Calculadora Ieda
Calculadora Ieda
Calculadora Ieda
1 - Introdução
Atualmente, a calculadora está presente na vida da maioria dos nossos alunos e alunas. Elas
são baratas (por aproximadamente dois reais é possível adquirir um modelo simples), e encontram-
se junto a objetos de fácil circulação, tais como celulares, relógios e agendas. Entretanto, embora
esteja presente no cotidiano dos alunos, usualmente a escola mostra-se imobilizada frente a seu uso,
até mesmo proibindo que ela se faça presente no ambiente escolar. A presente proposta, que tem
como objetivo empreender a discussão e a análise do uso deste recurso tecnológico no Ensino
Fundamental – deu-se a partir da pesquisa denominada “A Matemática Legitimada pelo Currículo
Escolar nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental”, desenvolvida no Centro Universitário
UNIVATES, de Lajeado, RS.
A discussão sobre o uso da calculadora nas escolas de Educação Básica não é recente e tem
se expandido em artigos publicados e trabalhos apresentados em Congressos da área da Educação
Matemática. Particularmente, essa discussão encontra maior eco quando se discute a incorporação
deste artefato às atividades pedagógicas junto aos alunos e alunas do Ensino Fundamental. De fato,
enquanto para alguns seu uso nas escolas poderia tornar-se uma ferramenta importante no processo
pedagógico, para outros seu uso comprometeria a aprendizagem das crianças. Como bem apontam
Pinheiro e Campiol (2005, p.132),
Apesar deste artefato estar presente na vida da maioria de nossos alunos e nossas alunas,
muitas vezes ignoramos esse fato e inventamos uma nova realidade, da qual a
calculadora não faz parte, o que nos parece muito cômodo, mas, na verdade, causa uma
inconformidade na nossa vida escolar.
Nesse sentido, parece que se, por um lado, a escola usualmente “faz de conta” que esse
artefato não existe, por outro, quando admite sua existência, impede que ele faça parte do contexto
escolar. Tal impedimento está geralmente associado à suposta “preguiça mental” que os alunos
desenvolveriam com seu uso, uma vez que, segundo essa concepção, eles “deixariam de raciocinar”
ao utilizá-la, como se o simples fato de não mais “armar contas” fosse determinante para a falta do
desenvolvimento desse “raciocínio”. Contrapondo-se ao argumento do “não raciocínio”, pesquisas
como as de Girotto (2005), Maestri (2004) e Pinheiro e Campiol (2005) têm demonstrado que, ao
contrário, seu uso permite que os estudantes desenvolvam “habilidades vinculadas ao cálculo
mental, à decomposição e à estimativa” (Pinheiro e Campiol, 2005, p.129).
12) É possível “fazer aparecer” no visor da calculadora o número 50 sem apertar as teclas 5 e
0? Qual o menor número de teclas que devemos apertar para que isso ocorra?
Obs: Aqui é importante destacar a importância do registro das atividades. Deste modo, sugere-se
fortemente que o professor incentive constantemente os alunos a registrar os passos (as teclas
digitadas) e justificar por que utilizou tal seqüência. Ademais, seria conveniente que os alunos
socializassem a escrita com os colegas, percebendo, assim, a existência de múltiplos modos de
resolução de um mesmo cálculo ou problema.
Também se considera relevante utilizar a calculadora com alunos dos Anos Iniciais como um
recurso para verificar se os cálculos efetuados oralmente ou com o uso de papel e lápis estão
corretos. Exemplificando:
13) Utilizando a calculadora, verifique qual dos números indicados abaixo é a melhor
aproximação de 29,5 : 7. Qual deles seria o primeiro que você descartaria como resposta?
Justifica a resposta. (Adaptados do sítio (site)
http://educacaopublica.rj.gov.br/cursos/index.php#matematica.)
a) 4,2
b) 4,26
c) 4,25
d) 4,28
e) 4,272
f) 4,273
a) Por que os resultados são diferentes? Nesse caso, qual a vantagem do uso da calculadora
científica?
5) Faça 6x6. Acrescente ao primeiro fator uma unidade e, diminua do segundo fator uma
unidade (7x5). O que acontece? Esta mesma relação também ocorre para 25 x 25, 148 x
148? E com os números negativos? E com números racionais? E com números
irracionais? Essa relação é sempre válida? Justifica a resposta. (Adaptado da obra “Aritmética
nas séries iniciais: O que é? Para que estudar? Como ensinar?” de Klüsener, 2000).
6) Quantos segundos você já viveu? Aproximadamente, quantos segundos viveu uma pessoa
que hoje completa 60 anos?
4 - Referências bibliográficas:
b) Livros
KLÜSENER, Renita. Aritmética nas séries iniciais: o que é? Para que estudar? Como
ensinar? Porto Alegre: UFRGS, 2000.
c) Textos
PINHEIRO, Josiane de Moura e CAMPIOL, Giane. A utilização da calculadora nas séries iniciais.
In: Práticas Pedagógicas em Matemática e Ciências nos Anos Iniciais. Ministério da Educação;
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – São Leopoldo: Unisinos; Brasília: MEC, 2005.
d) Sites
http://educacaopublica.rj.gov.br/cursos/index.php#matematica
http://www.matematicahoje.com.br/telas/Autor/artigos/artigos_publicados.asp?aux=Calculadoras
http://www.somatematica.com.br