conceitual, o qual deverá apresentar um relato escrito e/ou
representação gráfica da área estudada, do meio físico e dos processos físicos,
químicos e biológicos que determinam o transporte de contaminantes da(s) fonte(s)
por meio dos meios que compõem este sistema, até os potenciais receptores dentro
deste sistema. Este modelo deverá ser base para a classificação da área de estudo;
• Elaboração de um Plano de Investigação quando houver necessidade de
prosseguimento nos estudos ambientais por meio de uma Investigação
Confirmatória da área de estudo, contemplando a localização das Áreas Suspeitas
identificadas e indicando a quantidade de sondagens e poços de monitoramento a
serem realizados, bem como os parâmetros pertinentes a investigação proposta.
Este plano deverá ser embasado no Modelo Conceitual apresentado pela
construtora/projetista.
Acompanhamento em Obras:
Mesmo após o levantamento preliminar, as obras poderão atingir áreas contaminadas,
dessa forma é importante um sucinto conjunto de ações para que se evitem acidentes
e contaminações:
• Os trabalhadores deverão receber treinamento básico para identificar materiais
contaminantes – óleos, odores, etc.
• Caso aja possibilidade de materiais contaminados, a frente de obra deverá ser
momentaneamente paralisada e o responsável deverá avaliar a situação.
• Em se constatando a existência de contaminante, a Sabesp deverá ser
imediatamente comunicada para iniciar um procedimento de levantamento da
extensão contaminada, bem como os procedimentos que possibilitem a retomada
da obra de forma segura.
Evidentemente, as ações orientadas pelos procedimentos previstos no citado Manual
podem ser diferentes de acordo com cada situação e conforme estabelecido entre a
Cetesb e Sabesp para o caso de necessidade de mitigação ou remediação.

Subprograma Recomposição de Áreas Utilizadas/Degradadas


Este tem por objetivo estabelecer procedimentos para utilização de recursos naturais
necessários às obras, como áreas de exploração mineral, áreas de empréstimo e de
bota-fora. Na recuperação de áreas degradadas devem ser consideradas na elaboração
de projetos de bota-foras, dispositivos de drenagem e revegetação, de maneira a evitar
o carreamento de solos para a rede de drenagem.
A desativação das frentes de obras ocorrerá somente quando forem encerradas todas
as atividades previstas nos projetos e adotadas todas as medidas de mitigação, e
recuperação das áreas diretamente afetadas, incluindo a área das obras, as áreas de

Programa de Despoluição do Rio Tietê IV


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apoio e os caminhos de serviço. Ao final das obras todas as áreas utilizadas durante a
construção deverão estar completamente limpas, recuperadas e, se necessário,
vegetadas.
Em todo local que houver deposição acentuada de material que comprometa as
condições naturais da drenagem e com possibilidades de danos à vegetação ou
obstrução do sistema de drenagem pré-existente ou recém-construído, esse obstáculo
deverá ser removido com o uso de métodos manuais ou mecânicos. A remoção terá
como objetivo devolver, na medida do possível, as drenagens às suas condições
naturais.
Deverá ser efetuada a limpeza geral de todas as áreas afetadas, inclusive a remoção
de restos de obra, entulho, materiais contaminados e outros. Todos os materiais
oriundos da limpeza e demolição, para liberação da área das obras, deverão ser
encaminhados para locais de disposição final, adequados e licenciados. As vias
utilizadas pelas obras devem ser devolvidas à normalidade, no mínimo, em condições
de uso compatível com a sua situação antes do início das obras. De acordo com o
estado das áreas utilizadas, poderão ser necessários serviços de recuperação do
pavimento, das calçadas, da sinalização e do sistema de drenagem. Deverá ser
realizada a remoção da sinalização da obra, incluindo a reinstalação ou recuperação da
sinalização normal nos casos das vias locais utilizadas.

Subprograma Tratamento de Efluentes


Devem ser adotadas medidas e procedimentos técnicos visando a coleta, o tratamento
e a disposição final dos efluentes líquidos a serem gerados no Canteiro de Obras e
demais instalações industriais e de serviços, associadas à execução das obras, de
forma a garantir o atendimento às disposições legais vigentes, notadamente no tocante
aos padrões de lançamento. Outro aspecto a ser equacionado neste diz respeito à
geração de resíduos sólidos domésticos e industriais que deverão merecer adoção de
medidas adequadas de coleta e disposição, estando prevista, pelo baixo volume gerado
a destinação dos resíduos domésticos para a unidade existente no município.
Deve ser feito o controle de contaminação de produtos perigosos incluindo o correto
armazenamento de produtos perigosos, a instalação de diques de contenção para
incidentes que resultam em eventuais vazamentos.
Devem ser utilizados dispositivos e/ou elementos de absorção para eventuais
vazamentos de maquinas e equipamentos além de separador de água e óleo nos
lavadores de máquinas, armazenamento adequado do óleo utilizado e destinação final
para empresas recicladoras.

Subprograma Proteção às Áreas Legalmente Protegidas


Os canteiros e caminhos de serviços deverão respeitar os limites relativos às áreas
legalmente protegidas ou habitats considerados críticos de acordo com a Politica OP-
703/B.9 do BID (APP de rios). Qualquer intervenção específica em APP deverá ser
previamente autorizada pela Cetesb, conforme a legislação vigente.
Neste sentido, este programa estabelece a necessidade da compensação ambiental
pela intervenção em APPs, devendo ser seguidos os procedimentos estabelecidos pela
legislação vigente e pela Cetesb.

Subprograma Implantação, Operação e Encerramento de Canteiro de Obras


As diretrizes para o Canteiro de Obras estão previstas no PGA Sabesp e contemplam,
entre outros, os seguintes aspectos:

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• Critérios para a escolha do local para a implantação do(s) canteiro(s) de obras;
• Definição da infraestrutura necessária quanto à drenagem superficial, sistema de
tratamento de efluentes (esgotos sanitários, efluentes da lavagem de veículos,
drenagem de oficinas, etc.);
• Programa de gestão de resíduos sólidos da obra, sob responsabilidade da(s)
construtora(s);
• Tratamento das vias de circulação interna do canteiro de obras;
• Procedimentos para a recomposição da área após o término das obras e
encerramento das atividades do canteiro.
• No caso de haver alojamento de trabalhadores no local da obra (seja através de
alojamento “in situ” ou em casas alugadas nas proximidades da obra) o alojamento
deve obedecer ao estabelecido na NR-18 com a redação atualizada através das
Portarias SIT (Serviço de Inspeção do Trabalho).

Subprograma Exploração de Jazida e Áreas de Empréstimo


Cabe à empresa construtora apresentar o plano de uso de áreas de empréstimo, já
devidamente licenciadas. Será necessária a exploração de jazidas de areia e cascalho,
estas serão objeto de licenciamento ambiental específico sob responsabilidade das
empreiteiras, que deverão seguir as seguintes diretrizes:
• Elaborar projeto definindo o plano de exploração, volume do material a ser retirado
e a configuração topográfica dos taludes finais da escavação. O projeto deverá
contemplar, ainda, todas as medidas necessárias para recomposição da área após
o término da sua exploração;
• Promover estudos criteriosos quanto à localização das áreas de empréstimo,
evitando as áreas muito inclinadas e propensas aos problemas de estabilidade de
encostas, bem como áreas com a presença de cobertura vegetal significativa;
• Durante todo o período de utilização da Área de Empréstimo deverão ser
observadas as medidas de controle de erosão e assoreamento.
No final da exploração, as áreas utilizadas serão tratadas de maneira adequada à sua
destinação final. Caso não exista destinação final definida, a área deverá receber
tratamento com cobertura vegetal para proteção do solo.

Subprograma Utilização de Depósito de Material Excedente


Conforme anteriormente apontado o material que será escavado para execução das
estruturas de concreto deve ser utilizado diretamente na construção de aterros,
minimizando a necessidade de utilização de depósitos de material excedente. Toda a
área será determinada previamente ao início dos trabalhos e preparada para depósito,
com raspagem e enleiramento do material vegetal que, uma vez preservado, será
utilizado posteriormente em locais adequados, tão logo sejam concluídas as obras.
Cabe à empresa construtora obter à autorização de uso do DME.
O material de bota fora será constituído por solos e material rochoso. São resíduos
formados essencialmente de materiais inertes, sem potencial de poluição, considerados
como de classe II B, conforme classificação estabelecida pela Norma da ABNT NBR
10004:2004.

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Subprograma Controle de Processos Erosivos
Tem por objetivo a identificação e análise das causas e situações de risco, quanto à
ocorrência de processos de erosão e instabilidade, de maneira a prevenir situações que
possam vir a comprometer corpos hídricos ou gerar riscos à população e trabalhadores.
Deverão ser previstas medidas de implantação de sistemas de drenagem superficial, a
proteção de taludes, bem como a adoção de mecanismos de dissipação de energia das
águas fluviais, tais como: caixas de dissipação, bacias de retenção; todas associadas
ao sítio onde serão implantadas as obras. Os custos para execução destas ações já
devem ser incorporados ao custo total das obras e, basicamente, envolvem a adoção
de técnicas de engenharia construtiva adequadas, a maioria das quais já previstas em
projeto.
Os procedimentos de controle ambiental de serviços de terraplenagem e drenagem
incluirão a adoção de medidas preventivas, mitigadoras e corretivas para o controle de
erosão e assoreamento de cursos d’água ou de redes de águas pluviais existentes, que
poderão ser afetadas pelas obras. Esses procedimentos serão de aplicação não
somente nas frentes das obras principais, mas também em áreas de empréstimo,
depósitos de materiais excedentes e acessos provisórios. Entre outras, deverão ser
previstas as seguintes diretrizes:
• Reduzir ao mínimo possível as áreas com solo exposto e, quando necessário,
deverão ser previstas medidas de proteção deste solo exposto e/ou instalação de
medidas para retenção de sedimentos;
• Implantar dispositivos de drenagem provisória de forma a permitir que as águas
escoem sem o surgimento de processos erosivos e carreamento de material para
os locais com as cotas mais baixas;
• Corrigir ou estabilizar, no menor prazo possível, todas as feições erosivas surgidas
na área de terraplanagem ou que, de alguma forma, se originaram das alterações
ocasionadas pelas obras;
• Limpar e manter os dispositivos de retenção de sedimentos instalados.
• Implantar estabilização emergencial e recuperação da área com processos erosivos
• Implantar dispositivos provisórios de contenção e de direcionamento de águas
pluviais
• Remover solos carreados em área de terceiros
• Verificar a destinação correta do material inservível (solo) proveniente das
escavações das valas para áreas de bota-fora devidamente licenciados.
Nos trabalhos realizados em valas podem ocorrer acidentes devido, principalmente, a
deslizamentos de terra com consequentes soterramentos. Por isto, é necessário adotar
medidas que garantam a segurança, levando em conta, principalmente, o conjunto de
esforços sobre as contenções. Este trabalho tem como objetivo discutir e propor
soluções seguras para o dimensionamento e a execução de contenções em valas
destinadas à instalação de coletores tronco.
Os riscos mais comuns à ruptura ou desprendimento de solo e rochas devem-se a:
• Sobrecargas nas bordas dos taludes;
• Execução de talude inadequado;
• Aumento da umidade do solo;
• Falta de estabelecimento de fluxo;

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• Vibrações na obra e adjacências;
• Realização de escavações abaixo do lençol freático;
• Realização de trabalhos de escavações sob condições meteorológicas adversas;
• Interferência de cabos elétricos, cabos de telefone e de redes de água potável e de
sistema de esgoto;
• Obstrução de vias públicas;
• Recalque e bombeamento de lençóis freáticos;
• Falta de espaço suficiente para a operação e movimentação de máquinas.
Medidas Preventivas:
• O projeto executivo de escavações deve levar em conta as condições geológicas e
os parâmetros geotécnicos específicos do local da obra, tais como coesão e ângulo
de atrito. Variações paramétricas em função de alterações do nível da água e as
condições geoclimáticas devem ser consideradas.
• Recomenda-se o monitoramento de todo o processo de escavação, objetivando
observar zonas de instabilização global ou localizada, a formação de trincas, o
surgimento de deformações em edificações e instalações vizinhas e vias públicas.
• Nos casos de risco de queda de árvores, linhas de transmissão, deslizamento de
rochas e objetos de qualquer natureza, é necessário o escoramento, a amarração
ou a retirada dos mesmos, devendo ser feita de maneira a não acarretar obstruções
no fluxo de ações emergenciais.
• As escavações com mais de 1,25 m (um metro e vinte e cinco centímetros) de
profundidade devem dispor de escadas de acesso em locais estratégicos, que
permitam a saída rápida e segura dos trabalhadores em caso de emergência.
• As cargas e sobrecargas ocasionais, bem como possíveis vibrações, devem ser
levadas em consideração para a determinação das paredes do talude, a construção
do escoramento e o cálculo dos seus elementos estruturais.
• O material retirado das escavações deve ser depositado a uma distância mínima
que assegure a segurança dos taludes
• Devem ser construídas passarelas de largura mínima de 0,80 m (oitenta
centímetros), protegidas por guardacorpos com altura mínima de 1,20 m (um metro
e vinte centímetros), quando houver necessidade de circulação de pessoas sobre
as escavações.
• Devem ser construídas passarelas fixas para o tráfego de veículos sobre as
escavações, com capacidade de carga e largura mínima de 4 m (quatro metros),
protegidas por meio de guarda corpo. A estabilidade dos taludes deve ser garantida
por meio das seguintes medidas de segurança: O responsável técnico deverá
buscar a adoção de técnicas de estabilização que garantam a completa estabilidade
dos taludes, tais como retaludamento, escoramento, atirantamento, grampeamento
e impermeabilização.
• Devem ser evitados trabalhos nos pés de taludes sem uma avaliação prévia pelo
responsável técnico, pelos riscos de instabilidade que possam apresentar. A
existência de riscos constitui impedimento à execução dos trabalhos, até que estes
sejam eliminados.
• Nas escavações em vias públicas ou em canteiros, é obrigatória a utilização de
sinalizações de advertência e barreiras de isolamento. Alguns tipos de sinalização
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comuns: cones, fitas, cavaletes, pedestal com iluminação, placas de advertência,
bandeirolas, grades de proteção, tapumes, sinalizadores luminosos.

Subprograma Guia recomposição florestal e paisagístico.


Os programas definidos para o atendimento dos impactos das obras incluem medidas
mitigadoras e compensatórias para o replantio/revegetação, bem como
potencializadoras das condições desejáveis do meio ambiente original, e atender a
Salvaguarda B9/703 que proíbe a utilização de espécies invasoras no ambiente. São
estruturados e especificados conforme os objetivos comuns e medidas necessárias, ou
seja, no planejamento e implantação das medidas, busca-se otimizar o ganho ambiental,
estabelecendo, sempre que possível, sinergismos entre as espécies e, ainda, com os
elementos que compõem a paisagem atual. Devem ser levados em consideração as
tipologias e os estágios de regeneração das formações encontradas na área de
influência das obras.
As medidas propostas são definidas considerando a diferenciação dos ecossistemas
entre aqueles tipicamente terrestres e os de transição e aquático. Também devem ser
consideradas as tipologias e os estágios de regeneração das formações encontradas
na bacia hidrográfica e bioma.
Este congrega medidas que envolvem plantio de vegetação, incluindo trabalhos de
paisagismo, eventualmente necessários nas áreas afetadas por obras. Estas medidas
deverão atender aos impactos de supressão de vegetação de ecossistemas terrestres,
redução de diversidade em ambientes terrestres e destruição de habitats terrestres,
além de recuperação de APP’s quando necessário.
A revegetação tem como objetivo básico incrementar a presença de formações
florestais, proporcionando uma melhoria na paisagem, pelo restabelecimento da
cobertura vegetal em locais onde seu papel funcional é oportuno, quer seja dando
condições de suporte à fauna, quer seja na proteção do solo e dos corpos d’água contra
processos erosivos. Também devem considerar as árvores isoladas que proporcionam,
beleza paisagística, redução da ilha de calor, melhoria na qualidade do ar e atração de
espécies da avifauna.
Procedimentos e Diretrizes
As atividades envolvidas na implantação desta medida devem ser iniciadas juntamente
com as obras de implantação do empreendimento, face ao tempo necessário para o
desenvolvimento das mudas em formação vegetal. Para se obter um maior ganho
ambiental, os terrenos escolhidos para a revegetação devem considerar
estrategicamente a posição de fragmentos vegetais remanescentes e áreas mais
susceptíveis aos processos erosivos.
Os projetos de recomposição vegetal devem atender às orientações e diretrizes contidas
na Resolução SMA nº 32 de 03 abril de 2014, bem como demais medidas de
recuperação ambiental constantes no Termo de Compromisso de Recuperação
Ambiental – TCRA ou no Termo de Compromisso Ambiental- TCA referente à
compensação ambiental.
Igualmente eventuais projetos paisagísticos que se façam necessários não poderão
inserir espécies invasoras e, sempre que possível, utilizar espécies nativas.

Subprograma Gestão do Sistema Viário, Transporte de Equipamentos e


Segurança Comunitária
Deverá ser desenvolvido um Plano de Tráfego para cada projeto, nas quais constarão
os trajetos a serem utilizados para transporte de material de construção, material de

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empréstimo e bota-fora, horário e restrições de circulação, entre outros aspectos. O
plano deverá contemplar as interrupções de tráfego e os desvios provisórios e/ou
estreitamentos de pistas e sua respectiva sinalização, de forma a garantir a execução
das obras sem prejudicar as condições de segurança das vias.
Para o sistema de sinalização de trânsito, deverá ser feita a adequação de locais para
tráfego de pedestres com sinalização adequada.
A interferência das obras no sistema viário e interrupções da passagem de pedestres
deverá ser considerada no Plano.
Todas as modificações no sistema de circulação deverão constar em atividades de
comunicação social.
A sinalização das obras deverá envolver questões como isolamento da área,
tapumes/telas, placas de advertência, dispositivos de sinalização noturno, etc.
Os desvios de tráfego deverão ser planejados, divulgados e implantados
adequadamente
Deverá ter adequação de locais para tráfego de pedestres com sinalização adequada.
O estacionamento de veículos da obra deverá estar em local corretamente sinalizado e
reservado.
O tráfego próximo a escavações deve ser desviado e, na sua impossibilidade, a
velocidade dos veículos deve ser reduzida. Devem ser disponibilizadas vias de acesso
separadamente para pedestres e outra para máquinas, veículos e equipamentos
pesados. No estreitamento de pistas em vias públicas, deve ser adotado o sistema de
sinalização, de preferência luminosa, utilizando como referencial o Código Brasileiro de
Trânsito. As escavações devem ser sinalizadas e isoladas de maneira a evitar queda de
pessoas e/ou equipamentos.

Subprograma Gestão de Resíduos


Este subprograma atende à legislação CETESB e à abordagem e exigência do PGA da
Sabesp.
O maior volume de resíduos gerados nas obras do Programa Tietê IV provém de
demolições e da construção das novas infraestruturas e de manejo de solo nas
atividades de escavação e terraplanagem.
Devido a elevada geração de resíduos, a construção civil configura-se como uma
atividade potencialmente degradante ao ambiente. A Gestão de Resíduos da
Construção Civil torna-se indispensável para garantir a correta destinação destes
resíduos, visando a utilização dos recursos empregados nas construções com adoção
de práticas mais sustentáveis.
As obras de escavação e terraplanagem irão gerar quantidade expressiva de resíduos
sólidos de diversas classificações.
Torna-se necessário, portanto, a implantação de um programa que possa gestionar tais
resíduos, evitando-se altos impactos ambientais pelo descarte indevido desses
materiais.
A caracterização é particularmente importante no sentido de identificar e quantificar os
resíduos e, desta forma, propor o planejamento adequado, visando a redução, a
reutilização, a reciclagem e a destinação final.

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Como objetivo específico, cita-se definir critérios para a otimização, redução,
reutilização, armazenamento, manejo, transporte, tratamento e destinação dos
resíduos, visando a melhor gestão e menor impacto deste material.
Este Subprograma é responsabilidade da(s) construtora(s) envolvidas na obra, devendo
ser fiscalizado para Sabesp.
Procedimentos e Diretrizes
Com o objetivo de reduzir a geração dos resíduos da construção civil, a Resolução
CONAMA n° 307 de 2002 indica que os geradores devem visar em primeiro lugar a não
geração de RCC e, na ordem de prioridade, a redução, a reutilização, a reciclagem, o
tratamento dos resíduos e a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
Sendo assim, os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de
resíduos sólidos urbanos, em áreas de vazadouros, em encostas, corpos d'água, lotes
vagos e em áreas protegidas por lei.
O gerenciamento de resíduos da construção civil deve abranger, ainda, o conjunto de
ações exercidas nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação
final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos.
Seguir o recomendado pela ABNT NBRs:
• 10.004:2004 – Classificação de Resíduos Sólidos
• 10.005:2004 – Procedimentos para lixiviação de resíduos
• 10.006:2004 – Procedimentos de solubilização de resíduos
• 10.007:2004 – Procedimentos para amostragem de resíduos
As atividades previstas são:
• Identificação, Segregação e Caracterização do Resíduo
• Quantificação/Inventário Resíduos;
• Amostragem;
• Classificação
• Determinação da alternativa de destinação, tratamento, reutilização,
reprocessamento, reciclagem e disposição;
• Valoração dos Resíduos;
• Avaliação de Fornecedores;
• Manejo e Transporte
Os resíduos gerados deverão ser classificados em uma das categorias descritas a
seguir:
Classe A:
São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
• De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras
de infraestrutura inclusive solos provenientes de terraplanagem;
• De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto
(blocos, tubos, meio-fio etc.) produzidas nos canteiros de obras;
Classe B:

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São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel,
papelão, metais, vidros, madeiras e gesso;
Classe C:
São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação;
Classe D:
São resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas,
solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de
demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros,
bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros
produtos nocivos à saúde.
Dentre as atividades deve-se prever a triagem dos resíduos entre as diferentes classes,
e, ainda, quais resíduos demandam uma separação exclusiva. A segregação é
indispensável, pois, facilita as etapas subsequentes, considerando que este trabalho é
realizado diretamente na fonte de geração, retirando a necessidade de uma segregação
posterior, possivelmente mais onerosa. Além disso, há um ganho de tempo no envio
dos resíduos aos seus tratamentos e destinação final dos rejeitos.
Resíduos Classe A devem ser segregados dos demais. Já para os pertencentes à
Classe B, sugere-se que sejam separados pelo tipo de resíduo, haja vista a possível
necessidade de empresas diferentes responsáveis pelo tratamento e destinação final,
principalmente o gesso, resíduo inicialmente categorizado na Classe C, mas dada a
publicação da Resolução n° 431 de 2011 do CONAMA, passou a integrar a Classe B.
Infelizmente, a Resolução n° 307 de 2002 do CONAMA não dá exemplos de resíduos
Classe C, mas subentende-se que sejam pincéis, lixas sem condições de uso e resíduo
de lã de vidro enquadrados na descrição. Portanto, sugere-se que tais resíduos sejam
segregados dos demais.
Os resíduos perigosos da Classe D, em razão das suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade,
carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à
saúde pública ou à qualidade ambiental, conforme Lei N. 12.305 de 2 agosto de 2010 e
ABNT NBR 10004:2004 (ABNT,2004). Devido a essas características, estes resíduos
devem ser separados dos resíduos não perigosos de modo a evitar a contaminação,
bem como para que não haja o comprometimento de processos como a reciclagem e
eventuais reutilizações.
O acondicionamento deve garantir, conforme planejado na etapa de segregação, a
separação dos resíduos, bem como facilitar o transporte do canteiro de obras para
encaminhamento ao tratamento e destinação final. Os dispositivos definidos para o
acondicionamento devem ser compatíveis com o tipo e quantidade de resíduos, com o
objetivo de evitar acidentes, a proliferação de vetores, minimizar odores, carreamento
Sacarias confeccionadas em material plástico, de tamanho variado, deve ser utilizado
em lixeiras diferenciadas para cada tipo de resíduo. Estes dispositivos devem ser
utilizados para acondicionamento de resíduos Classe B (papéis, plásticos e materiais
leves como fardamentos, luvas, botas). O local de armazenamento deve ser coberto.
Baias móveis ou fixas com divisórias para o acondicionamento temporário deverão ser
utilizadas para resíduos Classe B, C e D.
Caçambas estacionárias com capacidade para cerca de 5 m³ são indicadas ao
acondicionamento de resíduos como os pertencentes à Classe A, além das madeiras,

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classificadas como Classe B. Sua retirada do local deve ser realizada por caminhões-
caçamba.
Nas áreas onde são gerados resíduos com características domésticas, (Classe B),
indica-se a utilização de lixeiras comuns.
A etapa do transporte define-se pela remoção dos resíduos dos locais de origem para
estações de transferências, centros de tratamento ou, então, diretamente para o destino
final. É importante implantar uma logística para o transporte, provendo acessos
adequados, horários e controle de entrada e saída dos veículos que irão retirar os
resíduos devidamente acondicionados, de modo a combater o acúmulo excessivo de
resíduos, melhorando a organização local. As empresas transportadoras devem possuir
licença ambiental para esta atividade específica.
A etapa de tratamento dos resíduos envolve as ações destinadas a reduzir a quantidade
ou o potencial poluidor dos resíduos sólidos, seja impedindo descarte de rejeito em local
inadequado, seja transformando-o em material inerte ou biologicamente estável.
Dadas as prioridades, quando verificadas as alternativas de tratamento para a
reutilização e reciclagem, e por fim resultar nos rejeitos, estes devem ser dispostos.
Os resíduos devem ser tratados de acordo com a classificação:
Classe A
Resíduos de cimento, argamassas e de componentes cerâmicos, para que possam ser
reaproveitados, devem ser enviados até áreas de transbordo e triagem de resíduos da
construção civil e resíduos volumosos. Nestes locais ocorre a triagem, o
armazenamento temporário dos materiais segregados, a transformação ou remoção
para destinação adequada. Também podem ser enviados a aterros de resíduos Classe
A de reservação de material para usos futuros.
No caso de remoção de solos, deve-se dar preferência à utilização na própria obra. Não
sendo possível, pode-se reutilizar na recuperação de solos contaminados, aterros e
terraplanagem de jazidas abandonadas, utilizar em obras que necessitem de material
para aterro, ou, ainda, encaminhar o solo para aterros de resíduos Classe A.
Classe B
Resíduos como metal, plástico, papel, papelão e vidro devem ser encaminhados a
usinas de reciclagem. Quanto às madeiras, deve-se verificar a possibilidade da
reutilização das peças mesmo que tenham sido danificadas, recortando-as
adequadamente de modo a utilizá-las em outros locais. Caso não seja possível a
utilização na própria obra, as madeiras, sem contaminantes como tintas e vernizes,
podem ser destinadas para cogeração de energia ou matéria-prima para outras obras
civis.
Classe C
Os resíduos da Classe C não podem ser reciclados ou recuperados. Devem ser,
portanto, encaminhados a aterros industriais para resíduos não perigosos e não inertes.
Classe D
Os resíduos perigosos devem ser encaminhados para aterros industriais, que têm
tecnologia para minimizar os danos ambientais do passivo.
A amostragem de resíduos sólidos constitui uma operação de fundamental importância,
pois, o resultado de uma análise efetuada na amostra somente tem valor se aquela
porção do resíduo tomada para análise representar o mais fielmente possível a
composição e as propriedades do todo que ela representa.

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A amostragem é importante para se ter uma classificação precisa e adequada do
resíduo, principalmente para se ter certeza daqueles definidos como classe III pela NBR
10.004:2004.
A amostragem deve ser realizada logo após a geração do resíduo, sendo que para
resíduos estocados ao ar livre a coleta deve ser feita a uma profundidade superior a 15
cm.

Subprograma Controle de Contaminação Atmosférica


Este tem por objetivo minimizar as emissões atmosféricas provenientes das operações
dos equipamentos e maquinários durante a execução das obras, bem como a redução
dos níveis de ruído associados às obras. Estão previstas a regulagem e a manutenção
permanente dos equipamentos da central de concreto e dos veículos e máquinas. Está,
também, prevista a adoção de práticas como a aspersão de água nas pilhas de
agregados, nas pistas e em cargas que possam liberar material particulado.
Para evitar a geração de poeira que possa causar incômodos aos usuários das vias e
aos moradores próximos às obras, a(s) construtora(s) deverá(ão) providenciar a
irrigação constante das vias e dos acessos, em períodos secos, sempre que isto se
mostrar necessário, mediante a utilização de caminhões pipas para umectação das vias
afetadas, providos de água de reuso, ou utilização de outros materiais com o mesmo
efeito de supressão de material particulado (por exemplo, cloreto de cálcio, sulfonato de
lignina, emulsões asfálticas, e polímeros especiais).

Subprograma Controle de Ruídos e Vibração


Com relação aos ruídos deverá ser adotada a manutenção preventiva dos
equipamentos e máquinas. Barreiras físicas como tapumes devem ser implantadas para
redução do ruído nas vizinhanças, em casos específicos onde os níveis máximos
permitidos ultrapassarem tempo de ocorrência e decibéis previstos.
Os veículos e equipamentos a serem utilizados nas obras deverão ser objeto de
manutenção periódica para eliminação de problemas mecânicos operacionais, de forma
a manter sob controle a emissão de ruído. Na manutenção deverá ser dada ênfase nas
questões de regulagem das máquinas e equipamentos que produzem ruídos
excessivos, tais como compressores e marteletes.
A operação do canteiro de obras deverá observar a mínima geração de ruído, exigindo-
se da construtora o respeito aos horários de funcionamento, de modo a não incomodar
os moradores que habitam as áreas de entorno da obra. Equipamentos que geram
ruídos elevados tais como serras elétricas, devem ser operados em locais confinados
de forma a reduzir os níveis de ruído.

Subprograma Readequação da Infraestrutura


As interferências para instalação das obras envolvem escavação e a necessidade de
compatibilização dos usos do solo e subsolo urbano, propiciando o restabelecimento
das infraestruturas existentes no local com seu estado de conservação e
funcionamentos adequados.
Com a implantação das obras há a possibilidade de serem afetadas infraestruturas de
abrangência local, com destaque para o sistema viário. Diversas vias de caráter local
serão afetadas, tornando-se necessário estabelecer alternativas que garantam
acessibilidade aos locais afetados.
Incluem-se ainda entre os itens da infraestrutura local, os sistemas de abastecimento
de água e coleta de esgoto, além de linhas distribuidoras de energia elétrica e telefonia.

Programa de Despoluição do Rio Tietê IV


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Deve-se garantir a execução, em tempo hábil, das ações voltadas para a reestruturação
das infraestruturas afetadas, de forma que, quando da entrada em operação das obras
projetadas, as mesmas já estejam adequadas à nova situação, garantindo-se o
cumprimento de suas funções.
Procedimentos e Diretrizes
Na readequação da rede viária local, especial atenção deve ser dada a recomposição
dos acessos e passagens que interligam comunidades ao restante da malha urbana.
As atividades devem estar alinhadas cronologicamente com o PCAO, e são
determinantes para os editais de contratação das construtoras. As atividades básicas
deste programa estão mencionadas a seguir:
a) Cadastramento físico das infraestruturas afetadas;
b) Discussão com as comunidades usuárias das infraestruturas afetadas;
c) Alinhamento e autorizações com as companhias responsáveis pelos serviços,
no caso de interrupção, desvio ou alteração da infraestrutura;
d) Execução das obras de recomposição previstas.

Subprograma de Saúde e Segurança do Trabalhador


O objetivo deste Programa é a redução de riscos e a consequente redução das
condições de acidentes, bem como a garantia das condições de saúde ocupacional e
individual para todos os empregados, durante a execução das obras. Neste sentido
deverão ocorrer campanhas de sensibilização e esclarecimento aos trabalhadores,
envolvendo temas de saúde e segurança no trabalho.
A distribuição e orientação para o uso de Equipamentos de Proteção Individual e
Coletivos (EPIs e EPCs) é indispensável nesta ação.
As construtoras a serem contratadas deverão atender a toda a legislação relativa à
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional, de forma a manter a integridade física
dos trabalhadores, com reflexos positivos sobre a população residente ou usuária do
entorno das obras. Deve envolver os trabalhadores contratados diretamente pelo
empreendedor, construtor, bem como os demais subcontratados.
Para tanto deverá implantar o PCMAT (Programa de Condições de Meio Ambiente e
Trabalho na construção civil), o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO), o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), o Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e
constituir a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
Para a estruturação desses programas e demais providências devem ser obedecidas
as Normas Regulamentadoras (NR’s) do Ministério do Trabalho e Emprego.
Além de assegurar a legalidade das ações de Segurança do Trabalho e Saúde
Ocupacional, este programa visa o controle da qualidade dos ambientes de trabalho,
sob a ótica de higiene, saneamento e segurança de todos os funcionários, à prevenção
de doenças infectocontagiosas e ao controle médico da saúde ocupacional. O PCMAT
deve seguir a NR-18; enquanto o PCMSO e o PPRA deverão ser elaborados de acordo
com as Normas Regulamentadoras NR-7 e NR-9, respectivamente. O SESMT deverá
ser organizado e mantido em funcionamento em conformidade com a Norma
Regulamentadora NR-4 e terá a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade
do trabalhador no local de trabalho. O SESMT deve ser composto de técnicos,
enfermeiras, engenheiros e médico do trabalho, em número suficiente de acordo com o
grau de risco e quantidade de funcionários. Os quadros I e II, desta NR, apresentam,

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72
respectivamente, a classificação do grau de risco de várias atividades econômicas e o
dimensionamento do SESMT. As construtoras a serem contratadas deverão constituir a
CIPA de acordo com a NR-5, que terá como objetivo a prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível o trabalho com a
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
Especial atenção deve ser dada aos procedimentos para análise de risco de trabalho
(ART), para autorização de trabalho e para trabalho confinado, entre outros, além dos
procedimentos requeridos para conformidade com a NR-35 (trabalhos em altura).

Subprograma Sítios Culturais


Durante as obras, áreas com potencial arqueológico poderão sofrer impactos. Dessa
forma, é importante o tratamento adequado de bens arqueológicos e dos sítios culturais
críticos conforme definidos na OP-703/B.9 do BID. Neste sentido deverá ser
implementado o Monitoramento Arqueológico e Resgate Fortuito, sobretudo durante os
trabalhos de escavação.
Procedimentos e Diretrizes
• Pré-avaliação: verificação junto ao Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos do
IPHAN se há possibilidade de ocorrência de sítios culturais críticos nas áreas
afetadas pelo projeto.
• Acompanhamento e vistoria das frentes de obra potencialmente causadoras de
impacto sobre o patrimônio (escavações) nas áreas definidas como potencialmente
arqueológicas.
• Registro dos sítios de interesse porventura encontrados junto ao Cadastro Nacional
de Sítios Arqueológicos do IPHAN.
• Curadoria e análise, em laboratório, de eventuais bens arqueológicos coletados.
• Síntese e interpretação dos dados obtidos.
• No caso de achados arqueológicos fortuitos, a obra deve ser interrompida e os
procedimentos a serem seguidos devem ser determinados junto ao IPHAN e com
arqueólogo responsável, respeitando a Diretriz B.9 da OP 703 e a legislação vigente
(IN 001/2015).
As atividades do monitoramento arqueológico deverão gerar relatórios parciais de
campo, por trecho ou períodos de trabalho, além de um Relatório Final, no qual deverão
estar contempladas todas as atividades realizadas, com os respectivos registros e
documentação escrita e fotográfica.
Os sítios arqueológicos eventualmente localizados deverão ser imediatamente
registrados no IPHAN e os serviços de resgate arqueológico deverão ser providenciados
imediatamente após a localização de um sítio arqueológico. A metodologia a ser
utilizada deverá ser apresentada ao IPHAN.
7.2 Principais Impactos e Medidas na Etapa de Operação e Manutenção
A Tabela a seguir apresenta os principais impactos previstos na Etapa de Operação e
Manutenção.
Tabela 8 – Impactos e Medidas na Etapa de Operação
Impacto Programa / Medida Indicador Resp. Prazo
Melhoria na Programa de Quantidade de
Durante a
qualidade das Educação Ambiental amostras e Sabesp
operação
águas e e Sanitária parâmetros

Programa de Despoluição do Rio Tietê IV


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73
proteção dos medidos com
ecossistemas redução na
aquáticos poluição e melhoria
em OD
Manutenção do
Licenciamento
Ambiental e Controles
Melhoria na Índices de
Operacionais nas
qualidade Cobertura, de Durante a
instalações de Sabesp
ambiental e Coleta e de operação
saneamento,
saúde pública Tratamento
Programa de
Educação Ambiental
e Sanitária

7.2.1 Medidas de Prevenção e Controle dos Riscos Socioambientais

Programa de Resposta a Emergências


Os riscos socioambientais específicos e inerentes às atividades previstas no Programa
Tietê IV podem por vezes estar mais ligados à operação das ETEs ou ao sistema de
coleta de esgoto, incluindo Estações Elevatórias. Configuram, no geral, riscos
biológicos, acidentes com eletricidade, quedas, incêndios, explosão, químicos, físicos,
espaços confinados e contaminação do solo.
Sistema de hidrantes, extintores, alarme de emergência, detectores iônicos de incêndio,
reserva técnica de incêndio, brigada de emergência, Plano de Emergência são algumas
das ferramentas necessárias a serem utilizadas na prevenção e controle.
Também é importante a disseminação de telefones para atendimento de serviços
públicos em caso de emergência, sendo:
• CORPO DE BOMBEIROS/RESGATE: 193
• AMBULÂNCIA: 192
• POLÍCIA MILITAR: 190
• DEFESA CIVIL: 199
• CETESB – ORGÃO AMBIENTAL Sede - tel.: 0800-113560; (11) 3133-4000 ou (11)
3133-3848.
• HOSPITAIS: (deverão constar os próximos às unidades)
• Polícia Rodoviária: 198
• Vigilância Sanitária
• Acidente em vias de intenso tráfego: Companhia de Trânsito Municipal
Na ocorrência de uma emergência, qualquer pessoa aciona o sinal de alarme sonoro
eletrônico do sistema de emergência, nas unidades onde houver, ou alerta verbal ou por
rádio ou telefone.
Os brigadistas próximos à ocorrência devem analisar e avaliar a situação de
emergência, executando as ações necessárias e acionando, se houver necessidade, as
entidades externas de apoio mencionadas (Bombeiro, Defesa Civil, etc.).
Em caso de vazamento, deverá ser feito o isolamento da área sinistrada, confinamento
do sinistro e o combate ao espraiamento do contaminante

Programa de Despoluição do Rio Tietê IV


Avaliação Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social (AAS/PGAS)
Empreendimento D – ETE Parque Novo Mundo
74
Em caso de princípio de incêndio e explosão avaliar a condição do local e observar a
direção do vento, iniciando o combate ao fogo utilizando primeiramente os extintores de
incêndio portáteis ou de carretas adequados ao tipo de materiais em combustão e, em
seguida, se necessário, os outros recursos disponíveis de combate a incêndio, como
hidrante, desde que esta intervenção não coloque em risco a segurança do empregado
combatente. Além disso, deve-se retirar, quando possível, materiais de fácil combustão
do local, a fim de evitar a propagação do fogo.
O combate ao incêndio deve ser feito também com ações de auxílio na recepção e
orientação do Corpo de Bombeiros, além de orientação e organização do abandono do
local, caso a situação represente risco de morte.
No caso de manipulação de produtos químicos, deve-se ter acesso à FISPQ - Ficha de
Informação de Segurança de Produtos Químicos.
Vazamento de óleo diesel (motor a combustão)
Em acidentes de trânsito deve-se adotar os seguintes procedimentos:
• avaliar a situação de emergência, isolar o local e manter as pessoas afastadas;
• eliminar os perigos encontrados – atenção com a energia elétrica;
• prestar os primeiros socorros, conforme a lesão, mantendo ou restabelecendo as
funções vitais.
Em caso de afogamento:
• realizar o socorro sem entrar na água, utilizando uma boia, um cabo ou um bote;
• deixar primeiro que a vítima se agarre ao objeto e fique segura, só então a puxar
para a área seca;
• se estiver a uma curta distância, oferecer sempre o pé ao invés da mão para ajudá-
la - é mais seguro;
• após retirar a vítima da água, prestar os primeiros socorros, conforme as condições
da mesma, mantendo-a deitada sobre o lado direito

Programa de Gestão de Riscos de Desastres Naturais


Plano de Ações Emergenciais ou Plano de Contingência e Respostas
Os incidentes extremos previstos no âmbito do Programa Tietê IV que podem causar a
contingência na área dos sistemas a serem implantados, são: enchentes e alagamentos.
Importante frisar que a atividade inerente ao empreendedor promove a redução das
epidemias.
Nas enchentes e alagamentos pode ocorrer deterioração de equipamentos (bombas,
estações elevatórias, etc.), afetação de casas e bens materiais, riscos à saúde e vida
humana.
A consequência prevista em situações extremas de enchentes e alagamentos é a de
afetar as Estações Elevatórias; já na fase de projeto as equipes da Sabesp procuram
estabelecer locais menos propensos a sofrer impactos de enchentes, os sistemas de
bombas podem operar mesmo em situações de enchentes, sendo que os quadros
elétricos são alteados, caso necessário. Na fase de instalação, porém, algumas medidas
devem ser tomadas para garantir a integridade dos trabalhadores das obras,
principalmente em locais confinados (atividades de abertura de túnel e implantação da
tubulação).
Programa de Despoluição do Rio Tietê IV
Avaliação Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social (AAS/PGAS)
Empreendimento D – ETE Parque Novo Mundo
75
No caso das epidemias, estas podem ocorrer nas enchentes e alagamentos,
proliferando doenças de veiculação hídrica, como leptospirose e esquistossomose.
Porém, a falta de saneamento básico com o lançamento de esgoto in natura no
ambiente, também promove a proliferação de doenças, sendo esse a ser minimizado
com a implantação dos projetos do Programa Tietê IV.
Como ação preventiva a situações de enchente e alagamento, a Sabesp deverá
acompanhar a possibilidade de chuva junto a empresas especializadas pelo
monitoramento das condições climáticas.
É importante a elaboração de um sucinto plano de ações a serem tomadas e quem
deverá ser comunicado (com telefones / contatos de emergência), essas informações
poderão ficar a mostra em quadro de avisos, para que qualquer um possa iniciar os
procedimentos.
Deverão ser tomadas as seguintes medidas preventivas:
• Gestão das áreas de risco, especialmente para prevenir e mitigar enchentes e
inundações: com a manutenção adequada do sistema de drenagem das obras, com
checagem periódica e limpeza de tubulações, canais e demais elementos da
drenagem. Eventos pluviométricos extremos podem ter seus efeitos ampliados com
sistema de drenagem deficiente, estrangulado ou sem limpeza adequada. Neste
sentido é importante que sejam tomadas medidas para a manutenção contínua
destes sistemas, essa manutenção poderá levar em consideração as estações do
ano para ter sua eficiência ampliada.
• Elaboração de um sistema de atuação emergencial. Deverá ser elaborado um
sistema que norteie as ações em caso de emergência, este sistema deverá
identificar efetivamente uma tipificação dos desastres a que as áreas das obras
estão sujeitas, estabelecendo um conjunto de protocolos a serem seguidos. Entre
as ações estabelecidas nos protocolos deverão constar, entre outros: (i)
identificação dos locais de segurança (ii) pontos de encontro e comunicação, (iii)
evacuação da obra, (iv) sistema de aviso “multicanal” (avisos sonoros, telefone,
rádio, mensagens em celular).

Monitoramento, Ações Preventivas e Ações Corretivas


O monitoramento é essencial para se antever a chegada de eventos extremos. Neste
ínterim, define-se ações de monitoramento:
• Definição de índices pluviométricos, obtidos no site do DAEE/SIGRH
• Acompanhamento de cota alerta e de transbordamento hidrológicos, onde é
identificado o risco.
• Alerta: Checagem de dados comparando os dados do monitoramento com os
parâmetros de risco
• Nas áreas classificadas com Fator de Risco 1 – Alto: Equipamentos em áreas
suscetíveis a risco hidrológico (inundações/enchentes/alagamentos), a Sabesp
realiza as ações mitigatórias de acordo com as condições locais. Algumas das ações
são: instalação de bombas de dreno, implantação de reservatório de detenção de
águas de chuva, construção de caixas nas saídas de águas pluviais e efluente final
das ETEs para instalação de comportas, a fim de evitar a entrada do rio no período
em que o seu nível fica acima da cota de piso da ETE.

Programa de Despoluição do Rio Tietê IV


Avaliação Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social (AAS/PGAS)
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Organização de Simulado
Simulados são importantes para a preparação às situações de emergência. Os
simulados devem ser realizados nas ETEs periodicamente, envolvendo a equipe de
orientação e gerenciamento das situações emergenciais, como CIPA, por exemplo. A
seguir é apresentado um roteiro para a realização dos simulados.
1º passo: decidir pela realização do simulado, devendo atender às definições de
periodicidade (de quanto em quanto tempo se realizada) e de responsabilidade (quem
organiza o simulado) previstos no plano de contingência e definir modalidade.
2º passo: escolher cenário e a modalidade.
3º passo: escolher procedimentos e ações a serem testados e treinados.
4º passo: distribuir tarefas entre equipe de treinamento, equipe de observação e
avaliação, e equipe de suporte.
5º passo: definir ações de mobilização para o simulado, incluindo comunicações oficiais,
reuniões comunitárias, ampla divulgação, e produção de material de orientação.
6º passo: definir o roteiro incluindo ações de preparação, de operacionalização e de pós
simulado.
7º passo: realizar o simulado, que em geral inclui uma reunião de abertura, a encenação
do roteiro e o encerramento com desmobilização.
8º passo: avaliar o simulado, com base em formulários e no trabalho de observadores e
avaliadores.
9º passo: documentar o simulado, por meio de relatório e atualizar informações do plano
de contingência a partir dos resultados obtidos

7.2.2 Recepção e Atenção a Queixas


Diversos mecanismos de comunicação deverão ser utilizados nas diferentes fases de
implantação de cada projeto.
Profissionais envolvidos no atendimento à população deverão devidamente capacitados
para o atendimento ao público, esclarecendo as dúvidas ou direcionando as questões,
e também para registrar e encaminhar demandas mais complexas para as áreas
competentes.
Os Canais de Atendimento ao Cliente concentrarão as demandas de recepção e gestão
das queixas da população a respeito das obras e atividades realizadas. O Mecanismo
de Gestão de Queixas incluirá um cadastro organizado e permanentemente atualizado
com o registro de todas as queixas recebidas e de todas as atividades de gestão
realizadas, até o seu atendimento completo, conforme atestado por escrito pela pessoa
física ou jurídica que tenha feito a queixa.
• Fase de Operação - Divulgação das melhorias obtidas com a implantação do
empreendimento ‐ Decorridos seis meses da entrega das obras projetadas, estima‐
se que todos os benefícios ambientais diretos e indiretos almejados tenham sido
alcançados.

7.2.3 Programa de Resposta a Emergências


Os riscos socioambientais específicos e inerentes às atividades previstas no Programa
Tietê IV podem por vezes estar mais ligados à operação das ETEs ou ao sistema de

Programa de Despoluição do Rio Tietê IV


Avaliação Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social (AAS/PGAS)
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coleta de esgoto, incluindo Estações Elevatórias. Configuram, no geral, riscos
biológicos, acidentes com eletricidade, quedas, incêndios, explosão, químicos, físicos,
espaços confinados e contaminação do solo.
Sistema de hidrantes, extintores, alarme de emergência, detectores iônicos de incêndio,
reserva técnica de incêndio, brigada de emergência, Plano de Emergência são algumas
das ferramentas necessárias a serem utilizadas na prevenção e controle.
Também é importante a disseminação de telefones para atendimento de serviços
públicos em caso de emergência, sendo:
• CORPO DE BOMBEIROS/RESGATE: 193
• AMBULÂNCIA: 192
• POLÍCIA MILITAR: 190
• DEFESA CIVIL: 199
• CETESB – ORGÃO AMBIENTAL Sede - tel.: 0800-113560; (11) 3133-4000 ou (11)
3133-3848.
• HOSPITAIS:
• Polícia Rodoviária: 198
• Vigilância Sanitária
• Acidente em vias de intenso tráfego: Companhia de Trânsito Municipal
Na ocorrência de uma emergência, qualquer pessoa aciona o sinal de alarme sonoro
eletrônico do sistema de emergência, nas unidades onde houver, ou alerta verbal ou por
rádio ou telefone.
Os brigadistas próximos à ocorrência devem analisar e avaliar a situação de
emergência, executando as ações necessárias e acionando, se houver necessidade, as
entidades externas de apoio mencionadas (Bombeiro, Defesa Civil, etc.).
Em caso de vazamento, deverá ser feito o isolamento da área sinistrada, confinamento
do sinistro e o combate ao espraiamento do contaminante
Em caso de princípio de incêndio e explosão avaliar a condição do local e observar a
direção do vento, iniciando o combate ao fogo utilizando primeiramente os extintores de
incêndio portáteis ou de carretas adequados ao tipo de materiais em combustão e, em
seguida, se necessário, os outros recursos disponíveis de combate a incêndio, como
hidrante, desde que esta intervenção não coloque em risco a segurança do empregado
combatente. Além disso, deve-se retirar, quando possível, materiais de fácil combustão
do local, a fim de evitar a propagação do fogo.
O combate ao incêndio deve ser feito também com ações de auxílio na recepção e
orientação do Corpo de Bombeiros, além de orientação e organização do abandono do
local, caso a situação represente risco de morte.
No caso de manipulação de produtos químicos, deve-se ter acesso à FISPQ - Ficha de
Informação de Segurança de Produtos Químicos.
Vazamento de óleo diesel (motor a combustão)
Em acidentes de trânsito deve-se adotar os seguintes procedimentos:
• avaliar a situação de emergência, isolar o local e manter as pessoas afastadas;
• eliminar os perigos encontrados – atenção com a energia elétrica;

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• prestar os primeiros socorros, conforme a lesão, mantendo ou restabelecendo as
funções vitais.
Em caso de afogamento:
• realizar o socorro sem entrar na água, utilizando uma boia, um cabo ou um bote;
• deixar primeiro que a vítima se agarre ao objeto e fique segura, só então a puxar
para a área seca;
• se estiver a uma curta distância, oferecer sempre o pé ao invés da mão para ajudá-
la - é mais seguro;
• após retirar a vítima da água, prestar os primeiros socorros, conforme as condições
da mesma, mantendo-a deitada sobre o lado direito
Acidente com animais peçonhentos
• lavar o local da picada, de preferência com água e sabão;
• manter a vítima deitada. Evitar que ela se movimente para não favorecer a absorção
do veneno;
• se a picada for na perna ou no braço, mantenha os em posição mais elevada;
• não faça torniquete. Impedindo a circulação do sangue, pode se causar gangrena
ou necrose;
• não furar, não cortar, não queimar, não espremer, não fazer sucção no local da ferida
e nem aplicar folhas, pó de café ou terra sobre ela para não provocar infecção;
• não dar à vítima pinga, querosene, ou fumo, como é costume em algumas regiões
do país; e - levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo
(conforme descrito no item 3.2), para que possa receber o soro em tempo;
• levar, se possível, o animal agressor, mesmo morto, para facilitar o diagnóstico; e
• lembre-se: nenhum remédio caseiro substitui o soro antipeçonhento
Em qualquer caso de acidente com animal peçonhento, o paciente deve ser medicado
nas primeiras horas após o acidente. O soro antiveneno é o único tratamento eficaz.

7.2.4 Programa de Educação Ambiental e Sanitária


A Sabesp dispõe de um Programa Corporativo de Educação Ambiental, o PEA Sabesp,
que conta com diretrizes e orientações para implementação de ações e projetos de
educação ambiental no âmbito das unidades de negócios, incluindo as áreas
operacionais envolvidas no escopo do presente projeto.
As Políticas Nacional e Estadual de Educação Ambiental, instituídas respectivamente
pelas Leis Nº 9.795, de 27/04/1999, e Nº 12.780, de 30/12/2007, recomendam o
desenvolvimento de Programas de Educação Ambiental nas empresas e instituições
públicas e privadas.
No setor de saneamento a Lei Nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece
diretrizes nacionais para o saneamento básico; recomenda como princípios
fundamentais o Controle Social (art. 2º) e a promoção da Educação Ambiental (art. 49º).
No setor de recursos hídricos a Resolução Nº 98, de 26 de março de 2009, do Conselho
Nacional de Recursos Hídricos, estabelece princípios, fundamentos e diretrizes para a
educação, capacitação, mobilização social e informação para a Gestão Integrada de
Recursos Hídricos.

Programa de Despoluição do Rio Tietê IV


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79
A partir da conceituação de educação ambiental, definida pelo artigo 1º da Lei
9.795/1999, ou seja, “o conjunto de processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade." as atividades
corporativas de educação ambiental são desenvolvidas conforme as temáticas descritas
a seguir:
• Cuidados com o meio ambiente e melhoria da qualidade ambiental: ecologia,
biodiversidade, fauna e flora, a importância da preservação ambiental, extremos
climáticos, desenvolvimento sustentável e saúde pública;
• Preservação de mananciais: preservação de nascentes, vegetação ciliar, área de
preservação permanente, unidade de conservação, reflorestamento, agricultura
sustentável, gestão e usos múltiplos dos recursos hídricos, monitoramento
quantitativo e qualitativo das águas superficiais e subterrâneas,
• Valorização das atividades de saneamento: o ciclo do saneamento com conceitos
sobre captação, adução, tratamento, reservação e distribuição de água potável,
controle da qualidade de água para consumo humano, conceitos básicos sobre
sistema de coleta, tratamento e disposição final de esgotos, reuso de efluentes,
drenagem das águas pluviais e fluviais; coleta e reciclagem de óleo de fritura;
• Valorização da água e motivação quanto ao seu uso consciente: a importância do
uso racional da água, pesquisa de vazamentos, limpeza e desinfecção de
reservatórios/caixa d’água; efeitos da urbanização no ciclo hidrológico, as
consequências positivas da correta ligação de esgotos domésticos a redes públicas
disponíveis, separação das águas pluviais, e a importância do envolvimento da
comunidade;
• Conceito 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar) no gerenciamento de resíduos sólidos:
consumo responsável, redução da geração de resíduos, coleta seletiva de resíduos,
responsabilidade compartilhada e ordem de prioridade na destinação
socioambiental responsável dos resíduos gerados.
O objetivo principal da presente proposta de trabalho é promover a conscientização
ambiental e a mobilização social dos públicos de interesse, por meio de ações de
educação sanitária e ambiental.
Também se constituem em objetivos das ações de educação ambiental propostas:
• Aumentar a percepção de valor em relação aos serviços de saneamento prestados,
em especial de coleta e tratamento de esgotos, destacando-se os benefícios à
qualidade de vida associados a tais serviços;
• Apoiar e desenvolver ações relacionadas a hábitos de higiene e saúde preventiva,
e formar agentes/educadores ambientais locais empenhados na preservação
ambiental, destacando aspectos da melhoria da qualidade de vida e dos recursos
hídricos;
• Estimular o uso adequado do sistema de saneamento coletivo e individual.

Público Alvo
Público de interesse em geral, em especial professores e alunos da rede de ensino e
líderes da comunidade localizados na área de abrangência da unidade.

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80
Principais Atividades
• Realização de palestras e curso de Educação Ambiental, para a formação de
agentes multiplicadores em Educação Ambiental, voltado não apenas para o
conhecimento, mas para a ação local.
• Realização de visitas monitoradas às estações de tratamento de esgoto, que
possuem instalações e equipe treinada para atendimento, visando a valorização das
atividades de saneamento e o uso correto dos equipamentos disponibilizados como
benefício à saúde da coletividade.
Entre os temas a serem abordados, receberão atenção especial aqueles que
apresentarem relevância para a correta utilização dos equipamentos de saneamento e
a preservação ambiental, tais como:
• A importância da recuperação dos rios e córregos da cidade, bem como para os
demais serviços ambientais produzidos por esses ecossistemas,
• A importância da preservação das matas ciliares e de ambientes contíguos aos
corpos hídricos,
• A importância da correta destinação de resíduos e a não deposição dos mesmos às
margens de corpos d’água ou nas redes de esgotos,
• As consequências positivas da correta ligação de esgotos domésticos a redes
públicas disponíveis e
• Importância do estabelecimento de redes de comunicação para a efetiva zeladoria
das águas.
Tais atividades são respaldadas por processos formativos preparatórios específicos
realizados por meio da aplicação dos cursos de educação ambiental interno, voltados
para a conscientização quanto à importância e a interface das questões ambientais na
operação, visando o atendimento às exigências ambientais e à melhoria operacional.
7.2.5 Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa GEE
A Sabesp realiza estimativas anuais de emissões de gases de efeito estufa -
GEE para os escopos 1, 2 e 3. No escopo 1, com fontes de emissões diretas da
empresa, estão as emissões por tratamento e coleta de esgoto e pelo consumo
de combustível fóssil. O escopo 2 apresenta as emissões pelo consumo de
energia elétrica. Por fim, dentro do escopo 3 estão as emissões indiretas da
Sabesp, como transporte de resíduos e de produtos químicos, por exemplo.
As diretrizes de cálculos seguem as metodologias por categorias de emissões
atmosféricas do Intergovernmental Panel on Climate Change Guidelines for
National GHG Inventories (IPCC 2006) aplicando-se os dados de atividade e
parâmetros específicos da Sabesp, sempre que disponíveis. Caso contrário, são
utilizados como referência dados e parâmetros nacionalmente reconhecidos,
seguindo recomendações do Ministério de Ciências e Tecnologia (MCT) e do
Programa Brasileiro do GHG Protocol (PBGHGP).
Destaca-se também que a Sabesp está sempre atenta à aplicação de
tecnologias que busquem estimular melhores práticas operacionais, que
redundam numa boa gestão de emissões de gases de efeito estufa.

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81
8 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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São Paulo
Catharino, E. L. M. 2006. As florestas montanas da Reserva Florestal do Morro
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COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO TIETÊ - Plano da Bacia Hidrográfica
do Alto Tietê: diagnóstico ambiental da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. Fundação de
Apoio à Universidade de São Paulo - FUSP. São Paulo, SP, 2007.
Emplasa. 2005. Uso do solo da região metropolitana de São Paulo.
Estado de São Paulo. 2009. Painel da Qualidade Ambiental. Governo do Estado de
São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo.
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Franco, G. A. D. C.; de Souza, F. M.; Ivanauskas, N. M.; Mattos, I. F. A.; Baitello, J. B.;
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de Mestrado. Instituto de Biociências, USP.
Giulietti, A. M. & Forero, E. 1990. “Workshop” diversidade taxonômica e padrões de
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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO / DAEE – Departamento de Águas e
Energia Elétrica - Plano Diretor de Macrodrenagem do Alto Tietê - PDMAT. São Paulo,
2000.
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Planejamento Metropolitano. Mapa Geológico da Região Metropolitana de São Paulo,
escala 1:100.000. 1980.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO / Instituto de Pesquisas Tecnológicas do
Estado de São Paulo-IPT / EMPLASA-Empresa Paulista de Planejamento
Metropolitano. Carta de Aptidão Física ao Assentamento Urbano, escala 1:50.000. São
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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO / IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas
- Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo, 1981.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO / IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas
- Carta Geotécnica do Estado de São Paulo, escala 1:500.000. 1994.
Groppo Jr., M. 1999. Levantamento florístico das espécies de ervas, subarbustos,
lianas e hemiepífitas da mata da Reserva da Cidade Universitária Armando de Salles

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Oliveira , São Paulo, SP. Dissertação de mestrado, Instituto de Biociências,
Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. 187p
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Ponciano, L. 2004. São Paulo: 450 anos, 450 bairros. Editora Senac, São Paulo.
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83
ANEXO 1 - CONTEÚDOS MÍNIMOS DE TREINAMENTO AMBIENTAL NA ETAPA
DE CONSTRUÇÃO
Os treinamentos elencados a seguir são responsabilidade das construtoras contratadas
para as obras e deverão ter por base o Documento Orientador para Implementação dos
Planos de Gestão de Obras da Sabesp.
1. Módulo de Integração (Admissional)
• Conceitos gerais de meio ambiente,
• Principais impactos ambientais decorrentes da obra,
• Principais atividades impactantes,
• Principais procedimentos de monitoramento ambiental das obras,
• Emergências ambientais.
2. Módulo – Aspectos Pertinentes da Legislação Ambiental
• Delimitação de áreas de preservação permanente e apresentação das restrições
legais nelas incidentes;
• Aspectos pertinentes da legislação Ambiental;
• Licenças e/ou autorizações em vigor, no início das obras, em cada Lote, e as suas
restrições;
• Tipos de intervenções complementares que exigem licenças e/ou autorizações
ambientais específicas;
• Procedimentos de Licenciamento e Prazos Envolvidos;
• Intervenções de autorização complexa ou ambientalmente inviável.
3. Módulo - Prevenção de Incêndios Florestais
• Riscos potenciais de incêndio,
• Exemplos de atividades de risco;
• Procedimentos a serem adotados nos casos de incêndio em áreas de mata.
4. Módulo - Cuidados com Flora, Fauna e Patrimônio Histórico
4.1 Cuidados com a flora
• Importância da vegetação para o equilíbrio ambiental (erosão, poluição,
assoreamento, etc.);
• Problemas decorrentes da não observância dos aspectos de proteção;
• Medidas mitigadoras a serem adotadas em casos específicos;
• Legislação ambiental aplicável e penalidades em casos de supressão não
autorizada;
• Conceitos de Área de Preservação Permanente – APP;
• Procedimentos de demarcação das APPs.
4.2 Cuidados com a Fauna
• Importância da fauna;
• Procedimentos para a proteção da fauna;

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84
• Fauna ocorrente na área do empreendimento;
• Procedimentos de afugentamento e/ou remanejamento de fauna em casos
necessários quando do desmatamento;
• Penalidades no caso de captura indevida da fauna;
• Leis de Crimes Ambientais.
4.3 Cuidados com o Patrimônio Histórico
• Reconhecimento dos artefatos arqueológicos passíveis de serem encontrados nas
atividades de limpeza e escavação do trecho;
• Procedimentos imediatos a serem tomados na hipótese da identificação destes
artefatos;
• Valor cultural e científico dos artefatos que podem ser encontrados.
5. Módulo – Destinação de Resíduos Sólidos
• Classes de resíduos gerados nas frentes de obras, canteiros e unidades industriais;
• Atividades geradoras de resíduos;
• Cuidados no armazenamento de resíduos sólidos;
• Cuidados no manuseio de resíduos sólidos;
• Cuidados no transporte de resíduos sólidos;
• Destinos segundo tipo de resíduo.
6. Módulo - Prevenção e Controle de Erosão, Poluição e Contaminação do Meio
Ambiente
6.1 Controle de erosão
• Conceitos de erosão e assoreamento induzidos por ações antrópicas de modo geral,
Métodos existentes para controlar ou evitar sua ocorrência;
• Exemplos de degradação dos corpos d’água e suas consequências para o meio
ambiente.
• Ações preventivas;
• Ações corretivas;
• Procedimentos e mecanismos previstos de monitoramento dos processos de
erosão.
6.2 Controle da Poluição e Contaminação do Meio Ambiente
• Atividades poluidoras nas frentes de obra e áreas de apoio;
• Tipos de produtos contaminantes;
• Consequências no meio ambiente decorrentes da contaminação;
• Procedimentos de manuseio e armazenamento de produtos contaminantes;
• Instalações adequadas para armazenamento de resíduos contaminantes;
• Ações emergenciais.

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7. Módulo - Controle Operacional de Instalações Industriais Provisórias
• Normas regulamentadoras das atividades relacionadas à implantação e operação
das unidades industriais;
• Medidas de proteção e segurança aplicáveis;
• Procedimentos de estocagem de combustíveis e outros produtos perigosos;
• Controles e medidas de correção em caso de contaminação de solos.
8. Módulo – Procedimentos de Desativação de Obra
• Recuperação geral das áreas ocupadas provisoriamente;
• Procedimentos de desativação segundo cada tipo de frente de obra;
• Medidas de recomposição vegetal;
• Procedimentos de desassoreamento de cursos d’água;
• Desativação e limpeza das áreas de lavagem de máquinas e equipamentos, e de
estocagem ou manipulação de combustíveis, óleos e graxas;
• Exigências específicas de desativação constantes do licenciamento ambiental.

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