Tumarã 2

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OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS.

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FAGULHA DIVINA
Ao reencarnar, no terceiro mês da gestação, o espírito prende-se ao feto através da fagulha divina,
energia que faz a ligação através do perispírito, e vai recebendo todas as impregnações das características
da vida levada por aquele ser humano até seu desencarne. Então, a fagulha divina se transforma no charme
(*) ou energia cármica, e permanece no local onde o corpo se desintegra. Sua manipulação irá depender de
como aquele espírito seguiu sua evolução e aprendeu a usar sua mediunidade na Lei do Auxílio.

FALANGES
Falanges são grupos de espíritos do mesmo padrão vibratório que, embora tenham origens
diferentes, se unem pela afinidade (*). Formam, nos planos espirituais, grupos imensos que atuam
intensamente, de acordo com sua natureza, de forma benéfica ou maléfica não só na Terra como por todo o
Universo. Na Terra, não se formam falanges de espíritos encarnados, mas apenas grupos que se unem por
suas afinidades. As falanges são sempre espirituais. Na Doutrina do Amanhecer, pelo plexo iniciático de
seus médiuns, tornou-se possível a formação de falanges dos mestres e ninfas, com seus segmentos nos
planos espirituais. Formaram-se, assim, as FALANGES DO MESTRADO, congregando espíritos da mesma
ORIGEM, sendo, na ordem, do Amanhecer, Sublimação, Consagração, Sacramento, Cruzada, Estrela
Candente, Redenção, Anunciação, Ascensão, Unificação, Ressurreição e Solar. As FALANGES
MISSIONÁRIAS se organizaram em função da MISSÃO dos mestres e ninfas, obedecendo à seguinte
ordem: Nityamas, Samaritanas, Gregas, Mayas, Magos, Príncipes Mayas, Yuricys Sol, Yuricys Lua,
Dharman Oxinto, Muruaicys, Jaçanãs, Arianas da Estrela Testemunha, Madalenas, Franciscanas,
Narayamas, Rochanas, Cayçaras, Tupinambás, Ciganas Aganaras, Ciganas Taganas, Agulhas Ismênias,
Niatras e Aponaras. (Veja NINFAS MISSIONÁRIAS)

FALCÕES
Os Falcões são espíritos que habitam os abismos (*), ardilosos e sagazes, e que, quando
encarnados vieram com importante missão civilizatória. Mergulhados no orgulho e na vaidade, se afastaram
das influências benéficas de seus Mentores, foram cientistas, políticos e militares convictos. Com o
desencarne, passaram a viver no plano etérico, onde estabeleceram grandes escolas e universidades,
continuando com suas idéias, para elas atraindo os espíritos daqueles que desencarnam em conflito com as
Leis Crísticas, irrealizados ou revoltados, formando falanges numerosas e que passam a atuar nos seres
humanos que os atraem com seu padrão vibratório ligado à luxúria, à ambição, ao orgulho e ao
intelectualismo materializado, características comumente encontrada nos políticos, direcionando
governantes e atuando na política nacional e internacional, provocando guerras, revoluções e atentados. Tia
Neiva nos falava das falanges de Falcões que escureciam o céu na Esplanada dos Ministérios e na Praça
dos Três Poderes, onde se concentra o Poder brasileiro. Trabalhando com o magnético animal da Terra e
cruzando forças do plano etérico, criaram a química ectoplasmática, com que se alimentam e produzem
diversas máquinas e aparelhos sofisticados com que influenciam e enganam os Homens. Entre essas táticas
de confundir a mente humana está a aparição de objetos voadores e extraterrestres, pela facilidade que têm
de realizar a materialização pela manipulação fluídica. O objetivo final dos Falcões é conseguir encarnar na
Terra sem submeter-se à Lei do Carma, afastados da Lei Crística, razão pela qual estão estimulando a
produção de clones (*), que lhes permitirá sua encarnação em seres humanos clonados. Enquanto não
conseguem, vão atuando sobre o Homem e levando-o a afastar-se de Jesus. Uma das universidades que
mais inspira os falcões é o Vale das Sombras (*), dirigida por espíritos que foram grandes cientistas ou
religiosos na Terra, desencarnados sem aceitar a Nova Estrada de Jesus.

FAMÍLIA
Família é a união de pessoas por vínculos de casamento, parentesco e afinidade, criando histórica e
sociologicamente a primeira comunidade - a do lar, campo onde o Homem põe em prática ações nascidas
de seus anseios e instintos mais profundos, proporcionando a cada componente familiar a vivência das
diversas faces do amor - conjugal, fraternal, condicional e incondicional - através de afeições, racionalidade,
instintos, hábitos, solidariedade, gratidão, respeito e responsabilidade. Jesus teve uma família, tendo como
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pais José e Maria, e como irmãos Tiago, José, Simão e Judas, sendo Jesus o primogênito, como citado nos
Evangelhos (Mateus, XIII, 55 a 57). Ainda em Mateus (XII, 46 a 50) nos é relatado que alguém disse a
Jesus: “Olha que tua Mãe e teus irmãos estão ali fora e te buscam. E Ele, respondendo ao que lhe falava,
disse: Quem é minha Mãe e quem são meus irmãos? E estendendo a mão para seus discípulos, disse: Eis
minha Mãe e meus irmãos; porque todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é
meu irmão, e irmã, e Mãe!” A família tem, como início, o casal (*). Geralmente, buscamos a perfeição em
outra pessoa, criando uma imagem ideal que se distancia da realidade, uma vez que somos todos humanos
e, por conseguinte, temos nossos defeitos e limitações que precisam ser clara e humildemente
reconhecidos, não só por nós mesmos como por aqueles que nos amam. Uma grande parte das separações
dos casais e, por consequência, dissolução das famílias, se deve a essa fantasia que é feita em relação
àqueles que se tornam objeto de uma utopia, por parte de seu companheiro ou de sua companheira, e não
suportam a visão realista daquelas personalidades e individualidades. Tolerância, humildade e, sobretudo,
amor - são as bases sólidas para qualquer convivência. Como a instituição mais antiga da vida humana, a
família vem se modificando, atualizando-se pelos modos de pensar, sentir e viver do Homem. Essa marcha
se faz na medida da evolução daqueles que compõem uma família, que pode ter duas naturezas:
FAMÍLIA CÁRMICA ou FAMÍLIA BIOLÓGICA: Forma o núcleo de escolaridade da
Terra e nenhum espírito pode fugir de suas lições, fonte de reajustes e oportunidades evolutivas das
pessoas unidas pela força de fatores transcendentais, espíritos que, pela Lei de Causa e Efeito imperando
sobre ações praticadas em encarnações anteriores, se propuseram a evoluir, uns às custas dos outros,
cobrando ou resgatando dívidas em jornadas paralelas e muito próximas. Marcadas por conflitos,
ingratidões, traições, inveja e cobiça, as jornadas das famílias cármicas são um contínuo processo de
evolução. Quando um membro sai e se desliga é porque, na maioria dos casos, resgatou suas dívidas com
aquele grupo. Há também aquele que se liga ao membro de outra família, pela união de um casal (*), dando
origem a uma nova família, que também prosseguirá com sua marcha evolutiva, pois os laços físicos do
sangue não garantem afinidade, harmonia ou amor. Dentro da Lei de Causa e Efeito, um filho vem para se
reajustar com seus pais, e pode se tornar um criminoso, assassinar o pai ou a mãe, enveredar pelos negros
caminhos do vício e das drogas. Somado ao possível reajuste do casal, vemos que não podemos nos
surpreender com tantas famílias desajustadas, onde o ódio entre o casal, entre pais e filhos, entre irmãos,
deve ser olhado de modo abrangente, sem julgamento das ações cometidas. As dores, lutas e doenças, a
desarmonia e o desequilíbrio fazem parte do processo evolutivo. Cada espírito tem que enfrentar e passar
por tudo de acordo com sua consciência, sua sensibilidade e seu amor. Aquele que abandona a família
biológica de forma impensada e impulsiva só estará aumentando seus débitos com aquele grupo, e sofrerá
as dores e angústias por não ter sabido superar suas provações que ele mesmo pediu em seu plano
reencarnatório. Os comuns casos de abandono de idosos por seus familiares, as separações de casais e a
indiferença de pais por seus filhos, abandonando crianças mal preparadas para a vida, tudo são frutos da
incompreensão e da falta de esclarecimento e consciência desses espíritos fracassados. Dentro da
sabedoria divina, quando uma família está com seu carma muito pesado e ameaçando ruir pela fraqueza ou
cansaço de seus membros, sempre é colocada a ajuda de um missionário, que encarna no grupo para dar
apoio àqueles espíritos. Nos casais, embora raros, existem casos de almas gêmeas que se unem para o
resgate de uma dívida comum com seus familiares.
FAMÍLIA ESPIRITUAL - É a que se forma pela sintonia de espíritos, reunidos numa mesma onda
vibratória, e que, quando encarnados, se encontram espalhados pela Terra, algumas vezes com dois
compondo um núcleo da família biológica, no trabalho de apoio e evolução daqueles espíritos que juntam.
Em missões diferentes, há muitos membros de uma família espiritual que não se encontram com outros na
Terra. Podemos ter um irmão ou um filho espiritual que está encarnado em outro país, ao qual não
encontraremos senão após o desencarne de ambos. A união da família espiritual é tão intensa que ela só
parte para suas origens depois que todos os seus membros estiverem reunidos, isto é, não tenham mais
débitos a resgatar. Encarnados ou desencarnados, formam pelas vibrações de amor uma poderosa fonte de
forças que agem e interagem em seus componentes que, embora em lugares desconhecidos e distantes,
são assistidos por elas. Há muitos casos de membros de uma mesma família espiritual que estão juntos
numa família biológica, ocasionando as grandes afinidades entre si que podemos ver no relacionamento de
pais e filhos, irmãos e primos, que chamam a atenção pela harmonia e compreensão.“Pai Seta Branca
sempre fala na família com amor, desejando que a família seja, realmente, o ponto de partida do Homem.
Vou explicar: duas pessoas se amam após se verem muitas, ou até na primeira vez, e sem procurar
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realmente dar conta de seus sentimentos, sem considerar seus erros, muitas vezes com sentimentos ruins,
com falta de esclarecimento de tudo, se conquistam e se casam. Depois, sempre há erros! E isso faz com
que muitos tenham necessidade da separação. Podem ter sentimentos, mas, quando se separam, separam
também os filhos. O que Mãe Tildes e Pai Seta Branca falam é sobre as separações por real necessidade.
O Homem é consciente dos filhos, e muitas vezes, na maioria, procuram reparar essa separação com coisas
materiais, ajudas aos filhos, deles não se esquecendo. Há casos diversos, em que o Homem, muitas vezes,
só depois do casamento é que descobre seus verdadeiros sentimentos. Isto é muito natural e muito certo!
Mas, na maioria dos casos... Eu perguntei a Mãe Tildes o que acontece nestes casos, em que o Homem,
nestes desquites, dá um desgosto tão grande a Deus, qual seria a responsabilidade desse Homem e qual
seria a responsabilidade de Deus para com esse Homem. E ela me disse: É, minha filha, a lei que chama o
Homem à razão é a mesma que o conduz a Deus. As leis estão obrigando o Homem a dar a metade dos
seus honorários para cuidar materialmente dos filhos. Quer dizer: onde o sentimento do Homem não vai, a
Lei vai! E, da mesma maneira, conduz ele a Deus, dentro desta Doutrina que nós temos. E, na nossa
Doutrina, o Homem tem que ser... As pessoas têm uma doutrina, têm uma religião, têm sentimentos no
coração! Sei que nós vamos conseguir tudo. Como já disse a vocês, eu, sozinha, consegui chegar até aqui.
Imaginem todos nós juntos! Já podemos contar com um Doutrinador preparado e vamos lhe levar todo o
conhecimento e, principalmente, o conhecimento da família, que é o princípio do Homem na Terra. Este é o
sentimento mais profundo. A vocês, jovens, vou contar uma conquista, uma coisa que aconteceu comigo um
dia. É uma das muitas obras de todo este mestrado. Veio um casal do Rio de Janeiro, que havia visto, pela
televisão, nossa consagração do Primeiro de Maio, e que estava se desquitando. Era um casal jovem
(vocês, jovens, ouçam bem!). Um rapaz de boa aparência e uma moça bonita, com dois filhos, e começaram
a se odiar a ponto dele não poder mais ficar em casa. Desde o nascimento do último filho não mais se
toleravam, parecendo que queriam um matar o outro. Ele arranjou uma outra moça, que é uma das coisas
mais fáceis para desencaminhar um casamento, e vez por outra vinha ver os filhos. Mas o casal era
apaixonado por seus dois filhos. Como ele saíra de casa, os pais da moça foram morar com ela, e aquele
casal de velhos também adorava seus netinhos. As duas crianças, uma de cinco anos e outra de três, com
quem os pais tinham dívidas a resgatar, passaram a ficar mais com seus avós. Um dia, os velhos foram
fazer uma longa viagem e levaram as crianças, com o consentimento do pai. Na hora das despedidas, o pai
e a mãe se encontraram, mas nem se olharam de tanta mágoa. Sem as crianças, os dois entraram em
desespero e o sofrimento deles os juntou, principalmente o sofrimento do pai, porque ele começara a odiar a
esposa primeiro do que ela a ele. Quando viram a reportagem sobre nosso mestrado tiveram a certeza de
que nós poderíamos tirar tudo aquilo de seus corações. Vieram e receberam toda a graça aqui! Receberam
tanto que já escreveram, contando que estão como se nunca tivessem brigado, como se tivessem casado
naquele dia. Eu comecei a me perguntar sobre isto em meus papinhos com Mãe Tildes. Vimos que aqueles
dois nunca haviam deixado de se amar, apenas não conheciam seus sentimentos. É bem mais fácil você
deixar uma pessoa, deixar de dar uma Doutrina a quem você não gosta, ou pensa que não gosta, e sair, do
que dialogar e procurar ver seus sentimentos. Pense nisto, principalmente quem está na Doutrina. Nós
estamos aqui para unir, para fazer o Homem ter consciência de seus sentimentos, sentir o que tem em seu
coração. Não estamos aqui para adivinhar nem fazer previsões. Mesmo que eu fosse um anjo, se eu
adivinhasse todas as coisas mas não tivesse os sentimentos de amor, de caridade, de Mãe, eu não saberia
nada! Quero que vocês procurem seus sentimentos em seus lares, vejam o que está certo, vejam o amor
que têm no coração e que procurem assimilar, junto de seus companheiros ou companheiras, os nossos
princípios. Digo a vocês, com todo o amor, com toda a honestidade, pelos olhos que entreguei a Jesus, que
os vejo como meus filhos, como se fossem nascidos de mim. E lhes digo que o sentimento é o primeiro
caminho para Deus, é a primeira missão que vocês têm na Terra. Então, vamos começar, nesses planos, a
não querer corrigir mas, sim, a levar o sentimento de religião, de amor, o sentimento verdadeiro deste
espírito que nos cerca. Não nos preocupemos tanto com as mensagens, mas sim, em primeiro lugar, com
nossas famílias, com nosso lar, com o que temos dentro de nós! Depois, então, vamos servir a Deus sobre
todas as coisas. Meus filhos, temos tantas maravilhas! Jesus está esperando somente que o Homem se
certifique de seus sentimentos...” (Tia Neiva, 27-6-76) “Estava na minha frente, para ser consultada, uma
bela senhora de cerca de 40 anos, recentemente viúva de um suicida. Junto com ela estavam sua sogra, um
jovem aparentando 18 anos - um belo rapaz com um futuro prometedor - e uma jovenzinha me parecendo
leviana, porém de bom aspecto. Vi que se tratava de uma família. “Veja o que pode fazer pela minha sogra,
Tia Neiva. Vim para consolá-la, porque Lúcio se suicidou e ela está sofrendo muito (Lúcio era filho da anciã).
Ela está me dando muito trabalho. Vê se a faz esquecer, faça qualquer coisa que me dê sossego!” “Sim, -
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disse a anciã - a minha maior dor é saber que meu filho não tem salvação. Foi tão bom!... Não sei como
pode fazer isso!” A viúva arrematou depressa e com desprezo pelo marido: “Deixou-nos na pior situação.
Enfim, traumatizou todo mundo!” Disse o rapaz: “Sim, Tia Neiva, pelo amor que meu pai tinha por nós não é
fácil entender o que ele fez e nem tampouco para mim e minha pobre mãe viver sem ele. Foi horrível o que
passei, pois, no fim, ele mostrou que não gostava mesmo era da gente, Tia Neiva. Minha avó, coitada,
pensa no quanto ele irá penar. Nisso eu não acredito muito, pois sei que Deus não irá deixar, porque ele era
bacana mesmo, compreendia a mim mais do que todo o mundo. Quando eu não estava satisfeito com as
coisas da mãe, ele sempre me dizia que o filho que não gosta da mãe nunca se realiza. Era bacana
mesmo... Não sei como foi tão fraco!” Depois, ficamos calados, só ouvindo os soluços da vovozinha. São os
restos do carma, logo a senhora estará com ele - disse eu com tranquilidade e falando com carinho à pobre
sogra. A viúva começou a tagarelar sem parar e sem qualquer sentimento de amor: “Como, Tia Neiva? -
falou a anciã - A senhora não entendeu que ele se suicidou? Deu um tiro nos miolos, e agora só Deus sabe
por onde anda meu filho!... Meu pobre Lúcio! Não sei. Um homem tão culto... Quis ser médico, e foi. Quis
seguir a mesma profissão do pai, pobre pai, pobre marido meu, que Deus o tenha também em bom lugar.
Era como Lúcio, seu filho, um homem bom. Morreu do coração. Foi um golpe duro para mim, porém não tão
duro como este do meu filho. Sim, Tia Neiva, o meu mal foi ter me casado com outro. Não dei satisfações ao
meu Lúcio e este atual marido não combinava com ele. Por causa deste infeliz, Lúcio estava afastado de
mim. Lúcio saiu de casa e só voltou quando ele foi embora. Será, Tia Neiva, que foi por isso que ele se
suicidou? Guardou toda a vida esta mágoa?” Será que não foi pelos atritos com Lúcio Júnior? - perguntei.
“Não, - respondeu a anciã - ele até queria a grande herança de meu marido. Lúcio, coitado, ficou
decepcionado comigo. Sempre que podia, me falava: o Homem nunca pode pensar nos defeitos da mãe.
Mas ele sempre me beijava, ria e ficava por isso mesmo. Acredito que era só da boca para fora.” Terminado
o diálogo, vi que o pobre suicida se fora para evitar desgraça maior, pois o quadro daquela gente era o pior
possível! Somente o jovem sofria, pois perdera o pai para se salvar. Chamei o Tiago e recomendei um
trabalho. Fiquei observando se Lúcio se manifestava por ali, porém ele não veio. Obsessor? pensei. Fui,
então, encontrá-lo no Canal Vermelho. Aproximei-me dele e disse: Estive com sua família, seu filho e sua
filha, seus dois filhos. “Só tenho Fernando e Fernanda. O que Fernando pensa de mim? A senhora sabe?”
Sei - respondi - bem como também sei o que o levou ao suicídio. “Falou com ele?” perguntou-me
desesperado. Não, tenho um juramento na Terra que me obriga a respeitar os sentimentos dos outros e
seria incapaz de denunciar alguém. “Fui suicida e, no entanto, aqui, ninguém me condenou por isso.” Sim -
disse eu - foi aquilo que eu aprendi: a respeitar os outros. “E minha mãe?” Sua mãe, Lúcio, sentiu e sente a
maior dor! “Meu Deus!” gemeu Lúcio. Lúcio, sua mãe optou pelo homem que amou, quando você partiu pela
primeira vez .e a mãe não tem porque optar senão pelo próprio filho . “Sim, Tia Neiva foi horrível no dia que
meu padrasto me esbofeteou , na frente de minha mãe , dizendo que ele ou eu ficaria naquela casa , e
minha mãe disse que ia levar para casa de minha avó, mãe do meu pai falecido. Tive uma decepção tão
triste que nunca mais me recuperei, apesar de todo o carinho de minha avó. Minha mãe não quis, preferiu
ficar ao lado do homem a quem amava . Mesmo traumatizado e cheio de tristeza, casei-me. Minha esposa
me amava muito . Tivemos filhos maravilhosos, Fernando e Fernanda . Tudo corria aparentemente bem. Foi
então que na casa de Marcelo, meu maior amigo, ouvir a voz de Edna, minha esposa. Marcelo veio ao meu
encontro e perguntei de quem era aquela voz . Ele gaguejou e disse que não era ninguém. Desci e fiquei
em frente á casa, até que saissem. E quem saiu foi ela, a própria Edna! Fiz uma viagem, porém aquilo não
saia de minha cabeça , pensando em tudo que um homem traído em seu casamento pode pensar . ela não
se modificou e Marcelo também persistiu no erro. Eu não quis mais ver o que estava acontecendo. Tive
vontade de matar os dois porém decepcionar Fernando com sua própria mãe não era possível . Se eu
morresse, ele nunca ficaria sabendo da sua traição. Pensei comigo: se tudo estiver bem para Fernando ,
espero aqui o que Deus quiser. Deus há de me perdoar por minha pobre incompreensão. Tenho certeza de
que um dia, deus me perdoará!” Ë verdade, pensei Fernando estava sem complexos, vivendo sua vida e
amando ainda mais sua mãe . Estávamos bem ,quanto a campainhia da chamada. Esta vendo para onde
irei?” perguntou-me Lúcio. Você vai para o outro lado deste Canal – respondir. Ele partiu , e soube que tinha
ido para reencarnar e pagar na carne o seu erro de se suicidar . E qual a sua pena? Voltará com uma forma
de disritmia. Perguntei quem seria sua mãe . Sua mãe será novamente a mesma velhinha, porque rejeitou o
direito de criá-lo, fazendo assim seu primeiro trauma, por Ter preferido o homem que amava, deixando que
ele fosse para a casa de sua avó.O desequilibrio de uma mãe desajusta uma família No outro Sábado
aquela família volto para falar comigo e, vendo-os á minha frente, tive vontade de dizer tudo: que tinha me
encontrado com Lúcio no Canal Vermelho e que ela a única responsável pela sua morte. Como sempre me
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limito, apenas, a proteger, porque entreguei meus olhos a Jesus para nunca escravizar ninguém com
palavras ou por insinuações, e muito menos por julgamento. Fico frustrada pensando nas palavras de Pai
Seta Branca: ajudar, comunicar sem participar, não dividir nem tomar partido das pessoas!” (Tia Neiva,
dez/79)
“Lembro de algo que Humarran preparou para mim: naquele dia, ia para o sono cultural um jovem que
deixara, na Terra, uma complicada cobrança, envolvendo sua enteada, uma jovem mulher, empenhada
em dívidas. Era o quadro que eu via, e Humarran me explicou: “A moça já está grávida e agora veremos
se vai dar tempo. Seu sono e sua cultura foram muito tristes. Ele teria que voltar quando tivesse sete
anos, mas, se tudo corresse bem, poderia voltar até depois de setenta ou oitenta anos.” Por que a
enteada? perguntei. “Porque o jovem se apaixonou por ela, fez dívidas e estragou a vida dele, deixando a
mulher ‘naquela’ situação.” E que culpa teria a moça para perder seu filho, que é uma dor tão grande? “É
que ela alimentava o amor de seu padrasto, perdendo o sentimento pela mãe, não havendo respeito. Já
se passaram mais ou menos cinquenta anos da Terra, mas Deus não tem pressa. Eles estão chorando
porque aqui sofrem mais e são mais conscientes.” Mas não era esta família que estava na Terra? “Não.
Amaro, que é este jovem, já estava endividado com Susana. É a segunda vez que ele volta. Seu pecado
é não respeitar sua família. Comporte-se em seu lugar, como Mestre Instrutora.” Não é falta de respeito o
comportamento. Estando na Terra, todos podem se libertar uns dos outros sem precisar traumatizar ou
cravar uma injúria ou uma falsidade, que é o mesmo que matar fisicamente. E nosso amigo estava
devendo anteriormente. Vai e volta, e ninguém lhe ensina nada? “E o sono cultural, filha? Lá é dito tudo o
que o Homem precisa saber. Inclusive, vai para um lar decente, com pais que ensinam a moral. Não há
necessidade de erros... Todos têm uma oportunidade! Em cada canto tem alguém ensinando alguma
coisa.” E em lágrimas e tristezas o nosso personagem se despediu, indo para o sono cultural. Sabe Deus
quando voltará. Se tudo der certo, faz sua cobrança e volta. Pensei comigo: o que é bom para um não é
bom para outro. E vendo aquele mundo de gente, pensei em um por um deles. Humarran, vendo o meu
pensamento, foi logo dizendo: “Sim, as coisas de Deus são assim. Na Terra, todos têm seu
encaminhamento e, aqui, muito mais. Veja ali, na Ponta Negra! Olha o Vale Negro, lá embaixo...” (Tia
Neiva, 11.9.84)

FAROL
Farol nos dá, sempre, a idéia de luz, sinalizando, mostrando o caminho para aqueles que estão na
escuridão. Na Mesa Evangélica temos, em cada vértice, um Doutrinador que são denominados FARÓIS,
tendo como função sinalizar, para os espíritos sofredores, o centro de energia trabalhado na Mesa. Assim, a
Mesa tem sempre seus faróis, que devem se preocupar em manter acesas suas luzes, atraindo espíritos
perdidos nas Trevas ou que ainda não despertaram para sua nova existência, proporcionando-lhes a
oportunidade de serem atendidos no trabalho, recebendo o choque magnético animal e o amor emanado
pelo ectoplasma do Doutrinador. Há muitos espíritos que não são elevados na primeira ou segunda vez que
passam em uma Mesa Evangélica. Dependendo de seu estado, sem consciência, sem esperança, sem
confiança, vêm e voltam, mas as luzes dos faróis é que permitem que encontrem o caminho para o Templo,
até que possam se emanar com as forças libertadoras, que lhes permitirão a elevação e o conseqüente
encaminhamento a uma casa transitória, a um albergue, a um hospital, enfim, onde tiver acesso por seu
merecimento e pela misericórdia de Deus Pai Todo Poderoso. Assim, o mestre que ocupa um Farol deve ter
consciência do seu importante trabalho para a perfeita realização de uma Mesa Evangélica. Ao se sentar,
deve elevar seu pensamento a Jesus e a seus Mentores, tendo o máximo de concentração, pedindo que,
naquele momento, possa emitir todo o seu amor, a luz que fará com que os sofredores possam encontrar o
caminho da recuperação, sendo socorridos pelos Mentores daquele trabalho e pelos médiuns que dele
participam. Deve lembrar que, desde que ocupou seu lugar, seus Mentores também estão trabalhando. Não
deve se preocupar com o que estiver acontecendo ao seu redor, mantendo sua mente harmonizada e seu
perfeito equilíbrio, emitindo, mentalmente, mantras e vibrações de paz, de harmonia e amor que possam
ajudar o decorrer tranqüilo do trabalho. Mesmo que alguma incorporação se faça de modo alterado ou até
violento, deixe que os outros Doutrinadores cuidem disso. O Doutrinador que habitualmente ocupa um Farol,
consciente e harmonizado, mantendo-se dentro da Conduta Doutrinária, desenvolve emanação
ectoplasmática facilmente identificável nos Planos Espirituais, o que facilita seus trabalhos desobsessivos -
na Mesa Evangélica ou nos Tronos -, pela confiança que inspira nos irmãos que chegam para receber sua
Doutrina. Essa concentração é importante mesmo quando não está sendo realizada uma Mesa no plano
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físico. Devemos lembrar que desde a abertura dos trabalhos até o seu encerramento, a Mesa Evangélica
está captando energias e irmãos necessitados delas, sendo girada uma força, permanentemente, que se
direciona a partir do Farol Mestre, saindo à sua direita, indo até ao Farol Direito, daí ao Farol Esquerdo, e
retornando ao Farol Mestre, percorrendo os três planos que são formados na Mesa Evangélica (*). Para
maior segurança, o mestre que vai ocupar um Farol - especialmente o Farol Mestre - deverá ser, no mínimo,
um Centurião consagrado. A aura do Farol fica muito impregnada, e deve ser feita a limpeza pelos
Doutrinadores que estão trabalhando na mesa, quando passam por aquelas posições. Todavia, essa
limpeza não é obrigatória para cada Doutrinador que estiver circulando: enquanto um faz a limpeza, os
demais podem passar, sem se deter, evitando congestionamentos. Na Estrela de Nerhu (*) é formada uma
Mesa Evangélica diferente, com seis Ajanãs e suas respectivas Doutrinadoras, tendo seis faróis, ocupados
por Mestres Doutrinadores. É uma Mesa Evangélica, porém com funções e funcionamento especiais,
destinada àquelas condições de trabalho, própria para o alívio das grandes cargas portadas pelo Santo
Nono, onde cada Ajanã recebe uma projeção muito forte, motivo pelo qual precisa de uma formação que se
assemelha, de muito perto, a um Trono Milenar (*). O farol, ali, está com uma função diferente: sua energia
está sendo usada de forma diversa, ajudando a Ninfa Doutrinadora a dar a descarga magnética no espírito
que incorporou.

FASCINAÇÃO
A fascinação é um processo mais acentuado de obsessão (*), em que o obsessor já controla a
mente da vítima, gerando ilusões e bloqueando o raciocínio, desaparecendo a autocrítica e levando o
obsidiado a uma triste situação de desequilíbrio mental e afetiva, sem que ele se reconheça enfermo ou com
o juízo afetado. O obsessor induz a estados ilusórios e alucinações que tornam sua vítima incapaz de
reconhecer quais os seus próprios pensamentos e quais os do espírito obsessor. O espírito atua no campo
mental de sua vítima, envolvendo-a com sua vibração e intensificando suas ligações magnéticas, sugerindo-
lhe telepaticamente todos os pensamentos que quiser, fazendo com que o obsidiado passe a agir de forma
diferente, conflitante com suas maneiras habituais, fora dos seus padrões morais e sociais, causando
conflitos com seus familiares e colegas de trabalho. Na medida em que seus pensamentos se concentram
em um determinado objetivo, em uma idéia, o obsidiado vai se tornando intolerante e intransigente,
subjugado pela vontade do obsessor. Desmanchando lares, onde provoca desconfianças e ciúmes doentios
entre os casais e famílias, esta obsessão é responsável também por muitos casos de violências, levando a
suicídios e homicídios totalmente fora do controle do obsidiado.


A fé é o resultado do conhecimento e da confiança. Pelo conhecimento das leis que, do plano etérico,
nos foram trazidas, e pela confiança nos ensinamentos que nos chegaram pelas palavras de Jesus, porque
Ele nos trouxe uma Nova Estrada, com verdades reveladas à luz natural da razão, que por sua origem divina
não pode se enganar e nem nos enganar. Esta a grande diferença entre a fé e a Ciência. Enquanto a
Ciência necessita da evidência das coisas, de fenômenos que podem ser repetidos e mensurados, a fé
dispensa qualquer aferição que não seja uma simples aceitação da razão e dos sentimentos. Através da fé
esclarecida podemos alicerçar nossa Doutrina, com amor e dentro de uma conduta doutrinária, conseguindo
trilhar nossa jornada cármica com pequenas e difíceis vitórias sobre nossa natureza inferior. Devemos ter a
fé iluminada pela razão e a razão sublimada pela fé. Essa fé esclarecida é obtida pela real observação de
nós mesmos, feita de forma autêntica, buscando nossas falhas e dúvidas, conhecendo grande parte de
nossos compromissos cármicos, e procurando aplicar o conhecimento da Doutrina com confiança na ajuda
de nossos Mentores. Por isso, a fé esclarecida é um reflexo da razão eterna, é Deus em nós. Não
podemos confundir essa fé esclarecida, que deve ser a fé de todos os Jaguares, a fé que Pai Seta Branca
nos pede, com a fé religiosa, que anula a razão e nos submete à aceitação de pseudo-verdades impingidas
por dogmas e cultos, e nem com a fé cega, que ignora a razão e se torna o grande perigo dos fanáticos,
levando a desastres terríveis que a História nos tem revelado através dos tempos. Na Doutrina do
Amanhecer, confiamos nas palavras de João (III, 16 a 21): “Porquanto Deus amou tanto o mundo, que
lhe deu seu Filho Unigênito, para que todo o que crê nele não pereça, mas tenha a vida eterna. Nem
Deus enviou seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.
Quem nele crê, não será condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome
do Filho Unigênito de Deus. E esta é a causa da sua condenação: a Luz veio ao mundo e os homens
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 281
amaram mais as trevas do que a Luz, porque eram más as suas obras. Mas aquele que pratica a
verdade chega-se à Luz para que as suas obras sejam conhecidas, porque são feitas em Deus.” e em
XI, 25 e 26: “Replicou-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que
esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá eternamente!” E João nos fala
mais da fé em Jesus (XII, 44 a 48): “Jesus bradou e disse em alta voz: Quem crê em mim, não crê em
mim, mas naquele que me enviou, e quem me vê a mim, vê aquele que me enviou. Eu, que sou a Luz,
vim ao mundo para que todo aquele que crê em mim não fique nas Trevas. E se alguém ouvir as
minhas palavras e não as observar, não será julgado por mim, porque não vim para julgar o mundo,
mas para salvá-lo. Quem me despreza e não recebe as minhas palavras, já tem o seu juízo. Esta
mesma palavra que eu lhe anunciei há de julgá-lo no último dia!” Por isso, nossa fé é esclarecida pelas
palavras de Jesus, de Pai Seta Branca, de Mãe Yara e de todos nossos queridos Mentores, no nosso dia-a-
dia, pelo que de real aproveitamos na nossa dedicação à Lei do Auxílio, que nos dá o merecimento para
podermos ter a ajuda dos Planos Espirituais. No Evangelho de Mateus (XIV, 22 a 33), temos esta passagem:
“Ordenou Jesus que seus discípulos entrassem no barco e fossem adiante para a outra margem,
enquanto se despedia da multidão. Despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte.
Chegada a tarde, estava ali, só, e o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas, porque o
vento era contrário. Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, caminhando por cima do
mar. E os discípulos, vendo-O caminhar sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E
gritaram, com medo. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais!
E respondeu-lhe Pedro: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas! E Jesus disse-
lhe: Vem! Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o
vento forte, teve medo e começou a afundar. Bradou: Senhor, salva-me! Jesus, estendendo a mão,
segurou-o, e lhe disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste? E quando subiram para o barco,
acalmou o vento. Então, aproximaram-se os que estavam no barco e o adoraram, dizendo: És
verdadeiramente o Filho de Deus!” Ainda em Mateus (XXI, 18 a 22) nos é revelado: “Pela manhã,
voltando para a cidade, Jesus teve fome e, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela,
e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou
imediatamente. Os discípulos vendo isso maravilharam-se, dizendo: Como secou imediatamente a
figueira? Jesus lhes respondeu: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só
fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: Ergue-te e precipita-te no mar,
assim será feito; e tudo que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.” A figueira, em Israel, dá frutos
dez meses por ano, e aqui representa o Homem que, na hora precisa, não tem como alimentar Jesus com
seu amor; também, daí nasceu o dito popular que a fé remove montanhas.
“Na Doutrina Espírita, a fé representa o dever de raciocinar com a responsabilidade de viver, porém com
amor, no equilíbrio de teu Sol Interior.” (Tia Neiva, Carta Aberta n. 2, 11.9.77)

FÉRIAS
O Homem, por sua própria estrutura física e mental, precisa descansar, tirar férias, sem prejuízo de
suas atividades e de suas obras. Pelo menos uma vez por ano, deve buscar um período em que possa
desfrutar, junto com sua família, momentos de laser e diversões, afim de estreitar seus laços familiares e
aliviar suas tensões. O Trino Ajarã tem insistido neste ponto com os Presidentes dos Templos do
Amanhecer, para que haja equilíbrio entre as forças físicas e as espirituais, mantendo a harmonia de seus
lares. Quando Jesus, com seus discípulos, passava por uma seara, começaram a colher espigas. Era
sábado, e logo os fariseus atacaram Jesus, dizendo-Lhe que estava contrariando as leis. E Mateus (II, 25 a
28) conta: “Jesus respondeu: Nunca lestes o que fez Davi, quando estava em necessidade e teve fome, ele
e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, no tempo de Abiatar, sumo sacerdote, e comeu
os pães da proposição, dos quais não era lícito comer senão aos sacerdotes, dando também aos que com
ele estavam? E lhes disse: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.
Assim, o Filho do Homem até do sábado é Senhor!” Com isso, demonstrou Jesus a necessidade de atender
ao físico, acima do que era estabelecido pela religião. Existem a missão e os compromissos a serem
satisfeitos, mas, para isso, é preciso cuidar do equilíbrio do plexo físico e da mente, evitando abusos da
própria natureza, concedendo a si mesmo o merecido descanso, dentro de condições que permitam o
funcionamento do Templo na Lei do Auxílio, formando mestres Venários e Venários Especiais que possam
substituí-lo enquanto estiver fora. Não somos eternos, nem sabemos a hora em que seremos chamados
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 282
desta existência. Por isso, não só podemos como devemos formar aqueles que possam continuar
conduzindo nossos povos se não pudermos estar presentes.

FITA
A fita usada pelos médiuns da Corrente do Amanhecer é bicolor, apresentando o amarelo da
Sabedoria e o lilás da Cura, bem como o símbolo do Apará ou do Doutrinador, e forma uma elipse, um portal
de desintegração no corpo do médium, permitindo que ele possa trabalhar sem receio na manipulação das
mais pesadas vibrações. Seu uso é obrigatório, exceto para os médiuns prisioneiros. Tia Neiva sempre
recomendou que o médium andasse com sua fita junto a si, na carteira ou na bolsa, e a usasse quando
sentisse necessidade de enfrentar algum problema sério ou caso fosse fazer um trabalho em que não
pudesse estar com uniforme ou indumentária, em casa de alguém ou em um hospital, por exemplo. A fita é
uma garantia e uma segurança para o médium.

Imantrai, filhos, com o vosso trabalho, essa faixa que atravessais no peito. É a candeia viva e
resplandecente nos caminhos que tereis de percorrer. Cuidai do vosso padrão vibratório, porque
de vossas bocas sairão mantras luminosos, curadores, como ondas sonoras para alcançar a dor.
(Pai Seta Branca, 31.12.73)

FLORAIS
Dentro da grande explosão de Esoterismo que marca esta transição para o Terceiro Milênio temos
que nos preocupar em separar o trigo do joio, isto é, verificar o que está correto dentro do nosso
conhecimento e o que agride nossa Doutrina. Há um grande número de florais, isto é, preparados contendo
a energia vital, o fluido magnético (*) vegetal de inúmeras flores, que são indicados para vários males
psicossomáticos. Com base no que temos sobre energia (*), esses tratamentos são perfeitamente válidos,
só restando dúvida sobre as indicações, que parecem ultrapassar um pouco os limites do racional,
exagerando nos efeitos das essências. Mas isso deve ser considerado apenas como um indicativo quando
se fizer uso de florais, porque o poder da mente amplia a ação do fluido magnético vegetal e essa
combinação pode obter excelentes e inesperados resultados.

FLUIDO MAGNÉTICO
Tudo nesse mundo é energia (*) e, por conseguinte, vibra em determinada freqüência, emitindo
essas vibrações dentro de um padrão com as características intrínsecas deste ser, seja ele mineral, vegetal,
animal ou humano. O Homem, pela condição de ter um plexo preparado nos Planos Espirituais, emite o
ectoplasma (*) e tem muito ampliada sua capacidade de emissão vibracional. Na Natureza, dentro de uma
escala que não tem ainda bem definidos seus limites pela deficiência de nossa sensibilidade, começamos
com o fluido magnético mineral, que vem sendo muito explorado ultimamente pelo uso de cristais,
principalmente nos chakras (*), para utilização de suas vibrações no equilíbrio energético do Homem. É uma
energia densa, como a que invocamos nas Contagens, quando pedimos a energia das grandes cordilheiras
silenciosas, e as manipuladas pelo Povo das Rochas, as Rochanas, nos trabalhos do Templo. Fortes, porém
menos densas, são as energias das águas, manipuladas pelo Povo das Águas (*), das cachoeiras, dos rios,
dos lagos e dos mares. Com densidade menor, temos o fluido magnético vegetal, o aroma verde das matas,
os florais, os produtos homeopáticos, as raízes e medicamentos normalmente usados para restabelecer o
equilíbrio energético do Homem, que é a sua saúde. É amplamente manipulado pelos Caboclos das Matas
(*). Já com densidade menor, com ampla freqüência vibratória, temos o fluido magnético animal, que é
utilizado amplamente nos trabalhos feitichistas e macumbas, onde o sangue e as vibrações da angústia da
morte são usados para satisfazer a carência energética de exus e outros espíritos do Vale das Sombras.
Estudos modernos demonstraram alterações vibracionais nos animais e nos vegetais através de diversas
experiências. As plantas demonstraram modificações ao serem queimadas ou cortadas outras que estavam
perto, podendo ser avaliado um comportamento de medo. Harmonizaram, também, ao serem colocadas em
ambientes onde havia música suave. Com animais, têm-se muitos exemplos de formas adiantadas de
inteligência e sentimentos. Uma coelha apresentava alterações vibracionais cada vez que matavam um de
seus filhotes, colocados a milhares de quilômetros de distância, em um submarino russo que estava
submerso em local não revelado, em horários não previamente combinados. Assim, os três reinos da
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Natureza estão integrados em todo o Universo vibracional, irradiando, absorvendo e modificando padrões
vibratórios. Cabe ao Jaguar descobrir e conhecer as diversas características do mundo que o cerca,
sabendo manipular em seu próprio benefício e em benefício dos seus irmãos, encarnados e desencarnados,
todo esse maravilhoso conjunto de forças provenientes dos fluidos magnéticos mineral, animal e vegetal que
agem e interagem em seu Sol Interior (*). Não se fala em ectoplasma a não ser para a emissão do fluido
magnético animal do Homem.

FORÇA
Força é uma ação destacada e definida da energia, que atua sobre um ser ou um ente material,
causando modificações em seu estado de repouso ou alterando seu movimento. Ela se denomina
espontânea ou psicobiológica quando desencadeada por entes vivos (Homens ou animais) e mecânica, se
exercida por agentes inorgânicos. No Homem, um conjunto de forças psiconervosas e psicomotoras regem
suas ações, mantendo as funções vitais (respiração, pressão arterial, batimento cardíaco, etc.) e suas
atividades físicas (andar, falar, saltar, etc.). No Universo que nos cerca, existem incontáveis forças que
atuam e agem sobre nós, com naturezas e raízes diversas e, por isso mesmo, com variados resultados, que
dependem do momento, de indivíduo para indivíduo, do correto uso de sua manipulação e da capacidade de
usá-las para o Bem ou para o Mal. O Homem, pela ação de forças mal distribuídas, passa a enfrentar
graves situações e considera a vida um terrível espinho, passando a viver suas provas mergulhado numa
agonia existencial. Na Doutrina do Amanhecer aprendemos a conhecer e a manipular diversas forças.
Algumas já estão descritas nos respectivos trabalhos (Abatá, Estrela Candente, etc.) e outras estão a seguir,
de acordo com sua denominação. Humarran nos disse: “No mais íntimo do ser humano, que é o plexo,
existem energias latentes, forças poderosas que não são exploradas senão excepcionalmente. Com a
intervenção destas forças podem ser curadas as doenças do corpo e do caráter, digo, doenças físicas e
morais.”

“O Homem cria a sua própria imagem e vive os seus pensamentos. Evolução significa, acima de tudo, o
poder criador. Todo cuidado é pouco, filho. Deves sempre te cuidar na individualidade. Não te esqueças,
filho, que as forças se impõem em nós. Sim, as forças se nos impõem em todos os sentidos. Basta dizer
que uma proteção - uma proteção generalizada, como chamamos - é uma corrente magnética que,
equiparando-se às nossas, entra em aniquilação para decompor a corrente magnética animal que está
atuando em desarmonia. Quando dizemos: Deus está comigo e então nada temo! - neste instante há uma
razão. Uma pessoa religiosa recebe, realmente, esta espécie de proteção. A proteção é aplicada a todas
as vidas deste planeta, pois até o animal se liberta de suas enfermidades.” (Tia Neiva, 5.3.79)

FORÇA ABSOLUTA
A força absoluta é a que se projeta diretamente dos Oráculos, em benefício dos trabalhos, e é
manipulada pelos médiuns de modo a ser conduzida a hospitais, presídios, asilos, etc. Tem grande poder
curador e desobsessivo, pois faz com que a freqüência ou padrão vibratório entre em harmonia. É a grande
realização dos trabalhos do Amanhecer, na Corrente Indiana do Espaço e nas Correntes Brancas do Oriente
Maior.

“Busque sempre em suas origens e heranças as energias necessárias para cumprir, com perfeição, sua
tarefa cármica e possa se sentir um Homem plenamente realizado e possua sempre a paz interior, que é
indispensável para que seu Sol Interior possa irradiar e iluminar, com sua luz, todo este Universo.
Conheço bem os seus caminhos e peço por você em meus trabalhos!” (Tia Neiva, Carta Aberta n. 6,
9.4.78)
“Vem a força absoluta, e vêm, também, a força nativa absoluta e a força nativa absoluta de herança. Podem
ser emitidas em diversos planos, sem que se dê conta de onde elas vêm. Uma prece emitida com
palavras ou estilo iniciático pode fazer com que se receba uma força absoluta nativa. A simbolização no
pensamento vai refletindo e formando no neutrom um estado de consciência, onde, pela própria força ou
pela conduta doutrinária, aumenta a conscientização cada vez mais, formando um círculo no
Interoceptível, onde a própria emissão ou canal de emissão a leva para onde for preciso. Se estivermos
na Lei do Auxílio, vão para os hospitais, presídios, digo, onde houver dor.” (Tia Neiva, 5.3.79)
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 284

FORÇA BIOGÊNICA
VEJA: FORÇA VITAL

FORÇA CENTRÍFUGA
Na movimentação de energias e forças, existem aquelas que partem de nós para o exterior, isto é,
são aferentes, denominadas CENTRÍFUGAS. Sua representação é a Cruz Templária, onde quatro feixes de
forças são emitidos a partir do centro. É centrífuga toda e qualquer força emitida pelo médium, por suas
vibrações mentais, pelo seu plexo, presentes em seu ectoplasma, enfim, tudo que se origina no médium e é
emitido para a realização de um trabalho ou para o Universo, permitindo-lhe melhor auxílio a um espírito
encarnado ou desencarnado, a melhoria do padrão vibracional de objetos e ambientes. É a capacidade
vibratória do médium, o seu padrão, o seu equilíbrio. Essa emissão depende de alguns fatores: a) POLO
FONTE - origem da força em nosso corpo (mente, chakras, etc.); b) PÓLO GERADOR - a região do corpo
por onde saem as linhas de força (cabeça, olhos, mãos, etc.); c) INTENSIDADE - emissão de fluxos mais
fortes ou mais fracos, de acordo com a situação do paciente; d) DIFUSÃO - maior ou menor dispersão das
linhas de força, variando seu grau de incidência no alvo, podendo ser mais amplo ou aberto ou uma emissão
concentrada e direcionada; e e) RÍTMO - intervalos maiores ou menores, mais lentos ou mais rápidos, na
emissão das vibrações quando não feita continuamente.

FORÇA CENTRÍPETA
É a força atraída pelo médium ou para ele remetida em seu auxílio, para que lhe permita fazer algum
trabalho, aumentando seu potencial energético e melhorando suas condições vibracionais, tanto no
atendimento a outrem como a si mesmo, em casos de doenças físicas, problemas emocionais ou
sentimentais e psicológicos. A força centrípeta é toda aquela que age de forma eferente, isto é, de fora para
dentro, que incide nos chakras e, especialmente, age no Sol Interior. Está simbolizada pela Cruz de Malta,
onde quatro feixes de forças se concentram em um núcleo. Essa atração depende de alguns fatores: a)
POLO FONTE - origem da força que vamos buscar para ser manipulada; b) PÓLO ABSORVEDOR - a
região do corpo por onde iremos receber as linhas de força (chakras); c) INTENSIDADE - captação de fluxos
mais fortes ou mais fracos, de acordo com as necessidades de nossa situação; d) DIFUSÃO - maior ou
menor dispersão das linhas de força, variando seu grau de incidência nos chakras, podendo ser mais amplo
ou aberto ou uma emissão concentrada e direcionada; e e) RÍTMO - intervalos maiores ou menores, mais
lentos ou mais rápidos, na recepção das vibrações quando não feita continuamente.

FORÇA CRUZADA
As forças cruzadas são muitas, mas só se cruzam com um objetivo determinado. Há trabalhos onde
nos chegam forças que se combinam e se complementam, cada uma com seus efeitos próprios, com isso
obtendo efeitos mais fortes. Temos, como exemplo, a Indução, onde as forças dos Pretos Velhos e dos
Caboclos se cruzam. O médium não consegue cruzar forças, pois elas só se cruzam nos planos espirituais,
chegando prontas aos plexos dos médiuns. As forças só se cruzam para a realização de um trabalho. Não
se cruzam à toa e nem se misturam. Há muitas forças atuando, ao mesmo tempo, no plexo de um médium,
mas agem separada e individualmente, sem se cruzarem, exceto quando julgado necessário pela
Espiritualidade.

“Não se cruza uma força. As forças dificilmente se cruzam. Sim, filho, uma força cruzada... Salve Deus! Eu
conheci uma certa senhora por nome Calu, que era macumbeira e ninguém brincava com ela. De fato, fui
acompanhá-la. Era perto da UESB. Foi feita uma matança de bichos. Foi uma coisa tão violenta que eu,
em um canto, tive medo. Contei na UESB o que vira e tive o resultado. Disseram que um certo fazendeiro
se candidatara a Deputado Federal e queria abater seu adversário. Fiquei muito impressionada e fui,
voluntariamente, conhecer o paradeiro da vítima. Quando o encontrei, qual não foi minha surpresa: ele
estava apenas com uma força esparsa de um cruzamento. Dez dias depois, os animais continuavam
amarrados nas árvores, ainda intactos. Mais de dois bodes e outros bichos, que não sei bem agora,
estavam secos, não tinham cheiro, nem nada. Era, apenas, uma força esparsa, ou melhor, um
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 285
cruzamento esparso. Cruzamento, força cruzada na macumba, é realmente grave, muito grave! Pelo
simples descuido, no Templo, pegamos uma força esparsa. A força cruzada é algo delicado em todos os
sentidos. A força que não se cruza é a Força Absoluta, projetada forte, de poder simplesmente objetivo.
A força cruzada dos Caboclos com os Pretos Velhos é curadora e desobsessiva. Se houver um descuido
ou desrespeito, eles, em vez de projetarem na sua necessidade, deixam que ela fique em seus caminhos,
tomando conta de sua visão, e poderás sofrer por um longo tempo, porque ela passa a alimentar os seus
elítrios! Salve Deus! Sendo cruzada pelos Exus, tudo mal, não preciso explicar... Se recebermos uma
força cruzada por Exus e tivermos bem assistidos pelos nossos Mentores, ela muito pouco poderá nos
aborrecer. Os fenômenos dos quais falamos são forçados por amor ou por desespero.” (Tia Neiva,
5.3.79)

FORÇA DECRESCENTE
A força decrescente é aquela que flui dos Planos Espirituais, partindo do Ministro, passando por seu
Adjunto, seus Regentes, seus Ramas 2.000 e pelo restante de seu povo, ou, nos Sandays, fluindo dos
comandantes para os participantes. Quando maior a sintonia de um povo com seu Adjunto, melhores as
condições de trabalho desse mesmo povo nos diversos setores, nas cabalas e nos grandes Abatás. Esta é a
principal força necessária aos trabalhos no Templo, pois vai se fortalecendo com a presença e harmonia dos
médiuns de um mesmo Adjunto, formando uma imensa Luz, com elevado poder desobsessivo e permitindo
a realização de grandes fenômenos.

“Filho, VI Raio, como explicar a tua força e te dar consciência de tua posição? Porque, quanto mais
penetramos nos domínios do extrasensorial, tanto mais difícil se torna nossa jornada! Vivemos a marcha
para uma Nova Era, como diz o nosso Pai Seta Branca. Em tua força decrescente, vejo o simbolismo,
vejo o centro da Terra e vejo a luz de uma nova experiência transcendental. A lei da ambição de aprender
e de conhecer é sem limites.” (Tia Neiva, 29.3.79)
“Ministro, Legião, Terceiro Sétimo, força vibradora. Digo, força vibradora decrescente giradora. Força
decrescente que se desenvolve pela energia dos grandes atributos da Terra. São forças que se
desagregam e se emitem em outras legiões. Em Koatay 108 percorre a necessidade onde cabe chegar a
evolução de cada Adjunto que ainda pertence à Terra (não é preciso dizer que ainda pertence à Terra:
falando em Koatay 108 falamos em Adjuntos nos Carreiros Terrestres). As legiões, onde seus Ministros
consagram um Adjunto aqui na Terra, são responsáveis por ele. Sim, desde que ele (Adjunto) disponha
de uma força decrescente. Porque o Adjunto Koatay 108 dispõe de uma energia que é designada a
grandes fenômenos extrasensoriais. Esta força se expande porque o Adjunto Koatay 108 gera do
Primeiro para o Terceiro. Digo: Primeiro para o Terceiro é força decrescente. Por conseguinte, gera força
energética. Energética é força de energia vital ou força do Jaguar. Essa energia é uma força, quando
emitida em um ritual religioso - a força do Jaguar! Falando-se em energia, devemos saber que há poucas
espécies de energias. Energia, como se sabe, só o Homem na Terra dispõe. Sim, energia! Tudo é
energia. Não há boa nem má - ela existe. Depende de seu estado, da natureza, da hora, de quem e como
emite a energia. A energia que sobe do Primeiro para o Terceiro Plano, que eu conheço pelos meus olhos
de clarividente, é única e exclusivamente a do Jaguar Consagrado, que emite até sua Legião, na Linha do
Auxílio, para beneficiar outros da mesma tribo. Isto é, a energia que o Mestre Jaguar desenvolve na
emissão, ou melhor, emite em seu canto, é captada nas pequenas estações de sua Legião para servir em
socorro dos grandes vales da incompreensão, dos necessitados em Cristo Jesus. Esse pequeno posto
que eu, Jaguar, emito, é o meu Terceiro Sétimo, é o que é MEU. É do que dispõe a minha abertura e a
dos demais que precisam de mim, digo, em nome de qualquer emissão de um mestre consagrado. Toda
força decrescente de um Adjunto segue pelo que é SEU, o SEU Aledá, o SEU posto de receptividade na
linha do SEU Adjunto. Se eu tiver - EU - 7 Raios na Linha de Koatay 108, em minha linha decrescente
autorizada, crio, aos poucos, a minha estação, o QUE É MEU, o que cabe, por Deus, aos meus esforços,
ao meu amor, ao meu plexo em harmonia. Isto é o meu pequeno ALEDÁ, que servirá aos meus
dependentes num mesmo conjunto de forças. Um só Aledá, de pequenas estações, na proporção do meu
amor e na harmonia dos três reinos de minha natureza, que é o meu SOL INTERIOR. Na conjunção de
um Adjunto, vou também emitindo e edificando a minha estação, o meu Aledá. Por que - podem
perguntar - somente um Adjunto consagrado em seu povo decrescente? Porque somente um povo
decrescente consagrado em uma força poderá emitir a sua energia no que É SEU! Digo, no posto, na
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legião originalizada, na amplidão do que é seu, o seu Aledá, o seu Terceiro Sétimo. Não há condições de
um mestre, sem as suas devidas consagrações, atingir o seu Terceiro Sétimo. As hierarquias o obrigam,
uma vez que tudo é Ciência, precisão e amor. Mesmo porque a receptividade ou energia dessa natureza,
na qual estamos, é extraída da força extracósmica que reina nos três reinos de nossa natureza. O
ectoplasma a envolve, dando a faculdade para ultrapassar as barreiras do neutrom e chegar ao reino
prometido. Não há fenômenos sem a causa porque não há causas sem o fenômeno! E, dentro destes
princípios, pensamos que valem a pena nossos esforços. O menor trabalho de um Adjunto é esse, que
vemos, a olho nu, aqui no mundo físico. A grandeza, mesmo, é o que os meus olhos de Clarividente, em
nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, tem registrado: são as chegadas dessas forças nas origens, onde
quer que haja necessidade. Porque essa força - ENERGIA VITAL - é a libertação do espirito a caminho, é
o alimento que arrebenta as correntes dos acrisolados, das vibrações da Terra.” (Tia Neiva, 9.10.79)

FORÇA DIRETA
Força direta é aquela que chega diretamente ao plexo do médium, sem passar por seus sentidos,
sem sofrer qualquer influência. É emitida dos Planos Espirituais de acordo com a necessidade e sua
intensidade vai depender da condição do médium naquele momento, de como está seu Sol Interior.

FORÇA ESPARSA
A matéria astral é mais densa, mais pesada que a mental. Formada por energias geradas por
rancores, invejas, ódios, ciúmes, revoltas e outros sentimentos de grande negativismo, se aglomeram em
grandes blocos, formando volumosas formas emocionais, que ficam flutuando, sem rumo certo, por toda
parte, principalmente em ambientes mais carregados, e são as mais comuns e perigosas das chamadas
forças esparsas. Até mesmo no Templo se encontram bolsões de forças esparsas, e uma conversa,
gesticulação ou uma falta de concentração pode carregar um médium com uma força esparsa. Por isso
devemos orientar os pais para que não deixem suas crianças fazerem correrias e brincadeiras no interior do
Templo, principalmente quando os trabalhos estão abertos, porque podem captar uma força esparsa.
Quando alguém baixa seu padrão vibratório diminui a proteção da aura, e isso permite a entrada dessas
energias em seu interior, através do seu plexo, causando verdadeira catástrofe em seu íntimo. Essas forças
atingem sua energia mental (*), provocando agravamento do seu desequilíbrio, com reflexos negativos em
seu estado emocional, o que pode levar ao desespero, à loucura e até mesmo ao desencarne. Para eliminar
uma força esparsa a pessoa deve passar como paciente nos trabalhos, sendo que alguns casos podem ser
resolvidos pela participação do médium nos trabalhos. Os ambientes podem ser aliviados de força esparsa
pela defumação.

FORÇA FÍSICA
A força física é a força do corpo, do plexo físico, projetada pela energia vital que mantém a saúde, a
respiração, a alimentação, etc. É necessário cuidar do corpo para que se tenha uma força física harmoniosa
e de bom padrão vibratório, porque ela influi diretamente nas condições do Sol Interior e na constituição do
interoceptível (*), estabelecendo o padrão de emissão do ectoplasma (*). A força física é, também, aquela
que dá as melhores condições para um médium trabalhar. Se estiver fraco, cansado ou sem mobilidade, o
médium não tem condições para trabalhar com eficiência. Por isso, deve-se ter muito cuidado na concessão
da autorização para o Desenvolvimento de pessoas com problemas físicos, que só deverá ser fornecida pelo
Trino Araken, no Templo-Mãe, ou pelo Presidente, no Templo Externo. O médium deve ter muita
consciência de seu estado físico, de seu potencial de força física, para assumir uma Prisão, pois terá muito
desgaste para conseguir cumprir rigorosamente esse período. Não devemos pensar que, por não estar bem
fisicamente, isso se deve sempre a um cobrador. Deve ser bem avaliada a sugestão de um Preto Velho para
assumirmos uma Prisão, sabendo dele se os males que nos afligem porventura sejam causados por um
cobrador que precisa ser libertado.

FORÇA GERADORA
A força geradora trabalha, sempre, na vertical, isto é, do Cosmos para a Terra e vice-versa, sempre
em função de forças originárias dos Planos Espirituais, emitidas ou recebidas pelo médium nos trabalhos
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curadores ou desobsessivos, fazendo com que haja, sempre, uma reação ao seu efeito, isto é, não se
desloca em vão. Nunca se perde e é sempre transformada em forças de diferentes atuações,
independentemente de quem as libera, servindo como instrumento da espiritualidade para chegar aos
resultados programados.

FORÇA GIRADORA
A força giradora é emitida na horizontal, sem qualquer origem extraterrena, e usada para harmonizar
e concentrar os médiuns. Emitida pelo plexo, não sofre qualquer interferência que não as provocadas pelas
forças física, mental e vital, sempre girando de plexo a plexo. Em reuniões e aulas, através da
harmonização se desencadeia um leque de força giradora que irá dar condições de plena realização àquele
evento.

FORÇA INICIÁTICA
Força iniciática é a emitida pelo plexo do médium desenvolvido, que a utiliza como complemento da
força física e tendo importante parcela da força cósmica para ajudá-lo em seus trabalhos na Corrente e nas
várias situações em que atua na Lei do Auxílio, a qualquer hora e em qualquer lugar.

FORÇA DO JAGUAR
A força do Jaguar é uma força cruzada, em que sua força mediúnica se cruza com as energias
telúricas (da Terra) mescladas com as energias do Sol e da Lua, formando um feixe que gera toda a energia
vital do Sol Interior, e é emitida pelo ectoplasma no momento em que o médium, principalmente o
Doutrinador, fala. Fala-se de força do Jaguar como sendo força da Terra, mas, na verdade, a força do
Jaguar é a força da Terra somada à força vital.

FORÇA MAGNÉTICA
É uma força de atração e, consequentemente, de repulsão, de origens diversas, emitida pelas mãos
e pelos olhos para ajuda de curas desobsessivas e físicas. Ela é a grande responsável pela simpatia ou
antipatia entre as pessoas, pois vibram na freqüência de quem as emite, no padrão daquele espírito. Junto
com a força mediúnica, agem sobre o plexo do paciente, ajudando-o nas curas. O Doutrinador trabalha com
seus olhos abertos para poder emitir sua força magnética.

FORÇA MEDIÚNICA
Quando um médium, de modo geral, completa quatorze anos, começa a receber energia cósmica e
passa a contar com a força mediúnica, na medida em que seu Sol Interior consegue manipular a energia que
recebe, pois isso sofre a importante influência do conjunto psicofísico e espírito. Essa fase de ajustamento
se prolonga até cerca dos vinte e um anos, quando se completa e o médium está apto a ouvir as vozes dos
três reinos de sua natureza: do corpo, da alma e do espírito. Sabendo usar sua força mediúnica o médium
poderá modificar seu destino cármico, principalmente se usá-la na Lei do Auxílio. Esse aprendizado se faz
pelo Desenvolvimento (*). A força mediúnica, por sua origem cósmica, transcende os limites da educação,
dos hábitos e de qualquer situação física, sendo o mais forte componente da personalidade. Sofre influência
do ciclo das roupagens (que muda de 80 em 80 dias) porque reflete personalidades e experiências de
encarnações passadas. Embora existam forças mediúnicas de diversas naturezas atuando sobre um
médium, sempre há aquelas que predominam. Constitui-se em faculdade psíquica de amplos recursos, mas,
na realidade, não é nossa propriedade, e, sim, uma concessão temporária em benefício da nossa evolução.
É como se nos fosse dada uma concessão, um mandato, para que, sem qualquer interesse material,
possamos trabalhar e aplicá-la na Lei do Auxílio, com amor e dedicação. Nos Aparás, há predominância das
forças dos Pretos Velhos e dos Caboclos. Nos Doutrinadores, predomina a força das Princesas e de seus
Ministros. Em qualquer caso, sempre predomina a força do Mentor responsável por aquele médium.

FORÇA MENTAL
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 288
A força mental é projetada através da mentalização (*), especialmente pela utilização da forma-
pensamento (*), podendo, por vezes, ser emitida inconscientemente, quando temos pensamentos súbitos e
inesperados, que buscamos abafar. Por isso, Koatay 108 sempre nos advertiu para que tomássemos
cuidado com nossos pensamentos. É altamente perigosa, pois pode levar o desequilíbrio a quem a recebe e
a quem a emite. Pela força mental o médium irradia sua energia mental (*), o seu padrão vibratório. Assim,
quem estiver perto dele vai se sentir bem ou mal, de acordo com a emissão da força mental dele. A pessoa
feliz emite um bom padrão vibratório; as pessoas tristes ou perturbadas emitem força mental de baixo
padrão.
“As forças são recebidas por meio do cérebro e fazem impressões na mente por ondas de pensamento,
ficando gravadas como o som de uma música que, mesmo quando não é cantada, fica decorada a ponto
de parecer que a estamos ouvindo. É a capacidade de recebermos e emitirmos as ondas mentais dos
planos superiores que nos dá o poder de fazer as coisas que se encantam nas curas desobsessivas. Às
vezes, captamos uma força e a emitimos na presença de um enfermo - e ele se cura como que por
encanto, deslumbrando os demais, que não conhecem esse fenômeno como nós.” (Tia Neiva, s/d)

FORÇA NATIVA
A força nativa é própria do médium não desenvolvido, que não recebeu qualquer refinamento e se
projeta com toda sua intensidade, podendo ser positiva ou negativa, de acordo com a situação do plexo de
quem a emite. É emitida pela energia vital animal ou física e, conforme a idade do médium, se mistura à
força mediúnica. Na Sessão Branca é manipulada a força do Xingu, força nativa dos índios, no caso uma
FORÇA NATIVA ABSOLUTA, isto é, uma força nativa que não sofre qualquer influência e nem se combina.
Temos, também, a FORÇA NATIVA ABSOLUTA DE HERANÇA, que é aquela força nativa que o espírito
emite através de diversas encarnações, que marca a exteriorização vibratória daquele espírito.

FORÇA NEGATIVA
Força negativa é qualquer força de baixo padrão vibratório emitida por diversas naturezas e que
levam ao desequilíbrio as pessoas que as absorvem. Elas se originam de maus pensamentos,
ressentimentos, inveja e ciúmes, e podem ser direcionadas pela mentalização, pela força mental, ou por
trabalhos em outras linhas, em que são usados objetos e espíritos sem Luz. Há objetos que armazenam
forças negativas (veja ÁGUA) e fazem mal a quem está no mesmo ambiente que eles. Podem se grupar,
formando forças esparsas, quando não têm um objetivo determinado. Ambientes tristes, de amargura, de
revolta ou de ódio são potentes emissores de forças negativas que podem atingir àqueles que não estejam
bem equilibrados e, pelo baixo padrão vibratório, se tornam vulneráveis.

FORÇA POSITIVA
Emitidas pelos Espíritos evoluídos, encarnados ou desencarnados, as forças positivas atuam
beneficamente na harmonização do Sol Interior, melhorando o padrão vibratório de quem as recebe e se
refletindo na emissão do ectoplasma. São facilmente identificáveis, pois fazem bem a quem as emite e a
quem as recebe. Sua origem pode ser, também, de fontes da Natureza terrestre - geralmente pontos
energéticos existentes em locais de nenhum ou pouco contato com o Homem - e de pontos no Cosmos. São
de grande valor para irem rompendo as barreiras do neutrom, penetrando nas grandes cavernas, ajudando
na libertação de muitos espíritos que ali buscam sua recuperação. São, essencialmente, forças
desobsessivas e têm muita influência nos ambientes e nas pessoas que estejam sob suas vibrações.

FORÇA PSICOLÓGICA
Gerada pela alma, a força psicológica transmite as sensações e os sentimentos, tais como amor,
sofrimentos, alegrias, tristezas, etc., tendo como origem a energia mental (*). Seu ponto de recepção e de
emissão é no sistema nervoso central, agindo em conjunto com as forças física e mediúnica no equilíbrio.
Portanto, é também formadora da aura, de modo que reflete, sempre, o padrão vibratório do médium,
fazendo com que possa se equilibrar, nos momentos difíceis, pela recepção de forças positivas que influem
em seu plexo e, por consequência, atuam no sistema nervoso central, levando ao cérebro ondas de
tranquilidade e paz, que melhoram consideravelmente suas condições psíquicas, físicas e mentais.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 289

FORÇA PSÍQUICA
VEJA: ENERGIA MENTAL

FORÇA TELÚRICA
VEJA: FORÇA DA TERRA

FORÇA DA TERRA
A força da Terra ou Telúrica é a gerada pelos três reinos da Natureza, produto do fluido magnético
mineral, vegetal e animal. Originou o Telurismo, estudo da influência do solo na constituição física e
psicológica dos que habitam este espaço, bem como da própria natureza dessas forças e alcance de suas
projeções. São chamadas forças telúricas, que provocam os terremotos, as explosões vulcânicas, os
maremotos e outros chamados fenômenos naturais, e, juntamente com a ação de forças geomagnéticas,
hidrográficas e geográficas, formam o sistema nervoso da Terra. É responsável pelas condições climáticas
e pelas estações do ano, agindo em consonância com a destruição que o Homem faz na Natureza,
buscando suprir as necessidades de sobrevivência dos seres terrestres, nos seus três reinos, para que a
Vida prossiga na Terra dentro do equilíbrio e sob a ação das Leis de Causa e Efeito, que agem por todo o
Universo. Adicionada à força vital, a força da Terra forma a força do Jaguar. Tem o Homem buscado
entender algumas questões relacionadas com as forças telúricas, especialmente no que se refere: a) à
flutuação dos continentes, que se movimentaram, à deriva, por milhares de quilômetros na superfície
terrestre; b) ao alinhamento de pontos de perturbações magnéticas, onde a crosta terrestre se apresenta
menos densa, em forma de losangos, uniformemente simétricos, ao longo das linhas de latitude 30º Norte e
30º Sul, intercalados nas longitudes de 30 em 30 graus, e no pólo Norte e no pólo Sul, originando 12 pontos
de aberrações magnéticas em que ocorrem fenômenos de alterações do tempo e do espaço até o momento
não explicado pela Ciência, como um dos mais conhecidos destes pontos, o denominado Triângulo das
Bermudas; e c) à inversão de pólos, periodicamente acontecendo, em que o pólo Norte inverte sua
polaridade magnética com o pólo Sul, com o derretimento das calotas polares, subida do nível das águas e
formação de novas calotas de gelo, ocasionando o desaparecimento da maioria dos organismos vivos e
causando grandes alterações na atmosfera e na litosfera. Desde a antiguidade, civilizações marcaram
pontos energéticos do planeta, construindo templos e pontos de manipulação de energia em localidades
consideradas gânglios telúricos, pontos de grande concentração desta força, utilizando desde pedras
grandes de granito até construções gigantescas, como pirâmides, que agem como acumuladores de força. A
benzedura é a manipulação de forças telúricas (*), em que se usa uma ou mais formas de orações para a
revitalização dos chakras, principalmente para tratar crianças que não têm condições de se defenderem
conscientemente, constituindo-se em um ramo do Xamanismo (*). É a benzedura um conceito antigo que
compreende três sistemas da antiga Medicina: o mágico, o teológico e o naturalístico.
“...E como tudo é completo neste Universo de Deus, seguiu-se o plexo da vida na natureza, do animal e da
planta. Foi colocado o plexo animal. Surgiu o poderoso ERON, que quer dizer “Sol do Prana”. Eron,
conduzido pelo prana, conduz as forças da Natureza, em uma só obediência, para Deus.” (Tia Neiva,
19.9.80)

FORÇA UNIVERSAL
A força universal é a que resulta do cruzamento da energia cósmica com as forças vital e mediúnica
na manipulação que os Mentores fazem no plexo do médium equilibrado e preparado. Age em todos os
trabalhos e no equilíbrio e permanente desenvolvimento do médium em sua jornada. Para sua perfeita
manipulação é preciso obedecer à conduta doutrinária e aos detalhes dos rituais estabelecidos nas Leis
deste Amanhecer, pois necessita grande precisão e concentração do médium para que possa se projetar
com toda a intensidade que se fizer necessária para a realização de grandes fenômenos curadores e
desobsessivos.
“Sim, falamos em força universal. Esta expressão está sendo mal atribuída no nosso tempo. Os Pretos
Velhos falam em força universal e muitos pensam que ter essa força é ter duas mediunidades. Não é
verdade! A força universal é a de um médium - digamos, um Doutrinador - com uma espécie de força que
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 290
cura todas as enfermidades. Veja isso num Apará, distribuindo bem a sua mediunidade. No Homem, é
bem distinta essa força.” (Tia Neiva, 27.4.83)

FORÇA VITAL
A força vital indica a posição e a elevação, pelas consagrações, do médium encarnado. É a força
utilizada em todas as manifestações do Homem, do médium desenvolvido ou não, e é própria dele, pois
nenhum outro ser da Natureza a emite, uma vez que se manifesta com toda a intensidade de acordo com o
equilíbrio do Sol Interior e do Interoceptível, fazendo com que cada ser humano tenha sua força vital
exclusiva, que o identifica no Universo. Ela gera um campo bioelétrico, que se faz presente em todo o
organismo, e se manifesta como energia bioplasmática - a aura. O potencial da força vital varia de um
indivíduo para outro, e é isso que diferencia um médium de outro, e não a força mediúnica, pois a força vital
influencia diretamente a natureza e valor do ectolítrio e, consequentemente, a produção do ectoplasma. A
força vital gera, no corpo físico, uma rede de força - partículas atômicas e subatômicas que se deslocam
pelo corpo em função da energia que o sangue distribui - que formam um esqueleto energético do corpo
físico, que têm relação direta com os meridianos utilizados por diversas linhas de tratamentos alternativos,
principalmente pela Acupuntura. É pela força vital combinada com a força magnética, conduzidas pelo
ectoplasma, que se produz o choque magnético nos espíritos desencarnados. Esta força vital é reconhecida
em outras linhas doutrinárias e científicas, embora com descrições pouco diferenciadas, como bioplasma, ka
(Antigo Egito), chi ou ki (Acupuntura, Reiki), pneuma (Grécia), baraka (Sufis), fluído da Vida (Alquimia), fluido
magnético, fluido vital (Allan Kardec), libido (Freud), magnetismo animal (Mesmer), sincronicidade (Jung) e
bioenergia (Parapsicologia). Essa força vital é a responsável pelas interações à distância (clarividência, entre
um ser vivo e outros organismos; telepatia e bioterapia, entre seres vivos; e psicocinese, entre ser vivo e
matéria inanimada), quando cruzada com outras forças, principalmente aquelas projetadas pela energia
mental.

“Venho demonstrando - e tenho certeza de have-lo feito rigorosamente - a evolução da força, desde a
polarização que produz às afinidades, congregadas e transfundidas, que constituem a força vital ou
biogênica, que se desdobra ao assumir sua atividade na motricidade da sensitividade, cuja força cria no
reino vegetal, fortalecendo o reino animal, e que também manipula o ectolítero para ectolítrio, energia
que, depois de manipulada, se desprende do plexo e se faz ectoplasma. O ectoplasma é uma energia
fluídica, de corpos fluídicos que podem materializar e só se ilumina pela concentração ou pelo ritual
qualquer do condutor.” (Tia Neiva, s/d)
“A grandeza, mesmo, é o que os meus olhos de Clarividente, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, tem
registrado: são as chegadas dessas forças nas origens, onde quer que haja necessidade. Porque essa
força - ENERGIA VITAL - é a libertação do espirito a caminho, é o alimento que arrebenta as correntes
dos acrisolados, das vibrações da Terra.” (Tia Neiva, 9.10.79)

FORÇA DO XINGU
“Jamais irei exigir, nos vossos aparelhos, a presença dos Anjos do Céu. Porém, irei sempre às matas
frondosas do Xingu em busca das mais puras energias, para o conforto, a harmonia e a cura do corpo e
do espírito e do desenvolvimento material de vossas vidas. Força do Xingu: força vital, extracósmica.” (Tia
Neiva, s/d)

FORMA-PENSAMENTO
A forma-pensamento é a materialização de um objeto, de um ser, de qualquer coisa que utilize a
energia mental (*) para direcionarmos as forças de nosso trabalho ou de nossas vibrações. Tudo, nesta vida,
é iniciado na mente das pessoas, especialmente pelas formas-pensamentos.

FALANGE MISSIONÁRIA FRANCISCANA


As Franciscanas são lideradas pela Ninfa Lua Nilza, tendo como Adjunto de Apoio o Comandante
Adjunto Otalevo, Mestre João do Vale, sendo seus prefixos Acale e Acale-Ra.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 291
CANTO DAS FRANCISCANAS:
JESUS! NESTA BENDITA HORA, VENHO UNIR-ME ÀS MINHAS IRMÃS E EMITIR O MEU CANTO,
O CANTO DA MISSIONÁRIA VINDA DO MUNDO VERDE. EU SOU, JESUS, A FRANCISCANA DE ASSIS,
O SIMIROMBA DE DEUS PAI TODO PODEROSO, QUE ME ENSINOU A VERDADEIRA CURA
DESOBSESSIVA DOS CEGOS, DOS MUDOS E DOS INCOMPREENDIDOS. SEMPRE, JESUS, EM TEU
SANTO NOME, VIVEREI, SEMPRE A BEM DOS QUE NECESSITAREM DE MIM. EM NOME DO PAI, DO
FILHO E DO ESPÍRITO. SALVE DEUS!

FRANCISCO DE ASSIS
Reencarnação das mais marcantes teve Oxalá, ou Pai Seta Branca, quando teve a maior
oportunidade de mostrar ao Homem o valor do amor, da humildade e da tolerância. Além de ter a assistência
de Clara de Assis (*), Francisco, portador de refinada mediunidade de clariaudiência, tinha contatos com a
Espiritualidade Maior, que muito o auxiliou em sua missão que, pela grandeza e fulgor, se difundiu pelos
tempos, chegando muito viva até nós, embora, como tantos fatos que sucederam em eras passadas,
tenham sido apropriados pela Igreja Católica Apostólica Romana. Mas isso, de forma alguma, altera os
fatos, pois o grande espírito de Francisco de Assis se submeteu àquela Igreja, que atravessava séria crise à
época. Nascido em Assis, na Itália, em 1182, filho do rico comerciante Pietro di Bernardone e de sua
esposa, dona Pica, Francesco (Francisco) deve seu nome a uma homenagem que seu pai quis fazer à pátria
de sua mãe, a França, onde ele ia comprar suas mercadorias para comerciar. Francisco criou-se apegado à
mãe, com ela compartilhando a gentileza e a bondade, aprimorando seu gosto pelas artes, pela música e
pela poesia. Era sempre alegre e jovial. Tinha tudo o que um nobre da época podia querer, mas não tinha
um título da nobreza. Havia uma jovem bela e rica a quem amava, e era correspondido - Clara, de família
nobre, e a vida se escoava entre as grandes diversões da juventude. Em 1202 surgiu uma guerra, tão
comum naquela época, entre as duas cidades vizinhas: Assis e Perugia. Com 20 anos, Francisco se
preparou para grandes feitos que pudessem lhe render um título de nobreza e se juntou aos amigos para
participarem da guerra. Mas logo foi feito prisioneiro, em Colastrade, novembro de 1202, e, após um ano de
cárcere e sofrimentos, sem perder sua alegria contagiante, adoeceu, sendo então libertado pela ação da
Confraria dos Cativos Doentes. Passaram-se três anos em que Francisco começou a fazer uma análise mais
profunda da vida e da sociedade em que vivia. Mesmo assim, resolveu ir à guerra, em busca do sonhado
título de nobreza, principalmente para poder influenciar o pai de Clara, que era contra o namoro dos dois. Ao
passar a noite em Espoleto, a caminho da batalha, ouve a voz de Deus que o manda retornar a Assis, e
aguardar o que deveria fazer. O retorno foi dramático. Chacotas dos amigos, o pai enfurecido, porque todos
o chamavam de covarde, por não ter prosseguido para o combate, somente o carinho de sua mãe e o de
Clara os confortavam, enquanto ele aguardava nova manifestação. Mas não ficou passivo na espera.
Lançou-se aos trabalhos de caridade, junto aos pobres, à oração compartilhada com os humildes, e
Francisco foi se tornando mais dócil e sensível. Um dia, estava cavalgando pelos campos quando se
deparou com um leproso, o tipo mais marginalizado pela sociedade da época. Impulsivo, apeou e
abraçou o doente, beijando-o com ternura. E, naquele momento, por aquele gesto, Francisco
entendeu que iniciava sua verdadeira missão nesta Terra. O leproso, que nada tinha para lhe
oferecer, em sua miséria integral, foi a representação do Cristo. Francisco entendeu aquele
momento, e sentiu o quanto precisava o Homem despertar para o amor, a tolerância e a humildade .
Passou a praticar a caridade, inclusive na loja do pai, atendendo às necessidades dos carentes. Seu pai
ficou transtornado pela raiva, e achou que ele estava doido, e não deixou que ele ficasse na loja. A mãe era
sua única união com aquele mundo que ele ia deixando. Até mesmo Clara estava isolada pela família, que já
pensava arranjar um nobre para desposá-la. Francisco se lança, então, a uma vida livre, junto à comunidade
carente, vestindo simples farrapos e orando em capelas abandonadas ou semidestruídas. Em uma delas,
dedicada a São Damião, orava em frente a um grande crucifixo quando ouviu a voz de Deus: “Francisco,
vai e restaura a minha Casa. Vês que ela está em ruínas!...” Admirado, Francisco começou logo um duro
trabalho - o de restaurar aquela capela. Sozinho, sem noção de trabalhos de pedreiro, gastou muita energia,
sem entender que o apelo divino se referia não àquela capelinha, mas sim à própria Igreja Romana, que
estava em franca decadência. Tantas fez, ajudando os pobres, vestindo-se e vivendo como um deles,
trabalhando febrilmente na recuperação da capela, desligado daquele mundo que um dia fora tão importante
para ele, que o pai decidiu levá-lo à presença do bispo, sendo a reunião feita na praça de Santa Maria Maior,
no centro de Assis, diante do bispado. Após ouvir as queixas do pai, diante da multidão, Francisco não
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 292
deixou o bispo se pronunciar, e tirando todas as roupas e algumas moedas, entregou tudo a seu pai,
dizendo-lhe: “Até agora chamei de pai a Pedro Bernardone. Mas, como me propus a servir a Deus,
devolvo-lhe o dinheiro, que tanto o tem irritado, bem como todas as roupas, renunciando à minha
herança, pois, de agora em diante, quero dizer: Pai Nosso que estás nos céus!...” Nu, alegre por
sentir-se livre das amarras dos bens materiais, da escravidão do dinheiro, das ambições e competições
sociais, dos falsos sentimentos, Francisco saiu da cidade cantando, e foi viver como mendigo, continuando
seu trabalho na reconstrução das muitas capelas abandonadas. Uma, em especial, tinha toda a atenção de
Francisco: a de Santa Maria dos Anjos, também denominada a Porciúncula. Ali se tornou a base de
Francisco e foi onde reuniu aqueles que o seguiram, após ter ele decidido, em 9.2.1209, estabelecer uma
Ordem. Muitos antigos companheiros de farras e membros de famílias ricas e nobres, como um riquíssimo
Bernardo di Quintavale ou um jurisconsulto e cônego Pedro Catânio, decidiram acompanhar Francisco em
sua missão. Foram tantos, que Francisco fundou a Ordem dos Frades Menores, com 11 membros. Quando
Clara fugiu de casa e veio se unir a eles, foi fundada a Ordem das Irmãs Clarissas. Os membros da Ordem
não deviam possuir ouro, prata ou qualquer dinheiro, nem bolsa, nem pão, dividindo com os necessitados
tudo o que recebessem como esmolas. Inicialmente, se saudavam com “O Senhor vos dê a Paz!”, e
Francisco adotou a saudação: “Paz e Bem!”. Francisco era alegre e cordial, e dizia: “Um servo de Deus
não deve se mostrar triste ou turbulento, mas sempre sereno. Resolva teus problemas em teu quarto
e, na presença de Deus, podes chorar e gemer. Mas, quando voltares para junto de teus irmãos,
deixa de lado a tristeza e o aborrecimento e trata de te conformares com os outros! Cuidas de nunca
te demonstrares mal-humorado e hipocritamente triste. Mostra-te jubiloso no Senhor, alegres e
felizes, convenientemente simpáticos!...” Quando já possuía onze membros na Ordem, Francisco
decidiu levar para aprovação do papa Inocêncio III a Regra de Vida que escrevera para definir sua Ordem, e
que começava assim: “A Regra e a vida dos frades menores é esta: observar o santo Evangelho de Nosso
Senhor Jesus Cristo, vivendo em obediência, sem propriedade e em castidade.” No Vaticano, onde o fausto
dos cardeais parecia ignorar a crise que se abatia sobre a Igreja Católica, aqueles maltrapilhos foram mal
recebidos e pouco tempo foi dado a Francisco para ler a sua Regra e surpreender a todos por ter revelado
que o Superior da Ordem dos Frades Menores era o próprio Espírito Santo! O papa ouviu e ficou de
responder no dia seguinte. Naquela noite, Inocêncio III teve um sonho: uma imensa torre, que era a Igreja
Católica, estava ruindo, e um fradinho a sustentava, evitando o desastre. Reconheceu Francisco naquele
frade salvador, e, no dia seguinte, abençoou aquele grupo de missionários mendigos e aprovou a Regra.
Voltaram felizes e reforçados para a dura vida que haviam escolhido. Perguntado uma vez sobre a carência
de bens materiais, Francisco respondeu: “Se possuíssemos bens materiais, teríamos que nos armar
para nossa proteção, daí surgindo litígios e contendas que, de muitas maneiras, costumam impedir o
amor de Deus e do próximo. Por isso, decidimos nada ter!” Um dia, na Porciúncula, houve uma
aparição de Jesus e de Maria a Francisco, que extasiado, ouviu nosso Divino e Amado Mestre perguntar que
graça queria receber como prêmio de sua dedicação. Respondeu: “Que todos aqueles que, arrependidos
e confessados, entrarem nesta capela, possam receber o completo perdão de seus pecados!” E
assim foi a passagem de Francisco de Assis nesta Terra: um exemplo vivo do amor incondicional, da
humildade feliz e alegre, da tolerância com aqueles que não entenderam as suas mensagens. Em paz com
os homens e consigo mesmo, buscando a perfeita harmonia com a Natureza, a ponto de se fazer entender
pelos animais, com sua mente sempre voltada para Deus e Suas obras, vivendo o Evangelho, Francisco é
o grande exemplo do missionário de todos os tempos. Em 1223, retornando de uma peregrinação à
Terra Santa, onde visitou Belém, resolveu inovar a cerimônia do Natal: numa gruta junto ao eremitério de
Greccio, montou uma representação do nascimento de Jesus, formando o primeiro presépio da História.
Também, ali, usando uma pedra como altar, à meia-noite celebrou uma missa, durante a qual podiam ouvir
os galos cantando. Ficou conhecida como a Missa do Galo, tradição que vem até os dias de hoje. Francisco
desencarnou em 3.10.1226, após longa enfermidade que o deixou cego e debilitado, após ter recebido em
seu corpo as Chagas de Jesus, no outono de 1224, no alto do monte Alverne. No dia 16.7.1228, na catedral
de Assis, o papa Gregório IX canonizou Francisco. Quando enfermo, Francisco compôs uma de suas
grandiosas obras:
O CÂNTICO DAS CRIATURAS
ALTÍSSIMO, ONIPOTENTE, BOM SENHOR,
TEUS SÃO O LOUVOR, A GLÓRIA, A HONRA E TODA A BÊNÇÃO!
SÓ A TI, ALTÍSSIMO, SÃO DEVIDOS;
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 293
HOMEM ALGUM É DIGNO DE TE MENCIONAR...
LOUVADO SEJAS, MEU SENHOR, COM TODAS AS TUAS CRIATURAS,
ESPECIALMENTE O SENHOR IRMÃO SOL,
QUE CLAREIA O DIA E COM SUA LUZ NOS ILUMINA.
E ELE É BELO E RADIANTE, COM GRANDE ESPLENDOR:
DE TI, ALTÍSSIMO, É A IMAGEM!...
LOUVADO SEJAS, MEU SENHOR, PELA IRMÃ LUA E AS ESTRELAS,
QUE NO CÉU FORMASTE CLARAS, PRECIOSAS E BELAS...
LOUVADO SEJAS, MEU SENHOR, PELO IRMÃO VENTO, PELO AR,
NUBLADO OU SERENO, E TODO O TEMPO,
PELO QUAL ÀS TUAS CRIATURAS DÁS SUSTENTO!
LOUVADO SEJAS, MEU SENHOR, PELA IRMÃ ÁGUA,
QUE É MUITO ÚTIL, HUMILDE, PRECIOSA E CASTA...
LOUVADO SEJAS, MEU SENHOR, PELO IRMÃO FOGO,
PELO QUAL ILUMINAS A NOITE,
E ELE É BELO, JUCUNDO, VIGOROSO E FORTE...
LOUVADO SEJAS, MEU SENHOR, POR NOSSA IRMÃ, A MÃE TERRA,
QUE NOS SUSTENTA E GOVERNA, QUE PRODUZ FRUTOS DIVERSOS,
E COLORIDAS FLORES E ERVAS!
LOUVADO SEJAS, MEU SENHOR, PELOS QUE PERDOAM POR TEU AMOR
E SUPORTAM ENFERMIDADES E ATRIBULAÇÕES...
BEM-AVENTURADOS OS QUE AS SUSTENTAM EM PAZ,
PORQUE POR TI, ALTÍSSIMO, SERÃO COROADOS.
LOUVADO SEJAS, MEU SENHOR, PELA NOSSA IRMÃ MORTE CORPORAL,
DA QUAL HOMEM ALGUM PODE ESCAPAR!
AI DOS QUE MORREREM EM PECADO MORTAL!
FELIZES OS QUE ELA ACHAR CONFORMES À TUA SANTÍSSIMA VONTADE,
PORQUE A MORTE SEGUNDA NÃO LHES FARÁ MAL!...
LOUVAI E BENDIZEI A MEU SENHOR,
E DAI-LHE GRAÇAS E SERVI-O COM GRANDE HUMILDADE...
ORAÇÃO DO AMANHECER
SENHOR, NO SILÊNCIO DESTE DIA QUE AMANHECE,
VENHO PEDIR-TE A PAZ, A SABEDORIA E A FORÇA!...
QUERO, HOJE, OLHAR O MUNDO COM OLHOS CHEIOS DE AMOR...
QUERO SER PACIENTE, COMPREENSIVO, PRUDENTE...
QUERO VER ALÉM DAS APARÊNCIAS TEUS FILHOS COMO TU MESMO OS VÊS
E ASSIM, SENHOR, NÃO VER SENÃO O BEM EM CADA UM DELES!
FECHA MEUS OUVIDOS A TODA CALÚNIA,
GUARDA MINHA LÍNGUA DE TODA MALDADE!
QUE SÓ DE BÊNÇÃOS SE ENCHA A MINHA ALMA.
QUE EU SEJA TÃO BOM E TÃO ALEGRE QUE TODOS AQUELES
QUE SE APROXIMEM DE MIM SINTAM A TUA PRESENÇA!
REVESTE-ME, SENHOR, DE TUA BELEZA!
E QUE, NO DECURSO DESTE DIA, EU TE REVELE A TODOS!
ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
SENHOR! FAZE DE MIM INSTRUMENTO DA TUA PAZ!
ONDE HOUVER ÓDIO, FAZE QUE EU LEVE O AMOR,
ONDE HOUVER OFENSA, QUE EU LEVE O PERDÃO,
ONDE HOUVER DISCÓRDIA, QUE EU LEVE A UNIÃO,
ONDE HOUVER DÚVIDAS, QUE EU LEVE A FÉ,
ONDE HOUVER ERROS, QUE EU LEVE A VERDADE,
ONDE HOUVER DESESPERO, QUE EU LEVE A ESPERANÇA,
ONDE HOUVER TRISTEZA, QUE EU LEVE A ALEGRIA,
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 294
ONDE HOUVER TREVAS, QUE EU LEVE A LUZ!
Ó, MESTRE!
FAZE QUE EU PROCURE MAIS CONSOLAR, QUE SER CONSOLADO,
COMPREENDER MAIS, QUE SER COMPREENDIDO,
AMAR MAIS, QUE SER AMADO...
POIS É DANDO QUE SE RECEBE,
É PERDOANDO QUE SE É PERDOADO,
E É MORRENDO QUE SE VIVE PARA A VIDA ETERNA!
PRECE DOS PEQUENINOS DE ASSIS
PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU, NA GLÓRIA DA CRIAÇÃO!
OUÇA ESTA HUMILDE ORAÇÃO DOS PEQUENOS LÁBIOS MEUS!
SANTIFICADO SEJA O SENHOR!
SEJA O TEU NOME DIVINO EM MINHA ALMA DE MENINO,
QUE CONFIA EM TEU AMOR!
VENHA A NÓS O TEU REINADO DE PAZ E MISERICÓRDIA,
QUE ESPALMA A LUZ DA CONCÓRDIA SOBRE O MUNDO ATORMENTADO...
QUE A TUA BONDADE, QUE NÃO EXITA E NEM ERRA,
SEJA FEITA EM TODA A TERRA E EM TODO O CÉU SEM FIM...
IRMÃOS DE TODA A TERRA, AMAI-VOS UNS AOS OUTROS!
IRMÃOS DE TODA A TERRA, AMAI-VOS UNS AOS OUTROS... SALVE DEUS!

FUMO
O fumo ou, propriamente, a nicotina, é um alcalóide de alta toxicidade, extraído da planta do tabaco,
sendo consumido em grandes quantidades pelos fumantes em maior ou menor concentração do veneno,
constituindo-se o cigarro - ou o charuto ou o cachimbo -, em fator de desequilíbrio no funcionamento dos
neurônios. Os neurônios se comunicam entre si através de substâncias denominadas neurotransmissores,
sendo uma delas a acetilcolina, cuja ação é imitada pela nicotina, que se encaixa nos receptores de
acetilcolina das células cerebrais e determina maior produção de dopamina, neurotransmissor que gera
sensação de bem-estar. Em sua ação natural, a acetilcolina é liberada pelos receptores e reabsorvida pelas
células. Pela ação da nicotina, quando cessa seu efeito a produção de dopamina é interrompida, o que
causa desequilíbrio no sistema nervoso, só sendo sanado quando o fumante absorve novas doses de
nicotina, que vão se encaixar nos receptores das células cerebrais, criando, assim, o ciclo vicioso que
escraviza o fumante, originando vibrações negativas que viciam e provocam o enfraquecimento de forças
vitais, impregnando o perispírito e fazendo com que as vibrações fiquem pesadas, prejudicando a aura e
atuando no funcionamento dos chakras, dificultando a captação de energia. Por causa dessa reação nos
neurotransmissores, o tratamento para se livrar do fumo inclui substâncias tranqüilizantes que vão aliviar a
falta da nicotina. Como Jaguares compreendemos que a evolução do espírito implica na superação de
paixões e vícios, desejos ligados ao mundo físico, cujo fracasso nos levaria a novas encarnações
provatórias ou retificadoras. Em nossa Corrente não se proíbe seu consumo apesar de serem seus danos de
ordem física, causando bronquite, problemas cardíacos e circulatórios, atuando nos pulmões de forma a
prejudicar a oxigenação do sangue, lesionando os tecidos e podendo originar necroses, isto é, a morte de
células por envenenamento, males que podem ocasionar lesões no corpo espiritual, o que levaria a
reencarnações reparadoras. Mulheres que fumam durante a gestação tendem a ter mais abortos, filhos
natimortos ou com mortes prematuras. As pessoas que usam o tabaco têm maior tendência ao câncer,
complicações circulatórias, cancros da laringe, do esôfago e da boca, Embora cause dependência, o vício
do fumo não causa, ao que se sabe até o momento, lesões no sistema nervoso central. Isso o diferencia dos
tóxicos e entorpecentes, porque o corpo etérico de um fumante, após seu desencarne, passa por sistema de
limpeza e desimpregnação da nicotina de suas células, mas isso não pode ser feito por um viciado em
tóxicos, que tem sempre lesões que só serão recuperadas através de reencarnações reparadoras. Todavia,
uma pessoa que tem seu organismo já minado por algum mal, sendo os mais comuns a bronquite crônica e
o enfizema, sabendo que o fumo só irá agravar seu estado patológico, e se nega a parar de fumar, entra no
quadro de um suicida. Então, começam complicações que podem, realmente, dar uma conotação diferente à
nicotina consumida, gerando débitos que irão necessitar, também, de uma nova encarnação para serem
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 295
reajustados. Assim, embora ainda não se saiba, em profundidade, até que ponto chegam os problemas
orgânicos gerados pelo fumo, o melhor é evitá-lo, principalmente se seu uso implica em riscos de vida para
os enfermos e crianças.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 296

GALERO
O Turno Galero teve por missão, conforme mensagens de Koatay 108 de 5 e 22.2.83, dar
assistência à CURA e à JUNÇÃO, cuidando para o perfeito funcionamento daqueles setores de
trabalho.
COMPONENTES: Dois Trinos mais os Cavaleiros e suas escravas (Galanas) que se decidirem por
assumir esta responsabilidade.
ATRIBUIÇÕES:
Os Cavaleiros Galero deverão participar ao Executivo a necessidade de reparos físicos naqueles
setores de trabalho;
Observar a manutenção diária destes setores;
Observar para que não falte o necessário - sal, perfume, lanças, lâmpadas e velas;
Observar a regularidade dos rituais conforme a Lei;
Irmanar-se aos Comandantes do Dia, convidando outros mestres e ninfas de Jaguar ou com
indumentárias para participarem no Sanday e no atendimento aos pacientes, contribuindo com sua
própria participação na realização dos trabalhos sob sua manutenção;
Recepcionar e encaminhar os pacientes que vão passar pela Cura, anotando seus nomes no livro de
registro;
Saber se as entidades recomendaram aos pacientes que, após a Cura, passassem na Junção, pois é
perigosa a ação dessas forças em pacientes cujo físico já esteja muito debilitado pela ação dos
elítrios.
Os Trinos Galero deverão comunicar ao Adjunto Maior as ocorrências dentro de seu grupo e
as que se referem às suas tarefas. O Grupo deverá se conscientizar de sua missão e, em reunião,
escalar Trinos e Cavaleiros para a execução de suas tarefas, de maneira que todos os dias estejam,
no Templo, representantes do grupo, observando, primeiramente, à escala do Executivo ou do
Adjunto.
“Meus mestres e meus filhos que vão assumir essa nobre responsabilidade: espero de vocês o amor
nas maneiras, na Lei, nas ordens e na execução de suas tarefas. Espero que se recordem sempre
de mim quando estiverem impacientes em suas atribuições, com as falhas dos outros. Lembrem-
se, sempre, de que entre ele e você, estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a vocês
quando não estão certos, quando têm algum erro na Doutrina: MUITO AMOR! Meus filhos, com o
amor conseguimos o discípulo amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre que vocês são a
Lei e que a Lei existe. Vocês são a palavra, a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” (Tia
Neiva, 5.2.83)

GESTANTE
A mulher gestante deve ter muitos cuidados com sua missão, pois aquele ser que está
gerando necessita toda sua atenção, seu amor e seu carinho. Enquanto feto, após o terceiro mês de
gestação, o ser humano já tem seu espírito preso pela centelha divina ao corpo em formação, e
apreende vibrações de todas as situações em seu redor. Emoções e sentimentos dos pais e do
ambiente chegam até o feto, e, especialmente a mãe, deve procurar dar as melhores condições
físicas, sentimentais e orgânicas àquele ser em formação. Se fuma, a mãe deve suspender o fumo
durante a gravidez e a lactação. Deve preocupar-se em ficar tranquila, passando ao feto seu amor e
sua satisfação pela chegada daquele espírito. Segundo Koatay 108, uma gestante, geralmente, não
tem necessidade de passar numa Indução. Podia ocorrer um caso de arraigamento de um elítrio ao
feto, mas só Koatay 108 poderia fazer esse diagnóstico, de modo que, atualmente, não é permitida a
passagem, pela Indução, de gestantes com mais de três meses de gravidez, pois há o perigo de
ocorrer uma Infusão: o elítrio, que por Deus já está acrisolado no feto, em seu destino cármico, pode
ser desprendido pela força da Indução, causando a morte do feto, pois aquela encarnação perde sua
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 297

finalidade na Terra. Na Junção não existe este risco, porque é uma força de cura luminosa, e não,
como na Indução, onde age uma força de cura desobsessiva. Nos Tronos, a gestante também não
corre riscos, pois, apesar de ser uma força desobsessiva, esta age de forma esparsa, diluída pelos
Mentores. Assim, pode a gestante realizar, até o limite de sua resistência, qualquer trabalho, exceto a
Indução, que deve ser evitada mesmo no princípio da gravidez, porque pode ocorrer erro na
contagem do tempo.
A NINFA GESTANTE - Deve usar seu vestido branco, evitando trabalhar na Indução. Para trabalhos
em que deva usar indumentárias de Ninfa Lua ou Sol, Koatay 108 recomendou o uso de vestido azul
marinho - nunca preto. A Ninfa Lua elevada, usa 1 capa e deve ter bordada em seu vestido uma Lua
pequena e 7 estrelas; a ninfa centuriã, 1 capa, com a Lua pequena e 14 estrelas. No caso de
indumentária de falange missionária, a Primeira da Falange lhe dará a orientação.

GRAMOUROS
Segundo mensagens de Koatay 108, em 5 e 22.2.83, os GRAMOUROS deverão cuidar dos
trabalhos da INICIAÇÃO DHARMAN OXINTO, observando rigorosamente as atribuições de seu
turno.
COMPONENTES: Dois Trinos mais os Cavaleiros e suas escravas (Gramaras) que se decidirem por
assumir esta responsabilidade.
ATIVIDADES:
Organizar, nos respectivos Castelos, os mestres que irão participar do ritual;
Verificar todo o material - almofadas, rosas, mantos, capas, capuzes, espadas, sal, perfume, vinho e
taças;
Conferir a relação dos médiuns - Aparás e Doutrinadores - que farão a Iniciação:
Colocar, ao lado da Autorização, uma mesa para organizar o recolhimento das taxas;
Convidar missionárias para compor a corte da Iniciação.
ATIVIDADES DOS TRINOS GRAMOUROS:
Organizar lista com relação dos médiuns que farão a Iniciação;
Informar os dias de Iniciação aos médiuns de Templos Externos;
Escalar os Cavaleiros Gramouros para o ritual;
Informar o seu Adjunto Maior sobre a realização e o andamento dos trabalhos.
“Meus mestres e meus filhos que vão assumir essa nobre responsabilidade: espero de vocês o amor
nas maneiras, na Lei, nas ordens e na execução de suas tarefas. Espero que se recordem sempre
de mim quando estiverem impacientes em suas atribuições, com as falhas dos outros. Lembrem-
se, sempre, de que entre ele e você, estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a vocês
quando não estão certos, quando têm algum erro na Doutrina: MUITO AMOR! Meus filhos, com o
amor conseguimos o discípulo amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre que vocês são a
Lei e que a Lei existe. Vocês são a palavra, a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” (Tia
Neiva, 5.2.83)
“Meu filho Jaguar, Pai Seta Branca acaba de classificá-lo Trino Gramouros. Meu filho, os Trinos
Gramouros podem ser classificados como Trinos Regentes Taumantes. São mestres escalados
para os casamentos, nos Tronos, na Lei do Auxílio e nos comandos onde o mestre se sentir à
vontade. Entre eles, o Adjunto Regente Taumantes Adjunto Koatay 108, que tenha curso, etc. O
Adjunto Regente Taumantes, um ano depois de sua classificação, já emite o normal de Koatay
108.” (Tia Neiva, s/d)

GRANDES INICIADOS
Espíritos que encarnaram, pela última vez, nos Himalaias, no início desta era, como monges e
príncipes orientais, com grande conhecimento de todas as forças cósmicas e da Terra, manipulando
e irradiando, com muito amor, forças que iam abastecer outros centros de desenvolvimento espiritual.
Hoje, no espaço, nos Planos Etéricos de Deus Pai Todo Poderoso, emanam raios de Luz e uma
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 298

poderosa força para os trabalhos na Corrente Oriental do Amanhecer, especialmente a Estrela de


Nerhu, a Estrela Sublimação. Segundo Koatay 108, os 21 Tumuchys passaram a integrar o grupo de
Grandes Iniciados:
“Os 21 Tumuchys que governavam nossa tribo, nas eras longínquas (há cerca de1.000 anos)
chegaram a tal ponto de avanço científico que pretenderam capturar a amacê, vinda de Capela, e
que todos os dias passava, sem parar, deixando um traço fosforescente no solo de pedra. No dia
em que aprontaram a armadilha, não veio a amacê de Capela, e sim a do deus Tumi, que com
sua força poderosa, desintegrou todo o povo, inclusive os 21 Tumuchys. Estes não mais voltara a
Capela e ficaram num plano acima do Canal Vermelho, ajudando a recuperar o povo que haviam
levado à catástrofe. Agora, cientistas poderosos, dentro da Lei Crística, formam com os Grandes
Iniciados.” (Tia Neiva, aula de 21.4.81)

GRANDE ORIENTE DE OXALÁ


O Grande Oriente de Oxalá contém os poderes do grande Orixá Oxalá, Ministro de Deus que
nos rege e nos guia na roupagem de Pai Seta Branca (*), responsável pelo Oráculo de Simiromba (*),
que tanta importância tem na Doutrina do Amanhecer. É a energia do Oráculo que se desloca e vem
favorecer os trabalhos e os médiuns do Amanhecer, trazendo todo um poderoso conjunto de raios ou
raízes que se projetam em todos os setores do Templo. No Grande Oriente de Oxalá se realizam
muitos rituais da Alta Magia de Nosso Senhor Jesus Cristo e Koatay 108 nos revelou o mantra a
seguir, contendo algumas das chaves:
“Salve Deus! Ó, Grande Oriente de Oxalá! Triângulo divino do Senhor! Neste instante e por todos os
instantes de minha vida, respeito e respeitarei as leis do meu Pai que está no Céu. Tudo me vem
do Reino de Deus, que está dentro de mim. Preciso e abaterei as Trevas! Nada resiste ao poder
dinâmico. Escuto a voz do silêncio e nenhuma escuridão é demasiada para a Luz Divina. Sou
abençoado pelo Senhor, que habita em mim. Pelo pensamento, neste instante, vou controlar
minhas forças mentais e vitais. Nenhum pensamento negativo poderá entrar em minha mente,
sempre levada pela minha vista mental. Iluminada Luz Cósmica! Meu ambiente é meu reflexo de
minha mentalidade. Recebo abundante energia do meu reservatório universal. Meu organismo
executa perfeitamente suas funções. Os meus olhos, os meus ouvidos, entrego neste instante. E
pelo pensamento e somente em nome da caridade, pelo amor universal, sem prejuízo de qualquer
perda espiritual, entrego-me às forças que separadamente governo. Poder vital, divinal, do meu
Senhor que está nos Céus, conscientemente tenho o governo, o poder destas rédeas, em todos os
instantes da minha vida, o poder destas forças! Sinto sempre as rédeas em minhas mãos. O
Altíssimo tem o seu templo em meu íntimo! Minha maior ambição é o futuro progresso do meu
espírito. Nada resiste ao poder dinâmico do meu pensamento. Preciso transportar-me para o
benefício de meu irmão e transportar-me-ei! Em breve serei libertado de todos os maus hábitos.
Nada resiste ao poder dinâmico! Dentro de poucos instantes, chegarei à Mesa Oriental, e minha
vista mental alcançará a Luz Cósmica. Sou senhor de minha atmosfera mental. Vivo e ajo na
absoluta fé que tenho no poder de fazer o que, em nome do Senhor, eu quiser. O amor e a chama
branca da Vida residem em mim! Salve Deus!” (Tia Neiva, 9.11.59 - Data de seu ingresso na Alta
Magia)

FALANGE MISSIONÁRIA GREGAS


Conduzida pela Guia Missionária Abariana Verde - a Grande Kaly - a falange de Gregas foi
organizada para jovens de 12 aos 18 anos, mas, hoje, recebe componentes de qualquer idade. À
época de Pitya, em Delfos, as Gregas eram meninas e adolescentes que a pitonisa incumbiu de
recolher as armas dos guerreiros mortos ou feridos, para serem consagradas no Templo de Apolo.
Ficavam de honra e guarda nos grandes rituais, sempre portando suas lanças. A missionária Grega
conduz sua lança em posição vertical, na mão esquerda, com a finalidade de desintegrar correntes
negativas. Não deve soltar a lança e nem colocá-la junto a si, apoiando-a no ombro. A Grega Sol, ao
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 299

fazer uma elevação, levanta sua mão esquerda um pouco, de modo que a lança se erga a cerca de
um palmo do chão, e ergue sua mão direita. Assim, também, todas fazem quando emitem a Prece de
Simiromba. A Grega só se separa de sua lança nos trabalhos de Randy, Cura, Indução e Junção,
quando usa lanças próprias de cada setor; para a Bênção de Pai Seta Branca, quando a Grega Lua
vai receber o Pai, dispensa a lança. Também, ao entrar na cassandra, a Grega deixa sua lança bem
apoiada, em posição vertical, do lado de fora. A Princesa Kaly tem um albergue nos planos
espirituais, de onde sai com muitas companheiras - o Povo das Kalys, espíritos de elevada estatura -,
armadas com suas lanças etéricas, penetrando nas densas matas e terríveis pântanos, onde acodem
espíritos perdidos e os livram dos bandidos do espaço, com a ajuda dos Cavaleiros de Oxosse. Muito
altas, intimidam os espíritos de luz, aprisionando-os numa barreira formada pelas lanças etéricas.
Quando se manifestam no plano físico, as Kalys trazem as forças dos mares, da brisa marinha e dos
ventos. A Primeira Grega é a Ninfa Lua Abadia, tendo como Adjunto de Apoio o Comandante Adjunto
Ravance, Mestre Antônio Pereira (Tichico), sendo seus prefixos Kaly e Kaly-Ra. Visando dirimir
dúvidas e adequar o ingresso e a participação das ninfas nas falanges, bem como as suas
atribuições, os Trinos Presidentes Triada, em reunião realizada com os Mestres Devas (Alufã, Adejã
e Umaray), no dia 3.10.98, decidiram que a partir desta data deveriam ser observados os seguintes
procedimentos (Orientações às Falanges Missionárias N.º 1): 1. Fica limitada a 12 anos a idade
mínima e a 18 anos a idade máxima para os jovens ingressarem nas falanges de Nityamas/Nityamas
Madruchas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes Mayas. Os referidos mestres e ninfas poderão
pertencer às respectivas falanges por tempo indeterminado, ou seja, não haverá idade limite para
deixarem as suas falanges. A partir dos 16 anos de idade, o jovem que não desejar participar de uma
das falanges citadas poderá escolher outra falange missionária de sua afinidade; (...) 3. A emissão
reduzida (provisória) deverá ser utilizada pelas Nityamas. Gregas, Mayas, Magos e Príncipes, não
centuriões, exclusivamente para acender a Chama da Vida no Turigano, quando da Entrega das
Energias. Frisamos que não poderá ser utilizada nos trabalhos de Abatá, Alabá, Quadrantes,
Anodização, Sandays etc.; 4. Nos Trabalhos de Julgamento e Aramê a corte de Nityamas, Gregas,
Mayas, Magos e Príncipes deverá ser liberada logo após conduzirem a representante da Condessa
Natarry ao seu posto. Não deverão permanecer no Turigano até a incorporação de Pai João de
Enoque ou o término do Aramê. Após apagarem a Chama da Vida, o Mago e a Nityama escalados
deverão ser liberados; (...) 8. A ninfa somente deverá participar de uma falange missionária quando
receber a sua Consagração de Centúria, com exceção do ingresso nas falanges de Nityamas,
Gregas, Mayas, Magos e Príncipes. Contudo, se desejar, está liberada a fazer a sua consagração
com a indumentária da falange; (...) 10. Na Consagração de Falange Missionária, no Dia do
Doutrinador (1º de Maio), nas cortes da Consagração dos Adjuntos, somente poderão participar as
missionárias(os) com as suas respectivas indumentárias. Não deverão participar de uniforme de
Jaguar, branco ou qualquer outra indumentária; (...) 15. A partir desta data, a emissão de todas as
missionárias(os) deverá ser entregue pelo Castelo dos Devas, com a apresentação, por escrito, da
Primeira ou Primeiro da falange, conforme modelo padronizado pelos Devas, exceto as emissões das
ninfas e mestres das falanges de Nityama, Grega, Maya, Mago e Príncipe, não Centuriões, as quais
devem ser entregues pela Primeira ou Primeiro após uma avaliação para acender a Chama da Vida.
CANTO DAS GREGAS:
Ó, DEUS APOLO, UNIFICADO EM CRISTO JESUS! AQUI ME TENS, FIRME AO CAVALEIRO
VERMELHO, QUE AINDA REPOUSA SOB AS NUVENS LUMINOSAS DE ATENAS, PORÉM JÁ
UNIFICADO EM DEUS PAI TODO PODEROSO. TRAGO A FORÇA DA GUIA MISSIONÁRIA
ABARIANA VERDE, A GRANDE KALI, QUE VIU OS PODERES DE POLICENA SOBRE AS ONDAS
GRANDES DOS MARES. TUDO, TUDO NOS PERTENCE NA GUARDA DESTE TRABALHO!
SIMIROMBA DE DEUS, O NOSSO PAI, VEM TRAZER A BOA SORTE AOS NOSSOS IRMÃOS.
PARTO COM - O - EM CRISTO JESUS. SALVE DEUS!
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 300

“As Gregas são as helênicas. Sua permanente lança na mão simboliza a muralha ou paredão que
fizeram ao defender, por mais de uma vez, Helena de Tróia. E muitas morreram pelo seu amor.”
(Tia Neiva, s/d)

GRUPOS AFINS
VEJA: AFINIDADE

GUIAS MISSIONÁRIAS
As Guias Missionárias são espíritos de alta hierarquia, vindas do Reino de Zana (*),
destacadas para proteger e acompanhar as ninfas do Amanhecer, que as escolhem por afinidade.
Realizam grandes trabalhos no espaço, completando os que suas ninfas protegidas fazem na Terra.
Em todas as situações, elas estão ajudando e participando da jornada das ninfas, exceto quando
alguma ninfa se coloca fora da conduta doutrinária, o que faz com que sua Guia Missionária não
tenha condições de se aproximar, por força do padrão vibratório. As Guias Missionárias são como
verdadeiros Anjos da Guarda, manipulando todas as forças que as ninfas emitem ou recebem.
Quando uma ninfa está escalada para um trabalho, sua Guia Missionária comparece antes, já
tomando todas as providências, no Plano Espiritual, para sua correta participação. Quando a ninfa
está escalada e não comparece por motivo de força maior, sua Guia Missionária participa do trabalho
e irradia as forças necessárias para ajudar e proteger a ninfa para vencer a dificuldade que a impediu
de comparecer. Mas triste é quando uma ninfa deixa de cumprir sua escala por preguiça ou
displicência, e fica isolada, abandonada por sua Guia Missionária que parte para fazer o trabalho para
o qual foram escaladas, deixando-a sem qualquer proteção e sem receber os benefícios daquele
trabalho. Quando a ninfa desencarna, sua Guia Missionária a recepciona no plano astral,
conduzindo-a para Pedra Branca. Zana é o reino das grandes falanges missionárias do Espaço e de
lá se projetam as forças para serem manipuladas pelas Guias Missionárias e pelas ninfas nos
Sandays que trabalham com as forças das Estrelas. A força de uma ninfa com sua indumentária de
missionária, que se soma a todas que já possui, procede diretamente de Zana, através de sua Guia
Missionária. Na Consagração das Falanges Missionárias de 20.9.98, os Devas atribuíram os prefixos
das Guias Missionárias de acordo com cada falange (Veja pelo nome da Falange Missionária).

“Minha filha, Salve Deus! Não serás mais como a nuvem que vive a vaguear no caminho do vento do
mundo. Porque quis a vontade de Deus te agraciar com esta rica Guia Missionária, companheira
da última hora, vinda de mundos afins da luz e do amor, com a missão, nesta jornada, de avaliar
contigo, nos carreiros terrestres, e aliviar os tristes destinos cármicos. Porque, filha, os cristãos
apontam os anjos, os cientistas engrandecem a Terra. A Doutrina junta os dois e forma a Luz para
a Nova Era! Contigo ela caminhará, se tiveres a fé do teu amor. E não terás também crepúsculo.
Jesus, que é testemunha dos meus olhos, responderá por mim, na luz de nosso Pai, que é o
Simiromba de Deus!” (Tia Neiva, 5.7.80)
“Toda obra humana, sem exceção, cria, no espírito, a imagem pela ação do pensamento e só depois
se materializa. Sim, filhas, isto ocorre com a evolução, no desejo de servir com amor, humildade e
tolerância. Quanto mais evoluído o espírito, mais poderoso se torna o seu pensamento criador,
que vai se materializando na força mântrica que envolve esses seres angelicais, que são essas
vossas Guias Missionárias!(...) Em mil missionárias, cada uma vibra sua harmonia, sua beleza,
porque nela está o toque divino dos Grandes Iniciados e de suas Guias Missionárias, nas
concentrações das filas mântricas.” (Tia Neiva, 6.6.80)
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 301

HARPÁSIOS
Harpásios é uma das 21 Estrelas que regem os Sandays, mas tem uma supremacia sobre as
demais, atuando como Estrela-Mãe, uma nave de comando. O médium que traz Harpásios como sua
Estrela, em sua bagagem transcendental, está preparado para qualquer tipo de trabalho, sob as mais
variadas circunstâncias.
“O mestre Adjunto Koatay 108 HARPASIOS, continuação da ordem dos Ramas e Rajas, é um
Adjunto para qualquer Iniciação, até mesmo para a presidência evangélica iniciática dos templos,
ou no seu próprio templo, se assim lhe convier, porque o Adjunto Koatay 108 Triada Harpásios é
um mestre capaz de qualquer manifestação de ordem doutrinária que lhe convenha. O Mestre
Harpásios, apesar de todo o acervo adquirido nesta consagração, ficará compromissado, neste
sacerdócio, pela promoção de eventos, principalmente na ordem das Falanges Missionárias, suas
escalas e no equilíbrio dos Sandays. Poderá participar de alguma escala, caso seu primeiro
Comandante Adjunto esteja impossibilitado de participar no 1o. Radar, digo, a sua função de 1o.
Mestre Adjunto Koatay 108 Harpásios não é a espera do Radar Iniciático Evangélico. O mestre
Harpásios é o trabalhador da última hora, é a convocação da última conquista para uma Nova Era.
Ele é o mestre responsável pela Estrela de Nerhu, por suas consagrações e por sua manutenção.
É responsável, também, pelo Crômio, nova lei de Sandays, que é uma raiz. O seu Sol Interior está
preparado com determinada força para a cura desobsessiva física desses Sandays. É o mestre de
milênios! O Crômio só poderá ser feito pelo mestre Harpásios ou por um Adjunto Rama ou Raja
Herdeiro. Os adjuntos Koatay 108 Triada Harpásios são mestres capazes, bem como os demais
Adjuntos (Taumantes, Tisanos, Tenaros, Cautanenses, Vancares, Sumayas e Sárdios), porém o
seu desenvolvimento total evangélico iniciático lhe dará toda a força de ação. São mestres aptos
para formar seus templos, fazer seu trabalho na Lei do Auxílio, porém testados e consagrados
pelos meus olhos, na minha clarividência, em Cristo Jesus. Têm, como seu sacerdócio, o que digo
acima. Também compromissados nestes Sandays, continuarão seus trabalhos ao lado de seus
Adjuntos Koatay 108 Triada Herdeiro, desde que suas obrigações sejam rigorosamente cumpridas.
Rogo a Deus que assim também compreenda o seu Mestre Adjunto Koatay 108, com -0- em Cristo
Jesus.” (Tia Neiva, 26.12.81)
“Partindo dessa missão absoluta que Jesus está nos enviando me agrada dizer que tudo que temos
parte da compreensão dos três reinos de nossa natureza: humildade, tolerância e amor. Hoje,
filhos, para minha realização, vos vejo recebendo este diploma abençoado e trabalhoso, porém
não sofrido, mas feito de pérolas, pérolas das minhas mãos, este rico Aledá, que hoje eu vos
entrego com os mesmos ensinamentos e na proporção... Filho Koatay 108, energia cósmica
universal que após esta consagração estará dentro de ti, te dando vida e força. Sim, filho, uma
força inesgotável! Desperta, filho, para a verdade superior. Não te iludas, Koatay 108: busque
incessantemente as coisas duradouras! O teu dever é espalhar ao teu redor alegria, otimismo e
caridade. Tolerância e amor são o teu leme, são a tua base eterna. Sejas tu mesmo a acender o
teu Sol Interior, fazendo iluminar o teu Aledá, onde abrigastes a Centelha Divina, porque
recebestes, na sequência, o Mantra Koatay 108. Portanto, somente tu poderás dominar as rédeas
dos teus atos. Busque dentro de ti mesmo a luz da compreensão, sabendo constantemente
assimilar a dor. Seja exatamente o que tu desejas ser. Não tentes te trair e nunca tentes, também,
andar pelas sombras. Se um dia, por vaidade, fizeres o mal ou traíres a tua tribo, sentirás, então,
chorar copiosamente o teu próprio EU, de arrependimento e frustração. Sim, filho, serão
necessários os teus sacrifícios. Em Cristo Jesus, terminarão de vez as pequenas desarmonias.
Procura sempre sintonizar-te com a Voz que chama das Legiões! Coragem da grandeza do
espírito da verdade... Sim, filho, não se exige bastante estudo para seres um Koatay 108. “A
caridade trata apenas dos efeitos da pobreza e não da causa. Não acreditamos no tratamento dos
efeitos e, sim, acreditamos no tratamento da causa!” e nunca te deixes confundir entre cultura e
sabedoria. A cultura atinge nossos olhos e nossa mente, enquanto que a sabedoria atinge os três
plexos, o nosso Sol Interior e o nosso coração. O filho Koatay 108 jamais deverá pesar os valores
intelectuais, a beleza ou a riqueza.” (Tia Neiva, 18.9.83)
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 302
“24 HORAS - MEIA NOITE - Abrem-se os portões dos cemitérios e os espíritos se movimentam,
entrando e saindo. Este período vai até 1h 30 min da madrugada. Estes espíritos vão recebendo,
neste período, a ajuda de Harpásios e de muitas outras estrelas como ela.” (Tia Neiva, Horários,
1984)
“Foram classificados, em cada Adjunto, muitos Adjuntos Regentes Taumantes e Adjuntos Koatay 108
Triada Harpásios. Sabe-se que na Lei do Adjunto Koatay 108 em Projeção, ele fica à disposição
de uma jornada, seguindo em sua partida, orientado pelo Adjunto Maior. Sempre em harmonia
com seu Adjunto, ele poderá apresentar em seu continente um grupo de mestres determinados
para uma missão específica. Utilizando o Sistema de Unificação de forças iniciáticas, torna-se
poderoso na sua individualidade, permitindo, assim, que seu próprio Ministro trabalhe naquele
continente que está em missão. Representa todo o ciclo do seu povo, toda a sua energia. Sabe
manipular as forças que regem nossa Corrente, nossa Tribo. É consciente da verdadeira
mensagem da nossa Doutrina: Amor, Humildade e Tolerância! Porém, caminha sobre os alicerces
do seu Adjunto Maior, construindo sua própria independência. Poderá, no futuro, trazer sua
Estrela, formando, assim, seu próprio continente. É um Sétimo Raio que dispõe das forças que
regem todo este Sistema Iniciático, em seu mundo decrescente. São mestres preparados, em
nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, para emitirem sua força em favor de qualquer trabalho, sob o
comando de um Adjunto Maior. Podem trabalhar na sua individualidade, realizando-se espiritual e
materialmente. Estão aptos para qualquer evento, desde que disponha da força decrescente de
um Ministro e seus componentes. Sendo em Sétimo Raio, conhece e sabe ser um Cavaleiro
Janatã, um Adjunto Koatay 108, um Trino Especial, um Cavaleiro Especial ou um Adjunto Trino,
sempre em harmonia com todos os mestres e Adjuntos Maiores deste Amanhecer. Tem o Canto
do Cavaleiro Especial e por sua emissão recebe muitas energias. É um mestre que atinge todo o
Ciclo Iniciático. É um mestre para os Tronos, porém sendo pronto para iniciar e, sendo Instrutor,
pode fazer muito mais. É um completo executivo, sempre ativo, buscando, com otimismo,
desvendar as tarefas de que se encarrega. São Magos do Evangelho, caminhando e
desvendando, com sabedoria, o porquê das coisas, dos destinos cármicos. Sua tarefa bem
realizada é a minha própria realização, porque és um Koatay 108!” (Tia Neiva, 1.5.85)

HELIOS
Em grego, Helios significa Sol. Na Doutrina do Amanhecer é o Sol Simétrico ou Sol Interior (*).

HERANÇA TRANSCENDENTAL
“O corpo físico é ornamentado pela herança transcendental - o mesmo que charme. Quando fazemos
as consagrações estamos justamente buscando as nossas heranças!” (Tia Neiva, 9.10.84) VEJA:
CHARME

HIERARQUIA
Temos como base, na Doutrina, a simplicidade dos corações dos médiuns que trabalham com
dedicação na Lei do Auxílio, independentemente de posição social, de raça ou de cor, de grau de
educação ou intelectual. Todavia, cumprindo a Lei que nos diz tudo ser assim na Terra como no Céu,
existem graus de hierarquia na Espiritualidade que se projetam no nosso plano, gerando uma escala
hierárquica a ser obedecida. Essa hierarquia, já preestabelecida nos planos espirituais, está
determinada na Chamada Oficial, e deve ser respeitada nos Sanday e nos trabalhos, devendo cada
mestre compenetrar-se da força de que é portador, sem com isso se entregar à vaidade ou ao
orgulho, para evitar sua queda espiritual. Ela é, também, determinada por uma ou mais Estrelas (*)
que regem o mestre, de acordo com a posição nos Sandays. O posto hierárquico não é prêmio ou
atestado de capacitação maior, mas, sim, uma posição de maior responsabilidade por suas heranças
transcendentais e pela missão que lhe foi confiada, em relação aos demais componentes da
Corrente.
 “Filhos, hierarquia foi do que avisei! Somente o Adjunto pode remover seus mestres e promover
eventos, ou, sabe Deus, o que lhe convém. Em iminência de fatos contrários à Doutrina, princípios
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 303
sociais do Templo ou na conduta doutrinária, os Trinos Presidentes estão autorizados por mim, na
figura de Koatay 108, a impedir ou mudar uma ordem de um mestre Adjunto.” (Tia Neiva, s/d)

HIMALAIAS
Os Himalaias são uma cadeia de altas montanhas, as mais elevadas da Terra, que separa o
planalto do Tibete da planície entre os rios Indo e Ganges, a Mesopotâmia, onde surgiu uma das
civilizações mais antigas do planeta. Os picos atingem a média de 4 mil metros, inclusive o Evereste,
com 8.850 metros, tendo neves eternas nas encostas acima de 2 mil metros. É um dos sete pontos
onde se formou uma colônia de Capelinos e se constitui num importante centro energético do planeta,
de onde são emitidas poderosas forças curadoras e desobsessivas que nos chegam como Correntes
Brancas do Oriente Maior (*), na energia do Primeiro Dalai Lama, que rege as consagrações de
Elevação de Espada do médium iniciado. Quando nos referimos ao Mundo Encantado dos Himalaias
estamos invocando um ponto cabalístico onde estão espíritos de elevada hierarquia, fazendo
importantes manipulações de forças telúricas e cósmicas, trabalhadas pelos Grandes Iniciados, que
usamos nos nossos trabalhos no Templo. São grandes poderes que buscamos ao emitirmos, às 12,
15 e 20 horas, o mantra: “O Senhor tem o Seu templo em meu íntimo. Nenhum poder é
demasiado ao poder dinâmico do meu espírito. O amor e a chama branca da vida residem em
mim! Salve Deus!” Daquelas geleiras eternas partem forças radiantes para as mais variadas
regiões da Terra, onde se realizam trabalhos com as linhas orientais. Com a invasão pelos
comunistas chineses, desfizeram-se grupos de sacerdotes tibetanos, exilados, presos ou mortos, e a
base física dos Himalaias, dos grandes mosteiros budistas, liderados pelo Dalai Lama, está destruída.
Mas ali permanecem as forças grandiosas, que, atravessando os séculos, agem em toda a Terra
pelos médiuns que trabalham nas chamadas Linhas Brancas.

HINOS
VEJA: MANTRAS

HOMEM
O Homem foi o ser escolhido por sua evolução puramente animal, para receber a Centelha
Divina e ser o veículo para a evolução de toda a Terra, passando a ser um espírito a caminho,
cumprindo suas metas cármicas através das várias encarnações no planeta, composto pelo corpo
físico (*), pela alma (*) e pelo espírito (*), que temos que estudar separadamente. Koatay 108
ensinou a complexidade de coisas que atuam acentuadamente no Homem, principalmente as
vibrações de outros seres humanos, mas o segredo para seu equilíbrio está na manutenção do
elevado padrão vibratório, que quanto mais alto for, levará o Homem por passagens mais originais e
perfeitas em sua caminhada na Terra. Existem profundas diferenças entre os seres humanos, e uma
é devida à tônica que cada um dá à sua vida: há um grupo que se preocupa somente com sua saúde
física, com seu corpo, buscando a boa forma muscular e atlética, ocupando-se com exercícios físicos,
dominados pela tônica física; há os que têm a tônica psíquica - cientistas, intelectuais, artistas e
eruditos -, e dependem de seu intelecto, com sua consciência dominada pelo fator intelectual; e há os
missionários, com seu campo consciencional em constante expansão, buscando a integração
crescente com o Universo, a evolução de seu espírito, vivendo sob a tônica espiritual. Pela conduta
doutrinária, pelo conhecimento, pela evolução, o Homem vai aperfeiçoando sua memória e sua
mente, submetendo seus instintos às irradiações do extrasensorial, ampliando seus conhecimentos
de si mesmo e dos três reinos da Natureza. O Homem, dentro da Ciência, recebeu classificação
como pertencente ao reino animal: vertebrado pertencente à classe dos Mamíferos, subclasse dos
Placentários, ordem dos Primatas, família dos Hominídeos, gênero Homo, que se encontra, na
atualidade, representado por apenas uma espécie: Homo sapiens. Pelos estudos paleontológicos,
temos diversas outras espécies que viveram na Terra em outras eras, e já desapareceram. Só que,
pelos conhecimentos trazidos por nossa Doutrina, temos a certeza de que o Homem já transcende a
natureza animal desde que teve colocado, em seu plexo, o Sol Interior ou os Três Reinos de sua
natureza, que mudou aquele seu antecessor ainda animalizado no Homem atual. Com um plexo
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 304
iniciático, o animal se transformou em Homem. Essa foi a grande missão dos Equitumans (*), seres
Capelinos, que se iniciou há 30 mil anos antes de Cristo e continua hoje, pelos Jaguares da Doutrina
do Amanhecer e em outras linhas brancas que buscam o aperfeiçoamento do Homem Médium pelo
aprendizado da manipulação das forças naturais e cósmicas em benefício de si próprio e de seus
irmãos encarnados e desencarnados. O Homem Jaguar é o Homem Iniciático, com maior bagagem
que os demais porque tem a capacidade de manipular forças extracósmicas, tem suas Estrelas (*) e a
capacidade de integrar e desintegrar, de romper o neutrôm pela força de sua emissão e de suas
elevações. A evolução da forma humana, que se iniciou há mais de dois milhões de anos, culminou,
quando chegou a hora precisa, no Homem como está hoje, diferenciado do Reino Animal por
características de seu plexo: racionalidade, abstração, caráter, temperamento, instinto, memória,
sentimentos, cultura, civilização, trabalho, arte, solidariedade - estas facetas encontradas, em menor
ou maior grau, nos animais, porém extremamente desenvolvidas no Homem. Em lugar de procurar
seu autoconhecimento, buscando conhecer suas potencialidades e seu mundo interior, a maioria da
Humanidade preferiu o caminho mais fácil da conquista do mundo exterior, para isso usando toda a
sua capacidade física e mental. Mas se concentrou em parcela dos seres humanos toda uma
religiosidade, uma ligação entre a Terra e o Céu, o conhecimento de um Universo que aqueles outros
componentes dos Três Reinos da Natureza não podem alcançar. Quando a Bíblia relata a criação do
Homem, o sopro de Deus que dá vida a Adão nada mais é do que a centelha divina que faz
desaparecer o animal primata e surgir o primeiro Homem. Quando Adão e Eva comem o fruto
proibido e são expulsos do Paraíso, é a figuração do livre arbítrio. Pelo livre arbítrio o Homem traça
seus caminhos, pela sua força psíquica modela sua alma, age e reage pela sua sensibilidade, pelo
seu conhecimento diferencia o Bem do Mal. O Homem prossegue sua jornada, agindo e reagindo por
três tipos de estímulos: o físico - seu corpo -, o psíquico - sua psiquê ou alma - e o espiritual - seu
espírito.
“Nós sabemos que o Homem é composto de corpo, alma e espírito. O corpo e a alma são
instrumentos do espírito. Na verdade, nós separamos todos, pois há uma independência muito
grande de cada um. O corpo é uma projeção do espírito, uma vez que é o espírito que fabrica seu
corpo, de acordo com o tipo de carma por ele planejado. Da mesma forma, a alma é projetada
segundo o espírito. O trabalho evolutivo do espírito é feito através do corpo e da alma. Assim, nós
colocamos nosso corpo e nossa alma a serviço do espírito, através de nossas heranças. Assim,
quando fazemos nossas emissões, estamos nos reportando a todas as vivências do nosso
espírito, porque ele não pertence a este plano mas, sim, às nossas origens.” (Tia Neiva, s/d)
“Na força absoluta deste Universo, há lírios que se decantam em cada canto e, como se viessem de
Deus, num amor absoluto, desabrocham e começam a vibrar, alimentando os olhares, curando na
impregnação de seu lugar. O seu aroma se esvai aos demais e sua brancura, no verde lodo, o faz
mais perfeito, mais lindo, chegando mesmo a quem o colhe perfumar. E o lodo é deixado, porque
nele outros lírios nascerão! Por que não faz o Homem como o lírio, simplificando a vida, amando e
se fazendo saudades por onde passa? Sim, meus filhos, pois as dificuldades da vida não são
pelas intempéries do tempo, nem tão pouco pelos amores que se avizinham. Não são pelos
nossos conflitos, e sim pela vã tolerância, pela incapacidade de poder assimilar a diferença entre
o Bem e o Mal, pela falta de consideração em não se encontrar consigo mesmo, saber com quem
deverá viver, como viver, enfim, ser honesto consigo mesmo para clarear a sua estrada sem se
debater, incomodando os demais, fazendo dos seus familiares um rosário de dor!” (Tia Neiva, s/d)
“Novamente se levanta o Homem! Eletrônica... Conquistas de novas terras, de novos mares... Então,
a força magnética é como a rama: percorre as raízes, levantando seres, ultrapassando o neutrom,
queimando a Terra, destruindo a verde rama e o Homem! Deus se esvai, deixando-se ser imortal!
Sim, aquele que segue somente o caminho da devoção faz com ele um círculo vicioso, até se
impregnar da superstição. Há muitas naturezas neste mundo, como há muitas riquezas no Céu!”
(Tia Neiva, 12.12.78)
“Temos por missão nos tornarmos um instrumento eficiente, tanto no sentido passivo como ativo,
curando o nosso próprio centro nervoso físico, afetivo, mental e espiritual, até tomarmos a
verdadeira consciência de nós mesmos. Sim, filho, o Homem que se conhece a si mesmo é forte e
inquebrantável. A verdade, na concepção do Homem, jamais existiu. Um Homem, por mais nefasta
que seja sua atividade, não pode ultrapassar certos limites do raciocínio, pela pobreza mental de
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 305
que é dotado. Sim, pensamos, isto é, o que achamos, e nos desculpamos. Porém, o Homem tem
igualmente a sua origem. Sim, porque partimos de um só mundo, de uma só natureza. Dizem os
nossos antigos que, ainda na era em que o vento uivava e as frondosas raízes, como tentáculos
de um polvo feroz, se salientavam da terra e, na vida, reclamava o Homem o seu calor, foi-lhe
concedido o Sol Simétrico da Vida do raciocínio! Deus atravessou o primeiro raio do raciocínio,
formando o plexo primeiro e o segundo, onde a alma se acomodava. O primeiro sustentava o
centro nervoso físico - o corpo - que é o poder do prana. O segundo - o PLEXO PRANA - é a vida
no centro nervoso, conforme o seu amor ou comportamento, alimentando-se pela Presença Divina,
enquanto o plexo etérico rompe o neutrom e sustenta o corpo, a carne. O Homem vindo de Capela
chegou a viver em corpo fluídico, a ponto de fecundação, e nas grandes amacês nasceram os
primeiros Homens com o Terceiro Plexo, formando o Sol Interior, que é a formação total do
Homem, que forma o elo entre o Céu e a Terra, que é o mais importante: o microcosmo ou
microplexo. Por Deus, formou-se o terceiro plexo! Deus e seus Grandes Iniciados formaram, na
Terra, o poderoso Helios, que quer dizer Sol Simétrico, onde o Homem cresceu e se organizou na
santa Centelha Divina. E como tudo é completo neste Universo de Deus, seguiu-se o plexo da vida
na natureza, do animal e da planta. Foi colocado o plexo animal. Surgiu o poderoso ERON, que
quer dizer “Sol do Prana”. Eron, conduzido pelo prana, conduz as forças da Natureza, em uma só
obediência, para Deus. Vieram, então, as grandes inteligências. Formaram-se, também, os
poderosos sacerdócios. Saindo o mundo da somente Natureza, veio a necessidade da Contagem
das Tribos, e elas recebiam o Raio pertencente à sua evolução e sobre suas origens.” (Tia Neiva,
19.9.80)
“Houve uma era em que o Sol e a Lua apareciam mas ainda não se entendiam: nem era dia, nem era
noite. A Terra era uma grande formação e seus habitantes não surgiam... A Terra passou a gerar
muitos animais, mas ainda não sabia gerar o Homem! Porém, tudo era Deus! Deus pintando lindas
aquarelas, plantando e fazendo nascer árvores - plantou e viu nascer, crescer. Abriu as
cachoeiras, os regatos... Emitia em canto a sua Luz silenciosa... e ficava hieroglificamente a sua
harmonia luminosa, até que uma grande nave chegou a este maravilhoso planeta e seus
tripulantes se comprometeram a voltar para formar seus habitantes. Subiram, subiram, e
desapareceram no resplendor das estrelas. A Terra era inluz. Cumpriram o que disseram:
voltaram... voltaram, porém aqui não poderiam ficar. O aroma das matas frondosas, das rosas...
tudo o que Deus, tão seguro, já havia plantado, eles não podiam, não conseguiriam respirar se não
criassem o plexo físico! Criaram, modificaram, engrossaram a sua estrutura, e estes deuses se
fizeram homens, ficando claro que o espírito como Homem poderia viver na Terra. E, assim,
puderam voltar, puderam ficar. Porém, o contato com outros mundos, outras matérias... Salve
Deus! A partir de então, o Homem começou a se promover, esfera sobre esfera, em ritmo de luz e
sombras, paz e guerras, amor e ódios... Veio o grande perigo: a falta de contato, a solidão...
Largavam-se do seu plexo físico e caminhavam sem harmonia, sem consciência, e com isso
começaram a se perder, desaninharam-se, pois o espírito encarnado depende do plexo físico, da
pressão sangüínea... ectolítero, ectolítrio, ectoplasma... Por que este desajuste tão grande se eram
seres divinos? O plexo físico orgânico desajusta o plexo etérico, principalmente quando vivemos
na baixa individualidade.” (Tia Neiva - Caminhando no Espaço, 11.6.84)
“O Homem, com todas as suas diferenças, pode ser um Homem rico. Rico que eu digo é aquele que
tem a sua realização nas vidas material e espiritual.” (Tia Neiva, 28.1.85)

HOMEM DE DOIS MUNDOS


Em uma aula no Templo, em julho de 1976, Tia Neiva contou esta história, que foi intitulada
“Um Homem de Dois Mundos”:
“Eram altas horas da madrugada quando consegui me desdobrar, pelo mesmo mecanismo
habitual que me coloca ao lado de Mãe Tildes ou de Amanto. Este é um fato muito original - para mim
comum: a maneira como caminho, sem outras preocupações, sem noção do tempo, apenas
reconhecendo os lugares por onde ando. Sei como funcionam as coisas, certas horas com uma luz,
outras vezes com outra iluminação, sempre guiada pelas vibrações de Capela. Assim, fui
caminhando, até que encontrei o que procurava: o quadro de Marcondes: lá estava ele, em uma
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mansão, com numerosa família, na maior tranquilidade. Chegamos perto e ele imediatamente me
reconheceu.
- Oh, irmã Neiva! - exclamou - Que bom vê-la aqui!
- Já o mandei embora, Tia Neiva - disse uma senhora de seus quarenta anos.
- Eu sei, minha senhora. Sou clarividente e ainda vivo na Terra.
Eles, então, se aproximaram para nos receber e Marcondes exclamou:
- Oh, minha doce Mãe Tildes, a senhora que já é uma serva de Deus, tenha misericórdia de
mim, alivie o meu sofrimento na Terra! Acabe com isso de uma vez!... Aproveite que minha matéria já
está cancerosa.
- Pobre Marcondes! - disse Mãe Tildes - Vai, meu filho, volta para o teu suplício pois ainda não
terminastes a tua pena...`
Mãe Tildes se voltou para a senhora e disse:
- Ora por ele, minha filha. Mais alguns meses e ele estará junto a vocês.
Marcondes partiu para a Terra, sob nossos olhares consternados, e, em seguida, entramos na
linda mansão. Logo a simpática senhora nos deixou à vontade, conservando-se tranquila, e me disse:
- Pois é, Tia Neiva, nós viemos do Engenho Velho. Mãe Tildes nos conhece bem, pois fomos
vizinhas naquela feliz encarnação.
Mãe Tildes acenou para mim, confirmando o que a senhora dizia. E esta continuou:
- Naquele tempo, Marcondes era um senhor de engenho e lá recebemos, em nosso lar,
dezesseis filhos, todos filhos espirituais! Ah, como foi maravilhoso! Imagine, Tia, que todos eles
haviam sido, em encarnações anteriores, Vikings! Eles eram tremendos, meu Deus! Eram tão cheios
de caprichos, tão sanguinários... Mas a feliz oportunidade junto a Marcondes, num lar cheio de amor,
tornou possível transformar aqueles terríveis Vikings em Cavaleiros de Oxosse!
- A propósito, - perguntei - onde estão eles agora?
- Eles agora são Cavaleiros, estão integrados na nova organização de São Sebastião. Cinco
eram mulheres que se integraram em outras falanges, junto às suas almas gêmeas. Porém, esta
mansão continua sendo o nosso lar.
- E por quê - perguntei - o Marcondes continua na Terra e tão desnorteado?
- Não, ele não está desnorteado. Ele está lá porque pediu a Deus. Depois que ele estava aqui,
no seio da família, viu um grande erro seu, cometido na encarnação do Engenho Velho. Na Terra,
nas nossas preocupações, esquecemos de analisar os outros, que também são nossos cobradores e
precisam de nós, de nossa grande riqueza. Assim aconteceu com a gente. Quando partimos dos
planos espirituais, todos haviam nos avisado que nossas dívidas eram muitas e que a cobrança seria
grande. Havíamos pedido demais, diziam. De fato, assim foi, mas, graças ao nosso amor,
conseguimos tudo que vosmeceis estais vendo.
- Mas - atalhei eu - se tudo saiu tão bem, por que Marcondes teve que reencarnar?
- Porque quando ele se encontrou aqui, um espírito livre das amarras da Terra, ele viu tudo o
que fez, mas, também, viu tudo que não havia feito! Pediu, então, para voltar e Deus, com seus
Ministros, concedeu-lhe esta prova, ou melhor, esta missão que ele está cumprindo.
- Sim, - disse eu - mas, afinal, o que é que ele deixou de fazer?
- Marcondes, no Engenho Velho, não tinha clemência com os menos afortunados da
sociedade. Ele sempre pisava naqueles que ele achava estarem errados. Ele se arvorava em juiz do
povoado! Oh, meu Deus! Ainda me lembro de Judith, uma viúva cujos filhos eram ladrões e viciados.
Certa vez , uma filha dela, casada, foi espancada pelo marido, devido a um roubo que havia
cometido. Marcondes foi implacável e violento com a pobre mulher. E assim foi, também, com os
outros filhos da pobre viúva. Quando aqui chegamos, Marcondes viu que eles haviam desencarnado
mas iriam retornar à Terra. Pediu, então, para voltar, e hoje ele está casado com a antiga viúva do
Engenho Velho. Naquela época, ela também tinha dezesseis filhos, mas agora, ao casar com
Marcondes para o reajuste, somente alguns deles nasceram do casal, inclusive aquela que
Marcondes havia maltratado por causa do roubo, no tempo do Engenho Velho. Hoje, ela é sua filha
e, por caprichos do destino, casou-se com o mesmo homem que foi seu marido naquela época.
Enquanto a mulher falava eu, de repente, comecei a rir de mim mesma... Mãe Tildes voltou-se
para mim, com ar de censura, e me interpelou por minha atitude aparentemente de galhofa. Eu então
expliquei que estava rindo de mim mesma, porque, desde o dia em que conhecera aquela família ela
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nunca mais me dera sossego! Imaginem que Marcondes havia me procurado em Taguatinga,
justamente porque seu genro havia dado uma surra em sua filha - por incrível que pareça - por
motivos de um roubo! Desta vez, porém, Marcondes agira de forma bem diferente daquela do
Engenho Velho: agiu com toda a paciência, fê-la se reconciliar com o marido, e tudo acabou em paz.
Hoje, o casal está muito feliz, inclusive freqüentando nosso Templo. A mesma atitude ele teve com os
outros filhos do casal, todos sendo bem encaminhados. Faz cinco anos que eu acompanho esta
família! Apesar disso, Judith não o deixava sossegado. Ela era um desses espíritos que costumamos
chamar de “sem procedência”. Percebi que nossa visita estava chegando ao fim. A senhora, com
olhar que implorava, suplicou:
- Ajude-o, Tia! Ajude-nos, pois, enquanto ele viver, essa mulher irá lhe cobrar. Sei que, no
plano físico, a senhora poderá fazer muita coisa. Ajude-nos!
- Oh, meu Deus! - exclamei - Dê-me forças... Estou tão doente!...
- Não, minha irmã, - disse ela - não desanime. Jesus e Pai Seta Branca precisam da senhora!
Mãe Tildes e eu dissemos “Salve Deus!” e partimos. Passamos pela Torre de Marcela e vimos
que estava chegando muita gente nova da Terra. Vimos os Mensageiros se preparando para
socorrer os flagelados de uma grande enchente que estava ocorrendo em um lugar do Brasil. Isso fez
com que me lembrasse de outros necessitados, e me apressei em ir para minha cabala, onde fui
manipular forças de desobsessão. Despertei com Gertrudes me chamando:
- Madrinha... Madrinha... Acorde! Está lá fora uma filha do seu Marcondes, que veio buscá-la.
Ele está muito mal!
Entrei na vida física mas não me desliguei dos quadros que vira. E, assim, fui até o hospital
São Vicente, onde Marcondes estava internado. Olhei para aquele homem, que poucas horas antes
me falava, com toda firmeza, no plano etérico. Vi que ele não se lembrava de coisa alguma. A
cobrança era perfeita! Judith entrou no quarto do doente e, tão pronto me viu, foi logo falando:
- Olha, irmã Neiva. este homem está aqui de teimoso. Como é teimoso e pirracento! O pior é
que vai acabar morrendo e me deixando na pior, sem dinheiro e sem nada!
Ele, cheio de dores, levantou a cabeça, muito submisso, e disse:
- Oh, benzinho, não é bem assim... Isso não é um simples resfriado. Há muito tempo eu tenho
esses caroços no pescoço.
- Nada disso! - retorquiu ela - Isso começou nas pescarias e nas cachaçadas! Só depois que
nós conhecemos esta santa mulher foi que você tomou vergonha!
Nesse momento, o médico entrou. Acenei discretamente para ele e perguntei, sem que os
outros ouvissem, qual era o diagnóstico de Marcondes.
- Câncer. - foi a lacônica resposta - A senhora é parente dele?
- Não, - respondi - sou apenas uma amiga. O meu nome é Neiva.
- Ah, sim, a senhora é Tia Neiva! A senhora tem um orfanato aqui perto, não é?
Confirmei com a cabeça e, não podendo mais suportar as pragas da mulher, fui para casa.
Continuei com minhas consultas, atendi a muita gente, mas continuava desassossegada. Sabia que
Marcondes morreria logo, mas o quadro permanecia o mesmo. Judith não parava de vociferar,
enquanto as dores do paciente aumentavam de forma horrível. Essa situação durou até à libertação
de todos os obsessores, até eles se encaminharem para Deus. Finalmente, Marcondes morreu.
Depois disso, Judith passou a ser a mulher mais bondosa do mundo! Apesar de seus sessenta e
cinco anos, casou-se outra vez. Passaram-se alguns anos e não tive mais notícias deles. Mudamo-
nos para o Vale do Amanhecer. Os anos passaram e a vida continuou seu curso. Certo dia, eu estava
no Templo, classificando os médiuns, quando vi Marcondes junto a uma jovem médium. Reconheci-o
imediatamente e, surpresa, perguntei-lhe o que estava fazendo ali. Ele sorriu e, apontando para o
lado, mostrou-me uma Preta Velha que também sorria. Reconheci, então, a senhora da mansão. Eles
me explicaram que tinham vindo para falar comigo. Haviam pedido a Deus a oportunidade para
ajudar no desenvolvimento dos médiuns. Marcondes falou:
- É verdade, Tia, que não temos muito para dar, ainda não temos graças para isso. Porém,
estamos felizes de, pelo menos, poder ajudar a abrir as incorporações. Graças a Deus, nossos filhos
também estão aqui. Salve Deus!
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 308
Comovida, mas atenta na minha clarividência, vi que a jovem médium, a quem eu iria
classificar naquele momento, era um dos antigos espíritos, filhos de Judith, a viúva do Engenho
Velho, uma moça que não nascera como filha do casal atual! Salve Deus!”

HOMEM-PÁSSARO
Com profundos conhecimentos da transmutação eletrônica e nuclear, o Equituman Numara
confeccionou uma espécie de macacão, ao qual deu o nome de Anodai, todo canalizado, que
utilizava a energia solar para permitir, a quem o usasse, voar por todas as partes. Com base na Ilha
da Páscoa - Omeyocan (*), denominada Rapa-Nui por seus habitantes, onde, segundo Tia Neiva,
ainda existem vários desses macacões, aqueles Jaguares atingiram diversos lugares que registraram,
na pedra, suas figuras. Considerados simplesmente como figuras de deuses, pelos cientistas
modernos, tiveram sua imagem totalmente alterada na Ilha da Páscoa, com uma tradição secular
estabelecida pelos nativos da região, que dão o título nobre de Homem-Pássaro ao nadador que
obtiver primeiro, intacto, o ovo de um pássaro que, uma vez por ano, põe seus ovos unicamente em
uma ilha distante, o que exige muita coragem e força dos guerreiros que enfrentavam o desafio. Com
as asas do amor, na força da misericórdia, e da sabedoria, no domínio doutrinário dos
conhecimentos, o Jaguar se torna o Homem-Pássaro capaz de transpor muitos planos espirituais.
“Com a graça das amacês, foi tecido um macacão, ao qual se dava o nome de ANODAÍ. Todo
canalizado, voava pela energia do Sol e, deixado na cabine de controle, ali recebiam, também, sua
rota. Menos sofisticado do que hoje, porém muito eficientes. Eram Jaguares destemidos, eram
Homens-Pássaros que voavam e se estendiam por toda a parte da América. Em todo o continente
estátuas enormes e iluminadas destacavam a Terra dos Homens-Pássaros.” (Tia Neiva, 21.11.81)

HOMEM-PEIXE
Trabalhando com o magnético animal da Terra e cruzando forças do plano etérico, espíritos do
Vale das Sombras (*), que vivem nos abismos (*), criaram a química ectoplasmática, com que se
alimentam e produzem diversas máquinas e aparelhos sofisticados com que influenciam e enganam
os Homens. Entre as legiões do Vale das Sombras podem ser encontrados os homens-peixes, que
vivem sob os mares polares e têm inteligência quase humana, que objetivam derreter as geleiras e
inundar a Terra pela elevação do nível das águas.

HONESTIDADE
A honestidade é uma qualidade de quem protege os valores essenciais da moralidade social
e pretende trilhar sua jornada dentro da correta conduta doutrinária. O Homem honesto é aquele que
tem caráter, dignidade e honradez, agindo com probidade, decoro e decência. Ser honesto consigo
mesmo, não deixando que a vaidade ou o orgulho dirijam seus caminhos, sabendo quando está
errado, ouvindo a voz de sua alma e de sua consciência, são preceitos a serem observados pelo
Jaguar, consciente de seus deveres e de suas obrigações para com a Humanidade, observando sua
conduta doutrinária.
“Ser honesto em todos os sentidos: não te esqueças de que, por mais escondido que estejas, a tua
sombra bem poderá ser vista. Eis porque, meu filho, as dificuldades do Homem quando precisa
caminhar, mesmo que seja por curtas passagens, pelas sombras!...” (Tia Neiva, 24.5.80)

HORÁRIOS
Em 1984, Tia Neiva divulgou o “Relógio de Nosso Sol Interior”, para que buscássemos segui-
lo nas nossas atividades diárias, compatibilizando-as com o momento mais propício. Estabeleceu o
seguinte:
6 HORAS É o início do nosso relógio. Se quisermos ter segurança ou vivermos firmes
com nossas vibrações, temos que nos levantar - mesmo que seja por apenas dois minutos - às 6
horas da manhã, para que seja feita a união dos três reinos de nossa natureza e firmar a volta da
alma ao corpo, sem qualquer prejuízo para o sistema nervoso. Pode-se deitar novamente, e dormir.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 309
6 ÀS 9 HORAS O perigo nos ronda entre as 6 e 9 horas da manhã porque não temos
alguém em nossa vigília. Corremos o perigo dos pedidos e das dádivas. Muita gente concentra suas
vibrações no ódio - eis o perigo!
9 HORAS Ë um horário significativo para as forças que estão dentro de nós, quando
ficamos expostos a qualquer tipo de negócios - bons ou maus. Maus, porque pedimos, muitas vezes,
o que é impossível. Dificilmente sabemos o que pedimos! É hora de manipulação de uma força que
pode nos dar o que precisamos, que penetra em nosso Sol Interior e se faz Vida, pensamentos,
inteligência: é a força Universal, a força absoluta de Deus Pai Todo Poderoso. É a realização do plexo
pelas forças reunidas dos três reinos de nossa natureza, força que realiza nosso Sol Interior.
Precisamos de muita cautela, de muito amor, para cultivar o que está dentro de nós, o que temos
formado dentro de nosso Sol Interior. Iniciados ou não, o horário da vida é um só!
9 ÀS 10 HORAS HORÁRIO INICIÁTICO EVANGÉLICO - Bom para acertos sentimentais,
é o horário dos encontros amorosos, da realização de negócios, tudo sob a energia do prana que,
neste horário, já emitiu seus eflúvios por todo este Universo.
10 ÀS 11 HORAS Período em que começam as perturbações. As pessoas mal assistidas
começam a sentir peso nos chakras, principalmente nas frontes. Tia Neiva fala dos desprovidos da
força crística. É um horário em que estamos vulneráveis. Pode ser bom ou pode ser ruim!...
11 ÀS 12 HORAS É um período neutro.
12 HORAS Ao meio-dia nada devemos fazer, sequer uma prece pelos enfermos. É a hora
em que age a força significativa dos Grandes Iniciados, atuando nos poderosos mundos negros. É
um período de grandes decisões nos vales negros! Existem trabalhos que exigem grande energia
para sua realização e, também, muita precisão. No nosso tempo, aqui na Terra, é tão curto o período
para essa realização que nossa Lei nos ensina a nos acautelarmos neste horário.
12 ÀS 14 HORAS É um período de esperança.
14 ÀS 16 HORAS É ótimo período para realizações nos campos sentimental, emocional,
comercial e profissional. É um período governado pelo planeta Marte. Neste horário, uma amacê
desprende-se de Marte e chega à Terra, onde distribui seus eflúvios, harmonizando todos.
16 ÀS 16:30 HORAS Neste período o ciclo se modifica completamente, parecendo que a
Terra vai parar. Gera insegurança e uma espécie de medo! Período muito curto (na realidade nem
chega a 30 minutos) em que uma avalanche de antinêutrons escandaliza toda a Natureza e todos,
crísticos ou não, se aproveitam de forças interiores e se reforçam nas graças de Deus. Este é o
HORÁRIO DA LEI DO AUXÍLIO. Mas é, também, um horário de precauções, de cuidados. Se puder,
não use o seu carro. Diziam os Arcanos que é um período em que a Terra pega fogo! Tia Neiva
acreditava que é um período que não mais atinge o Jaguar, porque este é ionizado de qualquer
vibração dos espíritos que estão fora da Lei de Deus, apesar de que esses espíritos vêm em busca
de uma oportunidade para se refazerem de seus traumas e se revestirem de suas consciências.
Graças a Deus, é um período passageiro.
17 HORAS O planeta Marte volta a agir. É o eterno movimento: vem uma grande força, é
manipulada no Homem, e volta, sendo levada a mundos onde o Homem não é evangelizado. Nada
se perde. Tudo é aproveitado na evangelização dos seres, em Deus Pai Todo Poderoso.
17 ÀS 18 HORAS As amacês fazem, por toda a Terra, um bale de forças, emitindo a
inteligência, a religião e muita energia. É a hora da Vida e da Morte! Quando estamos nos planos
espirituais, onde o Homem desencarnado se queixa pela falta de comunicação, de um esclarecimento
de sua vida religiosa ou doutrinária, é neste horário que ele é levado à Terra, onde lhe é mostrada a
grande Atalaia, onde tudo lhe é esclarecido, onde ele sabe que, por sua própria culpa, abandonou
sua grande oportunidade. A obra de Deus é perfeita e não tem mistérios nem usa subterfúgios. É um
bom período para negócios e grandes eventos nos laboratórios e oficinas. Mas é, também, o período
de esclarecimento do espírito, quando se conscientiza de que o Homem não se esclarece em Deus
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 310
Pai Todo Poderoso porque não quer! Ele teve a mente aberta, teve a inteligência, teve tudo... e tudo
abandonou! Esta é a HORA DE DEUS, de Deus Pai Todo Poderoso.
18 ÀS 19 HORAS O Homem que quer aproveitar a Terra e os seus dias sente a grande
transformação neste período. É uma mudança brusca, inclusive do clima. Mesmo que o Homem
esteja amargurado ou que tenha seu coração cheio de amor, ele sente a transformação em si próprio.
É o horário em que o Homem recebe as energias das grandes amacês. É a hora das grandes
transformações, principalmente daquele Homem que não quer ser vítima do seu destino, daquele
Homem que não fez o seu rosário de dor. É o período em que o Homem recebe a coragem, as coisas
ficam boas e ele deseja o que realmente tem, o que ele fez e o que é dele. Neste período, três
amacês de planetas diferentes vêm, nas graças de Deus, sustentar a Terra. É a hora em que uma
criança que não tem o que comer nem o com que se cobrir, não sente fome nem frio, porque é
atendida pelas grandes energias cósmicas, onde vive Jesus. Salve Deus!
19 ÀS 22 HORAS É um período normal, sem contratempos. É bom para o Homem se
realizar em negócios, amores e família, enfim, nas coisas que estão em sintonia com sua harmonia.
22 ÀS 23 HORAS Período muito ruim. Cheia de pensamentos, a alma começa a vaguear,
trazendo sustos e superstições. Não vai longe, nem perto, e volta ao corpo, trazendo sonolência e
insegurança quando o Homem está desarmonizado. Se estiver harmonizado, tudo bem. É um horário
sem alimentação de energia.
23 ÀS 24 HORAS É o período de equilíbrio do Universo, no qual o Homem, mesmo
desarmonizado, passa melhor porque, quando as amacês, nos bons horários, se dispõem a trazer
energias, elas atingem o Homem na individualidade, sendo crístico ou não, e sendo sua defesa uma
só, essa energia o vai curando, independentemente de haver ou não sintonia. Com a manipulação
durante o tempo dos eflúvios que vai recebendo, o Homem vai-se equilibrando e, por incrível que
pareça, pode ficar curado para toda a vida. Só não se equilibra o Homem que carrega em suas
costas seu rosário de dor. Esse tipo de Homem é quase impenetrável!
24 HORAS - MEIA NOITE Abrem-se os portões dos cemitérios e os espíritos se
movimentam, entrando e saindo. Este período vai até 1h 30 min da madrugada. Estes espíritos vão
recebendo, neste período, a ajuda de Harpásios e de muitas outras estrelas como ela.
1:30 ÀS 2 HORAS É o período da grande movimentação de pequenas amacês, de várias
origens, fazendo a preparação para achegada dos Centuriões. É a HORA DA DOUTRINA, da
elevação dos espíritos. Por todo este Universo, funciona da mesma maneira: falanges de inúmeras
formações, espíritos de variados níveis são atingidos pela força crística dos Centuriões. É tudo muito
complexo para ser entendido por nós. Há, também, outra qualidade de Homem, com pensamentos
complexos, que atua neste período, até que se chegue às 2 horas da madrugada.
2 ÀS 3 HORAS É o período da Cura e da Luz.
3 ÀS 6 HORAS É o período dos Aromas das Matas, horário dos Caboclos. É bom
estar dormindo durante este período. É a HORA DE RECUPERAÇÃO DE ENERGIAS.
“Filho: Todo trabalho, trabalhado na hora certa, forma uma corrente inquebrantável. Foi respeitando
os horários que consegui contar 108 Horários do meu trabalho: amor, tolerância e humildade!” (Tia
Neiva, 19.9.80)
“Quando dormimos, os três reinos de nossa natureza, na sua totalidade, ficam para atender às
exigências do corpo. De vez em quando, nossa alma sai a vaguear e, conforme sua mediunidade,
chega a demorar-se fora do corpo. Passeia, vai longe, e adquire ilustrações, muitas vezes em
busca da cura do próprio corpo físico.” (Tia Neiva, s/d, 1984)

HORUS
Horus, o Deus-Falcão, foi a divindade mais popular no Antigo Egito, e até hoje seu culto se faz
presente no Egito. Representa a força da Terra, filho de Isis, a Lua, e Osiris, o Sol. Foram as
sacerdotisas do Templo de Horus, em Karnak, que deram origem às missionárias Dharman Oxinto (*).
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 311
Aline, a Princesa Dharman Oxinto, saía com seu grupo, realizando grandes fenômenos pelas ruas e
pelas cidades, motivo pelo qual passou a ser representada por um corpo humano com a cabeça de
falcão. Atualmente, podemos encontrar figuras e estatuetas de Horus, reproduzidas dos velhos
murais e estátuas egípcias, bem como simples olhos, que detêm a força e o poder de Horus.

HUMARRAN
Quando, em 1959, na UESB, Tia Neiva fez seu juramento e se preparou para sua missão,
queixou-se ao Pai Seta Branca de seu pouco preparo. Pai Seta Branca designou o velho monge
tibetano Humarran para ser o mestre de Tia Neiva, e ela teria que se transportar todos os dias,
durante cinco anos, para os Himalaias, a fim de realizar seu curso. Durante esse tempo, ela teria que
se abster de qualquer remédio. Isso fez com que ela, ao finalizar suas aulas, estivesse debilitada, o
que a levou a uma tuberculose que afetou seus pulmões para o resto de seus dias. Humarran vivia
com outros poucos monges em um mosteiro escondido nas montanhas do Tibet, onde a dominação
chinesa ainda não alcançara. Durante cinco anos Humarran preparou aquele espírito espartano,
ligando-o às suas origens e dando-lhe condições de estruturar a Doutrina do Amanhecer e formar o
sonho de Tia Neiva - o Doutrinador. Após o término do curso, Humarran continuou sua assistência à
Doutrina, não só através de desdobramentos, quando, juntamente com Tia Neiva, percorria os planos
espirituais, como, também, por incorporações em médiuns no Vale, preparando os Jaguares para a
fase iniciática e científica da Doutrina. Nas cartas e mensagens de Tia Neiva são inúmeras as lições
transmitidas por Humarran, o GUARDIÃO DAS CHAVES DO DESENVOLVIMENTO DA DOUTRINA
DO AMANHECER. Hoje já nos elevados planos espirituais, projeta sua força e sua sabedoria em
busca do aperfeiçoamento da mentalidade e conscientização dos Jaguares.
MINHAS PALESTRAS COM HUMARRAN - “NEIVA: Precisas distinguir entre o verdadeiro e o falso.
Deves aprender a ser verdadeira em tudo, em pensamentos, palavras e ações. Por mais sábia que
sejas um dia, ainda terás muito que aprender. Todo conhecimento é útil e dia virá em que
possuirás muito. Amor e sabedoria - tudo se manifestará em ti. Entre o bem e o mal, o ocultismo
não admite transigência. Custe o que custar, é preciso fazer o Bem e evitar o Mal. Teu corpo
ASTRAL MENTAL se aprazerá em se imaginar orgulhosamente separado do FÍSICO.” Eu ouvia
como se estivesse distante dali. Ele me observou dizendo: “Neiva, gostas de pensar muito em ti
mesma. Seta Branca está incessantemente vigilante, sob pena de vires a falir. Mesmo quando
houveres te desviado das coisas mundanas, ainda precisarás meditar, fazendo conjecturas acerca
de ti mesma. Jesus nos adverte: ANTES DE CULPAR O TEU VIZINHO, POR QUE NÃO SER
SEVERO CONTIGO MESMO? A tua vidência é algo sem limite, é algo sublime. Tens tudo para
fazer o bem e o mal. Se fizeres o mal, te destruirás; se fizeres o bem, crescerás como a rama
selvagem. Não te esqueças, também, que, acima de tudo estás aqui para aprender a guardar
segredo mesmo, fazendo mistério das tuas revelações. Esforça-te por averiguar o que vale a
pena ser dito e lembra-te que não se deve julgar uma coisa pelo seu tamanho. Numa coisa
pequena, muitas vezes, se tem maior sentido. Não deves acolher um pensamento somente
porque existe nas Escrituras durante séculos. Deves fazer distinção entre o que é útil ou inútil.
Alimentar os pobres é boa ação, porém, alimentar as almas é ainda mais nobre e útil do que
alimentar os corpos. Quem quer que seja rico pode alimentar os corpos, porém, somente os
que sorvem conhecimento espiritual de Deus podem alimentar suas almas. Quem tem
conhecimento tem dever de ensinar aos outros. A tua responsabilidade, Neiva, será a maior do
mundo. Nunca poderás dizer tudo e não poderás, também, calar.” Dizendo tudo isto, começou a
contar este exemplo: “Eu era muito jovem quando me enclausurei neste mosteiro. Porém, antes de
entrar aqui, tive grandes experiências. Ouve um tempo em que a Índia era o ponto principal para
as revelações. Vinham de longe muitos curiosos e romeiros, magos... videntes. Viviam por aí a
espreita das oportunidades de suas alucinações. E uma destas, aconteceu com um famoso Lorde
que veio da Inglaterra para saber o destino do seu filho recém-nascido. O mestre que lhe atendeu
estava de saída. Os seus companheiros já estavam esperando na célebre porteira para assim
cada um ter a sua direção. O fidalgo insistia e o mestre contou sem amor o que via: Disse que seu
filho teria um mal destino e deu todo o roteiro de sua vida: Em tal tempo lhe acontecerá isto, em tal
tempo será assim. E, na verdade, o fidalgo saiu dali louco. Seu filho que, até então, era a sua
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 312
alegria, passou a ser a sua própria sentença, e até então, não fez nada senão sofrer a espera dos
acontecimentos em toda a sua vida. Porém, nada lhe aconteceu. O jovem foi feliz, casou-se e
nada de mal lhe aconteceu, enquanto o fidalgo, seu pai, amargurou toda a sua vida. As vibrações
do fidalgo, não te preciso dizer, destruíram a vida do impensado mestre. Ninguém teve intenção
de magoar ninguém, porém o pecado das palavras impensadas de um mestre ou
clarividente é algo muito sério. Veja sempre em sua frente o fidalgo, o homem que sofreu as
conseqüências de seu orgulho porém nunca faças como o impensado mestre. Nunca participes
com ninguém. Serás, antes de tudo, uma psicanalista. É bem melhor que as pessoas saiam de
perto de ti te desacreditando do que desacreditando em si próprias. Volte para o teu corpo,
filha, e vá enfrentar as feras, como dizes, porém saiba que todas são melhores do que tu. Elas não
têm ideal como tu. Elas sofrem o teu incontrolável temperamento.” Me julgam como se fosse uma
qualquer, porque sou motorista. “Para ti tudo é bom no caminho da evolução!” Dizendo assim me
fixou e eu me senti já na minha casa. (Tia Neiva, UESB, maio/1960)
“Partindo desta compreensão das origens criadoras nas atividades racionais e tão intimamente
unidas, vidas conscientes, que sabem discernir que o negativo de hoje será o mal de amanhã,
cada consciência vive e envolve os seus próprios pensamentos. Através dos séculos do tempo,
nada escapa à lei do progresso – as religiões acima de tudo!” (Tia Neiva, Humarran, abril/62)
“Eu e meu Mestre HUMARRAN vivemos a vida e, inconscientemente nos preparamos para outra!
Onde e como? Nos perguntamos, sem resposta. Porque tentar resposta, se é o desejo e eu
procurarei conservar longe do meu pensamento todas as falsidades, sabendo que tu és aquela
verdade que acende a luz da razão no meu Espírito. Oh, Mestre! Não sei como tu cantas, oh, meu
Mestre, mas ouço-te sempre em silencioso deslumbramento. Mestre, a minha e a tua vida
caminham lentamente como o crepúsculo se distanciando do sol. Muitas vezes pensamos ser
irmãos em Deus, uma figura simples e hieroglífica, papel recortado em forma de gente. A dor, a
alegria, tudo se confunde! Embora a dor não seja tão viva, avisto, de longe, os passos queridos,
oferta da vida. Peço indulgência, que no fim, em Capela, onde estiver, longe das visões, o teu
rosto e o meu coração, haja descanso deste labor sem fim, no oceano sem praia, sem verão, sem
grinalda, que me serve nesta prisão luxuosa, que se afasta da poeira saudável desta Terra e que
me empurra para uma Nova Era.” (Tia Neiva, 9.6.78)

HUMILDADE
Uma das bem-aventuranças proclamadas por Jesus no Sermão da Montanha diz: “Bem
aventurados os mansos, porque herdarão a Terra!” Ser manso é ser humilde. A humildade é uma
virtude do Homem que aprende a se dominar, aplacando seus sentimentos quase inconscientes de
orgulho e soberba, reconhecendo seus limites ante a dignidade do próximo e sua limitação ante a
grandeza de Deus. Um dos alicerces da condição do Jaguar, junta-se à justiça e à verdade para
formar o caráter do médium que pretenda cumprir fielmente seus compromissos com a
Espiritualidade Maior. Ë preciso determinação e paciência para caminhar, cada vez mais alto, na
estrada da humildade. O grande exemplo foi o do Divino e Amado Mestre Jesus, cuja humildade,
admirável e positiva, graciosa e redentora, nos ensinou, conforme Mateus (XI, 29 e 30): “Tomai sobre
vós o meu jugo, e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração: e achareis descanso para
as vossas almas, porque o meu jugo é suave e o meu peso é leve!”. E ainda em Mateus (XVIII, 1 a 5):
“Naquela hora, chegaram-se a Jesus os seus discípulos dizendo: Quem julgas que é o mais
importante no reino dos céus? E chamando Jesus a um menino, colocou-o no meio deles, e disse:
Em verdade vos digo, que se vos não converterdes e vos não fizerdes como meninos, não entrareis
no reino dos céus! Todo aquele pois, que se fizer pequeno e humilde como este menino, será o maior
no reino dos céus. E o que receber, em meu nome, uma criança como esta, a mim recebe!”. A
verdadeira humildade não é a do Homem perante outro Homem, mas sim perante Deus. Jesus nos
ensinou que pela humildade recebemos a ajuda divina, o prana. Quantas vezes a Espiritualidade
precisa de nós, nos procura, e fugimos ou nos escondemos, sem consciência de que fazemos isso
simplesmente pelo orgulho. Na Doutrina do Amanhecer temos que ter consciência de nossa missão
e do que representamos: a Corrente é imensa, luminosa, de uma grandeza infinita, e nossa
capacidade mediúnica será grandiosa se estivermos nela perfeitamente integrados, e não por nossa
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 313
simples e pequenina personalidade. Nós precisamos da Corrente - ela não precisa de nós: a partir daí
temos condições de exercer nossa humildade. Em João (XIII, 14 a 17), o Evangelista, relatando a
passagem em que Jesus lavou os pés de seus discípulos: “Vós me chamais de Mestre e Senhor, e
dizeis bem, porque eu o sou. Se, pois, eu vos lavei os pés, eu que sou vosso Senhor e Mestre,
também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Eu vos dei o exemplo para que assim como eu vos
fiz, o façais também. Em verdade, eu vos digo: o servo é maior do que o amo, nem o apóstolo maior
do que aquele que o enviou. Se compreendeis estas coisas sereis felizes, contanto que as
pratiqueis.” Aprendemos, então, que devemos ter a simplicidade de coração, sem depender da
vivência social, intelectual ou formal. Nos trabalhos do Templo, as indumentárias nos igualam. Nosso
uniforme faz com que todos se sintam sem distinções de classe, de cor ou de qualquer outro fator.
Uma grande lição de humildade nos é dada por Pai Seta Branca, que desce de sua grandeza e
plenitude para se submeter a um comando quando, incorporado em um simples médium, nos traz sua
bênção. E essa humildade sentimos e nos ilumina em todos nossos trabalhos com a Espiritualidade.
Por que, então, seríamos orgulhosos e arrogantes? O médium de incorporação corre riscos de se
engrandecer, vaidoso das entidades que incorpora, esquecido de que ele é simples instrumento e,
como tal, tem que estar em perfeitas condições para ser utilizado pelos Mentores. Amor, tolerância e
humildade! São os três reinos de nossa natureza, são o nosso caminho, devem ser nossa
preocupação constante. O verdadeiro médium, com amor, faz sua preparação, chega diante do Pai
Seta Branca e humildemente suplica: Pai, aqui estou, com todo o meu amor, para que disponha
de mim conforme a Sua vontade! E parte para o trabalho confiante na sua intuição, naquilo que vai
receber dos altos planos espirituais. A nossa missão é difícil, nossa jornada é cheia de obstáculos, e
somente com humildade vamos entender que as dificuldades foram criadas por nós mesmos, em
jornadas anteriores, e que não podemos culpar ninguém, além de nós mesmos, por nossos
sofrimento. Só a humildade nos auxilia, porque nos permite receber o prana, nos dá condições para
contemplarmos nossos quadros com visão bem próxima da realidade e nos concede a grandeza de
avaliar nossas ações dentro da Lei de Causa e Efeito. Obedecer à hierarquia, ser humilde sem se
humilhar, ser manso sem ser servil, cumprindo nossas metas cármicas com plena consciência do que
somos e do que queremos ser dentro da perfeita conduta doutrinária, respeitando nossos próximos e
buscando obedecer às leis da sociedade e da moral, sobretudo às Leis de Deus - eis nossas
diretrizes como verdadeiros Jaguares.
“Entretanto, no Evangelho, tudo se resume na prática destas três palavras, que nós sempre
repetimos: Amor, Tolerância e Humildade. Agora, chegou o momento de saber até que ponto cada
um de nós adquiriu a capacidade de perdoar, de tolerar, de ser humilde, de não julgar e de amar, e
assim avaliar o ponto a que chegou em termos de amor incondicional!” (Tia Neiva, s/d)
“Pai Seta Branca diz que: “A humildade e a perseverança de vossos espíritos conduziram-me ao mais
alto pedestal de força básica que realizou esta corporação.” Mais uma vez você, com seu esforço,
amor e humildade, encheu da maior alegria o coração de nosso Pai tão querido!” (Tia Neiva, Carta
Aberta n. 6, 9.4.78)
“Ser humilde é ser amor. Ser humilde é ser manso de coração, é ser tratável. Toda filosofia exige
humildade de tratamento, principalmente para com aqueles que precisam de nossos cuidados. !”
(Tia Neiva, 5.3.79)
“O verdadeiro sentido da humildade é conseguir dar vazão, através de si mesmo, da maior pureza do
céu, que é a Voz Direta. Isto não diz respeito só ao Apará, mas, principalmente, ao Doutrinador,
porque os Doutrinadores são os portadores do Terceiro Verbo, da Palavra, que é o fundamental do
sistema crístico.” (Tia Neiva, s/d)

IABÁ
Iabá é um ponto de força que se faz de forma simples e rápida, para distribuir energia ou
desintegrar cargas negativas que sentimos estar perigosamente agindo em torno de nós ou em
qualquer outra pessoa. É uma condição que somente os Grandes Iniciados proporcionam àqueles
que atingem determinado grau de elevação espiritual.
 “... Fiz uma prece, e formei o meu IABÁ. Imediatamente os elítrios a libertaram, voltando para
Deus!” (Tia Neiva, 11.7.83)
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 314

IDÉIAS
Idéias são representações mentais de coisas concretas ou abstratas, frutos da concepção e
da elaboração intelectual. Formam, em seu conjunto, a realidade autêntica de cada ser, de forma
plena e substancial, garantindo o conhecimento do Universo, uma vez que nelas residem a essência,
a razão e a verdade de tudo o que se pode sentir, consciente ou supraconscientemente. Veja Energia
Mental.
 “Uma coisa vocês precisam entender bem: nós não vivemos uma filosofia cristã. Nós vivemos um
Sistema Crístico! O Sistema é uma coisa pronta, acabada, que existe e não tem possibilidade de
mudar. Já a filosofia é a maneira como os Homens interpretam a Lei. Assim se formam as
religiões, baseadas justamente na distorção dessas interpretações, porque não há uma unidade de
pensamento. Reúnem-se as idéias e se fabrica uma nova forma. Nada se cria - apenas muda-se a
forma das coisas. Daí a razão de milhares de livros escritos. A toda hora, uma novidade. E agora,
então, com a predominância do Vale das Sombras, com essa predominância dos espíritos a quem
está entregue a destruição! Dizemos em nossas aulas para que nossos médiuns não falem em
Espiritismo, não discutam religiões, porque não é mais época. Tudo o que o Sistema Crístico podia
fazer para os Homens está feito, já deu a qualquer um a possibilidade de se encontrar consigo
mesmo, com sua individualidade. Quando os Homens preferem inventar novos métodos, vão se
afastando da realidade, que é o Sistema. Quando se fala que o Jaguar tem o pé na Terra é porque
o Jaguar tem o pé no Sistema, explicado em termos do nosso Sol Interior. Quando falamos em Sol
Interior, estamos falando numa filosofia cristã, e nenhum comentarista ou filósofo cristão
comentará esta palavra, porque ela só vai ser encontrada no Evangelho se buscarem o Evangelho
Iniciático, isto é, o Evangelho cujo segredo só podemos entender se tivermos iluminação por
dentro. As palavras são iguais para todos, mas alguns enxergam de uma maneira diferente e
chegam ao Sistema, se tiverem os pés na Terra. Entretanto, no Evangelho, tudo se resume na
prática destas três palavras, que nós sempre repetimos: Amor, Tolerância e Humildade. Agora,
chegou o momento de saber até que ponto cada um de nós adquiriu a capacidade de perdoar, de
tolerar, de ser humilde, de não julgar e de amar, e assim avaliar o ponto a que chegou em termos
de amor incondicional!” (Tia Neiva, s/d)

IFAN
IFAN é o Cavaleiro Ligeiro, o Mensageiro dos Orixás. Tem atuação destacada na chamada de
forças, tendo a seu cargo a manutenção dos trabalhos, fazendo com que cada um receba a presença
de um ou mais Orixás, conforme a necessidade. É o grande coordenador das forças celestiais e tem
atuação em todos os trabalhos do Templo. Sua força conduz os espíritos para a incorporação, a fim
de que possam ser doutrinados e recebam a carga de ectoplasma necessária à sua elevação. É Ifan
quem faz, também, a convocação de legiões de Espíritos de Luz para atendimentos especiais,
quando preciso, principalmente quando Mestre Sol e Mestre Lua são convocados para um trabalho
específico, como a Unificação com determinado objetivo

ILHA DA PÁSCOA
VEJA: OMEYOCAN

IMUNIZAÇÃO
Existem problemas nas comunidades que são causados pela ação de falanges ou até mesmo
legiões de espíritos sem Luz, causando enfermidades que, geralmente, acometem crianças e
adolescentes, uma vez que estes não têm seus plexos suficientemente desenvolvidos para resistir a
estas cargas negativas. Essa ação visa satisfazer aqueles espíritos que, além de se alimentarem com
as cargas de baixo padrão vibratório geradas pelo pânico que provocam no povo, buscam abalar a fé
daqueles que se desesperam por verem o sofrimento de suas famílias. Por isso Pai Seta Branca
instituiu o trabalho de Imunização, que estabelece uma barreira energética no plexo dos pacientes,
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 315
evitando a ação daquelas forças negativas e protegendo-os das enfermidades. O trabalho de
Imunização é detalhado no Livro de Leis.

INCENSO
O incenso e a mirra eram aromas usados nos grandes rituais das civilizações antigas e,
principalmente no Egito, as cerimônias de Amon-Ra e Horus sempre eram odorizadas por estas ervas
que, à época, tinham o valor do ouro. Com o passar do tempo, incenso passou a denominar a mistura
que se usa de várias origens vegetais, preparados com uma massa presa a uma vareta, que queima
lentamente, desprendendo a fumaça perfumada. O incenso é uma concentração da energia do fluido
magnético vegetal, que se libera à medida em que a brasa progride. Pode ser usado a qualquer hora
do dia, mas, preferencialmente, deve ser aceso às 10, 12 e 18 horas quando se quiser manter
apenas a harmonia do ambiente. Quando se quiser usá-lo para acompanhar uma prece e,
especialmente, o Terceiro Sétimo, deve ser aceso antes de se iniciar, juntamente com a vela. Não
deve ser colocado em qualquer lugar, e sim no Aledá, para que integre as forças emitidas em
benefício daquele lar e daquele trabalho. Para nossos trabalhos podemos usar, indiferentemente, o
incenso de palito ou em bloco. Quanto aos perfumes, o de palito deve ser o Madeira ou o
Sandalwood, e o dos blocos, com grande diversidade de emanações, sendo muito usado na
Umbanda e no Candomblé, deve ser um que mantenha a harmonia ambiental. As Escrituras revelam
que os Magos eram uma casta sacerdotal sábia, existente entre Medas, Caldeus e Persas, e que os
sábios ofertaram os três presentes homenageando a Divindade de Jesus (incenso), a Sua Realeza
(ouro) e a Sua Humanidade (mirra, um refinado perfume oriental). Para preparar em torno de 300
varetas de incenso, dissolvemos 50 g da essência em 250 ml de álcool neutro; em outro recipiente,
colocamos 2 litros de água fervente, misturando bem com 800 g de serragem bem fina, 60 g de
carvão em pó, 50 g de goma arábica e 50 g de caulim. Depois de bem misturada, adicionamos a
parte do álcool com a essência, sempre mexendo, até formar uma massa homogênea, que é, então,
passada em uma peneira. As varetas são mergulhadas na massa e postas para secar ao sol ou
próximas de uma outra fonte de calor.

INCOMPREENSÃO
Quando nos referimos aos “cegos, surdos, mudos e incompreendidos” não estamos falando
de alguma deficiência física, mas, sim, sob o aspecto espiritual, vibracional. Aquele que é portador de
uma deficiência física está cumprindo a Lei de Causa e Efeito, o seu carma (*), e só podemos ajudá-
lo fortalecendo seu espírito para que possa passar, sem revolta, sua provação. Mas nossa missão
inclui aqueles que têm deficiências que os levam a não ver, a não ouvir, a não falar e a não entender
as lições da Espiritualidade Maior, e que podem ser curados pelas vibrações de amor, pela tolerância
e pela humildade. Os incompreendidos sofrem porque têm a intenção de fazer o Bem, de ajudar o
seu próximo, mas não conseguem transmitir seus sentimentos, fazendo com que se percam seus
esforços e, o que é pior, atraindo para si vibrações de ódio e rancor. Jesus, segundo Mateus (XIII, 13
a 18), explicou: “Por isso é que eu lhes falo em parábolas; porque, vendo não vêem, e ouvindo não
ouvem nem entendem. De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías, dizendo: “Ouvireis com os
ouvidos e não entendereis; e vereis com os olhos, e não vereis. Porque o coração deste povo se fez
pesado, e os seus ouvidos se tornaram duros e se fecharam os seus olhos; porque não vejam com
os olhos, e ouçam com os ouvidos, e entendam com o coração, e se convertam, e eu os sare!”
Ditosos, porém, os vossos olhos, porque vêem e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois, em verdade
vos digo: muitos profetas e muitos justos desejaram ver o que vós vedes, e não o viram, e ouvir o que
ouvis, e não o ouviram.” A compreensão é um atributo do Homem, faz parte do ser racional, e é por
ela que se capta o sentido dos complexos anímicos, na sua totalidade estrutural, além de determinar
comportamentos, motivações e atitudes referenciais que compõem uma grande parcela da
personalidade. Por dificuldades provocadas por preconceitos, falta de conhecimento ou simples
preguiça de tentar entender o mundo que o cerca, o Homem se torna incompreensivo, isto é, deixa de
perceber a extensão e o valor dos sentimentos e das pessoas que o rodeiam, não entende e nem se
faz entender, baixa seu padrão vibratório e é alvo de obsessores.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 316

INCORPORAÇÃO
A incorporação é o fenômeno pelo qual uma entidade utiliza um médium em toda sua
totalidade, isto é, seu cérebro, sua coordenação motora, sua voz, seus gestos, para se comunicar.
Tanto pode ser um Espírito de Luz como uma poderosa entidade das Trevas, um sofredor ou um
obsessor. A energia de incorporação se projeta no plexo solar ou Sol Interior (*) do médium Apará e
se escoa pelos chakras umerais (*), onde se aplica o passe magnético para eliminação de resíduos
após uma incorporação. Existe muita discussão em torno da veracidade desse fenômeno,
principalmente por parte de pessoas que se dizem doutoras em Bíblia e alegam não ser esta uma
manifestação dos santos espíritos. Como poderíamos interpretar, então, o que descreve Isaías (XX,
2): “Naquele tempo, falou o Senhor por intermédio de Isaías, filho de Amós” e, também, Ezequiel (II,
2): “E o espírito entrou em mim, depois que me falou e me pôs em pé, e ouvi o que ele dizia” senão
como puros exemplos de incorporações? Na nossa Doutrina, o médium de incorporação é o Apará
(*), que pode ser consciente ou semiconsciente. É muito difícil, raro mesmo, aquele que é
inconsciente. A faculdade mediúnica é força própria, individual, e cada um a pratica à sua própria
maneira, sendo responsável pelos seus atos mediúnicos e sabendo que seu corpo lhe pertence.
Nenhum espírito - de Luz ou Inluz - usará o corpo de um médium sem a permissão deste. Mesmo em
casos aparentemente sem o conhecimento do médium, uma permissão é dada pelo seu
subconsciente, movido pelo amor incondicional, para acontecer a manifestação. A percepção do
médium, sua sensibilidade, controla sua incorporação e isso ocorre de forma tão refinada e discreta
em alguns casos que é confundida com inconsciência. A incorporação é acompanhada da vibração
do espírito que incorpora, e por ela o Doutrinador sente como deve agir, e caso se trate de um irmão
Inluz, como fazer a sua doutrina e o momento preciso de fazer sua elevação. Da mesma forma que
Deus permite as comunicações de espíritos elevados, para nos orientarem e instruir, permite aquelas
de espíritos sem Luz, que procuram nos induzir aos erros e às mentiras, testando nosso amor e
nossa confiança na Doutrina. Em muitas ocasiões, nos Tronos, um espírito Inluz incorpora e passa a
agir e falar como se fosse um Mentor. O Doutrinador, atento e harmonizado, vai sentir a diferença, e
só lhe cabe fazer a elevação daquele espírito. Na 1a. Epístola de João (IV, 1) nos é dito: “Caríssimos,
não creais a todo espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, porque são muitos os falsos
profetas que se levantam no mundo!” Com isso, nos alerta para que, especialmente os
Doutrinadores, devidamente mediunizados, possam estar certos de com quem estão lidando.
Existem muitos casos de incorporações descontroladas, pois é um fenômeno milenar e poucos os
que se preocupam em aprimorar suas faculdades mediúnicas, disciplinando a manifestação dos
espíritos. A maioria de brigas e violências são frutos de incorporações descontroladas, ação de
espíritos das Trevas que se manifestam em condições propícias em bares, presídios, festividades e
movimentos que envolvem muitas pessoas, descontrolando seus participantes e os envolvendo em
sangrentos conflitos, de onde aqueles espíritos sugam o fluido magnético animal que os alimenta e
dá força. O Apará - médium com seu plexo iniciático -, por seu amor, por sua Doutrina, por sua
consciência, age de acordo com sua força mediúnica, mas temos que considerar que também é
influenciado pelas vibrações do ambiente em que está, com sua percepção captando desequilíbrios
da mente do Doutrinador e de outras pessoas presentes, e tudo isso é que lhe dará as condições de
sua incorporação. Sabemos que essas condições variam de momento a momento, e não podem ser
aferidas a não ser quando se efetiva a incorporação. O Apará sabe, sente, as nuanças da
incorporação. Cabe ao Doutrinador aprender, também, diferenciar entre as comunicações puras, a
Voz Direta, ou mesmo os sinais do estado do espírito incorporado, daquelas que expressam apenas
o espírito do próprio Apará. Na I Epístola aos Tessalonicenses (V, 20 e 22), Paulo adverte: “Não
desprezeis as profecias. Examinai tudo: abraçai o que é bom. Guardai-vos de toda aparência de mal.”
Em nossa Doutrina aprendemos a não confiar nas comunicações (*) até termos a certeza da
verdadeira natureza daquele espírito incorporado, e os perigos das previsões (*). No Trono Milenar
podemos exercitar nosso amor, nossa doutrina e nossa sensibilidade aprende a diferença entre as
vibrações de um espírito de Luz e as de nossos irmãos das Trevas. Isso é válido tanto para o Apará
como para o Doutrinador, para irem sabendo a diferença das incorporações. Um grande exemplo
dessa variação vibratória das incorporações é a de Pai Seta Branca. O Apará, mesmo veterano e
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 317
equilibrado, precisa passar por uma preparação, que denominamos cultura, para que seu plexo vá se
preparando para receber a poderosa energia, evitando, assim, choques e desequilíbrios decorrentes
desta grandeza., tornado-o apto ao trabalho no Oráculo e na Bênção. Os médiuns Aparás, de 16 aos
18 anos, não podem trabalhar em locais onde haja comunicação (Tronos, Alabá, Angical, etc.). Para
facilitar nosso estudo, fizemos, em separado, observações sobre interferências, obsessor, cobrador,
Pretos Velhos, Povo das Águas, Caboclos, etc.
 “Forçar a incorporação de um médium é virar uma página e limitar a sua lição. A faculdade
mediúnica é força própria, individual. Cada um a acumula à sua maneira. O médium que não dá
sua própria mensagem é um falso profeta!” (Tia Neiva, s/d)
 “Não é justo, filho, depois da incorporação, ficar em dúvida: Será que incorporei? Será que foi o
Preto Velho ou o Caboclo? Não foi somente uma impressão minha? Isso é triste para os nossos
Mentores, que se apressam para que saia tudo com a precisão do Espírito da Verdade. Trata-se
de um conjunto, de um ritmo de aparência de encantos, de energia. Não podemos designar este
sentimento de amor. É o coroamento das virtudes, é muito mais científico do que pensamos.
Quando solicitada uma incorporação, uma enorme e complexa força se faz em nós. Seriam
bastantes os cruzamentos destas forças para a cura desobsessiva, quanto mais que sabemos da
presença de Caboclos e Pretos Velhos.” (Tia Neiva, 8.4.79)

INDIVIDUALIDADE
A individualidade é toda a carga transcendental e meritória de um espírito. É, na sua essência,
o próprio espírito, pois é una e indivisível, compreendendo a natureza, características, tendências,
preferências e objetivos de cada espírito, tornando-o distinto de todos os outros. A individualidade é
uma qualidade do espírito, enquanto a personalidade (*) é relacionada com o corpo e a alma.
Geralmente, são conflitantes, e esses conflitos ocorrem no campo consciencional e são contínuos.
Temos consciência de nossa personalidade, isto é, do que gostamos ou não gostamos, das
necessidades de nosso corpo e dos anseios de nossa alma, que nos procuram enquadrar na
sociedade em que vivemos, como atores em peças complicadas. Todavia, existe a percepção de que
nem tudo é de acordo com o nosso íntimo, que divergimos continuamente das diversas tendências e
inclinações de nossa personalidade, e vamos conseguindo penetrar pouco a pouco em nossa
individualidade, o impulso fundamental e transcendente, uma energia latente que tenta romper as
barreiras da personalidade. Quando na Terra, Jesus falava perante multidões, mas, na realidade,
falava para a individualidade, isto é, para o coração de cada um. A individualidade é que nos permite
a ligação com os planos espirituais, é a nossa verdadeira forma de ser, é onde se acumulam todas
as experiências das encarnações por que passamos, é a nossa imagem real e sem retoques, é a
responsável pelo nosso livre arbítrio e, por conseguinte, pelo nosso merecimento e pela nossa
posição na escala evolutiva. Dentro da Lei de Auxílio, não há como trabalhar com nossa
personalidade, mas unicamente na nossa individualidade. Por isso, na Doutrina do Amanhecer, não é
importante o grau de cultura ou posição social do médium, porque esses são fatores da
personalidade. Faz-se questão, sim, do amor, da humildade e da tolerância - os três reinos da
natureza da individualidade - que são as verdadeiras caraterísticas do espírito a caminho de Deus,
proporcionando-lhe condições da realização de grandes fenômenos pela correta manipulação das
forças que lhe forem confiadas pela espiritualidade. Pela profunda diferença entre individualidade e
personalidade é que nos é vedado o poder de julgar alguém, porque são inúmeros os casos de
grandes individualidades que reencarnam com pesadas personalidades, dentro de um plano de
evolução de almas afins.
 “Cada indivíduo concorre para o caráter do seu grupo, que se compõe de diversos graus, desde
variedade até a espécie. Apesar dos milhares de espíritos, tudo gera, se afina, na individualidade.
Nascer, morrer, reencarnar, progredir sempre, na sensação de fenômenos diversos, físicos, abalos
fisiológicos, a comoção nervosa, a sua transformação no cérebro, o efeito, a reação orgânica de
atração ou repulsa de emoções. Temos, assim, o conhecimento fisiológico denominado
consciência, que se estabelece entre o eu e o não-eu. Cada indivíduo é um cenário diferente,
porque age na individualidade.” (Tia Neiva, s/d)
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 318

INDUÇÃO
O trabalho de Indução consta do Livro de Leis e por ele se faz a absorção e desintegração de
cargas negativas e não de espíritos obsessores, sendo indicado para ajuda na solução de problemas
ligados à situação material, especialmente de ordem econômica. Apesar disso, não é permitido às
gestantes e às crianças com menos de dez anos passarem na Indução. O perigo para as gestantes
reside na natureza das energias ali manipuladas, que podem provocar a liberação das cargas
negativas que prendem os elítrios ao feto, a partir do terceiro mês de gestação, provocando o aborto
por ficar perdido o objetivo daquela reencarnação. Quanto às crianças, por não estarem com seus
plexos preparados para receberem aquelas forças, podem sofrer graves distúrbios no plexo físico. Na
corrente formada pelos Aparás e Doutrinadores passam as cargas a serem, depois, manipuladas
pelos Pretos Velhos, então incorporados. O passe magnético, apesar de ser também distribuído pelo
aton, difere do aplicado na Junção: são necessários somente os três mestres - o Comandante e as
duas balizas -, podendo ser acrescentado um Mestre Adjuração, mesmo sem indumentária, de
preferência o que fez a defumação, para aplicar mais um passe. Não é permitida a presença de
mestres e ninfas de indumentária na corrente magnética da Indução, pois existe sempre o risco de
serem suas indumentárias impregnadas com cargas pesadas.

INDUÇÃO CABALÍSTICA
A Indução Cabalística foi estabelecida por Tia Neiva em 30.10.76 e deixou de ser realizado
pela alteração das forças, que evoluíram e passaram a atuar de forma diferente, permitindo o trabalho
da Estrela Candente em planos mais elevados e, mais tarde, com as manipulações da Anodização e
da Unificação. O Trino Araken faz um tipo de Indução Cabalística no Templo, posicionando os
Doutrinadores nas pontas das filas magnéticas e fazendo a passagem das cargas nestas filas, com a
incorporação dos Pretos Velhos para a limpeza final. Como não consta do Livro de Leis, uma vez que
não existem mais condições para sua realização, vamos fazer, apenas como registro histórico, a
transcrição do documento original de Koatay 108:
INSTRUÇÕES PARA FAZER UMA INDUÇÃO CABALÍSTICA
Primeiro, prepara-se na Pira uma ligeira abertura: “Senhor, Senhor! Faze a minha preparação
para que, neste instante, possa eu estar Contigo!” Os mestres vão fazendo sua preparação
individual, iniciando também uma fila para subir na Cabala de Delfos. Na frente da fila segue o par
(Mestre Lua e Mestre Sol) que vai receber o Pai Seta Branca no Arco de Pytia. Ao seu lado, no Arco
de Pytia, fica o Mestre Sol (devendo ser o 1º Mestre Sol Positivo) na Adjuração, e Mestre Lua na
Ajanã. Em seguida, o Mestre Tumuchy, o 1º Mestre Jaguar Positivo e todos os Primeiros Mestres (de
1 a 7), bem como os demais mestres, também tomam seus lugares na fila. Entram, simultaneamente,
Mestres Sol na Adjuração e Mestres Lua na Ajanã. Em frente ao Arco de Pytia, o Mestre Sol segura a
mão de Mestre Lua e o puxa para o outro lado, isto é, para o lado da Adjuração, e vão se sentar na
Constelação de Anoday e/ou Constelação Prathyara. Estes são os nomes dos bancos que contornam
as luas. Os pares sentam-se. Os Mestres denominados Apona, para protegerem os Mestres Lua
sentados nas Constelações, colocam-se de pé, à frente de cada um e de frente para a elipse. Tão
logo sejam feitos os Inventários (Heranças), os Mestres Apona voltam-se de frente para os Mestres
Lua e dão as mãos entre si. Em seguida, será feita a distribuição dos Inventários (Heranças) pelo
Mago e pela Samaritana (estes não se sentam) aos Mestres indicados nos receptores. A 1ª Mestre
Lua Estrela Candente tomará o seu lugar na Barreira, junto às Samaritanas, harmonizando com seus
mantras o ambiente. Na 2ª Constelação da Barreira ficarão os Mestres Recepcionistas. (Na Barreira
existem duas Constelações: 1ª e 2ª), Nos dois Tripés, em frente ao 1º Mestre Jaguar, ficarão o 1º
Mestre Sol Mago e a 1ª Samaritana. Formada a Corrente, o 1º Mestre Tumuchy abre o Comando e
passa ao 2º Comando, ou seja, ao 1º Mestre Jaguar. Tão logo, o Mestre Tumuchy recita em voz alta:
“Salve Deus! Oh, grandioso espírito que me rege e me guarda! Venho, neste instante, entregar a
herança que me cabe neste Oráculo, eu, Mário Sassi, Jaguar e Mestre Tumuchy. Em nome do Pai,
do Filho e do Espírito. Meus respeitos, Oráculo de Delfos! Arco de Pytia! Salve Deus!”. Em seguida, o
1º Mestre Jaguar recita em voz alta: “Salve Deus, Jaguares do Amanhecer! Somos irmanados por
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 319
nossa Mãe Clarividente nesta corporação, a bem de toda necessidade. O amor filial exige o nosso
aprimoramento em todos os planos, para melhor suavizar a dor nesta passagem para o Terceiro
Milênio. Jaguares do Amanhecer! Força irmanada! Escolhidos para uma Nova Era! Povo de Pai Seta
Branca! Caminheiros de Jesus! Levantem-se e registrem aqui a sua herança. Em nome do Pai, do
Filho e do Espírito. Salve Deus!” Os Primeiros Mestres vão fazendo sua Herança, como se segue:
“Salve Deus! Oh, grandioso espírito do Mundo Encantado! Venho pedir a permissão para transferir,
somente neste trabalho, eu (nome completo e sua classificação) as minhas forças e os meus
poderes, para serem repartidos em nome da caridade e do amor, rogando a Deus nas minhas boas
vibrações, para o alívio de todas as dores. Meus respeitos, Oráculo de Delfos! Nesta sagrada elípse
do poder de Pytia, minha Mãe Clarividente! Em nome do Pai, do Filho e do Espírito. Salve Deus!” Por
último, a 1ª Ninfa Sol Sublimação faz a sua Herança (a mesma acima). Depois, a Invocação seguinte:
“Salve Deus! Oh, Grande Oriente, no mundo encantado dos Himalaias! Abre as tuas brancas asas e
consagra, neste instante, o povo de Seta Branca na Corrente Oriental do Amanhecer. Oh, Grande
Oriente! Neste instante eu invoco as Sete Estrelas encantadas na Corrente Oriental do Amanhecer,
os encantos da Sabedoria, os encantos de uma Nova Era, as Sete Forças consagradas à Estrela
Sublimação. Oh, Simiromba Sublimação! No mundo encantado dos Himalaias eleva o meu espírito,
na indumentária de Mestre Sol Sublimação e, particularmente, me sinto preparada como Jaguar de
todos os tempos na Corrente Oriental do Amanhecer. Oh, Jesus! Tu que és o Sol da Vida, consagra
tua filha Jaguar, 1ª Mestre Sol Sublimação. Neste instante, juro sublimar honrosamente as Sete
Forças, as Sete Estrelas, na nova Corrente Oriental do Amanhecer. E assim, oh, Jesus, jamais me
afastarei de Ti! Em nome do Pai, do Filho e do Espírito. Salve Deus!” O 1º Mestre Jaguar faz a sua
invocação: “Salve Deus! Oh, grandioso espírito que me rege e me guarda! Nesta bendita hora, elevo
o meu pensamento à majestade suprema dos Mundos Encantados, cruzo as forças de Ajanã e
Adjuração! Eu, Nestor Sabatovicz, 1º Mestre Jaguar Positivo, Comandante desta corporação, venho,
acima de tudo, pedir a permissão deste trabalho que, em nome do Espírito Santo, possa convocar as
forças magnéticas do Sol e da Lua, para transmitir a presença divina na Terra. Oh, grandioso espírito
que me rege e me guarda! Em nome de minha Mãe Clarividente, entrego os meus poderes para
serem trabalhados em benefícios desobsessivos à cura, à humildade, à tolerância e ao amor, logo
que o Espírito da Verdade se apodere de nós. Meus respeitos, Oráculo de Delfos! No poder sagrado
desta elipse, na força de Pytia. (Emite o Pai Nosso). Salve Deus!” Logo ao terminar a sua Invocação,
o 1º Mestre Jaguar toca a campainha. A 1ª Mestre Lua Estrela Candente começa a cantar o mantra
Estrela Guia, ao mesmo tempo em que o 1º Mestre Jaguar, em poucas palavras, faz a puxada da
corrente magnética. Logo que os Mestres Sol terminarem de fazer, em conjunto, a Elevação, o 1º
Mestre Jaguar recita a Invocação seguinte: “Meus Mestres, graças a Deus! Chegou o momento
propício de formar esta Indução. Salve Deus, Mestres Lua! Que as forças benditas das Sereias
encontrem acesso em todo o teu ser. Meus respeitos com ternura por tudo que irás transmitir do Céu.
Mantras coloridos medicinais da cura desobsessiva dos surdos, dos cegos e dos incompreendidos.
Oh, ninfas encantadas pelo Oráculo de Delfos! Elevem tuas mentes à plenitude das forças benditas
da Princesa de Sabá!” A 1ª Mestre Lua Estrela Candente começa a cantar o mantra Hino da Estrela
Candente. Terminada a manifestação das Princesas, o Pai Seta Branca incorpora. Os mestres, aos
pares, vão em frente de Pai Seta Branca, adquirem Sua força, recebem o sal, anodizam os chakras
com o perfume, tomam a água e descem pela escada da frente da Cabala. Os Mestres Apona serão
os últimos. Atenção às observações seguintes: Isto é uma Iniciação Cabalística; é, também, uma
Junção de forças positivas em desequilíbrio, que dá condições às mais precisas operações. Não só
ajuda o corpo mediúnico, como a profanos, mesmo em casos de desajuste cármico. Nota: Apona são
os mestres Jaguares da Corrente Superior ou os Mestres que fazem as elevações (entregas). Salve
Deus! (Tia Neiva)

INDUMENTÁRIA
Indumentária é, por definição, o vestuário usado em função a épocas ou povos e, por isso,
todas as roupas que usamos para nossos trabalhos espirituais, no Vale do Amanhecer, podem ser
consideradas como indumentárias, pois buscam representar, de maneira rude, porque nossas
limitações materiais são enormes, o mostrado nas visões de nossa Mãe Clarividente dos povos dos
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 320
planos espirituais. Além disso, dentro deste conceito, nossos uniformes também podem ser
considerados como indumentárias, porquanto se relacionam com a transição para a Nova Era,
fazendo o melhor possível o equilíbrio das vibrações nos diversos trabalhos onde é usado. Portanto,
vamos incluir tudo que usamos, na nossa Corrente, como indumentárias. A indumentária busca
elevar o padrão vibratório não apenas do médium que a usa, mas, sim, também, as dos pacientes e
demais pessoas que o cercam. O uniforme nivela todos, evitando que, se usássemos roupas comuns,
houvesse aqueles que estivessem melhor vestidos do que outros, provocando, por isso, vibrações
favoráveis para uns e desfavoráveis para outros, pois estariam espelhando nossa personalidade (*).
Por isso é necessário ser o mais igual possível, isto é, manter suas indumentárias sem acréscimos,
modificações ou enfeites que revelam a sua personalidade e atraem as vibrações dos outros. Com
sua indumentária o médium aflora melhor a sua individualidade, e isso se faz de tal forma que, de
modo geral, suas indumentárias ficam impregnadas por sua emanação. Outro ponto importante é o
cuidado com as indumentárias. Devem ser elegantes e limpas, nunca sujas, rasgadas ou
amarrotadas. Devem ter, também, corte bem adaptado ao físico do médium, sem serem folgadas ou
muito justas, largas ou curtas. Nada existe por acaso, e as cores e as formas das indumentárias,
como veremos adiante, se relacionam diretamente com as energias a serem manipuladas, o que
significa a indicação correta de cada indumentária para cada trabalho que se precise realizar. Foi dito
que a indumentária de falange missionária isola a ninfa de tal forma que ela se torna imune a cargas
negativas e energias esparsas. Até certo ponto, está correto, pois a missionária recebe uma forte
proteção pela ionização que lhe faz sua indumentária. Todavia, se estiver trabalhando física ou
mentalmente fora das Leis, fora da conduta doutrinária, nada impede a ação de espíritos das Trevas
que podem perturbá-la, desequilibrando-a e a impedindo de receber seus bônus. Um outro aspecto
se relaciona com o médium, especialmente a ninfa, que coloca sua indumentária e fica como que
passeando de um lado para outro, sem realizar qualquer trabalho, apenas de conversinhas e
namoricos pelo Templo e lanchonetes. Seria melhor nem ter ido ao Templo, porque, neste caso, nada
ganharia, mas, também, nada perderia. Mas ao agir daquela forma, está perdendo algum bônus que
tenha obtido, agravando sua faixa cármica. Projetadas desde o Reino de Zana, trazidas por Mãe Yara
através de nossa Mãe Clarividente, as indumentárias devem ser fielmente confeccionadas, dentro dos
modelos que Tia Neiva passou à sua filha Carmem Lúcia, para que fossem feitas fielmente de acordo
com as especificações exigidas pela Espiritualidade. Embora muitas outras costureiras,
especialmente nos Templos Externos, estejam também confeccionando indumentárias, todas têm que
seguir o mesmo modelo, sem alterações nem adaptações, mesmo que ditadas por uma Primeira de
Falange, do recebido por Koatay 108. Qualquer alteração em uma indumentária só poderá ser
efetuada após aprovação dos Trinos Presidentes Triada, sendo vedada a qualquer Primeira de
falange missionária efetuar modificações, por menores que sejam, sem a autorização dos Trinos
Triada expressamente feita, por escrito. Na Cura, as ninfas não poderão participar, exceto no Sanday,
com suas indumentárias de Ninfa Sol ou Lua, Missionária ou Prisioneira; também na Indução não
pode a ninfa participar com uma dessas indumentárias.
A) UNIFORME BRANCO - Usado pelas ninfas desde o início de suas aulas de
Desenvolvimento e por toda sua jornada na Doutrina, o chamado “branquinho” ou uniforme branco
deve ser feito em tergal Verão branco, com pala 5 cm abaixo da cava, saia godê (usualmente a
metragem é de 3,50 metros, com 1,40 m de largura), mangas ¾ com 3 cm de folga na boca da
manga. As fitas brancas, do mesmo tecido, têm 1,20 m de comprimento e 5 cm de largura, que se
cruzam nas costas e dão um nó na frente (nó de gravata), a direita sobre a esquerda. A ninfa deve
cuidar para que esteja em perfeitas condições de limpeza, uma vez que o branco suja muito,
principalmente a barra da indumentária. Deve ter cuidado para que esteja abotoada nas costas.
Deve, também, usar anágua, porque o tecido é pouco denso e pode ter as formas de seu corpo
sombreadas, o que indica o uso de roupas de baixo brancas, de tons bem claros ou da cor da pele.
Não devem ser usadas calças compridas ou bermudas por baixo do vestido branco. Outro cuidado
deve ser com o calçado: uma sandália branca ou clara. Não usar tênis nem chinelos. Não devem usar
cinto nem outro qualquer acessório no vestido, bem como colares, pulseiras, brincos e enfeites nos
cabelos, demonstrando simplicidade e, o que é mais importante, o despojamento de sua
personalidade, dando lugar à individualidade. Desde que use qualquer indumentária, é obrigatório o
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 321
uso da fita lilás/amarela, com o símbolo de Apará ou Doutrinador. Sendo emplacada, passa a usar o
crachá com a placa. Após sua Iniciação, a ninfa apenas acrescenta o colete, que deve receber o
crachá com a placa, em seu lado direito. Para realizar a Estrela de Aspirantes, a ninfa já Iniciada
coloca sobre seu uniforme branco uma capa simples, sem forro. Mesmo após todas as suas futuras
consagrações, a ninfa terá oportunidade de usar seu uniforme branco. Quando usado para o período
do Desenvolvimento, o branco tem o significado de que aquela médium está preparada para receber
coisas novas, isto é, tudo o que trazia, na sua personalidade, tudo o que era e pensava em relação à
vida, tem tudo que ficar em branco, para, então, poder receber novas idéias, novas impressões. O
seu uso, já com o colete, nos Retiros, nas Sessões Brancas e outros trabalhos se deve a ser o
branco totalmente impermeável a muitas vibrações e formas de energia, assim isolando o plexo da
ninfa, com elevado poder de proteção energética.
B) MESTRE JAGUAR - O mestre em Desenvolvimento usa calça preta ou azul marinho,
com um jaleco branco, no modelo fornecido pelo Salão de Costura, e fita. À semelhança das ninfas,
esse uniforme sempre poderá ser usado pelo mestre, especialmente nos Retiros e Sessões Brancas,
então com o colete. Após emplacar, usa o crachá com a placa. Quando faz sua Iniciação, o mestre
passa a usar o colete, onde coloca sua placa, no lado direito. Pode participar da Estrela de
Aspirantes, colocando uma capa sem forro. Após fazer sua Elevação de Espadas, o mestre passa a
usar o uniforme de Jaguar - calça marrom, camisa preta de mangas compridas, com as morsas nas
mangas, fita e colete, e a capa marrom, ainda sem forro. Só depois de consagrado Centurião, terá
sua capa forrada. O preto é a cor que atrai mais vibrações, atuando como verdadeiro imã magnético,
nos trabalhos desobsessivos, atraindo forças negativas que são desintegradas pelo campo magnético
formado pela fita. O marrom é uma cor neutra, não tendo qualquer finalidade vibracional específica, e
seu uso é indicado pela melhor manutenção de sua aparência, não prejudicada tão facilmente pelo
desgaste e pela poeira Mas, a qualquer tempo, o mestre poderá usar seu uniforme branco, assim
chamado o do Desenvolvimento, com o colete, mas nunca com capa, nos Retiros e, obrigatoriamente,
nas Sessões Brancas. Também, com qualquer de seus uniformes, o mestre deve zelar pela limpeza e
bom caimento das peças. Deve usar cinto preto, quando estiver com calça preta ou marinho, ou
marrom, quando estiver de Jaguar; sandálias ou sapatos pretos ou marrons, com as meias da mesma
cor, evitando tênis e chinelos ou sandálias de dedo. Deve ser obedecido, também, na calça e na capa
o mesmo tom de marrom estabelecido para uso em nossa Corrente.
C) NINFA JAGUAR - Após fazer a Elevação de Espada, a ninfa pode usar seu uniforme de
Jaguar - blusa preta de renda, com as morsas nas mangas, usada com modelador, camiseta ou
combinação preta, para que só apareça a pele, por baixo da renda, no decote e nas mangas, com fita
e colete; saia marrom, feita com seis nesgas, sendo justa da cintura até o quadril, com o
comprimento até o peito do pé (metragem normal de 2,20 metros de comprimento, com l,40 m de
largura) e com cinto largo, marrom ou preto. O calçado deve ser, também, marrom ou preto.
D) ESCRAVA - Usada exclusivamente pela ninfa Lua para fazer sua Elevação de Espada, tem
condições para a manipulação de forças intermediárias, próprias do médium que já recebeu sua
consagração da Elevação de Espada mas ainda não completou o mestrado, devendo ser usado até
que a ninfa Lua faça sua consagração de Centúria. Não é aconselhável seu uso pela ninfa
plenamente desenvolvida.
E) NINFA SOL - Podendo ser usado pela ninfa Sol em sua consagração e a partir da sua
Elevação de Espada, pode ser confeccionado em malha de qualquer cor, com sol de lamê dourado
ou bordado em lantejoulas douradas, capa de organza no mesmo tom do vestido. Consagrada
Centuriã, a ninfa pode usar capa forrada com renda, podendo esta ser da cor de sua Guia
Missionária. Usando a capa forrada, fica obrigada ao uso de luvas, no mesmo tom da organza da
capa (e do vestido), e pente.
F) ELIPSE - Vedado seu uso por ninfas Lua, é indumentária exclusiva para ninfa Sol madrinha
de Sétimo Raio ou superior, com o vestido de malha de qualquer cor, com capa forrada, pente e
luvas. A ninfa Sol que não seja madrinha não pode usá-la.
G) NINFA LUA - Existem três tipos de indumentárias compreendidos como de Ninfa Lua:
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 322
1. NINFA LUA SIMPLES - Vestido de malha na cor que quiser, com aplicação de lua pequena
e 7, 14 ou 21 estrelas com lantejoulas prateadas. Capa de organza, no mesmo tom do vestido. Se
usar a capa forrada com renda, esta com a cor da Guia Missionária, fica obrigada ao uso de luvas e
pente. Pode ser usado pela ninfa em sua consagração na Elevação de Espadas. Recomenda-se que
a ninfa que puder, faça esta indumentária em lugar da de Escrava, pois poderá utilizá-la por muito
mais tempo.
2. NINFA LUA LUÃO - Só pode ser usada pela ninfa consagrada Centuriã, confeccionada em
malha de qualquer cor, com lua grande e 21 estrelas bordadas em lantejoulas prateadas, capa de
organza no mesmo tom do vestido, forrada com renda da cor da Guia Missionária, obrigatoriamente
com pente e luvas.
3. NINFA LUA COM PREGAS E MANTO - Modelo exclusivo para ninfas de Mestres Adjuntos
Arcanos e Mestres Presidentes de Templos Externos, sendo vedado seu uso, sob qualquer pretexto,
por ninfas que não se enquadrem nessas condições.
H) MISSIONÁRIO/A - Completa e bem cuidada, a indumentária da falange missionária
protege tanto o mestre e a ninfa Sol como Lua com fortíssima ionização, permitindo seu trabalho, com
toda a proteção, sem qualquer risco, na manipulação de poderosas forças desobsessivas. Como
missionário, o médium acrescenta à sua bagagem - Mentores, falange, povo, Ministro, Adjunto,
Cavaleiro ou Guia Missionária, - a força de sua Falange Missionária, tornando-se poderoso foco de
luz onde quer que esteja. A ninfa ou o mestre deverá sempre ter o cuidado de estar elegante, com
sua indumentária bem feita e limpa, usando a fita, suas armas bem bordadas e cuidadas, tudo de
acordo com o padrão estabelecido pela Primeira ou Primeiro de sua Falange, evitando as ninfas usar
adornos e enfeites ou luvas e pentes em desacordo com este padrão. Como cada falange missionária
tem seus modelos minuciosamente especificados, não seria possível incluí-los neste trabalho. Na
Bênção de Pai Seta Branca no Templo-Mãe, as ninfas que vão incorporar devem estar,
necessariamente, com indumentárias de suas respectivas falanges missionárias. Por determinação
dos Trinos Presidentes Triada, a partir de 9.2.97 os Magos e Príncipes Mayas, para participarem dos
trabalhos evangélicos e iniciáticos na sua individualidade, deverão usar o uniforme de Jaguar (camisa
preta, calça e capa marrons). A indumentária destas duas Falanges ficou restrita aos trabalhos da
Falange nos rituais do Amanhecer. Ficou estabelecido que nenhuma alteração poderá ser feita em
qualquer das indumentárias de falanges missionárias, por menor detalhe que seja, sem a
concordância, por escrito, dos Trinos Presidentes Triada, visando coibir modificações que vinham
sendo feitas por algumas Primeiras de Falange e que causavam transtornos e constrangimentos às
ninfas dos Templos do Amanhecer.
I) ANGICAL - Para os mestres, a indumentária consiste em uma camisa quadriculada, que
forma uma rede magnética de cores diferentes, com a fita, que é um portal de desintegração, e com a
calça marrom. As ninfas usam a blusa preta do uniforme de Jaguar, com fita, uma saia comprida,
godê ou em nesgas, estampada com rosas sobre um fundo escuro, não sendo permitido o uso de
coletes e saias fantasiadas nem excesso de acessórios, de forma espalhafatosa (colares, brincos,
etc.).
J) PRISIONEIROS - Os mestres usam camisa preta, sem fita e sem colete, com a ataca,
calça marrom e alguns estão usando, por sua própria conta, sacolas onde colocam o Livro de Bônus
e a caneta, detalhe que não foi liberado pela espiritualidade. Quanto às ninfas, devem seguir as
instruções de Carmem Lúcia, recebidas diretamente de Koatay 108, que estabelece ser a veste da
prisioneira feita em malha, com o corpo comprido (8 cm abaixo da cintura) e preto, com uma pala
verde (até 5 cm abaixo da cava), com saia de quatro barras coloridas, sendo três obrigatórias: azul
pavão (na barra da saia), amarela ouro e vermelha, ficando a quarta cor a critério da ninfa, mas não
podendo ser branca nem preta. A capa de organza será da cor da Guia Missionária da ninfa ou, caso
ainda não a tenha, em cor de sua preferência. O echê - arranjo para os cabelos - é feito com flores
montadas em dois pedaços de organza (sudaro), sendo um da cor da capa, e é colocado no lado
esquerdo da cabeça, tanto para a ninfa Lua como a Sol. A ataca, pequena corrente colocada no
braço esquerdo da ninfa, é prateada para a ninfa Lua e dourada para a Sol. Essas cores são
obrigatórias porque trabalham como filtros de algumas energias. Durante seu período de prisão, o
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 323
médium fica entregue à sua própria vibração e desta vai depender a proteção que terá para poder
minorar a ação do seu cobrador, aquele espírito que foi colocado junto a ele. Após a libertação, o
mestre devolve sua ataca aos mestres Aganaros, após passar pela representante da Condessa. As
ninfas, tiram seu echê e o sudaro, mas não devem se desfazer deles, deixando-os aos pés de Pai
Seta Branca, como comumente fazem. Devem, sim, guardá-los para serem usados em outras
prisões, assim como sua indumentária. Tia Neiva recomendou que, após sua libertação, a ninfa
deixasse sua indumentária ao ar livre, por vinte e quatro horas, para desimpregnação, e só depois a
lavasse e guardasse. Esta indumentária é a única que deve ser usada com chinelinhos e sandálias
de dedo, para comprovar a humildade da prisioneira.
L) CATANDINHO - De uso mais reduzido, porque dependia de autorização expressa de Tia
Neiva, é uma bata que a ninfa - Sol ou Lua - coloca sobre o uniforme de Jaguar, podendo então atuar
em um trabalho para o qual seria exigida a indumentária de Ninfa Sol ou Ninfa Lua.
M) BATA ou TÚNICA DA INICIAÇÃO - É a bata usada exclusivamente pelos
mestres e ninfas que atuam na Iniciação, confeccionada de astracã roxo, cor da cura desobsessiva e
de preparação do plexo dos médiuns a fim de que possam emanar todo o seu poder curador, fazendo
o trabalho de total limpeza do ambiente para que decorra, com equilíbrio, essa importante
consagração dos espíritos a Caminho de Deus - a Iniciação Dharman Oxinto. Só pode ser feita, para
mestres ou ninfas de Templos do Amanhecer, com a autorização, por escrito, do Presidente do
Templo e com o visto do Trino Ajarã.
N) GESTANTE - Deve confeccionar um vestido azul marinho, com folga para abrigar o
aumento de seu ventre, e, caso seja de falange missionária, orientar-se com sua Primeira sobre o uso
das suas armas. Pode usar o “branquinho”, e não deve usar o Jaguar.
O) ACESSÓRIOS DAS INDUMENTÁRIAS - Alguns acessórios ou complementos
são usados pelos médiuns sem que estes saibam o que estão portando. Assim, damos algumas
explicações:
1. ANEL - De metal ou de cristal, principalmente se for trabalhado na espiritualidade, forma
um ponto de atração de cargas negativas e forças esparsas, dando permanente proteção ao médium.
2. ARMAS DAS MISSIONÁRIAS - Bordadas em formas variadas, formam potente proteção
dos plexos das ninfas e dos mestres, ao mesmo tempo em que funcionam como espelhos refletores
das energias chegadas das Falanges Missionárias do Espaço, que fluem para os pacientes,
encarnados e desencarnados. Nas ninfas, os cintos, de modo geral, criam um campo magnético no
seu Sol Interior, protegendo e energizando seus três plexos.
3. ATACA - Quando prisioneiro, o mestre substitui a fita pela ataca, que pode ser de couro, no
modelo original estabelecido por Koatay 108, ou de pano marrom, com o nome do Adjunto, forma
usada para facilitar os médiuns de Templos Externos. Assim, como a fita, a ataca envolve o mestre e
forma um elo entre ele e seu cobrador, gerando uma tênue vibração protetora que permite ao
cobrador vê-lo e vigiá-lo sem, contudo, poder alcançá-lo. A pequena corrente que a ninfa prisioneira
coloca em seu braço esquerdo também se denomina ataca, e deve ser prateada para a ninfa Lua e
dourada para a ninfa Sol.
4. CAPA - Com a finalidade de armazenar energias, funciona como verdadeira bateria nos
Sandays e na Estrela Candente, evitando que se percam as energias do trabalho. Elas ficam ali, sob
a capa, e são usadas na medida das necessidades. Nos Abatás, por exemplo, elas são armazenadas
quando o médium faz sua emissão e canto, para logo começarem a ser liberadas, conduzidas pelos
Cavaleiros da Legião de Mestre Lázaro, até que se esgotem totalmente. Por isso, não há
encerramento, sendo todos liberados tão logo se encerre o trabalho. Já na Estrela Candente (*), as
energias ficam sob as capas até que seja feita a entrega delas na Pira. Por isso o médium que faz
uma Escalada não pode, sob pena de perder todo o seu trabalho, tirar sua capa antes de entregar a
energia no Templo ou, se for o caso, no Turigano. As ninfas, após a consagração da Centúria,
podem usar um forro de renda em sua capa. A renda deverá ser da cor da sua Guia Missionária ou,
caso ainda não a tenha recebido, da cor de sua preferência. A capa forrada obriga o uso de pente e
luvas.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 324
5. COLETE - Também é considerado uma arma do Jaguar, pois lhe dá proteção, guarnecendo
toda sua caixa torácica, deixando livres, apenas, os fluxos de seus chakras (*). Os símbolos do Apará
ou Doutrinador , em suas costas, apenas identificam a mediunidade de quem o usa. Mas, à frente,
deve conter o crachá com a identificação e classificação do médium, os broches indicadores de suas
conquistas (Povo, Xingu Autorizado, Adjunto, etc.), o Radar de Centurião e, o que é mais importante,
uma Estrela de seis pontas, contendo um símbolo de nosso permanente alerta - os Olhos de Pai Seta
Branca, que nos vigiam e observam em todos os lugares e em todos os momentos de nossa jornada
-, um Sol e uma indicação, com o sinal de divisão, para os Doutrinadores, ou de multiplicação, para
os Aparás, representando seu papel na manipulação das forças universais.
6. ECHÊ e SUDARO – o echê é um arranjo para os cabelos, feito com flores montadas em
dois pedaços de organza (sudaro), sendo um da cor da capa, e é colocado no lado esquerdo da
cabeça, tanto para a ninfa Lua como a Sol. Após passar pela representante da Condessa, as ninfas
tiram seu echê e o sudaro, mas não devem se desfazer deles, deixando-os aos pés de Pai Seta
Branca, como comumente fazem. Devem, sim, guardá-los para serem usado em outras prisões,
assim como sua indumentária..
7. FITA - Bicolor, apresenta o amarelo da Sabedoria e o lilás da Cura, bem como o símbolo do
Apará ou do Doutrinador, e forma uma elipse, um portal de desintegração no corpo do médium,
permitindo que ele possa trabalhar sem receio na manipulação das mais pesadas vibrações. Seu uso
é obrigatório, exceto para os médiuns prisioneiros. Tia Neiva sempre recomendou que o médium
andasse com sua fita junto a si, na carteira ou na bolsa, e a usasse quando sentisse necessidade de
enfrentar algum problema sério ou caso fosse fazer um trabalho em que não pudesse estar com
uniforme ou indumentária, em casa de alguém ou em um hospital, por exemplo. A fita é uma garantia
e uma segurança para o médium.
8. LANÇA - Potente captora de energia, ao ser usada pela missionária, torna-se condutora por
onde as forças fluem continuamente, sendo distribuídas para o enriquecimento do trabalho. Por sua
grande capacidade de atrair forças poderosas, não deve ser usada pela ninfa prisioneira, que pode
não suportar a intensidade dessas forças e se desequilibrar.
9. LUVAS - Protegem as mãos da ninfa, deixando livres os chakras de suas palmas,
concentrando energias de modo que, como acontece com a capa, possam ficar ali armazenadas,
sendo usadas, ocasionalmente, quando necessário, pela espiritualidade, como acontece no caso da
Indução, em que as ninfas Sol e Lua aplicam passes magnéticos nos pacientes. A ninfa deverá usar
obrigatoriamente luvas e pente quando usar capa forrada, o que só é permitido após ser consagrada
Centuriã.
10. MORSAS - Existem vários acessórios denominados morsas. Todavia, como estamos
tratando de indumentárias, vamos nos referir àquelas cruzes que, no uniforme de Jaguar, estão
colocadas lateralmente, nas mangas das camisas e das blusas, formando um ponto de captação de
energias. Recebe as forças diretamente de Tapir, e não há como realizar um trabalho equilibrado se o
médium estiver sem elas. Pelas morsas chega uma força individualizada, dosada de acordo com as
necessidades do trabalho e as condições apresentadas pelo médium, independente de sua vontade e
não sofrendo qualquer influência, impregnação ou interferência dos espíritos encarnados ou
desencarnados.
11. PENTE - Representando o feixe de energias que jorra do chakra coronário, nas ninfas dos
planos espirituais, o pente protege e ioniza a cabeça da ninfa, fazendo com que as energias emitidas
por seu chakra se distribuam de forma mais uniforme e direcionada, para benefício dos trabalhos. O
uso do pente é obrigatório, junto com luvas, para a ninfa Centuriã que usar capa forrada.
12. SURIÊ - Poderoso receptor de energias positivas, como se fosse uma morsa gigantesca,
tem ação altamente positiva e energizante, devendo ser usado sempre que o mestre for participar de
trabalhos com maior concentração de energia, especialmente se for comandar um Sanday. Como
garante a recepção de grandes quantidades de energias especiais, deve-se ter o maior cuidado com
o suriê, deixando-o guardado em um lugar onde possa irradiar sua força, como, por exemplo, na
cabeceira da cama, e procurando evitar expô-lo aos raios do Sol, motivo pelo qual ele é
acompanhado de um saquinho especial.
13. TALISMÃ - Embora diminuído seu uso e caindo no esquecimento de muitos médiuns, o
talismã é importante proteção para o Sol Interior, não deixando que forças negativas ou esparsas
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 325
penetrem no plexo. Deveria ser usado sempre, tanto nos trabalhos como na vida material do
médium.
OBSERVAÇÕES: Visando dirimir dúvidas e adequar a participação das ninfas e dos mestres
missionários nas falanges, os Trinos Presidentes Triada, em reunião realizada com os Mestres Devas
(Alufã, Adejã e Umaray), no dia 3.10.98, decidiram que a partir desta data deveriam ser observados
os seguintes procedimentos:
6. A missionária ou missionário não poderá conduzir o Radar da Recepção e nem servir como
Recepcionista com a sua indumentária, apenas com o uniforme de Jaguar ou o branco.
8. A ninfa somente deverá participar de uma falange missionária quando receber a sua Consagração
de Centúria, com exceção do ingresso nas falanges de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes.
Contudo, se desejar, está liberada a fazer a sua consagração com a indumentária da falange.
9. A missionária fica obrigada a conduzir LANÇA nos seguintes rituais ou trabalhos: imantração no 1º
de Maio; corte da Consagração dos Adjuntos; Consagração de Falanges Missionárias; imantração
fora do Templo (ruas); trabalho de Leito Magnético; corte da Unificação, Quadrante e Estrela
Aspirante. Na imantração no interior do Templo não haverá necessidade da lança.
10. Na Consagração de Falange Missionária, no Dia do Doutrinador (1º de Maio), nas cortes da
Consagração dos Adjuntos, somente poderão participar as missionárias(os) com as suas respectivas
indumentárias. Não deverão participar de uniforme de Jaguar, branco ou qualquer outra indumentária.
11. A cor das capas das indumentárias é de livre escolha da ninfa missionária, desde que seja uma
das cores padrão da Doutrina. Para tanto, a ninfa poderá, em caso de dúvida, se informar no Salão
de Costura. Não existe relação entre a cor da capa e a cor da Guia Missionária.
12. O Abatá das Missionárias deverá ser realizado, apenas, com componentes de uma única falange,
desde que não esteja com a indumentária de prisioneira. A prisioneira poderá participar do Abatá
convencional comandado pelos Jaguares. Considerando a quantidade de escalas que a ninfa
missionária está obrigada a cumprir, a partir de 1º de novembro/98, será escalada apenas uma
falange missionária por dia, para a realização do Abatá, ficando a critério da Primeira de falange a
quantidade de Abatás a realizar. Independentemente da escala, outras falanges missionárias, a
critério de suas Primeiras e Adjuntos de Apoio, poderão realizar, também, o Abatá, desde que seja
previamente comunicado ao 1º ou 2º Devas, conforme recomenda Tia Neiva.
13. Nos trabalhos onde a ninfa for escalada para emissão e canto, representando a falange
missionária, não poderá participar com a indumentária de prisioneira ou de ninfa lua/sol. Nas
Consagrações de Falange Missionária e no 1º de Maio (Dia do Doutrinador) não haverá substituição
da Primeira de falange para emissão e canto no Radar, com exceção das Yuricys, cuja responsável é
um Adjunto Arcano.
 “Os médiuns que não se apresentarem devidamente uniformizados não poderão participar dos
trabalhos do Templo.” (Tia Neiva, 7.5.74)
 “Se eu reclamo das indumentárias é porque a indumentária vem do Reino de Zana. Zana é um dos
reinos mais civilizados que baixa na Terra e seu povo vem nas consagrações e ioniza todas as
indumentárias, por exemplo: o Echê.” (Tia Neiva, Pequenos Detalhes, 13.10.83)

INFUSÃO
Ocorre uma Infusão quando o elítrio, que por Deus já está acrisolado no feto, em seu destino
cármico, é desprendido pela força da Indução, causando a morte do feto, pois aquela encarnação
perde sua finalidade na Terra. Na Junção não existe este risco, porque é uma força de cura luminosa,
e não, como na Indução, onde age uma força de cura desobsessiva. Nos Tronos, a gestante também
não corre riscos, pois, apesar de ser uma força desobsessiva, esta age de forma esparsa, diluída
pelos Mentores

INICIAÇÃO
A Iniciação significa a admissão do médium como elo da nossa Corrente, tornado-o apto ao
trabalho em alguns setores do Templo, de forma que possa manipular as energias na medida de sua
capacidade, que irá aumentando pela continuidade de sua ação na Lei do Auxílio e pelo
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 326
conhecimento das Leis, pautando sua vida de conformidade com a conduta doutrinária. O médium
iniciado é aquele que se propôs superar sua faixa cármica em busca de melhor condição espiritual,
atravessando os diversos portais das Consagrações, dedicando-se à Lei do Auxílio, integrado em um
Sistema Crístico. No Castelo da Iniciação, o médium recebe seu Primeiro Raio como um espírito a
Caminho de Deus: Eridan, emitido pelo Oráculo de Simiromba. Como passo inicial na Doutrina, o
médium teve seu Desenvolvimento, onde seus plexos são trabalhados, e depois aulas especiais,
preparando-o para o novo e importante passo da Iniciação Dharma Oxinto (que significa A Caminho
de Deus), quando recebe, na maior parte dos casos, mais força do que poderá inicialmente
manipular, pois, a princípio, participando de trabalhos no Templo, ele ainda não sabe a força que tem,
o que faz com que vá paulatinamente se conscientizando da sua potencialidade. Na medida em que
se descarta de alguns aspectos de sua personalidade, por sua atuação na Corrente, o médium
diminui suas cargas pesadas, as correntes negativas, tornando-se mais sensível às vibrações dos
planos espirituais, aumentando sua consciência e melhorando a emissão de seu fluido
ectoplasmático. Essa consagração deriva da Iniciação de Osiris, realizada na Câmara Real da
Grande Pirâmide, no Egito, da qual se encarregavam as sacerdotisas de Horus. Quando Pytia, uma
encarnação de Tia Neiva, determinou que fossem feitas Iniciações na Cruz do Caminho, ali reuniu as
sacerdotisas de Horus que haviam ido de Luxor e, por orientação dos planos espirituais, encarregou-
as da consagração que passou a ser designada como Iniciação Dharma Oxinto, passando as
sacerdotisas a serem chamadas Dharman Oxinto, dando origem a esta Falange Missionária que, até
hoje, é a incumbida da Iniciação. As Dharman Oxinto fazem a corte, servem o vinho e ajudam na
entrega das rosas. O médium inicia sua jornada “a Caminho de Deus” conduzido pela corte, saindo
descalço, envolvido pelo manto e com um capuz cobrindo toda sua cabeça. Fica descalço por que
não deve entrar no Castelo de Iniciação portando impurezas e, enquanto faz sua movimentação no
Templo, conduzido pela corte, indo até à Pira, vão sendo descarregadas suas cargas pesadas,
energias negativas e forças esparsas, o que é facilitado pelo contato de seus pés diretamente com o
chão, sem o uso de calçados. O manto proporciona proteção integral aos seus chakras, preparados e
abertos para receber a força da Iniciação, ficando, assim, expostos a alguma interferência se não
estivessem protegidos. O capuz revive a Iniciação de Jesus, feita pelos Grandes Iniciados, no Tibete,
que cobriram seus rostos diante da grande luminosidade que resplandecia do Divino e Amado
Mestre. Desde que começa sua jornada até quando volta, o médium, tanto Apará como Doutrinador,
recebe igualmente sete mantras:
I DHARMA OXINTO: Tenho ordem divina para te colocar a Caminho de Deus.
II DAMO: Limpeza - sal e perfume.
III GUMA: Desnudar - Primeira recartilhagem.
IV EVO: Sobre o esquife - Preparação do escudo - SIM ou NÃO - Capacidade.
V JANÁANA: Inventário - Oferta. Manifestação de Pai Seta Branca.
VI MUDRA: Desenvolvimento dos chakras.
VII EUTENASIA: Participação com os Mundos Encantados dos Himalaias. Último
retoque dos pequenos Mestres.
JURAMENTO DO APARÁ - Senhor: Nesta bendita hora, venho pedir-te a permissão
para melhor me conduzir à mesa redonda do Grande Oriente de Tapir. Que as forças dos veteranos
espíritos me conduzam e me ilustrem para melhor servir nesta Era para o III Milênio. Senhor: sinto a
transformação do meu espírito e, para que eu possa trabalhar sem dúvidas, tira-me a voz quando, por
vaidade, enganar aos que por mim esperam. Não permita, Senhor, que forças negativas dominem
minha mente. Faze, Senhor, que somente a verdade encontre acesso em todo o meu ser. Faze-me
perfeito instrumento da Tua Paz. Ilumina minha boca para que puras sejam as mensagens do Céu
por mim! Ilumina também minhas mãos nas horas tristes e curadoras e para sempre. Juro seguir as
instruções dos mestres Doutrinadores veteranos desta Doutrina do Amanhecer. Faze-me instrumento
de Tua santa Paz. A partir de então viverás em meu íntimo e serei sábio para melhor Te servir. Este é
o Teu sangue que jamais deixará de correr em todo o meu ser!
JURAMENTO DO DOUTRINADOR - Senhor: Nesta bendita hora, venho pedir-te a
permissão para melhor conduzir-me ao teu Exército Oriental. Esta Espada de Luz encoraja-me,
conduzindo meu espírito à mesa redonda da Corrente Branca do Oriente Maior. Senhor: Neste
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 327
instante sinto-me ligado às forças magnéticas do Astral Superior, à ciência dos veteranos espíritos,
que em breve me transportará, induzindo-me o Espírito da Verdade. Esta taça que levo aos lábios,
com o sabor de todas as virtudes, é o vinho que em breve correrá em todo o meu corpo, me
transportando a todos os instantes o poder das forças magnéticas da Paz, Amor e Sabedoria. O
gume desta espada, apontada ao meu peito, é a demonstração viva do que Te posso dar! Fira-me
quando meu pensamento afastar-se de Ti. Ingeri a taça do Espírito da Verdade e nesta taça
impregnei todo o egoísmo que me restava. Ninguém jamais poderá contaminar-se por mim!
 “Vou reavivar os pontos iniciáticos da Contagem. Por exemplo: primeiro passo Dharman Oxinto e
os seus sete mantras. O Doutrinador e o Apará - seus juramentos são diferentes, porém os
mantras são iguais. Esta Iniciação começou no dia Primeiro de Maio de 1959. “O Senhor tem o
Seu templo em meu íntimo. Nenhum poder é demasiado ao poder dinâmico do meu espírito.
O amor e a chama branca da Vida residem em mim!” - Estas invocações deverão ser feitas
normalmente pelos iniciados - às 12, 15 e 20 horas - para formar uma corrente positiva contínua,
sempre em benefício dos mesmos, mesmo sendo feita meia hora antes ou depois.” (Tia Neiva,
s/d)
 “É reparado que as Iniciações são bem diferentes: cada mediunidade é regulada à sua faixa, que
são também as doze chaves do Ciclo Evangélico Iniciático, após receber o mercúrio significativo,
sal, perfume e mirra. Tal é a origem desta tradição cabalística que compõe toda a Magia em uma
só palavra: Consciência!” (Tia Neiva, 27.10.81)
 “A Iniciação Dharman Oxinto está dentro da lei de uma conduta doutrinária. É difícil falar sobre a
Iniciação Dharman Oxinto, difícil por ser tão sublime. Uma Iniciação mal conduzida, não sabemos
a quem fará tão mal: a quem recebeu, a mim Koatay 108 ou ao indivíduo que o conduziu até o
Salão Iniciático. A Iniciação Dharman Oxinto é realizada com muita precisão. O mestre que fez a
Iniciação há dez anos já não precisa fazer mais, isto é, o caso dos meus filhos que fizeram as
iniciações da Rainha de Sabah, Dalai, a do Sol, bem como a Dharman Oxinto. Meu filho, mestre
Jaguar, nosso povo está aumentando e sabemos, pois, que tudo que temos é adquirido com
trabalho e amor. Toda nossa dedicação dia a dia se aprimorando já diz com certeza: vem
aumentando nossa Luz! Sinto dizer que estamos correndo riscos em nossa vida iniciática se não
formarmos aquele velho critério que eu sempre digo: a Iniciação, o hora efetivamente de iniciar o
Homem, dando seu direito de seu trabalho na linha espiritual. Para melhor critério, ficam agora os
Mestres Adjuntos com a responsabilidade de dar uma autorização por escrito de cada médium que
fará sua Iniciação Dharman Oxinto. Todos os Templos Externos podem ter suas Iniciações onde
estiverem se o seu Adjunto recomendar ao Trino Ajarã Herdeiro Triada Arcano, Mestre Gilberto
Zelaya.” (Tia Neiva, LEI DHARMAN OXINTO, 17.5.84)

INSTRUÇÕES DOUTRINÁRIAS
Muito pouco foi escrito com referência a instruções doutrinárias na Corrente do Amanhecer. O
que se tem, fora o Livro de Leis e Chaves Ritualísticas, são trabalhos isolados, como o Curso das
Estrelas, transcrição de aulas ministradas pelo Mestre Tumuchy, e coletâneas de cartas de Tia Neiva.
Com o objetivo de registrar, na medida do possível, a evolução histórica e energética de nossa
Doutrina, deixando a critério do leitor a avaliação e análise dos detalhes que permaneceram,
desapareceram ou se modificaram através do tempo, apresentamos uma mensagem de Tia Neiva
que foi intitulada:
INSTRUÇÕES DOUTRINÁRIAS DE MÃE YARA
TRANSMITIDAS POR TIA NEIVA, EM 9.6.74:
1) FORÇAS DOUTRINÁRIAS
 As forças do Doutrinador são tão importantes que se tornam indispensáveis nos trabalhos de Cura
e de desobsessão ou qualquer outro trabalho mediúnico.
 Quanto mais firmeza tiver o Doutrinador, melhores serão as condições que irão permitir ao
sensitivo fazer um trabalho eficiente e assimilar as mensagens do Céu. Nos trabalhos de Cura a
firmeza do Doutrinador é primordial.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 328
 Sempre que a Clarividente bate o sino de sua mesa as Entidades ficam em estado de alerta. O
Doutrinador recebe, então, as ordens e estas são extensivas aos Mentores.
 A principal preocupação nos trabalhos especiais é com os ovóides.
 Um Mentor espiritual nunca se cansa ou se impacienta. Ele aprecia muito quando o Doutrinador
usa de sinceridade, mesmo que para isso tenha que ser rígido.
 Sempre que o Doutrinador inicia seu trabalho nos Tronos, ionizando o sensitivo a sintonia se torna
mais fácil.
 As mãos do Doutrinador têm importante função mediúnica. Por essa razão, não deve erguê-la
enquanto está em trabalho, nem para chamar os pacientes ou encaminhá-los. Só deve fazer isso
para a entrega do sofredor.
 O Doutrinador deve se manter ligeiramente afastado do sensitivo, pois a Entidade joga toda a força
do trabalho neste médium.
 Não se pode deixar de fazer a puxada e entrega dos espíritos sofredores, pois só a partir daí é que
as Entidades tomam conta deles.
 O Doutrinador funciona como uma turbina que só emite forças.
 A troca de Doutrinadores nos Tronos, depois do trabalho ter sido iniciado naquele Trono, é
prejudicial. Isso só pode acontecer eventualmente na Mesa de Doutrina ou na Cura.
 A Corrente Mestra é ligada quando os dirigentes abrem o trabalho, pois essa Corrente dá mais
força a ele. Essa Corrente funciona também quando estes trabalhos se tornam pesados.
 Os Doutrinadores devem trabalhar sob a tutela dos Dirigentes. Não deverá haver trabalho no
Templo sem a fiscalização dos Mestres Jaguares. Estes, por sua vez, devem estar aptos para o
trabalho.
2) MÉDIUNS SENSITIVOS
 As incorporações não têm valor sem a presença de um Doutrinador. Dificilmente haverá uma
comunicação perfeita na ausência do Doutrinador, ainda mesmo que o sensitivo não tenha
consciência dela.
 A consciência durante a incorporação é benéfica, pois os aparelhos preparados têm condições de
assimilar as mensagens. As incorporações inconscientes são perigosas e podem levar o sensitivo
a quadros prejudiciais. A consciência do sensitivo eqüivale ao funcionamento do sexto sentido, aos
Mentores do Plano Espiritual.
 O médium devidamente ionizado pode incorporar um exu, por mais terrível que seja, que não
ficará resíduo algum dessa incorporação. O sensitivo que não incorporar sofredores deve passar
para o quadro de Doutrina.
 Todo sensitivo tem uma chave própria para sua incorporação, de acordo como seu estado, que é
bem variável.
 O médium em desenvolvimento é levado a certa euforia de incorporação. Esta é provocada pelos
Mentores com a finalidade de gastar parte do fluido e ectoplasma que ele traz retido.
 Só o fluido do sensitivo congregado a uma ordem Crística e a manipulação de forças de um
Doutrinador bastam para a realização de uma cura ou desobsessão.
 Há muitos médiuns que “ajudam” a comunicação. Apesar disso, o Mentor e a manipulação de
forças continuam presentes. Em outros casos, os médiuns são forçados a falar, pois enquanto o
fazem está sendo expelido o magnético animal que é necessário nas curas.
 Os médiuns que não incorporam sofredores fazem o que se chama “animismo”.
 O médium que tem vida normal (não julga, não bebe e respeita o trabalho) é um médium
equilibrado. Seu ectoplasma é tão eficiente quanto o de um Guia de Luz.
 Qualquer médium que trabalha com um Doutrinador convicto entra em perfeita fonia e faz uma
ótima comunicação.
 As Entidades do Plano Superior não se apresentam com nomes de santos. Se isso acontecer é
porque o médium não entrou em fonia com o Mentor.
3) CURA
 Médicos espirituais não têm permissão de fazer diagnósticos ou de receitarem. O Doutrinador que
admitir isso será suspenso dos trabalhos. O trabalho de Cura se baseia sempre e principalmente
na retirada de ovóides.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 329
 Os trabalhos de Tronos são puramente de desobsessão e comunicação. Os ovóides também são
retirados nos Tronos.
 Qualquer problema surgido no decorrer do trabalho deverá ser levado ao conhecimento do
Dirigente do dia.
4) DEFINIÇÕES
 Ovóides são espíritos que se acrisolam no ódio, tomando a forma oval e que se tornam
semelhantes a uma cabeça de macaco. O ovóide vai se libertando conforme o trabalho espiritual
do médium ou segundo as operações. No caso de um ovóide em cobrança dupla, enquanto ele
está acrisolado no corpo do devedor, pode, ao mesmo tempo, entrar em trabalho de possessão e
fazer uma cobrança. Isto acontece em caso de marido e mulher. Isto é, é preciso que este casal
seja de almas gêmeas, ou sejam transcendentalmente ligados os três - o casal e o ovóide.
5) TRABALHO DE ANGICAL - NOVAS INSTRUÇÕES
 Abertura normal, comum, com Presidente determinado. Canto de Mayante e preparação de
médiuns em fila.
 Incorporações somente na Mesa de Doutrina. Todo o trabalho se desenvolverá no primeiro
Templo.
 Só haverá Tronos depois que passem os sofredores do Angical.
 Não será permitida a permanência de pessoas estranhas ao corpo mediúnico durante o Angical.
 Essas pessoas poderão ser admitidas aos Tronos depois da passagem de Angical. Nesse trabalho
não poderá haver passagem de sofredores.
6) AVISO AOS MÉDIUNS
 Não haverá mais trabalho no Templo sem uma equipe de fiscais.
 Os fiscais serão os Mestres Jaguares.
 Somente os Mestres Jaguares poderão trabalhar sem a devida censura.
 O médium não poderá sentir-se à vontade sem a presença de um Doutrinador Iniciado.
 Os médiuns que não cumprirem o ritual são proibidos de participar dos trabalhos no Templo.
7) INSTRUÇÕES DE TIA NEIVA
 Uma carga magnética não passa pelo médium de incorporação sem a puxada do Doutrinador ou
sem o consentimento do mesmo.
 Um Doutrinador iniciado é mais útil ao trabalho do que os Guias. Os Guias, para que um trabalho
seja eficiente, acatam as ordens do Doutrinador e respeitam essas ordens.
 O médium de incorporação é um simples instrumento. Ele não tem, em absoluto, condições de
fazer um trabalho perfeito ou dar uma comunicação idônea sem a presença de um Doutrinador.
 Com meus olhos de Clarividente eu não vejo condições curadoras sem essas perfeitas
manipulações de forças e de ectoplasma que representam o trabalho dos dois tipos de
mediunidade. Existem muitas comunicações perfeitas, pois, graças a Deus, temos médiuns
perfeitos.
 Quando o médium começa com a euforia da incorporação, ela se esgota e a comunicação fica
perigosa. Seu ectoplasma fica deficitário e ele não entra em conjunção com o Doutrinador.
 A função do Espírito Guia ou Mentor é conjugar o ectoplasma para a realização das curas.
 O médium que recebe espírito em qualquer lugar e sem qualquer disciplina pode até mesmo
acertar uma profecia. Nós, porém, somos profissionais e exigimos essa disciplina. A falta de
projeção do Espiritismo se deu exatamente devido à falta de disciplina. Assim vêem meus olhos de
Clarividente.
 A manipulação de forças nos trabalhos é perfeita. O sucesso depende unicamente da humildade e
da disciplina de cada médium.
 Se um médium de incorporação incorporar sem disciplina, o seu Doutrinador será severamente
advertido por mim.
 Fora os Guias e Mentores, que são espíritos dos Planos Superiores, não existe a presença de
nenhum espírito, no Templo do Amanhecer, cuja entrega não seja obrigatoriamente feita pelo
Doutrinador.
 Nosso trabalho é exclusivamente de Doutrina e não aceito, em hipótese alguma, palestras nos
Tronos ou no Templo em geral, dos Doutrinadores com entidades que sejam doutrinárias. Mesmo
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 330
fora do Templo, consta que Doutrinadores fizeram contato com exus e palestraram com eles.
Esses Doutrinadores atrasaram suas vidas, pois esses exus não se afastam deles.
 A obrigação do Doutrinador em relação ao exu ou algum espírito sofredor mais lúcido é fazer a
doutrina, conversando amigavelmente com ele e procurando esclarecê-lo. Deve tornar-se seu
amigo, porém a entrega é obrigatória. Só assim o Doutrinador ressalva sua responsabilidade
perante os Mentores.
 Muitos Doutrinadores estão com a vida arrasada por causa de irreverência aos Mentores. Eles
querem acender duas velas e, com isso, saem de sua Doutrina.
 Entre eu e os exus existem laços de compreensão e respeito. Um Doutrinador, porém, não é
Clarividente e não está à altura de dialogar com exus, exceto na Doutrina.
 Os médiuns que não se apresentarem devidamente uniformizados não poderão participar dos
trabalhos no Templo.
 Comportamento dos médiuns nos Tronos: a) O Doutrinador deve se concentrar, fazer invocação
do Mentor do sensitivo, perguntar o seu nome (se não estiver familiarizado com ele) e se preparar
em sintonia com o Mentor que vai trabalhar; b) A obrigação do Doutrinador é esperar que o
Mentor faça o trabalho de ionização. Isso irá facilitar a manipulação de forças no decorrer do
trabalho; c) O Doutrinador deverá ficar atento às palavras do Mentor, porém não deve ficar com o
rosto muito perto do médium ou do paciente. Ele deve saber que isso significa, de um lado,
consciência e, de outro, alheamento e mais respeito; d) O Doutrinador nunca deve admitir
profecias quanto ao campo profissional. Primeiro, porque um Mentor jamais profetiza ou decide as
coisas para pessoas desconhecidas e, segundo, porque nem mesmo Pai Seta Branca conhece a
reação humana, que é imprevisível; e) O Doutrinador positivo deve preocupar-se apenas com o
sensitivo, ajudá-lo numa incorporação perfeita. Como mencionei acima, ele depende muito da
mesma Corrente.
 Observação: Quero deixar bem esclarecido que os médiuns não devem se preocupar com o
número de pessoas que entram e saem da Corrente. É natural que quando o Homem descobre
suas faculdades mediúnicas corra para o Vale do Amanhecer. Chega até a incorporar, a fazer
Iniciação e usar o escudo iniciático, etc. Sua mente, porém, não está preparada e seus chakras
não chegam a ser desenvolvidos. Com isso, ele se desliga e vai embora. Não se preocupem: com
a mesma euforia que entram, eles saem! Aos poucos eu irei explicando isso a vocês. Aqui só
ficará quem tiver convicção, pois Pai Seta Branca prometeu desenvolver sua tribo para o Terceiro
Milênio. Por isso, só ficará aquele que é realmente um escolhido. Os que se vão nada perdem,
pois, com essa breve passagem, conseguem aliviar seus carmas parcialmente, e são ajudados.
 Repito: A posição do Doutrinador é tão responsável como a do Mentor. (Tia Neiva, 9.6.74)

INSTRUTOR
É muito grande a responsabilidade de um Mestre Instrutor, uma vez que de sua instrução
dependerá a trajetória de muitos espíritos, encarnados e desencarnados, na Corrente. Existem
mestres veteranos que acham ter adquirido a condição de instrutor pelo seu tempo na Doutrina.
Errado, e a preocupação dos responsáveis pelas instruções, em todos os Templos do Amanhecer,
deve ser a de ter mestres capacitados a ensinar, a saber transmitir as coisas básicas de nossa
Corrente, com respeito, clareza e dentro de uma mesma linguagem, em perfeita harmonia, pois cada
um médium que chega, a qualquer tempo, traz uma bagagem transcendental que, sem a Clarividente,
não temos como aferir, e isso não depende de sua personalidade, de sua posição social, de sua
formação profissional ou de seu nível cultural. O que está acontecendo, entretanto, é que por
consequência da chegada de médiuns com maior capacidade intelectual, está o instrutor sendo
exigido mais e mais no nível de suas explanações, a fim de satisfazer dúvidas e questionamentos de
mentes mais abertas e trabalhadas pelos diversos ramos do conhecimento humano. Isso gera uma
complicada situação, principalmente se o instrutor, acomodado em seu tempo de serviço à Doutrina,
não se preocupa com o aprofundamento de seus conhecimentos, nem em fazer uma reciclagem, sem
estar consciente de que nossa Doutrina é muito mais Ciência do que Religião. O verdadeiro instrutor
sempre busca aprimorar seus conceitos e sabe que somos “mestres ensinando mestres”, isto é, não
existe uma qualquer situação de superioridade. Em cada aula, em cada contato com os médiuns sob
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 331
sua responsabilidade, o instrutor procura se fazer entender e, com simplicidade, deve estar aberto à
recepção de muitas novidades que lhe chegarão daquele grupo. Esta é a correta postura mental do
instrutor. Não se envaidecer do que sabe - ou pensa que sabe - e nem se colocar num pedestal se
achando superior àqueles que estão chegando, ávidos pelos conhecimentos fundamentais da
Doutrina. A outra preocupação do Mestre Instrutor deve ser com sua conduta doutrinária, evitando
palavras e gestos não condizentes com a Corrente, além de saber manter à distância, com respeito e
carinho, pessoas que se deixam levar por fantasias e entusiasmo - e por ações de irmãozinhos
cobradores - e procuram um envolvimento emocional. Muitos Doutrinadores se deixaram conduzir a
abismos tenebrosos pelas palavras gentis, sorrisos e manifestações de carinho de jovens bonitas que
lhe foram confiadas para receber suas instruções. O melhor é não se arriscar, mantendo-se alerta,
sabendo localizar o perigo e cuidando para que aquele olhar ardente não se transforme numa enorme
fogueira que irá devorar-lhe a alma e destruir sua vida. A mente do Doutrinador está preparada para
tudo, desde que sob a disciplina da conduta doutrinária e perfeita sintonia com seus Mentores. O que
fizer fora disso, é por sua própria vontade, por seu livre arbítrio, e terá que prestar contas. O Curso de
Pré-Centúria tem Instrutores devidamente preparados e autorizados pelo 1º Mestre Jaguar (Veja:
CENTÚRIA)
CARTA AOS MESTRES INSTRUTORES
OS PRIMEIROS PASSOS PARA O DESENVOLVIMENTO: Vão entrando os ASPIRANTES!
Aspirante é um médium que, segundo a espiritualidade, está prestes a se desenvolver. Vão se
sentando em lugar previamente preparado. Após receberem a prática do 1º Mestre Tumuchy, os
Instrutores, contados por falanges, os vão conduzindo e colocando a palavra em seus corações. O
médium, em geral, tem a mediunidade na mente, e é hora de tirar os seus reflexos negativos pelos
positivos, com muito cuidado, sem apavorá-los. Tudo é Deus, tudo é bom, desde que não se insista
em andar errado. Dizemos que a mediunidade é um fator biológico, que se altera no plexo mil vezes,
do seu infeliz condutor, daqueles a quem chamamos de grandes médiuns! Sim, esta mediunidade,
alterada por qualquer desequilíbrio psíquico, começa a encharcar o fígado, o baço, enfim, se fazendo
cada vez mais infeliz. Ser um Doutrinador... Ser um Apará... Estão na mesma situação! Não há
distinção de mediunidade, porque os plexos são idênticos. Não há diferença, absolutamente, a ponto
de levar longe suas manifestações. Agora, por exemplo: o Apará ficar como Doutrinador? Sim!
Enquanto Doutrinador, com manifestações de um Apará, são irradiações de um médium passista e,
justamente, os perigos: não recebe diretamente do Preto Velho e fica com manifestações alteradas,
fato que não se passa aqui na Doutrina. As consagrações lhe modificam, seja qual for o caso. Quanto
ao Apará insistir em ser Doutrina, tudo bem. A perda é bem menor, porque está livre de uma
interferência. A interferência é proveniente do aparelho com preocupações, sem conhecimento ou
vaidoso. Qualquer espírito penetra, e faz sua maldade. Vejam quantas infelicidades poderá fazer!... E
de seu plexo nada poderá oferecer. Geralmente, se descrêem da Doutrina, a ponto de deixá-la. O
Doutrinador é responsável pelo que faz o Apará. A interferência de um espírito cobrador em um
Trono, como inúmeros casos que eu conheço, por displicência do Doutrinador, pode arrasar a vida de
um Homem. Sim, o Doutrinador é a única testemunha defesa. A mediunidade deverá ser
desenvolvida somente no Templo, com os Instrutores. Os médiuns Aspirantes devem, em primeiro
lugar, receber as explicações sobre o Desenvolvimento do seu fenômeno mediúnico. Por exemplo,
como era feito antes e está sendo feito atualmente: Primeiro, o sermão ou aula de prática; depois a
técnica, sob os olhos e ao alcance dos Instrutores, quando e sempre lhes explicando o fenômeno do
extrasensorial, que o Apará não vai ver sua incorporação, e que tudo vem de Deus, e só de Deus.
Filho, procure dialogar com o Aspirante, sem intrometer-se em sua vida particular, ensinando-o a
respeitar a família - não o documento de casamento. Seja humano acima de tudo, pois a religião
consiste em respeito moral. Respeite uma mulher. Se não houver respeito ou se desrespeitar uma
ninfa, é como desrespeitar toda a guarda de Pai João, é tê-lo no seu calcanhar, o que não é bom,
porque eles não nos castigam, porém nos deixam à mercê de nossos carmas! Certa vez uma mulher,
de uns vinte anos de idade, que odiava o marido, sem poder extravasar seus sentimentos, pois ele
jurou matá-la se ela o abandonasse, chegou aqui para desenvolver. Seu mestre Instrutor lhe fez uma
proposta, ou avançou o sinal da Doutrina, e a mulher começou a gritar... Levantou-se o problema
como fenômeno, porém, o caso era outro... E somente agora, com a Prisão, o Instrutor se libertou de
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 332
sua tão grande falha. O médium, quando está aflorando a sua mediunidade, fica perigoso. Seja
homem ou mulher. A maioria dos casais se desentendem nesta triste fase, sem observar que neste
período é que mais recebem vibrações e podem, inclusive, ser atraídos para terreiros, dependendo
de suas mentalidades. O Instrutor, o mestre que se destina, na Lei do Auxílio, a esta espécie de
trabalho, realiza o mais difícil, e sua lei passa a ser Humildade, Tolerância e Amor, e tem que usar um
pouco mais de Psicologia. O médium sempre tem razão, sob seus aspectos, e fica intolerante por
isso. Os mestres Instrutores nada têm a ver com a situação dos médiuns. Porém, sim, em se tratando
de um obsidiado. O Doutrinador está se preparando para não ter dúvidas - essa a minha insistência!
Nos enfermos, pela atuação de uma projeção negativa, obsessiva, a tendência é confundir o
ambiente para que não se obtenha um diagnóstico preciso para levar a vítima ao seu objetivo. Não é
muito fácil distinguir a situação precisa do caso. É verdade que a razão não se afasta de Deus. Deus
é absolutamente Fé e absolutamente Razão! Vem, então, o caso dos esquizofrênicos. A
esquizofrenia é o mal mais comum em nossos dias. É um caso perigoso de ser diagnosticado, pois
são supersticiosos. É difícil, porém, com carinho e força, tudo evolui. Deve ser analisada sem
qualquer comentário ao alcance do paciente. Existe a esquizofrenia por uma pena passiva; a
esquizofrenia ativa e a esquizofrenia hereditária - a mais perigosa, porque envolve toda a família. É
um elítrio em cobrança, anulando a personalidade e se reajustando. Nobres entre nobres, espíritos de
reais tiranos! E, por último, a esquizofrenia de Horus: O portador é todo diferente, é o mais
complicado de todos os médiuns, criando um porte altaneiro, procurando discutir suas teses e, muitas
vezes, nos deixa incapacitados de um raciocínio normal. Chegamos até a pensar que suas
explicações são convincentes. É preciso, então, uma psicologia toda especial: Fazer-se humilde,
fingindo gostar de seus esclarecimentos, mas, sem perder tempo, instruí-lo sobre a Doutrina,
explicando-lhe a elevação cabalística e fazendo-a em seu favor. Esta eu identifico muito bem, porque
Horus foi o mais pretensioso rei egípcio. Falamos em animismo. Para nós não existe animismo, isto é,
comunicação do próprio aparelho. O aparelho, quando está fora de sintonia espiritual ou anímico, os
espíritos sem luz têm mais acesso sobre ele, de maneira que o seu padrão fica obsidiado ou
obsedado. O obsidiado tem a possessão, ou melhor, algum espírito perseguindo ou protegendo,
chamando-o à responsabilidade. Vem, então, a história de um médium obsedado. É bem parecido
com o esquizofrênico, de maneira que ele vai se desenvolvendo e vai melhorando. O obsedado por
elítrio tem sua cura feita pela manipulação de forças mântricas desobsessivas, passes e, também, por
medicamentos. Agora, vem a história do obsedado que se diz às portas da morte e, inclusive, leva os
médicos a crerem e a encharcá-lo com psicotrópicos, choques, etc. A este, pouco podemos fazer.
Vem o psíquico que se sente infeliz, desprezado, mal amado: Este é fácil - desenvolve, e tudo bem...
Logo que chegamos aqui no Vale, um casal muito lindo. Ela, granfiníssima, universitária, veio
desenvolver com convicções kadercistas. Estes pacientes, cujos pais já tinham feito de tudo parta
ajudar, disseram para a gente: Nós não conhecemos isso, pois somos católicos. Contudo, a moça
desenvolveu, fez a sua cobrança, e saiu bem melhor. Saiu porque os pais estavam envergonhados
com sua filha num ambiente que diziam umbandista. Por último, ela se apaixonou por outro e deu um
grande dissabor aos pais. Estes que eu falo acima, dificilmente continuam na Corrente. Sim,
dificilmente se afirmam. Falando melhor no obsidiado, um espírito de Luz pode obsidiar um médium.
Um Caboclo, da Falange Pena Branca, que tem as suas técnicas, pode permitir que um cobrador se
infiltre no seu tutelado e levá-lo à obsessão, caso ele esteja caminhando para a sua própria
destruição. Este médium, cuja obsessão foi permitida pelo seu próprio Mentor, entra sempre
carregado pelos seus familiares, que o acham muito mal. A falta de religião dos seus pais o fez assim.
Sua cura pode ser bem difícil, ou bem fácil, desde que ele, o portador, se conscientize. Ocorre, ainda,
o médium epiléptico. É uma das cobranças mais sofridas, em determinadas fases da Lua. Na Lua
Nova, por exemplo, o portador fica vulnerável e a passagem é segura. Não há Doutrina. Porém, as
energias de suas heranças transcendentais o curam. Há, também, meu filho, o perigo dos videntes,
que muito nos fascinam. Cuidado, porque, no médium em decadência, a deformação da mente é
total. Em consequência, por este desequilíbrio, se apresentam projeções, vozes, etc. No caminho
desta nova jornada, por momentos, podemos sentir o absurdo e o contraditório em nossas condições
humana e social. Porém, tão logo haja uma disciplina doutrinária ao alcance deste mundo, veremos
juntos o Céu e a Terra. Teremos que sofrer para vencer as superstições das religiões mal acabadas,
religiões que perderam a confiança pela falta de doutrina, religiões que pararam no tempo e no
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 333
espaço! Falamos nos fanáticos: São fáceis de curar, caso a sua família não lhe aborreça e comece a
amá-lo. Estes médiuns carregam consigo enorme falange de sofredores religiosos. Não podemos
comentar, abertamente, na presença de parentes ou dos enfermos psíquicos. Temos que trabalhar
sem comentários na Lei do Auxílio. O médium em desenvolvimento se manifesta pela projeção
luminosa e nunca pela projeção de espíritos sofredores, isto é, nunca pelas trevas. Somente os
luminosos Iniciados podem, com seus instrumentos, fazer uma projeção em fonia e manifestar-se em
um aparelho. É algo tão puro que eu tenho ordens de Jesus para dizer: Está incorporado! Posso,
também, deixar de dizer ou de revelar um quadro, com medo da repercussão. As grandes questões
que se apresentam às mentes e como são aplicadas ficam gravadas. Podemos dizer, também, que
as vibrações simples ou individuais podem juntar-se em harmonia e formar, coletivamente, um círculo
maior. Quanto maior o número de vibrações positivas, maior o poder de resistir à ação das forças
contrárias. A força, seja qual for o modo de aplicar, é o poder de todas as coisas. Destaca-se que,
quanto maior for o círculo das forças espirituais que rodeiam o Homem, maior será sua proteção das
forças contrárias. As forças harmoniosas se atraem e as contrárias se repelem. Meu filho, a mais
grandiosa tarefa que temos é a conquista silenciosa desta Doutrina, cultivando a conduta doutrinária.
Vamos dar prosseguimento à exposição relativa aos fluídos, chegando-se sempre na sua atuação no
seio da individualidade. Estamos na matéria densa e na análise de suas doutrinas tenham toda a
consideração e psicologia possíveis. O narrador conta a sua história com amor para transmitir o
máximo de seu encanto. O Doutrinador não é simplesmente um Doutrinador, porque o coração do
Homem é um santuário de Deus vivo. O certo é que todas as vidas individuais são centros de
consciência na vida única. A sensibilidade afetiva se encontra em todas as formas de vida, pois em
tudo existe a essência divina e, por conseguinte, aí proliferam o amor e a sabedoria. Meu filho, nossa
obra chegou, agora, a um plano superior de desenvolvimento espiritual, superior aos ensinamentos
elementares e às simples manifestações. É chegada a hora dos Grandes Iniciados. Veremos, num
futuro próximo, grandes acontecimentos que se desencadearão aos nossos pés, fenômenos que vão
nos ligar deste mundo a outro. Salve Deus, meu mestre Instrutor! Tenha esta cartinha para a sua
individualidade. (Tia Neiva, 13.9.84)

INTELECTO
Enquanto a inteligência (*) se volta para os aspectos mais científicos e experimentais da
Psicologia, o intelecto compreende os aspectos mais filosóficos e metafísicos da vida mental, sendo a
capacidade e atividade do conhecimento do Homem, utilizada pelos pensamentos previamente à
experiência, responsável pelas idéias inatas e pela reunião das consideradas verdades profundas e
corretas. Tem uma função receptiva, que torna inteligíveis as percepções sensoriais e sensitivas, e
outra produtiva, que atua pelo pensamento e transforma em atos e ações o conhecimento
acumulado. Quanto mais trabalhado o intelecto, maior a dificuldade de aceitar as coisas simples e
diretas da nossa Doutrina. Procurar a razão e a lógica de trabalhos e fenômenos se torna um desafio
para o intelecto de médiuns com mais cultura, e é um esforço a mais para os instrutores, que têm a
obrigação de explicar como funciona nossa Corrente. Quanto mais elevado o nível cultural, maiores
preconceitos e reações são encontrados. O médium sem cultura formal, tendo apenas o
conhecimento de como deve se entregar na Lei do Auxílio, é levado pelo amor, pela tolerância e pela
humildade, sem questionamentos, tornando-se perfeito instrumento da Espiritualidade. Na medida em
que sobe o nível do intelecto, maiores se tornam as dificuldades e os questionamentos. É comum o
Homem intelectual se tornar orgulhoso de seus conhecimentos, do que chama Sabedoria (*).
Todavia, a Sabedoria independe do intelecto e do nível cultural de quem quer que seja. O intelectual
deixa sua sensibilidade em segundo lugar, não se importando com o que vê, mas, sim, com suas
idéias, isto é, observa o mundo sob uma ótica cerebral e ideológica, em lugar de sentimental.
Usualmente, entra em choques, principalmente na Doutrina, pela supervalorização do
comportamento, da ética e da moral, esquecido de que a caridade e a misericórdia nos ensinam o
poder negativo das críticas e julgamentos, sabendo que todos estamos submissos à Lei de Causa e
Efeito e, assim, o amor incondicional é nosso único caminho. Veja Energia Mental.
“Porém, positivamente, em nome de Jesus, por mais que o ser humano se eleve para conhecer, por
mais que estude, pouco poderá atingir em fenômenos extrafísicos. Em toda a extensão infinita do
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 334
espaço, a mente ou a clarividência avança até certo ponto, sempre na dependência de valores
mediúnicos de extra evolução. Porém, nada se perde. Tudo já está criado. Somente há
transformações da matéria e a evolução das forças, mesmo assim na combinação, em sintonia.”
(Tia Neiva, 28.6.77)

INTELIGÊNCIA
Enquanto o intelecto compreende os aspectos mais filosóficos e metafísicos da vida mental, a
inteligência se volta para os aspectos mais científicos e experimentais da Psicologia, sendo o
instrumento básico do raciocínio (*), constituindo-se na capacidade do indivíduo de se aprofundar no
exame de tudo que a sua consciência percebe. Assim, raciocínio e inteligência são fatores de
verificação de nossa mente, sendo o pensamento a forma de expressão. A inteligência tem dois
componentes básicos: 1) a capacidade de obter e acumular experiências, que vai dar ao indivíduo a
condição de compreender as relações entre os diversos elementos de uma mesma situação; e 2) a
forma como aplicar positivamente as experiências adquiridas e retidas na memória, adaptando tudo o
que obteve pela percepção para a realização de objetivos determinados ou para evitar ou solucionar
problemas em nossas jornadas. As duas funções fundamentais da inteligência compreendem uma
adaptadora e inovadora - os processos psíquicos adaptados com sucesso a situações novas - e uma
ordenadora e reguladora - poder de captar as relações e de as ordenar logicamente. Como funções
associadas, temos: a) aquisição de experiências: atenção, capacidade de retenção, distinção e
vivência; b) ordenação das experiências: combinação, harmonização e crítica; c) na conservação
das experiências: memória; e d) na aplicação das experiências: reconhecimento de situações, juízo,
sentido comum, livre arbítrio, conduta doutrinária. Veja Energia Mental.
 “Todos desejam triunfar na Vida e na Morte! Enquanto uns reagem diante do fracasso, outros se
deixam abater. Nossos triunfos são medidos pelas nossas tendências em prosseguir na luta e na
habilidade de que somos capazes, enquanto ao fracasso dizemos as nossas inconformações. Na
luta franca, mental, podemos muito bem dominar as nossas paixões, os nossos desejos. No
domínio de nossa inteligência, conseguimos alcançar o que queremos. Não nos expondo ao
egoismo, podemos controlar os nossos sentimentos, sofrendo menos, é claro. Sim, filho, porque
em tudo temos uma razão!” (Tia Neiva, s/d)
 “Conhecendo bem as leis e forças da cabala, às vezes nos admiramos tanto porque certos
Homens, que tiveram a graça de ser inteligentes, no entanto preferem viver com suas almas
presas nos estreitos limites do corpo humano, resistindo até mesmo ao esforço dos poderes
superiores. O medo do ridículo é provocado pelo orgulho. Não sabe o Homem que seria mais
inteligente se aprofundar para criar.” (Tia Neiva, s/d)
 “Sim, por mais que os seres humanos dêem expansão aos seus conhecimentos, por mais que
estudem e por mais que se aprofundem, não poderão penetrar na limitada posição que ocupam
em toda a sua existência. E digo existência somente neste planeta. Sim, falo na individualidade,
em toda a sua extensão infinita. A mente pode avançar até certo ponto, mas fica sempre sem
atingir a realidade da meta, não abrange a sua concepção, sempre sem atingir a meta extrema. A
inteligência já pode compreender o que está sendo revelado pela CIÊNCIA ETÉRICA, que vem se
materializando.” (Tia Neiva, 18.11.77)

INTERFERÊNCIA
Quando o médium de incorporação não está equilibrado ou quando o Doutrinador não está em
sintonia com o trabalho, pode ocorrer a interferência na comunicação, normalmente por ação de um
obsessor - ou do Apará, ou do Doutrinador ou do próprio paciente, no caso dos Tronos, onde mais
acontece. Interferindo quase insensivelmente, o espírito cobrador ou obsessor age em lugar do
Mentor, falando e manipulando como se fosse ele, porém transmitindo uma mensagem que irá criar
desarmonia, através de palavras falsas e situações fictícias, gerando impactos e sofrimento a quem a
recebe. O sofredor é um espírito doente, desequilibrado, que nos responsabiliza por sua situação.
Com a permissão da Espiritualidade Maior, age dessa forma, provocando uma interferência, possível
de se apresentar por culpa dos médiuns mal preparados ou desatentos, que terão sua
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 335
responsabilidade no acontecimento. O Doutrinador atento, sente quando muda a vibração, mesmo
que, aparentemente, pareça que nada mudou na incorporação. O Apará também tem seu
autocontrole, mas a responsabilidade maior é a do Doutrinador. Por isso, antes de ir para os Tronos,
os médiuns devem passar pela Mesa Evangélica ou, caso não seja possível, fazer pelo menos cinco
minutos de concentração e harmonização no Castelo do Silêncio.

INTEROCEPTÍVEL
O Interoceptível é o fator de equilíbrio do ser humano e, especialmente, do médium. A energia
chega pelos dois chakras - o da Vida e o da Morte, situados em nossas têmporas direita e esquerda,
respectivamente, e é dosada pelo Interoceptível, que liga esses dois chakras aos demais chakras e
aos centros nervosos, sendo mesclada à corrente mediúnica. O Interoceptível deve manter as forças
do Jeovah Branco - a Vida - e do Jeovah Negro - a Morte - em perfeito equilíbrio, como um líquido
dentro de um tubo de nível. Jeovah Branco é o poder da Magia de Nosso Senhor Jesus Cristo,
voltado para o Bem, para o auxílio, em qualquer nível, de nossos irmãos encarnados e
desencarnados, que se manifesta no médium equilibrado e dentro da correta conduta doutrinária.
Jeovah Negro é o poder das Trevas, da Morte, que se manifesta envolvendo todo o potencial do
médium, levando-o a desatinos e ações maléficas, propiciando desastres que podem comprometer
não só aquela reencarnação mas, também, determinando o leilão (*) daquele espírito ou até mesmo
sua desintegração (*). Pela má conduta e pelos maus pensamentos, a força de equilíbrio do
Interoceptível se desfaz, levando aquele espírito a de transformar em eficiente instrumento das
Trevas pela discórdia e desarmonia que gera ao seu redor. Quando estamos com padrão elevado,
dentro da conduta doutrinária, trabalhando com amor, a Linha da Vida está atuante. Se deixamos nos
levar pelos maus pensamentos e vibrações, fazendo julgamentos e saindo de uma conduta correta, a
Linha da Vida se desequilibra, aumentando o nível da energia proveniente do Jeovah Negro - o
chakra da Morte. Quando o médium se ioniza com o perfume, molhando esses dois chakras com os
dedos, na realidade está ampliando a capacidade de recepção desses vórtices, ao mesmo tempo
protegendo-os. Após molhar os chakras, abre os braços e emite: “Oh, Simiromba, meu Pai, me
consagre e me ionize de todo e qualquer mal!”
 “Todos somos livres para obter a força do equilíbrio da razão, insinuando, à vezes, um falso
comportamento, logo acusado pelo seu INTEROCEPTÍVEL. Sim, o Interoceptível é a linha de
comando da vida e da morte! Se o Homem, em toda a sua estrutura, pudesse pesar somente para
envolver os grandes espíritos... Nada, ninguém está só. Cada criatura recebe de acordo com
aquilo que dá. Devemos ter a mente sempre segura. A mente enferma produz o constante
desequilíbrio. Não constrói. Acontece, então, a desagregação das células do Interoceptível,
afetando o corpo físico, porque o corpo espiritual é quem organiza e mantém o corpo humano.
Contém as idéias, diretrizes, a estrutura, as funções biológicas e psicológicas dos vivos. É incrível
as coisas que se desagregam em virtude da mente conturbada. Este fenômeno de manter a
individualidade - a conservação ou reprodução da alma - depende da disposição afetiva, caráter,
gostos, inclinações elevadas com amor e raciocínio.” (Tia Neiva, s/d)
 “Sim, filho, o desenvolvido recebe sua emissão. Emissão é um canal na linha horizontal, que capta
as forças que atravessam o neutrom. O médium desenvolvido é responsável por dois canais de
emissão que se cruzam e estão ligados em seu Interoceptível, formado o seu equilíbrio na conduta
doutrinária.(...) Sim, o Interoceptível é como uma balança, cujo fiel é nossa cabeça. Pesando só
terra, entra em desequilíbrio!” (Tia Neiva, 8.4.79)
 “O corpo físico é ornamentado pela herança transcendental, que é o charme. Quando fazemos
consagrações estamos justamente buscando nossas heranças. (...) Quero lembrar-lhe que nem
toda força que se desagrega é tudo de bom, como acontece em nossos plexos. Existem em nós
forças em pontos vitais que quando se desagregam é tudo de mal! Lembre-se do interoceptível e
as forças incríveis que se desagregam quando nós nos desequilibramos. Nem preciso explicar: é
tudo de mal!” (Tia Neiva, 3.6.84)

INTOLERÂNCIA
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 336
A intolerância é o estado da falta de tolerância (*), a intransigência que torna o Homem hostil,
austero, ríspido e severo para com tudo que o cerca. Sua energia mental se deteriora, de modo que
não admite opiniões divergentes das suas, tanto em questões simples como nas de caráter social,
político ou religioso. A intolerância não resolve problema algum. Com nossas reações ásperas e
duras, vamos gerando reações violentas ao nosso redor, ampliando o número de adversários e
tornando nossa existência uma verdadeira tortura. Pela intransigência se produzem os maiores
dramas da Terra, envolvendo espíritos que reencarnaram em conflitos, em reajustes que só podem
ser solucionados com amor, tolerância e humildade. Somente com a conscientização, abrindo a
mente e o coração para a Doutrina de Jesus, treinando sua percepção e seu autojulgamento para
bem orientar suas ações e suas palavras, pode o Homem ir se afastando da intolerância e,
consequentemente, aliviar sua faixa cármica. Permanecendo na intolerância, agrava seu carma,
causa dores e destruição ao seu redor, comprometendo toda a sua encarnação. Se não formos
intolerantes com o nosso próximo, ele poderá se entender melhor conosco, mantendo sua
serenidade. Quando não formos entendidos, temos que ter paciência e seguir nossa jornada sem
medo, sem mágoas (*) e sem ressentimentos (*). Se tivermos de discutir algo, vamos considerar o
direito que cada um tem de ser ouvido e ter sua opinião sobre o assunto, com a convicção de que
ninguém é dono da verdade, e vamos ouvir com paciência e discutir com serenidade, sem
intolerância nem irritação. Não devemos deixar nos dominar pela raiva, pelo rancor ou pela mágoa,
frutos da intolerância que causam desequilíbrios vibracionais que vão nos prejudicar, gerando males
físicos e emocionais. A manutenção da calma e da serenidade sempre nos ajudará em nossa
jornada. Quando nos entregamos às dificuldades e às dores, passamos a alimentar pensamentos
negativos que nos levam à intolerância e ao sofrimento. Lembremo-nos de que nós e os demais
temos nossas imperfeições. Não vamos desprezar nem ofender aqueles que se nos apresentam com
falhas e, sim, buscar ajudá-los para que se recuperem das oportunidades que já perderam por essas
falhas.

INTUIÇÃO
A intuição designa o modo de um conhecimento imediato, tanto no contato de um
acontecimento presente como na penetração de uma realidade existente, um conhecimento
instantâneo, podendo ser de duas naturezas: sensível ou sensorial, quando se refere à percepção
plena de fenômenos materiais; e inteligível ou intelectual, quando o Homem penetra em seu próprio
ser, contatando sua individualidade com os espíritos que o acompanham. Na Psicologia, foi
classificada, por Jung, como Gestalt, o resultado de uma organização interna, espontânea e inata que
dá ao Homem uma certa tendência para a origem das coisas e o pressentimento de sua evolução e
dos acontecimentos. É uma função que não atua por raciocínio, sendo irracional como a sensação,
preenchendo lacunas da percepção sensorial. Jesus disse (Mateus, X, 16 a 20): “Eis que eu vos
mando como ovelhas no meio de lobos. Sede prudentes como as serpentes e simples como as
pombas. Guardai-vos, porém, dos Homens. Arrastar-vos-ão para os seus tribunais e vos açoitarão
nas suas sinagogas, e por minha causa sereis levados à presença dos governadores e dos reis, para
lhes servirdes, a eles a aos gentios, de testemunho. Quando vos levarem, não cuideis como ou o que
haveis de falar. Porque naquela hora vos será inspirado o que haveis de dizer. Porque não sois vós
que haveis de falar, mas o Espírito de vosso Pai é o que fala em vós.” Ao mesmo tempo em que
advertia os apóstolos para suas missões, o Divino e Amado Mestre esclarecia o que é a intuição,
como vista em nossa Doutrina: a ligação, o principal canal por onde fluem as informações diretamente
dos planos espirituais para o médium equilibrado. Pela intuição agem os Mentores, os Cavaleiros, as
Guias Missionárias, os Ministros, enfim, toda a Espiritualidade, nos momentos precisos e decisivos da
vida do médium. Não ocorre interferência nem mistificação, porque é uma ligação direta. Pela intuição
se faz, também, a ligação entre a individualidade e a personalidade. Esta só tem a experiência de
uma vida inteiramente condicionada pelo carma. A individualidade tem a experiência de todas as
vidas que o espírito viveu, tendo ainda a vantagem de não estar condicionada a um mundo físico.
Quando, por sua conduta doutrinária, o Homem se liga à sua individualidade, pelo canal interativo,
chegam a ele as mensagens de uma longa experiência, exaustivamente vivida, e o Homem erra
muito menos. Quando o médium manipula com mais intensidade a força da Terra num baixo padrão
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 337
vibratório, seu interoceptível fica saturado de ectoplasma pesado e o Homem perde a agilidade
mental, a sensibilidade da intuição, ficando cego e surdo, aguçando seus instintos anímicos e
reduzindo a condições precárias seus contatos com a individualidade. No médium desenvolvido, isso
resulta em lapsos agudos de consciência e distúrbios orgânicos. O médium fica inquieto,
desarmonizado, tenso, chegando a se revoltar, voltando-se contra os outros, esquecido do que Tia
Neiva dizia com freqüência: “Em qualquer hipótese, volte-se contra si mesmo!....”

INVEJA
Existem muitos sentimentos negativos atormentando a nossa jornada, mas o mais prejudicial é
a inveja, que induz o Homem a ficar triste com o bem ou a se alegrar com o mal de seus irmãos,
levando-o a atos desastrosos, a destruir vidas e faz com que ele busque anular ou inutilizar os
esforços de progresso moral e material daqueles que estão ao seu redor. Considerada como um dos
pecados capitais pela Bíblia (Jó, II, 16), esta a considera como a mãe de ciúmes, malquerenças,
maledicências, discórdias e ódios A inveja é poderoso veneno que destrói a mente por sua própria
vibração (*): aquele que é invejoso, ao desejar a queda de seu irmão, emite uma vibração de ódio
que, pela Lei de Causa e Efeito, a ele retorna, com a mesma intensidade, fazendo com que sua vida
se torne um rosário de dores. Complexado e desajustado, o invejoso tenta destruir o que seu irmão
conseguiu, o que ele gostaria de conseguir mas não tem capacidade nem força de vontade para tal.
O invejoso é o Homem sem potencial e sem confiança que deseja, apenas, ver-se livre daquele que,
a seu ver, obstrui sua personalidade vazia. Não admite que alguém realize alguma obra de valor, que
alguém se destaque, enfim, só pensa em sua própria projeção. A inveja é uma falha na própria
individualidade, que se projeta na personalidade, fazendo com que o Homem se torne incapaz de
assimilar as condições básicas de convivência e de fraternidade.
 “Não, minhas filhas, ninguém gosta de ser servido por fracos e infelizes. Só conhecemos que
estamos evoluídos quando não estamos nos preocupando com os erros de nossos vizinhos.
Porque o ciúme ou a inveja é falta de confiança em nós mesmos. Vamos, filhas, vamos trabalhar,
mas fazendo da nossa missão o nosso sacerdócio.” (Tia Neiva, 6.6.80 - divulgada em 18.2.81)

INVOCAÇÕES
Quando precisamos de algo dos Planos Espirituais, podemos orar, emitir uma prece ou fazer
uma invocação. Como a prece é sempre ritualística e a oração é a harmonização com o Divino,
devemos invocar quando se faz necessário pedir auxílio ou proteção, implorar para que os Planos
Espirituais nos emitam as forças de que necessitamos num momento preciso de nossa jornada. Tia
Neiva escreveu algumas invocações e nos instruiu para que escolhêssemos as frases que
julgássemos necessárias para nossas invocações:
Ó, SENHOR, QUERO ME ENCONTRAR COMIGO MESMO!
QUERO SENTIR O AMOR EM TODO O MEU SER!
QUERO FAZER A EXPIAÇÃO DOS MEUS ERROS,
ATÉ DOS MEUS PENSAMENTOS!...
E DEPOIS FORMAR NO MEU SOL INTERIOR O MEU ALEDÁ,
PORQUE O SOL, A LUA E AS ESTRELAS SE FAMILIARIZARAM EM MIM,
QUE NO INFINITO, DURANTE O SEU CICLO, NÃO SE ESCONDEM,
NÀO DESCANSAM, PARA NOS ILUMINAR...
Ó, JESUS, SÓ EM TI PODEREI ME ENCONTRAR,
PORQUE SÓ EM TI VIVE A LUZ ETERNA!...
Ó, BENDITA LUZ DO REINO CENTRAL!
FORÇA ABSOLUTA QUE VEM DE DEUS MISERICORDIOSO!
EMITE EM MEU CORAÇÃO,
PARA QUE EU POSSA CONSERVAR A TOLERÂNCIA E A COMPREENSÃO...
QUE TODO O AMOR FRATERNAL, DA HERANÇA TRANSCENDENTAL,
POSSA IMPREGNAR O MEU SOL INTERIOR, FAZENDO-SE SENTIR
O PRAZER DESTE MUNDO QUE AINDA VIVE O MEU PLEXO FÍSICO...
OBSERVAÇÕES TUMARÃ – EDIÇÃO DE ABRIL DE 1999 FLS. 338
EMITE, TAMBÉM, Ó, SIMIROMBA MEU PAI,
O MEU ANODAÊ, QUE ME DÁ A ALEGRIA DE VIVER
E FORTALECE OS TRÊS REINOS DE MINHA NATUREZA!
Ó, GRANDE ORIENTE DE OXALÁ!
FAZE COM QUE AS FORÇAS SE MOVIMENTEM EM MEU FAVOR E, COM ELAS,
EU POSSA ME DESLOCAR PARA OUTROS MUNDOS,
TAMBÉM EM FAVOR DE ALGUÉM MENOS ESCLARECIDO OU QUE,
NECESSITADO DA FORÇA LUZ DO JAGUAR, POSSA DISPOR DO MEU AMOR!
Ó, SIMIROMBA MEU PAI!
ESTA É A HORA DE MINHA MEDITAÇÃO E QUE ME FAZ LEMBRAR
OS MEUS ENTES QUERIDOS, OS MEUS AMORES
E AQUELES QUE SE DIZEM MEUS INIMIGOS!...
SINTO AS FORÇAS QUE SE DESLOCAM E PROJETAM EM TODO O MEU SER,
FAZENDO-ME FELIZ!... SALVE DEUS! (Tia Neiva, 29.1.79)

IONIZAÇÃO
Ionização é o ato de produzir cargas positivas com a finalidade de decompor cargas negativas,
e é usada, em nossa Corrente, para depurar a aura do Apará, principalmente no trabalho dos Tronos.
Antes da incorporação, o Doutrinador leva suas mãos ao plexo e as estende para a frente, sobre a
cabeça do Apará, com o cuidado para não tocar nos cabelos, falando: “Louvado seja Nosso Senhor
Jesus Cristo!”, e as trás de volta, rodeando a cabeça do Apará pela direita e pela esquerda, agindo na
aura do médium, a fim de retirar impurezas dessa aura, retornando suas mãos ao plexo, onde é feita
a descarga, assim eliminando cargas negativas ou forças esparsas diluídas naquela aura que
poderiam atrapalhar a projeção dos Mentores e ampliar a ação de espíritos sofredores que iriam
incorporar. Tão logo incorpora, o Mentor faz, também, a ionização do seu aparelho. Nos casos de
incorporação de poderosos irmãos das Trevas, os Espíritos Superiores fazem a ionização do Apará
com o objetivo de aumentar sua resistência e proteger seu plexo.

IRMÃ LÍVIA
Segundo explicação de Tia Neiva, Irmã Lívia é uma missionária que se destinou a cuidar dos
Jaguares recém-desencarnados, recebendo-os quando chegam da Terra, em seus primeiros
impactos nos mundos espirituais. Com estreita ligação com o grande Oráculo de Simiromba, Irmã
Lívia se desdobra no atendimento aos mais necessitados, como se pode ver na História de Ditinho
(veja Suplemento I), em seu albergue no limiar do Vale das Sombras, onde uma poderosa barreira
magnética detém os Bandidos do Espaço. Ao lado de outras irmãs missionárias, Irmã Lívia se
desloca nas grandes amacês, buscando a energia de nossa Estrela Candente, principalmente
captando os fluídos ectoplasmáticos evangélicos que são emanados pelas emissões e cantos dos
Jaguares, que dão suas procedências e doutrinam, mesmo inconscientes, especialmente depois de
1982, quando realizamos o 1º Ciclo Iniciático do Jaguar a Caminho de Deus. Koatay 108 nos revelou
que, em 1967, teve o seu primeiro encontro com Irmã Lívia.

IRRADIAÇÃO
Irradiação é a força residual que permanece no médium após uma incorporação. Se tiver sido
a de um sofredor, é neutralizada pelo passe magnético; se a de um Espírito de Luz, antes da
aplicação do passe magnético o Apará deve fazer uma manipulação dessa força, enviando-a, através
da mentalização (*), para pessoas que precisem de alguma ajuda, para seu lar, para hospitais e
presídios. Na Doutrina do Amanhecer denomina-se irradiação, também, à sensação que invade o
médium, tanto Apará como Doutrinador, decorrente das vibrações (*) projetadas por um espírito que
quer a oportunidade de uma incorporação.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - Edição de 19.2.1998 SEÇÃO J fls. 339
FALANGE MISSIONÁRIA JAÇANÃS
Quando em Delfos, Pitya escolhia jovens, cujos maridos estavam nas guerras, para auxiliá-la
em sua missão. Eram as Yuricys - Flores do Campo -, que socorriam os combatentes nas planícies
macedônica e peloponense. Todavia, como não incorporavam nem profetizavam, Pitya recomendou
que fossem preparadas as Muruaicys e Jaçanãs, moças fugidas do assalto de tropas mercenárias,
que teriam a missão de fazer as profecias no Templo de Apolo. Assim surgiram as Missionárias
Jaçanãs, que na Linha Dharman Oxinto, trabalham nas Iniciações, preparando os Mestres que vão
para os salões iniciáticos, e na Cruz do Caminho, colocando as morsas nos Mestres e Ninfas Sol. A
Primeira Jaçanã, Ninfa Lua Dulce, considera como missão maior estar no Turigano todos os
domingos, a serviço do Oráculo de Yemanjá, dizendo que “a própria existência da falange está ligada
à grandeza e ao objetivo deste trabalho”. A Primeira Jaçanã é a Ninfa Lua Dulce, tendo como Adjunto
de Apoio o Adjunto Trino Tapuy, Mestre Ferreira, sendo os prefixos Cebele e Cebele-Ra.
CANTO DAS JAÇANÃS:
Ó, JESUS, É A MINHA HORA! JESUS! O CANTO DA JAÇANÃ, QUE MIL VEZES TE PEÇO A
PERSEVERANÇA DO HOMEM DA MINHA TRIBO, QUE ME DESTE NA FORÇA ABSOLUTA QUE
VEM DE DEUS PAI TODO PODEROSO, O PODER DO FOGO E DA ÁGUA! ESPERAM, JESUS
QUERIDO, DE MIM ESTA SIMPLICIDADE. Ó, SIMIROMBA MEU PAI! QUE FORÇAS RESPLAN-
DESCENTES NOS DOMINEM E NOS CONDUZAM AOS GRANDES FENÔMENOS QUE NO
MUNDO NOS ESPERAM. Ó, FORÇA ABENÇOADA DE DEUS! QUE EM NOME DO PAI, DO FILHO
E DO ESPÍRITO. SALVE DEUS!
 “As Jaçanãs também acompanhavam Pytia, pelo mesmo destino das Yuricys, porém com outra
especialidade. Caminhavam mais longe e eram cheias de estratégias, sempre para o bem. Faziam
lindos trabalhos, acodiam aquela gente... Porém, como as Yuricys, se empolgavam naqueles
reinados e muitas vezes perdiam suas missões!” (Tia Neiva, s/d)

JAGUAR
O Jaguar, assim chamado o médium do Amanhecer porque porta a força da Terra, é burilado,
por seu trabalho na Lei do Auxílio, como uma pedra tosca que se transforma em fulgurante diamante,
tornando-se uma espada viva e resplandecente a brilhar por todo o Universo, mestre da manipulação
mediúnica, preparado para libertar da orbe terrestre um grande número de espíritos sofredores e para
evoluir a Humanidade, preparando-a para a Nova Era. Sempre atento, sempre alerta, é a força viva
da Doutrina do Amanhecer. Aqui, aprendemos a amar ao próximo como a nós mesmos, respeitando
a vida de cada um, sem julgamentos e sem preconceitos, na certeza de que aquele que cumpre suas
obrigações com as pessoas que o cercam, que tem um comportamento harmonizado, dentro da
conduta doutrinária, com amor em seu coração, se sentirá feliz e realizado. Todavia, aquele que não
assimila os ensinamentos, vivendo no mau-humor, inconformado e revoltado, mergulhado na inveja e
no ciúme, emitindo baixas vibrações, incomodando todos com suas queixas e agressões, certamente
não se realizará nesta Corrente, pois que Doutrina poderá existir nele? Por isso temos que ter
presente, em nossas mentes, que “muitos serão chamados, mas poucos os escolhidos”, pois nem
todos que estão na Doutrina são Jaguares, nem todos os Jaguares estão na Doutrina, isto é, os
Jaguares são cerca de trinta mil espíritos que vieram de Capela (*), em missão redentora, para a
Terra. Aqui haviam sido formadas as civilizações Equitumans (*) e Tumuchys (*), por espíritos
encarnados que eram verdadeiros deuses. Reencarnaram como Jaguares. Construíram cidades e
monumentos, transmutaram metais e usaram uma espécie de pincel atômico com que esculpiam com
perfeição os mais duros metais e as pedras, ao mesmo tempo que emanavam estes materiais com
poderosa energia. Mas foram decaindo e perdendo seus poderes, de tal forma assimilando o Mal e se
afastando do Bem que chegaram a Esparta, onde a encruzilhada final se apresentou: ou a retomada
de uma jornada evolutiva ou a destruição total e final daqueles espíritos. Alguns não tiveram mais
oportunidade, e foram desintegrados. Mas a maioria começou sua recuperação, lenta e sofrida,
através dos séculos e de muitas civilizações, retomando o caminho de volta às suas origens - Capela.
Quando em uma encarnação, sob a liderança de Oxalá (*), que recebeu o título de Jaguar por sua
valentia e poder, um grupo desses espíritos já estava bem adiantado, formando as civilizações das
Américas e do Egito, tendo florescido o progresso espiritual em Omeyocan (*) e na Ásia e na África.
Mais tarde, na era das grandes descobertas, aconteceria, na civilização Inca, no Peru, a última
reunião de Jaguares com a presença física de Oxalá, então como Pai Seta Branca (*), liderando
espíritos que hoje nos iluminam como Grandes Ministros de Deus - Janatã, Ypuena e outros. Assim
muitos evoluíram rapidamente, e passaram a ajudar seus irmãos nesta longa subida. Por último, já no
Brasil Colônia, tivemos o fenômeno do Africanismo (*), com Pai João de Enoque e Pai Zé Pedro
liderando a falange de espíritos de Jaguares que, junto com as Princesas e outros espíritos que
vieram se purificar na escravidão, trabalham conosco, como Pretos Velhos, nos ajudando a percorrer
nosso caminho de volta, por nossa dedicação na Lei do Auxílio. Nossa trajetória cobre toda a História
da Civilização, e aqui estamos, mais uma vez reunidos, na transição para a Nova Era. Pelo livre
arbítrio caímos, pelo livre arbítrio temos que nos erguer, caminhar e chegar ao nosso destino.
Contamos com a imensa ajuda daqueles que já se libertaram da Terra, e no amor incondicional
permanecem junto a nós, como Mentores Iluminados, nos guiando na difícil marcha. Nossa união foi
feita por Tia Neiva, nesta última etapa, trazendo até os Jaguares remanescentes a Luz da Doutrina, a
Nova Estrada do Caminheiro, o Caminho de Jesus. Revivendo Cristo, Tia Neiva buscou colocar no
coração ainda selvagem de cada um de nós a Chama da Vida, alimentando nosso espírito com amor,
tolerância e humildade. Portando as forças das 21 Estrelas, com seu desenvolvimento e conduta
doutrinária, com poderes para manipular forças extra-etéricas, profundo conhecedor das leis
universais, o Jaguar preparado é seguro de sua missão, sabe decidir o quê, como e quando fazer, e
não precisa de exteriorizações e nem de se justificar a ninguém. Junto aos espíritos dos Jaguares,
muitos vieram, de outras origens, porém participando dessa Luz, desses ensinamentos, e, embora
não sejam Jaguares em espírito, se tornaram Jaguares pela força de seu amor e pela dedicação às
suas missões. De acordo com seu merecimento e pela grandeza de suas ações, Jaguares ou não
receberão suas recompensas da Espiritualidade Maior, na força do Amor Universal de Deus Pai Todo
Poderoso!
 “Dias luminosos, de grandes acontecimentos e manifestações, estão se aproximando de nós, a
velha tribo Espartana. Conservando a nossa individualidade, vamos, unidos em um só
pensamento, por este Universo tão perfeito, impregnando o amor, a fé e a humildade de espírito
em todos os instantes. Somos Magos do Evangelho e, como espadas luminosas, vamos
transformando e ensinando, com nossa força e conhecimento, àqueles que necessitam de
esclarecimento. É somente pela força do Jaguar, nesta Doutrina do Amanhecer, e na dedicação
constante de nossas vidas por amor que podemos manipular as energias e transformar o ódio, a
calúnia e a inveja em amor e humildade nos corações doentes de espíritos que permanecem no
erro. Quantos se perdem por falta de conhecimento e por não terem a sua Lei. Nós temos a
nossa Lei, que é o Amor e o Espírito da Verdade. Vamos amar e, na simplicidade de nosso
coração, distribuir tudo o que recebemos, na Lei do Auxílio, aos nossos semelhantes.
Somente a vontade de Deus nos tem permitido afirmações tão claras nesta passagem para o
Terceiro Milênio. Somos a força do Sol e da Lua; somos um povo esclarecido e temos, em nosso
íntimo, o Amor e o Espírito da Verdade. Temos o poder em nossas mãos e assumimos o
compromisso de fazer de nossa missão o nosso sacerdócio, pleno de amor - o pão que alimenta
nossos espíritos e nos dá a vida é a força doutrinária. Temos o poder mas, para sermos úteis e
eficientes, é preciso que tenhamos equilibrada e firme a nossa mente e cultivemos a humildade.
Vamos levar mais a sério o nosso compromisso e busquemos sempre, em nossas origens e em
nossas heranças, a energia e a segurança, para que possamos seguir com perfeição a trajetória
que escolhemos quando assumimos vir a este Planeta para redimir as nossas culpas e débitos
contraídos em outras encarnações.(...) O Homem equilibrado é a Presença Divina na Terra,
realizando, com sua mente sábia, uma constante conjunção de dois planos, levando sua vida na
simplicidade e disponibilidade, a iluminar com seu trabalho espiritual constante. (...) Com nosso
trabalho espiritual podemos nos evoluir e dar tudo de nós. É curando as dores de nossos irmãos
que curamos as nossas dores e sofrimentos.” (Tia Neiva, Carta Aberta n. 7, 9.4.78)
 “Aqui temos a demonstração do verdadeiro significado da mente sobre o extrasensorial.
Governamos a mente e as emoções, alteramos, revolucionamos e modificamos as chamas vitais.
Sim, filho, já nos desenvolvemos através das sete Raízes. Tudo isto parece muito distante de teu
alcance. A realidade é o Jaguar, que está trazendo para mais perto a visão de um quadro total. O
Jaguar, o Homem que foi individualizado em dezenove encarnações.” (Tia Neiva, 21.11.81)

JAGUAR KOATAY 108


 “O Jaguar Koatay 108 é força mercenária, tem amplos poderes para assumir a presidência de um
Templo, desde que seja assistido por um Adjunto, ou melhor, na conduta doutrinária do seu
Ministro Adjunto. O Jaguar Koatay 108, em sua individualidade, é uma força giradora e, em sua
procedência, é uma força geradora. Deve atuar na linha doutrinária. Não tem Ministro. Porém, em
vez, por Deus, receberá, em sua consagração, um Cavaleiro da Legião do Divino Mestre Lázaro.
Não é ligado a nenhum Adjunto. No entanto, deve se sentir na obrigação de atendê-lo, mirando as
suas conveniências. Sim, porque nesta Doutrina tudo se faz por amor! Sua hierarquia vem do
Trino Triada. Um Sétimo Raio Adjuração e um Jaguar Koatay 108 têm forças diferentes. Nem
mais, nem menos. São atribuições diferentes. Um Jaguar Koatay 108 tem padrinho e uma
madrinha. Terá seis Sextos Raios Adjuração somente se se colocar em um Adjunto. Então ele
poderá partir com seus Sextos Raios. Nesta condição ele terá oportunidade de se desenvolver,
também, com as atribuições dos Sétimos Raios Adjuração, como Jaguar Koatay 108 Randyê
Adjuração. Partirá com -0-0- em Cristo Jesus. Este mestre deve constar das escalas porque,
sendo hierarquia do Trino e sendo preparado para um eventual Templo, deve também ser
instruído pelos Mestres Trinos. Vamos trabalhar para que todos os Adjuntos possam ter um Jaguar
Koatay 108. Apenas este Cavaleiro Koatay 108 poderá partir com -X- se estiver em favor de um
Adjunto, com -0-0= (= quer dizer “em favor”)” (Tia Neiva, 18.4.80)
 “Qualquer atitude do homem na faixa vibratória de evolução é válida, porque estamos em um
mundo onde se confundem as sombras e as claridades. Todos os males da vida concorrem para o
nosso aperfeiçoamento, sobre o efeito de todos esses ensinamentos e, pela dor, pela prova e pela
humilhação, desprendemo-nos, lentamente, para a vida eterna. Vivemos no meio de uma multidão
invisível, que assiste, silenciosamente, a lógica desta nossa Doutrina, nos dando segurança e nos
facilitando a conduta de um mundo para outro. Filho, quando o Homem aprender a trabalhar
harmoniosamente deixará de enganar a si mesmo, sentindo-se injustiçado ou aguardando a
compaixão sem justiça. Sim, porque é na vida mesmo que se deve procurar os mistérios da morte.
A salvação ou a reparação começam aqui. O seu céu ou o seu mundo inferior estão aqui. A virtude
é compensada. Não faça desta vida o infernal templo dos teus anseios. Filho, as células do nosso
corpo agem, sempre, de acordo com os impulsos nervosos emitidos do cérebro. Há um exército de
auxiliares medianeiros entre nós e Deus, procurando velar por nós, embora conheçam o nosso
livre arbítrio.” (Tia Neiva, 18.2.82)

JANATÃ
Os Comandantes Janatã são os mestres indicados por seus Adjuntos Maiores para o
comando da Estrela Candente (*). São preparados e escalados pelo Adjunto Janatã, Mestre José
Luiz. A idade mínima para ser um Comandante Janatã é de 21 anos.
 “Meu filho José Luiz, meu Mestre Jaguar: É muito realizada que eu, Koatay 108, te dou, como
Mãe em Cristo Jesus, este documento. Sim filho, és um jovem Adjunto, consagrado pelas minhas
mãos, que muito me realiza na grandeza deste teu Adjunto Janatã! Sim, filho, porque és um
Adjunto sem mácula e que tanto tem feito, pela sua perseverança, a ponto de nosso grande
Mestre Johnson Plata vir nos ajudar nesta jornada!” (Tia Neiva, 29.4.85)
JANDA
Em mensagens de 5 e 22.2.83, Koatay 108 estabeleceu a missão das NINFAS JANDAS, que
fariam as invocações de forças, assumindo a responsabilidade das consagrações iniciáticas do
mestrado. Como primeira componente foi nomeada a Yuricy Sol Delma. As demais deveriam ser
indicadas por Tia Neiva mas, com seu desencarne em novembro de 1985, ficou a missão entregue ao
Adjunto Yuricy, Mestre Edelves, para preparar e consagrar as ninfas Janda. Os Primeiro e Segundo
Mestres Devas também tiveram autorização de Koatay 108 para indicar uma ninfa para desempenhar
as funções de Janda. Devem ficar à disposição do Trino Ajarã para trabalhos nos Templos Externos,
bem como dos Adjuntos Maiores, que poderão solicitá-las para qualquer ritual que exija invocações,
incorporações e doutrinas pré-determinadas (sic Tia Neiva, s/d)
ATRIBUIÇÕES:
Estar presente em todas as consagrações iniciáticas de Elevação de Espadas, Consagrações de
Talismãs, Consagrações de Centúria, de Cavaleiros Especiais, de Adjuntos e qualquer outra
consagração que houver;
 Fazer as invocações nos trabalhos de Leito Magnético, Unificação, Quadrante e no Primeiro de
Maio, Dia do Doutrinador;
 Harmonizar-se com os componentes dos outros turnos para a realização dos trabalhos;
 Manter-se ciente das consagrações especiais, realizadas para atender aos mestres de Templos
Externos que não possam ir às consagrações agendadas, tais como Iniciação e Elevação de
Espadas;
 Coordenar as ninfas missionárias que participem dos rituais;
 Organizar os rituais de Bênção de Pai Seta Branca nos Templos Externos.
As ninfas Jandas devem estar sempre atentas, apresentando relatório de suas atividades ao
Adjunto Yuricy. Caso designe outras ninfas para o trabalho, deve ser respeitada a escala das
Primeiras das Falanges Missionárias.
 “Meus mestres e minhas filhas que vão assumir essa nobre responsabilidade: espero de vocês o
amor nas maneiras, na Lei, nas ordens e na execução de suas tarefas. Espero que se recordem
sempre de mim quando estiverem impacientes em suas atribuições, com as falhas dos outros.
Lembrem-se, sempre, de que entre ele e você, estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a
vocês quando não estão certos, quando têm algum erro na Doutrina: MUITO AMOR! Meus filhos,
com o amor conseguimos o discípulo amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre, que vocês
são a Lei e que a Lei existe. Vocês são a palavra, a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” (Tia
Neiva, 5.2.83)
 “O Adjunto Yuricy tem as seguintes atribuições: grandes desenvolvimentos; designar
mediunidades; responsável pelo Oráculo de Simiromba (deve estar presente nos rituais do Oráculo
ou colocar uma sua representante, verificar se tudo está em ordem, estar atenta para que haja a
manutenção do ritual nos dias e horários prescritos pela Lei e deixar que o comandante realize o
trabalho naturalmente, dando-lhe, se for solicitada, as informações sobre o ritual); estar presente
ou estar representada em todos os rituais e Sandays que exigirem Yuricys; fazer a cultura das
ninfas missionárias para serem Jandas, que serão preparadas para todos os rituais e evocações.
Por enquanto, estou designando as Ninfas Yuricys Julia Dorneles e Rosa para serem Jandas.” (Tia
Neiva, 8.10.85)

JAPUACY
O Adjunto Japuacy tem, por lei, a guarda e honra de todos os setores necessários dos
Oráculos. Terá, na Pirâmide, dois mestres responsáveis, que a abrirão às dez horas da manhã,
diariamente, fechando-a com o encerramento da Estrela Candente. O trabalho da Recepção deve ser
bem organizado, todos com suas tarefas definidas, aptos a receber, orientar e encaminhar os
pacientes e visitantes, ficando os mestres sempre atentos e alertas para o bom andamento do
atendimento aos pacientes, utilizando os mestres Jaguares para os trabalhos de modo geral -
organização das filas, atendimento preferencial a casos urgentes, deficientes físicos, idosos,
senhoras gestantes e com bebês de colo, etc. - e destinando às ninfas as atividades da mesa da
Recepção, para dar informações e auxiliar no preenchimento de nomes nos papéis a serem
colocados na Mesa Evangélica e em outros pontos de força. O pessoal da Recepção deve sempre ter
mestres e ninfas perfeitamente aptos a dar a maior atenção àqueles que chegam ao Templo pela
primeira vez, que deverão ser muito bem recebidos e orientados sobre o que vão ver, a natureza e a
localização dos trabalhos e em condições de responder a todas as perguntas que forem feitas sobre
a nossa Doutrina. Em instrução transmitida aos Presidentes dos Templos do Amanhecer, em 25.2.97,
assinada pelos Trinos Presidentes Triada e pelo Adjunto Japuacy, ficou estabelecido: 1) Os mestres
que concluírem o Curso de Recepcionista só poderão atuar com autorização do Adjunto Japuacy, no
Templo-Mãe, e do respectivo Presidente, nos Templos do Amanhecer; 2) É vedado a qualquer
Recepcionista dar instruções, realizar palestras ou exercer seu trabalho na Recepção sem a
autorização do Adjunto Japuacy, no Templo-Mãe, e do respectivo Presidente, nos Templos do
Amanhecer; 3) Não serão mais fornecidos radares do colete e do braço sem a autorização, por
escrito, do Presidente do Templo ao qual pertence o mestre; 4) Fazer cumprir o Regimento da
Recepção e, para dirimir dúvidas ou resolver questões naquele âmbito, solicitar a manifestação ou, se
for o caso, a presença do Adjunto Japuacy ou de seu representante autorizado.
 “REGIMENTO DA RECEPÇÃO - O mestre que usa este uniforme, esteja onde estiver,
será sempre alvo das atenções gerais. Para ele convergirão todos os olhares e suas menores
faltas serão percebidas. Representante da ordem, educador e disciplinador, orientador e guia de
homens, o Recepcionista deve ser o exemplo vivo do Evangelho, da coragem, da energia e da fé.
A confiança que ele inspira é consequência, ainda, da sua cultura, das suas qualidades morais e
do seu sólido preparo doutrinário. A noção que possui é a do cumprimento do dever e da sua
abnegada dedicação a serviço da ordem. A primorosa educação é um de seus atributos. O
Recepcionista, em seu trabalho, deve se preparar antes de iniciar qualquer atividade,
mentalizando os seus guias espirituais, mediunizando-se. O presente regulamento regula a
situação, obrigações, deveres e direitos do Recepcionista. A Recepção da Ordem Espiritualista
Cristã - Vale do Amanhecer é essencial à execução da segurança da Ordem, constituída pelo
Adjunto Japuacy, com apoio dos Trinos e Adjuntos Herdeiros. Destina-se a defender os poderes
constituídos por lei. (...) Os componentes do Adjunto Japuacy formam uma categoria especial de
servidores da OSOEC e são denominados RECEPCIONISTAS. (...) A disciplina é a rigorosa
observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que
fundamentam o organismo doutrinário e coordenam o seu funcionamento regular e harmônico,
traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e por cada um dos
componentes da Recepção. Os círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os
Recepcionistas da mesma categoria e têm por finalidade desenvolver o espírito de camaradagem
em clima de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo. O sentimento do dever e o
decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes da Recepção, uma conduta doutrinária e
moral irrepreensível, com a observância dos preceitos de ética. A moral visa à educação do
Homem no enriquecimento de seus deveres para com a OSOEC, desenvolvendo o indivíduo,
educando-o e criando ambiente de idéias e entusiasmo que constitui a base mais sólida da
instrução. O Recepcionista é formado e educado nestes termos: conhecimento geral sobre o Vale
do Amanhecer e conhecimentos técnicos. Considerado pronto, está liberado para seu trabalho. As
funções da Recepção são providas com pessoal que satisfaça os requisitos deste regulamento,
respeitando uma hierarquia exigida para o seu desempenho. Este regulamento abrange todos os
Templos Externos na formação e orientação do Recepcionista, sob a regência do Adjunto
Japuacy, e cabe aos Presidentes fazer cumprir estas normas aqui estabelecidas. Todo cidadão,
após ingressar na Recepção, prestará compromisso de honra, no qual firmará sua aceitação
destas obrigações e destes deveres, e manifestará sua firme disposição de bem cumpri-los. (...)
Contraria este regulamento o Recepcionista que: 1) faltar com a verdade e utilizar-se do
anonimato; 2) Concorrer para a discórdia ou desarmonia, cultivar inimizades entre seus
companheiros ou deixar de fazer cumprir normas e regulamentos na esfera de suas atribuições; 3)
Retardar, por negligência, a execução destas determinações; 4) Aconselhar ou concorrer para não
ser cumprida qualquer determinação dos Trinos ou dos Adjuntos Herdeiros; 5) Trabalhar mal,
intencionalmente ou por falta de atenção, em qualquer serviço ou instrução, causar ou contribuir
para ocorrências de acidentes em serviço, por imprudência ou negligência; 6) Faltar ou chegar
atrasado a qualquer ato de serviço ou reunião em que deva tomar parte; 7) deixar de providenciar
a tempo, junto aos Trinos ou aos Adjuntos Maiores, por negligência ou incúria, medidas contra
qualquer irregularidade de que venha a tomar conhecimento; 8) Conversar ou fazer ruídos em
ocasiões, lugares ou horas impróprias e espalhar boatos ou notícias tendenciosas; 9) Provocar ou
fazer-se causa, voluntariamente, de alarme injustificável ou usar de violência desnecessária; 10)
Conversar, distrair-se ou fumar em ocasião ou lugar onde isto seja vedado ou quando se dirigir a
um visitante; 11) Tomar parte em discussão a respeito de política ou religião, sem que, para isso,
esteja devidamente autorizado; 12) Publicar ou contribuir para que sejam publicados fatos ou
documentos que possam concorrer para desrespeito da OSOEC ou firam a disciplina ou a
segurança da mesma; 13) Apresentar-se no Templo mal uniformizado ou com o uniforme alterado,
sobrepor ao uniforme distintivos ou decorações, contrariando os costumes da Ordem, usar o
uniforme em vias públicas fora do recinto do Vale do Amanhecer, sem autorização competente;
14) Dirigir-se, referir-se ou responder de maneira desatenciosa às pessoas; 15) Censurar ato ou
desconsiderá-lo, ofender, provocar ou desafiar com palavras a um companheiro. Cumpra-se.” (Tia
Neiva, 13.8.83 - Trinos Triada Tumuchy, Araken, Sumanã, Ajarã; Trino Herdeiro Ypuarã e Adjunto
Japuacy)
Visando dirimir dúvidas e adequar o ingresso e a participação das ninfas e mestres na Recepção, os
Trinos Presidentes Triada, em reunião realizada com os Mestres Devas (Alufã, Adejã e Umaray),
no dia 3.10.98, decidiram que a partir desta data deveriam ser observados os seguintes
procedimentos (Orientações às Falanges Missionárias – N.º 1): (...) 5. Os jovens, a partir dos 16
anos, desde que sejam Centuriões, podem pertencer ao Adjunto Japuacy, porém, para serem
Recepcionistas, somente após completarem 21 anos de idade; 6. A missionária ou missionário
não poderá conduzir o Radar da Recepção e nem servir como Recepcionista com a sua
indumentária, apenas com o uniforme de Jaguar ou o branco.

JEOVAH BRANCO
No chakra temporal direito temos o Jeovah Branco, que é o poder da Magia de Nosso Senhor
Jesus Cristo, voltado para o Bem, para o auxílio, em qualquer nível, de nossos irmãos encarnados e
desencarnados, que se manifesta no médium equilibrado e dentro da correta conduta doutrinária.
Pelo equilíbrio do Interoceptível (*) faz-se a perfeita harmonia entre o Jeovah Branco e o Jeovah
Negro - as forças da Vida e da Morte. Não se pode ter uma vivência equilibrada se não for mantida a
harmonia entre esses dois poderes.

JEOVAH NEGRO
No chakra temporal esquerdo temos o Jeovah Negro, o poder das Trevas, da Morte, que se
manifesta envolvendo todo o potencial do médium, levando-o a desatinos e ações maléficas,
propiciando desastres que podem comprometer não só aquela reencarnação mas, também,
determinando o leilão (*) daquele espírito ou até mesmo sua desintegração (*). Pela má conduta e
pelos maus pensamentos, a força de equilíbrio do Interoceptível (*) se desfaz, levando aquele espírito
a se transformar em eficiente instrumento das Trevas pela discórdia e desarmonia que gera ao seu
redor.

JESUS
Em livro psicografado por Chico Xavier - “A Caminho da Luz” -, Emmanuel nos conta que
existe, no Universo, formada por Deus, uma Comunidade de Espíritos Puros, que dirige a Vida de
todos os planos, por todos os lugares, e à qual pertence o espírito de Jesus. Essa Comunidade
reuniu-se nas proximidades da Terra somente em duas ocasiões: “A primeira verificou-se quando o
orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no tempo e no espaço, as
balizas do nosso sistema cosmogônico e pródomos da vida na matéria em ignição do planeta; e a
segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição
imortal do seu Evangelho de amor e redenção.” Na Doutrina, aprendemos que quando a evolução da
Terra se mostrou totalmente desviada da meta civilizatória proposta pelos Equitumans (*), Tumuchys
(*) e Jaguares (*), culminando nos últimos cinco mil anos antes do nascimento do Cristo com uma
onda de barbarismo e crueldade, o Grande Orixá, Mestre dos Mestres, atendeu aos clamores dos
missionários que, isolados e perseguidos, pediam a presença de Deus na Terra, e decidiu vir
pessoalmente como o Salvador, o Messias, materializando o seu fluido cósmico - o plasma divino.
Nasceu Jesus! Em Hebreu, Jesus (Jehoshuá) quer dizer “Deus é a Salvação”, e esse foi o nome que,
segundo o Antigo Testamento, Deus escolheu para o seu Filho, sendo anunciado pelo anjo a Maria,
que seria sua Mãe. A Jesus foi concedido o título Cristo (*), título concedido apenas àqueles Grandes
Espíritos que têm marcante missão na Terra. Em Mateus (XVI, 13 a 17) nos é relatado: “E veio Jesus
para as partes de Cesaréia de Filipe e interrogou seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens
que é o Filho do Homem? E eles responderam: Dizem uns que é João Batista, outros que é Elias, e
outros que é Jeremias ou algum dos profetas. Disse-lhes Jesus: E vós, quem dizeis que eu sou?
Respondendo, Simão Pedro disse: Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo!” Fora da Bíblia, registram-se
apenas quatro obras contemporâneas de Jesus, em que é citado como “Jesus, que se chamou
Cristo” (Flavio Josefo) e como “Cristo” (Suetônio, Tácito e Plinio, o Jovem). Jesus não foi Deus, mas,
sim, a reencarnação de um Grande Mestre, com a missão de alertar os espíritos da época e do futuro
da Terra. Existem questionamentos sobre o tempo em que Jesus nasceu, pois, pelo levantamento de
pesquisadores e historiadores, tudo indica que Herodes teria morrido em Jericó, no ano 4 A.C.; este
rei teria recebido os Magos do Oriente, quando Jesus tinha cerca de um ano, e ordenara a morte das
crianças de até dois anos. Por outro lado, pelas previsões astrológicas, o Messias nasceria no
momento em que se desse a conjunção de Júpiter e Saturno na constelação de Peixes, o que
aconteceu no ano 7 A.C. Embora seja irrelevante essa discussão, o fato importante é que Jesus
nasceu na Terra, para a maior e fantástica missão de mudar toda a Humanidade. Naquela época, a
Palestina estava subjugada ao poder Romano. Mas possuía uma estrutura social, dominada pelo
procurador romano Pôncio Pilatos, tendo o rei Herodes Antipas, com o sumo sacerdote do Templo de
Jerusalém, Caifás, poderoso em sua influência no governo, que se apoiava no Sinédrio, conselho de
71 membros formado por altos sacerdotes, anciãos de famílias ilustres e doutores da Lei; o estrato
social mais importante era o da elite sacerdotal e dos grandes proprietários de terras - os saduceus;
em seguida, vinham os fariseus, elementos do baixo clero, artesãos e pequenos comerciantes. Jesus
era esperado como um líder da revolução que iria expulsar os romanos pela força das armas,
movimento que era feito pelos zelotas, grupo de fariseus que organizava ataques de guerrilhas aos
romanos. Em lugar da luta armada, Jesus deu início à mais perfeita organização que a Terra já teve.
Naves gigantescas abriram, na densa matéria que envolvia o planeta, caminhos para o Céu, e foram
estabelecidas as Casas Transitórias, plataformas espaciais onde passaram a ser recolhidos e
tratados os espíritos que começavam a se libertar do jugo físico e da prisão etérica. No plano físico,
missionários encarnados se organizaram em sistemas mediúnicos que propiciavam condições de
manifestação, doutrinação e libertação dos espíritos sofredores, dando início à Escola de Jesus, cuja
ação vem sendo ampliada até nossos dias, enfrentando perseguições, deturpações e
incompreensões, mas caminhando firme para que o espírito retome sua posição na Terra, em luta
contínua e sem trégua. Na verdade, Jesus poderia simplesmente ter se materializado, já como adulto,
e fazer a pregação da Palavra de Deus. Todavia, por saber que isso iria determinar total falta de
entendimento pela Humanidade, Ele seguiu o caminho dos simples mortais, materializando-se como
um feto no útero de Maria, outro Espírito Iluminado que veio com a missão de gerar o Filho de Deus,
o que levou à figura da gestante virgem, uma gravidez sem a participação física da inseminação.
Jesus é o exemplo do Amor e da Virtude, do Missionário liberto dos inconvenientes e das paixões do
Homem encarnado. Toda a Sua trajetória na Terra foi marcada pelos exemplos simples, mas
surpreendentes, da alteração de padrões vibratórios, transformando água em vinho, multiplicando
pães e peixes, curando enfermos, agindo sempre em nome do Amor. Até mesmo Sua paixão e morte,
no plano físico, agiram como catalisadores das emoções e sentimentos da Humanidade, reforçando
as bases de sua Doutrina no coração dos Homens. Na Doutrina do Amanhecer aceitamos e
respeitamos toda a História de Jesus relatada pelos Evangelistas e na qual se baseia a Igreja
Católica (veja: Partida Evangélica), mas para nós Jesus é o Caminheiro, aquele que está sempre
presente, junto a nós, indicando-nos a Nova Estrada, nos ajudando e nos protegendo em nosso
aprendizado na Escola do Caminho, permitindo nosso trabalho para auxiliar nossos irmãos
desencarnados que estão sendo assistidos nas Casas Transitórias que estabeleceu. Quando esteve
entre os Essênios, pelos quais recebeu sua primeira Iniciação, e nos Himalaias, onde permaneceu no
período de 12 aos 30 anos, Jesus já era reconhecido como o Filho de Deus, enviado para sofrer e dar
o exemplo de tolerância, humildade e amor a todos os que conviveram com Ele e àqueles que viriam
depois, através dos séculos. Jesus de Nazareth nos fez entender melhor os desígnios de Deus
através da narrativas dos quatro Evangelistas, aceitas como confiáveis, e pelos fenômenos que até
hoje vivenciamos, oriundos dos ensinamentos trazidos pelos Planos Espirituais, pelos Espíritos
Iluminados que nos proporcionam a evolução pelo conhecimento do Universo. Jesus nos afirma, em
João (XIV, 6): “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim!” O
CAMINHO, a Nova Estrada, pelo que nos ensinou e exemplificou, nos mostrando uma lei moral que
nos guia no progresso espiritual; a VERDADE revelada pelos conhecimentos das leis de Deus; e a
VIDA, porque com Jesus, vivendo dentro da conduta doutrinária (*), exercendo nossa capacidade de
manipular as forças que nos chegam dos Planos Superiores, estaremos livres da morte espiritual, à
qual são conduzidos os que se deixam cair no atraso evolutivo, na ignorância e nas imperfeições dos
que se apegam aos bens materiais. Assim, na Doutrina do Amanhecer, colocamos em prática o
sistema da Escola Iniciática - a Escola do Caminho - estabelecida por Jesus para evoluir a
Humanidade. Não temos como definir Deus, nem podemos dizer que ele gosta ou aprova isso ou
aquilo. Por isso, toda a Doutrina do Amanhecer foi construída sobre os ensinamentos de Jesus. Em
João (III, 16 a 21) nos foi dito: “Porquanto Deus amou tanto o mundo, que lhe deu seu Filho
Unigênito, para que todo o que crê nele não pereça, mas tenha a vida eterna. Nem Deus enviou seu
Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê, não
será condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do Filho Unigênito
de Deus. E esta é a causa da sua condenação: a Luz veio ao mundo e os homens amaram mais as
trevas do que a Luz, porque eram más as suas obras. Mas aquele que pratica a verdade chega-se à
Luz para que as suas obras sejam conhecidas, porque são feitas em Deus.” Em Mateus (XXVIII, 16 a
20) nos é relatado o encontro de Jesus ressuscitado com seus discípulos: “Os onze discípulos
partiram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes tinha designado. E quando o viram, o
adoraram; mas alguns duvidaram. E chegando-se Jesus, falou-lhes: É-me dado todo o poder no Céu
e na Terra! Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho
e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que Eu
estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!” Pela grandeza da obra de Jesus,
não caberiam aqui senão essas pequenas observações, sendo a verdadeira fonte os Evangelhos. Um
grupo de pesquisadores busca precisar as datas do nascimento e morte de Jesus. Há astrólogos que,
pelo cálculo baseado na Precessão dos Equinócios, consideram que Jesus morreu no dia 7 de abril
do ano 30 D.C., sexta-feira anterior à Páscoa Judaica, entre 14 e 16 horas (Hora Nona). Por técnicas
astrológicas, calcularam uma conjunção de astros e localizaram o ponto sobre o qual se deu essa
conjunção: Belém, em Israel, às 6 horas do dia 1º de março do ano 6 A.C. Outros pesquisadores,
com base nas descobertas de antigas anotações oficiais das autoridades judaicas, estabeleceram,
em função do ano da fundação de Roma (753 AC) e da morte de Herodes Antipas, que Jesus nasceu
em 25 de fevereiro do ano 747 da fundação de Roma, foi condenado no dia 25 de março do ano de
785, tendo morrido na cruz sete dias depois, em 1º de abril. A data mundial, 25 de dezembro, foi
estabelecida pela Igreja Católica Romana, como um dogma, pelo diácono Dionísio, considerando
Jesus o Sol que nascia na constelação de Virgem. Transcrevo, a seguir, pequenos trabalhos, dos
milhares inspirados em Jesus de Nazareth, cujos autores desconheço, mas que exemplificam a idéia
que temos do Caminheiro:
 Tu és uma pessoa muito importante, principalmente para mim! Tu trabalhas, corres daqui para
acolá, te banqueteias, cantas e te dás a muitos prazeres, mas nunca me chamas. Ficas triste e
depois te alegras, mas não me agradeces. Segues a trilha da Vida, subindo e descendo escadas,
mas não te preocupas comigo. Tens ganho muitas coisas na Vida e tens fechado as mãos para
mim. Tu sentes amor, ódio, sentes tudo, menos a minha presença. Tu te achas uma pessoa
perfeita, mas não te desgastas por mim. Teus sentidos funcionam em perfeita harmonia, mas não
são canalizados para mim. Estudas tanto e não me entendes; ganhas e não me ajuda; alegra-te,
mas não em mim. Aliás, eu não tenho tido participação em tua vida! Tu te dizes uma pessoa tão
inteligente e quase nada sabes a meu respeito. Reclamas dos momentos difíceis, das
atribulações, mas não reconheces os tempos bonançosos que te tenho dado. Se enfrentas um
problema, reclamas de mim; mas se vives despreocupadamente, não reconheces que isso
procede de mim. Se estás triste, me culpa por isso; mas, se estás alegre, não me deixas participar
de tua felicidade. Tu falas de tanta gente importante que nunca fez nada por ti, mas não falas de
mim, que fiz tudo por ti! Gastas energia em tantas coisas, mas gastá-las para mim seria um
desperdício... Por quê? Sabes pormenores da vida de homens que sempre usaram a força bruta
para concretizar seus intentos, mas desconheces aquele que sempre usou a força do amor para
conquistar os corações. Tu te sujeitas aos homens cruéis, mas não queres fazer o que te peço
com toda a humildade! Queres ser uma pessoa próspera na vida, apagas a luz dos mais fracos
para que a tua brilhe mais. Entretanto, se fracassas, descarregas tua ira contra mim! Os prazeres
da vida te fascinam sobremaneira, e por isso não tens tempo nem para morrer e nem para
pensares em mim... Sempre me procuras por último. Se resolves me dar alguma coisa, acabas me
dando o resto de tudo. Por quê? Tu corres atrás de uma coroa de glória e te esqueces de que, por
tua causa, carreguei uma de espinhos! Buscas entender tantas filosofias mas muito pouco
conheces da mensagem que preguei e que realmente é o que liberta o Homem. Tu te apegas
tanto a este mundo e te esqueces de que tudo isso passará. Apenas aquilo que o Homem faz para
mim perdura para sempre! Levas uma vida de derrotas por desconheceres a vida abundante que
emana de mim. Tu julgas muita gente e vês defeito em tudo. Eu conheço a tua maneira de agir, sei
o que fazes e pensas. Sim, eu vejo tudo! Tu obedeces ao teu chefe, que lhe causa tantos
dissabores, e não ouves a minha voz quando te falo do meu amor. Quando precisas, quando te
encontras perdido em um labirinto, sabes dirigir-te a mim, chamando-me de Senhor, mas não me
obedeces e nem pretendes fazê-lo. Muitas vezes já ouvi afirmares que não existo. Mas, no íntimo,
tens medo de mim. Sei que, em alguns momentos, gostarias de te agarrar em mim, mas teu
orgulho não deixa! Tranqüilo, fico sereno, com minha mão estendida. Tu lutas por teus ideais,
sendo até capaz de morrer por muita coisa, mas se gastares apenas uma gota de suor por minha
causa ou a meu serviço, achas que estás fazendo demais e alardeia teu feito. Participas de
reuniões onde meu nome é injuriado e não me defendes. Ouves piadas indecentes com o meu
nome e também dás gargalhadas. Nunca te fiz mal algum, mas tens vergonha de pregar o meu
nome. Quando estás sedento, buscas tantas fontes que já estão secas... por que não vens a mim,
beber da Água da Vida? Na verdade, tens corrido atrás do vento... Eu te convido a correr para os
meus braços! Eu fiz o Universo e fiz o Homem! Sou tão grande que preencho o mundo, mas posso
habitar em teu coração. Tu és um corpo no Universo - eu sou o Universo em teu corpo! Eu sou o
caminho, a verdade e a vida - Eu sou Jesus! Estou te aguardando... És muito importante para
mim!...
 Quando nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos
olhos, busca-me: Eu sou aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas! Quando
te julgares incompreendido dos que te circundam e vires que em torno há indiferença, acerca-te de
mim: Eu sou a Luz, sob cujos raios se aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus
sentimentos! Quando se extinguir o teu ânimo para arrastares as vicissitudes da vida e te achares
na iminência de desfalecer, chama-me: Eu sou a Força capaz de remover as pedras do teu
caminho e sobrepor-te às adversidades do mundo! Quando inclementes te açoitarem os vendavais
da sorte e já não souberes onde reclinar a cabeça, corre para junto de mim: Eu sou o Refúgio em
cujo seio encontrarás guarida para teu corpo e tranquilidade para teu espírito! Quando te faltar a
calma, nos momentos de maior aflição, e te considerares incapaz de conservar a serenidade de
espírito, invoca-me: Eu sou a Paciência que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar nas
situações mais difíceis! Quando te debateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada
pelos abrolhos da vida, grita por mim: Eu sou o Bálsamo que cicatriza as chagas e te minora os
padecimentos! Quando o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que ninguém
pode te inspirar confiança, vem a mim: Eu sou a Sinceridade que sabe corresponder à franqueza
de tuas atitudes e excelsitudes de teus ideais! Quando a tristeza e a melancolia povoarem o teu
coração e tudo te causar aborrecimento, chama por mim: Eu sou a Alegria que insufla um novo
alento e te faz conhecer os encantos do teu mundo interior! Quando um a um fenecerem teus
ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela para mim: Eu sou a Esperança que te
robustece a fé e te acalenta os sonhos! Quando a impiedade se recusar a te revelar as faltas e
experimentares a dureza do coração humano, procura-me: Eu sou o Perdão que te levanta o
ânimo e promove a reabilitação do teu espírito! Quando duvidares de tudo, até de tuas próprias
convicções, e o ceticismo avassalar tua alma, recorre a mim: Eu sou a Fé que te inunda de luz e
entendimento e te habilita para a conquista da felicidade! Quando já não provares a sublimidade
de uma afeição terna e sincera e estiveres desiludido dos sentimentos de teu semelhante,
aproxima-te de mim: Eu sou a Renúncia que te ensina a olvidar a ingratidão dos Homens e a
esquecer a incompreensão do mundo! Quando, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao
riacho que murmura, ao pássaro que canta, à flor que desabrocha, à estrela que cintila, ao moço
que espera e ao velho que recorda... Meu nome significa AMOR, o remédio para todos os males
que atormentam o espírito... Meu nome é Jesus Cristo!...
 “Vejamos a rica oportunidade daqueles que viveram na mesma época de Jesus de Nazareth, dos
quais pensamos: Viveram com Jesus, na mesma era, e não souberam evoluir? Porém, toda
Jerusalém se preocupava com o grande profeta Jesus. Sim, falava-se nas curas do grande Jesus
de Nazareth nos comentários em volta do leito de Maria, uma viúva, que tinha uma única filha,
Marta. Alguém chegou correndo e avisou: “Ele está aqui perto! Ele ressuscita os mortos!...” A
verdade é que Maria estava semimorta em seu leito. Marta chorava. Choravam também os demais
vizinhos, quando Marta num só pulo se levantou, dizendo: “Vou chamá-Lo. Vou pedir a Jesus que
venha até aqui! Dizem que ele gosta dos humildes. Vou falar com Ele e trazê-Lo. Ele irá curar
minha mãezinha!” E jogando um manto sobre os ombros, foi em busca do Profeta. Chegando ao
local, a multidão não a deixou se aproximar. Marta pedia a Deus que Jesus pelo menos olhasse
para ela. Porém, Ele estava atendendo a milhares de pessoas, e não a notou. Marta ficou ali triste
e chorosa, com o espírito esperançoso mas, ao mesmo tempo, triste por não ter conseguido falar
com Jesus de Nazareth. Pensava: “Se ao menos Ele me tivesse visto!... Oh, querido Profeta! Olha
esta Tua pequena serva!” Porém, nada. Jesus não volveu seu olhar para a pequena Marta. Marta
não sabia dizer por quanto tempo ficou ali parada. Já estava escurecendo e, sem esperança,
voltou para casa. De longe, viu muitas pessoas em volta de sua casa. Era quase uma multidão. E
sua mãe, que deixara sobre o leito em estado grave, estava de pé, com os braços abertos, rindo e
chorando ao mesmo tempo, enquanto dizia: “Filha, por que não veio com Ele?” Marta perguntou:
“Ele, quem?” Maria respondeu: “Jesus de Nazareth, o Profeta. Ele me curou. Você não o
chamou?” “Sim, eu O chamei!” “E por que não veio com Ele? Ele é maravilhoso, Ele é a esperança
e o amor!...” Marta saiu do êxtase e gritou: “Oh, minha mãezinha! O Profeta me viu e me ouviu...
Deus seja louvado!” Maria disse: “Filha, vamos aproveitá-Lo?” “Sim, mãe, vamos acompanhá-Lo!”
E as duas seguiram Jesus, juntamente com aquela multidão. Mais uma vez Jesus de Nazareth
ensinava a Vida, a verdadeira Vida, que é o Amor. Marta aprendeu a sua filosofia e os seus
ensinamentos: não era preciso ir até Jesus - o importante era estar em paz com ela mesma, ao
lado de seus irmãos. Foi um paraíso para elas. Marta e sua mãe auxiliavam os enfermos e os
leprosos a se levantar e os conduziam à frente de Jesus e de seus apóstolos. Com Ele Marta fez
sua Iniciação, e sempre repetia: “E eu pensava que Jesus não me amava!...” Sim, filho, Jesus
ama os que precisam Dele, os fracos e todos que confiam nele” (Tia Neiva, 18.2.82)
 “Quero Jesus, o Caminheiro; quero Jesus, o Nazareno; quero Jesus redivivo; quero Jesus de Reili
e Dubale. Eu não gosto que falem em Jesus crucificado. Quem somos nós para entrarmos nesse
mérito? Jesus crucificado, ao lado do bom ladrão e do mau ladrão. Na maioria, os Homens só dão
valor a Jesus por ter sido crucificado, e muitos já querem, também, se libertar do Jesus crucificado,
dizendo que Ele tinha corpo fluídico. Não é verdade: Jesus passou por todas as dores do Homem
físico da Terra. Não gosto que falem em Jesus crucificado porque poucos entendem, poucos
sabem de Sua dor! Sabemos que Ele olhava para o Céu e estava perto de Deus, naquele grande
cenário. Porém, olhando para baixo, sentiu-se entristecido ao ver o regozijo dos planos inferiores,
a incompreensão daqueles que o olhavam sofrer na cruz. Jesus chorou porque, subindo tão alto,
deixando seus irmãos na individualidade, viu que eles ainda não acreditavam que era Ele,
realmente, o Messias, obedecendo às leis de Deus Pai Todo Poderoso. Exato: os Homens, há
pouco, Lhe haviam permitido tudo, pensando ser Ele um rei, mas igual a um rei deste mundo
físico. Entramos com a filosofia de Mãe Yara, que nada é obrigatório. O povo daquela época não
raciocinava como se aquela atitude de Jesus fosse de humildade. Raciocinava, sim, como se fosse
uma falta de força. Continuando com a filosofia de Mãe Yara, até hoje Deus não nos quer obrigado
às doutrinas. O Homem só tem confiança no outro quando o vê com uma força maior. Longe
estavam de sentir o poder de Jesus e, então, nos diz Mãe Yara: O Homem deixa sua grande força
e vai buscar outra força, uma pessoa que, às vezes, nada promete. Assim, ele não permite que
seu sexto sentido faça uma análise do seu Sol Interior, nos três reinos de sua natureza, rejeitando,
na sua vida, a busca do que é seu. Jesus veio com todo aquele sofrimento e deixou que cada um
o analisasse por si mesmo, em sua própria filosofia. O que eu quero é que vocês se conscientizem
em Jesus, no Seu amor que era tão grande. Foi tão grande, é tão grande, e veio para nos mostrar
que a felicidade não é somente neste mundo. Meu filho Jaguar! Neste mundo de provações, num
mundo onde as razões ainda se encontram, a cada dia nos afloram novos pensamentos, novas
lições. Porém, os planos espirituais ainda não conseguiram apagar as imagens de Jesus
crucificado. Aqui no plano físico, desde quando foi escrito o Santo Evangelho, seus ensinamentos
são iguais e, até hoje, ninguém se atreveu a mudá-los. O Homem ama pela força perceptível e
receptível. Ninguém acredita na ressurreição dos mortos e, sim, na ressurreição do espírito vivo,
mais alto que o Céu! O Homem só quer crer nas alturas, acima do seu olhar... Estamos no limiar
do Terceiro Milênio e temos que afiar nossas garras! É hora da religião, do desintegrar das forças,
e não podemos nos esquecer, por um só momento, da figura de Jesus, o Caminheiro, e de Seu
Santo Evangelho. E para que sejamos vivos ao lado de Jesus, temos que respeitá-Lo em todos os
sentidos e, no sentido religioso, temos que respeitar as tradições, porque a religião exige o bom
propósito moral e social. Assim, a única maneira que podemos dizer é: vivemos num mundo onde
as razões se encontram. No descortinar da minha mediunidade, minha instrutora - Mãe Yara - não
me deixou cair no plano de muitos, e me advertia a toda hora. Eu podia sofrer, mas Mãe Yara e
Pai João não me deixavam sem aquelas reprimendas. Não tinha importância que eu sofresse,
desde que minha obra seguisse seu curso normal e eu fosse verdadeira.” (Tia Neiva, 27.4.83)

JINAS
Após alguns séculos da chegada dos Equitumans (*), com a evolução da Terra e através dos
tempos, as religiões se modificaram e os contatos com os Grandes Mestres foram ficando cada vez
mais difíceis. Iniciados e sacerdotes que podiam contatar espíritos de planos superiores foram
rareando. Espíritos de grandes Orixás (*) reencarnavam em missões dificílimas, e, em sua maioria,
eram derrotados pela alma barbarizada. Todavia, essa grosseria humana foi impedindo o Homem de
manipular forças extraterrestres. Para a manipulação de forças etéricas, entrar em contato com os
planos superiores, os Mestres materializados se isolavam em regiões desérticas, onde faziam
construções funcionais para se adequarem aos trabalhos a serem realizados, chamadas jinas, que
eram protegidas pelas falanges de elementais. Estes evitavam a aproximação de seres humanos e
de espíritos do plano etérico.

JOVENS
VEJA: ADOLESCENTES

JULGAMENTO
1. JULGAMENTO - Dentro de nossa vida temos que tomar decisões que são resultantes de diversos
raciocínios simples que surgem em face das vantagens e desvantagens daquela determinada
situação, por nós avaliada, e tornam sua forma de acordo com sua adequação à nossa realidade e
às formas legais a que estamos sujeitos. Isso se constitui na forma mais simples de julgamento. A
mais complicada é a que normalmente se faz entre os Homens, quando se julgam atos e
pensamentos, sem atentarmos para toda a complicada rede vibracional que envolve cada um de nós,
de forças transcendentais e cobranças que levam o Homem a agir e a reagir de formas diferentes
diante de uma mesma situação. Os árabes, em sua sabedoria milenar, pedem a Alah que não
permita que julgue seu próximo sem andar sete dias em suas sandálias. Isso mostra como é
impossível julgar nosso próximo, porque não temos como avaliar tudo que está envolvido numa
determinada situação. Na nossa Doutrina do Amanhecer aprendemos que não nos é permitido julgar,
nem sequer criticar os atos praticados por outros, pois tudo está de conformidade com a evolução
daquele espírito. Quem poderá dizer qual a natureza das milhares de ações praticadas pelo Homem
comum em seu cotidiano? Não há como fazê-lo sem incorrer em graves erros, que podem causar um
mal maior do que a própria ação praticada. Nos Evangelhos, vamos encontrar em João (III, 16 a 21):
“Porquanto Deus amou tanto o mundo, que lhe deu seu Filho Unigênito, para que todo o que
crê nele não pereça, mas tenha a vida eterna. Nem Deus enviou seu Filho ao mundo para julgar
o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê, não será condenado; mas
o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do Filho Unigênito de Deus. E esta é
a causa da sua condenação: a Luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que
a Luz, porque eram más as suas obras. Mas aquele que pratica a verdade chega-se à Luz para
que as suas obras sejam conhecidas, porque são feitas em Deus.” E João (XII, 44 a 48) nos fala
mais de julgamento: “Jesus bradou e disse em alta voz: Quem crê em mim, não crê em mim, mas
naquele que me enviou, e quem me vê a mim, vê aquele que me enviou. Eu, que sou a Luz, vim ao
mundo para que todo aquele que crê em mim não fique nas Trevas. E se alguém ouvir as minhas
palavras e não as observar, não será julgado por mim, porque não vim para julgar o mundo, mas para
salvá-lo. Quem me despreza e não recebe as minhas palavras, já tem o seu juízo. Esta mesma
palavra que eu lhe anunciei há de julgá-lo no último dia!” Torna-se, porém, clara a idéia de que
existem fatos que independem do julgamento: atos praticados por pessoas que se enquadram no que
nos é dito por Mateus (VII, 16 a 20), sobre como Jesus ensinou a reconhecermos e nos protegermos
dos falsos profetas: “Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura o Homem colhe frutas de espinhos
ou figos de abrolhos? Assim, toda a árvore boa dá bons frutos e a árvore má dá maus frutos. Não
pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar bons frutos. Toda árvore que não dá bons
frutos será cortada e metida no fogo. Assim, pois, pelos frutos deles conhecê-los-eis.” Isso já nos
ajuda em casos que temos que reconhecer as pessoas por seus atos, isentos de julgamento mas
entendendo seu significado, isto é, se são bons ou se são maus. Mateus (XII, 33 a 35) relata a
passagem em que Jesus reforça essa idéia: “Ou dizei que a árvore é boa e seu fruto é bom, ou
dizei que é má e seu fruto é mau; porque é pelo fruto que se conhece a árvore. Raça de
víboras, como podereis falar coisas boas sendo maus? Pois a boca fala da abundância do
coração. O homem bom do bom tesouro tira coisas boas; mas o homem mau, do mau tesouro
tira más coisas”. Vemos pessoas que se comprazem em fazer o mal, em viver à margem da
conduta doutrinária, praticando atos que não precisam de qualquer julgamento para serem
considerados maléficos, afrontando a própria Doutrina com desrespeito às leis e aos ensinamentos
de Koatay 108. Esses os maus frutos que definem a árvore má, sem preconceitos e sem julgamento!
2. JULGAMENTO DE PRISIONEIROS DA ESPIRITUALIDADE MAIOR - Veja: PRISÃO.
 “Pequenas viagens!... O Sol já brilhava na Terra, atravessando filetes dourados, sem brilho, filetes
aveludados que se espalhavam em todo aquele pântano, lá em baixo, no Vale Negro. Eu, sentada
com Pai Joaquim das Almas, de Enoque, sentíamos tudo o que víamos. Ao longe, um homem de
branco caminhava de um lado para outro, sem sossego.
- Quem poderia ser? - perguntei.
- Aquele homem é Eugênio, um velho coronel dos bons tempos - respondeu Pai Joaquim das
Almas.
O homem veio ao nosso encontro e eu disse “Salve Deus!”. O homem foi contando a sua vida:
- Eu me chamo Frazão.
- Frazão? Oi, Pai Joaquim, o senhor disse que era Eugênio!
- Eugênio Frazão. É porque minha vidência não está boa, fia! - Rimos muito, descontraídos.
O coronel me perguntou: É viva?
- Somos todos vivos! - Pai Joaquim falou - Neiva tem grande mediunidade e está aqui, sonhando
conosco, e veio se juntar a mim.
- Sou um pobre homem louco, sou recém chegado, estou aqui há nove anos... Vivia naquele
pântano, sem destino, pedindo a Deus para sucumbir naquele lamaçal. Fui bem casado, tive dois
filhos: um homem e uma mulher. Harmonizei uma vila com amor, que se tornou uma bela
cidadezinha. Mas sabia que Deus havia me proporcionado tudo para que eu ajudasse àquela
gente, naquele tempo difícil. Tudo começou assim: fui, em missão do governo, formar ali uma
cidade, abrindo estradas e civilizando aquela gente. Realmente, fiz tudo o que me foi possível. Fui
um homem desejado e querido por todos. Renunciei ao grande amor de minha vida, sustentando,
assim, minha moral. Eu era um homem que vivia no coração de toda aquela gente. Cheguei
mesmo a fazer uma pequena cidadezinha. Todos me respeitavam, com amor, pela dedicação que
tinha com eles. Tudo era feliz até que dei ouvidos a um secretário, espécie de ordenança, um
homem ligado ao padre daquela paróquia. Fui avisado de que chegara um curandeiro à vila. Eu,
que sempre fora ponderado, perdi a cabeça quando soube e mandei que parasse com suas
0atividades. Mas então viajei para a capital, a fim de fazer uma prestação de contas, e por lá fiquei
mais de sessenta dias. Lembro muito bem dessa viajem! Sem ter muita consciência, senti que o
destino, o meu pobre destino, havia me reencontrado. Estava indo àqueles órgãos públicos e, ao
sair de uma sala, naqueles corredores, esbarrei numa moça e derrubei sua pasta. Abaixei-me
ligeiro, apanhei a pasta e, quando nos olhamos, nos reconhecemos: era Geruza, uma antiga
namorada. Não havíamos casado porque Geruza foi com sua família - aliás, família importante -
para a França, pois seu pai não confiava em mim. E nunca mais havíamos nos comunicado. Fiquei
sabendo que Geruza não se casara. Na força de duas pessoas que se amam, quando nos demos
conta estávamos abraçados. Sentimos, também, nossas responsabilidades, agora tão importantes
em nossas idades. Mais uma vez foi cruel nossa separação. Parti de volta à minha cidadezinha
sem qualquer esperança de rever aquela criatura. E naquele trenzinho enfumaçado, cheio de
faiscas de fogo, eu ia me recordando, sem notar as dificuldades daquele trem primitivo.
Baldeações em charretes para chegar a outra estação e, por último, um trem elétrico. Nada disso,
porém, me cansava. Fazia tudo como se fosse um autômato. E pensava: Meu Deus! Por que havia
de cair aquela pasta no chão? O que fora eu fazer naquela repartição? Os pensamentos iam cada
vez mais tomando conta de mim. Lembrava-me, agora, de nossos bons dias, dos passeios, das
cachoeiras... Aquela criaturinha meiga que queria obedecer a seus pais e não tivera forças para
cortar as relações com eles, tendo partido juntos e me deixando apenas uma triste carta de adeus.
De repente, pensei: Por que estou me martirizando? Não quis, não quis. Quando dei por mim,
estava em prantos e meu rosto estava molhado de lágrimas. Neste estado de espírito cheguei. O
trem parou e eu desci, deixando tudo para trás. Oh, Tia Neiva, que destino cruel! Sentia, porém,
que em nenhum instante deixara de amar e de ser dedicado à minha velha esposa. Comecei a
pensar nas inúmeras pessoas e famílias que, agora, eram felizes por aquele desenvolvimento que
eu trouxera. Aquela região tinha muito gado e muitas fazendas com culturas de muito futuro. Tudo
era farto pela minha direção. Agora, pensando, concluí que todo aquele dinamismo fora trazido
pelas minhas recordações, buscando preencher o que faltava dentro de mim. Agora, Tia Neiva,
tenho certeza de que aquele grande amor de minha vida havia se espalhado por toda aquela
gente...
- Sim, coronel! - disse eu - Tenho certeza disso. O amor é a grandeza absoluta do Homem na
Terra. O amor tira, realmente, muita terra do coração do Homem. Digo isso por mim. O
grande amor que sinto por meus filhos é um amor tão grande que ultrapassou as barreiras
do som e me fez amar todo este Universo. Só o amor edifica. Somente o amor absoluto,
mesmo o amor das almas gêmeas quando se encontram na Terra, faz uma transformação
tão grande que faz nascer no Homem o amor incondicional, que ilumina os três reinos de
nossa natureza, de nosso Sol Interior, que exige nosso bom comportamento e que nos faz
sentir, em cada ser, um novo resplandecer dentro de nós.
- Ai! - disse Pai Joaquim - Aprendeste muita coisa na Terra, Neiva, muita coisa mesmo. Está
falando muito bonito! Aliás, o que é mais bonito na Terra é ouvir o Homem em seu sacerdócio.
Sim, o Homem de poucas letras explanar no seu sacerdócio...
- O senhor quer dizer que esse Homem de poucas letras é semi-analfabeto? Pois fique sabendo,
Pai Joaquim, que tenho ricos professores de toga, que vão daqui, desse resplendor, para me
ensinar lá em baixo. Eu sou mesmo uma protegida, não sou?
- Você não pode mentir, fia, seus olhos estão empenhados a Jesus! O que a faz falar bonito é o
que acabou de dizer: O grande amor incondicional. Aqui é fácil falar, porém, na Terra, é muito
difícil. O Homem tem sérios defeitos milenares e se torna difícil ser amado.
- Não quero saber! - tornei a dizer - Eu levo o meu quinhão e levo também o dele. Quando vejo,
ele já está sem defeitos. Mas, vamos ouvir o que diz o nosso coronel.
- Quando cheguei na estação, fiquei surpreso: Não estavam ali nem minha nora, nem meu filho,
nem minha esposa. Ninguém, nem mesmo os amigos ligados àquela obra, exceto o meu
ordenança, homem a quem me dedicara muito e acreditava em sua palavra. Diz-se que ninguém
engana ninguém, mas eu fui enganado por aquele sagaz ordenança. Logo que cheguei, em meio
às saudações, já veio ele me dando más notícias, de coisas amargas: “ Coronel, aquele tal
curandeiro não lhe respeita. Continua com suas feitiçarias. O senhor o proibiu de fazer as seções e
ele, agora, vai de casa em casa e pelas ruas. Todos estão se tornando fanáticos.” Sentindo meu
coração acelerado no peito, e levado pelo cansaço e por aquele relatório inoportuno, por aquela
denúncia, gritei com os punhos fechados: “Prenda-o e o leve à praça. Quero que seja surrado em
público!” E o mensageiro do mal continuou, dizendo que meus filhos não haviam ido porque meu
netinho estava mal. Fiquei alucinado, porque este netinho era toda a minha vida e por quem
estava morrendo de saudade; e, por fim, repetiu que o curandeiro desafiava as minhas ordens,
fazendo curas de porta em porta. E o maldito ordenança, antes que eu chegasse em casa, foi
correndo à casa do curandeiro. Oh, meu Deus! Eu não sabia que aqueles homens eram meus
algozes e que Deus me havia colocado ali como missionário para evoluir aquele povo e suavizar o
meu terrível encontro... encontro esse em que o obsessor era o meu próprio pai! E pela minha
compreensão e ternura com que lidava com aquela gente, eu encaminhava aquele povo. Deus me
mandara aquele pobre homem para me ajudar! E eu entendi? Não! Preferi ouvir o ordenança, com
sua mente deturpada, e pus em jogo toda aquela gente que tanto me amava. Oh, meu Deus, como
me livrar do terrível acusador? Sim.. Hoje eu digo, Tia Neiva, que o missionário nem por um
instante pode ouvir uma voz que não seja a do seu próprio coração.
- Sim, - disse eu - jamais cairei nesta infração. Não aceito que se comente nada para mim. Só
ouço a voz do meu coração e da minha clarividência.
Rimos com amargura, e ele continuou:
- Chegando à minha casa já podia ouvir os gritos tristes do povo. Minha nora, meu filho e todos de
casa vieram ao meu encontro, mas desta vez foi diferente: me imploravam que eu deixasse
chamar o curandeiro para cuidar do meu netinho, que estava à morte. O curandeiro já havia
curado duas vítimas daquela triste febre. Sim, como pude ser tão vil? Como pude, depois de tanta
experiência, fazer o que fiz? Após tanta realização, na realidade eu estava desajustado! Olhei o
meu netinho que ardia em febre. Lá fora, a algazarra continuava. Avistei aquele povo, mas
ninguém vinha me avisar nada. Após me jogar no fogo, o infeliz do meu ordenança desaparecera.
Vendo tudo se acabar, comecei a pensar: Por que, meu Deus, eu merecia toda aquela dor? Ver
morrer o meu querido netinho!... Apenas por uma palavra, apenas por um gesto eu via tudo se
acabando e terminei por perder o que eu mais queria! Mais uma vez me sentia como morto. Desta
vez, porém, não me levantaria mais. Se pelo menos alguém viesse me dizer que não era nada
aquela algazarra, que estavam festejando um forasteiro... alguma coisa, uma coisa qualquer que
não fosse o curandeiro! Mas ninguém falava coisa alguma. Só ouvia os soluços de minha nora, de
meu filho e de minha velha esposa. Garanto, Tia Neiva, que não pensei em nada mais senão em
salvar o meu netinho. Ainda voltei ao quarto e ele dormia, gemendo na ânsia da febre. Ouvi, então,
quando decididamente minha nora gritou: “Vou buscar o curandeiro!”. E eu, que pensava ser muito
corajoso, não passava de um grande covarde. Um impulso bem mais forte do que eu arrancou-me
dali, tirando-me a noção de tudo. E saí correndo. Corri muito, até que me senti leve e me vi me
transportando, chegando aos lugares onde meu pensamento me levava. Até que cheguei aqui e
soube que morrera na mata. Tudo teria dado certo se eu não tivesse ouvido as mentiras do meu
ordenança! É muito triste e infeliz quem ouve os fuxiqueiros, os malvados julgadores. O curandeiro
era o meu pai, que viera testar a minha humildade. E eu, que me dizia humilde porque todos vivam
a meus pés, à primeira prova caí como um louco. Oh, meu Deus! Não me encontrei com o
curandeiro para lhe pedir que me perdoasse, pelo capricho de meu destino, de minha prova. Ele
foi ter com Deus e eu estou aqui, Tia!
- Não! - disse Pai Joaquim das Almas - A algazarra que você ouviu era por causa de uma velha
fazendo graças para o povo. O teu ordenança não chegou até a casa do curandeiro, e tudo ficou
bem. Você é um homem muito honesto e pensou assim. Tem que sofrer para não mais julgar ou
corrigir sem amar!
O coronel começou a rir, dizendo:
- Agora sim!... Agora tenho cabeça para trabalhar!...
- Salve Deus! - dissemos juntos.
Pai Joaquim, olhando para mim, disse:
- Vai, fia. Olha os filetes de Sol. Salve Deus!
E logo eu já estava em casa.” (Tia Neiva, s/d)
 “Veja: na maioria reclamamos, sentindo-nos injustiçados, sem lembrarmos de fazer um exame de
consciência para ver se não estamos fazendo alguma injustiça. Saiba que o maior desajuste é o
julgamento. A preocupação de estar sendo vibrado acaba por vibrar no outro, que nada tendo
contra, se isenta, voltando tudo contra ti mesmo. Quantas vezes eu consulto pessoas que me
afirmam estarem sendo vibradas. No entanto, elas mesmas captam “más influências” porque, sem
qualquer análise, vão se jogando contra os que se dizem ser seus inimigos.” (Tia Neiva, Carta
Aberta n. 5, 21.10.81)

JUNÇÃO
A Junção, cujo trabalho está no Livro de Leis, é uma Cura Iniciática feita com o fluido dos
Doutrinadores, utilizando-se o magnético de sete forças ectoplasmáticas diferentes, que formam o
aton para todas as necessidades, sem esquecer que a sua finalidade é a libertação de elítrios (*). O
passe, na Junção, é puramente magnético, extraído do aton na individualidade do mestre iniciado,
propiciando libertações na vida espiritual e material do paciente por sua ação direta nos elítrios. Para
ser efetivamente uma Junção, o paciente precisa receber sete passes. A função do Apará na Junção
é simples, pois incorpora seu Guia Médico e apenas controla seu ectoplasma, para que não se
misture. Deve ser dada muita atenção para que só passem pela Junção os pacientes que foram
expressamente indicados pelas entidades, nos Tronos. Há coordenadores que, inadvertidamente,
encaminham para a Junção todos os pacientes que passam pela Cura, o que se torna arriscado, pois
muitos pacientes já antigos, conhecendo a rotina dos trabalhos, deixam de passar nos Tronos e vão
diretamente para a Cura. Embora, na Cura, isso prejudique a plenitude do que poderiam receber caso
houvessem passado nos Tronos, é muito arriscado deixá-lo passar na Junção sem a indicação de um
Preto Velho.
KATSHIMOSHY
VEJA: CIGANOS

KUNDALINI
Kundalini é uma palavra que, em sânscrito, significa “enrolado como uma cobra”, sendo
representada por uma serpente adormecida, enrolada na base da coluna vertebral, denominação das
energias liberadas pelo chakra(*) básico e que, na realidade, representa um imenso poder latente ou
reservatório de energia prânica (veja PRANA). A transformação da energia sexual em energia
espiritual, dentro do corpo, é denominada ascensão da Kundalini. Na Linha Oriental, a Kundalini é o
centro do poder psicossomático. É a bioenergia fundamental da vida, acumulada primariamente nos
órgãos sexuais, mas presente em todo o corpo. Sua radiação psíquica não se limita à continuidade
da espécie, através do impulso sexual (libido), pois age no sentido de permitir um estado superior de
consciência, levando mesmo ao êxtase (*). Há uma conexão sutil e direta entre o cérebro e os órgãos
de reprodução. A Kundalini totalmente liberada, sobe pela medula, ativando os chakras (*), chegando
ao cérebro, onde termina na raiz do chakra coronário, impregnando-o de prana, o que determina um
aumento substancial das atividades deste chakra, e, consequentemente, a maior sensibilidade do
indivíduo em relação aos planos superiores. Todavia, não é comum haver essa liberação total. O
normal é haver liberação parcial, em quantidades muito reduzidas, que, mesmo assim, leva os
indivíduos a um considerável nível de satisfação com harmoniosa atividade sexual. Com a ascensão
da Kundalini, todo o sistema nervoso vai se transformando microbiologicamente, e se este processo
chega ao cérebro, determina uma série de mudanças perceptíveis no organismo, quanto a um novo
estado de consciência e ampliação da criatividade. Mas existe um perigo: com sua bipolaridade, pode
ser ativada a parte positiva - ou a negativa. No primeiro caso, o resultado é uma superativação
intelectual, dirigida para causas nobres, artes e genialidade do Bem. Se liberada negativamente, vai
determinar a superativação que originará a genialidade do Mal! Por isso a Kundalini é considerada a
base biológica da religião e do gênio. Para que seja saudável e positivo qualquer nível de liberação
da Kundalini, a atividade sexual do indivíduo deve ser equilibrada e baseada numa sólida estrutura
moral e sentimental. Sua importância nas filosofias e religiões se acha presente através dos tempos,
nos textos e figuras orientais e com representações da serpente em templos - como o da Serpente
Emplumada, em Teothiuacan, no México - e em pirâmides - como em Chitzen-Itza, no Yucatan,
México
LANÇA
A lança é potente captora de energia. Ao ser usada pela missionária, torna-se condutora por
onde as forças fluem continuamente, sendo distribuídas para enriquecimento do trabalho. Por sua
grande capacidade de atrair forças poderosas, não deve ser usada pela ninfa prisioneira, que pode
não suportar a intensidade dessas forças e se desequilibrar. Existem conceitos de que a ninfa Sol
deve portar a lança na mão direita, e a Lua na mão esquerda. Isso não tem qualquer fundamento.
Pode ser conduzida indistintamente, à direita ou à esquerda. Caso necessário, para ajudar por um
momento sua companheira, a ninfa pode pegar outra lança, e manter as duas com uma só mão. Não
deve pegar uma lança em cada mão, porque estaria anulando as forças. Também, não deve pegar
uma lança com as duas mãos. Visando adequar a participação das ninfas missionárias, os Trinos
Presidentes Triada, em reunião realizada com os Mestres Devas (Alufã, Adejã e Umaray), no dia
3.10.98, decidiram que a partir desta data deveriam ser observados os seguintes procedimentos com
relação ao uso da lança (Orientações às Falanges Missionárias – N.º 1): (...) 9. A missionária fica
obrigada a conduzir LANÇA nos seguintes rituais ou trabalhos: imantração no 1º de Maio; corte da
Consagração dos Adjuntos; Consagração de Falanges Missionárias; imantração fora do Templo
(ruas); trabalho de Leito Magnético; corte da Unificação, Quadrante e Estrela Aspirante. Na
imantração no interior do Templo não haverá necessidade da lança.

LEGIÃO
O termo “legião” surgiu no Império Romano, onde uma legião compreendia 6.800 guerreiros
infantes e cavaleiros. Com o tempo, legião passou a denominar uma grande quantidade de pessoas,
sem número determinado. Na Doutrina do Amanhecer, usamos “legiões de espíritos” para designar
um incontável número de espíritos encarnados e desencarnados.

LEGIÃO DO MESTRE LÁZARO


Mestre Lázaro é Araken (*), Terceiro Sétimo de Xangô, isto é, um comando, portador das
Forças da Terra, tanto na Linha Africana como na Linha do Amanhecer, apresentando-se na figura
missionária de força desobsessiva. Mestre Lázaro recebe, diretamente de Pai Seta Branca, as
missões de atendimento aos trabalhos elaborados pelos Jaguares. São muitas as suas
responsabilidades, mas a principal é com a captura de espíritos que estão em poder dos nossos
irmãos das Trevas. Sua Legião é formada por um conjunto de Cavaleiros do Espaço que, com suas
redes magnéticas e com suas vibrações de Luz e Amor, vão às cavernas, na Trevas, em busca de
espíritos ali aprisionados e que clamam pela Misericórdia Divina. No seu atendimento aos trabalhos e
rituais do Amanhecer, penetram em locais de difícil acesso, por causa das fortes correntes negativas
e do pesado padrão vibratório, que se tornam inacessíveis a outros Espíritos de Luz. Em suas
investidas, formam como as legiões romanas se apresentavam nos combates, em legiões de
cavaleiros, revestindo-se com uma força tão grande que são temidos até pelos grandes condutores
de espíritos sem Luz.
 “A cada dia está mais complicada a situação. Porém, tudo começa a tomar novos rumos. Estou me
acalmando um pouco mais porque, nesta madrugada, fui conduzida a um pavilhão enorme, com
alas de guardas como se não tivessem fim. E qual não foi minha surpresa? Um rico casal sentado
em um trono... e foram me dizendo o que bem lhes interessava: “Neiva! - disse-me ele - Sei que
estás vivendo as horas difíceis de um líder na Terra. Porém, tenha paciência. Muito em breve a
Terra tomará novos rumos. Tudo o que estás atravessando é o final para uma transformação. Não
percas as esperanças, porque milhares de pessoas estão aguardando os recursos de que você já
dispõe. Não percas o bom humor! Por qualquer irritação, no seu subconsciente, há uma pequena
regressão no campo de sua evolução e de sua força. Não percas a tolerância. Além da planície,
surge a montanha e, depois da montanha, surge o horizonte infinito... Não percas tempo, e vá
servir, porque vieste para servir! Neiva, hoje ou amanhã prestarás conta de tudo... Pense na
paciência inesgotável de Jesus!...” - Onde estou? - por fim perguntei. “Estás na Legião do Grande
Mestre Lázaro. Deus te abençoe, Neiva. Estamos aqui por sua missão!” Despertei, sentindo-me
como um leão, e, em Cristo, o amor dos justos. Que Jesus me ilumine.” (Tia Neiva - Pequeno
Diário, 10.10.78)

LEI
Lei é uma palavra que deriva do latim lex, originário do indo-europeu lagh significando
“estabelecer”, e que denominava ordens e regras imperativas que regiam os grupos sociais. Temos
uma visão de Lei Divina, que é aplicada em cada plano existencial. Na Terra, esta Lei age nos três
reinos da Natureza, de acordo com cada segmento vibracional da Energia Divina, nas várias
gradações do plano físico, e se propaga pelos planos etérico e astral, alcançando outros planos dos
quais não temos qualquer conhecimento. Na Doutrina do Amanhecer, uma LEI é uma norma ou
conjunto de normas elaboradas pela Espiritualidade Maior e trazida até nós através da nossa Mãe
Clarividente Tia Neiva, regendo trabalhos e rituais bem como o comportamento dos mestres e ninfas.
Koatay 108 sempre afirmou que não pretendia corrigir, mas, sim, ensinar. E o maior ensinamento veio
através das Leis, garantindo a precisão das manipulações de energias e movimentação dos Jaguares
e pacientes nos trabalhos e rituais do Amanhecer. Reunidas em um livro intitulado “Leis e Chaves
Ritualísticas”, qualquer dessas leis só poderá ser alterada, depois da partida de Koatay 108, pelos
Trinos Presidentes Triada, por orientação da Espiritualidade. A obrigação de qualquer mestre ou ninfa
da nossa Corrente é CUMPRIR E FAZER CUMPRIR AS LEIS! Apesar disso, muito se fala em
trabalhos e rituais conduzidos indevidamente, mas não nos cabe chamar a atenção ou fazer
qualquer reparo na atuação de um mestre, principalmente se ele estiver no comando. Ele terá
que responder diretamente ao Adjunto a que pertence, e que o escalou, e, mais acima, aos
Mentores responsáveis pelo trabalho. Através das Leis e da conscientização, o mestre
encontrará seu caminho, e, caso erre, somente sua consciência ou os seus Mentores poderão
julgar seu erro. Não existe meio termo. A Lei é cumprida ou não. Deve ficar bem claro que as
Leis do Amanhecer estabelecem a conduta doutrinária do Jaguar no que diz respeito aos rituais e
trabalhos. Cada um tem sua consciência e seu livre arbítrio, podendo agir como quiser em sua vida
fora do Templo, onde é regido pelas leis da sociedade em que vive, embora tendo em mente que o
Jaguar tem sua missão onde estiver, e que sua capacidade de manipulação está diretamente ligada à
sua conduta e dependente de seu padrão vibratório. No livro “2000 - A Conjunção de Dois Planos”, o
Mestre Tumuchy nos disse: “A vida é contínua e a Lei que rege o seu todo é uma Lei única que
costumamos chamar Deus. Porém, para cada manifestação, para cada plano existencial, a Lei se
manifesta de acordo com ele. Passamos, então, a falar em termos de “leis”. Existem, portanto, as leis
que regem as várias gradações do plano físico, as que regem o plano etérico, as que regem o plano
astral e as que regem planos desconhecidos, fora do nosso alcance.”
 “As Leis já escritas não têm senões, e devem ser rigorosamente respeitadas. Não há
autoridade no Templo para fazer qualquer trabalho fora destas Leis. Basta que eu,
conhecendo o perigo das correntes magnéticas, não o faço. RESPEITO!” (Tia Neiva, s/d)
 “Realmente, eu vim para ensinar e não para corrigir o que já está feito. Mudar a filosofia de
um Homem é o mesmo que pretender mudar a Natureza!...” (Tia Neiva - Carta Aberta n. 5, de
21.10.77)

LEI DO AUXÍLIO
VEJA: CARIDADE

LEI DE CAUSA E EFEITO


VEJA: CARMA

LEI DHARMAN OXINTO


“Na continuação do que venho advertindo, quero explicar a vocês. Vamos falar na INICIAÇÃO
DHARMAN OXINTO. A Iniciação Dharman Oxinto está dentro da lei de uma conduta doutrinária.
É difícil falar sobre a Iniciação Dharman Oxinto! Difícil por ser tão sublime... Uma Iniciação mal
conduzida, não sabemos a quem fará tão mal: a quem a recebeu, a mim, Koatay 108, ou ao
indivíduo que o conduziu até o Salão Iniciático. A Iniciação Dharman Oxinto é realizada com muita
precisão. O mestre que fez a Iniciação há dez anos, já não precisa fazer mais. Isto é o caso dos
meus filhos que fizeram as Iniciações da Rainha de Sabah, Dalai, a do Sol, bem como a Dharman
Oxinto. Meu filho, mestre Jaguar, nosso povo está aumentando e sabemos, pois, que tudo que
temos é adquirido com trabalho e amor. Toda nossa dedicação, dia a dia se aprimorando, já diz
com certeza. Vem, também, aumentando a nossa Luz. Meus filhos, sinto dizer que estamos
correndo riscos em nossa vida iniciática, se não formarmos aquele velho critério que eu sempre
digo. A Iniciação: a hora de, efetivamente, iniciar o Homem, dando-lhe direito ao seu trabalho na
linha espiritual. Para melhor critério, ficam agora os mestres Adjuntos com a responsabilidade de
dar uma AUTORIZAÇÃO por escrito a cada médium que fará a sua Iniciação Dharman Oxinto.
Todos os Templos Externos podem ter suas Iniciações onde estiverem, se o seu Adjunto
recomendar ao Trino Ajarã Herdeiro Triada Arcano, Mestre Gilberto Zelaya. A ELEVAÇÃO DE
ESPADAS é o cruzamento de forças Iniciática e Evangélica e é, também, para abertura dos
Sandays, o poder iniciático. Meus filhos Jaguares, Salve Deus! Filhos, é preciso saber que aqui
temos um roteiro de nossas vidas. Filhos, ensinei a vocês o conhecimento que temos de uma
bagagem adquirida quando em nossas passagens aqui na Terra, cuja bagagem não lhes dá o
direito de errarem em seus caminhos espirituais. Sinto dizer a vocês que não é tão fácil uma
conduta doutrinária sem erros. Sempre lhes falei que a conduta doutrinária é o caminho para sua
hierarquia transcendental. O teu sacerdócio é o teu Oráculo! Quando você entra para um Adjunto,
você deposita sua herança transcendental nas mãos de um Ministro, que passa a lhe reger. Não
deve ser tão fácil você tomar daquele Ministro o que você depositou e dar a outro Ministro.
Alguma coisa não fica boa naquela contagem. O Ministro gastou muito com você ou você gastou
muito, confiado no seu Ministro. Você se esquece. Porém, o Ministro não! Por isso, eu digo
sempre a vocês: Venho de um mundo onde as razões se encontram, onde não temos erros!
Existem muitas causas pelas quais foi preciso mudar de Adjunto. Os que não foram preciso
podem sofrer algumas influências. É preciso falar com o Coordenador dos Templos Externos,
Gilberto Zelaya, meu filho, Trino Herdeiro Ajarã, e receba dele as explicações, e escute onde
estão as causas. Graças a Deus, foi uma das coisas boas que Deus colocou em meu caminho,
porque ele tem a capacidade de ver os motivos pelos quais chegastes até mim. Com carinho,
Gilberto Zelaya, Trino Herdeiro Ajarã, tenho certeza que fará ao meu lado, numa harmonia
mandada por Pai Seta Branca, tudo o que eu sempre preciso.” (Tia Neiva, 17.5.84)

LEI FÍSICA
Segundo o Mestre Tumuchy, quando Humarran nos diz, através de Koatay 108, que A LEI
FÍSICA QUE TE CHAMA À RAZÃO É A MESMA QUE TE CONDUZ A DEUS, quis nos dizer que a lei
física é a lei do mundo da matéria, da constituição do nosso corpo e rege a nossa própria existência.
Cada átomo de nossa constituição é a própria substância divina. Na simplicidade de nossos
corações, na nossa realidade imediata, onde podemos perceber, na vivência de cada dia,
procuramos entender as mensagens de Deus, que nos fala através de todos os aspectos de nossa
vida - nos disse o Tumuchy. Estamos, nesta existência, com a maior parcela de nossa consciência
voltada para a lei física, no nosso relacionamento com nosso meio ambiente, com a sociedade em
que vivemos. Somente com o desenvolvimento de nossa mediunidade vamos mudando essa
prioridade consciencional, e penetrando em outros planos e conhecendo outros segmentos da Lei
Divina, embora embasados por nossa lei física. O limite de nossa ação é a nossa própria vida.
Ninguém recebe além daquilo para que foi preparado para fazer. Há uma tendência, em alguns
Jaguares, de deixarem a parte material de suas vidas e se dedicarem de forma exagerada à vida
espiritual, aos trabalhos. Isso gera desequilíbrio. Imaginemos uma balança de dois pratos. Em um,
coloca-se a vida material; no outro, a vida espiritual. Se não houver equilíbrio, um prato sobe e o
outro desce, mostrando a falta de equilíbrio. Assim, é necessário dosar, para manter os dois pratos
na mesma altura. A Lei Física nos obriga a trabalhar materialmente, para nosso sustento. Trabalhar,
comer, dormir, descansar, divertir-se, integrar-se na família, são obrigações de qualquer pessoa,
inclusive do Jaguar, para poder manter sua balança equilibrada. Dedicando-se eqüitativamente ao lar
e ao Templo, dentro de sua consciência, o Jaguar conseguirá excelentes resultados. Sabendo
discernir suas ações dentro da Lei Física e da Lei do Auxílio o mestre ou a ninfa obterá grande
satisfação em sua vida. Nossa jornada é regida por muitas Leis. Temos que usar nossa força física
para manutenção de nosso corpo, nosso instrumento de trabalho, porém sujeito à Lei Física. Com
nosso corpo em ordem, devemos, com todo nosso amor, nos dedicarmos à Lei do Auxílio,
engrandecendo nosso espírito. Com isso, poderemos aliviar o que para nós foi programado na Lei de
Causa e Efeito - nosso carma (*)! A Lei Física nos impõe o trabalho material, os cuidados com nossa
saúde, inclusive visitas a médicos e laboratórios clínicos, enfim, tudo quanto se relacione com a
nossa vida sob o aspecto matéria. E deve ser dosada, para que se evitem aspectos negativos de sua
grande estimulação: a vaidade, o orgulho, a ambição, a luxúria. Vale, para a Lei Física, o que se fala
para a atividade espiritual: ALERTAI!

LEILÃO
O espírito reencarna, obedecendo a um plano preestabelecido, onde, dentro do respeito ao
livre arbítrio e às necessidades de aliviar seu carma, se propõe a enfrentar suas dificuldades em sua
jornada na Terra. Seus compromissos, sua missão, tudo é previamente definido - e aceito. Todavia,
como nos relatou Tia Neiva, chega um momento em que aquele espírito se desvia da rota que foi
traçada. Esquece sua missão, e passa a agir de modo altamente prejudicial junto àqueles que lhe
foram confiados. Fora da conduta doutrinária, infringindo a Lei Física, sem amor, sem atuar na Lei do
Auxílio, e, o que é mais grave, aumentando seu carma pela geração de maiores conflitos e reajustes,
seu padrão vibratório afasta seus Mentores e ele cai, cada vez mais fundo, num abismo sombrio.
Então, a Espiritualidade faz o leilão daquele espírito, isto é, ele é acolhido pelo irmão Inluz que der o
maior lance, em bônus, e passa a escravo de grandes lideres das Trevas, sendo seu desencarne
provocado antes do tempo previsto. Os bônus entregues em pagamento enfraquecem aquele que o
adquiriu e são usados para resgatar outros espíritos que tenham cumprido suas penas no Vale das
Sombras. Esse é um alerta muito importante para Adjuntos e Presidentes de Templos do Amanhecer,
em particular, e para o mestrado em geral. Nossos compromissos cármicos e nossa missão, que nos
foi confiada por Pai Seta Branca, devem merecer toda a nossa atenção, todo nosso cuidado com a
conduta doutrinária, para que não sejamos, por atitudes impensadas, leiloados no Plano Espiritual. É
uma situação dramática e altamente perigosa para o espírito. O espírito leiloado recebe sua
condenação e, pela força do Cavaleiro da Lança Negra - Chapanã - é retirado precocemente de sua
encarnação. Conforme o grau de degradação, o espírito pode nem ser leiloado, mas sim
desintegrado - o que de pior pode acontecer, pois morre em dois planos e, neste caso, deixa de
existir! Um belo exemplo é o de Ditinho, cuja história consta do SUPLEMENTO I, no final deste
trabalho.

LEITO MAGNÉTICO
O trabalho do Leito Magnético tem sua descrição no Livro de Leis, embora esteja faltando o
Canto Especial que deve ser emitido pela missionária Dharman Oxinto, devido a seu caráter
iniciático. Cabe a esta falange missionária o trabalho de baliza, isto é, a condução das ninfas
missionárias que são convocadas pelo 1o. Cavaleiro da Lança Reino Central para emitirem seus
cantos. Devem ser duas as balizas e, caso não haja a possibilidade de ter a duas, pode ser usada
apenas uma. Caso não haja missionária Dharman Oxinto para fazer o canto e havendo duas balizas,
uma vai fazer o canto e a outra permanece na baliza. Não pode a missionária fazer o canto e depois
ir para baliza. Se houver apenas uma Dharman Oxinto, não é feito o canto, e sim a baliza. Caso não
haja sequer uma Dharman Oxinto para fazer a baliza, o trabalho não pode ser realizado, pois
nenhuma outra falange missionária pode substituir a Dharman Oxinto na baliza. Também não pode a
missionária fazer o canto - ou a baliza - e ir servir como ninfa do Cavaleiro. Esses detalhes são muito
importantes porque o Leito Magnético é um trabalho de elevado poder desobsessivo e curador,
realizado com a presença dos quatro Cavaleiros - Lança Reino Central, Lança Vermelha, Lança
Rósea e Lança Lilás - que formam gigantesca malha magnética, como se fosse uma grande cúpula
de cristal, que vai se formando pelas emissões e cantos dos mestres e ninfas, alcançando,
geralmente, limites muito além do Templo. Necessita muita concentração e disciplina para que as
emissões possam alcançar o mais alto que puderem. Por isso, deve ser evitada qualquer
movimentação de médiuns que não estejam participando do trabalho no recinto da Mesa Evangélica,
não se fazendo aberturas ou encerramentos de trabalhos dos médiuns e nem se realizando o
trabalho de Mesa Evangélica. A única movimentação deve ser a das balizas que conduzem as ninfas.
CANTO ESPECIAL DA MISSIONÁRIA DHARMAN OXINTO
SALVE DEUS! Ó, PODEROSO REINO CENTRAL!
MEU MESTRE, PRIMEIRO CAVALEIRO DA LANÇA REINO CENTRAL!
EU, NINFA (Sol ou Lua) DA FALANGE .....,
MISSIONÁRIA DHARMAN OXINTO, POVO DE ...
NINFA (ADJURAÇÃO, se for Sol - AJANÃ, se for Lua) .... (nome).....,
VENHO, EM NOME DE SIMIROMBA NOSSO PAI,
COLOCAR À VOSSA DISPOSIÇÃO
OS PODERES QUE ME FORAM CONFIADOS.
Ó, JESUS! AS LINHAS SE ENTRELAÇAM
PARA A HARMONIZAÇÃO DESTE TRABALHO
NA FORÇA ABSOLUTA QUE VEM DE DEUS PAI TODO MISERICORDIOSO!
SÃO LUZES QUE VÊM AO NOSSO ALCANCE...
SÃO MANTRAS QUE SE ASSEMELHAM,
EM NOSSOS CORAÇÕES, A ESTA DIVINDADE QUE NOS CERCA!
CAVALEIROS DA LANÇA VERMELHA!
CAVALEIROS DA LANÇA LILÁS!
CAVALEIROS DA LANÇA RÓSEA!
CAVALEIROS DE OXOSSE!
OS MEUS RESPEITOS COM TERNURA...
MEU MESTRE, PRIMEIRO CAVALEIRO DA LANÇA REINO CENTRAL!
VERTICAL (se for Lua) ou PARTO (se for Sol) COM -0-
PORQUE -X- VOS PERTENCE.
SALVE DEUS!
Terminado este canto, a missionária Dharman Oxinto se vira para o Comandante e diz:
PEÇO LICENÇA A VOSSA MERCÊ PARA ME RETIRAR. SALVE DEUS!
E retorna a seu lugar, conduzida pelas balizas.

LEVANTAMENTO DE FORÇAS
Quando for necessário mudar ou retirar um objeto do interior do Templo, que esteja integrado
no sistema ritualístico, é preciso ter muito cuidado, pois ali está um ponto de força, alimentado pela
energia que circula no Templo. Assim, após obter a respectiva autorização de um Trino Presidente,
faz-se necessário o levantamento das forças ali existentes, para mover, retirar ou mudar o objeto. O
mestre deve estar de capa, e, diante do objeto, faz o seguinte termo: OH, SIMIROMBA MEU PAI!
VENHO CUMPRIR NESTE MEU SACERDÓCIO, A LEI QUE ME FOI CONFIADA. SOU EU (faz a
emissão). SIM, MEU PAI, EU, O TEU SÉTIMO DESSE PRIMEIRO PLANO, QUE NA PRESENÇA
DO REINO CENTRAL E COM A TUA DIVINA PERMISSÃO, VENHO LEVANTAR AS FORÇAS
DESTE LOCAL. NESTE INSTANTE, PEÇO O TESTEMUNHO DO REINO CENTRAL, PARA QUE
NÃO HAJA PREJUÍZO DAS FORÇAS FÍSICAS, NEM DESRESPEITO DE NOSSA IMAGEM PELO
QUE RETRATA, FÍSICO E ETÉRICO. EM NOME DE DEUS PAI TODO PODEROSO, ENTREGO O
QUE ME É DE DIREITO NESTE SACERDÓCIO. SALVE DEUS!

LIBERTAÇÃO
Liberto, palavra de origem romana, significa aquele que se livrou de uma escravidão pela
vontade de seu dono. Através do tempo, adquiriu o sentido, entre outros, de quem se livra de algum
compromisso ou carga, através da quitação de seu débito. É o que temos na Doutrina, com o trabalho
de Prisão (*), em que o mestre ou a ninfa obtém os bônus (*) que irão beneficiar aquela sua vítima do
passado que, mergulhada no ódio, na vingança e nos rancores, se tornou um obsessor. No Aramê e
no Julgamento, as forças cruzadas do trabalho e a emanação luminosa dos bônus colhidos com
amor, tolerância e humildade fazem a impregnação do obsessor, contido na rede magnética, fazendo
com que vá retomando sua consciência e vendo o quanto se prejudicou, cego pelo desejo de se
vingar. Com a ajuda da Espiritualidade de Luz, presente nos trabalhos, o obsessor desperta para a
realidade, abre sua mente e seu coração, e desperta sua consciência. Coroando o trabalho, ocorre a
libertação do obsessor e de sua vítima. O obsessor deixa de existir, surgindo em seu lugar apenas
um espírito sofrido, que retoma sua jornada, sendo levado ao atendimento nos planos superiores e
deixando sua vítima livre da sua triste influência. Essa dupla libertação exige a perfeita conduta do
mestre ou da ninfa durante o período de Prisão. Mas é preciso termos em conta que, em diversas
situações, mesmo não estando como prisioneiros no plano físico, conseguimos uma libertação
através da nossa dedicação na Lei do Auxílio, nos nossos trabalhos, que se reflete no plano espiritual
e é aproveitada por nossos Mentores para ajudar um espírito que buscava sua vingança em nós. Por
isso, devemos nos dedicar à Doutrina com muito amor e intensidade de sentimentos, porque não
sabemos quando temos uma vítima do passado colocada ao nosso lado para que ela possa receber
os eflúvios de nosso trabalho e renascer para a Luz. Conforme consta no Livro de Leis, dispomos de
três trabalhos específicos para a libertação: Julgamento, Aramê e Libertação Especial, todos três bem
detalhados para sua execução.
 “O trabalho de Aramê, o Julgamento ou mesmo nas demais formas de libertação, a exemplo de
todos os nossos trabalhos, exigem de nós concentração, respeito e muita harmonia.” (Tia Neiva,
s/d)

LIBERTAÇÃO ESPECIAL
Em casos de extrema necessidade – doença, viagem obrigatória ou outro qualquer
impedimento grave que impeça a continuidade de sua jornada missionária -, o mestre ou a ninfa que
estiver no trabalho de Prisão pode ser libertado sem passar pelo Julgamento ou pelo Aramê,
conforme ritual descrito no Livro de Leis. Diante da Pira, o médium prisioneiro se posiciona, tendo o
seu Livro de Bônus nas mãos, tendo à sua direita uma Yuricy Sol de indumentária, colocando-se o
mestre Aganaro às suas costas, com um copo de água fluidificada que vai sendo jogada, em
pequenos respingos, na cabeça do médium, enquanto o mestre Adjunto ou Presidente faz uma breve
invocação, seguida de um Pai Nosso, findo o qual emite, lentamente, sendo repetido pelo médium
que vai se libertar:
VENHO, NESTE INSTANTE, DEPOSITAR MEUS BÔNUS PARA A MINHA LIBERTAÇÃO E A
DAS MINHAS VÍTIMAS DO PASSADO. QUE MINHAS VÍTIMAS POSSAM SE LIBERTAR DO ÓDIO
E DA VINGANÇA, E SEGUIREM O CAMINHO DE SUA EVOLUÇÃO. PEÇO AO CAVALEIRO (se for
mestre) ou À GUIA MISSIONÁRIA (se for ninfa) QUE ME REGE E À GUIA MISSIONÁRIA ARAGANA
A ASSISTÊNCIA E A PROTEÇÃO PARA ESTA LIBERTAÇÃO, EM CRISTO JESUS. SALVE DEUS!
Em seguida, o mestre (ou a ninfa) entrega a ataca (ou o Exê e o Sudaro) ao Arcano ou ao
Presidente e está processada a Libertação Especial.

LINHA MATER
 “A Cabala a que deram o nome de Ariano, que quer dizer Raízes do Céu. Desconhecida, com a
volta, em 1700, de Pai Zé Pedro e Pai João, perdeu o seu real significado, agora chamada LINHA
MATER. Desde a chegada de Cisman de Ireshin, quando tudo foi ocultado, somente as raças
africanas, por seus sacerdotes, guardaram sua origem e seus valores, até que se formou a grande
BARREIRA para individualizar o Apará na força de Olorum e o Doutrinador na força de Tapir, força
predominante no Reino Central. (...) Temos que patentear os conceitos africanos porque, para
seguir as Linhas honestamente, é preciso conhecer, fundamentalmente. as Linhas da Ciência do
Amanhecer.” (Tia Neiva, 7.9.77) (Veja: SIMIROMBA)

LIVRE ARBÍTRIO
O Homem estabelece suas próprias condições de Vida tendo como base a noção de
liberdade, exercida através do livre arbítrio, que é a verdadeira coordenação do espírito subordinado
à individualidade. O espírito, encarnado ou desencarnado, emite raios de vibração, exteriorizando a
energia de que é portador, superior ou inferior, conforme a formação que adquire pelo seu livre
arbítrio, que preside todos os seus atos. Existe toda uma programação cuidadosamente feita com a
anuência do espírito que vai reencarnar. Todavia, após o reencarne, em sua jornada aquele espírito
se recusa a aceitar as condições às quais ele mesmo se propôs e foge do cumprimento de seu
programa. Essa fuga provoca angústias, sofrimento e infelicidade, transferindo suas provações e
reajustes para uma futura reencarnação. Isso torna o Homem irrealizado e infeliz. O livre arbítrio é a
vontade exercida em toda a sua plenitude. Não pode o médium deixar se levar por seus instintos e
pela sua vontade, sem atentar para suas metas cármicas e para uma correta conduta doutrinária, sob
risco de morrer em dois planos. A Espiritualidade respeita o livre arbítrio, e os Mentores sofrem ao ver
um filho se perdendo nas escuras veredas da Vida, mas nada podem fazer. Mesmo após o
desencarne, o espírito se conduz pela vibração que construiu com seu livre arbítrio. É uma constante
luta que travamos em nosso cérebro com nossas idéias e pensamentos, julgamentos e decisões, que
resultam em nosso padrão vibratório, no que estamos sendo em nossa jornada. Temos que usar
nossa percepção e saber diferenciar os estímulos oriundos dos planos físico, psíquico e espiritual,
ouvindo cuidadosamente nossa consciência - a voz do espírito - para nos mantermos em nossa
caminhada dentro do que concordamos em enfrentar com a finalidade de vencer mais essa provação,
numa oportunidade arduamente conquistada. Uma certeza do que queremos, do que pretendemos,
nascida no íntimo de nosso ser, nos ajuda em nosso livre arbítrio. Um cuidado especial deve se ter
com o sentimento de culpa, que carregamos em nosso interior desde a mais tenra idade, como
consequência de nossa educação, moral e religiosa, dada por nossos pais, dentro de um quadro de
artificialidade social porque sujeita a rótulos e julgamentos momentâneos da sociedade onde
nascemos. Dogmas religiosos, falsos conceitos do que é certo ou é errado, a idéia de ver pecado em
tudo que nos dá prazer, a intensa competição com os irmãos, com os filhos dos conhecidos, nas
áreas de esportes e no resultado das aulas, no desenvolvimento físico, enfim, uma intensa rede
procura tolher nossas mentes e nossos movimentos, prejudicando nossa visão interior e a percepção
do mundo real que temos diante de nós. Na verdade, o que temos que aprender é que não temos a
obrigação de ser isso ou aquilo - mas, sim, de apenas ser o que somos! Quando viemos para esta
vida, recebemos tudo o que era necessário para cumprirmos nossa missão. Ao ingressarmos na
Doutrina do Amanhecer, descobrimos que nosso Divino e Amado Mestre Jesus nos ensina, somente,
a conhecermos o que já temos, o que já somos e o que carregamos conosco. Na Doutrina,
acordamos para a verdade, sabemos que temos que caminhar para dentro de nós mesmos, tentar
retomar o verdadeiro sentido da nossa existência, manipulando a energia e as forças fantásticas que
nos são reveladas e transmitidas, temos instruções e leis a serem cumpridas, independentemente do
livre arbítrio. Para se entender isso, damos um exemplo: quem quiser ir de carro de Brasília para São
Paulo tem muitas escolhas, pode usar seu livre arbítrio e ir por Goiânia ou por Catalão, ou até mesmo
por Belo Horizonte. Mas, se usar o livre arbítrio aloucadamente, pode pegar a estrada para a Bahia
ou para Mato Grosso, e vai ser muito complicado chegar a São Paulo. Por aí vemos que nosso livre
arbítrio deve ser colocado dentro de parâmetros seguros e definidos, objetivando cumprir a meta que
desejamos. Se conseguirmos manter nossa mente firme e livre de preconceitos e julgamentos
teremos melhores condições de exercer o livre arbítrio, isto é, nossa escolha por onde iremos
caminhar. São Francisco de Assis nos legou grandes ensinamentos, entre eles: por onde iremos
caminhar. São Francisco de Assis nos legou grandes ensinamentos, entre eles: “Senhor, dai-me
forças para aceitar as coisas que não podem ser mudadas; dai-me amor para mudar as coisas
que devem ser mudadas; e dai-me sabedoria para distinguir umas das outras!” Essa, na
verdade, é segura orientação para nosso livre arbítrio, conduzindo-nos através da Vida sem gerar
conflitos e nos ensinando a ser úteis. Não temos ilusões de que podemos ter atos ou ações
independentes de nossa vontade, pois tudo está dentro de nós. Todos os nossos pensamentos e
nossas ações têm fatores determinantes - conscientes ou subconscientes. Por isso, ao agir, o
Homem exerce o seu livre arbítrio com consciência difusa da sua responsabilidade, com a convicção
de que sua vida está em suas mãos, movido pelos seus desejos íntimos, suas ambições, seus
motivos pessoais. Na Doutrina do Amanhecer aprendemos a direcionar nosso livre arbítrio,
disciplinando-o em função de um desejo real de melhorarmos a nós mesmos, aplicando-nos na Lei do
Auxílio, aliviando nosso carma e sabendo criar uma real harmonia e sintonia com os Planos
Espirituais. Para isso, temos que aprender algumas técnicas: a) adotar uma posição positiva conosco
mesmos, reconhecendo que podemos melhorar nossas condições físicas, emocionais e mentais; b)
selecionar nossa força criadora, gerando uma escala de prioridades - o que seja mais e o que seja
menos importante para nós realizarmos; c) buscar melhorar nosso comportamento em relação a nós
mesmos e aos outros; d) procurar ouvir nossa voz interior - nossa consciência -, com maior clareza e
aprender a obedecê-la; e) vencer a inércia, a rotina e a displicência nas palavras, nos gestos e nos
pensamentos; e f) aplicar nosso amor, nossos conhecimentos e nossas forças a todos os momentos,
dentro da correta conduta doutrinária.

LIVRO DE LEIS
Em abril de 1999 foi lançada a nova edição do Livro de Leis e Chaves Ritualísticas, a que
chamamos simplesmente Livro de Leis, que, segundo o Trino Arakem, é a forma definitiva, não sendo
permitida qualquer alteração, devendo ser cumprido fielmente pelos médiuns e, principalmente, pelos
Comandantes dos trabalhos e Sandays. O Trino Arakem assegurou que tudo o que ali está deverá
ser feito, e o que não está não deve ser feito. Apenas será complementado pelas Leis que ali não
constaram, como, por exemplo, o Casamento e o Batizado. Nestas nossas Observações procuramos
tão somente detalhar e complementar as instruções, sem qualquer idéia de alterar ou modificar o que
consta no Livro de Leis, que está acima de quaisquer críticas ou interpretações, e deve ser observado
por todos os mestres e ninfas, independentemente de sua posição hierárquica na Doutrina.

LUA
A Lua não é somente um simples satélite de nosso planeta. Ela é o polo negativo das forças
magnéticas que agem na Terra, enquanto o Sol é o positivo. São verdadeiras usinas de forças, que
mantêm a vida na Terra, ao mesmo tempo em que regulam o equilíbrio magnético que representa
todo o campo de forças do planeta. Porque trabalham sob sua regência, os médiuns de incorporação
são chamados de Mestres e Ninfas Lua. Tiãozinho explicou à Tia Neiva que a Lua tem funções de
grande importância, que estão em pleno funcionamento, muito além do conhecimento do Homem; na
Lua existem seres lunares, espíritos ocupando corpos de acordo com as condições locais, tendo
como principal função o controle das gigantescas usinas em seu interior, e que são desintegrados ao
simples contato com um ser humano. Daí o perigo que oferecem as viagens à Lua.
 “Aqui fizemos uma Lei e, nela, nos complicamos muito. E, por ela, tentamos afirmar aos olhos dos
outros o que, na realidade, não sentimos. A Sociedade nos ensina tudo o que é bom e honesto,
porém a maioria não entende a mensagem e começa a pesar o ouro e a prata na balança. E vão
abandonando os seus fornecedores, que são o Sol e a Lua, a força energética que nos anodiza e
que nos dá a fortaleza para bem assumir nossos destinos cármicos; e desenvolve o poder que
está oculto em nós mesmos. Sim, filho! Se existe um Sol Interior em nós mesmos, que nos
anodiza, colorindo nossos pensamentos, é importante saber que, adquirindo o ouro e a prata que
não pesa na balança, adquirimos tudo o que realmente precisamos. Inclusive, saber que a Lua
representa a prata e o Sol o ouro. A Lua busca no neutrôm as impregnações cármicas e, de
conformidade, o seu Sol Interior as vai separando, para que na força centrífuga as afaste, para o
seu bem, onde sempre são formadas estas impregnações, doenças, até mesmo obsessões.” (Tia
Neiva, 3.7.78)

LUVAS
As luvas protegem as mãos da ninfa, deixando livres os chakras de suas palmas,
concentrando energias de modo que, como acontece com a capa, possam ficar ali armazenadas,
sendo usadas, ocasionalmente, quando necessário, pela espiritualidade, como no caso da Indução,
em que as ninfas Sol e Lua aplicam passes magnéticos nos pacientes. A ninfa deverá usar
obrigatoriamente luvas e pente quando usar capa forrada, o que só é permitido após ser consagrada
Centuriã.

MACROPLEXO
VEJA: PERISPÍRITO

FALANGE MISSIONÁRIA MADALENA DE CÁSSIA


A Primeira Madalena é a Ninfa Lua Maria Dutra Barreto, tendo esta falange como função
específica a participação no Turigano e nos casamentos, trabalhando sob a projeção das
Missionárias do Espaço que formam a Falange da Guia Missionária Madalena de Cássia, a
Missionária mais próxima de Jesus, para ajuda nas filas magnéticas àqueles que necessitam das
energias curadoras e desobsessivas. Essa Falange surgiu na Europa, na Idade Média, como freiras
que, nos conventos, auxiliavam aquelas fidalgas que buscavam proteção contra a prepotência de
seus preceptores, fugindo de casamentos não desejados ou de alianças desastrosas. Como
descreveu Koatay 108, as falanges missionárias agem, harmoniosamente, em conjunto: as Muruaicys
vão à frente, abrindo os portões magnéticos do Vale das Sombras e das cavernas, onde se
encontram espíritos que, por sua força e ferocidade, se apresentam deformados pelo ódio, por sua
vibração negativa, assumindo tristes formas animalizadas e até mesmo monstruosas. As Muruaicys
jogam seus charmes, emitindo lindos mantras que vão iluminando aqueles espíritos e estes, como
que hipnotizados, vão deixando os negros abismos e se aproximando dos portões. Junto aos portões,
as Madalenas fazem uma espécie de poços de lama etérica, escura e pegajosa, nos quais
mergulham, ficando irreconhecíveis, com aspecto semelhante ao daqueles espíritos sem luz. Quando
os espíritos sofredores as vêem, tentam agarrá-las, supondo serem da mesma concentração que
eles. É o momento em que as Cayçaras lançam suas redes magnéticas, aprisionando-os e, com a
proteção dos Cavaleiros de Ypuena, os levam para serem atendidos, sob a força do Cavaleiro da
Lança Vermelha, na Estrela Candente, onde recebem o choque da força magnética animal emitida
pelos médiuns escaladores e a doutrina - o ectoplasma dos Doutrinadores -, sendo elevados aos
planos de acordo com seus merecimentos. O Adjunto de Apoio das Madalenas é o Adjunto Arqueiro,
Mestre Vladimir, e seus prefixos são Eiza e Eiza-Ra.
CANTO DA MADALENA:
SALVE DEUS! EU SOU O CAMINHO DA VERDADE E DA VIDA. NINGUÉM IRÁ AO PAI SENÃO
POR MIM! TU NOS DISSESTES, JESUS QUERIDO, E AQUI ESTAMOS, EM ESPÍRITO E
VERDADE, EM BUSCA DESTE CAMINHO, QUE SERÁ A NOSSA SALVAÇÃO! DESTE-NOS, EM
TEUS PROFETAS, ESTA JORNADA FELIZ PARA A CURA E A VIDA DESTA TRIBO PARA QUE O
NOSSO AMOR RESPLANDEÇA NO CAMINHO. EM NOME DO PAI E DO ESPÍRITO. SALVE DEUS!

MADRUXA
Quando a 1ª Nityama Ana Maria se casou, Koatay 108 não queria que outra ninfa assumisse o
comando da falange e, assim, designou-a como Madrucha, que na linguagem das Nityamas, significa
“madrinha”. Com o passar do tempo, as Nityamas começaram a casar e formaram as Madruxas, uma
falange que, na realidade, não existe nos planos espirituais. Com o beneplácito dos Devas, está
formada esta falange, inclusive recebendo ninfas que nem passaram por Nityamas, e que fazem o
canto da Madruxa Ana Maria. Visando dirimir dúvidas e adequar o ingresso e a participação das
ninfas nas falanges, bem como as suas atribuições, os Trinos Presidentes Triada, em reunião
realizada com os Mestres Devas (Alufã, Adejã e Umaray), no dia 3.10.98, decidiram que a partir desta
data deveriam ser observados os seguintes procedimentos (Orientações às Falanges Missionárias
N.º 1): 1. Fica limitada a 12 anos a idade mínima e a 18 anos a idade máxima para os jovens
ingressarem nas falanges de Nityamas/Nityamas Madruchas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes
Mayas. Os referidos mestres e ninfas poderão pertencer às respectivas falanges por tempo
indeterminado, ou seja, não haverá idade limite para deixarem as suas falanges. A partir dos 16 anos
de idade, o jovem que não desejar participar de uma das falanges citadas poderá escolher outra
falange missionária de sua afinidade; 2. A ninfa que desejar ser uma Nityama Madrucha deverá ser
casada ou ter condição equiparada. Não haverá limite máximo de idade para o ingresso das
Nityamas Madruchas, desde que sejam vindas das Nityamas; 3. A emissão reduzida (provisória)
deverá ser utilizada pelas Nityamas. Gregas, Mayas, Magos e Príncipes, não centuriões,
exclusivamente para acender a Chama da Vida no Turigano, quando da Entrega das Energias.
Frisamos que não poderá ser utilizada nos trabalhos de Abatá, Alabá, Quadrantes, Anodização,
Sandays etc.; 4. Nos Trabalhos de Julgamento e Aramê a corte de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos
e Príncipes deverá ser liberada logo após conduzirem a representante da Condessa Natarry ao seu
posto. Não deverão permanecer no Turigano até a incorporação de Pai João de Enoque ou o término
do Aramê. Após apagarem a Chama da Vida, o Mago e a Nityama escalados deverão ser liberados;
(...) 8. A ninfa somente deverá participar de uma falange missionária quando receber a sua
Consagração de Centúria, com exceção do ingresso nas falanges de Nityamas, Gregas, Mayas,
Magos e Príncipes. Contudo, se desejar, está liberada a fazer a sua consagração com a indumentária
da falange; (...) 10. Na Consagração de Falange Missionária, no Dia do Doutrinador (1º de Maio), nas
cortes da Consagração dos Adjuntos, somente poderão participar as missionárias(os) com as suas
respectivas indumentárias. Não deverão participar de uniforme de Jaguar, branco ou qualquer outra
indumentária; (...) 15. A partir desta data, a emissão de todas as missionárias(os) deverá ser entregue
pelo Castelo dos Devas, com a apresentação, por escrito, da Primeira ou Primeiro da falange,
conforme modelo padronizado pelos Devas, exceto as emissões das ninfas e mestres das falanges
de Nityama, Grega, Maya, Mago e Príncipe, não Centuriões, as quais devem ser entregues pela
Primeira ou Primeiro após uma avaliação para acender a Chama da Vida.
CANTO DAS MADRUXAS:
Ó, DEUS APOLO, UNIFICADO EM CRISTO JESUS! REVISTAI AQUI O TEU POVO, QUE NA
FORÇA ABSOLUTA DE SIMIROMBA, NOSSO PAI, PREPARA O ESPÍRITO ESPARTANO NA
FIGURA DO MESTRE JAGUAR, PARA QUE SIGAM OS SEUS CAMINHOS MATERIAIS NA FORÇA
DESTE TURIGANO. QUE SIGAM TODOS, TODOS PROTEGIDOS DE QUALQUER CORRENTE
NEGATIVA, E QUE SOMENTE O AMOR ENCONTRE ACESSO EM TODO NOSSO SER! E, PARA
QUE NOVAS FORÇAS VENHAM VIBRAR, PEÇO A PRESENÇA DA GUIA MISSIONÁRIA, NA
FORÇA ABSOLUTA DA 1ª GUIA MISSIONÁRIA ARAGANA VERDE ISIS! ASSIM, CONFIANTE,
JESUS QUERIDO, SIGO COM -0-//, EM CRISTO JESUS.

MÃE
O papel mais importante da Humanidade está em ser MÃE, na forma biológica ou na forma de
sentimento. A mãe é responsável por seus filhos desde o primeiro contato físico, quando cumpre uma
programação reencarnatória prevista e aceita perante a Espiritualidade Maior, sabendo o quanto lhe
será cobrado por aqueles espíritos que lhe forem confiados. E somente pelo amor aceita a missão! O
grande exemplo nos é dado no Evangelho de João: a transmutação da água em vinho foi o primeiro
milagre de Jesus, nas bodas de Caná, passagem onde se registra o amor e o respeito de Jesus por
Sua Mãe, atendendo ao pedido de Maria e realizando um milagre antes da hora prevista pelo Pai
Celestial, conforme nos relata João (II, 1 a 11): “E três dias depois celebraram-se umas bodas em
Caná da Galiléia, às quais assistia também a Mãe de Jesus. E também foi convidado Jesus com os
Seus discípulos para as núpcias. Ora, vindo a faltar o vinho, a Mãe de Jesus Lhe disse: Não tem mais
vinho. E Jesus Lhe respondeu: Mulher, o que nos importa isso a Mim ou a Ti? Ainda não é chegada a
Minha hora! Disse a Mãe de Jesus aos que serviam: Fazei tudo o que Ele vos disser. Estavam ali,
postas, seis talhas de pedra para servir às purificações dos judeus, cada uma das quais podia conter
duas ou três metretas (uma metreta eqüivale a 29 litros). Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas
talhas. E encheram-nas até à boca. Então, disse-lhes Jesus: Tirai agora e levai ao arquitriclino. E eles
a levaram. E logo que o arquitriclino provou a água que se convertera em vinho, não sabendo de
onde vinha (ainda que o conhecessem os serventes que tinham tirado a água), chamou ao esposo o
tal arquitriclino e lhe disse: Todo homem serve primeiro o bom vinho e quando os convidados já o
tenham bebido bem, então lhes serve o menos generoso; tu, ao contrário, guardastes o bom vinho
para o fim! Por este prodígio deu Jesus início aos Seus milagres em Caná da Galiléia. E assim
manifestou a Sua Glória e Seus discípulos creram Nele.” O tratamento de “Mulher”, na resposta de
Jesus à Sua Mãe, era, na época, uma forma de afetuoso respeito. A importância da mãe é
fundamental desde o período de gestação, quando ela transmite ao feto todos os seus sentimentos,
seu padrão vibratório. O vínculo não é somente físico, mas, sim, telepático e mediúnico, uma vez que
a corrente sangüínea que alimenta o feto também é condutora da corrente mediúnica. A mãe
compreende as expressões de seu bebê, sabe de suas necessidades mais pela telepatia do que
pelos gestos visíveis. E isso é recíproco. O bebê sente o estado emocional de seus pais, sofre com
brigas e violências no lar, fica feliz com o carinho e o amor ao seu redor. A mãe, assim, deve evitar
prejudicar a formação daquele ser, buscando ser alegre e feliz, sem querer exercer controle absoluto
da criança e evitando ser displicente, o que iria provocar problemas emocionais e mentais no bebê,
com reflexos sérios em seu desenvolvimento físico e mental. Quando a criança já consegue
manifestar seus sentimentos, perceber o mundo à sua volta, ela começa a criar barreiras às
sugestões telepáticas da mãe que possam influenciar sua personalidade. É a fase em que a mãe
deve compreender que o relacionamento com o filho deve ser modificado, passando ao nível das
sensações e aprendizado moral e físico, deixando as sugestões telepáticas. Caso insista neste inter-
relacionamento, pode criar desvios psíquicos para seu filho, alterando seus vulneráveis egos e,
inclusive, conduzindo-o à esquizofrenia. Na Doutrina, pelo elevado padrão vibratório, a mulher que é
mãe se conscientiza de seu importante papel no lar e na formação de seus filhos, vibrando, em seus
trabalhos, para a iluminação e proteção daqueles espíritos que lhe foram confiados e que, sabemos,
foram escolhidos e aceitos como pais e filhos nesta vida, nesta reencarnação.
 “A guerra não destrói o Homem. O que pode destruir o Homem é o que há de mais frágil e de
mais belo em toda a criação: o coração de sua própria mãe!...” (Tia Neiva - Carta Aberta n. 5, de
21.10.7)
 “Cada aparelho sensitivo recebe a transmissão e transmite ao cérebro, que é o órgão da
inteligência, a impressão de uma certa ordem de fenômeno. Estas impressões convertem-se em
uma só pessoa: a MÃE. O espírito que souber escolher a sua mãe material tem mais condições,
mais facilidade, de se evoluir, porque toda evolução é amor. Inclusive, as células são alimentadas.
A sede do amor está na alma. Cada criatura recebe de acordo com o que merece. No campo
cerebral do corpo espiritual é que os conhecimentos se imprimem, em linhas fosforescentes.” (Tia
Neiva, s/d)

MÃE TILDES
Mãe Tildes é uma grande Missionária, um Espírito de Luz que assume a roupagem de simples
Preta Velha, na humildade de escrava que foi em um congá no Sul da Bahia, onde exerceu
plenamente as atividades doutrinárias, buscando harmonizar as forças iniciáticas daqueles espíritos
já interligados pelas origens de nossa Corrente que para ali foram, atraídos por suas faixas cármicas
e por suas missões. Foi uma defensora da libertação dos escravos, para isso tendo que usar muitos
dos conhecimentos sobre o transcendental daqueles senhores de engenho e sinhazinhas, buscando
aliviar seus carmas e induzindo-os a se lançarem na Lei do Auxílio. É considerada a Padroeira do
Lar, por seu amor e sábios conselhos para manter a união e a harmonia de casais e da família, nos
atendendo em nossas complicações sentimentais e nos ajudando nos momentos difíceis de nossas
vidas. Alma gêmea de Pai João de Enoque, veio com ele em diversas encarnações, especialmente
quando do deslocamento das raízes africanas realizado pelos escravos que vieram para o Brasil
Colônia. Uma das histórias envolvendo Mãe Tildes, que muito nos marcou por conter personagens
que se encontram no Vale do Amanhecer, em cobranças e reajustes, é a da FAZENDA TRÊS
COQUEIROS:
“Havia, nas imediações de Angical, a Fazenda Três Coqueiros, uma enorme fazenda dos
Pereiras, na época, pertencente a Alfredo e Márcia, recém-casados, que a receberam como herança.
Havia uma cachoeira limitando a Fazenda Três Coqueiros com a fazenda dos Ferreiras, nobre e rica
família, porém gananciosa, com cada membro querendo ser o mais rico, o maior, pois a vaidade e o
orgulho eram as suas características. Naquela região, perto dos Ferreiras, havia inúmeras fazendas,
grandes e pequenas, pertencentes a famílias que eram aliadas aos Ferreiras e participavam das
mesmas idéias, cheias de maldade e ódio, pois a cobiça e a inveja faziam com que eles só
pensassem em fazer o mal àqueles daquela bela Fazenda Três Coqueiros. Eram rixas
transcendentais. Os Ferreiras e seus aliados sustentavam o ódio arraigado em seus corações. Estas
duas famílias estavam sempre em choques e os aliados faziam trincheiras e tocaias, provocando
mortes e destruições. Porém, as mortes eram só dos escravos (como diziam eles, escravos eram
pagãos e não mereciam bons tratos; eram comprados como um animal qualquer!). Certo dia, Márcia
saiu a passear a cavalo, e foi até a cachoeira, ficando admirada com a beleza daquele lugar, daquela
linda cachoeira. Sim, aquela era a antiga Cachoeira do Jaguar, de Pai Zé Pedro, de Pai João e das
Princesas! Sabia-se que ali existira um fenômeno, há cem anos. Márcia era uma médium de grande
percepção. Parou e, deslumbrada, disse:
- É verdade!... Aqui existiu um grande fenômeno envolvendo alguns escravos!
Nisso, Valdemar Ferreira chegou e, abraçando a sinhazinha pelas costas, disse:
- Aqui houve um grande fenômeno, dizem os antigos, de Pretos Velhos forasteiros...
Imediatamente Márcia se lembrou de que Valdemar Ferreira era o mais triste dos inimigos de
seu marido e, também, lembrou que seu esposo lhe havia dito que ela jamais pisasse naquele local.
Livrando-se de Valdemar, ela saiu correndo. Mas o destino pregou-lhe uma peça: um pequeno
escravo dos Ferreira viu Márcia ali com Valdemar e foi contar tudo a Alfredo. Márcia já esperava um
filho de Alfredo. Todos os escravos de Valdemar odiavam a Fazenda Três Coqueiros, cheios de
inveja, porque a vida dos escravos de Alfredo era boa, levando uma vida normal. Até mesmo os
feitores de Alfredo eram bem tratados e eram bons com os escravos, o que não acontecia com o
povo dos Ferreiras. Certo dia, o filho de Zefa - da Fazenda Três Coqueiros - começou a namorar uma
crioula, escrava dos Ferreiras. Os escravos dos Ferreiras se revoltaram contra o filho de Zefa,
esfaqueando-o, e o colocaram, semimorto, à porta de Alfredo, deixando um bilhete em que diziam
que não queriam aquele cachorro por lá e, mais, que quando o filho de Márcia nascesse fosse
mandado para Valdemar. Márcia, cansada e cheia de dores por causa da gravidez já adiantada,
ouvindo os gritos de Zefa, correu ao encontro da velha escrava. É que Alfredo encontrara o rapaz
esfaqueado e lera o bilhete. Cheio de ira, mandou que jogassem o rapaz no pasto, longe da Casa
Grande. Mãe Zefa havia encontrado o filho e gritava por Márcia, para que ela ajudasse o rapaz.
Márcia, mesmo cheia de dores, foi ajudar Zefa, saindo com Pai Zé Pedro para buscar o pobre
escravo que havia passado a noite no relento, com urubus já sobrevoando seu corpo. A bondosa
sinhazinha mandou que levassem o rapaz para dentro de casa e, então, houve um caso de
desintegração: Márcia passou com o ferido perto de Alfredo e este não os viu! Assim que Alfredo
encontrou Márcia mandou-a, sem explicações, para a senzala e mandou erguer um grande cercado
para mantê-la prisioneira ali. Mandou que Mãe Tildes cuidasse dela. Mãe Tildes era confidente e
grande amiga de Márcia. Alfredo comunicou que tão logo o filho de Márcia nascesse ele o mandaria
para Valdemar. Márcia cativou todos aqueles escravos com seu amor e dedicação. Quando Zé
Pedro, o velho nagô, chegou para falar com Márcia, esta perguntou:
- Quem é este homem?
- É um velho nagô - respondeu Mãe Tildes - que recebe espíritos no lombo!...
- Não, sinhazinha, não precisa ter medo! - disse Pai Zé Pedro se chegando, e se virando para
Mãe Tildes, deu um muxoxo: - Linguaruda! Conversa demais!...
Márcia sentiu que o velho nagô tinha uma força do Céu e se afinou com ele. Numa manhã,
quando o Sol já brilhava, encantando com seus raios toda a beleza daquela fazenda, eis que Márcia
começou a passar mal e, mais tarde, a criança nasceu. Foi grande o reboliço, e os Pretos Velhos se
mobilizaram. Mãe Tildes pegou a criança, enrolou-a numa coberta e a levou para Mãe Zefa, lá no
meio do cafezal, dizendo:
- Vai, Zefa! Leva este menino porque Alfredo vai matá-lo!
Zefa saiu correndo com o bebê e o levou para a casa dos Ferreiras, onde, sem saberem o que
estava acontecendo, entregou o menino à sinhazinha Emerenciana, mãe de Valdemar, que prometeu
jamais revelar que aquela criança era filha de Alfredo. Era o grande segredo entre Mãe Zefa e
Emerenciana. Zefa foi embora, e nunca mais se teve notícias dela. Quando Mãe Tildes voltou do
cafezal, levou um susto: Márcia havia ganho mais outra criança, uma linda menina! Tinham nascido
gêmeos! Mãe Tildes começou a chamar a menina de Marcinha. Vendo a dor tão grande de Márcia,
Alfredo acreditou em sua inocência e a perdoou, mas Márcia não quis voltar à Casa Grande. Tanto
Alfredo como Márcia não sabiam que haviam nascido duas crianças. Conheciam apenas aquela
menina. Alfredo, até seu desencarne, pensava só ter nascido a menina. Certo dia, um crioulo
apareceu para dar satisfações onde estava o menino. Mãe Tildes sofria, sem saber se devia revelar o
segredo a Márcia. Foi consultar o nagô, e este lhe disse para jamais revelar a verdade. Fora um erro
ela querer assumir a dívida de Márcia. Por outro lado, Mãe Tildes desconfiava de Márcia, ao ver o
menino que se parecia demais com Valdemar. O nagô pediu que Márcia voltasse para a Casa
Grande, porque seu marido estava caminhando para a loucura e teria um fim muito triste. Márcia saiu
dali com o coração apertado, sabendo que Alfredo não tinha condições de continuar a viver daquele
modo. O tempo passou ligeiro e Alfredo morreu louco. Márcia se enclausurou naquela casa.
Marcinha, já mocinha, começou a namorar o filho de Valdemar! Quando o rapaz entrou, pela primeira
vez, na Casa Grande da Fazenda Três Coqueiros, Mãe Tildes foi correndo até Pai Zé Pedro e lhe
disse que estava perdida, pois tinha cortado o carma de Márcia e, agora, Marcinha iria se casar com
o próprio irmão! Nisso, a porta se abriu e Marcinha, feliz, abraçou Pai Zé Pedro e Mãe Tildes,
dizendo-lhes que iria se casar.
- Ele quer se casar comigo! O coronel Valdemar tem dois filhos, sabem? O mais novo tem dois
dedos emendados, um pregado no outro. Mas este não! É perfeito, e não se parece nada com o
outro...
Depois que Marcinha saiu, Pai Zé Pedro falou:
- Não lhe disse, Mãe Tildes, que a grandeza de Deus não tem limites? Este não é o filho de
Márcia...
E Mãe Tildes perdeu a voz até que Marcinha se casou com aquele rapaz! No dia do
casamento de Marcinha, foi promulgada a Lei Áurea, a abolição da escravidão. Foi uma terrível
confusão. Tiros... Brigas... Amália, esposa de Valdemar, morreu. Márcia não soube a verdade sobre
seus filhos até o dia em que Emerenciana, já para morrer, a revelou: Jacó era seu filho! Tinha dois
dedos emendados, que comprovavam ser ele filho de Alfredo, que tinha o mesmo defeito. Márcia,
prestes a desencarnar, abraçou seu filho Jacó, cheia de emoção. Mãe Tildes, já um espírito evoluído,
teve que pagar esta pena, por ter reparado um carma indevidamente. É o que acontece com quem
corta ou interfere nos destinos dos outros!... O pessoal dos Ferreiras lançou-se contra a Fazenda
Três Coqueiros. Foi uma grande mortandade. Iluminados pela força de Deus, Mãe Tildes, Pai Zé
Pedro e duas crioulas - Uraí e Urail - fugiram para uma outra fazenda cafeeira. Marcinha fugiu,
levando consigo seu irmão Jacó. No dia seguinte, uma volante - polícia bahiana - chegou à Fazenda
Três Coqueiros, onde muitos cadáveres exalavam terrível mal cheiro, e, com muita dificuldade, impôs
a ordem. Na fazenda dos Ferreiras, ninguém triscava a mão! Vieram, de longe, velhos coronéis e
sinhorzinhos. Os pais de Alfredo e os de Márcia quiseram levar consigo os netos Marcinha e Jacó.
Estes, porém, não quiseram ir. Todos os que passavam por ali comentavam a triste tragédia daquele
povo, povo este composto por espíritos espartanos, vindo de nossa origem e que, aqui, não
suportaram as velhas rixas. Alguns dos Ferreiras que fugiram, continuaram a se entrincheirar para
novas tragédias. Mãe Tildes e Pai Zé Pedro fugiram para o Angical. É só o que posso dizer, pois aqui
estão os malvados que precipitaram esta tragédia! Ainda faltam alguns componentes desta história.
Não posso, neste instante, avaliar quais dos senhores e senhoras foram Ferreiras ou quais foram
Pereiras... Salve Deus! Só Deus, neste instante, poderá avaliar quem foram...” (Tia Neiva)
Obs.: Em suas anotações biográficas, Tia Neiva informou que Carmem Lúcia, sua filha, era a
reencarnação de Marcinha.

MÃE YARA
No “Manual Muruaicy”, Carmem Lúcia Zelaya relata: “Mãe Yara é um grandioso espírito de
Luz que teve importância fundamental desde as primeiras manifestações mediúnicas de Mamãe, e é
a responsável pelo desenvolvimento dos Doutrinadores. Inicialmente, usava uma roupagem de uma
encarnação milenar, na qual havia ficado paralítica. Apresentava-se em uma cadeira de rodas, como
uma senhora de porte elegante, muito digna, que logo de início cativou Mamãe, inspirando a
confiança, de que tanto necessitava, naqueles primeiros anos de compreensão dos fenômenos
mediúnicos, que a levariam à descoberta de sua missão. Em seu conflito, Mamãe – que ainda não
aceitava a vidência – passou a interessar-se pela linda senhora, a quem carinhosamente chamava de
“Senhora do Espaço”. Estabelecido interesse, Mãe Yara passou a narrar uma das suas encarnações,
com o nome de Adelina, passando grandes lições, que muito vieram contribuir em seu
desenvolvimento mediúnico. Mais tarde, revelou que era alma gêmea do grande Cacique Tupinambá
(Pai Seta Branca) e hoje, sem dúvidas, podemos considerá-la a “Madrinha do Doutrinador”.
“Calma, Neiva! Não se esqueça de que, na vida, quando você está esperando o Céu, a Terra
está esperando por você. Sim, filha, antes de você subir ao Céu, terá que baixar na Terra.
Não queira que as pessoas pensem como você. Seja imparcial no seu raciocínio e nada
aceite sem entender. Não se esqueça de que ninguém possui a verdade total!” (Mãe Yara)

MAGIA NATIVA
Magia Nativa ou Neutra é uma poderosa força que age através do magnetismo, alterando o
neutrôm (*) e, consequentemente, o Sol Interior do médium, provocando a emissão de ectoplasma
bom ou ruim, conforme o desejo de quem a está manipulando. É muito perigosa, porque envolve
todo o magnético animal e alimenta todos os chakras com uma energia de determinado valor -
positiva ou negativa -, havendo uma poderosa emissão de vibrações que podem ir muito longe,
rompendo o neutrôm e atingindo outros planos, atraindo espíritos distantes para junto de quem está
emitindo. É usada, normalmente, nos trabalhos executados por médiuns que não têm plexo iniciático,
cheios de medo e superstições, dificultando muito sua evolução. As Leis espirituais não a proíbem,
mas aquele que a usa, mesmo para caridade, paga um preço muito alto. Por isso, principalmente
para o médium que já tem um plexo iniciático, deve ser evitada. Pode ser o fator de condenação de
uma reencarnação, pode levar o médium ao total desequilíbrio, tornando-o instrumento de poderosas
forças do Vale das Sombras.
 “A Magia Neutra ou Nativa é capaz de engrandecer o trabalho ou provocar o desastre,
dependendo isso daqueles que manejam o magnetismo. Em si o magnetismo não é bom nem
mau. Ele apenas existe, dependendo sua ação do Agente Nativo Neutro, que é capaz de gerar o
Bem ou produzir o Mal. Por exemplo: abre-se um trabalho de Magia Neutra ou Nativa, capaz de
produzir correntes magnéticas, com todos os seus perigos. Nele não há aperfeiçoamento da alma,
além de se correr o perigo do acrisolamento no Baixo Astral, dos valores negros. Porém, nada há
nas Leis Etéricas que impeçam a realização desses trabalhos, que não passam de correntes
eletromagnéticas sem a luz do néon. Meu filho Jaguar: Tenha em mente que quando sintonizamos
no desejo de servir com amor, servimos sempre e sempre temos algo para oferecer, porém no
curso extrasensorial, contidos em possibilidades virtuais na esfera do pensamento. Ninguém
espera milagres mas sim os fenômenos produzidos pela Lei de Causa e Efeito na individualidade.
Saudemos a Criação, sentindo a lógica acima de tudo. Porque, acima dos sentimentos, há a
Razão! Nada nos impede de subirmos ao cimo da montanha pela Velha Estrada. Porém, por quê,
se temos o roteiro exato da Nova Estrada? A diferença entre a Velha e a Nova pode ser
observada nas ruínas de velhos templos que marcam a Velha. A Velha Estrada foi pontilhada por
mil tribos e dividida durante muitos séculos. Prosseguindo nessa viajem chegamos a um longo e
puro sentimento, que nos dá a Razão deste novo caminho, de novas perspectivas, onde
desmancharemos o ciclo vicioso que nos leva à Velha Estrada. As primeiras coisas que
observamos no velho caminho são as ruínas dos velhos templos! Filho, procure sempre a lógica
do que lhe digo. Não raciocine por mim e sim pelo que pode acumular. Do nosso lado esquerdo
sentimos a Magia Magnética Animal “dançando” ou se movimentando em diferentes mecanismos,
oferecendo o sacrifício do corpo humano, despejando as pesadas cargas da superstição, da
insegurança e do medo. A Magia Nativa acompanha a Velha Estrada, que é construída por
experiências de tribos diversas e envolveram sacrifícios de bichos e animais, no Egito primitivo,
nas ofertas aos deuses. Então, meu filho, prosseguindo cautelosamente, mais um pouco, nessa
viagem, chegaremos a um lugar onde veremos a construção definitiva desta Nova Estrada, cuja
obra se faz dentro de nós mesmos, edificada pela Lei do Auxílio do Cristo único, Jesus, Nosso
Senhor, lutando contra a pobreza e a doença. Pelo outro lado do caminho vemos ainda outras
tribos naturais, realizando as mesmas cerimônias de superstição e medo. O que me assusta são
os Homens-Pássaros com semelhança humana, rápidos, inteligentes, oferecendo a cura e coisas
materiais, e que ficam revoando até conseguir seu objetivo. Deus não trouxe o Homem a esta
Terra para sofrer ou levá-lo à miséria. Criou-o para ser feliz, dando-lhe a inteligência no livre
arbítrio. Todavia, depois de tudo o que o Homem fez contra as Leis, se aproveitando dos velhos
pergaminhos, buscando o que já deixamos para trás e o que nos fez voltar, segundo as Leis e as
forças que Deus criou, filho, o mundo nos faz perguntas e a sociedade nos obriga a responder. As
perguntas são transmitidas e aplicadas pelas vibrações.” (Tia Neiva - Carta Aberta n. 8, 4.10.77)

MAGIA NEUTRA
VEJA: MAGIA NATIVA

MÁGOA
No entender como sentimento, a mágoa é consequência de uma desatenção, de uma ofensa
ou desconsideração, tanto mais profunda quando o agente provocador seja uma pessoa próxima,
querida ou amada. Quando somos vítimas de ações agressivas ou de falsidades, temos a mágoa
como se fosse uma ferida na alma. Podemos perdoar a quem nos ofendeu, a quem nos traiu, a quem
nos machucou, mas a ferida fica – a mágoa – que, de tempos em tempos, mesmo que tenhamos
perdoado a quem nos feriu, sangra e dói. Somente o tempo alivia a dor da mágoa, e temos que ter
muito para lidar com isso, evitando que, em casos mais dolorosos, a mágoa dê lugar ao
ressentimento (*). O Jaguar tem a consciência de seus reajustes e das oportunidades que surgem,
geralmente inesperadas, de se colocar diante de cobranças transcendentais. Por isso, deve buscar
defesas para sarar suas mágoas o mais rápido possível, entendendo que deve anular o mal que lhe
machuca, revidando com o bem àqueles que lhe magoam, tentando fazer o bem a quem tenta feri-lo,
com isso cumprindo os compromissos que assumiu ao voltar à Terra. O Jaguar sabe que os
momentos dolorosos nos purificam e aprimoram nossa força interior, e tem a preocupação de não
magoar ninguém. Aprende a retribuir com gratidão tudo o que recebe de bom e positivo, a ser grato e
benevolente com seus parentes e amigos, a ser carinhoso e amável com todos os que dele se
aproximam, cuidando para que seus gestos e palavras sejam portadores de vibrações positivas,
evitando sempre ser contundente para não magoar os outros. Se a mágoa ou a calúnia atinge o
Jaguar, ele não perde tempo em lamentações, buscando superar o mal com sua dedicação na Lei do
Auxílio, manipulando as forças negativas, mantendo seu pensamento positivo e irradiando sua luz
interior, confiante em seus Mentores, que o ajudarão a passar pelas dificuldades. Sabendo caminhar
dentro da conduta doutrinária (*), tendo cuidado para não ferir o sentimento de outras pessoas,
evitando a crítica e o julgamento, controlando os momentos difíceis de mau humor, dizendo um “não”
de forma firme mas suave, tendo tolerância e ouvindo com calma as queixas e reclamações,
respeitando as idéias alheias e buscando ser, sempre, gentil e benevolente, o Jaguar sabe que
diminui bastante o perigo de magoar alguém. E quando se sente magoado, deve afastar o julgamento
ou pensar mal de quem o feriu, pesando o seu próprio coração. Deve procurar inverter a situação,
analisando-a como se estivesse no lugar de quem o magoou, e, certamente, isso vai ajudá-lo a pesar
melhor os fatos e palavras que o feriram, pois um bom exame de consciência demonstrará os erros
da sua personalidade que podem ser corrigidos pelas críticas daqueles que estão em nosso redor.
Em lugar de mágoas, devemos ter a humildade de entender que certas situações servem para nos
mostrar nossos próprios erros e deficiências.

FALANGE MISSIONÁRIA DE MAGOS


Na Planície Peloponense havia um povoado onde uma pitonisa, chamada Magdala, Madrinha
dos Devas, formou um grupo de Nityamas (*), poderosas moças que manipulavam muitas energias,
fazendo trabalhos que protegiam aos numerosos homens que partiam para as guerras. Dominavam
forças que atuavam nas condições meteorológicas, faziam profecias e liam a sorte nas mãos. Os
homens que ficavam na aldeia, inválidos ou muito jovens para participar de combates, começaram a
ajudar as Nityamas, e receberam sua consagração como Magos, Filhos de Devas, após
desenvolverem sua mediunidade e adquirir poderes espirituais. Em sua origem persa, magu significa
“poderoso”. Viajavam, atravessando terras e mares, levando à humanidade seus conhecimentos
doutrinários e a Voz do Céu. No Oriente, os Magos obtiveram grande importância política e religiosa,
chegando a ter autoridade de reis, mas não eram reis. Medas e Persas, Assírios e Caldeus foram
profundamente influenciados pelos Magos, que tinham os profundos conhecimentos da Astronomia e
da Astrologia, participando, também, pela influência do Judaísmo, da expectativa da chegada do
Messias. Alertados pela Estrela Sublimação, três Magos foram a Jerusalém para adorar o Filho de
Deus, que nascera em Belém, sempre guiados pela Estrela. Seus nomes eram Melchior (em hebreu:
“Rei da Luz”), Baltazar (aramaico: “Deus proteja a vida do Rei”) e Gaspar (persa: “O Vencedor”). Na
Bíblia, Mateus relata, em seu Evangelho (II, 3 a 12): “Tendo, pois, nascido Jesus em Belém de Judá,
em tempo do rei Herodes, eis que uns Magos do Oriente vieram a Jerusalém, dizendo: Onde está o
Rei dos Judeus, que nasceu? Porque vimos a sua Estrela no Oriente e viemos adorá-lo. Ouvindo isto,
o rei Herodes perturbou-se e toda Jerusalém com ele. E convocando todos os príncipes dos
sacerdotes e escribas do povo inquiria deles onde Cristo haveria de nascer. E disseram-lhe eles: Em
Belém de Judá, porque assim foi escrito pelos profetas. Então Herodes, chamando secretamente os
Magos, inquiriu deles, com todo o cuidado, sobre o tempo em que lhes aparecera a Estrela. E tendo-
os enviado a Belém, disse-lhes: Ide e informai-vos sobre a criança e, quando a encontrardes,
comunicai-mo, para eu também ir adorá-la. Eles, tendo ouvido o rei, partiram. E eis que a Estrela que
tinham visto no Oriente os precedia, até chegar e pousar sobre o lugar onde estava o Menino. Ao
verem a Estrela, alegraram-se sobremodo. E ao entrar na casa, encontraram o Menino com Maria,
sua Mãe. E prostrando-se, O adoraram. E abrindo seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes de ouro,
incenso e mirra. E, havida resposta em sonhos que não tornassem a Herodes, voltaram por outro
caminho para a sua terra.” As Escrituras ainda confirmam que os Magos eram uma casta sacerdotal
sábia, existente entre Medas, Caldeus e Persas, e que os sábios ofertaram os três presentes
homenageando a Divindade de Jesus (incenso), a Sua Realeza (ouro) e a Sua Humanidade, isto é,
teria que nascer e morrer (mirra, um refinado perfume oriental). Como a Falange de Magos é
especialmente destinada às crianças e adolescentes, a partir dos 12 anos pode ser usada sua
indumentária, mas, até completarem 18 anos, só poderão ficar no Templo até às 20 horas. Nityamas
e Magos formam filas magnéticas, fazem corte para os rituais, imantram o ambiente e acendem a
Chama da Vida. Sob o comando do Primeiro Mago, Adjunto Valejo, Mestre Jefferson (Tim), os
Magos, conforme suas consagrações e faixa etária, estão presentes em todos os setores de
trabalho, obedecidas as instruções dos Trinos Presidentes Triada, de 9.2.97, que estabeleceram que,
a partir daquela data, os Magos e Príncipes Mayas, para participarem dos trabalhos evangélicos e
iniciáticos na sua individualidade, devem usar o uniforme de Jaguar (camisa preta, calça e capa
marrons). A indumentária de Falange fica restrita aos trabalhos da Falange nos rituais do Amanhecer.
Por se tratar, na sua maioria, de jovens, menores de idade, devem obedecer às orientações já
existentes sobre o assunto. (Veja: ADOLESCENTES). Em reunião de 19-9-95, o Trino Ajarã e os
Mestres Devas decidiram: a) o Mago poderá emitir “7º Raio” ou “Vindo do 7º Raio” nos Adjuntos de
sua preferência, Devas ou não, desde que seja um Centurião consagrado e tenha recebido sua
classificação; b) caso o Adjunto de sua escolha não seja Alufã ou Adejã, a emissão do Mago terá as
seguintes características: I: não deverão colocar o termo ”Mago” antes da expressão “Filho de Devas”
e da Falange do Mestrado; II) emitir após o nome do Povo a expressão “Mago missionário do Adjunto
Alufã (ou Adejã)”, seguido da procedência do Adjunto escolhido, ou seja, “7º Raio” ou “vindo do 7º
Raio” na ordem do Ministro de sua escolha; e III) retirar a expressão “A serviço do Adjunto...”; c) caso
o Mago Centurião fizer opção somente pelos Adjuntos Alufã ou Adejã, a emissão terá as seguintes
características: I) colocar o termo “Mago” antes da expressão “Filho de Devas” e da Falange do
Mestrado, por ser, além de missionário, um componente do Adjunto Alufã ou Adejã; II) emitir “7º Raio”
ou “Vindo do 7º Raio” na ordem do Ministro Alufã ou Adejã, após o nome do Povo; e III) retirar a
expressão “A serviço do Adjunto... “; d) os Magos que ainda não são Centuriões deverão emitir
apenas a expressão “Mago missionário do Adjunto Alufã (ou Adejã)” após o nome da Falange, não
podendo emitir em outros Adjuntos antes de receber a Consagração de Centúria e a Classificação,
mesmo os pertencentes a Templos Externos; ficando acertado que a emissão seria ajustada após
reunião dos Devas e do Trino Ajarã com todos os Magos do Templo-Mãe e posterior divulgação aos
Adjuntos Arcanos e Presidentes. Visando dirimir dúvidas e adequar o ingresso e a participação de
mestres nas falanges, bem como as suas atribuições, os Trinos Presidentes Triada, em reunião
realizada com os Mestres Devas (Alufã, Adejã e Umaray), no dia 3.10.98, decidiram que a partir desta
data deveriam ser observados os seguintes procedimentos (Orientações às Falanges Missionárias
N.º 1): 1. Fica limitada a 12 anos a idade mínima e a 18 anos a idade máxima para os jovens
ingressarem nas falanges de Nityamas/Nityamas Madruchas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes
Mayas. Os referidos mestres e ninfas poderão pertencer às respectivas falanges por tempo
indeterminado, ou seja, não haverá idade limite para deixarem as suas falanges. A partir dos 16 anos
de idade, o jovem que não desejar participar de uma das falanges citadas poderá escolher outra
falange missionária de sua afinidade; (...) 3. A emissão reduzida (provisória) deverá ser utilizada
pelas Nityamas. Gregas, Mayas, Magos e Príncipes, não centuriões, exclusivamente para acender a
Chama da Vida no Turigano, quando da Entrega das Energias. Frisamos que não poderá ser utilizada
nos trabalhos de Abatá, Alabá, Quadrantes, Anodização, Sandays etc.; 4. Nos Trabalhos de
Julgamento e Aramê a corte de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes deverá ser liberada
logo após conduzirem a representante da Condessa Natarry ao seu posto. Não deverão permanecer
no Turigano até a incorporação de Pai João de Enoque ou o término do Aramê. Após apagarem a
Chama da Vida, o Mago e a Nityama escalados deverão ser liberados; (...) 8. A ninfa (ou mestre)
somente deverá participar de uma falange missionária quando receber a sua Consagração de
Centúria, com exceção do ingresso nas falanges de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes.
Contudo, se desejar, está liberada a fazer a sua consagração com a indumentária da falange; (...) 10.
Na Consagração de Falange Missionária, no Dia do Doutrinador (1º de Maio), nas cortes da
Consagração dos Adjuntos, somente poderão participar as missionárias(os) com as suas respectivas
indumentárias. Não deverão participar de uniforme de Jaguar, branco ou qualquer outra indumentária.
(...) 18. A partir desta data, a emissão de todas as missionárias(os) deverá ser entregue pelo Castelo
dos Devas, com a apresentação, por escrito, da Primeira ou Primeiro da falange, conforme modelo
padronizado pelos Devas, exceto as emissões das ninfas e mestres das falanges de Nityama, Grega,
Maya, Mago e Príncipe, não Centuriões, as quais devem ser entregues pela Primeira ou Primeiro
após uma avaliação para acender a Chama da Vida.
CANTO DOS MAGOS:
1. Ó, JESUS, QUEM TE FALA SOU EU, O MENOR DOS JAGUARES, TESTEMUNHA VIVA DA
ESTRELA SUBLIMAÇÃO QUE ANUNCIAVA, NA MANJEDOURA, A CHEGADA DO TEU JESUS
MENINO. SOU JAGUAR, SOU MAGO, QUE ORA ACENDO A CHAMA VIVA E
RESPLANDESCENTE DOS QUE DESCEM DO REINO CENTRAL E PASSAM POR AQUI COMO
PEQUENOS PASTORES QUE, PELA ESTRELA GUIA, CHEGARÃO A JESUS MENINO!
REPRESENTO, TAMBÉM, OS TRÊS REIS MAGOS, QUANDO NAQUELA ERA DISTANTE TE
OFERECERAM INCENSO, MIRRA E OURO. E EU, JESUS, PARA TE SERVIR, ACENDO A CHAMA
VIVA E RESPLANDESCENTE DO PODER DA INTEGRAÇÃO PARA QUE TODOS QUE VÊM DA
ESTRELA CANDENTE SEJAM ABENÇOADOS PELAS SUAS ENERGIAS, NO CLARÃO DESTE
SIMBOLISMO UNIVERSAL. É A CHAMA DA VIDA E DO AMOR! QUE AS FORÇAS SE
DESLOQUEM, Ó, JESUS, E EU POSSA MELHOR SERVIR! SÃO CAVALEIROS VERDES, SÃO
NINFAS, SÃO TERNURAS QUE PASSAM POR AQUI, ILUMINADOS PELA ENERGIA DO SEU SOL
INTERIOR, CONCENTRADA PELA SUA JORNADA, VINDA DO REINO CENTRAL. CONTINUAREI,
JESUS, SEMPRE COM - O -// EM CRISTO JESUS. SALVE DEUS!
2. ACENDENDO A CHAMA: SALVE DEUS! Ó, JESUS! EU, O MENOR DE TEUS SERVOS,
REPRESENTO AS TRÊS FORÇAS DO ORIENTE: INCENSO, MIRRA E OURO. SÃO PODERES,
JESUS, QUE ORA BUSCO, NA CERTEZA ABSOLUTA DE TE ENCONTRAR E RECEBER A
FORÇA TRANSCENDENTAL DA HERANÇA QUE DEIXEI, POR NÃO SABER AMAR! ORA SINTO O
RESPLANDECER EM MIM, NA PERSEVERANÇA DE UMA NOVA ERA, NA SEGURANÇA DO MEU
SOL INTERIOR! PARTIREI SEMPRE COM -0-// EM CRISTO JESUS. SALVE DEUS!
3. APAGANDO A CHAMA: Ó, JESUS, A ESTRELA TESTEMUNHA, EM SEU BRILHO SINGULAR,
ENTRE TODAS A MAIS RICA ESCOLHIDA POR DEUS, QUANDO NAQUELA ERA DISTANTE
ANUNCIOU JESUS MENINO, ACOMPANHOU NO DESERTO OS TRÊS REIS MAGOS DE LUZ,
QUE TE OFERECERAM OURO, MIRRA E INCENSO, E, TAMBÉM, O SEU AMOR! HOJE, JESUS,
QUERO TAMBÉM TE AJUDAR! SOU MAGO PEQUENINO, QUERO A LUZ DESTA ESTRELA PARA
ESTA CHAMA APAGAR, SERVINDO, EM TEU SANTO NOME, À MINHA TRIBO DE MESTRE
JAGUAR, QUE EM NOME DE DEUS PAI TODO PODEROSO, OFEREÇO COM // EM CRISTO
JESUS. SALVE DEUS!

MANTRAS
Nas antigas tradições orientais já se sabia que o fundamento de qualquer trabalho mediúnico
é o controle e a manipulação da força mediúnica, o que caracteriza a maior ou menor capacidade do
médium de se colocar a serviço da espiritualidade. A energia mental alimenta a força mediúnica
através de movimentos e sons, normalmente cadenciados e rítmicos, denominados mantras. Na
nossa Doutrina, consideramos mantras as orações e preces, como o Pai Nosso - o Mantra Universal
-, a Prece de Simiromba e outras, e também alguns hinos, que integram o fascículo “Hinos
Mântricos”, e se constituem em vetores energéticos, verdadeiras linhas de força que agem como
chaves para as falanges e combinação de energias para a realização de cada tipo de trabalho.
Quando fala ou canta um mantra, o médium emite uma carga de ectoplasma.
 “E mais uma coisa, meus filhos: quando vocês puderem cantar... O canto se transforma em
mantras junto ao seu ectoplasma. É um ectoplasma crístico que lhe permite fazer seus pedidos
enquanto você está cantando os mantras. Sempre que puderem, cantem! Nós ionizamos o nosso
Templo e deixamos aqui, em haver, quando saímos, tantos mantras do nosso magnético animal
extraídos do Sol Interior. Não se esqueçam disto! (...) Os mantras cantados são como luzes, é um
trabalho em louvor à Espiritualidade, é como se vocês abrissem uma conta corrente nos Mundos
Encantados!...” (Tia Neiva, 27.6.76)

MATUROS
Por mensagens de 5 e 22.2.83, os MATUROS receberam de Koatay 108 a missão de cuidar e
manter os trabalhos no SUDÁRIO, dando permanente assistência àquele setor de trabalho.
COMPONENTES: Dois Trinos mais os Cavaleiros e suas escravas (Maturamas) que se decidirem por
assumir esta responsabilidade.
ATRIBUIÇÕES:
 Os Cavaleiros Maturos deverão participar ao Executivo a necessidade de reparos físicos naquele
setor de trabalho;
 Observar a manutenção diária deste setor;
 Observar para que não falte o necessário - sal, perfume, lanças e velas;
 Observar a regularidade do ritual conforme a Lei;
 Irmanar-se aos Comandantes do Dia, convidando mestre e ninfas para participarem no Sanday e
no atendimento aos pacientes, contribuindo com sua própria participação na realização dos
trabalhos sob sua manutenção;
Os Trinos Maturos deverão comunicar ao Adjunto Maior as ocorrências dentro de seu grupo e
as que se referem às suas tarefas. O Grupo deverá se conscientizar de sua missão e, em reunião,
escalar Trinos e Cavaleiros para a execução de suas tarefas, de maneira que todos os dias estejam,
no Templo, representantes do grupo, observando, primeiramente, à escala do Executivo ou do
Adjunto.
 “Meus mestres e meus filhos que vão assumir essa nobre responsabilidade: espero de vocês o
amor nas maneiras, na Lei, nas ordens e na execução de suas tarefas. Espero que se recordem
sempre de mim quando estiverem impacientes em suas atribuições, com as falhas dos outros.
Lembrem-se, sempre, de que entre ele e você, estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a
vocês quando não estão certos, quando têm algum erro na Doutrina: MUITO AMOR! Meus filhos,
com o amor conseguimos o discípulo amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre, que vocês
são a Lei e que a Lei existe. Vocês são a palavra, a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” (Tia
Neiva, 5.2.83)
 “Filho, vamos começar nos primeiros passos para uma vida missionária. Filho, seja você mesmo a
descobrir a sua estrada na Vida, sem profetas ou profetizas. Descubra o seu próprio caminho e
ande com suas próprias pernas. Desperte para a Vida, a verdadeira Vida! Não desanime à frente
dos obstáculos. Os obstáculos são atraídos pela força do nosso triste pensamento! Não se
impressione com os sonhos e não fique a querer interpretá-los. O sonho é uma arma dos
supersticiosos. Procure o lado bom da vida, seja otimista. Procure subir e espere sempre o melhor.
Com o coração esperançoso, teremos todas as coisas nobres que desejarmos. Filho, o que desejo
é transmitir um pouco desta sabedoria que a Vida Iniciática nos tem proporcionado nesta jornada!”
(Tia Neiva, 17.6.83)
MAYANTE
Mayante é uma Casa Transitória, regida por Simiromba, de onde chega toda a força
desobsessiva para os trabalhos do Templo. Existem sobre os panôs, no Templo, antenas metálicas -
que o povo chama “chifrinhos” ou “morceguinhos” - na Parte Evangélica e na área dos Tronos que
captam a energia emitida por Mayante e a espalham, como se fossem pulverizadores, fazendo com
que ela chegue até aos nossos irmãos, encarnados e desencarnados, que se encontram no Templo.
É uma energia pura e muito clara, luminosa mesmo, que faz com que as trevas sejam rompidas,
fazendo com que muitos que estão perdidos na escuridão passem a ver a Luz! O deslocamento de
forças se faz na medida exata, necessária aos trabalhos. É projetada em cada médium nas morsas
(cruzes) que trazem em seus braços, de acordo com a capacidade de cada um. Mayante não tem
ligação com a Pira. Ao fazer sua preparação, o médium faz sua ligação com a Corrente Mestra, que
vem diretamente de Tapir. A força de Mayante é complementar a essa. Enquanto Tapir é a energia
geral, que alimenta os Sandays, a energia de Mayante se desloca de acordo com a individualidade
dos médiuns, ajudando-os na realização de cada trabalho. Na abertura dos trabalhos, quando se
emite o Mantra de Mayante, enquanto a energia da Corrente Mestra flui pela Pira, a energia vinda de
Mayante se espalha através das antenas metálicas.
 “Naquela tarde, mais do que nunca, um misto de sonho e de realidade, uma coisa esquisita,
parecia comprimir a minha cabeça. Saí caminhando, fui até o meu trono, no pico da serra. Visitei
todos os pequenos grupos. Comecei a pensar que aquela coisa estranha fosse um aviso, uma
mensagem de alguém do além, que estivesse me avisando. Sim, realmente, era uma mensagem,
mais que uma mensagem! Recebi MAYANTE, o rico MANTRA DE ABERTURA, que também se
afirmou em todo o meu ser, fazendo-me encontrar comigo mesma, harmonizando o meu Sol
Interior. Porém, não ficou somente nesta tarde. Dali parti e fui decidir, com amor, a minha vida, no
quadro sentimental, emocional. Parti dali. Fui, fisicamente, seguindo o meu destino, e fui decidida
na continuação do meu sacerdócio, da minha missão!... Era 9 de novembro de 1959...” (Tia Neiva)

MAYAS
A civilização Maya foi uma de nossas ricas e tristes reencarnações, na península de Yucatan,
no México, onde tínhamos um desenvolvimento material e científico superior ao de hoje, com amplo
controle da energia atômica. Havia o Homem-Pássaro, que voava por todas as direções com um
macacão especial, cheio de tubinhos energéticos. Entre os Mayas, grandes sábios recebiam
instruções diretamente de Capela, tinham a Voz Direta e realizavam grandes fenômenos. Em sua
ambição, pretenderam capturar uma das amacês que passavam em vôo razante, projetando a
energia de Capela para aquele povo, mantinham aquelas áreas livres de certos animais que
aterrorizavam o Homem, traziam instruções, porém sempre sem atravessar o neutrom. Só que
aprisionaram uma amacê errada, que produziu a desintegração de toda aquela civilização.

FALANGE MISSIONÁRIA MAYA


As Mayas têm como Primeira a Ninfa Lua Nancyara e como Adjunto de Apoio o Trino Maralto,
Mestre Gilfran, tendo como prefixos Adalã e Adalã-Ra. Visando dirimir dúvidas e adequar o ingresso
e a participação das ninfas nas falanges, bem como as suas atribuições, os Trinos Presidentes
Triada, em reunião realizada com os Mestres Devas (Alufã, Adejã e Umaray), no dia 3.10.98,
decidiram que a partir desta data deveriam ser observados os seguintes procedimentos (Orientações
às Falanges Missionárias N.º 1): 1. Fica limitada a 12 anos a idade mínima e a 18 anos a idade
máxima para os jovens ingressarem nas falanges de Nityamas/Nityamas Madruchas, Gregas, Mayas,
Magos e Príncipes Mayas. Os referidos mestres e ninfas poderão pertencer às respectivas falanges
por tempo indeterminado, ou seja, não haverá idade limite para deixarem as suas falanges. A partir
dos 16 anos de idade, o jovem que não desejar participar de uma das falanges citadas poderá
escolher outra falange missionária de sua afinidade; (...) 3. A emissão reduzida (provisória) deverá
ser utilizada pelas Nityamas. Gregas, Mayas, Magos e Príncipes, não centuriões, exclusivamente
para acender a Chama da Vida no Turigano, quando da Entrega das Energias. Frisamos que não
poderá ser utilizada nos trabalhos de Abatá, Alabá, Quadrantes, Anodização, Sandays etc.; 4. Nos
Trabalhos de Julgamento e Aramê a corte de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes deverá
ser liberada logo após conduzirem a representante da Condessa Natarry ao seu posto. Não deverão
permanecer no Turigano até a incorporação de Pai João de Enoque ou o término do Aramê. Após
apagarem a Chama da Vida, o Mago e a Nityama escalados deverão ser liberados; (...) 8. A ninfa
somente deverá participar de uma falange missionária quando receber a sua Consagração de
Centúria, com exceção do ingresso nas falanges de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes.
Contudo, se desejar, está liberada a fazer a sua consagração com a indumentária da falange; (...) 10.
Na Consagração de Falange Missionária, no Dia do Doutrinador (1º de Maio), nas cortes da
Consagração dos Adjuntos, somente poderão participar as missionárias(os) com as suas respectivas
indumentárias. Não deverão participar de uniforme de Jaguar, branco ou qualquer outra indumentária.
(...) 15. A partir desta data, a emissão de todas as missionárias(os) deverá ser entregue pelo Castelo
dos Devas, com a apresentação, por escrito, da Primeira ou Primeiro da falange, conforme modelo
padronizado pelos Devas, exceto as emissões das ninfas e mestres das falanges de Nityama, Grega,
Maya, Mago e Príncipe, não Centuriões, as quais devem ser entregues pela Primeira ou Primeiro
após uma avaliação para acender a Chama da Vida.
CANTO DA MAYA:
Ó, JESUS, ESTA É A HORA DA INDIVIDUALIDADE! VENHO TRAZER-TE ESTE MOMENTO DE
LUZ QUE TENHO EM MEU CORAÇÃO, RESTOS DE UMA VIDA QUE ME FEZ VOLTAR POR NÃO
SABER AMAR! CONHECI A CIÊNCIA CÓSMICA, PROMOVI A VIRGEM DO SOL, SOU TAMBÉM A
ALEGRIA DA LUA! PROCURO, JESUS, ENCONTRAR O BRILHO DA JOVEM GUERREIRA: A
VIRGEM DO SOL. Ó, JESUS, TUDO QUEREMOS FAZER NESTA JORNADA PARA UMA NOVA
ERA! ESTAMOS, Ó, JESUS, COM - O -// EM TEU SANTO NOME, JESUS QUERIDO. SALVE DEUS!

MEDICAMENTOS
O medicamento é a substância de origem mineral, vegetal ou animal preparada como
remédio, visando aliviar ou curar disfunções físicas ou mentais que surgem no corpo físico. Em nossa
Doutrina lidamos com a cura desobsessiva e a única recomendação a um paciente é que tome água
fluidificada. Não se receitam medicamentos e nem se manda parar algum que esteja sendo usado. As
entidades podem recomendar que o paciente procure um médico terrestre, mas não fazem indicação
de remédios. Sabemos que quase a totalidade das doenças que acometem o Homem começam em
seu corpo etérico, projetando-se no corpo físico. Assim, cuidamos das causas - a obsessão e o
equilíbrio vibracional - e deixamos que os médicos tratem o corpo físico. O único cuidado que temos
no uso de medicamentos é a proteção de efeitos secundários, pois, especialmente nos remédios da
Homeopatia, existem muitos produtos contendo álcoois ou substâncias que alteram a mediunidade, e
isso pode e deve ser evitado com a conscientização do médium, fazendo uma prece e pedindo sua
proteção. A Espiritualidade, diante da necessidade, cria proteções do fluxo mediúnico, impedindo que
aquelas substâncias causem qualquer alteração. Uma outra providência positiva é a potencialização
dos medicamentos a serem tomados. Isso pode ser feito colocando-se as caixas de medicamentos
em nosso Aledá, por algum tempo, ou segurando-as na mão esquerda e, com a mão direita erguida,
fazendo uma prece e pedindo à Espiritualidade que deposite, nos medicamentos, a força que irá
complementar e reforçar aquelas substâncias em benefício de quem as irá consumir.
 “Pensamos naquele homem cuja perna ia perder. Chegou um cientista e, no plano físico, deu-lhe
um remédio e o liberou. Porém o homem, com suas duas pernas, pôs-se a correr, a chocar-se em
desafio com outros homens. Voltou à sua dor primária, indo ver-se em seu antigo estado. O
cientista, tornando a vê-lo, triste, foi dar o mesmo remédio. Não, ele não precisava mais do
cientista! Desta vez, sua doença era na alma. Enganava-se. O cientista tirou do bolso o Evangelho
e lhe deu a cura!...” (Tia Neiva, 12.12.78)

MÉDICOS DO ESPAÇO
Os MÉDICOS DO ESPAÇO são Raios de Olorum (*), entidades médicas especialmente
direcionadas para a cura espiritual e física, que, formada em falanges dirigidas por um Médico Chefe
- como, por exemplo, as do Dr. Fritz e do Dr. Bezerra de Menezes -, agem na manipulação de forças
que produzem o reequilíbrio energéticos dos pacientes, resultando na harmonização do padrão
vibratório que irá eliminar as causas das doenças (*) provocadas tanto por agentes biológicos ou
químicos como pela irradiação de elítrios e outros obsessores. (Veja: Cura Desobsessiva)

MEDITAÇÃO
A meditação é uma forma de utilizar a quinta onda da energia mental (*), característica do
Homem da Nova Era, para intensificar o espírito, isolando-se do mundo, do burburinho que nos
rodeia, e nos projetando em um ambiente de harmonia, equilíbrio e paz. Se tivermos um vulcão
dentro de nós, nossos sentimentos e nossos pensamentos em turbilhão, não poderemos proferir
palavras calmas e de paz. De nada adiantam atitudes mansas se elas apenas são uma máscara
que esconde nossa agitação interior. Temos, sim, que atingir um estado de calma interior e o
melhor caminho é a meditação. Pela meditação, desenvolvemos nosso cérebro direito, onde se
localiza nossa sensibilidade espiritual, melhorando nossa disciplina, a ordenação de nossos
pensamentos, e nos dispondo para fazer o Bem, permitindo novas descobertas sobre nosso próprio
ser e dos que nos rodeiam. É pela meditação que se consegue o equilíbrio da energia mental sem
deixar de se estar consciente do corpo e da mente, independentemente do ambiente em que se está,
conseguindo-se mergulhar cada vez mais fundo no Eu interior, buscando a sintonia com a Voz do
Silêncio! Mesmo tendo que enfrentar problemas pessoais, familiares e espirituais, o Homem encontra
sua base de resistência e de ação na meditação. Meditar, decidir e agir - assim procede o Jaguar
equilibrado, consciente de sua missão. A meditação tem, como base, a concentração (*). Um
importante fator para a boa meditação é o da respiração. Deve-se inspirar lentamente, consciente da
entrada do ar no organismo, contando, mentalmente, até dez. Depois, expirar, também lentamente, e
quando sentir que expeliu o ar, soprar suavemente, fazendo com que os resíduos do sistema
respiratório sejam também expelidos. Usar este método respiratório até sentir que absorveu suficiente
prana (*). A postura deve ser a mais confortável possível. Esta preparação é a primeira fase da
meditação. A seguir, há o corpo da meditação, isto é, a meditação propriamente dita, não só
imaginativa e intelectual, mas também afetiva, ou seja, orientada à assimilação e vivência dos
aspectos doutrinários e da realidade que nos cerca. A fase final é a conclusão, isto é, as decisões e
resoluções frutos da meditação, que sempre são influenciadas pela Espiritualidade, e que serão
acolhidas pela nossa consciência, tornando-nos mais receptivos à graça e ao amor de nossos
Mentores, tornando-nos mais conscientes, mais confiantes e mais felizes. Quando você está na
quietude da Natureza ou na paz do Templo, deve se voltar para dentro de si mesmo, por alguns
instantes, para participar do grande Silêncio de Deus. Mas, mesmo mergulhado na turbulência do dia-
a-dia, nos alvoroços e desafios da vida, pela meditação você pode ter a sua mente tranquila, manter
sua quietude interior que transforma seu coração no Templo do Espírito. Nos momentos difíceis de
sua vida, na agonia da indecisão, procure chegar, física ou mentalmente, aos pés de nosso Pai
Seta Branca, e com amor, humildade e confiança, inicie sua meditação com uma pequena
abertura: “Pai! Perdoa minha ansiedade e minha vontade! De coração, querido Pai, que seja
feita a Tua vontade!” A meditação lhe trará, se não a resposta para suas ansiedades, as
condições mentais para que possa enfrentá-las.
“A falta de meditação é mais prejudicial ao Apará do que à própria consciência do médium, porque o
Homem que quiser demorar-se na investigação do seu ego, encontrará, para sua descoberta, o
raciocínio, a convicção e a conclusão, pois só chegamos a um acordo quando entramos em
harmonia com o nosso Centro Coronário.” (Tia Neiva, 28.6.77)

MÉDIUM
Médium é o ser humano, conscientemente desenvolvido, que usa a sua mediunidade (*) para
recepção e emissão de numerosas forças, controlando o fenômeno natural de relações com outros
espíritos. Na Doutrina do Amanhecer são preparados médiuns de incorporação - os Aparás - regidos
pela força da Lua, e os Doutrinadores - conscientes e alertas para os fenômenos, regidos pelo Sol.

MÉDIUM CURADOR
De modo geral, o médium bem desenvolvido tem condições de agir, por força do ectoplasma
que emite, na matéria física exterior ao seu corpo, realizando fenômenos de desmaterialização e de
materialização, alterações em padrões vibratórios ou magnéticos, transportar objetos, e outros. Esse
aspecto é que determina o médium de efeitos físicos, entre os quais se pode incluir o médium
curador, pois a cura desobsessiva (*) se baseia na desmaterialização. Porém, o médium curador tem
uma característica própria, sendo portador do fluido necessário à sua missão específica, que lhe
permite agir através do corpo sutil do paciente, sem necessidade de qualquer contato físico, desta
forma sendo possível a cura à distância. Acontece que o médium curador está apenas oferecendo
condições para a ação dos Espíritos de Luz no paciente, cuja cura ou não vai depender de situações
cármicas que estão muito além do conhecimento do médium, no domínio da Espiritualidade. Existem
muitos médiuns que fazem até cirurgias invisíveis, que comumente acontecem nos nossos trabalhos
de Randy, pois exigem uma concentração fluídica maior, impossível de ser gerada por um só
médium. A maioria dos trabalhos de cirurgia espiritual que são feitos por médiuns de outras linhas,
em que é montado um verdadeiro espetáculo de imitação de técnicas cirúrgicas da Medicina da
Terra, são desenvolvidos ficticiamente, por espíritos do mundo (*) invisível. Existem trabalhos sérios,
conduzidos por Espíritos de Luz, Médicos do Espaço que usam a imagem de extrações físicas de
tumores, de cortes cirúrgicos, sem anestesia e sem infecções, em um ou dois pacientes, apenas com
o propósito de despertar a confiança dos demais, concentrando suas vibrações e energia na cura de
seus males, uma vez que ali estão grupadas pessoas de diversas linhas e religiões, de variada gama
de forças vitais, emitindo os mais variados padrões vibracionais. Pelo choque da visão das cirurgias,
a confiança e a esperança fazem com que haja uma harmonização coletiva, facilitando o trabalho das
falanges de Médicos espirituais que irão atuar.

MEDIUNIDADE
O objetivo da mediunidade é o resgate cármico, correção dos erros praticados no passado,
um conjunto de forças que se manifesta no ser vivo, emanando do corpo físico e agindo em conjunto
com o mecanismo psicofísico, mas com padrão vibratório muito mais elevado e mais rápido. A
glândula pineal (*), se constitui na sede fisiológica dos fenômenos da mediunidade, controlando os
demais centros energéticos. Centro do hiperconsciente, é a responsável pelo nosso sexto sentido,
captando e selecionando forças pela sua percepção extrasensorial, podendo ter seu funcionamento
aprimorado pelo desenvolvimento mediúnico. De natureza igual em todos os seres, varia em teor,
quantidade e forma de um para outro, fazendo com que não existam dois médiuns iguais. De acordo
com seu desenvolvimento, a glândula pineal permite maior ou menor capacidade das percepções
extrasensoriais, variando de indivíduo para indivíduo, determinando grande variedade na
manifestação mais comum das diversas mediunidades: a curadora - procede à cura pela força
emanada dos chakras das mãos; a vidência - quando se vê alguma coisa que está acontecendo em
outro lugar; a telepatia - comunicação somente pelo pensamento; a audiência - quando se ouve
alguma informação que não está sendo transmitida neste plano; a precognição ou premonição -
ciência antecipada de fatos que ainda vão acontecer; a retrocognição - conhecimento de fatos
passados, até mesmo de outras reencarnações; a psicocinésia - movimentação de corpos físicos pela
emissão de ondas mentais; e a psicofonia ou incorporação - manifestação de um espírito através do
médium. Dentro da idéia de energia (*), nosso corpo físico está equipado com sensores para
distinguir fenômenos em cinco faixas de vibrações: olhos, captando luz e cores; ouvido, captando
sons e ruídos; o nariz, captando os aromas; a língua, captando e distinguindo os sabores; e a pele,
sentindo frio ou calor, rigidez ou maciez, formas, enfim, tudo o que podemos avaliar pelo tato. Todas
essas sensações estão ligadas ao plano físico. O sexto sentido - a mediunidade - é a nossa relação
com outras dimensões, fora dos nossos conceitos limitadores de tempo e espaço. Quando reencarna,
o espírito traz geralmente sua missão, obrigando-o a desenvolver e utilizar sua mediunidade, que
pode ser cármica, quando ela atua como fator de equilíbrio dos conflitos da personalidade, ou
espiritual, refletindo a obra do espírito, como missionário do Sistema Crístico, colaborador da obra
divina. Os átomos formam moléculas e estas, por ações específicas, constituem os componentes dos
três reinos da Natureza, diretamente ligados à resultante das ações das forças de atração e de
repulsão que agem na organização molecular. Isso gera um campo magnético que permite o contato
com seres de diversas naturezas em situações geralmente muito especiais. Quando não há condição
deste contato ser físico, o Homem aprendeu a deixar um pouco sua consciência do plano físico e
penetrar num estado mais individualizado, ao qual denominamos transe, em que a força gerada por
seu campo magnético - a mediunidade - pode agir mais intensamente, porque está livre das
limitações da consciência. Fluindo através dos chakras (*) e até dos poros, o fluido magnético faz a
ligação entre os três grandes geradores vibracionais do Homem: seus órgãos, seus plexos e os
chakras. Podemos chamar o sistema nervoso (*) simpático ou autônomo de passivo e o
parassimpático de ativo, para facilitar o entendimento dos dois tipos de mediunidade em nossa
Corrente do Amanhecer: a do Apará, o médium de incorporação, está baseada no sistema nervoso
passivo, com base no plexo solar, tendo natureza passiva, orgânica e anímica, onde a vontade e a
consciência pouco ou nada atuam, uma vez que o ser que se comunica entra em contato direto com
seu sistema nervoso e assume parcialmente o controle mental do médium, fazendo a sua
comunicação, que tanto mais perfeita será quanto menor for a parcela de consciência do médium;
enquanto a do Doutrinador funciona com base física, no sistema nervoso ativo, feita pelo processo
cerebral, pela sensibilização do sistema endócrino, centrado na glândula pineal, com predomínio da
consciência e da vontade, fazendo com que passasse a existir um transe mediúnico totalmente
consciente. A mediunidade é um fenômeno natural que existe em todos os seres encarnados,
variando apenas sua natureza e intensidade de indivíduo para indivíduo. O médium é o intermediário,
o que faz a ligação entre o que é objetivo e o subjetivo, o que, pela intuição e ligações mais refinadas,
liga um plano a outro, o que permite o intercâmbio entre o mundo material e o mundo espiritual.
Trata-se de um dom natural e comum, tendo ocorrido, na História da Humanidade, de forma
ostensiva, mas sempre tratada com visão deturpada como sendo manifestação do sobrenatural, fruto
de milagres ou sob aspecto supersticioso. Na nossa Doutrina, a mediunidade é vista como um fato
natural, real e comprovável em qualquer pessoa. A base da mediunidade é uma energia sutil que se
origina na corrente sangüínea e se volatiza pelo sistema nervoso. Todos os seres humanos são
médiuns naturais, manipulando essa energia de forma subconsciente e controlada apenas pelos seus
sentimentos e pensamentos. Todavia, há casos em que esse controle escapa à vontade do indivíduo,
conduzindo-o a uma vivência negativada, marcada por doenças, desânimo, desajustes sociais e
desequilíbrio emocional, ou, num outro extremo, à exacerbação religiosa. Muitos cuidados devem se
ter com a mediunidade, destacando-se como muito importante a forma de ser conduzida e
desenvolvida. O médium capta vibrações dos planos espirituais e manipula essas energias com seu
magnético animal, produzindo poderoso fluxo energético. Dependendo de sua consciência, deve
começar a aprender a usar esse poder, integrando-se a uma corrente na qual se sinta harmonizado,
participando ativamente dessa corrente, seja ela positiva ou negativa, isto é, esteja ou não integrada
no Sistema Crístico. O desenvolvimento mediúnico deve ser feito com consciência, trabalho, estudo,
abnegação e amor. Nada acontece rapidamente, na Terra. O médium inquieto, apressado,
precipitado, desejoso de logo transmitir as mensagens do Céu antes de chegar ao seu ponto de
preparação, é candidato ao desequilíbrio e às perturbações da mente. Com boa vontade, o médium
procura no Evangelho as luzes das aulas do Divino e Amado Mestre Jesus, aprendendo a servir com
tolerância, humildade e amor, despertando todo seu potencial mediúnico, que lhe dará a oportunidade
de resgatar erros transcendentais e corrigir suas próprias deficiências e desajustes, fazendo da sua
mediunidade instrumento de sua reabilitação. Na Doutrina do Amanhecer só levamos em
consideração dois aspectos da mediunidade: a de incorporação, o médium APARÁ, força vibratória,
que incorpora uma entidade; e a do DOUTRINADOR, força básica de sua manifestação silenciosa
porém concreta, em perfeita sintonia com os planos espirituais. As demais formas de mediunidade -
psicografia, vidência, audição e outras - podem existir, mas não são desenvolvidas, por estarem
sujeitas a interferências e outros riscos desnecessários, já que lidamos com grande quantidade de
médiuns e, por nossas Leis, não são usadas em nossos trabalhos. No início do desenvolvimento é
revelada ao médium a definição da mediunidade de que é portador, e começam a lhe ser dados
ensinamentos básicos - técnico, doutrinário e místico - objetivando aumentar o potencial energético
do médium e diminuir a distância entre sua individualidade e sua personalidade. Apenas, para
preparar corretamente o plexo de médiuns que hajam passado por outras correntes, pode ser
necessário que ele permaneça algum tempo como Doutrinador e, depois de equilibrado, assuma sua
verdadeira condição como médium de incorporação. Os médiuns desenvolvidos apreendem mais
pela sua percepção mediúnica do que pelas suas qualidades psicológicas ou culturais. A assimilação
da Doutrina depende das situações individuais e cada um aprende à sua maneira. Embora saibamos
que existem inúmeras manifestações mediúnicas em crianças e adolescentes, muitas das quais se
apresentam como verdadeiros fenômenos, consideramos que a mediunidade é uma força que se
modifica com a idade e, na Doutrina do Amanhecer, temos o maior cuidado em conter os fenômenos
que se apresentam precocemente, pois até cerca dos 18 anos o magnético animal age no
desenvolvimento do plexo físico - o corpo - e o desenvolvimento ou o trabalho precoce, antes dessa
idade, pode gerar deficiências físicas pelo desvio da ação do magnético animal. A mediunidade se
renova e reativa pelo trabalho. Por isso, a constância no trabalho mediúnico é importante, pois o
médium vai se fortalecendo e aprimorando, ampliando seus limites e seu poder de ligação. O
médium que é inconstante, que se deixa levar pela preguiça ou pouco caso, não consegue a
confiança dos Mentores e nem a dos pacientes. Depois de considerado apto após o
Desenvolvimento (*), o médium do Amanhecer recebe sua consagração na Iniciação (*), e passa a
atuar ativamente na Lei do Auxílio, caminhando para obter novas consagrações - Elevação de
Espada (*) e Centúria (*) - que irão aumentar seu potencial e sua responsabilidade. O ser humano
não é estático, e está alterando constantemente seu padrão vibratório, de acordo com as influências
a que está sendo submetido. Isso influi em sua mediunidade, que pode ser apresentar ora de uma
forma, ora de outra. O médium vai aprendendo a controlar sua força, a manter seu equilíbrio e a se
harmonizar com a Corrente, em perfeita sintonia com seus Mentores, e sabendo isolar sua
individualidade dos problemas da personalidade. Como um raio de luz que atravessa um copo de
água, que se dilui na medida em que a água se agita, a força mediúnica flui através da mente, sendo,
assim, necessário que esta esteja em calma para que possa aquela força fluir e agir mais
efetivamente. O médium, com sua mente equilibrada, consegue a realização de fenômenos de cura
desobsessiva, bem como sustenta a perfeita execução dos trabalhos. O conhecimento e a utilização
da força mediúnica devem compreender o reconhecimento da existência do espírito para que seja
autêntica e não simples exteriorização da personalidade do médium. Quando o médium se
desenvolve apenas sob o aspecto fenomênico, alheio ao Sistema Crístico, suas qualidades ou
defeitos são ressaltados, tornando-o simplesmente o intermediário entre ele e o mundo que o cerca,
manipulando tão somente forças horizontais, não construtivas, e que podem tornar-se destrutivas.
Torna-se o que denominamos médium psíquico, aquele que dá vazão apenas a conceitos, idéias e
conselhos de sua própria personalidade ou influenciados por espíritos de camadas muito próximas da
Terra - o mundo (*) invisível - ou até mesmo intraterrestres, gerando forças somente transformistas e
não criativas. Quando o médium desenvolve sua mediunidade dentro de um planejamento e
esclarecimento doutrinários, começa a se harmonizar com sua linha cármica, apreende as
emanações e anseios transcendentais de seu próprio espírito, muda suas perspectivas, sua visão de
vida e seu comportamento, passando a ter convicção de seus princípios e uma visão mais
abrangente do Universo que o cerca. Dentro da Doutrina do Amanhecer, uma Doutrina Crística, sua
vida se equilibra e passa a irradiar segurança e simpatia, atraindo para si as emanações dos Planos
Superiores, de seus Mentores, e passa a ser seguro instrumento de ação dos Espíritos Superiores
que, através dele, processam curas e libertações, levando alívio e esperança àqueles que por ele são
atendidos. Assim, deve o médium preocupar-se sempre com seu equilíbrio, evitando as crises
depressivas ou se envaidecer. Não pode estar bem se estiver levando vida desregrada, sem conduta
doutrinária, distanciando-se de seus compromissos. Na medida em que se afasta da sintonia com a
Espiritualidade, seus Mentores se afastam dele. Se mergulhado em estados depressivos, se
consome álcool ou tóxicos, sua emanação se torna negativa, venenosa, atingindo a todos que o
rodeiam. Se cair no abismo da vaidade, sentir-se-á abandonado e desprezado quando for atingido e
dominado pelas forças negativas dos irmãos das Trevas. Existem hormônios psíquicos que permitem
a sintonia entre dois seres. Produzidos pela glândula pineal, a qualidade ou padrão vibratório desses
agentes está diretamente dependente da conduta doutrinária do médium. Por isso, deve um médium
não só se preocupar com seu desenvolvimento, com o aperfeiçoamento de sua mediunidade, mas,
principalmente com a melhoria de seus atos e de seus pensamentos, buscando sua reforma íntima,
livrando-se de vícios e corrigindo seus defeitos.
 “Quero deixar bem esclarecido que os médiuns não devem se preocupar com o número de
pessoas que entram e saem da Corrente. É natural que quando o Homem descobre suas
faculdades mediúnicas corra para o Vale do Amanhecer. Chega até a incorporar, a fazer Iniciação
e usar o escudo iniciático, etc. Sua mente, porém, não está preparada e seus chakras não chegam
a ser desenvolvidos. Com isso, ele se desliga e vai embora. Não se preocupem: com a mesma
euforia que entram, eles saem! Aos poucos eu irei explicando isso a vocês. Aqui só ficará
quem tiver convicção, pois Pai Seta Branca prometeu desenvolver sua tribo para o Terceiro
Milênio. Por isso, só ficará aquele que é realmente um escolhido. Os que se vão nada
perdem, pois, com essa breve passagem, conseguem aliviar seus carmas parcialmente, e
são ajudados.” (Tia Neiva, 9.6.74)
 “Falamos muito de consciência ou peso de consciência. No entanto, é preciso constância, o que
mais falta ao Homem, e também ter a razão do tempo, na Terra e no Astral. No interior psíquico,
damos vazão à casualidade, pelos insultos transtornando a mente. E os infelizes estados
alucinatórios, sem saber, vão integrando as margens da esquizofrenia. São freqüentes os
fenômenos de vozes, visões, de alucinações que a própria esquizofrenia produz. Esquizofrenia,
efeito da mediunidade, isto sim, alterações relacionadas com o sistema nervoso em relação ao
mecanismo são as mais freqüentes, as mais perigosas, nos fenômenos alucinatórios.” (Tia Neiva,
4.10.77)
 “Cheguei no Canal Vermelho muito preocupada com um caso que pensava não ter solução: eu
estava observando uma alterações no campo psíquico de um filho que dispunha de psicanalista
para se equilibrar. Sua mediunidade forte não dava razão para tal desequilíbrio. O psicanalista já
estava entrando na psiquê do médium, a ponto de, mediunicamente, o prejudicar, afirmando que o
seu desequilíbrio estava no fator espiritual. Como o médium Apará pode ser influenciado por um
Doutrinador! E, no caso deste psicanalista, tudo perigava para o médium. Começavam as dúvidas
das coisas que são as mais belas e que encontramos nos grandes médiuns, a força espontânea
na região psíquica que chamamos delírio extrasensorial efetivo dos grandes médiuns.” (Tia Neiva,
16.3.78)
 “Tudo deve ser silenciosamente, pelos movimentos psíquicos de cada faculdade mediúnica.
Esta, uma vez desenvolvida, nos permite modificarmos nossa natureza, vencer todos os
obstáculos, dominar a matéria e até vencer a Morte, Natacha!” (Tia Neiva, 10.6.79)
 “Temos por missão nos tornarmos um instrumento eficiente, tanto no sentido passivo como ativo,
curando o nosso próprio centro nervoso físico, afetivo, mental e espiritual, até tomarmos a
verdadeira consciência de nós mesmos. Sim, filho, o Homem que se conhece a si mesmo é forte e
inquebrantável. Filho: a verdade, na concepção do Homem, jamais existiu. É, portanto, que a
concepção da Morte resulta do comportamento da Vida.” (Tia Neiva, 19.9.80)
 “Sabemos que existem muitas mediunidades, porém o Doutrinador e o Apará são a base para
seguir a missão. Sem o desenvolvimento de um desses aspectos, nada é feito no plano iniciático.
Muitas vezes vejo-me em situações difíceis, para depois ver um médium se acomodar.
acomodando-se em sua mediunidade. Todo Homem tem sua missão na Terra e, geralmente, vem
com seu plexo aberto para cada missão. É possível, também, completar seu tempo em uma e se
voltar para outra missão, com muito cuidado, porque cada desenvolvimento desenvolve, também,
o seu plexo nos três reinos de sua Natureza. Naturalmente, é desenvolvido de acordo com a sua
missão. (...) O médium desenvolvido não deve ficar muito tempo fora da Lei do Auxílio, pelo perigo
de adoecer. O trabalho e os seus sentimentos são o que alimentam todos os casos do sistema
nervoso. O veículo do recebimento desta força armazenada no centro apropriado - que é o plexo -
emite, também, nos órgãos internos, segundo sua necessidade momentânea, na concentração
das forças centrífuga e centrípeta. (...) É reparado que as Iniciações são bem diferentes: cada
mediunidade é regulada à sua faixa, que são, também, as doze chaves do Ciclo Evangélico
Iniciático, após receber o mercúrio significativo, sal, perfume e mirra. Tal é a origem desta tradição
cabalística que compõe toda a Magia em uma só palavra: Consciência!” (Tia Neiva, 27.10.81)

MEDIUNISMO
Mediunismo é o conjunto técnico-doutrinário que estabelece as maneiras de manipulação da
mediunidade, tendo sua origem na missão civilizatória dos Equitumans (*) e tendo sofrido profundas
alterações através dos milênios. Na atualidade, a Ciência estuda a mediunidade pela Parapsicologia
e os Espíritas - ou Espiritistas - a empregam em função da Espiritualidade Maior. Ciência e Religião
observam os mesmos fenômenos mas os denominam diferentemente, o que não influi na sua real
dimensão e efeitos. Um importante tratado de mediunismo se encontra nos Evangelhos, onde Jesus
estabeleceu a organização mediúnica, formando um sistema entre o Céu e a Terra através dos
missionários. O mediunismo se constitui no fundamento da maioria das religiões do planeta, e, com o
passar do tempo, pelo caminho em que enveredam as pesquisas científicas, terá sua importância
ressaltada pela Ciência, quando esta concluir pela existência do ectoplasma e da reencarnação. No
mediunismo da Doutrina do Amanhecer, o Mentor é o espírito que assiste o médium e com ele
trabalha durante sua vida terrena, e os Guias são espíritos que trabalham com o médium na
execução de sua mediunidade.

MEDIUNIZAÇÃO
A mediunização é o ato de o médium entrar em contato com sua individualidade, na sintonia
com a Espiritualidade, preparando-se para qualquer tipo de trabalho, tanto no Templo como em
qualquer outro lugar. A melhor forma de mediunizar-se é fechando os olhos e se concentrando na
Espiritualidade Maior, em seus Mentores, com isso eliminando estímulos visuais do exterior e se
tornar mais receptivo às forças espirituais. O silêncio também é importante, e assim deve o médium
aprender a ser seletivo na sua sensibilidade para obter sua melhor concentração. A mediunização
proporciona segurança ao médium, pois estabelece a ligação entre os planos, e deve ser feita antes
de se iniciar um trabalho de qualquer natureza, uma reunião ou um encontro doutrinário. O melhor
local para se processar a mediunização é no Castelo do Silêncio (*), onde o médium se serve do sal e
do perfume e permanece tranqüilo, meditando e fazendo sua mediunização. A mediunização pode
ser, também, efetuada em um local tranqüilo, numa posição confortável, como deveria ser feita uma
mentalização (*), porém com a finalidade de levar o médium a uma experiência mística. Neste caso, o
médium deve estar muito preparado, pois a experiência pode conduzi-lo a diferentes situações, entre
outras: percepção integrada do nosso planeta com o Universo, com a penetração em outros planos;
melhor percepção com visão realista das pessoas e das coisas, sem observações ou julgamentos
negativos ou positivos; um grande distanciamento dos fatos, com ausência de sentimentos e de
conflitos; alterações de limites de tempo e espaço; aceitação de tudo que está ao seu redor, porque
está mergulhado numa onda de amor, harmonizado com o Universo, unido com as vibrações
cósmicas; ampliação da compreensão da verdade oculta nas coisas e nas pessoas, entendendo
gestos, palavras e atitudes, sem receios ou incertezas. Quanto mais apurada a mediunização, mais
elevado é o contato com a espiritualidade, mais nos aproximamos da união com o Divino.

MEDO
O medo e a angústia estão entre as principais manifestações da emoção, reunindo o conjunto
de perturbações causadas pela presença ou pela sensação de situações em que se arrisca a
segurança pessoal ou de um grupo, no presente ou no futuro. Angústia e medo são gerados pela falta
de confiança e de conhecimento. Tudo que não entendemos nos causa medo. Situações aflitivas, por
conta de passagens cármicas, nos causam angústia. Só podemos vencer o medo nos transformando
em verdadeiros missionários, capazes de conhecer as leis e o mundo que nos cerca. Para isso, é
preciso caminhar, caminhar sempre, com o coração emanando amor e com a mente emitindo
pensamentos positivos, a fim de possamos ter conhecimento + confiança = fé, que nos livra do medo.
Uma situação de medo se reflete no corpo físico, e a Medicina diz que as diversas sensações físicas
do medo - sudorese, taquicardia, palidez, sensação de frio em determinadas regiões do corpo, e
dores no peito são as principais - são geradas pela descarga de adrenalina pelas glândulas supra-
renais, causando constrição periférica dos vasos sangüíneos e o estado de semicontração dos
músculos pela alteração dos estímulos nervosos. Existe uma divisão entre medo e angústia: o medo
corresponde a um perigo real, de sofrimento físico; e a angústia é resultante de uma ameaça
vibracional, gerada por fatores psicomentais, em que a pessoa teme sanções afetivas ou sociais.
Esses sentimentos são, em geral, decorrência de aspectos ligados à educação, principalmente sob
uma visão irreal de fatos sociais ou religiosos, provocando sentimentos de culpa e de pecado que
pressupõem castigos físicos ou morais, desde a tenra infância. O medo torna as criaturas agressivas
e sem discernimento, envolvendo-as numa aura desequilibrada, levando-as a caírem numa atitude de
imobilidade, de mutismo, ou com gestos de proteção, gritos, palidez, tremores, pupilas dilatadas,
suores frios, respiração alterada, palpitações cardíacas, secura na boca, choro convulso, e fuga. O
perigo dessa situação de pânico é que o medo nos torna em sintonia com aquilo que tememos, pela
própria modificação do nosso padrão vibratório. Com isso, passamos a atrair aquilo que tememos. O
Jaguar não tem o direito de ter medo nem sofrer a angústia, sabendo manter seu equilíbrio, sem se
retrair nem agir precipitadamente, porque sabe que por mais sombrio que seja o trecho de sua
estrada, a passagem estreita que esteja atravessando, isso se deve a fatores cármicos,
transcendentais, que devem ser enfrentados com o trabalho na Lei do Auxílio, com a conduta
doutrinária, com o máximo de seus esforços para a prática do Bem. Se o desconhecimento e a
insegurança geram o medo e a angústia, a Doutrina nos ensina como vencê-los, dominá-los em
nosso interior, evitando a ruína de nossa missão. O medo e a vergonha de si mesmo acompanham o
espírito desencarnado, que recebe tratamento todo especial nos hospitais do espaço. No momento
do desencarne, o maior gerador de medo na humanidade, o Homem enfrenta uma importante
passagem para seu espírito. Se tiver uma doutrina crística, terá paz e esperança; se não, dúvidas que
alimentam o medo. O Jaguar aprende a ser prudente, a analisar mais friamente os fatos, evitando o
medo que pode levá-lo a se tornar omisso em situações que exijam um pouco mais de ação
destemida para não haver pânico nem desastres. Sabe que, apesar da existência de um certo receio,
deve agir destemidamente perante perigos físicos e espirituais. Na verdade, o medo é um preconceito
do espírito, que se reflete em todo nosso organismo, e que pode ser dominado pela reflexão, que
conduz ao conhecimento.

MEMÓRIA
A memória é a capacidade que temos para conservar tudo aquilo por que passamos,
conservando os conteúdos de nossas vivências além do aqui e agora, e que podem ser atualizados e
aplicados nos momentos oportunos. A memória existe em tudo que nos cerca. Todos os seres,
animados ou inanimados, retêm uma certa quantidade de energia que se acumula e se distribui de
forma ordenada, constituindo-se em um registro indelével e permanente que pode, tempos depois,
reproduzir o fato que a gerou. Pedras, estatuetas, plantas, sons e odores, tudo está impregnado pelas
vibrações de suas memórias, da força que agiu e gravou as informações de fatos ocorridos em eras
distantes. Não se pode precisar um ponto único como centralizador da memória, porque ela depende
de todos os canais energéticos do ser, que tem, em cada célula, um memorizador compactado, de
acordo com a complexidade de sua formação. No Homem, a maior parte dos registros se faz no
cérebro, e ali estão os principais conjuntos de memória. Existem as memórias que foram apagadas
no sono cultural (*), mas que não foram destruídas, permanecendo em regiões do cérebro que podem
ser ativadas, quando necessário alertar, no presente, casos que têm íntima relação com encarnações
anteriores. Isso é usado na Terapia de Vidas Passadas (TVP), onde se aplica a técnica de reavivar
experiências arquivadas nessas regiões de memórias preservadas e não conscientes. Considerada
como tendo sua sede no cérebro, a memória tem sido objeto do estudo de cientistas e místicos, que
buscam identificar como e onde se fazem as gravações do que é retido na memória. Hoje, é feita uma
divisão compreendendo dois tipos de memória: a factual, capaz de aprender informações explícitas
(nomes, palavras, datas e fatos históricos, por exemplo), sendo a de longo prazo o grande arquivo
onde depositamos os nossos conhecimentos e a de curto prazo aquela onde guardamos informações
que estão sendo processadas no momento, que parecem se apagar após utilizadas; e a hábil, que
está ligada à aquisição prática, repetitiva, de nossos atos cotidianos ou aprendizado de técnicas
específicas, que vão formando, de forma inconsciente, o acervo de nossa memória. É interessante o
resultado de muitas pesquisas neurológicas, esclarecendo que existem as diferentes regiões do
cérebro em que as memórias são armazenadas: no hemisfério direito, o cérebro é responsável pela
memória visual e pelas relações estéticas; no lado esquerdo, o cérebro é analítico, guardando o
sistema de informações recebidas pelo aprendizado e a lógica e a solução de problemas. Os dois
hemisférios cerebrais, comunicados pelo corpo caloso, analisam e trocam informações antes de
processarem suas gravações. Independente da consciência, a memória tem grande influência em
nossa vida, orientando nossas percepções e sentimentos. Quando a memória se entrelaça com o
consciente, temos a recordação. Tem a memória quatro aspectos: 1) FIXAÇÃO - que pode ser
espontânea ou voluntária, feita pela repetição ou pela vontade, pela motivação, pelo interesse ou pelo
desejo da fixação dos fatos; 2) CONSERVAÇÃO - que é praticamente infinita, mas pode ser
influenciada pelo uso das informações ou sua substituição por outras, mais práticas ou mais novas,
ocasionando o esquecimento por fatores psicológicos (esquecemos o que nos perturba, o que
parece ter sido ultrapassado ou o que pouco usamos) ou patológicos (necrose das células do cérebro
por traumatismos, lesões e intoxicações por drogas e pelo álcool); 3) EVOCAÇÃO - natural e
espontânea, lembranças evocadas por associações (nomes, lugares, semelhanças, músicas, odores,
etc.); e 4) RECONHECIMENTO - a experiência, a vivência de situações anteriores que se ligam à
nossa realidade atual, cuja ligação se faz por sentimentos e fatos que se ligam, de forma emotiva, ao
nosso passado.

MENTALIZAÇÃO
Pela mentalização dirigimos as vibrações de nossa energia mental (*) para sintonizar com a
Espiritualidade e direcionar, mesmo á distância, as forças curadoras e desobsessivas de nossos
trabalhos para aqueles que, sabemos, estão delas necessitados. Na mentalização é que mais
usamos as formas-pensamentos (*), isso é, utilizamos a força mental para reproduzir a forma de
pessoas, seres, órgãos, objetos ou lugares que serão os objetivos a serem alcançados por nosso
trabalho. A mentalização se faz, também, na auto-ajuda, quando damos uma revisão em nossos
órgãos e energizamos nossos chakras (*). Nos trabalhos, devemos mentalizar lugares de modo claro,
vendo-nos naqueles locais como se ali estivéssemos, propiciando à Espiritualidade condições de
mais efetivo trabalho desobsessivo. Quanto a pessoas que desejamos ajudar com algum trabalho,
como na Cura, Junção, Tronos, etc., devemos trazê-las, pela forma-pensamento, até onde estamos,
visualizando-as como pacientes ou como se estivessem à nossa frente, recebendo os benefícios
daquelas forças benditas. A mentalização é importante concentradora das vibrações que emitimos ou
recebemos. Podemos mentalizar Jesus, buscando Seu amor e Sua paz, podemos ser sempre
receptores das forças luminosas da Espiritualidade Superior. Podemos mentalizar hospitais, presídios
e outros locais para que recebam as forças resultantes de trabalhos como Contagem, Estrela
Candente e outros. Uma força poderosa é a da Cassandra, que podemos e devemos projetar, pela
mentalização, a todos que sabemos com problemas físicos e espirituais.
ENERGIZAÇÃO PELA MENTALIZAÇÃO
Pode ser feita a energização dos chakras, harmonizando e recompondo o fluxo energético,
procedendo-se à mentalização em local tranqüilo e deitado ou sentado, numa posição que propicie
conforto e relaxamento. Comece a respirar bem profundamente, em ritmo pausado e lento, sentindo
seu corpo cada vez mais tranqüilo e relaxado. Leve sua mente até os dedos dos pés e imagine que
eles estão ficando completamente relaxados. Você sente a energia relaxante ir subindo, lentamente,
pelos pés... pelos calcanhares... pelos tornozelos... pela barriga da perna... pelos joelhos... pelas
coxas... chegando aos quadris; conduza, então, a energia relaxante ao abdome... ao estômago... ao
peito... e chega aos ombros; desce então pelos braços... pelos cotovelos... pelos antebraços... pelos
pulsos... pelas mãos... e atinge as pontas dos dedos; conduza a energia relaxante de volta pelos
braços e ombros, entrando pelo pescoço... pelo rosto... e chegando à cabeça. Neste ponto, você
deverá ter atingido total relaxamento. Quando expirar, expila o ar pela boca, mentalizando tudo que
quer expulsar de dentro de si, livrando-se dos sentimentos que não mais deseja. O nível de
tranquilidade pode ser melhorado com música suave, um incenso e respiração profunda e bem
compassada. Imagine-se dentro de uma pirâmide, num ambiente colorido que pode ser modificado de
acordo com o comando de sua mente. Pode, também, segurar um cristal e imaginar este cristal
emitindo raios na cor que você pretende trabalhar. Quando sentir que conseguiu atingir um bom grau
de relaxamento, comece a trabalhar os seus chakras, dispensando cerca de 30 segundos para cada
uma das seguintes etapas, ordenando, mentalmente, a seus órgãos que tenham bom funcionamento
e mentalizando-os para sentir se há algum problema ligado a eles:
 O homem deve mentalizar o chakra básico e todo o ambiente mergulhado na cor vermelha; a
mulher mentaliza o chakra esplênico, em ambiente de cor alaranjada. Procure sentir os pés, as
pernas e seus órgãos genitais. Indague se sua saúde está boa, mentalize ampliação de sua força
de vontade, de sua coragem, de sua boa disposição para o trabalho;
 concentre-se, agora, em seus chakras umbilical e plexo solar, num ambiente amarelo dourado,
para verificar o trabalho de seus órgãos naquela área - bexiga, rins, intestinos, baço, estômago e
fígado. Busque seu equilíbrio emocional, mentalizando fatos que tenham originado algum
sentimento negativo, ansiedade ou insegurança;
 em seguida, mentalize o chakra cardíaco, num ambiente verde. Verifique o coração, os pulmões,
os braços e as mãos. Elimine sentimentos que o tenham levado a tristezas, mágoas, angústias ou
depressão;
 passe ao chakra laríngeo, em ambiente azul-turquesa, verificando como estão sua garganta e
suas vias respiratórias. Investigue se tem tido problemas com sua comunicação ou com sua
criatividade;
 termine mentalizando seu chakra frontal, mergulhando em ambiente azul índigo, investigando os
órgãos sensoriais - olhos, ouvidos, nariz e boca - e verificando o cérebro, sentindo como está
funcionando dentro do equilíbrio necessário à intelectualidade e à sensibilidade.
Em qualquer dessas etapas, se sentir algum problema com um órgão, mentalize mais
fortemente ou por mais tempo o chakra correspondente recebendo a energia colorida que irá
fortalecê-lo.
MENTE
VEJA: ENERGIA MENTAL

MENTORES
Denominamos Mentor a um Espírito de Luz responsável pela orientação de um ou mais
espíritos encarnados na Terra, tendo também a função de conjugar o ectoplasma emitido para a
realização de um trabalho. Os Mentores, embora já tendo superado suas faixas cármicas, colocando-
se muito acima do Bem e do Mal, segundo nosso conceito na Terra, têm ligações transcendentais
com aqueles a quem se propõem ajudar. Na nossa Corrente, apresentam-se em roupagens - Pretos
Velhos, Caboclos, etc. - para melhor resultado de seus trabalhos através dos médiuns, mas
dispensam o personalismo habitual dessas figuras, não fazendo uso de objetos, bebidas, charutos,
etc., pois seu trabalho é iniciático. Os Mentores jamais interferem no livre arbítrio (*) de seus
protegidos ou de qualquer outro espírito, encarnado ou desencarnado. Sofrem ao verem um filho se
desviando de sua estrada, buscando um atalho para escapar de suas metas cármicas, mas apenas
vibram e, pesarosamente se afastam se não tiverem resultado suas vibrações de amor.

MERECIMENTO
O merecimento é á condição que cada um de nós cria para nós mesmos, de modo a nos
tornar dignos de premiação, apreço ou estima, ou de castigo e desprezo, tendo em conta nossos
atos, nossas reações, nossas palavras e nossos pensamentos. Mateus, no Capítulo XX, 1 a 16, de
seu Evangelho, nos conta a parábola de um homem que contratou trabalhadores para sua vinha, em
diversas horas do dia, e, no fim do dia, deu o mesmo pagamento a cada um deles... “vindo, porém, os
primeiros, cuidaram que haviam de receber mais; mas, do mesmo modo, receberam um dinheiro
cada um. E, recebendo-o, murmuravam contra o pai de família, dizendo: Estes derradeiros
trabalharam somente uma hora, e tu os igualastes conosco, que suportamos a fadiga e a calma do
dia. Mas ele, respondendo, disse a uma deles: Amigo, não te faço agravo, pois não ajustaste tu
comigo o dinheiro? Toma o que é teu e retira-te. Eu quero dar a este derradeiro tanto quanto a ti. Ou
não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom? Assim, os
derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros, porque muitos são os chamados, mas
poucos escolhidos!” Com essa parábola, Jesus nos faz entender o seu chamado, que se faz nas
diversas horas de nossa existência - juventude, maturidade e velhice - para trabalhar em sua vinha, e,
independentemente do tempo, receberemos de conformidade com o que fizermos. A Espiritualidade
não é boa nem má: é justa, e nos dá tudo de acordo com nosso merecimento, na medida do nosso
comportamento dentro da perfeita conduta doutrinária. Todavia, o que obtemos é uma condição à
qual denominamos merecimento mas que não significa a pretensão de nos termos tornado credores
da Espiritualidade Maior, que nossos Mentores possam estar nos devendo alguma coisa. Tudo o que
recebemos - ou deixamos de receber - depende exclusivamente do nosso merecimento. Trabalhando
com amor, vivendo com tolerância e humildade, teremos os bônus que nos darão condições para
recebermos o que necessitarmos da Espiritualidade Maior, que nos farão por merecer essa grandiosa
ajuda e proteção. Nossa existência será sempre marcada por momentos bons e ruins, mas a
intensidade deles dependerá, sempre, do nosso merecimento. Ninguém recebe além ou aquém do
que tem direito pelo seu merecimento. Nossos pedidos, nossas preces, nossa realização, enfim, tudo
em nossa jornada está diretamente ligado ao nosso merecimento. Mas devemos ter sempre em
mente que usamos essa palavra “merecimento” por não dispormos, em nosso vocabulário, de outra
que indique a nossa condição estarmos em melhores condições de recebermos as dádivas divinas.

MESA EVANGÉLICA
A Mesa Evangélica se compõem por três planos independentes e correlacionados, apenas,
pela própria Espiritualidade, que trabalha cada plano de acordo com suas necessidades. Não existe
corrente circulando na Mesa Evangélica, mas, sim, uma projeção da Corrente Mestra, que
proporciona aos médiuns condições para realizarem seu trabalho. Cada lado do triângulo da mesa
representa um plano, para onde são conduzidos grupos de espíritos - exus, sofredores, espíritos
saídos de Pedra Branca (*) e obsessores retirados de suas vítimas -, sendo difícil serem conduzidos
espíritos da mesma categoria aos três planos. Cada categoria é reunida e trabalhada em um plano,
em uma lateral do triângulo. Pela concentração do Doutrinador que está no farol (*) se torna mais fácil
a chegada dos espíritos à Mesa Evangélica, que deverá ser composta, obrigatoriamente, por um
número impar de médiuns Aparás, com o mínimo de sete. Ao ser aberto o trabalho de Mesa
Evangélica, o Doutrinador deve ficar atrás do Apará e quando o Comandante determinar que façam
as puxadas, a faz corretamente e dá início à sua doutrina, esteja ou não incorporado o Apará; isso
porque, mesmo que não dê sinais de incorporação, há um irmãozinho ali presente, trazido pela
puxada, que necessita do ectoplasma da doutrina. Enquanto fala, emitindo sua energia magnética
animal no ectoplasma, o Doutrinador vai fazendo a limpeza da aura do Apará, com o maior cuidado
para não tocá-lo, evitando arrastar a mão em seus cabelos e estalar os dedos em seus ouvidos. Deve
fazer sua doutrina de maneira individual, evitando palavras decoradas que prejudicam a emissão do
ectoplasma, procurando fazer uma doutrina de Luz, que possa realmente ajudar àquele irmãozinho
que chegou ali com tanta esperança de se evoluir. Quando sensível, individual e amorosa, a doutrina
envolve o sofredor como um bálsamo de alívio e colabora com o trabalho que a Espiritualidade Maior,
paralelamente, está fazendo em outro plano. No momento da entrega, usa a chave, estendendo bem
os braços para o alto, para que aquelas energias não penetrem em sua aura, com sua mente voltada
para a elipse que está no centro da Mesa, que é o portal de desintegração, por onde deve subir
aquele sofredor. Deve evitar que seu pensamento o desvie desta técnica, para não sofrer más
conseqüências. Não se preocupa caso o sofredor não desincorpore, porque há casos em que a
Espiritualidade mantêm aquele espírito mais um pouco, para que possa receber mais e diferente
fluido magnético animal, a ser fornecido por outro Doutrinador. Feita a elevação, subindo ou não o
sofredor incorporado, o Doutrinador continua seu giro na Mesa. A aura do Farol fica muito
impregnada, e deve ser feita a limpeza pelos Doutrinadores que estão trabalhando na mesa, quando
passam por aquelas posições. Todavia, conforme instrução do Trino Arakem, essa limpeza não é
obrigatória para cada Doutrinador que estiver circulando: enquanto um faz a limpeza, os demais
podem passar, sem se deter, evitando congestionamentos.
MESA EVANGÉLICA NA ESTRELA SUBLIMAÇÃO : Na Estrela de Nerhu (*) é
formada uma Mesa Evangélica diferente, com seis Ajanãs e suas respectivas Doutrinadoras, que não
se movimentam, tendo seis faróis, ocupados por Mestres Doutrinadores. É uma Mesa Evangélica,
porém com funções e funcionamento especiais, destinados àquelas condições de trabalho, própria
para o alívio das grandes cargas portadas pelo Santo Nono, onde cada Ajanã recebe uma projeção
muito forte, motivo pelo qual precisa de uma formação que se assemelha, de muito perto, a um Trono
Milenar (*). O farol, ali, está com uma função diferente: sua energia está sendo usada de forma
diversa, ajudando a Ninfa Doutrinadora a dar a descarga magnética no espírito que incorporou.
 “...Tocou a sirene outra vez. Eu voltei e entrei no Templo, indo parar na mesa branca. Enxerguei
luzes, muitas luzes, que desapareceram de repente, ficando novamente a luz lilás. Olhei aqueles
médiuns ali sentados e não vi Pai Jacó. E antes que pensasse, senti um forte safanão e fui atirado
em um aparelho, um homem. Comecei a chorar com todas as minhas forças. Meu Deus! Onde
estou, para onde irei? - pensava. Essas perguntas me torturavam e fiquei irritado. Dei um grito. Um
Doutrinador me explicou: “Que tens, irmão? Calma! Este corpo não é seu. Comporte-se direito...”
Senti uma grande vergonha e voltei a chorar. O Doutrinador continuou: “Quando estavas neste
mundo, nada fazias. Agora, precisas saber que este corpo não é teu.” Quis dizer: Pai Jacó me
proteja, pelo amor de Deus! Então, me aconteceu um fenômeno: Ouvi Pai Jacó me dizendo: “Filho,
estás com Deus! Se receberes a doutrina desses médiuns, que estão te dando esta oportunidade,
partirás para outros mundos!” Aquelas foram caindo em mim como o orvalho cai sobre a flor. Pai
Jacó, meu paizinho, não me desampare! Enquanto eu me preparava, o médium se contraía pelos
maus fluidos da desencarnação recente, que hoje eu entendo tão bem! De repente, me desprendi
dos meus benfeitores e passei pelo processo da verdadeira desintegração. Fui jogado para uma
estufa que se ligava aos meus benfeitores. Saí e, então, avistei uma cidade diante de meus olhos.
Foi quando me dei conta de que havia morrido!” (Tia Neiva, 30.11.75)

MESTRE
Um dos conceitos de “mestre” é o daquele que é versado ou perito numa ciência ou numa
arte. Como a Doutrina do Amanhecer é muito mais Ciência do que religião, o médium que aqui
trabalha e se aprimora é denominado mestre, porque vai se tornando um perito na Corrente. Para
nós, mestre não significa professor, e sim aquele que vive sua vida mediúnica com amor e
assiduidade, não sendo mais culto nem mais sabido do que os demais, mas acumulando sabedoria
pelo aperfeiçoamento de sua sensibilidade e consciência dos fatos e atos que o cercam. Aqui,
ninguém é dono da totalidade da nossa Doutrina, ninguém sabe tudo. Pai Seta Branca nos disse que
somos “mestres ensinando mestres”, isto é, continuadamente estamos, ao mesmo tempo,
aprendendo e ensinando, buscando nos tornarmos mais simples, mais humildes, mais compreensivos
e mais tolerantes, tentando dar o melhor de nós para seguirmos os passos de Jesus, o Caminheiro,
na Nova Estrada. Na verdade, somente pelo trabalho na Lei do Auxílio podemos melhorar nossos
conhecimentos e aprimorar a nossa sensibilidade, e isso é que vai fazendo crescer a habilidade de
um mestre. Há muito que aprender com as comunicações da Espiritualidade, com os contatos com
irmãos sofredores e com aqueles que se julgam nossos inimigos. Uma forma pejorativa deve ser
evitada: mestrão. Não existe qualquer mestrão, nem poderia ser este título atribuído a quem quer que
fosse, pois, doutrinariamente, somos todos iguais. Existem aqueles que ocupam posições na
hierarquia da Corrente, mas não são maiores do que os demais, porque a posição não quer dizer
evolução. Muitos foram designados para elevadas posições por seus compromissos cármicos, por
seus débitos transcendentais, inclusive com aqueles que formam hoje o seu povo. A única diferença
entre mestres é estabelecida somente pela Espiritualidade, que sabe o que vai no coração de cada
um, o que pretende, o que faz e o que não faz, enfim, que é o único juiz a quem teremos que prestar
contas ao final de nossa jornada. Não nos cabe julgar ou criticar quem quer que seja. A função de um
mestre, como perito da Doutrina do Amanhecer, é cuidar de si mesmo, sem vaidade de se achar
pronto e completo, procurando aprender com amor e ensinar com humildade, usando a tolerância
para ouvir e para explicar cada fato novo que a Espiritualidade traz ao seu alcance das mais variadas
formas, tanto durante seu trabalho no Templo como nos fatos corriqueiros do dia-a-dia de sua vida
material. O aprendizado de um mestre é constante e ele precisa ter plena consciência da sua
condição de caminheiro da Vida Eterna, pois, mesmo depois da Morte, seu aprendizado continua.

MESTRE ADJURAÇÃO
Para ser um Mestre Adjuração é preciso:
Ser Xingu Autorizado (para isso, é preciso ter participado de três Sessões Brancas).
Ser um Centurião consagrado.
Participar de uma Estrela Candente completa, entre uma Lua cheia e outra.
Consagrar-se em um Adjunto Maior.
Saber fazer sua emissão e seu canto.
Ser um verdadeiro comandante.
Um Mestre Adjuração não deve se limitar a trabalhos evangélicos, apesar de tê-los em
primeiro plano e saber que nada se faz sem a constância da Corrente Mestra. Deve conhecer e ter
condições para abrir a Corrente Mestra, qualquer trabalho evangélico e qualquer Sanday. Mesmo que
ele esteja em outro Templo que não o seu, deve abrir um Sanday. Todo mestre tem a mesma
capacidade, conhecimentos e força, mas todos têm a posição definida, com suas respectivas
atribuições. Devem demonstrar sua conduta doutrinária no Templo no que se refere a uniforme,
colete, comportamento, etc.

MESTRE LÁZARO
VEJA: LEGIÃO DE MESTRE LÁZARO

MICROMAPA
VEJA: ESTRELA CANDENTE

MICROPLEXO
VEJA: ALMA

MIRRA
As Escrituras revelam que os Magos eram uma casta sacerdotal sábia, existente entre Medas,
Caldeus e Persas, e que os sábios ofertaram os três presentes homenageando a Divindade de Jesus
(incenso), a Sua Realeza (ouro) e a Sua Humanidade (mirra, um refinado perfume oriental). A mirra é
uma planta medicinal, e sua oferta pode significar o reconhecimento do poder de cura de Jesus, não
somente a cura física mas, também, a espiritual.

MISERICÓRDIA
Misericórdia é o sentimento despertado pelas dificuldades e aflições dos outros, que nos leva
a tentar ajudá-los, nos aspectos físico, material e espiritual. É a grande impulsora de todas as obras
humanitárias, tais como orfanatos, albergues, asilos e hospitais, onde se pratica a caridade para com
o nosso próximo, independentemente de religiões, credos, níveis culturais ou raças. Sinônimo da
bondade e da caridade, a misericórdia é uma grande disciplinadora da Humanidade, propiciando o
trabalho dos espíritos missionários em sua plenitude, porquanto nada exige em troca, sendo o campo
onde se aplica intensamente o amor incondicional. Mateus (IX, 10 a 13) relata: “E aconteceu que,
estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se
juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus vendo isso, perguntaram aos discípulos: Por
que come o vosso Mestre com os publicanos e os pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes:
Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. Ide, pois, e aprendei o que significa:
Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao
arrependimento.” O Homem misericordioso não se revolta, é compassivo, sabendo sempre perdoar o
mal que lhe fazem, praticando o amor incondicional, o amor ensinado por Jesus, que nos ensinou a
amar o feio, o doente, o fraco, o ignorante e o que se diz nosso inimigo com a mesma intensidade
que amamos os saudáveis de corpo e mente, bonitos e agradáveis. O Jaguar aprendeu que é bom
ser importante, mas o mais importante é ser bom, e pratica seu trabalho espiritual não só no Templo,
mas em qualquer lugar que esteja, através de pensamentos, palavras e atos, desinteressadamente,
onde houver dor, desesperança, sofrimento ou aflições, confiante nas palavras de Jesus: “...e aquele
que viver e praticar a misericórdia, receberá a misericórdia divina!...” Em Mateus (XXV, 31 a 46), nos
é relatado o juízo final: “Mas quando vier o Filho do Homem, na sua majestade, e todos os anjos com
ele, então se assentará sobre o trono da sua majestade. E todos os povos se concentrarão diante
dele, que separará uns dos outros como o pastor aparta dos cabritos as ovelhas. E porá as ovelhas à
direita e os cabritos à esquerda. Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos
de meu Pai! Possuí o reino que vos está preparado desde o princípio do mundo. Pois tive
fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era hóspede, e me recebestes;
estava nu, e me vestistes; estava enfermo, e visitastes-me; estava no cárcere, e viestes me ver.
Então lhe responderão os justos, dizendo: Senhor! Quando é que nós te vimos faminto e te
demos de comer, ou sequioso e te demos de beber? E quando te vimos hóspede e te
recolhemos, ou nu e te vestimos? Ou quando de vimos enfermo ou no cárcere, e te fomos ver?
E, respondendo, o Rei lhes dirá: Em verdade vos digo: Toda vez que isto fizestes ao menor de
meus irmãos, a mim o fizestes! Então, dirá também aos que hão de estar à esquerda: Apartai-vos
de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o demônio e para os seus
anjos, porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era
hóspede, e não me recolhestes; estava nu, e não me cobristes; estava enfermo e no cárcere, e
não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor! Quando é que nós te
vimos faminto, ou sequioso, ou hóspede, ou nu, ou enfermo ou no cárcere, e deixamos de te
assistir? Então lhes responderá Ele, dizendo: Em verdade vos digo: Toda vez que deixastes de
fazer ao menor destes, a mim deixastes de fazer! E irão estes para o suplício eterno e os justos
para a vida eterna”. Assim, as metas da Misericórdia foram traçadas: devemos, dentro de nossos
limites, com amor, alegria e humildade, ensinar os simples; consolar os tristes; perdoar a quem errou;
emitir boas vibrações aos encarnados e àqueles que desencarnaram; consolar os encarcerados;
curar os enfermos do corpo e do espírito; abrigar os necessitados; agasalhar os nus; e dar de comer
e de beber aos famintos e aos que estão com sede. Na I Carta aos Coríntios (13, 3), São Paulo
declara: “E se eu distribuir todos os meus bens para sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo
para ser queimado, e, todavia, não tiver caridade, nada disto me aproveita!” e, na II Carta (9, 6 e 7):
“Quem pouco semeia, pouco recolherá; e o que semeia na abundância também colherá em
abundância. Cada um como propôs, no seu coração, não com tristeza, nem constrangido, porque
Deus ama ao que dá com alegria!” Mas Jesus estabeleceu os limites para tudo isso quando nos
disse (Mateus, XII, 7): “Mas se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício,
não condenaríeis os inocentes.” Com as asas do amor, na força da misericórdia, e da sabedoria,
no domínio doutrinário dos conhecimentos, o Jaguar se torna o Homem-Pássaro capaz de transpor
muitos planos espirituais.

MISSÃO
Missão é a função que a Espiritualidade nos conferiu para, no limiar da Nova Era, ajudar na
recuperação do maior número de espíritos possível para que possam alcançar planos mais evoluídos.
Isso inclui nossos próprios espíritos, porque temos que buscar nossa evolução através do trabalho
mediúnico, com amor, tolerância e humildade, e isso só é possível com nossa dedicação à Lei do
Auxílio. Embora todo espírito, ao reencarnar, tenha um programa a cumprir, ligado diretamente a
problemas individuais em sua faixa cármica, nem todos recebem uma missão, que é suplemento de
seu programa evolutivo, com seu comprometimento em evoluir, cuidar e ajudar outros espíritos,
encarnados e desencarnados, com suas forças e sua mediunidade. A Espiritualidade nos deu a
missão, mas não nos obriga a ela. Cumpri-la ou não vai depender somente de nós mesmos, de nosso
livre arbítrio. Existem profundas diferenças entre os seres humanos, e uma é devida à tônica que
cada um dá à sua vida: há um grupo que se preocupa somente com sua saúde física, com seu corpo,
buscando a boa forma muscular e atlética, ocupando-se com exercícios físicos, dominados pela
tônica física; há os que têm a tônica psíquica - cientistas, intelectuais, artistas e eruditos -, e
dependem de seu intelecto, com sua consciência dominada pelo fator intelectual; e há os
missionários, com seu campo consciencional em constante expansão, buscando a integração
crescente com o Universo, a evolução de seu espírito, vivendo sob a tônica espiritual. Por isso, não
temos como induzir ou forçar alguém a nos seguir. Nossa missão é, primeiro, manter nosso equilíbrio
e ampliar nossos conhecimentos num permanente desenvolvimento mediúnico; e, depois, a ajuda
aos nossos irmãos encarnados e desencarnados, com o amor colocado em ação na Lei do Auxílio.
Mesmo entre nós, na Corrente, temos parte dessa missão, pois precisamos estar atentos aos
companheiros de luta que, esquecidos de seus compromissos, se deixam ficar parados, presas do
desânimo, estagnados por crises emocionais e momentos de dificuldades psicológicas ou materiais.
Com muito amor, temos que alertá-los para o que está acontecendo, mas sem julgar, nem criticar e
nem obrigar. Sempre ouvimos Koatay 108 nos dizendo que só sabemos que estamos realmente
evoluindo quando deixamos de nos preocupar com a conduta dos outros. Devemos, sim, nos
preocupar com nossa própria conduta, mantendo elevado nosso padrão vibratório, harmonizado o
nosso espírito, sabendo que nosso campo consciencional vai-se expandindo pela nossa preocupação
em manter a sintonia de nosso espírito e saudável o nosso corpo, o que nos torna mais capazes para
nossa missão. Aprendemos que nossas vidas nos proporcionam momentos difíceis, com mais dores
do que aqueles que não têm missões a cumprir, porém aprendemos, também, que sofremos menos
do que eles, tanto física como psicologicamente. Temos que ser instrumentos o mais perfeitos
possível para desempenhar as tarefas de que nos incumbiram os Espíritos de Luz, sabendo emitir um
ectoplasma luminoso, projetar vibrações de elevado padrão, trabalhar assiduamente, onde quer que
seja necessário, na Lei do Auxílio. Jesus, segundo Mateus (X, 1 e 5 a 10) entregou a missão a seus
apóstolos: “Jesus, chamando seus doze discípulos, deu-lhes o poder sobre os espíritos imundos,
para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.(...) Jesus enviou estes doze e
lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelos caminhos das gentes, nem entrareis em cidades de
Samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel, e, indo, pregai, dizendo: É
chegado o Reino dos Céus! Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os
demônios. Dai de graça o que de graça recebestes. Não queirais possuir ouro nem prata, nem tragais
dinheiro nas vossas cintas, nem alforje para o caminho, nem duas túnicas, nem calçado, nem bordão,
porque digno é o operário de seu alimento.” Nestas palavras se resume nossa missão, onde se
ressalta que nada devemos cobrar ou receber pelo nosso trabalho mediúnico, nem perseguir as
riquezas materiais, para que não percamos nossa humildade nem nossa simplicidade. Quanto aos
trabalhos de cura e de desobsessão, é o que buscamos fazer em nossas participações nos Sandays,
dentro da Lei do Auxílio, sempre dentro da correta conduta doutrinária e observação das instruções e
Leis que nos regem. E Jesus ainda disse (Mateus, X, 16 a 20): “Eis que eu vos mando como ovelhas
no meio de lobos. Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Guardai-vos,
porém, dos Homens. Arrastar-vos-ão para os seus tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas, e
por minha causa sereis levados à presença dos governadores e dos reis, para lhes servirdes, a eles a
aos gentios, de testemunho. Quando vos levarem, não cuideis como ou o que haveis de falar. Porque
naquela hora vos será inspirado o que haveis de dizer. Porque não sois vós que haveis de falar, mas
o Espírito de vosso Pai é o que fala em vós.” Esta a noção clara da intuição (*), do pronunciamento
da Voz Direta através do médium, um dos principais elementos do missionário. E temos que cumprir
nossa missão de acordo com o que recomendou nosso Divino e Amado Mestre (Mateus, X, 27 e 28):
“O que vos digo em trevas, dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido, pregai-o sobre os telhados; e
não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma. Temei antes aquele que pode fazer
perecer no inferno a alma e o corpo!”
 “Certa vez dois grandes sábios e seguidores de Cristo partiram em uma peregrinação, chegando a
uma pequena cidade, onde um povo cristão, feliz, os acolheu com carinho. Mas era grande a
necessidade daquele povo, em que Jesus colocara, também, forças desiguais. Os sábios mestres
sentiram aquela grande necessidade mas, também, um toque de vaidade por se sentirem tão úteis
àquele povo. Então, se perguntaram: Curar ou doutrinar aquela gente? Sim, curar, induzindo-lhes
ao trabalho, pois todo aquele que se eleva no trabalho, gradativamente vai recebendo sua lição, a
verdadeira lição com o amor extraído do palpitar de sua mente e de seu coração, e não a lição da
teoria, mesmo que de velhos sábios, pois a lição de um sábio, ontem, pode ser hoje superada por
uma magnífica manifestação de um discípulo. O sábio mais velho partiu. O outro, não resistindo à
sua vaidade, ficou e foi ensinar. Formou sua academia, limitando aquele povo aos seus
conhecimentos. Enquanto isso, o que partiu jogou-se à prática, escrevendo, traduzindo,
acumulando tudo o que via, e não teve tempo de aproveitar sua linguagem pois, de certa forma,
era projetado e sempre superado por tudo que aprendia dos seus discípulos. Por fim, já de volta,
encontram-se os velhos sábios, e recebem a mais ardente das lições: o encontro com a Caridade!
Aprender trabalhando e não ter a pretensão de saber. A dor é o espinho no coração do Homem.
Após extraída, permite que desabrochem conhecimentos transcendentais de que nenhum mestre
é capaz de transmitir.” (Tia Neiva, s/d)
 “Quis a vontade de Deus que estivéssemos reunidos nesse limiar do Terceiro Milênio para o
equilíbrio e o amor, na luz da Doutrina Crística, a todos os Homens e aos espíritos carentes de
esclarecimento. Estamos preparados, cheios de forças e energias para a execução perfeita desta
tarefa doutrinária para o ajustamento das mentes e a perfeita harmonia de nosso Universo. Vamos
manter o nosso padrão vibracional elevado e equilibrada a nossa mente para podermos irradiar a
tranquilidade e a paz e, com o poder de nosso espírito, possamos curar e iluminar a todos. Cultive
em seu coração o amor, a alegria e o entusiasmo para que em todas as horas esteja pronto a
emanar e a servir na Lei do Auxílio.” (Tia Neiva - Carta Aberta n. 6, 9.4.78)
 “Dias luminosos, de grandes acontecimentos e manifestações, estão se aproximando de nós, a
velha tribo Espartana. Conservando a nossa individualidade, vamos, unidos em um só
pensamento, por este Universo tão perfeito, impregnando o amor, a fé e a humildade de espírito
em todos os instantes. Somos Magos do Evangelho e, como espadas luminosas, vamos
transformando e ensinando, com nossa força e conhecimento, àqueles que necessitam de
esclarecimento. É somente pela força do Jaguar, nesta Doutrina do Amanhecer, e na dedicação
constante de nossas vidas por amor que podemos manipular as energias e transformar o ódio, a
calúnia e a inveja em amor e humildade nos corações doentes de espíritos que permanecem no
erro. Quantos se perdem por falta de conhecimento e por não terem a sua Lei. Nós temos a nossa
Lei, que é o Amor e o Espírito da Verdade. Vamos amar e, na simplicidade de nosso coração,
distribuir tudo o que recebemos, na Lei do Auxílio, aos nossos semelhantes. Somente a vontade
de Deus nos tem permitido afirmações tão claras nesta passagem para o Terceiro Milênio. Somos
a força do Sol e da Lua; somos um povo esclarecido e temos, em nosso íntimo, o Amor e o
Espírito da Verdade. Temos o poder em nossas mãos e assumimos o compromisso de fazer de
nossa missão o nosso sacerdócio, pleno de amor. O pão que alimenta nossos espíritos e nos dá a
vida é a força doutrinária. Temos o poder mas, para sermos úteis e eficientes, é preciso que
tenhamos equilibrada e firme a nossa mente e cultivemos a humildade. Vamos levar mais a sério o
nosso compromisso e busquemos sempre, em nossas origens e em nossas heranças, a energia e
a segurança, para que possamos seguir com perfeição a trajetória que escolhemos quando
assumimos vir a este Planeta para redimir as nossas culpas e débitos contraídos em outras
encarnações. Vou sempre ao Xingu, em busca das mais puras energias para o conforto e a
harmonia, a cura do corpo e do espírito e para o desenvolvimento de vossa vidas materiais. Força
do Xingu é força Vital! Vamos elevar nossa mente a Jesus para que nossas vibrações cheguem
constantes ao Oráculo de Simiromba, emitindo e irradiando o amor. Que a conduta doutrinária,
que é a conduta de sua vida de caminheiro, seja perfeita para que possa equilibrar os três reinos
de seu centro coronário e seu Sol Interior possa irradiar sua luz bendita. O Homem equilibrado é a
Presença Divina na Terra, realizando, com sua mente sábia, uma constante conjunção de dois
planos, levando sua vida na simplicidade e disponibilidade, a iluminar com seu trabalho espiritual
constante. Sinto, a cada instante, as vibrações de cada um de meus filhos e estou sempre
procurando aliviar as suas dores. Sei que dores e angústias afligem o seu coração e que pesado é
o seu fardo. Nossos destinos cármicos têm exigido de nós momentos de grandes sofrimentos, mas
confiantes vamos prosseguindo em nossa caminhada, em busca de mais evolução e das
realizações que desejamos. Somente pela dedicação cheia de amor de nossas vidas na Lei do
Auxílio, é que conseguiremos aliviar nossos momentos cármicos. Com nosso trabalho espiritual
podemos nos evoluir e dar tudo de nós. É curando as dores de nossos irmãos que curamos as
nossas dores e sofrimentos. Jesus lhe conceda o entendimento e a sabedoria para que esta
mensagem seja para você um caminho seguro e aumente o seu entusiasmo nesta sua jornada.
Que em todas as horas o seu espírito esteja possuindo sempre a paz interior!” (Tia Neiva, Carta
Aberta n. 7, 9.4.78)
 “Observas bem o que fazer do tempo, do teu tempo, do teu sacerdócio, de tua missão e neles
procures impregnar todo o teu amor, o que puderes da perfeição de tua conduta, emitindo e
comunicando a fronteira da morte. O Sol que brilha, a nuvem que passa, o vento da despedida, o
luar que alimenta com o perfume da Dor. Aproveita, filho, esses momentos de tranquilidade que a
Terra, com toda a sua riqueza, ainda vai cobrar aos que não aproveitaram seus frutos. A Terra
está perdendo sua nobre finalidade pela promiscuidade do Homem. Então, meu filho, as coisas
vão acontecer, isto é, a vida de Deus. Toda a Natureza vai se ressentir, se ressentirão também os
três reinos de nossa natureza, porque do Céu virá a Luz para o nosso conhecimento da vida fora
da matéria.” (Tia Neiva, 12.12.78)
 “Nossa vida é uma grande jornada onde as dificuldades constantemente nos abalam. Filho,
continues a lutar, porque só cai aquele que não está seguro em si mesmo. Continues a lutar, certo
de uma coisa: só são derrotados os que acreditam na derrota! Conservas a tua liberdade,
respeitando a liberdade dos outros. Não te esqueças, também, que tu és o teu maior valor, a tua
maior fortuna. Se estiveres preso por pensamentos negativos, de nada valerá toda a riqueza do
mundo, toda a felicidade possível. Tens uma missão a cumprir: explique ao mundo o caminho que
o Homem deverá tomar, mesmo ao mais ínfimo ser que Deus te confiou, principalmente se ele
ainda vive sob teu teto, junto a ti. Sejas confiante, emane a tua força doutrinária para que seja
completa a tua Doutrina. Não deixes, não sigas, ficando alguém a sussurrar outra melodia junto a
ti. Não te esqueças de que a tua Doutrina é uma força poderosa que, uma vez desenvolvida,
permite a realização de todos os teus anseios e que, desenvolvida esta faculdade, terás, também,
condições de modificar a tua natureza, vencer todos os obstáculos, dominar a matéria e até
vencer a Morte! Procure confortar os infelizes, os incompreendidos, mesmo que estes estejam
contra ti. Sejas prático e não te afastes das metas racionais, nem queiras obter resultado de teu
trabalho e de tuas caridades. Procure amar a vida em todos os ângulos, faças do que te resta
deste Terceiro Plano o mais agradável possível! Procure prolongar a tua existência aproveitando-a
o melhor possível, sempre em fins respeitáveis, não te esquecendo, também, que não há
condenação para o pecador e, sim, uma reparação dos seus erros.” (Tia Neiva, 5.3.79)
 “O princípio superior de todos os missionários é o trabalho. Tua ação será comparada a um imã.
Terás que viver atraindo novos recursos vitais. Terás, também, o segredo da evolução, das
transformações de vidas cujo princípio não está na matéria mas, sim, na própria vontade. Esta
ação se estende tanto no mundo etérico como no físico, na matéria. Tudo pode ser realizado no
domínio psíquico, pelo amor, na ação da vontade, na Lei do Auxílio - princípio superior de todas as
coisas! A potência da vontade de quem busca, honestamente, servir aos seus irmãos, não tem
limites. E quando dormimos, cansados, pensando - pensando com amor - servir alguém, nós nos
transportamos e saímos pelos planos espirituais em seu socorro. A natureza inteira produz
fenômenos, metamorfoses. Quando conheceres a extensão deste fenômeno, seus recursos,
dentro de ti mesmo, deixarás o mundo deslumbrado!...” (Tia Neiva, 16.6.79)
 “Temos por missão nos tornarmos um instrumento eficiente, tanto no sentido passivo como no
ativo, curando o nosso próprio centro nervoso físico, afetivo, mental e espiritual, até tomarmos
verdadeira consciência de nós mesmos. O Homem que se conhece a si mesmo é forte e
inquebrantável. Filho: a verdade, na concepção do Homem, jamais existiu. É, portanto, que da
concepção da Morte resulta o comportamento da Vida.” (Tia Neiva, 19.9.80)
 “Filho: para que a criatura cumpra, fielmente, os desígnios desta Doutrina, é indispensável que
desenvolva os seus próprios princípios divinos. É preciso que se sacrifique em favor de grande
número de espíritos que se desviaram de Jesus. É preciso, filho, que esteja no luminoso caminho
da fé, da caridade e da virtude do Espírito da Verdade, e que se dedique, principalmente, àqueles
que tombaram dos cumes sociais, pelo abuso do poder, da autoridade, da fortuna e da
inteligência. (...) Eu sofro ao ver tanta incompreensão. Deixam milhares de sofredores esperando,
as suas vítimas do passado, e não esperam nem mesmo a bênção de Deus para serem felizes. No
primeiro impacto, deixam de acreditar até mesmo em sua individualidade, sem dar tempo para
receber as pérolas dos Anjos e dos Santos Espíritos, que são a recompensa do trabalhador.” (Tia
Neiva, Reili e Dubale, 24.11.81)
 “A missão é uma coisa muito séria, principalmente com uma atribuição específica. Estamos aptos
para qualquer evento, para qualquer ritual, polidos e preparados. Porém, muito importante é a
emanação que você vai deixar, é a cultura que já está em funcionamento, é a sua manipulação. O
campo magnético que você manipula é o mais importante nesta atribuição. Veja: eu recebo do Pai
Seta Branca todas as atribuições. Recebo e faço, construo e, depois, com minhas mãos, vou
moldando pedacinho por pedacinho e deixo ali o meu Aledá, que existe nos três reinos de minha
natureza. Meu filho, estude a sua própria personalidade, porque de nada valerão todos os
conhecimentos do mundo e tudo o que estiver fora de nós, se não conhecermos a nós mesmos.
Estude a sua alma, que é a sua individualidade, que é o seu EU, e só ela reflete a sua
personalidade. Conheça a si mesmo, para viver a sua consciência e, seguro, ser feliz!” (Tia Neiva,
22.2.83)
 “Filho, tenha fé em ti mesmo, afirma a tua personalidade, acredite que cada fracasso nos ensina
algo que necessitamos aprender. Volte-se sempre para ti mesmo e resolva sozinho os teus
problemas. Escolhe os teus amigos, porque existe, em cada um, a voz interior que nos alerta
sobre como devemos agir e o que devemos fazer. Nunca deves odiar a vida quando sofreres, nem
tão pouco amá-la quando sorrires. Ela não é culpada de tuas dores, nem benfeitora de tuas
alegrias. A vida se torna atém de nossas dores e de nossas alegrias, porque ela é algo onde
vivemos. É nela que as dores e alegrias nos dão experiência. Já, mais de uma vez, venho te
advertindo sobre a prova que Deus, vendo os nossos esforços, nos escolheu como patronos
desses infelizes, que viviam no mais triste sofrimento, envolvidos pelo ódio. Somos nós, com o
nosso amor, com nossa perseverança, que estamos a evoluir esta grandeza. Quanto mal
sofreram! Quanta dor em seu ódio, sem ter forças para esquecer a triste hora de suas tragédias
em nossa falta de amor. Recebe com carinho este alerta e pense com mais amor nos bônus que
irão libertar os dois, porque não só tu serás liberto, como aqueles que foram as tuas vítimas do
passado. Ame com carinho e fé! Mais uma vez digo: As nossas quedas nesse mundo que
vivemos, todas, todas nos servirão para a nossa evolução. É uma experiência a mais, é uma
experiência a menos, porque, filho, o homem não se redime quando sente uma grande dor e, sim,
se eleva para Deus, sempre buscando o seu Sol Interior.” (Tia Neiva, 22.4.83)
 “Vamos começar os primeiros passos para uma vida missionaria. Filho, seja você mesmo a
descobrir a sua estrada na vida, sem profeta ou profetiza. Descubra o seu próprio caminho e ande
com as suas próprias pernas. Desperte para a vida, para a verdadeira vida. Não desanime à frente
dos obstáculos. Os obstáculos são atraídos pela força do nosso triste pensamento. Não se
impressione com os sonhos e não fique a querer interpretá-los. O sonho é uma arma dos
supersticiosos. Procure o lado bom da vida, seja otimista. Procure subir e espere sempre o melhor.
Com o coração esperançoso, teremos todas as coisas nobres que desejamos. Filho, o que desejo
é transmitir um pouco desta sabedoria que a vida iniciática tem nos proporcionado nesta jornada.”
(Tia Neiva, 17.6.83)
 No mundo missionário dos espíritos há sempre uma luz que predomina, mas há, também, sempre
um missionário que refreia os seus dotes de bom cristão e vai penetrando ele mesmo, e, em vez
de puxar a sua missão para fora, fica a se promover como aquele que tem as suas superstições e
vive a acender velas atrás da porta... E, quando parte a sua nave, porque a sua história terminou,
ele chega do outro lado e encontra um mundo dinâmico, fica a se envergonhar atrás de suas
roupinhas velhas trazidas da Terra. Sim, meu filho, a vida é igual às vidas. Temos muito o que
fazer dentro da nossa individualidade. Por isso, nos encontramos, todos os dias, com ela.
Formamos os nosso sonhos e nos atiramos nos grandes painéis que formam o calendário da vida
na Terra. Sim, na Terra, porque a Terra só ouve os nossos lamentos quando abrirmos os nossos
plexos. É por isso que eu os vejo tão grandes e acredito em vocês, meus filhos jaguares, e nas
coisas que vocês têm para oferecer, e porque os ensinei a transmitir o suficiente em suas
jornadas. Tenho que ensinar-lhes mais coisas e, muitas vezes, penso como o velho Serrano. O
velho Serrano tinha o seu castelo na subida da serra e emitia as coisas que lhe vinham e que
ouvia do céu. Contam que, depois de ensinar com esmero um grupo de jovens e fazê-lo
missionários cristãos, explicou-lhes como “limpar” seus caminhos e como devia caminhar um
missionário cristão... O fato é que, chegando o dia da partida daquele grupo, um missionário
perguntou-lhe: “Mestre, o que devemos fazer de melhor, quando sairmos daqui? Usar os dons da
sabedoria, da ciência, da fé? O dom de curar enfermos, as operações maravilhosas nos castelos e
palácios? Discernir um espírito... Qual a maior virtude?” “A maior virtude - respondeu-lhe o Mestre
- é a CARIDADE sofredora. a benigna caridade, aquela caridade que o missionário faz sem
leviandade, sem sublimação, até pelo contrário, às vezes, se esquece até de Deus para servir ao
seu semelhante. Essas são as pedras brilhantes que vão enriquecendo o nosso pobre tesouro, em
nossa Legião: a caridade sofredora!” Terminadas sua explicações, Mestre Serrano, batendo nas
costas de cada um, soluçando, despediu-se. Todos fizeram o mesmo com seu Mestre, e foram
cumprir com sua missão. Desceram, prontos, e com eles, um só pensamento: “O SENHOR É O
MEU ROCHEDO, O MEU LUGAR FORTE, A MINHA FORTALEZA EM QUE CONFIO, O MEU
ESCUDO, A MINHA SALVAÇÃO; EM DEUS PAI TODO PODEROSO ENCONTRAREI O MEU
REFÚGIO!” Enquanto andavam, um tagarelava: “È, Mestre Serrano nos disse que, quando
adquiríssemos a prática, seria tempo de afiarmos nossas ferramentas. Estamos afiados, porque
não fazemos mais aquelas perguntas insignificantes, viu? Todo aquele acervo científico que
adquirimos, toda luz do nosso mestre, resultou em poucas palavras: A virtude está na caridade, no
auxílio da caridade sofredora!” Riram! Nisso, começou uma polêmica científica, em que se
equiparavam ao Mestre. Viram o quanto eram maravilhosos os ensinamentos daquele Mestre.
Ficaram tão empolgados que quase não se aperceberam de uma mulher chorando, sentada na
estrada, tendo a sua ferida sangrando. Se apavoraram com aquele sangue e, de imediato,
ergueram as mãos para o céu, pediram a Deus a força do Prana, e a mulher ficou curada. Meu
filho jaguar, não devemos pesar os nossos dotes, e não vamos dar explicações uns para os outros
daquilo que fizemos ou adquirimos. Cada um procure saber o que adquiriu, consigo mesmo. Meu
filho, esta é a nossa primeira aula e vou procurar deixar em cada uma, uma passagem escrita.
Cuidado, filho! Lembro-me de uma vez que, ali nas imediações do IAPI, curei uma mulher que,
também, sangrava muito e, ao chegar em casa, eu falava para uma porção de motoristas sobre o
que fizera, quando Pai João de Enoque chegou ao meu ouvido e alertou: “Fia, cuidado! Estás
conversando muito... Próxima de você tem outra mulher com um problema semelhante e, talvez,
você não possa curar ... Essa não é a sua especialidade. Sua especialidade ainda é a Doutrina, e
não lhe foi entregue ainda um Mestre!” Isso aconteceu em 1959.” (Tia Neiva, 31.7.84)

MISSIONÁRIA
VEJA: NINFA MISSIONÁRIA

MISSIONÁRIO
Os missionários, de modo geral, são os médiuns que se desenvolvem e se tornam mestres de
nossa Corrente. Todavia, existem milhares de missionários, Espíritos de Luz que reencarnam para
cumprir determinada missão (*), nesta ou em outras Doutrinas, para auxiliar a Humanidade a
encontrar os caminhos do Bem. São cientistas, médicos, professores, magistrados, enfim, ocupam
lugares de destaque na sociedade para cumprir a sua missão. Existem muitos, também, que nascem
em uma família cármica, para ajudar os reajustes que seus componentes têm que enfrentar. Nossos
filhos, de modo geral, são compostos por cobradores, que vêm fazer seus reajustes, e, de acordo
com nosso merecimento, por geralmente um missionário, que vem nos amparar e nos dar força nos
momentos difíceis que temos com os demais. Para desespero dos que convivem com ele, o
missionário normalmente tem vida não muito longa, desencarnando tão logo atinja os objetivos que o
levaram a reencarnar. Mas isso vai depender de sua missão. Existem casos de missionários que
viveram muitos anos na Terra, exemplos de dedicação e amor a serem observados pelo Homem que,
pelo avanço tecnológico, tem como apreciar esses irmãos através dos meios de comunicação,
aprendendo os caminhos do Evangelho. Com a proximidade da Nova Era, muitos espíritos surgiram
como portadores de verdades até então ocultas, de crenças revividas de remota antiguidade,
dizendo-se missionários de Deus. Sobre isso Jesus nos advertiu (Mateus, VII, 15 a 23): “Guardai-vos
dos falsos profetas que vêm a vós com vestes de ovelhas e, dentro, são lobos rapaces. Pelos seus
frutos os conhecereis. Porventura se colhem uvas de espinhos ou figos de abrolhos? Assim, toda
árvore boa dá bons frutos e a árvore má dá maus frutos. Não pode a árvore boa dar maus frutos,
nem a árvore má dar bons frutos. Toda a árvore que não dá bom fruto será cortada e metida no fogo.
Assim, pois, pelos frutos deles conhecê-los-eis. Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor,
entrará no Reino dos Céus; mas o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, este sim,
entrará no Reino dos Céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, porventura não
profetizamos em teu nome, e em teu nome não expelimos os demônios, e em teu nome não
operamos prodígios? E eu então lhes direi: Pois eu nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, que
operais a iniquidade!” Por isso, temos que ter muito cuidado ao ler, ver e ouvir as coisas que surgem
neste período de transição. Koatay 108 nos explicou que, em muitos casos, Pai Seta Branca coloca
um Jaguar num determinado cargo ou função, em locais perturbados por ações de diversas
naturezas, para que ele possa, ali, ser um ponto de força para os trabalhos que precisam ser feitos
em benefício de todos. Nas repartições governamentais, presídios, hospitais, grandes empresas, e,
enfim, onde haja muita gente, onde haja muita coisa importante a ser feita, sempre encontramos um
Jaguar, um missionário em seu posto, manipulando e distribuindo forças em benefício daqueles
espíritos, encarnados e desencarnados, que estão ao seu redor. Existem duas falanges missionárias
para mestres: a dos Magos (*) e a dos Príncipes Mayas (*).

MISTIFICAÇÃO
Mistificar é abusar da credulidade de alguém, iludindo a boa fé das pessoas, e quando um
médium usa artifícios, fingindo estar incorporado com essa ou aquela Entidade, dizemos que está
havendo mistificação. É um perigo, pois muita coisa desagradável pode ser fruto da pseudo Voz
Direta, gerando conflitos e desarmonia, além do sério comprometimento do médium que o pratica, por
contrariar o juramento que fez quando de sua Iniciação. A mistificação é uma forma de interferência,
embora chamemos de interferência a manifestação de um espírito Inluz que se faz passar por um de
Luz, truncando mensagens e fazendo profecias. Na mistificação a interferência se faz pela vontade
do médium, que passa a dizer coisas de acordo com seus desejos e visando obter efeitos em
benefício próprio. Koatay 108 confiava nos médiuns do Amanhecer, pois sabiam a força e a
responsabilidade de uma Iniciação Dharman Oxinto. Apesar disso, na prática está sendo muito
encontrada a mistificação por parte de mestres e ninfas aparás que buscam, em suas comunicações,
aproveitar-se da situação em benefício próprio, sugerindo ajudas materiais e ligações físicas com
Doutrinadores e pacientes, além de determinarem a troca de mediunidade e prisões.
 “Eis porque não tenho medo de mistificação destes aparelhos benditos de Deus. Seus bônus são
luminosos porque fluem de seu plexo, que reserva, também, o seu Sol Interior e suas três
naturezas. Isto digo do Apará e do Doutrinador.” (Tia Neiva, 27.10.81)

MOAY
Os moays são estátuas gigantescas de pedra, existentes na Ilha da Páscoa, e que até hoje a
ciência não consegue explicar como foram feitos, transportados e erguidos, e nem para o que
serviam. No livro “2000 - A Conjunção de Dois Planos”, Amanto explica, em viagem à região
denominada Omeyocan (*), o que Tia Neiva viu: por baixo das águas haviam complicadas
construções de pedra, muitos túneis e grandes abóbadas; na superfície, as grandes estátuas - os
moays. Segundo Amanto, elas tinham várias finalidades, inclusive serviram como portas indicativas,
pois sob algumas delas existem entradas para câmaras subterrâneas. Muitas seriam colocadas em
outras regiões do planeta, como indicativas, mas a desintegração dos Tumuchys (*) veio antes, e elas
ali ficaram, algumas até semi-construídas somente.

MORSA
1. MORSAS DO UNIFORME DE JAGUAR - São aquelas cruzes que, no uniforme de Jaguar, estão
colocadas lateralmente, nas mangas das camisas e das blusas, formando um ponto de captação de
energias. Recebem as forças diretamente de Tapir, de uma região chamada Campo das Morsas. Não
há como realizar um trabalho equilibrado se o médium estiver sem elas. Pelas morsas chega uma
força individualizada, dosada de acordo com as necessidades do trabalho e as condições
apresentadas pelo médium, independente de sua vontade e não sofrendo qualquer influência,
impregnação ou interferência dos espíritos encarnados ou desencarnados.
2. MORSAS DA CRUZ DO CAMINHO - São panos brancos que são colocados no pescoço do
Doutrinador, na Cruz do Caminho, e devem ficar com suas pontas caídas nas palmas das mãos,
devendo ser cruzadas quando o Comandante pedir. A função delas é provocar um enfraquecimento
da corrente de incorporação, porquanto não há incorporação do Povo das Águas mas, sim, uma
passagem das energias, diminuindo muito a sensibilidade do Apará a alteração do fluxo da energia
provocada pelo cruzamento das morsas.

MORTE
VEJA: DESENCARNE

MUDOS
Segundo o filósofo chinês Mêncio, “os olhos e os ouvidos não têm por função pensar, e estão
sujeitos a serem turvados e embotados pelas coisas que os afetam. Mas pensar é função da mente,
que pode também ser turvada e perturbada pela emoção, trazendo dificuldades para a livre
expressão do pensamento.” Quando nos referimos aos “cegos, surdos, mudos e incompreendidos”
não estamos falando de alguma deficiência física, mas, sim, sob o aspecto espiritual, vibracional.
Aquele que é portador de uma deficiência física está cumprindo a Lei de Causa e Efeito, o seu carma
(*), e só podemos ajudá-lo fortalecendo seu espírito para que possa passar, sem revolta, sua
provação. Mas nossa missão inclui aqueles que têm deficiências que os levam a não ver, a não
ouvir, a não falar e a não entender as lições da Espiritualidade Maior, e que podem ser curados pelas
vibrações de amor, pela tolerância e pela humildade. Os mudos que nos preocupam , em nossos
trabalhos, são aqueles que não conseguem emitir seus sentimentos, suas vibrações, ficando sem se
relacionar com o mundo e sendo vítimas de seu próprio íntimo. Também é preciso lembrar que o
trecho da Prece do Apará, em que se roga a Deus “tira-me a voz quando, por vaidade, enganar os
que me cercam” não significa ficar mudo, sem voz, mas, sim, ser tirada a Voz Direta da
Espiritualidade daquele médium, que passa a agir por simples animismo ou a ser instrumento de
espíritos sem Luz, que se fazem passar por Mentores. (Veja: PALAVRA)

MULHER
A menina, após a puberdade, completada a formação de seu plexo físico, torna-se mulher, isto
é, tem o seu desenvolvimento físico adequado à gestação, ou seja, à perpetuação da espécie
humana. Muito se discute em relação ao papel da Mulher na sociedade, e isso vem de tempos
imemoriais. Embora possam se destacar na História inúmeras mulheres, como a primeira rainha
egípcia Hatshepshut (A Rainha Caprichosa), filha de Tuthmosis I, que nasceu 1.500 anos antes de
Cristo, e que deixou, no Vale das Rainhas, o belo palácio Deir el-Bahari, dedicado a Amon-Rá;
Cleópatra, a Rainha do Egito que conquistou seus conquistadores romanos Júlio César e Marco
Antônio; e muitas outras que encontramos na Literatura Universal, a realidade é que, por força do
próprio modo de vida violenta e aguerrida, que só agora começa a se amenizar, a Mulher se deixou
ficar em segundo plano, mas, praticamente, interferindo nas decisões dos homens e direcionando
suas ações. Existe um dito popular que diz: por trás de um grande Homem sempre existe uma
grande Mulher! Na Doutrina, aprendemos que não é atrás, mas, sim, ao lado. Rainhas ou
camponesas, esposas ou amantes, idosas ou jovens, a Mulher esteve e estará sempre como o
impulso principal de todas as ações humanas. Salomão foi sábio, mas quem seria ele, na História, se
não fosse a Rainha de Sabah? E foi à Mulher, em sua representação maior na pessoa de Maria, que
coube a máxima missão de trazer à Terra nosso Divino e Amado Mestre Jesus, numa lição de amor
e humildade do que é uma verdadeira Mãe! De modo geral, a Mulher é o símbolo do amor, da
dedicação, da ternura, do perdão, do sacrifício e da sensibilidade. O plexo feminino é um imenso
Universo de Paz , suave e harmonioso, que vibra a melodia universal em benefício dos encarnados e
desencarnados de forma sutil e luminosa. Na Corrente do Amanhecer, a Mulher é o polo negativo das
forças e correntes universais, porque ela está ligada diretamente aos Planos Espirituais. Enquanto o
Homem é a força positiva, a força da Terra, a Mulher é o outro polo. Não existe movimentação de
uma força com um só polo e, por isso, a presença da Mulher - que é denominada Ninfa - se faz
necessária em todos os momentos e em todos os locais de trabalho. Tia Neiva sempre falou da
necessidade de toda Mulher se cuidar, ser exuberante, manter sua vibração elevada, enfim, ter plena
consciência de sua missão como uma verdadeira rainha. Embora a gestante exija algumas
limitações e cuidados especiais, a mulher está sempre pronta para o trabalho, não havendo qualquer
restrição à mulher nem mesmo durante o período de menstruação. (Veja: ESCRAVA, GESTANTE,
NINFA e NINFA MISSIONÁRIA)
 “Queridas, muito queridas: Idéias, sentimentos sufocados na saudade, é o que revela a Mulher do
Século XX. Majestades vindas curtidas pelos grandes amores da História, de vidas
transcendentais. Este o meu conceito da Mulher do Século XX! (...) Sinto neste decorrer da
mensagem o que sempre se traduziu na felicidade da Mulher: exuberância! A Mulher, acima de
tudo, deve ser exuberante, exuberante em todos os sentidos, conquistada ou conquistando.
Quando o destino me colocou como a primeira mulher motorista profissional no Brasil, a minha
salvaguarda foi o espírito exuberante que ressoou em mim. Ter exuberância com amor, na ternura
sensual do seu quadro de Mulher, no lar ou na profissão. Devem ter o mesmo espírito desta Luz!
O filho dessa mãe é criado sem traumas, é o Homem seguro, que caminha com as suas próprias
pernas, sabendo que tem a segurança de sua bela mãe e não uma “trágica mamãe”! Todas as
Mulheres são belas, desde que vivam o espírito confiante transcendental. A Mulher nunca deve se
sentir abandonada, mas, sim, realizada. Somos atores, de uma galáxia a outra, e a artista não
pode fraquejar. É a continuação de uma jornada na qual só os que confiam em si chegam, chegam
às suas origens, em Deus Pai Todo Poderoso. Na realidade, o abandono é o fato resultante de se
seguir àquele que, naturalmente, não tem a mesma evolução. Os grandes amores vivem da
transmutação de forças iguais. Não existe frigidez da Mulher - como me dizem -, mas sim o seu
distanciamento. Queridas, quando chegamos a esta realidade, renunciamos às paixões e nos
libertamos dos falsos preconceitos.” (Tia Neiva, 9.4.81)

MUNDOS
Em nossa condição de encarnados, temos a considerar três mundos que formam o nosso
Universo: o mundo visível, o mundo invisível e o mundo espiritual. O mundo visível é o físico em
que vivemos com nossos sentidos, aprendendo a conhecê-lo melhor com nossas observações
visuais e auditivas, ampliando nosso saber sobre os seres dos três reinos da Natureza. Existe,
porém, o mundo invisível que nos cerca e faz parte, também, da Terra, com estrutura molecular,
organizado e regido por suas leis, com cidades, escolas, albergues, hospitais, templos, colinas,
montanhas, lagos, rios e cacheiras, com céu e terra, claros ou obscurecidos, coexistindo
simultaneamente com o nosso mundo físico, ocupando espaços intermoleculares deste mundo, de
modo que podem existir superposição de construções de um e de outro sem qualquer problema. É
um plano constituído de matéria rarefeita mas obedecendo as leis da dinâmica universal. O mundo
invisível não reflete a luz solar, nem os sons e nem o calor do mundo físico. Na obra de André Luiz,
psicografada por Chico Xavier, temos uma detalhada descrição de uma cidade de transição - Nosso
Lar -, que se situa sobre a cidade do Rio de Janeiro, no plano da Terceira Esfera acima da crosta
terrestre, logo acima do Umbral, sendo uma das muitas que existem em torno da Terra. Um sólido do
mundo físico pode ter sua formação molecular alterada e tornar-se invisível, atravessando corpos
sólidos e, depois, ser reintegrado em seu estado físico. Essa alteração molecular pode ocorrer em
corpos do mundo invisível, tornando-os visíveis para nós, como acontece com a materialização de
espíritos que ali habitam, em números fantásticos, sem condições de seguir para os planos
espirituais, e que vivem da manipulação das energias produzidas na Terra. Eles não podem produzir
essas energias, e então as absorvem dos encarnados, fazendo essa captação por via da
mediunidade, induzindo à formação de correntes mediúnicas sintonizadas com eles, iludindo os seres
humanos de forma a que pensem que aquele mundo invisível é o mundo espiritual. Dependendo da
intensidade do ectoplasma absorvido, são capazes de se materializar no mundo físico,
desencadeando fenômenos que são confundidos, muitos deles, com visitas de naves e personagens
extraterrestres. Uma grande parte deles forma o Vale das Sombras (*). Não têm condições de
encarnar no mundo físico e, por isso, assumem a função de obsessores dos encarnados na Terra.
Não têm uma estrutura mental que lhes permita concepções superiores às nossas e sua percepção é
muito reduzida em relação à nossa. Embora falem muito em Deus, para causar confusão na mente
humana, dificilmente falam em Jesus. Quanto ao mundo espiritual, sua compreensão e
entendimento são feitos de modo individualista, conforme a experiência de cada um, colocando-se
acima de quaisquer conceitos que possamos formular, pois, nessa tentativa, caímos no
antropomorfismo. É assimétrico, irregular e atemporal, onde não existe passado, presente e futuro,
mas sim a eternidade. Podemos nos valer das imagens que nos são transmitidas pelos seres que ali
habitam - os Espíritos de Luz - e pelas próprias palavras de Jesus, nos Evangelhos, quando nos são
revelados alguns aspectos dos Céus, uma das denominações do mundo espiritual, considerados
como a morada eterna dos justos, numa reunião final com Deus, o verdadeiro paraíso. O mundo
espiritual é a recompensa para os espíritos que concluem sua jornada na Terra, após terem
reajustado com seus cobradores e, pelo amor, tolerância e humildade, conseguido deixar livres seus
corações de todos os pesos terrestres. Jesus nos ensina a guardar nossos tesouros nos Céus
(Lucas, XII, 33 e 34): “Vendei o que possuís e dai-o de esmolas; provede-vos de bolsas que não
envelhecem, de tesouro inexaurível no Céu, onde não chega o ladrão e a traça não rói. Porque onde
está o vosso tesouro, aí estará, também, o vosso coração”. Na Epístola aos Colossenses (I, 10 a 13),
Paulo escreveu: “Para que andeis dignamente diante de Deus, agradando-lhe em tudo, produzindo
frutos em toda boa obra e crescendo na ciência de Deus, confortados em toda espécie de virtude
pelo poder de Sua glória, em toda a paciência e longanimidade, com alegria, dando graças a Deus
Pai que nos fez dignos de participar da sorte dos Santos na Luz, que nos livrou do poder das Trevas
e nos transferiu para o reino de Seu Filho muito amado”. Na Epístola aos Hebreus (XI, 13 a 16),
Paulo lhes fala da jornada daquele povo, de seus profetas e de seus mártires: “Na fé morreram todos
estes, sem terem recebido as promessas, mas vendo-as de longe e saudando-as, e confessando que
eles eram peregrinos e hóspedes sobre a Terra. Pois, os que assim falam, demonstram claramente
que buscam a pátria. E se eles tivessem em mente aquela pátria de onde saíram, teriam, por certo, o
tempo necessário para a ela tornarem. Mas eles aspiram por outra pátria melhor, isto é, a celestial.
Por isso Deus não se dedigna de se chamar Seu Deus, porque lhes preparou uma pátria! “ Este
conceito de Céus, paraíso, e, enfim, do mundo espiritual como sede dos Espíritos de Luz, é
generalizado através dos tempos e por toda a Terra, mudando somente sua denominação pelos
diversos idiomas, mas mantida a idéia básica.
 “Eram apenas dez horas da noite quando senti uma forte tonteira. Fui me deitar e ouvi, sentindo
coisas diferentes, palavras sem nexo. Me foi difícil entender que estava em um núcleo de Jesuítas.
Tudo por amor. São atrasados porque estão enclausurados na Igreja de 1500. Porém vivem e
possuem bons reflexos. Uma grande falange: homens e mulheres. Os homens como frades, com
pesados hábitos cinzas; as mulheres com o mesmo hábito, sendo bege. Rodavam em cima de
elipses. No centro, uma enorme elipse de água, sem água ou energia. Fui presa, sofri muito... sofri
como nunca sofri! Cheguei a pensar que a vida tinha terminado ali. Depois, o grande bispo me
chamou e foi suavizando: “Tia Neiva, salve Deus! Somos jesuítas e queremos informações da
Terra”. Depois retificou: “Digo, da outra dimensão. Estamos no interior da Terra e só seremos
libertados quando houvermos descoberto tudo aquilo que enterramos.” Oh, meu Pai Seta Branca! -
Gritei. “Sim, Tia Neiva - continuou - Amamos o Seta Branca. Ele é a nossa paz e é a nossa
esperança. Nos diz que breve sairemos daqui. Pela sua vontade já teríamos saído, porém, só
sairemos depois que tudo que enterramos seja descoberto!” Lindos cantos eu ouvia enquanto
falava com eles. Só sei que me senti dentro da Terra, como se ela fosse oca; isto pela segunda
vez. Salve Deus! Porém, não com tanta precisão como ontem.” (Tia Neiva, s/d)

MURANOS
Os MURANOS, de acordo com as mensagens de Tia Neiva, em 5 e 22.3.83, deverão manter
e organizar a parte física no horário de DESENVOLVIMENTO DOS MÉDIUNS.
COMPONENTES: Dois Trinos mais os Cavaleiros e suas escravas (Muranas) que se decidirem por
assumir essa responsabilidade.
ATRIBUIÇÕES:
 Organizar o corpo mediúnico nos dias de Desenvolvimento;
 Verificar o bom funcionamento das instalações - som e iluminação;
 Informar-se sobre a necessidade de reparos físicos no Castelo da Autorização;
 Integrar-se com os Coordenadores dos Grupos de Desenvolvimento, contribuindo com sua
participação nos trabalhos.
Os Trinos Muranos deverão comunicar ao Adjunto Maior as ocorrências dentro de seu grupo e
as que se referem às suas tarefas. O Grupo deverá se conscientizar de sua missão e, em reunião,
escalar Trinos e Cavaleiros para a execução de suas tarefas, de maneira que todos os dias estejam,
no Templo, representantes do grupo, observando, primeiramente, à escala do Executivo ou do
Adjunto.
 “Meus mestres e meus filhos que vão assumir essa nobre responsabilidade: espero de vocês o
amor nas maneiras, na Lei, nas ordens e na execução de suas tarefas. Espero que se recordem
sempre de mim quando estiverem impacientes em suas atribuições, com as falhas dos outros.
Lembrem-se, sempre, de que entre ele e você, estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a
vocês quando não estão certos, quando têm algum erro na Doutrina: MUITO AMOR! Meus filhos,
com o amor conseguimos o discípulo amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre, que vocês
são a Lei e que a Lei existe. Vocês são a palavra, a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” (Tia
Neiva, 5.2.83)

FALANGE MISSI0NÁRIA MURUAICYS


Quando em Delfos, Pitya escolhia jovens, cujos maridos estavam nas guerras, para auxiliá-la
em sua missão. Eram as Yuricys - Flores do Campo -, que socorriam os combatentes nas planícies
macedônica e peloponense. Todavia, como não incorporavam nem profetizavam, Pitya recomendou
que fossem preparadas as Muruaicys e Jaçanãs, moças fugidas do assalto de tropas mercenárias,
que teriam a missão de fazer as profecias no Templo de Apolo. Assim surgiram as Missionárias
Muruaicys, que, portando a Chama da Vida, ajudam no socorro e na cura da Humanidade perdida e
ferida espiritualmente na malsinada batalha pela posse das coisas materiais. Trazida por Mãe Yara
em outubro de 1978, a falange foi consagrada no 1º de Maio de 1979, tendo como Primeira a Ninfa
Lua Risoleta (Rilza). A partir de 1982, as Muruaicys ficaram sob o comando da filha de Koatay 108, a
Ninfa Lua Carmem Lúcia, e sob a Regência de seu Mestre Albuquerque, Trino Herdeiro Ypuara. As
Muruaicys têm, como funções específicas, abrir e fechar os portões das Cabalas e nos rituais e
Sandays, mantendo-se em honra e guarda nestes locais, e levar a força das Muruaicys do Espaço à
corte das noivas, nos casamentos. Em sua capa, a Muruaicy tem a Cruz de Ansanta, símbolo egípcio
da Sabedoria da Vida e da Morte, que também simboliza a abertura dos portões que dão acesso ao
ambiente iniciático, a abertura dos caminhos. É sempre necessária sua presença nos Sandays e
rituais como missionárias portadoras de poderosa força desobsessiva. Como descreveu Koatay 108,
as falanges missionárias agem, harmoniosamente, em conjunto: as Muruaicys vão à frente, abrindo
os portões magnéticos do Vale das Sombras e das cavernas, onde se encontram espíritos que, por
sua força e ferocidade, se apresentam deformados pelo ódio, por sua vibração negativa, assumindo
tristes formas animalizadas e até mesmo monstruosas. As Muruaicys jogam seus charmes, emitindo
lindos mantras que vão iluminando aqueles espíritos e estes, como que hipnotizados, vão deixando
os negros abismos e se aproximando dos portões. Junto aos portões, as Madalenas fazem uma
espécie de poços de lama etérica, escura e pegajosa, nos quais mergulham, ficando irreconhecíveis,
com aspecto semelhante ao daqueles espíritos sem luz. Quando os espíritos sofredores as vêem,
tentam agarrá-las, supondo serem da mesma concentração que eles. É o momento em que as
Cayçaras lançam suas redes magnéticas, aprisionando-os e, com a proteção dos Cavaleiros de
Ypuena, os levam para serem atendidos, sob a força do Cavaleiro da Lança Vermelha, na Estrela
Candente, onde recebem o choque da força magnética animal emitida pelos médiuns escaladores e a
doutrina - o ectoplasma dos Doutrinadores -, sendo elevados aos planos de acordo com seus
merecimentos. Segundo Carmem Lúcia, “a Cabala representa tudo em nossa Doutrina. Segundo Tia
Neiva, trata-se de um leito de forças decrescentes, no qual descreve as cores básicas da fita que
utilizamos para o trabalho na Lei do Auxílio. Só é possível conhecer os segredos da Cabala àquele
que já ultrapassou os limites primários de si mesmo e ama incondicionalmente. O amarelo - vida,
representado aqui pelos Mestres Adjuração - os Doutrinadores; Sol - ouro - Anoday. O lilás - cura,
representado aqui pelos Ajanãs/Aparás. É a junção de forças dessas duas partes por uma força
divina. A Cabala representa o símbolo máximo que permite acesso à vida iniciática ou ao salão
iniciático. Lua - prata - anodai - sabedoria. Diz-se que depois que um discípulo passar por todas as
provas, ele é conduzido ao portão de entrada. O cálice - símbolo iniciático do invólucro exterior que
guarda o sangue (vinho) que se eleva, representa força vital, energia. O vinho - suco de uva -
simboliza o sangue, força vital, força magnético-animal, energia, base molecular do plasma
mediúnico. A chama - Chama da Vida, o prana. É a junção de tudo que dissemos acima. É a
manipulação do carma que permite acesso à Luz quando encarnado - eternidade.” Os prefixos das
Muruaicys são Iule e Iule-Ra.
CANTOS DAS MURUAICYS
1. SALVE DEUS! Ó, JESUS, SINTO NESTA BENDITA HORA A FORÇA DO JAGUAR, QUE SE
ELEVA NA PLENITUDE, ABRINDO O CICLO INICIÁTICO PARA UMA NOVA ERA! SÃO LUZES,
MESTRES, QUE SE HARMONIZAM NA GRANDEZA E NO AMOR, EMITINDO A CONSOLAÇÃO
AOS MENOS ESCLARECIDOS, DESENVOLVENDO-SE E ABRINDO A FAIXA TRANSCENDENTAL
PARA A REALIZAÇÃO DE UM PODER INICIÁTICO QUE SE LEVANTA PARA PROPORCIONAR
AO MUNDO UM DESENVOLVIMENTO DOUTRINÁRIO. NESTE INSTANTE, EU VEJO O SOL E
VEJO A LUA. LUA! MESTRES LUA! LUA CONSAGRAÇÃO! OUVE O CANTO DA MENOR DE TUAS
SERVAS, TEU RAIO MURUAICY, QUE TE VENERA E TE IMPLORA O AMOR DE QUEM ME FEZ
CHEGAR ATÉ AQUI! MESTRE ADJUNTO RAMA TRINO TUMUCHY! MESTRE ADJUNTO RAMA
TRINO ARAKEN! MESTRE ADJUNTO RAMA TRINO SUMANÃ! MESTRE ADJUNTO RAMA TRINO
AJARÃ! MESTRES LUZ! MESTRES ADJUNTOS RAMAS, RAIOS DE SIMIROMBA, MEU PAI!
MESTRES QUE GOVERNAM NESTE PLANO ORIGINAL E INICIÁTICO! RECEBEI, NESTE
INSTANTE, TUDO QUE NOS CABE, DA FALANGE DE YEMANJÁ! DO PODER E DA GRANDEZA,
MESTRES TRINOS, DA CONSTÂNCIA E DO AMOR, QUE NOS CONDUZIU ATÉ AQUI, NOS
DANDO O PODER DESSE ADJUNTO QUE A PERSEVERANÇA DOS SEUS ESPÍRITOS FORMOU
ESTA FORÇA NA QUALIDADE DE ADJUNTO, QUE TRADUZ AO MUNDO A PAZ, A
TRANQUILIDADE E A ESPERANÇA DE UM BREVE TERCEIRO MILÊNIO. ADJUNTO KOATAY 108!
SOU EU QUEM TE FALO ...(NOME)... , REPRESENTANTE DE MINHAS IRMÃS. DIGO
FERVOROSAMENTE: ACREDITO EM TI! ACREDITO EM TI PORQUE ÉS A LUZ DESTE
AMANHECER! PRÍNCIPES, MAGOS, MESTRES JAGUARES! QUE AS FORÇAS QUE VÊEM DE
DEUS VOS CONSAGRE E IONIZE! POVO ABNEGADO DE DEUS! REMOVENDO O VELHO
MUNDO, REVIVENDO A VELHA TRIBO DE ESPARTA, KATCHIMOSHY, DOS IMPÉRIOS E DO
BRASIL COLÔNIA. E HOJE REUNIDOS NESTE PLANALTO, NA FORÇA E NO AMOR REUNIDOS
NO VALE DO AMANHECER, ESTA GRANDEZA ABSOLUTA QUE SE CHAMA ADJUNTO KOATAY
108, EMITAM, MESTRES ADJUNTOS, EMITAM O SOL DOUTRINÁRIO INICIÁTICO EM NOSSOS
CORAÇÕES. SALVE ADJUNTO KOATAY 108! QUE A PERSEVERANÇA NO ESPÍRITO DA
VERDADE ENCONTRE ACESSO EM TEUS CORAÇÕES PORQUE, PRÍNCIPES DESTE
AMANHECER, NÃO VOS ESQUECEREMOS. E NESTA BENDITA HORA, VENHO TRAZER A
MENSAGEM DE NOSSA MÃE CLARIVIDENTE, QUE NOS PEDE O AMOR, A HUMILDADE E A
TOLERÂNCIA NA ABERTURA DESTA UNIFICAÇÃO. E É NA FORÇA DE OLORUM, QUE VOS
TRAZ A MENOR DE TUAS SERVAS, TEU RAIO MURUAICY, DESTA CONGREGAÇÃO. SALVE
DEUS, MESTRES TRINOS DO AMANHECER! MEUS RESPEITOS, COM TERNURA, MINHA MÃE
CLARIVIDENTE! EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. SALVE DEUS! (30.4.79)
2. CANTO NO LEITO MAGNÉTICO, NO ABATÁ, NO ALABÁ, NA CHAMA DA VIDA E NO
TURIGANO: MEU DEUS TODO PODEROSO, AQUI EU VENHO PEDIR! SÃO FORÇAS, SENHOR,
E EU TE VENHO FALAR. HOMENS DE MINHA TRIBO, QUE NECESSITAM DE TI NO PODER DA
FORÇA ABSOLUTA, A ENERGIA DO JAGUAR, A HARMONIA ENTRE ELES, JESUS, O PODER
UNIVERSAL, OS CONSELHOS DOS VELHOS SÁBIOS, OS ALBERGUES DAS NOITES DE LUAR.
O ANODAY E O ANODAÊ, AS PÉROLAS DOS SANTOS ESPÍRITOS E DOS ANJOS DE YEMANJÁ,
DO TEU SIMIROMBA. Ó, BOM DEUS! Ó, SIMIROMBA MEU PAI! ESTA É A HORA DA TRIBO, É A
HORA DO JAGUAR, QUE EM NOME DO PAI E DO ESPÍRITO, SALVE DEUS!
3. CANTO NA ABERTURA DOS PORTÕES:
- NA CRUZ DO CAMINHO: “Salve Deus! Eu, Missionária Muruaicy, nesta bendita hora, venho pedir
a permissão ao grandioso espírito de Yemanjá para a abertura do portão da Cruz do Caminho. Salve
Deus!”
- NO ORÁCULO DE SIMIROMBA: “Salve Deus! Eu, Missionária Muruaicy, venho em nome de Deus
Pai Todo Poderoso, pedir a permissão do nosso querido Simiromba de Deus, Pai Seta Branca, para
a abertura do portão do Oráculo. A minha missão é o meu sacerdócio. O Senhor está comigo. Salve
Deus!”
- NA UNIFICAÇÃO: “Salve Deus! Eu, Missionária Muruaicy, venho em nome de Deus Pai Todo
Poderoso e dos Grandes Espíritos do Reino Central, e em nome de nossa Mãe Clarividente, pedir a
devida permissão ao grandioso espírito de Yemanjá para a abertura do portão da Unificação. Salve
Deus!”
OBS.: A Muruaicy faz sua emissão antes do canto e, tão logo termine sua emissão, diz: TRAGO O
CANTO DA MURUAICY PARA MELHOR VOS SERVIR! No Oráculo, antes da abertura dos portões,
a Muruaicy faz sua emissão e o canto.
 “As Muruaicys ficavam limitadas aos contatos. Representavam Pitya, anunciavam sua presença e
andavam com uma lança. Como respeito, cada dinastia recebia a cor de uma lança. Eram
endeusadas pelos filósofos que adoravam Pitya pelo Deus Apolo. Eram inteligentes e sagazes,
tornando-se figuras místicas, diferentes das outras.” (Tia Neiva, s/d)

MURUMBUS
Segundo o Trino Araken, em aula de 18.6.81, os Murumbus são bandidos do espaço, espíritos
terríveis comandados pelo espírito que foi encarnado como o Cardeal Richelieu, na França, que
agem no Umbral e atacam todos aqueles que se deixam ficar perambulando pelas regiões sombrias,
sem se protegerem em um Albergue, e escravizam outros espíritos. Quando um deles tem um
reajuste com um ser encarnado, em qualquer época, se acrisola e se torna um elítrio (*), causando
malefícios terríveis, mas que pode ser libertado pelos trabalhos de nossa Corrente.
 “A corrente se desequilibrou. As coisas estão tomando um triste rumo. Vamos pedir a Jesus pelo
sofrimento resultante do amor às almas em fogueira. Se cada um conhecesse sua ignorância,
quanta coisa pensaria fazer pelo homem. Hoje, quando vi os Murumbus que, até então, estavam
presos pela corrente, tive medo do desespero que eles podem fazer neste mundo ou nestas
imediações. Graças a Deus os mestres se juntaram na Mansão dos Encouraçados na Terra.
Estamos nós reunidos, pela benção de Deus, porque é o maior lugar onde se pode manipular a
força do Jaguar. Esta noite morreram mais assassinados. Quem não pode dizer que é a força dos
Murumbus?” (Tia Neiva, 21.10.78)

MURUSSANGIS
Pertencentes à Falange dos Omulus, se apresentam como caveiras, comercializando com o
Vale das Sombras e aplicando a Lei Negra. Verdadeiros vampiros, assumem a forma de elítrios para
suas cobranças, fixando-se nas costas de suas vítimas, das quais vão sugando a energia. Quando
são desprendidos pela força de um trabalho desobsessivo, partem revoltados e brigando com os
Mestres que realizaram o trabalho, deixando marcas, embora passageiras, no físico dos Aparás
(tosse, garganta irritada, azia, etc.).

MUTUPY
O Mutupy é uma espécie de mapa cartográfico da Terra usado pelos Tumuchy, onde estão
registrados os acidentes geográficos, as reservas minerais, as situações de florestas, áreas agrícolas
e os diferentes graus de adiantamento civilizatório do nosso planeta. Com base nas relações
interplanetárias com a Terra e nos pontos energéticos do planeta, foram erguidas as grandes
construções do Egito, do Yucatan, dos Andes, etc. Com os conhecimentos passados por alguns
grupos tornaram-se realidade os Grandes Descobrimentos dos Séculos XIII e XIV, especialmente os
que se basearam no famoso Mapa de Piri Reys, que continha detalhes dos continentes e do Ártico e
da Antártica que somente na atualidade, com a prospeção feita por satélites, se tornaram
identificáveis e surpreendentemente corretos.

MUYS
Na linguagem das Cavernas, muy significa “maldade” e designam espíritos de baixo padrão
vibratório que atuam sobre as pessoas fazendo com que fiquem com desagradáveis sensações de
sufoco e muito mal-estar. São pequenos - entre 60 e 70 centímetros de altura, e estão começando a
se materializar, isto é, podem ser visíveis, especialmente em trabalhos mal conduzidos. Não são
bandidos do espaço, mas estão sempre juntos a essas falanges, para se aproveitarem de suas
vítimas, sugando-lhes energias e dando continuidade ao trabalho de vampirismo de outras entidades
das Trevas. Com a Elevação, o Doutrinador os desintegra.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 419

NAIANDES
 “Nisso, apareceram lindas figuras: alguns casais, em diversas sintonias. Lindos! É difícil relatar
tudo o que faziam... Um som clássico encheu de alegria toda aquela paisagem. Alguns dançavam,
outros corriam para serem alcançados por seu pares. Deduzi: as almas gêmeas, de André Luiz!
Salve Deus! - pensava já sem as explicações daquela voz. Contudo, não conseguia sair dali,
remoendo em minha cabeça: a minha categoria é ainda do passado, presente e futuro, enquanto a
desses é a Eternidade! Será um sonho tudo o que estou vendo? “Não é um sonho - disse
novamente a voz - Este é o mundo de NAIANDES. Daqui podemos sentir o aroma da Terra!...”.
Súbito, uma linda jovem que dançava caiu, como que desmaiada. Meu Deus! - exclamei -
Desmaiou! “Esta moça tem sua alma gêmea segura em outra dimensão, onde ainda passa
reparações. Temos sete dimensões até chegarmos ao Canal Vermelho, que é o primeiro degrau
celestial.” A música parou e todos correram para socorrer a moça. Percebi fios dourados surgindo
no horizonte. A voz me explicou: “O felizardo, do outro lado, se libertou, e irá para outra dimensão,
dando sempre continuidade à evolução... Não, Neiva, a vida aqui não para... Aqui o mundo vive a
sua própria evolução!” (Tia Neiva, UESB, 1960)

FALANGE MISSIONÁRIA NARAYAMAS


A Falange Missionária de Narayamas é conduzida pela Ninfa Lua Maria de Lourdes, tendo
como Adjunto de Apoio o Adjunto Págamo, Mestre Arnóbio, e se compõe de ninfas destinadas a
trabalhos desobsessivos, pois suas forças são cruzadas nos Planos Espirituais, pelos grandes
Oráculos de Simiromba, Olorum e Obatalá, cruzamento este que está representado no brasão de
suas indumentárias, dando-lhes a característica de “mulheres de bênçãos”. Têm muito amor e se faz
necessária a sua presença nos rituais e nos Sandays, para melhor resultado dos trabalhos
desobsessivos. Sua criação, no plano físico, foi feita por Koatay 108. Os prefixos das Narayamas são
Abela e Abela-Ra.
CANTO DAS NARAYAMAS
SALVE DEUS, MEU MESTRE REINO CENTRAL! ESTAMOS A VOSSA MERCÊ! Ó, JESUS,
CAMINHAMOS NA DIREÇÃO DA ESTRELA TESTEMUNHA, QUE NOS REGE NESTE UNIVERSO.
CAMINHAMOS NA FORÇA ABSOLUTA DE DEUS PAI TODO PODEROSO. SOU ESCRAVA DO
CAVALEIRO VERDE ESPECIAL! CONFIANTE NOS PODERES DIVINOS, EMITO O MEU
PRIMEIRO PASSO PARA QUE O PODER DE NOSSAS HERANÇAS TRANSCENDENTAIS NOS
CHEGUEM PARA A CONTINUAÇÃO DESTA JORNADA. E COM A LICENÇA DE VOSSA MERCÊ,
PARTIREI SEMPRE COM - O -// EM CRISTO JESUS. SALVE DEUS!

NATHARRY
Condessa Natharry, a testemunha de todos os tempos, representa o Espírito da Justiça, e se
veste toda de preto porque é uma verdadeira projeção de Chapanã, o Cavaleiro da Lança Negra, que
aplica a Justiça Divina na Terra. Presente nos Julgamentos e Aramês, por ela passam e fazem a
reverência todos os prisioneiros, antes de retirarem suas atacas e exês. (Veja PRISÃO)

NATUREZA
A Natureza é o conjunto de entes e seres, independentes de intervenções refletidas ou
conscientes, que constituem todo o Universo. A Terra é parte da Natureza, que nela se coloca em
três reinos: mineral, vegetal e animal. Interdependentes e interagentes, estes três reinos emitem
fluídos e vibrações, fenômenos que o Homem já conheceu, mas pela Ciência e vaidade, foram sendo
esquecidos através dos tempos e dando lugar à tecnologia e à idéia de que a Natureza é um sistema
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 420

mecânico, regido por leis e equações matemáticas. Para nós, Jaguares, a Natureza é a essência de
Deus introduzida na forma, e aprendemos a ter respeito e a entender os diversos aspectos naturais
que nos rodeiam, procurando harmonia e equilíbrio com o mundo do qual somos apenas uma parte,
que sabemos não poder ser regido por experiências nem medidas estabelecidas pelos cientistas, e
no qual penetramos somente através da compreensão e do conhecimento das Leis de Deus. Embora
tenhamos a divisão da Natureza física da Terra nos seus três reinos, ainda fica uma grande parcela
sem podermos classificar, pois envolve a ação das forças telúricas e das diferentes forças que se
propagam por todo o Universo, influenciando profundamente aqueles três reinos e, por
desdobramentos e derivações, agindo na Natureza do próprio Homem. Na História da Humanidade, o
Homem sempre procurou dominar a Natureza, sentindo-se Deus. Mas tem sido sempre desastrosa
esta idéia pretensiosa, pois ao chegar nos limites das experiências, tem que enfrentar a
desintegração de toda uma civilização, que se faz necessária para poder ser mantido o equilíbrio do
Universo. Tardiamente, nesta nossa era, os cientistas se movimentam para restabelecer a harmonia
natural da Terra, já tão agredida e desgastada.
 “Observas bem o que fazer do tempo, do teu tempo, do teu sacerdócio, de tua missão e neles
procures impregnar todo o teu amor, o que puderes da perfeição de tua conduta, emitindo e
comunicando a fronteira da morte. O Sol que brilha, a nuvem que passa, o vento da despedida, o
luar que alimenta com o perfume da Dor. Aproveita, filho, esses momentos de tranquilidade que a
Terra, com toda a sua riqueza, ainda vai cobrar aos que não aproveitaram seus frutos. A Terra
está perdendo sua nobre finalidade pela promiscuidade do Homem. Então, meu filho, as coisas
vão acontecer, isto é, a vida de Deus. Toda a Natureza vai se ressentir, se ressentirão também os
três reinos de nossa natureza, porque do Céu virá a Luz para o nosso conhecimento da vida fora
da matéria.” (Tia Neiva, 12.12.78)
 “No curso que fazemos na senda da reencarnação, devemos procurar a ciência e o amor. Sim,
filho, a água das fontes, dos lagos, dos rios, das chuvas e dos mares. A água, analisemos, água
igual a água. A água das fontes tem sua energia, dos lagos e dos rios são diferentes, como é
diferente o sabor das bebidas sintéticas das frutas. Tudo é amor em diferentes sentimentos: o
amor das crianças, o amor da mãe, o amor dos amantes e o amor incondicional. O corpo físico
não gera a vida ou força neste plano físico. Sim, porque das nascentes surge o prana. A presença
Divina se manifesta, emitindo o prana por todo este Universo.” (Tia Neiva, 25.3.84)

NEUTRÔM
O neutrôm, na Doutrina do Amanhecer, não se refere ao homônimo da Física - que designa as
partículas atômicas sem carga elétrica, que envolvem o núcleo central do átomo -, mas sim a uma
forma de energia nebulosa, uma nuvem com limites, controlada pela força da gravidade que a
pressiona em toda sua periferia, e que faz a divisão dos diversos planos, um turbilhão espiralado de
partículas em movimentos centrífugos (do centro para a periferia), denominados “Proteção de Deus”,
que afastam ou emitem horizontalmente, em progressiva condensação, sob o comando do Eixo Solar
de nossa natureza; e centrípetos (da periferia para o centro), reunindo todas as energias e fluídos
ectoplasmáticos no Centro Coronário. O neutrôm pulsa, contraindo-se e se descontraindo, como se
fosse um coração esferoidal. O neutrôm se altera conforme seja dia ou seja noite, porque os raios
solares dilatam suas moléculas e dificultam a penetração, motivo pelo qual os trabalhos espirituais
realizados à noite são mais fáceis. Embora o neutrôm não se impregne pela energia, é energizado
pelo nosso plexo físico e gira em torno de nós. De acordo com nossa vivência e nossos
pensamentos, estabelece um grau de vibraticidade. Quando as pessoas não têm uma doutrina, este
grau de vibraticidade é neutro, não tem eficiência, enquanto na pessoa que possui conduta
doutrinária seu neutrom é iluminado pelo EON (*), energia luminosa do Sistema Crístico. Com essa
forma de espiral, formamos sintonia com os planos de nossa individualidade: é o mergulho na
individualidade. Quando emitimos, falamos de coisas que estão dentro de nós e coisas que estão fora
de nós. É o contato com o Universo, nossa integração universal pelo mergulho em nossa
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 421

individualidade. Nosso plano físico, na Terra, é limitado pela força do neutrôm, dando ao Homem uma
visão limitada do Universo em que está contido, deixando apenas, pela força da percepção, que
penetre em outros planos. A pouquíssimos é dado o privilégio de poder ver outros planos. O Homem
não teria como manter seu equilíbrio mental sem as limitações do neutrôm. Para ter perfeita
percepção de seu mundo, o Homem deve ter limitações como o tempo e o espaço, noções de como
se submeter às leis físicas da gravidade e dos movimentos, das leis que regem o funcionamento de
seu corpo e de sua mente, aprender a lidar com as emanações dos seres animados e inanimados
que compõem o seu ambiente. Separando o mundo físico e sensorial dos planos espirituais, o
neutrôm, quando é rompido, provoca uma explosão, estado de relativa anormalidade, que
aprendemos a manipular por nossa Iniciação e conseqüentes Consagrações na Doutrina do
Amanhecer. Segundo Humarran, o neutrôm - ou turbilhão neutrônico - que constitui o nosso
microplexo, nossa alma, produz e permite a existência de certa quantidade de luz, luz esta que
clareia, ilumina o caminho para nossa mente, permitindo que tomemos nossas decisões de acordo
com nossa posição em nossa trajetória nesta encarnação, na Terra. Aqui vivemos, rodeados por
espíritos desencarnados, formações ectoplasmáticas e um sem número de construções energéticas,
mundos invisíveis que existem, se movimentam e atuam de acordo com suas leis próprias, separados
de nossa percepção pela barreira do neutrôm. Quando fazemos a preparação para nosso trabalho,
buscamos, na vertical, todo o acervo que possuímos no Universo, através do neutrôm, para que
possamos, com nossa mediunidade, distribuí-lo horizontalmente, na medida da necessidade do
trabalho que realizarmos, desde o mais simples ao mais complexo. Pela ação dos raios do Sol, o
neutrôm se torna mais denso pela dilatação de suas moléculas, dificultando sua penetração. Por isso
devemos realizar os trabalhos espirituais preferencialmente à noite ou na penumbra, por ser mais
fácil a comunicação. Segundo Tia Neiva, entre as grandezas do neutrôm existe uma grande
especialidade: a Magia Neutra ou Nativa. Se não fosse o neutrôm, viveríamos sobressaltados com as
explosões dos átomos e flutuaríamos como pequenos balões. O neutrôm protege o Homem na sua
inconsciência, controlando seus princípios magnéticos, porém sem os termos de lei que possam
burilar sua alma ou sua consciência. Com a implantação dos Sandays (*), trazidos pela projeção das
21 Estrelas (*), deu-se início à alteração da composição vibracional do neutrôm, começando a
modificação que determinará a conjunção dos dois planos, quando poderemos ver espíritos, com
todas as suas características de habitantes dos mundos invisíveis, aparecerem no nosso mundo. Não
serão materializações, mas, sim, simples passagem de um plano invisível para o visível.
“O macrocósmico – ou neutrom – neutraliza o físico do etérico, formando esta grande barreira
intransponível da luz solar ao etérico, dividindo o segundo plano do primeiro, onde atinge formas
diversas, inclusive fora do Sistema Crístico.” (Tia Neiva, 28.6.77)
“A matéria não organiza – é organizada. Sua função representa senão uma modalidade de energia
esparsa. Nossos elementos, nos planos físicos, chegam a ultrapassar as barreiras do neutrom na
formação do nosso sistema planetário. As junções ou injunções concentradas de energia do plexo
físico em fusão é que resulta no neutrom, uma nebulosa que, pela força da gravidade
pressionando de toda a periferia para o centro, provocou o movimento circular que,
paulatinamente, modificou sua forma, tendo um sentido mais ou menos espiral, acompanhando o
movimento circular giratório, que é denominado “Proteção de Deus”, com forças denominadas
centrípeta e centrífuga. A centrípeta tem por função reunir todas as energias ou fluidos
ectoplasmáticos no Centro Coronário. A centrífuga afasta ou emite na horizontal, na progressiva
condensação, sob o governo do eixo solar de nossa natureza. Fazendo esta explicação, um
mestre, um filho, fez a seguinte pergunta: “Por que o neutrom? Então ele não nos atrasa, nos
escondendo os mundos espirituais?” (pergunta inteligente, achei). Não, não haveria sentido o
corpo físico se houvesse uma só visão. Não haveria, também, necessidade do Sol, que ajuda
esta condensação material. Como seria a vida solar, com tantas imagens, com tantas visões
deformadas dos espíritos em cobrança? Bem coordenada é nossa explicação sobre o neutrom e
todos estes aspectos da Doutrina, em suma, o preceito fundamental de Jesus Cristo, que são as
leis eternas de Deus Pai. (...) O neutrom não se impregna pela energia, porém sofre alteração
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 422

entre o dia e a noite. Em todas as suas grandezas, há mais uma grande especialidade: a Magia
Neutra ou Nativa. Graças ao neutrom é que chegamos até aqui. Se não fosse o neutrom,
viveríamos sobressaltados pelas constantes explosões dos átomos e, também, flutuando como
pequenos balões.” (Tia Neiva, 4.10.77)
 “Não é possível atravessar o neutrom sem que haja o perigo de explosão. Aos poucos, tudo se
cumpre como Deus quer!” (Tia Neiva, 21.11.81)

FALANGE MISSIONÁRIA NIATRAS


As Niatras têm função específica na Estrela Sublimação (*), quando na condução do Santo
Nono – as Esmênias e seus mestres – para os esquifes. A Primeira Niatra é a Ninfa Lua Jorgelina
(Jojô), tendo como Adjunto de Apoio o Adjunto Trino Muray, Mestre Ademar, sendo os prefixos Nepia
e Nepia-Ra. Segundo instrução de Koatay 108, as Niatras seriam somente ninfas do Templo-Mãe.
Todavia, em reunião de março/99, os Trinos Presidentes Triada estabeleceram que a falange teria
componentes dos Templos do Amanhecer.
CANTO DA NIATRA:
SALVE DEUS! MEU MESTRE REINO CENTRAL, ESTAMOS A VOSSA MERCÊ. Ó, JESUS,
CAMINHAMOS NA DIREÇÃO DA ESTRELA TESTEMUNHA, QUE NOS REGE NESTE UNIVERSO!
CAMINHAMOS NA FORÇA ABSOLUTA DE DEUS PAI TODO PODEROSO. SOU ESCRAVA DO
CAVALEIRO VERDE ESPECIAL! CONFIANTE NOS PODERES DIVINOS, EMITO O MEU
PRIMEIRO PASSO PARA QUE O PODER DE NOSSAS HERANÇAS TRANSCENDENTAIS NOS
CHEGUEM PARA A CONTINUAÇÃO DESTA JORNADA. E COM A LICENÇA DE VOSSA MERCÊ,
PARTIREI SEMPRE COM - O -// EM CRISTO JESUS. SALVE DEUS!

NINFAS
De modo geral, a Mulher é o símbolo do amor, da dedicação, do perdão, do sacrifício e da
sensibilidade. O plexo feminino é um imenso Universo de Paz , suave e harmonioso, que vibra a
melodia universal em benefício dos encarnados e desencarnados de forma sutil e luminosa. Na
Corrente do Amanhecer, a Mulher é o polo negativo das forças e correntes universais, porque ela
está ligada diretamente aos Planos Espirituais. Enquanto o Homem - o Jaguar - é a força positiva, a
força da Terra, a Mulher é o outro polo. Não existe movimentação de uma força com um só polo e,
por isso, a presença da Mulher - que é denominada Ninfa - se faz necessária em todos os momentos
e em todos os locais de trabalho. Tia Neiva sempre falou da necessidade de toda Mulher se cuidar,
ser exuberante, manter sua vibração elevada, enfim, ter plena consciência de sua missão como uma
verdadeira rainha. A Mulher, na nossa Corrente, tem múltiplas missões e desempenha importante
papel, tanto incorporando - como Ninfa Lua - ou doutrinando - como Ninfa Sol. Para aumentar seus
poderes, a ninfa deve escolher e, após sua Elevação de Espada, trabalhar como componente de uma
falange missionária. Quando ela tem um mestre incluído em sua emissão (*), quando trabalha ela
passa à condição de Escrava (*) daquele mestre, no plano espiritual somente. Sua atividade como
Escrava é vital para o bom desempenho de um Jaguar na realização de seu trabalho ou,
especialmente, em um comando. Também, como Ninfa Missionária (*), tem poderes para a realização
de inúmeros fenômenos desobsessivos. Vibrante, exuberante, radiosa, a Ninfa do Amanhecer deve,
sempre, se projetar como um foco de Luz, de elevado padrão vibratório, de esperança e de amor.
 “Observas bem o que fazer do tempo, do teu tempo, do teu sacerdócio, de tua missão, e nele
procura impregnar todo o teu AMOR, o que puderes da perfeição de tua conduta, emitindo e
comunicando a Doutrina que te foi confiada, para não perderes qualquer afeto na fronteira da
Morte!” (Tia Neiva, 12.12.78)
 .“NINFAS CONSAGRADAS PELO REINO CENTRAL - SALVE DEUS, MINHAS FILHAS! Gostaria
imensamente que cada uma de vocês fizesse um sincero exame de consciência e despertasse
para o importante papel que por Deus, lhes foi confiado nesse limiar do 3º Milênio, quando temos
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 423

tanto trabalho a realizar, desempenhando as suas funções como verdadeiras missionárias que
são. Porque, minhas filhas, é muito triste ver que o desequilíbrio começa a se alastrar, insinuando
em seus corações e em suas mentes, tornando difíceis as tarefas mais simples, desarmonizando
os trabalhos, gerando rivalidades que criam profundos abismos entre vocês e entre as falanges
missionárias, e o que é pior, causando desilusões profundas aos que contavam com o seu apoio e
com o seu amor. A inveja e o ciúme são frutos da insegurança, e esta é provocada por fatores que
devemos combater, quanto maior for o conhecimento dentro da conduta doutrinária, quanto mais
participarem dos trabalhos no templo, mais confiança vão adquirindo e, assim, a insegurança vai
acabando. Também deve ser evitado o excesso de confiança, pensando que nada mais têm a
aprender e cair no feio abismo da vaidade. Sempre que invergarem seus uniformes, suas
indumentárias, devem deixar que a individualidade passe a conduzi-las. Esqueçam os problemas,
as dores que perturbam a personalidade e procurem dedicar-se, dando o melhor de si, levando a
Lei do Auxílio onde quer que se faça necessário. Porque é terrível o efeito de uma negativa para
ajudar em um trabalho, pelo simples motivo de não estar disposta ou por não ter sido escalada,
especificamente, para aquilo. Quando há escassez de ninfas, não se justifica que, por simples
questão de preferência, haja mais ninfas do que o necessário para a realização de um trabalho,
ficando outro paralisado. Vamos, mesmo que com esforço, nos tornarmos prestativas cuidando de
tudo e de todos com atenção e carinho, fazendo com que as pessoas se sintam bem com a nossa
presença, que nossa vibração transmita serenidade e equilíbrio. Vamos valorizar o trabalho de
cada uma e das falanges missionárias e, em lugar de criar tolas rivalidades, é preciso ter a
preocupação de agir em conjunto e harmonia juntando as forças, abrindo os corações, irmanando-
se com todos na importante tarefa de auxiliar os que necessitam. É preciso ter muito cuidado para
não decepcionar os que as cercam e, principalmente, as Guias Missionárias e os Grandes
Iniciados, que criam em cada uma de vocês essa beleza interior, essa força o amor incondicional,
abrindo seus caminhos para a luz e paz, a felicidade do cumprimento de suas missões. Junto a
seus mestres, ou nas falanges missionárias, busquem sempre servir dentro da Lei Crística, com
amor, tolerância e humildade. Salve Deus!” (Tia Neiva, 18.2.81)
 “Filhas: A Vida se coloca além, acima de nossas dores e de nossas alegrias, porque ela é algo
que vivemos, é algo onde vivemos e é nela que as dores e as alegrias nos dão experiência. Com
estes hábitos tentei seguir, lembrando sempre do que me dizia Humarran: ‘A tua consciência pura,
tão somente, não te livrará da maldade dos olhos físicos. É caridade, também, dar satisfação do
teu comportamento ao teu vizinho, que não conhece a tua consciência!’ Sim, é fácil destruir o que
amamos... No entanto, nunca temos forças para nos livrar de quem não gostamos. Somos
limitados pela matéria. Somente o espírito ou a alma não tem limites. Porém, é na matéria que nos
desenvolvemos nas coisas deste planeta. Este corpo é composto por partículas, que são o próprio
átomo. Um grupo de átomos constitui a molécula, e as moléculas, reunidas, formam o corpo. A
alma forma a força de atração e, juntos, formam o magnético. As forças moleculares só são
conduzidas pela força de atração nos impulsos recíprocos das moléculas. Reflita contigo mesma,
filha, e olhe nossa fragilidade. Só Deus, em nossa alma, poderá sustentar o nosso corpo físico. A
nossa resistência está no AMOR, no AMOR INCONDICIONAL, que nos dá a visão das coisas, dos
valores que formam o nosso Sol Interior: tolerância, humildade e amor! Cuidado, porém, com as
mesquinharias da vida!... (Tia Neiva - Mensagem às Ninfas, 12.11.81)
 “Somente a vontade de Deus nos tem permitido afirmações tão claras, no campo vibracional, de
um povo esclarecido para uma Nova Era. Era de amor e respeito, do Homem que ama o Anjo e,
com a mesma intensidade, o Demônio, sabendo distinguir as duas forças!” (Pai Seta Branca)

NINFA JUREMÁ
Ninfa Juremá é a ninfa que ainda não pertence a uma falange missionária. Segundo Koatay
108, toda ninfa deve ter sua falange missionária, para que possa ter completado seu elenco de
forças. Todavia, não deve a ninfa se precipitar na escolha, não deixando se levar pelo canto ou pela
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indumentária de uma falange. Deve, sim, procurar participar das reuniões das diversas falanges,
verificar as atribuições de cada missionária, para, então, se decidir. É uma decisão tão importante
como a escolha de um Adjunto.

NINFA MISSIONÁRIA
Em nossa trajetória, através do tempo, vivemos a influência de muitas mulheres, não só no
sentido sentimental, como, também, funcional, compartilhando responsabilidades e funções místicas
e sacerdotais com a formação de charmes que, nos planos espirituais, se constituíram em heranças
transcendentais. No limiar do Terceiro Milênio, com a reunião dos Jaguares para a transição, essas
heranças foram buscadas por Koatay 108 e trazidas para a nossa Corrente, sendo depositadas nas
Falanges Missionárias, cada uma com suas características e suas missões específicas.
Denominamos missionária à ninfa que ingressou em uma das falanges missionárias, acrescentando à
sua bagagem individual, à força do Ministro do Povo a que ela pertence, a força de sua Princesa
missionária. Todavia, não deve a ninfa se precipitar na escolha, não deixando se levar pelo canto ou
pela indumentária de uma falange. Deve, sim, procurar participar das reuniões das diversas falanges,
verificar as atribuições de cada missionária, para, então, se decidir. É uma decisão tão importante
como a escolha de um Adjunto. É uma grande realização para a ninfa, que já tem condições para
exercer plenamente sua missão: a consciência de sua força e de seu conhecimento doutrinário, e o
amor, que deve transparecer em suas palavras e gestos, para a perfeita harmonia com os Planos
Espirituais e para aqueles que a cercam. Desde o momento em que veste sua indumentária (*), a
missionária recebe a irradiação de sua falange, e já está completa a sua carga energética. Por isso,
muito cuidado deve ter a ninfa quando está de indumentária, principalmente com seu padrão
vibratório e sua conduta. Koatay 108 dizia que, quando com uma indumentária, as vibrações são
duplicadas dentro da Lei de Causa e Efeito, tanto as boas como as más! Na Doutrina do Amanhecer
não existe a missionária melhor ou mais forte. Cada falange tem suas missões, suas obrigações, e a
única diferença entre missionárias é aquela que trabalha com amor e consciência e outra que apenas
desempenha um papel de atriz, representando ser uma missionária, mas longe da realidade que a
espiritualidade pede. Vaidade, orgulho, nada disso pode existir numa missionária, embora deva se
preocupar com o bom aspecto de suas vestes e cuidar dos detalhes que a fazem abrigar um
poderoso foco de forças surpreendentemente poderosas. O pente, as luvas, os bordados, o calçado,
tudo deve ser minuciosamente observado e cuidado, buscando obedecer ao padrão de sua falange.
Deve compreender que não são fatores simplesmente físicos. Todas as indumentárias e seus
complementos foram trazidas do Reino de Zana, por Mãe Yara, e representam pontos de contato
com os planos espirituais. Não podem ser mudados nem alterados, para que possam funcionar
devidamente. Qualquer alteração, de qualquer detalhe, de sua indumentária só poderá ser feita se
aprovada, por escrito, pelos Trinos Presidentes Triada. E a ninfa tem a responsabilidade de toda
essa manipulação. Não pode se deixar levar por desequilíbrios e desarmonias, pois, embora muito se
diga ao contrário, a indumentária não a protege totalmente de cargas negativas ou de uma obsessão.
Deve manter seu padrão vibratório elevado mesmo quando for contrariada em sua missão, por
ordens de um Comandante ou Dirigente mal orientado e que resolve fazer mudanças em trabalhos e
rituais. Obedecer sem reagir, silenciosamente cumprir as novas determinações, evitando um
escândalo que pode liquidar com o que deveria ser feito. Aprender a amar, a vibrar, a obedecer e a
cumprir suas obrigações, levando sempre a força de sua falange onde for preciso. Integrar-se com
as outras componentes não só da sua própria falange, mas de todas as outras falanges missionárias,
fazendo a unificação tão sonhada por Tia Neiva, sem discriminações, participando ativamente onde
houver uma oportunidade ou necessidade do trabalho de uma ninfa missionária, sempre confiante em
sua força e indo ao encontro da perfeita satisfação de seus compromissos cármicos com a beleza de
seus gestos, a suavidade de sua voz, a tranquilidade de seu espírito. Na Consagração das Falanges
Missionárias, em 20.9.98, os Devas estabeleceram prefixos das Guias Missionárias de acordo com
cada Falange (Veja pelo nome da Falange Missionária).
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ORIENTAÇÕES ÀS FALANGES MISSIONÁRIAS – N.º 1


Visando dirimir dúvidas e adequar o ingresso e a participação das ninfas e mestres
missionários nas falanges, bem como as suas atribuições, os Trinos Presidentes Triada, em reunião
realizada com os Mestres Devas (Alufã, Adejã e Umaray), no dia 3.10.98, decidiram que a partir desta
data deverão ser observados os seguintes procedimentos:
Fica limitada a 12 anos a idade mínima e a 18 anos a idade máxima para os jovens ingressarem nas
falanges de Nityamas/Nityamas Madruchas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes Mayas. Os
referidos mestres e ninfas poderão pertencer às respectivas falanges por tempo indeterminado,
ou seja, não haverá idade limite para deixarem as suas falanges. A partir dos 16 anos de idade, o
jovem que não desejar participar de uma das falanges citadas poderá escolher outra falange
missionária de sua afinidade.
A ninfa que desejar ser uma Nityama Madrucha deverá ser casada ou ter condição equiparada. Não
haverá limite máximo de idade para o ingresso das Nityamas Madruchas, desde que sejam vindas
das Nityamas.
A emissão reduzida (provisória) deverá ser utilizada pelas Nityamas. Gregas, Mayas, Magos e
Príncipes, não centuriões, exclusivamente para acender a Chama da Vida no Turigano, quando
da Entrega das Energias. Frisamos que não poderá ser utilizada nos trabalhos de Abatá, Alabá,
Quadrantes, Anodização, Sandays etc.
Nos Trabalhos de Julgamento e Aramê a corte de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes
deverá ser liberada logo após conduzirem a representante da Condessa Natarry ao seu posto.
Não deverão permanecer no Turigano até a incorporação de Pai João de Enoque ou o término do
Aramê. Após apagarem a Chama da Vida, o Mago e a Nityama escalados deverão ser liberados.
Os jovens, a partir dos 16 anos, desde que sejam Centuriões, podem pertencer ao Adjunto Japuacy,
porém, para serem Recepcionistas, somente após completarem 21 anos de idade.
A missionária ou missionário não poderá conduzir o Radar da Recepção e nem servir como
Recepcionista com a sua indumentária, apenas com o uniforme de Jaguar ou o branco.
A missionária ou missionário poderá servir o seu Adjunto sem faltar com as obrigações de sua
falange. Os que estiverem com o compromisso de uma missão com seu Adjunto deverão informar
à sua Primeira ou ao seu Primeiro de falange, para que não esteja dentro da escala no período
em que o Adjunto for precisar de seus serviços. É importante que se harmonize com o seu
Adjunto e com a sua Primeira ou Primeiro.
A ninfa somente deverá participar de uma falange missionária quando receber a sua Consagração de
Centúria, com exceção do ingresso nas falanges de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e
Príncipes. Contudo, se desejar, está liberada a fazer a sua consagração com a indumentária da
falange.
A missionária fica obrigada a conduzir LANÇA nos seguintes rituais ou trabalhos: imantração no 1º de
Maio; corte da Consagração dos Adjuntos; Consagração de Falanges Missionárias; imantração
fora do Templo (ruas); trabalho de Leito Magnético; corte da Unificação, Quadrante e Estrela
Aspirante. Na imantração no interior do Templo não haverá necessidade da lança.
Na Consagração de Falange Missionária, no Dia do Doutrinador (1º de Maio), nas cortes da
Consagração dos Adjuntos, somente poderão participar as missionárias(os) com as suas
respectivas indumentárias. Não deverão participar de uniforme de Jaguar, branco ou qualquer
outra indumentária.
A cor das capas das indumentárias é de livre escolha da ninfa missionária, desde que seja uma das
cores padrão da Doutrina. Para tanto, a ninfa poderá, em caso de dúvida, se informar no Salão de
Costura. Não existe relação entre a cor da capa e a cor da Guia Missionária.
O Abatá das Missionárias deverá ser realizado, apenas, com componentes de uma única falange,
desde que não esteja com a indumentária de prisioneira. A prisioneira poderá participar do Abatá
convencional comandado pelos Jaguares. Considerando a quantidade de escalas que a ninfa
missionária está obrigada a cumprir, a partir de 1º de novembro/98, será escalada apenas uma
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 426

falange missionária por dia, para a realização do Abatá, ficando a critério da Primeira de falange a
quantidade de Abatás a realizar. Independentemente da escala, outras falanges missionárias, a
critério de suas Primeiras e Adjuntos de Apoio, poderão realizar, também, o Abatá, desde que
seja previamente comunicado ao 1º ou 2º Devas, conforme recomenda Tia Neiva.
Nos trabalhos onde a ninfa for escalada para emissão e canto, representando a falange missionária,
não poderá participar com a indumentária de prisioneira ou de ninfa lua/sol. Nas Consagrações de
Falange Missionária e no 1º de Maio (Dia do Doutrinador) não haverá substituição da Primeira de
falange para emissão e canto no Radar, com exceção das Yuricys, cuja responsável é um Adjunto
Arcano.
Na Cruz do Caminho, além da participação das duas ninfas missionárias das falanges que possuem
missão específica, obrigadas pela Lei do referido trabalho, será escalada pelos Mestres Devas
(Alufã e Adejã) mais uma falange por trabalho, ficando a Primeira da falange escalada com a
responsabilidade de indicar apenas duas ninfas missionárias de sua falange.
A partir desta data, será escalada pelos Mestres Devas (Alufã e Adejã) uma falange missionária para
imantração do Templo nos trabalhos oficiais, ficando a critério das demais falanges a participação
voluntária, observada a ordem da chamada oficial para a fila magnética. As ninfas missionárias se
reunirão em frente ao Castelo dos Devas e o ritual terá início às 16,30 horas.
A escala das missionárias para emissão e canto no Quadrante e na Anodização (Unificação) será
elaborada, anualmente, pelos Devas (Alufã e Adejã).
No Leito Magnético, a missionária convidada pelo 1º Cavaleiro da Lança Reino Central e Vermelha,
deverá pronunciar, logo após a sua emissão, apenas as seguintes palavras: “PARTO COM – 0 – .
SALVE DEUS!”, como determina o Livro de Leis. A expressão “TRAGO O CANTO DA ... PARA
MELHOR SERVIR A VOSSA MERCÊ NESTA JORNADA” deverá ser abolida.
A partir desta data, a emissão de todas as missionárias(os) deverá ser entregue pelo Castelo dos
Devas, com a apresentação, por escrito, da Primeira ou Primeiro da falange, conforme modelo
padronizado pelos Devas, exceto as emissões das ninfas e mestres das falanges de Nityama,
Grega, Maya, Mago e Príncipe, não Centuriões, as quais devem ser entregues pela Primeira ou
Primeiro após uma avaliação para acender a Chama da Vida.
Quando, nos trabalhos onde exige emissão e canto, a missionária estiver participando com
indumentária da falange, obrigatoriamente, ela deverá fazer o canto específico da falange. Caso
ela esteja com a indumentária de ninfa lua/sol ou “luão”, poderá fazer opção pelo canto da
Escrava/Ninfa ou o canto da falange. As missionárias que não possuem canto específico da
falange deverão emitir o canto da Escrava/Ninfa seja qual for a condição.
É imprescindível a presença da missionária escalada no trabalho ou ritual onde ela tenha uma missão
específica. Contudo, a sua ausência não impedirá a realização do trabalho. No horário definido
em lei. Não haverá substituta da missionária ausente, porém a lacuna será preenchida se
necessário, sem prejuízo do trabalho.
A missionária escalada em um trabalho onde tenha uma missão específica não poderá deixar o seu
posto para exercer, no mesmo trabalho, outras atribuições não pertinentes à falange, mesmo que
esteja de honra e guarda.
Os casos excepcionais que não se enquadram nas instruções contidas neste documento,
deverão ter a autorização, por escrito, dos Trinos Presidentes Triada.
(6/10/98) TRINOS ARAKEN, SUMANÃ e AJARÃ - ADJs. ALUFÃ, ADEJÃ e UMARAY
 “Toda obra humana, sem exceção, cria, pelo espírito, a imagem pela ação do pensamento e só
depois se materializa. Isso ocorre com a evolução, no desejo de servir com amor, humildade e
tolerância. Quanto mais evoluído o espírito, mais poderoso se torna o seu pensamento criador,
que se vai materializando na força mântrica que envolve esses seres angelicais que são essas
suas Guias Missionárias. A evolução do pensamento faz-se poder captador. Se agirmos com
amor, na Lei do Auxílio, teremos a segurança do espírito da Verdade, da Luz dos nossos
protetores. A missionária é a revelação da contida permanência do poder iniciático. A missionária
em desarmonia desarmoniza toda a falange, sendo que, muitas vezes, o seu próprio trabalho
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 427

passa a ser indesejado. No início da UESB, havia uma linda moça “X”, que era, na realidade, a
nossa flor. Tudo de bom partia dela. Recebia um missionário que se identificava como “Amigo de
Sempre”. Onde ela estava, estávamos seguros. Sua aura captava as forças pela ternura dos seus
bons pensamentos. Um ano depois, ela começou com vaidade, e se tornou rival de outra, que era,
também, uma linda moça e que, por força de seu destino cármico, havia vindo morar conosco.
Rivalidade! Por último, apareceu um aviador que sabia hipnotizar e se engraçou da última. Então,
tudo deu errado, e eu passei a não mais ter aquela feliz ajuda. Depois, tudo voltou ao normal. Elas
ficaram amigas e nós decepcionados. Elas se casaram e foram felizes. Sim, não existe nada que
nos impeça. Pai Seta Branca só nos dá felicidade! Será que alguém decepcionou aquelas jovens
como elas nos decepcionaram? Não sabemos. Porém, sabemos que há uma lei imutável que nos
cobra, centil por centil, e decepcionar os outros é o mesmo que assassinar, matar as ilusões, os
sentimentos dos que acreditam em nós. No mundo físico, muitas vezes ocultamos certos
comportamentos a que o nosso plexo nervoso nos obriga. Sabendo que o nosso mundo social se
escandalizaria, escondemos, e Deus nos ajuda pelo nosso sentimento em não querer desafiar as
leis sociais do nosso mundo. Tudo é razão. Porém, minha filha missionária é diferente de nossa
flor da UESB. A missionária não tem o direito de opinar em certos momentos. Não tem rival, não
tem ninguém mais linda do que você, pois cada mulher tem sua graça. Em mil missionárias, cada
uma vibra sua harmonia, sua beleza, porque nela está o toque divino dos Grandes Iniciados e de
suas Guias Missionárias, nas concentrações das filas mântricas. Quando eu chego no Templo ou
nas horas de trabalho, esqueço de Neiva e passo a viver, somente, a Tia Neiva. Penduro o meu
coração no prego mais alto que encontro, quantas vezes com os desenganos causados pelos que
tanto amo. Não, minhas filhas, ninguém gosta de ser servido por fracos e infelizes. Só
conhecemos que estamos evoluídos quando não estamos nos preocupando com os erros de
nossos vizinhos. Porque o ciúme ou a inveja é falta de confiança em nós mesmos. Vamos, filhas,
vamos trabalhar, mas fazendo da nossa missão o nosso sacerdócio.” (Tia Neiva, 6.6.80 -
divulgada em 18.2.81)
 “Minha filha missionária, Salve Deus! É muito séria a sua missão, a conscientização em nós
mesmas, e colocar essa missão acima de nossas próprias dores, dos nossos próprios ais. Vamos
formar, agora, um continente para sairmos dessas ilhas em que cada falange está se formando.
Lembre-se, filha, que estamos à mercê de um grande tribunal e que com ele – e só por ele – é que
chegaremos à vida eterna. Devemos sempre esconder as nossas asas. Elas são brancas e não
podemos maculá-las. Nessa era, filha, somos Jaguares, papel cortado em forma de gente. Como
mulheres, quando caímos somos pisadas. Nesta Corrente somos Ninfas, somos leves e vivemos
esvoaçando sobre os montes. Filhas: Todas as ninfas terão que entrar em escalas e, para tanto,
precisarão passar por um treinamento com a Edelves. Designei minha filha Adjunto Yuricy Edelves
bem como aos vossos Adjuntos Missionários Alufã e Adejã para que as conduzam ao
desenvolvimento dos novos eventos, das novas atribuições. Venho de um mundo onde as razões
de encontram e não posso mais suportar o desamor que estamos dando à mediunidade. É preciso
que a missionária se coloque em seu lugar e, para que isso aconteça, é necessário mais amor,
mais tolerância e mais humildade. Minha filha, não há missão específica nem mesmo para as
ninfas Aponaras, que são as ninfas dos Adjuntos Maiores. As responsabilidades de todas as
falanges são muito sérias, além dos rituais da Iniciação Dharman Oxinto, Elevações, Batizados,
Casamentos, etc. Em breve, faremos realizar no Aledá um trabalho onde sete ninfas irão
incorporar o Pai Seta Branca, manifestações que irão durar cerca de vinte minutos, em ritual
semelhante ao realizado pelos Mestres Ajanãs no Oráculo de Simiromba. Antes, porém, terão que
passar por este desenvolvimento com a Edelves e, no final, serão consagradas e receberão uma
placa, dada por mim, recebendo, assim, sua graduação. Aos Adjuntos Missionários Alufã e Adejã
pedi para estarem atentos ao seu desenvolvimento e a todos os seus problemas, me trazendo um
relatório mensal com os nomes de cada ninfa formada por esse desenvolvimento. Espero que as
dificuldades e as barreiras a eles reservadas nessa tarefa sejam, desses pequenos sóis e dessas
pequenas luas, as menores possíveis. É difícil compreender o Homem a caminho de Deus! Muitas
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 428

vezes falhamos e ele não falham e, quando falham, piores são as nossas falhas! Filha: o meu
comportamento com as ninfas missionárias dos Templos Externos será o mesmo porque, para
mim, sempre deixei bem claro: conheço o mestre do Templo-Mãe. Filha, como Tia Neiva, foi
preciso que eu ficasse pequenininha para caber no coração de todos os meus filhos. Espero que
você, como eu, deixe que a missão cresça e a si mesma diminua, como fiz, para caber no coração
das demais. Por enquanto, filha, é o que posso lhe dar.” (Tia Neiva, 11.3.83) (Obs.: A cópia desta
carta foi autenticada pela assinatura dos três Trinos Presidente Triada, distribuída em 20.9.98)
 “Estamos reestruturando o Adjunto completo e cada Adjunto Koatay 108 Herdeiro Triada
Harpásios Sétimo Raio Arcanos Adjuração Rama 2000 deve ter, em seu continente, a presença
singela e necessária das Falanges Missionárias entre seus próprios componentes, para a
realização de seus eventos, de suas partidas e chegadas. Estes mestres, portanto, receberão a
presença das Guias Missionárias representadas por cada Falange, que , formando o seu canto,
vão emantrando e materializando, no desejo de servir com Amor, Humildade e Tolerância, todo
pensamento, toda obra, para a evolução do espírito. Uma ninfa missionária já está preparada para
servir a seu Adjunto a qualquer momento. Portanto, se faz necessário que um Adjunto tenha à sua
disposição, várias ninfas de cada Falange. São indicadas pela Primeira de cada Falange para
participarem de nosso eventos. Peço a cada Primeira de cada Falange que indique suas
representantes para a missão de servir o seu mestre nos seus eventos, sem faltar com as
obrigações com sua Primeira.(...) É muito importante que se harmonizem com seu Adjunto e com a
sua Primeira, pois já lhes disse: “A missionária é a revelação da continuada permanência do Poder
Iniciático. A missionária em desarmonia, desarmoniza toda a Falange, sendo que, muitas vezes, o
seu próprio trabalho passa a ser indesejado...” Lembrem-se, sempre, de que a vida se coloca
além, muito acima de nossas dores e de nossas alegrias, porque ela é algo que vivemos, e é nela
que as dores e alegrias nos dão experiência. Espero que encontrem, em seu favor, todo o
equilíbrio necessário para a realização da missão que lhes foi confiada!” (Tia Neiva, 22.3.83)
 “Todas as missionárias deverão colocar as suas indumentárias pelo menos de quinze em quinze
dias e é obrigatória sua presença em todos os rituais (Templo, Estrela, Turigano, Estrela de
Nerhu, etc.). O não cumprimento desta ordem implicará no seu afastamento da falange. As
Primeiras Ninfas e os Regentes deverão se reunir com os Devas para elaboração de uma escala
de trabalho e para o recebimento de atribuições.” (Tia Neiva, 27.11.83)

FALANGE MISSIONÁRIA NITYAMAS


As Nityamas surgiram na Planície Peloponense, numa povoação de onde os homens saiam
em grandes tropas mercenárias para as guerras, deixando as mulheres para cuidar das casas. As
batalhas cruentas causavam enorme mortandade, e poucos voltavam, geralmente aleijados ou com
graves ferimentos. Um grupo de moças se reuniu a uma pitonisa chamada Magdala, Madrinha dos
Devas, que trouxera da Índia poderoso sacerdócio, com muitos conhecimentos esotéricos,
tratamentos com ervas e trabalhos espirituais. Magdala fora expulsa de uma grande cidade, onde
uma doença desconhecida se alastrou rapidamente, matando grande parte da população antes que
os médicos locais pudessem saber do que se tratava. Magdala havia conseguido muitas curas, sem
nada cobrar de seus pacientes, o que originou imensas filas diante de sua porta, gerando ódio das
autoridades e médicos, que a expulsaram. Magdala deu ao grupo de moças o nome de Nityamas.
Elas faziam fogueiras, invocavam espíritos, trabalhando para proteção dos homens que iam às
guerras, e estes, após longa ausência, retornavam a seus lares sãos e salvos, após as batalhas.
Animadas com a força de Magdala, que tinha a Voz Direta do Céu, as Nityamas trabalhavam com
confiança e o espírito de guardiães que possuíam era tão sincero e sublime que alimentava suas
vidas. A fama delas se espalhou e muitas princesas e fidalgas que estavam solitárias por terem seus
companheiros partido para as guerras, se apresentaram para ser uma Filha de Devas, uma Nityama.
Dentro da tradição cigana, dançavam ao redor de fogueiras, de onde recebiam energias, liam mãos,
profetizavam, representavam peças, sempre cobrindo seus rostos com véus, que só eram retirados
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 429

pelo noivo no momento do casamento. Eram temidas por toda aquela região, pois, como Filhas de
Devas, tinham poderes para controlar as condições meteorológicas, invocando deuses,
desencadeando tempestades. Os homens que ficavam na aldeia, inválidos ou muito jovens para
participar de combates, começaram a ajudar as Nityamas, e receberam sua consagração como
Magos, Filhos de Devas, após desenvolverem sua mediunidade e adquirir poderes espirituais. Como
as Nityamas tinham dificuldades materiais, faziam suas roupas com pedaços de tecido colorido, razão
pela qual, no Vale do Amanhecer, suas indumentárias são formadas por nesgas coloridas. Como é
uma falange destinada às crianças e adolescentes, a partir dos 12 anos pode ser usada sua
indumentária, mas, até completarem 18 anos, só poderão ficar no Templo até às 20 horas. Nityamas
e Magos formam filas magnéticas, fazem corte para os rituais, imantram o ambiente e acendem a
Chama da Vida. As Nityamas Madruxas foram instituídas em 1981, após o casamento da Primeira
Nityama Ana Maria, ninfa do Adjunto Adejã, Mestre Fróes, 2o. Filho de Devas, que foi a primeira
Madruxa consagrada. Passa a Madruxa a Nityama que se casa. Madruxa é a madrinha das
Nityamas. Nityamas e Magos são classificados na Falange Sublimação. O Adjunto de Apoio das
Nityamas é o Adjunto Alássio, Mestre Moraes, sendo seus prefixos Isis e Isis-Ra. Visando dirimir
dúvidas e adequar o ingresso e a participação das ninfas nas falanges, bem como as suas
atribuições, os Trinos Presidentes Triada, em reunião realizada com os Mestres Devas (Alufã, Adejã
e Umaray), no dia 3.10.98, decidiram que a partir desta data deveriam ser observados os seguintes
procedimentos (Orientações às Falanges Missionárias N.º 1): 1. Fica limitada a 12 anos a idade
mínima e a 18 anos a idade máxima para os jovens ingressarem nas falanges de Nityamas/Nityamas
Madruchas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes Mayas. Os referidos mestres e ninfas poderão
pertencer às respectivas falanges por tempo indeterminado, ou seja, não haverá idade limite para
deixarem as suas falanges. A partir dos 16 anos de idade, o jovem que não desejar participar de uma
das falanges citadas poderá escolher outra falange missionária de sua afinidade; 2. A ninfa que
desejar ser uma Nityama Madrucha deverá ser casada ou ter condição equiparada. Não haverá limite
máximo de idade para o ingresso das Nityamas Madruchas, desde que sejam vindas das Nityamas;
3. A emissão reduzida (provisória) deverá ser utilizada pelas Nityamas. Gregas, Mayas, Magos e
Príncipes, não centuriões, exclusivamente para acender a Chama da Vida no Turigano, quando da
Entrega das Energias. Frisamos que não poderá ser utilizada nos trabalhos de Abatá, Alabá,
Quadrantes, Anodização, Sandays etc.; 4. Nos Trabalhos de Julgamento e Aramê a corte de
Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes deverá ser liberada logo após conduzirem a
representante da Condessa Natarry ao seu posto. Não deverão permanecer no Turigano até a
incorporação de Pai João de Enoque ou o término do Aramê. Após apagarem a Chama da Vida, o
Mago e a Nityama escalados deverão ser liberados; (...) 8. A ninfa somente deverá participar de uma
falange missionária quando receber a sua Consagração de Centúria, com exceção do ingresso nas
falanges de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes. Contudo, se desejar, está liberada a fazer
a sua consagração com a indumentária da falange; (...) 10. Na Consagração de Falange Missionária,
no Dia do Doutrinador (1º de Maio), nas cortes da Consagração dos Adjuntos, somente poderão
participar as missionárias(os) com as suas respectivas indumentárias. Não deverão participar de
uniforme de Jaguar, branco ou qualquer outra indumentária; (...) 15. A partir desta data, a emissão de
todas as missionárias(os) deverá ser entregue pelo Castelo dos Devas, com a apresentação, por
escrito, da Primeira ou Primeiro da falange, conforme modelo padronizado pelos Devas, exceto as
emissões das ninfas e mestres das falanges de Nityama, Grega, Maya, Mago e Príncipe, não
Centuriões, as quais devem ser entregues pela Primeira ou Primeiro após uma avaliação para
acender a Chama da Vida.
CANTOS DAS NITYAMAS:
1. NITYAMAS: Ó, JESUS, EU SOU A NITYAMA DO LENHO E DAS PAIXÕES. FIZ MIL CHAMAS,
SUBI E CHEGUEI ATÉ OS DEVAS. RECEBI SUAS BENÇÃOS E ROGUEI, DE JOELHOS, PELOS
MEUS AMORES. JESUS, AQUI ESTOU PARA TE ENCONTRAR! SOU EU QUEM CANTA,
ABRINDO OS CAMINHOS DO MEU MESTRE JAGUAR. ESTOU A MANIPULAR AS FORÇAS COM
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 430

TERNURA, ATÉ QUE MEU MESTRE, MAGO DESTE AMANHECER, QUE JUNTOS ACENDEMOS A
CHAMA DA VIDA, ILUMINANDO OS CAMINHOS DOS MESTRES QUE DESCEM DO REINO
CENTRAL, DE SUAS JORNADAS, E PASSAM POR AQUI, VINDOS CARREGADOS DE
ENERGIAS. Ó, JESUS! Ó, MEU PAI SETA BRANCA! Ó, SIMIROMBA DE DEUS! PARTIREI
SEMPRE COM - O -// EM CRISTO JESUS. SALVE DEUS!
2. MADRUXA: Ó, DEUS APOLO UNIFICADO EM CRISTO JESUS! REVISTAI AQUI O TEU POVO
QUE, NA FORÇA ABSOLUTA DE SIMIROMBA, NOSSO PAI, PREPARA O ESPÍRITO ESPARTANO
NA FIGURA DO MESTRE JAGUAR. NA FORÇA DESTE TURIGANO, QUE SIGAM TODOS, TODOS
PROTEGIDOS DE QUALQUER CORRENTE NEGATIVA, E QUE SOMENTE O AMOR ENCONTRE
ACESSO EM TODO NOSSO SER. E PARA QUE NOVAS FORÇAS VENHAM VIBRAR, PEÇO A
PRESENÇA DA GUIA MISSIONÁRIA, NA FORÇA ABSOLUTA DA PRIMEIRA GUIA MISSIONÁRIA
ARAGANA VERDE ISIS. ASSIM, CONFIANTE, JESUS QUERIDO, SIGO COM -0-// EM CRISTO
JESUS. SALVE DEUS!
 “As Nityamas viviam em um pequeno povoado de onde os homens mercenários, guerreiros,
partiam e as deixavam sozinhas. Elas tinham a devoção com o Devas, Deus das Nuvens, e por
isso se chamavam Nityamas - o mesmo que Filhas de Devas. Faziam grandes fogueiras e
chamavam a chuva. Diziam que sua praga ou agouro pegava como o Mal ou como o Bem.” (Tia
Neiva, s/d)

NOVA ERA
Estamos vivendo a transição para uma Nova Era (veja ERAS). Koatay 108 revelou que nossa
transição para a Nova Era será marcada por cataclismos e desastres, com desencarnes em massa,
ao mesmo tempo em que será lançada a nova civilização, de acordo com o novo plano evolutivo da
Terra, que deixará de ser um planeta de expiação, passando a ter um clima ameno, sem violências e
sem doenças. Nesta transição será feito o reajuste final e os espíritos aqui encarnados tomarão seus
destinos pela afinidade de seus padrões vibratórios. Capela irá cobrir o Sol por três dias, e a Terra
ficará em trevas por este período, gerando graves descompensações atmosféricas e inúmeros
desastres para o Homem em suas nações. “O signo seguinte, que irá predominar sobre a Terra será
o de Aquário. Esse tem uma tônica bem diferente de Peixes. Suas vibrações serão de paz
inquebrantável, fraternidade natural e conhecimento de Deus. Essas influências tornarão
desnecessária a Lei Cármica como ela existe agora. A inteligência humana será mais vibrátil, mais
etérica, mais permeável para as coisas espirituais.” (Johnson Plata, segundo o Mestre Tumuchy, no
livro “2000 - A Conjunção de Dois Planos”). Começando em 1984, esse período tem sido marcado
pela violência, pela explosão de sentimentos, pela força da matéria, pelo desespero do Homem que
ainda não encontrou seu caminho, que ainda não conhece a si mesmo. É a fase de se colher o que
se plantou. É a fase em que estamos encerrando nossos débitos para que possamos chegar à Nova
Era com nossos espíritos livres de qualquer cobrança.

NOVA ESTRADA
A Nova Estrada é a Doutrina de Jesus, que nos trouxe o Sistema Crístico, com precisa
manipulação das energias, sem fanatismo, em benefício de nossos irmãos encarnados e
desencarnados, dentro da Lei do Auxílio, apresentando Deus clemente e misericordioso, trazendo a
esperança aos humildes e aos oprimidos, numa vibração imensurável do Amor Incondicional. A
Doutrina do Amanhecer nos ensina a técnica e a filosofia para enfrentarmos as situações que toda a
Humanidade sofre na transição para o Terceiro Milênio, quando temos que reconstruir tudo o que foi
destruído por nossas próprias mãos. No cumprimento de nossa missão, devemos seguir a Nova
Estrada do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, com amor, tolerância e humildade, obedecendo
à conduta doutrinária e procurando atender, sempre que possível, às necessidades de nossos plexos,
especialmente às ansiedades de nossas almas. A Velha Estrada, sob a Lei Mosaica do “olho por
olho, dente por dente”, ainda é aplicada por muitas correntes e até mesmo por legiões espirituais, e
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 431

compreende fanatismo religioso, violências e matanças sob pretextos de purificações e liberações


religiosas, profecias, dogmas e oferendas. Com o Sermão da Montanha (*) Jesus deu ao Homem o
balizamento da Nova Estrada, não modificando as Leis, mas introduzindo o fator AMOR, que dá uma
nova dimensão ao relacionamento da Humanidade com o Universo.

NUMARA
Numara foi um sacerdote e cientista, um dos sete Iniciados que guardavam o povo de uma
tribo que viveu no lugar denominado Teotihuacan, no atual México, em permanente ligação com
Omeyocan (*). Até hoje, nas ruínas, podemos ver a majestosa avenida por onde passavam as
amacês em vôos razantes, distribuindo energias que eram armazenadas nas pirâmides do Sol e da
Lua, manipuladas nas diversas cabalas erguidas ao longo da via. Na ambição de querer ser mais
esperto e mais forte que a Espiritualidade, por seus grandes conhecimentos, Numara pretendeu
capturar uma amacê, o que resultou na desintegração de toda aquela cidade.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 446

OBATALÁ
Obatalá é o Ministro que, de seu Oráculo, envia forças giradoras centrífugas e centrípetas
para o Doutrinador, a luz da razão e do entendimento, da compreensão e da confiança, e para o
cruzamento de forças no Oráculo de Agamor (*). Não tem ação fora do chakra coronário, onde
concentra toda a sua energia. Para o Apará, atua como força de equilíbrio e proteção, projetando, em
seu chakra coronário, a força protetora de seus sete raios, conforme sua necessidade. É a força do
SOL, pura e brilhante, emanando o equilíbrio das energias do corpo físico através da recomposição e
energização dos átomos formadores das células. De grande poder, o Ministro Obatalá é poderosa
fonte de energia para todos os trabalhos curadores e desobsessivos na Corrente, especialmente a
Corrente Mestra, que flui de Tapir, que é um Raio de Obatalá. O Oráculo de Obatalá é o Oráculo do
Amor, é o Grande Oriente de Oxalá, das forças regidas pelo grande Oxalá. Obatalá é espírito de alta
hierarquia. Para seu Oráculo são conduzidos os espíritos que precisam de ajuda: os sofredores, os
doentes, aqueles que se perderam no ódio. Para lá são encaminhados, em sua maioria, os espíritos
entregues por uma elevação do Doutrinador, que tem toda uma força cabalística. As forças
desobsessivas projetadas pelo Oráculo de Obatalá são regidas pelo Adjunto Jurema. Os Jaguares,
aprendendo a manipular essas forças em conjunto com outras, vão construindo a Raiz do Amanhecer
que formará o Oráculo de Koatay 108, realizando a junção das forças da Terra - Xangô - com as do
Céu - Pai Seta Branca., manipuladas por Tia Neiva.
 CORRENTES BRANCAS DO ORIENTE MAIOR são raios ou raízes projetadas pelo Oráculo de
Obatalá e que, cruzando-se com raios do Oráculo de Olorum, agem, junto com a Corrente Indiana
do Espaço, nos diversos Sandays e trabalhos no Templo. São apenas divididas de acordo com as
finalidades de cada trabalho. Destas Correntes fazem parte as Linhas dos Pretos Velhos, dos
Caboclos, das Princesas e das Sereias, e dos Médicos do Espaço.
 TAPIR é um Raio de Obatalá, com força nativa predominante no Reino Central, que projeta, no
Templo, a energia da Corrente Mestra e atua intensamente no Doutrinador.

OBSESSÃO
A luta entre espíritos que se desenrola no plano físico é chamada obsessão. A personalidade
de um espírito encarnado busca a tranquilidade, a satisfação de suas necessidades básicas, a
harmonia com seu meio ambiente e com a sociedade em que vive, submetendo-se às leis físicas e
sociais que a regem; seu espírito - sua individualidade - busca o conflito e o acerto de contas, a
cobrança ou o pagamento de débitos transcendentais. Assim, a ligação de um espírito com outro
altera o comportamento no plano psicofísico, interferindo na mente e no sistema nervoso central ou
no sistema nervoso neurovegetativo, provocando desequilíbrios e doenças. A obsessão é um estado
de profunda ligação que se faz, geralmente, entre um espírito desencarnado e um encarnado,
havendo, todavia, casos em que há falanges obsessoras. Na obsessão, a sede de vingança do
espírito desencarnado, que está mergulhado no ódio, consegue se ligar à sua vítima por meio da
afinidade vibracional, por estar a pessoa alimentando sentimentos de ambição, de ódio e de
insatisfação. Não existe obsessão entre encarnados, mas, sim, o Vampirismo (*) - quando um espírito
encarnado suga a energia de outro encarnado - e a Cobrança (*) - situação comum, dentro da Lei do
Carma, para o reajuste de espíritos transcendentais. Na obsessão não há nenhuma ligação entre a
vítima e seu obsessor a não ser vibracional. Tudo começa e acaba no aspecto vibracional, tanto por
parte do obsidiado como por força dos trabalhos que atuam sobre o obsessor, fazendo com que deixe
sua vítima. Porém, tudo se passa exclusivamente na parte vibracional. Estudos espiritualistas
consideram quatro tipos de obsessão: AUTO-OBSESSÃO - processo anímico, em que a própria
mente gera um estado patológico, provocando crescente desequilíbrio, normalmente atribuída a um
espírito, mas, na realidade, fruto das próprias conseqüências da Lei de Causa e Efeito, quando o
próprio espírito da vítima é que atua por força de reações adversas em sua caminhada, baixando seu
padrão vibratório, sendo, na maioria dos casos, uma obsessão de si mesmo; OBSESSÃO SIMPLES
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 447

- processo inicial, com pouco sintomas sendo percebidos, que vão aumentando e dão à vítima a
percepção da ação de uma força exterior, comumente acontecendo com quem não atende às
necessidades de trabalho de sua mediunidade, evoluindo para distúrbios mentais e perturbações de
efeito físico, tais como visões, ruídos e movimentação de objetos, usadas pelo obsessor com a força
ectoplasmática da vítima; FASCINAÇÃO (*) - processo mais acentuado, em que o obsessor já
controla a mente da vítima, gerando ilusões e bloqueando o raciocínio, desaparecendo a autocrítica e
levando o obsidiado a uma triste situação de desequilíbrio; e SUBJUGAÇÃO (*) - processo final, em
que a vítima é tomada totalmente pelo obsessor, confundindo-se seu estado com os quadros
patológicos de esquizofrenia e loucura, em estado de completo desequilíbrio mental e
comprometimento físico, com sistema neuromuscular refletindo uma total descoordenação, tendo
alucinações visuais e auditivas, desligamento afetivo, desinteresse pela realidade e profundo
desprezo pela vida. No trabalho “No Limiar do III Milênio”, o Trino Tumuchy nos fala das obsessões:
OBSESSÃO POR DESENCARNADO - a mais comum, quando o espírito encarna e traz o
compromisso de reajustes com outros espíritos desencarnados, que passam a lhe criar problemas de
várias gradações e naturezas quando as condições de cobrança são desequilibradas; OBSESSÃO
POR FALANGES - feita por falanges de espíritos que cobram algo que lhes foi coletivamente feito
por um único espírito que está encarnado e na exploração de fontes de energia que lhes é afim, como
nos casos de alcoólatras, políticos, cientistas e líderes sectários; OBSESSÃO LICANTRÓPICA - a
realizada por elítrios; OBSESSÃO EPILÉTICA - causada pela presença de elítrios no cérebro do
encarnado, causando-lhe convulsões; OBSESSÃO POSSESSIVA - quando o espírito se liga ao
indivíduo pela afinidade vibracional, usando os plexos nervosos como pontos de contato;
OBSESSÃO DO PRÓPRIO ESPÍRITO - na qual o obsessor é o próprio espírito da pessoa que,
dominada por quadros do passado e influências de outros espíritos, entra em angústia constante,
provocada pela desassociação extremada entre sua atual personalidade e sua individualidade;
OBSESSÃO RELIGIOSA - é a escravidão espiritual em suas várias modalidades de expressão,
originada, em geral, pela educação religiosa, divorciada da educação comum para as coisas da vida;
e OBESSÃO QUÍMICA - gerada pelo plexo dos alcoólatras e dependentes de drogas, estabelecendo
os obsessores afinidades tão fortes que anulam a vontade e o sistema nervoso central de sua vítima,
tornando-a desligada do mundo físico e perturbada em sua psiquê, assegurando, assim, uma
permanente fonte das vibrações de baixo padrão.

OBSESSOR
Quando desencarna com ódio, o espírito (*) não consegue sequer manter a posição invertida
ao corpo. Fica desatinado, rodando em círculos e de nada serve sua passagem por Pedra Branca (*).
Sua única meta é vingar-se de quem lhe fez mal. Torna-se, assim, um obsessor, um espírito que
mantém relacionamento direto com um ser encarnado, por afinidade decorrente do relacionamento
estabelecido quando ambos habitavam o mesmo plano. Numa das passagens do Evangelho, Mateus
(VIII, 16 e 28 a 32) nos relata: “E, chegada a tarde, trouxeram a Jesus muito endemoninhados e Ele,
com a sua palavra, expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos.(...) E tendo
chegado à outra banda, à província dos gadarenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados,
vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho. Eis que
clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes
do tempo? E andava pastando diante deles uma manada de muitos porcos. E os demônios rogaram-
lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos. E Ele lhes
disse: Ide! E saindo, eles se introduziram na manada de porcos; e eis que toda aquela manada de
porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro, e morreram noas águas.” E, em IX, 32 e 33:
“Trouxeram a Jesus um homem mudo e endemoninhado. E, expulso o demônio, falou o mudo, e a
multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel!” O obsessor persegue e assedia um
encarnado de forma implacável, em constante troca de energias. O afastamento de um obsessor só
se faz quando ele é atingido pelo ectoplasma do Doutrinador. Em Marcos (I, 23 a 26) foi dito: “Estava
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 448

na sinagoga um homem com um espírito imundo, o qual exclamou: Ah! Que temos contigo, Jesus
Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei que és: o Santo de Deus! E repreendeu-o Jesus, dizendo:
Cala-te e sai dele! Então, o espírito imundo, convulsionando-o e clamando com grande voz, sai dele.”
Na verdade, o obsessor, na maioria dos casos, só se retira pela solução da razão do assédio ou pela
sua conscientização na doutrina recebida em diversas passagens pelos trabalhos. Raramente ele se
afasta com um só trabalho, e devemos ter muita cautela em trabalhos especiais, pois um afastamento
forçado pode resultar em efeitos piores do que a própria obsessão. Existem falanges de espíritos que,
em ocasiões de guarda aberta de um encarnado, exercem ações obsessoras, como, por exemplo, os
Alaruês, os Exus, os Falcões e legiões de Murumbus, Murussangis, Muys, Sexus e outros sofredores
do Vale das Sombras.
 “Vivemos a marcha evolutiva para uma Nova Era. Aprender para ensinar; conhecer a filosofia das
falanges do Céu e da Terra; dos que se dizem nossos inimigos. De acordo com todo o nosso
acervo de conhecimentos, temos nesta grande precisão de estar bem esclarecidos da vida fora da
matéria. Há algum tempo, descrevi o problema das atuações obsessivas, fenômeno não registrado
mas que existe nas neuroses obsessivas do espírito, que sofre incontroláveis atuações sem
interrupção. Estando em sequência, verificamos uma projeção nas mais recentes manifestações.
Nestas projeções é que nos enganamos, porque a vítima ou paciente fica com o corpo oscilando,
como sempre acontece, sem conseguir se equilibrar. Apesar de minha calma aparente, também
muitas vezes preciso ter cuidado, porque as projeções são tão fortes que podem me
desequilibrar.” (Tia Neiva, 7.9.77)
 “Qualquer espírito penetra, e faz sua maldade. Vejam quantas infelicidades poderá fazer!... E de
seu plexo nada poderá oferecer. Geralmente, se descrêem da Doutrina, a ponto de deixá-la. O
Doutrinador é responsável pelo que faz o Apará. A interferência de um espírito cobrador em um
Trono, como inúmeros casos que eu conheço, por displicência do Doutrinador, pode arrasar a vida
de um Homem. Sim, o Doutrinador é a única testemunha defesa. (...) O Doutrinador está se
preparando para não ter dúvidas - essa a minha insistência! Nos enfermos, pela atuação de uma
projeção negativa, obsessiva, a tendência é confundir o ambiente para que não se obtenha um
diagnóstico preciso para levar a vítima ao seu objetivo. Não é muito fácil distinguir a situação
precisa do caso. É verdade que a razão não se afasta de Deus. Deus é absolutamente Fé e
absolutamente Razão! (...) Existe a esquizofrenia por uma pena passiva; a esquizofrenia ativa e a
esquizofrenia hereditária - a mais perigosa, porque envolve toda a família. É um elítrio em
cobrança, anulando a personalidade e se reajustando. (...) O aparelho, quando está fora de
sintonia espiritual ou anímico, os espíritos sem luz têm mais acesso sobre ele, de maneira que o
seu padrão fica obsidiado ou obsedado. O obsidiado tem a possessão, ou melhor, algum espírito
perseguindo ou protegendo, chamando-o à responsabilidade. Vem, então, a história de um
médium obsedado. É bem parecido com o esquizofrênico, de maneira que ele vai se
desenvolvendo e vai melhorando. O obsedado por elítrio tem sua cura feita pela manipulação de
forças mântricas desobsessivas, passes e, também, por medicamentos. Agora, vem a história do
obsedado que se diz às portas da morte e, inclusive, leva os médicos a crerem e a encharcá-lo
com psicotrópicos, choques, etc. A este, pouco podemos fazer. Vem o psíquico que se sente
infeliz, desprezado, mal amado: Este é fácil - desenvolve, e tudo bem... (...) Falando melhor no
obsidiado, um espírito de Luz pode obsidiar um médium. Um Caboclo, da Falange Pena Branca,
que tem as suas técnicas, pode permitir que um cobrador se infiltre no seu tutelado e levá-lo à
obsessão, caso ele esteja caminhando para a sua própria destruição. Este médium, cuja obsessão
foi permitida pelo seu próprio Mentor, entra sempre carregado pelos seus familiares, que o acham
muito mal. A falta de religião dos seus pais o fez assim. Sua cura pode ser bem difícil, ou bem
fácil, desde que ele, o portador, se conscientize.” (Tia Neiva, 13.9.84)

ÓDIO
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 449

O ódio, a ira, o rancor e a raiva são características de um sentimento negativo que impele o
indivíduo a causar ou desejar mal a alguém, propensão muito acentuada nos espíritos de baixo
padrão vibratório para a violência e a vingança. É uma reação violenta e desordenada para com
pessoas, animais, seres inanimados e objetos, que são causadores de algum tipo de contrariedade
para quem emana o ódio. Este sentimento é altamente prejudicial para o próprio ser, causando seu
aviltamento e traduzido por palavras, gestos e pensamentos pouco dignos, moralmente condenáveis,
levando a tristes quadros. Quantos espíritos desencarnam no ódio, e ficam presos, por suas próprias
vibrações, em pesadas camadas, vibrando naqueles a quem odeia, muitas vezes se transformando
em elítrios (*) e perdendo várias encarnações pela cegueira de que são acometidos. Cobradores (*) e
obsessores (*) vivem nestas baixas vibrações, e muitos são atraídos pela energia emanada pelo
Homem encarnado que vibra seu ódio, complicando seu quadro e gerando fantástica força negativa,
de alto poder destruidor. Quem é sujeito a irritações e ataques de raiva ou a destilar seu ódio
indistintamente, em várias direções, deve começar seriamente a se preocupar com sua recuperação,
buscando aperfeiçoar seu autodomínio e ser prudente, evitando as injustiças que pratica com seus
excessos de maus sentimentos. O desequilíbrio psico-emocional pode levar o odiento a ter ódio de si
mesmo, o que conduz a estados críticos emocionais, gerando casos de suicídios e demências
graves. No reencarne (*), especialmente em situações de expiação, provação ou reparação, o
espírito está sujeito às influências do ambiente em que programou sua nova vida, bem como às
influências transcendentais, que podem levá-lo ao desequilíbrio e, como consequência, ao ódio. A
Medicina está cheia de casos de pacientes que apresentam vários e graves males físicos,
decorrentes de ódios - principalmente pessoas idosas que odeiam filhos, genros, noras, etc. Além do
mal espiritual, apresentam perda de peso, mau hálito, perda de apetite, insônia, mau funcionamento
do coração e do sistema imunológico. Pelo desequilíbrio vibracional, há condições de desenvolver
tumores malignos e outros graves problemas que só poderão ser resolvidos à medida que o ódio
diminua ou desapareça. Na verdade, não são raros os casos de pessoas que morrem de ódio!

OLHOS
Segundo o filósofo chinês Mêncio, “os olhos e os ouvidos não têm por função pensar, e estão
sujeitos a serem turvados e embotados pelas coisas que os afetam. Mas pensar é função da mente,
que pode também ser turvada e perturbada pela emoção, trazendo dificuldades para a livre
expressão do pensamento.” Quando nos referimos aos “cegos, surdos, mudos e incompreendidos”
não estamos falando de alguma deficiência física, mas, sim, sob o aspecto espiritual, vibracional.
Aquele que é portador de uma deficiência física está cumprindo a Lei de Causa e Efeito, o seu carma
(*), e só podemos ajudá-lo fortalecendo seu espírito para que possa passar, sem revolta, sua
provação. Mas nossa missão inclui aqueles que têm deficiências que os levam a não ver, a não
ouvir, a não falar e a não entender as lições da Espiritualidade Maior, deficientes da visão de suas
almas, e que podem ser curados pelas vibrações de amor, pela tolerância e pela humildade. No
Sermão da Montanha, Jesus ensinou (Mateus, VI, 22 e 23): “Teu olho é a luz do teu corpo. Se o teu
olho for simples, todo o teu corpo será luminoso. Mas se o teu olho for mau, todo o teu corpo estará
em trevas. Se pois, são trevas a luz que há em ti, quão grandes não serão as mesmas trevas?” E na
parábola dos operários, em Mateus XX, 15, surge uma indagação que comumente fazemos: “Acaso o
teu olho é MAU porque eu sou BOM?”, demonstrando o poder maléfico da inveja, que perturba tantas
vidas. Os olhos são nosso contato mais importante com as pessoas e com as coisas deste nosso
mundo. Os olhos - importantes pontos de emissão e recepção - são uma espécie de extensão do
encéfalo e suas únicas partes visíveis ao mundo exterior, fazendo contínua transmissão de imagens
ao córtex visual, localizado na superfície do encéfalo. Quando você olha para alguém com ódio, gera
violência; com medo, traduz submissão e insegurança; com desconfiança, produz rejeição. Se seu
espírito estiver equilibrado e sua vibração estiver elevada, seus olhos transmitirão amor, ternura e
segurança, gerando aceitação, felicidade e paz em seu redor. É preciso aprender que, para nossa
alma (*), o importante é sempre ver o nosso Universo com bons olhos! Quantos testemunhos da
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 450

passagem de Jesus na Terra declaram o poder de Seu olhar. Na história de Reili e Dubale, Koatay
108 nos contou como aqueles dois cavaleiros mercenários foram invadidos pelo grande amor
incondicional pelo simples olhar de Jesus. Os olhos do Doutrinador, o médium com suas
consagrações e dentro da perfeita conduta doutrinária, emite potente força magnética, que lhe
permite imensa ajuda a espíritos sofredores, encarnados ou desencarnados, intensificando as
palavras pronunciadas em sua doutrinação, complementando seu ensinamento. Uma grande verdade
está no dito popular: os olhos são o espelho da alma. Koatay 108 fez o juramento por seus olhos:
 “Jesus! No descortinar desta missão, sinto renascer o espírito da verdade na missão que me foi
confiada: o Doutrinador! É por ele, e a bem dele, que venho, nesta bendita hora, Te entregar os
meus olhos. Lembra-Te, Senhor, de protegê-los até que eu, se por vaidade, negar o Teu santo
nome, mistificar a minha clarividência, usar as minhas forças mediúnicas para o Mal, tentar
escravizar os sentimentos dos que me cercam ou quando, desesperados, me procurarem. Serei
sábia, porque viverás em mim!” (Tia Neiva)

OLORUM
Olorum é a força regida pela LUA, na linha do Ministro Olorum, que se destaca pela energia
destinada à incorporação dos Aparás. Absorvida pelo Sol Interior, em finas vibrações, faz com que
todos os chakras do médium se harmonizem. Este Oráculo, existente há milhares de anos, é
presidido por um grandioso espírito, Olorum, que acumulou forças milenares e que manipula as
forças telúricas e das coisas da Terra, projetando-as, também, para o Oráculo de Agamor (*). No
Oráculo de Olorum se encontra a Cabala de Forças do Ministro Olorum, que emite sete raios,
geralmente trabalhados pelos Aparás, de acordo com cada plexo, individualmente. Todavia, conforme
a capacidade e evolução de seu plexo, o médium - Doutrinador ou Apará - recebe essas forças, que,
mesmo para aquele que não incorpora, agem no sentido de proporcionar maior sensibilidade,
intuição, dando-lhe mais segurança no trabalho. Muitos de seus componentes formam as Correntes
Brancas do Oriente Maior (*). Na Doutrina do Amanhecer somos atendidos pelos seguintes Raios de
Olorum:
IFAN (*) - O Cavaleiro Ligeiro - Mensageiro dos Orixás - Tem atuação destacada na chamada de
forças, tendo a seu cargo a manutenção dos trabalhos, fazendo com que cada um receba a
presença de um ou mais Orixás, conforme a necessidade. É o grande coordenador das forças
celestiais e tem atuação em todos os trabalhos do Templo. Sua força conduz os espíritos para a
incorporação, a fim de que possam ser doutrinados e recebam a carga de ectoplasma necessária
à sua elevação. É Ifan quem faz, também, a convocação de legiões de Espíritos de Luz para
atendimentos especiais, quando preciso, principalmente quando Mestre Sol e Mestre Lua são
convocados para um trabalho específico, como a Unificação com determinado objetivo.
OXAN-BY (*) - O conjunto de forças curadoras que atuam no perispírito e no plexo físico, composta
por sete Orixás - a Legião dos Cavaleiros da Luz: CAVALEIRO DA LANÇA RÓSEA - A força do
Amor Incondicional; CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA - O poder desobsessivo; CAVALEIRO
DA LANÇA VERDE - A cura psíquica, os poderes da mente; CAVALEIRO DA LANÇA LILÁS - A
cura do corpo físico; CAVALEIRO DA LANÇA AZUL - O equilíbrio para a Paz Interior;
CAVALEIRO DA LANÇA NEGRA - CHAPANÃ - A Justiça Final; e CAVALEIRO DA LANÇA
ÁUREA - A Paz Universal.
PRETOS VELHOS (*)- Falanges de espíritos de alta hierarquia que assumem a roupagem de Pretos
Velhos, atuando com simplicidade e carinho, em ação desobsessiva, aliviando os seres humanos
de seus cobradores e obsessores, desintegrando cargas negativas pela força do amor. Também a
eles está destinado o trabalho das comunicações, confortando os aflitos, revertendo quadros de
sofrimentos e dando esperança e paz àqueles que os consultam. São verdadeiros seres revestidos
de Luz e Amor, sempre protegendo e orientando as pessoas, principalmente médiuns que são
seus aparelhos, confortando-os ou, se for o caso, repreendendo-os, mas sempre com ternura e
carinho, jamais magoando ou humilhando quem quer que seja.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 451

CABOCLOS (*) - São espíritos de grande poder que se apresentam na roupagem de índios e índias,
manipulando poderosas forças desintegradoras de correntes negativas, trabalhando na limpeza
das auras dos pacientes, descarregando partículas ou resíduos que possam ter escapado dos
demais trabalhos, razão pela qual a passagem pelos Caboclos - a Linha de Passes - é a última
etapa por onde passam os pacientes no Templo.
POVO DAS ÁGUAS (*) - Com muito poder e muita ternura, esses grandiosos espíritos fazem a
limpeza das auras e o fortalecimento dos plexos, equilibrando-os, além do trabalho desobsessivo.
Dividem-se em três categorias: o Povo de Cachoeira, que habita nas cachoeiras e corredeiras das
águas; as Sereias, que habitam os rios e lagos de água doce; e o Povo das Águas, que vive nos
mares e oceanos. Todos estão sob o comando de Mãe Yemanjá.
MÉDICOS DO ESPAÇO (*)- Entidades médicas especialmente direcionadas para a cura espiritual e
física, que, formada em falanges dirigidas por um Médico Chefe - como, por exemplo, as do Dr.
Fritz e do Dr. Bezerra de Menezes -, agem na manipulação de forças que produzem o reequilíbrio
energéticos dos pacientes, resultando na harmonização do padrão vibratório que irá eliminar as
causas das doenças provocadas tanto por agentes biológicos ou químicos como pela irradiação de
elítrios e outros obsessores.
ANJOS (*) e SANTOS ESPÍRITOS - Entidades de alta hierarquia que atuam nos diversos Sandays,
projetando suas forças em conjunto com as das Estrelas, realizando grandes fenômenos de cura,
de desobsessão e, especialmente, as aparições e materializações que objetivam conduzir as
atenções da humanidade, mergulhada na violência e no materialismo, para as coisas de Deus.

OMEYOCAN
Quando os Tumuchy (*) sentiram a pressão de indígenas e feras selvagens ameaçando suas
cidades, uma solução foi se mudarem para uma ilha-continente - Omeyocan -, que os modernos
historiadores denominam como Lemúria, onde o Grande Orixá Jaguar implantou importante
civilização que muito prosperou, sendo mais tarde desintegrada pelas águas, só restando, fora do
oceano Pacífico, dois pontos, hoje denominados como a Ilha de Páscoa e o Hawai. Segundo Amanto,
Omeyocan se constituiu na sede científica do planeta e no centro de comunicações interplanetárias;
chegavam chalanas de Capela e para lá partiam; ali se reuniam os Orixás, chefes máximos dos
planos civilizatórios da Terra. A viagem à região, feita por Tia Neiva em uma chalana com Amanto,
está descrita no livro “2000 - A Conjunção de Dois Planos”. Na ocasião, ela viu que por baixo das
águas haviam complicadas construções de pedra, muitos túneis e grandes abóbadas. Na superfície,
as grandes estátuas - os moays - que até hoje têm impenetrável mistério para cientistas e
pesquisadores. Segundo Amanto, elas tinham várias finalidades, inclusive serviram como portas
indicativas, pois sob algumas delas existem entradas para câmaras subterrâneas. Muitas seriam
colocadas em outras regiões do planeta, como indicativas, mas a desintegração veio antes, e elas ali
ficaram, algumas até semi-construídas somente. Naquela época, a Natureza ainda estava em fase de
formação, com a Terra buscando sua rota de equilíbrio com o Sol, e os grandes degelos aconteciam
pelas altas temperaturas, provocando maremotos que varriam os litorais com grande violência, ao
mesmo tempo em que as placas continentais e as camadas de terra se moviam com grande
intensidade, provocando erupções vulcânicas e terremotos que modificavam todo seu relevo, fazendo
constante transformação das rochas e metais no solo terrestre. Esses fenômenos abalaram a região
de Omeyocan, que submergiu no oceano Pacífico, exceto naqueles dois pontos citados.
 “Aqui temos a demonstração do verdadeiro significado da mente sobre o extrasensorial.
Governamos a mente e as emoções, alteramos, revolucionamos e modificamos as chamas vitais!
Já nos desenvolvemos através das Sete Raízes. Tudo isso parece muito distante do teu alcance.
A realidade é que o Jaguar está trazendo para mais perto a visão de um quadro total. O Jaguar - o
Homem que foi individualizado em dezenove encarnações! Provamos, sempre, que a Doutrina,
somente a Doutrina, é a bagagem real deste mundo para outro. Porque, mesmo que eu viva com
os espíritos, converse com eles, se entrasse em um disco voador, sem conhecer a sua linguagem,
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 452

sem o amor de uma doutrina em Cristo Jesus, nada me iluminaria senão a missão de um
compromisso religioso. Não pensem que muitos cientistas já não viram alguns fenômenos! Viram,
sim. Viram mesmo, porém sem sabê-los analisar. Sem amor e sem querer baixar-se de seus
velhos princípios, deixaram-nos de lado e foram cumprindo o seu dever. Não podemos criticá-los.
Em uma de nossas vidas já pagamos o nosso tributo! Foi no ano 80, mais ou menos, quando uma
linda tribo vivia na mais perfeita harmonia. Eram filhos do Sol e da Lua. Os grandes ensinamentos
vinham por intermédio do Grande Equitumã, vindo de Cristo Jesus. Eram espíritos
individualizados, que traziam a sua linguagem espiritual. Esta tribo se deslocara de diversas partes
deste Universo etérico e extraetérico e, aqui, no seu mundo feito de pedras, eram vidas, vidas que
andavam em busca das conquistas e levaram à frente a Ciência dos Tumuchys. Formavam uma
poderosa tribo, com a experiência dos Ramsés e as comunicações dos grandes ancestrais.
Formaram um poderoso sacerdócio. Numara, o grande sacerdote, enfrentava os mais árduos
caminhos. Sua força mediúnica e doutrinária já dominava o poder magnético das cabalas e sobre
suas ardentes vibrações recebia as constantes visitas dos Grandes Iniciados que, periodicamente,
abençoavam aquele povo. Eram feitos grandes preparativos e as grandes amacês baixavam por
ali e, à distância, falavam com voz direta e ensinavam os poderosos magnéticos, materializavam
objetos - lindas mantas - e afastavam as feras perigosas que tanto assombravam aquela tribo.
Porém, o Homem, quanto mais tem, mais exige! Lindo, lindo é o que podemos dizer... Aqueles
Homens se amavam. Lindos casais se uniam pelas bênçãos das amacês. Os Homens daquela
tribo, apesar de serem Equitumãs, Ramsés e audaciosos Cavaleiros Verdes, viviam cento e vinte e
até duzentos anos! Tinham o prazer de ver seus filhos em harmonia. As amacês ensinavam a
união da família e o verdadeiro amor. Porém, Numara insistia em suas experiências. Queria que
fossem normais os seus encontros com as amacês. Era o mais teimoso dos sacerdotes, sete
Iniciados que, com toda a harmonia, guardavam aquele povo. As amacês mandavam que todos
saíssem de suas casas e, com vôos razantes, riscos profundos e luminosos, deixavam tudo
iluminado: as ruas, as montanhas, onde houvesse pedra! Dali se comunicavam com outros lugares
e outras tribos. Dali se avizinhavam muitas tribos. Numara era o representante de uma grande
civilização de conhecimentos eletrônicos, ou melhor, nucleares. Com a graça das amacês, foi
tecido um macacão, ao qual se dava o nome de ANODAI. Todo canalizado, voava pela energia do
Sol e, deixado na cabine de controle, ali recebiam, também, sua rota. Menos sofisticado do que
hoje, porém muito eficientes. Eram Jaguares destemidos, eram Homens-Pássaros que voavam e
se estendiam por toda a parte da América. Em todo o continente estátuas enormes e iluminadas
destacavam a Terra dos Homens-Pássaros. Tudo era de acordo com as amacês. Nada mais
posso dizer, filho, sobre o que aquela gente fazia. Numara já estava velho e não ensinava sua
ciência. Também, esta tribo sempre foi displicente, principalmente naquela era! Vinham
recentemente de um mundo de agressão. Sim, filho, água e areia! Faziam formas e as enchiam
com este material. Secavam com a energia atômica. Fizeram grandes estátuas de seus
sacerdotes, sob as quais guardavam sus objetos de voar. Eram tubos, tubos fininhos, que
guardavam todo o magnético atômico que lhes cobria o corpo. Foi uma grande metrópole, mística
e de um povo refinado. Porém, Numara tinha como única preocupação tirar o que mais pudesse
das amacês, apesar de muito as amar e respeitar. Era um dia de festa e todos anunciavam os
festejos. Era uma noite de luar, a triste noite nefanda!... Os raios se desencontraram,
desintegrando tudo o que fosse vida. Foi uma triste experiência...” (Tia Neiva, 21.11.81)

ONER
ONER - Terceiro Adjunto - É uma Raiz de Simiromba (*), o Raio da Iniciação, força dos
Grandes Iniciados que se projeta no médium quando faz sua Iniciação Dharman Oxinto (A Caminho
de Deus). O médium a recebe como acréscimo à força de Eridan.

ORAÇÃO
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 453

A oração é uma manifestação da religiosidade do Homem. A oração difere da prece (*) por ser
geralmente espontânea e nascer no âmago de nosso ser, enquanto a prece obedece a palavras e
chaves pelas quais buscamos forças para um trabalho ou ritual. Pela oração invocamos a
Espiritualidade Maior, agradecendo pelo que nos foi concedido ou pedindo ajuda para nós ou para
alguém ou algum espírito que está necessitado da força de uma oração, até mesmo um recém
desencarnado A oração é a busca de Deus e precisa ser feita do fundo do coração, não precisa de
muitas palavras e nem de qualquer encenação para alcançar a Divindade e gerar uma grandiosa
força. Excluindo-se as orações ritualísticas - geralmente preces -, devemos evitar as orações
memorizadas ou proferidas mecanicamente, sem sentimento ou com a atenção posta em outra
direção. O Homem sincero e piedoso quando ora, mesmo em público, está a sós com Deus. A
oração deve ser feita com consciência, com a porta fechada, como nos disse Jesus, isto é,
neutralizando nossos sentidos para que toda nossa atenção esteja concentrada na oração. Jesus
nos ensinou a necessidade da oração: a espontânea, para um contato individual com o Pai, e a ritual,
inserida numa Lei; a oração de júbilo, de louvor e de ação de graças e a oração nos momentos de
amargura, de súplica ou de reparação; oração na presença de outras pessoas ou a oração na
solidão. Antes de produzir qualquer fenômeno, Jesus orava. Em Mateus (VI, 5 a 13), trecho do
Sermão da Montanha, encontramos a orientação de Jesus: “E quando orardes não haveis de ser
como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem
vistos pelos Homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando
orares, entra no teu aposento e, fechada a porta, ora a teu Pai secretamente. E teu Pai, que vê o que
é oculto, dar-te-á a recompensa. E quando orardes, não faleis muito, como os gentios, pois julgam
que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não queirais portanto parecer-vos com eles, porque vosso
Pai sabe o que vos é necessário antes que vós lho peçais. Assim, pois, é que vós haveis de orar: ‘Pai
nosso que estais nos céus, santificado seja o teu nome. Venha a nós o teu reino. Seja Feita a tua
vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso supersubstancial dá-nos hoje, e perdoa-nos as
nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores, e não nos deixes cair em
tentação, mas livra-nos do mal. Amém.’ Esse mantra universal, com pequenas alterações, contém
todos os aspectos essenciais, tudo o que precisamos de nosso Pai Celestial, por entendemos como
“pão nosso” as forças naturais e sobrenaturais que necessitamos para nossa evolução. Também é
expressada a condição para obter nosso perdão divino: perdoarmos àqueles que nos ofenderam. E
pedimos ajuda para que possamos resistir às inevitáveis tentações, que são oportunidades úteis para
nossa evolução, para testar nossa consciência e nossa perseverança no Bem e na conduta
doutrinária, mantendo-nos alertas. Conselho do Divino e Amado Mestre: ORAI E VIGIAI! Na Doutrina
do Amanhecer muito usamos o Mantra Universal - o Pai Nosso - e a Oração de São Francisco, esta
nos trabalhos de libertação.
PAI NOSSO - O MANTRA UNIVERSAL
PAI NOSSO QUE ESTÁS NO CÉU E EM TODA A PARTE,
SANTIFICADO SEJA O TEU SANTO NOME.
VENHA A NÓS O TEU REINO, SEJA FEITA A TUA VONTADE
ASSIM NA TERRA COMO NOS CÍRCULOS ESPIRITUAIS.
O PÃO NOSSO DE CADA DIA DA-NOS HOJE, SENHOR,
PERDOA NOSSAS DÍVIDAS
SE NÓS PERDOARMOS AOS NOSSOS DEVEDORES.
NÃO NOS DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO E LIVRA-NOS DO MAL,
PORQUE SO EM TI BRILHA A LUZ ETERNA,
A LUZ DA GLÓRIA, DO REINO E DO PODER
POR TODOS OS SÉCULOS SEM FIM!
SALVE DEUS!
ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 454

SENHOR! FAZE DE MIM INSTRUMENTO DA TUA PAZ!


ONDE HOUVER ÓDIO, FAZE QUE EU LEVE O AMOR,
ONDE HOUVER OFENSA, QUE EU LEVE O PERDÃO,
ONDE HOUVER DISCÓRDIA, QUE EU LEVE A UNIÃO,
ONDE HOUVER DÚVIDAS, QUE EU LEVE A FÉ,
ONDE HOUVER ERROS, QUE EU LEVE A VERDADE,
ONDE HOUVER DESESPERO, QUE EU LEVE A ESPERANÇA,
ONDE HOUVER TRISTEZA, QUE EU LEVE A ALEGRIA,
ONDE HOUVER TREVAS, QUE EU LEVE A LUZ!
OH, MESTRE!
FAZE QUE EU PROCURE MAIS CONSOLAR, QUE SER CONSOLADO,
COMPREENDER MAIS, QUE SER COMPREENDIDO,
AMAR MAIS, QUE SER AMADO...
POIS É DANDO QUE SE RECEBE,
É PERDOANDO QUE SE É PERDOADO,
E É MORRENDO QUE SE VIVE PARA A VIDA ETERNA!

ORÁCULO
Oráculo é um tipo de Cabala presidido por um Espírito Superior, um ponto emissor de forças,
projetadas por seus raios ou raízes, na medida da necessidade dos trabalhos e de acordo com a
capacidade do médium que as vai manipular. Os Oráculos são organizações de um mundo
assimétrico, formas de vidas, onde muitas coisas acontecem: manipulações de forças da Natureza,
destinos de pessoas, transferências de espíritos e muitos outros fatos. São muitos os Oráculos nos
Planos Espirituais, agindo por todo este Universo. Sobre a Terra, três são os Oráculos que agem: o
de Simiromba (ou Ariano), o de Olorum e o de Obatalá. Há, ainda, o Oráculo de Agamor (*), que
manipula as energias emitidas por aqueles três Oráculos. A reunião desses três Oráculos forma o
Reino Central. Cada raio de um Oráculo é um poder do qual dispõe o mestre ou a ninfa, segundo
seu padrão vibratório, sua harmonia, seu desenvolvimento e conduta doutrinária. Cada raio tem sua
especialidade, e não existe maior ou melhor raio. Existe, apenas, a soma dessas forças, desses
raios. Nunca se sabe de quantos raios dispõe um médium, pois isso vai depender de muitos fatores
individuais, principalmente de suas consagrações, de sua evolução, de sua conduta doutrinária, de
seu padrão vibratório. Passando em cada consagração um médium acrescenta, se tiver merecimento,
pelo menos um raio em sua bagagem. No Templo, temos o Castelo do Oráculo, onde, de acordo com
sua Lei específica, se realiza a incorporação de Pai Seta Branca. Ali se processa a energia plena,
projetada pelo Oráculo de Simiromba, para ser manipulada em benefício dos trabalhos, dos médiuns
e dos pacientes. Embora fique deserto fora das horas do trabalho, o Oráculo fica permanentemente
energizado, razão pela qual, ao passar diante de seu portão, deve o mestre ou a ninfa parar, abrir o
plexo e captar, por uns instantes, aquela força que Pai Seta Branca deixa à sua disposição. Com a
entrada em ação das forças da Estrela de Nerhu (*), passamos a ter a projeção do Oráculo de
Agamor (*).
 “A época atual é muito favorável aos esclarecimentos, porque os missionários estão em pauta,
assimilando os últimos retoques para chegarem ao limiar do Terceiro Milênio. Buscando o Sol
Iniciático, das raízes transcendentais dos nossos irmanados transcendentes que entravam na
sintonia formal, sabendo que tudo que atinge a Humanidade tem a sua raiz ou Adjunto, que
trabalha distintamente em seus ORÁCULOS, em sintonia cabalística.” (Tia Neiva, 1.9.77)
 “O Adjunto Yuricy tem as seguintes atribuições: grandes desenvolvimentos; designar
mediunidades; responsável pelo Oráculo de Simiromba (deve estar presente nos rituais do Oráculo
ou colocar uma sua representante, verificar se tudo está em ordem, estar atenta para que haja a
manutenção do ritual nos dias e horários prescritos pela Lei e deixar que o comandante realize o
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 455

trabalho naturalmente, dando-lhe, se for solicitada, as informações sobre o ritual)” (Tia Neiva,
8.10.85)

ORÁCULO DE AGAMOR
VEJA: AGAMOR

ORÁCULO DE ARIANO
VEJA: SIMIROMBA

ORÁCULO DE DELFOS
VEJA: DELFOS

ORÁCULO DE OBATALÁ
VEJA: OBATALÁ

ORÁCULO DE OLORUM
VEJA: OLORUM

ORÁCULO DE SIMIROMBA
VEJA: SIMIROMBA

ORDEM ESPIRITUALISTA CRISTÃ


A entidade denominada OBRAS SOCIAIS DA ORDEM ESPIRITUALISTA CRISTÃ - OSOEC -
Vale do Amanhecer - fundada em 15 de abril de 1964, é uma sociedade civil, de natureza
beneficente, apolítica e constituída de acordo com as leis vigentes no País e revelações doutrinárias
emanadas da Clarividente Neiva Chaves Zelaya, tendo por finalidade a prática e desenvolvimento do
mediunismo e prestação de assistência social, tudo sob a égide do Evangelho de Nosso Senhor
Jesus Cristo. Reconhece o plano espiritual como razão das causas e, em consequência, admite a
existência de diversos mundos espirituais em suas múltiplas formas na evolução cósmica: a essência
elemental (energia condensada) e a quintessência. No dia 8 de novembro de 1959, na União
Espiritualista Seta Branca - UESB, coordenados por Tia Neiva, um grupo de médiuns buscou aplicar
os princípios evangélicos de Jesus, sob o trinômio Humildade, Tolerância e Amor na prática do
mediunismo puro e científico através do socorro aos necessitados, estabelecendo um pronto-socorro
universal, trabalhando e sendo atendidas pessoas independentemente de idade, sexo, cor, raça e
condições sociais. Inicialmente instalados na Serra do Ouro (Km 64 da BR-060, Alexânia, GO) a
Ordem Espiritualista Seta Branca teve intensa atuação, tendo sido revelados os princípios da
Corrente Indiana do Espaço, que deram origem ao transcendentalismo da entidade. Em 1964 a
Ordem se mudou para Taguatinga, onde, em modestos barracões de madeira, o socorro espiritual e o
desenvolvimento mediúnico continuaram. Em novembro de 1969, Tia Neiva transferiu a célula de
Taguatinga para a zona rural de Planaltina, numa área às margens do ribeirão Pipiripau, no Km 26 da
rodovia DF-130. Foi fundada, então, a OSOEC, revelando à humanidade a mais dinâmica forma para
desenvolvimento mediúnico e doutrinário através da criação, por Tia Neiva, do Apará e do
Doutrinador, elementos catalisadores das energias transcendentais para o equilíbrio das ações e
reações. Em 1973 foram feitas as primeiras Iniciações Dharman Oxinto. Trabalhando em um Templo
pequeno, de madeira, os mestres Jaguares dedicados conseguiram erguer um Templo de pedra, que
foi inaugurado em 1974. Em 1975 se deu a primeira Elevação de Espadas. Como se trata de uma
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 456

Corrente Universal, a Doutrina do Amanhecer se expandiu para outros locais do território nacional,
onde foram criados Templos Externos, atualmente denominados Templos do Amanhecer,
coordenados por um dos três Presidentes da Ordem - o Trino Ajarã (*), Mestre Gilberto Chaves
Zelaya, filho de Tia Neiva. A OSOEC tem como fundamentos básicos a expansão e a consolidação
da fraternidade entre os Homens e a divulgação e observância do Espiritualismo Universal, através
do aprimoramento mediúnico e da assistência social, realizando trabalhos de estudos, doutrina e
práticas mediúnicas na formação de Doutrinadores e Aparás, militando no campo das obsessões,
tudo em plena harmonia com os ensinamentos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. O
tratamento de doenças obsessivas é feito pela prática mediúnica e orientação doutrinária, sem
qualquer contato físico com os pacientes, sendo proibidas as prescrições de receitas, medicamentos
e cirurgias ou operações.

ORGULHO
O orgulho é o sentimento daquele que tem um conceito muito elevado, até mesmo exagerado,
de si próprio, o que o faz vaidoso, com demasiado amor-próprio, com soberba. Para o médium de
nossa Corrente, o orgulho é um terrível precipício. É quando o médium se acha dono da verdade,
quando pensa que é muito bom porque seus Mentores são melhores do que os outros, é quando se
acha muito importante ou muito forte, tendo esquecido que sua força só existe em função de seus
Mentores e que seu aprendizado nunca se completa, pois somos Mestres ensinando Mestres,
Mestres aprendendo com Mestres.
 “Preserva tua mente do orgulho, pois o orgulho provém somente da ignorância. O Homem não tem
conhecimento. Pensa ser grande, ter feito esta ou aquela grande coisa. Se o seu pensamento for
aquilo que deve, pouca dificuldade encontrará na ação. No entanto, lembra-te que para seres útil à
Humanidade, teu pensamento deve se traduzir em ação!” (Humarran, abr/62)

ORIGEM
Cada espírito tem sua Origem, também chamada Origem Colonizada, porque é sempre uma
Colônia, de onde partiram vários espíritos que formam a família espiritual. Através de seus
elementos, agem, reagem e interagem pelas diversas encarnações e vão chegando, um de cada vez,
agrupando-se no Canal Vermelho, ali ficando até que a família esteja completa e possam, então,
retornar à sua Origem. Quando há familiares mais atrasados, estes recebem apoio dos mais
evoluídos, com vistas a logo completarem seu grupo. Na maioria dos Jaguares, a Origem é Capela.
Mas existem várias outras Origens em diferentes pontos do Universo, que um dia nos serão
reveladas.
 “Quero deixar bem esclarecida a Vida além do mundo físico. Fui levada por Humarran, há muitos
anos, para ver o quadro de uma enorme família que chegava da Terra. Interessante aquele grupo
que viera por força de um desencarne em massa. Todos se organizaram: chegaram ricos e logo
compraram suas mansões. Perguntei a Humarran: ‘Onde conseguiram dinheiro?’ ‘Conseguiram na
luz dos seus bônus!’ ‘E o que fizeram para ganhar bônus?’ ‘Fizeram amigos na Lei do Auxílio,
respeitosamente tiveram suas consagrações ou sacramentos; com respeito e amor ajudaram os
outros; tiveram tolerância com seus vizinhos e demais comportamentos que não fizeram sofrer os
outros’ Sim, é fundamental a tolerância para os que estão em jugo. Precisamos ter muita paciência
com os demais. Dessa paciência é que vem o amor - o amor incondicional. Cresce dentro da gente
uma vontade muito grande de proteção. E Deus faz com que nossos filhos sejam as nossas
vítimas do passado. Mesmo porque o Homem-Pai amolece o seu coração no desejo de protegê-
los. Pai na totalidade, o Homem ainda tem o seu coração muito duro. (...) A grande família estava
no Canal Vermelho e caminhava em sua missão. Enquanto isso, a cada dia chegava um atrasado
e ia ficando por ali. ‘Por que tudo isso?’ Humarran me respondeu: ‘Porque os espíritos só vão para
sua Origem Colonizada quando chega o último membro e quando não mais tem inimigo em seu
povo!’ (Tia Neiva, 11.9.84)
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 457

ORIXÁ
Os imortais Equitumans (*), depois de banidos da Terra, foram se transformando em lendas e
deuses e o Homem foi construindo suas cidades e suas religiões. A partir daí, os grandes
missionários começaram a vir à Terra e os Equitumans, recolhidos no Planeta Mãe, começaram a
reencarnar nos descendentes de seus antigos corpos. Aí então teve início outro tipo de luta: alguns
desses espíritos, saudosos de seu antigo poder, começaram a se organizar no etérico da Terra e a
formar falanges. Os antigos poderes psíquicos foram sendo sedimentados em manipulações
mediúnicas e os dois planos - o físico e o etérico - intensificaram seu intercâmbio. Um grande
missionário, que hoje, para nós, se chama Seta Branca, reuniu os remanescentes mais puros e os
dividiu em sete tribos, que foram distribuídas nos antigos pontos focais dos Equitumans. A eles coube
recomeçar a tarefa interrompida. Cada tribo compunha-se de mil espíritos. Foi aí que foram criadas
as hierarquias dos Orixás, os grandes chefes que tinham a virtude de se comunicar com os Mestres.
Orixá é palavra afro-brasileira que significa “divindade intermediária entre os crentes e a suprema
divindade”. Cada Orixá tinha a seu serviço outros sete orixás de menor grau e estes, por sua vez,
também os tinham, o que originou a organização septenária das falanges. Orixás, na Linha Africana
da Corrente do Amanhecer, são regentes de determinadas forças. São os Cavaleiros de Deus,
portando forças específicas para a realização de suas missões, e, na Doutrina do Amanhecer,
assumindo separadamente ou em conjunto, a responsabilidade da projeção de forças em cada
trabalho ou ritual. Sua maior atuação se faz nos dias de Trabalho Oficial, por causa do grande
número de pacientes e intensidade dos trabalhos. Cavaleiros Orixás são os Cavaleiros das Lanças de
diversas cores, que se deslocam no conjunto de forças de Oxan-by. Os Três Cavaleiros da Luz,
invocados no Terceiro Sétimo, são Orixás que se dedicam à cura - os Cavaleiros das Lanças Verde,
Azul e Vermelha - Espíritos Iluminados, cuja ação unida se transmite ao Jaguar trazendo-lhe grande
bem-estar, com proteção suplementar à dada pelos seus Mentores. Os dirigentes dos Retiros e dos
Trabalhos Oficiais são denominados Orixás do Dia.

OURO
As Escrituras revelam que os Magos eram uma casta sacerdotal sábia, existente entre Medas,
Caldeus e Persas, e que os sábios ofertaram os três presentes homenageando a Divindade de Jesus
(incenso), a Sua Realeza (ouro) e a Sua Humanidade (mirra, um refinado perfume oriental).

OXALÁ
VEJA: PAI SETA BRANCA

OXAN-BY
OXAN-BY é um Raio de Olorum (*), compondo-se por conjunto de forças curadoras que
atuam no perispírito e no plexo físico, compondo-se da LEGIÀO DOS CAVALEIROS DA LUZ, onde
estão Reili e Dubale, destacando-se sete Orixás:
CAVALEIRO DA LANÇA RÓSEA - A força do Amor Incondicional;
CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA - O poder desobsessivo;
CAVALEIRO DA LANÇA VERDE - A cura psíquica, os poderes da mente;
CAVALEIRO DA LANÇA LILÁS - A cura do corpo físico;
CAVALEIRO DA LANÇA AZUL - O equilíbrio para a Paz Interior;
CAVALEIRO DA LANÇA NEGRA - CHAPANÃ - A Justiça Final;
CAVALEIRO DA LANÇA ÁUREA - A Paz Universal.

OXOSSE
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 458

Oxosse é um Raio de Olorum (*), que nos rege e nos guarda na sutileza de nossa alma. Seus
Adjuntos - os Cavaleiros de Oxosse - são Capelinos que fazem os trabalhos desobsessivos e se
encarregam de conduzir os espíritos perdidos nas Trevas, energizados pelos trabalhos e rituais da
Corrente do Amanhecer, para as Casas Transitórias, Albergues e Hospitais no Espaço.
 “Oxosse, nosso Guarda, nosso Guia, Primeira Raiz protetora nativa desta tribo espartana, raiz esta
que influencia o misticismo da alma - microplexo - nos dando esta faculdade de desenvolver o
nosso Sol Interior. (Tia Neiva, 1.9.77)

PACIENTE
VEJA: ATENDIMENTO

PADRÃO VIBRATÓRIO
Na Doutrina do Amanhecer, manipulamos energias, aprendemos que, no Universo que nos
rodeia, nós e tudo o mais somos apenas formas de energia, cada um sendo emissor de uma
freqüência própria de vibrações. Vivemos rodeados por correntes vibratórias, emitimos e recebemos
vibrações, e para controlar tudo isso temos que ter o controle de nossa mente. Mabel Collins, em seu
livro “Luz no Caminho”, escreveu: “Em ti está a luz do mundo, a única que pode ser projetada
sobre o caminho. Se és incapaz de percebê-la dentro de ti, é inútil que a procures em outra
parte. Esta luz está fora do teu alcance, porque, quando chegares a ela, já não te encontrarás a
ti mesmo. Quando houveres encontrado o começo do caminho a estrela da tua alma deixará
ver sua luz e, com sua claridade, perceberás como é grande a escuridão no meio da qual ela
brilha. Mas, não deixes que o espanto e o temor te dominem; mantém teus olhos fixos na
pequena luz, e ela irá crescendo!” Esta luz é alimentada pelo nosso padrão vibratório, que se
projeta, por nossos chakras, ao mundo exterior. Na Natureza, onde a escala natural - mineral, vegetal
e animal - apresenta, em cada nível, uma complexidade maior na formação de seus seres, os mais
adiantados apresentam órgãos que vibram, cada um, independentemente do outro, mas compondo
uma resultante que é a vibração daquele ser. No Homem, uma mudança na freqüência de um órgão,
determina a doença. Por isso, seriam usadas as vibrações para corrigir e normalizar a freqüência
vibratória desse órgão “doente”. Pelos estudos modernos e científicos, as células do corpo humano
selecionam e rejeitam certas vibrações, podendo, mesmo, por ação de uma vibração, alterar sua
freqüência e o seu campo eletromagnético, gerando, caso seja uma vibração negativa, uma
despolarização de graves conseqüências para o órgão que compõem. Aquele que se dedica à Lei do
Auxílio e busca dentro de si mesmo o conhecimento das leis universais e das freqüências de energia
que nos envolvem, tende a cumprir melhor a jornada de sua Vida e desvenda os mistérios da Morte.
Sua mente se torna mais clara, suas decisões são mais firmes, suas ações e reações são mais
seguras, suas dores são menos sofridas! Melhoram sua convivência porque passam a vibrar o Bem e
a receber boas vibrações. Já nos foi dito que podemos avaliar nossa posição neste nosso Universo, a
cada momento, pelo balanço entre as vibrações positivas e negativas que nos atingem. O padrão
vibratório é o que determina o Bem ou o Mal do ser, porque emite sua condição real. Não adianta
querer esconder ou enganar os outros, porque o padrão vibratório revela a verdadeira natureza do
seu emissor, emitindo vibrações a partir de sua aura (*) e atingindo aqueles que estão perto, que
podem detectar o nível das vibrações e os leva a reagirem ou a se protegerem. É fundamental manter
o padrão vibratório elevado para ficar imune às baixas vibrações. O de baixo não atinge o de cima,
isto é, aquele que mantém o equilíbrio e elevadas as suas vibrações não é atingido pelas vibrações
de padrão mais baixo. Conscientes de que vivemos em um Universo vibracional, devemos ter o
cuidado de evitar os geradores de baixa vibração, que existem nos três reinos da Natureza - mineral,
vegetal e animal. Como qualquer ser é passível de se emanar com forças de qualquer polo, positivas
ou negativas, corremos riscos não só com pessoas, mas com animais, plantas, objetos e até mesmo
com nosso lar ou nosso local de trabalho material. Uma emissão vibratória que nos atinge e faz com
que baixemos nosso padrão, agrega em nós partículas de neutrôm que se tornam negativas e
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 459

formam atmosfera fluídica pesada ao nosso redor e nos afasta da sintonia com os planos superiores,
nos dando a sensação de angústia e opressão. Sabemos que é impossível o controle de tudo e,
então, o melhor é nos protegermos, mantendo nosso padrão vibratório no máximo que conseguirmos,
ficando, assim, imune às baixas vibrações. Quando, num lar, existem brigas, desarmonia e até
mesmo ódios, o ambiente se impregna de vibrações maléficas, que impregnam o ambiente, os
objetos, plantas e animais, causando mal-estar a quem ali chega. Além disso, serve como atração
para espíritos desencarnados que, pela afinidade (*), se instalam no local, aumentando a desarmonia,
porque esta gera a energia de que se alimentam. As plantas, sensíveis, demonstram seu baixo
padrão pela falta de flores, de vitalidade; os animais se tornam excitados e violentos; as pessoas
irritadas e enfermiças. Tudo fruto do padrão vibratório! E o pior é que isso pode ser
inconscientemente passado à frente: um objeto daquele ambiente é dado a outra pessoa, em outro
lugar, mas leva impregnações de baixo padrão que continuam a ser vibradas, causando o mal. Por
isso existem inúmeras histórias de objetos que dão azar, como, por exemplo, os aquários (veja:
ÁGUA), e ao se adquirir ou receber objetos antigos, que já passaram por muitos ambientes e foram
emanados por diferentes forças, deve-se ter o cuidado de fazer uma limpeza energética deles: lavá-
los com água fluidificada e fazer uma prece, sempre que possível, tentando mudar aquele padrão
vibratório. A realidade é que vivemos num Universo onde tudo é vibração em diferentes padrões e
temos que aprender a manter nosso padrão vibratório com relação ao mundo que nos rodeia, tanto
no plano físico como no plano espiritual, pelo controle da energia mental (*). Nossa mente está
imersa num oceano de vibrações que recebemos e emitimos continuadamente. Na Doutrina do
Amanhecer aprendemos o controle da mente, o controle de nosso padrão vibratório. Aprendemos,
também, que o maior perigo está quando nos iludimos com a idéia de que alguém - encarnado ou
desencarnado - está vibrando em nós com maldade, quando temos a consciência de que nós é que
provocamos essa vibração ao julgarmos que ele está vibrando em nós. Mesmo que o fato exista, não
devemos dar atenção pois, levados pelo julgamento, a nossa tendência é baixarmos nosso padrão,
ficando vulneráveis às vibrações que nos foram endereçadas. Nosso trabalho, na Corrente, é uma
contínua projeção fluídica, uma emissão vibratória, que emitimos na horizontal e recebemos na
vertical, em um canal por onde flui, dos planos superiores, energia na qualidade e na quantidade
correspondentes ao nosso padrão vibratório. Este canal pode ser obstruído por nossos pensamentos
negativos, que atraem vibrações baixas de nossas vidas passadas e ativam nosso centro coronário,
provocando a queda de nosso padrão vibracional. Quando mentalizamos um cobrador - encarnado
ou desencarnado -, o impacto das vibrações atinge nosso plexo, causando angústia, e devemos,
então, mentalizar nossos Mentores, pedindo que possamos receber forças positivas e que elas
possam alcançar, também, aquele cobrador que foi mentalizado. A concentração e o amor neste
pedido farão com que nosso equilíbrio seja refeito e restabelecido nosso canal de emissão e de
recepção. Quando nos deixamos envolver por uma vibração negativa, partículas de neutrôm ficam
carregadas negativamente, formando áreas densas em nossa aura, que podem ir se acumulando
perigosamente e nos afastando da Espiritualidade Maior. Quanto mais aumentam essas áreas, mais
negativos vamos ficando. O maior cuidado para nos mantermos livres de vibrações negativas é
devido ao fato de que quanto mais controle tivermos em nossa energia mental maior nosso poder de
cura, até mesmo à distância. Aprendemos que temos sete planos vibratórios, nos quais trabalhamos
ao mesmo tempo, porém com consciência apenas do plano físico, sensorial. As vibrações atraem
sempre as similares, pela afinidade vinculando almas, corações e pensamentos. Nos planos
espirituais a hierarquia existe pela qualidade do padrão vibratório dos espíritos, tendo como única
base a virtude - qualidades morais conquistadas pelo trabalho e pelo sofrimento -, estando
estacionados em faixas mais baixas aqueles que permanecem no erro pela baixa faixa vibracional,
fruto de seus próprios padrões psíquico e moral. Também nós, encarnados, vivemos essa situação,
pois atraímos e emitimos de conformidade com nosso padrão vibratório. Quando emitimos uma
vibração mental com nossas invocações - pedindo ao Pai pelos enfermos, nos hospitais e em seus
leitos de dor -, ou projetamos uma vibração fluídica com a emissão de ectoplasma - doutrinando um
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 460

espírito ou na Lei de um ritual - nosso sucesso ou fracasso vai depender única e exclusivamente do
padrão vibratório que tivermos refletindo naquele momento.
 “No Homem se acentua uma complexidade de coisas, efeitos incomparáveis. Porém, o mais
terrível de todos é a vibração de pessoas irrealizadas. O fato é que existem muitos outros
caminhos. Quanto mais elevado o padrão do Homem nestes carreiros terrestres. mais originais e
perfeitas vão se tornando as suas aberturas, que atingem os reinos de toda natureza. Tudo isso
contribuindo para o aperfeiçoamento da memória, da percepção. Instintos que vão se adaptando
às irradiações do extrasensorial, na cota extra da Humanidade, digo, em todas as partes de todos
os reinos da Natureza!” (Tia Neiva, s/d)
 “Estamos preparados, cheios de forças e energias, para a execução perfeita desta tarefa
doutrinária para o ajustamento das mentes e a perfeita harmonia do nosso Universo. Vamos
manter o nosso padrão vibracional elevado e equilibrada a nossa mente, para podermos irradiar a
tranquilidade e a paz e para que, com o poder do nosso espírito, possamos curar e iluminar a
todos. Cultive em seu coração o amor, a alegria e o entusiasmo, para que, em todas as horas,
esteja pronto a emanar e a servir na Lei do Auxílio. Pai Seta Branca disse que “a humildade e a
perseverança de vossos espíritos conduziram-me ao mais alto pedestal de força básica que
realizou esta corporação”. Mais uma vez, você, com seu esforço, amor e humildade, encheu de
mais alegria o coração do nosso Pai tão querido.” (Tia Neiva - Carta Aberta n. 6, 9.4.78)
“O fato é que existem muitos outros caminhos. Quanto mais elevado o padrão do Homem nestes
carreiros terrestres, mais original e perfeito vão se tornando as suas aberturas, que atingem os
reinos de toda a natureza. Tudo isso contribuindo para o aperfeiçoamento da memória, da
percepção, instintos que vão se adaptando às irradiações do extrasensorial, na cota extra da
Humanidade, digo, em todas as partes de todos os reinos da Natureza.” (Tia Neiva, s/d)
“O motivo desta transmutação é porque nós, Jaguares, temos por missão velar pela dor alheia. Não é
porque amanhã será sexta-feira treze, mas eu sempre lhes ensinei que a vibração é o princípio de
tudo. A vibração tem destruído e, até mesmo enlouquecido, muitas autoridades neste Brasil. A
vibração do mês de agosto, em datas periódicas, vem fazendo muita destruição. Nós estamos
aqui, agora. Eu lhes chamei para conseguir impedir o que já está escrito para amanhã o fenômeno
sem importância, natural, deste cometa, manipulado com as vibrações que já estão em pauta.
Poderemos ter, inclusive, um dia de escuridão, o que os cientistas haviam dito para agosto. Eu
vejo três acontecimentos até o dia trinta e um de agosto. Farei a chamada e espero que a prece de
Simiromba tire a sintonia destes fatos, que na minha clarividência me fazem recordar a toda hora.
Por isto que lhes chamei, mesmo sabendo que não poderia estar entre vocês, mas o importante é
que todos façam também suas emissões, porque são fenômenos universais. Não tenham dúvidas
que vão agitar muita gente, que bem poderão fazer o mal entre si. Salve Deus! E até o dia trinta e
um nós iremos fazer o meu 3º 7º e, tenho certeza, que nós poderemos evitar qualquer
incompreensão dos muitos desatinos, das coisas que eu vejo e, ainda, não sei explicar claramente
a vocês.” (Tia Neiva, 12.8.82)
“Partimos desta compreensão das origens criadoras nas atividades racionais e tão intimamente
unidas. Vidas conscientes que sabem discernir, reparar que o negativo de hoje será o mal de
amanhã. Cada consciência vive e envolve os seus próprio pensamentos. Através dos séculos, do
tempo, nada escapa à lei do progresso. As religiões, acima de tudo. Vibramos, emitimos, seguimos
com a mente ou somos atraídos - o que não é muito bom! Sim, a vibração que nos atrai, mesmo
de bons sentimentos, nos incomoda. A vibração desejada é quando sentimos irradiar. Pelas
irradiações sabemos, conhecemos porque estamos sendo vibrados. Levando em consideração as
imperfeições dos nossos desejos e aspirações, não se esqueça de que os fenômenos duram ainda
depois da morte. Assim é o peso!” (Humarran, out/62)

PAGAMENTO
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 461

Um médium não pode cobrar e nem receber coisa alguma como pagamento de seu trabalho
na nossa Doutrina. Nem, sequer, um simples agradecimento, porquanto tudo o que faz, que realiza, é
pelas energias que os Planos Espirituais lhe concedem, sendo ele apenas um instrumento dessa
grandeza. Deve evitar, quando se desloca a lares e escritórios para a realização de um trabalho
especial, lanches e refeições. O seu trabalho já é plenamente recompensado pelo que recebe da
Espiritualidade, suavizando seu carma. Jamais devemos afrontar um Espírito de Luz com a tão usada
frase “Deus lhe pague!”, porque a Espiritualidade trabalha com amor, dedicada na caridade e na
misericórdia, sendo, também, instrumento do poder de Deus Pai Todo Poderoso, cuja Força e Luz se
propagam através dessas Entidades, chegando até nós e se colocando ao nosso dispor para a ajuda
aos nossos irmãos encarnados e desencarnados. Não há pagamentos – só amor, amor incondicional,
que jamais poderá estar ligado a qualquer forma de pagamento, nem na Terra, nem no Céu.
 “Pai Juvêncio e Zefa eram os únicos que tinham coragem de ir até um lugarejo por nome Abóbora.
Certa vez, chegando na entrada da cidadezinha, encontraram uma menina, meio desacordada,
nos braços da mãe. Pai Juvêncio chamou Zefa e cochicharam nos ouvidos da menina e a
benzeram, retirando aquele espírito, e a menina ficou boa. Tânia, a mãe da menina, deu algumas
frutas como pagamento da cura, pedindo desculpas por não ter mais nada. Pai Juvêncio e Zefa
comeram as frutas, trataram de negócios em Abóbora, e voltaram para a fazenda. Felizes,
chegaram em casa, mas, ao atravessar a soleira da sua porta, suas barrigas começaram a doer, a
doer tanto que chamaram Vovó Cambina da Bahia. Mas nada fazia passar aquela dor. Uma
porção de conjecturas: seria veneno? As desinterias pioravam e as dores aumentavam.
“Pobrezinhos - dizia Pai João -. Resolveram tantas coisas boas para nós! Deve ser alguma
provação, Deus testando seus corações...” Todos já estavam ao redor da fogueira, aguardando
que melhorassem, quando Jurema, que estava ao lado de Pai Zé Pedro, se levantou bruscamente.
Apontando para os dois, que estavam abaixadinhos na roda da fogueira, gemendo de dor, disse:
“Eles comeram prenda ganha pela sua caridade! Pena Branca não quer que a gente ganhe nada
em troca do que se faz na Doutrina. Vovô Agripino lhes disse que a gente só aprende com o
espinho fincando na carne. É, Pai João, todos nós temos um espinho na carne!...” “Oh, meu Deus!
- gritaram os dois em uma só voz - Sim, estamos conscientes!” Vovó Cambina já estava chegando
com uma cuia de chá. Eles tomaram e contaram o que havia se passado em Abóbora. Todos
abraçaram os dois por sua ação, mas entenderam a lição: Juvêncio e Zefa haviam comido prenda
pela caridade que fizeram... Sim, receberam pagamento e Pena Branca não gosta nem de
presentes e nem que se cobre pela caridade que se faz! Zefa e Juvêncio passaram mais três dias
com dor de barriga. Tudo foi alegre, e passou. Eufrásio, que agora era conselheiro do grupo,
achou muito importantes dois fatos: primeiro, Pena Branca não aceitar pagamento pelo trabalho
mediúnico e, segundo, a denúncia de Jurema que, em sua clarividência, viu o que se passou. O
pobre casal fora lesado por suas mentes preguiçosas.” (Tia Neiva, 7.3.80)

PAI SETA BRANCA


Pai Seta Branca é um dos nomes recebidos pelo luminoso espírito de Oxalá, Orixá poderoso
que preside todo o desenvolvimento cármico do nosso planeta, a quem foi dada a missão de
espiritualizar o Homem. É o grandioso guardião do Oráculo de Simiromba (*), que administra todo o
potencial de forças que agem e interagem na Terra. SIMIROMBA significa, em nossa Corrente,
“Raízes do Céu”, e Pai Seta Branca é o Simiromba de Deus! De seu Oráculo, Simiromba realiza toda
a grandeza presente em nossos trabalhos. Chegando aqui, liderando a missão dos Equitumans (*) ,
quando ficou conhecido como Jaguar, e dos Tumuchy (*), Oxalá retornou no século XII, na Itália,
como Francisco de Assis, junto com sua alma gêmea - Mãe Yara - como Clara de Assis,
desenvolvendo magnífica obra dentro da Igreja Católica Apostólica Romana, criando a Ordem
Franciscana, implantando as bases de sua Doutrina: Amor, Humildade e Tolerância, idéias das quais
os Homens estavam afastados. Na época da conquista da América, no século XV, Oxalá era o
grande cacique de uma tribo Inca, estabelecida em Machu-Pichu, tendo recebido o nome de Seta
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 462

Branca por causa de sua lança armada com a presa de javali. Com as conquistas espanholas na
região andina, houve uma ocasião em que os espanhóis chegaram nas proximidades daquela tribo,
ameaçando-os. Seta Branca e seus oitocentos guerreiros aguardavam os invasores em um
descampado. Quando estavam próximos para iniciar a batalha, Seta Branca começou a falar, ao
mesmo tempo em que, com sua seta branca nas mãos, fazia como que uma oferenda aos céus. Sua
voz ressoava por toda aquela região, gerando campo de forças que trouxe um clima de paz e
tranquilidade o qual influenciou todos aqueles corações. Guerreiros dos dois lados sentiram aquela
emanação, e foram se ajoelhando. Seta Branca terminou sua invocação, trouxe sua seta até o plexo,
e ficou em silêncio, de cabeça baixa, aguardando os acontecimentos. Os espanhóis foram se
levantando e abandonando o campo, e retornaram para seus acampamentos, no oeste, sem qualquer
confronto. Os Incas retornaram à sua cidade, sentindo o poder do amor sobre a força bruta. E ali
viveram por muitos anos ainda, totalmente isolados. Esses espíritos retornaram no limiar do Terceiro
Milênio, liderados por Oxalá, na roupagem de Pai Seta Branca, tendo como líder, no plano físico, Tia
Neiva (*), que reuniu os Jaguares sob a Doutrina do Amanhecer. O aniversário natalício de Pai Seta
Branca é reverenciado no dia 14 de fevereiro. Mensalmente, no primeiro domingo de cada mês, no
Templo-Mãe, faz-se o ritual da Bênção de Pai Seta Branca, quando quatorze ninfas se revezam na
incorporação do Pai, dando a bênção a centenas de pacientes e mestres, com a presença de
Ministros que incorporam em Ajanãs. Nos Templos do Amanhecer, uma só ninfa – geralmente a
Coordenadora – incorpora e dá mensagens e bênçãos de Pai Seta Branca, obedecendo ao ritual que
se encontra no Livro de Leis. Todos os anos, a partir de 1971, Pai Seta Branca se dirige a seus filhos
Jaguares através de mensagens que são pronunciadas no Templo-Mãe, à meia-noite do dia 31 de
dezembro. Até 1984, foi a comunicação feita por Koatay 108. Depois, uma ninfa passou a ser
designada para isso. Para registro, transcrevemos as mensagens transmitidas por Tia Neiva:
31 DE DEZEMBRO DE 1971
Meus filhos, Salve Deus!
Quisera hoje, neste augusto enterro do ano de 1971, trazer-vos uma mensagem cheia de paz
e tranquilidade. Porém, o tributo de vidas mal distribuídas não me dá esta feliz oportunidade.
Vivemos a marcha evolutiva para uma nova civilização. Pela conduta irredutível dessa tribo
ainda me é possível dizer: filhos abnegados de Deus, agradeço-vos pela oportunidade que acabam
de me oferecer. Aqui estou, e estarei sempre em espírito e verdade, objetivando, mil vezes
agradecendo esta sublime bagagem que trazeis. Vejo-os como pequenos acumuladores de cargas
tão iguais!
Filhos, sei que os desenganos, as renúncias, dores e saudades de um mundo transcendental
vos devoram a alma. Porém, confiante, sei que a miséria ou um infeliz reajuste de tragédia jamais
atingirá vossos corações.
1971! Quantas vezes, filhos queridos, os vi chorar pelos tristes reajustes dos vossos destinos
cármicos!... Quantas noites enxuguei os vossos prantos... Quantas noites temi pelas vossas reações
nos vossos leitos de enfermidade!... Sim, filhos, foi sempre sutil minha mensagem de pai às reações
de amor, de ira, de medo ou de saudades...
Filhos, é rico o presente que me oferecem, na alegria e na esperança de um novo 1972. Rico
sou, pai de filho como vós outros, com tudo de bom e de sublime, e que renunciam ao mundo por
uma Doutrina do Amanhecer!
Filhos que ainda caminham neste carreiro terrestre: olhai em torno vossos irmãos menos
esclarecidos e erguei a Doutrina para uma Nova Era: 1972 vos trará os prenúncios do renovador
Terceiro Milênio.
O Homem que tentar fugir de sua meta cármica ou juras transcendentais será devorado
ou se perderá como um pássaro que tenta voar na escuridão da noite!
Filhos, dentro de alguns instantes estareis vivendo 1972 e todo o Universo estará cantando
aleluia! Todas as mensagens estarão glorificando o desenvolvimento do Homem, enquanto vós
outros, reunidos em um só pensamento, preferis trazer esta rica mensagem ao mais humilde dos
pais: Seta Branca!
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 463

31 DE DEZEMBRO DE 1972
Salve Deus!
Ao nos despedirmos do ano de 1972, devo, antes, vos esclarecer que a humildade e a
perseverança dos vossos espíritos conduziram-me ao mais alto pedestal de força básica que
realizou esta corporação.
Deveis saber, filhos, da nossa finalidade nesta mensagem, que trazeis dos vossos
antepassados a este planeta em desenvolvimento. Assumistes o compromisso desta Era e, portanto,
tereis que cumpri-lo, confirmando, em cada coração, o Espírito da Verdade, na missão designada
para o Terceiro Milênio.
Filhos, voltemos a 1959, quando, geograficamente, distribuí vossa jornada às árduas estradas
que os conduziram até 1972 e os conduzirão a 1984, onde as grandes dores só encontrarão alívio
nos simples olhares extraídos dos vossos corações. Será então que a luz candente proclamará que
é chegada a hora!
Então, o Homem desanimado vagará na escuridão e beijará os vossos pés sangrentos da
caminhada para o encontrar. E vós, filhos meus, luminosos, atravessareis as densas nuvens que irão
desabar da sua própria impregnação mediúnica, pois o Homem jamais edificará nos seus próprios
escombros! (O Céu e a Terra passarão, mas não passarão as minhas palavras, disse Jesus).
É, então, que o Espírito Consolador exigirá o vosso compromisso ao socorro final. O que será
do Homem, sem o Espírito Consolador, vendo suas grandezas e seus tesouros submergirem no alvo
oceano, quando as bases frágeis das montanhas de gelo cederem e, ao se transformarem em água,
liberarem os pequenos seres que trarão a luta e só serão vencidos pelos vossos conhecimentos
científicos, filhos meus? Que dirá o Homem esclarecido quando os grandes aparelhos começarem a
surgir no Céu?
O trabalho incessante vos livrará das dores. Jesus prescreverá vosso resto cármico e
melhor cumprireis esta missão simétrica. Esta faixa que atravessais no peito, da Cura e do
Conhecimento, simboliza o Cristo na Sua caminhada, fronteira vívida na técnica da salvação.
Salve Deus, que assim sereis conhecidos em todo o Universo!
1972 sairá do calendário e ficará marcado, em vossos corações, pelas cicatrizes que deixará.
Após esta partida, viveremos o bem aventurado 1973 que, cautelosamente, vos afagará com o
compromisso de aquecer as vossas noites frias... Salve, filhos, o 1973!
31 DE DEZEMBRO DE 1973
Meus filhos, sinto palpitar os vossos corações na realização desta Doutrina para uma Nova
Era. Filhos do Amanhecer: justo foi Jesus que, pela evolução dos vossos espíritos, quis vê-los nascer
neste País, onde governa o espírito espartano, verdadeiro e humano, que permitiu a nós outros
caminheiros prosseguir a nossa jornada.
1973! Nestes últimos instantes, outras falanges preparam suas estrelas vibratórias,
imantrando a Terra para receber o iniciático 1974 que, sutilmente, vem preparar o Homem para o
Terceiro Milênio, lembrando o Profeta e suas profecias, e afirmando, também, vossas missões nesta
nação evangélica.
Imantrai, filhos, com o vosso trabalho, essa faixa que atravessais no peito. É a candeia
viva e resplandecente nos caminhos que tereis que percorrer. Cuidai do vosso padrão
vibratório, porque de vossas bocas sairão mantras luminosos, curadores, como ondas
sonoras, para alcançar a dor!
Ano de profecias e afirmações de um velho contemporâneo que, neste planalto, viu luzes,
fincou seu marco e, também, nesta terra vos viu. Sua perfeita visão se cumpriu! Não se alarmem
quando os primeiros sinais aparecerem no Céu, pois aquele que estiver seguro não será atingido,
porque não poderá faltar um só filho deste Pai Seta Branca!
31 DE DEZEMBRO DE 1974
Salve Deus, meus filhos!
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 464

Somente a vontade de Deus nos tem permitido afirmações tão claras, no plano vibracional, de
um povo esclarecido para uma Nova Era. Filhos, não vos apresseis e também não vos abateis pelos
rumores: somente do Céu ouvireis!
Era de amor e respeito, do Homem que ama o anjo e, com a mesma intensidade o
demônio, sabendo distinguir as duas forças!
Em breves minutos nos chegará o missionário 1975, projetando sobre o Brasil, arca
evangélica deste planeta, mantras doutrinários de forças positivas. Então vossas mentes serão
impregnadas pela imagem alegre do Caminheiro das margens do Jordão, de suas curas ao simples
toque de Seus dedos!
Jesus Cristo não profetizou a Sua morte para não vos ver tristes, até que fosse chegada a
hora, naquela noite triste de ira nefanda, e, por Deus, prevaleceu o amor! Não vim, portanto, vos
trazer ainda a mensagem da morte, mas, sim, a tranquilidade do Caminheiro, para o complemento
desta obra.
Filhos do Amanhecer, que já atravessastes a pesada coroa de espinhos e a glória dos
mártires: levantai e edificai, pois vosso planeta exigiu a volta do Jaguar! Desenvolvei as vossas
mentes e rebrilhai a ciência dos Tumuchys. O mundo de vós outros espera o jugo final!
Cuidado, filhos! Não vos precipiteis com os primeiros sinais do Céu, nem com as trevas que
surgirão nos horizontes, nem com as águas que subirão ao vosso redor, porque sois filhos do Sol e
da Lua e, portanto, nada devereis temer! E, antes que surja outra mensagem, filhos, o mundo já
estará vibrando convosco.
1974! Alegrias, dores, lágrimas, desilusões, mas também realizações, causa e efeito. Não
podemos afirmar se bom ou mau. Apenas nos despedimos, abrindo os braços a este missionário
1975, ano de afirmação doutrinária nos Templos do Amanhecer, rogando a Deus a tolerância para
que eu possa sempre viver no coração de todos vós, filhos meus!
31 DE DEZEMBRO DE 1975
Meus filhos, Salve Deus!
Vamos, antes, nos despedir do ano de 1975, que logo nos deixará, e, confiantes em Jesus, na
força do Jaguar, iniciar um rico 1976.
Filhos: muito embora as previsões dos tempos sejam assustadoras, procurai assimilá-las,
prosseguimos a marcha evolutiva do Homem. Por conseguinte, não há razão para detê-lo na sua
nobre conduta. Não atribuais a dor universal pelos reflexos criminais de vossas vidas
passadas.
Levai vossas mentes sobre as planícies macedônicas, sustentai-vos sobre a península
peloponense, vibrai no espírito espartano, com o punho protetor sobre as vossas cabeças. É a volta
do Jaguar, de Esparta ao Brasil!
Filhos: há dois mil e quinhentos anos Deus já vos preparava para o socorro final. Não
temais o fim dos tempos e nem o que dizem os profetas. Lembrai-vos somente do que disse
Jesus, o Caminheiro: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.
Alertai-vos, filhos! Não vos abateis pelos falsos rumores e, também, não vos arraigueis aos
castelos e edifícios ornamentais em vosso redor, de baço brilho, amontoando-se e marginalizando a
própria civilização que conquistastes, construída com tantos sacrifícios.
Procurai, filhos, a Natureza... Buscai o aroma das matas frondosas e os frutos que caem
e se perdem no solo deserto... Não deixeis que a Natureza se canse e, não mais regando, o seu
solo seco se rache, enquanto os falsos profetas, sem penetrar nas leis de causa e efeito,
repitam: É sinal dos tempos!
Jaguares do Amanhecer, filhos queridos do meu coração! Alertai-vos para não cairdes no
padrão dos demais. As leis físicas que vos chamam à razão são as mesmas que vos conduzem
a Deus! Nunca vos isenteis da culpa. Aceitai-a nos vossos destinos cármicos. Sempre vos disse que
a dor não vem do Céu e sim das vossas próprias falhas!
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 465

Neste momento, em que os mantras divinos estão voltados para a Terra, graças à
luminosidade desta Corrente, eu, o menor dos pais, anuncio paz e prosperidade, junto aos primeiros
raios de Sol deste Amanhecer!
31 DE DEZEMBRO DE 1976
Meus filhos, Salve Deus!
Sinto-me feliz, nesta bendita hora, por vós outros que ainda sois seres humanos atuais,
convertidos, educados, desenvolvidos, aptos para resolverem todos os problemas espirituais deste
planeta. Serei felicitado por todo esse Universo pela oportunidade que me proporcionais.
Filhos queridos do meu coração! Seguiremos a marcha evolutiva e grandes são as realizações
que também vos proporcionarei, no conhecimento iniciático nesta Corrente do Amanhecer. Jamais
me passará desapercebido qualquer filho, colocado a caminho de Deus, cada filho que se encaminha
ao altar da Presença Divina e eleva a sua espada aos olhos de Jesus!
Filhos, cada espada que se ergue é uma esperança na conquista de uma Nova Era, e é
por ela que Jesus vem impedindo a força dos irrealizados cavaleiros milenares, que vêm
cavalgando na ira de uma vingança desproporcionada. Era do Apocalipse! Jaguares do
Amanhecer, tereis vós outros a missão de detê-los e colocá-los a caminho de Deus!
Cada cavaleiro tem um poder destruidor, e quis a vontade de Deus nos colocar diante
desses cavaleiros - os Cavaleiros do Apocalipse. Somente o amor, em vossas espadas
doutrinárias da lei física e da espiritual, impedirá tão impetuosos espíritos.
1976! Agradecemos a Deus pela suprema realização doutrinária e, cautelosamente,
entraremos no ano de 1977, pedindo a Deus Todo Poderoso o verdadeiro amor fraternal!
Filhos: cuidado com as grandes filas que avançam, dizendo estar em busca de Deus,
pois o Homem, em sua maioria, busca somente a segurança individual. O Homem que tem um
haver piedoso não é como vós outros, que trabalham para distribuir. Se vos pedirem, dai-lhes o
ouro e dai-lhes a prata, porém, de vós, nenhum fio de cabelo de vossa cabeça, pois jamais
alguém poderá contaminar-se por vós! Quero dizer, com estas palavras: comunicar sem
participar!
Continuo vos iluminando com a vida e vos resguardando da morte. Sereis vós outros
novamente os primeiros conquistadores do limiar do Terceiro Milênio.
Jaguares de todos os tempos! Filhos abnegados de Deus! Erguei vossos espíritos à
majestade suprema, confiantes nos dias de amor e de lutas que vos esperam, rogando a Deus pelos
vossos governantes... Um venturoso 1977, espírito espartano!
31 DE DEZEMBRO DE 1977
Meus filhos, Salve Deus!
Na decorrência de 1977, transformou-se em júbilo a grande jornada de 1959. Filhos queridos
do meu coração! Jamais ouviu-se dizer, e com tanta segurança, dos poderes iniciáticos na formação
do Homem Luz neste planeta, a dependência total na individualidade do Sol Interior, o Homem
Jaguar e sua volta.
Vós outros, filhos meus, que experiência secular vos fez voltar, voltar para aquecer o
pequeno irmão que, quando nas lutas e conquistas, deixastes à mercê das intempéries, do frio
e da fome. Porque só agora, filhos, foi permitido o Jaguar, no limiar do Terceiro Milênio. Jaguar! Filho
Jaguar! Barreira intransponível ao mal, barreira doutrinária. Sim... Para a emotivação da vingança
secular dos cavaleiros perdidos, cavaleiros da guerra, cavaleiros da discórdia, cavaleiros das
enfermidades, nada representarás se sob a regência desta Pátria Evangélica... Jaguar Sol, Jaguar
Luz, Ninfa, Doutrinador, Apará, na eminência extrasensorial do Homem a caminho de Deus!
Jaguar - coração de terra -, simbolismo perfeito do grande Mestre Araken, também Jaguar,
filho de Neiva, na luz do Amanhecer! Na dependência de uma disciplina doutrinária, vereis, em breve,
o elo de luz unindo o Céu e a Terra.
Nada exigirei deste vosso sacerdócio. Porém, vos prometerei tudo no cumprimento
desta Missão. Não esqueçais que, há dois mil anos, fostes por Deus preparados na Ciência e
na Fé! Cuidado! A Fé sem a Ciência é o perigo iminente do espírito empreendedor nesta era
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 466

atual, enigma intraduzível do Homem piedoso, inseguro, que, distante da crença, é lançado às
velhas estradas, destruindo sua personalidade, renunciando às conquistas e permanecendo
em suas crenças, perdendo-se na busca real do caminho e se distanciando de suas origens e
de seus mundos colonizados.
Sim, meus filhos, não vos lamenteis, não sofrais por tão efêmeras passagens... Jesus protege
vossos passos... Não temais! E quando desembarcardes desta vida para a outra, realizações
encontrareis e, e bem junto, com carinho, o menor dos seres, Jaguar, esta imagem feliz de Seta
Branca, vosso Pai!
31 DE DEZEMBRO DE 1978
Meus filhos, Salve Deus!
Os rumores já anunciam o penhor de uma Nova Era! Os mantras, que até então não se
misturavam, se cruzam unidos em um só canto universal. Há aqueles que ainda murmuram de mal
grado, sinal evidente de que a sua percepção não alcançou a sublime mensagem: Unificação!
Unificação no amor em Jesus e em Deus, e, pelo desenrolar de seu destino cármico, não teve a
sensibilidade para o contato com seu mundo transcendental e com o poder extrasensorial. Procurai,
filhos, conhecer a vós mesmos, para que tenhais excelso valor no avanço final.
1979, 1980, 1981, 1982, 1983... 1984 será, então, o começo da grande jornada! Porque,
filhos, somente uma melodia será ouvida. Não é justo, filhos queridos do meu coração, que vivais
em Deus, trazendo nos pés os menos esclarecidos cujas mentes, pelo desenvolvimento dos
planos etéricos, ainda não alcançaram a luz. A Natureza ensina, por indução corpórea, o bem à
utilidade comum. Porque, filhos, o fogo sempre vos atinge, movendo-se na atmosfera, tomando uma
configuração semelhante à dos corpos. Afirmemos, filhos, a existência de um fogo cheio de imagens
e de ecos. Chamemos, filhos, este fogo de luz subpungente... atmosfera... corcel fulgurante de
estrelas, chama do ouro e da prata, meditação prolongada... Será, então, um espetáculo que vossos
olhos irão ver: astros que irão brilhar, lâmpadas que irão acender. Porque a Terra não irá tremer para
vós outros, porque tudo é ALMA e NATUREZA.
Por que devotar-se a morrer se não acreditais na vida eterna? Nos mundos civilizados, do
contato e do amor, é chegada a grande hora! Cairá, portanto, o falso preconceito da visão física. Dias
virão, também, em que não terão razão para atuar os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, que
simbolizam a Desventura, a Morte, a Epidemia e a Fome.
Veremos, filhos, Carlos Magno ao se despedir, em seu poder de confiança, em Homem;
Napoleão aparecido também em Homem no mundo pessoal de espírito realizador, sofrendo as
intempéries de todo esse acervo conturbado, porém vencedor do triunfo e da paixão. Sim, a justiça
celestial ainda conserva o seu provérbio: Rei ímpio, povo ímpio! Sim, filhos, será então amarrada a
serpente que lança fogo na roda inexorável da fatalidade.
Hoje, graças a vossa Mãe em Cristo, que jurou seus olhos para Jesus arrancar, pela
verdade e pelo amor, nos dá faculdade, em sua clarividência, desta geográfica mensagem.
Fazei, filhos, desta mensagem, o vosso sacerdócio. Estarei ao vosso lado nas horas precisas
de vossas vidas, neste 1979!
31 DE DEZEMBRO DE 1979

Salve Deus, meu filho Jaguar! Filhos queridos do meu coração!


Sinto as vossas mentes em harmonia, no trabalho do verdadeiro Deus que governa todo este
Universo. Resulta, portanto, que, nos vossos pensamentos e esclarecimentos, vivereis cada dia
melhor a força criadora das coisas deste Universo.
Emanando e doutrinando, assumistes o grande compromisso no aperfeiçoamento das boas
obras, principalmente, filhos, neste quinto ciclo do cérebro, em que o Homem não é bom nem mau, e
sofre a insuficiência do meio, na negra dimensão.
A Terra, sem precipitação, é vista do alto como uma grande nave, onde seus passageiros não
sabem como e nem onde irão desembarcar. Então, as experiências das vidas para outras vidas, a
seriedade do Doutrinador no espírito espartano, o farão despertar em Cristo Jesus, pois só Ele o
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 467

conduzirá a um porto seguro! Vós outros, meus filhos, somente vós outros, raios do Sol e da Lua,
pelas conquistas outras, sabereis o rumo certo do Homem-Pássaro.
Filhos, nesta Terra, brevemente, vereis pássaros com faces humanas, voando nas
proximidades, à vista do olhar físico, que atravessarão os leitos dos adormecidos. Sim, quando
chegar a hora, vereis, do outro lado do caminho, tribos realizando cerimônias e oferecendo sacrifícios
nos ricos altares, diante das imagens também pesadas da ostentação, da tradição e do medo, e,
prosseguindo mais um pouco na viagem, vereis que, sem fechar a porta do seu templo, serão
arrastados para o oceano! Então, filhos Jaguares, o Homem ainda verá seus grandes tesouros, suas
tradições, seus velhos papiros, suas leis e escrituras religiosas, tudo, filho, levado pela água ou
devorado pelo fogo, numa espécie de luto e temor!... É um país? Não, filho, é um poder escravizado,
na sua fase de libertação!
Sim, filho, caminhastes ao Quinto Ciclo sem o contato de Capela! Resististes dos Equitumans
ao Jaguar! Fostes e serei sujeitos às reações das leis porque as vossas mãos e os vossos pés estão
ligados às forças dos vossos destinos cármicos, até que chegue o Eldorado, ao rigor das quatro
forças que dominarão, com a Ciência, os Quatro Cavaleiros do Apocalipse!
Eldorado é a configuração de Mestre Sol, Mestre Lua e Ninfas.
Equituman... Esparta... Jaguar!
Pedindo a Deus, filhos, com todo o amor, que a vossa libertação não vos deixe voltar, digo
que me fazeis o mais rico dos pais!
31 DE DEZEMBRO DE 1980

Filhos! As Ciências Sociais de hoje apresentam semelhantes princípios como novidades. No


entanto, são antigos, porque o mundo, filhos, não foi feito só para um, no trato vulgar da vida.
Deus já vos concedeu mil luzes na Sua santa bênção. Porém, filhos, o ser vivo, condicionado,
se esqueceu de seu relacionamento eterno. O Homem é uma entidade espiritual que só pode ser
feliz conhecendo o caminho de volta ao seu lar espiritual, à sua origem, ao seu reino, à
personalidade em Deus. O processo para se voltar ao Supremo é um ramo do conhecimento
diferente, e é preciso aprendê-lo no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Sim, filhos, o assim chamado avanço do conhecimento não oferece imunidade contra a
morte, a velhice ou a doença. O Homem cientista descobriu uma bomba nuclear que vai acelerar o
processo de sua própria morte. No entanto, filhos, a Natureza maravilhosa não precisaria do cientista
defensor, porque nela existem o nascimento, o crescimento, a manutenção e a transformação.
Porque só sabe amar quem encontra a Paz em Deus Pai Todo Poderoso!
1984! Ciclo iniciático!... Data natalícia do triste naufrágio de poderosas civilizações. Santuário
perfeito onde galáxias de todo o Universo se comunicavam, e o Homem, dando vazão ao centro
nervoso do seu terceiro plexo, recebeu o que era seu e foi levado pelo seu próprio crepúsculo...
Novamente as grandes metrópoles e o Homem desenvolvendo os átomos, a sua própria
constituição...
Jaguar! Meu filho, meu mestre, alertai! Poderás caminhar em praias desertas, sem te
encontrares com um irmão! Poderás atravessar um castelo, sem te encontrares com o dono
que te deu o endereço!...
Sim, filhos, a desintegração, as grandes dores dos Mayas... Sim, filhos, ao contrário dos
demais, predominam influências positivas. Sim, filhos, no momento atual existem muitos
intérpretes. Sendo a alma a raiz, vós, filhos, sereis os únicos que, imunes a qualquer
desintegração, podereis proceder na Lei do Auxílio e proteger povo e povos que Deus, por
missão, vos entregou. Lembrareis de vossas asas quando chegar a hora!...
Sei, filho, da tua sede, acorrentado cinco ciclos sem subir a Capela. Sim, por Deus, toda
a tua família sangüínea receberá a proteção da tua conduta doutrinária.
Filhos: sois a esperança de uma Nova Era, e tudo vos virá por acréscimo.
Salve Deus, filhos queridos do meu coração! A minha bênção.
31 DE DEZEMBRO DE 1981
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 468

Meus filhos, Salve Deus!


A marcha evolutiva se apresenta e, gradativamente, atravessando os séculos, vos chama à
razão, porque, filhos, é a conquista final! O Homem, até então, só se preocupou em construir seus
quartéis, sempre se armando contra o outro, fazendo-se temível, vivendo sempre a rebater sem
perdão suas próprias traições, fazendo-se fortaleza, inventando armas incomparáveis, destruidoras,
sempre a se gloriar da destruição do outro.
Cuidado, Homens da Terra! Colocai amor em vossos exércitos, em vossos quartéis, em
vossas armas... Consciência e Amor!
Porque, filhos, a verdade é algo que falta em nossas vidas. O quê nos valerá quando
grandes placas do negro espaço se abrirem e caírem sobre os vossos fortes armados, deixando
invadi-los tristes chacais? De que vos valerão o céu, a terra e os mares se não tiverdes doutrina para
afastá-los? O Homem pensa apenas no poder físico e se esquece de um Deus Todo Poderoso...
Ouvimos heresias por falta de fé na inteligência do Poder Supremo. Sentimos, filhos,
porém não atravessamos o vosso céu, temendo destruir-vos com o nosso magnético.
Filhos: Não há incoerência no olhar e no andar. Em vós outros, sim, existe algo
medianeiro - a consciência, o amor, a candeia viva e resplandecente do Mestre Jaguar, que os
séculos não conseguiram apagar.
Filhos queridos do meu coração: Tomai vossa posição. Fincai, em vosso quartel, a
bandeira rósea de Jesus e procurai munir-vos do Seu simétrico coração! Sabei assimilar esta
missão. Romarias piedosas, conscientes e inconscientes, atravessarão terras para vos
encontrar. E vós outros, que tereis as rédeas da Vida e da Morte, da noite e do dia, aplicareis a
chama espiritual da ciência etérica, e todo o mal se desfazerá.
Cuidado com o ouro e a prata! Não participeis... É cedo! Dias virão em que não se
poderá perder uma gota sequer das vossas energias.
Filhos! Espíritos espartanos que não sabíeis perdoar! A vida começa em cada dia. Não
importa a quem, nem onde, o perdão nos faz encontrar com a grandeza!
Continuai a jornada em busca dos que não podem chegar até aqui. Levai a Doutrina na cura
desobsessiva dos menos afortunados, mesmo estando longe. Sois o Cavaleiro Verde, com - 0 - em
Cristo Jesus!
E eu, o menor dos pais, continuo vos envolvendo e guiando no meu Quinto Ciclo, feliz de vos
ver equipados para uma Nova Era, e, com -0-, fico sempre à vossa disposição.
31 DE DEZEMBRO DE 1982

1982 se despede aqui, e o vosso novo calendário marcará 1983, o começo da preocupação
do Homem neste planeta! Não tardareis a ouvir, em consideráveis jornais da grande imprensa,
notícias que assinalarão que uma delegação de sábios aderiu a novos conhecimentos que, até então,
eram místicos e duvidosos!
Filhos, Jesus, o Governador deste planeta, o poder de todas as coisas, laborando e se
sacrificando por vós outros, entregou as mais altas iniciações ao peso de vossas
consciências.
Todas as coincidências, filhos, são significativas à nossa época e, simultaneamente, à do
Homem no espaço e à Psicologia, porque a mente do Homem foi acelerada e alterada pelas
constantes experiências atômicas e correntes nucleares, sabendo nós outros o seu final! Sabemos
também, filhos, que Jesus vai aumentar, cautelosamente, o processo de Sua volta. Eis porque
falamos constantemente na evolução do Terceiro Milênio! Porque será, filhos, a salvação deste
planeta. Se demorar, mudará toda a Natureza, e os Homens irão perdendo suas formas humanas,
enquanto suas mentes começarão a agredir suas famílias, destruindo seus próprios sonhos!
Jaguares, meus filhos Jaguares! A vossa responsabilidade é a maior de todas as
missões da Terra! Aos poucos, estais vos preparando para o encontro com os
Encouraçados... Muys... Para o controle do Tanoaê e de outras seguranças que formarão as
vossas asas.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 469

Não vos preocupeis com os governantes de vossos países, porque tudo está dentro de um
plano cósmico.
Filhos do meu coração! Quisera trazer o sentimento do amor reajustado pelos vossos
corações. Porém, sempre as heranças transcendentais também cobram o seu tributo.
Só Deus, o Grande Deus, nesta marcha evolutiva, me daria esta oportunidade de vos ter com
todo o amor.
31 DE DEZEMBRO DE 1983

1984, ano luz, fechamento de um ciclo milenar!... Ano de reflexão para o Homem
cansado de atrair para si o que não lhe pertence, que já não sabe para onde caminhar.
Caminha guiado por sua alma espontânea, onde cria sem saber para quê, e ninguém o ensina
a falar com Deus...
Filhos: Preparação e reflexão - o que, geograficamente, já vos foi anunciado pelo grande
percurso já percorrido nesta jornada. Alegro-me por este poderoso acervo que vos trará a vida e a
luz! Filhos, vos falo do Terceiro Milênio! Falo da voz da Vida. Não vos falo da voz da Morte - a
Morte não tem voz!
O mundo eufórico das descobertas, mentes científicas e deslumbradas, sem saber o caminho
a tomar, enquanto vós outros continuam abrindo as vossas mentes sem nada temer!
Sei que vos afligis pela vossa nação. Não vos esqueçais que são vós outros, filhos, os donos
legítimos dessas armas. Os Homens choram, filhos, porque não têm os valores que tendes vós
outros: a mente livre, a lâmpada que ilumina as noites densas, a lança que remove rochedos e faz
clarear as matas frondosas. Sede humildes, filhos, para melhor ouvir vossa própria voz!...
Sois Cavaleiros Especiais, de um sacerdócio humano culturalmente superior e Eu,
filhos, exigirei a vossa conduta doutrinária!
Saudoso de vós outros, na esperança da vossa conduta estarei sempre!...
31 DE DEZEMBRO DE 1984

Salve Deus, filhos queridos do meu coração!


Filhos, livre é o Homem que se considera escravo de uma grande idéia, é aquele que entrega
toda a sua energia. O seu auxílio mais poderoso foi o seu caso sucedido com a humanidade, lutando
bravamente nas profundezas, pronto a voltar-se ao espírito mais uma vez, continuar na sua
habitação, sabendo conhecer, entrelaçando-se com seus irmãos. Então, os Homens passam a viver
entre irmãos, onde é a hora do Homem ser feliz em toda a sua vida e ter seus mistérios esclarecidos.
Porém, apenas para aqueles que mergulharem no Quinto Reino!... Estes fenômenos esclarecidos
apenas na pureza de motivos.
Meus filhos Jaguares! Já sois capazes de penetrar nos fenômenos das palavras claras e das
obscuras, manobrando de uma vida para outra, no domínio de suas fatais dimensões e nas luzes que
virão ao vosso encontro.
Todos os filhos mergulharam nas cegantes profundidades do materialismo, em suas
lutas para obter o domínio do mundo físico, esquecendo as tarefas que lhes foram
designadas. Somente o caminho do amor incondicional vos oferece, filhos, a inteligência, a
cura desobsessiva, o respeito por todas as coisas e ser ouvido por toda a humanidade!
Sim, filho, o teu amigo ou o teu irmão ouve-te aqui. No silêncio daquela noite te seguiu, uma
vez mais, até o fim... E estas pedras ficam de novo gravadas!
Apressa-te, filho, para não deixares escapar nenhuma ovelha do teu rebanho, que o teu
carma te entregou. Não deixas que partam sem a tua compreensão, sem o teu calor vital.
É feliz, filho, aquele que sabe o que quer! Descoberto o propósito elevado de tuas
aspirações, sintas-te com suficiente coragem para escalar montanhas e receber os teus
amigos e contemporâneos que estão surgindo dos mares e das matas frondosas. São
poderes, filho... É o penhor da divindade!
Temos a vida em outra dimensão, que avança no limiar deste Terceiro Milênio!
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 470

De vós, mestres Jaguares, filhos deste Amanhecer, na faixa evolutiva em que vos encontrais,
Eu, o vosso Pai Seta Branca, nada tenho a desejar.

“Em breve, faremos realizar no Aledá um trabalho onde sete ninfas irão incorporar o Pai Seta Branca,
manifestações que irão durar cerca de vinte minutos, em ritual semelhante ao realizado pelos
Mestres Ajanãs no Oráculo de Simiromba. Antes, porém, terão que passar por este
desenvolvimento com a Edelves e, no final, serão consagradas e receberão uma placa, dada por
mim, recebendo, assim, sua graduação.” (Tia Neiva, 11.3.83)

PALAVRA
Quando nos referimos aos “cegos, surdos, mudos e incompreendidos” não estamos falando
de alguma deficiência física, mas, sim, sob o aspecto espiritual, vibracional. Aquele que é portador de
uma deficiência física está cumprindo a Lei de Causa e Efeito, o seu carma (*), e só podemos ajudá-
lo fortalecendo seu espírito para que possa passar, sem revolta, sua provação. Mas nossa missão
inclui aqueles que têm deficiências que os levam a não ver, a não ouvir, a não falar e a não entender
as lições da Espiritualidade Maior, e que podem ser curados pelas vibrações de amor, pela tolerância
e pela humildade. No Sermão da Montanha, Jesus disse (Mateus, V-37): “Mas seja o vosso falar:
Sim, sim; não, não. O que vai além disso, procede do Mal”. Isso nos ensina o ponto básico para usar
a palavra, considerando a firmeza e a intenção do que devemos transmitir. Na Epístola aos
Colossenses, Paulo (Col. III, 8 e 9) exortou: “Mas agora deixai também vós tudo isso: a ira, a
indignação, a malícia, a blasfêmia, a palavra torpe de vossa boca. Não mintais uns para os outros...”
As palavras estão sempre carregadas energeticamente por quem as profere ou as escreve, que nelas
imprime suas emoções, suas idéias, seus pensamentos. A palavra, uma vez proferida, é como um tiro
disparado, que não se pode recolher. Por isso, temos que ter muito cuidado e pensar antes de emitir
nossas palavras. Isaías (52-7) diz que “Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as
boas novas!”, assim nos ensinando que nosso caminho será mais ameno se usarmos nossas
palavras para divulgar coisas boas, positivas, elogiar nosso próximo mesmo por pequenos gestos,
evitando julgamentos e depreciações. Uma das grandes geradoras da violência que nos rodeia é a
palavra proferida com má vibração, que fere e ofende nosso próximo. No Livro de Provérbios (15.1)
encontramos: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira!”. Essa é a chave
da boa convivência com os que nos cercam. Sabemos que a palavra conduz ectoplasma (*) e gera
reação positiva ou negativa, de alegria ou de tristeza, possibilitando ao Homem utilizar seu livre
arbítrio para se elevar a si mesmo ou ao seu próximo, bem como causar os maiores desastres. A
sabedoria dos Evangelhos nos ensina a não falar mal dos outros. Segundo Mateus (XVIII, 7) Jesus
nos advertiu: “Ai do mundo por causa dos escândalos! Porque é preciso que venham escândalos,
mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!” Devemos evitar, sempre, ferir, prejudicar ou
magoar alguém com nossas palavras. A mentira às vezes nos parece necessária, mas vai depender
muito de nossa consciência saber usá-la, pois somos levados a ela em algumas ocasiões de aflição,
para evitar um mal maior - como um doente em fase terminal, por exemplo - mas devemos nos
esforçar para não mentir. Jesus, reunindo o povo (Mateus, XV, 7 a 10), lhes disse: “Hipócritas! Bem
profetizou de vós Isaías, dizendo: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe
de mim. Em vão, pois, me honram, ensinando doutrinas e mandamentos que vêm dos Homens”. Ouvi
e entendei: não é o que entra pela boca que faz imundo o Homem, mas o que sai da boca, isso é que
torna imundo o Homem!” Se tivermos uma palavra boa, confortadora e benéfica, estaremos bem com
nós mesmos e com a Espiritualidade Maior. As palavras proferidas com raiva, os xingamentos e
palavrões, geram desarmonia e ódio, atraindo irmãos das Trevas, formando situações que levam a
desequilíbrios perigosos. Em Mateus, XII-36 e 37, nos é relatado o que disse Jesus aos fariseus: “E
digo-vos que de toda palavra ociosa que falarem os Homens, darão contas no dia do Juízo: porque
pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras, condenado!” Através de Chico Xavier,
Emmanuel nos fala de algumas palavras que predispõem ao desequilíbrio e ao sofrimento: a queixa
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 471

contra alguém; a reclamação agressiva; o palavrão desatado pela cólera; a resposta infeliz; a frase
de sarcasmo; o conceito depreciativo; o apontamento malicioso; a crítica destrutiva; o grito de
desespero; a expressão do pensamento de ódio; a lamentação do ressentimento; a que acompanha
a atitude violenta; a que coroa o riso de escarninho; a fala da irritação; o cochicho do boato; a
gerada pela impaciência; o parecer injusto; e a pancada verbal da condenação. Segundo
Emmanuel, cada espinho invisível, representado por aquelas palavras, é comparável à fagulha capaz
de atear o incêndio da discórdia, e ganhar a discórdia não aproveita a pessoa alguma!
 “O verdadeiro sentido da humildade é conseguir dar vazão, através de si mesmo, da maior pureza
do céu, que é a Voz Direta. Isto não diz respeito só ao Apará, mas, principalmente, ao Doutrinador,
porque os Doutrinadores são os portadores do Terceiro Verbo, da Palavra, que é o fundamental do
sistema crístico.” (Tia Neiva, s/d)
MARCANTES PALAVRAS DE TIA NEIVA:
Deixe que a luminosidade divina ilumine o teu ser!... Feche os olhos físicos e abra os olhos do
espírito, para que Jesus possa entrar...
Cada criatura recebe de acordo com o que merece!
O equilíbrio moral é o princípio e o poder de todas as coisas.
A Ciência e a Fé, distintas em suas forças e reunidas em uma ação para dar ao espírito do Homem
uma regra que é a Razão Universal.
Nada na vida acontece sem o despertar de um poder!
Quando temos a missão de enxugar as lágrimas dos outros, não temos tempo para enxugar as
nossas...
No ciclo iniciático da Vida, ninguém é de ninguém... Na missão, no destino, alguém se liga a alguém.
Não peço disciplina, porém harmonia e dedicação do espírito espartano que sabe marchar para a
Vida e para a Morte com o mesmo esclarecimento do espírito da Verdade!
O chakra da Vida exige o equilíbrio da matéria. Sendo assim, os nossos Mentores se preocupam com
nossas profissões e negócios, na medida do possível.
Somos uma máquina a sermos burilados pelos nossos próprios destinos.
Somente o Amor nos guia e nos testa a todos os instantes de nossas vidas cármicas.
Sofremos o impacto da Vida e da Morte.
Cada espírito se identifica na individualidade que o sustenta com seus fluídos.
O Homem sempre sabe o que tem ao seu redor.
No Homem se acentua uma complexidade de coisas, efeitos incomparáveis, porém o mais terrível de
todos é a vibração de pessoas irrealizadas.
Cada indivíduo imprime certa modificação à sua aura, de conformidade, também, com suas
necessidades de como ou onde vai reencarnar.
A alma humana é o produto da evolução da força através do reino de sua natureza.
O mundo é um hospital onde a cura é a própria desobsessão.
Cada indivíduo é um cenário diferente, porque age na sua individualidade.
Cada aparelho sensitivo recebe a transmissão e transmite ao cérebro, que é o órgão da inteligência,
a impressão de uma certa ordem de fenômenos.
O espírito que soube escolher sua mãe material tem mais condições, mais facilidade de se evoluir,
porque toda evolução é amor!
A sede do Amor está na alma.
Só tomamos conta de nós nas coisas que caem em nossa individualidade, que remoemos junto ao
coração.
Toda obra humana, toda, sem exceção, cria no espírito a imagem do pensamento e só depois se
materializa.
Quanto mais evoluído o espírito, mais poderoso se torna o seu pensamento criador.
A aura capta as forças pela ternura dos seus bons pensamentos.
Há uma lei imutável, que nos cobra centil por centil!
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 472

Decepcionar os outros é o mesmo que assassinar, matar as ilusões, os sentimentos dos que
acreditam em nós!
Quando chego no Templo ou nas horas de trabalho, esqueço de Neiva e passo a viver somente Tia
Neiva.
Só conhecemos que estamos evoluídos quando não estamos nos preocupando com os erros dos
nossos vizinhos!
A mente enferma produz o constante desequilíbrio.
O Amor tem três fases: o Amor Espiritual; o Amor Condicional, isto é, o amor equilibrado por um
débito transcendental, amor pelas nossas vítimas do passado; vem, então, o amor construtivo, que
é o Amor Incondicional.
O recalque é o sentimento dos que não têm capacidade de assimilar os seus conflitos.
Ser honesto em todos os sentidos! Não se esqueça de que, por mais escondido que esteja, a sua
sombra poderá ser vista!...
A nossa responsabilidade é grande demais pelo compromisso que assumimos, nos Planos
Espirituais, para sermos o socorro final nesta Nova Era.
Irei sempre às matas frondosas do Xingu, em busca das mais puras energias para o conforto e
harmonia da cura do corpo e do espírito e para o desenvolvimento material de vossas vidas...
Não somos políticos. Porém, temos como obrigação obedecer às Leis e cumprir com dignidade o
que nos regem os governantes de nossa Nação.
Existe um céu espiritual ao nosso alcance!
Sabemos que nossas vidas são governadas pelos nossos antepassados e que tudo vem do princípio
doutrinário que nos rege.
A consciência fecha o ciclo evolutivo da força psíquica sensitiva.
O Homem vive e se alimenta das coisas que Deus criou.
Tenho que guiar esta nave espacial que é a Doutrina do Amanhecer...
Junto a mim, na longa estrada, em direção à porta estreita, está comigo o Doutrinador!
O enigma do mundo tem, agora, um farol que brilha: o Doutrinador!
Com um pouco de reflexão poderás concluir as mensagens e se souberes colocar esta candeia viva
nos mais tristes recantos da dor, mais uma vez poderás aliviar e esclarecer os incompreendidos.
O espírito, na Terra, está sempre indeciso entre as solicitações de duas potências: sentimento e
razão.
A alma se revela por teu pensamento e, também, pelos teus atos.
Jesus nos coloca como discípulo ao alcance dos Mestres.
Todos nós temos um amor, um grande amor na nossa vida, que diz ser a nossa alma gêmea!
Quando estamos em paz com a gente mesmo, nada nos atinge.
Vamos equilibrar os três reinos de nossa natureza e pagar com amor o que destruímos por não
saber amar...
Deus fez o Homem para viver cem anos neste mundo e ser feliz no livre arbítrio.
Assumimos o compromisso de uma encarnação e, juntos, partimos, não só pelas dívidas e reajustes
como, também, pelos prazeres que este plano nos oferece.
Estando no espaço e devendo na Terra, nos sentimos desolados e inseguros, porque estamos
ligados pelas vibrações contraídas.
A inveja e o ciúme são frutos da insegurança.
Quanto maior for o conhecimento dentro da conduta doutrinária, quanto mais participarem dos
trabalhos no Templo, mais confiança vão adquirindo e, assim, a insegurança vai acabando.
Deve ser evitado o excesso de confiança, pensando que nada mais tem a aprender, e cair no feio
abismo da vaidade!
Sempre que envergarem seus uniformes, suas indumentárias, devem deixar que a individualidade
passe a conduzi-los.
Vamos, mesmo que com esforço, nos tornarmos prestativos, cuidando de tudo e de todos com
atenção e carinho, fazendo com que as pessoas se sintam bem com nossa presença.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 473

É preciso ter muito cuidado para não decepcionarmos os que nos cercam!...
Negar a possibilidade de uma revelação divina, feita em diversos tempos e por diversos modos, é o
mesmo que negar a tradição falada e escrita de todos os povos.
A nossa alma sofre a falta do calor místico extrasensorial que repousa no centro coronário de nosso
Sol Interior, nosso plexo.
Pondera o chão sob os teus pés e verás que todos os teus caminhos serão retos!
A nossa pista é longa e, por cima dela, estamos a apagar os nossos rastros...
Confio em vós outros na evolução desta Corrente, porque o Pai Seta Branca não segurou minha
mão, nem mesmo nos primeiros passos de minha vida iniciática!
Os fenômenos somente não nos esclarecem. Pelo contrário, nos trazem conflitos...
A língua é o chicote do corpo!
Só devemos falar quando há alguém que nos ouça e entenda: “Eu sou aquele que fala e cala quando
deve”.
Remontamos séculos, atingindo nossos ensinamentos e nossas heranças transcendentais, porque
sabemos que tudo vibra e irradia neste Universo, onde tudo é força, é luz, é vida!...

PARTIDA EVANGÉLICA
Atendendo às diretrizes da Espiritualidade, Koatay 108, em abril de 1973, logo após a
Consagração do 1. de Maio, decidiu iniciar uma nova fase na nossa Doutrina, lembrando as palavras
de Pai Seta Branca em sua mensagem de 31.12.80: “Jaguar, meu filho, alertai! Poderás caminhar em
praias desertas, sem te encontrares com um irmão... Poderás atravessar um castelo sem te
encontrares com o dono que te deu o endereço... (...) O Homem é uma entidade espiritual que só
pode ser feliz conhecendo o caminho de volta ao seu lar espiritual, de sua origem, o seu reino, a
personalidade em Deus. O processo para se voltar ao Supremo é um ramo de conhecimento
diferente e é preciso aprendê-lo no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo!” Ela fez uma carta que
explica nossa Partida Evangélica:
 “Filhos: Agora eu quero a vida evangélica: vamos, agora, fazer algumas renovações e enfrentar as
coisas que eu nunca tive oportunidade de fazer. Quero uma nova distribuição de mestres para um
curso evangélico. Teremos novas instruções para esses mestres e irei formar novos instrutores
para o Desenvolvimento de médiuns a caminho das Iniciações. Estes terão que adquirir
conhecimentos evangélicos, onde se tratará de Jesus ou de Sua vida. Serão conhecimentos de
precisão, com mestres escolhidos com muito amor. Quero Jesus, o Caminheiro; quero Jesus, o
Nazareno; quero Jesus redivivo; quero Jesus de Reili e Dubale. Eu não gosto que falem em Jesus
crucificado. Quem somos nós para entrarmos nesse mérito? Jesus crucificado, ao lado do bom
ladrão e do mau ladrão. Na maioria, os Homens só dão valor a Jesus por ter sido crucificado, e
muitos já querem, também, se libertar do Jesus crucificado, dizendo que Ele tinha corpo fluídico.
Não é verdade: Jesus passou por todas as dores do Homem físico da Terra. Não gosto que falem
em Jesus crucificado porque poucos entendem, poucos sabem de Sua dor! Sabemos que Ele
olhava para o Céu e estava perto de Deus, naquele grande cenário. Porém, olhando para baixo,
sentiu-se entristecido ao ver o regozijo dos planos inferiores, a incompreensão daqueles que o
olhavam sofrer na cruz. Jesus chorou porque, subindo tão alto, deixando seus irmãos na
individualidade, viu que eles ainda não acreditavam que era Ele, realmente, o Messias,
obedecendo às leis de Deus Pai Todo Poderoso. Exato: os Homens, há pouco, Lhe haviam
permitido tudo, pensando ser Ele um rei, mas igual a um rei deste mundo físico. Entramos com a
filosofia de Mãe Yara, que nada é obrigatório. O povo daquela época não raciocinava como se
aquela atitude de Jesus fosse de humildade. Raciocinava, sim, como se fosse uma falta de força.
Continuando com a filosofia de Mãe Yara, até hoje Deus não nos quer obrigado às doutrinas. O
Homem só tem confiança no outro quando o vê com uma força maior. Longe estavam de sentir o
poder de Jesus e, então, nos diz Mãe Yara: O Homem deixa sua grande força e vai buscar outra
força, uma pessoa que, às vezes, nada promete. Assim, ele não permite que seu sexto sentido
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 474

faça uma análise do seu Sol Interior, nos três reinos de sua natureza, rejeitando, na sua vida, a
busca do que é seu. Jesus veio com todo aquele sofrimento e deixou que cada um o analisasse
por si mesmo, em sua própria filosofia. O que eu quero é que vocês se conscientizem em Jesus,
no Seu amor que era tão grande. Foi tão grande, é tão grande, e veio para nos mostrar que a
felicidade não é somente neste mundo. Meu filho Jaguar! Neste mundo de provações, num mundo
onde as razões ainda se encontram, a cada dia nos afloram novos pensamentos, novas lições.
Porém, os planos espirituais ainda não conseguiram apagar as imagens de Jesus crucificado. Aqui
no plano físico, desde quando foi escrito o Santo Evangelho, seus ensinamentos são iguais e, até
hoje, ninguém se atreveu a mudá-los. O Homem ama pela força perceptível e receptível. Ninguém
acredita na ressurreição dos mortos e, sim, na ressurreição do espírito vivo, mais alto que o Céu!
O Homem só quer crer nas alturas, acima do seu olhar... Estamos no limiar do Terceiro Milênio e
temos que afiar nossas garras! É hora da religião, do desintegrar das forças, e não podemos nos
esquecer, por um só momento, da figura de Jesus, o Caminheiro, e de Seu Santo Evangelho. E
para que sejamos vivos ao lado de Jesus, temos que respeitá-Lo em todos os sentidos e, no
sentido religioso, temos que respeitar as tradições, porque a religião exige o bom propósito moral e
social. Assim, a única maneira que podemos dizer é: vivemos num mundo onde as razões se
encontram. No descortinar da minha mediunidade, minha instrutora - Mãe Yara - não me deixou
cair no plano de muitos, e me advertia a toda hora. Eu podia sofrer, mas Mãe Yara e Pai João não
me deixavam sem aquelas reprimendas. Não tinha importância que eu sofresse, desde que minha
obra seguisse seu curso normal e eu fosse verdadeira. Em 1958, eu estava no auge de minhas
alucinações, como diziam as demais pessoas que me conheciam. Quando eu trabalhava na
NOVACAP, um dia me sentei num restaurante, porque me distanciara de casa. Estava
conversando com três colegas e falávamos sobre nosso trabalho. Entramos no Maracangalha, um
restaurante da Cidade Livre. Trouxeram uma travessa com bifes, por sinal muito bonitos. E era
sexta-feira da Paixão! Eu tinha os princípios da Igreja Católica, mas nada levei em consideração e
coloquei o bife no prato. Naquele instante (na vibração e na desarmonia em que eu vivia), ouvi uns
estampidos e vi Mãe Yara. “Filha - disse Ela - continuas como eras... Já estás tão desajustada que
esqueces dos princípios da Igreja Católica Apostólica Romana? Alerta-te! Cuida dos teus
sentimentos. O dia de hoje representa, em todos os planos, os mesmos sentimentos por Jesus
crucificado. Em todos os planos deste Universo que nos é conhecido sentimos respeito! Filha, está
na hora: devolva o teu bife para a travessa do restaurante!” Eu estava na companhia de três
pessoas, como já disse, e vi que não comiam a carne. Eles ainda não acreditavam em mim, entre
a mediunidade e a loucura... “Coma amanhã - continuou Mãe Yara -. Não irás mais festejar as
incompreensões, as fraquezas daquele pobre instrumento que foi Judas!...” Naquele instante
comecei a pensar. Começaram a passar por minha cabeça imagens de Judas, que vendeu Jesus
por trinta dinheiros. Mãe Yara, alheia aos meus pensamentos, continuava: “Judas não foi um
traidor. Foi, sim, um supersticioso. Na sua incompreensão, acreditou ser Jesus um líder político.
Judas tivera grandes oportunidades de conhecer Jesus, pois O acompanhava desde sua chegada
do Tibet.” Nesse período, como já nos esclarecera Mãe Yara anteriormente, Jesus passou dos 12
aos 30 anos nos Himalaias, para onde fora levado com a permissão de Maria e José, Seus pais.
Lá, Ele fora iniciar-se junto às Legiões em Deus Pai Todo Poderoso e formar o que hoje
conhecemos como Sistema Crístico, os mundos etéricos. De lá Ele voltaria para o início da Sua
tarefa doutrinária evangélica. Foi quando Jesus chamou aqueles humildes pescadores para serem
pescadores de almas, e que viriam a ser em número de doze, estando Judas entre os escolhidos.
Junto a Jesus, Judas sofreu humilhações nas sinagogas, quando os rabinos voltaram as costas
para ele... Enfim, quantas lições recebidas, fenômenos testemunhados!... Mas só os pobres e os
miseráveis O conheciam, analisava Judas em sua incompreensão, já cansado das perseguições
naquela época, e pensando que, ao forçar um confronto entre Jesus e os homens que O
perseguiam, Jesus, com um simples olhar, colocaria por terra toda aquela gente. Pensava, assim,
forçá-Lo a usar os Seus poderes e ser, realmente, o rei do mundo. Lembrou-se, também, de
quando foram convidados por Jesus para O acompanharem e que o dia estava ruim para pescar, e
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 475

o Amado Mestre, atirando a rede sobre as águas, a trouxe cheia de peixes. Enfim, Judas não
acreditaria que o Grande Mestre passaria por todas aquelas humilhações. Porém, não foi assim. O
que viu foi Jesus ser amarrado e, a pontapés, ser levado à presença de Pôncio Pilatos... Não foi
remorso. Foi um grande arrependimento, uma grande dor por não haver compreendido a grande
missão de Jesus que o levou, chorando, pensando, a enforcar-se numa figueira. Formou-se um
temporal, o céu escureceu, como escureceu sua própria alma. Por que vamos rir, festejar a sua
grande desgraça? Entre os diversos conceitos da Igreja que nós respeitamos e, como se tornou
uma tradição em todos, ou quase todos sacerdócios, digo: nós não comemos carne às quintas e
sextas-feiras da Semana Santa. Nós respeitamos esses conceitos. Eles não nos atrapalham em
nossa vida evangélica. E respeitamos as tradições da Igreja Católica, que foi a base de todas as
religiões. Veja até onde vai a superstição do Homem, veja o que aconteceu quando um grupo de
mestres distribuiu suas forças e poderes de Magia, de sábios conhecimentos permitidos por Deus.
Todos já ouviram falar em homens que recitavam a vida dos outros, que levantavam móveis,
enfim, realizavam fenômenos e de que não vamos entrar no mérito agora. Um desses homens,
muito sábio, sabia que levantava móveis, podia até mesmo fazer voar a sua tenda, mas viu que
não curava a si mesmo, que as curas eram muito relativas. Ele tinha uma enorme ferida na perna
e sabia que existiam muitas espécies de mediunidades, de forças. Sim, existem muitas espécies e,
para ser mais prática, como sendo o Doutrinador e o Ajanã, que têm força universal, têm uma
espécie de força de cura para perturbações do espírito ou limpeza das vidas materiais. E é assim,
também, com outros tipos de curas. Sim, falamos em força universal. Esta expressão está sendo
mal atribuída no nosso tempo. Os Pretos Velhos falam em força universal e muitos pensam que ter
essa força é ter duas mediunidades. Não é verdade! A força universal é a de um médium -
digamos, um Doutrinador - com uma espécie de força que cura todas as enfermidades. Veja isso
num Apará, distribuindo bem a sua mediunidade. No Homem, é bem distinta essa força. O velho
sábio supersticioso tinha força universal, mas não acreditava na força do carma. E aquela ferida
nada mais era do que a voz do seu carma! Então, o velho sábio soube de um homem que curava,
e se encaminhou para ele. Não sabia ele que ali em sua tenda, estava sob a regência da Lei do
Auxílio, e sua perna, ali mesmo, recebia as gotas do prana. O velho sábio, incrédulo à sua própria
força, partiu ao encontro do famoso curador. Era longe. No caminho, sua perna doía. As gotas de
prana, não o encontrando na tenda, voltavam. Com muitas dificuldades, chegou lá e qual não foi
sua surpresa dolorosa: a casa do curador estava cheia de outros sofredores, como ele, ali também
lhe pedindo a misericórdia da cura. Foi quando o velho curador se aproximou dele e falou: “Meu
Deus! Eu estava com uma ferida na perna, morrendo de dor, pensando em ir atrás do velho sábio
de Venal, e ei-lo que chega! Eu já estou curado, já cicatrizou a ferida. Graças a Deus, estou bom!
Oh, graças me foram dadas! Meu mestre de Venal, em que lhe posso ser útil?” O nosso velho
sábio, olhando de um lado para outro, pensava: havia se preocupado somente com a sua própria
dor! É verdade, filho: cada fracasso de nossa vida nos ensina o que necessitamos aprender. Ajude
a todos sem fazer exigências, confiando primeiramente nessa força que vive dentro de você,
porque a fé em você mesmo firma a sua personalidade. Volte-se para si mesmo. Resolva os seus
problemas sozinho. Escolha os seus amigos. Com a sua mente calma melhor poderá sentir os
seus instintos, a sua capacidade, onde você poderá chegar e vencer a si mesmo. Conhecemos a
Vida quando conhecemos a Morte! Então, o velho sábio, levantando as mãos, exclamou: “Oh,
meus Deus, perdoa-me por duvidar da minha própria força!” E, envergonhado, sem coragem de
olhar para o Céu e sentir o olhar de Deus, se entregou à sua força e pediu ao velho curador que
trouxesse toda aquela gente para atendê-los, se aproveitando do prana. Enquanto isso, passava
por sua mente: “Oh, Deus Pai Todo Poderoso! Seja feita a Sua santa vontade. Deixa que doa a
minha ferida, que eu me levante do meu orgulho de sábio a caminho de Deus... Dá-me forças para
que eu possa curar. Não tire minha ferida!” Quando viu, as pessoas já estavam curadas e ele,
também curado, caminhava. (...) Estamos em alto conceito nos Oráculos de Obatalá e de Olorum.
É chegada a hora de movimentar nossa força. Temos um Sol Simétrico. Somos remanescentes de
Amom-Ra e, portanto, temos que viver na simetria deste Sol. Não podemos nos afastar do que é
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 476

nosso, não podemos, absolutamente, trabalhar inseguros. Vivemos em um mundo onde as razões
se encontram e a grandeza desta Corrente Mestra é a segurança de uma verdade sã e pura. Onde
estivermos, aqui neste mundo, viveremos todo este acervo. Não é para buscar provas ou coisas
que a valham. Provamos com nossa perseverança e com os fenômenos espontâneos trazidos
pelos nossos Mentores. Passamos o tempo de brincar. Vivemos sob a aura da Natureza,
respiramos o seu aroma, sentimos que somos diferentes da constituição dos demais. Só Deus
conhece Deus, nos revelou um sábio do nosso Terceiro Sétimo! A vida de Deus é a nossa vida, e
com Ele vibramos com amor e integridade! É chegada a nossa hora! Estamos pisando no limiar do
Terceiro Milênio. Sei que seremos nós os primeiros a socorrer a pressão provocada pelos grandes
fenômenos que virão, que surgirão. Sim, surgirão de muitos planos da Terra, nos horizontes das
águas e, também, luzes, mil luzes que, junto a nós, nos ajudarão. A vida, filhos, se tornará além
das nossas forças, das nossas dores... Não se esqueça, filho, da multiplicação do seu coração.
Não cresça em si mesmo. Procure, sempre, ser pequeno para caber no coração dos demais.
Cuide de si mesmo: o Homem só sabe que está evoluindo quando deixa de se preocupar com os
malfeitos do seu vizinho.” (Tia Neiva, 27.4.83)

PASSE MAGNÉTICO
O passe magnético alivia o plexo, dele retirando todas as impregnações pesadas,
principalmente através dos chakras (*) umerais, por onde são eliminadas as impregnações das
incorporações. É um trabalho iniciático, uma verdadeira transfusão de forças, e, por isso mesmo,
deve ser aplicado de forma correta pelo Doutrinador, que posicionado de pé, atrás do paciente
sentado (que não deve estar com as pernas cruzadas e, se possível, deve manter suas mãos sobre
os joelhos, com a palma voltada para cima), busca a energia de seu plexo, eleva seus braços, cruza
as mãos e emite: “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”, enquanto desce os braços e leva as
mãos cruzadas à altura do Sol Interior do paciente; em seguida, à sua testa (chakra da 3a. Visão) e,
depois, às costas, na altura da ponta dos omoplatas, área em que se situam os chakras umerais,
onde dá três toques suaves, nos quais as palmas das mãos tocam plenamente as costas do paciente,
com firmeza mas sem forçá-las e sem alterar as posições, completando os sete toques (plexo,
cruzamento das mãos, Sol Interior, testa e 3 toques nas costas). Em seguida, faz a descarga,
estalando seus dedos na parte lateral de seu corpo, fora da sua aura. Não deve voltar as mão ao
seu próprio plexo, pois estaria descarregando toda a energia negativa em si mesmo . Depois, o
Doutrinador faz a limpeza da aura do paciente, sobre seu chakra coronário. e emite o segundo
“Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”; e faz a limpeza nas laterais da cabeça do
paciente, emitindo o terceiro “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”. Na Indução, por
serem aplicados os passes por Ninfas Missionárias e pelo Comandante usando sua capa, os passes
não chegam ao Sol Interior, sendo apenas dados os toques na testa e nas costas dos pacientes. Na
Estrela Candente, também pela posição do Apará que fica em pé diante do Doutrinador, o passe é
dado somente nesses dois pontos. Nos trabalhos de Junção e Indução, os Comandantes devem ter a
preocupação de arrumar os pacientes sem ficarem muito juntos, de forma a permitir a correta
aplicação do passe. Caso seja aplicado o passe magnético em casa, para alívio de alguma carga
negativa, deve ser aberto o trabalho com uma prece - o Pai Nosso - e feita ligeira harmonização,
porque se trata de um trabalho, embora simples, mas de grande magnitude, pois se realizam
transfusões de força magnética animal do Doutrinador e da energia fluídica espiritual trazida pelos
Mentores para aquele que está recebendo o passe. Por isso, o bom resultado do passe depende não
só do padrão vibratório de quem o aplica como, especialmente, do real merecimento de quem o
recebe.

PEDRAS
Os minerais compreendem o mais denso dos três reinos da Natureza e, assim, são emissores
de vibrações, projetando forças que denominamos “pesadas”, porque são mais difíceis de serem
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 477

manipuladas. Com a explosão de esoterismo, o uso de pedras e cristais se difundiu e se desfigurou,


com exageros e criações variadas. Usamos, na Doutrina do Amanhecer, o cristal de quartzo, nos
anéis e cruzes ritualísticas, para ampliar a radiação de energia. Sabemos reconhecer suas
qualidades, também, como absorvente de energias negativas, em nosso lar, fazendo sua limpeza em
água corrente, de tempos em tempos. Por sua carga energética, as pedras e cristais atuam sobre os
chakras (*), podendo energizá-los. Temos que encarar com muita reserva a propaganda que indica
pedras para signos, uso terapêutico, etc., porque, na maioria, são apenas frutos de um modismo e
invencionice de idéias puramente mercadológicas, desviando-se dos conceitos básicos.

PEDRA BRANCA
Depois de retirar todo o magnético animal do corpo, o espírito é levado, por força magnética,
para o primeiro ponto de contato com o Plano Espiritual: Pedra Branca, onde ficará por tempo
correspondente a sete dias terrestres. Pedra Branca é um local onde estão muitos espíritos, na
mesma situação de desencarnados, mas não se vêem, isolados totalmente uns dos outros pelo
neutrom, ocasionalmente ouvindo vozes, sermões e mantras, muitos sem terem consciência de seu
estado de desencarnado. Ali, o espírito tem oportunidade de fazer reflexões, avaliar sua encarnação
como se, em uma tela projetada em sua mente, passasse toda a sua jornada detalhadamente. Vê as
oportunidades que lhe foram dadas; as boas ou más coisas que fez; o que havia se comprometido a
fazer, antes de reencarnar, e o que cumpriu; o que deixou de fazer! Exceto para espíritos de maior
grau de evolução, ao sair de Pedra Branca, após o sétimo dia terrestre, o espírito necessita energia
animal, para prosseguir até o Canal Vermelho (*), e isso é obtido por sua condução à Mesa
Evangélica. Um depoimento prestado por um recém-desencarnado é muito ilustrativo: veja em
DESENCARNE. Existe um ponto, junto a Pedra Branca, para onde são conduzidos espíritos
desarmonizados e que precisam recordar sua jornada: Atalaia (*)
 “De fato, Tia, tentei me levantar de Pedra Branca, de onde estava, mas acredito que nem o super-
homem o conseguiria. Foi então que me passaram pela mente minhas faltas, na concentração
daqueles dias. Senti imensa frustração pelo que havia feito. Interessante, Tia, que eu não senti
tanto pelo que fiz, mas, sim, pelo que deixei de fazer. Quantas pessoas a quem deixei de ajudar, e
as quais desprezei! Ia deixar, agora, a Pedra Branca, porque foram sete dias dentro de mim
mesmo.” (Tia Neiva, 30.11.75)

PENSAMENTO
VEJA: ENERGIA MENTAL

PENTE
Representando o feixe de energias que jorra do chakra coronário das ninfas dos planos
espirituais, o pente protege e ioniza a cabeça da ninfa, fazendo com que as energias emitidas por seu
chakra se distribuam de forma mais uniforme e direcionada, para benefício dos trabalhos. O uso do
pente é obrigatório, junto com luvas, para a ninfa Centuriã que usar capa forrada.

PEQUENO PAJÉ
Jesus (Mateus XVIII, 1 a 7) respondeu a seus discípulos, que lhe perguntaram quem seria o
maior no Reino dos Céus, chamando um menino para perto de Si: “Em verdade vos digo que se vos
não converterdes, e vos não fizerdes como meninos, não entrareis no Reino dos Céus. Todo aquele,
pois, que se fizer pequeno como este menino, será o maior no Reino dos Céus! E o que receber, em
meu Nome, uma criança como esta, a Mim recebe. O que, porém, escandalizar a um destes
pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora se lhe pendurassem aos pescoço uma pedra de
moinho, e o lançassem ao fundo do mar!” Por aí vemos que Jesus já se preocupava em mostrar a
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 478

criança como exemplo da ação salvadora e sua importância na evolução espiritual. Nosso sistema
educacional ainda é muito falho, e os pais, em sua maioria, não respeitam a sensibilidade infantil e
procuram incutir em seus filhos a visão que têm do mundo, de si mesmos e da vida, na esperança de
fazer dessas crianças uma cópia fiel deles, sem considerar suas reais necessidades. Isso inclui a
nossa Doutrina. Liberadas para passar como pacientes em todos os trabalhos, exceto na Indução,
onde é proibida a presença de menores de 10 anos, as crianças mostram-se atentas e curiosas, na
marcha evolutiva que traz, a cada geração, espíritos mais evoluídos e preparados para os desafios
da Nova Era. É claro que a criança, filha de Jaguares, já familiarizada com os trabalhos do Templo,
tem uma forte tendência a se interessar pela Doutrina. Koatay 108 permitiu que as crianças, entre 7 e
12 anos, desde que devidamente autorizadas pelos seus pais ou responsáveis, e por seu livre
arbítrio, freqüentassem aulas doutrinárias, formando um grupo denominado Pequeno Pajé, que
passou a ambientar as crianças com a atividade mediúnica, porém sem praticar o mediunismo,
satisfazendo suas necessidades psicológicas sem falar em mediunidade, espiritismo ou religião. Isso
porque sabemos que a energia mediúnica, no período que vai da gestação até os 7 anos do ser
humano, está de tal forma diluída em seu organismo que faz de toda criança um médium natural.
Variando de indivíduo para indivíduo, cada criança tem sua mediunidade mais aguçada ou menos,
mas, de uma forma ou de outra, isto é, vendo ou ouvindo ou até mesmo tocando espíritos, vivem em
contato com um mundo invisível para os adultos. Com o passar do tempo, essa percepção vai sendo
suprimida pela sensibilidade física, pelos sentidos, terminando por volta dos 7 anos de idade.
Também, por força dessa percepção, as crianças atraem cargas e correntes negativas,
principalmente nos lares onde os adultos não se desenvolveram mediunicamente. A partir dos 7 anos
o processo se modifica, começando a criança a crescer, usando a energia de que dispõe para o
desenvolvimento de seu plexo físico, e a percepção do mundo invisível dá lugar à imaginação,
iniciando-se um período que vai até a adolescência, buscando sua afirmação psicofísica e
enfrentando uma vasta gama de problemas, reais e imaginários, que devem ser compreendidos pelos
pais, com amor e tolerância. Na fase da infância, o espírito encarnado está mais sensível às
impressões que recebe e que podem ajudá-lo no seu adiantamento. Por isso, o maior cuidado deve
ser mantido em qualquer atividade ligada à instrução doutrinária da criança, levando-se em conta a
prioridade de sua energia na formação e no desenvolvimento de seu plexo físico - sistema nervoso,
altura, peso, etc. - com ressonância no sistema psíquico. Dos 7 aos 12 anos, dependendo este limite
da situação em que se encontrava o jovem, pois há casos em que fica a mediunidade de tal forma
aflorada que é necessário adotar medidas excepcionais para manter o equilíbrio do indivíduo, a
criança freqüentava o Pequeno Pajé, sendo, após aquela idade, encaminhada ao Desenvolvimento
Especial dos Jovens. As exceções porventura detectadas na marcha normal dos trabalhos com as
crianças deviam ser observadas pelos dirigentes do Pequeno Pajé e resolvidas em comum acordo
com os Mestres Devas, no Templo-Mãe, ou com o Presidente do Templo Externo, levando em
consideração somente as características realmente exibidas pela criança, sua real necessidade
imperativa, e nunca por pressão ou interferência dos pais ou de qualquer outra pessoa. Haviam,
também, exceções que eram avaliadas com referência a crianças com menos de 7 anos, que podiam
freqüentar o Pequeno Pajé, sendo obrigatório, neste caso, o uso exclusivo do uniforme do Pequeno
Pajé, não sendo permitido seu ingresso em uma Falange Missionária. Após os 7 anos era facultado à
criança entrar em uma das falanges: Magos ou Príncipes Mayas, para os meninos; e Nityamas,
Gregas ou Mayas, para as meninas. Em 22.10.83, Koatay 108 liberou as crianças para o trabalho
especial de Prisioneiros. O uniforme do Pequeno Pajé se compunha: a) para meninos: jaleco branco,
calça comprida preta, fita Pajé e tiara com a pena; b) para meninas: vestido branco, obedecendo ao
modelo das ninfas, fita Pajé e tiara com a pena. Os que ingressassem em Falange Missionária,
usavam a indumentária respectiva, com a fita Pajé. Sua participação nos trabalhos era restrita, tendo
Pai Seta Branca explicado que tal limitação era motivada pela presença de doentes, loucos e
desajustados que levavam, aos setores de trabalho, correntes que podiam prejudicar o
desenvolvimento físico e mental de uma criança. Por isso, não era permitida a participação do
Pequeno Pajé nos Quadrantes da Unificação, no recebimento da Escalada, na Imunização e na
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 479

Imantração do Templo. Podiam participar das cortes do Oráculo de Pai Seta Branca e da Cruz do
Caminho, porém até às 18 horas e sem acesso ao interior dos respectivos Castelos; aguardavam,
nos portões, até que o último Mestre entrasse e, então, seguiam até o Castelo dos Devas, onde
desfaziam a corte. Em qualquer situação, o Pequeno Pajé só podia participar de algum trabalho até
às 18 horas. O trabalho de Prisioneiro só podia ser feito das 10 às 18 horas. A partir de 1 de
dezembro de 1996, por força de adequar nossos trabalhos ao Estatuto da Criança e do Adolescente,
foi implantado um novo sistema de atendimento às crianças, denominado Projeto Casa Grande das
Crianças de Tia Neiva, sendo suspenso o Pequeno Pajé e permitindo que somente após os 12 anos
pudesse o jovem ingressar em uma falange missionária própria, porém só participando de cortes, e
só podendo iniciar o seu Desenvolvimento a partir dos 16 anos, mediante autorização dos pais. (Veja
ADOLESCENTE e CASA GRANDE)
 “Vamos, agora, à página da criança prisioneira: meninos - uniforme branco ou de Mago - e o da
ninfa - branco ou uniforme de Prisioneira; duas semanas de aula; que tenha a autorização dos
pais por escrito; idade de sete até quinze anos. Seu horário é das 10 horas da manhã às 18 horas
da tarde, também aos domingos. As pessoas, logo que sentirem seus benefícios, irão na sua
região oferecendo seus bônus. Salve Deus, Pequeno Pajé! Que Jesus esteja em teu coração. Que
as forças benditas possam encontrar acesso, possam te iluminar. Precisamos, neste instante,
harmonizar nossos pensamentos, para que mais uma vez seja feita a vontade de Deus no
Pequeno Pajé. Hoje, tão pequeninos, porém, amanhã, serão ilustres homens que, com a fé cristã,
levarão esta Doutrina à suprema divulgação que Pai Seta Branca merece... Meus filhos, meus
pequeninos Pajés, que Jesus abençoe vocês, seus Papais, suas Mamães... 300 bônus por escrito
no mínimo, no caderno. OBS: Horário do trabalho de Julgamento do Pajé: 13 horas - para assumir
Prisão e para se libertar. Para Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes, a responsabilidade é
do Turno Vogues e do Mestre Mago.” (Tia Neiva, 22-10-83)

PERCEPÇÃO
A percepção é a tomada do conhecimento sensorial, que identifica um estímulo originado por
uma sensação. Assim, a percepção é a conscientização de objetos, pessoas, atos e acontecimentos,
pela qual a pessoa faz a assimilação, correlação e associação em sua mente, formando um conceito
correto e puro de cada coisa ou ser que existe no Universo, buscando não sofrer influências de
simpatias ou antipatias, de gostar ou não gostar, procurando a análise justa e precisa. A percepção é
feita pelo questionamento de um determinado fato, em que o captamos sob os conceitos de tempo-
espaço (onde e quando), causa e efeito (porquê e para quê), qualidade e quantidade (o quê e quanto)
e o caminho e agentes (como e de que modo). Mas isso é muito dificultado por ser a percepção uma
característica de cada indivíduo, sendo influenciada pela atenção, afetividade, instintos naturais,
formação intelectual e intencionalidade, no plexo físico, e pela mediunidade e bagagem
transcendental do espírito. A percepção é a faculdade de perceber, ou seja, adquirir conhecimento
por meio dos sentidos e entender, compreender o mundo à sua volta com base na inteligência. Com
o despertar da Parapsicologia, surgiu a sigla PES, que significa Percepção extrasensorial, para
designar a sensibilidade do ser a tipos de energia não perceptíveis pelos cinco sentidos. É designada,
este tipo de sensibilidade, também como o sexto sentido, diretamente ligado à glândula pineal (*).
Quatro categorias definem, em Parapsicologia, os fenômenos PES: 1º) telepatia - recepção de
qualquer tipo de conteúdo psíquico, conceitual, emocional ou corporal, de outra pessoa, sem
qualquer intermédio físico ou interferência lógica, diretamente proporcional, em intensidade, à
afinidade entre as duas pessoas, varando barreiras físicas ou espaciais; 2º) visão remota - VR - a
clarividência (visão de pessoas, lugares, fatos e objetos distantes), a clariaudiência (ouvir
informações de fenômenos distantes) e a clarisensibilidade (captar informações através do olfato, do
paladar ou do tato; 3º) precognição - o conhecimento antecipado de fatos futuros, próximos ou
distantes, sendo o mais comum a premonição, o sentimento de que algo perigoso está para
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 480

acontecer, sem fatos que permitam dedução lógica; e 4º) retrocognição - o conhecimento
extrasensorial de fatos do passado. Nas civilizações passadas e em muitos povos primitivos, na
atualidade, ainda ocorrem casos de PES com muita clareza e naturalidade, especialmente no
Xamanismo (*). Na nossa Corrente, seu mais importante aspecto é dar ao médium Apará sua
conscientização e sua capacidade de filtrar as comunicações, só dizendo o que doutrinariamente lhe
é permitido, embora descortinando toda a extensão de um fenômeno, de uma visão ou de uma
comunicação, nos seus mínimos detalhes, e sabendo que não pode fazer, senão parcialmente, a
transmissão desse conhecimento por causa das conseqüências que podem advir, principalmente
conflitos; e ao Doutrinador dá condições de avaliar, sentir, julgar e agir sob a identificação dos
diversos padrões vibratórios que lhe chegam e dos fenômenos que o cercam. (Veja: Energia Mental)
 “No Homem se acentua uma complexidade de coisas, efeitos incomparáveis. Porém, o mais
terrível de todos é a vibração de pessoas irrealizadas. O fato é que existem muitos outros
caminhos. Quanto mais elevado o padrão do Homem nestes carreiros terrestres. mais originais e
perfeitas vão se tornando as suas aberturas, que atingem os reinos de toda natureza. Tudo isso
contribuindo para o aperfeiçoamento da memória, da percepção. Instintos que vão se adaptando
às irradiações do extrasensorial, na cota extra da Humanidade, digo, em todas as partes de todos
os reinos da Natureza!” (Tia Neiva, s/d)
 “A percepção é algo perigoso. O médium que tenha grande faculdade de percepção vive sempre
triste, por suas percepções! Eu, com toda a minha clarividência, em nome de Nosso Senhor Jesus
Cristo, sofro por não saber assimilar uma visão. Filho: para ser um verdadeiro medianeiro, para
viver emitindo a Voz Direta do Céu, é preciso, única e exclusivamente, a sua conduta doutrinária,
ao lado de seu Mentor, para sustentar a sua emissão.” (Tia Neiva, 9.4.79)
 “Faz-se preciso a maior concentração da alma sobre si mesma, a mais profunda introspeção,
fazendo agir a percepção, nessa busca para encontrar os fatos, agindo à luz da razão em todos os
campos psíquicos...” (Tia Neiva, 9.2.80)
 “Nas alterações, separamos, de maneira rigorosa, os transtornos da percepção. Alterações
observadas no terreno das representações e, inclusive, as alucinações, porque nestas
representações ou alucinações as alterações se manifestam sutis, tornando-se perigosas. Resta-
nos agora resumir e reunir, para concluir. Resumindo a História da Ciência para harmonizar os
grandes princípios da Magia Iniciática, conservada e transmitida através de todas as idades.”
(Humarran, out/62)

PERDÃO
Perdoar é desculpar, redimir as faltas que sofremos por palavras e ações de outras pessoas
ou até de nós mesmos. Nossa cultura costuma nos ensinar que o perdão é o que anula o pecado, a
culpa. Atos pequenos, resolvem-se com uma simples desculpa. Coisas mais graves, só com o
perdão. Mas o perdão tem que ser pleno, total, isto é, não existe o perdão quando não conseguimos
esconder nossos ressentimentos, nossa raiva, remoendo a violência em nosso íntimo e revivendo as
sensações desagradáveis que passamos. Temos convivido com vítimas que dizem ter perdoado seus
ofensores, mas, na verdade, só existe uma vontade de perdoar e não o perdão autêntico. O perdão
não significa aceitação e nem aprovação dos atos ou palavras desencadeadas, mas, sim, desculpar,
de coração, as ofensas que nos foram feitas, reconhecendo que aquele que nos ofendeu não estaria
em condições de fazer algo diferente, por pressões psicológicas, por educação ou por efeito de
alguma proximidade espiritual de baixo padrão vibratório. O perdão é sempre dificultado pelo orgulho,
que nos impede de raciocinar na linha de desculpar ofensas contra nós. Sabemos, na nossa
Doutrina, que o perdão é o maior sentimento da caridade (*) para com o nosso próximo e para
conosco mesmo. Todo aquele que sabe perdoar é porque traz, dentro de si, amor, tolerância e
humildade. Sem ressentimentos e sem orgulho, o Jaguar que sabe perdoar está longe de ser um
fraco, pois tem sua mente elevada e seu padrão vibratório é luminoso, porque entende que o mundo
não é como ele imagina e que as pessoas têm seus momentos de fraqueza e de cobranças,
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 481

desencadeando passagens marcantes em nossas jornadas. No Sermão da Montanha, base da


Doutrina Crística, Jesus nos ensinou a Prece Universal, onde diz (Mateus, VI, 9): “... Perdoa as
nossas dívidas se nós perdoarmos os nossos devedores...” Em Mateus (XII, 31 e 32), Jesus fala aos
fariseus: “Digo-vos, pois: Todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos Homens; porém, a
blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhes será perdoada. E todo o que disser alguma palavra contra
o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoada; porém, o que a disser contra o Espírito Santo, não terá
perdão nem neste mundo nem no outro!”, e, em Lucas (XXIII, 34), descrevendo a crucificação:
“Jesus, porém, dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!...” O ato de perdoar tem
conotações muito pessoais, das quais se salientam a eliminação das mágoas e ressentimentos que
se agregam ao nosso ser quando sofremos um ataque verbal ou agressões, que podem influir em
nossa energia mental (*) e alterar nosso padrão vibratório de forma negativa, se não forem
eliminados. Segundo a filosofia budista, para o sofrimento existem três pontos básicos: ignorância,
apego material e ira, que podem sofrer importante redução se aprendermos a perdoar, o que nos
conduz à felicidade. Perdoar é uma decisão que nos transforma ao longo de nossa missão, acima de
nossos medos e de nossa sombra (*), modificando nosso comportamento, uma vez que passamos de
indefesas vítimas a poderosos agentes da nossa realidade, manipulando poderosas forças vitais e
mentais em nosso próprio benefício e em benefício de irmãos encarnados e desencarnados que são
alcançados por nossas vibrações positivas. Ferir e errar são próprios de qualquer ser humano -
perdoar é uma dádiva dos espíritos iluminados.

PERISPÍRITO
Cada espírito tem características, objetivos, tendências e preferências que são
somente seus, e para retornar ao TODO DIVINO necessita apagar sua individualidade, isto
é, desindividualizar-se, o que lhe é propiciado pelas encarnações, em sua adaptação ao
corpo físico, cujas manifestações se fazem pelo processo sensorial de estímulo-resposta,
chamado alma. No macroplexo ou plexo etérico, o espírito atua no Homem, sobre a alma e
através dela. Como não podemos conhecer o espírito em sua essência, ele se reveste de
energias que o tornam perceptível e cognoscível, tomando forma, embora não percebida por
nossos sentidos, formando um organismo homogêneo, uma película subcutânea, que
desempenha todas as funções da vida psíquica ou da vida fora do corpo, com sensibilidade
extrasensorial, que denominamos perispírito. O perispírito carrega todas as funções
psicossomáticas do ser humano, só que com uma vibração muito mais ampla, e molda todas
as características da individualidade do Homem. Embora o perispírito registre todas as
nossas ações, não influencia o sistema nervoso. O espírito rompe o neutrom (*), indo buscar
energia em seu plano evolutivo para se alimentar e, assim, também alimentar o Homem,
embora sofra as influências da alma e do corpo. A maneira como ele recebe as decisões da
alma é que determinam seu bom ou mau aproveitamento da situação de encarnado.
Aprisionado no perispírito, dentro da Lei de Causa e Efeito - o carma -, o espírito se evolui
através de incontáveis testes e provas. Após o desencarne, a alma e o perispírito formam o
corpo astral. (Veja: Plexos, Espírito)
 “Na vida absoluta do espaço existem todas as formas que consistem o organismo
humano, mas nem sempre se põem em ação. Porém, pela harmonia da corrente
magnética do perispírito que, mesmo seguro ao sistema nervoso do corpo, emite a alma e
se põe em movimento, se atrai e se comunica. No envolvimento da alma a outra se faz o
perigo da volta. Sim, se esta não estivesse presa ao magnético vital nervoso do corpo.
Este mesmo processo encontramos na manifestação de uma alma a outra ou baixando
sobre outro corpo que não o seu, porém que emite carga magnética e faz harmonia,
quebrando as barreiras do neutrôm. Existem muitas formas de manifestação dessas almas
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 482

ou reencontros em planos diferentes, ou manifestação com diferentes magnéticos.


Analisando a filosofia do perispírito, levando em consideração o seu centro de força,
temos a saber que este é o mais poderoso, o mais importante do corpo, tanto no invólucro
terrestre quanto no invólucro astral. O perispírito está sempre presente e não se inflama,
não é tocado pelos desejos do corpo como o é o centro nervoso da carne. Os hindus
consideram o perispírito “rosário de pétalas”, por ser o mais significativo em razão de suas
células.” (Tia Neiva, s/d)
 “E falamos na manifestação dos espíritos. Falamos, falamos dos desencarnados e de
suas manifestações, porque é pela corrente magnética que o perispírito se comunica com
a alma. Muitas vezes eu, neste plano, me assombro com certas manifestações, suas
expansões junto à matéria, isto é, atingindo o sistema nervoso, na normalidade do todo
emocional vibracional do Homem, em matéria e perispírito. Um grande ódio do sexo
oposto traz terrível desajuste nos dois planos, principalmente em quem o projeta. No
Homem se acentua uma complexidade de coisas, efeitos incomparáveis. Porém, o mais
terrível de todos é a vibração de pessoas irrealizadas. O fato é que existem muitos outros
caminhos. Quanto mais elevado o padrão do Homem nestes carreiros terrestres. mais
originais e perfeitas vão se tornando as suas aberturas, que atingem os reinos de toda
natureza. Tudo isso contribuindo para o aperfeiçoamento da memória, da percepção.
Instintos que vão se adaptando às irradiações do extrasensorial, na cota extra da
Humanidade, digo, em todas as partes de todos os reinos da Natureza!” (Tia Neiva, s/d)
 “Sabemos que o perispírito retém, guarda, conserva a modalidade adquirida durante a
vida corpórea do ser. Cada indivíduo imprime certa modificação à sua aura de
conformidade, também, com suas necessidades, de como ou onde vai reencarnar. Vem,
então, dotado de sua força psíquica, quer em um quer noutro caso de reencarnação ou
volta da alma à vida corpórea. A força psíquica, quando chega a ser espírito humano - a
alma -, tem necessariamente gravada no perispírito todas as qualidades distintas e
caracterizadas, que são as condições absolutamente indispensáveis à manutenção da
vida para cada um: mais timidez, mais audácia, tudo de conformidade à sua missão na
Terra, porque a alma humana é o produto da evolução da força através do reino de sua
natureza. O mundo é um hospital, onde a cura é a própria desobsessão, porque a energia
extraetérea é átomo que se revela na aura. Cada indivíduo concorre para o caráter do seu
grupo, que se compõe de diversos graus, desde a variedade até a espécie. Apesar dos
milhares de espíritos, tudo gera, se afina, na individualidade. Nascer, morrer, reencarnar...
Progredir sempre, na sensação de fenômenos diversos, físicos, abalos fisiológicos, a
comoção nervosa, a sua transformação no cérebro, o efeito, a reação orgânica de atração
ou repulsa de emoções. Temos, assim, o conhecimento fisiológico denominado
consciência, que se estabelece entre o eu e o não-eu.. Cada indivíduo é um cenário
diferente, porque age na individualidade. (...) A sede do amor está na alma. Cada criatura
recebe de acordo com o que merece. No campo cerebral do corpo espiritual é que os
conhecimentos se imprimem, em linhas fosforescentes.” (Tia Neiva, s/d)

PERSONALIDADE
O Homem tem seu aspecto palpável - o corpo - e seu aspecto sensível, mas impalpável - a
psiquê ou manifestações psicológicas - compondo a sua personalidade, o modo de ser, agir e reagir
que caracteriza a conduta de um ser humano e o distingue de qualquer outro, revelando-se, pois,
através da figura física e do comportamento do Homem. É a organização dinâmica, no indivíduo, dos
sistemas psicofísicos que determinam o seu comportamento e o seu pensamento característicos,
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 483

com base em heranças inatas, existentes em sua bagagem transcendental, e nas reações de sua
percepção (*) com relação ao Universo que o cerca, influenciada por sua educação, sua cultura, o
meio em que vive, família, sociedade, etc. A própria origem da palavra personalidade está ligada aos
personagens teatrais, já que se refere ao espírito encarnado dentro de um personagem que irá viver
seu papel na vida que escolheu, para reajustar e resgatar dívidas de outras vidas. No imenso teatro
da Terra, cada espírito encarnado vive seu papel, seu personagem, sua personalidade, porém
mantendo sua individualidade (*), que forma as características de seu espírito. Enquanto a
personalidade é transitória, variando de acordo com o papel que o espírito encarnado assume no seu
drama universal, a individualidade é permanente e eterna, progredindo, estacionando ou até mesmo
regredindo em razão da Lei de Causa e Efeito que rege sua realização cármica. Quando o Homem
tenta modificar sua personalidade, mudar seu comportamento, fora dos objetivos de seu espírito,
entra em um quadro de angústia, gerando uma situação transitória ou auto-aniquilante. Para que a
exteriorização da personalidade se faça em harmonia com o espírito, o ser humano tem que
desenvolver sua mediunidade a fim de que, através do conhecimento e da utilização prática desse
conhecimento na Lei do Auxílio, possa evoluir seu espírito. Por isso, na Doutrina do Amanhecer,
temos como base a ampliação da nossa individualidade e a minimização de nossa personalidade,
buscando a personalidade mediúnica, dentro do constante aprendizado, para melhor conduzirmos
nossos trabalhos. Isso não significa que queiramos ser santos. Sabemos que o Homem não tem
condições de se santificar, pois gera energia magnética animal através de seu plexo físico, e essa
idéia só leva ao desequilíbrio.

PINEAL
A glândula pineal ou epífise é um pequeno corpo em forma de pinha, localizado na região
centroposterior dos tubérculos quadrigêmeos, na área diencefálica do cérebro, e se constitui na sede
fisiológica dos fenômenos da mediunidade, controlando os demais centros energéticos. Forma o
chakra coronário (*), centro do hiperconsciente, e é a responsável pelo nosso sexto sentido, captando
e selecionando forças pela sua percepção extrasensorial, podendo ter seu funcionamento aprimorado
pelo desenvolvimento mediúnico. De acordo com seu desenvolvimento, a glândula pineal permite
maior ou menor capacidade das percepções extrasensoriais, variando de indivíduo para indivíduo,
determinando grande variedade na manifestação mais comum das diversas mediunidades: a vidência
- quando se vê alguma coisa que está acontecendo em outro lugar; a telepatia - comunicação
somente pelo pensamento; a audiência - quando se ouve alguma informação que não está sendo
transmitida neste plano; a precognição ou premonição - ciência antecipada de fatos que ainda vão
acontecer; a retrocognição - conhecimento de fatos passados, até mesmo de outras reencarnações; a
psicocinésia - movimentação de corpos físicos pela emissão de ondas mentais; e a incorporação -
manifestação de um espírito através do médium. Dentro da idéia de energia (*), nosso corpo físico
está equipado com sensores para distinguir fenômenos em cinco faixas de vibrações: olhos, captando
luz e cores; ouvido, captando sons e ruídos; o nariz, captando os aromas; a língua, captando e
distinguindo os sabores; e a pele, sentindo frio ou calor, rigidez ou maciez, formas, enfim, tudo o que
podemos avaliar pelo tato. Todas essas sensações estão ligadas ao plano físico. O sexto sentido - a
mediunidade - é a nossa relação com outras dimensões, fora dos nossos conceitos limitadores de
tempo e espaço.

PIRA
A Pira é o centro de controle energético do Templo, onde se faz a ligação com a Corrente
Mestra, ponto de abertura e encerramento do trabalho do médium. Nela vemos a Terra, representada
por sua base, tendo o Sol à sua esquerda e a Lua à sua direita. No centro está a Presença Divina,
que representa os sete planos do Homem, ou seja, o espírito encarnado com seus sete raios de
forças. A parte espelhada apresenta o corpo físico com seu sistema nervoso, os sete plexos com
seus chakras, e o sistema circulatório sangüíneo, no qual o sangue venoso representa o polo positivo
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 484

e o arterial o polo negativo. O círculo maior destaca o plexo solar e seu respectivo chakra umbilical.
As duas taças representam o sangue que fornece o ectoplasma. As duas setas, uma para cima e
outra para baixo, simbolizam a circulação das forças, a macrocirculação da energia da Terra para os
Planos Espirituais e vice-versa. As estrelas simbolizam Mayante e nossas casas transitórias. Os dois
triângulos entrelaçados simbolizam o corpo e a alma, completando a representação do microcosmo -
que é o Homem - e do macrocosmo - o Universo. Amanto ensinou que na cruz, atrás da Pira, existe
um cristal que age como captador da energia vinda do plano astral, emitindo potente radiação. Por
isso o ritual exige a abertura do plexo, abrindo os braços, quando se cruza a linha mediana do
Templo. Essa radiação não oferece perigo a quem esteja no Templo, sejam pacientes, visitantes ou
mesmo médiuns que não tenham aberto seu trabalho, pois não estão na sintonia da onda vibratória
emitida. Já aqueles que tenham aberto o trabalho, recebem uma pequena carga todas as vezes que
atravessarem a linha de emissão. Todavia, com a tolerância dos Capelinos, estes protegem aqueles
que se esquecem de fazer o gesto apropriado, impedindo que recebam descargas e sofram graves
conseqüências.

PIRÂMIDE
Viajando com Tiãozinho, ou melhor, com o Capelino Stuart, Tia Neiva sobrevoou as pirâmides
do Egito e ouviu a explicação de que no interior delas haviam preciosos ensinamentos cuja revelação
poderia alterar toda a trajetória humana. Segredos da sabedoria cósmica, documentos, máquinas e
provas vivas deste conhecimento. Em outros três lugares, na Terra, existem pontos em que essa
herança está guardada: no Brasil Central, nos Andes e outro ainda não revelado. Alguns encontraram
parte destes tesouros e os revelaram, mas não foram acreditados; outros, pelas condições espirituais
em que se mantinham, guardaram as revelações só para si. As pirâmides eram usinas de força, onde
os cientistas se concentravam para conjugação de suas forças psíquicas. Ali estavam reunidos o
conhecimento e a documentação dos planos planetários, os instrumentos básicos e os meios de
comunicação. O Grande Jaguar, Pai Seta Branca, era especialista na construção de pirâmides. Com
sua química, decompunha rochas e as moldava de acordo com as necessidades. Por processos
eletromagnéticos, as superfícies eram vitrificadas, segundo nos relatou o Trino Tumuchy no livro
“2000 - A Conjunção de Dois Planos”. Muito se tem pesquisado e tentado explicar, sem conclusão,
pelos métodos modernos de pesquisa da Ciência. Na mitologia egípcia, temos Ptah como deus dos
artesãos, em Memphis, que deu origem a Het-Ka-Ptah, que significa Tempo do Espírito de Ptah, que,
na Babilônia, passou a Hikuptah, sendo traduzido como Aiguptus para os gregos e Aegiptus para os
romanos, terminando como Egito a denominação daquela região onde existiu a antiquíssima
civilização egípcia que deu origem aos faraós e à idéia de que eram verdadeiros deuses na Terra.
Mas isso aconteceu quando as pirâmides já tinham sido erigidas. Aqui, no Vale do Amanhecer nós
temos a Triada, pirâmide destinada ao trabalho de energização de mestres e pacientes, conforme
consta no Livro de Leis, embora nele tenham sido excluídos algumas instruções de Tia Neiva,
conforme abaixo. O trabalho de Triada foi suspenso a partir de 1.3.97, por decisão dos Trinos
Presidentes Triada, pelas dificuldades que haviam para sua realização.
 “Há sempre um ponto que deve ser constantemente lembrado: o dos ensinamentos sagrados!
Dizemos, neste mundo físico, das coisas que nos é impossível tocar... sentir..., como nossos
rastros por essas vidas arcaicas ou egípcias, que tanto respeitamos e que não temos como
penetrar. Vamos falar das pirâmides, em primeiro plano, até que falemos, depois, de outros
rastros. Sim, filho, a grandeza assombrosa das pirâmides, com seus enigmas silenciosos, faz com
que o Homem se volte à mesma sintonia dos Ramsés e de Amon-Rá em Deus! Quéops, a
pirâmide-mãe, que consagrou até a quinta geração dos faraós, conservou os mitras, multiplicou os
Deuses em suas convicções, porque suas quatro quinas foram feitas para desintegrar o poder do
neutrom, células que se desagregam. É impregnada de energia extracósmica. A qualidade na
força de sua necessidade é também força manipulada propositada de quem, naquela época, a fez.
Foi sempre um desafio, em todas as eras!...” (Tia Neiva - s/d)
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 485

 “A pirâmide terá a guarda do Povo de Japuacy. Este Adjunto terá, por lei, que convocar dois
mestres para a guarda e honra, com as seguintes obrigações, diariamente, começando às dez
horas da manhã e encerrando com o fechamento da Estrela Candente: abrirão as portas da
pirâmide; colocarão as lanças nos mastros, só as retirando quando for fechar a pirâmide;
permitirão a entrada de qualquer pessoa (exceto enquanto estiver aberto o trabalho de
Quadrante), que se servirão do sal e do perfume.(...) A todos será pedido que assinem o Livro de
Ouro. O mestre que estiver com o Livro, logo que a pessoa entrar, pedirá: “Escreva o teu nome
para que possas ser assistido pelos bons espíritos”. A seguir, mostra-lhe o sal e o perfume, e diz:
“Sirva-se de Anoday e Anodai” .” (Tia Neiva - s/d)
 “Os mestres de honra e guarda (na Pirâmide) deverão estar descontraídos, relaxados, podendo
inclusive fumar, desde que não haja visitantes. Poderão estar acompanhados por suas escravas.
Também poderão comer alguma coisa, desde que não tenha gordura. Onde tem gordura não há
impregnação de energia. As pessoas deverão usar na consagração sal e perfume. (...) Oh, Jesus!
Oh, perfeição! Nesta bendita hora venho, em Teu Santo Nome, emitir a força dos meus Sétimos
para a realização destes irmãos sentados à minha frente! Sinto, oh, Jesus, que as forças se
movimentam em meu redor e a luz da razão se apodera nesta hora para a cura desobsessiva em
nome do Pai, do Filho e do Espírito! Salve Deus!” (Tia Neiva, s/d)

PITONISA
VEJA: DELFOS

PLANOS
Nós estamos rodeados por planos vibracionais diferentes, sendo que o Homem vive em três
deles: um plano físico - do corpo (*) -, um plano psicológico - da alma (*) - e um plano espiritual ou
etérico (*) - do seu espírito (*). Na Doutrina do Amanhecer, o objetivo para nosso mediunismo (*) são
estes três planos, embora a grande maioria dos grupos iniciáticos conceituam sete planos: o físico, o
etérico, o astral, o mental e os três planos crísticos ou búdicos (Pai, Filho, Espírito - Deus, Verbo e
Universo).

PLANO ESPIRITUAL
VEJA: PLANO ETÉRICO

PLANO ETÉRICO
O plano etérico é o mundo onde se acham os espíritos desencarnados, e que embora
invisível e imperceptível aos sentidos e instrumentos científicos do Homem, é composto por planos
físicos, moleculares e atômicos, com suas formas, suas relações e com uma população muitas vezes
maior que a da Terra. Só podemos nos relacionar com esse plano etérico através do ectoplasma (*)
por nós emitido, de acordo com nossa mediunidade (*) e por seu correto desenvolvimento, que
dependerá de nosso livre arbítrio e da conduta doutrinária.

PLEXOS
Plexos são os pontos onde os nervos se cruzam, os terminais dos feixes nervosos que se
comunicam com os chakras (*) e por onde emitimos e recebemos as vibrações energéticas. No nosso
corpo, o mais ativo é o plexo solar, situado um pouco acima do estômago, que capta e emite a maior
carga de ectoplasma (*), embora essa ação se desenvolva em maior ou menor intensidade em todos
os chakras e, por conseguinte, plexos de nosso corpo. O Homem compreende três grandes plexos: o
plexo físico - o corpo; o microplexo - a alma; e o macroplexo - o perispírito, todos vistos
separadamente neste trabalho. Quando está harmonizado e em seu constante desenvolvimento, o
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 486

médium começa a perceber o mecanismo de seus plexos, que é individual e de acordo com seu nível
vibracional, passando a clarear sua mente, a ter sensações agradáveis, sentindo-se mais alegre e
mais leve, com aumento de seu potencial energético. Pelos plexos se fazem as comunicações do
corpo com o espírito, de forma sutil, pois não se podem definir nem estabelecer claramente as
fronteiras entre os três plexos - corpo, alma e perispírito.
 “Por que as forças de Deus não impediram a guerra e a força da cabala impede a guerra? Sim,
filho, porque o Homem preso não pode alcançar um plano superior de desenvolvimento espiritual.
Tudo que possuímos pelo que somos pessoalmente responsáveis, é a nossa alma. E esta Lei é
baseada no fato de que toda matéria, todas as forças, os oceanos, a Terra, o Sol e a Lua fora
criados por Deus. O Homem não pode criar ou destruir a matéria nem pode criar ou destruir em
vão. Sua força, sua energia, Deus criou para a felicidade individual do Homem e para o Homem,
com o dever de transmutação, se o Homem não fosse contrário à cabala. Sim, o poder cabalístico
é que nos dá a faculdade de extrair a nossa energia. A Estrela Candente é cabalística e nela nós
nos libertamos. Libertamos, porque emitimos a nossa energia, e este ritual cabalístico nos conduz
o poder das amacês e das cassandras. Filho, todo trabalho, trabalhado na hora certa, forma uma
corrente inquebrantada. Foi respeitando os horários que consegui contar 108 horários do meu
trabalho: Amor, Tolerância e Humildade. O mundo inteiro ou todos os homens do mundo não
conseguem o que sete homens na força cabalística podem fazer. E, no vale do Amanhecer, tudo é
cabalístico. Por conseguinte, tudo é possível aqui. As energias chegadas da Quinta Raiz do
Continente Ariano fluem da Idade do Ouro. Filho, deves lembrar sempre que, se puderes, deve
aprender a compreender a usar a tua força, te conscientizares de tuas influências desde os planos
sutis. Sim, filho, conseguir uma consciência mais profunda, sentir despertar, sempre, novas
ativações das correntes nervosas habitualmente inativas. Internamente, tomar consciência do
corpo para poder desligar-se dele, permitindo esquecê-lo e, assim, sentir-se em perfeita liberdade
de ação, as funções que te são próprias. Temos por missão nos tornarmos um instrumento
eficiente, tanto no sentido passivo, como ativo, curando o nosso próprio centro nervoso físico,
afetivo, mental e espiritual, até tomarmos a verdadeira consciência de nós mesmos. Sim, filho, o
Homem que se conhece a si mesmo é forte e inquebrantável. Filho: a verdade, na concepção do
Homem, jamais existiu. È, portanto, que a concepção da morte resulta do comportamento da vida.
Sim, filho, um Homem, por mais nefasta que seja sua atividade, não pode ultrapassar certos
limites do raciocínio, pela pobreza mental de que é dotado. Sim, pensamos, isto é o que achamos
e nos desculpamos. Porém, o Homem tem igualmente sua origem. Sim, porque partimos de um só
mundo, de uma só natureza. Dizem os nossos antigos que, ainda na era em que o vento uivava e
as frondosas raízes, como membros de um polvo feroz, se salientavam na terra e na vida
reclamava o Homem o seu calor, foi-lhe concedido o Sol Simétrico da Vida e do Raciocínio. Deus
atravessou o primeiro raio do raciocínio, formando o plexo primeiro e segundo, onde a alma se
acomodava no primeiro. O primeiro sustentava o centro nervoso físico, o corpo que é o poder do
prana; o segundo, plexo prana, é a vida no centro nervoso, conforme o seu amor ou
comportamento, alimentando-se pela Presença Divina, enquanto o plexo etéreo rompe o neutrôm
e sustenta o corpo, a carne. O Homem vindo de Capela chegou a viver em corpo fluídico, a ponto
de fecundação, e nas grandes amacês nasceram os primeiros homens com o terceiro plexo,
formando o Sol Interior, que é a formação total do Homem, que forma o elo do Céu e da Terra, e,
o que é mais importante, o microcosmo ou microplexo. Por Deus, se formou o terceiro. Deus e
seus grandes iniciados, formaram, na Terra, o poderoso Helios, que quer dizer Sol Simétrico,
onde o Homem cresceu e se organizou na santa centelha divina. E, como tudo é complexo neste
Universo de Deus, seguiu-se o plexo da vida na natureza, do animal e da planta. Foi colocado o
plexo animal, surgiu o poderoso Eron, que quer dizer Sol do Prana. Eron, conduzido pelo prana,
convém as forças de toda a natureza para, em uma só obediência, Deus. Vieram então, as
grandes inteligências, formaram-se os poderosos sacerdócios. Saindo o mundo da somente
natureza, veio a necessidade da Contagem das Tribos, e elas recebiam o Raio pertencente à sua
evolução e sobre suas origens. Os incansáveis sacerdócios começaram a encaminhar o mundo e
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 487

a vida. Sim, filho, pois as guerras, os trovões e os sustos, as dores, são os principais instrumentos
da evolução. Eu estou sempre a insistir que a vida espiritual é o melhor meio de ajudar aos outros
a nos encontramos com as nossas velhas dívidas do passado. Sim, filho, assim é que a caridade
vem ao teu encontro. Sim, filho, vamos iniciar tudo o que Deus nos deu e com o que temos um
compromisso. Sinta a Estrela Candente! Aqui na Terra, é o maior trabalho de desobsessão
cabalístico. Sim, algo para que, hoje, meus filhos já estão preparados, exposto sempre. Para que a
educação seja realmente eficaz deve ser tanto informal como formal. A preparação formal é esta
que vens recebendo até aqui, a preparação informal é criada pelo equilíbrio da mente e envolve
três momentos, que são pontos altos na constituição das heranças transcendentais, nas
surpreendentes comunicações ou estado comunicativo emocional... Toques que, muitas vezes,
vêm do extrasensorial. Vamos pensar o que é um trabalho cabalístico. Cabalístico é trabalho de
cabala, trabalho de ritual, de gestos e cantos. A elevação do Doutrinador é um ponto cabalístico.
Quero deixar claro que me refiro à Cabala de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não temos outra,
porque, filhos, todo o encanto de nossa magia existe somente enquanto pensamos no Bem,
concentrado nas três palavras: humildade, tolerância e amor! Se sairmos destas palavras, nada
temos. A Estrela, com sua poderosa luz, paga o preço de sua amacê, na responsabilidade de um
ritual cabalístico, que implica a força extraída de uma jornada no horário e da emissão de seus
Comandantes. A jornada é o desenvolvimento do plexo na formação de uma seqüência com o
Comandante na cabine; faz-se a preparação, o envolvimento com as Sereias e com o Povo de
Cachoeira, mais uma jornada que é a revisão final; e, por último, os esquifes, os tronos, que são o
resultado da cultura geral. O poder cabalístico não é tão fácil quanto pensamos, dispõe de uma
raiz. Nós temos ao nosso alcance, pelo menos, três raízes e já estamos na quinta. Então, filhos, se
as temos, é pela nossa responsabilidade na lei do auxílio. Nosso compromisso! Muito em breve,
Tanoaê levará seu fardo triste, deixando somente a Terra em seus planos crísticos. Tanoaê tem
sua missão junto a nós. Será respeitado, somente o mundo cabalístico, que é o transcendental e
o único que eu conheço.” (Tia Neiva, 19.9.80)
 “Sabemos que existem muitas mediunidades, porém o Doutrinador e o Apará são a base para
seguir a missão. Sem o desenvolvimento de um desses aspectos, nada é feito no plano iniciático.
Muitas vezes vejo-me em situações difíceis, para depois ver um médium se acomodar.
acomodando-se em sua mediunidade. Todo Homem tem sua missão na Terra e, geralmente, vem
com seu plexo aberto para cada missão. É possível, também, completar seu tempo em uma e se
voltar para outra missão, com muito cuidado, porque cada desenvolvimento desenvolve, também,
o seu plexo nos três reinos de sua Natureza. Naturalmente, é desenvolvido de acordo com a sua
missão. Resumindo, veremos que o plexo nervoso é um universo perfeito em miniatura. É o plexo
mais dinâmico de nossas emoções. No fundo, é quem governa todos os nossos desejos, e é
coerente com a vida na Terra: vida, nascimento e morte. É condensado em células vivas. Os
plexos regulam os movimentos, sem participação do cérebro, automaticamente, por impulsos
vindos dos plexos correspondentes. Os influenciam o ritmo da vida psíquica, fazendo, sempre, as
suas modificações quando se deslocam um sobre o outro. E isto acontece pelo desenvolvimento e
pelas consagrações. O médium desenvolvido não deve ficar muito tempo fora da Lei do Auxílio,
pelo perigo de adoecer. O trabalho e os seus sentimentos são o que alimentam todos os casos do
sistema nervoso. O veículo do recebimento desta força armazenada no centro apropriado - que é o
plexo - emite, também, nos órgãos internos, segundo sua necessidade momentânea, na
concentração das forças centrífuga e centrípeta. Eis porque não tenho medo de mistificação
destes aparelhos benditos de Deus. Seus bônus são luminosos porque fluem de seu plexo, que
reserva, também, o seu Sol Interior, de suas naturezas. Isto digo do Doutrinador e do Apará. É
reparado que as Iniciações são bem diferentes: cada mediunidade é regulada à sua faixa, que são,
também, as doze chaves do Ciclo Evangélico Iniciático, após receber o mercúrio significativo, sal,
perfume e mirra. Tal é a origem desta tradição cabalística que compõe toda a Magia em uma só
palavra: Consciência!” (Tia Neiva, 27.10.81)
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 488

PLEXO ETÉRICO
VEJA: PERISPÍRITO

PLEXO FÍSICO
VEJA: CORPO ÍSICO

PLEXO NERVOSO
VEJA: CORPO FÍSICO

PLEXO VITAL
VEJA: CORPO FÍSICO

POLARIDADE
A polaridade indica a diferença de potencial energético entre dois pontos. Há sempre
necessidade desses dois pontos - pólos - para ser gerada uma força, que é o movimento da energia.
Na Terra, intensos movimentos magnéticos ocorrem entre o Polo Norte e o Polo Sul, agindo sobre
inúmeras atividades do planeta. A idéia de positivo e negativo é simplesmente para indicar o que tem
maior força de uma natureza e o que tem menor. Nada existe de pejorativo quando, na nossa
Doutrina, aprendemos que o Homem é polo positivo e a Mulher é polo negativo, tanto faz que sejam
Doutrinadores ou Aparás, pois, com isso, estamos entendendo que o Mestre tem maior carga
magnética animal e a Ninfa a tem em menor quantidade, com um plexo mais suave e terno, mais
harmonizado com os planos superiores, com o amor e a sensibilidade, enquanto o Homem é mais
racional e violento, mais submisso às forças da Terra. Por isso não deve a Ninfa Lua trabalhar com
uma Ninfa Sol, embora possam trabalhar dois mestres - um Sol e um Ajanã, pois estes constituem
uma dupla de pólos positivos, isto é, mais fortes e resistentes aos impactos de poderosas forças que
podem atuar durante um trabalho, o que seria desastroso caso agissem sobre os plexos de duas
ninfas, com plexos mais sensíveis. Nas linhas orientais é dito que, ao nascer, o Homem tem dois
tipos de energia, divididas entre as partes frias e quentes do seu corpo: Yin e Yang. Ao se tornar
adulto, a energia quente - Yang - já se concentra na parte superior do corpo, envolvendo as partes
vitais: o cérebro, os pulmões, o coração e o fígado; a energia fria - Yin - já se localizou no baixo
abdômen, nos genitais e nas pernas. Para existir a polaridade, observam-se os opostos: Yang - a
energia masculina, luminosa, quente, ascendente a ativa, como o fogo - contrapondo-se a Yin - com
as características femininas, da água, fria, profunda, obscura e passiva. A transformação rítmica e
manifestação alternada dessas duas linhas marcariam a nossa vida: Yang x Yin; Sol x Lua; Céu x
Terra; Dia x Noite; Calor x Frio; Rígido x Flexível; Rápido x Lento; Exterior x Interior; Subida x
Descida; Superficial x Profundo; Movimento x Repouso; Centrífugo x Centrípeto; Expansão x
Contração; Cheio x Vazio; Leve x Pesado; Masculino x Feminino; Animal x Vegetal; Criativo x
Receptivo; Insônia x Sonolência; Otimismo x Pessimismo; Alegria x Tristeza; Coragem x Medo;
Sistema nervoso simpático x Sistema nervoso parassimpático; Circulação Arterial x Circulação
Venosa; Dorso x Ventre; Espasmo x Flacidez; Processos agudos x Processos crônicos; Atividade
Mental x Estrutura Material, etc. Existe, ainda, uma escala de vibrações superiores e inferiores, que
influenciam nosso padrão vibratório por sua polaridade, gerando situações que podem envolver
nosso plano mental de forma construtiva ou destrutiva.
 “A cada dia nossas responsabilidades estão aumentando e, por isso, é preciso ficarmos cientes da
vida fora da matéria. É muito fácil o espírito dela se compenetrar, porém não é fácil se adaptar!
Nos mundos espirituais ou mundos fora da matéria, a vida se compõe de positivo e negativo, isto
é, homem e mulher. O espírito do homem continua homem e o espírito da mulher continua mulher.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 489

Apesar de ser afirmado por alguns iniciados que o espírito não tem sexo, os meus olhos dizem o
contrário. A adaptação do Homem na vida fora da matéria é difícil porque sente muita saudade de
suas coisas e dos seus entes queridos, nas suas concepções másculas de Homem terreno, isto
mesmo com o amor dos puros (força de expressão). Os espíritos libertos vivem em suas
dimensões e se amam... Se amam com a ternura dos anjos!” (Tia Neiva, 26.6.65)

PONTA NEGRA
Ponta Negra é um local no Canal Vermelho (*) de onde se divisa o Umbral, e onde Koatay 108
teve muitas aulas de Humarran e dos Pretos Velhos contemplando inúmeros quadros que lhe eram
trazidos dos espíritos que se encontravam naquela casa transitória.
 “Deus permitiu que eu tivesse o que é meu - um cantinho nas imediações dos umbrais -, no lugar
chamado Ponta Negra.” (Tia Neiva, 11.7.83)

PONTOS CABALÍSTICOS
Pontos cabalísticos são pontos de projeção de energia dos planos espirituais, de
conformidade com sua finalidade, com intensidade e direcionamento próprios de cada local. No
Templo do Amanhecer, esses pontos são marcados com uma cruz e sempre que se passar por eles
devemos abrir o plexo, evitando possíveis choques de forças que não conhecemos. As imagens e
quadros representativos das Entidades também constituem-se em pontos cabalísticos, projetando a
força daquela Entidade ali representada. Isso significa que, para nós, não existe o culto a imagens ou
outras representações, e sim o reconhecimento de que, pela energia mental concentrada pela figura
ali existente, torna-se mais fácil a concentração e, por conseguinte, a recepção da força projetada. Se
for retirado o quadro ou a imagem, o ponto permanece, intacto.

PORTAL DE DESINTEGRAÇÃO
VEJA: ELIPSE

POVO DAS ÁGUAS


Com muito poder e muita ternura, esses grandiosos espíritos que formam um Raio de Olorum
(*) - o Povo das Águas - fazem a limpeza das auras e o fortalecimento dos plexos, equilibrando-os,
além do trabalho desobsessivo. Dividem-se em três categorias: o Povo de Cachoeira, que habita nas
cachoeiras e corredeiras das águas; as Sereias, que habitam os rios e lagos de água doce; e o Povo
das Águas, que vive nos mares e oceanos. Todos estão sob o comando de Mãe Yemanjá e fazem
poderosas manipulações na força das contagens e nos trabalhos da Estrela Candente. Somente após
a sua Elevação de Espadas tem o médium condições para manipular a energia projetada por este
Povo.
 “Mestres Luas, aparás, vejam a maravilha que está acontecendo naquela Estrela Candente! Uma
maravilha deste século - as Sereias! Elas não falam. Só emitem ectoplasma, só emitem Luz. Elas
não vêm para orientar o Homem em sua conduta. Elas já encontram todos com uma conduta
perfeita... Assim somos nós, aparás!” (Tia Neiva, 27.6.76)

POVO DE CACHOEIRA
VEJA: POVO DAS ÁGUAS

PRACINHA
As Pracinhas são pontos de convergência de forças luminosas e desobsessivas, onde se dão
os grandes encontros, não só de espíritos desencarnados, como podemos ver na história de Ditinho
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 490

(*), mas, também, daqueles encarnados, que são levados a um encontro, no plano espiritual, visando
a manipulação de grandes forças por intermédio de seus Mentores. Esses pontos se apresentam na
forma de pracinhas para despertarem, em todos os espíritos, sensações de paz e equilíbrio
necessários ao trabalho a ser realizado. Existem milhares de pracinhas espalhadas em diversos
planos, todas utilizadas para esses encontros espirituais.

PRANA
Na Linha Oriental, o prana é o fluido ou energia cósmica prima, universal, fora do espectro
eletromagnético, existindo no plano sutil e se constitui na força vital do Universo. Compõe o corpo
sutil do indivíduo, regulando suas relações internas e externas. O prana não é uma forma particular
de energia, mas sim a essência última de todas elas: calor, luz, eletricidade, gravidade, enfim, todas
as forças que agem na matéria, em suas múltiplas atividades, são expressões do prana. Os gregos
denominavam-no “éter”, e os pesquisadores modernos o chamam de BIOPLASMA. Envolve e
permeia os tecidos mais densos do corpo, agindo de forma inteligente e propositada, controlando a
atividade de cada molécula da matéria viva, transportando o princípio da vida de um lugar para outro.
Energiza, supervisiona e purifica os neurônios, sustentando a área sutil e vivificante do mesmo modo
que o plasma sangüíneo sustenta a parte mais densa. Além do prana único, existem energias
prânicas particulares, geradas pela sua diversificação, que atuam em todas as funções orgânicas e
psíquicas do Homem - pensamentos, sentimentos, percepção e movimento. O sistema nervoso extrai
o prana de um tecido envolvente, uma essência bioquímica de natureza altamente delicada, que
existe em nível molecular ou submolecular, localizada especialmente nos órgãos, que estão
interligados com o cérebro através de conexões medulares, na espinha dorsal. Esta ligação é ativada
e equilibrada pela ação da Kundalini(*). O prana tem polaridade, podendo ser acumulado,
transformado e conduzido. É absorvido de diversas fontes, principalmente do Sol, do ar e dos
alimentos, atuando através de um mecanismo cujo ritmo coincide com o da respiração pulmonar.
Quando inspiramos, absorvemos prana; ao expirar o distribuímos pelos vários órgãos do corpo sutil,
pelos nervos sutis - chamados nadis - e ele é armazenado nos chakras, para que, conforme as
necessidades, seja liberado para todo o organismo psíquico. A quantidade de prana absorvida pelo
organismo é variável e determina a capacidade energética do Homem. Em ambientes tranquilos, sem
poluição, ensolarados, criam-se condições para maior absorção do prana. Nos momentos em que se
consegue harmonia mental, através da mentalização(*) também se obtém maior quantidade desta
maravilhosa energia. Assim, o prana não é, em si mesmo, consciência. É uma fina essência biológica
que nutre o sistema receptivo da nossa consciência, que é o sistema nervoso, nosso contato com a
consciência universal. Ele é ativado pela Kundalini numa ação altamente energizante. A corrente
prânica é afetada pelas paixões e emoções, pela comida e pela bebida, pelos ambientes e pelo modo
de vida; pelo desejo e pela ambição, pela conduta e pelo comportamento. Na realidade, depende de
um sem número de estímulos, desde os mais fracos até os mais fortes, que acontecem ao Homem
desde que nasce até o seu desencarne. Por isso se faz necessário ter-se uma vida moral e
equilibrada, dentro da conduta doutrinária, em ambientes saudáveis, não por preceitos religiosos,
mas, sim, por um imperativo biológico diretamente ligado ao prana.

PRÉ-CENTÚRIA
A Pré-Centúria é o curso ministrado aos médiuns que já tenham feito sua Elevação de
Espada, fazendo sua preparação para a Consagração de Centúria, a partir da qual o médium está
apto a todos os trabalhos e rituais de nossa Corrente, como Centurião. Os instrutores deste curso
estão distribuídos por regiões a fim de melhor atendimento aos Templos do Amanhecer, sob a
coordenação do Mestre Silvério Euclides de Freitas Lins, representante do Ministro Oralvo, e são
preparados especialmente para essa função, sendo autorizados pelo Trino Araken, com matéria
programada, em aulas quinzenais ou mensais, nas quais são distribuídas cópias de diversas cartas
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 491

de Koatay 108. De acordo com programa aprovado em 1984 pelo Primeiro Mestre Jaguar, temos o
seguinte roteiro para o Curso de Pré-Centúria:
1ª AULA: O que é a Doutrina do Amanhecer - Médium, mediunidade, mediunismo, mediunização
- Individualidade e personalidade - Filosofia cristã e Sistema Crístico.
Cópia da Carta Aberta n. 1, de 4.9.77
2ª AULA: A Corrente - A Pira, a Presença Divina - Indumentárias - Fé e Ciência - Aspectos Gerais
do transcendente de Pai Seta Branca e dos Jaguares - A missão.
Cópia da Carta Aberta n. 2, de 11.9.77
3ª AULA: Início da Missão de Tia Neiva - O Doutrinador e o Apará - Técnica básica (Revisão) -
Setores de trabalho - Conduta Doutrinária.
Cópia da Carta Aberta n. 3, de 25.9.77
4ª AULA: Vibração - O Carma - História do Homem que “encolheu a Cruz” - O julgamento - Origem
da Centúria - Desenvolvimento de Aparás e de Doutrinadores.
Cópia da Carta Aberta n. 4, de 9.10.77
5ª AULA: Charme - Espíritos sofredores - Espíritos cobradores - Trabalho de Prisioneiros.
Cópia da Carta Aberta n. 5, de 21.10.77
6ª AULA: O neutrôm - Invocações/Koatay 108 - O Sol Interior - Nossas Origens - O Canal
Vermelho.
Cópia da carta de 18.11.77 sobre nossas origens.
7ª AULA: Oráculo de Simiromba - Adjunto, hierarquia, participação - Casas transitórias,
Sandays, Estrelas - Turnos.
Cópia da carta de 7.9.77 sobre o Sol Simétrico.

PRECE
Enquanto a oração (*) é uma manifestação da religiosidade do Homem, por ser geralmente
espontânea e nascer no âmago de nosso ser, a prece obedece a palavras e chaves pelas quais
buscamos forças para um trabalho ou ritual.
PAI NOSSO - O MANTRA UNIVERSAL
PAI NOSSO QUE ESTÁS NO CÉU E EM TODA A PARTE,
SANTIFICADO SEJA O TEU SANTO NOME.
VENHA A NÓS O TEU REINO,
SEJA FEITA A TUA VONTADE
ASSIM NA TERRA COMO NOS CÍRCULOS ESPIRITUAIS.
O PÃO NOSSO DE CADA DIA DA-NOS HOJE, SENHOR,
PERDOA NOSSAS DÍVIDAS
SE NÓS PERDOARMOS AOS NOSSOS DEVEDORES.
NÃO NOS DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO E LIVRA-NOS DO MAL,
PORQUE SO EM TI BRILHA A LUZ ETERNA,
A LUZ DA GLÓRIA, DO REINO E DO PODER
POR TODOS OS SÉCULOS SEM FIM!
SALVE DEUS!
O PÃO NOSSO DE CADA DIA
Ó, JESUS! DEUS É ESPÍRITO E EU A SUA DIVINA IMAGEM.
SOU SÁBIA, POIS EXPRESSO A SABEDORIA DA MENTE INFINITA
E TENHO CONHECIMENTO DE TODAS AS COISAS!...
EU SOU A VIDA E A SAÚDE - E SOU ENCARNADA...
Ó, BOM DEUS! CAMINHO HÁ CENTENAS DE ANOS PARA TE ENCONTRAR...
SUBI AS CORDILHEIRAS E DESCI ÀS PLANÍCIES MACEDÔNICAS,
ENFRENTEI O VERDE PELOPONESO, ATRAVESSEI A ERA CRÍSTICA,
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 492

UNIFIQUEI AS FORÇAS E ME FIZ AMOR EM CRISTO JESUS!


HOJE, SOU FÍSICA NOVAMENTE.
ME EXPRESSO ATRAVÉS DO HOMEM-JAGUAR,
QUE AINDA GEME E CHORA PELO PÃO DE CADA DIA,
PELO PROGRESSO DE NOSSAS VIDAS MATERIAIS,
PARA QUE POSSAMOS SERVIR,
SEM AS PREOCUPAÇÕES DE NOSSAS OBRIGAÇÕES NESTE MUNDO FÍSICO,
EM DEUS PAI TODO PODEROSO! SALVE DEUS! (Tia Neiva, 25.10.80)
PRECE DO APARÁ
JESUS! NÃO PERMITA QUE FORÇAS NEGATIVAS DOMINEM A MINHA MENTE!
QUE SOMENTE A VERDADE ENCONTRE ACESSO EM TODO O MEU SER...
FAZE-ME PERFEITO INSTRUMENTO DE TUA PAZ!
E PARA QUE EU POSSA TRABALHAR SEM DÚVIDAS,
TIRA-ME A VOZ QUANDO, POR VAIDADE,
TENTAR ENGANAR OS QUE ME CERCAM...
ILUMINA A MINHA BOCA
PARA QUE PURAS SEJAM AS MENSAGENS DO CÉU POR MIM!
ILUMINA, TAMBÉM, AS MINHAS MÃOS
NAS HORAS TRISTES E CURADORAS E PARA SEMPRE!...
JESUS! NINGUÉM, JAMAIS, PODERÁ CONTAMINAR-SE POR MIM!
SALVE DEUS!
PRECE CIGANA KATSHIMOSHY
(Obs.: Fazer, preferencialmente, pela manhã, a céu aberto)
SENHOR! EU TE AGRADEÇO PELA VIDA E POR ESTA NOVA MANHÃ!...
AJUDA-ME A ENCONTRAR AS PESSOAS QUE DEVO,
A OUVIR AQUELAS COM QUEM QUERES QUE ME COMUNIQUE...
MOSTRA-ME COMO AJUDÁ-LAS OU COMO RECEBER
ALGUMA COISA QUE TENHAM A DAR...
AJUDA-ME A SER UM AUXÍLIO, UMA BÊNÇÃO AOS MEUS!
A ORDEM DIVINA TOME CONTA DE MINHA VIDA HOJE E TODOS OS DIAS!
HOJE É UM NOVO E MARAVILHOSO DIA,
E NUNCA HAVERÁ UM DIA COMO ESTE...
A MINHA VIDA É COMANDADA DE FORMA DIVINA
E TUDO QUE EU FIZER IRÁ PROSPERAR...
O AMOR DIVINO ME CERCA, ME ENVOLVE E ME PROTEGE
E EU CAMINHO EM PAZ!
SEMPRE QUE MINHA ATENÇÃO FOR DESVIADA
DO QUE É BOM E PRODUTIVO,
EU A TRAREI DE VOLTA PARA A CONTEMPLAÇÃO
DO QUE É ADMIRÁVEL E DE BOA FAMA!
SOU UM IMÃ MENTAL E ESPIRITUAL,
ATRAINDO TODAS AS COISAS QUE ME FAZEM PROSPERAR...
HOJE EU VOU ALCANÇAR UM ENORME SUCESSO
EM TODAS AS MINHAS TAREFAS...
HOJE EU VOU SER FELIZ O DIA TODO! SALVE DEUS!
PRECE DA CORRENTE BRANCA ORIENTAL
(Obs.: Fazer à noite, sem passar de meia-noite; acender uma vela e um defumador)
JESUS! TU QUE BAIXASTES NA TERRA,
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 493

COMO BOM ENSINADOR DOS TEUS IRMÃOS,


ENSINASTE-NOS O MAIS PURO E VERDADEIRO CAMINHO,
AQUECENDO-NOS DAS CHAMAS DO TEU IMENSO AMOR!...
COLOCASTES EM CADA CORAÇÃO UMA CANDEIA VIVA
EM QUE RESPLANDECEM
AS TRÊS PALAVRAS DO TEU DIVINO ENSINAMENTO:
FÉ, HUMILDADE E CARIDADE!
DERRAMASTES O TEU BENDITO SANGUE PELO NOSSO AMOR;
ADMITISTES EM TEU CORPO AS CINCO CHAGAS TÃO DOLOROSAS;
BEBESTES, SEM NENHUMA RECUSA, A TAÇA DE FEL
TRAZIDA PELO PRÓPRIO PUNHO DE TEUS LEGÍTIMOS IRMÃOS!...
CRUCIFICADO, SOBRE A TUA CRUZ DESPRENDESTE-TE DO CORPO E,
CORAJOSAMENTE, DEIXASTES AQUELE MORRO DO CALVÁRIO,
SUBISTES AOS CÉUS E FOSTES TER COM DEUS!...
EXPLÍCITO DEIXASTES, JESUS DE AMOR, QUE O SOFRIMENTO E A DOR
SÃO A PURIFICAÇÃO DOS NOSSOS ESPÍRITOS PARA A RENOVAÇÃO
DOS QUE AQUI PASSAM,
SABENDO ATRAVESSAR OS VALES DA INCOMPREENSÃO...
JESUS, SÃO ..... HORAS DA NOITE!...
VENHO, HUMILDEMENTE, PEDIR-TE A PERMISSÃO
PARA MELHOR ME CONDUZIR NO TEU EXÉRCITO ORIENTAL.
ESTA ESPADA DE LUZ ENCORAJA-ME;
ESTE DEFUMADOR EMBRIAGA-ME, CONDUZINDO MEU ESPÍRITO
À MESA REDONDA DA CORRENTE BRANCA DO ORIENTE MAIOR!
Ó, DEUS, DE INFINITA BONDADE! COMO É BELO SENTIR-ME JUNTO A TI!
E, EM DOCE PRECE, DIZER-TE: SENHOR, PROTEJE-ME, POR PIEDADE!
ENTRELACE-ME, SENHOR, CADA VEZ MAIS,
COM ESTA BENDITA LINHA ORIENTAL!
COMPADECE-TE DESTES IRMÃOZINHOS QUE AINDA NÃO TE CONHECEM...
DÊ-ME, SENHOR, A PAZ! QUE AMANHÃ, AO LEVANTAR-ME,
POSSA ME SENTIR VERDADEIRAMENTE PROTEGIDO:
O MEU CORPO, A MINHA BOCA, OS MEUS OUVIDOS, OS MEUS OLHOS...
QUE TUDO, ENFIM, SEJA EMANADO PELO TEU AMOR,
PARA QUE EU POSSA VENCER NA LUTA PELO MEU PÃO DE CADA DIA,
SENTINDO QUE A PAZ DO SENHOR, POR TODA A PARTE, ME GUIA!
SALVE DEUS! (Tia Neiva, 21.3.61)
PRECE DO EQUILÍBRIO
SENHOR! FAZE COM QUE HABITE EM MIM
A VERDADEIRA TRANQUILIDADE DE MINHA ALMA!
NÃO PERMITA QUE ELA SE MANCHE COM OS VÍCIOS DA TERRA!
DAI-ME FORÇAS, SENHOR,
PARA QUE EU MESMO POSSA CORRIGIR OS MEUS ERROS.
NÃO DEIXEIS QUE EU ME TORNE JOGUETE DAS ILUSÕES DESTE MUNDO!
PELO PENSAMENTO, NESTE INSTANTE,
VOU CONTROLAR A MINHA FORÇA MENTAL-VITAL
E NENHUM PENSAMENTO NEGATIVO PODERÁ ENTRAR EM MINHA MENTE.
OUVE MEUS ROGOS, JESUS,
PARA QUE, AO DEIXAR ESTA ROUPAGEM MATERIAL,
ME REVISTA DE LUZ, COMO A DO SOL QUE ILUMINA TODA A HUMANIDADE!
SALVE DEUS!
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 494

PRECE LUZ
Ó, JESUS, ENSINA-ME O VERDADEIRO AMOR AOS MENOS ESCLARECIDOS!
FAZE-ME TOLERANTE NOS MOMENTOS DIFÍCEIS DE MINHA VIDA...
Ó, SENHOR, PERMITA
QUE EU SEJA O JAGUAR MEDIANEIRO ENTRE O CÉU E A TERRA
RETIRA, JESUS, OS MALES QUE RESTAM EM MIM
PARA QUE EU POSSA RECEBER OS MANTRAS DO SOL E DA LUA
E TRANSMITIR A PRESENÇA DIVINA NA NOVA ERA...
ILUMINA, SENHOR, TAMBÉM A MINHA CONSCIÊNCIA,
PARA QUE SANTIFICADO SEJA O MEU ESPÍRITO ALGUM DIA!
EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO! SALVE DEUS!
PRECE DOS MÉDIUNS (MÃE YARA - UESB)
SENHOR JESUS! PROSTO-ME AOS TEUS PÉS!
VENHO TE PEDIR O ALIMENTO DE MINHA ALMA,
QUE SÓ TU PODES ME DAR!...
DA-ME, SENHOR, O QUE COMER,
ALIMENTANDO-ME DE TEUS BANQUETES E DOS TEUS MANJARES...
PROMETO, SENHOR: O QUE ME DERES, DIVIDIREI COM MEUS IRMÃOS...
O MESMO MANJAR... O MESMO PÃO...
SENHOR! O REBANHO QUE TU A SETA BRANCA, TÃO DIGNO MENSAGEIRO,
ENTREGASTES, É O MAIS FELIZ REBANHO,
QUE TUDO RECEBE DA TUA LEI E DO TEU IMENSO AMOR!
AO SENTIR-ME JUNTO A TI, SINTO ÂNSIA DE CHORAR
AO LEMBRAR-ME DOS MEUS IRMÃOS,
LONGE DA LUZ DO TEU SUBLIME OLHAR...
POR TODOS OS SÉCULOS, JESUS, QUEREMOS TE ADORAR!
SALVE DEUS!` (Transmitido por Mãe Yara - Maio/60)
PRECE DOS PEQUENINOS DE ASSIS
PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU, NA GLÓRIA DA CRIAÇÃO!
OUÇA ESTA HUMILDE ORAÇÃO DOS PEQUENOS LÁBIOS MEUS!
SANTIFICADO SEJA O SENHOR!
SEJA O TEU NOME DIVINO EM MINHA ALMA DE MENINO,
QUE CONFIA EM TEU AMOR!
VENHA A NÓS O TEU REINADO DE PAZ E MISERICÓRDIA,
QUE ESPALMA A LUZ DA CONCÓRDIA SOBRE O MUNDO ATORMENTADO...
QUE A TUA BONDADE, QUE NÃO EXITA E NEM ERRA,
SEJA FEITA EM TODA A TERRA E EM TODO O CÉU SEM FIM...
IRMÃOS DE TODA A TERRA, AMAI-VOS UNS AOS OUTROS!
IRMÃOS DE TODA A TERRA, AMAI-VOS UNS AOS OUTROS... SALVE DEUS!
PRECE DE SABAH
EU ESTOU RODEADO PELO SER PURO,
E NO ESPÍRITO SANTO DA VIDA, AMOR E SABEDORIA!
EU CONHEÇO A TUA PRESENÇA E PODER, OH ABENÇOADO ESPÍRITO!
A TUA DIVINA SABEDORIA AUMENTA SEMPRE A MINHA FÉ NA VIDA
E NA TUA PERFEITA LEI! EU SOU NASCIDO DE DEUS, PURO DOS PUROS,
E SENDO FEITO À TUA IMAGEM E SEMELHANÇA, SOU PURO.
A VIDA DE DEUS É A MINHA VIDA
E COM ELE VIBRO EM HARMONIA E INTEGRIDADE!
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 495

O CONHECIMENTO DE QUE TUDO É BOM ME LIBERTOU DO MAL!


EU SOU SÁBIO, POIS EXPRESSO A SABEDORIA DA MENTE
E TENHO CONHECIMENTO DE TODAS AS COISAS...
POR ISSO EU VIVO MEU DIREITO NA DIVINA LUZ, VIDA E LIBERDADE,
COM TODA A SABEDORIA, HUMILDADE, AMOR E PUREZA...
SOU ILUMINADO NAS MINHAS FORÇAS E VOU AUMENTANDO FORÇAS,
VIDA, AMOR E SABEDORIA... CORAGEM, LIBERDADE E CARIDADE..7.
A MISSÃO QUE DO MEU PAI ME FOI CONFIADA!
EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO! SALVE DEUS!
PRECE DE SIMIROMBA
Ó, SIMIROMBA, DO GRANDE ORIENTE DE OXALÁ!
NO MUNDO ENCANTADO DOS HIMALAIAS, FAZE A MINHA PREPARAÇÃO...
ILUMINA O MEU ESPÍRITO PARA QUE EU POSSA PARTIR, SEM RECEIOS,
NO AVANÇO FINAL DE UMA NOVA ERA!
FAZE EM MIM A VERDADEIRA FORÇA DO JAGUAR!
Ó, SIMIROMBA, DOS MUNDOS ENCANTADOS!
EM BREVE ESTAREI SOBRE O LEITO E JESUS, O SOL DA VIDA,
TRANSMITIRÁ, POR MIM, OS MANTRAS PODEROSOS
PARA A LIBERTAÇÃO DOS VALES NEGROS DA INCOMPREENSÃO...
Ó, SENHOR, PARTIREI CONTIGO... NADA TEMEREI!
PRECE TUMARÃ DO AMANHECER
SALVE DEUS, JESUS DIVINO E AMADO MESTRE!
NO ESPLENDOR DESTE AMANHECER, Ó, SENHOR,
CONCEDA-ME BOAS INSPIRAÇÕES,
PARA QUE EU POSSA, SEMPRE, TRILHAR O CAMINHO DO BEM!
PEÇO PAZ, SABEDORIA E FORÇA!
NÃO DEIXE QUE MAUS PENSAMENTOS VENHAM AFLIGIR MINHA MENTE.
AJUDA-ME A SER JUSTO E RACIONAL EM TODOS OS MOMENTOS DE MINHA VIDA,
NÃO DEIXE QUE EU SEJA LEVADO PELA LEVIANDADE DO MEU COTIDIANO.
PERMITA QUE EU POSSA MANTER, A TODAS AS HORAS,
A PERFEITA LIGAÇÃO DO MEU ESPÍRITO COM O TEU RESPLENDOR, QUE É DIVINO.
TENHO CONSCIÊNCIA DE QUE IREI SEMPRE COLHER O QUE EU PLANTAR.
DE TUDO O QUE FIZER DE BOM E JUSTO PARA MEU SEMELHANTE,
RECEBEREI, EM DOBRO, O RETORNO.
PEÇO QUE ME ENSINE, Ó, SENHOR,
A BUSCAR TUDO O QUE EXISTE DE BOM DENTRO DE MIM E NA NATUREZA!
TU DISSESTES QUE QUANDO HOUVESSE DUAS OU MAIS PESSOAS
REUNIDAS EM TEU SANTO NOME, TU ESTARIAS ENTRE ELAS.
PEÇO QUE CONSIDERE MINHA MENTE E O MEU CORAÇÃO COMO DUAS PESSOAS,
E, ASSIM, POSSAS ESTAR JUNTO A MIM,
ILUMINANDO MEU CORPO, MINHA ALMA E MEU ESPÍRITO - A MINHA TRINDADE.
PRETENDO SER HUMILDE, E NÃO QUERO ME EXALTAR E NEM SER MÍSTICO.
QUERO, SIM, APRENDER A AMAR O MEU SEMELHANTE COMO A MIM MESMO,
NÃO VER SENÃO O BEM EM CADA UM, E AMAR A TI SOBRE TODAS AS COISAS.
QUERO BUSCAR, COM SIMPLICIDADE, A PUREZA DAS FLORES,
A PAZ DAS CAMPINAS ORVALHADAS, A HARMONIA DOS RIOS CAUDALOSOS.
QUERO MANTER MINHA SINTONIA COM OS PLANOS ESPIRITUAIS,
PARA QUE EU POSSA, SEMPRE, ESTAR CONSCIENTE
E TER SABEDORIA PARA DISTINGUIR O CERTO DO ERRADO, O ÚTIL DO INÚTIL.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 496

SEI QUE ESTAMOS NUMA ERA DE SOFRIMENTOS E REPARAÇÕES,


EM QUE A DOR E O DESESPERO SE ALASTRAM PELA HUMANIDADE.
É A HORA EM QUE O HOMEM, EM TRANSIÇÃO NA TERRA,
SOFRE O SEU DESAMOR, SUAS ANGÚSTIAS, SEUS FRACASSOS...
O HOMEM SEM EVANGELIZAÇÃO NÃO SABE QUE É ESTA A OPORTUNIDADE
PARA FICAR MAIS LEVE E PODER COMPREENDER SUA JORNADA
PELA ILUMINAÇÃO DO CORAÇÃO, PELA EMISSÃO DO AMOR INCONDICIONAL,
QUE NOS CHEGA COMO FEIXES DE LUZ SOBRE TODOS NÓS.
AINDA ESTOU PRESO NA REDE DAS MALDADES E MESQUINHARIAS
DAS MENTES DESTES QUE ESTÃO AO MEU REDOR, ESQUECIDO DAS TUAS LIÇÕES
DE AMOR E TOLERÂNCIA QUE NOS ENSINAM A NUNCA JULGAR O NOSSO PRÓXIMO,
A ENTENDER QUE AQUELE QUE CAI NOS MOSTRA A PEDRA EM NOSSO CAMINHO!
Ó, SENHOR! HÁ TANTO O QUE FAZER...
TANTO A SER PLANTADO, TANTO A SER CONSTRUÍDO, TANTO A SER APRENDIDO,
E ME RESTA TÃO POUCO TEMPO!...
NÃO QUERO, NÃO PRECISO DAS GLÓRIAS TERRENAS.
QUERO SER, APENAS, O SEU PEQUENO SERVO, PACIENTE E COMPREENSIVO,
TENTANDO SER INSTRUMENTO DA TUA PAZ,
E PODER RECEBER O TEU OLHAR MISERICORDIOSO
QUANDO ME CHAMARES À TUA PRESENÇA.
SEI DO TEU AMOR, MAS SEI, TAMBÉM, DA TUA JUSTIÇA!
VOU PROCURAR SER HUMILDE, PRUDENTE, MANSO E PACÍFICO,
APRENDENDO E CUMPRINDO MINHA MISSÃO COM AMOR E DEDICAÇÃO,
FAZENDO DA CONDUTA DOUTRINÁRIA A MINHA LEI,
PENSANDO E FALANDO, SENTINDO E AGINDO
COMO UM VERDADEIRO JAGUAR A CAMINHO DE DEUS.
QUE MINHA PRINCESA, MEU MINISTRO, MEU CAVALEIRO E MEUS MENTORES
POSSAM SE SENTIR FELIZES QUANDO OLHAREM NO FUNDO O MEU CORAÇÃO,
REVESTINDO-ME COM A EMANAÇÃO DE SUAS LUZES,
PARA QUE ELAS POSSAM ALCANÇAR A TODOS QUE SE ACERCAREM DE MIM.
QUE TRANSMITINDO TRANQUILIDADE, BONDADE E ALEGRIA,
POSSA EU TRANSMITIR A TODOS A TUA SUAVE PRESENÇA. SALVE DEUS!

PRECONCEITO
O preconceito é uma das mais graves deformações da energia mental (*), pois forma uma
idéia ou conceito por antecipação, sem avaliação ou conhecimento dos fatos ou ações, envolvendo
um julgamento falso porque baseado na ignorância de qualquer contestação ou esclarecimento que
contrarie a opinião formada. São os preconceitos implantados na mente do Homem por uma série de
fatores, principalmente pela educação do lar e o meio social em que vive a pessoa. Os preconceitos
levam à intolerância, ao ódio irracional, à aversão a idéias, filosofias, outras raças, doutrinas, enfim
embasando o fanatismo, tão prejudicial ao Homem e à sociedade pelas perturbações que provocou,
sempre, na nossa jornada na Terra.
 “No mundo dos espíritos, onde as visões se encontram, sem paixões, sem teorias, há uma só
filosofia: SER OU NÃO SER. É o que acontece, meu filho, quando chegamos à nossa realidade.
Renunciamos às paixões, nos libertamos dos falsos preconceitos. Sim, porque o que chamamos
de preconceito é quando, num ato impensado ou mesmo jogado pelas forças de nossos destinos
cármicos, agimos fora da lei que impera a moral social e ferimos os sentimentos que pensam
possuir aqueles que estão cegos pelo orgulho, arraigados em um quadro obsessivo e que não
sabem analisar ou não sabem amar ao próximo como a si mesmo. Quando te apegares a alguém,
não te iludas e não iludas a ninguém, sentindo-te imortal para anular a personalidade, pensando
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 497

ter ou ser um amigo eterno. Lembra-te da escada fatal da evolução: O teu amigo ou o teu amor
poderá se evoluir primeiro. Quando Deus te colocar diante de um grande amigo ou um grande
amor, procura, sempre, acompanhá-lo para não o perder de vista. O homem só se liga a outro
como amigo e como irmão quando descendem de uma só evolução. Assim são, também, os
casais de amantes e nossos filhos.” (Tia Neiva, 24.5.80)

PRENDA
VEJA: PAGAMENTO

PREPARAÇÃO
A preparação visa mediunizar o mestre ou a ninfa para poder realizar seu trabalho espiritual
no Templo. Logo que chega diante da Presença Divina, na Pira (*), o médium ergue seus braços
estendidos, à altura do ombro, com as mãos quase se tocando, dedos entreabertos, e, de olhos
fechados, emite a chave: “SENHOR, SENHOR, FAZE A MINHA PREPARAÇÃO PARA QUE NESSE
INSTANTE POSSA EU ESTAR CONTIGO!” Em seguida, contorna a Pira, e faz o primeiro
cruzamento: com os braços levantados diante do Aledá, emite: “MEU SENHOR E MEU DEUS!”.
Prossegue sua jornada, passando por fora das colunas da Parte Evangélica, e, no centro da base da
Mesa, faz o segundo cruzamento: voltado para a Mesa e, com os braços erguidos, emite: “MEU
SENHOR E MEU DEUS!”. Está pronta a Preparação, e o médium pode dirigir-se a qualquer trabalho.
O ideal é que comece com sua participação na Mesa Evangélica, para tirar alguma carga que tenha
trazido consigo. Caso não faça a Mesa, deve dirigir-se ao Castelo do Silêncio, onde, de 3 a 5
minutos, buscará harmonizar-se. Ao entrar no Castelo do Silêncio, serve-se do sal e do perfume, faz
a reverência e, mentalmente, emite: “OH, JESUS, FAZE DE MIM CONFORME TUA SANTA
VONTADE!”. Senta-se e fica em concentração.
PREPARAÇÃO EM CONJUNTO - Na Abertura dos Retiros e dos Trabalhos Oficiais, os mestres e
ninfas se posicionam em filas a partir da Pira. O 1o. Presidente fica diante da Presença Divina, e a fila
de mestres inicia à sua direita, começando a fila das ninfas à sua esquerda. Não devem os
componentes das filas ficarem muito juntos. O ideal seria um espaço de cerca de 20 cm entre cada
um. O Presidente dá o sinal - bate palmas uma vez - e todos começam a cantar Mayante (*). Os
Presidentes fazem sua preparação, emitindo também a chave de Abertura da Corrente Mestra, e,
após deixarem a Pira, a primeira da fila das ninfas faz sua preparação, seguida pelo primeiro da fila
dos mestres, assim seguindo, alternadamente, fazendo os cruzamentos na Parte Evangélica, até
passarem todos. Somente no Angical não se fazem os cruzamentos, sendo feita a preparação
apenas na Pira. Nos casos em que haja muitos médiuns, Koatay 108 autorizou a preparação coletiva,
visando evitar aglomerações e desequilíbrios.
PREPARAÇÃO INDIVIDUAL - Se o médium chegar estando o trabalho no Templo já aberto, deve
proceder à sua preparação individual, agindo como descrito no primeiro tópico. Caso haja
impedimento para ter acesso à Pira, deve ir até diante do Pai Seta Branca e ali faz sua preparação,
apenas emitindo a chave da preparação como se estivesse diante da Presença Divina, na Pira. É
claro que não fará os cruzamentos. Nesses casos é imprescindível sua concentração no Castelo do
Silêncio antes de iniciar seus trabalhos.

PRETOS VELHOS
Os PRETOS VELHOS são falanges de espíritos de alta hierarquia, Raios de Olorum (*), que
assumem a roupagem de Pretos Velhos, atuando com simplicidade e carinho, em ação
desobsessiva, aliviando os seres humanos de seus cobradores e obsessores, desintegrando cargas
negativas pela força do amor. Também a eles está destinado o trabalho das comunicações,
confortando os aflitos, revertendo quadros de sofrimentos e dando esperança e paz àqueles que os
consultam. São verdadeiros seres revestidos de Luz e Amor, sempre protegendo e orientando as
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 498

pessoas, principalmente médiuns que são seus aparelhos, confortando-os ou, se for o caso,
repreendendo-os, mas sempre com ternura e carinho, jamais magoando ou humilhando quem quer
que seja. Um cuidado especial deve ser tomado, desde o Desenvolvimento, para que ninfas tenham
Pretas Velhas como Mentoras e mestres tenham Pretos Velhos, com vistas ao Emplacamento.
Todavia, uma ninfa pode trabalhar com um Preto Velho, em seu atendimento nos Tronos, sem
qualquer impedimento. (Veja: Africanismo, Angical, Enoques e Mãe Tildes)

PREVISÕES
Desde os primórdios da criação, o Homem deseja desvendar seu futuro, para isso se valendo
de alguns conhecimentos que se perderam com as antigas civilizações e apelando para qualquer
coisa que lhe pareça útil para conseguir saber os acontecimentos futuros. Astronomia, Tarô, Oráculos
e Profetas se misturam com idéias modernas informatizadas, com mapas astrais e projeções feitas
por computador. Com o desenvolvimento da Ciência, o Homem estuda os meios mais seguros para
suas previsões econômicas, meteorológicas e estatísticas, certo de que, com o aprimoramento
técnico, poderá estabelecer leis para prever fenômenos futuros. Inseguras, as pessoas buscam
orientação em seitas, adivinhos, horóscopos, etc., tentando obter respostas para seus medos e suas
dúvidas. Qualquer previsão ou profecia é perigosa e arriscada, frágil e comprometedora, porque
envolve inúmeras variáveis, que podem se modificar na medida em que se movimentam e progridem
os vários fatores individuais e gerais que formam o futuro. Na I Epístola aos Tessalonicenses (V, 20
e 22), Paulo adverte: “Não desprezeis as profecias. Examinai tudo: abraçai o que é bom. Guardai-vos
de toda aparência de mal.” Em nossa Doutrina aprendemos a não confiar nas comunicações (*) até
termos a certeza da verdadeira natureza daquele espírito incorporado, e os perigos das profecias.
Nada é imutável, nada é fixo, parado, no futuro. Com a nossa fé, podemos alterar muitas coisas, que
seriam bem diferentes se não agíssemos dentro da conduta doutrinária (*), com amor, tolerância e
humildade. Pedras e buracos que nós mesmos colocamos em nossa estrada podem ser suavizados -
e até mesmo desaparecer - pelo nosso desenvolvimento mediúnico e nossa aplicação na Lei do
Auxílio. Assim, qualquer que seja uma profecia ou uma previsão, ela se torna perigosa, pois gera
expectativas que nem sempre se satisfazem ou acontecem. O que mais vemos, em nossa Corrente,
são pessoas ansiosas pelas previsões. Sabemos que o médium Apará (*) equilibrado, bem
desenvolvido e consciente de sua Doutrina, jamais ingressa nesse perigoso terreno. Os Mentores e
os Espíritos Iluminados nunca fazem previsões ou profecias, não revelam o que está por vir,
limitando-se a nos aconselhar e a nos instruir sobre nossa conduta, pretendendo, com isso, evitar
nossa negligência com o presente e o desvirtuamento de nossa jornada. A certeza de um fato futuro,
venturoso ou infeliz, abalaria nossa ação que, no presente, poderia modificá-lo pela Lei de Causa e
Efeito. Hoje, vivemos em decorrência de fatos transcendentais, de ações que cometemos no
passado, buscando corrigi-las. E é hoje que estamos construindo o nosso amanhã. Muita coisa pode
ser evitada ou modificada se nos aplicarmos na Doutrina e buscarmos cumprir a conduta doutrinária.
As previsões mais famosas são de natureza coletiva, como as do Apocalipse, do Evangelista João, e
as de Nostradamus e espíritos que tiveram suas identificações como “aparições de Nossa Senhora”,
missionários que vieram para alertar os povos da Terra para acontecimentos que viriam para testar a
coletividade. Mesmo Koatay 108, abordada sempre no final dos anos para fazer previsões para o ano
que se iniciaria, fazia previsões coletivas e com muito cuidado, preocupando-se com as possíveis
interpretações do que revelava.
 “Nós temos capacidade para remover, nós temos capacidade para muito mais, se soubermos, se
nos compenetrarmos do nosso papel, mas do papel sem refúgio, este papel pelo qual o Espírito da
Verdade nos guia, curando, emanando, isto sim, sem pretensão de ficarmos ali num Trono, ou
onde quer que seja, com espírito de profeta ou profetiza! Esta é uma das coisas mais erradas que
ainda temos, um ranço aqui na nossa Corrente. A maioria dos aparás diz assim para mim: Tia,
estou ouvindo a minha comunicação! Eu sempre repilo: Você está ouvindo a comunicação do
Preto Velho! Salve Deus!” (Tia Neiva, 27.6.76)
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 499

 “Eu era muito jovem quando me enclausurei neste mosteiro. Porém, antes de entrar aqui tive
grandes experiências com o que vi. Houve um tempo em que a Índia era o ponto principal das
revelações. Vinham de muito longe curiosos, romeiros, magos, videntes, gente que vivia por aqui,
à espreita das oportunidades de suas alucinações. E uma dessas aconteceu com um famoso
Lorde que veio da Inglaterra para saber o destino de seu filho recém nascido, e foi atendido por um
mestre que estava de saída, com seus companheiros que o ficaram aguardando na célebre
porteira, para assim cada um ter a sua direção. O fidalgo insistia e o mestre contou, sem amor, o
que via: disse-lhe que seu filho teria um mal destino e lhe deu todo o roteiro da sua vida - em tal
tempo aconteceria isto, em tal tempo seria assim!... Na verdade, o fidalgo saiu dali louco. Seu filho,
que até então era sua alegria, passou a ser sua própria sentença! A partir daí não fez outra coisa
senão sofrer, à espera dos acontecimentos, por toda sua vida. Porém, nada daquilo aconteceu. O
jovem foi feliz, casou-se e nada sofreu de mal, enquanto o Lorde, seu pai, se amargurou por toda
sua vida. Não preciso dizer que as vibrações do fidalgo destruíram o impensado mestre. Ninguém
teve a intenção de magoar ninguém, porém o pecado das palavras impensadas de um mestre ou
clarividente são algo muito sério. Veja sempre em tua frente o fidalgo, o Homem que sofreu as
conseqüências do seu orgulho. Nunca faças como o impensado mestre; nunca participes com
ninguém. Sejas, antes de tudo, um psicanalista. É bem melhor que as pessoas se afastem
desacreditando de ti do que desacreditando de si mesmas.” (Humarran, UESB, maio de 1960 - Tia
Neiva, Minhas Palestras com Humarran, 30-5-78)
 “Marcamos uma história que o Velho Mundo ensinou quando surgiu o Cristianismo. Subiram os
Deuses Alexandrinos e o Mitra Solar para combater a adivinhação e os adivinhos porque, além de
sua magia, formavam um grande comércio, e a religião não sobrevive ao lado dos adivinhos, dos
magos e das pitonisas. Condenam-se os adivinhos porque predizem sem a intervenção divina!
Muitas vezes pensamos que somos obrigados a dizer o que exige a sua real intuição. Não,
absolutamente! A profecia ou adivinhação é algo muito perigoso. A nossa obrigação, em Cristo, na
Lei do Auxílio, é procurar, pois, nossa Luz íntima, oferecendo, aceitando e confiando o máximo de
nós, sem nada pedir em troca, isto é, nem mesmo a vaidade pelos fenômenos de que somos
portadores. Estamos no caminho dos Homens e, por isso, nos devemos guardar de cada ser, de
cada coisa. Uma expressão diferente para fazer Luz desde as manifestações dos humildes, dos
planos inferiores desta Natureza em sua feição divina, porque até o mar profundo sabe agasalhar
sua natureza. Sim, a função do duplo é servir como condutor e condensador de energia e de
emanações ectoplasmáticas entre o perispiritual e o físico. É um processo no centro de forças a
que denominamos chakras. Neamze, uma rica pitonisa que estarrecia a todos com sua força, tinha
um poder que, de qualquer forma, era eficiente. Sim, ainda se falava de Amon-Zeus por todo o
Egito - Oráculo de Amon-Zeus. Neamze era uma das Divinas. Após curar o filho de Thunis, fez
uma adivinhação: preconizou a morte de sua escrava preferida. Thunis ficou furioso e esperou o
dia fatídico. Porém, a escrava não morreu naquele dia. Então Thunis esqueceu do que recebera e
pensou: foi a fatalidade que decidira a cura do seu filho. E acusando Neamze de impostora,
mandou matá-la. Três dias depois, sua escrava morreu. Seu filho foi feliz e nada lhe aconteceu de
mal. Thunis foi infeliz por toda sua vida. No entanto, tudo era tão lindo antes da adivinhação!...
Sim, filho, não te preocupes se o teu Mentor não é um adivinho. Partimos para os curadores ou
curandeiros que não são médiuns Aparás, ou o são, mas não se desenvolveram, e fazem suas
curas por seu canal de emissão, que Deus lhes proporcionou. Pagam, na maioria das vezes, os
velhos débitos pelas críticas e observações maldosas dos que são curados. A percepção é algo
perigoso. O médium que tem a faculdade da percepção vive sempre triste por suas percepções.
Eu, com toda a minha clarividência, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, sofro por não saber
assimilar uma visão. Filho: para ser um verdadeiro medianeiro, viver emitindo a voz direta do Céu,
é preciso única e exclusivamente a sua conduta doutrinária, ao lado de seu Mentor, para sustentar
a sua emissão.” (Tia Neiva, 8-4-79)
 “O Brasil será o grande celeiro do mundo. Seu governo atingirá a meta final do desenvolvimento
atual. Tudo será pela vontade de Deus! Antes, conflitos, inseguranças, tragédias dos suicidas,
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 500

porém tudo passageiro. Vejo o desenvolvimento de três grandes metrópoles que trarão a volúpia
feliz financeira e econômica. Vejo, também, três grandes acontecimentos, que até então nunca
houve, marcando a marcha evolutiva para uma Nova Era. E antes que apareçam os primeiros
sinais no céu, o Brasil terá grandes descobertas de velhas e poderosas civilizações, minérios,
inventos ou descobertas científicas. Aparelhos vão atravessar o céu. Uma densa cortina de neve
irá mais uma vez abençoar o Brasil. Aparecerão seres de outra dimensão que não farão nem bem
nem mal, bom porque o Homem se elevará a Deus. Muita água em alguns lugares, erosões
normais na terra, porém nada que desmanche esta linda paisagem brasileira. As ressacas
constantes darão tempo ao Homem para pensar. Então, o espírito do El Dorado pousará pela
Eletrônica e tudo se modificará. Estas visões são as mais puras que vejo do nosso Brasil, por que
tanto peço em meus cantos e em preces. Peço a Jesus que arranque os meus olhos quando, por
vaidade, enganar os que me cercam!” (Tia Neiva, 11.12.79)
 “O mundo não vai acabar. Digo pelos meus olhos que entreguei a Jesus a bem da verdade: o
mundo não vai acabar! Sofrerá o velho continente algumas intempéries do tempo, porém será
reconstruído pelo próprio Homem. 1982! O Brasil será o celeiro do mundo. Continuarão as
descobertas, concretizar-se-ão minerações de inúmeras pedras preciosas e outras descobertas
trazidas pelos nossos cientistas. Sim, mesmo com as desastrosas enchentes e tristes
desabamentos. No final de 1982 haverá um acontecimento no estrangeiro que trará ao Brasil
alguns problemas - será o choque entre dois países. Ainda em 1982, uma multinacional trará um
rápido desenvolvimento. Todos estão com medo do ano 2000 e comentam com tristeza, Porém, o
que os meus olhos alcançam é bem ao contrário. Os sinais de outras dimensões irão convencer o
Homem a preparar o seu Sol Interior e teremos uma Nova Era! Vamos pensar na vida econômica
e financeira do nosso Brasil. Pela minha clarividência, teremos um alívio até julho. É a vontade de
Deus! Aos poucos, vai-se cumprindo...” (Tia Neiva - Perspectivas/82, 30.11.81)
 “1983! Ano de insegurança e de rumores, por acontecimentos diversos que pouco marcarão na
História. Tratados de outros países em desajuste nos trarão tal insegurança. Novos candidatos
políticos farão bons governos. Um país vizinho, inflado por outros países, ficará por longo tempo
em ameaças e desatinos contra o Brasil e outros países, sem nada conseguir, porém levando
insegurança e desespero aos leigos políticos. Continuarão as descobertas de ouro, pedras
preciosas e minérios. Um grande lençol de água ameaça romper o fundo de uma escavação,
fazendo submergir uma fortuna em ouro. Todavia, a maior riqueza está mais perto da superfície.
Se o Homem se alertar, poderá evitar tal desastre ecológico. Homens acrisolados no ódio irão se
aproveitar de mil outros, planejando e resultando no que nunca aconteceu no Brasil - sangue!
Teremos, sim, algumas guerras na Natureza, tais como enchentes e desabamentos. Amazonas: o
grande gigante que dorme não tardará a desabrochar o que até então vem escondendo em suas
águas e em sua selva! Amazonas - vida em outra dimensão, que vive em outra composição...
Cidade marinha... Ruínas de antigas cidades... Homens já preparados para o Terceiro Milênio!
Tudo desabrochará nesta década de 80. O Velho Mundo continuará marchando para sua
destruição! Harmoniosos contatos entre os líderes do mundo poderão evitar choques entre eles.
Se os Homens se apertassem as mãos e se compreendessem, não precisaria a transformação
para o Terceiro Milênio. Os altos planos glorificam o Brasil por este grande triunfo de 1982, pela
atitude deste nosso governo. A confiança traduz segurança. O Homem seguro não teme o outro.
Por conseguinte, não haveria motivos para guerras. Nem toda profecia é fatal. A vibração do
Homem e sua vigilância podem suavizar os desígnios das previsões.” (Tia Neiva, nov/82)
 “Filho, vamos começar nos primeiros passos para uma vida missionária. Filho, seja você mesmo a
descobrir a sua estrada na Vida, sem profetas ou profetizas. Descubra o seu próprio caminho e
ande com suas próprias pernas. Desperte para a Vida, a verdadeira Vida! Não desanime à frente
dos obstáculos. Os obstáculos são atraídos pela força do nosso triste pensamento! Não se
impressione com os sonhos e não fique a querer interpretá-los. O sonho é uma arma dos
supersticiosos. Procure o lado bom da vida, seja otimista. Procure subir e espere sempre o melhor.
Com o coração esperançoso, teremos todas as coisas nobres que desejarmos. Filho, o que desejo
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 501

é transmitir um pouco desta sabedoria que a Vida Iniciática nos tem proporcionado nesta jornada!”
(Tia Neiva, 17.6.83)

PRINCESAS
Sete espíritos de elevada hierarquia vieram, junto aos Enoques (*), para implantar as raízes
do Adjunto de Jurema no Brasil Colônia, em 1700, sendo que seis encarnaram como escravas negras
e uma como sinhazinha branca. Esta foi Janaína, e as seis foram as gêmeas Jurema e Juremá, mais
Iracema, Jandaia, Janara e Iramar, que se reuniram na Cachoeira do Jaguar a Pai João e a Pai Zé
Pedro para delinear todo o sistema do Africanismo (*) que chegaria até nós, no Vale do Amanhecer,
para formação final do Adjunto de Jurema, na força do Jaguar. Em suas encarnações como
escravas, as Princesas realizaram grandes trabalhos. Iramar, por exemplo, ficou famosa como
Anastácia, personagem cercada de grandes fenômenos, com sua boca tampada por uma máscara de
ferro, que tem muitos devotos em diversas linhas, embora haja muita controvérsia sobre suas obras e
até mesmo sobre sua existência, levantadas por correntes contra o Espiritualismo. A manutenção da
Unificação - trabalho dos Quadrantes - é realizada diariamente, entre 16 e 16,30 horas, como consta
no Livro de Leis, sendo cada dia da semana dedicado a uma Princesa e a uma Falange. Assim,
temos:
DIA DA SEMANA PRINCESA FALANGE
domingo JUREMA Sublimação
segunda-feira JANAÍNA Consagração
terça-feira IRACEMA Sacramento
quarta-feira JANDAIA Cruzada
quinta-feira JUREMÁ Redenção
sexta-feira JANARA Anunciação
sábado IRAMAR Ascensão
 “João pregava a Doutrina, o amor, aliviando o chicote dos senhores. Pai Zé Pedro tocava os
tambores para alertar seu povo nas outras fazendas, onde viviam Iracema, Jandaia, Janara e
Iramar, contando também com Janaína, pequena sinhazinha que muito amava os Nagôs. Eram
jovens, com apenas 18 anos, que sofriam as incompreensões de suas sinhazinhas e as
perseguições e seduções dos seus sinhorzinhos. Era uma desdita o que, naquele tempo, sofriam
aquelas escravas missionárias! Porém, na senzala de Pai Zé Pedro, tudo ia muito bem. Vinha
gente de longe, e as curas se realizavam com tanto amor que se propagou o Africanismo com a
sua presença... (Tia Neiva, O Amanhecer das Princesas na Cachoeira do Jaguar, s/d)

PRÍNCIPE
Pequena flor artificial que Koatay 108 preparava na Alta Magia, de acordo com as
necessidades de cada um, a quem ela entregava para ajuda e proteção.

FALANGE MISSIONÁRIA PRÍNCIPE MAYA


Os Príncipes Mayas são subordinados ao Adjunto Yuricy, Mestre Edelves, na regência do
Adjunto Aratuso, Mestre Valdeck, mas têm a coordenação do Primeiro Príncipe, Adjunto Adelano,
Mestre Gilmar. Inicialmente criados para participarem do ritual do Casamento, onde conduzem a
espada para o noivo, os Príncipes passaram a tomar parte em todos os rituais, embora não
participando da corte. Visando dirimir dúvidas e adequar o ingresso e a participação de mestres nas
falanges, bem como as suas atribuições, os Trinos Presidentes Triada, em reunião realizada com os
Mestres Devas (Alufã, Adejã e Umaray), no dia 3.10.98, decidiram que a partir desta data deveriam
ser observados os seguintes procedimentos (Orientações às Falanges Missionárias N.º 1): 1. Fica
limitada a 12 anos a idade mínima e a 18 anos a idade máxima para os jovens ingressarem nas
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 502

falanges de Nityamas/Nityamas Madruchas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes Mayas. Os referidos


mestres e ninfas poderão pertencer às respectivas falanges por tempo indeterminado, ou seja, não
haverá idade limite para deixarem as suas falanges. A partir dos 16 anos de idade, o jovem que não
desejar participar de uma das falanges citadas poderá escolher outra falange missionária de sua
afinidade; (...) 3. A emissão reduzida (provisória) deverá ser utilizada pelas Nityamas. Gregas, Mayas,
Magos e Príncipes, não centuriões, exclusivamente para acender a Chama da Vida no Turigano,
quando da Entrega das Energias. Frisamos que não poderá ser utilizada nos trabalhos de Abatá,
Alabá, Quadrantes, Anodização, Sandays etc.; 4. Nos Trabalhos de Julgamento e Aramê a corte de
Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes deverá ser liberada logo após conduzirem a
representante da Condessa Natarry ao seu posto. Não deverão permanecer no Turigano até a
incorporação de Pai João de Enoque ou o término do Aramê. Após apagarem a Chama da Vida, o
Mago e a Nityama escalados deverão ser liberados; (...) 8. A ninfa (ou mestre) somente deverá
participar de uma falange missionária quando receber a sua Consagração de Centúria, com exceção
do ingresso nas falanges de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes. Contudo, se desejar, está
liberada a fazer a sua consagração com a indumentária da falange; (...) 18. A partir desta data, a
emissão de todas as missionárias(os) deverá ser entregue pelo Castelo dos Devas, com a
apresentação, por escrito, da Primeira ou Primeiro da falange, conforme modelo padronizado pelos
Devas, exceto as emissões das ninfas e mestres das falanges de Nityama, Grega, Maya, Mago e
Príncipe, não Centuriões, as quais devem ser entregues pela Primeira ou Primeiro após uma
avaliação para acender a Chama da Vida.
 “Os Príncipes Mayas têm os seus Adjuntos de origem, mas são missionários de Adjunto Yuricy e
têm o dever de estarem harmonizados com o Adjunto Yuricy e seguirem suas escalas de trabalho.”
(Tia Neiva, 8.10.85)
 “Por determinação dos Trinos Presidentes Triada, a partir da presente data os Magos e Príncipes
Mayas, para participarem dos trabalhos evangélicos e iniciáticos na sua individualidade, deverão
usar o uniforme de Jaguar (camisa preta, calça e capa marrons). A indumentária de Falange ficará
restrita aos trabalhos da Falange nos rituais do Amanhecer. Por se tratar, na sua maioria, de
jovens, menores de idade, deverão obedecer às orientações já existentes sobre o assunto.”
(Trinos Presidentes Triada, 9.2.97)
 “Meu irmão, seja benvindo! Que encontre aqui, nesta Falange de Príncipes Mayas, tudo aquilo que
um dia, no transcendente, te propusestes a buscar. Ser um Príncipe Maya é muito mais do que
usar a indumentária da Falange: é rasgar o véu do tempo, é ir em busca dos seus tesouros que
foram deixados pelos corredores intermináveis do tempo, é assumir um compromisso, acima de
tudo, consigo mesmo, com o Cristo Jesus, com o Simiromba de Deus e com nossa madrinha
Koatay 108 na busca de teus irmãos que ainda gemem e choram, aguardando, quem sabe, esta
oportunidade de tu estares à altura para poder auxiliá-los. No plano das realizações físicas, tudo
terás para favorecer o teu trabalho mediúnico, onde encontrarás pessoas como tu, que buscam a
incansável meta evolutiva. Se lembrarmos de Yucatan, tiraremos uma grande lição: Somente pelo
amor é que conseguiremos nos livrar de outro fracasso no processo reencarnatório, pois a
oportunidade que nos é concedida é tão importante que não temos palavras para tentar descrever.
Nos altos planos do céu vivem aqueles que te confiaram esta rica e feliz oportunidade, onde terás
a ajuda de mais dois Ministros - o Ministro Yuricy e o Alufã ou Adejã. Saibas que estes poderes
são teus, e caberá somente a ti a decisão de caminhar em busca de tua meta evolutiva. Terás os
seguintes trabalhos exclusivos dos Príncipes Mayas: Recepção das Escaladas e Quadrantes, com
emissão e canto; Honra e Guarda na Bênção de Pai Seta Branca; Casamentos (condução da
bandeja e espada); uma escalada no último sábado de cada mês, junto com as Yuricys; Abatás
aos domingos pela manhã; e Estrela Sublimação das Yuricys. Este pouco que temos é que, na
verdade, representa toda a nossa razão de ser e que, a partir deste momento, também será teu.
Boa sorte, é o que te desejo. Salve Deus!” (Gilmar, Regente Príncipe Maya)
CANTO DOS PRÍNCIPES MAYAS:
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 503

Ó, JESUS, ESTA É A HORA PRECISA DE MINHA VIDA! TEU FILHO TE QUER FALAR! SOU
AQUELE CAVALEIRO DAS CORDILHEIRAS QUE DESCEU PARA ENFRENTAR O MUNDO, QUE
SE DESTINAVA À ESTRELA TESTEMUNHA, QUE UNIA AS TRIBOS NUM SÓ PENSAMENTO,
NUMA SÓ EVOLUÇÃO. EU SOU O ESPÍRITO ESPARTANO! EU VI A LUZ DA VERDADE! PORÉM,
FUI AQUELE QUE FRACASSOU!... EM VEZ DA LUZ, TRISTE, PERCORRI OS CAMINHOS...
FRACASSEI POR NÃO SABER AMAR! E NESTA BENDITA HORA, JESUS, SÓ TU PODERÁS ME
DAR A PAZ. QUERO GRITAR AO MUNDO INTEIRO, NO CALOR DESTA DOUTRINA: SALVE
DEUS, JESUS QUERIDO! TENHO A FORÇA BENDITA DESTE AMANHECER E, PELO PAI SETA
BRANCA, ESTOU AQUI. OBEDEÇO E OBEDECEREI AS LEIS QUE ME REGEM DESTE
AMANHECER. SOU MAYA! PARTO COM -0-// EM TI, CRISTO JESUS. SALVE DEUS!

PRISÃO
A Prisão é um trabalho muito sutil e importante, porque é a libertação de nossas vítimas do
passado, de espíritos acrisolados no ódio e na vingança, que têm a oportunidade de, através desse
trabalho, se conscientizarem e de renascerem para a Luz, perdoando seus algozes do passado e
retomando suas jornadas interrompidas por nossos atos impensados ou com trágicos motivos de
violência, luxúria e ambição. Temos dois tipos de trabalhos de libertação, que se alternam de quinze
em quinze dias no Templo-Mãe: Julgamento e Aramê (*), que estão descritos no Livro de Leis,
inclusive com suas variações para execução nos Templos do Amanhecer, e contendo a Lei da
Libertação Especial. No Julgamento, o médium do Amanhecer se confronta com uma vítima
individualizada, isto é, um espírito de alguém que foi sua vítima em outra encarnação, pelos mais
diferentes motivos, mas que se tornou um cobrador pessoal; no Aramê, não há uma ligação
individual, mas sim de grupos, já que congrega espíritos de vítimas de ações coletivas, tais como
ataques militares, ações opressoras e repressoras, operações mercenárias e de conquista, onde se
dizimavam populações inteiras das pequenas cidades, dai não sabermos quem são essas nossas
vítimas, mas tendo elas em sua mente a nossa imagem, aquele que foi o seu verdugo e de toda sua
família. No Julgamento nos defrontamos com alguém com quem tivemos um caso de traição, de ódio
ou desamor; no Aramê são espíritos cujo único motivo de terem sido destruídos foi estarem em
nossos caminhos!... Para assumir uma Prisão, o médium deve estar bem, pois vai precisar de todo o
seu equilíbrio e de toda a sua força para conseguir alcançar o objetivo do trabalho. Pegar os bônus
em seu Livro e obter bônus pela participação nos trabalhos da Lei do Auxílio deve ser a preocupação
maior. Não temos, na verdade, qualquer idéia da quantidade de bônus que recolhemos, pois um
bônus depende de muitas coisas, do íntimo de cada um, da forma como participa dos trabalhos.
Quando começou o trabalho de Prisão, o número de bônus obtido nos demais trabalhos era muito
pequeno, segundo o estabelecido por Tia Neiva em suas aulas dominicais. Como isso acarretou o
esvaziamento dos trabalhos por parte dos Prisioneiros, que preferiam ficar colhendo bônus em seus
Livros, Tia Neiva foi aumentando o crédito pelos trabalhos, o que resultou numa verdadeira inflação -
hoje, quase toda participação em qualquer trabalho, rende 1.000 bônus! E podemos ouvir, em fitas
gravadas em aulas, Tia Neiva consultando a Espiritualidade sobre conceder 50 bônus ao Prisioneiro
que participasse de uma Estrela Candente! Os Livros de Bônus não devem ser jogados fora e nem
reaproveitados em uma outra Prisão. São focos de energia que podem nos ajudar nos momentos
difíceis. Caso alguém não os queira guardar, devem ser queimados. O mesmo deve ser feito com
exês, capas e vestidos que fiquem inservíveis. O primeiro passo para implantar o trabalho de Prisão
foi dado quando Tia Neiva, em 1981, trouxe o Anodaê da Legião, fazendo sete Prisioneiras e seus
respectivos Sentinelas, sendo estabelecido o atual sistema em carta de 14-12-82, como consta no
Livro de Leis. Inicialmente, Tia Neiva fazia a história de cada caso, e foi interessante conhecer
passagens em que muitos mestres e ninfas estavam envolvidos, com isso propiciando até
emocionantes reajustes que aconteceram nos Julgamentos. Uma situação, das muitas passagens
que tivemos em nossas jornadas na Terra, e que trazemos para nossa prisão, está descrita na
história da Fazenda dos Três Coqueiros, que pode ser vista em Mãe Tildes (*) e outra, em carta sem
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 504

data, em que ela conta uma passagem na Guerra de Tróia, e dá o nome atual dos personagens,
como consta abaixo. Depois, com o aumento do número de prisioneiros, isso se tornou impossível, e
cada um passou a receber uma pequena mensagem com um “Príncipe”, pequena flor trabalhada por
Koatay 108, ao ser libertado. Às ninfas era entregue: “Querida Filha, Salve Deus! Que a sua força,
juntamente com essa amacê que você tem agora, possa emanar esses irmãozinhos, caindo sobre
eles como pétalas de rosas que irão despertá-los para uma nova vida, bálsamo sagrado que irá
iluminar as Trevas em que estão perdidos, tirando o ódio e o rancor de seus corações e fazendo com
que tenham novamente esperança, amor e equilíbrio. Assim como no passado você foi instrumento
de suas aflições e injustiças, que hoje, evoluída, possa ser o instrumento da libertação - deles e sua -
graças a essa feliz oportunidade que nosso querido Pai Seta Branca lhes proporcionou. Estamos
felizes com todo esse maravilhoso trabalho e pedimos ao Divino e Amado Mestre Jesus que envolva
a todos com o Seu Sagrado Manto, para que a Luz e o Amor acompanhem eles e nós nessas novas
jornadas. Salve Deus!” Aos Jaguares era entregue uma mensagem nos seguintes termos: “Salve
Deus, meu Filho Jaguar! És consciente das vidas transcendentais deste mundo físico em que
vivemos, em que já ocupamos outros corpos, em que já caminhamos em outras trilhas, onde já
subimos e descemos na esperança de um novo comportamento e, no entanto, mais uma vez nos
emaranhamos e nos fizemos cobradores e cobrados. A Justiça de Deus nos permite a graça, nesta
feliz oportunidade, de sermos prisioneiros dos Cavaleiros de Oxosse e das Grandes Legiões. E hoje,
filho, escolhido pelo teu Cavaleiro, te libertas daqueles que impediam teus passos no progresso de
tuas vidas material e espiritual, e de muito no teu quadro sentimental. É tudo que posso dizer! Filho,
não precisas saber especificamente o que fostes. Só digo que os anjos e os santos espíritos, que já
se libertaram dos seus destinos cármicos, nunca serão prisioneiros no mundo das Legiões. Esta
pequena flor é um “Príncipe Imantrado”, que eu preparei na Alta Magia para ti. Guarde-a e, se
possível procure levá-la sempre contigo. Alerta, filho! Continue a lutar, tirando os bons proveitos desta
libertação, porque, filho, só cai aquele que não está seguro em si mesmo. Partirás daqui sem a
perseguição destes que foram suas vítimas do passado!” Quando entre nós, Koatay 108 fazia as
prisões. Com seu desencarne, a necessidade ou não de ficar prisioneiro foi entregue à própria
consciência do médium, que já tinha como sentir suas condições para assumir uma Prisão. Nenhuma
entidade faz um médium assumir a Prisão. O que acontece é uma sugestão, dada por um Preto
Velho num Trono, para que alguém, que se sinta em condições plenas de energia e equilíbrio,
assuma, quando lhe convier, uma Prisão, pois a Entidade está vendo um quadro em que isso se faz
necessário. Para assumir uma Prisão há que se estar em condições de ajudar àquele irmão que será
colocado junto a nós para ver que, hoje, somos diferentes daquele que o jogou naquela triste
situação. Sem prepotência, sem arrogância, sem ódio, temos que estar conscientes de que teremos
que agir com todo nosso equilíbrio, harmonia e amor no período da Prisão, para demonstrar àquela
nossa vítima do passado que hoje somos diferentes. No nosso coração vibra o Amor, quebramos
nossas armas, nos despimos de nosso orgulho, de nossa vaidade, e ali estamos, com humildade,
colhendo os bônus-horas para nossa libertação. Devemos estar alertas, pois a presença do cobrador
(ou cobradores) junto a nós modifica nossa sintonia mental, nosso padrão vibratório, podendo nos
causar mal-estar e até mesmo dores físicas e alta sensibilidade, tentando nos levar à irritação e à
desarmonia. Por isso devemos evitar iniciar uma Prisão quando estamos atravessando fases difíceis,
quando estamos enfraquecidos por algum mal físico ou vibracional, pois já estaremos prejudicados
na essência do trabalho, que é a recuperação de nosso cobrador. Este precisa saber que não somos
mais aquele que o desgraçou. Ele vai saber disso pela nossa harmonia, pela nossa dedicação na Lei
do Auxílio, pela vibração do nosso amor, e, especialmente, pela nossa reação àquelas situações em
que ele nos colocar. Temos que fazê-lo perceber e acreditar em nossa mudança. Ele terá que ter
certeza de que esta mão que hoje lhe estendemos é a mão de um irmão amoroso que o quer trazer
para a Luz, e não é mais aquela mão de alguém dominado pela paixão, pela vaidade, pela ambição,
a mão armada que tirou sua vida e cortou seus sonhos, sua esperança, instrumento de um coração
sem amor! Pela seriedade e pela grandeza, o trabalho de Prisão deve ser assumido com muita
consciência, amor e humildade. Senão, o que pode acontecer a quem se deixa levar pelo
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 505

desequilíbrio, pela desarmonia, é aumentar o ódio daquele cobrador, desapontado com mais uma
oportunidade perdida, por ver que aquele seu algoz em nada mudou, e que retorna à condição de
cobrador com maior intensidade, sem se ter libertado no Julgamento ou no Aramê, onde se fazem
presentes a representante de Koatay 108 e a da Condessa Natharry, a testemunha de todos os
tempos, que representa o Espírito da Justiça, e se veste toda de preto porque é uma verdadeira
projeção de Chapanã, o Cavaleiro da Lança Negra, que aplica a Justiça Divina na Terra. Estão
descritas no item “Indumentárias” as utilizadas na Prisão. Para as crianças, Koatay 108 estabeleceu
uma Prisão em mensagem de 22-10-83, mas ante exigências legais, decorrentes do Estatuto da
Criança e do Adolescente, o Conselho de Trinos, em reunião de nov/96, suspendeu o Pequeno Pajé
e a prisão de crianças e adolescentes. Por decisão dos Trinos Presidentes Triada, em 3.10.98, nos
Trabalhos de Julgamento e Aramê a corte de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes deverá
ser liberada logo após conduzirem a representante da Condessa Natarry ao seu posto. Não deverão
permanecer no Turigano até a incorporação de Pai João de Enoque ou o término do Aramê. Após
apagarem a Chama da Vida, o Mago e a Nityama escalados deverão ser liberados.
 “Esta é uma brincadeira que Dubali, Doragana, Reili e Sabarana fazem na Legião. Serão
sorteadas sete ou quatorze ninfas, através de fichas numeradas. Depois de sorteadas as ninfas,
serão sorteados sete ou quatorze mestres, também com fichas numeradas. Será feita, depois do
sorteio, a apresentação dos pares correspondentes a cada número, sendo feita a chamada pelas
Guias Missionárias e Cavaleiros, da seguinte forma: número 1: Acácia Vermelha (por exemplo),
ninfa Rosa - terá como Sentinela o 1o. Cavaleiro da Lança Fagouro Verde, mestre Luís (que foi
sorteado também com o n. 1); e assim vão sendo formados os pares: as ninfas serão as
PRISIONEIRAS e os mestres os SENTINELAS. A ninfa irá vestir roupa de escrava grega helênica.
Essa indumentária é igual para ninfa Sol ou ninfa Lua. Assim, não poderá receber espíritos
sofredores. Isto quer dizer que não poderá trabalhar na Mesa Evangélica e nem nos Tronos. Para
se libertar, a prisioneira deverá acumular bônus-horas nos trabalhos, guardando comprovante de
sua participação, que serão seu resgate no Julgamento. Não há, absolutamente, inconvenientes à
sua conduta fora do seu trabalho e seu comportamento deverá ser o mesmo. Porém, deve ter
cuidados, não extravasar o seu gênio difícil, porque estará vivendo a personalidade da Guia
Missionária que lhe deu o nome. Os Sentinelas ficarão encarregados de olhar por suas
Prisioneiras. Serão os primeiros a saber os caminhos, o comportamento doutrinário (no Templo),
fiscalizarão os bônus-horas, etc. Também eles deverão estar conscientes de que estão vivendo a
personalidade de seus Cavaleiros da Lança. A ninfa prisioneira deverá usar uma correinha
prateada (se for Lua) ou dourada (se for Sol), na perna. Os Sentinelas usarão uma correinha no
braço direito. Os trabalhos irão sendo contados, para verificação final pelo 1o. Mestre Jaguar,
Trino Araken, dos bônus-horas obtidos durante o período. Uma Estrela feita pela prisioneira vale
como sete dias de Estrela, porque elas estão marcadas pelas Amacês e estão carregando suas
Guias Missionárias! Durante o período estipulado - 7 ou 15 dias - as Prisioneiras trabalham e seus
Sentinelas fiscalizam, cada um observando o par que lhe coube por sorteio. No fim do prazo é feito
o Julgamento. Uma ninfa - que representará a Fidalga - vestida com um longo preto, com o rosto
velado e uma sombrinha, se apresenta com seu Advogado perante o Juiz, o Promotor e um corpo
de jurados, formado por 3 Josés (Ajanãs), 3 Marias (ninfas Sol) e 3 Joãos (Ajanãs). Os Advogados
de Defesa - convidados por cada Prisioneira - se apresentam. O Julgamento será feito pelo
comportamento de uma encarnação a outra. Por exemplo: é proclamada uma encarnação de 1700
a valer com outra de 1800. Não há comparação com essa encarnação atual, absolutamente! O
Juiz fará ou não a habilitação do candidato à defesa. Dirige-se ao 1o. José da seguinte forma:
Quais são as credenciais deste mestre que se candidata à defesa de Aline Verde (por exemplo) na
personalidade da ninfa Luísa? O Ajanã se levanta e diz: Emita e dê a sua procedência e faça seu
canto! O Advogado obedece, e faz sua emissão e seu canto, dando sua procedência. Maria vai,
então, à Profetiza. É o Juiz quem diz se ele poderá ou não exercer a defesa. Feita a defesa, o
Promotor fala da primeira encarnação da prisioneira e o Advogado fala da segunda. Encerrado o
debate, o Juiz bate na mesa e passa a revelar os motivos pelos quais o Sentinela está ao lado da
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 506

Prisioneira e qual a posição dele na vida transcendental dela. Aí, João responde que ele está ali a
mando do Simiromba de Deus, nosso Pai Seta Branca. Aí, o Sentinela dá sua procedência e faz o
Canto do Cavaleiro Especial. Caso não seja libertada, a prisioneira deverá ficar novo período.
Essa brincadeira, que as ninfas e os mestres fazem na Legião, é denominada ANODAÊ DA
LEGIÃO.” (Tia Neiva, 26-7-81)
 GREGOS E TROIANOS - “Negar a possibilidade de uma revelação divina, feita em diversos
tempos e por diversos modos, é o mesmo que negar as tradições falada e escrita de todos os
povos; é viver a expulsar os pensamentos, tentando conservar uma mente científica que, por
séculos e séculos, nada fez senão uma pequena parcela no caminho dos Homens. Sim, porque
nossa alma sofre a falta do calor místico extrasensorial que repousa no centro coronário de nosso
 Sol Interior, nos plexos. Temos aqui o relato de triste tragédia, naquela noite cheia de chamas, em
que Gregos e Troianos destruíram inúmeras vidas, fato registrado pela História. A consequência
destes desatinos foi conseguir a volta, com ódio, de muitos que se tornaram obsessores e, hoje,
clamam por justiça! A cidade de Tróia era governada pelo Rei Príamo (Cleones), o qual era
casado com a Rainha Hécuba (Nilda). Este casal tinha um filho de extraordinária coragem,
chamado Heitor (Armando), outro de grande e máscula beleza, chamado Páris (Silvério) e a bela
Princesa Policena. Páris foi enviado por Príamo à cidade grega de Esparta, em missão comercial
junto ao Rei Menelau (foragido). Quando Páris chegou em Esparta, o rei estava ausente. Páris,
então, encontrou-se com a Rainha Helena (foragida), considerada, na época, a mulher mais bela,
semelhante à própria deusa Afrodite. Deslumbrado com a beleza e formosura de Helena, Páris
raptou a rainha e a levou consigo para Tróia. Furioso com o fato, Menelau convocou uma reunião
entre reis e príncipes de toda a Grécia, onde decidiram declarar guerra aos traidores de Tróia.
Portanto, o rapto da bela Helena provocou a Guerra de Tróia! A Confederação Helênica decidiu
vingar a escandalosa afronta. Foi designado Agamenon (João do Vale), irmão do Rei Menelau,
como chefe das hostes gregas. Em meio a grande entusiasmo, prepararam as galeras que iriam
conduzir as tropas para combater o inimigo. Seguiram viagem e, finalmente, chegaram diante das
muralhas de Tróia, dando início a um terrível sítio, que iria durar por dez anos. Houve, no mar,
cruentos combates, destacando-se, com vitórias, os seguintes comandantes de galeras: Diomedes
(Alexandre), Patrocles (Sebastião José), Aquiles - também Príncipe de Ciro - (Mário Kioshi) e Trós
(Guto). Em terra, também se fizeram grandes combates diante das muralhas da cidade de Tróia.
Entre os guerreiros, destacaram-se Ulisses (Raul), homem astuto e corajoso, rei de Ítaca; Macaon
(Ataliba), também Príncipe de Acália, que demonstrou grande habilidade na Medicina; Podalírio
(Mariel), irmão de Macaon, comandante de um terrível contingente de Tessalos; Eurimaco (Luiz
Cláudio); e Locride (Sérgio Paulo), filho do rei de Creta. Os troianos, do alto das muralhas da
cidade, viram, surpresos e admirados, os espartanos construírem um gigantesco animal - um
cavalo - de madeira. Um dia, pronta a construção, os gregos bateram em retirada, com armas e
bagagens, deixando apenas o grande cavalo. Foi uma festa: os troianos dançaram e beberam,
festejando o fim da guerra e a posse do enorme cavalo de madeira, que havia sido trazido para
dentro da cidade, como troféu de guerra, e seria invejado por todos os povos, fazendo correr a
fama de Tróia pelo mundo. Midgon (Michel), famoso rei de uma região da Frígia, que lutava ao
lado dos troianos contra os gregos, procurou, em vão, persuadir o Rei Príamo do iminente perigo
que representava aquele estranho presente. E esta noite, tão festejada, foi a mais trágica que os
troianos puderam ver! Tarde da noite, quando os troianos já estavam cansados de dançar e de
beber, adormecidos, em meio às sombras os guerreiros gregos Deífobo (Luiz da Paixão), Agapeno
(Benedito Gaspar), Neleu (Arivaldo), Istníades (Celso), Menésio (João Joaquim), Ícaro (Devaci),
Perileu (Calixto), Aiante (José Dias), Sino (Edilson), Meriones (Ênio), Menestrio (Alecir), Antímaco
(Djalma), Turno (Armando), Enéias (José Luiz), Filoctetes (Eduardo), Agaleno (José Vieira),
Euquenor (Juarez), Enone (Raimundo Dantas), Eurípelo (Vicente) e alguns outros desceram
silenciosamente do interior daquele singular presente e se espalharam pela cidade e,
aproveitando-se do sono dos troianos, iniciaram um terrível massacre. Tochas foram lançadas nas
casas, que logo começaram a queimar, sendo a cidade tomada pelas chamas. Gritos de
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 507

desespero! Com o fogo, chegaram as frotas comandadas pelo estrategista Epeu (Lourival), que
saíra vitorioso de uma batalha contra Agenor (Gleidson), próxima às ilhas de Tenedo e
Helesponto, e, em poucos instantes, todo o exército helênico estava dentro da cidade de Tróia.
Com a ajuda do poderoso Idomeneu (Paulo G. Guimarães), Rei de Creta, a vitória grega foi total.
Neoptolemo (Vagner), cruelmente, matou o Rei Príamo em seus próprios aposentos. O Rei
Menelau custou a achar Helena, que havia se escondido num local afastado da cidade. Quando a
encontrou, pensou, primeiramente, em matá-la. Mas, encantado com sua beleza, sentiu renascer o
velho amor por ela e a levou de volta consigo!” (Tia Neiva, s/d)
 “Hoje, Prisioneiro do teu passado, em Cristo Jesus tens a certeza de seres libertado daqueles que
já cumpriram o seu tempo. Filho: não deixes que esses que se dizem teus inimigos sem a tua
compaixão e sem a tua piedade. Lembra-te que essa dor que esse te fez passar é uma pequena
vingança em relação ao grande mal causado por ti em eras distantes, em tuas vidas passadas.
Ama com fé a esses que se dizem teus inimigos, para que não saiam simplesmente por uma
emissão cabalística doutrinária, mas sim atravessando com o teu amor, para que possas, do outro
lado, encontrar um bom amigo. Ama com fé a vida, e não te esqueças que nunca deves
amaldiçoar a vida e nem culpá-la nas suas horas de dores. Ela não é culpada do que sofres e
nem, tampouco, benfeitora de tuas alegrias.” (Tia Neiva, 4-2-83)
 “Filho: tenha fé em si mesmo, firme a sua personalidade. Acredite que cada fracasso nos ensina
algo que necessitamos aprender. Volte-se sempre para si mesmo e resolva sozinho os seus
problemas. Escolha os seus amigos, porque existe, em cada um de nós, uma voz que nos alerta
sobre o que devemos fazer e como devemos agir. Nunca devemos odiar a vida quando sofremos,
nem tampouco amá-la quando sorrimos. Ela não é culpada de nossas dores, nem benfeitora de
nossas alegrias. A vida vai além das nossas dores e de nossas alegrias, nos dando experiências.
Mais de uma vez já lhe adverti sobre que Deus, vendo nossos esforços, nos escolheu como
patronos desses infelizes, que viviam no mais triste sofrimento, envolvidos pelo ódio. Somos nós,
filho, com o nosso amor, com nossa perseverança, que estamos a evoluir essa grandeza. Quanto
mal já sofreram, quanta dor em seu ódio, sem terem forças para esquecerem as tristes horas de
suas tragédias, em sua falta de amor. Receba-os com carinho, estando sempre alerta, e pense,
com mais amor, nos bônus que irão libertá-lo e libertar, também, aqueles infelizes. Você não será
libertado só e sim juntamente com aqueles que foram suas vítimas do passado. Eles estarão
sempre a lhe seguir. Agora, nessa bênção de Deus, esperamos que eles voltem para Deus. Ame,
com carinho e fé. Mais uma vez lhe digo: as nossas quedas, neste mundo em que vivemos, todas
e todos nos servirão para a nossa evolução. Uma experiência a mais... Uma experiência a
menos... O Homem não se redime quando sente uma grande dor, mas sim quando se eleva para
Deus, sempre buscando harmonizar o seu Sol Interior.” (Tia Neiva, 29-4-83)
 “O Prisioneiro vive a expectativa dos seus obsessores; o seu comportamento deve ser um pouco
diferente, mesmo dentro da sua conduta doutrinária. Em qualquer anormalidade física deve fazer
uma concentração e procurar um médium da mesma mediunidade, no outro aparelho que não
esteja prisioneiro também, fazer uma passagem sem nunca dar passagem a sofredor, porque vem
o perigo sério da obsessão. Se o Prisioneiro tiver qualquer toque de esquizofrenia poderá ficar
louco! Se eu reclamo das indumentárias é porque a indumentária vem do Reino de Zana. Zana é
um dos reinos mais civilizados que baixa na Terra, e seu povo vem nas consagrações e ioniza
todas as indumentárias. Por exemplo: Exê. Exê é a rosa e o sudário da cabeça das ninfas
prisioneiras. Sudário chama-se o lencinho pegado à rosa. O Exê fica pregado ao sudário, no lado
esquerdo da cabeça. Estando o médium prisioneiro, a proteção que ele recebe não lhe dá
condições de receber uma corrente negativa. Se for fiel à sua Prisão, ele terá uma paz muito
grande, isto é, sem passar de oito dias. Só em caso psíquico é possível uma corrente magnética.
O mesmo ocorre ao Jaguar Adjuração ou Ajanã, às Ninfas Lua ou Doutrinadora. É uma Lei
somente. Na indumentária do Jaguar afirmam-se as Atacas, afirmando a Guarda Pretoriana, os
imortais de Amon-Rá na figura dos Núbios no Vale dos Reis, e o respeitado mundo peloponeso.
Toda faixa de obsessores que dizemos perigosos atingirão estas épocas. Somente eu poderia
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 508

fazer o que fiz, pois é muito sério. Porém, está feito. Quando eu partir daqui, poderão continuar
dentro deste critério: seja julgado logo; deixe a Ataca onde foi feito o Julgamento, não dê um passo
com ela. Não vista a Ataca sem conquistar primeiro a sua jornada, alugar uma que já vem de
outras sintonias. Lembre-se de que o obsessor só tem olfato. O mesmo se faz com os Exês e
Sudários. Deixe ali e leve somente a rosa como uma recordação. Melhor mesmo é deixar tudo
naquela bendita hora, Exê e Sudário para eles, os obsessores. É como se estivessem vendo uma
rainha arrependida, tirando sua coroa para acompanhá-lo. Sabe Deus o que devem pensar!
Quanto aos Bônus são pequenas células em energia vital, que vão se desagregando de um para o
outro. Células vitais, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo! Células que fortalecem não
somente o seu Sol Interior, como rejuvenesce as células faciais, células de nossas heranças
transcendentais, charmes, centelhas cósmicas. Esse livro deverá ficar em seu Aledá, daquela
Prisão que você assumiu com amor e tolerância. Sirva-se dele em seus ais, em suas dores. Tem
impregnação de efeito físico. que poderá curar. Ponha uma toalha branca em uma mesa, acenda
uma vela, ponha um copo de água , seu talismã, sua cruz e um pequeno defumador. Faça a Prece
de Simiromba, sentindo com amor a presença dos Mentores e, em Jesus, processe a sua cura, a
cura desobsessiva. A cura desobsessiva é a cura física. Cura, por exemplo, uma grande
perturbação, já que se tira o espírito perseguidor. Homens perseguidos por um espírito que
maltratam a família, que os fazem se perder em seus negócios, Homens que vivem em total
miséria, que se entregam ao ridículo com vícios, etc.!... Se coloque neste pequeno ritual e faça
sua cura. Se um Preto Velho quiser baixar, poderá fazer o seu Aledá. Agradeça a Deus, com
amor!” (Tia Neiva, Pequenos Detalhes, 13.10.83)
 (Atenção: O trabalho de crianças como prisioneiros foi suspenso em nov/96, para atender a
exigências do Estatuto da Criança e do Adolescente. Essa mensagem de Tia Neiva, quando ainda
não existia aquele documento legal, fica apenas como registro histórico, sem poder ser aplicada na
prática) “Vamos, agora, à página da criança prisioneira: meninos - uniforme branco ou de Mago - e
o da ninfa - branco ou uniforme de Prisioneira; duas semanas de aula; que tenha a autorização
dos pais por escrito; idade de sete até quinze anos. Seu horário é das 10 horas da manhã às 18
horas da tarde, também aos domingos. As pessoas, logo que sentirem seus benefícios, irão na
sua região oferecendo seus bônus. Salve Deus, Pequeno Pajé! Que Jesus esteja em teu coração.
Que as forças benditas possam encontrar acesso, possam te iluminar. Precisamos, neste instante,
harmonizar nossos pensamentos, para que mais uma vez seja feita a vontade de Deus no
Pequeno Pajé. Hoje, tão pequeninos, porém, amanhã, serão ilustres homens que, com a fé cristã,
levarão esta Doutrina à suprema divulgação que Pai Seta Branca merece... Meus filhos, meus
pequeninos Pajés, que Jesus abençoe vocês, seus Papais, suas Mamães... 300 bônus por escrito
no mínimo, no caderno. OBS: Horário do trabalho de Julgamento do Pajé: 13 horas - para assumir
Prisão e para se libertar. Para Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes, a responsabilidade é
do Turno Vogues e do Mestre Mago.” (Tia Neiva, 22-10-83)
 “Os mestres Aparás não devem incorporar, quando prisioneiros, nos rituais de Incorporação do Pai
Seta Branca. Porém, têm a regalia de trocar suas atacas ou exês.” (Tia Neiva, 4-8-84)

PROFECIA
VEJA: PREVISÕES

PROJEÇÃO
Projeção é o fluxo de força emitido por uma entidade ou um espírito de alta hierarquia,
encarnado ou desencarnado, que atua diretamente no centro coronário do receptor, geralmente um
médium que está no trabalho da Lei do Auxílio. É feita por aparelhos próprios, semelhantes a pratos,
e sempre ocorre de cima para baixo. São projeções que ajudam o médium em seus momentos
difíceis, de acordo com seu merecimento, levando-lhe forças verticais que energizam seus chakras e
reconstituem suas células, especialmente as do sistema nervoso central, propiciando-lhe harmonia e
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 509

tranquilidade, protegendo-o de um perigoso desequilíbrio. Para projeções vibracionais, veja Energia


Mental.

PROSELITISMO
Prosélito era como se designava o estrangeiro que vivesse em Israel e adotava o Judaísmo, e
o trabalho de atração era denominado proselitismo, que passou a designar, depois, todo o movimento
para atrair alguém para uma seita ou doutrina. Na época de Jesus, o proselitismo judaico
fundamentava-se no atrativo que aquela doutrina apresentava para os pagãos já cansados da vida
depravada física e moralmente. Já naquele tempo, segundo Mateus (XXV, 15), Jesus dizia: “Ai de
vós, escribas e fariseus hipócritas, porque palmilhais o mar e a terra para fazerdes um prosélito e,
depois de o terdes feito, o fazei duplamente mais digno do inferno do que vós!” . Por isso, devemos
ter grande cuidado com a tendência que temos de querer que pessoas entrem na Doutrina, com a
intenção de ajudá-las em suas vidas e no cumprimento de suas metas cármicas. Isso é natural, pois,
em nossa vivência dentro da Corrente, testemunhamos grandes fenômenos, curas maravilhosas,
obtendo grandes graças e benefícios que nos levaram a encarar a vida de outra maneira. E isso nós
queremos proporcionar àquele que está perdido em aflições, desarmonias e revoltas porque ainda
não encontraram seu verdadeiro caminho. Neste caso, podemos vibrar, em nossos trabalhos,
pedindo que recebam as forças para se reequilibrarem, ou convidá-los a passar como pacientes, mas
sempre alertando de que a nada ficarão obrigados, especialmente a entrar na Doutrina. Caso isto
aconteça, deverá ser por livre e espontânea vontade daquele que se sentir tocado pela força de
nossa Corrente e expressar essa vontade, baseada em seu livre arbítrio.
 “Uma coisa vocês precisam entender bem: nós não vivemos uma filosofia cristã. Nós vivemos um
Sistema Crístico! O Sistema é uma coisa pronta, acabada, que existe e não tem possibilidade de
mudar. Já a filosofia é a maneira como os Homens interpretam a Lei. Assim se formam as
religiões, baseadas justamente na distorção dessas interpretações, porque não há uma unidade de
pensamento. Reúnem-se as idéias e se fabrica uma nova forma. Nada se cria - apenas muda-se a
forma das coisas. Daí a razão de milhares de livros escritos. A toda hora, uma novidade. E agora,
então, com a predominância do Vale das Sombras, com essa predominância dos espíritos a quem
está entregue a destruição! Dizemos em nossas aulas para que nossos médiuns não falem em
Espiritismo, não discutem religiões, porque não é mais época. Tudo o que o Sistema Crístico podia
fazer para os Homens está feito, já deu a qualquer um a possibilidade de se encontrar consigo
mesmo, com sua individualidade. Quando os Homens preferem inventar novos métodos, vão se
afastando da realidade, que é o Sistema. Quando se fala que o Jaguar tem o pé na Terra é porque
o Jaguar tem o pé no Sistema, explicado em termos do nosso Sol Interior. Quando falamos em Sol
Interior, estamos falando numa filosofia cristã, e nenhum comentarista ou filósofo cristão
comentará esta palavra, porque ela só vai ser encontrada no Evangelho se buscarem o Evangelho
Iniciático, isto é, o Evangelho cujo segredo só podemos entender se tivermos iluminação por
dentro. As palavras são iguais para todos, mas alguns enxergam de uma maneira diferente e
chegam ao Sistema, se tiverem os pés na Terra. Entretanto, no Evangelho, tudo se resume na
prática destas três palavras, que nós sempre repetimos: Amor, Tolerância e Humildade. Agora,
chegou o momento de saber até que ponto cada um de nós adquiriu a capacidade de perdoar, de
tolerar, de ser humilde, de não julgar e de amar, e assim avaliar o ponto a que chegou em termos
de amor incondicional!” (Tia Neiva, s/d)
 “Nós somos realizados nesta Doutrina! Salve Deus! E por isso, talvez, muitos de vocês se
empolgam nestes acontecimentos e começam a insistir com as pessoas para se desenvolverem.
Eu até não me importo!... Então, depois, começo a me recordar desses erros que eu também já
cometi. Quero alertar vocês, quero explicar para que tenham muito cuidado: cortem esses
convites! São muito perigosos e nos trazem, inclusive, perigos pessoais, atrasos... Em 1960,
quando eu iniciava meu mestrado no Tibet, me apareceu uma família: um viúva, com um filho de
25 anos, mais ou menos, que bebia muito, casado e com dois filhos. Eu achava - como vocês -
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 510

que o Homem só se realiza quando se desenvolve, e pronto! Comecei a insistir com aquela família
para vir se desenvolver aqui. Entre outras coisas, disse-lhes que o rapaz, com o desenvolvimento,
ficaria bom. Ele ficou muito ligado a nós e todos começaram a se desenvolver. Um dia, vi o quadro
do rapaz: em mais ou menos um ano ele iria morrer! E, então, me arrependi de tê-los trazido para
a UESB. Mãe Nenê era quem se encarregava, com todo o amor, de doutrinar aquela família. E o
rapaz - o Zé Ratinho, apelido que tinha desde criança - ia à UESB por brincadeira. Mas deixou de
beber. Ele ia à UESB para ficar na “rodinha”, totalmente sem sentimentos, sem qualquer coisa. Um
dia, um telegrama: o rapaz fora jogar bola, em Belo Horizonte, e morrera com um mal súbito. Foi
um choque terrível para todos, mas eu já esperava por isso. A reação da mãe é que me
surpreendeu: começou a se lastimar, dizendo que aquilo era castigo porque haviam sido sempre
tão católicos e agora não eram... haviam matado o filho querido por se tornarem espíritas... E isso
durou muito tempo. Diziam, me culpando, que aqui só existia feitiçaria, e tudo o mais. E eu tive a
maior decepção do mundo com minha assistência àquela família! Certa vez que estava no Canal
Vermelho, ouvi uma voz chamar: “Irmã Neiva!” E me deparei com Zé Ratinho. Nesta época todos
me chamavam de Irmã Neiva. Ele falou: “Oh, Irmã Neiva, graças a Deus! Por que não aproveitei
mais? Mas, por que Mãe Nenê não está aqui? Por que não ouvi mais Mãe Nenê? Ela, com aquela
doutrina dela... Enjoada, né? Enjoada... mas graças a ela que estou recebendo uma luzinha aqui!
A senhora está boa, né, Irmã Neiva?” Então, vi que ele jogara fora tudo o que eu tinha feito, todo
aquele sacrifício. O que valera a ele, afinal, tinha sido a doutrina de Mãe Nenê! Fiquei muito
decepcionada. Eu, que fizera tudo de bom (que naquele tempo pensava), via que a única coisa
boa fora a doutrina de Mãe Nenê. Mãe Tildes foi me dar uma explicação: “‘E mesmo, filha, o
Homem só sente, só é atingido depois que nasce quando ele tem qualquer convicção da vida fora
da matéria, quando ele tem vontade...” E Mãe Tildes me explicou que minha missão aqui é
esclarecer o Homem, a Doutrina, mas no coração e na mente...” (Tia Neiva, 27-6-76)

PYTIA
Pytia foi a Grande Sacerdotisa do Oráculo de Delfos (*), tendo como missão preparar aquele
mundo para a vinda de Jesus, aconselhando reis e nobres que chegavam a ela para consultá-la
sobre assuntos de diversas naturezas, ligados ao poder, às guerras e às realizações sociais e de
caráter particular, e que ficavam fascinados pelos fenômenos que a pitonisa produzia pelos poderes
da Alta Magia. Pelos encantos de Pytia aqueles reis foram aceitando a idéia do Deus Único, do Deus
do Amor, na preparação dos povos para o cristianismo. Quando foi submetida a um julgamento - o
que acontecia sempre que houvesse dúvida sobre a mensagem de uma pitonisa - Pytia produziu,
pela primeira vez, o fenômeno do rufar dos tambores. Entre a entrada do Templo e o anfiteatro existe
um caminho, onde os guardas se postavam com tambores. A cada passo que a pitonisa a ser julgada
percorria, rufava um tambor onde ela passava, de modo que o povo reunido no anfiteatro percebia
sua aproximação. Quando Pytia estava diante de seus juizes, provou sua força fazendo com que,
independentemente dos soldados, todos os tambores rufassem ao mesmo tempo, sendo, então,
reconhecidos seus poderes. Esse fenômeno ela reproduziu em Atenas, quando comprovou seus
poderes a Leônidas, para libertar a Rainha Exilada, como se revive no Turigano. Pytia organizou as
Falanges Missionárias de Yuricy, Jaçanãs, Muruaicys e Dharman Oxinto, após a instalação da Cruz
do Caminho no Delta do Nilo.
 “Pytia, embora divina, também era humana. Com o tempo e devido ao excesso de profecias, que
lhe exigiam jejum de vários dias, Pytia, após cada oráculo, desfalecia e sua recuperação requeria
vários dias de repouso. Daí a razão dela escolher jovens, cujos maridos estavam sempre nas
guerras, para auxiliá-la em sua missão. Estas jovens - as Yuricys, que quer dizer Flor do Campo
na linguagem indígena - percorriam as planícies gregas e macedônicas, socorrendo, sob sua
inspiração, os soldados feridos em combate, as famílias desgarradas de suas tribos, etc. Uma
delas, a Primeira Yuricy, indígena do Espaço, enviada de outros planos, era a Mestre da Ordem
das Yuricys. Como elas não incorporavam nem profetizavam, Pytia, pressentindo a morte física,
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 511

determinou que elas moldassem as Jaçanãs, que eram moças fugidas das tribos mercenárias, que
teriam a missão de fazer as profecias do Templo de Apolo. Aqui estamos, com a mesma missão
que recebemos um dia, em outros tempos: auxiliar, compreender e cuidar da nossa Clarividente.
Nossa missão já não é socorrer os soldados feridos fisicamente nos campos de batalha nem as
famílias desgarradas, mas, sim, auxiliar, juntamente como os soldados do exército de Pai Seta
Branca, a Humanidade, que se encontra perdida e ferida espiritualmente, numa batalha inglória
pela posse das coisas materiais.” (Adjunto Yuricy, s/d)

QUADRANTE
Em 27.2.80, Koatay 108 estabeleceu a Lei de Manutenção da Unificação, que se realiza nos
Quadrantes ao longo do Lago de Yemanjá, cada Quadrante dedicado a uma Princesa e a uma
Falange reverenciadas a cada dia da semana:
DIA DA SEMANA PRINCESA FALANGE
domingo JUREMA Sublimação
segunda-feira JANAÍNA Consagração
terça-feira IRACEMA Sacramento
quarta-feira JANDAIA Cruzada
quinta-feira JUREMÁ Redenção
sexta-feira JANARA Anunciação
sábado IRAMAR Ascensão
Com o ritual descrito no Livro de Leis, o Quadrante é comandado pelo 2o. comandante da
Estrela Candente ou, no seu impedimento, pelo 3o. comandante. O número de esquifes ocupados é
livre, exceto nos três dias de influência da Lua cheia, quando devem estar ocupados todos os sete.
Os mestres Adjuração podem ser posicionados nos esquifes, como na Estrela Candente. Não poderá
ser realizado o ritual se não houver ninfa Samaritana, somente. Caso não haja Muruaicy para abrir os
portões, elas poderão ser substituídas por outras, preferencialmente Dharman Oxinto. A corte do
Quadrante tem a presença obrigatória das missionárias Yuricy, Muruaicy e Samaritanas, que fazem,
sempre, sua emissão e seu canto. As demais falanges missionárias farão revezamento em seus
cantos e emissões, obedecendo à escala de quatro falanges por dia, feita pelo Primeiro Mestre
Jaguar ou a quem ele delegar a função. Aquela que não estiver presente no dia para o qual foi
escalada perderá a oportunidade, não sendo substituída por outra falange.

QUEBRANTO
O quebranto é uma alteração vibracional que acomete um ser, causando-lhe males físicos e
psicológicos provocada pelas vibrações negativas que lhe são dirigidas, que o povo denomina “mau-
olhado. É comum ser causado pela inveja inconsciente, isto é, pessoas que vibram, não porque
queiram fazer isso, mas por sua própria natureza espiritual, com o bem estar de outras, com a
melhoria de vida ou progresso material de seus irmãos, sentindo uma inveja que seu consciente não
admite. Um exemplo muito comum são as crianças, principalmente as recém-nascidas, que se
apresentam bonitas e saudáveis, atraindo a inveja dos outros. Para harmonizar essas vibrações, o
melhor tratamento é o de uma benzedura, o que não contraria a nossa Doutrina, pois a própria Tia
Neiva encaminhava muitos pacientes para esses técnicos da manipulação energética que existem no
Vale do Amanhecer. A benzedura é a manipulação de forças telúricas (*), em que se usa uma ou
mais formas de orações para a revitalização dos chakras, principalmente para tratar crianças que não
têm condições de se defenderem conscientemente, constituindo-se em um ramo do Xamanismo (*). É
a benzedura um conceito antigo que compreende três sistemas da antiga Medicina: o mágico, o
teológico e o naturalístico.

QUINTO CICLO
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 512

 “Sabemos que estamos vivendo o Quinto Ciclo da Terra e que já atravessamos as


escabrosidades dos carreiros que clamamos na prece de Caritas. É, filhos, chegamos e
vivemos! Não fomos nós que nos antecipamos, mas somos responsáveis por termos
chegado e assumido esta jornada. Sim, vivemos o quinto período, o que quer dizer que
nossa Terra já passou à era madura. Há algum tempo ela atingira sua expressão de
matéria física mais baixa e mais densa! Daqui para a frente, ela irá fluir o processo de
transmutação, tornando-se cada vez mais etérea e altamente poderosa, até que estejam
terminados os seus sete períodos de existência física. Gradualmente, a Terra desprende
seus invólucros, desde quando há lógica, há razão e há fé, sinais estes de que a evolução
se alerta em nós. Fala-se de um elo entre o Céu e a Terra! Nesta era do Quinto Ciclo, no
Homem a visão dos olhos físicos ainda não alcançou a vida etérea, porém suas mentes já
a encontram. E somente não se ama quem recusa o amor em Cristo Jesus, sim, quem
não tem força para enfrentar a verdade de um Deus Todo Poderoso! Não devemos
esperar por esta visão pelos nossos olhos físicos. Se os mundos se encontram, vivemos
juntos!... Em meus olhos de clarividente, em Cristo Jesus, vejo os dois planos
simultaneamente. Porém, como sabem, fico imobilizada. A Terra é uma obra de Deus, é
uma obra divina, com os seus sábios nesta evolução física atual. Mas, o que seria dos
físicos? Enfim, o que seria desta ordem perfeita, com a atuação de mil planos em
involução, se os espíritos já atuam pela mente, pelos compromissos, reprovações dos que
já estão em outros planos? Então, o físico não teria capacidade. Como estamos em
realizações tão construtivas e seguras, não precisamos ir tão longe. Vemos os Mayas e
outras antigas civilizações. Vamos apenas cuidar do que temos! O que temos... Os
mundos em Cristo Jesus, em nossas mentes, na lógica desta Doutrina. Sucessivas ondas
de civilização se espalharam por toda a Terra. Depois, a História se dividiu em duas
partes, com a chegada de Jesus Cristo. Sim, Jesus simplificou o Homem, que até então
era um pouco deus, um pouco animal, às vezes civilizado, às vezes selvagem! Uma vez
que a nossa Terra estava estabelecida no plano físico, sua vida foi dividida em sete
grandes períodos. Durante estes períodos a vida se desenvolveu sobre estes grandes
continentes - sete grandes raízes do reino animal/vegetal, ficando provado que o próprio
ser humano constitui as células mentais deste planeta. Na medida em que evolui,
reencarna num estágio de desenvolvimento sempre mais elevado. Na realidade, o cérebro
é apenas o painel de distribuição entre os corpos mental e físico, que é o Reino Central do
centro nervoso, os três reinos do microcosmo universal. Três eixos magnéticos, três
estações, três poderes!... A mente é feita de células construídas com a matéria do plano
mental. Forma, então, um corpo mental cuja superfície se expande além da periferia do
corpo físico, conforme vimos na carta que nos explica que “na vida absoluta do espaço
existem todas as formas que constituem o organismo humano”. O nosso espírito
planetário possui um corpo físico na Terra cujo metabolismo é amplamente dividido - a
ação mineral - cujos movimentos são provocados pela ação de uma força elétrica que o
percorre. A Terra é um ser vivo, porque vive sob a ação e a reação do mineral, que
constitui seus três eixos. Palpita o seu desenvolvimento. Jesus formou o grande
continente, que se fez em sete. Poderoso espírito, diante do trono, o espírito de um Deus
Todo Poderoso e humano. Jesus condensou as sete raças em sete planos, dito evolução.
Verdade! Jesus separou os seus mundos em espécies, fazendo sentir suas diferenças. E,
assim, a Terra se dividiu em dois corpos! Sim, este o segredo da grande obra de Jesus na
Luz Astral, por emissão soberana, que é o grande Deus, que significa o Ser antes do Ser.
A razão é a Ciência que demonstra toda a existência harmoniosa e a hierarquia, a maior e
OBSERVAÇÕES TUMARÃ - EDIÇAO DE ABRIL DE 1999 FLS. 513

a mais santa de todo este Universo, esta grandeza incomparável que fez Jesus descer
para operar as transubstâncias necessárias para que a Terra entrasse na faixa de
transmutação celestial. E então, somente agora a obra foi efetivada conforme o seu
princípio reproduzido. Somente agora começamos nós outros a sentir os efeitos da obra
Crística: o Quinto Ciclo se faz no Amanhecer e, sem crepúsculo, esperaremos por mais
dois ciclos finais. O Homem é, portanto, um microcosmo: matéria, força, corpo e função. E
como a Terra tem espírito, corpo e função, os seres orgânicos atuam no centro
atmosférico da função matéria, onde se agasalham os seres orgânicos dos centros
nervosos. Os animais são seres organizados pela Terra. Conforme Jesus vai evoluindo a
Terra, vão terminando também as animalidades. Já estamos, em nosso atual estágio, na
existência material perfeita. Se Jesus nos conseguiu o Quinto Ciclo, devemos estar
alertas, porque não sabemos quando chegará o Sétimo! Sim, a Terra já conta o seu
segundo tempo!” (Tia Neiva, s/d)
 “Sinto as suas mentes em harmonia, no trabalho do verdadeiro Deus que governa todo
este Universo. Resulta, portanto, que seus pensamentos e esclarecimentos viverão cada
dia melhor a força criadora das coisas deste Universo. Emanando e doutrinando,
assumiram o grande compromisso ao aperfeiçoamento das boas obras, principalmente,
filhos, neste Quinto Ciclo do cérebro em que o Homem nem é bom e nem é mau, e sofre a
insuficiência do meio na Negra Dimensão. A Terra, sem precipitação, é vista do alto como
uma grande nave, onde seus passageiros não sabem como nem onde irão desembarcar.
Então, as experiências das vidas a outras vidas, a seriedade do Doutrinador no espírito
espartano, a fará despertar em Cristo Jesus. Só Ele lhes conduzirá a um porto seguro.
Vocês, somente vocês, raios do Sol e da Lua, saberão, pelas conquistas outras, o rumo
certo do Homem-Pássaro! Nesta Terra, brevemente, vereis pássaros com faces humanas,
voando nas proximidades, à vista dos olhos físicos, que atravessarão os leitos dos
adormecidos. Quando chegar a hora verão, do outro lado do caminho, tribos realizando
cerimônias e oferecendo sacrifícios, nos ricos altares, diante de imagens também pesadas
de ostentação, da tradição e do medo e, prosseguindo mais um pouco na viagem, verão
que, sem fechar as portas de seus templos, serão arrastados para o oceano. Então, o
Homem ainda verá os grandes tesouros, as suas tradições, seus velhos papiros, suas leis
e escrituras religiosas, tudo, filhos, tudo arrasado pela água e pelo fogo! Uma espécie de
luto e temor! Seria um país? Não, é um poder escravizado na sua fase de libertação!...
Sim, filhos, caminharam ao Quinto Ciclo sem o contato com Capela. Resistiram aos
Equitumans e aos Jaguares. Sempre foram e serão sujeitos às reações das leis, porque
suas mãos e seus pés estão ligados às forças dos destinos cármicos, até que chegue o El
Dorado!” (Tia Neiva, s/d)
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 515

RACIOCÍNIO
O raciocínio é o mecanismo analítico da mente, pelo qual se faz o encadeamento ou a
coordenação lógica de dois ou mais juízos, que leva à formação do todo, de uma conclusão. É uma das
principais funções da energia mental (*), porque examina tudo o que a consciência apreende e vai permitir
que o Eu selecione o que deve permanecer ou ser rejeitado. A Lógica clássica o define como a 3a.
operação elementar do espírito, porque pressupõe a idéia e o juízo. Pelo raciocínio se colocam em ordem
as informações que a psiquê recebe, de acordo com o objetivo que se pretende alcançar, porém sempre
visando à descoberta e demonstração da verdade. A expressão material do raciocínio é o argumento. É a
utilização do conhecido para o conhecimento do desconhecido, segundo Tomás de Aquino. Obedece a
uma colocação sucessiva de momentos, onde há um antes e um depois - as premissas e as conclusões -
onde o conseqüente sempre vem após o antecedente, pois dele deriva pela necessária implicação,
exprimindo, na maioria dos casos de forma imperfeita, o caráter fragmentário e analítico da inteligência,
por estar limitado às condições físicas. Baseado na própria bagagem transcendental, o raciocínio parte do
universal para o particular e tende a passar de uma consideração de fatos particulares à formulação de
conceitos gerais. O instrumento básico do raciocínio é a inteligência, capacidade do indivíduo de se
aprofundar no exame de tudo que a sua consciência percebe. Assim, raciocínio e inteligência são fatores
de verificação de nossa mente, sendo o pensamento a forma de expressão. Raciocinar é aglutinar idéias -
impulsos, sensações, imagens, etc., constituindo-se na parte mais ativa da energia mental.

RADAR
1. RADAR DO TEMPLO: O Radar é o Nicho do Trino, isto é, um Santuário, um Oráculo, onde ficam
os Presidentes dos Trabalhos Oficiais e os Comandantes dos Retiros. Pelo Radar flui a força
harmonizadora resultante de todas as forças em ação no Templo, fazendo com que os trabalhos ali
possam se desenvolver normalmente, sem vacilos ou incidentes, filtrando forças negativas ou esparsas,
orientando médiuns e pacientes, enfim, atendendo a tudo o que se fizer necessário para a correta
condução dos trabalhos e Sandays, inclusive procurando obedecer os horários previstos para suas
realizações. O Radar é privativo dos Mestres Adjuração. É absolutamente proibido ali depositar objetos ou
manter conversas em suas proximidades, perturbando a concentração dos que estão em seu trabalho,
principalmente conversas com os que estão sentados no Radar.
2. RADAR: Emblema do médium consagrado Centurião.

RAINHA DE SABAH
Espírito de alta hierarquia, a Rainha de Sabah conduz seu trabalho no Umbral, atendendo aos
espíritos que foram perturbados em suas encarnações e não souberam como encontrar o Caminho de
Jesus, deixando-se levar pelos desesperos e pelas dores, ficando em triste situação após o desencarne.
A Rainha de Sabah, juntamente com sua Falange de Guias Missionárias e Cavaleiros de Oxosse, os
assiste e os conduz às enfermarias e aos albergues. A invocação da força da Rainha de Sabah é muito
poderosa e desobsessiva.
PRECE DE SABAH
EU ESTOU RODEADO PELO SER PURO,
E NO ESPÍRITO SANTO DA VIDA, AMOR E SABEDORIA!
EU CONHEÇO A TUA PRESENÇA E PODER, OH ABENÇOADO ESPÍRITO!
A TUA DIVINA SABEDORIA AUMENTA SEMPRE A MINHA FÉ NA VIDA
E NA TUA PERFEITA LEI! EU SOU NASCIDO DE DEUS, PURO DOS PUROS,
E SENDO FEITO À TUA IMAGEM E SEMELHANÇA, SOU PURO.
A VIDA DE DEUS É A MINHA VIDA
E COM ELE VIBRO EM HARMONIA E INTEGRIDADE!
O CONHECIMENTO DE QUE TUDO É BOM ME LIBERTOU DO MAL!
EU SOU SÁBIO, POIS EXPRESSO A SABEDORIA DA MENTE
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 516

E TENHO CONHECIMENTO DE TODAS AS COISAS...


POR ISSO EU VIVO MEU DIREITO NA DIVINA LUZ, VIDA E LIBERDADE,
COM TODA A SABEDORIA, HUMILDADE, AMOR E PUREZA...
SOU ILUMINADO NAS MINHAS FORÇAS E VOU AUMENTANDO FORÇAS,
VIDA, AMOR E SABEDORIA... CORAGEM, LIBERDADE E CARIDADE...
A MISSÃO QUE DO MEU PAI ME FOI CONFIADA!
EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO! SALVE DEUS!

RAIO
Raio ou Raiz é algo como um estado de acomodação de forças em movimento de destaque. Se
formam pelos Grandes Iniciados, na Terra, e, com nosso trabalho, estamos homogeneizando a Raiz do
Amanhecer. Cada raio ou raiz tem seu próprio conceito, porque atrai sempre a mesma origem, formando
uma contagem. O Raio é uma energia bem caracterizada, emanada de um Oráculo ou de uma Cabala,
com força determinada e especial para cada tipo de trabalho. Não existe Raio melhor ou maior, mas,
apenas, diferenciação em suas aplicações, em sua utilização. Podem agir isoladamente ou em conjunto.
Não há condições de um médium saber quais ou o quanto de força está recebendo. Isso depende de
muitos fatores. Porém, com padrão vibratório elevado, em sintonia e dentro de correta conduta
doutrinária, pode ficar certo de que estará recebendo o máximo de energia que seu plexo pode suportar,
para se realizar em nossa Corrente. A raiz que nos rege, nesta Era, é o Raio de Araken, Terceiro Sétimo
de Xangô, projetado do Oráculo de Ariano (veja: Simiromba)
 “Oxosse, nosso Guarda, nosso Guia, Primeira Raiz protetora nativa desta tribo espartana, raiz esta que
influencia no misticismo da alma - microplexo - dando esta faculdade de desenvolver o nosso Sol
Interior.” (Tia Neiva, 1-9-77)
 “Estamos a remover séculos, em busca das raízes que deixamos. Voltamos para evoluir o mundo que
ferimos quando nos afastamos de Deus, naquela noite triste de luar, quando a dura experiência nos
arrancou do mais alto castelo de força, baseada no imenso poder químico, que transformava a água
em pedra, e que nos fez esquecer que, átomo por átomo, fomos por Deus constituídos...” (Tia Neiva, 7-
9-77)

RAIZ
VEJA: RAIO

RAMA 2000
JURAMENTO DA CONSAGRAÇÃO DOS RAMA 2000:
Jesus! Venho nesta bendita hora, compungido, receber o alimento do meu Sol Interior, que me
harmoniza e me ioniza nesta jornada, fazendo-me Jaguar entre o Céu e a Terra, iluminando-me para o
que é bom e o que não é. Nesta Consagração, a força do movimento esotérico me faz viver em Deus Pai
Todo Poderoso! Oh, Jesus, quero a paz interior do meu espírito! Vivo no físico e não posso parar.
Conservo a Tua mensagem quando nos dissestes: “A mil chegarás; de dois mil não passarás!” Hoje,
recebo esta força básica em que fizestes esta Cruz de Ansanta, das minhas heranças transcendentais, e
colocastes essa perfeição na harmonia do meu plexo físico, fazendo-me encontrar comigo mesmo. Estou
na vida de Deus, vivendo Nossa Senhora. Aqui ficará o meu crepúsculo e partilharei o meu rincão e o
meu amor incondicional. Dá-me força, Jesus, para que eu possa romper esta triste desarmonia dos que
não Te conhecem! Sinto-me Jaguar da última hora. Enfrentarei povos e mundos designados ao Cavaleiro
Verde, ao Cavaleiro Especial. Salve Deus! (Tia Neiva, 4-2-85)

RANDY
O Randy é um trabalho de grande efeito curador, tanto físico como etérico, e que exige grande
concentração e perfeita conduta de seus componentes. Koatay 108 nos contou que, certa vez, estava no
alpendre da Casa Grande quando viu uma grande energia curadora passar e chegar até uma senhora
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 517

que estava na Rodoviária do Vale, envolvendo-a e praticamente curando um mal do qual aquela pessoa
não tinha ainda sentido qualquer sintoma. Essa onda luminosa vinha de um Randy que estava sendo
realizado. Em outra oportunidade, conduzi um visitante que, pela primeira vez, estava percorrendo nosso
Templo. Era um médium vidente, Kardecista, meu colega em nosso trabalho material. Ele parou
maravilhado diante do Randy, e afirmou que estava vendo a paciente, que estava deitada na cama, sendo
operada, em sua região abdominal, por uma grande equipe de Médicos do Espaço. O trabalho do Randy
está no Livro de Leis.

RAZÃO
A razão é o conjunto de fatores que levam o Homem à escolha do caminho certo, em sua jornada,
resultado da elaboração equilibrada de seu intelecto (*), de sua inteligência (*) e de sua energia mental
(*), constituindo-se na diferença entre o Homem e os três reinos da Natureza, pois se relaciona
diretamente com dois mecanismos da mente - equilíbrio e consciência, controlando ações e reações e se
sobrepondo aos instintos. A razão direciona o raciocínio e abre as perspectivas para a verdadeira
aplicação do livre arbítrio, permitindo que o espírito encarnado tome suas decisões e se posicione
corretamente na sua caminhada, em seu lar, na sociedade em que vive e, especialmente, em qualquer
doutrina ou seita que abrace, aprendendo a perceber a natureza boa ou má das coisas e dos seres,
sabendo fazer uma idéia, o melhor possível, de tudo e de todos, independentemente de sua vontade e de
seu gosto, guiando-se somente pelo real e pela verdade. Muito ouvimos Tia Neiva e Pai Seta Branca nos
alertando para o fato de que “a lei física que nos conduz à Razão é a mesma que nos conduz a
Deus!”
“É claro que teríamos de ser como somos, preparados, seres angelicais, perfeitos, divinos! O fundamental
é saber assimilar, sempre, a força que temos. Quando a razão te falar, não siga de imediato. Presta
bem atenção nas causas ou projetos. Enquanto não sentires perfeito ao teu redor, considerando que a
razão que te guia é a mesma que te condena, procura te conheceres bem, para saberes se estás só.
Muitas vezes os nossos impulsos são tirados pela nossa razão. Não somos suficientemente
preparados e tudo que expomos terá que ser cuidadosamente examinado por nós mesmos.” (Tia
Neiva, 28.6.77)
 “Vamos, hoje, individualizar nossa posição na Terra, esclarecendo-nos de tudo que nos faz sofrer. Esta
minha mensagem precisa ser ouvida na individualidade, sem o turbilhão da tarefa de cada dia, porque
a paisagem que nos cerca, muitas vezes, nos envolve, desperdiçando energias, pois o espírito, na
Terra, está sempre indeciso entre as solicitações de duas potências: o sentimento e a razão! Para
terminar esse conflito é preciso que a Luz se faça em nós. Sabemos que a alma se revela por seus
pensamentos e também pelos seus atos. Porém, nem por isso devemos nos escravizar. Jesus nos
coloca como discípulos ao alcance dos mestres!” (Tia Neiva, Carta Aberta n. 3, de 25-9-77)
 “Faz-se preciso a maior concentração da alma sobre si mesma, a mais profunda introspeção, fazendo
agir a percepção, nessa busca para encontrar os fatos, agindo à luz da razão em todos os campos
psíquicos...” (Tia Neiva, 9.2.80)

REAJUSTE
O reajuste é fator pelo qual o Homem se torna a ajustar, a harmonizar, a acertar as faltas
cometidas em existências anteriores, tanto com seu próprio espírito como com outros, encarnados e
desencarnados, buscando sua libertação e, consequentemente, sua promoção a planos superiores após
seu desencarne. Em seu caminho para voltar às origens, o Homem reencarna dentro de um plano de
trabalho elaborado em conjunto com seus Mentores, em que são previstas dificuldades, em graus
variáveis, visando sua evolução. Cumprir ou não esse plano depende do livre arbítrio daquele espírito e o
resultado positivo ou negativo de uma encarnação tem como ponto crítico o reajuste. A aceitação das
condições físicas e sociais em que nascemos: se somos bonitos ou feios, perfeitos ou com alguma
deficiência, pobres ou ricos, alegres ou tristes, enfim, conviver com situações pessoais é o ponto mais
difícil do reajuste. Pai, mãe, irmãos, uma família em que escolhemos nascer pela real necessidade de
ajustarmos débitos contraídos no passado acrescentam mais uma dose em nosso cálice, que vai se
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 518

alterando com o correr dos anos, em nossa jornada. Casamento, filhos, problemas familiares e sociais
nos envolvem em reajustes - débitos e créditos de outras vidas, e de nossas ações e reações vai
depender nosso mérito e o sucesso de nossa encarnação. Na realidade, temos nos reajustes o principal
objetivo de nossas encarnações, pois só reajustando com nossas vítimas do passado podemos chegar ã
perfeição e, no Sermão da Montanha, segundo Mateus (V, 17 e 18), já o Divino e Amado Mestre Jesus
anunciava: “Não julgueis que vim abolir a Lei ou os profetas! Não vim destruí-los, mas dar-lhes
cumprimento. Porque em verdade vos digo: enquanto não passarem o Céu e a Terra, não passará da Lei
um só i ou til sem que tudo esteja perfeito!” Nossos cobradores não entendem a mensagem crística, e
vivem a Lei Mosaica, do “olho por olho, dente por dente”, e estão com toda liberdade de ação. São
colocados ao nosso lado para que possam cobrar, centil por centil, aquilo de que se acham credores.
Cabe a nós, através do desenvolvimento da mediunidade e o uso dela, com amor, tolerância e humildade,
no trabalho da Lei do Auxílio, proporcionar condições de atingir nossos cobradores, arrefecendo seu ódio,
seus desejos de vingança, tanto no plano físico como no plano espiritual. Muitas coisas desagradáveis
nos acontecem, porque os cobradores estão no uso de seu livre arbítrio, mas são contidas, em sua
intensidade, se tivermos merecimento, pela Espiritualidade Maior, que aplica diversos fenômenos
magnéticos que levam o cobrador a uma falsa sensação de ter conseguido seu intento. E o reajuste se
faz, pelo nosso trabalho e pelo nosso amor. A Doutrina do Amanhecer nos ajuda substancialmente em
nossas metas cármicas, pois nos fornece condições para os reajustes nos planos espirituais, através do
trabalho na Lei do Auxílio, da Prisão e de todos os fenômenos decorrentes de uma correta conduta
doutrinária, bem como nos dá harmonia e conhecimentos para lidar com nossos cobradores encarnados,
propiciando reajustes que, fora de uma doutrina, seriam impossíveis de obter. Mesmo desenvolvidos na
Doutrina, independentemente de nossas consagrações, temos que cumprir nosso carma e lutar
por nossos reajustes. Enquanto houver uma conta, por menor que seja, para ser acertada, não
poderemos partir para nossas origens e teremos que voltar, reencarnar, para cumprir este
reajuste.
 “Tendo completado seu tempo na Terra, uma nobre família voltou aos planos espirituais. Houve muitas
festas em comemoração por tão rica passagem. Quando nos referimos a uma “família espiritual” trata-
se de muita gente. Havia, porém, dois jovens que pertenciam a essa família mas que não participavam
dessa alegria: Rúbio e Rúbia, cuja tristeza irradiava, em torno deles, com uma intensidade anormal.
Enquanto todos os outros membros da família eram designados e seguiam para suas missões
específicas, os dois nada recebiam; chegou a vez deles e o chefe da família tomou as providências
que o caso requeria. Os dois jovens foram levados ao Grande Aledá Alufã, onde foi feito o diagnóstico:
numa passagem na Terra, eram mudos e surdos devido a um grande erro cometido na Guerra dos
Cem Anos. Eles haviam se aproveitado dos seus poderes e fizeram atos de espionagem que causaram
muito mal. Foi muito triste o que aconteceu, pois o casal não podia acompanhar a grande família e
seguir o curso normal da vida. Foram, então, levados para o sono cultural (...) Foi uma encarnação
triste, porque não tinham, na Terra, nenhum parente espiritual, o que resultava na ausência de ideais e
alegrias. Nem mesmo o sono cultural curou sua tristeza. Ainda assim, tiveram um lar feliz e pagaram
com amor a sua triste dívida!” (Tia Neiva, s/d)
 “Quando assumimos o compromisso de embarcarmos nesta viagem, viemos equipados para o Bem e
assumimos o compromisso para o reajuste de um débito, o qual não somos obrigados a assumir.
Porém, tão logo chegamos, pagamos centil por centil o que prometemos!” (Tia Neiva, 4-9-77)

RECALQUE
Quando fazemos a exclusão de idéias, sentimentos e desejos de nosso consciente, por uma série
de motivos relacionados à defesa de nossa personalidade, tudo aquilo continua a fazer parte de nossa
vida psíquica, originando sentimentos de culpa ou de angústia, gerando o que chamamos de recalque,
uma censura que relega para fora da consciência e mantém no inconsciente tudo aquilo que nos causa
desprazer. O recalque conduz à resistência a determinados raciocínios e associações de idéias, e tem
sua válvula de escape através de sonhos. Mas pode levar o Homem a distúrbios de grande intensidade,
inclusive à histeria, a preconceitos e visão totalmente distorcida da realidade, prejudicando sua percepção
e avaliação real do que lhe acontece. O recalque atua intensamente no padrão vibratório do Homem,
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 519

levando-o a situações angustiantes pelo simples desequilíbrio de seus chakras. O recalcado gera uma
energia altamente negativa, que altera o padrão dos que estão junto a ele e, especialmente dos planos
espirituais, atrai irmãozinhos que podem lhe causas tristes quadros.
 “O recalque é o sentimento dos que não têm capacidade de assimilar os seus conflitos e os vão
enterrando dentro do seu próprio plexo ou de sua própria alma. Sabemos que tudo vibra e irradia,
porque tudo é força, é luz, é vida! Cada espírito se identifica na individualidade que o sustenta com
seus fluídos. O Homem sempre sabe o que tem ao seu redor!...” (Tia Neiva, s/d)

RECEPÇÃO
VEJA: JAPUACY

RECONSAGRAÇÃO
A Reconsagração de Adjuntos e componentes, realizada em outubro, é a renovação das forças da
Consagração (*), distribuídas para aquele Adjunto e para cada médium de seu povo, dentro do mesmo
princípio de que, naquele momento, as forças espirituais e, especialmente, as daquele Ministro, se
projetem em cada plexo, permanecendo uma parcela nos planos superiores. Aberto o ritual pelo 1º Mestre
Jaguar, os três Devas fazem suas emissões e cantos; a Ninfa Yuricy faz a chamada das forças; os Trinos
Presidentes Triada fazem suas emissões e cantos; uma corte leva os Trinos Herdeiros e suas ninfas, que
irão representar Koatay 108 na Estrela Candente, passando por Pai Seta Branca, saindo pelo Turigano e
indo para a Estrela. Ali, fazem suas emissões e cantos; a ninfa que vai representar Tia Neiva faz sua
emissão e canto, e as demais farão suas emissões e cantos quando houver a substituição. No Templo,
inicia-se a chamada e os Arcanos são conduzidos por uma corte, passando diante de Pai Seta Branca e
indo até o Radar. O juramento é feito pelo Adjunto de joelhos, de costas para o Radar. Feito o juramento,
o Adjunto cumprimenta os Trinos em suas cassandras, e segue com uma corte e seu povo até a Estrela
Candente, onde faz o roteiro, fazendo sua emissão diante da representante de Koatay 108. Serve-se, com
sua ninfa, do sal e do perfume, e toma o vinho. Em seguida, segue com seu povo para a Lança de
Yemanjá, onde todos fazem a anodização e se servem do vinho, fazendo a elevação do vinho em
conjunto. Em seguida, vão até à Pirâmide, onde termina a jornada. Segundo Koatay 108, os Adjuntos que
não possuem povo deveriam escolher um Rama para se irmanarem e, junto àquele povo, receberiam a
Reconsagração, fortalecendo aquela ligação. Todavia, passam individualmente, e, apesar de não terem
componentes para consagrar, devem se reconsagrar. O juramento é o seguinte:
 “Salve Deus! Oh, Jesus, seguindo o roteiro deste meu sacerdócio, venho receber a minha
Reconsagração! Reconsagra-me, Senhor, dos poderes iniciáticos! Envolva-me, Senhor, no Primeiro
Ciclo deste Amanhecer!... Oh, Jesus, nesta bendita hora, em que as forças se movimentam para a
Reconsagração deste meu sacerdócio, eu, o menor dos teus servos, ponho em Tuas mãos os meus
pensamentos e todo o meu amor, para que a força suprema do Mestre Jaguar possa dominar todo o
meu ser. Jesus! Remontando séculos, chego até aqui para cumprir as Leis do Amanhecer. Oh, Deus
Onipotente, criador de todo o Universo! Eu, Jaguar ......, acabo de receber de minha Mãe Clarividente,
este sacerdócio, que me confirmará o título de ......, e a força se fará dentro de mim para que possa
cumprir os encantos do Amanhecer. Jesus! Que o meu Sol Interior não se afaste do Teu, resplandeça
sempre a luz da caridade e do amor! Confiante nos poderes dos Grandes Iniciados, não me faltará o
raio resplandescente dos Ramsés e Amon-Ra. Raio de Araken! Poder de Aton! Oráculo de Simiromba!
Aqui de joelhos, me prostro aos teus pés, seguro pelos laços da Alta Magia de Nosso Senhor Jesus
Cristo, na esperança de uma Nova Era. Neste instante, me sinto reconsagrado pela força dos encantos
do Amanhecer e, de ombros erguidos, seguirei minha jornada. Salve Deus, minha Mãe Clarividente!
Juro seguir o teu roteiro nesta caminhada para um rico Terceiro Milênio, doutrinando, emanando e
curando, transformando a dor no caminho da nossa evolução. Cuidarei, com respeito, desta Seta
imaculada que cultivastes em teu seio, há .... anos, para me fazer ......! Eu, Mestre Jaguar desta
congregação, peço a tua bênção, minha Mãe! Com ternura, prometo: ninguém jamais poderá
contaminar-se por mim! Salve Deus!” (Tia Neiva, s/d)
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 520

REENCARNE
Um dos pontos básico das doutrinas espiritualistas é a reencarnação. Muito discutida, teve uma
série de outros nomes através da História, para satisfazer a teólogos e cientistas que buscam comprovar
seus pontos de vista - contra ou a favor -, tais como: palingênese, metensomatose e palingenesia, além
de ser a base da moderna TVP - Terapia de Vidas Passadas, uma das muitas terapias alternativas que
estão sendo utilizadas no limiar do III Milênio. Na nossa Doutrina entendemos que o espírito, após
diversas existências na Terra, depois de ter muitas caras e muitos nomes, depois de fazer suas jornadas
de vaidade, ambição, traição, violências e mentiras, ou de esforços bem dirigidos, de amor e dedicação,
vai para o Canal Vermelho (*), onde vive no plano espiritual correspondente ao seu padrão vibratório (*), e
ali tem toda sua memória transcendental, da qual toma consciência de acordo com seu nível de lucidez.
Segundo Koatay 108, o espírito pode ficar até sete anos terrestres no Canal Vermelho, percorrendo seus
vários planos. Há hospitais, albergues e até mesmo cavernas, para onde o espírito, ao chegar, se dirige
na sintonia da faixa vibratória que conquistou em sua jornada na Terra. O Canal Vermelho é o caminho da
evolução. Oferece oportunidade de um espírito ajudar seus entes queridos que deixou na Terra. Há
muitos casos de desencarnados que trazem restos de seus carmas a serem eliminados, e isso é feito
através do resgate pelo seu trabalho na Lei do Auxílio. No Canal Vermelho o espírito faz sua recuperação
e quando sente a necessidade de reencarnar, consulta seu Mentor, que avalia suas condições e, se
favoráveis, dá início ao plano reencarnatório, propiciando o roteiro para sua reencarnação. Dependendo
do nível de consciência, o espírito identifica conflitos, mágoas, arrependimentos, agressões por suas
ações e reações em oportunidades que teve em outras encarnações, e se sente infeliz e irrealizado,
sabendo que precisa fazer seus reajustes com suas vítimas do passado, conquistar aqueles que se dizem
seus inimigos, para que, livre de todo esse peso, possa retornar às suas origens. Suplica, então, por uma
nova reencarnação, para resgatar tudo isso e se libertar dos tormentos que o envolvem. Os processos
reencarnatórios envolvem diferentes situações: a) IGNORÂNCIA - É quando o espírito reencarna com o
propósito de melhorar seus conhecimentos e se esclarecer sobre as leis da Vida, tais como o amor, a
humildade, a tolerância, a caridade e a misericórdia; b) EXPIAÇÃO - Quando o espírito retorna à Terra
para sofrer as conseqüências de seus erros transcendentais, como acontece com os viciados em bebidas
e tóxicos, sofrendo terríveis condições morais e a eles é dada a reencarnação de forma dolorosa e
geralmente curta, a fim de que completem o tempo que desperdiçaram na vida anterior; c) PROVAÇÃO -
O espírito reencarna para sofrer no corpo físico e na alma os desafios e provas que lhe proporcionarão
condições de evolução conforme sua tolerância e merecimento; d) REPARAÇÃO - O espírito volta a esta
vida para consertar suas falhas transcendentais, compensar as destruições e desencontros que provocou
em vidas passadas; e e) MISSÃO - Aquele que já superou as outras fases e reencarna, por amor, para
cumprir uma missão neste planeta, junto a outro espírito, em um lar, em uma cidade, em uma nação ou
por toda a Terra. Enquanto nos planos espirituais, o espírito pode evoluir muito, pela vontade e desejo de
melhorar, mas somente no plano físico é que pode demonstrar e praticar tudo o que aprendeu. Pela graça
de Deus, o Homem reencarna dentro de um plano de trabalho elaborado em conjunto com seus
Mentores, em que são previstas dificuldades, em graus variáveis, visando sua evolução. Cumprir ou não
esse plano depende do livre arbítrio daquele espírito e o resultado positivo ou negativo de uma
encarnação tem como ponto crítico o reajuste (*). Algum tempo antes de reencarnar (cerca de onze
meses terrestres), o espírito, acompanhado por seu Mentor, faz uma visita aos locais onde viveu suas
várias encarnações, marcados pelos charmes (*) que deixou. O sucesso ou o fracasso de uma
encarnação depende muito desses charmes, de como o espírito vai manipular aquelas energias
magnéticas. Essa influência é tão determinante que, de 80 em 80 dias, o espírito encarnado muda sua
roupagem, tendo suas condições de vida determinadas pelos charmes que deixou. Com base no que
colheu em sua jornada, o espírito traça, com a Espiritualidade, seu plano reencarnatório, escolhendo seus
pais, seus amores, seus amigos e inimigos que irá encontrar, e com os quais irá se reajustar, suas
dificuldades que irão submetê-lo às provações, e até mesmo a forma como irá desencarnar. Prevenido de
suas próprias vacilações, escolhe um futuro amigo e protetor espiritual, que irá ajudá-lo na penosa
jornada. Os espíritos de seus futuros pais são, então, chamados, e podem concordar ou não com o
planejamento feito. Desta reunião espiritual resulta o plano definitivo daquela reencarnação. Assim,
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 521

quando vemos uma criança deficiente, um verdadeiro peso para seus pais, devemos ter a consciência de
que foi tudo planejado - e aceito - nos planos espirituais, pois faz parte do reajuste daquele grupo. Embora
quando estejam de volta ao corpo eles não mais lembrem de coisa alguma, essa missão - ou reajuste -
foi aceita, e por isso devem os pais de deficientes físicos ou mentais compreenderem que não estão
sendo castigados, mas, sim, tendo a oportunidade de se evoluírem e ajudarem àquele espírito que foi
colocado sob seus cuidados, tudo de acordo com o que foi planejado. Quando se dá a concepção, aquele
espírito que vai reencarnar inicia seu sono cultural, fase de desassimilação, onde toda a memória se
apaga, e que se prolonga até o feto completar três meses, quando ele vai despertando à medida em que
aperfeiçoa seus sentidos terrenos. É colocado em torno do corpo, sob a pele, razão pela qual é
denominado perispírito, revestindo-se da mesma substância da alma, dela se diferenciando por ter uma
herança transcendental, enquanto a alma tem, apenas, a herança de uma encarnação. O espírito se
prende ao corpo físico pela fagulha divina. A criança nasce e dá expansão aos seus sistemas sensoriais e
começa a acumular informações, alimentando seu corpo e sua alma com a manipulação das forças
telúricas. Traz toda a experiência e os mecanismos de defesa necessários à vida terrestre. Com seu
corpo preparado pela codificação genética - sua herança biológica - inicia sua jornada, submetendo-se às
leis da Terra, sob ação das forças do mundo psicofísico, e onde irá encontrar cobradores em seu redor,
especialmente em seu próprio lar, e as dificuldades que fazem parte de suas provações aceitas no seu
plano reencarnatório. Recebe energias de suas origens, que só serão identificadas a partir do despertar
de seu “Eu” (*) para a conscientização de seu espírito. Assim, o Homem, liberto de suas formas animais,
conquista sua autonomia, mas está contido por suas responsabilidades morais, por seus deveres e
obrigações consigo mesmo e com a sociedade em que vive. Nasce, cresce, muda de um lugar para outro,
faz amizades, vive paixões, chora, ri, ama, faz o bem ou o mal, resgata ou contrai dívidas
transcendentais, agindo e reagindo dentro do livre arbítrio, de acordo com sua consciência e seus
conhecimentos. Em seus encontros e desencontros, desde os atos mais simples aos mais importantes,
está envolvido um complexo mecanismo que se modifica a cada momento, pela decisão que toma aquela
pessoa. Se a decisão é correta, em harmonia com o planejado em seu plano reencarnatório, o resultado é
bom, causando bem estar e conforto espiritual e mental; mas, se a decisão é errada, o Homem sofre
angústias, tormentos e dores. Portanto, o Homem é feliz ou infeliz de acordo com suas próprias decisões,
e nestas residem seu desafio evolutivo. Desde sua concepção até seu desencarne, o espírito encarnado
emite seu padrão vibratório aos que estão ao seu redor, principalmente a seus familiares, e tem a grande
responsabilidade não só pela sua própria evolução mas, também, pela daqueles que escolheu para se
reajustar e se harmonizar. O reencarne é a grande prova, a grande oportunidade que cada um tem para
prosseguir em sua jornada de volta às suas origens. Retornar à vida na Terra é o que o espírito suplica,
em sua conscientização, por saber que precisa se libertar de seus erros passados, da perseguição de
seus cobradores, e isso só poderá conseguir pela oportunidade da reencarnação. O Homem que diz: “eu
não pedi para nascer!”, não sabe o quanto está equivocado!
 “A força psíquica, quando chega a ser espírito humano - a alma -, tem necessariamente gravada no
perispírito todas as qualidades distintas e caracterizadas, que são as condições absolutamente
indispensáveis à manutenção da vida para cada um: mais timidez, mais audácia, tudo de conformidade
à sua missão na Terra, porque a alma humana é o produto da evolução da força através do reino de
sua natureza.” (Tia Neiva, s/d)
 “Seu corpo foi preparado de acordo com sua herança biológica. Os cientistas, com seus bebês de
proveta, estão mexendo na área mais sagrada da Natureza. É, a Engenharia Genética e os cientistas
começam a interferir novamente nas Leis da Natureza!... (Tia Neiva, s/d)
 “Desde quando o espírito escolhe sua mãe, um grande laço os envolve. Sim, pai e mãe. Na minha
concepção de clarividente e mãe experiente, eu digo das mães que elas assumem toda a
responsabilidade.” (Tia Neiva, s/d)
 “Paulo, um jovem médico, perdeu sua filha de oito anos. Vivia pelos cantos, desesperado, porque,
apesar de ser um Jaguar, não acreditava na vida fora da matéria. Sofria terrivelmente a perda de sua
filha. Passava horas com sua esposa ou em lugares escuros. Certo dia, uma família espírita na qual
Paulo nunca acreditara, ensinou-lhe o que fazer: uma pequena mesa forrada de branco, um copo com
água, um pequeno jarro de rosas (de que a menina tanto gostava). E ali ficaram, à espera do que
poderia acontecer. Súbito, ouviu-se um soluço e, logo depois, a vozinha esperada, que disse:
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“Paizinho, vim buscar meu cordãozinho que o senhor me deu quando nasci! Sim, pai, lhe vejo todos os
dias, quando está pensando em mim!...” “Sim, filha! - disse o homem, que até então não acreditava -
Vou buscar. Está no cofre...” “Não, pai, já está no meu pescoço. O senhor não o encontrará mais!
Voltarei, paizinho, para este lar tão logo me permita Deus!” Paulo foi depressa ao cofre e não
encontrou o cordãozinho. Só ele sabia que ninguém poderia abrir o cofre, pois só ele tinha a chave...
Quatro anos depois daquele ritual, uma linda menina de dois anos de idade lhe perguntava: “Papai,
onde está o meu cordãozinho?” E, segurando a sua mão, o levou até o cofre. Ela batia as mãozinhas,
dizendo: “Abre! Abre!” Paulo abriu o cofre e lá estava o cordãozinho, do mesmo jeito que o deixara,
inclusive com um pequeno coração, também de ouro, que acompanhava o cordão. Ele conservava a
marca do dentinho, mordido que fora pela menina. Enquanto ela gritava: “Dá, dá, é meu!”, Paulo,
trêmulo, beijava a pequerrucha, dizendo: “Oh, meu Deus! Devolvestes a minha filha! Não tenho
dúvidas...” Paulo passou o resto de sua vida fazendo rituais, para achar e explicar a constituição da
consciência.” (Tia Neiva, s/d)
 “Quando assumimos o compromisso de embarcarmos nesta viagem, viemos equipados para o Bem e
assumimos o compromisso para o reajuste de um débito, o qual não somos obrigados a assumir.
Porém, tão logo chegamos, pagamos centil por centil o que prometemos!” (Tia Neiva, Carta Aberta n.
1, 4-9-77)
 “Assumimos o compromisso de uma encarnação. Juntos partimos não só pelas dívidas em reajustes
como também pelos prazeres que este planeta nos oferece. Sim, estando no espaço, devemos na
Terra. Sentimo-nos desolados e inseguros, porque estamos ligados pelas vibrações contrárias. E neste
exemplo, Jesus nos afirma que só reajustaremos por amor.” (Tia Neiva, 9.10.77)

REFLEXÃO
Reflexão é quando avaliamos com nosso conhecimento doutrinário, sob os aspectos da Lei do
Retorno, nossas ações e reações, nosso desempenho, pesando tudo o que praticamos, suas
consequências, as situações pelas quais passamos e o que poderíamos ter evitado. Usando a energia
mental (*) de forma consciente e sem julgamentos, sempre chegaremos a importantes conclusões,
sempre de muita valia para nossa jornada, refletindo sobre objetos diversos e variados níveis de
consideração, dirigindo nossa análise às bases, natureza e evolução de nossas próprias operações
psíquicas (o sentir, o conhecer e o querer) e das propriedades e relações harmoniosas de nossos
conteúdos mentais, evitando simpatias ou antipatias, se é bom ou se é ruim, buscando sempre nos
aproximar da realidade dos seres e das coisas. Pela reflexão fazemos uma análise retrospectiva de nossa
vida, de tudo que nos envolveu e suas repercussões em nosso próprio íntimo ou no das pessoas com as
quais convivemos. A reflexão é a base do “Conheça-te a ti mesmo”, porque é a condição essencial de
todo o conhecimento, de todas as atividades mentais, inclusive da conscientização da alma e de tudo que
a alimenta. Pela reflexão se reconhecem a verdade e os valores objetivos do conhecimento humano.

REGRESSÃO
A regressão decorre de situações que incidem, com grande intensidade, no psíquico de um
indivíduo, provocando, em certas circunstâncias, o retorno a etapas mais anteriores de sua jornada,
representando um retrocesso de seu desenvolvimento espiritual. A regressão pode ocorrer com qualquer
espírito encarnado, pois tem íntima ligação com seus sentimentos e sua energia mental. Por isso, o
espírito só regride quando está encarnado, pois o espírito desencarnado não sofre regressão por possuir
a consciência cósmica e universal, o que faz com que ele somente progrida ou estacione. Todavia, por
seu grau de regressão, pode um espírito chegar à sua aniquilação total, desintegrar-se pelos desatinos
cometidos em uma existência. Tem havido um grande impulso nas pesquisas científicas da regressão
provocada no Homem, tendo surgido a TVP - Terapia de Vidas Passadas -, em que se buscam situações
passadas pelo paciente em encarnações passadas, através de sugestões hipnóticas, e a TPR - Terapia
por Regressão - em que se leva o indivíduo a acessar o que denominam a Grande Vida - conjunto de
encarnações e de períodos intervidas, nos quais o espírito, livre da existência física, existe plenamente -
mas se mantendo conscientemente no presente, com o objetivo de identificar causas, no passado, para
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problemas que o afligem na vida atual, partindo do princípio de que tudo se propaga através do espírito,
seqüencialmente de encarnação em encarnação, havendo um acúmulo de energia emocional provocada
por cada ação que passa de uma vida a outra, podendo resultar em desequilíbrio físico ou emocional na
atual encarnação. TVP e TPR buscam reviver e compreender as vidas anteriores, passando pelos
períodos intervidas, induzindo o paciente a um estado especial e profundo de consciência, o qual,
dependendo da profundidade deste nível, mais integralmente permitirá que possa o paciente reviver
situações que provocaram os atuais efeitos, tais como traumas, crises de depressão e nervosas, fobias,
insegurança, obesidade, timidez, complexos, autoestima e stress. Por nossos ensinamentos doutrinários,
sabemos que não se deve fazer uma regressão puramente científica, sem a proteção de uma corrente
espiritualista e sem assistência de nossos Mentores, porque pode ocorrer uma interferência de um
cobrador ou de um obsessor que se manifeste, causando o descontrole de todo um tratamento, podendo
agravar a situação do paciente.
 “Mesmo as grandes Iniciações têm as suas regressões, às vezes muito maiores que as nossas. E, na
Magia de Nosso Senhor Jesus Cristo - a única que eu conheço, e que também não aceita
interferências -, há regressão, mesmo pela dor cármica. Ao Iniciado de Nosso Senhor Jesus Cristo não
é admissível, no mundo cabalístico, dizer que cometeu desatinos levado por correntes negativas.
Consciência é a palavra! Se a consciência falhar, entra no quadro de regressão, porém sem qualquer
prejuízo do destino traçado aqui na Terra. Somente a esquizofrenia dá este direito, porque os
esquizofrênicos recebem pelo seu triste compromisso. O esquizofrênico é atingido em seus dois
sistemas: cérebro-espinhal, que serve às ações e aos movimentos controlados pelo perispírito; e o
vago-simpático, que realiza as funções da vida vegetativa. Somente os grandes cientistas voltam com
este compromisso, para desafiar sua ciência sem a Ciência de Deus. Porém, ainda não conseguiram,
porque sem Deus o Homem não se encontra senão com sua própria esquizofrenia! Em resumo: o
Iniciado que fez sua consagração consciente só irá errar se for esquizofrênico. Estaciona, porém não
regride. A regressão, repito, não tira nada físico e não muda o curso da vida. Apenas, perdendo sua
proteção, o mesmo sofra mais, uma vez que a proteção o vinha ajudando.” (Tia Neiva, 27.10.81)

REILI e DUBALE
Reili e Dubale, Cavaleiros da Luz de Oxan-by (*), Raio de Olorum, foram dois cavaleiros
mercenários que, ao se depararem com Jesus, subindo em seu calvário, despertaram para o Amor,
graças ao poder do olhar do Divino e Amado Mestre. São os que representam a força da libertação dos
espíritos acrisolados no ódio, e se fazem presentes nos Julgamentos e Aramês. Hoje, formam suas tropas
- turnos - com os Jaguares e Ninfas do Amanhecer para a realização de grandes fenômenos
desobsessivos. O médium, ao fazer sua opção por um dos dois turnos - Reili e Sabarana; Dubale e
Doragana -, passa a receber a projeção dessa poderosa força. A opção do Mestre determina a de sua
Ninfa, isto é, se o Mestre escolher Reili, sua Ninfa será Sabarana; se escolher Dubale, a sua Ninfa será
Doragana. A Ninfa que não tiver Mestre pode optar livremente pela que sentir mais harmonia: Sabarana
ou Doragana.
 “Para que a criatura cumpra fielmente os desígnios desta Doutrina, é indispensável que desenvolva os
seus próprios princípios divinos. É preciso que se sacrifique em favor de grande número de espíritos
que se desviam de Jesus. É preciso que esteja no luminoso caminho da fé, da caridade e da virtude do
Espírito da Verdade, e se dedique, principalmente, àqueles que tombaram dos cumes sociais pelo
abuso do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência. Eu seria feliz se os visse na paz e na
compreensão de Reili e Dubale, dois terríveis e valentes mercenários que, à frente de dezenas de
homens, se digladiavam no ódio e no rancor, jurando que se matariam tão logo se encontrassem. Quis
a vontade de Deus que aqueles brutos que respeitavam o regulamento (que não permitia que dois
comandantes ou capitães se batessem à frente das tropas, pois seria covardia se assim procedessem),
no instante preciso subissem o Calvário, sem olhar para trás, não sabendo um por onde o outro
caminhava, sem um ver o outro, pois subiam um por cada lado. Os dois novamente se confrontaram,
porém sem notar um a presença do outro, pois ambos estavam com a atenção voltada para um grupo
de homens e mulheres que choravam, enquanto outros riam... de Jesus! Era Jesus de Nazareth que
subia o morro, carregando a Sua cruz. Os dois brutos estavam de olhos parados quando Jesus,
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descansando, com o olhar amargurado, lançou-lhes um olhar cheio de ternura, como se lhes dissesse:
Filhos, amai-vos uns aos outros!... Dubale, olhando para Reili, deixou cair a sua lança. Reili seguiu
seu gesto. Os dois se abraçaram, vendo que nenhuma dor poderia ser igual à de Jesus. Abraçados,
ouviram os chicotes dos soldados de César. Dubale, chegando bem pertinho de Jesus, ofereceu-Lhe
todo o seu exército para salvá-Lo. Reili fez a mesma oferta. Jesus não quis, dizendo: O meu Reino
não é deste mundo! Dubale e Reili saíram dali com o coração cheio de dor. Porém, não esqueciam
aquele olhar de profundo amor e de esperança! Aquele olhar modificara totalmente o curso de suas
vidas. Saíram dali e voltaram para junto de suas tropas. Os dois, sem dizer uma palavra, deram-se as
mãos. Dubale chegou à sua tropa e, como que por encanto, todos vieram ao seu encontro,
perguntando: “Viu Jesus de Nazaré?” “Vimos!... Sentimos o Seu olhar!... Estamos cheios de
esperança!” Nisso, o grande exército de Reili foi chegando. Ninguém se moveu. Estavam todos
extasiados. Reili foi descendo e, num impulso, novamente se abraçou com Dubale. Agora, estavam em
frente às suas tropas. Para resumir, os dois se juntaram, formando uma grande força. Sim, filho, é
como te vejo, o teu impacto ao chegar nesta Doutrina! Os valentes não abandonaram suas tropas, não
dispuseram de seus dependentes. Juntos, continuaram no mesmo caminho. Sentiam-se como irmãos,
porque Jesus, com Seu olhar, lhes dissera tudo. Até Galba e Tanoro que, por se considerarem grandes
inimigos, eram mantidos à distância por seus chefes, ao se reverem se abraçaram na presença de Reili
e Dubale. O olhar de Jesus abençoara aquela tribo! Todos, emocionados, tiveram os olhos rasos de
lágrimas, porque não ficou só ali a graça de Jesus. Já seria suficiente que aqueles dois líderes
tivessem em seus corações e em suas mentes aquele olhar!... Quarenta dias se passaram sem que os
dois fidalgos soubessem o paradeiro de Jesus de Nazareth. Tinham medo de falar em seu Santo
Nome. Tinham medo de falar e perder aquele encanto, aquela luz de esperança, aquela alegria de
viver, aquela sublimação tão bela que haviam adquirido. Não perguntavam um ao outro o que deveriam
fazer. Sabiam o que era bom para eles: AMAI-VOS UNS AOS OUTROS! Ambos viajavam, calados,
quando Dubale quebrou a sintonia daquele silêncio: “Como se sente?” ”Bem! A esperança do mundo
está dentro do meu coração. Sinto desejos pela minha Sabarana!” Sorriam, quando uma carruagem
parou e um ancião, angustiado, lhes pediu: ”Senhores! Pagamos tudo o que quiserem, mas vão salvar
meu filho, minha nora e meus netos, que estão presos nas garras do povo de Zairo. Vão tomar nossa
pequena dinastia e juntá-la ao povo dele.” Os dois se entreolharam e partiram para a luta. Porém, foi
diferente. Procuraram o chefe e os três dialogaram. Fizeram um ataque. Ninguém morreu e os
assaltantes fugiram dali. Reili e Dubale repartiram seus honorários e continuaram em suas batalhas.
Mas jamais perderam o amor de Jesus! Finalmente, o desejo de Reili teve fim. Chegaram à mansão de
sua linda Sabarana. Porém, quem veio recebê-los foi a bela Doragana: “Oh, meu querido cunhado!
Vimos Jesus de Nazareth! Levamos Sabarana e Ele não a curou!...” “Onde está ela?” perguntou
Dubale. “Aqui!” falou a linda Sabarana, chegando com dificuldades e abraçando Reili, que estava com
os olhos cheios de lágrimas, repetindo: “Vistes Jesus de Nazareth e Ele não te curou?” “Sim. Ele me
disse: pagarás centil por centil...” Dubale colocou a mão sobre sua boca, não a deixando mais
falar. Com firmeza, falou: “Jesus de Nazareth! Eu Te amo, porque enchestes de amor a minha
vida... Devolve a visão a esta mulher, que é a vida de meu irmão, e juntos pagaremos centil por
centil tudo o que devemos!...” Nisso, apareceu uma luz radiante, e Sabarana voltou a enxergar. Eis
porque Dubale fez aquela cura: Jesus de Nazareth modificara seu coração, de verdade mesmo, pois
não sentiu revolta contra Jesus. O seu amor e a sua confiança eram tão grandes que não vacilou.
Então, Jesus o ouviu e a curou. Por que não ser como Dubale e Reili? Sentir o seu amor e confiar, ter
confiança. Jesus de Nazareth nada pede, nada exige. Nada pediu ou exigiu daqueles dois brutos e, no
entanto, eles O sentiram tanto, tão profundamente, a ponto de curar Sabarana. Dubale se apaixonou
pela bela Doragana. Porém, continuaram sua jornada. Sim, filho, é preciso muita confiança em Cristo
Jesus. Sem nada oferecer a ti mesmo, receberás a Luz do Santo Evangelho! Lembra-te, filho: o grande
ciclo vai-se fechar. Horas chegarão da tua individualidade. Continue amando em teus encontros
sinceros. Viva os teus desejos, as tuas paixões, porém em uma só filosofia: ser honesto contigo
mesmo! Farás, filho, tudo o que quiseres na força da cura desobsessiva. Salve Deus, filho! Quantas
vezes pensei em te ver na figura de Reili e Dubale! Porém, minha esperança não morre... Quantas
vezes morro, aos pouquinhos, ouvindo um filho dizer: “Vou deixar a Corrente. Minha vida está muito
mal. Vou deixar a Corrente! Trabalho, trabalho, e não tenho coisa alguma!” Eu sofro ao ver tanta
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incompreensão. Deixam milhares de sofredores esperando - as suas vítimas do passado - e não


esperam nem mesmo a bênção de Deus para serem felizes! No primeiro impacto, deixam de acreditar
até mesmo em sua individualidade, sem dar tempo para receberem as pérolas dos anjos e dos santos
espíritos, que são a recompensa do trabalhador. Cuidado, filho. Siga o exemplo de Reili e Dubale!” (Tia
Neiva, 24.11.81)

REINO CENTRAL
Essa designação compreende duas situações: a primeira é a união de forças provenientes dos três
Oráculos - Simiromba, Olorum e Obatalá -, que se cruzam e se unificam, sendo projetadas pelo
Comandante de um trabalho ou de um ritual, constituindo-se em um conjunto de forças de maior poder
dentro de nossa Corrente; a segunda, é como se designa a fonte de forças da Cruz do Caminho, quando
se forma a reunião das raízes dos Ramsés e de Yemanjá para a realização de grandes fenômenos,
inclusive a Iniciação Dharman Oxinto. São duas grandes projeções, com a mesma designação, porém
com efeitos e direcionamentos diferentes. Para assumir a posição de Cavaleiro do Reino Central, em
qualquer trabalho, o Mestre deve ser, no mínimo, um Centurião.

REINO DE DEUS
Falando da origem divina de Jesus, João (III, 13 a 21) relata: “Porque ninguém subiu aos céus
senão aquele que desceu dos céus, ou seja, o Filho do Homem, que está nos céus! E assim como
Moisés, no deserto, levantou a serpente (referindo-se à serpente de bronze que levava a cura
àqueles que a olhassem), assim importa que seja exaltado o Filho do Homem, para que todo
aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus amou tanto o mundo
que lhe deu seu Filho Unigênito. para que todo o que crê Nele não pereça, mas tenha a vida eterna.
Nem Deus enviou Seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas sim para que o mundo seja salvo
por Ele! Quem Nele crê, não será condenado; mas o que não crê. já está condenado, porque não
crê no nome do Filho Unigênito de Deus. E esta á a causa da condenação: a Luz veio ao mundo,
mas os Homens amaram mais as Trevas do que a Luz, porque eram más as suas obras.
Porquanto, todo aquele que faz o mal, odeia a Luz e a ela não se chega para que não sejam
argüidas suas obras. Mas aquele que pratica a Verdade chega-se à Luz, para que suas obras sejam
conhecidas, porque são feitas em Deus! “ E mais à frente, o Evangelista relata o encontro de Jesus, já
prisioneiro, com o Governador da Judéia, Pôncio Pilatos, que Lhe perguntou se Ele se considerava um
rei, tendo Jesus lhe respondido (XVIII, 36 e 37): “O Meu reino não é deste mundo! Se o Meu reino fosse
deste mundo é certo que meus ministros iriam pelejar para que Eu não fosse entregue aos judeus. Não é
daqui o Meu reino! Disse-lhe então Pilatos: Logo, Tu és rei? Respondeu Jesus: Tu o dizes: Eu sou rei!
Para isso nasci, e para isso vim ao mundo: dar o testemunho da Verdade! Todo o que é pela Verdade
ouve a Minha voz!” Jesus estabelece a diferença entre o verdadeiro REI, vocábulo que significa, em sua
origem, aquele de rege, que oriente, da grotesca personalidade detentora de poder temporal e de
ambições e luxúria que, pelos historiadores, foi denominada rei de suas nações terrenas. Como o
verdadeiro Rei, Deus enviou seu filho para complementar as leis de Moisés, estabelecendo o Amor, a
Tolerância e a Humildade, assim salvando a Humanidade dos tristes abismos para onde caminhava. E
Jesus, o enviado de Deus, o Rei desse Reino de Deus, veio para reorientar e organizar os seres
humanos, estabelecendo, no interior de cada um, seu Reino, com Jesus em seu coração, orientando suas
ações, seus pensamentos e suas palavras, inspirando suas atuações e seu comportamento em relação a
si mesmo, a seus familiares e àqueles ao seu redor, buscando amar e ser amado, ajudando seus
semelhantes, perdoando e construindo, em seu íntimo, momento a momento, o Reino de Deus. O Reino
de Deus começa pela Evangelização (*), pois Jesus é a Porta para esse Reino. O primeiro passo e
encontrar e aceitar Jesus. Depois, pelo trabalho na Lei do Auxílio, usando o poder do amor para exercitar
a caridade, pela obediência à conduta doutrinária, praticando a humildade e tolerância que nos tornam
simples, vamos ampliando, dentro de nós, esse poderoso Reino de Deus, que nos faz poderosos
instrumentos da Espiritualidade Maior, capazes da realização de grandes fenômenos de cura e de
evangelização.
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RELAXAMENTO
Usando técnicas de mentalização (*), podemos nos sentir melhor e nos livrar de sentimentos que
não queremos ter através do relaxamento. Deve ser em local tranqüilo e deitado ou sentado, numa
posição que propicie conforto e relaxamento. Comece a respirar bem profundamente, em ritmo pausado e
lento, sentindo seu corpo cada vez mais tranqüilo e relaxado. Leve sua mente até os dedos dos pés e
imagine que eles estão ficando completamente relaxados. Você sente a energia relaxante ir subindo,
lentamente, pelos pés... pelos calcanhares... pelos tornozelos... pela barriga da perna... pelos joelhos...
pelas coxas... chegando aos quadris; conduza, então, a energia relaxante ao abdome... ao estômago... ao
peito... e chega aos ombros; desce então pelos braços... pelos cotovelos... pelos antebraços... pelos
pulsos... pelas mãos... e atinge as pontas dos dedos; conduza a energia relaxante de volta pelos braços e
ombros, entrando pelo pescoço... pelo rosto... e chegando à cabeça. Neste ponto, você deverá ter
atingido total relaxamento. Quando expirar, expila o ar pela boca, mentalizando tudo que quer expulsar de
dentro de si, livrando-se dos sentimentos que não mais deseja. O nível de tranquilidade pode ser
melhorado com música suave, um incenso e respiração profunda e bem compassada. Imagine-se dentro
de uma pirâmide, num ambiente colorido que pode ser modificado de acordo com o comando de sua
mente. Pode, também, segurar um cristal e imaginar este cristal emitindo raios na cor que você pretende
trabalhar. (Veja VISUALIZAÇÃO, CHAKRAS e CROMOTERAPIA)

RELIGIÃO
Em lugar da evolução marcada pelo espírito, com o poder da criação e características próximas de
Deus, pois está mais próximo da eternidade, a mudança fundamental da Terra, depois de algum tempo
após a chegada dos Equitumans (*), foi sendo realizada com base na alma, o que significa conflitos,
relacionamento pelas diferenças, ações desencadeadas por fatores positivos ou negativos, marcada do já
criado, do transitório, da elaboração transformista. Houve momentos em que, por consequência de
movimentos telúricos, com cataclismos e movimentação das placas terrestres, predominava o plano
puramente físico; outras fases, em que predominavam as lutas entre as civilizações mais avançadas e
outras menos evoluídas, predominava o plano psíquico. Com isso, o espírito só conseguia predominar em
pontos restritos e herméticos, atravessando os séculos em segredos profundamente guardados na
tradição oral e escrita das doutrinas secretas, no segredo das iniciações, do ocultismo e do esoterismo,
evoluindo e se revestindo de características próprias, adequadas à região ou à missão envolvida nos
diversos grupos. Daí foram se formando as religiões, nascidas do psiquismo, dos anseios da alma e da
necessidade de apaziguar as angústias, o que deu lugar ao caráter humano e antropomórfico dessas
religiões, não permitindo a religião divina. Tornou-se a religião um simples modelo de comportamento,
regulada por ditames variáveis no espaço e no tempo. Em suas raízes, a palavra religião tem duas linhas:
uma, derivada de relegere, que significa “considerar cuidadosamente”, isto é, o procedimento consciente
e cuidadoso no desempenho de todas as obrigações, mesmo penosas, com relação aos deuses; outra, dá
sua origem em religare, o que significa “religar” ou “prender”, designando a ligação do Homem com o Ser
Superior. Em suma, a religiosidade se baseia em: crença em forças e poderes sobrenaturais,
consideradas como criadoras do Universo e, como tais, devendo ser adoradas e obedecidas; canalização
dessas forças e poderes através de doutrinas e rituais próprios, envolvendo preceitos éticos e morais; e
desejo de salvação. Nessas bases se erguem as mais diversas teorias e dogmas, compreendendo
objetos sagrados (Céu, Terra, estrelas, astros, animais, vegetais e minerais, água, ar, fogo, etc.); lugares
sagrados (Céu, cachoeiras, lagos, cavernas, etc.); tempos sagrados (início das estações, datas
determinadas, eras, etc.); rituais sagrados (captação de forças sobrenaturais); palavras sagradas
(oráculos, profecias, dogmas, orações, preces, etc.); escrituras sagradas (magia, fórmulas mágicas,
dogmas, testemunhos de milagres, etc.); o Homem e a Mulher sagrados (sacerdotes, feiticeiros, monges,
místicos, mártires, etc.); e as sociedades sagradas (ordens religiosas, monastérios, tribos, clãs, grupos,
sociedades, etc.). Através dos tempos, as religiões se modificaram e os contatos com os Grandes
Mestres foram ficando cada vez mais difíceis. Iniciados e sacerdotes que podiam contatar espíritos de
planos superiores foram rareando. Espíritos de grandes Orixás (*) reencarnavam em missões dificílimas,
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 527

e, em sua maioria, eram derrotados pela alma barbarizada. Todavia, essa grosseria humana foi
impedindo o Homem de manipular forças extraterrestres. Para a manipulação de forças etéricas, entrar
em contato com os planos superiores, os Mestres materializados se isolavam em regiões desérticas, onde
faziam construções funcionais para se adequarem aos trabalhos a serem realizados, chamadas jinas, que
eram protegidas pelas falanges de elementais. A religião tem que ser algo muito profundo e muito íntimo
em cada Homem, trazendo-lhe harmonia, alegria de viver e, sobretudo, a esperança de seguir um seguro
caminho para sua evolução. Como a maior parte das religiões abriga uma grande soma de
conhecimentos que são restritos a um pequeno círculo dominante, devendo a massa dos seguidores
aceitar e obedecer sem qualquer questionamento, destacamos o fato de que, no Vale do Amanhecer,
nossa Doutrina é clara e sem segredos ou dogmas, sendo mais uma Ciência do que uma Religião, pois
se fundamenta em fenômenos normais que podem ser alcançados e dominados por qualquer médium,
desde que tenha os conhecimentos que o Desenvolvimento e demais cursos lhe proporcionam e viva
dentro da correta conduta doutrinária. Nada é obrigatório, não existem dogmas na Doutrina do
Amanhecer. Tudo passa pela mente do médium antes de chegar ao seu coração.
 “Partindo desta compreensão das origens criadoras nas atividades racionais e tão intimamente unidas,
são vidas conscientes, que sabem discernir que o negativo de hoje será o mal de amanhã. Cada
consciência vive e se envolve com seus próprios pensamentos. Através dos séculos do tempo, nada
escapa à lei do progresso - as religiões acima de tudo!...” (Humarran, abril/62)
 “Vamos esclarecê-lo, para que saiba que a religião verdadeira existente é a vida de cada um, com suas
obrigações e pessoas que o cercam. Se houver um comportamento harmonizado, um amor ao
próximo, a sua religião o fará feliz. Mas, se viver de mau humor, inconformado e revoltado, mergulhado
em baixo padrão vibratório, que atrai os espíritos de baixa vibração, incomodando os outros com suas
queixas e agressividade, que religião existirá nele?” (Tia Neiva, s/d)
 “Uma coisa vocês precisam entender bem: nós não vivemos uma filosofia cristã. Nós vivemos um
Sistema Crístico! O Sistema é uma coisa pronta, acabada, que existe e não tem possibilidade de
mudar. Já a filosofia é a maneira como os Homens interpretam a Lei. Assim se formam as religiões,
baseadas justamente na distorção dessas interpretações, porque não há uma unidade de pensamento.
Reúnem-se as idéias e se fabrica uma nova forma. Nada se cria - apenas muda-se a forma das coisas.
Daí a razão de milhares de livros escritos. A toda hora, uma novidade. E agora, então, com a
predominância do Vale das Sombras, com essa predominância dos espíritos a quem está entregue a
destruição! Dizemos em nossas aulas para que nossos médiuns não falem em Espiritismo, não
discutem religiões, porque não é mais época. Tudo o que o Sistema Crístico podia fazer para os
Homens está feito, já deu a qualquer um a possibilidade de se encontrar consigo mesmo, com sua
individualidade. Quando os Homens preferem inventar novos métodos, vão se afastando da realidade,
que é o Sistema. Quando se fala que o Jaguar tem o pé na Terra é porque o Jaguar tem o pé no
Sistema, explicado em termos do nosso Sol Interior. Quando falamos em Sol Interior, estamos falando
numa filosofia cristã, e nenhum comentarista ou filósofo cristão comentará esta palavra, porque ela só
vai ser encontrada no Evangelho se buscarem o Evangelho Iniciático, isto é, o Evangelho cujo segredo
só podemos entender se tivermos iluminação por dentro. As palavras são iguais para todos, mas
alguns enxergam de uma maneira diferente e chegam ao Sistema, se tiverem os pés na Terra.
Entretanto, no Evangelho, tudo se resume na prática destas três palavras, que nós sempre repetimos:
Amor, Tolerância e Humildade. Agora, chegou o momento de saber até que ponto cada um de nós
adquiriu a capacidade de perdoar, de tolerar, de ser humilde, de não julgar e de amar, e assim avaliar
o ponto a que chegou em termos de amor incondicional!” (Tia Neiva, s/d)
 “Meu filho, o caminho desta nova jornada podemos sentir, por momentos, que é absurdo e
contraditório em nossa condição humana social. Porém, tão logo haja uma disciplina doutrinária ao
alcance deste mundo, veremos juntos o Céu e a Terra! Teremos que sofrer para vencer as
superstições das religiões mal acabadas, religiões que perderam sua confiabilidade pela falta de
doutrina. Religiões que pararam no tempo e no espaço! Onde encontrar a velha filosofia de oferecer a
outra face, que não foi batida, como prova de amor e humildade? Vivemos a marcha evolutiva para
uma Nova Era. Aprender para ensinar; conhecer a filosofia das falanges do Céu e da Terra; dos que se
dizem nossos inimigos. De acordo com todo o nosso acervo de conhecimentos, temos nesta grande
precisão de estar bem esclarecidos da vida fora da matéria.” (Tia Neiva, 7.9.77)
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 528

REMÉDIOS
VEJA: MEDICAMENTOS

RESSENTIMENTO
O ressentimento é um complexo de ódio ou de rancor em que se transformam os sentimentos
hostis e recalcados, não eliminados por alguém que se sente injustamente relegado ou preterido nas suas
qualidades ou méritos pessoais por alguém, alguma coisa ou alguma entidade, e não sabe como eliminar
estas cargas negativas, cometendo um auto-envenenamento de todo o seu ser. Resulta na necessidade
de uma compensação que deforma sua energia mental (*), que passa a ser dirigida de forma a destruir e
desacreditar todos os valores que, por qualquer motivo, não podem ser alcançados. O Homem ressentido
passa a exaltar valores numa escala deformada pelo ódio ou despeito para com outros valores, tanto
físicos como morais e sociais, buscando, assim, se libertar da frustração e do sofrimento por não ter
conseguido adquirir ou realizar os valores pretendidos. Para o ressentido, que se julga vítima de erros
cometidos contra ele, predomina o desejo de vingança e mergulha no desespero das permanentes
acusações e se desequilibra com reprovações e argumentos insólitos contra quem se acha com contas a
ajustar. Não sabe amar, pois seu rancor é tamanho que não lhe permite o nobre sentimento do amor, mas
deseja, anseia ser amado, embora seu objetivo seja satisfazer sua vingança. Seu mundo é cheio de
conflitos, porque necessita baixar o nível dos que estão ao seu redor para se sentir superior. É o que
vemos com os falsos moralistas, que precisam mostrar que todos são errados e maus para que ele surja
como um homem de bem. Há que se fazer importante distinção entre ressentimento e inveja, sentimentos
aparentemente semelhantes, mas com diferenças importantes, porquanto a inveja, de modo geral, não
perturba o espírito no nível tão profundo da ação do ressentimento, que é um verdadeiro precipício pelas
vibrações que gera ao seu redor, propiciando a ação de irmãos das Trevas no perigoso caminho da
obsessão (*).

RETIRO
No Retiro, um conjunto de forças muito intensas se projeta desde Mayante, fluindo pelo Radar e se
espalhando no Templo. São de três naturezas: Evangélica, que atua na Mesa Evangélica; Iniciática, que
atua nos chakras dos Jaguares e visitantes; e Kardecista, de grande poder desobsessivo. No 1º
Intercâmbio – das 10 às 15 horas – atuam separadamente, de acordo com a necessidade, nos mestres,
ninfas e pacientes que estão no Templo. Na abertura do 2º Intercâmbio, essas forças se cruzam e
começam a agir poderosamente, permitindo a abertura de todos os trabalhos que se façam necessários,
inclusive os Tronos, que só podem ser abertos a partir do 2º Intercâmbio. O Retiro é a grande realização
dos médiuns, que podem exercer plenamente seus poderes na Lei do Auxílio. Os esclarecimentos e
determinações de Koatay 108 com relação aos Retiros estão no Livro de Leis. A Espiritualidade considera
que o médium está no Retiro a partir do momento em que sai de sua casa para ir ao Templo. Caso se
atrase - o Retiro tem início às 10 horas da manhã - por motivos alheios à sua vontade, recebe seus
bônus; se chegar atrasado por negligência, ele não é considerado “em Retiro”, isto é, pode trabalhar, mas
sem ganhar bônus. Isso também acontece no fechamento: aquele que se retira antes do encerramento do
Retiro, exceto por motivo de força maior, não recebe bônus. Quando motivado por justas necessidades, o
médium pode fazer um Retiro parcial, que compreende apenas um período. Este período deverá ser: a
partir das 10 horas e terminando após o Intercâmbio das 15 horas; ou se iniciando antes das 15 horas e
indo até o encerramento. Fora disso, existe uma simples participação do médium no Retiro, mas não está
realizando um Retiro. Há muitos que dizem que vão fazer um Retiro, mas ficam mais tempo fora do
Templo do que lá dentro. O médium só deve sair do Templo - quando está em Retiro - para refeições ou
por outras necessidades, por curto espaço de tempo, pois ele se propôs fazer um trabalho que irá evoluí-
lo, em sua vida espiritual, aliviando seu carma. Koatay 108 advertia-nos para que fizéssemos um Retiro
pelo menos, uma vez por mês. Mesmo que estivéssemos com dificuldades, deprimidos ou revoltados,
deveríamos participar efetivamente de um Retiro, buscando a harmonia em nossa mente e o máximo de
concentração no atendimento aos pacientes.
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 529

 “O Retiro é do Doutrinador, somente. O Retiro é um dos trabalhos que exige mais precisão, mais
cuidado, porque sendo na Lei do Auxílio, funciona em horários diversos, que muitas vezes entra em
desarmonia. O Retiro estará sempre exposto às intempéries dos horários que, sem a vontade de seu
dirigente, é perigoso, muito perigoso; isto é, de espíritos também diversos. (...) Doze horas, são horas
perigosas. Hora em que a Presença Divina está em honra e guarda na trilha dos espíritos dos Vales
Negros, conscientes. Os Retiros, mesmo não funcionando a sua parte iniciática, têm força, mesmo
somente na Corrente Indiana do Oriente Maior, para produzir, na Lei do Auxílio, as mais perfeitas curas
desobsessivas.” (Tia Neiva, 2.3.79)
 “O Adjunto tem por obrigação registrar em sua Lei um Retiro, que seja evangelizado e comandado por
ele mesmo, pelo menos uma vez por mês, razão pela qual um Adjunto é um médium perfeito. Para ser
perfeito, é preciso conhecer a Lei do Auxílio em todos os ângulos, pois o mestre que não comanda o
seu Retiro perde a sequência de sua sintonia direta. O mestre não pode se ausentar das constantes
sintonias diversas, como também, sendo um Adjunto, torna-se um mau exemplo para um componente.
O Adjunto tem que ser completo em todos os setores. Apesar de suas obrigações nos trabalhos, deve
escolher um dia para realizar o seu Retiro.” (Tia Neiva, s/d)

REUNIÕES
Todo cuidado deve ser tomado na realização de reuniões doutrinárias, especialmente quando se
congrega um grande número de médiuns, porque as forças são diferentes e influentes, e é preciso saber
conduzir as mentes, para a harmonia e realização do objetivo da reunião. No Templo-Mãe há muitos
Arcanos que realizam suas reuniões, com seu povo, no último domingo do mês, atendendo à
determinação do Trino Araken, não sendo, inclusive, realizado o Turigano, para liberar os mestres e
ninfas para reunir com seu Adjunto; as Primeiras de Falanges Missionárias realizam, em maior parte,
suas reuniões no segundo sábado do mês, no horário após a segunda consagração da Estrela Candente,
tomando os devidos cuidados para não faltar missionária nos trabalhos do Templo. Enfim, o mais
importante de qualquer reunião é ter uma abertura (*) e um encerramento (*), pois, na verdade, ali se
realiza um grande trabalho, com a presença espiritual de Ministros, Cavaleiros, Guias Missionárias e
Mentores dos médiuns participantes. Por mais simples que seja, uma reunião forma um feixe de forças
que deve ser bem manipulado por quem vai dirigi-la, pois a Espiritualidade estará ali presente,
manipulando tudo o que for possível em benefício dos que ali se congregam.

RITUAL
Ritual é um conjunto de regras e cerimônias que expressam qualquer doutrina, podendo ser de
várias naturezas. Nos Templos do Amanhecer realizamos diversos rituais estabelecidos conforme o Livro
de Leis, em que são manipuladas as forças pela incidência de sons (emissões, cantos e mantras), da
movimentação, das cores e, especialmente, pela postura mental dos participantes. Essa postura mental
permite que o médium se torne um verdadeiro retransmissor de forças, recebendo as projeções dos
Planos Superiores, isto é, na vertical, e as emitindo na horizontal, em benefício de seus familiares, de
seus amores, de seus amigos, e até mesmo ajudando desconhecidos que estejam em seus leitos de dor,
nos hospitais ou nos presídios, e, principalmente, daqueles que se dizem seus inimigos.
 “Estas atitudes de rituais e comportamento, de compromissos, tornam a mente do Homem perceptiva.
O Homem só penetra nos domínios extrasensoriais quando aceita um ritual, seja qual for. Paulo, um
jovem médico, perdeu sua filha de oito anos. Vivia pelos cantos, desesperado, porque, apesar de ser
um Jaguar, não acreditava na vida fora da matéria. Sofria terrivelmente a perda de sua filha. Passava
horas com sua esposa ou em lugares escuros. Certo dia, uma família espírita na qual Paulo nunca
acreditara, ensinou-lhe o que fazer: uma pequena mesa forrada de branco, um copo com água, um
pequeno jarro de rosas (de que a menina tanto gostava). E ali ficaram, à espera do que poderia
acontecer. Súbito, ouviu-se um soluço e, logo depois, a vozinha esperada, que disse: “Paizinho, vim
buscar meu cordãozinho que o senhor me deu quando nasci! Sim, pai, lhe vejo todos os dias, quando
está pensando em mim!...” “Sim, filha! - disse o homem, que até então não acreditava - Vou buscar.
Está no cofre...” “Não, pai, já está no meu pescoço. O senhor não o encontrará mais! Voltarei, paizinho,
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 530

para este lar tão logo me permita Deus!” Paulo foi depressa ao cofre e não encontrou o cordãozinho.
Ele sabia que ninguém poderia abrir o cofre, pois só ele tinha a chave... Quatro anos depois daquele
ritual, uma linda menina de dois anos de idade lhe perguntava: “Papai, onde está o meu cordãozinho?”
E, segurando a sua mão, o levou até o cofre. Ela batia as mãozinhas, dizendo: “Abre! Abre!” Paulo
abriu o cofre e lá estava o cordãozinho, do mesmo jeito que o deixara, inclusive com um pequeno
coração, também de ouro, que acompanhava o cordão. Ele conservava a marca do dentinho, mordido
que fora pela menina. Enquanto ela gritava: “Dá, dá, é meu!”, Paulo, trêmulo, beijava a pequerrucha,
dizendo: “Oh, meu Deus! Devolvestes a minha filha! Não tenho dúvidas...” Paulo passou o resto de sua
vida fazendo rituais, para achar e explicar a constituição da consciência. (...) Um ritual pode ser apenas
uma mesa com uma toalha branca e pessoas concentradas em Jesus, como pode ser um grande susto
ou uma grande dor.” (Tia Neiva, 9.2.80)

FALANGE MISSIONÁRIA DAS ROCHANAS


A Princesa Rochana é Ninfa Missionária da Legião de São Lázaro e suas representantes, na
Terra, são as Rochanas, falange missionária que tem suas origens na Grécia Antiga, quando um rei se
apaixonou por uma linda súdita e a rainha iniciou uma feroz perseguição a ela, querendo destruí-la de
qualquer maneira. Com um grupo de mulheres que estavam também sendo perseguidas, a moça se
refugiou em uma ilha pedregosa do mar Egeu, e ali se organizaram, escondendo-se nas grutas e vivendo
da caça e pesca, vestidas simplesmente com túnicas brancas e enfeitadas com conchas, sempre
preocupadas em se esconder de seus perseguidores, mas levando uma vida simples, livre e saudável.
Em 1982, Tia Neiva organizou a Falange Missionária das Rochanas, sendo indicada Monique Soudant
como sua Primeira e o Comandante Adjunto Valeiro, Mestre Manoel Barbosa, seu Adjunto de Apoio. A
indumentária tem como predominante a cor vermelha - desobsessão - e o roxo - cura, e, embora com
poucas componentes no plano físico, é muito numerosa nos planos espirituais. Koatay 108 disse que
seria muito importante a presença de duas Rochanas no ritual da Estrela de Nerhu, a Estrela Sublimação.
Seus prefixos são Ferpia e Ferpia-Ra.
CANTO DAS ROCHANAS:
Ó, JESUS, ESTA É A HORA FELIZ DA MINHA VIDA, QUE ORA SINTO DESPERTAR EM MIM TODO
ESTE AMOR! GUIA-ME, JESUS! SOU UMA ROCHANA, E VENHO DE TERRAS DISTANTES EM
BUSCA DE TE ENCONTRAR! Ó, JESUS, DAI-ME FORÇAS PARA QUE EU POSSA EMITIR O MEU
CANTO SILENCIOSO DA CURA DESOBSESSIVA DOS CEGOS, DOS MUDOS E INCOMPREENDIDOS.
JESUS! É A HORA DA INDIVIDUALIDADE E ME FAZ, JESUS, SENTIR A TUA GRANDEZA, EM DEUS
PAI TODO MISERICORDIOSO, QUE ME DEU ESTA RICA OPORTUNIDADE DE REPARAR MEUS
ERROS COM AMOR, QUE UM DIA ERREI POR NÃO SABER AMAR. ENSINA-ME, JESUS, A
DISTRIBUIR ESTA MARAVILHA A TODOS AQUELES QUE DE MIM NECESSITAREM. DAI-ME, JESUS,
O PODER DE EMANAR À LUZ DESTA DOUTRINA, TRANSFORMANDO SEMPRE PARA O BEM, ATÉ,
JESUS, LEVÁ-LOS A CAMINHO DE DEUS PAI TODO PODEROSO, DEIXANDO QUE AS PÉROLAS
DOS ANJOS E SANTOS ESPÍRITOS SEJAM MINHA ESPERANÇA E MINHA GUIA. SALVE DEUS!

ROSA
A rosa é o símbolo da pureza espiritual e dos sacrifícios da vida, pois tem a sua aparência linda,
seu perfume suave e... seus espinhos! A rosa representa, na Espiritualidade, a força do Amor e a pureza
dos sentimentos. Quando mentalizamos alguém em nossos trabalhos, essa pessoa vai receber nossas
vibrações como se fossem pétalas de rosas, imagem escolhida para poder descrever o que acontece de
forma energética. Tia Neiva sempre tratava as ninfas de forma carinhosa, chamando-as de “minhas
rosas”.

ROUPAGEM
1. NOSSA ROUPAGEM - A roupagem é o nosso aspecto espiritual, que nos reveste de acordo com a
emanação trazida de nossas vidas passadas, através do charme (*). Essa influência se modifica de
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 531

oitenta em oitenta dias, alterando sua natureza e intensidade, condicionando nosso comportamento e
nosso padrão vibratório àquela fase do nosso transcendental, atraindo cobradores que fizemos naquela
vida passada e que, naquela roupagem, nos está comandando. A roupagem nos faz viver fases de nossa
existência, nos dando a oportunidade de aliviarmos nosso carma e até mesmo eliminá-lo, caso não seja
muito intenso. Por isso os Pretos Velhos nos sugerem uma Prisão (*), quando podemos libertar uma
vítima do passado que, ao mudarmos de roupagem, se coloca ao nosso lado. Esse fenômeno é usado na
confecção de biorritmos, onde se combinam as fases de funções biológicas com aspectos psícomentais e
espirituais, mas que, por insuficiência de conhecimentos e controle, servem apenas para diversão em
nosso atual estágio.
2. ROUPAGEM DAS ENTIDADES - Para poderem manipular as forças no plano da Terra, as Entidades
se revestem de uma vibração especial, uma roupagem, que as protege como um escafandro protege o
mergulhador nas águas profundas, e facilitam seu trabalho com os espíritos encarnados no nosso
planeta. Um Espírito de Luz assume uma roupagem para facilitar sua comunicação e a manipulação das
forças que agem em uma determinada situação. Assim, quando o trabalho exige a comunicação com
simplicidade, amor e confiança, vêm como Pretos Velhos, Vovós, Pais e Mães, trazendo emanações de
paz e tranquilidade, que ajudam não só no trabalho desobsessivo, mas, também, na necessária empatia
com o paciente. Quando as cargas são muito pesadas, é assumida a roupagem dos Caboclos, trazendo a
força das matas para a manipulação das forças desobsessivas. O Povo das Águas, com emanação de
harmonia e tranqüilidade, se faz presente com a roupagem de Sereias, Princesas e Príncipes,
manipulando com suavidade as forças necessárias à perfeita execução dos trabalhos.

SABARANA
VEJA: REILI e DUBALE

SABEDORIA
A sabedoria é uma forma superior de conhecimento, resultando nas ações e reações mais
harmoniosas e melhor direcionamento de todas as atividades do Homem. É composta por duas
naturezas: uma infusa, trazida pelo espírito que vai reencarnar, dentro da parcela que lhe for permitida
pela Espiritualidade Maior, pois uma grande parte é “apagada” no sono cultural; e outra adquirida, através
do desenvolvimento no campo dinâmico - intelectual, filosófico e religioso. Normalmente, a sabedoria é
mais fruto da experiência do que de conceitos, e por isso independe de graus de cultura ou de
intelectualidade. O sábio pode ser encontrado nos mais diferentes estratos sociais e nas mais diversas
etnias, manifestando sua sabedoria de modos diferentes, mas irradiando, sempre, sua intensa ligação
com os preceitos divinos. Pela Biologia atual foi descrita a parte direita do cérebro como depósito dos
nossos sentimentos, enquanto o conhecimento mais racional, o intelecto (*) se acumularia na metade
esquerda. Isso faz com que haja pessoas INTELIGENTES, porque têm um profundo sentido das
interligações entre os estímulos; as ESPERTAS, que são rápidas no raciocínio e na avaliação dos
estímulos; e as CULTAS, que têm capacidade para guardar imensa quantidade de informações. De
qualquer forma, existe uma diferenciação de indivíduo para indivíduo, o que resulta em uma fantástica
combinação desses tipos, havendo pessoas inteligentes que não são espertas, espertos que não são
cultos, etc. E essa diversidade não é característica da personalidade, e sim da individualidade, quer dizer,
do espírito. Pelos séculos, através das reencarnações, vamos evoluindo através do padrão de nossa
energia mental. Há métodos para utilização dessa energia de forma objetiva. Veja: Concentração,
Meditação, Mentalização e Reflexão.
 “Sim, filho, não se exige bastante estudo para seres um Koatay 108. Foi dito que a caridade trata
apenas dos efeitos da pobreza e não da causa. Não acreditamos no tratamento do efeito e, sim,
cremos no tratamento da causa. Nunca te deixes confundir entre Cultura e Sabedoria. A Cultura atinge
os nossos olhos e a nossa mente, enquanto que a Sabedoria atinge os três plexos, o nosso Sol Interior
e o nosso coração. Filho: o Adjunto Koatay jamais deverá pesar os valores intelectuais, a beleza ou a
riqueza.” (Tia Neiva, 18.9.83)
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 532

SACERDÓCIO
O sacerdócio é a função que coloca o médium como intermediário entre a Espiritualidade e o
Homem, que se amplia de acordo com as Consagrações (*) que o médium vai recebendo. Por isso
dizemos: A MINHA MISSÃO É O MEU SACERDÓCIO. O SENHOR ESTÁ COMIGO!, pois nosso
sacerdócio está contido em nossa missão (*). Na Carta aos Hebreus (19 a 24), Paulo faz uma exortação à
confiança e à coragem daqueles que seguiriam o Grande Sacerdote Jesus: “Portanto, irmãos, tendo
confiança de entrar no Santuário pelo Sangue de Jesus, seguindo este caminho novo e de vida que nos
consagrou primeiro, através do véu, isto é, pela carne, e tendo um grande Sacerdote que preside à casa
de Deus, cheguemo-nos a ele com verdadeiro coração, revestido de inteira fé, purificados os corações de
toda má consciência e lavados os corpos com água limpa, conservemos firme a profissão da nossa
esperança - porque fiel é o que fez a promessa -, sejamos mutuamente solícitos para nos estimularmos à
caridade e às boas obras.” (Veja: MISSÃO)
 “Nada temos a temer, porém temos a respeitar. E quando chegar a hora de ver governo sobre
governo, pais contra filhos e filhos contra seus pais, Salve Deus, meu filho Jaguar, tudo o que temos é
o nosso sacerdócio e por ele alcançaremos, sem prejuízo de nosso corpo físico, tudo o que te perece
mistério, que verás com toda a naturalidade dos justos!” (Tia Neiva, 12.12.78)

FALANGE MISSIONÁRIA SAMARITANAS


A falange das Samaritanas traz a herança do episódio que nos relata o Evangelista João (IV, 4 a
18): “E era preciso que Jesus passasse por Samaria. Veio, pois, a uma cidade de Samaria, chamada
Sicar, perto da terra que Jacó deu a seu filho José. Ora, havia ali um poço, chamado a Fonte de Jacó.
Fatigado, pois, do caminho, estava Jesus assim assentado na borda do poço. Era isto quase à hora sexta.
Vindo uma mulher de Samaria tirar água, disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. A samaritana lhe disse:
Como, sendo tu judeu, me pedes de beber, a mim, que sou mulher samaritana? Pois que os judeus
não têm relações com os samaritanos. Respondeu-lhe Jesus: Se conhecesses o dom de Deus, e quem
é o que te diz ‘Dá-me de beber’, talvez tu mesma lhe fizesses igual pedido e ele te daria da água
viva!. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que tirá-la, e é fundo o poço. Onde tens, pois,
esta água viva? És tu, porventura, maior do que nosso pai Jacó, de quem tivemos este poço, do
qual também ele bebeu, e seus filhos, e seus rebanhos? Respondeu Jesus, e disse-lhe: Todo aquele
que bebe desta água, tornará a ter sede! Mas aquele que beber da água que eu lhe der, nunca mais
terá sede; e a água que eu lhe hei de dar se tornará nele uma fonte de água que correrá para a vida
eterna... Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me desta água, para que eu não tenha mais sede, nem
venha mais aqui tirá-la! Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido, e volta aqui. Respondeu a mulher e
disse: Eu não tenho marido! Jesus lhe respondeu: Bem disseste: ‘Não tenho marido’, porque cinco
maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido. Nisto disseste a verdade.” Em reunião com
Koatay 108, em 24.8.80, Mãe Yara se manifestou e revelou que as Samaritanas e as Nityamas, no
espaço, são as Araganas que limpam os caminhos dos Cavaleiros. Enquanto os Cavaleiros vão
penetrando nas cavernas e nos pântanos, com suas redes magnéticas, as Samaritanas se posicionam em
determinados lugares. Quando a energia dos Cavaleiros se desgasta muito, elas lhes servem a água viva,
restauradora das forças. Mãe Yara contou outra passagem: Quando Jesus estava sendo conduzido pelos
soldados romanos, pediu água a um cidadão, que o atendeu. Mas o soldado veio, agrediu o cidadão e
entornou a caneca com água no chão. Chegou, então, uma Samaritana, com sua ânfora, e serviu água ao
Mestre, que lhe perguntou: Não tens medo do soldado romano? E ela Lhe respondeu: Não, Senhor,
porque acreditamos em Ti!... As Samaritanas servem o sal, o perfume e o vinho, nos rituais e nas
consagrações, com poucas exceções: no Oráculo e na Estrela de Nerhu, as Dharman Oxinto servem o
vinho; e nos Julgamentos e Aramês, as Ciganas Aganaras e Taganas servem o sal e o perfume. A
Primeira Samaritana é a Ninfa Lua Vera Lúcia Zelaya, filha de Tia Neiva, sendo dois os Adjuntos de
Apoio: Adjunto Amuruã, Mestre Décio, e Adjunto Alássio, Mestre Moraes, e os prefixos são Izurê e Izurê-
Ra.
CANTOS DAS SAMARITANAS:
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 533

1. Ó, JESUS, ESTE É O CANTO DA SAMARITANA QUE, HA DOIS MIL ANOS, SUSPIRA POR TI!
JESUS, AQUI ME TENS EM MISSÃO ESPECIAL, EU E MINHAS IRMÃS, COM O MESMO ESPÍRITO
DAQUELA SAMARITANA QUE, UM DIA, SERVIU A TI, GRANDE MESTRE, NA PASSAGEM DO TEU
CALVÁRIO. HOJE, ESTOU AQUI, NA MINHA INDIVIDUALIDADE, LEVANDO ÀS LEGIÕES O QUE MAIS
ME FOR POSSÍVEL E O QUE TANTO PRECISAMOS RECEBER. É A LUTA PARA UMA NOVA ERA!
VENHO DE MUNDOS AFINS EM BUSCA DE TE SERVIR. JESUS! QUE AS FORÇAS SE DESLOQUEM
EM MEU FAVOR! SERVINDO TEUS MESTRES, SERVIREI TAMBÉM A TI. Ó, MEU JESUS! ELES VÊM
DO REINO CENTRAL, CONFIANTES NAS PALAVRAS QUE NAQUELA TARDE LONGÍNQUA NOS
DISSESTES: “QUEM BEBER DA ÁGUA QUE EU LHES DER NÃO MAIS TERÁ SEDE ETERNAMENTE”.
DISSESTE, JESUS, E TUDO SE CLAREOU NAQUELE INSTANTE. HOJE ESTOU AQUI, COM - O - EM
TI, JESUS QUERIDO. SALVE DEUS!
2. NO TURIGANO: SALVE DEUS! (EMISSÃO) Ó, JESUS, VOLTO NESTA BENDITA HORA PARA
AGRADECER A DEUS A FELIZ OPORTUNIDADE DE MINHAS IRMÃS QUANDO, NAQUELA ERA
DISTANTE, TE OFERECERAM A ÁGUA DE SUA ÂNFORA, TE LIBERTANDO DA SEDE. HOJE,
SERVIREI EM SEU LUGAR! QUERO SERVIR AMANDO, SERVINDO SEMPRE EM TEU SANTO NOME,
PELO PÃO DE CADA DIA. E NA FORÇA DECRESCENTE DE MINHA MISSÃO, PARTO COM - O -// EM
CRISTO JESUS. SALVE DEUS!

SANDAY
Os Sandays foram uma grande conquista de Koatay 108 para engrandecimento dos trabalhos do
nosso Templo, recebendo, diretamente das 21 Estrelas (Sivans, Harpásios, Vancares, etc.), forças
iniciáticas de grande poder, que se somam e se cruzam em benefício de todos, encarnados e
desencarnados, no exercício da Lei do Auxílio. Koatay 108 trouxe sete Sandays de cada um dos três
Oráculos que nos regem - Simiromba, Olorum e Obatalá -, perfazendo as 21 Estrelas. O Sanday é um
foco de energias emanadas das Estrelas e transportadas por amacês, que visa dar maior segurança e
força aos trabalhos. Um Sanday é formado, em nossos Templos, de acordo com as origens dos
elementos componentes, de suas Estrelas, parte de nossa bagagem transcendental, que irão determinar
nossa posição dentro do Sanday. Essas energias não são permanentes, deslocando-se na medida da
necessidade. A função dos sudálios (véus) é armazená-las, para que fiquem à disposição da
Espiritualidade Maior. Dentro de um Sanday há uma hierarquia, um ritual para cada tipo de situação. São
Grandes Iniciados que regem os Sanday, podendo tal força realizar incríveis fenômenos. É permitida por
Eles a incorporação de Ministros nos Sandays, pela grande força que representam e que acrescentam,
naquele momento, ao trabalho que estiver em andamento.

SANTOS ESPÍRITOS
Os ANJOS e os SANTOS ESPÍRITOS são entidades de alta hierarquia, Raios de Olorum (*), que
atuam nos diversos Sandays, projetando suas forças em conjunto com as das Estrelas, realizando
grandes fenômenos de cura, de desobsessão e, especialmente, as aparições e materializações que
objetivam conduzir as atenções da humanidade, mergulhada na violência e no materialismo, para as
coisas de Deus. Existem, através da História da Humanidade, momentos críticos para a Terra, em função
da violência e descaminho dos Homens, que proporcionaram as aparições de Anjos e Santos Espíritos,
abafadas pela Igreja Católica de Roma, que as denominou como aparições da Virgem Maria ou do
Espírito Santo, uma vez que não podia esconder as evidências. Periodicamente esses espíritos se
apresentam na Terra. em materializações que visam chamar a atenção dos Homens e despertar suas
consciências para as mensagens que trazem. Na vidência, o médium vê uma figura que ele julga ser
alada, com um par de asas, mas que, na realidade, se apresenta com um imenso fluxo de energia que flui
dos chakras (*) umerais, dando a idéia de asas.

SATAY
VEJA: CONTAGEM DE SATAY
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 534

SATE
O SATE - Serviço de Assistência aos Templos Externos - foi organizado por determinação
direta de Tia Neiva e do Mestre Tumuchy, em 10.7.81, para dar maior entrosamento entre as atividades
dos Templos do Amanhecer com as do Templo-Mãe, com vistas a dar pleno apoio ao corpo mediúnico e
às atividades doutrinárias. A direção do SATE foi entregue ao Trino Regente Triada Tumarã, Mestre José
Carlos, e ao Trino Herdeiro Dorano, Mestre Jairo, que tinham, como principais atribuições:
Receber e orientar os mestres vindos dos Templos do Amanhecer, fazendo programação que lhes
proporcionasse pleno aproveitamento de sua passagem pelo Templo-Mãe;
organizar antecipadamente calendários dos eventos no Templo-Mãe para permitir que mestres e
caravanas dos Templos do Amanhecer pudessem delas participar;
organizar caravanas que, saindo do Templo-Mãe, iam realizar rituais, especialmente a Bênção de Pai
Seta Branca, nos Templos do Amanhecer;
programar e organizar cursos intensivos para mestres e ninfas dos Templos do Amanhecer;
examinar assuntos de Templos do Amanhecer em reuniões periódicas com seus dirigentes;
distribuir material impresso ou gravado para os Templos do Amanhecer;
integrar e harmonizar os mestres do Templo-Mãe com os dos Templos do Amanhecer;
ajudar os dirigentes dos Templos do Amanhecer na legalização de seu funcionamento.
A composição básica de um Grupo-SATE era: 2 Sétimos Autorizados do Adjunto responsável pelo
Templo do Amanhecer; 1 Sétimo Autorizado dos demais Adjuntos; 7 Recepcionistas; 7 Ajanãs; e 7 ninfas
de cada falange missionária. Outros mestres e ninfas poderiam complementar este Grupo, que se
deslocaria para suas missões sempre sob o comando de um dos dois dirigentes do SATE. Sob essa
orientação - aprovada pelos Trinos Presidentes e pelos Adjuntos - o SATE realizou muitas missões, até
que, com a criação do Coordenador dos Templos Externos - missão entregue por Koatay 108 a seu filho,
Trino Ajarã, Gilberto Zelaya -, em face do crescimento do número de Templos do Amanhecer, o SATE
encerrou suas atividades.

SAVANOS
Koatay 108, em mensagens de 5 e 22.2.83, atribuiu aos SAVANOS a manutenção e assistência
aos trabalhos de RANDY.
COMPONENTES: Dois Trinos mais os Cavaleiros e suas escravas (Savanas) que se decidirem por
assumir esta responsabilidade.
ATRIBUIÇÕES:
 Os Cavaleiros Savanos deverão participar ao Executivo a necessidade de reparos físicos naquele
setor de trabalho;
 Observar a manutenção diária daquele setor;
 Observar para que não falte o necessário - sal, perfume e velas;
 Observar a regularidade dos rituais conforme a Lei;
 Irmanar-se aos Comandantes do Dia, convidando outros mestres e contribuindo com sua própria
participação na realização dos trabalhos sob sua manutenção;
 Organizar a fila de pacientes e verificar qual o mais necessitado, para que deite na maca.
Os Trinos Savanos deverão comunicar ao Adjunto Maior as ocorrências dentro de seu grupo e as
que se referem às suas tarefas. O Grupo deverá se conscientizar de sua missão e, em reunião, escalar
Trinos e Cavaleiros para a execução de suas tarefas, de maneira que todos os dias estejam, no Templo,
representantes do grupo, observando, primeiramente, à escala do Executivo ou do Adjunto.
 “Meus mestres e meus filhos que vão assumir essa nobre responsabilidade: espero de vocês o amor
nas maneiras, na Lei, nas ordens e na execução de suas tarefas. Espero que se recordem sempre de
mim quando estiverem impacientes em suas atribuições, com as falhas dos outros. Lembrem-se,
sempre, de que entre ele e você, estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a vocês quando não
estão certos, quando têm algum erro na Doutrina: MUITO AMOR! Meus filhos, com o amor
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 535

conseguimos o discípulo amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre que vocês são a Lei e que a
Lei existe. Vocês são a palavra, a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” (Tia Neiva, 5.2.83)

SENTIMENTOS
Sentimento é nossa capacidade de sentir, nossa sensibilidade para percepção (*) de fatos morais,
intelectuais e espirituais, tais como amor, emoção, entusiasmo, rejeições, mágoa, ódio, tristeza, pesar,
alegria, etc., enfim, desde as pequenas sensações às mais elevadas manifestações do espírito. O
sentimento depende do momento, do estado da alma, mas se baseia no temperamento e nas tendências
do indivíduo, agindo como fator regulador de suas reações e indutor das emoções, porque penetra todo o
ser e condiciona as ações e reações do Homem. Um acidente, um gesto, um acontecimento qualquer, até
mesmo fenômenos naturais como tempestades, o nascer do Sol, uma Lua cheia, provocam sentimentos,
variáveis de indivíduo para indivíduo, que vão sendo de maior grau receptivo conforme o desenvolvimento
da mediunidade. Notadamente o Apará desenvolvido tem seus sentimentos elevados a condições de
extrema sensibilidade, o que exige muitos cuidados com seus relacionamentos, pois seus sentimentos
sentem, compreendem e absorvem muito além do que vêem e ouvem. Um conflito para o qual o Homem
deve estar sempre atento é o que acontece entre o sentimento e a razão (*), isto é, a decisão que terá
que tomar entre o que ele deseja fazer e o que deve ser feito, uma questão que, normalmente, em maior
ou menor importância, surge quase que diariamente em sua jornada, com conseqüências profundas em
seu carma.
 “Todos desejam triunfar na Vida e na Morte! Enquanto uns reagem diante do fracasso, outros se
deixam abater. Nossos triunfos são medidos pelas nossas tendências em prosseguir na luta e na
habilidade de que somos capazes, enquanto ao fracasso dizemos as nossas inconformações. Na luta
franca, mental, podemos muito bem dominar as nossas paixões, os nossos desejos. No domínio de
nossa inteligência, conseguimos alcançar o que queremos. Não nos expondo ao egoísmo, podemos
controlar os nossos sentimentos, sofrendo menos, é claro. Sim, filho, porque em tudo temos uma
razão!” (Tia Neiva, s/d)
 “”Vamos individualizar nossa posição na Terra, esclarecendo-nos de tudo o que nos faz sofrer. Esta
mensagem é para ser ouvida na individualidade, sem o turbilhão das tarefas de cada dia, porque a
paisagem que nos cerca muitas vezes nos envolve, desperdiçando energia, pois o espírito na Terra
está sempre indeciso entre as solicitações de duas potências: sentimento e razão. Para terminar este
conflito, é preciso que a Luz se faça em nós. Sabemos que a alma se revela por seus pensamentos e,
também, pelos seus atos. Porém, nem por isso devemos nos escravizar. Jesus nos coloca como
discípulos ao alcance dos mestres!” (Tia Neiva, Carta Aberta n. 3, 25.9.77)

SEPARAÇÃO
A separação sempre é traumática. Seja de um casal, com a conseqüente dissolução da família, ou
de duas pessoas que concluem não ser mais possível ter um convivência tranquila, ou pelo
distanciamento físico e emocional ou pelo desencarne. Geralmente, buscamos a perfeição em outra
pessoa, criando uma imagem ideal que se distancia da realidade, uma vez que somos todos humanos e,
por conseguinte, temos nossos defeitos e limitações que precisam ser clara e humildemente
reconhecidos, não só por nós mesmos como por aqueles que conosco convivem. Uma grande parte das
separações se deve a essa fantasia que é feita em relação àqueles que se tornam objeto de uma utopia,
por nossa parte, e não suportamos a visão realista daquelas personalidades e individualidades.
Tolerância, humildade e, sobretudo, amor - são as bases sólidas para qualquer convivência e,
especialmente, para a evolução de um espírito. O importante é compreendermos que, como não somos
perfeitos, não devemos procurar a perfeição ao nosso redor, exercendo nossa humildade e nossa
tolerância. Quantas vezes fazemos uma imagem ideal de uma pessoa e a projetamos em alguém,
principalmente pela força de uma paixão, e deixamos de ver o lado real daquela pessoa, até que, por
algum motivo, somos obrigados a reconhecer a realidade que, de modo geral, nos leva à separação,
muitas vezes nos privando dos fatores básicos para a evolução de nosso espírito. Existem encontros de
almas afins (*) e almas gêmeas (*), cujas características são bem diferentes, pois a união das almas afins
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 536

se faz pelo coração, cujos sentimentos e sensibilidade são mais apurados se vividos numa paixão,
enquanto as almas gêmeas se unem pelo espírito, pela alma, reconhecendo, cada uma, a beleza
essencial da outra, compartilhando as sensações e sentimentos, reforçando os seus potenciais
energéticos, gerando uma perfeita integração entre duas pessoas. Uma ligação de almas afins é, no
nosso plano físico, mais fácil de entender, porquanto é uma forma de amor consciente, quando gostamos
de alguém sabendo aceitar as limitações e os defeitos, sem fantasias, avaliando bem todos os seus
potenciais. São, na maioria dos casos, uniões duradouras e, quando desfeitas, não provocam grandes
traumas ou desastres, pois ambos entendem que foi chegada a hora da separação, tendo plena
consciência dos motivos que os levaram a esse desfecho. Após a separação, cada um segue sua
jornada, sem ódios ou rancores do outro, podendo, inclusive, manter relações de amizade. E as ligações
de almas afins ou por expiações cármicas são as que mais provocam as separações. As separações por
motivos cármicos são marcadas por explosões de sentimentos, que muitas vezes incluem palavras
ásperas, acusações mútuas, até mesmo agressões físicas. É a energia da transformação, porquanto ali
se desfaz uma cobrança, e cada um vai para seu lado, muitas vezes ainda irritado, bufando, mas sentindo
grande alívio. Foi uma libertação, foi mais um degrau evolutivo. A separação pelo afastamento físico,
alguém que parte para distante, pode ser minimizado pela vibração gerada pela saudade, que propicia a
ligação mental e, em muitos casos, o desdobramento (*) que permite um contato à distância. Já com o
desencarne, a separação é mais dolorosa, mas o Jaguar sabe que mais forte que a dor da separação é a
certeza do reencontro. Temos, pelo nosso conhecimento, a consciência de que passamos pelas dores,
que são instrumentos de nossa evolução, mas não nos deixamos abater e nem nos entregamos ao
sofrimento.
 “No mundo dos espíritos, onde as visões se encontram, sem paixões, sem teorias, há uma só filosofia:
SER OU NÃO SER. É o que acontece, meu filho, quando chegamos à nossa realidade. Renunciamos
às paixões, nos libertamos dos falsos preconceitos. Sim, porque o que chamamos de preconceito é
quando, num ato impensado ou mesmo jogado pelas forças de nossos destinos cármicos, agimos fora
da lei que impera a moral social e ferimos os sentimentos que pensam possuir aqueles que estão
cegos pelo orgulho, arraigados em um quadro obsessivo e que não sabem analisar ou não sabem
amar ao próximo como a si mesmo. Filho, quando te apegares a alguém, não te iludas e não iludas a
ninguém, sentindo-te imortal para anular a personalidade, pensando ter ou ser um amigo eterno.
Lembra-te da escada fatal da evolução: O teu amigo ou o teu amor poderá se evoluir primeiro. Quando
Deus te colocar diante de um grande amigo ou um grande amor, procura sempre acompanhá-lo para
não o perder de vista. O Homem só se liga a outro como amigo e como irmão quando descendem de
uma só evolução. Assim são, também, os casais de amantes e nossos filhos.” (Tia Neiva, 24.5.80)
 “No ciclo iniciático da Vida, ninguém é de ninguém! Na missão - o Destino - alguém se liga a alguém. O
Homem vive a vida nas vidas - ninguém é de ninguém. Eis porque não temos o direito de matar as
ilusões de ninguém!...” (Tia Neiva, 12.6.80)
 “O motivo desta carta foi uma “viagem” que eu fiz. Todas as madrugadas eu faço o seguinte
juramento: Jesus! Arranque meus olhos no dia em que por vaidade, eu tentar enganar os que me
cercam, quando, desesperados, me procurarem. Serei sábia, porque viverás em mim! Deus permitiu
que eu tivesse o que é meu, um cantinho nas imediações dos Umbrais, no lugar chamado Ponta
Negra. Eram três horas da madrugada, e eu ali estava, inquieta, como se alguma coisa estivesse para
acontecer. Realmente, não demorou muito e apareceu uma mulher que se debatia com três ELÍTRIOS,
gritando: Oh, meu Deus! De onde vieram estes bichos horríveis? Vi quando chegou alguém e ela,
sofrida, contava sua história. Nisso chegou Pai Joaquim das Almas, que me assiste em minhas viagens
em outros planos. Pedi-lhe a benção e que me explicasse o que se passava com aquela mulher. Essa
mulher, explicou ele, amava um homem e por ele foi amada, no amor da afinidade das almas afins.
Porém, o seu amor era obsessivo. Ele se evoluiu, enquanto ela não aceitava as coisas que
aconteciam. Ele era um pobre homem, sem luz mas era um JAGUAR e ela também. Então, eles eram
felizes e o Vale os separou? Perguntei. Filha, a missão é do missionário! O JAGUAR não é espírito
resignado. Em seu peito palpita a esperança e ele vive a buscar, a conhecer o alto, os sentimentos.
Filha! A esperança é uma planta que revive em nosso SOL INTERIOR. Essa mulher era esposa de um
MESTRE JAGUAR. Amavam-se muito, porém o Jaguar tem o seu destino traçado pela DOUTRINA.
Apesar do amor, ela não confiava nele e, ainda assim, não o acompanhou. O pobre Amaro vivia sob o
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 537

julgo de Marta e ela o caluniava, destruindo seus momentos felizes. Quando chegou a doutrina, Amaro
lançou-se a ela com amor e dedicação, trocando suas tardes de acusação e cenas de ciúmes pela
realização no trabalho doutrinário. O Jaguar do Amanhecer, lembre-se, é o trabalhador da última hora,
é o homem designado a condução de povos. Sua companheira e responsável, também, pela mesma
missão. Amaro, cansado das eternas acusações de ser infiel e mau caráter, não agüentou mais,
abandonou Marta e foi seguir a sua missão. Ela, que jamais imaginara que isto aconteceria um dia,
sempre procurando motivos para o magoar, sentiu-se perdida. E se suicidou, deixando uma carta
acusadora, tentando, neste último gesto, criar uma situação pior para Amaro. Ela ate se esquecera que
a própria família dela o entendia e ficava ao seu lado. Tanto assim que, naquele dia ele não fora ao
VALE e sim, almoçar com os pais de Marta, que o adoravam. E eu que pensara que ela estava
chegando! No entanto, já estava há três meses... Fiz uma prece e formei o meu Iabá. Imediatamente,
os elítrios a libertaram, voltando para Deus. Sua passagem foi tão ligeira que nem houve tempo de
recuperação. Por que se foram tão facilmente? É tão difícil conjugar a vida em dois planos... Sim filha,
continuou Pai Joaquim, olha quem está chegando! Era Eunóbio, acompanhado de um Índio muito
bonito. Pedi a benção a Eunóbio, que me disse ser o índio a alma gêmea de Marta. Porque julgar?
Porque tentar mudar as criaturas? Compreendi que Marta e Amaro haviam completado o seu tempo na
Terra. Como é perfeita essa criação! Mais uma vez repito: COMO E DIFÍCIL JULGAR OS NOSSOS
SENTIMENTOS DE VIDA E MORTE!” (Tia Neiva, 11.7.83)

SEREIAS DE YEMANJÁ
VEJA: POVO DAS ÁGUAS

SESSÃO BRANCA
A Sessão Branca tem sua descrição no Livro de Leis. Propicia a troca de energia com muitos
espíritos encarnados na condição de indígenas da região do Xingu, que dispõem das grandes forças dos
Caboclos e do Povo das Águas, que se fazem presentes no Aroma Verde das Matas. É um grande poder
que recebemos com essas incorporações, que nos impregnam com puro magnético animal, enriquecendo
nosso fluxo mediúnico, recebendo, em troca, poderosa força vital iniciática, que os fazem mais sensíveis e
receptivos das grandes forças de que dispõem em suas terras, em suas tribos. Numa região onde há
tribos indígenas próximas a um Templo do Amanhecer, os índios chamam o Templo de “Casa dos
Sonhos”, pois, certamente, muitos se lembram de ter sonhado com o local onde seus espíritos
participaram de uma Sessão Branca. No Templo-Mãe, houve um cacique que estava em visita numa noite
de Sessão Branca e, permitida sua presença, teve a oportunidade de conversar com membros de sua
distante tribo que estavam incorporados.

SEXO
O sexo distingue homem e mulher de macho e fêmea, pois estes têm, na Natureza, sua finalidade
voltada para a reprodução das espécies, sendo o sexo apenas um instinto. Mas o ser humano também
modificou este instinto, embora com muitas dificuldades e traumas, chegando à noção atual de que sexo
não é sujeira, não é pecado, não é anormalidade, fazendo com que a humanidade se sinta mais realizada
na liberação de suas forças sexuais. Como todo potencial, deve o sexo ser equilibrado e orientado, para
evitar graves conseqüências psicossociais e físicas, pois envolve a totalidade dos campos de emissão e
recepção de energia dos parceiros envolvidos em uma relação. Hoje, pela globalização dos conceitos e
idéias, temos que fazer bem clara a diferença que existe entre sexo e amor (*). Confunde-se “fazer sexo”
com “fazer amor”, quando existe uma relação bem diferenciada, pois o sexo tem muito a ver com o plexo
físico, enquanto o amor se apresenta como um dos mais nobres sentimentos, dos quais o sexo é
importante componente. Nos chakras (*) básico - no homem - e esplênico - na mulher - se relacionam o
senso de realidade, a ligação com a Terra, a sexualidade e os instintos de sobrevivência. Ali é a sede das
energias denominadas Kundalini (*) - o Fogo Serpentino, principais energias de criação, manifestação e
construção da consciência superior. São o centro sexual para os homens e mulheres, e armazenam
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 538

tensão. Bem equilibrados, liberam tensões, permitindo que talentos de vidas passadas possam aflorar,
dando estabilidade emocional e sensação de bem estar e equilíbrio. O chakra esplênico é o centro sexual
das mulheres, responsável pela maternidade e pelo fluxo prânico de maneira geral. Embora o prana flua
por todo o corpo, este chakra é responsável pela distribuição central da energia prânica e sua perfeita
vibração leva ao aumento da criatividade, equilíbrio emocional e maior realização nos relacionamentos
íntimos. Seu desajuste causa tensões, raiva e repressão sexual. Por força da evolução da cultura
humana, o sexo deixou de ser um tabu para passar a verdadeira onda na sociedade, com estudos,
conselhos, advertências e, principalmente por conta da transmissão de doenças e, especialmente, da
AIDS, um ponto de permanente discussão. A educação sexual passou a ser ministrada nas escolas a um
público infantil ou adolescente, e alguns filósofos adotaram teorias de que o sexo seria a chave da saúde
e da felicidade. Como sabemos que o equilíbrio é uma das principais metas de nossa existência, devemos
encarar o sexo como poderosa força individual que deve ser conhecida, equilibrada e controlada para
nosso bem-estar. O sexo sem amor é um grande desperdício, porque se torna um ato egoísta, levando os
parceiros à irrealização e mágoas. Uma ligação que se faça baseada só na satisfação sexual é pouco
duradoura. Quando o sexo se torna um complemento do amor, se transforma em fonte de satisfação e de
realização.
 “A cada dia nossas responsabilidades estão aumentando e, por isso, é preciso ficarmos cientes da vida
fora da matéria. É muito fácil o espírito dela se compenetrar, porém não é fácil se adaptar! Nos mundos
espirituais ou mundos fora da matéria, a vida se compõe de positivo e negativo, isto é, homem e
mulher. O espírito do homem continua homem e o espírito da mulher continua mulher. Apesar de ser
afirmado por alguns iniciados que o espírito não tem sexo, os meus olhos dizem o contrário. A
adaptação do Homem na vida fora da matéria é difícil porque sente muita saudade de suas coisas e
dos seus entes queridos, nas suas concepções másculas de Homem terreno, isto mesmo com o amor
dos puros (força de expressão). Os espíritos libertos vivem em suas dimensões e se amam... Se amam
com a ternura dos anjos!” (Tia Neiva, 26.6.65)

SEXO
Os Sexus são obsessores que atuam sob a forma de elítrios (*), comprometendo o normal
desempenho sexual de suas vítimas. Agem de modo a ocasionar desvios sexuais e descontroles que
conduzem às taras, gerando dramas e violência nos caminhos de seus obsidiados. Não podem ser
deslocados facilmente, pois projetam suas vibrações de tal forma que alteram, até mesmo, as fontes de
energia mental (*), provocando desvios de comportamento e de raciocínio em suas vítimas, de modo
irreversível, que só poderão ser superadas através de outras reencarnações.

SÍMBOLOS
O símbolo é um sinal que substitui o nome de uma coisa ou ação, indicando uma realidade que,
conhecida, conduz ao conhecimento de outra, menos conhecida ou mesmo desconhecida, e vem sendo
usado desde a pré-história, principalmente por seitas e religiões. Nossa Doutrina utiliza a simbologia em
múltiplos aspectos, muitos dos quais já vimos em outros itens (cruz, emissões, morsas, etc.). A fim de
explicar o significado de mais alguns, temos:
LLSL - Legião de São Lázaro
NLLML - Raio Ajanã
NSLSL - Raio Adjuração
1. J R L A - Mestre Lua e Ninfa Lua
HORIZONTAL - Raio Ajanã não incorpora e campo fechado para elevação
VERTICAL - Raio Ajanã pronto para incorporar e campo aberto para
elevação
RÓSEA - Amor e energia
LILÁS - Cura
VERMELHO - Força desobsessiva
RANDY - Lança Vermelha
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 539

SIMIROMBA
SIMIROMBA significa, em nossa Corrente, “Raízes do Céu”, e Pai Seta Branca é o Simiromba de
Deus! De seu Oráculo, Simiromba realiza toda a grandeza presente em nossos trabalhos. O Oráculo de
Simiromba é o Oráculo de Ariano. Aqui Simiromba dispõe de sete poderes, raios ou raízes, cada um
regido por seu respectivo Ministro, atuando, separadamente ou em conjunto, nos nossos plexos e nos
dando condições para bom desempenho em nossos trabalhos, que são:
ERIDAN - Primeiro Adjunto - É o Primeiro Raio Iniciático, que emite para os trabalhos de
Desenvolvimento, preparando o plexo do médium em suas aulas, tornando-o capaz de manipular as
forças iniciáticas que irá receber “a Caminho de Deus”.
ONER - Terceiro Adjunto - É o Raio da Iniciação, força dos Grandes Iniciados que se projeta no médium
quando faz sua Iniciação Dharman Oxinto (A Caminho de Deus). O médium a recebe como acréscimo
à força de Eridan.
ADONES - Sétimo Adjunto - É um Raio de grande poder desobsessivo que se projeta no médium quando
realiza seu segundo passo iniciático - a Elevação de Espada - tornando-o capaz de manipular
poderosas correntes magnéticas e toda a sorte de energias que encontra na Estrela Candente.
ARAKEN - Terceiro Sétimo de Xangô, Mestre Lázaro - É o Raio que se soma aos anteriores, no plexo do
médium, quando este faz a sua Consagração de Centúria, que o torna apto a qualquer trabalho em
nossa Corrente. Araken é o Terceiro Sétimo de Xangô, isto é, um comando, portador das Forças da
Terra, tanto na Linha Africana como na Linha do Amanhecer, apresentando-se como Mestre Lázaro na
figura missionária de força desobsessiva. Tem três Raios Adjuntos de Araken, que são Delanz, Alufan
e Aton.
DELANZ - Segundo Sétimo Adjunto, faz a energia circular nos trabalhos, beneficiando encarnados e
desencarnados que se encontram no Templo, ativando células orgânicas através do chakra coronário e
do Sol Interior, levando proteção e equilíbrio aos médiuns.
ALUFAN - Quarto Sétimo Adjunto Raio de Simiromba, tem sua ação na composição das células
orgânicas, harmonizando as cargas dos elétrons atômicos que constituem o corpo humano. São Raios
de energia cósmica etérica, beneficiando todos os Jaguares, alcançando hospitais, manicômios,
presídios, etc., atuando onde houver condições para sua ação benéfica no corpo etérico. Entra em
ação nas Consagrações da Estrela Candente.
 ATON - Primeiro Sétimo Adjunto, é uma Raiz que age diretamente no Sol Interior de cada médium na
realização dos trabalhos, sendo necessário, porém, que ele já tenha feito Consagração de Centúria,
quando seu plexo já está preparado para os grandes trabalhos desobsessivos e curadores. Tem o
poder de alimentar todo o fluxo energético dos médiuns, atuando sobre as partes mais delicadas de
seu plexo físico e do seu microplexo, ampliando sua intuição, sua sensibilidade e seu poder de
manipular qualquer tipo de energia. É a força que conduz o Jaguar em sua jornada crística. Tem uma
derivação, AKYNATON, que age de modo concentrado no Leito Magnético e em trabalhos de elevado
grau de realização, como o Turigano e a Estrela de Nerhu. Não se desloca sem uma grande razão,
pois concentra forças muito intensas, que devem ser manipuladas apenas em locais onde haja grande
concentração de médiuns e uma força magnética animal muito ativada, para que lhe permita se
deslocar plenamente. Tem todo o poder de Amon-Rá, e se projeta no chakra coronário do médium,
fornecendo-lhe toda a energia para realizar eficiente e eficazmente seu trabalho. É uma grande
energia, gerando força desobsessiva, curadora e geradora. Através dela se manipulam todas as outras
energias que cheguem ao trabalho ao qual está em ação. Akynaton também rege as amacês que
conduzem os espíritos sofredores para o Canal Vermelho.
Em três momentos do dia - 12, 15 e 20 horas - , onde quer que estejamos, entramos em sintonia
com as forças que emanam do Oráculo de Simiromba, através da Amacê da Estrela Candente. . São as
Horas do Jaguar, nas quais trabalhamos para nós mesmos, emitindo a chave: “O SENHOR TEM O SEU
TEMPLO EM MEU ÍNTIMO! NENHUM PODER É DEMASIADO AO PODER DINÂMICO DO MEU
ESPÍRITO. O AMOR E A CHAMA BRANCA DA VIDA RESIDEM EM MIM! SALVE DEUS!”. Pode ser
seguida pela Prece de Simiromba, com grande efeito benéfico para nós mesmos ou para quem
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 540

mentalizarmos, pois, nesse momento, se deslocam as forças do Mundo Encantado dos Himalaias, junto
com as de Olorum e Obatalá.
PRECE DE SIMIROMBA
Ó, SIMIROMBA, DO GRANDE ORIENTE DE OXALÁ!
NO MUNDO ENCANTADO DOS HIMALAIAS, FAZE A MINHA PREPARAÇÃO...
ILUMINA O MEU ESPÍRITO PARA QUE EU POSSA PARTIR, SEM RECEIOS,
NO AVANÇO FINAL DE UMA NOVA ERA!
FAZE EM MIM A VERDADEIRA FORÇA DO JAGUAR!
Ó, SIMIROMBA, DOS MUNDOS ENCANTADOS!
EM BREVE ESTAREI SOBRE O LEITO E JESUS, O SOL DA VIDA,
TRANSMITIRÁ, POR MIM, OS MANTRAS PODEROSOS
PARA A LIBERTAÇÃO DOS VALES NEGROS DA INCOMPREENSÃO...
Ó, SENHOR, PARTIREI CONTIGO... NADA TEMEREI!
 “Simiromba é a junção de sete Raízes Universais. Quando Simiromba se desloca, na sua ordem vão
também se deslocando as Raízes, segundo sua necessidade. Porque, filho, saiba pois que as forças
não se deslocam em vão e, segundo posso explicar, cada Raiz tem seu conceito, porque atrai sempre
a origem. É uma honra atender a Simiromba. Há, inclusive, precisão na escolha ou pela necessidade.
Os Grandes Iniciados são precisos. Posso afirmar que há, inclusive, uma técnica. Eles não deslocam
uma força indevidamente e, por conseguinte, também não devemos invocá-la. Invocamos sem saber o
que merecemos. Porém, eles sabem, com precisão, do que precisamos. Uma RAIZ é algo, por
exemplo, como um estado de acomodação de forças em movimento de destaque. Podemos considerar
assim: as raízes foram formadas pelos Grandes Iniciados na Terra. Assim como nós estamos tentando
homogeneizar a Raiz do Amanhecer como, também, uma Contagem para um Adjunto.” (Tia Neiva,
s/d)
 “Meu filho: vamos penetrar no Mundo Encantado de Simiromba, Nosso Pai, e de seus Ministros.
Removendo séculos, encontraremos dos nossos antepassados suas heranças, nos destinos que nos
cercam!” (Tia Neiva, 1.9.77)

SINTONIA
Quando ligamos um rádio, é preciso que, pelo dial, se ajuste com exatidão a estação que
queremos ouvir pois, caso não esteja no ponto exato, haverá ruídos, distorções e não conseguiremos
ouvir claramente a transmissão. Chamamos a isto sintonizar a estação. No nosso caso, a sintonia é feita
com a Espiritualidade e com nosso interior, e devemos buscar a faixa precisa para evitar alguma
interferência, harmonizando-nos com nosso Sol Interior, com nossa energia mental e, assim, emitindo um
padrão vibratório em perfeita sintonia com os planos espirituais. Assim, a sintonia compreende o estado
de quem se encontra em correspondência ou harmonia com o meio em que vive, isto é, em perfeita
afinidade (*) com espíritos encarnados e desencarnados e com o padrão vibratório ambiente. É
importante lembrar que, ao sairmos da Pedra Branca (*), após o desencarne, não temos qualquer
orientação ou proteção: nosso caminho será trilhado apenas pela nossa sintonia, isto é, nossa afinidade,
nosso padrão vibratório, e, então, poderemos ir para Planos Superiores ou para Cavernas! O médium
perfeitamente sintonizado consegue perfeição em seu trabalho. Se for Apará, transmitirá a Voz Direta sem
qualquer interferência; se for Doutrinador, estará tranqüilo e consciente, equilibrado e vigilante, evitando
qualquer irregularidade no trabalho. Há médiuns que confundem sintonia com sua vontade de realizar
determinado trabalho. Quando convidados a participar de um trabalho ou Sanday, se negam a ir,
pretextando não estar em sintonia. Ora, se ele não está em sintonia, o melhor que faz é mudar seu
uniforme ou indumentária, e passar como paciente, porque, na realidade, ele não está com vontade de
trabalhar. Nosso Templo é um pronto-socorro espiritual, e devemos estar sempre prontos a colaborar
onde se fizer necessário. Imagine se um acidentado chega ao hospital e os médicos não estejam em
sintonia para atendê-lo! Devemos, sim, estar sempre prontos para atender àqueles espíritos que
necessitam de nosso auxílio. Para isso, antes de iniciarmos nossos trabalhos, vamos entrar em sintonia
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com nossos Mentores e com a Espiritualidade Maior, fazendo nossa mentalização diante de Pai Seta
Branca ou no Castelo do Silêncio.

SISTEMA CRÍSTICO
Independentemente de tudo o que foi escrito sobre a passagem de Jesus na Terra, inclusive nos
Evangelhos, foram trazidas, pelo plano espiritual, as bases de um Sistema Crístico, garantindo a verdade
dos ensinamentos do Divino e Amado Mestre, que foi implantado na Terra e nos corações dos Homens,
estabelecendo a ligação entre os diversos campos vibratórios dos planos etéricos com o físico. Enquanto
os trabalhos escritos - inclusive os Evangelhos - são focos de discussão através da história do Homem e
das religiões, por suas traduções, interpretações e antropomorfismo, temos a palavra de Jesus vivo,
trazendo, pela Espiritualidade Maior, coisas incontestáveis, para as quais não há como negar sua
veracidade, que formam o Sistema Crístico - o mundo do Amor, da Tolerância e da Humildade. Existem
espíritos de alta hierarquia que ainda não entenderam as palavras de Jesus e continuam na Velha
Estrada, na Lei Mosaica do “olho por olho, dente por dente”. No Sistema Crístico, a justiça implacável deu
lugar à misericórdia e ao perdão, permitindo-nos aliviar nosso carma através da prática da caridade, na
Lei do Auxílio. Só foi possível termos essa condição pelo Sistema Crístico. As correntes mediúnicas
existentes pela força das diversas seitas, doutrinas e religiões são classificadas como positivas, se
estiverem dentro do Sistema Crístico - da Lei do Amor e do Perdão; se não, são chamadas negativas. Na
estruturação do Sistema Crístico foram criadas, por Jesus, as Casas Transitórias, entre as quais está o
Canal Vermelho, que propiciam grandes oportunidades para a evolução de um espírito.
 “Uma coisa vocês precisam entender bem: nós não vivemos uma filosofia cristã. Nós vivemos um
Sistema Crístico! O Sistema é uma coisa pronta, acabada, que existe e não tem possibilidade de
mudar. Já a filosofia é a maneira como os Homens interpretam a Lei. Assim se formam as religiões,
baseadas justamente na distorção dessas interpretações, porque não há uma unidade de pensamento.
Reúnem-se as idéias e se fabrica uma nova forma. Nada se cria - apenas muda-se a forma das coisas.
Daí a razão de milhares de livros escritos. A toda hora, uma novidade. E agora, então, com a
predominância do Vale das Sombras, com essa predominância dos espíritos a quem está entregue a
destruição! Dizemos em nossas aulas para que nossos médiuns não falem em Espiritismo, não
discutem religiões, porque não é mais época. Tudo o que o Sistema Crístico podia fazer para os
Homens está feito, já deu a qualquer um a possibilidade de se encontrar consigo mesmo, com sua
individualidade. Quando os Homens preferem inventar novos métodos, vão se afastando da realidade,
que é o Sistema. Quando se fala que o Jaguar tem o pé na Terra é porque o Jaguar tem o pé no
Sistema, explicado em termos do nosso Sol Interior. Quando falamos em Sol Interior, estamos falando
numa filosofia cristã, e nenhum comentarista ou filósofo cristão comentará esta palavra, porque ela só
vai ser encontrada no Evangelho se buscarem o Evangelho Iniciático, isto é, o Evangelho cujo segredo
só podemos entender se tivermos iluminação por dentro. As palavras são iguais para todos, mas
alguns enxergam de uma maneira diferente e chegam ao Sistema, se tiverem os pés na Terra.
Entretanto, no Evangelho, tudo se resume na prática destas três palavras, que nós sempre repetimos:
Amor, Tolerância e Humildade. Agora, chegou o momento de saber até que ponto cada um de nós
adquiriu a capacidade de perdoar, de tolerar, de ser humilde, de não julgar e de amar, e assim avaliar
o ponto a que chegou em termos de amor incondicional!” (Tia Neiva, s/d)

SISTEMA NERVOSO
Denomina-se sistema nervoso ao conjunto de tecidos nervosos do organismo que controla os
movimentos voluntários e involuntários do ser vivo, compondo-se pelo sistema nervoso central - o cérebro
e a medula espinhal - e o sistema nervoso periférico - os 12 pares de nervos cranianos, os nervos que
saem da medula espinhal e os nervos do sistema simpático que chegam os órgãos internos e aos vasos
sangüíneos. O sistema nervoso simpático ou autônomo é o que exerce ação reguladora sobre a maioria
dos órgãos do corpo, independentemente de nossa vontade, tais como o coração, as glândulas e os
vasos sangüíneos, entre outros, e aciona os músculos involuntários dos órgãos internos. Entre os efeitos
desse sistema nervoso simpático, por impulsos emitidos através das fibras nervosas, temos aceleração e
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 542

aumento dos batimentos cardíacos, transpiração, dilatação das pupilas, contração de artérias, retenção
do suco gástrico e muitas outras funções automáticas ou involuntárias, porém refletem sentimentos e
emoções. O sistema nervoso parassimpático, constituído pela secção entre o crânio e o sacro, comanda
as ações conscientes e projetadas pela vontade, tais como falar, movimentar os pés, as mãos, prestar
atenção a alguém ou a alguma coisa, etc. O ponto básico do sistema nervoso central é a célula nervosa,
que não se reconstitui nem regenera, sendo irreversível qualquer lesão que sofra. O álcool e os tóxicos
atuam negativamente no Homem pela destruição das células nervosas, levando-o gradativamente à perda
da consciência, à diminuição do alerta mental, à lerdeza do raciocínio e outras deficiências degenerativas,
cuja gravidade avaliamos quando sabemos que o sistema nervoso é o mecanismo intermediário entre o
corpo físico, o mundo externo e o campo consciencional. Podemos chamar o sistema nervoso simpático
ou autônomo de passivo e o parassimpático de ativo, para facilitar o entendimento dos dois tipos de
mediunidade (*) em nossa Corrente do Amanhecer: a do Apará, o médium de incorporação, está baseada
no sistema nervoso passivo, tendo natureza passiva, orgânica e anímica, onde a vontade e a consciência
pouco ou nada atuam; enquanto a do Doutrinador funciona com base física, no sistema nervoso ativo,
com predomínio da consciência e da vontade, fazendo com que passasse a existir um transe mediúnico
totalmente consciente.

SISTEMA PLANETÁRIO
Existem dois sistemas planetários a serem considerados em nossa Doutrina: o Sistema Planetário
da Terra ou Sistema Sideral - nosso planeta, o Sol, a Lua, os demais planetas e estrelas, inclusive Sívans,
Harpásios, Taumantes, que formam os Sandays (*), etc. -; e o Sistema Planetário do Homem, com suas
esferas coronárias, seu Sol Interior (*), governadas pelo Eixo Solar, em constante movimento no âmbito
de sua orbe terrestre.

SIVANS
Sivans é uma das 21 Estrelas que formam os Sandays, regendo os médiuns que a trazem no
sentido de predominância racional, de análise dos seres e das coisas que nos cercam.
 “O mestre Adjunto Koatay 108 SIVANS, continuação da ordem dos Ramas e Rajas, é Adjunto para
qualquer iniciação, até mesmo a presidência evangélica iniciática nos templos, ou no seu próprio
templo, se assim lhe convier, porque o Adjunto Koatay 108 Triada Sivans é também um herdeiro, como
os Ramas e os Rajas são herdeiros. Os Adjuntos Koatay 108 Triada Sivans são, porém, limitados: por
três anos terão que acompanhar o seu Adjunto e trabalhar paralelo com ele. Caso houver necessidade
de o Adjunto Rama ou Raja convocar o mestre Sivans para seus trabalhos, ele, desde já, deverá saber
que obedecemos a uma hierarquia. É claro que tudo se fará pelo amor incondicional! Não existe a
ordem forçada, mas uma lei que obedecemos, com -0- em Cristo Jesus. Os Sivans são mestres -
principalmente Mestres Luz - que se encontram em qualquer desenvolvimento evangélico iniciático. Só
poderá ser um Sivans o mestre que tem boa dicção e escolaridade. A individualidade do mestre fica à
mercê de sua consciência. Não se esqueça, meu filho: a vida iniciática evangélica é força, razão e
consciência. Religião é conduta doutrinária na família e em Deus!” (Tia Neiva, 26.12.81)
 “Sívans é uma grande estrela que emite mil amacês que trabalham em diversos lugares e em diversos
outros planos. O maior trabalho é no seu próprio plano. (...) Sivans está a responder, com suas
amacês, às heranças transcendentais, emitindo de uma vida para outra, afirmando que a constituição
do Homem não resiste às descargas magnéticas cósmicas nucleares. (...) A este respeito eu tenho um
quadro belíssimo da grande Sívans, que traz a mensagem da reencarnação. Porque Sívans é uma das
Estrelas mais desenvolvidas, mais esotérica, que não se cansa de emitir sua grande projeção a nós,
Jaguares. Nos atende todos os dias e já apareceu fisicamente a nós, no dia 16 de junho de 1982, às
22 horas.” (Tia Neiva, 28.1.85)

SOFREDOR
O plano civilizatório da Terra, iniciado pelos Equitumans (*), foi sendo alterado pelo próprio desvio
daqueles espíritos de sua missão. Os contatos com Capela foram rareando e redobrados os esforços
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 543

para guiá-los na direção certa. A volúpia da autonomia foi dominando e os afastou cada vez mais dos
planos originais, sendo determinada sua extinção pelos Grandes Orixás. Desencarnados, aqueles
espíritos não tinham condições para encarnar em Capela e nem poderiam reencarnar na Terra sem um
plano estabelecido pelo Planeta Mãe - Capela. Permaneceram, então, no etérico, exercendo suas
influências nos terráqueos. Foram-se organizando em poderosas legiões de seres etéricos, em cujas
consciências mal penetrava a voz do espírito. Aprisionados entre duas dimensões, esses espíritos se
apegaram aos corpos físicos, iniciando um processo obsessivo em massa, fazendo com que os últimos
cinco mil anos antes do nascimento de Jesus fossem marcados por violentas guerras e destruições.
Ambições, ganância, violência, vaidade, ódios, impiedade e um barbarismo cruel eram frutos da
desagregação progressiva da mente humana, sujeita às almas deformadas, surdas de suas consciências,
da voz de seus próprios espíritos. Formou-se, assim, a grande massa de sofredores. Para nossa
Doutrina, o sofredor é um espírito sem Luz, desencarnado em tristes condições, que não consegue seguir
sua jornada e fica pairando em planos perto da Terra, porém sem luz solar, sem sons ou quaisquer outras
formas energéticas do plano físico, influenciando espíritos encarnados com suas vibrações pesadas,
especialmente os médiuns de incorporação, que sentem seus efeitos com sua aproximação. Ele se liga
ao ser humano pelo padrão vibratório e só tem acesso quando a vibração do encarnado desce até a sua.
Geralmente o espírito sofredor continua com as impressões do mal que o levou ao desencarne - dores de
doenças terminais, de desastres - e tem grande apego pelas coisas materiais que lhe pertenceram em
vida. Na verdade, ele não tem consciência do desencarne, e sofre, em sua mente, dores que lhe
acometiam o corpo físico. Devemos ajudá-los, principalmente na Mesa Evangélica (*), onde são levados
por seus Mentores, para que possam receber a doutrina e o choque magnético animal que lhes
proporcionará condições de serem elevados a outros planos, onde serão recolhidos em albergues,
hospitais e dependências de Casas Transitórias, para poderem ser recuperados. O sofredor absorve, com
nosso trabalho, nossos fluidos mais pesados, permitindo que nosso organismo físico e nosso psiquismo
se equilibrem. Por isso, o médium de incorporação deve constantemente incorporar sofredores. Como
estes têm menos técnica nas incorporações, deve o médium ter consciência disso, soltando mais
ectoplasma e procurando fazer o mínimo de ruídos e gestos.
 “Não há qualquer espírito que passe por nossos trabalhos do qual não se faça a entrega obrigatória!
Nosso trabalho é exclusivamente de Doutrina! Não aceitamos, em hipótese alguma, palestras, nos
Tronos deste Templo do Amanhecer, de Doutrinadores com entidades que não sejam os nossos
Mentores, espíritos doutrinários! Mesmo fora do Templo, consta-me que os Doutrinadores que
palestraram com exus, etc., atrasaram suas vidas, pois eles não se afastaram de seus caminhos. A
obrigação do Doutrinador é fazer a doutrina, conversando amigavelmente com o espírito, procurando
esclarecê-lo, continuar seu amigo, porém fazer sua entrega obrigatoriamente, com o que ressalva sua
responsabilidade perante os Mentores. Outros Doutrinadores estão com suas vidas atrasadas
simplesmente por sua irreverência com os Mentores, acendendo para estes duas velas, saindo fora de
seu padrão doutrinário. Entre eu e os exus há um laço de compreensão e respeito mútuo. Porém, um
Doutrinador, por não ser clarividente, não está em condições de dialogar com eles, exceto no âmbito
da Doutrina.” (Tia Neiva, 7.5.74)

SOL
Quando os Equitumans (*) chegaram à Terra, em sua missão civilizatória, o Sol era, para eles, o
centro de energia vital, e por isso buscavam manter com ele a sintonia de suas forças. A Terra ainda
buscava, na época, sua rota de equilíbrio ao redor do Sol, o que levava às alterações constantes e
reajustes nos seus aparelhos e construções. O Sol é o poderoso polo magnético positivo de todo o seu
sistema - o sistema solar - e irradia forças de intensa magnitude, principalmente para a recuperação
energética dos seres vivos. Entre as várias formas de captação da energia solar está a SOLARIZAÇÃO,
ou seja, a exposição direta aos raios solares. Podemos obter a ÁGUA SOLARIZADA, que é a água pura
(de fonte, filtrada ou mineral) exposta, em frasco branco, aos raios do Sol, captando e condensando as
energias solares, com grandes benefícios para o corpo físico. O tempo mínimo de exposição é de uma
hora, mas o ideal é quatro horas. Pode-se, numa emergência, usar uma pedrinha de gelo colocada em
um copo de água, e deixá-lo ao Sol. Quando o gelo derreter todo, já foi captada energia suficiente, e a
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 544

água está pronta para ser tomada. A água solarizada deve sempre ser consumida não de uma vez, mas
em pequenos goles, tomando-se, em média, quatro copos por dia: ao levantar, antes do almoço, antes do
jantar e ao deitar, sempre, preferencialmente, com o estômago vazio. A solarização pode ser feita,
também, em óleos, principalmente o óleo de amêndoas. Pela cromatização é usada a exposição ao Sol
de água ou óleos em frascos coloridos, como, por exemplo, azul, índigo ou violeta para acalmar as dores;
amarelo e turquesa para problemas de pele; e dentro da ação das cores (ver Cromoterapia). A
solarização do corpo é mais eficiente se não forem usados óculos escuros, pois os olhos fazem a
recepção dos feixes coloridos da luz solar.

SOL INTERIOR
O Sistema Planetário do Homem compreende suas três esferas coronárias, seu Sol Interior,
governadas pelo Eixo Solar, em constante movimento no âmbito de sua orbe terrestre. O PLEXO SOLAR
- O SOL INTERIOR - Formado por três vórtices, na região pouco acima do umbigo, é o chakra (*) mais
complexo, pois faz a ligação do corpo astral ao corpo físico, processando energias que se originam nas
vibrações dos Astral inferior, Astral superior e Mental inferior. É onde se faz a ligação do Centro Coronário
(*). Esferas sobre esferas, os três vórtices unem-se em um talo complexo que termina entre a 1a. e a 2a.
vértebras lombares. O Eixo Solar do Homem é uma espiral de energias que atua de forma perpendicular
sobre a cabeça do ser humano e governa suas esferas coronárias, o seu Sol Interior, um sistema
particularizado e individual, centro vital do Homem, poderoso emissor e captador de energias e forças.
Essas esferas representam os três reinos de nossa natureza, vibrando intensamente no plano físico -
plexo físico -, no plano psíquico - microplexo ou alma - e no plano etérico - macroplexo, plexo etérico ou
espírito, formando três planos vibratórios diferentes, sendo cada um regido por suas leis próprias e,
embora dentro de relativa autonomia, os três mantêm estreita relação entre si, formando uma unidade
composta por três elementos diferenciados. Isto é o que, sob o ponto de vista iniciático, denominamos o
mistério do Trino, Tríade ou Trindade. Nosso sistema planetário recebe as influências das diversas
estrelas - Sivans, Harpásios, Vancares, etc. Essas esferas não são físicas, isto é, não são compostas por
qualquer substância palpável ou tecido, mas contêm as projeções defeituosas de encarnações anteriores
e levam as marcas dos caracteres hereditários das famílias espirituais - as afinidades psicológicas ou
possíveis contradições de caráter da mesma família. Deste Centro Coronário partem sete raios de
energia, sete forças que se distribuem pelo organismo humano, terminando cada um em um chakra - o
mesmo sistema em dois planos diferentes, de onde são distribuídas aos órgãos do corpo, vitalizando-os.
No Doutrinador, a força alimenta o chakra coronário; no Apará, o chakra umbilical. É no Centro Coronário
que se originam as manifestações e os registros que calcam a sensibilidade e envolvem, no físico, sua
atuação passada que, refletida no presente, forma o carma (*), a Lei de Causa e Efeito. Na manipulação
das energias, o Centro Coronário emana fluidicamente a alma, alimentando-a com irradiações
energéticas, estimulando, vitalizando, gerando o BEM e o MAL, marcando o próprio Homem com as
conseqüências felizes ou infelizes de seus atos. A condensação das energias produz magnetismo (*) que,
conforme a carga das forças manifestadas, podem ser atraídas - centrípeta - ou emitidas - centrífugas. Na
Doutrina do Amanhecer se aprende a manipulação dessas forças, que também variam em sua polaridade
- o Sol, polo positivo, gerando ânions, e a Lua, polo negativo, gerando cations. Ectopia é a emissão de
ectoplasma. O ectolítero emite o ectolítrio, que vai acionar o chakra laríngeo (*), permitindo que seja feita,
pelo médium, a emissão do ectoplasma. Essa emissão, assim, depende diretamente das condições
proporcionadas pelo médium, de acordo com a harmonia e o equilíbrio de seu Sol Interior e pelas
vibrações de sua mente. No Sol Interior se produz o ectoplasma (*) - ou fluído magnético animal -, sendo
variável em teor e em quantidade conforme as metas cármicas ou programas do espírito na Terra. É
universal, porque todas as pessoas - espíritos encarnados - o produzem, constituindo-se na base do
padrão vibratório (*) e da manifestação mediúnica. De acordo com sua carga natural, dependendo das
condições de seu Sol Interior, o ectolítero proporciona ectolítrio em níveis variáveis, influenciando a
ectopia, a emissão do ectoplasma. Quando equilibrado o Sol Interior, o médium tem plena capacidade de
emitir seu ectoplasma portador de várias energias benéficas, seja um Apará ou um Doutrinador, sentindo-
se realizado em sua jornada. Na Doutrina do Amanhecer é adotado o desenvolvimento natural da
capacidade mediúnica de cada um, proporcionando-lhe condições para que possa controlar suas forças e
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energias, disciplinado-as suavemente para que possam fluir pelos canais próprios, reunindo as energias e
fluídos ectoplasmáticos pelas forças centrípetas e afastando e emitindo as energias, sob o comando do
Eixo Solar, pelas forças centrífugas, beneficiando o médium, trazendo-lhe tranquilidade e paz, e, o que é
mais importante, o conhecimento de todo este complexo sistema, sensível à percepção sensorial e
extrasensorial. O ectoplasma é o portador das energias emitidas pelo médium. Não é o seu canal de
vibrações, mas sim das energias e forças efetivamente produzidas de acordo com as condições do Sol
Interior do médium. O médium desenvolvido e que não trabalha regularmente, que fica muito tempo fora
da Lei do Auxílio, corre o risco de adoecer, porque é com o seu trabalho e com os seus sentimentos que
alimenta seu sistema nervoso, manipulando a energia de seu Centro Coronário, que mantém o equilíbrio
de seus órgãos e realiza curas em seu próprio corpo.
 “Tudo o que o Sistema Crístico podia fazer para os Homens está feito, já deu a qualquer um a
possibilidade de se encontrar consigo mesmo, com sua individualidade. Quando os Homens preferem
inventar novos métodos, vão se afastando da realidade, que é o Sistema. Quando se fala que o Jaguar
tem o pé na Terra é porque o Jaguar tem o pé no Sistema, explicado em termos do nosso Sol Interior.
Quando falamos em Sol Interior, estamos falando numa filosofia cristã, e nenhum comentarista
ou filósofo cristão comentará esta palavra, porque ela só vai ser encontrada no Evangelho se
buscarem o Evangelho Iniciático, isto é, o Evangelho cujo segredo só podemos entender se
tivermos iluminação por dentro. As palavras são iguais para todos, mas alguns enxergam de uma
maneira diferente e chegam ao Sistema, se tiverem os pés na Terra. Entretanto, no Evangelho, tudo se
resume na prática destas três palavras, que nós sempre repetimos: Amor, Tolerância e Humildade.
Agora, chegou o momento de saber até que ponto cada um de nós adquiriu a capacidade de perdoar,
de tolerar, de ser humilde, de não julgar e de amar, e assim avaliar o ponto a que chegou em termos
de amor incondicional!” (Tia Neiva, s/d)
 “Todos nós temos um Sol Interior que, pela força de seu pensamento, tem como medida o grau de
evolução. Este Sol deverá ser desenvolvido, sempre com o objetivo de favorecer o Bem acima de tudo,
na Lei do Auxílio, completando o ciclo iniciático nos três reinos desta natureza. Primeiro, procurar o
equilíbrio físico e moral, individualizando-se em perfeita sintonia com Deus, para que a força da
inteligência se torne perceptível por sua expressão vibratória. Além desta vibração, você deve saber
movimentar os poderes do seu Sol Interior. São fáceis os contatos físicos no plano físico quando
não temos muita terra no coração! Porém, com o coração pesado, só encontramos a dor, a
angústia do espírito conturbado pela subdivisão dos três sistemas do seu reino coronário,
porque a tua alma, divina, exige o teu bom comportamento. Quando assumimos o compromisso de
embarcarmos nesta viagem, viemos equipados para o Bem, assumimos o compromisso para o
reajuste de um débito, o qual não somos obrigados a assumir. Porém, tão logo chegamos, pagamos
centil por centil o que prometemos!” (Tia Neiva, Carta Aberta n. 1, 4.9.77)
 “Possua sempre a paz interior, que é indispensável para que seu Sol Interior (*) possa irradiar e
iluminar sua luz a todo este Universo! Conheço bem os seus caminhos, e peço por você em meus
trabalhos.” (Tia Neiva - Carta Aberta n. 6, 9.4.78)
 “Aqui fizemos uma Lei e, nela, nos complicamos muito. E, por ela, tentamos afirmar aos olhos dos
outros o que, na realidade, não sentimos. A Sociedade nos ensina tudo o que é bom e honesto, porém
a maioria não entende a mensagem e começa a pesar o ouro e a prata na balança. E vão
abandonando os seus fornecedores, que são o Sol e a Lua, a força energética que nos anodiza e que
nos dá a fortaleza para bem assumir nossos destinos cármicos; e desenvolve o poder que está oculto
em nós mesmos. Sim, filho! Se existe um Sol Interior em nós mesmos, que nos anodiza, colorindo
nossos pensamentos, é importante saber que, adquirindo o ouro e a prata que não pesa na balança,
adquirimos tudo o que realmente precisamos. Inclusive, saber que a Lua representa a prata e o Sol o
ouro. A Lua busca no neutrôm as impregnações cármicas e, de conformidade, o seu Sol Interior as vai
separando, para que na força centrífuga as afaste, para o seu bem, onde sempre são formadas estas
impregnações, doenças, até mesmo obsessões.” (Tia Neiva, 3.7.78)
 Porém, o Homem tem igualmente a sua origem. Sim, porque partimos de um só mundo, de uma só
natureza. Dizem os nossos antigos que, ainda na era em que o vento uivava e as frondosas raízes,
como tentáculos de um polvo feroz, se salientavam da terra e, na vida, reclamava o Homem o seu
calor, foi-lhe concedido o Sol Simétrico da Vida do raciocínio! Deus atravessou o primeiro raio do
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raciocínio, formando o plexo primeiro e o segundo, onde a alma se acomodava. O primeiro sustentava
o centro nervoso físico - o corpo - que é o poder do prana. O segundo - o PLEXO PRANA - é a vida no
centro nervoso, conforme o seu amor ou comportamento, alimentando-se pela Presença Divina,
enquanto o plexo etérico rompe o neutrom e sustenta o corpo, a carne. O Homem vindo de Capela
chegou a viver em corpo fluídico, a ponto de fecundação, e nas grandes amacês nasceram os
primeiros Homens com o Terceiro Plexo, formando o Sol Interior, que é a formação total do Homem,
que forma o elo entre o Céu e a Terra, que é o mais importante: o microcosmo ou microplexo. Por
Deus, formou-se o terceiro plexo! Deus e seus Grandes Iniciados formaram, na Terra, o poderoso
Helios, que quer dizer Sol Simétrico, onde o Homem cresceu e se organizou na santa Centelha Divina.
E como tudo é completo neste Universo de Deus, seguiu-se o plexo da vida na natureza, do animal e
da planta. Foi colocado o plexo animal. Surgiu o poderoso ERON, que quer dizer “Sol do Prana”. Eron,
conduzido pelo prana, conduz as forças da Natureza, em uma só obediência, para Deus. Vieram,
então, as grandes inteligências. Formaram-se, também, os poderosos sacerdócios. Saindo o mundo da
somente Natureza, veio a necessidade da Contagem das Tribos, e elas recebiam o Raio pertencente à
sua evolução e sobre suas origens.” (Tia Neiva, 19.9.80)

SOL SIMÉTRICO
VEJA: SOL INTERIOR

SOMBRA
Sombra é qualquer espaço onde a luz não penetra, e, sob a visão espiritual, designa os planos
onde, pelas baixas vibrações de ódios, rancores, sentimentos de vingança e apego à matéria, espíritos
desencarnados sofrem suas incompreensões (veja Vale das Sombras). Mas recebeu a denominação de
sombra, em Psicologia, o conjunto de aspectos obscuros ou desfavoráveis do indivíduo que, na
estruturação de sua personalidade, ficam relegados a um segundo plano, representando as tendências
débeis e menos adaptadas do “eu”, sufocadas pela necessidade de a pessoa se harmonizar com seu
ambiente de vida e com suas obrigações psicológicas e sociais. O ser humano, por força de sua
personalidade, vai, desde tenra idade, colocando uma máscara para esconder suas emoções e seus
sentimentos negativos - inveja, cobiça, falsidade, raiva, ressentimentos, cobiça, etc. - a fim de satisfazer a
necessidade de, da melhor forma possível, parecer ser ajustado e agradável, polido e generoso, àqueles
que o cercam. Assim, desde criança começa o Homem a criar sua sombra, seu lado negativo oculto, por
sua escala de valores, pela qual determina o que pode e o que não pode exprimir, liberar. Esta seleção
vai determinar o poder oculto do lado negativo, onde colocamos nossas experiências infantis, nossos
ocorrências sentimentais, apegos emocionais, rejeições, talentos e dons não desenvolvidos. Para
mantermos nossa conduta doutrinária, temos que aprender a lidar com nossa sombra. Temos que ficar
alertas com nossas reações com as qualidades ou deficiências das outras pessoas. Quando temos uma
grande aversão - preguiça, sensualidade, estupidez - ou uma grande admiração - cultura, inteligência,
espiritualidade - pode ser que tais sentimentos estejam sendo projetados por nossa sombra. Outras
projeções podem fazer com que, repentinamente, fazemos ou falamos algo diferente do nosso estado
comum, dando vazão à nossa parte oculta, às nossas emoções inferiores ou temidas, através de atos
exagerados, impulsivos e não intencionais, de explosões de raiva e nas reações que temos ao nos sentir
humilhados ou ameaçados. Por isso, temos que buscar entender as mensagens do Evangelho e dos
Mentores do Amanhecer, para que possamos receber as forças cósmicas em toda a sua plenitude, e, por
ação delas, de forma cruzada com nossas forças mentais e vitais, manter a nossa sombra sob controle,
evitando emissões de cargas negativas que alteram todo o nosso padrão vibratório e, na maioria dos
casos, atinge os que estão ao nosso redor. Casos de comportamentos indistintos, sentimentos e ações
intensamente negativos, sofrimento de aspecto neurótico, doenças psicossomáticas, depressão e abuso
das próprias forças, são exemplos freqüentes de atuação da sombra. Com equilíbrio e conhecimento, o
Jaguar vai aprendendo a lidar com sua sombra, chegando ao ponto bem definido de identificação das
suas atitudes conscientes e da sua profundeza inconsciente, resultando em uma aceitação mais autêntica
de sua missão, controlando as repentinas emoções negativas, sentindo-se mais livre de culpas ou
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pecados ligados aos sentimentos e atos negativos, podendo, assim, dosar suas vibrações e refazer a sua
escala de valores, evitando estado vibracional que facilitaria a ação de espíritos obsessores e
cobradores, que iriam agravar todo o quadro pelo qual estivesse passando. Enfrentar, conhecer e dominar
nossa sombra é fator muito importante para que possamos estabelecer nossa efetiva conduta doutrinária.
 “No mundo físico, muitas vezes ocultamos certos comportamentos a que nosso plexo nervoso nos
obriga. Sabendo que o nosso mundo social se escandalizaria, escondemos, e Deus nos ajuda, pela
razão do nosso sentimento em não querer desafiar os laços sociais do nosso mundo.” (Tia Neiva,
6.6.80)
 “A tua consciência pura, tão somente, não te livrará da maldade dos olhos físicos. É caridade, também,
dar satisfação do teu comportamento ao teu vizinho, que não conhece a tua consciência.” (Tia Neiva,
12.11.81)

SONHOS
O sonho é uma vivência ou sequência de imagens que ocorrem durante nosso sono, provocando
movimentos oculares, aceleração das ondas eletroencefalográficas, alterações neurovegetativas,
descargas de adrenalina, etc., como se a pessoa estivesse realmente vivendo aquelas situações. Pelos
estudos científicos, afirma-se que uma quarta parte do tempo que se dorme é ocupada pelos sonhos. Não
devemos nos preocupar nem nos deixar impressionar pelos sonhos, o que poderia nos levar a situações
de desequilíbrio. Há sonhos que nos revelam verdades, mas temos que ter o maior cuidado em não nos
envolvermos com interpretações supersticiosas. Existem vários fenômenos da alma que se confundem
com a idéia de sonhos. Na realidade, são desdobramentos, quando a alma sai a vaguear, buscando seus
anseios, quando muitas pessoas têm premonições de acidentes, mortes ou doenças afetando seus entes
queridos, ou, então, quando existe alguma sobrecarga de sensações ou emoções que ficam atuando na
mente. Não se deve confundir sonhos com o que vivenciamos em nossos momentos de vigília, isto é,
quando ainda não estamos adormecidos e vemos algumas imagens representativas e o pensamento
perde a sua capacidade dedutiva, aumentando nossa imaginação e a capacidade criativa. Nos médiuns
do Amanhecer, são comuns pequenas lembranças de trabalhos que realizam no plano etérico,
principalmente no Canal Vermelho, que são interpretadas como sonhos. Tia Neiva dizia que muitos
Doutrinadores se transportavam para o Canal Vermelho, durante o sono, para completarem seus
trabalhos nos Tronos ou na Mesa Evangélica.
 “Os obstáculos são atraídos pela força do nosso triste pensamento! Não se impressione com os
sonhos e não fique a querer interpretá-los. O sonho é uma arma dos supersticiosos. Procure o lado
bom da vida, seja otimista. Procure subir e espere sempre o melhor. Com o coração esperançoso,
teremos todas as coisas nobres que desejarmos. Filho, o que desejo é transmitir um pouco desta
sabedoria que a Vida Iniciática nos tem proporcionado nesta jornada!” (Tia Neiva, 17.6.83)

SONO CULTURAL
Quando se dá a concepção, aquele espírito que vai reencarnar inicia, ainda no plano etérico, seu
sono cultural, fase de desassimilação, onde toda a memória se apaga, e que se prolonga até o feto
completar três meses, quando ele vai despertando à medida em que aperfeiçoa seus sentidos terrenos. É
colocado em torno do corpo, sob a pele, razão pela qual é denominado perispírito, revestindo-se da
mesma substância da alma, dela se diferenciando por ter uma herança transcendental, enquanto a alma
tem, apenas, a herança de uma encarnação. (Veja Reencarne)

SUBJUGAÇÃO
Subjugar é o domínio moral, a profunda influência de um ser sobre outro, e denominamos como
subjugação o processo final de uma obsessão (*), em que a vítima é tomada totalmente pelo obsessor,
confundindo-se seu estado com os quadros patológicos de esquizofrenia e loucura, em estado de
completo desequilíbrio mental e comprometimento físico, com sistema neuromuscular refletindo uma total
descoordenação, tendo alucinações visuais e auditivas, desligamento afetivo, desinteresse pela realidade
e profundo desprezo pela vida.
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SUBLIMAR
Sublimar é o fato de alguém julgar que atingiu um grau muito elevado na escala de valores morais,
intelectuais ou estéticos. O Homem que se deixa levar por sentimentos de superioridade, principalmente
em uma religião, doutrina ou seita, sentindo-se próximo da perfeição e muito mais adiantado do que seus
semelhantes, está sublimando. Quando encarnado, o médium do Amanhecer deve estar alerta consigo
mesmo para evitar o difícil estado de sublimação. Na Terra, não temos condições de nos tornarmos
santos, pois somos pólos geradores de energia vital, de magnético animal, que é a força da Terra, a força
do Jaguar. Temos, sim, na Doutrina, todas as condições para nossa evolução, trilhando com amor,
tolerância e humildade, a Nova Estrada, o caminho de Jesus, entregando-nos à Lei do Auxílio. Querer ser
santo ou sentir-se um santo é total desequilíbrio, sublimação perigosa, um precipício onde nos lançam o
orgulho, a vaidade e o fanatismo. O Homem, em sua jornada, especialmente o Jaguar, tem como dever
lutar por tudo aquilo que deseja, dentro de seu livre arbítrio, tanto em sua vida material, buscando o
conforto e bem-estar daqueles que lhe foram confiados, como na sua vida religiosa. A sua mente precisa
irradiar sua força e seu amor em todos os sentidos, como um sol radiante emite seus raios. Aquele que
estaciona, se acomoda, para de lutar e se conforma com sua vida torna-se irrealizado. O conformismo é o
símbolo da derrota do espírito. O Homem deve ter sempre, em sua mente, a consciência de que jamais
encontrará tranquilidade na Terra.
 “A sublimação do pensamento reflete um estado de espírito de consciência sensível à evolução do
espírito. A sublimação no mundo físico - sublimação a nossos olhos - nos dá, realmente, a posição feliz
do espírito em paz consigo mesmo. Sim, o Homem sublimado em sua crença tem seguro o seu
caminho. Porém, o espírito passa a criar sua própria imagem e, pelo pensamento, começa a sentir-se o
imortal, o injustiçado. Então, num mundo de expiação e provas, não podemos assimilar muito entre o
que é bom e o que nos faz mal. Meus filhos, somos uma máquina a sermos burilados pelos nossos
próprios destinos. Somente o amor nos guia e nos testa a todos os instantes de nossas vidas cármicas.
Sofremos o impacto da Vida e da Morte! Por conseguinte, temos que, acima de tudo, exemplificar o
nosso comportamento e, se estamos neste anfiteatro, temos que proporcionar tudo que temos para
que possamos servir sem servirmos como espelho vivo, o que é tão importante para nossa evolução
como filhos de Deus Todo Poderoso. Irmanando-nos a Jesus Cristo, Nosso Senhor, emitimos a mais
bela harmonia no amor incondicional. Ser honesto em todos os sentidos: não te esqueças de que,
por mais escondido que estejas, a tua sombra bem poderá ser vista. Eis porque, meu filho, as
dificuldades do Homem quando precisa caminhar, mesmo que seja por curtas passagens, pelas
sombras!... O mesmo acontece ao Homem que tenta sublimar, por vaidade religiosa. O que acontece:
o seu centro nervoso real se inflama e ele passa para um quadro psíquico, tornando-se uma arma
perigosa, decepcionando os que acreditavam em seu estranho comportamento. Sim, meu filho, aqui na
Terra, em seus carreiros, estamos representando os nossos cem anos de existência, o que é o máximo
aos olhos de todos os povos deste mundo.” (Tia Neiva, 24.5.80)

SUDÁLIO
Onde se trabalha com a força dos Caboclos e das Caboclas é sempre um grande poder
desobsessivo. No Sudálio, cujo Sanday consta do Livro de Leis, o paciente deve passar por três
entidades, recebendo os passes, com muita força desobsessiva, que retiram as possíveis impregnações,
resíduos porventura existentes após ter ele passado pelos outros trabalhos no Templo. Pode acontecer –
embora raramente – a presença de um Preto Velho no trabalho. No Castelo do Sudálio, no Templo-Mãe,
é realizado o trabalho de Defumação (*).

SUDARO
Sudaro é como se denominam os dois pedaços de organza que formam, com o echê (*), o arranjo
que as prisioneiras colocam no lado esquerdo de suas cabeças, sendo um da cor da capa e outro de
qualquer cor, tanto para a ninfa Lua como a Sol. Após passar pela representante da Condessa, as ninfas
tiram seu echê e o sudaro, mas não devem se desfazer deles, deixando-os aos pés de Pai Seta Branca,
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como comumente fazem. Devem, sim, guardá-los para serem usado em outras prisões, assim como sua
indumentária..

SUICÍDIO
O suicídio é um ato condenado em quase a totalidade das religiões e doutrinas, uma vez que a
vida não pode ser interrompida pela vontade da própria pessoa. Isso inclui a eutanásia, que é a morte
provocada para evitar sofrimentos de doenças fatais e incuráveis. Sob o ponto de vista de nossa Doutrina,
há alguns aspectos a considerar. O primeiro, que compreende a eutanásia (*), mostra o desconhecimento
da Lei do Carma, e corta as oportunidades que aquele espírito oferece a si mesmo e aos que estão ao
seu redor para reajustes transcendentais, às vezes os mais importantes para o plano reencarnatório
daquele espírito. Em seu leito de dor, dependendo do carinho e cuidados dos outros, aquele espírito se
reajusta e alivia seu carma e oferece condições para que seus cobradores também possam se reajustar.
Com a morte abreviada por métodos científicos, ele corta esse quadro, mergulhando geralmente no
desespero de uma obra inacabada. Isso caracteriza uma violação das leis dos planos etéricos. Existe,
também, aquela pessoa que sabe que não pode fazer algumas coisas, sob risco de vida, e as faz
continuadamente, tal como fumar, beber ou ingerir drogas. No fundo, existe uma forte vontade de
autodestruição, um suicídio a médio ou longo prazo. Um outro aspecto do suicídio é aquele que dá a vida
para salvar outra. São muitos os casos assim caracterizados, um sacrifício que provoca infindáveis
discussões, sem que se consiga uma resposta adequada, uma vez que são usadas as mais variadas
formas de julgamento. O que sabemos é que a ninguém é facultado morrer ou não, pois temos um plano
reencarnatório para ser cumprido, onde escolhemos quando e como desencarnar. Quando, abatido pelo
desânimo, alguém decide abandonar a vida, está agravando seus sofrimentos ao invés de se aliviar.
Todavia, há condições extremas de tensões emocionais que podem levar ao total desequilíbrio do sistema
nervoso do Homem, levando-o à privação de sentidos que o levam a matar, inclusive a si mesmo! Um
importante fator a ser levado em consideração, em qualquer situação que leve a um suicídio, é a
obsessão exercida por um espírito desencarnado e que, muitas vezes, conduz uma pessoa a esse gesto
extremo. Neste caso, a espiritualidade sabe que aquela ação não foi cometida fria e premeditadamente, e
a aceita e dá uma nova oportunidade àquele espírito, que deverá cumprir outro tempo na Terra,
reencarnando pelo tempo necessário ao cumprimento do que fora planejado.
 “Estava na minha frente, para ser consultada, uma bela senhora de cerca de 40 anos, recentemente
viúva de um suicida. Junto com ela estavam sua sogra, um jovem aparentando 18 anos - um belo
rapaz com um futuro prometedor - e uma jovenzinha me parecendo leviana, porém de bom aspecto. Vi
que se tratava de uma família. “Veja o que pode fazer pela minha sogra, Tia Neiva. Vim para consolá-
la, porque Lúcio se suicidou e ela está sofrendo muito (Lúcio era filho da anciã). Ela está me dando
muito trabalho. Vê se a faz esquecer, faça qualquer coisa que me dê sossego!” “Sim, - disse a anciã - a
minha maior dor é saber que meu filho não tem salvação. Foi tão bom!... Não sei como pode fazer
isso!” A viúva arrematou depressa e com desprezo pelo marido: “Deixou-nos na pior situação. Enfim,
traumatizou todo mundo!” Disse o rapaz: “Sim, Tia Neiva, pelo amor que meu pai tinha por nós não é
fácil entender o que ele fez e nem tampouco para mim e minha pobre mãe viver sem ele. Foi horrível o
que passei, pois, no fim, ele mostrou que não gostava mesmo era da gente, Tia Neiva. Minha avó,
coitada, pensa no quanto ele irá penar. Nisso eu não acredito muito, pois sei que Deus não irá deixar,
porque ele era bacana mesmo, compreendia a mim mais do que todo o mundo. Quando eu não estava
satisfeito com as coisas da mãe, ele sempre me dizia que o filho que não gosta da mãe nunca se
realiza. Era bacana mesmo... Não sei como foi tão fraco!” Depois, ficamos calados, só ouvindo os
soluços da vovozinha. São os restos do carma, logo a senhora estará com ele - disse eu com
tranquilidade e falando com carinho à pobre sogra. A viúva começou a tagarelar sem parar e sem
qualquer sentimento de amor: “Como, Tia Neiva? - falou a anciã - A senhora não entendeu que ele se
suicidou? Deu um tiro nos miolos, e agora só Deus sabe por onde anda meu filho!... Meu pobre Lúcio!
Não sei. Um homem tão culto... Quis ser médico, e foi. Quis seguir a mesma profissão do pai, pobre
pai, pobre marido meu, que Deus o tenha também em bom lugar. Era como Lúcio, seu filho, um
homem bom. Morreu do coração. Foi um golpe duro para mim, porém não tão duro como este do meu
filho. Sim, Tia Neiva, o meu mal foi ter me casado com outro. Não dei satisfações ao meu Lúcio e este
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 550

atual marido não combinava com ele. Por causa deste infeliz, Lúcio estava afastado de mim. Lúcio saiu
de casa e só voltou quando ele foi embora. Será, Tia Neiva, que foi por isso que ele se suicidou?
Guardou toda a vida esta mágoa?” Será que não foi pelos atritos com Lúcio Júnior? - perguntei. “Não,
- respondeu a anciã - ele até queria a grande herança de meu marido. Lúcio, coitado, ficou
decepcionado comigo. Sempre que podia, me falava: o Homem nunca pode pensar nos defeitos da
mãe. Mas ele sempre me beijava, ria e ficava por isso mesmo. Acredito que era só da boca para fora.”
Terminado o diálogo, vi que o pobre suicida se fora para evitar desgraça maior, pois o quadro daquela
gente era o pior possível! Somente o jovem sofria, pois perdera o pai para se salvar. Chamei o Tiago e
recomendei um trabalho. Fiquei observando se Lúcio se manifestava por ali, porém ele não veio.
Obsessor? pensei. Fui, então, encontrá-lo no Canal Vermelho. Aproximei-me dele e disse: Estive com
sua família, seu filho e sua filha, seus dois filhos. “Só tenho Fernando e Fernanda. O que Fernando
pensa de mim? A senhora sabe?” Sei - respondi - bem como também sei o que o levou ao suicídio.
“Falou com ele?” perguntou-me desesperado. Não, tenho um juramento na Terra que me obriga a
respeitar os sentimentos dos outros e seria incapaz de denunciar alguém. “Fui suicida e, no entanto,
aqui, ninguém me condenou por isso.” Sim - disse eu - foi aquilo que eu aprendi: a respeitar os outros.
“E minha mãe?” Sua mãe, Lúcio, sentiu e sente a maior dor! “Meu Deus!” gemeu Lúcio. Lúcio, sua
mãe optou pelo homem que amou, quando você partiu pela primeira vez, e a mãe não tem porque
optar senão pelo próprio filho. “Sim, Tia Neiva, foi horrível no dia que meu padrasto me esbofeteou, na
frente de minha mãe, dizendo que ele ou eu ficaria naquela casa, e minha mãe disse que ia me levar
para a casa de minha avó, mãe do meu falecido pai. Tive uma decepção tão triste que nunca mais me
recuperei, apesar de todo o carinho de minha avó. Minha mãe não me quis, preferiu ficar ao lado do
homem a quem amava. Mesmo traumatizado e cheio de tristeza, casei-me. Minha esposa parecia me
amar muito. Tivemos dois filhos maravilhosos, Fernando e Fernanda. Tudo corria aparentemente bem.
Foi então que entrando na casa de Marcelo, meu maior amigo, ouvi a voz de Edna, minha esposa.
Marcelo veio ao meu encontro e perguntei de quem era aquela voz. Ele gaguejou e disse que não era
ninguém. Desci e fiquei em frente à casa, até que saíssem. E quem saiu foi ela, a própria Edna! Fiz
uma viagem, porém aquilo não saía de minha cabeça, pensando em tudo que um homem traído em
seu casamento pode pensar. Ela não se modificou e Marcelo também persistiu no erro. Eu não quis
mais ver o que estava acontecendo. Tive vontade de matar os dois, porém decepcionar Fernando com
sua própria mãe não era possível. Se eu morresse, ele nunca ficaria sabendo da sua traição. Pensei
comigo: se tudo estiver bem para Fernando, espero aqui o que Deus quiser. Deus há de me perdoar
por minha pobre incompreensão. Tenho certeza de que, um dia, Deus me perdoará!” É verdade,
pensei. Fernando estava sem complexos, vivendo sua vida e amando ainda mais sua mãe. Estávamos
bem, quando ouvimos a campainha da chamada. “Está vendo para onde irei?” perguntou-me Lúcio.
Você vai para o outro lado deste Canal - respondi. Ele partiu, e soube que tinha ido para reencarnar e
pagar na carne o seu erro de se suicidar. E qual a sua pena? Voltará com uma forma de disritmia.
Perguntei quem seria sua mãe. Sua mãe será novamente a mesma velhinha, porque rejeitou o direito
de criá-lo, fazendo assim seu primeiro trauma, por ter preferido o homem que amava, deixando que ele
fosse para a casa de sua avó. O desequilíbrio de uma mãe desajusta uma família. No outro sábado,
aquela família voltou para falar comigo e, vendo-os sentados à minha frente, tive vontade de dizer
tudo: que tinha me encontrado com Lúcio no Canal Vermelho e que era ela a única responsável pela
sua morte. Como sempre me limito, apenas, a proteger, porque entreguei meus olhos a Jesus para
nunca escravizar ninguém com palavras ou por insinuações, e muito menos por julgamento. Fico
frustrada pensando nas palavras de Pai Seta Branca: ajudar, comunicar sem participar, não dividir nem
tomar partido das pessoas!” (Tia Neiva, dez/79)

SUPERSTIÇÃO
A superstição se caracteriza por idéias e ações fora ou além da verdade religiosa, qualquer que
seja a corrente ou doutrina, induzindo o Homem a um culto falso de imagens e objetos, a confiar mais no
formalismo dos rituais do que no amor da Espiritualidade Maior e a utilizar meios impróprios e
condenáveis para a realização de seus desejos, cruzando correntes e caindo na atuação do Vale das
Sombras (*). Existem vários graus de superstição, e muitos são encontrados no comportamento de
OBSERVAÇÕES TUMARÃ -1 - A/E 18/10/2024 pág. 551

médiuns do Amanhecer, o que significa que ainda não apreenderam as lições de Koatay 108 nem da
Espiritualidade Maior, tão límpidas para nos esclarecer sobre as verdades da Doutrina.
 “Sim, filho, aquele que segue somente o caminho da devoção faz com ele um círculo vicioso até se
impregnar da superstição. Há muitas naturezas neste mundo como há muitas riqueza no céu. É o que
vejo, é o que sinto.” (Tia Neiva, 12.12.78)

SURDOS
O surdo é aquele que não ouve ou pouco ouve, mas, em sentido figurado, se refere àquele que é
indiferente, impassível ou insensível. Quando nos referimos aos “cegos, surdos, mudos e
incompreendidos” não estamos falando de alguma deficiência física, mas, sim, sob o aspecto espiritual,
vibracional. Aquele que é portador de uma deficiência física está cumprindo a Lei de Causa e Efeito, o seu
carma (*), e só podemos ajudá-lo fortalecendo seu espírito para que possa passar, sem revolta, sua
provação. Mas nossa missão inclui aqueles que têm deficiências que os levam a não ver, a não ouvir, a
não falar e a não entender as lições da Espiritualidade Maior, e que podem ser curados pelas vibrações
de amor, pela tolerância e pela humildade. Os surdos não podem ouvir as palavras de Deus, nem aquelas
que estão impregnadas pelo amor e pela tolerância. Conseguem ouvir muita coisa, mas só escutam
aquilo que querem. Nós temos exemplos muito comuns nas pessoas que passam por diversos Tronos,
ouvem mensagens e mais mensagens, mas não ficam satisfeitas, até que ouçam o que querem ouvir.
Jesus, segundo Mateus (XIII, 13 a 18), explicou: “Por isso é que eu lhes falo em parábolas; porque, vendo
não vêem, e ouvindo não ouvem nem entendem. De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías,
dizendo: “Ouvireis com os ouvidos e não entendereis; e vereis com os olhos, e não vereis. Porque o
coração deste povo se fez pesado, e os seus ouvidos se tornaram duros e se fecharam os seus olhos;
porque não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e entendam com o coração, e se convertam, e
eu os sare!” Ditosos, porém, os vossos olhos, porque vêem e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois, em
verdade vos digo: muitos profetas e muitos justos desejaram ver o que vós vedes, e não o viram, e ouvir o
que ouvis, e não o ouviram.”

SURIÊ
O suriê é um poderoso receptor de energias positivas, como se fosse uma morsa gigantesca, tem
ação altamente positiva e energizante, devendo ser usado sempre que o mestre for participar de
trabalhos com maior concentração de energia, especialmente se for comandar um Sanday. Como garante
a recepção de grandes quantidades de energias especiais, deve-se ter o maior cuidado com o suriê,
deixando-o guardado em um lugar onde possa irradiar sua força, como, por exemplo, na cabeceira da
cama, e procurando evitar expô-lo aos raios do Sol, motivo pelo qual ele é acompanhado de um saquinho
especial.
 “Meu filho, esta cruz é a estrutura de um suriê, que representa Koatay 108. Pode ser colocada na
cabeceira da sua cama ou no seu Aledá. Nas hora de necessidade espere, em Cristo Jesus, que ela
lhe alcance. Esta cruz só conserva o seu encanto em lugar que haja o seu calor. Ela é um ponto de
irradiação das Legiões. Ela é o seu Aledá!” (Tia Neiva, Mensagem que acompanhava o suriê, S/d)

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