Resumo Morfológico

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO

PROJETO DE PAISAGISMO RESIDENCIAL


LUDMILA SANTOS DA CONCEICAO – 20052936
TURMA: 2B DATA: 27/03/2019
RESUMO DE ANÁLISE MORFOLÓGICA

Esta é uma análise morfológica do projeto paisagístico da residência Moreira


Salles (1950 – Olavo Redig de Campos), concebida por Burle Marx em 1951 e
restaurada por Isabel Duprat em 1999 com influências do projeto original. A paisagista
baseou-se no projeto original para a elaboração do projeto de recuperação do
paisagismo – construção do atual Centro Cultural Instituto Moreira Salles. A análise
destacou quatro áreas do paisagismo considerando as características distintas e que
estabelecem um diálogo diferenciado com a arquitetura: o jardim frontal, o jardim
geométrico, o pátio interno e a área da piscina.
Configurando-se como um vale, a região de toda a residência se apresenta
fechada, devido à proximidade dos morros e a intensa vegetação de mata atlântica
circundante, se acentuando a proximidade entre as espécies de vegetação de grande
porte.
O tratamento formal do jardim frontal sugere uma releitura do Jardim Inglês.
Foi determinada nesta região a utilização de vegetação de sombra. Possuindo
espaços de passeio, os caminhos são ladeados com canteiros de vegetação arbustiva
e rasteira. A vegetação constante do local é de frutíferas (jambeiro, jaqueira,
abacateiro, ipê rosa, jasmim manga, flamboyant, entre outras) que atuam como
protetora visual do meio urbano e como área sombreada. Existem também espécies
de Palmeiras (Areca, Jerivá, Guariroba, Leque, Imperial, Ptychosperma, Cycas),
Arbustos (pau-d'agua, filodentro) e Planta de forração (capim são carlos, calatéia,
jiboia).
No Jardim Geométrico o espaço é bem isolado, no projeto original possui
uma vegetação tropical de colorido intenso com predominância de aléias (coleus,
acalifas), privilegia a bidimensionalidade referenciando o jardim geométrico francês
apresentando uma influência cubista, manifestando o Modernismo. No projeto de
restauração esse espaço agora aparece como Jardim da Tenda com uma vegetação
que difere completamente da original, preservando apenas a concepção formal.
No Pátio Interno o espaço acentua a incorporação da área com o interior da
casa, o piso em mármore é anexo ao canteiro com vegetação de maior porte,
composta de Nolinas e Dracenas. O piso é em pedra portuguesa de cor branca e
avança em direção à área da piscina. Tendo a introdução de um chafariz – o que
contraria a linha moderna da edificação – e a troca do piso por lajota de pedra antes
do projeto de restauração, a paisagista utilizou plantas de forração na vegetação do
pátio interno (renda-portuguesa, coleus, criptantus, dinheiro-em-penca, dracenas,
nolinas).
Na Área da Piscina, conectado ao Pátio Interno pelo piso de pedra portuguesa
– esse contornando a piscina – e um grande canteiro, a área possui também um lago
com um painel de azulejos e um pequeno lago em frente a parte íntima. Na área do
painel, Burle buscou uma gradação de planos, onde o painel era seguido por uma
copa de vegetação de árvores de grande porte (euterpes e Couroupita guianensis) e
a próxima vista se daria aos morros. Em frente ao painel, no lago, uma vegetação
botânica (ninféia, papiro, aninga-açu, golfo, thalia), dracenas e capim chorão. Em
frente ao lago da ala íntima, compõem o paisagismo herbáceas (moreia). A vegetação
desta área tente a esconder a arquitetura, caracterizando o fechamento do espaço.
O espaço paisagístico é caracterizado como fechado, o que enfatiza o caráter
da edificação privada. O paisagismo de Burle Marx estabelece uma contrariedade
entre movimento e inercia, jogando entre os contrastes e apresentando movimento à
espacialidade. Burle Marx atua em seus projetos de forma a compactuar o paisagismo
com a arquitetura do local.

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