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A Colombiana 4 - Anne Vaz

Enviado por

Marcelo Amancio
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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G ustavo Lira é um homem muito

bem-sucedido, começou seus


negócios com a ajuda do Bruno,
mas após uma desilusão amorosa ele decidiu seguir um rumo sem a
sociedade, e se tornou um CEO de muita influência no mundo financeiro,
ele é dono de uma refinaria de petróleo e também no ramo imobiliário, se
tornou um homem frio, que usa as mulheres para tentar esquecer o grande
amor de sua vida.
Vanessa Díaz hoje vive no Texas com seu irmão, precisou fugir do
seu país para poder fugir do amor de sua vida, ela deixou que o medo e o
pânico tomassem conta de suas decisões e hoje ela não tem coragem de
reaparecer na vida do seu amor, e revelar o segredo que ela espera para
poder contar ao seu amor, e ter a oportunidade de que ele se re-apaixone por
ela.
Copyright @2023
Anne Vaz – A Colombiana
ISBN:
Serviços Editoriais: Agência Lunas

Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio
ou forma sem a prévia autorização dos autores. A violação dos direitos
autorais é crime estabelecido na Lei no 9.610/98 e punido pelo artigo 184
do código penal.

Todos os direitos reservados.


Acima de qualquer pessoa quero agradecer a Deus que mesmo em
meio a muitas turbulências me deu a oportunidade de criar alguns livros.
Agradeço a minha família que me apoia em cada nova história que
início, que não se importaram de comer pizza para que pudesse entregar a
história da Vanessa e seu homem Forbes.
Não poderia deixar de agradecer a Vanessa Leão, Helena Sousa e
Cleide Viana que sempre estiveram comigo nessa caminhada.
A cada uma das minhas leitoras que estão tanto no grupo de leitoras
como as que me enviam mensagens nas minhas redes sociais.
Sem deixar a desejar a Agência Lunas pela criatividade com toda
arte visual das páginas.
As minhas capistas, que sempre me socorre e consegue transmitir a
essência dos meus personagens.
Espero que todos vocês gostem da leitura e em breve teremos mais
novidades.
Um cheiro Manauara
Anne Vaz
Sumário
SINOPSE
Agradecimentos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
A ssim que entrei no escritório de
advocacia onde meu irmão
trabalha, sou recepcionado por
uma morena com luzes nos cabelos, lábios carnudos e lindos olhos azuis,
tinha curvas nos lugares certos, ela me olhava com curiosidade e certo
interesse.
— Bom dia, senhorita me chamo Gustavo, estou a procura do
senhor Eduardo Lira, ele se encontra no momento? — Ela acha para o seu
tablet.
— Desculpa, mas não tenho ninguém marcado com esse nome
aqui… — Ela olhava para agenda que tinha na mão.
— Mais posso garantir que ele vai me atender, apenas o avise, diga
que tenho alguns negócios para cuidar na cidade e preciso ver com ele
alguns restaurantes para as reuniões de negócios que preciso realizar. —
Tento explicar para ela, que ainda parece desconfiada.
— Verei o que posso fazer por você…
E assim conheci essa mulher, precisava apenas convencer ela a
largar tudo aqui e ir comigo para a Flórida, Bruno estava me cobrando há
dias meu retorno e para piorar meu irmão acabou se envolvendo com as
coisas que são trabalhos da Carol, se não tomar cuidado acabará correndo
perigo e colocar a mulher dele e minha sobrinha também.
Hoje decidi dormir por aqui pela Vanessa mesmo.
— Gustavo não sei você, mas eu queria muito jantar, aceita uma
comida leve e sem muito requinte? — Ela me fala meio desconfiada, estava
usando um shortinho curto e uma regata sem sutiã, havia chegado a pouco
tempo do trabalho.
— Minha linda, o que você quiser fazer, topo, te ajudo, não sou
apenas um rostinho bonito. — Ela sacode a cabeça e ri para mim e vai para
a sua pequena cozinha.
Ajudo ela com tudo e depois limpo a cozinha e sirvo vinho para
gente enquanto não fica pronto e nos sentamos na frente da TV que ela
colocou em um show de algum artista sertanejo.
— Nessa, venha comigo, venha conhecer meus pais e a cidade, caso
não goste e continue essa insegurança pode voltar e não perturbo você. —
Faço minha melhor cara de cachorro pidão e sei que ela não quer ir.
— Aceito ir com você, mais preciso primeiro falar com meu irmão,
para que se você fizer algo comigo por lá ele possa te matar. — Ela fala
rindo, tiro nossas taças das nossas mãos e a agarro no sofá mesmo e a deixo
cansada e sem fôlego que acaba esquecendo das panelas no fogo, no final
tivemos que pedir pizza.
Mas no dia que deixamos a Bia, a Carol estava no avião, as coisas
mudaram, precisei contar a ela uma parte de toda a situação, porque todo
cuidado é pouco com essas pessoas, tiro pela Carol sempre foi muito
cuidadosa com a Laís e mesmo assim escapou de um sequestro.
— Você está me dizendo ser envolvido com toda essa loucura
Gusta? — Estávamos pelados na sua cama e acabo de perceber que foi
idiotice ter contado agora, é visível ver em seus olhos, o medo e receios
pelo que disse.
— Disse que sou sócio de alguém que se envolve, não faço parte de
nada disso. — Ela se levanta da cama e pega seu roupão e se cobre. — O
que houve? Porque todo esse medo, nada jamais acontecerá a você.
— Você não pode me garantir isso, acho melhor não ir mais com
você, esse tipo de problema é perigoso demais para uma pessoa como eu,
Gustavo, sou apenas uma secretária que ainda está estudando para ser uma
advogada. — Me levanto assustado com o rumo da conversa e abraço ela e
levanto seu rosto.
— Ei, calma, não precisa se preocupar, protegerei você para
sempre, não precisa temer nada, apenas venha e conheça meus pais, eles
estão curiosos com você. — Ela me olho com cautela, mas por fim apenas
concorda com a cabeça.
Depois que chegamos e aconteceu o susto com a víbora da Rebeca,
ela ficou cada vez mais distante e pedi para a minha mãe conversasse com
ela, e minha mãe disse o mesmo que ela me disse, que ela tem a
insegurança de que possa correr perigo devido meu mínimo envolvimento
com as coisas do Bruno.
Já estava aceitando que ela iria embora.
Mais aconteceu o casamento do meu irmão e ela estava sentada em
uma cadeira de frente para a minha de padrinho, e ela sorria para mim, criei
coragem e fui para o seu lado, ela havia escolhido um vestido até o joelho
em um tom de amarelo bem clarinho, coloquei a mão em sua coxa e ela pôs
a dela sobre a minha e se virou na minha direção e olhou dentro de meus
olhos.
— Eu me apaixonei por tudo Gusta, e principalmente por você, sei
que acabei deixando que o distanciamento ficasse muito grande, mais acho
que isso não é para gente. — Ela se vira para o meu irmão terminando o seu
casamento, e fico tão atônito que quero apenas sair dali e me acabar com
uma garrafa de uísque, essa mulher conseguiu destruir meu coração em
milhões de pedaço.
No final da cerimônia entro em qualquer caro e espero quem viria
comigo, me encosto no banco e espero que todos entrem e quando percebo
que ela entrou no mesmo carro que estava levanto o vidro que nos separava
e seguimos para o cassino.
— Gustavo, espera… — Não espero ela chegar nem perto, mais sou
impedido pela minha família, mais logo me livro deles e vou para o lugar
que eu mais gosto, a mesa de pôquer, se o problema é que tenho sociedade
com um mafioso, então ganharei algumas empresas para que ela se sinta
segura.
— As apostas começam com 250 mil dólares, senhor. — Coloco
algumas fichas na mesa e chamo a garçonete.
— Quero o melhor a garrafa do seu uísque e deixe na mesa por
favor. — Dou a ela uma ficha de cinco mil e ela em pouco tempo volta com
a garrafa.
Perco a primeira mão, viro o conteúdo do copo e logo depois
consigo recuperar tudo e adquirir duas empresas, uma de refinaria de
petróleo e outra no ramo mobiliário, eles achavam que apenas por que
estava bebendo estava ficando idiota, deixei eles me devendo até às casas,
mais não iria tirar a casa deles, durante o mês analisarei o que tiver e
aumentarei essas empresas e mostrarei para essa medrosa que não preciso
de nada que o Bruno possa oferecer.
Me despeço da minha família e vou até a recepção.
— Gostaria de uma suíte por favor e algumas garrafas de uísque,
pode levar mais por favor e ninguém no meu quarto, exceto caso seja meu
irmão Eduardo Lira ou meu pai Afonso Lira. — Ela anota minha solicitação
e me entrega o cartão da suíte, olho em direção àquela loira malvada que
está me torturando e nosso olhar se encontra e não paramos de nos olhar,
somente quando vejo meu próprio reflexo.
Vou em direção ao quarto e o tranco, a suíte tem uma piscina
privativa e pego uma garrafa no bar e me sento em uma das
espreguiçadeiras, virei dois copos do uísque e nada de me sentir melhor, ao
contrário aquele nó que se forma na garganta, estava me sufocando e queria
apenas gritar, me levanto e já sinto uma tontura e vou para o banheiro e
ponho para fora tudo o que já tomei, depois que meu estômago já estava
vazio, encho outro copo e viro de uma vez e entro no chuveiro.

Já tinha um tempo que estava no box com a testa colada no azulejo,


e minha ereção estava grande e sentia falta da minha loira falsa que amo.
— MALDITA… — Grito e sou surpreendido com ela nua no box.
— Posso ir embora se for demais para você Gusta. — Enxugo
minhas lágrimas e seguro suas mãos no meu peito.
— Está doendo Nessa e não sei lidar com isso, por favor não me
deixe… — Implorava para ela.
— Sei meu amor, mais eu também não consigo, não saberia viver
nesse meio, e prometo para você que melhorará, esse buraco vai se fechar
um dia quando encontrar alguém que voltará a amar. — Me viro de frente
para ela e seguro em seu rosto.
— O que veio fazer aqui, me torturar mais um pouco. — Falava
com raiva, e com lágrimas que não paravam de escorrer, ela pegou no meu
rosto e secou meu choro.
— Vim me despedir meu amor, aproveitarei que ganhei umas fichas
e vou embora sair de sua vida e deixar que me supere, agora me ame como
nunca. — Não espero ela nem terminar de falar e pego em meu colo e a
levo para a cama e meus beijos nela são desesperados, tento memorizar
cada pedacinho dela, seu sabor, os lugares onde sei que ela se arrepia, ou
onde sente cócegas, sugo seus seios e os deixo marcados, foda—se ela está
partindo meu coração, vai sair da minha cama toda chupada e marcada
também, faço uma trilha de chupões por toda a sua barriga.
— Gustavo, vai ficar horrível… — Eu só faço rir.
— Se não quisesse isso, era só ficar aqui e se casar comigo querida,
ela começa a rir.
— Me faça gozar… — Entro no meio de suas pernas e ela já estava
úmida e brilhava de excitação, a sugo com vontade.
— Tão gostosa, vou sentir saudades de me enterrar dentro de
você… — Continuava a sugar e sua mãos agarravam os lençóis.
— Amanhã terá outra na sua cama, não se preocupe. — Dou uma
tapa mais forte na sua coxa e ela se assusta e beijo logo em cima.
— Pode até ser verdade, mais ninguém suprirá seu lugar na minha
vida. — Um sorriso satisfeito aparece em seu rosto e quero beijar aquela
boca carnuda.
— Sinto muito querida, mais preciso entrar em você agora, e dessa
vez não serei gentil com você. — Ela concorda.
— Então me fode de uma vez Gusta. — Enquanto a colocava de
lado entrava nela e seu gemido saiu sofrido e estocava dentro dela sem pena
alguma, as paredes da sua boceta estavam me apertando
— Safada, vai me deixar mais ainda me tortura me apertando assim,
gostosa da porra. — Ela ria por que sabia que era a minha perdição.
Aprisionei ela em meu abraço enquanto entrava e sai e, depois a
coloquei de quatro e continuamos a nos mexer, ela tem uma bunda grande e
a segurava para que não saísse de dentro dela, hora ou outra eu dava um
tapa na sua bunda e seus gemidos passaram a ser quase choro,
conseguíamos sentir a nossa despedida.
— Amor, vou gozar… — Fiz um nó em seu cabelo e puxei para um
beijo, minha língua brigava com a sua por cada pedacinho de espaço.
— Quero gozar olhando para você amor vem. — A virei na cama e
entrei dessa vez devagar e ela passou as pernas dela pela minha cintura, e
olhava em seus olhos azuis, passei meus braços por baixo de seus ombros e
abracei com carinho, e naquele momento fizemos amor lento e muito
prazeroso. — Vem amor, vem comigo.
Gozei chamando por seu nome, dei um último beijo na sua boca e
outro na sua testa.
— Eu te amo Nessa, e um dia vou te encontrar novame… —
Escuridão me puxou.
— Eu te amo muito mais, amor, adeus…
Acordo no final da tarde com uma puta ressaca, e com a lembrança
do que aconteceu ontem a noite, estou pelado na cama e ela está vazia. Me
viro e do lado tem uma papel o pego leio.

“Me perdoe se estou fazendo você ficar com seu coração partido o
meu também está, prometo que não vou facilitar que me encontre, te amo,
da sua eterna Nessa”
E assim ela se foi, deixando apenas um homem quebrado para trás.
— Vamos lá, Nessa, cria coragem, está na hora de se levantar e ir
atrás de emprego. — Falo comigo mesmo, enquanto me espreguiço e tento
criar forças para sair da cama.
Me levanto e vou para o banho e perco uns bons minutos por lá, e
fico pensando na reviravolta que a minha vida deu, principalmente desde
que precisei sair do Brasil praticamente fugida, porque meu ex ficante não
aceitou muito bem o nosso término, e até hoje ele me procura, sinto as
lágrimas começarem a escorrer dos meus olhos me lembrando dos seus
olhos e nas diversas promessas que ele fez, sei que pode ser loucura e meu
irmão Juan diz que nunca deveria ter fugido, mais eu precisava proteger de
qualquer mal que a organização que ele trabalha pudesse nos fazer.
Já se passou três anos e até hoje ainda me doe lembrar quando o
deixei naquela cama, ele prometendo que me encontraria novamente e
mesmo implorando que ele não o fizesse bem dentro de mim, eu queria que
ele realmente me achasse e entendesse os meus motivos.
Saio do box e começo sentir o calor texano, isso mesmo vim me
esconder aqui no Texas, porque meu lindo ex resolveu ir morar um período
no Brasil e não podia facilitar a chance que ele me achasse e estava cansada
de ver ele, e pior ainda saindo nas notícias com várias mulheres diferentes
enquanto eu ficava lambendo a minha dor de cotovelo.
Paro de me lembrar do passado e vou me vestir, saio do meu quarto
e passo pelas portas que ainda estão todas fechadas, e como não planejo
acordar ninguém tão cedo, porque não quero ouvir nada por enquanto, meu
irmão tem ultimamente pegado bastante no meu pé para que pare de sofrer
pelo Gusta, ou vou atrás dele e converso ou arrumo alguém para sair,
sacudo a cabeça negando as duas hipóteses e começo a preparar o café e
tinha alguns pães na cesta e os esquento para serem meu café da manhã e
antes que saísse deixo um bilhete avisando que darei uma volta na cidade
atrás de emprego.
Sou formada em direito, mais até hoje ainda não consegui tirar
minha licença aqui nos USA e eles não aceitam a minha carteira da OAB,
então não consigo empregos como advogada, e preciso me virar com os de
secretária, meu último emprego trabalhava para um velho magnata que
acabou perdendo tudo no jogo alguns anos atrás e trabalhava com ele
enquanto o novo dono não assumisse, mais quando o novo dono apareceu
meu antigo chefe resolveu me demitir antes que o novo dono o fizesse, ele é
um bom patrão me deu com todos os meus direitos e sempre serei grata isso
a ele.
Não passamos dificuldades graças os meus antigos chefes no Brasil
que me deram minha rescisão como se não tivesse pedido para sair, e sem
contar que peguei algumas fichas dele que estavam na mesinha de
cabeceira, nelas tinha o mil, bem grande, mais quando cheguei para trocar
descobri que, na verdade, o valor era duzentos vezes maior, então no final
roubei deles quatrocentos mil dólares e eu achava que era no máximo cinco
mil, mais guardei o valor ele rende uns juros ótimo e é com ele que
sobrevivemos.
Chego no centro da cidade e compro um jornal e começo a procurar
as ofertas que tem disponível por aqui hoje, encontro algumas vagas e uma
em especial me chama atenção é de secretária mais do setor jurídico de uma
empresa nova que é no mesmo prédio onde eu trabalhava e fico animada
quem sabe eu consiga, acabei conhecendo vária pessoa devido ao meu
antigo patrão.
Vejo que tem algumas outras oportunidades e circulo elas para olhar
depois, mas sinto que meu lugar será nessa empresa aí, e se conseguir será
graças aos meus antigos chefes Augusto e Eduardo, eles me ensinaram
muito e sempre serei grata a eles, então vou em direção ao antigo edifício
onde trabalhava e me identifico na recepção.
— Voltou a trabalhar aqui Nessa? — O segurança fala comigo assim
que coloco o crachá para poder subir.
— Se Deus permitir, sim, preciso muito voltar a trabalhar. — Ele
sorri para mim e me deseja sorte e subo para o andar que a recepcionista né,
informou e cruzo os dedos, e saio do elevador com o pé direito por que
nesse momento estou precisando de sorte.
E o setor está movimentado, todos andando de um lado para o outro
nervosos, parece que o estão fugindo de algum demônio, uma moça deixa
uma caixa cair do meu lado e me abaixo para ajudar ela em arrumar o que
se espalhou.
— Oi, estou aqui para a entrevista de secretária. — A moça olha
para mim até mesmo aliviada.
— Graças a Deus, alguém veio, ontem o rapaz do marketing
cometeu um erro e a maioria dos jornais foi recolhido e até agora não havia
aparecido ninguém, vem vou te levar.
Caminhamos pelo meio de algumas cabines que tem suas divisórias
altas, não consigo ver quem está andando por elas, mas percebo a
movimentação do meu lado esquerdo, consigo avistar os cabelos de um
homem passando e a moça me puxa para o entrar na cabine e me põe de
costa e sinto um perfume maravilhoso, e ela apenas põe seu dedo no lábio
pedindo silêncio, quando já não consigo sentir aquele perfume maravilhoso
ela sai do cubículo e olha para os lados e me puxa para fora e fico rindo
porque até agora não entendi o que está acontecendo.
— Vem vou te apresentar ao senhor Maycon. — Ela me puxa para
uma sala, que mais parecia que tinha sido visitada por um furacão de tanto
papel que havia espalhado.
— Senhor, uma candidata apareceu. — E uma cabeça aparece no
meio da pilha de documentos que tinha na sua mesa e me estico para o
cumprimentar.
— Me chamo Vanessa Díaz, senhor. — Ele abaixa os óculos e me
cumprimenta
— Me diga Vanessa qual a sua formação? — Da para ver que ele
implora que seja capacitada.
— Sou brasileira e lá eu me formei em direito, mas infelizmente não
consegui advogar ainda, enquanto me formava eu trabalhava em um
escritório de advocacia na minha cidade. — Consigo perceber o quanto ele
está aliviado.
— E o seu último emprego foi esse? — Nego com a cabeça.
— Não, eu trabalhava para o antigo CEO e ele ficou receoso que o
atual me demitisse sem meus direitos e ele fez isso por mim. — Ele põe as
mãos na frente o rosto e agradece aos céus.
— Graças a Deus, está recontratada, pode começar hoje, o CEO está
enlouquecendo todos os setores, ele quer um balanço completo até o fim da
semana, porque ele não pode ficar aqui no, ele mora em Vegas e vai
embora no final da semana. — Olho para meu mais novo chefe e percebo o
desespero dele nesse momento.
— Posso, sim, o que precisa para poder tirar esse monte de papéis
na sua mesa? — Ele me explica tudo direitinho e começo a trabalhar e
quando consigo uma folga mando uma mensagem para o meu irmão para
avisar ele que consegui um emprego e que esta tudo bem, que quando
chegar mais tarde conto as novidades para ele, vou até o Rh e a Andreia que
já me conhece prepara todas as minhas papeladas e me avisa que amanhã
preciso ir à clínica realizar os exames de admissão, quando termino volto
para minha mesa e tento organizar tudo o que posso por que amanhã
chegarei um pouco mais tarde e o meu chefe terá uma reunião com o dono
da perfumaria nomeei ele assim porque acho incrível que ninguém ainda
não sabe o nome dele, apena o apelidaram como o rei do pôquer, dizem que
é porque ele vem ganhando várias empresas assim, e quando pensam que
ele perderá, ele consegue tirar a empresa e tudo mais que o pobre coitado
apostar na mesa do jogo.
No fim do dia consegui organizar bastante coisa e entro na sala do
meu chefe que já consegue respirar melhor sem tantos papéis na frente da
sua cara e ele sorri grato para mim.
— Senhor Maycon, se não precisar mais de mim, eu estou indo
embora, preciso cuidar de um assunto na minha casa. — Ele agradece e me
libera, me lembro de falar sobre amanhã.
— Senhor, está tudo pronto para a reunião de amanhã, já expliquei
para Rose o que fazer e como ela pode lhe ajudar caso algo possa dar
errado, mas tenho certeza que vai tirar de letra amanhã, só respire fundo e
assim que terminar na clínica venho correndo. — Ele sorri me agradecendo.
— Não precisa ficar preocupada, fez mais por mim em uma tarde do
que posso agradecer, agora pode ir, pode vir depois do almoço amanhã. —
Eu o agradeço e saio para a minha mesa e pego minha bolsa e vou para os
elevadores e saio feliz do meu primeiro dia de emprego, é algo que amo, e
voltei as origens, como já está tarde pego um táxi e vou para casa estou bem
cansada e quero apenas me sentar no meu sofá e sentir o melhor cheiro que
existe.
Chego em casa e pago o taxista e olho para minha casa e ela está
toda desligada, conseguimos alugar uma casa muito boa em um residencial
bem seguro, porque muitos disseram que aqui era muito perigoso e como
ficar o mais longe possível da Flórida viemos para o outro lado do país,
tinha certeza que não me acharia embaixo do nariz dele.
Entro em casa, desligo o alarme e ligo as luzes e minha casa estava
vazia, o que estranho meu irmão já deveria ter chegado do trabalho, ele
conseguiu um emprego na área de TI em uma empresa de refinaria de
petróleo e ele era o homem de confiança do vice—presidente, desde que ele
começou a trabalhar lá uns seis meses atrás não conheceu o dono ainda que
mora fora daqui.
Largo minhas coisas no balcão da cozinha e começo a preparar o
jantar por que daqui a pouco minhas dragas aparecem.
— Querida cheguei meu amor… — Meu irmão é um babaca, a
maioria dos nossos vizinhos acham que ele é meu marido por que ele tem
esse costume de quando chega em casa.
— Estou na cozinha Juan… — Ele chega e me beija, vai para a
geladeira e pega uma long neck, e se senta para me ouvir sobre as
novidades do dia. — Saiu caladinha de casa, agora me diz como foi seu dia.
— Meu sorriso fica maior e conto para ele sobre tudo o que aconteceu, e
somos surpreendidos pela Nicole que entra na cozinha.
— Oi, pessoal, deixei o recado na caixa postal de vocês, mais
ninguém me respondeu, eu estava com o Gui lá em casa. — Me abaixo e
pego minha pequena preciosidade no colo, e me derreto toda em como meu
filho é carinhoso. — Ele já jantou e está de banho tomado, só não coloquei
o pijama dele.
— Não tem problema não Nicole, vou me atentar aos recados, hoje
meu dia foi corrido e comecei a trabalhar outra vez. — Gosto muito dela, se
tornou a pessoa que mais confio para ficar com meu filho.
Ela se despede e termino de fazer o jantar e o Juan fica com o
Guilherme enquanto limpo o que sujei e fico admirando a beleza que ele
herdou do pai, depois que já tenho tudo arrumado subo com meu menino e
vou para o seu quarto para que ele possa dormir, ele se deita com seu
livrinho preferido e fico rindo.
— Totoria mamãe… — E lá vou eu para mais uma noite com
histórias para meu pequeno.
M e levanto para correr um
pouco e deixar a minha mente
controlada um pouco, estou
no Texas para poder assumir meu posto de CEO da GL Oils, tem um ano
que mudei o nome da empresa, essa demorei muito para assumir, não tenho
boas lembranças de como a conquistei, ela foi a primeira que ganhei no
pôquer e foi no dia que aquela medrosa me abandonou bêbado e ainda por
cima me levou muito dinheiro, que não faço ideia como ela conseguiu fazer
isso.
Estou passando por um pequeno parque e tem algumas mulheres se
exercitando aqui também e todas estão me olhando gosto de me exibir, só
mudei esse habito enquanto estava com a medrosa que me transformou no
maior cretino que existe, a um ponto que minha mãe chegou a deserdar.
Enquanto estou correndo avisto uma mulher alta, com o corpo muito
lindo e com luzes me aproximo dela e me apresento.
— Bom dia, linda, a vista daquele restaurante ali deve ser linda, não
é? — Aponto para um restaurante mais badalado da cidade, e toda vez que
venho aqui sempre tenho reserva garantida para poder ter minhas reuniões
sexuais ali.
Fiz amizade com o Luigi, o filho do dono, então ele gosta da
atenção que chamo, ele diz que sou um ímã para mulheres, então ele se
aproveita disso, outro cretino e ele nem tem uma história tão fudida como a
minha.
Ele pegou a noiva na cama com o antigo socio do pai dele, alguns
dias antes do casamento e ainda tentou aplicar o golpe do filho na conta do
meu amigo, e isso me fez morrer de medo, a única mulher que eu queria ter
filho não me quis e da última vez que a vi ela estava casada e muito bem
gravida, então resolvi fazer uma vasectomia para nenhuma mulher tentar
aplicar essa de filho na minha conta.
— Realmente deve ser linda, mas nunca tive a oportunidade de ir
naquele restaurante. — Puxo minha carteira e dou para ela um cartão da
minha assistente pessoal, ela saberá o que fazer com essa mulher mais
tarde.
— Caso queira conhecer para jantar e depois curtir uma sobremesa
no hotel, liga para essa pessoa que ela vai lhe dar as coordenadas. — Ela
pega o cartão e fica me olhando com um sorriso bem safado, então sei que
minha foda noturna está garantida. — Agora preciso ir, se aceitar o convite
te vejo mais tarde.
Deixo—a para trás e ligo para a Rosy, minha assistente, ela é uma
boa moça e nunca dei em cima dela, não misturo prazer com negócios,
tenho medo que não consiga outra pessoa tão eficiente como ela, me tornei
um homem extremamente controlador e preciso que tudo seja conforme o
planejado, já tenho várias empresas que me fizeram entrar na Forbes com
empresário revelação no último ano, tripliquei a minha fortuna e ainda levei
o Bruno comigo.
Hoje não somos mais sócios e ele entendeu muito bem o porquê eu
queria sair e indiquei outro cara com quem estudei, e ele tem um
pensamento bem-parecido com o meu, espero que o Douglas não deixe a
fortuna subir a cabeça, porque uma coisa é certa, no método que apliquei na
empresa de telecomunicações do Bruno fez com que o capital aumentasse
de tamanho no primeiro trimestre, transformei o meu amigo em um dos
homens mais ricos da América Latina.
Estava completamente suado e só queria uma ducha agora, tenho
uma reunião com o diretor do setor de advocacia para saber como anda as
coisas, e espero realmente que tudo esteja nos conformes, porque eles
tiveram mais de uma semana para se organizar com relação a tudo isso.
Pego um conjunto de terno e deixo separado em cima da cama e
entro no box e deixo a água no gelado para amenizar o calor que estou
sentindo, e pequenos flashs daquela medrosa aparecem, solto um suspiro
pesado e me amaldiçoou por não conseguir superar aquela mulher, tenho
certeza que ela fez algum feitiço para que eu sofra até hoje por ela.

FLASHBACK ON

Estava em Buenos Aires para tratar da compra de uma pequena


empresa no ramo de gasoduto, ela tinha potencial, passei a manhã inteira
em uma reunião para conhecer a empresa, fiz amizade com o dono dela em
Vegas e ele a queria vender para alguém que a fizesse crescer, então ele fez
de tudo para que fossemos apresentados.
No final da reunião ele me chamou para podermos almoçar em um
restaurante no centro da cidade.
— Então senhor Lira, não tenho mais o que lhe apresentar, minha
vontade que assuma é para os meus trabalhadores não percam seus
empregos. — O capital de giro dele acabou, então ele não conseguiu mais
fazer com que ela crescesse, por isso ele queria vender.
— Estou bem satisfeito com o que vi, vou conve… — Paro no meio
da rua e aqueles cabelos que eu aviste do outro lado da rua, aquele corpo e
aquele maldito rosto, andei meio mundo para encontrar a Vanessa e quem
diria que eu a encontraria andando na rua.
Mas fiquei parado no lugar, quando vi um homem com ela, não
consegui ver o rosto dele devido ao capuz do casaco, estava um frio
tremendo e continuo olhando para ela enquanto estava olhando pela vitrine
da loja e eles resolvem entrar, o que acabou com meu coração foi ver ela
fazendo carinho na sua barriga que não era tão grande, seu rosto estava
tranquilo e ela parecia tão feliz enquanto o seu rosto não me deixava em
paz, eu sofria muito ainda.
Fiz as contas e se fosse meu ela estaria com noves meses, mais pela
sua roupa ela tinha bem menos, quando ela sentiu que tinha alguém
observando por ela virei de costa e o senhor que estava comigo entendeu o
que estava acontecendo.
— Venha não estão mais lá. — Fiquei sem ar no momento que a vi,
mais acabei aceitando ainda ir para o restaurante, mesmo que nesse
momento eu quisesse destruir um bar. — Passado difícil eu imagino.
— Aquela mulher acabou com meu coração e não sei como ela
conseguiu se erguer tão rápido. — Passo a mão pelo rosto e fico olhando
pelos vitrais do restaurante.
— Por que não vai até lá e deixa que ela te veja? — Porque sou um
puta covarde, ela parece feliz e eu sou apenas um caco do homem que me
apresentei para ela.
— Porque aquele bebê não é meu, e seria humilhante demais saber
que ela carrega o filho de outro homem. — E o que eu iria dizer, oi,
querida, demorei, mas te achei sem querer?
— Então planeja fechar negócio? — Nego com a cabeça.
— Não tenho cabeça para isso agora, mais prometo que vou te
ajudar e sinto muito mais não consigo continuar aqui preciso ir embora. —
Ele concorda triste e nos damos as mãos e nunca mais voltei lá.

FLASHBACK OFF.

Após me martirizar com meus pensamentos termino meu banho e


vou me vestir preciso chegar na empresa em tempo recorde já devia ter
saído do hotel.
Saio do hotel e entro no carro que me aguarda para ir para o prédio
no centro da cidade, que por sinal é muito bonito, me apresento para
recepção e vou para o andar do jurídico e logo que as portas do elevador se
abrem um turbilhão de gente estava andando de um lado para o outro,
pareciam assustados, puxo por uma assistente baixinha e parecia ter medo.
— Onde é a sala do senhor Bayler? — Ela fica me olhando meio
assustada e apenas mostra com um dedo que estava até tremendo.
Vou para onde a moça me mostrou e me surpreendo na bagunça que
o setor estava, tinha caixas espalhadas por vários lugares e entro em uma
sala que papel não faltava.
— Bom dia! Imagino que seja o Bayler? — Era um senhor de meia
—idade e ele parecia tentar entender a loucura onde estava sentado.
— Sou, sim, acredito que seja o novo CEO da empresa. — Acho
incrível que ninguém me conheçam, sinal que nem se importam em saber
quem faz o pagamento de seus cheques.
— Por que esta essa bagunça no seu setor? — Ele engole em seco
como falo com ele.
— Porque o E-mail da sua vinda só foi passado ontem para o meu
setor, caso não saiba o antigo CEO não passou nenhuma informação sobre a
sua vinda e então nem sabia que chegaria e tão pouco que precisa. — Ela
fala se levantando.
— Imagino que deva ser um profissional experiente, você tem até
amanha para conseguir resolver a zona que está nesse setor e se não
conseguir o que quero, considere — se demitido. — Viro de costa e começo
andar pelos entres os biombos e um perfume que conheço muito bem me
chama atenção, mas resisto a tentação e saio de perto desse maldito
perfume.
Do lado de fora ligo para a Rosy para saber se a mulher entrou em
contato.
— Me diz qual mulher que negaria um pouco de atenção senhor. —
Sinto o sarcasmo na sua fala.
Desligo a ligação e vou para o restaurante para me encontrar com o
Luigi e tentar marcar uma reunião com a empresa imobiliária que tenho
aqui, era apenas para amanhã, mas tenho certeza que eles irão vir.
No restaurante o Luigi separa um reservado e começamos a
conversar quando o atual administrador chegar da imobiliária e temos uma
ótima refeição, rimos um pouco e deixo algumas metas estabelecidas para
que eles consigam melhorar essa empresa.
— Cara tenho que ir, mas tarde volto aqui deixa meu reservado
arrumadinho daquele jeito, quero me satisfazer mais tarde. — Ele fica rindo
de mim enquanto me levanto para ir para o hotel novamente.
D eixo o Guilherme dormindo
depois que contei mais de duas
historinhas para ele, e decido
voltar para a cozinha e conversar um pouco com o Juan sobre as coisas que
estamos vivendo, na verdade, estou muito feliz por tudo o que tem
acontecido no último ano, amanhã é o último dia do ano e quero passar em
família como sempre.
Mesmo que eu e meu irmão sejamos colombianos nativos, nós
consideramos brasileiros e tivemos sorte em conseguir documentos,
vivemos tantos anos lá que os seus costumes se tornaram os nossos
costumes.
— Aqui outra vez Van, pensei que já fosse se deitar, disse que
amanhã você tem que ir para a clínica. — Ele estava sentado no sofá
assistindo ao jogo de futebol, com uma garrafa de cerveja na mão, me sento
ao seu lado.
— Sei disso, mas queria conversar com você só um pouquinho até
sentir sono. — Acho que ele percebe meu humor e começa a realmente
prestar atenção em mim.
— Me diz a verdade o que aconteceu para ficar tristinha assim. —
Solto um suspiro pesado e inclino a minha cabeça em seu ombro.
— Aquele sentimento de arrependimento que me consome, estava
pensado em ligar para ele e tentar contar a verdade, mas estou com medo.
— Ele para de me olhar e volta para assistir ao jogo.
— Essa conversa é velha, Vanessa, me lembro quando voltou de
Vegas…

FLASHBACK ON

— Deixa de ser teimosa e procure ele e diga que esta gravida, ele
tem o direito de saber que tem um filho. — Olhava para ele como se fosse
tão fácil assim.
— Juan, ele tem saído todo dia estampando as manchetes brasileiras
com uma modelo ou uma puta qualquer, você acha que ele quer me ouvir
depois de tudo, estamos com quase dois meses longes, ele pode dizer que
estou grávida de qualquer um. — Meu irmão começa a rir de mim.
— Vanessa estamos nessa brincadeira de esconde—esconde desde
que voltou de Vegas, você acha que ele não vai te ouvir? — Achar não,
tenho certeza.
— Se estivesse no lugar dele, o que faria? — Ele pensa um pouco e
foca a sua visão em algo mais distante.
— Não sei Vanessa, nunca vi você tão envolvida com alguém como
ficou com ele. — Isso é verdade.
— Juan como poderia me envolver com alguém se o nosso pai só
fazia escolhas erradas, e sempre tínhamos que fugir de madruga ou a hora
que fosse para que não fossemos mortos. — Meu irmão não sofreu tanto
como eu, ele é bem mais novo, então sempre precisei cuidar dele e escondi
o máximo que pude para que ele não percebesse o que estava acontecendo
dentro de nossas vidas.
— Você sabe que não tenho palavras para agradecer o quanto
precisou abdicar para me proteger de toda aquela bagunça que nosso pai
fazia. — Infelizmente uma noite não tivemos tanta sorte assim, no meio do
matagal alto o meu pai nos deixou escondidos e ele foi em outra direção
para que não nos achassem, mas ele acabou sendo capturado pelos capangas
do Carrillo e desde então estamos tentando fugir deles também.
Meu pai escondeu uma grande fortuna e quantidade de drogas em
algum lugar na Colômbia, mas nunca soube onde é que ele tenha escondido
tudo isso, e nem se realmente é verdade.
Por isso que sempre tive medo de me envolver com alguém, eu
poderia também ser a responsável por uma morte.
— Eu sei, meu irmão. — Acabamos desconversando, porque não
quero que o pai do meu filho acabe se envolvendo com tudo o que meu real
nome possa trazer, um nome que nem gosto de pronunciar.

FLASHBACK OFF

— Sei Juan, mas o Guilherme está crescendo, e acho que logo ele
vai me perguntar quem é o pai, sabe que o Gui é um garotinho muito
inteligente, acho que puxou isso de família. — Começo a rir, dele que faz
uma cara de muito ofendido.
— Ai, Vanessa, assim você realmente me ofende. — Ele volta a
beber a sua cerveja.
— Fala sério Juan, inteligência você não tem nenhuma, nem sei
como conseguiu concluir o primário. — Caio na gargalhada, eu adoro
perturbar meu irmãozinho.
— Às vezes tenho quase certeza que você que é a criança na nossa
família, deixe ser uma mãe mal e apresente o Guilherme ao pai dele, não se
esqueça que o meu sobrinho tem o direito de conhecer o outro lado da
família, que não somos apenas nós três. — Abaixo a minha cabeça por que
sempre reconheci esse meu erro.
Sei que todos ficarão bastante magoados comigo depois que
souberem o que escondi de todos o nascimento de um neto, principalmente
a dona Leticia e o senhor Afonso, também fico imaginando como esteja a
Helena e o bebê que a Bia estava esperando, eles devem ser praticamente da
mesma idade, me arrependo de não ter falado sobre o Gui para eles no
passado, agora tenho que conviver com as consequências e também com o
que pode acontecer no futuro, criando meu filho sem o pai dele.
Ficamos assistindo ao jogo e meu irmão encrenqueiro me fala.
— No dia que eu estiver bastante irritado com você, ligarei para esse
bonitão que você ainda ama e conto toda a verdade, chega de se esconder,
está passando da hora de você contar a verdade para esse homem, peça uma
dispensa, vá para o Brasil, procure por ele. — Nego com a cabeça. — Você
é teimosa, você que sabe, mais um dia mais cedo ou mais tarde a vida vai
proporcionar esse encontro para vocês dois, e pode ter certeza que haverá
tanta mágoa no meio de vocês que talvez essa paixão que sente não
conseguirá superar tudo o que já aconteceu. — Fico olhando para ele
desacreditada.
— De onde saíram essas pérolas de sabedoria meu irmão, eu que
deveria dar conselhos assim para você. — Ele ri da minha cara e me puxa
para um abraço.
— Sim, deveria, mas é burra demais. — Tinha que me ofender,
estava demorando.
Ficamos assistindo ao jogo até tarde e depois vamos para nossos
quartos para descansar.
Na manhã seguinte já estava sentada na recepção para fazer os
exames de admissão e seria a próxima, Rose que havia ficado para ajudar o
senhor Maycon já havia mandado várias mensagens perguntando sobre algo
que não estava entendo e tentei o máximo ajudar ela, perguntei várias vezes
se não queria que eu voltasse e faria os exames em outro momento, mas ela
disse que não precisava que o CEO estava tranquilo aceitando as
explicações e documentos que eles já passaram para ele.
Depois de algumas horas finalmente estou passando pelas catracas
do prédio de advocacia, aperto os botões dos elevadores e duas portas se
abrem, estou ouvindo minhas músicas, então não consigo perceber se o
outro elevador tinha alguém ou não, sinto aquele perfume que senti ontem
outra vez, talvez seja o CEO que estava no outro elevador, graças a Deus
entrei nesse e não no outro, começo a cantar baixinho a música que estava
ouvindo e o perfume fica mais forte, mais as portas estavam se fechando e
eu estava encostada no painel de botões.
A porta finalmente se fechou e fui para o meu setor que estava me
esperando para superar o CEO arrogante.
S aio da cama e deixo a loira lá por
enquanto, mas daqui a pouco
acordarei ela para que ela possa
voltar para a sua casa, não durmo com mais tomei isso como regra há muito
tempo, não quero mais me iludir por causa daquela mulher.
Saio do quarto pelado e vou para a sacada do meu quarto e olho para
a noite movimentada que tenho, e a cidade é muito bonita, mais não iria
conseguir morar aqui, é quente demais, pelo menos mais que em Vegas,
mais meu desejo mesmo é voltar para casa, mais dona Leticia disse que só
posso frequentar nossa casa depois que eu melhorar meus modos, não
entendo que modos são esses.
Meu irmão não se mete, ele entende os dois lados, e sei que ele não
quer ficar no meio dessa briga que minha mãe criou entre nós dois, mas
sinto falta de todos eles, tenho perdido o crescimento do Adam e da nossa
princesinha Helena.
Sinto uma leve brisa e me deixo voltar para os dias que passei com
aquela medrosa, eu tento mudar os rumos dos meus pensamentos, mas nem
sempre consigo e os flashes daquela nossa última noite que ficamos juntos
como cada uma de nossas carícias teve um peso de despedida, as lagrimas
começam a se formar em meus olhos e a seco.
— Que tal procurar uma ajuda psicológica e tentar entender o
porquê não a esquece, ou melhor, ir atrás dela. — Olho para trás e percebo a
loira toda descabelada na porta da varanda enrolada no lençol.
— Porque não sei onde ela está, e nem sei se realmente quero
encontrar com aquela mulher novamente. — Ela se senta na espreguiçadeira
e fica me olhando.
— Te dou uma hora grátis se quiser, esqueci de te falar, mas sou
terapeuta. — Ela solta uma risada gostosa e olho para ela com cuidado,
porque é tão difícil me apaixonar por outra mulher como sou por aquela
medrosa.
— Não sei se quero falar, mais como sabe que tem alguma mulher
no meu passado? — Ela bate no espaço do lado dela e vou andando meio
receoso.
— Você me chamou de Vanessa mais de três vezes e depois me
acusou de medrosa. — Abaixo minha cabeça e fico envergonhado.
— Me desculpe, a história é bem complicada para mim… — Viro
meu rosto para as estrelas e sinto mais uma lagrima escorrendo. — Por que
não foi embora quando troque seu nome?
— Nenhuma história para mim que sou terapeuta é complicada,
estou aqui para te ajudar a entender o caminho e a solução do que
acontecerá, e só para que decore me chamo Elizabeth, mas os mais íntimos
podem me chamar apenas de Liza, e não fui embora por que há muito
tempo eu não tinha um orgasmo tão maravilhoso como o que você me deu.
— Caímos na gargalhada.
— Eu me apaixonei por essa mulher de uma forma que não
conseguia compreender na época, deixei muita coisa para trás para que ela
se sentisse segura, mas descobri que não era o suficiente, meses depois a
achei em outro país e ela estava linda gravida de outro. — Ela franziu as
sobrancelhas e tento explicar. — Sei que não era meu, porque a última vez
que tivemos juntos não bateria com o tamanho da barriguinha de grávida
que ela estava.
Solto um suspiro pesado, fecho os olhos e me deixo lembrar daquele
dia.
— A Vanessa é a mulher mais linda que já tive o prazer de conhece
Liza, e desejei durante muitos meses que aquele bebê fosse meu, mais com
o passar do tempo tudo foi mudando dentro de mim, me tornei o que você
está vendo aqui. — Olho para ela e seu rosto estava tranquilo.
— Posso ser sincera com você, talvez doa o que vou te dizer. —
Fecho os olhos e aceito a sua opinião.
— A procure uma última vez, converse e ponha tudo em pratos
limpos, seja honesto com você mesmo, e caso o caminho que ela escolher
não for o mesmo que o seu, é sinal que está na hora de que esqueça ela e
encontre outra pessoa, mas não assim como faz. — Começo a rir.
— Minha investida foi tão ruim assim? — Ela rir descaradamente na
minha cara.
— Sério Gustavo, você me deu um cartão, falei com a sua assistente
que me fez milhões de perguntas sobre minha saúde e como me previno. —
E estranho por que ela deveria ter assinado o termo de confidencialidade.
— Não assinou nada? — Vou precisar chamar atenção da Rosy, e
isso nunca aconteceu.
— Claro que assinei, e envie por e—mail para a sua assistente, o
que me faz pensar o quão poderoso você não deva ser. — Ela começa a rir.
— E isso é interessante? — Ela nega com a cabeça.
— Sempre tive pé no chão, e soube assim que me abordou que seria
talvez uma transa, posso ter uma carinha de abobalhada, mas sei o que
quero e não é formar minha carreira na fama de alguém. — Me viro
completamente para e a olho com mais atenção, ela toca em meu rosto e
minha respiração sai leve como a muito eu não a tinha.
— Não faça isso, eu nunca serei a sua medrosa, seja o oposto dela e
a procure mais uma vez e tenha a conversa que precisa para terminar com
essa tormenta na sua vida e possa ser livre. — Aceito o que ela me diz e
está realmente na hora de tentar achar ela mais uma vez.
— Obrigado por conversar comigo Liza, eu prometo que farei isso.
— Ela se levanta elegantemente e anda na pontinha dos pés.
— Agora me retiro, e obrigada pela foda magnifica que você me
deu, não esperava que fosse ser assim. — Fico em pé e tento esconde meu
pau com as mãos e ela fica rindo.
Fico vendo ela se arrumar para ir embora e ofereço pagar um táxi
para ela que nega e faz uma cara quase que ofendida.
— Posso não ser rica, senhor Lira, mas tenho dinheiro para poder
voltar para casa. — Fico rindo dela.
— Me diga que tem um cartão aí com você, quem sabe eu precise de
outra consulta em algum momento. Ela se vira de costa e me pede ajuda
com o seu vestido e fecho o zíper.
— Sua assistente me acha, ele deve ter um arquivo completo agora
mesmo com meu nome enorme na capa. — Acho que ela deve estar lendo
muitos livros.
— Você é hilaria, a pasta deve ter no máximo seu contato e
residência e o que você mesmo passou. — Ela pega a sua bolsa e vai para a
porta. — Até um dia Gustavo, e faça o que lhe disse, está na hora de se livra
desse sentimento que o prende no lugar, adeus.
A ver partir me deu um gatilho enorme, mais dessa vez não vou me
afundar na bebida, amanhã tenho uma reunião importante para participar e
sei que provavelmente terei muita dor de cabeça.
Me sento no pequeno escritório, montado para mim aqui nesse
quarto e tento me concentrar em algumas coisas que preciso fazer, vejo que
a empresa do Bruno não cresceu como eu disse que seria nesse trimestre e
faço uma nota mental para que veja o que está acontecendo por lá.
Mando um e—mail para a Rosy pedindo que ela providencie minha
ida para Argentina o mais rápido possível, de preferência ainda essa
semana, ainda tenho que ir na refinaria ver como está o balancete desse
mês, sei que essa empresa nunca me deu dor de cabeça desde que comecei a
administrar ela.
Com tudo resolvido volto para a cama e fico olhando as estrelas e
me lembro da história que minha sobrinha sempre conta sobre como ela
ganhou a sua mãe, pedindo—a ao papai do céu.
— Quem sabe né, não sou muito religioso, mais se ouviu as orações
de uma garotinha por que não poderia ouvir a história de um homem, que
está quebrado de todas as formas que poderia se imaginar, deixe—me
encontrar com ela outra vez e saber se ainda existe amor entre a gente. —
Sinto meu corpo ficar tão relaxado e até mesmo tranquilo e pego no sono.
Sonho com ela caminhando com a Bia e minha mãe, acordo e o dia
já estava amanhecendo, saio da cama, peço meu café e vou para o banho e
me arrumar para sair, quando já estava completamente arrumado parecendo
o CEO, o café já estava na mesa arrumado apenas me esperando me sento e
olho meu tablet para ver se tinha algo de importante para esses dias.
Do lado de fora do hotel, tem um carro a minha espera para ir para o
escritório e dessa vez me surpreendo com a organização do lugar e vou para
a sala do advogado que está no responsável.
— Arrumou uma faxineira presumo? — Ele fica rindo e me estende
a mão.
— Bom dia, senhor Lira, quase isso contratei uma secretária e ela
tem bastante experiencia e nos deu uma força enorme ontem mesmo. —
Fico rindo.
— Depois me apresente a essas mãos magicas. — Caímos na risada,
mas entendo o que ele quer dizer antes de achar a Rosy, passei por uns
maus bocados, entramos na reunião que durou a manhã seguinte.
— Fico muito satisfeito com o progresso que a empresa fez até aqui,
espero que ela cresça mais ainda, mas agora tenho que ir preciso ir à sede
da refinaria que tenho aqui também. — Apertamos as mãos e entro no
elevador para descer.
Olho para o relógio e acho que ainda consigo ir almoçar no Luigi,
quando as portas se abrem sinto o perfume dela e olho para os lados e uma
voz baixinha mais quando paro na frente do outro elevador que estava
quase toda fechada não vejo o rosto da mulher apenas ouço a sua voz bem
baixinha, parece muito com a dela mais tenho certeza que é apenas coisa da
minha cabeça olho para o elevador e vejo em que andar ele irá parar,
quando vejo o número do andar e ia entrar para averiguar quem é a dona do
perfume e da voz meu telefone toca e não espero que toque uma segunda
vez.
— O senhor está atrasado, devo cancelar a reunião com os
acionistas da refinaria? — Respiro fundo.
— Não chegou lá em poucos minutos. — Saio da frente do elevador
e saio do prédio indo para meu outro compromisso.
— Vai ficar para outro dia conhecer você.
E ntro no escritório e me
surpreendo em ver que estava um
brilhando de tão limpo, acredito
também que o CEO invisível também já deva ter saído já que todos estão
andando pelo andar, matando tempo no bebedouro ou na máquina de café
que fica próximo à pequena copa que temos aqui em cima no nosso andar.
Entro na sala do meu chefe e ele está concentrado na tela do
computador com um sorriso no rosto, peço licença e ele se levanta da sua
poltrona e me dá, um abraço e me surpreendo com a atitude dele.
— Desculpa, mais porque estou sendo abraçada mesmo? — Eu
falava com ternura e meu chefe me solta e segura minhas mãos, percebo o
quanto ele está feliz.
— O Senhor Pôquer saiu daqui bastante satisfeito com o que
apresentei para ele hoje na reunião, e ele ficou impressionado em como
você deixou tudo arrumado e principalmente sobre a planilhas de nossos
gastos com os novos empreiteiros, e para falar a verdade eu também estou.
— Fico rindo do meu chefe, vejo ele voltar para o seu lugar enquanto eu
pego alguns documentos na sua mesa para arquivar e outras para dar baixa.
— Que isso, senhor Maycon, eu apenas fiz o que deveria, e é meu
serviço prever problemas e já ter uma ideia para soluções. — Ele me olha e
me entrega mais uma pasta.
— Por Deus que não te deixo mais escapar, foi muito perspicaz no
seu relatório, parabéns. Agradeço mais uma vez e saio da sua sala e vou
para a minha mesa terminar de arrumar a bagunça que tinha ainda e
preparar uma das mais duas reuniões que meu chefe teria ainda durante o
resto do dia.
Enquanto estou arrumando a sala de reuniões onde o senhor Maycon
realizará a nova, eu decido ir tomar um café, deixo todas as pastas com as
planilhas em ordem para a reunião fluir sem a minha presença, enquanto
estava saindo as sala, os primeiros a chegar passam por mim e logo depois o
meu chefe e peço a permissão para ir tomar meu café e mostro para ele que
está tudo pronto apenas aguardando a chegada dele, me afasto da sala e vou
para a copa e vejo que não tem uma gota de café.
— Faço tem problema não. — Resmungo comigo mesmo enquanto
limpo a cafeteira e começo a preparar o suficiente.
Me sento em uma das cadeiras na pequena mesinha que tem aqui
dentro, pego o meu celular que havia colocado no bolso de trás da minha
calça e começo a olhar as milhões de mensagens que tem no meu celular,
tem mensagens de mais de um ano que tenho medo de abrir e me sentir pior
do que eu normalmente já me sinto, apenas por pensar nos erros que escolhi
no decorrer dos meses que foi se passando.
Mas uma me chama atenção, da Nicole é de mais cedo bem mais
cedo. Fico preocupada e abro para ver o que se trata.

NICOLY: Dona Vanessa preciso falar com a senhora, o mais


urgente possível, me retorne quando ler a mensagem.

NICOLY: Dona Vanessa, eu precisei ir fazer uma entrevista da


faculdade, tente ligar várias vezes e não tive retorno da senhora, e como eu
não tinha como leva o Gui precisei ligar para o seu irmão, aquele
pequenino não quis ficar com a minha mãe, estou aguardando o retorno do
seu irmão.

NICOLY: Oi, mais uma vez, seu irmão retornou, ele também não
pode voltar agora do trabalho, estou aguardando o seu retorno.

NICOLY: Consegui falar com o seu irmão, e ele me pediu para que
levasse o Gui para o escritório dele, meu pai está me levando até lá,
desculpa mais uma vez mais foi urgência.

Li todas as mensagens da Nicoly, e fiquei irritada comigo mesmo


por não ter prestado atenção no meu telefone, tento religar para a Nicoly,
mas ela não me atendia, com certeza ela deve estar ocupada, mudo de
estratégia e tento ligar para o meu irmão.
A ligação na primeira cai na caixa postal, a segunda também não
sou atendida e a terceira ficou apenas ouvindo a voz do meu filho ao fundo,
e volta a cair.
Começo a ficar mais preocupada que deveria, estou na minha
segunda xícara de café quando tento ligar mais uma vez. Andreia, minha
colega do RH, entra na copa e abre um sorriso quando me vê, pega uma
xícara e se serve com o café.
— Vanessa você precisa ir ao setor onde fica a psicóloga para ela
liberar um último exame para a sua admissão. — Olho para ela e não
entendo nada o que ela fala, minha cabeça nesse momento está somente no
Guilherme.
— Andrea me desculpa posso ir outro dia, se a psicóloga me ver
agora ela dirá que não estou bem da cabeça. — Pego o celular e ligo outra
vez, os olhos atentos da Andrea estão em cima de mim, ouço o toque e
finalmente ele é atendido.
— Juan? — Não ouço nada de início. — Meu amor é a mamãe, que
tal você passar o telefone para o seu titio?
— Titio ocupado, mamãe, tô pintando… — Ouço ele falando com
alguém e não é a voz do meu irmão.
— Está falando com quem rapazinho… — A ligação cai, a voz é
muito familiar, mais com ela distante e o Gui falando ao mesmo tempo, não
consigo reconhecer, e no mesmo instante recebo uma mensagem do meu
irmão.

JUAN: Olha aqui sua desnaturada, só porque eu te amo muito,


você está me devendo pelo resto da sua vida, e quando chegar em casa
trate de me receber com uma lasanha de frango. Te amo

Não acredito que ele ainda por cima vai me fazer a cozinha para ele
depois desse susto todo, mais só de ele cuidar do nosso menininho tão bem
como se ele realmente fosse o pai dele e sou muito grata por tudo o que o
meu irmão faz pelo meu filho.
— Algum problema? — Andrea me perguntava tomando o seu café.
— Mais ou menos, minha “babá” precisou deixar meu filho com o
meu irmão no trabalho dele, teve uma entrevista para faculdade e ela o
deixou no serviço do meu irmão e agora estou preocupada. — Falo com
sinceridade, ela conhece o Gui faz algum tempo, tinha convidado ela para ir
na minha casa e apresentei ela para meu menino.
— Não se preocupe, ele está bem com o seu irmão, é melhor ir à
reunião, terminará em poucos minutos, e não se esqueça a doutora Elizabeth
está lhe esperando. — Ela fala rindo e sai da copa com seu pequeno copo de
café.
Fico olhando para a mensagem do meu irmão e reviro os olhos com
o tamanho da coragem dele de ainda me fazer ir para a cozinha essa noite,
termino o meu café e volto para a minha mesa para preparar a última
reunião de hoje.
Depois de algumas horas meu irmão me avisa que estava indo para
casa com o Guilherme e que ele me encontrava lá, depois que a reunião
acaba com meu chefe ele me dispensa para que eu possa falar com a médica
do trabalho, ele disse que ela me aguardava.
Vou até o andar onde a médica fica, tem uma porta de vidro o nome
dela estampado entro pela porta, me identifico para a sua secretaria ela disse
que podia entrar a quem medica disse que podia me sentar.
— Então Vanessa Díaz é isso? — Confirmo com a cabeça e olho
bem para essa mulher loira na minha frente, ela parece muito feliz e
continua falando perguntado sobre a minha vida. — Então você não é
americana, é de onde?
— Fui criada em muitos lugares, nasci em uma província na
Colômbia, passei alguns anos no Brasil e tem um pouco mais de um ano
que vim para o Texas com a família. — Ela para de escrever e esse olhar de
espanto quando falo que sou imigrante é tão constrangedor.
— Então você é casada? — Ela me pergunta e volta anotar, eu dou
meu melhor sorriso.
— Muitas pessoas acham que sim, mas, na verdade, moro com meu
irmão e meu filho de dois anos. — Ela concorda com a cabeça.
— E o pai dele? — Odeio quando começam a perguntar sobre
minha vida partícula e acho que ela percebeu meu desconforto.
— Perdi o contato e acredito que esse tipo de pergunta não faz parte
do questionário de admissão? — Ela apenas sorri e me diz que posso ir, que
já tinha as informações que ela precisava para o meu arquivo profissional.
Saio da sua sala e vou para a minha mesa pegar a minha bolsa, meu
chefe disse que já estou liberada para ir e nos despedimos, hoje como estou
preocupada pego um táxi para ir mais rápido para casa.
Assim que passo pela porta vejo meu menino deitado no sofá com a
sua naninha e chupeta dormindo com a TV no volume bem baixinho
cantando Mundo Bita, passo para a cozinha e meu irmão já tinha iniciado a
lasanha.
— Finalmente a bela incomunicável deu o ar de sua graça, o que o
houve? — Me sento na banqueta e ele me abraça como sempre e me dá um
beijo na cabeça.
— Você sabe que ignoro ligações com medo, e foi isso me perdoe.
— Olho para ele, e sei que preciso superar esse meu medo da família Lira.
— Tenho algo para te falar, mais quero que você entenda que eu
realmente te amo, mais que tudo nessa vida, quero a felicidade do meu
sobrinho e principalmente a sua. — Olho para ele e fico preocupada com o
que aconteceu hoje.
— O que aconteceu Juan. — Ele volta para o fogão e sua atenção
para a lasanha que estava preparando.
— Conheci hoje o meu chefe, e ele conheceu o Guilherme também.
— Fico preocupada será que ele foi demitido.
— Juan, Jesus, você foi demitido hoje? — Ele nega com a cabeça,
mais o seu rosto não estava melhor.
— Meu chefe é o Gustavo…
E stou no carro indo para o anexo
da GL Oils, que fica a poucas
quadras aqui da sede, a reunião
dessa vez é com os outros acionistas da empresa, mesmo que na época eu
tenha ganhado a empresa por inteiro eu não tive coragem de destruir o
sonho de alguns dos acionistas que deram a vida para erguer a empresa
então acabei entrando em acordo com ele, eu teria 60% e os outros 40%
seriam divididos entre eles em partes iguais minha sorte que no início eram
apenas mais quatro sócios e com eles desgostosos da situação acabaram
vendendo a sua parte para os outros que tinham interesse.
Meu telefone toca, olho para o visor e o nome da minha assistente
aparecia no visor do celular.
— Diga o que precisa Rosy. — Olho para o relógio e sei que estou
atrasado.
— Dez minutos atrasados, transferirei a sua viagem para a
Argentina para o período da noite. — Reviro os olhos, parece que a Rosy é
mais minha chefe que o contrário.
— Rosy, respira e assim que minha reunião acabar falo com você
sobre isso, estou descendo do carro e entrar no edifício, até mais tarde. —
Deixo—a falando sozinha, por às vezes ela gosta de gerenciar demais a
minha vida.
O motorista me deixa na frente do prédio e vou entrando sem olhar
muito para as pessoas, a minha reunião é na presidência, com alguns
funcionários de outros setores também.
Entro no elevador e um sorriso começa a se formar em meus lábios,
quem será a mulher que gosta de usar o mesmo perfume daquela medrosa, e
sempre que sentir aquele cheiro me faz lembrar, é um perfume comum e
quase sempre sinto alguma mulher usando—o por aí.
Quando chego no andar da presidência tem uma comoção enorme e
muitas gargalhadas, mas quando me veem, eles parecem ratos fugindo de
um barco naufragando, adoro ver isso, sigo para a sala que já sei onde fica e
vejo um dos chefes se aproximando.
— Bom dia! Senhor Lira, como está? — O Fábio é um jovem que
está em ascensão, mas deu azar que o pai dele tenha me dado a empresa
como pagamento da dívida no pôquer e ele ficou sem poder oferecer a
cadeira de céu para o filho.
— Bom dia, Fábio, me diz que a reunião já está toda organizada? —
Ele confirma com a cabeça e me surpreendo com um garotinho correndo
pelos corredores e aponto para a situação.
— O sobrinho do nosso engenheiro de TI ficou sem “babá” hoje, e
eles não conseguiram falar com a mãe do garotinho, e eu permiti que ele
ficasse aqui com a gente, é um doce de garotinho. — Olho meio em dúvida
questionando a decisão do Fábio.
— Espero que não seja corriqueiro isso. — Ele sorri meio que
envergonhado e deixo claro que não gostei de ver uma criança no setor,
coloque em uma creche. — Vamos, preciso ir para Argentina ainda hoje.
Vou caminhando com o Fabio até uma das salas de reunião e me
sento na cadeira de CEO e espero que eles comecem com a reunião, um
rapaz entro e ele se identifica como o engenheiro de TI, e ele fica bem
surpreso quando me vê sentado com toda certeza ele deve me conhecer.
— Juan esse é o Senhor Gustavo Lira é o CEO da nossa empresa,
Gustavo esse é o cara que me ajudou muito em organizar toda a parte de
informática. — Fábio nos apresenta, e volto a olhar as melhorias que o
rapaz em todos os departamentos e fico muito feliz em ver como tudo
melhorou muito.
— Parabéns, Juan, vejo que foi um ótimo acréscimo a nossa equipe,
finalmente conseguimos nos conhecer. — Quando falo com ele, parece que
ele consegue recuperar do susto e se senta em seu lugar e fica lisonjeado
pelo meu elogio.
— Senhor Lira, saiba que sempre fui muito fã do seu entusiasmo e
perseverança. — Fico um pouco sem entender, e iniciamos a nossa reunião
que deixo definidos algumas estratégias para o próximo trimestre e tenho a
certeza que a sempre alcança e talvez consiga até mesmo ultrapassar as
metas que havia pensado para a empresa uns meses atrás.
Quando finalmente a reunião acaba um pouco mais depois da hora
do almoço, a secretaria chama o Juan e ele pede para ela aguentar só mais
um pouquinho e ela sorri para ele e sai da sala.
— Juan o garotinho é seu filho? — Olho para o lado de fora e o vejo
deitado no colo de outra mulher.
— Não senhor, ele é meu sobrinho, mas garanto ao senhor que é o
garotinho mais importante da minha vida, a mãe dele fez escolhas erradas e
não a jugo, tivemos uma vida muito complicada, por isso infelizmente tive
que deixá—lo hoje aqui comigo. — Olho para o garotinho, que vira o rosto
na minha direção e olho com cuidado para aquele rostinho frágil e tão
familiar, olho de volta para o meu funcionário.
— Pode ir para casa, tire o resto do dia de folga. — Mas enfatizo ser
somente por hoje.
— Não se preocupe, a mãe dele vai me dar uma boa recompensa
após ter um surto. — Ele fala rindo e sai andando pela sala para pegar o
pequeno garotinho.
Termino a minha reunião com todos e uma mensagem no meu
celular me chama atenção.

LIZA: Espero receber uma boa recompensa, mais sobre a sua hora
de terapia acredito que tenha certas informações para você.

Como assim informações, sobre a minha medrosa? A Liza


conseguiu tocar em um ponto onde sou vulnerável, todos os outros saem da
sala e fico sozinho com o meu celular.

GUSTAVO: Ok, conseguiu minha atenção, que tipo de informações


você pode ter conseguido?
Fico olhando tão concentrado para o celular que não percebo que
não estou sozinho na sala, olho para o lado e um menino branquinho com os
cabelos bem escuros e um tom de azul lindo em seus olhos.
— Oi… — Ele me olhava curioso, estava vestido com um macacão
azul clarinho e uma camisa polo branca e um tênis, dava para ver que ele é
bem cuidado, enquanto olhava para ele meu irmão resolveu me ligar.
— Fala irmão quais as novidades? — O pequeno curioso estava na
minha perna enquanto eu falava com meu irmão.
— Deixa eu ver, quero falar… — Meu irmão me olhava curioso e
também queria entender o que estava acontecendo.
— É o sobrinho de um dos meus funcionários, ele precisou ficar
aqui por hoje… — Acabo pegando o menino no colo para que ele ficasse
quietinho e me deixasse falar com o meu irmão.
— Oi, campeão, diz para o titio o seu nome. — O menino fica se
mexendo para tentar pegar meu celular. — Então qual seu nome? — Ele
fica frustrado e fica quietinho e cruza os bracinhos.
— Me chamo Gui e mamãe Vanessa. — Meu sangue gela em ouvir
esse nome e meu irmão começa a olhar para ele com mais atenção.
— Gustavo fala a verdade, esse menino é seu filho? — Olho para o
meu irmão e começo a rir de nervoso.
— Sabe muito bem que isso é impossível. — Eduardo começa a
negar com a cabeça.
— Nada é impossível, esse menino é a sua cara e tem os olhos dela,
olhe para ele, deixa de ser cego, investigue novamente. — Antes que eu
pudesse responder alguma coisa, o tio do pequeno menino entra na sala.
— Senhor me perdoe, ele estava com a moça enquanto arrumava
minhas coisas para que fossemos embora. — Ele olha para o meu irmão e
vejo que ele muda de cor, mas não me preocupo com isso.
— Tchau, campeão, o tio ficou muito feliz em conhecer você
Guilherme. — Meu irmão se despedia dele e cumprimentou o tio do
garotinho também. — Prazer em conhecer você também.
— Vamos Gui está na hora de ir se encontrar com sua mamãe. —
Ele pega o menino do colo e meu irmão curioso pergunta do Juan.
— Rapaz, com o que a mãe dele trabalha? — Juan engole seco e
volta a olhar para o meu celular.
— Ela é secretaria senhor, agora se me derem licença acredito que
esse garotinho aqui esteja com muita fome. — Concordo com ele.
— Tchau, Gui, foi um prazer conhecer você hoje, quem sabe o tio
não volte a te ver outra vez. — O menininho que estava no chão corre para
minha perna e o abraço também.
Ele sai rindo todo feliz com o tio e os vejo saindo pelo elevador e
volto a minha atenção para a tela do meu celular.
— Me diz o que você deseja irmão. — Meu irmão estava com seus
pensamentos muito longe ainda.
— Gusta, procure a Vanessa mais uma vez, talvez tenha um filho e
pense que é de outro. — Solto um suspiro.
— Eu já havia decidido em fazer mais uma busca, e tenho um voo
para a Argentina hoje para contratar alguns detetives para procurarem por
ela, o que me deixou com uma pulga atrás da orelha é que eu transei com
uma terapeuta e ela me disse que pode ter alguma informação para mim. —
Conheço meu irmão muito bem e tenho certeza que ele sabe de alguma
coisa, mas tenho a sensação que ele não vai me falar.
— Acho que não precisar ir tão longe, fale com a terapeuta. — Ouço
a voz da Helena correndo com o Adam pela casa. — Há me lembrei, não se
esqueça, o aniversário da mamãe está chegando e seria uma ótima se
aparecesse por lá.
— Tudo bem, tentarei ir me encontrar com vocês lá, espero que ela
não me expulse de casa como da última vez. — Meu irmão ri de mim, e
resolvo falar com a Liza.
Continuo sentado na sala de reunião, e ligo para ela.
— Podemos nos encontrar essa noite, acho que pode ser importante.
— Combino com ela no restaurante e me arrumo em para sair do escritório.
Sinto o calor do fim da tarde no meu rosto e sigo para o hotel para
poder me arrumar.
C omo aquela pequena revelação que
meu irmão me fez foi o suficiente
para que meu corpo perdesse as
forças, minhas pernas foram perdendo as forças e quase não conseguia
ouvir o que ele estava falando, nos últimos dias eu vinha pensando em
realmente tentar falar com ele e contar sobre o Guilherme, sobre o medo
que tive de que o Carrillo nos encontrasse e usasse meu filho para tentar
conseguir informação que eu mesmo não sabia qual era.
Minha família sempre esteve em perigo, então saber que o Gustavo
por um acaso conseguiu chegar perto de mim mesmo que sem querer fico
aflita, meus olhos se fecham e sinto que me apoio no chão e lágrimas
começam a molhar meu rosto, com o medo e desespero.
— Juan tenho que ir embora, preciso fugir dele… — Começo a
pensar em várias formas que posso sair da cidade, para por um instante de
pensar e outra coisa me passa pela cabeça, para onde iria.
Juan me ajuda a levanta e continuo tão agitada com a adrenalina em
meu corpo que não consigo entender o que ele me fala, começo a subir os
degraus a cada dois entro no meu quarto o mais rápido que posso, abro a
porta do closet e arranco uma das minhas malas de lá, vou pegando minhas
roupas e colocando elas dentro arrumadas para conseguir levar o máximo
que puder, estou tão agitada que nem percebo quem meu irmão estava de
braço cruzado no batente da porta me olhando.
— Eu não vou, e conversaremos agora mesmo. — Ele puxa o puff e
se senta na minha frente, meu irmão é cinco anos mais novo que eu com
meus 27 anos, mais quando ele quer ser firme eu apenas me calo e o escuto.
— Está na hora de contar a verdade para ele Nessa.
— Eu ainda não consigo, ele vai me acusar de mentir sobre a
paternidade e pior ainda ele pode querer brigar pela guarda do Gui… —
Preciso parar de falar, minha voz fica embargada pelo choro e tento
recuperar meu folego.
— Sinto muito Vanessa, mas não pode mais fugir o Eduardo me viu
quando fui pegar o Gui do colo do pai dele — Como assim no colo dele —
Se parar de me olhar assim explico tudo para você. — Respiro fundo e tento
me acalmar para que ele possa me explicar o que aconteceu.
— Depois que minha reunião acabou deixando o Gui com a
secretária que sempre está no meu andar e ela ficou andando com ele
enquanto eu fazia uma mamada para ele para que pudéssemos voltar para
casa, mais em algum momento ela acabou deixando ele entrar na sala que o
Gustavo estava, e quando o vi estava sentado no colo dele conversando com
o Eduardo que percebeu a semelhança enorme que existe entre eles dois. —
Eduardo e meu irmão se conheceram quando ele foi na minha casa uns dias
depois que voltei para o Brasil, ele teve sorte de me encontrar, estávamos
nos arrumando para embarcar para Argentina naquela mesma noite.
— Como pode isso Juan, como mesmo fugindo dele como sempre
fiz, você conseguiu emprego justamente na empresa que é dele? — Ele
segura meu rosto com as duas mãos e beija minha testa.
— Chega de fugir, está na hora de enfrentar o homem da sua vida e
toda a verdade que precisa contar para ele, e se o Carrillo aparecer
enfrentaremos também juntos como sempre fazemos as coisas. — Continuo
a dobrar minhas roupas e colocar na mala em um ritmo mais lento, meu
irmão tem razão, está na hora de enfrentar todo esse medo e explicar para
ele tudo o que tem acontecido e criar coragem de contar para ele sobre a
minha vida. — Até quando você vai se enganar dizendo que já não decidiu
ficar e enfrentar tudo isso, mas quer saber pode continuar colocando tudo na
mala, você que guardará mesmo, tome logo o seu banho que aquela lasanha
não ficará pronta sozinha.
Meu irmão me deixa sozinha no meu closet, e olho para minhas
roupas que ainda estão penduradas, demorei tanto para reconstruir minha
vida aqui no Texas, já estava quase me sentindo em casa aquele sentimento
de lar, e não quero que meu filho se lembre da infância dele que vivia
mudando de casa, quero que ele tenha lembranças que ele cresceu em um
lar feliz e não amedrontado.
Quando ainda estava grávida dele, me perguntava como iria registrar
ele somente no meu nome, como ele iria se sentir em ver que não tinha o
nome do seu pai em nenhum dos seus documentos, eu não queria isso para
ele, quero que ele tenha seu pai por perto, mas ainda tenho medo que o
Gustavo me tome o nosso filho dos meus braços que ele use a sua
influência e seu dinheiro para fazer isso.
Olho para a mala que estava entre minhas pernas e percebo que terei
trabalho em guardar tudo, mas decido fazer isso em outro momento, me
levanto e começo a me despir e entrar no chuveiro para relaxar e pensar em
como será o nosso reencontro, porque sei que mais cedo ou mais tarde
iremos nos ver.
Finalizo o meu banho e me olho no espelho e como estou diferente
de dois anos atrás, deixei de ser loira, meu cabelo está mais escuro, meus
olhos azuis me dão um destaque no rosto que amo, meus seios ficaram
maiores devido amamentar o Gui, me sinto mais bonita hoje do que há dois
anos, crio coragem e pego meu celular e está na hora de falar com uma
pessoa.

VANESSA: Oi! É isso mesmo, sou eu a Nessa, como você está?

Espero que ela retorne a mensagem por que ela acabou de ser
visualizada, meu coração começa a palpitar cada vez mais rápido, e em vez
de uma frase ela me envia vários emojins de surpresos.

BIANCA: Passei o dia todo esperando para vê se você iria me


mandar mensagem, me diga como está?

Sabia que o Eduardo não deixaria de contar para ela que tinha nos
encontrado.

VANESSA: Eu só soube agora que o Eduardo viu meu irmão, e não


é só isso…
BIANCA: Não vou te julgar, apenas diga a verdade, em mim
sempre encontrará uma amiga para desabafar, mesmo agora querendo
muito brigar com você, me diga a verdade Vanessa.

Conversamos por um bom tempo, e prometi que até o final da


semana estaria mandando a minha localização para ela, mais primeiro
precisava conversar com o Gustavo e por a história a limpo, ela me disse
que teria muitos problemas com nossos sogros, ela teima em dizer que até
hoje eles me consideram com nora deles, quando chego na cozinha meu
irmão estava sentado em uma banqueta mexendo no seu tablet algo
referente do trabalho.
— E aí o que você decidiu fazer? — O olhar dele sai do seu tablet
ultra moderno, paguei chorando, mas fico feliz que se for preciso podemos
comprar meu rim outra vez.
— Que amanhã trabalharei normalmente, e que esperarei ele
aparecer por lá por que sei que ele vai. — Um sorriso enorme surge no rosto
do meu irmão.
— Sabia que não era tão medrosa assim minha irmã, e não se
preocupe dará tudo certo e vocês dois vão achar um ponto de equilíbrio em
relação ao Gui, só mantenha a calma ele vai te acusar de tudo, menos de
santa. — Eu abaixo a cabeça e sei disso também.
Vou para trás do balcão e preparo a lasanha que já estava meio
caminho andado, faltava fazer apenas o molho e por para assar, depois de
tudo pronto arrumo tudo que havíamos sujado e ficamos sentado um do
lado do outro esperando a nossa refeição.
— Nessa e se ele ainda for apaixonado por você, o que planeja fazer.
— Não aguento com a pergunta dele e começo a rir dele.
— Fala sério, ele não é apaixonado por mim, já foi um dia, hoje ele
quer me matar, pode ter certeza. — Meu irmão fala algo que não entendo.
— Sei não, mais o que você faria. — Olho para ele e só nego com a
cabeça e fico em dúvida.
— Não sei, realmente não sei por que duvido muito que ele sinta
ainda algo por mim. — Conversamos muito enquanto esperávamos a
lasanha ficar pronta, recebemos a visita da Nicoly e a chamo para jantar
com a gente, ela me diz que no próximo semestre não vai mais poder ficar
com o Gui por que ela deve entrar na faculdade e pediu milhões de desculpa
pelo, o que ela fez hoje, mas deixei bem claro que não ficamos magoados
com isso, que, na verdade, foi uma provisão divina, então amanhã ela ficará
com o Gui como qualquer outro dia.
Acordo e sinto que hoje meu dia pode ser muito tranquilo ou
bastante agitado, tudo depende do destino, me levanto e peço para que
todos os anjos me acompanhem no hoje e principalmente me protejam de
qualquer coisa que possa me acontecer.
Hoje escolho uma saia abaixo do joelho escura e um body escuro
também com um pouco de renda mais nada muito depravado, e uma jaqueta
escura se ele aparecer lá quero estar deslumbrante para que ele pense um
pouco antes de me jogar lá de cima.
Entro no quarto do meu filho e dou um beijinho no seu cabelinho e
saio do seu quarto, sei que daqui a pouco a Nicoly chega para ficar com ele,
chamo um carro de aplicativo para me levar para o trabalho ou chegarei
muito tarde hoje e sei que temos algumas reuniões com o pessoal do
marketing e não posso me atrasar.
Assim que passo pelas portas giratórias do prédio os funcionários
estão esquisitos, parecem meio temerosos, mais não dou importância,
mantenho meu fone de ouvido e me olho no espelho para arrumar meu
cabelo que bagunçou um pouquinho com o vento do carro, e logo as portas
se abrem e vou para minha mesa guardar a minha bolsa, vou na copa
preparar o café para os membros que vão participar da reunião, volto para a
minha mesa e pego todos os documentos que iria precisar e sigo para a sala
de reunião.
Percebo que meu chefe estava na poltrona sentado admirando a vista
e o cumprimento.
— Bom dia, senhor Maycon, resolvi chegar mais cedo para deixar
tudo preparado para a reunião de agora pela manhã. — Termino de pôr as
pastas na frente de cada cadeira.
— Bom dia Nessa. — O som daquela voz me faz parar o que estava
fazendo, levanto meu rosto devagar, e olho para aquele homem que passei
praticamente três anos fugindo dele, ele continuava lindo. — Está na hora
de ter uma conversa franca comigo, não acha?
E stou sentado no lugar que o Luigi
sempre reserva para mim quando
venho para a cidade, ele está
sentado me fazendo companhia enquanto estou esperando a Liza para que
ela me diga a informação tão importante que ela tem para mim.
Estávamos conversando sobre a última conquista do meu amigo, do
fora que ele levou de uma mulher na boate que ele havia ido uns dias atrás,
acho engraçado ver ele tão frustrado assim desde que comecei a me
relacionar sem compromisso nunca tive problema com mulheres me
rejeitando, e até onde eu sabia ele também não, fico rindo da cara dele e
bebo mais um gole do meu vinho quando finalmente a Liza chega até a
minha mesa, o idiota do Luigi fica babando em cima dela e ela também não
deixa de olhar para ele, acho que ele ganhará uma boa foda hoje, dou uma
pequena tossida para me fazer ser notado e quando ia me levantar para
puxar a cadeira meu amigo foi mais rápido.
— Boa noite, senhorita, me chamo Luigi Francini e seja bem-vinda
ao meu restaurante. — Vejo ele tentando ser gentil e cavalheiro e ela
parecendo enfeitiçada por esse italiano.
— Boa noite, Luigi sou a Elizabeth e para os mais íntimos apenas
Liza. — Ela diz enquanto ele ainda mantém a mão dela entre as suas.
— Bom, já que vocês dois se apresentaram, o que precisa me contar
Liza? — Tento fazer que ela volte a se concentrar no assunto que me fez
cancelar minha ida atrás da minha medrosa.
Ela já estava sentada de frente para mim e meu amigo se afasta e
nos dá privacidade para podermos conversar, mas tenho certeza que ele vai
cercar ela mais tarde.
— Hoje tive alguns processos de admissão na empresa que trabalho
em meio período uma vez por semana, e um nome muito específico me
chamou atenção. — Fico ansioso para que ela continue a me contar o que a
trouxe aqui.
— Hum e está tentando me dizer que quer um emprego novo. —
Falo sorrindo, mas, na verdade, estou muito ansioso, meu pé não consegue
ficar parado.
— Interessante, mas não gosto de fazer o processo seletivo de
empresas, mais enfim, me ouça — Ela se inclina mais sobre a mesa e tira a
taça de vinho que estava na frente dela — Fiz o processo de uma mulher
hoje que se chama Vanessa Díaz e no currículo dela fala de um filho. —
Sinto meu peito abrindo e meu coração se partindo em milhões de pedaços.
— Então ela realmente estava gravida quando eu a vi. — Chamo um
dos garçons e peço uma garrafa de uísque, hoje não vou conseguir ficar sem
beber até esquecer.
— Pode parar com isso, não usará a bebida para amenizar o que está
sentindo. — Não consigo mais prestar atenção no que ela fala, me dou
conta de algo muito importante.
— CARALHO, ela está aqui na cidade? — Liza começa a rir da
minha cara, tento me levantar e o Luigi se aproxima pedindo desculpas para
os outros clientes, quero mais que eles se fodam. — Luigi, ela está aqui. —
Ele me olhava sem entender o que eu estava falando.
— De quem você está falando homem? — Ele olha entre meu rosto
e da Liza, que estava bem tranquila, me vendo surtando eufórico.
— Daquela medrosa, ela está tão perto de mim. — Ficamos
conversando nos três no restaurante por um tempo, até que o Luigi precisou
sair da nossa messa.
— Como você soube que era ela Liza. — Pergunto intrigado, porque
tenho certeza que não falei o sobrenome dela.
— Quando a ficha dela de admissão veio algumas coisas não
fizeram sentido, tipo a nacionalidade, último emprego e endereço atual
estava em branco, então comecei a fazer algumas perguntas. — Ouvia tudo
com atenção.
— Ela falou sobre o que a trouxe aqui? — Ela negou com a cabeça,
tomou mais um gole do seu vinho e me olhou em meus olhos.
— Quando perguntei sobre o pai do filho dela ela se assustou e não
quis, mas me responder, agora me faça a pergunta de um milhão de dólares?
— Verdade, fiquei tão eufórico que não me dei conta disso.
— Onde ela está trabalhando? — O sorriso da Liza fica muito maior
agora e sei que acertei a pergunta.
— L&A Imóveis, ela é secretaria no setor jurídico, soube que ela
deu um jeito no setor só em uma noite, o carrasco do chefe ia fazer uma
inspeção por lá e estava tudo de perna para o ar. — Como o mundo é
pequeno e o universo conspira.
— Então quer dizer que você também é minha funcionária? — Liza
arregala os olhos e tenho vontade de rir dela.
— Como assim também sua funcionária? — Ela não deve saber que
sou o dono da empresa.
— Ganhei a L&A imóveis no pôquer, isso faz com que você e ela
sejam minhas funcionárias. — Começo a rir despreocupado, sei que ela não
vai mais conseguir fugir por muito tempo.
— Oh, céus, eu fui para cama com meu chefe então. — Caímos na
gargalhada.
— Liza, eu acho que nunca me senti tão feliz nos últimos tempos
como essa noite e muito obrigado por ter me dito o que eu precisava ouvir.
— Ela pega em minha mão por sobre a mesa e um sorriso delicado começa
a surgir.
— Gostei de você Gustavo, e não foi apenas pelo sexo sensacional,
mais algo me encantou em você, quero que seja feliz com a mulher que ama
e que possam superar todo esse pânico que ela sente em relação a vocês
dois. — Eu aceito o seu carinho em minha mão e fico agora ansioso pelo
amanhã.
Termino meu jantar com ela, e como não era surpresa alguma ela
aceitou em terminar sua noite com o Luigi, espero que ele encontre alguém
que o faça feliz.
No meu quarto mando uma mensagem para a minha assistente que
ela cancele minha viagem para a Argentina e mande pesquisar sobre a
funcionária que trabalha para mim, ela retorna a mensagem dizendo que
pela manhã estará tudo disponível no meu e-mail.
Tento me acalmar e não consigo, fico andando de um lado para o
outro no quarto, quando desisto e decido ir correr um pouco nem que seja
na academia do hotel, está muito tarde para que vá correr na rua, passo
algumas horas correndo na esteira, me lembrando de tudo que passei por
causa dessa mulher que vem me atormentando durante esses quase três
anos, cada noite que sofri e chorei por ela, por todas às vezes que precisei
ser socorrido por entrar quase em coma alcoólico, precisei me afastar da
minha família para que eles não me vissem me afundando cada vez, mas
por alguém que abriu mão do meu coração por medo de algo que nunca
ninguém me contou mesmo sabendo o porquê ela me deixou ou mesmo
onde ela estava, entro no meu quarto e tomarei um banho e tento me
controlar mais estou muito ansioso para que eu possa surpreender ela
amanhã no escritório, após rolar muito na cama começo a me arrumar e
decido chegar o mais cedo possível assim sei que pegarei ela de surpresa.
Escolho um conjunto escuro para usar, coloco meu relógio e meus
cordões, saio do hotel e sigo para a L&A, para o andar do jurídico e passo
direto para a sala de reunião, durante a noite soube que teriam reunião pela
manhã, mais a única coisa que acontecerá aqui nessa sala será eu desmontar
toda essa mulher e por um ponto final nessa nossa história.
Me sento na cadeira principal e fico de olho nos elevadores
esperando que ela apareça, ele abre algumas pessoas mais não era ela, meu
celular vibra e a notificação do e-mail da minha assistente me faz lembrar
que ela pesquisou sobre a secretaria do Maycon, mais por hora decido não
olhar, porque o elevador abre mais uma vez e quando a vejo meu coração
falta pular pela garganta, eu a vejo se movimentando por todo o escritório,
espalhando alguns documentos pelo escritório e a vejo vir para a sala de
reuniões, viro a cadeira para que ela não me veja e o seu perfume espalha
por toda a sala e realmente ela mantém o mesmo que usava desde quando a
conheci, viro a cadeira e percebo a reação dela de surpresa por alguns
pouco segundos, a vejo se recuperar um pouco e arrumar a sua postura e se
agarrar nas pastas que estava na sua mão, e mesmo que ela seja uma
medrosa em uma relação nunca soube que ela tivesse medo de enfrentar
seus chefes, não é à toa que meu irmão sempre gostou muito dela
trabalhando para eles e isso é uma coisa que sempre amei ver nela.
— Sente—se, precisamos conversar. — Me levanto e puxo uma
cadeira para que ela se sente bem ao meu lado, ela parece meio arredia, mas
mesmo assim ela aceita.
— Como me achou? — Fecho a porta e as persianas para evitar que
outras pessoas vissem o que acontecia na sala, e mesmo estando com uma
raiva enorme dela, não quero que ela fique constrangida.
— Pode não acreditar, mas foi o acaso… — Me sento novamente e
me aproximo devagar dela com a minha cadeira.
— O que precisa Gustavo, eu estou em horário de trabalho, não
posso ficar aqui parada e atrapalhar a rotina do escritório, ainda não tenho
nenhuma semana que comecei a trabalhar, e não posso ficar sem esse
emprego. — Será que ela passa necessidade, mais ela me levou 400 mil
dólares.
— E o dinheiro que você me levou, não fez ele aumentar ou só saiu
gastando? — Ela fica pálida, vejo que engole a seco. — Não vim aqui para
te cobrar aquelas fichas, é só que…
— Sim, tenho o valor, e um pouco mais, tentei não gastar ele. — Ela
largou as pastas no colo e passa a mão por seus cabelos que estão lindos
mais escuros. — Me perdoe por roubar você, mas precisava de dinheiro
para poder voltar para casa.
— Por que tanto medo assim Vanessa, não me amava a ponto em
confiar que eu poderia te proteger?
Seus olhos começam a ficar cheios de lágrimas e minha vontade é
de poder agarrar ela e sentir o seu cheiro e dar conforto para ela, e dizer o
quanto ainda a amo, que ajudarei ela a criar o filho dela se ela quiser, mais
que me dê outra chance de conquistar ela.
Eu ainda amo essa mulher…
S empre achei o Gustavo um homem
lindo, quando o vi entrando no
escritório onde eu trabalhava eu
senti um fogo subindo pelas minhas pernas e naquele momento em que
nossos olhares se cruzaram antes de ele falar qualquer coisa, eu sabia que
algo iria acontecer entre nós, mesmo que um romance fosse delicado
demais entre nós dois.
Depois daquele primeiro almoço em que ele me fez não voltar para
o trabalho e me levou para o seu hotel e fez com que eu me sentisse
especial, amada e desejada. Me surpreendi quando ele deu uma de Senhor
Grey e amarrou meus pulsos para trás, na hora mesmo tendo uma onda de
adrenalina senti medo, estava nua de quatro para um homem que mal
conhecia e totalmente imóvel, naquele momento eu me entreguei meu corpo
aquele homem desconhecido.
Mas não consigo entregar meus medos e inseguranças, minha
enxaqueca volta apenas de pensar que Carrillo, o líder do narcotráfico da
Colômbia, possa fazer algum mal para ele, e quando conheci a sua família
as coisas começaram a ficar pior ainda, não queria envolver a dona Leticia
em problemas que herdei do meu pai.
Com o passar dos dias no nosso pequeno envolvimento fui ficando
cada vez mais receosa que fosse encontrada pelos capangas do Carrillo,
sabia que ele estava perto de nos achar e quando chegamos na Florida meu
irmão avisa que quando ele voltava da faculdade ele viu um homem com a
tatuagem da facção dele andando perto da nossa casa, naquele dia tivemos
sorte, estava na hora de fugir novamente.
Olhar para ele, lindo como sempre e eu cheia de segredos, estava me
deixando cansada.
— Estou cansada, Gustavo, muito cansada mesmo de tudo… —
Pego o meu celular que estava vibrando na minha mão e ponho sobre a
mesa o nome do meu chefe brilhava no visor. — Preciso voltar ao trabalho,
teremos uma reunião em pouco minutos aqui. — Ele olhava para o meu
celular, estica o braço e o atende.
— Maycon, a Vanessa está de folga pelo resto do dia, escolha outra
sala para a reunião. — Ele não deu nem tempo para o meu chefe o
respondesse, o olho confusa e meu olhar cair para o Logo da empresa L&A,
será?
— Não, você é meu chefe? — O vejo se inclinar na cadeira e cruzar
os dedos sobre seu abdome.
— Na noite que você me abandonou, ganhei duas empresas no
pôquer e as duas são aqui no Texas, essa e uma de refinaria de petróleo. —
A empresa que é onde meu irmão trabalha. — Mas prossiga o que iria me
dizer, você está cansada.
— Quando você me conheceu eu já vivia uma vida de fugas
Gustavo. — Respiro fundo e crio coragem olhando para aquele homem
lindo, ele estava muito mais malhado que antes, o seu cabelo estava com
um corte diferente, o cabelo um pouco maior, mais seus olhos estavam uma
pouco mais escuro devido à tensão que estava sentindo sair dele, nesse
momento. — O que nunca te contei é que meu pai era envolvido com o
narcotráfico, e durante muito tempo ele tinha um grande poder numa
facção, mais o atual mandante acreditou em uma informação dizendo que
meu pai estava fazendo um tipo de caixa dois para que ele pudesse iniciar o
próprio negócio, eu ainda era uma adolescente nessa época, e quando o
Carrillo apertou o meu pai ele negou disse que era mentira, então ele mando
buscar meu irmão e eu em casa com a nossa mãe, ele disse que nos mataria
se ele não falasse onde estava, vi minha mãe ser morta e pela graça de Deus
conseguimos fugir, passamos anos trocando de nomes mais hoje eu me
nego usar meu nome de batismo para que ninguém nos ache, mais sempre
tem alguém que chega muito perto da gente. — Ele me ouvia tão atento que
nem piscava e acho que agora ele vai conseguir entender o meu medo de
que ele seja machucado, não suportaria que ele fosse morto por algo que
nem sei se realmente é verdade.
— Eu podia te proteger deles, Vanessa… — Nego com a cabeça.
— O problema, Gusta, não é me proteger, é você ou alguém da sua
família ser machucada por algo que não sei nem se existe. — Olho para
minha mão e começo a notar que meu esmalte estava descascando.
— Quero proteger você, eu posso proteger você. — Levanto meu
olhar e seu rosto estava muito mais calmo e nem falei ainda do Gui.
— Quando deixei você deitado naquele quarto e escrevi aquele
bilhete, meu coração ficou com você, sofri durante meses Gustavo, e toda
vez que te via com uma mulher diferente só fez com que eu me afastasse de
você ainda mais, e me faltou coragem com os meses para te procurar. —
Durante um tempo ainda mantinha contato com a Bia, mais ela começou a
me dizer como você estava e me sentia culpada por você estar se afundando
na bebida.
— Passei o inferno por sua causa, sai da sociedade com o Bruno
pensando que assim poderíamos voltar, que você iria se sentir segura. —
Ele baixa o olhar e sei que ele estava pensando em tudo que ele passou. —
Mais são muitos segredos não são? — Concordo com a cabeça.
— E contarei todos eles, tudo o que aconteceu nesses últimos três
anos. — Meu celular começa a vibrar e parece o nome do meu irmão e o
ignoro, o olhar do Gustavo fica diferente acho que raiva, ele respira fundo e
passa a mão pelo rosto como se estivesse sem paciência.
— Pode por favor desligar esse telefone, porque se ele tocar mais
uma vez jogarei ele daqui de cima. — Nego com a cabeça, e fico rindo e
nesse momento ele pega meu telefone e vai até a janela e sem demora ele
abre e arremessa meu telefone longe, olho incrédula que ele fez isso, não
pelo celular mais poderia machucar alguém.
— Você enlouqueceu Gustavo, não posso ficar incomunicável,
tenho… — Me levanto de onde estava e vou até a janela para ver onde meu
celular foi parar, ele me olha enquanto fico pensando onde essa nossa
conversa acabará, e espero que não seja comigo jogada no asfalto lá
embaixo. — Preciso ir embora. — Ele para na minha frente.
— Você só sai daqui depois que essa conversa acabar, e nem
adiantar tentar Vanessa. — Ponho a mão na cintura e percebo detalhes nele,
tão parecidos com meu filho, passo por ele e saio pela porta que estava
encostada, e percebo que ele está no meu encalço. — Vanessa, Vanessa.
Pego a minha bolsa que ainda estava em cima da minha mesa e faço
um aceno de que estava indo para o meu chefe, e o chefe do meu chefe
estava buzinando no meu ouvido. Espero que o elevador suba e o Gustavo
estava parado ao meu lado reclamando, estava começando achar graça dele
reclamando ao meu lado.
— Mulher teimosa do caralho, nunca vi outra igual. — Comentário
idiota.
— Pode ter certeza que comeu várias por toda Curitiba e Rio de
janeiro, porque toda semana tinha uma diferente. — Quando meu tom de
voz começou a ficar mais alto as pessoas olhavam e não entendia o que
estava acontecendo, a secretária gritando em português com o CEO da
empresa, quando ia falar mais alto ainda o elevador chega e ele me puxa
para dentro e aperta o botão do térreo, quando as portas se fecham ele se
vira para mim, e me sinto tão baixa na frente dele, a respiração dele estava
acelerada e a minha também.
— Comi, sim, e não foram poucas por que eu simplesmente não
conseguia esquecer o seu cheiro, o seu sabor, a maciez do seu corpo, a
forma que você se rendia para mim, eu sofri o inferno nessa terra… — Ele
estava cada vez mais perto, a sua mão vai até o painel e sinto apenas a
parada do elevador, ele tira minha bolsa da minha mão e a solta no chão,
segura minha mão e me puxa para um beijo tão cheio de luxúria, de desejo
e posse, tento me soltar para me agarrar ao seu corpo, mas ele me mantém
presa em suas mãos. — Não vou te soltar agora Nessa.
— Preciso ir para casa pode ser algo importante a ligação que você
jogou pela janela. — Ainda com meus olhos fechados, sinto os beijos dele
pelo meu queixo e descendo para os meus seios. — Gusta, tem câmeras
aqui, por favor pare, temos que conversa ainda.
Ele parece que recobra o controle do seu desejo e solta minhas mãos
e me devolve minha bolsa e libera o elevador para voltar a descer.
— Para onde vamos, a minha ou a sua casa? — Melhor resolver
logo essa situação.
— Vamos para a minha, o Juan não chegará agora mesmo. —
Quando olho para ele, seus olhos cor de mel ficam escuros, mais antes que
pudesse falar mais alguma coisa chegamos ao térreo e ele me puxa para fora
do prédio.
Ele puxa o celular e liga para alguém que possa nos buscar, ele fica
conversando com a pessoa no telefone e me afasto um pouco mais dele para
lhe dar privacidade, e tudo acontece muito rápido, estava olhando a fonte
que ficava em frente ao prédio e o som de uma freada brusca me assusta e
antes que eu pudesse me afastar sinto o baque muito grande do meu lado, a
última coisa que vejo são olhos cor de mel.
— Você vai ficar bem, eu prometo. — A escuridão me leva para
longe…
D urante muitos anos estamos
apenas fugindo dos capangas do
Carrillo e já estou cansado de
não poder construir um círculo de amizade onde moramos, não conseguia
me relacionar com nenhuma outra mulher que não fosse minha irmã e já
estava de saco cheio disso, quando entrei na sala e vi quem era o meu chefe,
achei a solução para a Vanessa deixasse o medo de lado e pedisse ajuda
para o homem que ela ama, e sem contar que acho um erro ela não contar
que ele é o pai do Guilherme.
Sentei na mesa e apresentei toda a nova estrutura do meu projeto
para a empresa dele da refinaria de petróleo, e ver que ele ficou contente
com o que apresentei me deixou bastante feliz, no final da reunião fui para
onde deixei o Gui e olhei para o Gustavo ainda na sala de reuniões e vi que
ele estava sozinho e tive uma ideia, peguei meu sobrinho no colo.
— Gui que tal brincar de colorir, o que você acha? — Ele abre um
sorrisão mostrando os dentinhos branquinhos. — Ali na sala com aquele tio
ali. — Mostro para ele onde é. — Ele tem vários papéis e giz de cera, vai lá
meu amor pegar, já chego lá com você.
Coloco ele no chão e fico olhando de longe para ver o que
acontecerá e me impressiono em como eles dois se parecem.
Mas o que eu não contava era que o senhor Eduardo estivesse em
uma videochamada com ele naquela hora, e tenho certeza que ele percebeu
a semelhança e quando ele me viu se tinha alguma dúvida sobre a
paternidade, agora ele teria certeza, mas tenho quase certeza que ele não iria
falar nada, porque esse segredo pertence apenas a minha irmã, pego o meu
sobrinho no colo e fazemos nosso soquinho.
— Isso aí, campeão, acho que logo você conhecerá seu papai. — Ele
se agita no meu colo.
— Papai, papai. — Sinto o cheiro de bebê em seus cabelinhos.
— Isso meu amor, ele é seu papai. — Pego a minha mochila e as
coisas que a Nicoly deixou comigo e vou para o elevador com meu
sobrinho no colo.
Do lado de fora chamo um táxi e dou nosso endereço, fico pensando
olhando para o Gui que brinca com seu carrinho, será que realmente fiz o
certo? Assim a Vanessa será obrigada a criar coragem para ela contar a
verdade toda para ele, sempre achei errado que ela não contasse que estava
grávida dele, noite pós—noite eu a via dormir de tanto chorar vendo—o
posando com outras mulheres enquanto o fruto do amor deles estava sendo
gerado dentro dela.
Eu dizia para ela contar mais a desculpa dela sempre foi dizer que
ele não acreditaria que ela estava grávida dele.
Como se não houve um meio de provar que ela falava a verdade,
estamos no século XXI, pelo amor de Deus e teste de DNA se faz em
qualquer esquina e ele sendo um bilionário como ele é duvido que não
mandaria o exame para sei cinquenta laboratórios diferentes, para não ter
nenhuma dúvida.
E acho que ele jamais iria tirar meu sobrinho dela, na verdade, era
capaz dele amarrar ela no pé da cama, por minha irmã ser linda e não só
isso, ela é muito inteligente e esperta, tiro isso por que por quase dez anos
ela conseguiu nos manter em segurança desde quando o nosso pai foi morto
pelos capangas do Carrillo.
Entro em nossa casa e subo com o Gui para tirar o suor do seu corpo
e deixar ele limpinho e esperar a mãe dele para conversarmos. Depois com
tudo pronto só esperando ela para preparar o molho que não sei fazer, ouço
ela entrando pela sala e não tem jeito mais fácil de dizer para ela, mais ver o
pânico tomando conta dela me faz ficar preocupado, ela sobe para fazer as
suas malas, converso com ela mais pouco e desço para a cozinha mais uma
vez e volto a trabalhar e uma mensagem me chama atenção, um número que
não conheço.
XXXX: Mesmo que vocês tenham se escondido por todos esses
anos, eu sempre acho vocês.

Ouço ela descer pela escada e começo a mexer no meu tablet e tento
melhorar a minha fisionomia para que ela não perceba meu medo, se recebi
a mensagem ela também deve ter recebido, mais como ela desativa
qualquer tipo de mensagem com certeza ela não deve ter percebido que
devemos estar sendo vigiados.
Na manhã seguinte, depois que a Vanessa sai para o trabalho, eu
mando uma mensagem para meu chefe e digo que não estou me sentindo
bem, decidi não contar nada para ela, confiando que o Gustavo tenha
percebido a semelhança e tenha ficado um pouco mais curioso e procure
por ela, me levanto e olharei para ver se o Gui já está acordado, entro no
seu quartinho ele ainda estava na sua cama em forma de carrinho, sinto uma
presença atrás de mim e me assusto quando vejo a Nicoly.
— Bom dia, desculpa se te assustei. — Ela se diverte e saímos do
quarto e pego em sua mão.
— Bom dia, princesa, preciso da sua ajuda hoje e é muito
importante o que faremos. — Nicoly é uma menina muito linda e mesmo
tendo muita vontade de ter algo com ela, não consigo também me envolver
e acabar trazendo para os perigos que é a nossa vida.
— Ok, mais o que aconteceu? — Tento contar o mínimo para ela,
apenas para que ela me ajude a proteger o Gui na esperança que o Gustavo
procure a Vanessa hoje, mais preciso facilitar as coisas um pouco.
— Arruma uma malinha para ele que farei uma ligação rápida e já
volto para saímos. — Pego meu celular e vou para o meu quarto e ligo para
quem imaginei nunca ligar, pelo menos não sem permissão.
Dois toques e sou atendido.

— Eduardo Lira, bom dia… — Me perdoe irmã


— Eduardo é o Juan preciso que ajude a minha irmã por favor, não
tenho mais para quem pedir ajuda. — Ouço um barulho no fundo, e ele
falando com a esposa.
— Estou ouvindo, o que está acontecendo… — Contudo para ele,
menos sobre o Guilherme.
— Estou saindo de casa agora, e procurarei um hotel fora da cidade,
preciso que cuidem da minha irmã, e diga para ela que logo nos
encontraremos.
— Mais e a criança? — Olho para a porta e a Nicoly estava com a
malinha dele nas mãos.
— Está comigo e não se preocupe, só tocam nele se me matarem,
estou saindo agora daqui de casa. — Término de pôr as minhas coisas na
minha bolsa e saio do quarto puxando a Nicoly para a cozinha que vai
preparar uma mamadeira para o Gui, deixo tudo no sofá e pego o meu
sobrinho que ainda dormia.
— Não se preocupe, joga esse telefone fora e compre um pré—
pago, e mantenha contato, vou tentar falar com o meu irmão, tenho certeza
que ele deve ter ido atrás dela. — Já estava com meu sobrinho no colo
saindo de casa enquanto ele continuava me falando o que fazer.
— Comprarei um carro agora com o dinheiro que temos guardado e
sairemos da cidade. — Ele concorda comigo e saímos de casa e vou até a
casa da Nicoly.
— Tem certeza que seus pais não vão se importar? — Ela pega um
bloco e deixa um bilhete em cima do balcão da cozinha, apenas dizendo que
ela foi convidada para ir para a Florida por alguns dias, que não se
preocupassem que ela está com o telefone. — Se você fosse a minha filha e
fizesse isso, pode ter certeza que te manteria de castigo pelo resto da vida.
— Ela começa a rir.
— E quem disse que não vou ficar de castigo… — Ouvimos um
som alto e olhamos pela janela e vimos alguns homens entrando na minha
casa, nos olhamos e nos afastamos da janela. — Você não estava mesmo
brincando quando falou que era perigoso.
— Ainda tem tempo de desistir. — Ela me olha e depois para o
Guilherme que ainda estava meio sonolento no sofá da casa dela. — Vejo o
pessoal que invadiu nossa casa se afastar, então chamo o carro para poder ir
comprar um carro usado.
Ainda tento ligar para a minha irmã, mais a ligação dela vai para a
caixa postal, tenho que confiar que o Gustavo esteja com ela nesse
momento e minha função será somente cuidar do Guilherme até que o
Gustavo e o Eduardo possa nos achar e me ajudar.
— Vamos lá Nicoly, sua vida mudará de hoje em diante, espero que
consigamos proteger esse pequeno aí…
Ligo o nosso novo carro e caímos na estrada por enquanto sem
rumo.
S entir os lábios dela, nos meus me
trouxe a sensação de estar
novamente com ela, poder tocar no
seu corpo mesmo que tenha sido por cima das suas roupas e céus como ela
estava linda, mesmo estando muito irritado com ela como ainda estava eu
sentia desejo por ela e precisávamos conversar e por tudo em pratos limpos.
Ela parecia disposta a me contar tudo o que havia acontecido na sua
vida nos últimos anos e até mesmo o que já havia se passado antes mesmo
de a conhecer, entendia que ainda não havia nos acertamos de verdade, tem
muita coisa para que ela me conte.
Entendi o medo que ela sentiu, mas se tivesse me contado desde o
início o que estava acontecendo tenho certeza que o Bruno poderia ter nos
ajudado de alguma forma e agora posso proteger ela e o seu filho do que
for.
Eu a via nervosa se remexendo na cadeira nervosa e o seu telefone
não parava de tocar, no momento de raiva eu simplesmente o arremessei
janela afora, não pensei nas consequências, eu quero apenas a atenção dela
para mim nesse momento e não para outro homem que nem faço ideia de
quem seja.
Mais ainda existe um grande abismo entre nós dois, o que aconteceu
para que ela se envolvesse com aquele outro homem e tivesse um filho com
ele, poderia ser um bebê nosso, mais infelizmente acredito que não é.
Ela continua atrevida e muito corajosa, a mulher passa por mim
como um furacão, primeiro me ignora, mais falei algo que fez ela desatar a
falar, pelo menos mudamos o idioma, assim os outros funcionários não
iriam nos entender, mais seria o suficiente para que houvesse muita fofoca
entre eles.
Do lado de fora pego meu telefone e ligo para minha assistente para
que ela providencie um carro para ir para a casa da Vanessa, e antes que eu
pudesse desligar, recebo a ligação do meu irmão e ele parecia meio agitado.
— Gustavo, onde você está? — Ele falava alto, imagino que
estivesse dirigindo.
— Estou saindo da L&A agora, eu encontrei a Vanessa. — Ele solta
um suspiro. — O que houve porque está me ligando.
— Proteja ela, sai dai agora com ela. — Ouço uma freada e olho
para trás, só enfio o telefone no bolso e corro para perto dela que foi
arremessada longe com o impacto.
— Vanessa ficará tudo bem, eu prometo. — Ela desmaia, cubro o
ferimento na sua cabeça e começo a gritar para que alguém chame uma
ambulância, fico olhando para o carro que a bateu, tinha vários homens no
carro, mas nenhum desce para prestar socorro, eles simplesmente aceleram
o carro e saem em disparada.
Começo a ouvir o som das sirenes da ambulância e já me sinto mais
confiante, ela continua desmaiada, e sua respiração começa a ficar irregular,
os paramédicos chegam próximos da gente e pedem para que eu me afaste,
fazem os primeiros socorros e peço para a levarem para o melhor hospital
que tiver, eles não permitem que eu entre na ambulância e sigo com o carro
que a minha assistente providenciou para mim, me lembro que deixei meu
irmão falando sozinho no telefone, pego ele e tento ligar para mais quem
atende é a minha cunhada.
— Gustavo ele está dirigindo agora, o que houve? — Não consigo
segurar a emoção e começo a chorar. — Isso põe para fora tudo e vai me
contando o que aconteceu.
— Estava… esperando e foi rápido… eles atropelaram, ela… muito
sangue na sua cabeça… — Respiro fundo e ouço o meu irmão parando o
carro.
— Gustavo estamos indo deixar as crianças com a Cleide e vamos
indo para o Texas, você precisará ser forte agora, vocês conseguiram
conversar? — Nego com a cabeça e olho para as minhas mãos que ainda
estava cheia de sangue dela, respiro fundo e tento me controlar para poder
contar.
— Não, ela começou a me contar algumas coisas, e meio que
brigamos por que o celular dela não parava de tocar, ela ficou preocupada,
acho que devido ao filho dela, estávamos indo para a casa dela e o acidente
aconteceu. — Minha cunhada fica um tempo calada e o carro onde eu
estava para em frente ao hospital e saio descendo praticamente com os
paramédicos.
— Senhor, apenas família… — Nem deixo ele acabar de falar.
— Ela é minha noiva, e mesmo que não fosse, pode ter certeza que
nem o presidente me manteria longe dela agora. — Ele desiste de me
manter longe e vou para o balcão para fazer a ficha dela, abro a sua bolsa e
puxo a sua carteira e me surpreendo em ver a foto do menino que estava no
seu colo.
Mais o que mais me surpreende é que o menino é o mesmo que
estava no meu colo ontem, o rapaz que disse que era o tio dele estava com
ele no colo, não pode ser.
— Será? — As semelhanças são enormes, mais tenho certeza que
ela jamais iria me privar de conviver com meu filho, mais as datas não
batem, quando eu a vi ela deveria estar com uns nove meses de gestação e a
barriguinha dela era muito pequena, quase não dava para perceber que ela
estivesse grávida.
— Senhor, o médico está querendo falar com algum responsável,
por aqui. — Termino de fazer a ficha dela e vou para a entrada da sala de
emergência onde tinha três médicos me aguardando.
— Bom dia, senhor, sou o médico responsável pelo atendimento da
sua noiva, é isso? — Concordo com ele.
— Ela já acordou? — Tento manter a calma e olhar para dentro da
pequena sala onde ela entrou.
— Senhor, pelo que acabamos de ver ela tem algumas fraturas pelo
corpo, mais nada muito sério, com paciência e fisioterapia tudo voltara ao
normal, o que esta nos preocupando é um inchaço no cérebro devido à
batida que ela levou, por hora decidimos manter ela sedada para que ele se
recupere um pouco do trauma. — Começo a ficar ansioso outra vez e sinto
minhas pernas perderem as forças e os médicos me amparam.
— Passei os últimos três anos perseguindo essa mulher, porque ela
tem medo de que os segredos da sua vida pudessem me machucar, enquanto
eu queria proteger ela de tudo e todos, agora acredito que talvez eu tenha
um filho, mas nem sei onde ele possa estar agora para poder comprovar e
ela está machucada. — Eles se olham enquanto começo a falar sem parar.
— Senhor, existe mais um problema… — O médico mais velho
toma a frente dos outros dois. — Com a batida que ela recebeu na cabeça
acreditamos que ela vai ter algum problema com a memória, pode ser algo
pequeno, mais prefiro pecar pelo exagero, então quando ela acordar não se
assuste se ela não lhe reconhecer, agora precisamos ir ela entrará em
cirurgia agora para que consiga diminuir um pouco mais o inchaço, assim
que puder venho lhe informar. — Apenas concordo com ele e me sento na
sala de espera.
As horas se passam sem pressa alguma, olho para o relógio que
estava na parede e a sensação de câmera lenta é enorme, meu telefone não
para de tocar e atendo somente a minha mãe.
— Como você está meu amor. — Tento respirar fundo, mais outra
onda de choro começa a querer dominar meu corpo. — A Bia me ligou e
disse o que aconteceu, eles pegaram o jatinho e estão chegando aí a
qualquer momento, assim que conseguir estamos indo nos encontrar com
vocês meu amor seja forte.
— Estou devastado, eu ainda amo essa mulher mãe e acho que sou
pai, quero que ela acorde e me diga se é verdade ou não. — Minha mãe fica
em silêncio e a ouço gritando pelo, o meu pai.
— Afonso somos avós, corre aqui querido… deixa de ser lerdo
homem, alugue um jatinho agora mesmo, por que darei uma surra naquela
menina malcriada por nos negar viver com o nosso netinho… é um menino
não é mesmo Gusta? — Mesmo em meio ao caos, minha mãe me faz soltar
um pequeno sorriso e pego a foto do filho da Vanessa e olho bem para ele
realmente parece muito comigo, mais os seus olhos azuis e o tom de pele
igual da mãe dele.
— Estou esperando então mãe a chegada de vocês aqui. — Nos
despedimos, e atendo a minha assistente que estava para enlouquecer o meu
telefone.
— Senhor, a mídia passou a manhã toda pedindo uma explicação,
foi fotografado com a moça, o que devo dizer. — Respiro fundo e não faço
ideia do que devo falar.
— Diga que é minha noiva ou namorada, não sei mais tente afastar
esse povo hoje de mim. — Ela concorda e desligo o telefone.
Quase seis horas depois meu irmão entra pela porta do hospital com
a minha cunhada e nos abraçamos e aguardamos por notícias da Vanessa,
mostro a foto do pequeno Guilherme para a Bianca.
— Ele é a sua cara, nem precisa fazer exame de DNA, apenas os
olhos ele herdou da mãe, e cadê ele? — Olho para a minha cunhada e não
sei o que falar.
— O irmão dela me ligou mais cedo, disse que tinha que sair de lá
que os homens que os perseguem invadiram a casa deles. — Olho agora
para o meu irmão preocupado que o meu filho esteja correndo perigo por aí
e eu nem mesmo sei onde ele possa estar.
— Não se preocupe, ele disse que iria para a Florida, precisamos
apenas encontrar eles antes que esse pessoal. — Entrego o meu telefone
para o meu irmão para que ele resolva as coisas por mim.
Um pouco mais de uma hora depois, o médico sai e me avista, podia
perceber o seu cansaço depois de várias horas de cirurgia, ele se aproxima
devagar e respiro aliviado quando ele se aproxima rindo.
— A cirurgia foi um sucesso, ocorreu tudo bem, agora é esperar ela
acordar e ser a extensão do dano com a sua memória, daqui a pouco poderá
ir para o quarto onde ela ficará. — Confirmo com a cabeça e meu irmão
começa a procurar pelo irmão da Vanessa e pelo Guilherme e somos
finalmente informados que ela estava acomodada no quarto.
Vamos entrando devagar no quarto e tem uma pequena
movimentação no quarto, o médico se aproxima e diz que preciso ter
paciência.
Entramos no quarto devagar e a Vanessa estava um pouco sonolenta,
e me aproximo do seu leito e pego na sua mão para que ela não se assuste.
— Descanse meu amor, cuidarei de você e do nosso menino
também. — Os seus olhos azuis, me olhavam com curiosidade.
— Desculpa, mas quem é você?
Olho para minha cunhada que estava ao meu lado e meu irmão que
estava um pouco, mas distante.
latejar.
U ma claridade incomum começa a
invadir entre minhas pálpebras, e
uma dor de cabeça começa a

O dia de ontem foi muito complicado, estou cansada de tanto fugir com
meu pai e meu irmão, essa não é a vida que a minha mãe sempre desejou
para mim e para o Juan, falta um pouco mais de um mês para o meu
aniversário de quinze anos e só queria poder ter a minha festa de debutante
como qualquer uma das minhas amigas já teve, mais sei que não
conseguirei, depois de tudo o que tem acontecido.
No dia que o chefe do meu pai invadiu a nossa casa, eu ouvi meu
pai conversando com a minha mãe e ele dizia para ela o antigo endereço da
nossa casa em Bogotá, ele dizia que a aposentadoria dele estava lá.
— Vanessa, querida acorde! — Uma pessoa falava ao meu lado e
sentia o seu toque uma pequena pressão no meu ombro.
Abro os olhos devagar e percebo que meu braço estava com um tipo
de gesso, o que aconteceu ontem, começo a ficar nervosa.
Olho para todos os lados e percebo que estou em um hospital,
procuro pelo meu pai e meu irmão, tento me levantar da cama e estou com
gesso até um pouco acima da coxa, porque não lembro o que aconteceu
ontem.
— Senhorita Vanessa, como se sente? — Olho para a moça que
estava na minha frente com um aparelho na mão, vestida com uma roupa
lilás hospitalar e percebo que esse lugar dever ser muito caro, como meu pai
vai pagar por tudo isso.
— Desculpa, mas me chamo Yolanda Carrillo, sabe me dizer onde
está meu pai e meu irmãozinho? — A Moça me olha espantada, mas
consegue sorrir e pede licença.
Fico olhando para tudo ao meu redor para tentar me achar, ontem
estávamos em uma província de Cuzco e me lembro que meu pai pediu que
tentasse voltar para casa, os homens do meu tio estavam muito perto de
chegar perto, então entramos no meio do mato e conseguimos escapar, e
depois não me lembro de mais nada.
Olho pelas janelas e não consigo identificar onde estamos, mas é um
prédio por que tem vários carros passando na rua lá embaixo e um senhor
um pouco mais velho entra no quarto com o mesmo aparelho nas mãos.
— Boa noite, senhorita, me chamo Renan, sou neurologista e estou
responsável pelo seu atendimento, pode me dizer o que se lembra? — Olho
para ele, e mais pessoas começam a entrar do quarto onde estou deitada.
— Estava no meio de uma plantação com meu irmão, estávamos
correndo e tropecei em algo… — Tento forçar a minha mente, mais nada
vem lembro do meu pai de joelho e meu tio com uma arma na cabeça dele,
começamos a correr quando ouvimos o som do disparo e meu pai caindo no
chão, é a última coisa que me lembro mais não preciso falar isso para ele.
— Qual o seu nome e a sua idade querida. — Ele começa anotar
algumas coisas naquele negócio na sua mão.
— Me chamo Yolanda Carrillo, tenho quatorze anos. — E nesse
momento todos os que entraram no quarto onde estou se olham.
— Querida pode parecer estranho nesse momento, mais ontem você
sofreu um acidente de carro e passou por uma cirurgia no crânio, essa
memoria que você tem ela é antiga ou pode ser somente algum tipo de
imaginação, mais o que posso dizer a você que as pessoas que se importam
com você estão aí fora esperando para te ver. — Me ajeito na cama e sinto
um desconforto na perna.
— Não estou conseguindo entender, onde estou? — O médico me
olha meio preocupado e começa a falar devagar.
— Você está em Dallas — Texas, e nos seus documentos que o seu
noivo nos entregou seu nome é Vanessa Díaz tem 27 anos. — Fico em
choque com a informação que ele me dá. — Eles estão aí fora esperando
para poderem entrar, deixarei que entrem mais não precisa se forçar em
algum momento a sua memória voltará. — Concordo com o médico,
mesmo não tendo muita certeza de alguma coisa e agora estou com medo
vou conhecer alguém que eu nem me lembro.
— Doutor, me diga uma coisa. — O médico se vira para mim
novamente, ele estava quase na porta saindo. — Meu noivo se chama
Guilherme? — Ele me olha em meus olhos e nega com a cabeça.
— Não querida, seu noivo se chama Gustavo Lira. — Ouvir esse
nome me faz sentir como se tivesse perdido alguém, e uma dor volta a me
incomodar, a enfermeira aplica algo em emus braço e sinto um sono
invadindo meu corpo.
As pessoas que entram me chamam atenção e me sinto terrivelmente
protegida ao lado de todos eles, mais o que estava na frente me olha
diferente, me olha com amor e preocupação.
— Desculpa, mas quem é você? — Seu rosto fica incrédulo com a
minha pergunta, ele puxa a cadeira e se senta ao meu lado.
— Vanessa sou o Gustavo, lembra nos conhecemos no Brasil, elevei
você para o casamento do meu irmão em Las Vegas, consegue lembrar? —
Coloco a mão livre na minha testa e forço a memória e tudo o que me
lembro foi o que aconteceu ontem em Cuzco.
— Sinto muito moço, mas não lembro de vocês e nem sou essa tal
de Vanessa, acho que estão me confundindo com alguém, meu chamo
Yolanda e meu irmão Miguel precisa de mim. — Lembrar do meu irmão
ainda tão pequeno e sozinho onde quer que seja me preocupa, ele é minha
responsabilidade, prometi a mamãe que cuidaria dele.
— Querida sou eu a Bia, nos conhecemos tem quase quatro anos,
você trabalhava com meu marido ali o Eduardo lembra, nos conhecemos no
Brasil lá em Curitiba. — A dor de cabeça começa a ficar cada vez pior, e a
moça resolve parar de falar. — Descanse Vanessa, não se preocupe com
nada, iremos resolver de tudo o que seja necessário, estamos tentando
localizar o Juan e o Guilherme. — Quando ela fala esse nome forço a me
sentar na cama e meus olhos se prendem no espelho no banheiro que estava
na frente da cama, e realmente vejo o quando minha aparência mudou, não
pareço em nada com a menininha de 14 anos, mas volto a me concentrar
— Guilherme, quem é? — Eles se entreolham, mais o dito meu
noivo começa a fazer um carinho na minha mão que está livre do gesso.
— Eu também gostaria de saber meu amor, quem é Guilherme, sei
que deve estar tudo muito confuso aí dentro, mas prometo que vamos te
ajudar a ficar melhor e não se preocupe protegeremos vocês também. —
Olhar para aqueles olhos cor de mel me fez sentir uma coisa estranha,
parecia que alguma coisa na minha barriga me deixava atraída por esse
homem, e eu gostei de ficar perto dele, mais a minha cabeça ainda me vejo
uma menina.
— Por favor, não me chame assim, minha cabeça está confusa e eu
acredito que tenho apenas 14 anos, acho que não é o ideal eu me relacionar
com um velho. — Quem estava no quarto começou a rir do meu
comentário.
— Se sou velho a culpa é sua bonitinha, mas tudo bem e como quer
que te chamemos? — Olho para ele e peço talvez falar meu nome para eles
seja perigoso para eles, assim como é perigoso para mim.
— Meu nome é outro, e não quero que vocês corram perigo,
parecem ser boas pessoas e meu pai me deixou uma herança muito
perigosa, podem me chamar de Vanessa, parece que todos já estão
acostumados a me chamar assim. — Eles apenas sorriem.
— Gusta, procurarei um hotel para nos hospedar aqui e já reservar
um para os nossos pais enquanto procuro o Juan e o Gui. — A Bia se
aproxima um pouco mais de mim.
— Você ficou muito mais linda com o passar dos anos minha amiga,
e o Guilherme é lindo também, espero que a sua memória volte logo,
estamos aqui para ajudar e sempre serei a sua amiga. — Ela me dá, um
beijo no topo da minha cabeça e volto a relaxar um pouco mais e tento virar
um pouco de lado.
Vejo o casal saindo do quarto onde estou e se despedem de mim e
do Gustavo que agora se senta ao meu lado e estava com a mão em cima do
gesso da minha perna.
— Precisa de alguma coisa, Vanessa, está com fome, posso pedir
para trazerem algo para você. — Olhar para ele todo prestativo é tão
bonitinho, então apenas aceito a sua oferta.
— Obrigada por estar sendo gentil comigo Gustavo, imagino que
devemos ter alguma história juntos, mas agora infelizmente não posso dar
respostas que você precisa, na verdade, eu também quero resposta. — Ele
me faz um carinho pelo meu rosto e sinto a vontade que ele me beije e me
recordo…
LEMBRANÇAS ON

Estamos em uma pista de pouso e ele conversava com outra mulher


que havia saído do avião com uma criança, meu reflexo no espelho do carro
mostra uma mulher diferente, estou com os cabelos loiros e mesmo me
sentindo segura ao lado dele, algo me deixava com medo, estamos indo
para uma casa.
Estávamos na cama ele havia feito amor comigo e olhava para seu
rostinho enquanto ele dormia e a preocupação estava me atormentando,
meu irmão havia decidido passar um tempo fora de casa para estudar para a
sua tese de graduação.

LEMBRANÇA OFF

— Aí… — Gustavo se levantou e tentou me ajudar. — Minha


cabeça doe. — A dor foi tão grande que sinto falta de ar, ele se apavora e
chama um médico e ele me põe no oxigênio para respirar um pouco melhor
e me aplica algo no meu soro e sinto que um sono está chegando.
— Não se preocupe, amor, cuidarei de você e tenho certeza que o
Guilherme e nosso filho, esperarei a sua memória voltar, para podermos
conversar. — Dou um sorriso para ele e meus olhos são forçados a fechar.
S ó era o que me faltava a Vanessa
ficar sem memórias, como posso
confrontar ela sobre todas as
perguntas que tenho, e não são poucas por sinal. Ela acordar e achar que
ainda tem 14 anos foi um tremendo susto para cada um que estava perto
dela, mas ela pelo menos conseguiu sentir alguma ligação com o
Guilherme, mesmo que ela não conseguisse entender o motivo.
Ainda tenho o problema, preciso descobrir onde está o Juan e meu
possível filho, na última ligação dele com meu irmão disse que estaria
saindo da cidade e indo para a Florida, quero acreditar que ele saiba onde
meus pais moram e estão indo para lá.
Preciso conversar com a Vanessa sobre o que tanto atormenta o seu
passado para que tenha sido necessário ter que trocar de nome, e acho que
quem vai nos ajudar será o responsável que nos afastou, pedirei uma
ajudinha do Bruno.
Tem um pouco mais de duas horas que ela dormiu, e olhar para ela
dormindo na minha frente faz com que eu sinta um alívio, não parece que
passei os últimos anos tentando de tudo para que superasse o que eu sentia
por essa mulher.
São quase de madrugada e meu celular estava sem carga alguma,
preciso ligar para a minha assistente e que ela providencie algumas coisas
para mim aqui no hospital, porque nada nesse mundo vai me distanciar
agora dessa cama onde ela está, crio coragem já que ela dorme tranquila e
vou até onde as enfermeiras estão e pergunto se alguém pode me emprestar
um carregador para usar, e do nada surge cinco na minha frente, agradeço e
pego um.
Volto para o quarto, coloco para carregar e tento falar com a minha
assistente, deixo algumas ordens para ela e largo o celular no criado mudo
do lado da cama, me aconchego no sofá e tento relaxar, em algum momento
do início da manhã sou acordado com a enfermeira que me emprestou o
carregador e ela tinha uma pequena mala na mão.
— Pediram que lhe entregassem essa mala, e que se possível
respondesse às ligações. — Agradeço a ela, abro minha carteira e puxo
várias notas de dinheiro e lhe entrego.
— Obrigado por me ajudar e ser prestativa, comigo e minha noiva.
— Ela baixa o olhar e a convenço a aceitar a bonificação, depois ela se
retira do quarto e fecho a porta para que eu possa tomar um banho e trocar
de roupa.
Já arrumado, saio do banheiro e dou de cara com a minha família
toda me esperando do lado de fora e o mais impressionante é ver a Vanessa
acordada e conversando com a minha mãe.
— Finalmente apareceu filho ingrato, é preciso que coisas assim
aconteçam para a família toda se reúna. — Olho para a Vanessa que tem um
sorriso tímido e me aproximo dela pelo lado livre.
— Bom dia, Vanessa, como se sente hoje? — Ela começa a ficar em
um tom um pouco mais corada e fica tão linda, envergonhada.
— Bom dia, só estou sentindo as dores da perna e agora começou a
coçar muito, mais a memória até agora nada. — Parece que ela ficou um
pouco frustrada com isso.
— Não se preocupe, tudo vai se resolver e pode ter certeza que nada
de mal acontecerá. — Ela olha para a janela e uma lagrima escorre pelo seu
rosto e minha pega em suas mãos.
— Querida, não se preocupe enquanto as memórias antigas não
voltam, providenciaremos que comece a criar novas lembranças, para não
ter apenas um borrão, mais sobre o Guilherme você se lembra de alguma
coisa? — Nesse momento ela pega seus seios e faz uma pequena careta.
— Não lembro de nada dele, mas acho que ainda dou de mamar. —
Seu olhar fica um pouco envergonhado para mim e ela tenta se cobrir com
os lençóis e tenta sussurrar para a minha mãe. — Meus seios estão vazando.
— Não se preocupe que providenciaremos tudo, para que fique
confortável, Gustavo vá em uma farmácia e compre duas bombinhas
elétricas para que ela se sinta melhor com esse incômodo. — Concordo com
a minha mãe, me aproximo da Vanessa.
— Sei que na sua cabeça é apenas uma menina, mas nossa história
tem tantos capítulos Nessa, e não desistirei de você durantes todos esses
anos, eu nunca me esqueci de você, eu deixei você voar e se afastar de mim,
mas agora está na hora de voltarmos e construir a nossa história de amor. —
Ouvia a minha mãe fungando do outro lado da cama, me aproximei devagar
e dei um selinho no cantinho da sua boca, seus olhos tinham um brilho
diferente e um sorriso começou a se formar.
— Não se preocupe que acho que não posso mais fugir de você,
algo dentro de mim diz que devo ficar ao seu lado que já sofremos muito.
— Ouvir essas palavras me deixam mais sossegado. — E sem contar que
não posso correr também. — Ela tira o lençol de cima da sua perna, me
mostra o seu gesso e uma risada gostosa sai de sua boca, isso nos
surpreende tanto a mim como a minha mãe. — O que foi, eu não sorria?
— Foi poucas às vezes que vi, você rir e dar uma risada assim tão
aberta, é a primeira vez sempre pensei que fosse porque a sua vida era cheia
de sofrimentos, por isso nunca ligamos querida. — Minha mãe fala com ela
e me expulsa do quarto, pego o meu celular e saio do quarto olhando para a
Vanessa mais uma vez e nossos olhares se cruzam e sei que um dia ela vai
voltar a ser minha.
Saio do hospital com o celular cheio de notificações, ligo para a
minha assistente em primeiro lugar.
— Bom dia, Rosy, preciso que providencie tudo lá na minha casa,
procure uma empresa especializada em adaptar cômodos para cadeirantes,
quero uma das minhas suítes preparadas em até uma semana, imagino que
seja o tempo que ainda devo ficar aqui. — Atravesso a rua com cuidado
para poder ir até a farmácia que ainda bem é próxima.
— Senhor, os investidores querem saber se estará aqui para a
reunião trimestral. — Esses homens só pensam em engordar os seus bolsos.
— Cancela essa reunião, providencie seguranças para mim e a
Vanessa, preciso de um investigador dos bons o mais rápido possível
também, preciso encontrar meu filho que está com o tio correndo perigo. —
Acho a tal das bombas e levo até o caixa, mas antes pego algumas coisas
que acho que ela vai gostar também, me impressiono em saber que ainda
me lembro desses detalhes.
— Tudo bem, senhor, pedirei para a Joyce dá, uma olhada no que
puder e passo as informações que ela conseguir para o seu e—mail. —
Graças a Deus, que mesmo eu deixando a sociedade com o Bruno ele nunca
deixou de ser meu amigo e ter acesso aos amigos que ele tem, Joyce e
Carlinhos também se tornaram meus amigos nesses últimos dois anos, e
sempre que preciso eles me ajudam com algumas empresas que tem caixa
dois em países de paraíso fiscal.
— Tudo bem, estou voltando agora para o hospital, se precisar pode
me ligar que agora atenderei, fique de olho nas notícias, evite que alguma
fotografia dela sai na mídia. — Ela concorda e desligamos o telefone e ligo
para meu irmão.
— Oi! Edu, alguma novidade? — Ouço a voz do meu pai no fundo,
falando com alguém.
— Não ainda, conseguimos localizar onde ele abandonou o telefone,
estou indo com o nosso pai até lá, primeiro deixarei a Bia aí com a Vanessa.
— Tento pensar em ir com ele.
— Vou com vocês, ela ficará segura com a nossa mãe e minha
cunhada, contratei seguranças para ela enquanto estivermos aqui e tenho
certeza que ninguém vai se aproximar. — Saio da farmácia e vou entrando
no hospital e vejo alguns paparazzi me fotografando.
— Chegamos aí em menos de uma hora. — Desligamos a ligação e
vou até o quarto daquela morena sem memória que tanto amo.
Fui impedido de entrar no quarto, mas entreguei as sacolas com as
compras que trouxe com produtos de higiene para ela, e fiquei em pé em
uma grande janela que tinha perto do quarto dela, olhava a movimentação
toda que estava acontecendo lá embaixo e como Dallas é muito bonita, mas
nada supera o meu Brasil, se pudesse voltar para lá, mas já estamos tão
acostumados com a nossa vida aqui que acho que iria estranhar muito.
— Bom dia, tudo bem? — Um homem se aproxima de mim, com
um sorriso e me cumprimentou.
— Bom dia, tudo logo ficará melhor. — Ele apenas balança a
cabeça, percebo que ele quer puxar assunto.
— O que o traz aqui? — Pergunto ao homem ao meu lado.
— Meu filho caiu e se machucou uns dias atrás, estamos esperando
a liberação da alta. — Ele estava com uma cara de não estar cansado. — E
você?
— Minha esposa, bateu o carro e ficou com a perna presa e quebrou
o braço. — Ele tenta olhar para o quarto onde estávamos, eu que não sou
bobo de falar a verdade para um desconhecido ainda, mas agora que a
Vanessa tem uma história muito complicada.
— Melhoras para ela, então, vou lá com a minha esposa antes que
ela me mate por sumir um pouquinho do quarto. — Dou um sorriso para ele
e vejo se afastando por um lado que não conheço.
Minha mãe aparece e me abraça, sinto o seu carinho, uma coisa que
não sei o que é faz muito tempo já que fui um péssimo filho para ela nos
últimos anos, fazendo a mulher que amo sofrer me vendo desfilar com
várias outras.
— Ela terminou de tomar banho, estavam arrumando—a agora para
que possa se alimentar, quer entrar agora? — nego com a cabeça e ela
estranha.
— Contratei seguranças para ficar aqui com vocês, sairei com o Edu
e meu pai, Bianca está vindo ficar aqui com vocês até que eu volte, preciso
saber onde está o nosso filho e o irmão dela. — Minha mãe põe a mão em
meu ombro e vamos andando para o quarto dela.
— O Guilherme é lindo, e a sua cara quando era pequeno, mas
mesmo que ela esteja sem memória estou chateada que ela não nos contou
sobre ele, perdemos dois anos dele meu filho, mas me compadeço de como
a Vanessa está agora e tudo o que ela passou. — Passo a mão pelo meu
cabelo e me sinto aflito, porque eu ainda estou irritado com ela mesmo
amando essa medrosa.
— Eu ainda não sei o que pensar, meu coração está tão dividido mãe
antes do acidente nos beijamos e senti que ela ainda me ama e que ela iria
me contar tudo, ela começou a falar, mas aconteceu o acidente, agora ela
achando que é uma criança me deixa tão ansioso. — Minha mãe começa a
rir.
— Ela está muito linda, a maternidade caiu nela como uma luva
meu filho, tenha paciência, acho que dessa vez vocês vão conseguir ser
felizes. — Minha mãe me beija e entramos no quarto, sinto o seu cheiro
assim que entro no quarto, o sorriso dela estava muito grande, me arrepiei
quando a vi rindo para mim.
— Nada melhor que um banho, para mudar o humor de qualquer
pessoa. — Ela estava sorrindo e tentava tranças o seu cabelo de lado, minha
mãe nos deixa sozinhos por um momento e me sento na beirada da cama.
— Vanessa, me diz que está sentindo essa atração que estou
sentindo desde que te reencontrei ontem, antes do acidente. — Ela mexe
nas bombinhas que estavam nos seios dela e me surpreendo na quantidade
que ela retirou, ela olha para mim e sorri.
— Gustavo, lá, no fundo da minha cabeça está um borrão muito
grande, tem várias imagens misturadas, coisas do tipo eu algemada na cama
e você nervoso no celular, eu com um barrigão enorme, triste escolhendo
uma roupinha, chorando falando com alguém pelo telefone, eu com meu
irmão grande, com um bebê no meu colo chorando olhando a capa de
revista. — Ela solta uma respiração muito frustrada.
Levo minha mão até seu queixo e o ergo.
— Eu ainda amo você e vou esperar que tudo fique o mais normal
possível.
E nquanto as enfermeiras me
ajudavam a tomar banho, a dona
Leticia entrou no banheiro e me
ajudou também e dispensou as enfermeiras que foram limpar o quarto e
trocar os lençóis, deu dó das meninas, são duas baixinhas e eu sou bem alta,
céus como cresci fico feliz com isso.
Dona Leticia me ajuda a lavar o cabelo com os produtos que o
Gustavo trouxe, e a fragrância me trouxe uma paz muito grande e uma
memória me invadiu.

LEMBRANÇA ON

Estou em um quarto claro, lavando meu cabelo e várias vozes do


lado de fora do banheiro, crianças falando, o shampoo que estava no nicho
na minha frente é igual ao que tenho nas minhas mãos agora.
— Finalmente se levantou princesa. — Meu coração bate mais
rápido ao ouvir a sua voz, e quando vou olhar para o seu rosto a imagem
ficar borrada e o vejo nu no quarto e o cheiro de álcool invade minhas
narinas e olhos as fichas.

LEMBRANÇA OFF
Sinto outra dor de cabeça, e a vontade de chorar é mais forte que eu.
— Eu o abandonei, não é? — Falo com a dona Leticia que se
assusta com o choro.
— Sim, querida, você deixou uma carta para ele, e falou com o
Eduardo também sobre que estava indo embora, pegou algumas fichas dele
de pôquer e simplesmente evaporou com o passar dos dias. — Tento me
levantar para sair do chuveiro, ela me ajuda a me secar e vestir aquela roupa
horrorosa de hospital, as enfermeiras entram no banheiro e me ajudam a
voltar para a cama e colocar as bombinhas nos meus seios.
— Acho que realmente eu não tenho 14 anos, já que devo
amamentar uma criança. — Fico pensando preocupada em como ele deve
estar sem mim e meu irmão também.
— Querida te garanto que não tem, mas ainda estou muito chateada
com você, mesmo que não se lembre e assim que a sua cabecinha voltar ao
normal prometo que vou te dar algumas palmadas. — Sinto uma vontade de
rir, mais me seguro para não deixar essa linda mulher irritada comigo, ela é
tão amorosa e cuidadosa comigo.
Ela sai do quarto e as meninas vão com ela, ligo a TV bem baixinho
e fico tentando puxar algumas coisas na mente, principalmente do
Guilherme e algumas coisas vem. Quando o Gustavo entra no quarto falo
para ele o que consegui me lembrar, ele se declara olhando em meus olhos e
meu coração se derrete quando ele me toca.
Fecho os olhos e sinto o seu cheiro, me lembro do seu cheiro, do
tom da sua voz, da cor dos seus olhos, e ele me xingando no banheiro morto
de bêbado, fico rindo dele.
— Ultima vez que nos falamos, me chamou de maldita? — Ele olha
em meus olhos e me dá, um sorriso meio envergonhado.
— É um bom sinal que está se lembrando das coisas. — Ele me fala,
mas se engana que vou ser vencida.
— Porque gritou comigo, me chamando de maldita? — Ele engole
seco.
— Porque não estava sabendo lidar naquele momento que você
estava me deixando, estava muito bêbado também amor. — Ponho a minha
mão em seu rosto e fecho os olhos para continuar ouvindo a sua voz, me
sinto bem com isso.
— Ainda não consigo acreditar que entre a minha última lembrança
que foi ontem em Cuzco aconteceu tudo isso que está borrado, consegue me
entender. — Sei que pode ser complicado para todos eles compreenderem
que eu não sou essa Vanessa que eles se lembram.
Para mim, essa Vanessa medrosa que eles relataram para mim, não
sou eu. Vivia como os chefes do Narcotráfico, meu pai me ensinou a atirar
para me defender, me ensinou usar uma faca para que deixasse qualquer
homem impotente se ousasse me tocar.
Não sou medrosa, sou Yolanda Carrillo, filha de Pablo Carrillo, o
antigo chefe do Cartel Carrillo, mas meu pai nos enfiou nesse mundo de
fugas.
— Tenho paciência, mas quero apenas que nos dê mais uma chance,
e me conte realmente o que tem acontecido com você. — Ele mantém a sua
mão em meu queixo e algo que parecer comum entre nós dois, deixo um
sorriso escapar e vou me aproximando dos seus lábios, ele me beija com
cuidado e sinto a saudade que ele diz que sente de mim.
Aprofundamos o beijo e lembranças começam a invadir a minha
mente, minha mão livre vai para seu cabelo e o puxo para mais perto de
mim, as suas mãos entram pela brecha do meu pijama hospitalar e seus
toques me fazem me lembrar quando ele me deixou presa na cabeceira da
cama por que perdeu a chave da algema, um sorriso escapa dos meus lábios
e ficamos sem folego.
— Definitivamente não tenho 14 anos Gusta. — Ele me olha
incrédulo e me beija várias vezes.
— Você lembrou da gente? — Sorrio para ele, e meneio com a
cabeça.
— Lembrei de algumas coisas, parece que seus gostos de me manter
presa na cama eu gostava muito. — Ele cai em uma gargalhada e toco o seu
rosto. — Não lembrei de tudo, ainda tem uma grande abismo entre meus
quatorze anos até o dia de ontem.
— Mas você se lembra da gente. — Concordo com a cabeça.
— De algumas coisas, sim, mais… — Preciso falar sobre o
Guilherme.
— Gusta. — Tiro a sua mão do meu rosto e respiro fundo. — Me
desculpa, mais por hora não posso te dar cem porcento que meu filho é seu,
não me lembro dele ainda mais aqui no meu coração sei que é, não sei
porque não te procurei o contei sobre a gravidez, espero que me perdoe
sobre isso. — Ele mantém seus olhos nos meus e um sorriso de canto
escapa dos seus lábios, ele se levanta e pega algo na bolsa e me mostra.
— Me diz que não é a minha cara? — Olho para a criança da foto e
meu coração se aperta e sinto a falta e principalmente preocupação por onde
ele deve estar com o meu irmão.
— Ele é a cara do meu vizinho, olha só? — Viro a foto para ele e
apronto, mas a careta que ele faz é impagável.
— Não brinca com coisa seria mulher, te prendo na cama outra vez
e fazemos mais uns três parecidos com ele. — Começo a rir e ele me beija
mais uma vez.
— Essa forma já foi quebrada, só saiu esse mesmo. — Ele fica
pálido quando falo isso, mais antes que pudéssemos continuar nossa
conversa a Bianca entra e dona Leticia também entra logo atrás
acompanhadas por seus maridos.
— Olha só quem vejo com um sorriso no rosto depois do susto de
ontem. — Seu Afonso me olha com carinho e se aproxima e me dá um
beijo no topo da minha cabeça, Gustavo continua sentado ao meu lado na
cama e fica fazendo carinho na minha coxa.
— Lembrei de algumas coisas, mas ainda tem uma lacuna muito
grande na minha cabeça e já conversamos sobre isso, não é Gusta? — Ele
apenas confirma.
— Vamos conversando sobre as lembranças dela devagar para que
aconteçam no seu próprio tempo. — Fico grata por ele não me forçar a ficar
lembrando das coisas.
— Vamos Gustavo está na hora de ir procurar por eles, o sinal do
celular estava é um pouquinho longe daqui e precisamos ser rápidos. —
Eles me olham e o Gustavo me dá mais um beijo em meus lábios.
— Estou indo procurar o nosso filho, princesa, deixarei alguém para
cuidar da sua segurança enquanto estiver aqui no hospital, e assim que tiver
alta vamos para nossa casa. — Olho para ele, e parece que ele tem tudo
planejado, então apenas concordo com ele.
— Deixe a menina pensar com calma, sabe que as coisas não são
assim Gustavo, não cometa os erros que cometeu no passado por querer ser
apressado. — Fico ouvindo a discussão deles, enquanto minha mente vaga
pelas lembranças da minha infância.
Depois de uns bons momentos vendo—os conversando, eu fico
quietinha depois que eles saem e a Bia vem me abraçar.
— Vanessa como você está linda? — Dona Leticia já havia me dito
isso também. — Você morena ficou linda, não que não fosse quando era
loira, mas ficou muito diferente.
— Você teve um menino não foi? — Pergunto meio insegura, mas
sinto que sim.
— Sim, o Adam ele tem um pouco mais de dois anos, e a Helena
está quase oito, os dois estão muito sapecas. — Elas começam a me contar
várias coisas, que imagino que deveria saber e me sinto cada vez mais triste
ouvindo todas as histórias e caio no choro e deixo as duas muito
preocupadas.
— O que houve Nessa? — A Leticia me pergunta.
— Sinto muito, sinto muito mesmo porque eu não deixei vocês
conhecerem o Guilherme, ainda não posso justificar os meus motivos, mais
quero que a senhora me perdoe por não ter deixado que conhecesse o
Guilherme a mais tempo, sinto que fui tomada pelo medo, e me lembro do
Gusta desfilando com várias mulheres diferentes, não sei se é esse o
motivo, mais quero que vocês me perdoem pelo, o que fiz. — Fico
chorando por alguns momentos e elas tentam me acalentar.
— Não se preocupe minha amiga, vocês dois vão conseguir se
acertar e vão poder conversar sobre tudo o que passou, olhe para mim. —
Ela ergue meus olhos e enxuga minhas lagrimas. — Vocês são perfeitos
juntos, e iremos resolver qualquer coisa em família.
Ficamos conversando até anoite, quando finalmente eles retornam.
O uvir ela me dizer que sofria me
vendo com outras mulheres me
fez pensar em como a fiz sofrer, e
com certeza ela não me procurou porque deve ter ficado com medo de que
eu não acreditasse que o bebê fosse meu, mais tudo isso conversaremos
depois que ela conseguir se lembrar de tudo.
O, mas importante é que a memória dela volte e que encontre o Gui
e o Juan, depois vamos nos acertando devagar e não posso me esquecer de
pedir uma pequena ajuda para o Bruno, talvez ele conheça esse pessoal da
Colômbia.
Estamos no carro indo em direção onde estava o sinal do celular do
irmão da Vanessa, atravessamos praticamente a cidade e entramos em um
condomínio muito organizado, e vamos andando pelas ruas muito tranquilas
e paramos em frente uma casa de dois pisos.
Descemos do carro e meu pai toma a frente para conversar seja com
quem for, ele aperta a campainha e aguardamos ser atendidos.
Uma mulher muito bem vestida abre a porta meio desconfiada e nos
cumprimenta.
— Bom dia, senhora, desculpa atrapalhar seu dia e sua rotina,
estamos procurando pelo irmão da Vanessa e pelo filhinho dela. — A
mulher olha para gente meio desconfiada e ia fechar a porta.
— Espere por favor, eu sou o pai do Guilherme e a Vanessa está
internada no Hospital depois que ela foi atropelada ontem, sei que não nos
conhece mais, temo que o irmão dela e meu filho estão correndo perigo,
quero apenas proteger minha família. — Ela respira fundo e nos deixa
entrar em sua casa.
— Me chamo Carla, e assim como a Vanessa sou imigrante tentando
vencer na vida, ela nunca nos contou muito bem o que aconteceu na sua
vida, mas sabia que ela tentava esquecer o grande amor da vida dela. — Ela
vai até a cozinha e traz copos e uma jarra de suco, nos indica para sentar.
— Minha filha é a “babá” do Gui e ele é uma criança adorável, está
aprendendo a falar, esta sofrendo um pouco para fazer o desmame, mas até
uns dias atrás ele conseguiu ficar dois dias, até que ficou meio doentinho e a
Vanessa foi demitida ele acabou voltando a mamar, não imagino como eles
estejam fazendo em questão a isso. — Olho para o meu pai e não entendo o
que ela diz.
— Como assim, eles, sabemos apenas que o Juan saiu da cidade
com ele indo em direção a Flórida. — Meu irmão fala meio inseguro.
— Minha filha foi com o Juan, ela me deixou um bilhete dizendo
que ela não teria coragem de deixar ele sozinho com o tio dirigindo, na
verdade, acho que minha filha está apaixonada pelo Juan, ele é um bom
rapaz e trabalhador, mas sei que eles têm um segredo e não quero minha
filha envolvida com coisa errada. — Entendo o que ela nos diz.
— Qual a casa deles, preciso pegar algumas roupas para a Vanessa e
providenciar a mudança dela. — Ouço uma tossida do meu lado e meu pai
olha feio.
— Você não aprendeu com seus erros mesmo? — Ele nega com a
cabeça.
— Fora de questão deixar ela voltar para essa casa sozinha, ou com
quem quer seja, ainda mais agora que ela está sem memória. — Agradeço à
mulher que nos recepciona. — EU prometo que assim que encontrar os dois
eu a mandarei de volta em segurança, precisamos apenas encontrar eles. —
Ela me entrega o bilhete que a filha escreveu.

MAMÃE
Mãe sei que vou ficar de castigo pelo resto da minha vida, mas
não posso deixá-los sozinhos, o Gui ainda é muito pequeno e eles
precisam de ajuda nesse momento, acredito que alguém deva aparecer a
nossa procura, tenha cuidado.
Te amo com amor Nik

— Por que confiou na gente? — Me viro novamente para ela e


entrego o bilhete.
— Porque o Gui é a sua cara, e sei que a Vanessa ama você, então
não seria perigoso para eles e nem para a minha filha. — Agradeço a ela e
peço o número de telefone da filha dela.
— Eu consegui falar somente com ela hoje de madrugada eles
estavam em Luisiana, mais ela ia trocar de celular e mudar a rota. —
Entrego meu número para ela e meu irmão faz o mesmo com o dele.
— Se eles ligarem peça para que eles nos liguem que estamos à
procura deles, tudo bem? — Ela concorda e guarda o número.
— Ela me disse que antes que eles fossem embora, invadiram a casa
deles, eu tive medo de entrar lá para ver o que aconteceu, mais a casa deles
é aquela ali. — Ela nos aponta e meu pai e meu irmão já estavam indo em
direção a casa e puxo um valor grande e coloco em suas mãos.
— Caso eles liguem para a senhora, envia para eles para pegarem
um avião e irem direto para Miami, pode fazer isso? — Ela concorda com a
cabeça.
— Espero que você e a Vanessa consigam se acertar, porque
enxuguei muitas lagrimas dela enquanto ela te via andando por aí com
várias mulheres, diga que mandei um abraço para ela. — Dou um sorriso
para ela, e afirmo que vou passar o recado e vou até onde meu pai e meu
irmão me aguardam.
— Deixou dinheiro para que ela transfira caso eles precisem? —
Meu pai pergunta com a mão na maçaneta da casa da Vanessa.
Entrar naquela casa observo o quanto ela é organizada e prendada, a
casa não tem nada fora do lugar mesmo a porta estando arrombada, vamos
entrando e subo para o segundo piso enquanto meu pai e meu irmão ficam
no telefone para falar com a Joyce.
O quarto dela é lindo e tem algumas fotos dela gravida, tem uma
minha com ela no porta retrato, no sua penteadeira, entro no seu closet e
tem uma mala no chão com algumas roupas dentro, então aproveito que já
estava ali e pego várias outras coisas também de preferências, vestidos e
pantufas, procuro pelos documentos que ela precise e coloco também na
mala, e as fotos que estou vendo espalhadas.
— Gustavo… — Meu irmão entra no quarto e vê a nossa foto
juntos. — Sempre soube que ela te amava, e tenho certeza que ela só não
tinha te falado sobre meu sobrinho por medo que não acreditasse nela. —
Olho para a nossa foto, e me lembro desse dia.
— Eu não iria duvidar dela… — Ele me interrompe.
— Gusta você tinha certeza que não era seu quando a viu em
Buenos Aires… — Ele começa a gargalhar.
— Ela estava com outro homem, e a barriga dela era pequena,
queria que eu pensasse o quê? — Ele dá um tapa na minha cabeça.
— Pensasse nada, era para ter pressionado ela na parede e se
declarado por que você sempre a amou essa mulher. — Sorrio para ele.
— Espero que ela me perdoe por tudo o que fiz ela sofrer enquanto
ela me via por aí com outras mulheres, me sento na ponta da cama e olho
para todas as fotos que tem espalhadas pelo quarto com ela gravida, no dia
do parto, na festinha de um aninho. — Perdi tantos momentos com eles
dois.
— Perdeu, sim, mas não foi por uma escolha sua e sei que podem
fazer novas lembranças, apenas não seja apressado, deixe que ela siga no
tempo dela, e principalmente vamos livrar ela com esse passado que tanto
atormenta a mente dela. — Pego a maioria das fotos e saímos da casa dela.
— Filho chamei um chaveiro e ele está vindo para que ele possa
fechar a casa dela e todas as coisas que tem aqui não sejam mexidas. —
Olho para a casa e realmente tem muitas coisas que tem algum valor, e pelo
que conheço a Vanessa cada uma das coisas que ela comprou tem alguma
história.
Ficamos sentados no sofá, e tentando encontrar alguma notícia sobre
o Juan ou Miguel com meu filho enquanto esperamos o chaveiro.
— Manda mensagem logo para o Bruno e vê o que ele pode saber.
— Concordo com o meu irmão e ligo para ele e me surpreendo ser a Carol
que atende a chama de vídeo.
— Olá, o senhor todo-poderoso, sumido, ex socio e idiota, do meu
marido. — Ela como sempre com um ótimo humor.
— Olá, Carol, eu estava precisando falar com o Bruno, ele está por
aí? — Ela vira a câmera e me mostra ele dando uma surra em um homem,
que estava pendurado pelos braços. — Acho que estão ocupados, eu ligo
em outro momento.
— Deixe de frescura, se ligou é porque é muito importante me diga
o que está acontecendo, sei que pediu ajuda da Joyce. — Sou o único que
não sou informado das coisas pelo visto, rio comigo mesmo
— Encontrei a Vanessa e ela está correndo perigo, mas não sei bem
o quem são. — Ela parece confusa.
— Finalmente a encontrou, mais o que falta para saber quem é o
miserável que está ameaçando a vida da sua mulher. — Vejo o Bruno se
aproximando e um sorriso aparece na cara feia dele.
— Fala feio, o que está acontecendo. — Ele se senta do lado da
Carol e conto o pouco que eu sei.
— A Vanessa está correndo perigo, pelo que entendi que ela contou
o pai dela fez um pé de meia roubando do Carrillo, mas eles são famílias, o
que não estou conseguindo ainda entender é o porquê a querem. — Ele
solta um longo suspiro.
— Tanta mulher no mundo Gustavo, teve que se envolver logo com
aquela família, eles mandam e desmandam na maior parte do tráfico aqui da
Mercosul, o Carrillo desafiou o irmão a muitos anos atrás, eu ainda nem era
o líder do morro, e o Pablo perdeu o seu posto de chefe da família, dizem
que ele roubou toneladas de drogas e muito dinheiro, mais ninguém sabe
onde ele escondeu isso, eu acredito que seja conto de criança porque se
fosse verdade esse tesouro perdido já teria aparecido a muitos anos. —
Ouvimos tudo em silêncio.
— Pelo visto, você encontrou a filha sumida dele, acho que o nome
dela Holanda Carrillo. — Eu o interrompo e a Carolina estava também
muito atenta nas informações.
— O nome dela é Yolanda, só que meu problema é um pouco mais
sério que isso, os caras que trabalham para esse tio dela, acharam eles aqui
no Texas e o irmão dela sumiu no mapa com meu filho e a vizinha deles
aqui para ajudar com meu menino. — Eles dois começam a rir
— Finalmente fez um filho para dar valor no teu pai e na tua mãe.
— Reviro meus olhos para os dois.
— Foco aí vocês dois, a Vanessa foi atropelada e tenho certeza que
foi a mando desse homem, ela está internada aqui com alguns seguranças, o
problema é que ela perdeu a memória e tem apenas alguns flashes, ela
lembra da infância e agora ela meio que pensa que tem apenas 14 anos. —
Bruno começa a rir.
— Tá ferrado meu amigo, de menor é considerado pedofilia. — Foi
o suficiente para que meu irmão e meu pai começassem a rir também.
— Desisto de vocês dois, eu preciso de ajuda para manter a minha
mulher e meu filho em segurança e vivos. — Eles se desculpam e a Carol
puxa o telefone para falar com alguém.
— Não se preocupe ajudaremos você com o Carrillo, agora preciso
terminar aquele serviço ali temos algumas informações de planos contra a
Laís e o Matheus.
Me despeço deles e meu pai receberá o chaveiro para que possamos
voltar para o hospital, coloco a mala da Vanessa no carro e ficamos
esperando o chaveiro terminar e seguimos de volta para o onde aquela
morena linda está internada.
Já no hospital vou até a administração e deixo tudo pago pelo tempo
que já estamos aqui e quando ela tiver alta pago o que for preciso. Sigo para
o quarto onde ela está internada e olhando para ela pela janela percebo o
motivo por que eu ainda a amo, Vanessa tem um carisma muito grande e
mesmo que ela esteja incomodada como estou vendo que ela está, ela rir
para todos.
Entro no quarto e o melhor sorriso dela se abre ao me ver, é o
suficiente para que meu dia melhore.
P asso a tarde toda acompanhada
com a Bianca e consigo ter
algumas poucas memórias dela,
lembro que ela sempre foi uma pessoa que tentou me entender por estar
deixando o Gustavo.
O neurologista está otimista que até o fim da semana eu recupere a
maioria da minha memória, ele disse que amanhã posso ir para casa, mas
precisarei de ajuda por conta do gesso da perna e do braço, não conseguirei
me virar sozinha por enquanto e que em alguns dias eu iria precisar voltar
para tirar os pontos que tenho na parte lateral da minha cabeça, passo os
dedos por cima e espero que não tenha perdido muitos cabelos ali.
Dona Leticia tenta fazer com que eu me sinta acolhida e me ajuda
com os travesseiros na minha perna, a Bianca me fala que a Helena passou
a semana na casa da amiguinha dela no Brasil, e como elas estudam na
mesma rede de escola bilíngue, quando a Helena vai para o Brasil ela não
perde aula, e o mesmo acontece quando a amiguinha dela vai para Miami.
Estávamos conversando sobre tudo o que aconteceu nos últimos três
anos que não estive com eles quando percebo o senhor Afonso e Eduardo
entrando no meu quarto puxando uma mala, olho para trás dele e procuro
pelo par de olhos cor de mel que me faz com que eu sinta segura não estava
com eles.
— Não se preocupe Vanessa ele foi apenas na administração e logo
estará aqui com a gente. — Sinto meu corpo relaxar e o Eduardo começa a
rir de mim.
— Nem parece que ela perdeu a memória e não sabia quem éramos,
não é mãe? — O Eduardo começa a rir, e a dona Leticia dá, um tapinha no
seu braço corrigindo o filho.
— Não ligue para o meu marido Nessa, ele tem essa mania horrível
de fazer com que a gente se sinta envergonhada. — Bianca começa a rir da
família que estava no meu quarto, e sinto o perfume dele antes mesmo que
olhe para a porta.

LEMBRANÇA ON

O sorriso dele estava lindo, e me lembro de uma vez que ele me


levou para ir almoçar em um restaurante japonês, fiquei tão irritada porque
a atendente deu em cima dele e colocou o telefone dela, na comanda do
nosso consumo.
Me levantei da mesa e comecei a sair do restaurante, nem sei como
ele fez para pagar porque em pouco tempo ele estava do meu lado
segurando a minha mão e tentando me fazer parar enquanto eu andava e não
dava ouvidos para ele.
— Tudo bem, deixarei você andar à vontade, mas terá que me
carregar na volta porque o nosso carro está do outro lado querida. — Paro
quando ele fala e viro para o outro lado e continuo andando em direção para
onde estava o carro que ele havia alugado para passar os dias aqui em
Curitiba.
— Você é um cretino sábia, eu ali na sua frente você não disse nada
quando aquela mulher ficava dando em cima de você na minha frente, eu
me senti horrível Gustavo. — Ele ia andando ao meu lado ouvindo tudo
calado, porque ele estava errado, pelos menos eu achava que ele pensava
assim.
Chegamos no carro, ele abriu a porta para que eu pudesse entrar e
me sentei ao seu lado, enquanto ele dirigia o carro em direção ao hotel que
ele estava hospedado.
— Porque viemos para cá, quero ir para a minha casa. — Cruzo os
braços e ele fica rindo, enquanto manobra o carro no estacionamento do seu
hotel, e me ajuda a descer do carro e vamos para os elevadores, ele tem um
sorriso safado e se encosta no fundo, de braço cruzado e com esse maldito
sorriso que está me deixando com tesão.
Ele abre a porta com o cartão magnético e me fecha a porta com
força quando passo por ela, em um movimento rápido ele está me
imprensando na porta e subindo meu vestido.
— Viemos para cá por que o seu irmão pode aparecer a qualquer
momento, e quero me divertir um pouquinho para tirar essa raiva que esta
sentindo de mim. — Estava apenas de calcinha e sutiã, ele me olhava com
desejo e suas mãos grandes prendeu minhas mãos acima da minha cabeça.
— Todas as mulheres podem dar em cima de mim Vanessa, mas você é a
única que me tem por completo, é a única que consegue me levar a loucura
e principalmente é a única que vem conquistando espaço no meu coração,
então não precisa tem ciúmes, minha princesa sou completamente seu meu
amor. — Dito isso ele me toma em seus braços e me leva para o seu quarto,
sua língua invade a minha boca me fazendo sentir o gosto da bebida que
bebemos ainda pouco, sinto um pouco depressa no meu quadril e percebo
que ele rasgou a minha calcinha.
Adoro quando você é assim bruto comigo. — Ele ri e me solta na
cama, ele vai até o banheiro e volta com algumas algemas, parece que
gostarei dessa noite.
— Ainda bem que trouxe algumas coisas para que pudéssemos nos
divertir um pouquinho, não é? — Ele deixa as algemas na beirada da cama
e sobe em cima de mim para que ele pudesse retirar meu sutiã…
Fico presa nas sensações que ele me proporciona enquanto me deixa
completamente nua na sua frente e massageia meus mamilos com a ponta
dos seus dedos.
— Fico muito excitado quando vejo você assim completamente nua,
tão entregue a mim amor. — Meu coração começa a bater cada vez mais
rápido sentindo os seus toques em meus seios. — Sabia que sua intimidade
me chama, parece o canto de uma sereia, minha vontade é de chupar até
gozar na minha boca. — Mordo meu lábio inferior e apenas abro mais
minha perna para que ele tenha acesso e faça o que acabou de me falar.
— Sou toda sua… — Ele levanta as algema, e eu com o meu lado
mais safada que existe estico os pulsos para frente para que ele me deixe a
sua mercê para que faça o que quiser comigo.
— Venha princesa, fique de joelhos aqui, que vou te prender. — Ele
põe os meus pulsos na costa e me prende com as algemas. — Tente não
puxar ou elas vão beliscar a sua pele e não queremos isso, é apenas para que
nosso prazer fique ainda melhor. — Ele fala olhando em meus olhos.
Me sento na ponta da cama e o observo tirando a sua roupa, atrás
dele o relógio já marcava quase cinco da manhã, passamos a madrugada
toda passeando pela cidade e amanhã eu ainda teria que ir para o escritório,
o Senhor Eduardo e o Senhor Augusto precisavam que organizasse algumas
coisas ainda para o julgamento do sobrinho do nosso chefe, deixo isso por
hora e volto a minha atenção para aquele abdome todo trincado, tenho
certeza que consigo lavar minha lingerie naquela barriga, tenho vontade de
pegar mais me lembro das algemas.
Mais tem uma coisa que posso fazer ser preciso que minhas mãos
fique livres, me ajoelho na sua frente e ele entende o que quero, ele começa
a baixar sua box e aquela baita linguiça dura e com veias grossas, com uma
cabecinha bem rosinha o seu pré-gozo na pontinha me dá água na boca,
ponho a língua para fora e o sem vergonha que estava na minha frente
segura seu pau e encosta na minha língua e sugo tudo o que tinha para ser
sugado, sem um pingo de vergonha faço o meu melhor para que ele sinta
prazer, sinto as mãos desse homem maravilhoso em meus cabelos e ele
força a sua entrada em minha boca e mantenho o nosso contato visual e ele
consegue fuder com a minha boca e sinto a umidade crescendo entre as
minhas pernas cada vez mais.
— Não quero gozar na sua boca, amor, quero marcar você, vem para
a cama, vem bebê. — Ele me ajuda a subir na cama e me põe de quatro
outra vez e entra entre minhas pernas. — Agora traz sua amiguinha até
minha boca, quero sugar você até que esqueça o seu nome. — Não penso
duas vezes e me acomodo em sua boca, me apoio com meu ombro e vou me
ajeitando para sentir mais prazer ainda, e começo a simplesmente rebolar na
língua do meu homem, ele introduz dois dedos dentro de mim que me faz
arfar de prazer e começo a perder o fôlego entre um gemido e outro, sinto
meu orgasmo se aproximando e minhas pernas começam a ter pequenos
espasmos e gemo o nome do Gusta.
— Ah, Gusta, sua língua faz milagres em mim… — Ele começa a
rir e sai de baixo de mim e me puxa para próximo dele, com cuidado para
que as algemas não me machuquem.
— Sinta o seu sabor doce querida, e pode ter certeza que quero
muito mais de você se não se importa. — Ele me ajuda a ficar de quatro e
sinto o primeiro tapa na minha bunda que estava bronzeada. — Adoro ver o
seu bronze meu amor… — Ele se aproxima e sinto a pontinha do seu pênis
na minha entrada, ele começa a deslizar para dentro de mim, sinto o calor
me invadindo por cada parte do meu corpo, suas mãos deslizam pelo meu
lado esquerdo e o sinto apertando na base entre minha costa e meu
“bumbum” e começa e me fuder com mais força e urgência.
— Gusta não vou conseguir ficar muito tempo me segurando… —
Sinto minhas forças se esvaindo enquanto ele entra e sai de dentro de mim
com maestria, me deixando cada vez mais molhada, começo apertar o
membro dele com a musculatura da minha intimidade para que ele chegue
ao seu clímax.
— Nessa preciso gozar querida, empina essa bunda para mim vá
gostosa. — Faço o que ele me pede, ele me puxa segurando pelas algemas e
solto um palavrão quando me sinto presa a ele. — Isso gostosa do caralho.
Quando ele chega ao se clímax, consigo me deitar na cama cansada
por toda agitação do dia e quero ficar mais confortável, ele se deita ao meu
lado.
— Gusta tira essas algemas para eu poder descansar um pouquinho.
— Ele me dá um beijo na testa e sai da cama atrás da chave, ele volta meio
assustado para o quarto.

LEMBRANÇA OFF

O ver entrando no quarto rindo, me faz ter uma crise de raiva, pego
o travesseiro que estava em baixo da minha perna e taco na cara dele, todos
ficam olhando a minha reação.
— Filho de uma mãe, você me deixou algemada na cama. — O
olhar de todos no quarto, varia de incrédulos a diversão.
— Querida você se lembrou desse dia. — Ele me dizia com um
sorriso safado no rosto.
— Tanta coisa para se lembrar, ela se lembra de quando o namorado
quis dar uma de Cristian Grey com ela, mais é burro demais e esqueceu a
chave na casa dela, que tiveram de sair do hotel com ela nua e algemada
para libertarem os braços dela.
Ouço o que o irmão dele conta, mais essa parte eu não consigo
lembrar. Todos começaram a rir da situação e resolvem ir para o hotel onde
estão hospedado e Gustavo me ajuda a me despedir de todos eles, com
muito beijos e abraços.
Depois que eles se vão ele senta ao meu lado e me mostra o que ele
trouxe, no meio tinha várias roupas e alguns, porta-retratos.
— Me dá aquele ali. — Eu estava grávida, lembro que no dia
seguinte foi o meu parto. — Essa foto foi no centro de Buenos Aires, havia
ido comprar algumas coisas que estava faltando para o parto, andamos
muito e no dia seguinte o meu bebê nasceu. — Ele olha para a foto e fica
em dúvida.
— Tem certeza, sua barriga está tão pequena aqui. — Eu me lembro
disso e apensa confirmo com a cabeça.
— Sim, eu fiz uma barriga tão pequena, se eu tivesse meu celular ia
mostrar para você como fiquei pequena, e o Guilherme era um meninão. —
Falar dele me dá uma saudade. — Conseguiu alguma novidade sobre eles
Gusta?
Somos interrompidos pelo médico de plantão e damos atenção a ele.
Q uando sinto a maciez do travesseiro no meu
rosto, fico um pouco assustado com a
recepção que agora essa morena me dá,
ouvir as gracinhas do meu irmão me deixam feliz, algo deve ter acontecido
para que ela tivesse essa atitude.
Quando ela me conta sobre o episódio da algema, fico feliz que a
memória dela tem retornado gradualmente e espero que volte rápido, havia
entregado a ela o porta retrato e tenho quase certeza que a foto foi tirada no
dia que a vi antes de entrar no restaurante com meu socio argentino.
Saber que ela estava grávida de um filho meu naquela época me
deixa triste, queria tanto poder ter participado da gestação dela, como eu
iria amar aquela mulher com nosso filho dentro dela.
Somos interrompidos pelo médico que entra no quarto dela, com um
sorriso no rosto.
— Desculpa interromper a noite de vocês, mas saiu o resultado da
tomografia ainda pouco e como amanhã não serei eu de plantão, prefiro dar
as notícias. — Olho para a Vanessa que parece até um pouco mais otimista.
— Então doutor nos dê uma boa notícia. — Digo ao médico que
mostra algumas imagens no tablet dele.
— Como estou mostrando aqui para vocês o inchaço devido o
trauma da batida, diminui muito deixando seu cérebro quase que no
tamanho normal, já deixei prescrito alguns medicamentos para dores de
cabeça que terá ainda por alguns dias. — Olho para a Vanessa que solta a
respiração até eu mesmo me sinto um pouco mais aliviado.
— E quando poderei ter alta Dr. Renan? — Espero que minha casa
já esteja sendo arrumada para que ela fique confortável.
— Dá minha parte já está de alta, fica apenas dependendo do
ortopedista para vê como está o seu braço e a perna. — Fico aliviado em
saber que ela está bem.
— Doutor ela começou a ter partes de memória, e parece que a cada
novo flash seu humor vai para essa lembrança. — Ele olha para ela e
começa a rir.
— O cérebro é uma caixinha de surpresa senhor Lira e ninguém tem
realmente ideia de como ele funciona depois de uma lesão como ele teve,
então as variações de humor serão normais toda ver que a lembrança vier
para ela será como se tivesse vivendo aquilo pela primeira vez. — Percebo
que ela fica um pouco constrangida e se mexe na cama.
— Um exemplo disso, se uma lembrança sexual acontecer, vai
perceber que ela vai ficar mais envergonhada e o corpo vai dar sinais… —
somos interrompidos por uma tosse.
— Tudo bem, eu já entendi, e gostaria que minhas lembranças não
fossem foco da conversa de vocês. — Ela fica um pouco nervosa e
começamos a rir dela.
— Desculpe senhorita, mas deixarei a sua alta assinada para
amanhã, e fica apenas na espera do ortopedista. — Devolvo os porta
retratos que tinha nas mãos e me levanto para cumprimentar o médico que
estava quase saindo do quarto.
— Doutor só mais uma pergunta, os lapsos de memória que ela terá
agora em diante, pode ser que acontece que uma lembrança mais antiga
venha a tona? — O médico coloca a mão no queixo e parece confuso.
— É uma boa pergunta, senhor Lira. — Ele pensa um pouco, estou
interessado nessa informação, pode ser útil no futuro. — Creio que só
iremos saber sobre isso no dia a dia.
Agradeço ao médico que sai do quarto e começo a ajudar a Vanessa
que queria ir ao banheiro, enquanto ela fica lá dentro tento falar com a
minha assistente, mas não consigo.
— Gustavo, estou pronta para voltar para a cama. — Largo o celular
na cama e vou pegar ela.
A coloco no colo e sinto o quanto ela parece mais leve, o seu
perfume continua o mesmo desde quando a conheci, e seu cheiro era a
única coisa que me fazia sair de uma noite de bebedeira e ir trabalhar,
começo a rir das lembranças quando fiz minha assistente comprar um
estoque desse perfume.
— Por que está rindo Gustavo? — Ela me perguntou curiosa, e não
vou ter coragem de falar a verdade.
— Nada de muito importante, apenas me lembrei que você tem uma
mão forte. — Ela revira os olhos e a coloco novamente na cama e ajudo que
ela se acomode entre os vários travesseiros que tinha embaixo dela.
— Gustavo, o que você descobriu sobre meu irmão e meu filho? —
Fico incomodado quando ela se refere ao Guilherme sendo apenas dela, e
ela percebe que meu humor muda.
— Não, sua vizinha apenas disse que a “babá” foi com o Juan e o
nosso filho. — Viro de costa e saio do quarto dela sem explicar muito mais
coisa.
Mas o que poderia dizer, porra Vanessa por que não me deixou saber
que teríamos um filho, se eu colocasse em dúvida, fizesse a merda do DNA
e esfregasse na minha cara, mas não tivesse fugido por dois anos e me
deixasse sem conhecer ele, agora sabe—se lá onde eles devam estar e pior
ainda podem estar correndo perigo com o pessoal desse cartel tentando
descobrir onde é fica o X do tesouro.
Peço para que o segurança ficar de olho e não deixar ninguém entrar
até que eu volte, desço até a cafeteria e resolvo ligar para a Liza, preciso
conversar ela me atende no primeiro toque e diz que está passando por perto
que podemos conversar, sim, mas ela não pode demorar.
— Sabe que de graça só foi naquele dia, não é, peça para a sua
assistente transferir a minha hora. — Ela me abraça falando rindo, decido
subir com ela e ficar em uma área que mais parece uma recepção e fica
próximo ao quarto da Vanessa.
— Estou com dificuldades Liza, eu entendo o que a Vanessa já
passou, mas não consigo aceitar ela me esconder o Guilherme e agora que
ela está sem memória fico muito mais irritado em não ser reconhecido
como o pai. — Enquanto estávamos subindo, vou deixando ela ciente do
que havia acontecido.
— Gustavo, você precisará ter paciência com ela, por enquanto o
Guilherme é apenas dela e terá que aceitar isso, quando a criança aparecer
faça o DNA para que ela saiba que o bebê é de vocês dois, porque pelo que
entendi, ela também nem conseguia entender que ele também é dela, sei que
é complicado Gustavo, mais precisará ter paciência com ela e se
redescobrirem juntos, use essa oportunidade para que possam se apaixonar
novamente. — Olho para a calma que a Liza falava comigo e decido ir
apresentar elas duas.
— Vamos lá comigo para que ela possa saber que foi você que me
ajudou a encontrar ela. — Ela fica rindo e olha para o relógio e vamos em
direção ao quarto.
Quando passamos pela porta encontro com uma morena aos prantos,
e não sabia o que fazer com ela, olho para a minha psicóloga que toma a
frente e tenta conversar com ela.
— O que foi querida, por que está chorando? — A Liza pergunta da
Nessa que tentava enxugar as lagrimas dela.
— Não sei moça, ele simplesmente saiu e não me disse nada sobre o
que ele descobriu do meu filho e estou preocupada. — Me sinto péssimo
sobre como a fiz ela se sentir.
— Me chamo Elizabeth, e meus amigos me chamam apenas de Liza,
você não se lembra mais, nos conhecemos no dia da sua admissão na
empresa, eu sou a psicóloga da empresa e por coincidência sou amiga do
seu noivo, ou sei lá o que são. — Por uns instantes a Vanessa para de chorar
e olha para nós dois.
— Vocês dois estão juntos? — Ela fica nervosa, e percebo que ela
está envergonhada, passo pela Liza e fico próximo dela na cama.
— Não meu amor, eu e a Liza somos apenas amigos e nada, mas
que isso, eu saio apenas para conversar com ela. — Olho para a Liza e ela
me incentiva a continuar a falar. — Eu me senti horrível todas às vezes que
fala do Guilherme como se ele não fosse meu filho.
Ela me encara sem realmente entender o que estava tentando falar, a
Liza toma a minha frente e pega na mão da Vanessa.
— Querida, não se sinta mal em como o Gustavo está falando para
você, mas ele também tem as questões que vocês dois vão ter que resolver
juntos, sei que na sua cabeça ainda existe a dúvida de quem é o pai do
Guilherme, mais acredito que realmente ele seja do Gustavo ou seu irmão
não teria entrado em contado com o irmão dele pedindo ajuda. — Liza faz
com que ela relaxe com o que ela disse. — Vou deixar vocês sozinhos,
tentem conversar um pouco, acho que precisam apenas se reconhecerem. —
Ela fala rindo e me dá, um beijo na minha bochecha e se despede da
Vanessa.
— Preciso ir, o Luigi está me esperando, saímos um pouco. — Ela
sai toda empolgada com o tal encontro e volto a minha atenção para a
Vanessa que estava me olhando sentia tristeza dela.
Fechei a porta do seu quarto e baixei as persianas, olhei para ela
pedindo permissão e me deitei na cama ao seu lado.
— Me perdoe por sair assim do quarto e deixando você confusa,
mas eu também estou frustrado, sei que sua cabeça está confusa, mais eu
me sinto excluído toda vez que você diz que ele é somente a seu. — Com a
sua mão boa, ela puxa meu rosto para perto do seu.
— Gusta, no dia que ele nasceu eu tentei tanto falar com você, mas
não tinha seu contato pessoal e não consegui passar por seu assistente, ele
disse que tentasse outro golpe, o Gui nasceu um menino lindo tão parecido
com você, ele foi crescendo e a cada dia se parecia mais ainda, e não
conseguia falar a verdade, eu tinha medo da sua reação de como iria me
tratar depois que soubesse. — Ela volta a chorar em meus braços e preciso
dar carinho para a mulher que acima de qualquer coisa eu a amo.
— Me perdoe Gustavo por não fazer o certo quando deveria, eu
deixei que a mágoa por ver você com várias mulheres me influenciasse. —
Nosso beijo, faz saudade e a paixão explode entre nós dois, fico fazendo
carinho em seu rosto e prendo o seu cabelo atrás da orelha.
— Encontraremos o nosso menino, mais preciso que fique calma e
não se desespere, o Bruno vai nos ajudar a encontrar eles dois e tentar
descobrir onde está o que o Carrillo tanto quer de você.
Volto a beijar com carinho e as suas mãos vão para os seios que
devem estar ficando cheios novamente.
— Preciso esvaziar eles, depois que você saiu consegui me lembrar
de muitas outras coisas sobre a nossa vida e dos últimos dias também. —
Saio do seu lado e vou até onde a enfermeira havia deixado a bombinha já
esterilizada para que pudéssemos usar outra vez e mandar o leite para a
doação, a partir de hoje serei tão presente na vida dela e do Guilherme que a
única solução será aceitar ser minha esposa.
F ico feliz em saber que o médico
não vê a necessidade de me
manter presa aqui no hospital, e
como pelo que me lembrei o Gustavo não vai me deixar ficar sozinha em
casa, e ainda corro perigo com os capangas do Carrillo, acho que será muito
melhor na casa dele cercada de seguranças que fugindo.
Infelizmente ele não conseguiu nenhuma informação concreta de
onde eles poderiam estar e tenho ficada aflita com isso a cada hora que
passo sem alguma notícia e sei que ele tem ficado preocupado também.
Mas mesmo que eu sinta que o Guilherme seja do Gusta, eu não
tenho certeza nenhumas das minhas lembranças me levam para essa
confiança que ele seja o pai do meu bebê, espero que minha memória volte
antes que encontremos o meu irmão e meu bebê.
Tirei leite o suficiente para que o incomodo em meus seios me
deixassem descansar, Gustavo estava deitado comigo na minha cama e ele
abraçava minha barriga, sentia a sua respiração tranquila no meu ombro e
consigo perceber o quanto ele parece mais maduro, ele está diferente do que
eu me lembro dele, está até mais bonito com a minha mão livre faço um
carinho em seu rosto e chorei tanto por esse homem, o quanto sofri por ele
ainda sinto meu coração partido por deixar ele.
Os parentes do meu pai não me querem viva, na verdade, eles só
querem a informação que eles imaginam que eu tenha, e eu não imagino
onde fica o que eles querem.
Acredito que o Gustavo já tenha conseguido alguma informação
sobre o quem são os Carrillo e sabe em que estou metida.
Continuo olhando para o seu rosto e tento puxar na mente nossas
lembranças e me lembro de escrever o meu bilhete para ele e o bilhete que
deixei debaixo da porta do Eduardo, me sinto péssima com o que fiz e a
vontade de chorar aperta e deixo o choro sair baixinho e acabo acordado
ele.
— O que houve Nessa, está sentindo dor? — Nego com a cabeça.
— Não apenas me lembrei da última vez que estivemos juntos. —
Olho em seus olhos e quero que ele veja o arrependimento que estou
sentindo.
— Não se preocupe com isso querida, é passado e quando toda a sua
memória voltar poderemos voltar a falar sobre isso. — Ele enxuga minhas
lágrimas. — Venha morar comigo, venha para Vegas e depois podemos ir
para Miami, ou se quiser podemos ir direto para lá. — Ele me propõe como
se fosse a coisa, mas fácil do mundo.
— Não é assim Gusta, tenho minhas coisas aqui, e meu irmão está
por aí… — Ele segura a minha mão no seu peito e passa uma das pernas
sobre a minha.
— Não se preocupe, já pedi para a minha assistente preparar a sua
mudança, então até o fim da semana tudo estará em Vegas ou em Miami,
onde preferir.
Olho para ele e dessa vez sinto ser o certo a ser fazer, ele é minha
segurança , o beijo com desejo e saudade.
— Isso é sim — Ele fala entre um beijo e outro.
— Sim, acho que lutei muito no passado contra você, e hoje depois
de tudo isso que passei, sei que meu lugar é ao seu lado. — Ele abre um
lindo sorriso e continua a me beijar.
Tocamos vários carinhos e conversamos um pouquinho sobre tudo o
que já me lembre nas últimas horas e ele fica impressionado em como
consegui me virar tão bem com o dinheiro que peguei dele.
— Quando você se lembrar em como conseguiu levar todo aquele
dinheiro, eu quero saber, porque era um valor muito alto. — Ele ri e eu
também, mais ainda não me recordo de muitos detalhes.
Após horas conversando e tirando o peso da saudade e o medo do
desconhecido com quem tenho certeza que amo e assim que todos os meus
problemas tiverem uma solução e for a vontade dele, eu entrarei de cabeça
nessa relação.
Pela manhã o ortopedista veio e disse que ele só estava me
mantendo internada devido à situação neurológica, então assim que a
família do Gustavo chega eles me ajudam a me arrumar para saímos do
hospital, escolho um vestidinho leve com alças de amarrar para facilitar a
minha vida, e vamos direto para o hotel onde todos estão hospedados.
Quando chegamos no quarto do Gustavo, minha mala ele colocou
em cima de uma das cadeiras que tinha por lá, e a Bia entra logo em
seguida.
— Gusta a Carol me ligou, pediu para que olhe o seu telefone, eles
mandaram a localização do Juan e do Gui. — Meu coração falta pular pela
boca com a notícia e tento me levantar da cama para chegar mais perto
deles para saber o que realmente está acontecendo com o meu irmão e meu
filho.
— Calma Vanessa, assim você pode se machucar… — Estava quase
em pé, quando o Gustavo veio para o meu lado e ajudou a Bia a me por
novamente na cama e me mostrou o que havia acabado de chegar para ele.
Era uma foto de um caixa eletrônico, meu irmão estava no caixa e
tinha uma moça segurando o Guilherme no colo que estava brincando com
um mordedor e estava rindo, fico até um pouco mais aliviada, e me
impressiono quando leio a localização da foto eles estão no Mississípi, fico
e muito orgulhosa ele conseguiu fugir, mais levou alguém com ele para esse
nosso mundo de fuga o que é bastante perigosa para gente e para qualquer
outra pessoa que estiver por perto.
— Eles estão bem viu? — Bia tentava me consolar.
— Ele é tão pequeno, não tem nem ideia do que está acontecendo ao
redor dele. — Gustavo me abraça e deito minha cabeça em seu ombro.
— Aqui está dizendo que em dois e no máximo três dias eles
chegam na Flórida, tenhamos fé que eles vão conseguir chegar a salvos na
casa da minha mãe. — Não consigo me lembrar se meu irmão conhece o
endereço da casa da dona Leticia, mas tenho fé que fiz o certo e ensinei o
máximo que pude para que ele saiba ficar seguro.
— Está quase na hora do almoço, nossa sogra pediu que o nosso
almoço viesse para o quarto de vocês caso não se importe. — Fico feliz
quando ela se refere a dona Leticia como a nossa sogra e fico rindo. — Que
carinha feliz é essa.
— Nada muito importante não. — Gustavo se afasta e ela me
pressiona um pouco mais para saber. — Gostei de ouvir você dizendo que
ela é nossa sogra. — Ela fica rindo.
— A Leticia e o Afonso, nunca aceitaram que qualquer outra mulher
que não fosse você tivesse convívio com a família, e caso não saiba o Gusta
foi deserdado assim que você realmente sumiu, mas todos sabíamos que
uma hora ou outra teríamos que te encontrar novamente.
Vejo em seu olhar a sinceridade de me contar o quanto sou querida
pela família, e me sinto péssima por fazer as escolhas que fiz.
Olho para o Gustavo que havia ido abrir a porta, agora para seu pai e
irmão que estavam conversando com alguém no telefone e dona Leticia
entrava no quarto com várias coisas nas mãos.
— Sei que ama a nossa culinária Brasileira, então trouxe os
cardápios para que possamos escolher o que seria o nosso almoço. — Ela
põe vários cardápios na cama e fazemos a nossa escolha, ela fica empolgada
me contando o que tem acontecido nas redes sociais dizendo que sou a
noiva do Gusta e me mostra as diversas noticias que tem com os nossos
nomes.
— Pessoal, sei que vocês já sabem que me chamo Yolanda Carrillo,
mas gostaria muito que continuassem me chamando de Vanessa, esse nome
é de um passado que eu adoraria esquecer se pudesse. — Elas concordam
comigo e por horar decidimos não falar mais sobre isso, temos que esperar
o que os amigos do Gustavo vão fazer para me ajudar com o Carrillo.
— Querida está na hora do seu remédio, pegarei ele para que tome
antes do nosso almoço. — Ele sai do quarto, imagino que deva ter ido pegar
em algum lugar.
Ele volta e me entrega a medicação, depois de um tempo nossa
refeição chega e nos acomodamos para poder comer, ficamos rindo e sei
que todos eles estão contentes em me ver, até mesmo a Helena quando falou
comigo por videochamada.
No início da tarde Eduardo e Afonso e as meninas voltaram para os
seus quarto e sentia que o sono começava a me dominar, esse remédio que o
neurologista me passou é ótimo para a dor de cabeça, mas também sinto um
sono terrível.
— Finalmente sozinhos. — O Gustavo se aproximava da cama
tirando a camisa, e deixando a mostra aquele seu abdome trincado e muito
lindo, quando chegou mais perto da cama ele tirou a calça e ficou apenas
com a sua cueca, meus olhos foram para os seus.
— Eu também estou desejando me lembrar do seu corpo Gusta,
mais minha condição física me impede. — Ele engatinha na cama e me dá
um sorriso safado e puxa uma das alças do meu vestido.
— Há querida tenho várias ideias…
E stá trazendo a Nik comigo é
muito perigoso para ela, mas sei
que nunca teria conseguido fazer
isso sozinho com o Guilherme, ele é muito pequeno para entender o que
esta acontecendo na nossa pequena família, e tenho quase certeza que a
família do Gustavo estão tentando nos localizar, mesmo que eu não tenha
dito para o Eduardo que o Gui é seu sobrinho eles não deixariam que o filho
da Vanessa sofresse algum mal, sei que ela será obrigada a contar agora
para eles quem é o pai do Gui.
Estamos na nossa primeira noite na estrada e decidi parar em um
hotel de beira de estrada e acho que será mais fácil nos identificar como um
casal e nosso filho.
— Nik, acho que precisamos parar um pouco, eu estou cansado e o
Gui precisa tomar banho e descansar em uma cama, o que acha? — Ela me
olhava pelo espelho e suspirou forte.
— Miguel, se quiser continuar dirigindo assumo para que possa
descansar, mas se quiser parar não me importo também. — Decido parar,
não quero que ela dirija, esse fardo é meu.
Paro o carro no estacionamento e vou à recepção pegar o quarto,
olho para trás e o Gui estava dormindo na cadeirinha ao lado dela, saio do
carro e pego a pequena bolsa do Gui e a Nik começa a se arrumar com ele
para sair comigo, ela pede para que eu vá à frente, consigo pegar um quarto
sem muita dificuldade e a ajudo com o Gui que continua tirando o seu
cochilo.
— Vá lá tomar seu banho enquanto ele dorme, quando você sair
entro com ele. — Ela me dá um sorriso tímido e entra com a sua mochila
para tentar se refrescar.
Amanhã preciso comprar algum telefone e entrar em contato com a
Vanessa, ela deve estar enlouquecendo sem notícias nossas, e também estou
preocupado em como ela deva estar com o Gustavo por que tenho certeza
que eles já se encontraram e espero muito que ela tenha falado tudo para
ele.
Minha irmã merece ser feliz, ela merece viver a paixão que ela sente
pelo pai do meu sobrinho. Ela é meu maior exemplo de vida, com ela
aprendi tudo o que sei e sempre me apoiou quando precisei, mas dessa vez é
a hora de ela superar esse medo em que vivemos e dividir com o homem
que ela ama os problemas que somos envolvidos, enquanto eu estava
pensando na minha vida a Nik sai do banheiro apenas de toalha e fico sem
entender o que aconteceu, ela estava toda vermelha com vergonha, a toalha
é muito pequena para as suas curvas.
— Desculpa, acabei pegando a sua mochila em vez da minha. —
Ela pega a mochila certa dessa vez e sai andando de frente para mim e fico
sem entender, quando ela chega no banheiro e se vira entendo o motivo a
toalha não cobria toda a sua bunda e então percebi como ela tem um corpo
lindo, a visão que vi foi o suficiente para a minha ereção começar a se
empolgar, viro para a direção que estava olhando antes para mudar o meu
foco de pensamento.
Depois que estávamos devidamente de banho tomado e alimentados,
era hora de decidir como seria a nossa noite, peguei um quarto com uma
cama de casa e um pequeno berço, eu deixaria a cama para a Nik e me
deitaria no chão sem problema nenhum.
Mais aí começaram as dificuldades, o Gui ainda mama a noite ele
começou a chorar querendo mamar e não tinha o que fazer, abri a bolsa de
mamadeiras dele, minha irmã sempre pensou em tudo e encontrei uma
pequena sonda e proponho uma solução para a Nik.
— Lembra quando a Nessa teve que usar essa sonda para ele mamar,
acha que pode fazer isso? — Ela me olhou meio desconfiada, mas acabou
aceitando já que estava preocupada como o Gui estava ficando enjoadinho.
Ela o ajeitou no colo, abaixou a alça da sua camisola e prendi a
sonda no seu seio e fiquei segurando a mamadeira para ela não virar.
— Isso é esquisito, parece realmente que ele está sugando a minha
alma. — Fico sentado no chão olhando para ela com meu sobrinho no colo
e dando de mamar para ele no seu seio, ela é uma mulher bonita mesmo
ainda não tendo idade suficiente para entender as consequências de ter
vindo comigo, mas prometo que vou proteger ela e meu sobrinho com a
minha vida.
— Nik, por favor, não se assuste, mas muito obrigado pelo que esta
fazendo. — o sorriso dela é encantador e pego na mão que ela mimava o
Gui e beijo o dorso da sua mão.
— Acho que ele aceitou meu seio Miguel, ele dormiu, olha aqui. —
Me levanto do chão e me aproximo fazendo com que nossos rostos fiquem
próximos, o olhar dela inocente é tão lindo que não resisto e levanto seu
queixo.
— Há muito tempo quero beijar você Nik, mas quero que você me
permita fazer isso. — Não quero tirar proveito dela, quero que ela sinta que
tem opção de negar qualquer coisa comigo.
— E há muito tempo quero ser beijada por você também. — Com
isso eu a ajudo a colocar meu sobrinho no berço enquanto ela vai limpar a
mamadeira dele e tudo o que estava sujo, ela vem até onde estou e o cobre
com a sua mantinha.
— Sabe que não precisa aceitar nada que não queria, não é? — Ela
fica sem voz, e anda devagar e suas mãos vem até meu peito e a seguro ali,
ergo seu queixo e ela é tão baixinha para mim, mas isso não me importa, ela
me deseja também, seus olhos verdes estão dilatados e sua respiração estão
entrecortadas, sei que ela está ficando excitada com essa minha
aproximação sinto que seus mamilos estão enrijecidos, passo a mão por sua
cintura e a puxo para mais próximo de mim e colo meus lábios dela, sinto a
sua maciez a beijo com cuidado e carinho percebo que ela não tem muita
experiencias então tenho calma com ela.
A urgência e o desejo explodem ao nosso redor ergo ela do chão ela
passa as pernas pela minha cintura e me sento com ela na cama que tem a
nossa disposição ali, ela começa a se render ao meu toque ela arranca a
minha camisa enquanto vou abaixando as alças da camisola que ela
escolheu para usar, não é provocante mais acho que qualquer coisa que a
Nicoly use vai me deixar excitado, sempre a respeitei muito a presença dela
em casa e nunca insinuei nada mesmo querendo muito, ela ainda tem
apenas 17 anos e sei que em poucos dias ela fará 18 anos, acredito que a
mãe dela quer me matar.
Nos viramos na cama e me deito por cima dela e sigo fazendo
carinho em seu corpo e beijando seus lábios e desço pela mandíbula até
chegar ao seu pescoço, ela fica cada vez mais excitada que esfrega a sua
intimidade na minha ereção.
— Nik, você já fez alguma vez… — Ela nega com a cabeça, eu me
assusto e me levanto da cama a deixando sem reação na cama e ela apenas
cobre seus seios e se encolhe na cabeceira da cama, seus olhos estão
confusos me aproximo devagar e enxugo uma lagrima que escorreu pelo
seu rosto.
— Não estou rejeitando você, mais imaginei que já tivesse alguma
experiência e não sei se sou o homem que merece um presente tão lindo
como esse, minha pequena. — Ela respira aliviada e deita a cabeça dela, no
meu peito.
— Pensei que não fosse me desejar. — Solto uma risada baixinha
para não acordar o Gui.
— Sinta o meu nível de desejo aqui. — Levo sua mão até minha
ereção e um rubor aparece em seu rosto.
— Faremos o seguinte, não quero fazer isso agora com você assim
em uma cama de hotel de beira de estrada, quero te dar algo romântico, que
possamos deixar o nosso desejo explodir de dentro da gente. — Olho para o
meu sobrinho e ela entende o que quis dizer e começa a rir.
Me deito ao seu lado e entre uma carícia e outra pegamos no sono.
Depois que arrumamos tudo procuramos um lugar para tomar café,
preciso sacar dinheiro da conta de segurança, e espero que minha irmã não
me mate depois que nos encontrar, fico rindo vendo a diversão dos dois
enquanto eles tomam o café deles.
Chegamos a Mississípi e lá consigo comprar um celular pré-pago e
ligo para o Eduardo que deve está aflito com o nosso sumiço.
— Bom dia, Eduardo é Juan…
— Graças a Deus estamos todos muito preocupados com vocês,
aconteceu um problema aqui, a Vanessa sofreu um acidente, ela foi
atropelada e isso não é o pior, ela perdeu a memória… — Nem o deixo
terminar de falar.
— Como assim, ela está sozinha, eu confiei que o Gustavo iria
cuidar dela. — Colo a mão no cabelo desesperado e penso em voltar para
perto dela outra vez, fiz errado em deixar que eles se acertassem.
— Fique calmo, que ela está sendo muito bem cuidada e logo vocês
estarão juntos, mas me diga onde estão que mandaremos um jatinho para
pegar vocês e levar direto para Miami. — Enquanto ele falava vi que alguns
homens entravam na loja de eletrônicos, me assusto com a movimentação.
— Rastreie a ligação, eles nos encontraram e deixarei o Guilherme
com a Nik em segurança e com dinheiro, eles me encontraram aqui. —
Deixo a chamada ligada e entrego minha carteira para a Nik, pego apenas
minha identidade, olho para ela e beijo os seus lábios. — Faça tudo o que
eles te disserem, preciso deixar vocês dois aqui em segurança, pegue o
carro e vá encontro com essas pessoas na ligação e diga a minha irmã que a
amo.
Beijo ela mais uma vez e saio da loja sem olhar para trás e com o
dinheiro que eu tinha vou até a rodoviária e compro uma passagem para
uma cidade qualquer, olho para ver se aqueles homens vinham atrás de mim
e por sorte eles não perceberam que entrei sozinho, agora é com o Gustavo
ajudar meu sobrinho chegar em segurança.

— Você é difícil de ser encontrado em Miguel, Carrillo te espera…


— Ouço um dos homens atrás de mim falando.
V er esse homem engatinhando na
minha direção me deixa excitada,
faz lembrar de várias vezes que
ele me desejou, que me possuiu e principalmente me fez dele, suas mãos
percorriam pelo meu vestido e sentia meus pelinhos arrepiar por onde ele
me tocava, minha intimidade ficava cada vez mais lubrificada e desejava
que ele me fizesse dele novamente, mas com esse monte de gesso e com dor
seria complicado sentir prazer.
Ele começava a beijar a parte interna da minha coxa sinto um prazer
se formando no meu ventre, minha mão livre foi para seu cabelo e o puxei
em direção aos meus lábios, ele com cuidado veio em minha direção para
não por peso na minha perna.
— Hum, acho que tenho uma gatinha manhosa me desejando aqui.
— Apenas dou um sorriso para ele e encosto os nossos lábios, e me rendo a
tudo o que esse homem tem para me oferecer.
Sei que ele ainda sente algo por mim ou não estaria aqui ao meu
lado e ele também não teria me procurado por tanto tempo e feito as
escolhas que fez a fim de me esquecer, enquanto ele me beijava uma forte
dor de cabeça começou a ponte de me faltar ar, ele se assustou com a minha
expressão e tentou me ajudar.
— Me diz o que precisa Vanessa… — Quando ele falou meu nome
falso, uma chave virou na minha cabeça e uma lembrança retornou.
LEMBRANÇA ON

Hoje meus pais estão discutindo logo cedo, semana passada foi meu
aniversário de dez anos e o Miguelito está com cinco e a cada dia ele
descobre uma maneira diferente de me perturbar, já me queixei de todas as
formas para minha mãe, mas ela só reclama dizendo que sou uma menina
muito chata por isso que ele me perturba, eu sei que ela não gosta de mim e
tento ignorar isso o meu pai me dá todo o amor que eu preciso.
— Vamos Yolanda, está na hora de ir para escola hija. — Meu pai
Pablo me chamava do andar de baixo.
Moramos em uma casa bem grande em Bogotá e meu pai trabalha
com alguma coisa que é perigosa, acho que ele deva ser policial, já que ele
vive andando armado, hoje ele vai me levar para a escola já que minha mãe
disse que não se daria a esse trabalho.
— Vamos apenas fazer uma pequena parada meu amor, vamos nos
encontrar com o seu tio Hector antes de deixar na escola, tudo bem? —
Sorrio para o meu pai feliz com o que ele diz, eu amo a família do meu pai,
sinto que eles gostam mais de mim que minha mãe.
Chegamos a uma casa onde já moramos um tempo atrás.
— Um dia, meu amor, eu te darei um tesouro que fica no meio das
paredes da nossa primeira casa. — Ele fala rindo e me ajuda a sair do carro.
— Mas é um segredo meu amor, esse tesouro é algo que quero deixar apena
para quando você estiver maior e entender o que pertence.
O que meu pai fala naquele momento não faz sentido, então deixo
de mão e vou entrando com ele pela nossa e quando vejo meu tio vou
correndo para o seu colo.
— Oi, titio, estava com saudades porque não foi lá em casa no meu
aniversário. — Ele suspira e vejo ele olhar para meu pai meio triste.
— Problemas de adulto, minha princesa, mas o titio promete que vai
sempre está perto de você. — Meu pai fica irritado com a promessa do meu
tio.
— Chega Hector, combinamos que não iriamos levar esse assunto
adiante. — Meu tio me mostra algo no jardim e vou até lá olhar, vou até lá e
está cheio de homens e se eu chegava perto de cair eles corriam para me
ajudar, olho para dentro e vejo meu pai e meu tio brigando feio, tento
chegar até eles mais os homens me impedem de entrar, a muito custo eles
são separados e começo a chorar vendo que eles brigaram feio.
Meu pai vem até onde estou e ele me puxa para perto dele, vejo que
tem sangue em seu rosto e começo a chorar, ele me ajuda a entrar no carro.
— Hija, hoje não podemos ir para a escola, tudo bem, papai precisa
voltar em casa para conversar com a sua madre, e preciso que cuide do seu
irmão hoje tudo bem? — Ele fala comigo enquanto ouvimos meu tio
gritando por ele descendo da escada.
— Ela tem que saber, Pablo, me desculpa pelo, o que aconteceu…
— Não consigo ouvir o resto da conversa, meu pai fecha a porta do carro e
se afastam para conversar, mas mesmo assim eles dois continuam brigando.
Meu pai entra no carro e voltamos para a nossa casa, ele me ajuda a
descer e vou atrás do Miguelito, fazer o que prometi ao meu pai enquanto
ele conversava com a minha mãe.
— Florzinha, porque eles estão brigando? — levo ele para um
pouco mais longe de casa para que ele não ouça a discussão e tento brincar
com ele, uma movimentação começa em casa e seguro meu irmão mais
perto de mim, e de repente um homem estava carregando a mim e meu
irmão caiu no chão chorando.

LEMBRANÇA OFF

A dor de cabeça ficou cada vez forte e uma ânsia começa a se


formar, tento me levantar sozinha e não consigo, acabo caindo no chão e o
Gustavo pega o cesto de lixo onde começo a vomitar dentro dele e as
lembranças da minha infância e de cada fuga começa a voltar dentro da
minha cabeça e uma ânsia depois da outra começa depois da outra.
— O que houve Vanessa, preciso levar você de volta para o
hospital? — Nego com a cabeça e preciso ir ao banheiro.
— Me ajude a chegar até o banheiro, por favor, Gustavo. — Ele me
põe em seu colo e em instantes estou no banheiro lavando a boca e
molhando meu rosto, que estava molhado de suor.
— Me lembrei da minha infância, Gustavo, meu pai e meu tio
brigaram feio por algum motivo relacionado a minha mãe, não consigo me
lembrar bem. — Ele me entrega uma toalha e enxugo meu rosto, voltamos
para o quarto, dessa vez vou andando devagar.
— Não se preocupe, querida, cuidarei de você, acho que essa náusea
deve ser porque a sua memória esteja voltando gradualmente. — Ele
começa a rir e apenas balanço a cabeça.
— Acho que quando minhas lembranças com você voltar, não serão
náuseas que terei, acho que será outra coisa. — Ele me olha confuso e ele
faz uma carinha tão bonitinha que não resisto e começo a rir dele.
— Tem graça nenhuma, se pelo menos se lembrasse o que realmente
precisamos. — Deslizo meus dedos por sua barba e me aproximo dos seus
lábios.
— Você deseja que eu me lembre das vezes que me teve na cama e
me fez sua? — Meu tom de voz fica, mas sensual para conseguir alcançar o
que quero dele.
— Há, querida, isso é o que eu também desejo, mas quero você se
lembrando de tudo e não apenas de fragmentos da sua história, minha linda.
— Ele é sincero no que me fala.
— Estou tão preocupada com o meu irmão e o Gui, sinto que eles
estão bem, só não consigo entender o porquê ele ainda não entrou em
contato com o Edu. — Volto para a cama com o Gustavo tentando me
confortar, mas não consegue muita coisa.
O resto do dia passou bem tranquilo, mas antes do jantar tivemos
um pequeno impasse se ficaríamos em Vegas ou iriamos para Miami, Edu
insistia que seria melhor ir para Miami e ainda estou meio receosa se vou
ou não.
— E se eles voltarem para casa, tenho medo de nos desencontrar. —
Leticia me abraça pelo ombro e tenta me encorajar e aceitar o que eles
decidirem, olho nos olhos de todos que estão me passando um pouco que
seja de confiança por que agora não tenho nenhuma.
— Não se preocupe, onde eles aparecerem colocaremos um jatinho
disponível para que eles sigam caminho até você, não se preocupe cunhada
nossa família logo estará reunida, eu prometo. — Olho para o meu antigo
chefe e consigo confiar mais nele do que no próprio Gustavo e não sei
porque, algo deve ter acontecido entre nós que me fez ficar tão pé atrás com
ele.
— Tudo bem, então vamos para Miami, mas tem como deixar
minhas coisas ainda na minha casa? — Pergunto meio insegura olhando
para todos.
— Por que querida? — Bia me perguntava, olho para ela e dou um
pequeno sorriso.
— Não sei, apenas uma pequena intuição acho que a casa precisará
estar mobiliada. — Eles se olham e aceitam o meu pedido.
— Tudo bem, então vamos para casa ainda essa madrugada, preciso
resolver várias questões sobre a sua identidade e coordenar com o bruno o
que ele conseguiu resolver com o tal de Carrillo. — Quando contei para o
Gusta, ele resolveu contar para todos quando eles chegaram no nosso
quarto.
— Acho melhor ir descansar um pouco para irmos para casa
descansados. — Afonso anuncia e nos despedimos para daqui a pouco
seguir para a casa de meus então sogros como eles exigem que eu os chame.
Que eles estejam protegidos por onde eles estiverem.
A nossa noite foi bem complicada
para a Vanessa que passou a noite
sentido muitas dores quando eu
tentava deixar ela mais confortável, parecia que a machucava em outro
lugar, no fim das contas acabei indo dormir no sofá e não fiquei muito feliz,
queria dormir sentido o seu cheiro e principalmente ter ela em meus braços,
estou aqui na pequena sala do quarto de hotel onde estamos me levanto e
vou para a varanda para beber um pouco e tentar me acalmar dessa agitação
que estou sentindo.

一 O que houve Gusta? — ouço a voz da Vanessa baixinho atrás de


mim.
一 Não devia estar de pé. — Largo meu copo de uísque e me
aproximo dela para ficar de pé. 一 Você devia estar deitada descansando e
não aqui em pé, vejo que continua teimosa. — Ela segura em meu braço
enquanto tento levar ela de volta para a cama, e me impede de continuar e
quando nossos olhos finalmente se encontram observo o desejo neles.
A mão livre dela sobe até meu pescoço e me faz um carinho onde
ela consegue alcançar, consigo relaxar um pouco sentindo que ela também
quer estar comigo.
一 Sim, eu devia estar deitada, e você também em vez de estar
bebendo aqui sozinho, mas se quiser companhia, eu terei o prazer de estar
com você aqui enquanto põe sua frustração para fora. — Beijo seus lábios e
ajudo ela a se sentar no sofá e volto a pegar meu copo. — Quer uma água
com gás? — Ela nega com a cabeça.
一 Vamos lá me diz por que está com essa cara de irritado Gustavo.
— Ela dá, um tapinha ao seu lado no sofá, solto um suspiro e viro o que
restava no copo, sinto o líquido descer queimando minha garganta, mas não
adianta ficar sofrendo sozinho, eu a tenho agora comi, o mesmo que não
tenhamos nenhum compromisso e eu quero isso, mas não sei se ela quer.
一 Vanessa seja sincera comigo, por favor. — É difícil demonstrar a
minha fraqueza para uma mulher e principalmente para a mulher que por
causa dela sofri durante muitos anos e me transformou em um homem que
apenas gosta de se satisfazer com elas.

一 Me diz o que precisa Gustavo. — Ela estava falando com calma,


mais em nenhum momento deixou de me olhar nos olhos.
一 Existe alguma chance de nos dois, nos tornar muito mais que
pais do Guilherme, estamos trocando carinhos um com o outro e acho que
estou ansioso, quero mais sabe, quero mais com você, quero que tenhamos
uma história e não me importo que esteja sem memória daquele tempo que
ficamos juntos, podemos muito bem-fazer novas memórias e com a ajuda
do Bruno nos livrar do Cartel que tem perseguido você e o seu irmão. —
Ela deita a cabeça no meu ombro e suspira forte.
一 Gusta, durante meses pensei em te procurar e contar a verdade
sobre o Guilherme, mais dia após dia você saia nas revistas e jornais com
mulheres diferentes, e quando eu descobri estar grávida, céus foi o dia mais
feliz e assustador que tive. — Me esquivo e a faço se virar para mim e o
meu olhar assustado para ela quando eu ia falar algo, ela me cala com o seu
dedo nos meus lábios. 一 Eu me lembrei de muita coisa agora enquanto
estava dormindo e quando eu ia te contar você não estava na cama, eu ainda
te amo Gustavo e me perdoe por não procurar você quando descobri estar
grávida do nosso filho, assim que cheguei no Brasil tomei uma pílula do dia
seguinte, mais fiquei doente e precisei tomar alguns remédios, lembra que
chegamos a Vegas eu estava bem resfriada, acredito que tenha cortado o
efeito do contraceptivo e dois meses depois eu tinha um positivo nas
minhas mãos, e na mesinha do laboratório tinha uma entrevista sua com
uma loira em Nova York, e eu fiquei com medo que dissesse que o filho não
era seu que me exigisse o DNA e depois me tomasse o bebê que havia
acabado de descobrir, me perdoe por esconder o seu filho Gustavo, eu agi
com medo e pavor e um pouco de vergonha. — Ela começou a chorar na
minha frente e finalmente uma conversa sem travas no nosso meio, me
ajoelho na sua frente.
一 Eu te amo Vanessa, e todas as outras que levei para cama nem se
compara a você meu amor, eu sofri durante meses tentando te esquecer,
causei uma briga enorme no meio da minha família por todos eles te
amarem, minha mãe disse que não aceitaria outra mulher que não fosse
você minha joia. 一 Fiz um carinho em sua bochecha enquanto secava
uma lágrima que descia.
一 Te procurei por muitos lugares Vanessa e quando não achava
descontava a minha frustração na primeira mulher parecida com você que
encontrasse, um dia eu te achei em Buenos Aires estava grávida e
acompanhada por seu irmão, naquele dia meu mundo se quebrou em vários
milhões de pedaços e naquela semana depois que voltei para Vegas morri
um pouco a cada dia até que conheci o Luigi que me socorreu e me levou
para uma clínica e me limpei de tudo o que usei para tentar esquecer de
você, te amar naquele momento foi a coisa que mais me fez mal, usei tanta
coisa que quase morri por overdose Vanessa, hoje graças a Deus estou
limpo e aos pouco tentava me acertar com as escolhas que você fez, mas
agora entendo o porquê decidiu sair da minha vida. — Ela estava com a
mão em suas bocas surpresa com o que acabei de relavar para ela, uma
coisa que nem a minha família sabe.
一 Gustavo, me perdoe por tudo o que causei a você, não era essa a
minha intenção, eu sempre imaginei que ficaria bem e se recuperaria na
cama com outra mulher em poucos dias, não queria o seu mal, pelo
contrário eu te deixei justamente para te manter seguro desse meu passado
tão nojento que herdei do meu pai Pablo e dessa perseguição que meu tio
Hector insisti em realizar, me caçando por qualquer lugar que ele nos
encontra. — Saber que ela me deixou com a intenção de me proteger me faz
sentir pior ainda por que eu apenas pensei na dor que estava sentindo na
época e não na dor que ela devia estar sentindo também.
一 Guilherme é seu filho meu amor, me perdoe por demorar quase
três anos para te falar os meus segredos Gusta, não esperava que tudo isso
fosse necessário acontecer para que pudéssemos colocar todos os pingos
nos is que deixei sem me explicar a você. 一 No instante que ela para de
falar sem pensar duas vezes eu a pego no colo e voltamos para o quarto,
começo a tirar a minha roupa de qualquer jeito, Vanessa começa a rir do me
desespero, ela com apenas uma mão tenta tirar a camisola que estava
usando, seus seios estão maiores devido ela ainda amamentar o nosso
menino, ela já estava sem calcinha e vi a cicatriz do parto do Guilherme,
entro no meio de suas pernas e sem nenhum pudor passo a língua por toda a
sua extensão e ela se estremece em baixo de mim, ela tenta me olhar mais
não quero plateia quero que ela sinta tudo o que quero dar a ela.
Ajudo com meus dedos a separar seus lábios e passo minha língua
por toda a sua extensão e consigo fazer ela gemer meu nome, com cuidado
coloco meu dedo dentro dela, e percebo que está bem apertada.
一 Não posso negar que meu ego foi bem massageado agora em
saber que não esteve com outra pessoa há muito tempo, minha rainha. —
Ela começa e olho para ela estreitando os olhos na sua direção.
一 Posso não ter feito sexo com um homem Gustavo, mas cada vez
que eu via você eu usava o meu Ricardão. 一 No susto fico de joelho na
cama esperando uma explicação.
一 Quem é Ricardão, quero saber agora ou não volto a te dar prazer.
一 Ela fecha as pernas e vira de lado para mim e ver aquela safada rindo
me faz esquecer que ela esta com a perna e o braço quebrado, dou um tapa
na sua bunda com força e volto a abrir a perna dela e me faz ter uma ideia.
一 Tudo bem, não quer me dizer, então se prepare. — Levanto da
cama e pego alguns cubos de gelo e coloco na boca, há se ela acha que vai
me fazer ciúme apenas por que tentei esquecer ela, esta muito enganada,
sou um homem controlado, não tenho ciúmes, voltou para a cama e ele
tinha uma cara debochada na minha direção.
Volto a chupar aquele lugarzinho, que está endurecido de prazer e
cada vez que toco nela com a minha língua gelada ela geme alto e solta
alguns palavrões.
一 Estou quase gozando Gustavo… — Nesse momento me afasto
dela, que me olha como se fosse me matar e eu apenas a desafio. 一 Há
será assim não é…
Ela tenta se levantar, mas não permito, porque torturarei ela aqui até
me dizer quem é esse tal de Ricardo, abro suas pernas novamente e coloco
meus dedos dentro dela e a sugo fazendo ela relaxar novamente, quando ela
estava perto de gozar eu me afasto.
一 Poxa, Gusta não faz isso, é cansativo e chato… — Ela faz uma
carinha que fico com dó, então pergunto.
一 Quem é Ricardão? 一 Ela cai na gargalhada.
一 É por isso que você esta me torturando, é um vibrador Gustavo.
— Ficamos nos olhando, então começamos a rir, saio do meio de suas
pernas e beijo seus seios, mais nesse momento quero me enterrar dentro
dela, sentir o seu calor, sentir ela por dentro, eu preciso amar ela de novo.
一 Amor, eu não tenho preservativo na minha carteira, mas juro
para você que nunca transei sem camisinha e… — Olho em seus olhos e
perco a coragem de falar para ela o que fiz.
一 Não tem problema, amanhã tomo algo só me faz sua novamente
e dessa vez vai se para sempre Gustavo, chega de fugir do que sinto por
você meu amor. — Ela fala isso quando entro nela e fazemos amor com
calma nos relembrando de cada parte dos nossos corpos e quando
estávamos quase gozando olhei em seus olhos e deixei que meu orgasmo
marcasse ela mais uma vez, com ternura sai de dentro dela e tratei de limpar
a mulher que eu amo.
一 Vanessa preciso falar algo para você, mais quero que tenha a
mente aberta, tudo bem? — Ela concorda com a cabeça. 一 Um tempo
depois que conheci o Luigi uma mulher apareceu dizendo que estava
grávida dele e isso me assustou muito, então tomei a decisão de fazer uma
vasectomia para não correr o mesmo risco que ele, como você sabe hoje
meu patrimonio cresceu muito mais do que eu já tinha no passado. — Sua
mão vem até meu rosto e me puxa para mais um beijo.
一 Não se preocupe com isso, temos o Guilherme e se um dia
quisermos ter outro filho podemos procurar outros meios. — Respiro
aliviado por ela não ter ficado triste com a minha decisão. 一 Vamos
descansar, que daqui a pouco seu irmão aparece aqui para nos acordar.
Beijo o alto da sua cabeça e fico fazendo carinho até que
conseguimos finalmente dormir, sinto calor e tiro a coberta de cima de mim
e deixo apenas cobrindo a nudez da Vanessa, vai que o meu irmão abra a
porta e nos pegue assim. No meio da madrugada o meu telefone começa a
tocar, atendo é meu irmão avisando que está na hora de ir.
Ajudo a Vanessa a se arrumar, após estarmos prontos a minha
família vem me ajudar com a bagagem enquanto ajudo a Vanessa a andar.
一 Obrigada gente por tudo. — Ela agradece a todos que estavam
ao nosso redor.
一 Você é família, estaremos sempre prontos para ajudar você e o
seu irmão e meu netinho também e todos os próximos que vierem minha
nora. — Minha mãe fala agarrada no outro braço da minha mulher.
Porque a partir de hoje a Vanessa ou Yolanda, como ela desejar ser
chamada, será minha mulher, nem que dessa vez eu precise prender ela
outra vez na cabeceira da cama.
L embrar de tudo me deu um alívio
enorme, principalmente em poder
falar para o Gustavo que temos
um filho juntos, meu maior medo era a reação que ele iria ter em relação ao
que escondi de certa forma dele e de todos da família.
Sabia que todos da família Lira gostam muito de mim e sou grata a
todos que agora se uniram para me ajudar a ficar livre de toda essa
perseguição do meu tio e principalmente em achar nosso filho e o meu
irmão, que para piorar ainda mais a situação meu irmão resolveu levar a
Nik com eles, ela pode estar correndo perigo.
Minha preocupação só tem aumentado porque meus seios estão
ficando cada vez mais cheio, mesmo que o Guilherme mame apenas para
dormir, nós dois temos nosso momento de vínculo na hora da
amamentação, tenho feito ordenha e tentando guardar para ele, mas o
Gustavo me incentivou a doar para o hospital que fui atendida.
Depois que conversei com o Gustavo sobre que minhas lembranças
retornaram, aproveitei que ele estava me instigando e acabamos
aproveitando o tesão que estávamos sentindo e nos entregamos a toda
saudade que estamos sentindo.
Já no voo para Miami, minha então autodenominada sogra estava
dormindo na poltrona a minha frente, enquanto o Gustavo estava tentando
me ajudar a coçar a tala na minha coxa, e tentava não fazer barulho rindo
com o que ele estava tentando fazer.
— Gustavo, vamos ficar na casa dos seus pais, não é? — Ele faz
uma careta e nega com a cabeça e questiono o motivo de não ficarmos lá.
— Lembra o que te falei, prefiro ir para um hotel e podemos
comprar uma casa aqui assim que acharmos o nosso filho. — Olho para e
aceito o que ele me diz, não quero que ele e os pais briguem mais por minha
causa.
Bia me tenta nos ajudar e não consegue também, estou começando a
ficar ansiosa para retirar esse gesso da perna, o do braço não me incomoda
tanto.
O voo foi rápido e em pouco tempo estávamos chegando na casa
dos pais do Gustavo e a recepção foi ótima, a pequena Helena que já não é
mais pequena e o Adam.
— Tia Vanessa… — Ela gritava me abraçando. Enquanto Adam
corria ao meu redor querendo atenção.
— Oi, princesa, como você cresceu, minha linda, está com quantos
anos agora? — Ela se sentou no sofá com seu celular na mão enquanto
conversava com alguém.
— Obrigada titia, farei nove anos em poucos meses, mas dizendo
meus pais posso escolher fazer festa aqui ou ir para casa da minha melhor
amiga com a Ariel. — Ela conta todos seus planos para a sua pequena idade
e apenas fico rindo de toda a euforia das crianças.
— Deixe sua tia descansar Lena, não devia estar na escola filha? —
Bia beija a filha e pega o Adam no colo que pede atenção ao pai.
— Deveria, sim, mas acabei acordando tarde e a tia Cleide deixou
que viéssemos para a casa do vovô depois que a senhora disse que
voltariam agora pela manhã. — Ela continua se justificando e fico achando
graça.
— Vanessa falei com a minha assistente, ela disse que conseguiu
alugar uma casa para podermos ficar até que escolha uma casa para
podermos morar. — Às vezes esqueço o quanto eles são ricos, e consegue
tudo com facilidade.
— Ficaremos aqui um pouco mais, quero saber se vamos ter alguma
notícia hoje deles, tenho ficado cada dia mais aflita. — Olho para ele que se
senta ao meu lado no sofá e me rouba um selinho.
— Não se preocupe, logo teremos notícias deles, nossos amigos
estão rastreando. — Ele tenta me passar segurança, e nos assustamos com a
entrada do Eduardo na sala com o celular em mãos e desesperado.
— Alô, Juan… — Eduardo fica em silêncio tentando entender o que
deve estar acontecendo. — Acharam eles, e estou tentando ouvir o que está
acontecendo. — Oi, Nicoly consegue sair dai e ir para algum lugar seguro?
Vejo o Eduardo conversando com a minha “babá” e minha
preocupação fica cada vez maior com a conversa que acontece, tento me
levantar mais não consigo sozinha e Gustavo me ajuda a ficar de pé e me
aproximar da conversa que estava acontecendo, vou pulando em um pé só
até que consigo tomar o telefone de sua mão e falo com a Nik.
— Nik, querida, me diga onde estão, por favor? — Ela gagueja
nervosa e ouvia o chorinho do Guilherme, parecia estar um pouco mais
longe dela.
— Vanessa foi rápido, eles entraram aqui na loja e quando o Miguel
reconheceu, que era os mesmos homens que entraram na sua casa, ele me
deixou segura com o Gui e conseguiu nos deixar em segurança, estou no
carro agora tentando acalmar o Guilherme. — Enquanto eu conversava com
ela, via que o Gustavo estava conversando com outra pessoa e pedia para
que continuasse na linha falando.
— Estou com medo que façam algo com o Miguel Nessa, estamos
nos entregando ao que sentimos um pelo, o outro… — Ela começa a chorar
e nem consigo me conter, meu irmão sempre foi um homem muito
reservado e devido à nossa situação ele nunca quis se envolver com
ninguém para evitar que algo assim acontece.
— Fique calma e tente sair de onde ele deixou você, ele deve estar
fazendo o possível para se afastar e deixar vocês seguros. — Foi isso que
sempre combinamos.
— Estou tentando ir para o aeroporto, mas preciso que ele se acalme
ou chamará muita atenção. — Ouço o chorinho dele ficando mais calmo.
— Achamos eles, diga para ela ir para o aeroporto e dizer que tem
um jatinho a sua espera, providenciarei um agora mesmo. — Eduardo me
fala e repasso o comando para a Nicoly.
— Vá com ele para lá e em poucas horas estaremos todos juntos
Nik, apenas tenha cuidado, tente ficar em lugares movimentados, tudo bem?
— Ela aceita meus concelhos e desligamos o telefone e por fim digo para
qualquer coisa nos ligar.
Assim que ela desliga o telefone olho para ele e todo o medo que
vinha sentido parece que implodem de dentro de mim e sou amparada por
minha sogra e cunhada que tentam me acalmar, enquanto o Afonso tentava
controlar a fúria do Gustavo que também se desesperou.
O telefone tocou mais uma vez e quando atendi era apenas a
confirmação que o jatinho estava preparado e esperando pela chegada da
Nicoly, agora é rezar a Deus para manter ela segura e que os homens do
Carrillo não percebam que meu irmão estava acompanhado.
Eduardo e Afonso decidem que deveriam ir para o aeroporto de
Mississípi para garantir a segurança da Nik e Gustavo me impediu que
fosse, justificando que poderia ser perigoso para mim.
— Não me importo que seja perigoso Gusta, eu quero meu irmão e
nosso filho aqui comigo. — Chorava agarrada em sua camisa e ele tentava
me consolar.
Mas como me consola uma mãe que não vê seu filho que amamenta
há três dias e acabou de saber que o seu único irmão acabou de ser
capturado pelo homem que fugimos a tanto tempo, Bia também tenta me
consolar, até mesmo o pequeno Adam tenta vir para o meu colo e enxuga
minhas lágrimas.
— Num, chola titia, vai passar. — Ele falava com sua voz de bebê e
fico encantada com delicadeza que o sobrinho só Gustavo tem assim como
a Helena.
— Oh, bebê lindo, a titia só está preocupada com seu priminho que
está com a outra titia dele. — Ele aceita a minha explicação e chama a irmã
para brincar, mas antes eles dois me beijam e saem da sala.
— E agora Gustavo nosso filho pode ser pego, ele pode tentar usar
meu menino para conseguir achar algo que não faço ideia de onde estejam.
— Eduardo se aproximou onde estávamos sentados e deu a melhor notícia
que poderíamos receber, assim eu imagino.
— A Carol vai nos ajudar, ela disse que usará a sua influência para
conseguir entrar lá e conseguir tirar seu irmão. — Céus acho que a situação
agora vai ficar pior, além de ser envolvida com o Cartel Colombiano,
também estarei em dívida com uma das chefes da Máfia lá do Brasil.
— Não se preocupe, eles gostam muito do Gustavo e por um filho
dele duvido que ela não faça com que as montanhas se movam para
podermos ter meu sobrinho em casa. — Eduardo falou com segurança e
quando olhei para cada um que estava naquela sala tentando me encorajar,
vi que precisava encontrar o equilíbrio das coisas.
— Quero apenas eles em casa, como isso acontecerá não me
importa, se for preciso que eu vá até a Colômbia e me entregue ao meu tio
farei isso sem pensar duas vezes. — Gustavo segura meu rosto com as duas
mãos e fica negando com a cabeça.
— Isso não acontecerá meu amor, três anos foram o suficiente para
ficar longe de você, ainda mais agora que temos um filho que eu ainda nem
o conheço, vamos esperar e ver o que a Madame Suíça conseguirá fazer. —
Gustavo fala olhando em meus olhos e me sinto segura quando ele me fala
isso, até minha respiração fica mais controlada.
— Não se preocupe Vanessa, eu buscarei meu neto e trago ele para
você, fique tranquila, vamos mandando noticias a todo instante. — Afonso
me fala e logo em seguida eles saem em direção ao aeroporto.
Decidimos que por hoje ficaremos aqui na casa dos pais do Gustavo
e ele me chama para um banho e todos me ajudam a me sentir um pouco
mais confortável e menos ansiosa na espera de alguma ligação.
— Amo você, e trarei nosso filho para casa, minha princesa. — Ele
fala enquanto olho pela janela pensando em tudo o que aconteceu nos
últimos dias.
V anessa ficou tão nervosa com a
saída do meu pai e meu irmão que
minha mãe conseguiu fazer com
que ela tomasse um calmante e dormisse para que não ficasse tão mais
nervosa que ela estava.
Subi com ela para um dos quartos que minha mãe havia separado
para mim e ela, enquanto ela dormia sossegada na cama, escureci o quarto
para que ela não acordasse agora e não ficasse nervosa outra vez, decidi
tomar um banho e me arrumar para falar com os acionistas da empresa do
gasoduto na Argentina.
Depois que vi a Vanessa naquela minha viagem eu não consegui
fechar negócio com o dono da empresa, mas fiquei bastante otimista com
tudo o que ele me apresentou, depois que voltei para Vegas e o Luigi me
ajudou a sair do fundo do poço entrei em contato novamente com o Jack e
quando disse que tinha uma ideia para ajudar ele em manter a sua empresa e
o emprego de todos os funcionários ele ficou muito agradecido pelo que
ofereci a ele e em poucos meses ele conseguirá pagar o empréstimo que fiz
para a empresa dele voltar a subir nos mercado.
Saio do banheiro todo arrumado e minha morena medrosa estava
abraçada com o travesseiro dormindo, abro meu terno e me inclino para
poder dar um leve beijo em seus lábios carnudos e convidativos, um sorriso
aparece e beijo sua testa e começo a sair de dentro do quarto deixando—a
descansar até o efeito do remédio acabar, espero que ela acorde somente
depois que soubermos o paradeiro do nosso filho.
Desço para a minha reunião com o Jack e logo depois será com o
Bruno, ele ainda pouco havia me passado uma mensagem e fiquei bem
intrigado com o que ele tem a me dizer sobre o que o Carlinhos descobriu.
Quando chego na cozinha minha mãe e a Bia estavam preparando
algo por lá, o cheiro estava ótimo e ela se assustam quando me vem todo
arrumado.
— Você sairá filho? — Minha mãe me pergunta com a colher de pau
na mão e a Bia também estava prestando atenção.
— Tenho duas reuniões agora, vim avisar que estarei lá no escritório
do papai e a Vanessa finalmente dormiu. — Elas relaxam o semblante, e me
aproximo um pouco mais da minha mãe.
— Mãe me perdoe por toda a preocupação e raiva que lhe fiz passar,
eu passei por um momento muito difícil e não estava sabendo lidar com a
situação. — Vejo a Bia se afastando e nos deixando conversar sozinhos, sei
que tenho milhões de coisas para pedir perdão a minha mãe, me sento na
banqueta que minha mãe tem na grande ilha da sua cozinha.
— Eu sempre soube que vocês dois iriam voltar Gusta, mas você
não quis nos ouvir, talvez se não tivesse desfilado com todas aquelas
mulheres e deixado ela pensar um pouco e descobrir que realmente te
amava, ela não teria ficado quase três anos longe da gente. — Minha mãe
falou com carinho, havia deligado o fogo das panelas e se sentou ao meu
lado.
— Eu a amo tanto mãe, que estou me segurando para não ter que ir
enfrentar o tio dela para que ela possa viver em paz, se ele quiser entrego
toda a minha fortuna para que ele a deixe em paz. — Ela dá dois tapinhas
na minha mão e volta a me olhar.
— Criei bons homens, e estou muito orgulhosa de saber que pelo
amor para a sua vida toda, não se importa de se desfazer de bilhões de
dólares para que ela fique segura. — sorrio para ela e me sinto bem com o
que a minha mãe me fala.
— Sabe que nunca fui muito ligado nessa coisa de ser um dos
homens na Fobes e na lista dos mais ricos, continuo sendo aquele cara que
gosta de um jeans puído nas pernas, ainda sou seu filho? — Falo segurando
a emoção e a vontade de chorar.
Minha mãe é uma mulher muito paciente, e esse jeito dela quem
herdou foi o meu irmão, porque a impaciência do meu pai veio toda para
mim, eu sei que magoei muito minha mãe com tudo o que falei para ela e
todas às vezes que acusei ela que não queria meu bem, dizendo que ela
sabia onde a mulher que eu amava estava. Ela estava na minha frente e me
abraçou e me senti aquele garotinho acabou de fazer algo errado e estava
pedindo perdão a minha mãe que sempre esteve lá para mim e meu irmão
quando precisamos.
— Você nunca deixou de ser meu filho, o meu menino mais velho e
responsável, sei que o que passou o tirou do eixo e fez que escolhesse um
caminho tortuoso e cheio de espinhos, mais sei que quando chegou lá, no
fundo, conheceu alguém que o ajudou a sair daquele lugar. — Sinto o seu
abraço me confortando e sentia agora que tudo que estava de cabeça para
baixo e fora do lugar se reorganizava.
— Eu apenas quero que ela fique segura, mãe, não quero que ela
continue nessa vida de fuga, a quero comigo e nosso filho também. —
Minha mãe limpa meu rosto, porque estava começando a escapar algumas
lágrimas dos meus olhos.
— Deixe de tolice, você tem bons amigos e sei que tanto a Carol
como o Bruno irá ajudar vocês dois com esse tio dela. — Minha mãe fica
calada e volta para suas panelas. — Filho e se ela souber onde estar tudo o
que o chefão lá quer, será que ele a deixa livre?
Fico pensando no que a minha mãe me disse, mais acho que se a
Vanessa soubesse ela mesmo já teria dito onde fica, e sem contar que nem
ela mesmo sabe o que ele quer tanto com ela.
— Mãe, eu acho que essa perseguição não é apenas uma caça ao
tesouro, acho que deve ter algo a mais nessa situação toda que a Nessa não
faz ideia. — Minha mãe a se concentrar depois que falei para ela e concorda
com a cabeça.
— Você deve ter razão, não é simplesmente uma caça ao tesouro, até
porque a perseguição dele tem muito, mas de quinze anos, ele já conseguiu
o valor que o irmão escondeu dela há muito tempo. — Quanto mais penso
sobre isso, mas tenho certeza que tem algo a, mas nessa história que ela não
deve saber, ou apenas não se lembrar porque era apenas uma criança. — Vá
trabalhar, daqui a pouco subo para ver como ela está e se quer descer para
comer algo.
Dou um beijo na bochecha da minha mãe e vou para o escritório que
ficar no andar de baixo, já tinha na minha mão, meu Ipad, ligo o
computador do meu pai e coloco minha assistente no viva voz para que ela
fique ciente de tudo o que ela precisa fazer junto o Jack.
Temos uma reunião ótima, os dados que ele passou mostrou que
realmente eu já sabia, ele precisava apenas de um bom investidor, agora que
a empresa dele tem ganhado mercado e fazendo exportações ele logo
poderá andar sozinho sem investidores, passo mais algumas instruções para
que ele mandasse para a Rosy e finalizo nossa reunião, permaneço
conversando com a Rosy.
— Conseguiu alguma casa para mim e a minha namorada aqui me
Miami? — Pergunto dela enquanto pego meu celular para mandar
mensagem para o Bruno.
— Achei algumas, tem uma aí no condomínio onde sua mãe mora e
encontrei outras duas onde seu irmão comprou. — Fico pensando um
pouco.
— Marque visita para as duas casas, para a Vanessa poder escolher a
que ela se agradar mais.
Minha assistente me passa mais algumas coisas sobre a minha
empresa e finalizo meu dia de trabalho com ela e consigo ligar para o Bruno
finalmente.
— Oi, meu amigo, como estão as coisas aí com sua mulher sem
memória? — Ele me fala fazendo graça com a minha cara ainda por cima.
— Ela já recobrou a memória, agora está ficando aflita por que o
irmão precisou se separar da “babá” e do meu filho para que eles não
fossem feitos de reféns, estou preocupado com tudo isso Bruno.
— Não se preocupe com isso meu amigo, a Carol teve uma ideia e
pedimos ajuda do nosso amigo da Grécia para fazer uma encomenda com o
Carrillo. — Ouço o que ele tem em mente, e acho que estamos envolvendo
muitas pessoas nessa situação toda.
— Bruno, não tem gente demais envolvidos nisso, estou começando
achar perigoso tudo isso. — Ele rir do outro lado da linha.
— Não ser preocupe, o Júlio também vai nos ajudar mais para que
nosso plano funcione vocês vão precisar ir para Bogotá, e nos encontramos
todos por lá recomendo que contrate seguranças, por que não sei que mania
é essa sua de se confiar apenas por que se veste sem grife? — Dessa vez
solto uma gargalhada.
— Você nem conhece minha “Personal stylist”, ela iria te dizer que
esses trapos que uso poderia ser usado por qualquer homem, e não pelo
CEO da capa da FORBES. — Ele rir junto comigo
— É sério, contrate seguranças principalmente que iremos para um
lugar onde ela é procurada, e deixaremos ela o maior tempo possível com a
Carol para que ela fique segura, já tem notícias do seu filho? — Só de
pensar na Carol com a Vanessa fico até mais aliviado, mais um pouco mais
aflito ela vai querer ensinar ela a se defender se for necessário e a fama dela
é grande.
— Hoje o meu pai e o Edu foram buscar eles no Mississípi, acho
que até de madrugada eles estarão aqui em casa. — Ele parece aliviado com
o que eu falo.
— Então, assim que eles chegarem, venham para o Brasil que
poderemos ir juntos e será um problema a menos. — Fico pensando e ele
tem razão melhor ir todos juntos, ouço uma batida na porta e peço para o
Bruno aguardar um pouco.
— Filho, o seu pai está na linha, eles acabaram de pousar no
aeroporto e querem falar com você, se for a Carol diga que mandei um
abraço. — Confirmo com a cabeça.
— Bruno atenderei o meu pai, e já te retorno. — Deligo a ligação e
pego o telefone da mesa e começo a falar com o meu pai.
— Filho chegamos agora no aeroporto, mas estamos com um
problema, o sinal do celular da “babá” não está se movendo, já tentamos
ligar para ela e apenas chama. — Sinto meu corpo ficar dormente e minha
mãe se aproxima preocupada.
— Não acharam meu filho mãe. — O meu celular começa a chamar
um número diferente.
— Boa tarde! Senhor Lira, creio que tenho alguém que lhe interesse
muito, o que acha de fazermos negócios, seu filho é muito bonito, caso
queira saber seu cunhado ainda esta vivo, mas se a Yolanda não voltar para
casa até o final da semana vou começar deixar o irmão dela sem partes do
corpo até que ela crie coragem e me encare — A voz desse homem
consegue transmitir todo o mal que ele tem, ele desliga a ligação e não me
deixa se quer responder alguma coisa.
Olho para a minha mãe, penso e agora como falarei que ele pegou o
nosso filho para a Vanessa.
A cabei tendo uma crise de
ansiedade quando vi meu sogro e
meu cunhado indo embora para ir
buscar o meu bebê e minha “babá”. Leticia me deu um sedativo que foi o
suficiente para que em poucos minutos eu dormisse tranquilamente.
Sinto que o Gustavo me tira do sofá e me aconchego em seus braços
e cada vez fica mais macio e deixo que minha mente vague pelo mundo que
não existem problemas, nem um tio que me quer a todo custo para
conseguir o tão sonhado tesouro que meu pai deixou escondido em algum
lugar e não sei porque ele acredita que eu tenha essa informação.
Espero que meu irmão tenha conseguido escapar dos capangas do
Carrillo e a Nik tenha chegado em algum lugar em segurança, que nada
aconteça até que Afonso e Eduardo cheguem perto deles dois e os traga
para casa em segurança.
Sinto um leve roçar em meus lábios e aperto mais ainda o
travesseiro que estou abraçada, abro os olhos e vejo que estou na cama
sozinha, então continuo dormindo até me sentir disposta para levantar e
descobrir que meu filho chegou em segurança com o avô e o tio.
Abro os olhos devagar e vejo a escuridão que tem no quarto e vinha
do lado de fora da casa, tiro o meu braço da tipoia e tento me levantar
sozinha, preciso aprender a fazer as coisas sem ajuda, talvez um dia não
tenha ninguém para me ajudar a fazer o básico e sem contar que não gosto
de incomodar ninguém.
Então respiro fundo e me arrasto pela cama para poder ficar em pé,
preciso providenciar uma muleta para que eu possa me mover sem ajuda de
outros pela casa, coloco meu pé para fora da cama e consigo com um
pouquinho de esforço ficar de pé, sinto um pouco de dor mais nada tão ruim
que vai me fazer pedir ajuda.
Caminho até o banheiro e consigo fazer tudo o que queria, e me
sinto vitoriosa não tentarei um banho porque aí já é pedir demais, fui saindo
do quarto bem devagar e me segurando pelas paredes, me impressiono que
a casa esteja tão silenciosa, acho que a Bia deva ter ido embora com a
Helena e Adam.
Estou descendo na metade da escada e ouço as vozes da Leticia com
o Gustavo conversando, mas não consigo entender o que eles falavam,
termino de descer a escada e vou em direção das vozes e percebo que ele
estava chorando conversando com alguém.
Percebo o bom gosto da mãe do Gustavo com a decoração do
corredor para o escritório, me apoio na parede e entro no escritório quando
Gustavo falava que nosso filho foi levado.
Nossos olhares sem encontram e vejo que ele está em pânico e pelo
visto não deve saber o que fazer para pegar o nosso filho do poder do
Hector, ele deixa a sua ligação em espera e se aproxima de mim e me ajuda
a me sentar ao lado da minha sogra.
— Por favor, tente ficar calma que conseguirei resolver as coisas e
buscar nosso filho. — Ele segurava meu rosto, mais o pânico estava
estampado em seus olhos cor de mel, percebi que ele já havia chorado por
que seus olhos estavam vermelhos e o da minha sogra que estava segurando
minha mão também tinha algumas lágrimas e tentava me passar confiança.
Mas conheço o tio cruel que tenho, isso só significa uma coisa, meu
irmão também foi capturado, é hora de enfrentar esse homem que meu pai
fez de tudo para me proteger dele, já são quinze anos, chega de fugir.
— Preciso ir pegar meu filho. — Falo segura da minha decisão, é
minha vez de mostrar ao Gustavo que posso enfrentar qualquer coisa por
nosso maior bem.
— Calma, não perderei você também. Estou conversando com o
Bruno — sacudo a cabeça para que ele preste atenção em mim — Não
Gusta, chega de fugir, se ele quer o maldito tesouro, eu darei isso para ele,
mas quero meu filho e meu irmão bem.
Ele olha para a mãe que estava ao meu lado, e segura a mão de nos
dois juntos.
— Sejam fortes, decidam o que fazer para trazer meu netinho para
casa e todos os outros também. — Minha sogra e sinto a sua tristeza, ao
fundo alguém estava na linha e chama a nossa atenção.
— Gustavo, o Júlio conseguiu entrar em contato com ele e
marcamos um encontro para daqui a uns dias, ele disse que por agora ele
não está fazendo negócios mais que está ansioso para fechar negócios. —
Não sei com quem ele estava falando, não consegui reconhecer a voz.
— Fica aqui, meu amor, conversarei com o Bruno. — Ele se levanta
e beija o topo da minha cabeça e volta para trás da grande mesa do
escritório.
— Bruno, a Vanessa está aqui comigo, e ela precisa saber o que
você tem planejado para conseguir resgatar o nosso filho. — Ouço a
respiração mais pesada e uma pequena movimentação entre eles durante a
ligação.
— Vocês são tudo uns frouxos, Vanessa querida está me ouvindo? É
Carol lembra—se de mim. — Ela falava diretamente para mim, tento me
levantar e minha sogra me ajuda e me aproximo da mesa.
— Oi, Carol, sim, me lembro vagamente, mas sei quem é você, digo
o que você está pensando, faço o que for necessário pelo meu filho e meu
irmão e agora pela Nicoly. — Vou me segurando na mesa e o Augusto me
faz sentar em seu colo, minha sogra retorna para o sofá e fica prestando
atenção.
— Vanessa, eu tenho uma ideia, porém ela é arriscada e estou
confiando no que os gregos fizeram por mim espalhando a fama do meu
nome — ela tenta me passar alguma confiança.
— O que você está pensando em fazer, Carol. — Tenho a sensação
que a ideia dela é beirando a insanidade.
— Te farei a minha sucessora no Suíça, será assim que chegaremos
perto o suficiente para conseguir pegar a sua família, mas precisará ser
durona e não se amedrontar quando ver as coisas. — Respiro fundo, porque
a ideia dela não é de toda tão ruim, e eu sei me defender mesmo não
gostando muito de tudo o que meu pai me ensinou.
— Não tem problema, e eu gostei da ideia mesmo sendo meio
arriscado, estou fugindo por quinze anos, como que fará ele acreditar, que
estou no mesmo mundo? — Ela gargalha do outro lado e acredito que seja o
seu marido também rir.
— Não se preocupe com isso, os nossos amigos da Grécia vão
ajudar com isso. — Ouço o seu marido falando.
— Bom já temos um plano, o Hector disse que teria que ir com ela
até o fim da semana, então vamos nos organizar e esperar meu pai e irmão
voltarem, então iremos para o Brasil para nos encontrar e assim podemos ir
todos juntos, contratarei os seguranças e seguimos com eles. — Gustavo
continuava passando informações para eles.
Eles desligam a ligação e então o Gustavo tenta chamar a minha
atenção e me conta o que o Hector disse para ele, e fico apavorada com o
que ele me diz, mais agora tenho que ser forte e agir com a razão e não
emoção.
— Prometo que pegarei o nosso filho Gustavo e se for necessário
que me deixe para trás pelo Guilherme, não pense duas vezes, cuide do
nosso filho. — Lembrar do jeito meigo do meu filho faz com que um
buraco em meu peito se abra novamente.
— Ele é um menino tão carinhoso, acho ele parecido com você não
só na aparência, mais tudo, apenas me prometa que cuidará dele se for
preciso escolher entre nós para ter meu filho em segurança. — Sinto os
braços dele apertando minha cintura, enquanto seu rosto se aperta no tecido
da minha camisa.
— Não diga isso Vanessa, não consegui nunca superar você no
passado e não seria diferente agora. — Tento levantar o seu rosto para que
ele me olhe, e vejo que a sua mãe sai do escritório nos dando privacidade.
— No passado era somente nos dois Gusta, somos adultos e
suportamos várias coisas, mais nosso filho tem apenas dois aninhos, quero
que cuide dele se for necessário me deixar lá, faremos o possível para que
isso não seja necessário, mais quero que me prometa que manterá ele a
salvo de toda essa loucura.
Consigo tirar o braço da tipoia e passo por seu ombro, tento ignorar
a dor que começo a sentir e Gustavo sabe o que estava querendo, eu
massageava sua ereção que começava sensível em baixo de mim, ele
soltava pequenos gemidos enquanto eu rebolava no seu colo se não fosse
pelo gesso na minha perna, eu com toda certeza, deixaria ele me fazer dele,
nessa mesa linda a nossa frente.
— Deixa de safadeza, mulher, não consegue nem ficar em pé, quem
dirá fazer alguma coisa aqui. — O sorriso dele me deixa com mais vontade
ainda de que ele tire as minhas roupas.
Ficamos no escritório resolvendo tudo o que é preciso para
podermos ir para o Rio e depois para Bogotá, Gustavo não ficou a vontade
de ir direto para Colômbia, então faremos como a Carol nos recomendou,
ele conseguiu os contatos de alguns seguranças e esperamos por eles para
podermos ir para o aeroporto.
Saímos do escritório e Leticia já tem uma mesa preparada para o
jantar, ela disse que daqui a pouco Afonso e Eduardo chegam e vão
descansar, mas que não devo me procurar com nada que a Carol e Bruno
irão fazer todo o possível para nos ajudar.
Seguimos para o quarto, dessa vez ele me ajudar a subir e fico feliz
que pelo menos isso eu consegui fazer.
Agora é esperar pelo que nos espera.
Q uando os homens do Carrillo me pegaram
no ônibus, eu fiquei preocupado que eles
pudessem fazer algum mal para a Nik caso
eles a pegassem também, eu sabia que eles não iriam fazer nenhum mal
nem a mim e muito menos a minha irmã.
Porque sabíamos que o Carrillo não conseguiria tirar nenhuma
informação dela se ele me machucasse, ela teria coragem de tirar a própria
vida, mas não daria o gostinho de vitória ao nosso tio, e se minha irmã
fizesse isso eu até posso ser morto, mas levaria quantos fossem possíveis
junto comigo.
Fico pensando apenas com o Guilherme, o pai dele precisar ser um
pouco mais rápido para conseguir pegar ele antes que os capangas do
Carrillo os encontre, porque se me acharam aqui eles me viram com o
Guilherme e com a Nik em algum momento, mesmo estando em alerta e
preocupado com o que estava acontecendo eu estava gostando da nossa
aproximação, estava ficando cada vez mais apaixonado por ela, espero que
consigamos resolver essa situação o mais rápido possível.
Descemos um pouco mais a frente, e tinha um carro nos esperando
—os me guiam até o carro e entro de bom grado por que não sou besta de
irritar os três caras que estão comigo na SUV, e vamos indo em direção do
aeroporto, começo a sentir uma aflição crescente quando entramos no
saguão e passamos direto pelos policiais que facilitaram nossa passagem.
Olho por todos os lugares e tento pensar em uma forma de fugir
deles e reencontrar com a minha Nik e meu sobrinho, mas não consigo
achar uma brecha para escapar das mãos desses idiotas, fico olhando para
todos os cantos e vários homens de negócios com suas valises
demonstrando serem importantes, pessoas esnobes que se quer olha para o
que possa esta acontecendo ao redor, mais se eu parar para pensar não tem
nada que eu possa fazer já que eles conseguiram comprar a polícia para que
eu passe por toda essa burocracia sem perguntas.
— Espero que com o estímulo você coopere e não nos dê dor de
cabeça, seu tio disse que não devemos tocar em você, mas nada disse sobre
não fazer uma massagem com aquela belezinha ali. — Olho para onde ele
aponta, então bate o desespero em ver a Nicoly com o Guilherme no colo
que estava dormindo no colo dela.
Ela vem caminhando em nossa direção e lagrimas começam a
escorrer dos seus olhos, ela encosta seu rosto no meu peito e tento acalmar
ela nesse momento.
— Minha flor, por favor tenta se acalmar ou eles podem fazer algo
contra vocês dois, e acho que não será ótimo para eles que aconteça algo no
voo, não é mesmo senhores? — Mesmo que eu esteja morrendo de medo,
me demonstro que tenho certo controle para que ela se sinta segura.
— Desculpa, quando eu estava indo entrar no carro depois que falei
com a Vanessa eles me pegaram. — Ela se desculpa e a ajudo com meu
sobrinho tirando do colo dela um pouco.
Eles conseguiram agilizar as coisas e contrataram um avião
particular, temos a autorização para embarcar e ir para Colômbia, espero
que a Vanessa pense em algo para socorrer a todos nós.
Durante o voo o Guilherme deu um pouco de trabalho, sentiu falta
da mãe e principalmente o barulho das turbinas o incomodavam, depois que
o soltamos para andar na aeronave ele ficou um pouco mais tranquilo, até
mesmo comeu nos deixando felizes com aquilo, já estava anoitecendo e
nada de chegar na Colômbia, precisamos fazer uma pequena parada para
abastecer, vou até a aeromoça e peço um pouco de água morna para fazer a
mamadeira do Gui e tentar fazer ele dormir um pouco, a moça tenta dar em
cima de mim e tento me esquivar dela, não quero que a Nik pense coisas
que não existem.
Estico a mão para ela, e sei que ela não gostou muito da forma que a
aeromoça me tratou, ela pega na minha mão e a levo para o fundo da
aeronave por que não deixarei que esses idiotas olhem para o seio da minha
flor, ajudo ela amamentar nosso sobrinho e nenhum momento ela trocou
uma palavra se quer comigo.
— Quer por para fora ou prefere ficar irritada aí sozinha, podendo
descontar a sua raiva em mim. — Enquanto falo com ela, seus olhos estão
presos nos meus, ela solta uma bufada frustrada e fico de joelho na sua
frente, enquanto ela segura o bebê no colo e tentar fazê—lo dormir.
— Sou apenas uma menina Miguel, que aceitou entrar nessa
aventura que nem sabe se vai sair viva, e você é um homem feito que tem
necessidades e eu entendo isso, não temos nada que o prenda a um
compromisso comigo. — Ela praticamente sussurrava para a conversa ser
somente nossa.
— Pode até ser uma menina, mas é corajosa e muito determinada e
tem muito mais que isso, se pudesse nunca teria aceitado te trago comigo,
foi idiotice te colocar em perigo, estou apaixonado demais por você e estou
com medo que algo aconteça com você e sei que jamais vou me perdoar
Nik. — Sinto meus olhos se enchendo de lagrimas, estou apaixonado por
ela, não posso negar isso para mim e nem para ela.
— Mas vi você com a moça ali… — Ela me olha e vejo confusão
em seu rosto.
— Ela realmente deu em cima de mim, mas eu disse que você é
minha mulher e que queria apenas a água. — As bochechas dela ficam em
um tom de rosa que a deixou ainda mais linda com seu jeito vergonhoso,
como o Gui já tinha pegado no sono puxo seu rosto e lhe beijo com carinho
e um sorriso nasce em seu rosto.
— Acho que sou louca, estou talvez perto de morrer e feliz. — Nego
a ela com a cabeça e fico encantado como ela ficou linda com um rosto
mais sereno após me declarar para ela.
— Não se preocupe, tenho certeza que o Carrillo não vai nos fazer
mal, ele precisa da gente vivo para a minha irmã vir e ele consiga o que
quer. — Fico preocupado com isso, porque se a Vanessa soubesse a
localização da fortuna que o nosso pai fez escondido, duvido que ela não
teria contado para que pudéssemos viver tranquilos.
Fico sentado aos pés dela que segurava o Gui como se a vida dela
dependesse disso, ele dormiu pelo resto da viagem toda, a Nik também tirou
alguns cochilos, mas eu não consegui fechar o olho preocupado com o que
me esperava assim que esse avião pousasse.
E de madrugada chegamos no nosso destino, acordei ela com um
beijo e um carinho em seu rosto.
— Vamos minha flor, chegamos! — Os caras do Carrillo começam a
nos apressar e um deles puxa a Nik pelo braço com força, me meto no meio
deles e soco o idiota que tocou na minha flor, ele cai de bunda no chão do
avião e caio em cima dele socando sem parar, sinto que várias mãos tentam
me segurar dou mais uns dois socos em quem tenta me segurar, e quando
ouço o grito da Nik.
— CHEGA! — Ela segurava o Gui mais forte contra seu peito para
que ele não se assustasse com o que estava acontecendo, fico de pé e ajudo
ela passar pelo lado daquele saco de esterco humano, ele continuava caído
no chão, então volto e me abaixo e falo para que ele escute.
— Mantenha suas mãos longe da minha mulher se quiser manter ela
no lugar, não se esqueça que sou Miguel Carrillo e me deve obediência. —
Ele percebe que não estou para brincadeira.
A última coisa que eu queria é usa a influência que esse maldito
nome me dá, mais para proteger minha flor e meu sobrinho pode ter certeza
que faço pacto até com o demônio.
Entramos nos carros que estavam nos aguardando e me desculpo
com ela, não era minha intenção de assustar ela vendo o que aconteceu,
mais quando ele a puxou pelo braço e quase a jogou no chão vi em
vermelho, e perdi a cabeça.
Chegamos no centro da cidade e o carro entra em um edifício muito
bem localizado e com bastante seguranças, eles entram por uma entrada
subterrânea e estacionam em uma vaga qualquer, o motorista abre a porta
do lado da Nik e olho feio para não tocar nela, vejo que o capanga que
esmurrei passou por trás e tinha um pano no nariz, ele estava na frente do
elevador esperando a sua chegada, ele nos aguarda enquanto saio do carro
segurando a bolsa do Gui.
Entramos todos no elevador e vamos para o último andar, enquanto
subimos seguro a mão da Nik e tento pegar meu sobrinho, mas ela disse que
estava tudo bem, que dava conta, a sua mão estava fria e sei que ela estava
com medo, porque eu estava nervoso, só não deixei que ela soubesse.
As portas do elevador se abrem e uma sala ampla e muito bem
decorada estava na nossa frente e quanto mais vamos entrando naquele
lugar as luzes iam se acendendo, havia uma música ao fundo e procuro de
onde ela vinha, e me surpreendo quando vejo Hector Carrillo sentado em
uma banqueta de frente para um piano como se fosse um bom homem, e
não o maior Narcotraficante da América latina.
Ele me olha, fecha o piano com calma e vem andando na minha
direção e primeiro ele olha para o seu capanga que estava com um aspecto
lastimável.
— Vá limpar essa sujeira que você chama de cara. — Ele tenta se
justificar, mais Hector nem responde e vira em minha direção.
Ele me analisa e quando percebe que seguro a mão da minha flor
que eu a mantinha atrás de mim ele me sorri, então abre os braços para
podermos entrar e me indica o sofá para podermos nos sentar.
— Finalmente chegou meu filho, está na hora de termos uma
conversa não acha? — Olho para aquele homem que muito se parece com o
meu pai que me criou e solto a respiração que nem percebi que estava
prendendo.
— Creio que sim.
S aber que esse miserável pegou o
meu filho me fez perder meu chão
por um tempo, minha mãe tentou
com que voltasse a ter foco e não deixar que o meu desespero tomasse
conte e acabasse tomando atitudes que iria me arrepender mais tarde, eu
tentaria não contar para a Vanessa sobre o que acabamos de saber, sei que
ela irá ficar completamente irritada comigo, mas não a quero ficando
nervosa outra vez.
Mas não tive como esconder nada dela, porque a teimosa saiu da
cama e por uma graça de Deus não piorou sua situação, e terminar de
engessar o que ainda estava bom, mas ela acabou ouvindo a minha conversa
com a minha mãe e contei tudo a ela, nossa sorte que continuo com a minha
amizade com o Bruno e como a Carol e a Bia se tornaram amigas devido às
meninas as nossas amizades se estreitaram mais ainda e sempre serei grato
a eles por tudo o que fizerem para conseguir meu filho aqui comigo.
Não consigo dormir desde que subimos para o quarto, ajudei ela a
tomar um banho para se refrescar e mesmo assim estou sofrendo com falta
de alguma coisa, como estou na casa da minha mãe não tenho bebido até
porque o motivo da minha vontade de beber está deitada em meus braços,
não quero pensar que esteja em abstinência nas outras coisas que usei, mas
sinto que minha cabeça está com muitas ideias e não quero dar esse
desgosto para os meus pais e nem para a mulher que está comigo.
Solto um suspiro pesado e vou saindo da cama devagar, decidido em
ir até o bar do meu pai e tomar algo para controlar essa ansiedade de fazer o
que não devo, vou até a minha mala e coloco uma bermuda e saio do quarto
sem fazer barulho e desço devagar para o escritório com o meu celular na
mão.
A casa estava toda escura, então acredito que meu pai ainda não
chegou em casa ou se chegou já deve estar dormindo, olho para o bar que
ele tem e não fico satisfeito com nada que ele tem aqui, mais terá que servir
porque não tem como eu sair daqui agora para comprar nada que seja bom,
e faço uma nota mental que preciso mandar algumas garrafas boas para meu
trocar essas velharias que eles chama de bebidas, pego uísque e coloco em
meu copo e me sento no sofá e envio uma mensagem para a Liza.

GUSTAVO: Oi, Liza, estou com problemas e preciso conversar


para não fazer merda.
Ela é a única pessoa que talvez possa me ajudar com essa crise de
abstinência que parece que está querendo iniciar, sei que é tarde e talvez ela
nem me atenda mais, pelo menos se colocar para fora, talvez melhore um
pouco o que estou sentindo.

GUSTAVO: Durante muito tempo fui um dependente químico e


alcoólico, e com a ajuda do Luigi eu não morri de overdose, mas estou
entrando em crise de abstinência.

LIZA: Deu sorte, estou acordada, seu amigo é melhor que você na
cama. — Me surpreendo que ela esteja acordada ainda, mas ainda que ela
esteja com o Luigi.

Gustavo: Muito obrigado por jogar meu ego lá no chão agora. —


Fico rindo, acho que vamos construir uma amizade.

LIZA: Ficar sozinho agora será pior, pode ser uma brecha para
encontrar uma forma de beber ou de usar alguma coisa, já conversou com
a Vanessa sobre isso com ela?

GUSTAVO: Sim, mas não quero acordar ela agora, recebemos uma
notícia hoje, e é por isso que estou ansioso e angustiado, me sentido
incapaz de se quer proteger meu filho que ainda nem conheço. — Preciso
voltar a fazer terapias, principalmente agora que além de ter a Vanessa outra
vez, tenho o Gui e saber lidar com informações novas podem não ser um
bom caminho para mim.

LIZA: Vamos fazer o seguinte, marque uma hora com alguma


terapeuta e põe para fora tudo o que está sentindo, mas não se entupa com
bebida ou outra coisa pior, onde está a Vanessa? — Ela me disse
exatamente o que já sabia que tenho que fazer.

GUSTAVO: Pedirei para a minha assistente entrar em contato com


você, mas me diz que tem algum horário para amanhã que dou um jeito
para fazer uma consulta online com você. — Não vou ficar a vontade de
conversar com a Bia, sei lá, não quero que a minha família me veja dessa
forma.

LIZA: Ok, ficarei esperando pela sua assistente entrar em contato


comigo, acredito que esteja fora da cama, termine esse copo que deve estar
perto de você e volte para cama e espero que me ligue amanhã, boa noite,
Gustavo e vá se deitar. — Fico rindo do jeito mandão dela, envio um emoji
de legal para ela e nem continuo a beber o que comecei.

Saio do escritório e subo as escadas devagar e me assusto com a


porta sendo aberta, olho para meu pai e meu irmão que estavam entrando e
se assustam com a minha presença na sala.
— O que está fazendo acordado uma hora dessas, meu filho. —
Ouvir meu pai falar essa palavra filho faz com que o turbilhão de
sentimentos que estava tentando controlar dentro de mim entra em ebulição
e começa a sair com um choro fraco.
— Eu, eu… — Não consigo por nada para fora, meu irmão me leva
para a cozinha e me dá um copo com água e tento chorar baixinho para não
acordar ninguém com meu sofrimento.
— Calma e põe para fora tudo o que está sentindo Gusta. — Meu
irmão diz em um tom de preocupado e acho que estou assustando—os.
— Melhor eu ir para a cama e tentar me acalmar dormindo. — Sei
que não vou conseguir fazer nada se não beber, falo com ele, me levanto,
enxugo as lagrimas que estão escorrendo pelo meu rosto.
— Você só sairá daqui depois que me contar o que está acontecendo,
tenho certeza que não tem nada a ver com o que está acontecendo com sua
família agora. — Meu pai fala quase como se tivesse puxando minha
orelha, minha reação é apenas voltar a sentar e ficar olhando para o copo
que estava segurando e a vergonha de contar a verdade a eles me atinge em
cheio.
— Vamos Gustavo, está na hora de voltar a fazer parte da família e
nos contar o que vem acontecendo com você e sem esconder nada meu
irmão, somos sua família e apoiaremos você sempre. — Olho para meu
irmão que sempre me ajudou e nunca virou as costas para mim nem mesmo
quando eu era um idiota.
— Eu me tornei um viciado para poder esquecer a Vanessa, e agora
que ela esta do meu lado estou com ansiedade devido ao que está
acontecendo… — Decido contar tudo o que aconteceu comigo no tempo
que me afastei da minha família e agora sinto até vergonha de achar que
eles iriam me julgar ou dizer que fui um fraco por deixar que a minha
cabeça se perdesse por conta de uma mulher que na época achava que não
me amasse.
— Filho, quando conheci a sua mãe, ela demorou aceitar namorar
comigo, sabia? — Olho para o meu irmão e ficamos surpresos com essa
informação, porque sempre soubemos que foi amor a primeira vista. — E
sofri por uns bons meses até entender o que ela esperava de mim, e quando
entendi fui a luta e descobri que ela também estava apaixonada, mais os
meses que fiquei sofrendo por ela, eu saia do trabalho e trabalho e ia direto
para o bar, na nossa época não tinha essas coisas pesadas como hoje em dia,
não se preocupe estamos aqui para te ajudar a superar toda essa fase e logo
estaremos com a sua família completa aqui, só não se isole.
Meu pai fala isso me olhando em meus olhos e com todo o amor de
pai que ele sempre teve por mim e pelo Eduardo ele me abraça e me dá
carinho e compreensão e seus conselhos sábios, meu irmão também me
abraça e ouço os dois me dizendo que me amam.
— Amo você meu filho, a sua dor é a minha dor e ver você sofrendo
sozinho foi a pior coisa que eu e sua mãe tivemos que suportar sem
interferir, porque imaginávamos que logo iria perder o interesse e
encontraria outra pessoa. — Eu tentei outro relacionamento.
— Conheci uma mulher um tempo depois que comecei a usar tudo
que podia, mais ela não era a mulher certa para mim, e uns tempos atrás
desfiz todo e qualquer vínculo com ela, espero que não tenha nenhum
problema com a Eva. — Ela é uma mulher que sabe fazer qualquer homem
ficar aos pés dela, mas eu já tinha meu coração e mente em uma única
mulher, então começamos a ter pequenas discussões e achei melhor deixar
ela de mão.
— Vamos nos deitar, por que imagino que você e a Vanessa devam
ir para o Brasil ainda amanhã, não é? — Apenas concordo com o meu
irmão que abraça o meu pai e depois me abraça mais apertado e solto um
suspiro sentindo todo o amor e carinho que ele tem por mim.
Volto para o quarto e decido tomar um banho e tomar um relaxante
muscular para ver se consigo relaxar um pouco e entro no box e coloco a
água no gelado para acalmar meus músculos que estão tensos, encosto
minha testa no azulejo e minha mente começa a viajar por tempos sombrios
uma tristeza começa a me invadir e sinto o perfume que eu mais amo.
— Eu me lembro de uma noite que te vi desse mesmo jeito e me
chamou de maldita e depois me fez sua como nunca, e me marcou de uma
forma que eu nunca seria de outro e você tentou me esquecer e mesmo
assim sempre soube que era meu. — Ouvir a voz dela me tranquiliza e me
conforta em saber que está bem mesmo acima de tudo que estamos
enfrentando, quando me viro na sua direção a fisionomia dela muda e vem
mancando na minha direção, pega em meu rosto e tenta ver meus olhos,
mais sinto vergonha de que ela saiba como estou me sentindo. — Me diz o
que houve Gusta.
— Hoje é um dia que não estou bem, sobre o que eu já te contei. —
Ela consegue me compreender o que falo, ela entra no chuveiro comigo e
deixa a água um pouco mais forte. — Você não pode ficar molhada, assim
vai estragar o seu gesso amor. — Tento impedir ela, mas ela consegue
entrar em meus braços e seu carinho faz com que a minha guarda abaixe e
me rendo a mulher que sempre desejei e que está aqui para mim.
— Amo você, e sempre pedirei perdão a você por fazer com que se
perdesse nesse lugar sombrio, mas saiba que sempre que achar que está
sendo levado para esse lugar de trevas pode contar comigo, não importa
como eu esteja, de gesso ou com uma barriga enorme do nosso próximo
filho, eu estarei aqui para que você tenha um porto seguro para ancorar seu
barco durante a tempestade que atinge seu interior.
Abraço seu corpo molhado e choro tudo o que tem me afligido, e ela
me conforta como somente uma companheira faz, como a minha mãe é para
o meu e como sempre vi a Bia sendo para o meu irmão, e tomo a decisão ali
debaixo do chuveiro com ela me ajudando, me ajoelho na sua frente e pego
em suas mãos.
— Vanessa ou Yolanda, eu sou um homem com uma ferida profunda
que ainda doe quando é cutucada, mas sou apaixonado por você e que não
tem medo de enfrentar quem for para ter nosso filho no colo, eu quero saber
se você me aceita como seu noivo mesmo assim, um homem, ferido e
abandonado na sarjeta com um cachorro sem raça. — Ela começa a rir e me
puxa para cima.
— Não te deixei na sarjeta, você estava mais bêbado que gamba e
em uma cama que vale com toda certeza a minha casa, e eu nunca tive
escolha amor, o destino nos escolheu para ser um do outro, é claro que te
aceito como meu noivo querido. — Agarro ela pela cintura e nossos lábios
se encontram e não aguentamos ficar longe um do outro e o fogo que existe
na gente explode arranco sua camisola e com amor e cuidado entro nela por
trás que geme gostoso dizendo que me ama e reclamando que queria mais, e
nossa madrugada foi praticamente toda no box até que consigo me sentir
melhor e ajudarei ela a secar o gesso para que pudéssemos nos deitar um
pouco e ir à emergência trocar eles para poder viajar.
Amar essa mulher foi minha perdição, mas também é minha cura,
minha mulher e minha medrosa.
S aber que o Gustavo fez escolhas tão
ruins para que pudesse me esquecer,
fez com que eu me sentisse péssima
e entrei no box sem pensar duas vezes, não pensei que teria problemas em
molhar o gesso da minha perna e nem a mobilização do meu braço.
Mas não me arrependo de ter entrado no chuveiro e passar a
confiança que o Gustavo precisa sentir em mim, ele precisava saber que a
partir de hoje seremos sim um casal e estarei ao seu lado para superar esse
problema que está passando.
Depois que fizemos amor no banheiro, ele me ajudou a secar o
máximo possível do gesso da perna e decidimos que pela manhã iríamos à
emergência trocar o gesso para a viagem.
Fico observando enquanto ele dorme tranquilo ao meu lado e tento
achar um jeito de me levantar sem que ele acorde, meus seios estão muito
cheios, preciso esvaziar eles um pouco antes de sair, tento sair da cama e
quando puxo a perna engessada ele se assusta e acorda com um sorriso
lindo no rosto, em nada se parecia com o homem atormentado de ontem.
— Bom dia, minha medrosa! — lhe dou um sorriso e um selinho.
— Não sou medrosa, apenas tinha receio que algo lhe acontecesse.
— Ele ri descaradamente dessa vez.
— Ou seja, medo, onde pensa que vai? — Ele olha o relógio e vê
que é cedo ainda.
— Preciso esvaziar meus seios, estão me incomodando muito, e
estou com frio na perna também. — Ele beija minha testa e começa a se
levantar, dá a volta na cama e me ajuda a ficar de pé e vamos para o
banheiro para me aliviar um pouco com meus seios.
— Assim que você terminar iremos à emergência, e tirar logo esse
gesso molhado, pedirei para meu pai começar as entrevistas com os
seguranças. — Enquanto a bombinha faz seu serviço o vejo tomar seu
banho e depois começar a se arrumar para podermos sair.
Estávamos decentes e eu com o pé molhado descemos para dar bom
dia a todos, e meu sogro olha para o Gustavo que apenas concorda com a
cabeça.
— Bom dia, Leticia, sairemos por um momento, ontem molhei os
meus gessos e não posso ficar com eles assim. — Ela estava sentada à mesa
tomando o seu café e nos olhava sem entender como foi que me molhei a
ponto de estragar o gesso e a imobilização.
— O que você já aprontaram hein, espero que seja encomendando
outro netinho, porque o Edu já tem dois e espero que o terceiro venha logo.
— Tomo a frente do Gustavo que iria falar alguma coisa.
— Pode ter certeza quando o Gui estiver aqui não vai mais pensar
dessa forma. — Começo a rir, ela revisa os olhos e nega com a cabeça.
— Eu já criei e eduquei os meus, agora é a vez de vocês fazerem
isso e eu deseducar eles. — Nos sentamos para tomar o café e uma ligação
do Brasil chama no celular do Gustavo, ele põe no viva voz.
— Bom dia, Gustavo, consegui marcar o encontro com o Carrillo,
será no final de semana. — Um frio na barriga me atinge, mas sei que ele
não fara mal a nenhum deles, porque ele tem muito a perder.
— Bom dia! Carol, então estará indo realmente como a Madame
Suíça e não como amiga? — Ela solta uma gargalhada do outro lado, mais a
voz de um homem responde por ela.
— Nossa sorte que a Madame Suíça é nossa amiga além de ser a
toda poderosa entre as América e no velho mundo. — Creio que seja o Júlio
que tenha falado, todos riem do comentário.
— Sai, não me atrapalhe, vai ver o que a Tânia está aprontando com
o subchefe. — Conseguimos ouvir ele bufando e o baque de uma porta.
— Carol, essas brincadeiras de você e da Juliana ainda dará
confusão. — Olho para o Gustavo que apenas balança a cabeça.
— Então vocês já estão prontos para vir para o Brasil? — Ela nos
pergunta.
— Preciso ir apenas na emergência, e a noite embarcamos, sei que
conseguiremos resolver tudo isso. — Nossa conversa se segue, mas temos
que ir ou sairemos muito tarde do hospital e quero logo chegar no Brasil.
Meu sogro diz que fará as entrevistas e contratações enquanto
estamos resolvendo a questão do gesso.
Pegamos o carro na garagem e seguimos em direção a emergência e
o tempo todo o Gustavo mantinha a mão me tocando fazendo carinho e o
trânsito não estava dos piores, mas estava bem engarrafado o caminho,
coloco o rádio para tocar enquanto o telefone do Gusta insiste em tocar, tiro
ele do suporte e atendo sem nenhuma cerimônia.
— Telefone do Senhor Lira. — Ouço a pessoa falar o que precisa e
procuro um papel para anotar o que o investidor estava me falando.
— Tudo bem, passarei as novas informações para o Senhor Lira e
assim que possível ele entra em contato com o Senhor Dalton. — Desligo o
telefone e ele me olha sorrindo.
— Acho que preciso realmente de uma secretária. — Ela beija meu
ombro e sorri para mim.
— Ele disse que as ações dele estão caindo, se tem algo que pode
fazer para resolver a situação dele. — Vejo ele negando com a cabeça.
— Ele fez péssimos investimentos mesmo eu dizendo que ele não
devia agora é somente aguentar as consequências. — Ele mantém sua
atenção na avenida que está ficando cada vez mais engarrafada.
— Acho que entendi, mais o que ele acha que você pode fazer por
ele? — Nesse mundo dos negócios acho que influencia com alguns
bilionários deve ajudar que estar afundando.
— Pedirei para o Maycon contratar uma nova secretária para ele, o
que acha de trabalhar comigo. — Olho para ele desacreditada e nego com a
cabeça.
— Claro que não onde já se viu, e sem contar que agora que já sabe
sobre o Gui poderei tirar a minha licença para legislar aqui, já conclui a
faculdade, preciso apenas fazer uma extensão e farei o que sempre quis. —
Falo com convicção, mesmo que eu adore organizar tudo para meus chefes,
eu sempre quis fazer direito.
— Por que não concluiu ainda a sua extensão, foi dinheiro? — Nego
com a cabeça, até por que roubei algumas fichas dele que praticamente
dobrou de valor.
— Nunca consegui ficar muito tempo longe de casa, o Gui é muito
pequeno, ele tem só dois anos e três meses, muito novinho e como viu ele
ainda mama. — Digo para ele que começa a entrar em um estacionamento
praticamente vazio, ele estaciona o carro próximo à entrada e se vira para
mim.
— Acho lindo como você rebola com o gesso, mas buscarei uma
cadeira de roda para que não se esforce muito. — Reviro os olhos e abro a
porta para sair, ele é mais rápido e me prende novamente no cinto e da volta
no carro para pelo menos me ajudar a descer. — Já que quer entrar
andando, pelo menos vou te ajudar.
Entramos na emergência rindo das conversas bobas dele, e deixo
que ele cuide de mim nesse momento, assim que passamos as portas ao
segurança vem empurrando uma cadeira de rodas na minha direção, tento
não aceitar mais, o segurança diz que é norma do hospital que entre de
cadeira de rodas.
Gustavo faz a minha ficha, explicamos o que aconteceu e agora é
somente aguardar pelo atendimento, nos sentamos na recepção e fico
olhando para como o lugar é luxuoso, mais parece um hotel que um
hospital, Gustavo recebe a ligação que o seu pai já estava escolhendo os
seguranças e ajuda a escolher os que estão já estão lá na casa.
Finalmente ouvimos o meu nome e vamos em direção do
consultório e para a minha surpresa assim que passamos pelas portas a
fisionomia da médica e do Gustavo mudam, ela ostentava uma barriga
enorme de grávida, fico meio envergonhada com a tensão que sinto entre os
dois.
— Olá! Gustavo. — Ela fala baixinho
— Olá! Eva. — Ele a cumprimenta e segura mais forte na minha
mão, quem será essa mulher.
P recisava levar a Nessa para a
emergência para fazer a troca do
gesso da perna, ela compreendeu
e me ajudou naquele momento e por isso acabou entrando e se molhando
toda.
Estamos indo em direção a emergência para que ela possa fazer a
troca, sei que ela passou a noite com frio e sem condições de que ela viaje
com esse gesso dessa forma, pode acabar se resfriando, e já faremos algo
bem perigoso na Colômbia, então não precisamos que ela adoeça e mais um
problema apareça.
A ver atender meu telefone e agir com a minha secretária foi
divertido e talvez possa trazer ela para trabalhar mais perto de mim quem
sabe, explico para ela sobre os motivo da ligação e quando chegamos no
hospital e temos nossa pequena discussão na saída do carro, e me divirto
com ela, vejo que ela fica tão mais linda quando fica irritada passo a mão
por sua cintura e ajudo ela a entrar na emergência saltitando com a perna
boa, volta e meia eu solto uma risadinha e ela me dá alguns leves beliscões
no meu braço e somos abordados por um rapaz que traz uma cadeira de
roda e ela senta contra a vontade dela, ficamos sentados na recepção
esperando que ela seja chamada para seu atendimento.
Olhamos para todo o ambiente e sei que esse hospital é um dos
melhores da região, poderíamos ir em outro mais próximo de casa, mas não
quero ficar muito tempo em um hospital e aqui sei que não estaria tão cheio,
temos ainda que nos organizar para a nossa viagem mais tarde e sem contar
que meu pai está fazendo a seleção de seguranças para nos acompanhar,
enquanto olhávamos as diversas pessoas que entravam e saiam, o nome da
Vanessa é chamado, entramos no consultório e para a minha surpresa a Eva
estava ali em pé e com um baita barrigão a ponto de explodir.
— Vocês se conhecem? — A voz da Vanessa sai baixinha.
— Ela foi um caso meu de alguns meses atrás. — Olho para a sua
barriga e tento calcular o tempo de gravidez.
— Não é o que você está pensando. — Ela fala olhando para mim e
passa a mão pela sua enorme barriga.
— Eu gostaria de entender o que está acontecendo entre vocês dois
aqui. — Vanessa fala um pouco irritada e tenta se sentar.
— Primeiro, que tal vocês dois e falarem porque vieram até a
emergência? — Eu não consigo falar nada, porque a última pessoa que eu
imaginaria ver hoje é a mulher que eu levava para a cama sempre que
ficava bem chapado.
Vanessa olha para a Eva, que também não tirava os olhos de mim, e
estou intrigado em como foi que ela veio parar aqui em Miami, a conheci
em Vegas e não sabia que ela havia se mudado.
— O gesso dela molhou e viajaremos essa noite viemos trocar. —
Eva começa anotar as informações no seu computador e por fim ela se
levanta e sai da sala nos deixando a sós, Vanessa falta me matar apenas com
o olhar.
— Vai me contar o que está acontecendo aqui ou terei de ficar
imaginando o que está rolando entre vocês dois? — Olho para a mulher que
amo que está ao meu lado e me lembro sobre o dia que terminei com a Eva.

LEMBRANÇAS ON

O dia quente aqui em Vegas parece que a cada dia tem ficado pior,
olho para a mulher que estava nua na minha cama, havia mandado
mensagem para a Eva vir um pouco mais cedo para que me satisfazer um
pouco com ela, e sei que ela gosta muito de estar aqui em casa comigo, mas
o que quero apenas com ela é por momentos prazerosos.
Me levanto e vou até o banheiro, abro a gaveta onde guardo alguns
pinos para esses momentos, que fico ansioso por causa daquela medrosa
que me abandonou bêbado, uso o que eu queria e uma adrenalina começa a
correr pelas minhas veias, entro no closet e procura uma roupa para usar na
academia preciso descontar meus sentimentos nos exercícios.
Depois de um tempo que estou correndo na esteira, Eva aparece
apenas com um roupão e se senta em um dos bancos e fica me observando
enquanto estou esperando o meu personal para nossa sessão.
— O que acha de ir ao cinema, ou um jantarzinho. — Ela tem meses
que tem tentado fazer com que eu me apaixone por ela, mas mesmo ela
sendo uma boa pessoa não consigo me envolver, paro de correr e pego a
toalha que está a minha disposição.
— Eva já conversamos sobre isso, e a última coisa que quero é que
se magoe esperando um sentimento que nunca acontecerá. — Ela se levanta
rápido, e sei que deve estar chorando nesse momento.
Continuo malhando e quando finalmente fiquei mais de meia hora
apenas no chão tentando me livrar de qualquer investida do Taylor, ele me
libera para ir trabalhar e anota no placar mais um ponto para ele, e vou para
meu quarto me arrumar para mais um dia de trabalho.
Entro no quarto e vejo que a Eva estava sentada na poltrona de
frente para a porta e pelo seu rosto acredito que ela não esteja muito alegre,
respiro fundo e me sento na ponta da cama e estendo a minha mão para que
ela inicie a falar.
— Sei que você ama essa mulher que sempre me chama por ela
Gustavo, e entendo que tem uma coisa mal terminada entre vocês dois, mas
eu me apaixonei por você, e nossos juntos são tão maravilhosos porque é
tão difícil ficar comigo. — Ela parece nervosa, balança seus pés e tenta
gesticular com calma.
— Olha o que está falando Eva, quer um relacionamento comigo
mesmo enquanto transamos, eu te chame pelo nome dela, isso não te
incomoda? — Ela se levanta e se ajoelha na minha frente e segura as
minhas mãos.
— Acho que estou muito mais que apaixonada por você, Gustavo,
eu aceitaria a situação por que sei que o amor vem com o tempo. — Ela
deixa mais uma lagrima escorrer, e sinto um puta de um cretino por estar
fazendo isso com ela, solto uma de minhas mãos e seguro em seu queixo.
— Eu nunca conseguirei te amar e dar a você o que precisa para ser
feliz, um relacionamento precisa ser uma estrada de mão dupla e não um
via de mão única. — Seus olhos ficam maiores, beijo em sua testa. —
Procure a sua felicidade com outra pessoa, não conseguirei oferecer isso a
você.
— Tudo bem, não ficarei aqui implorando por algo que é apenas um
desejo meu. — Ela se levanta do chão, pega a sua bolsa, e antes que ela se
virasse para sair ela volta a ficar da minha altura e me beija que retribuo
com carinho, e quando olho em seus olhos vejo que ela realmente sente
algo por mim.
Ver ela indo embora pela porta faz com que o sentimento que senti
com o abandono da Vanessa e nesse dia cheguei muito perto da morte, e sou
eternamente grato pelo Luigi naquele dia ter aparecido na minha casa.
E desde então nunca mais havia visto a Eva e nem sabia o que
houve com ela, e estou surpreso em ver ela hoje.

LEMBRANÇA OFF

— Ela foi a mulher que fiquei por mais tempo, enquanto eu tentava
te esquecer. — O rosto da Vanessa fica vermelho de raiva e tenta se
levantar.
— O filho é seu, ou tem alguma possibilidade de ser. — Essa é a
pergunta que estou me fazendo nesse exato momento.
— Você sabe que fiz vasectomia, e tenho quase certeza que não é
meu, mas o meu médico sempre disse que eu deveria tomar cuidado. —
Fico preocupado com isso e vou tirar essa conversa a limpo assim que ela
passar por aquela porta.
Quando a Vanessa ia retrucar o que disse, a Eva entra do consultório
outra vez e mudamos de assunto.
— Desculpe, fui chamar o rapaz para refazer o seu gesso… —
Interrompo o que ela ia dizer e preciso tirar as minhas dúvidas.
— Eva, essa criança que está esperando é minha? — Vanessa olha
para mim e se vira para a médica que estava ainda de pé próximo à porta,
enquanto ela se abraça com a sua barriga, com se a defendesse, a mão da
Vanessa vem para o meu braço e aperta.
— Porque quer saber do meu bebê Gustavo, eu me afastei o máximo
que pude depois daquela manhã para não continua a sofrer. — Ela fala e
começa a andar para trás e me levanto para evitar que ela saia, se esse bebê
for meu não deixarei outro filho solto sem pai por tanto tempo.
— Olha aqui doutora, imagino toda a sua frustração com o meu
noivo, mais se o bebê é dele queremos saber, não acha certo que ele saiba.
— Vanessa fala e percebo que ela mesmo se pune por não fazer essa
decisão.
— Olha aqui, você é o motivo dele não ser feliz e agora quer que eu
diga algo, quem pensa que é? — Não sei como mais a Vanessa se levantou
e pegou a Eva pelo cabelo a fazendo se ajoelhar, ia tentar separar mais ela
me olho com uma cara tão feia.
— Eu me chamo Yolanda Carrillo, sou a noiva dele e temos um
filho juntos, então se você não quiser perder alguns fios desse seu aplique
horrível, acho melhor começar a contar de uma vez. — Eva tentou se
levantar e acabou derrubando a Vanessa no chão, ajudo a minha noiva e a
coloco na maca. — Não vê que ela vai usar essa informação para que você
fique correndo atrás dela.
Eva se levanta do chão sozinha e sai da sala chorando e outro
médico entra e avisa que fará a troca do gesso e a tala, olho para minha
mulher e ela estava fazendo uma cara de dor, mas o seu olhar era mortal
para mim, que fico até com medo da nossa volta para casa e pior ainda
nossa viagem.
Enquanto ela troca o gesso a Eva não aparece, mas na sala e apenas
uma mulher aparece para pegar a sua bolsa e logo sai da sala nos deixando
confusos, mas se ela acha que vai se esconder por muito tempo ela está
muito enganada.
V er aquela mulher da gravidez dela
para deixar o Gustavo inseguro e
incerto me subiu um ódio, mas ela
não fará com ele o mesmo que fiz, e sem contar que também não ficarei
com essa dúvida na minha cabeça, quando eu a agarrei pelo cabelo e usei
meu verdadeiro sobrenome fez com que minha raiva por aquela mulher
aumentasse, mas ainda.
Mesmo sentindo uma dor horrível na minha perna eu não iria soltar
ela por nada, se não fosse ter desequilibrado iria continuar segurando ela
pelo cabelo e confessar que aquela criança não é do meu noivo, percebi no
olhar dela que ela usará essa informação para tirar a paz do Gustavo, mas
ele não vai, mas sofrer, eu estou aqui agora.
Ver ele querendo ajudar ela meu deu uma raiva que apenas olhei
para ele como seu eu fosse mandar ele para o quinto círculo do inferno de
Dante, mas ele percebeu a minha fúria quando me ajudou a subir na maca e
o outro médico veio para mudar o gesso, e depois colocou uma
imobilização seca no meu braço.
— Senhora Díaz, o seu braço não está quebrado, é apenas uma
luxação e em poucos dias poderá se livrar da imobilização, então colocarei
essa de velcro e ficará até mais fácil para o banho. — Ele vai conversando
comigo enquanto fecha todos os velcros entorno do meu braço.
— Obrigado doutor por cuidar da minha noiva. — Gustavo agradece
ao médico, que apenas meneia com a cabeça, e sai no deixando sozinhos.
— Está muito brava comigo? — Ele fala de cabeça baixa e sei que
ele está tão confuso como estou nesse momento, então tento me acalmar e
respiro fundo e chamo ele que se encosta ao lado da maca, encosto meu
corpo ao dele e tento o abraçar que me envolve com os seus braços.
— Não estou irritada, amor, mas entenda que ela está fazendo isso
para tirar a sua paz. — Ele me pega no colo e me põe na cadeira de rodas
para sairmos desse hospital, e se abaixa para me olhe.
— Preciso ter certeza, tudo bem? — É um direto dele e jamais
negaria isso a ele e a criança.
— Não se preocupe que descobriremos, ou não me chamo Vanessa.
— Ele começa a rir e beija a minha testa.
— Mas você não se chama mesmo, ou esqueceu que seu nome é
Yolanda Carrillo? — Dou no tapa no seu braço, e o puxo para selar nossos
lábios para ele entender que não estou irritada com ele, apenas com a falta
de caráter dessa mulher.
Saímos do hospital e não vimos sinal algum da tal Eva por nenhum
lugar, Gustavo antes de pôr o carro em movimento liga para a sua assistente
e fico prestando atenção na conversa que ele coloca na viva voz.
— Bom dia, Rosy, preciso que você investigue sobre a Eva, aquela
mulher que me envolvi uns oito meses atrás. — Pelo tempo que ele fala
talvez seja dele, mas como ela conseguiu se ele fez vasectomia.
— Bom dia, senhor, irei pedir agora para fazerem a investigação,
existe algo em específico? — Olho para o Gustavo e ele apoia a cabeça no
volante.
— Ela está grávida e quando a confrontei ela apenas fugiu, então
não quero viver em dúvidas, providencie um exame de DNA para saber se a
criança é minha. — Seguro em sua mão e quero que ele saiba que estou ao
seu lado, não importa o que acontecer.
— Ok senhor, considere feito, mas agora deixe lhe informar, resolvi
tudo o que estava pendente para as reuniões dessa semana, então pode
viajar tranquilo, liberarei uma nota que está viajando com a sua noiva, o
marketing pediu que tirem algumas fotos juntos e enviem para que eles
possam divulgar. — Concordo com a cabeça e ele apenas sorri para mim.
— Tudo bem, Rosy, iremos tirar algumas assim que conseguir pegar
nosso filho que está com o tio em Bogotá, e algumas, no avião. — Ela
responde confirmando com ele, desligam a ligação e faço um carinho em
sua nuca, sei que a mente dele deve estar uma confusão nesse momento.
— Não se preocupe, as coisas com essa mulher irão se resolver, ela
não poderá se negar em fazer o exame. — Olho para ele e sei como a lei
funciona aqui nos USA e como ele tem dinheiro, tenho certeza que vai ser
mais rápido ainda.
— Espero que ela não suma e se negue em fazer. — Ele respira
fundo e liga o carro para nos levar novamente para casa. — Assim que
voltamos iremos ver as casas, tudo bem? — Pensei que ele fosse querer
morar em Vegas.
— Não vai querer ficar em Vegas? — Ele continua concentrado no
trânsito e puxa a minha mão e a beija.
— Quero ficar onde você se sentir melhor, mas gostaria muito de
ficar perto dos meus pais, eu sinto falta de estar com eles por perto… — Ele
interrompe a sua fala.
— Por mim não tem problema, podemos morar onde você quiser,
meu amor, e sua empresa, o que fará com ela. — Para ele pode ter algum
problema em gerenciar estando tão longe.
— Talvez a traga para Miami ou escolha alguém para gerenciar ela
em Vegas. — Continuamos fazendo alguns planos para não pensar por
enquanto no que iremos enfrentar assim que chegar na minha cidade natal.
O trânsito de volta estava bem mais tranquilo que foi a nossa ida,
mais o clima está pesado mesmo eu já dizendo a ele que não estou irritada,
consigo ver em seu rosto que ele está cheio de perguntas e dúvidas que
infelizmente ele não conseguirá ter respostas agora, espero que a
investigação que a assistente dele faça traga algum esclarecimento e o deixe
muito mais sossegado.
Assim que chegamos na casa dos meus sogros uma movimentação
incomum estava na frente, vários carros estavam estacionados na frente da
casa e meus cunhados também estavam por lá, agora a saga de sair do carro
com aquele enorme gesso na minha perna, ele tenta me pegar no colo, mas
peço para me por no chão para poder ir andando sozinha apenas me
apoiando nele, começo a saltitar a cada passo que faz com que ele solte
alguns pequenos sorrisos e fico satisfeita com isso, talvez ele esqueça um
pouco do que aconteceu no hospital, quando finalmente passamos pelas
portas tinha vários homens em ternos esperando sentados e meus cunhados
podíamos enxergar eles que estavam na cozinha.
— Vanessa, o que aconteceu que tiveram que ir trocar o gesso. —
Bia vem ao meu encontro e nos abraçamos, ela me ajuda a chegar na
cozinha enquanto o Gustavo ia se encontrar com seu pai e o irmão.
— Gustavo precisou de mim, e não pensei sobre molhar o gesso,
mas me digam já escolheram algum? — Minha sogra estava sentada e de
olho nos seguranças e suspirava olhando para eles.
— Você tinha que ver os que o seu sogro já dispensou, eram lindo
minha nora, você ia fazer questão de correr perigo para que eles pudessem
te socorrer. — Reviro os olhos dela e fico rindo, mas me viro para olhar
para onde ela me mostrava e a Bia já estava da mesma forma que a Leticia.
— Puta merda, eles realmente são muito charmosos, duvido que o
Gustavo vá aceitar qualquer um deles. — Começamos a rir, os homens mais
pareciam Stripper de tão bonitos e malhados.
Enquanto estamos prestando atenção em cada um deles sendo
chamados para o escritório e um após o outro sendo dispensado, eu resolvo
interferir ou eles não vão aceitar nenhum e temos que ir embora, o nosso
voo já nos aguardava no aeroporto, minha sogra pediu para escolher os que
mais a agradaram e a Bia disse os dela, mas as minhas escolhas diferiam da
delas.
Passei pelos rapazes que estavam aguardando e peguei o curriculum
de dois deles, e entrei na sala que eles estavam, os três homens se viram na
minha direção, o Gustavo me ajuda a andar e fico olhando para o
curriculum do rapaz já sentado de frente para o meu sogro, ele é
extremamente bonito, mas não me agradei de como ele me olhou.
— Já escolhi meus seguranças. — Olhei para o sentado. — Você
está dispensado, desculpa ocupar o seu tempo e boa sorte.
Entrego as duas folhas de papel para o Augusto e ele solta um
sorriso para o que lê.
— São treinados em batalhas, tem experiencia de campo e esse aqui
em específico tem um treinamento em vários lugares, gostei do curriculum
deles, então chega de entrevista o voo já nos aguarda. — Gustavo me olha e
concorda com o que digo e sai do escritório e chama os dois para podermos
conversar um pouco enquanto me sento no sofá.
Entra um homem que está, mas que evidente que ele é do oriente
médio, tem um porte de um homem que sabe o que está fazendo, e o outro
mesmo sendo um pouco, mas baixo que o primeiro, não tem beleza, mais
gostei do que ele colocou em suas experiências, ele foi o guarda costa de
um ídolo pop até a sua morte, e agora fazia alguns serviços para as forças
armadas.
— Bom dia, rapazes, me chamo Vanessa e a ideia era contratar
apenas um, mas gostei muito das experiências de vocês, meu noivo
explicará tudo o que vai acontece, mas nesse momento estamos indo
resgatar o nosso filho. — Eles se entreolham e apenas concordam com a
cabeça.
— Então, apenas para ficarmos ciente do serviço, é a segurança de
você e um resgate? — Nego com a cabeça.
— Não Hassan, a função é apenas proteção, sobre nosso filho os
planos são outros. — Gustavo fala olhando para eles dois.
— Senhor, mas pode contar comigo e com o Hassan se for
necessário para resgatar o seu filho. — O sorriso do Gustavo foi tão grande
que amei ver ele sorrir assim com tanta vontade.
— Obrigado Jorge, se precisarmos podem ajudar, mas tenho fé que
não será necessário, espero que tenham disponibilidade para viajar nesse
momento, o avião nos aguarda. — Digo para eles mais tenho um pouco de
senso. — Podem ir para a sua casa e arrumarem suas bolsa e documentos,
aguardaremos vocês na pista de voo.
Vemos eles saírem do escritório e finalmente temos a nossa equipe
de segurança, deu um trabalho para escolher, viro para meu sogro e
cunhado que estavam rindo para mim e fico confusa.
— Ele não escolheu um fuzileiro com experiência na guerra por que
o cara é bonito demais. — Comecei a gargalhar, e me lembro das duas na
cozinha babando nos que estão sentados lá fora.
— Acho melhor vocês irem olhar as esposas de vocês. — O sorriso
deles morre na hora e saem correndo para resolver as coisas com elas, e o
Gusta se senta ao meu lado e me puxa com cuidado para o seu colo.
— Amo você Vanessa, e dará tudo certo em resgatar o nosso filho.
— Ele me dá um beijo casto, e o abraço sentindo toda a segurança que
precisava nesse momento.
— Vamos nos arrumar, está na hora de buscar nosso filho e meu
irmão.
O sorriso dele fica cada vez maior e me enche de pequenos
beijinhos, saímos do escritório para organizar o que precisa para ir enfrentar
o meu passado.
M inha vida nunca foi fácil, e
desde muito pequeno vivemos
fugindo de Hector Carrillo e
sei que tudo isso porque meu pai Pablo não queria que tivéssemos essa vida
que o irmão dele deseja que levemos a frente como uma tradição familiar.
Ver ele demonstrando uma vida luxuosa que sempre quis me dar e
meu pai Pablo me protegeu dele e tudo o que poderia ser a minha ruína e
deu a sua vida para me proteger, tudo por que a mulher que ele julgava ser o
amor da sua vida o traiu duplamente, quando Marcília dormiu com o irmão
e acabou ficando grávida de mim.
Hector mantinha os olhos cravados no Gui e não tinha como mentir
dizendo que ele é meu por que a semelhança dele comigo ou com a minha
Flor é zero, mas também não falarei nada, se ele tem dúvidas ele que as
exponha.
Tento controlar o nervosismo da Nik ao meu lado para que ele não a
use contra mim e precise tomar nenhuma atitude desnecessária, preciso
ganhar o máximo de tempo possível para o Gustavo chegar onde estamos e
resgate o Guilherme, porque se para manter a minha flor bem eu tenha que
aceitar as condições do Hector eu farei isso pela minha mulher.
— Você sabe quem eu sou? — Mantenho minha expressão seria
sem, demonstrar qualquer coisa para ele.
— Meu pai me falou a verdade um dia antes de morrer, mas a
Yolanda pensa que ela que é sua filha. — Ele estreita os olhos e relaxa um
pouco no grande sofá onde estava sentando.
— E mesmo assim nunca se interessou em querer me conhecer, você
está com 22 anos, não é isso? — Ele começa a falar comigo tentando me
conhecer.
— Nunca quis me envolver nessa vida e a minha irmã me criou para
ser um homem honesto, e que eu precisava estudar para ter tudo o que eu
desejasse e hoje sou um engenheiro em TI e trabalho com o meu cunhado.
— Ele fica atento em tudo o que falo para ele, mas sei que está ansioso. —
Sim, estou com 22 anos.
— Se o Pablo contou tudo o que aconteceu, então você sabe onde
ele escondeu o que me desviou? — Sabia que ele iria fazer essa pergunta.
— Se eu te falar o que sei, você deixa minha noiva ir embora com o
sobrinho? — Sua postura muda no sofá.
— Não negocio nem mesmo com você, me dando ou não a
informação, eles dois não sairão desse apartamento sem que eu tenha o que
a quase vinte anos procuro. — Olho para o Gui que estava dormindo no
colo dele.
— O que realmente espera de mim, acredito que não espera que eu
seja seu filho. — Ele gargalha que assusta a minha flor.
— Não sei Miguel, por muito tempo pensei que pudéssemos criar
um vínculo, mas ano após ano vocês dois fugiam de mim… — Ele se
interrompe e percebo que ele puxa as memórias a mente, talvez seja algo
que não goste de saber. — Eu sempre pensei que a sua irmã fosse minha,
porque eu e Marcília sempre tivemos um relacionamento mesmo ela sendo
casada com meu irmão, ela desejava ter a vida boa que eu poderia dar para
ela, diferente do meu irmão que não queria, mas viver com os negócios que
somos envolvidos. — Ele solta um suspiro e me surpreendo quando a Nik
segura na minha coxa e ouço a sua voz.
— Desculpa senhor me meter na sua conversa, mas eu queria saber
se somos seus prisioneiros, poderia me dizer onde posso ficar com o meu
sobrinho, ele precisa mamar, tenho que fazer a mamadeira dele. — Carrillo
olha para ela e sorri e se levanta se aproximando da gente e se abaixa para
ver o Guilherme de mais perto.
— Podem ser meus prisioneiros, mas Miguel é meu filho e você
minha nora é linda, terei lindos netos, eu não sou idiota, sei que o menino é
da Yolanda, venham irei mostrar para vocês onde é a cozinha e o quarto
onde podem ficar. — Ele se levanta e estende a mão para a Nik para ajudar,
ela se levanta que me olha e sei que ela me pede permissão, apenas
concordo com a cabeça.
— Hector, a informação que você quer eu não a tenho, e acredito
que nem mesmo a Yolanda saiba da localização. — Ele ria para mim
enquanto mostrava o caminho para a Nik e passamos pela cozinha antes de
entrar em um grande corredor.
— Sei que vocês não sabem a localização por que meu irmão
sempre amou assistir filmes de caça ao tesouro e acredito que ele deixou as
pistas com vocês dois, só não sabem o que é. — Chegamos a uma porta e
ele abre e conduz a Nik para dentro e os sigo de perto, tenho medo que ele
faça algo para machucar ela. — Aquelas portas são o acesso para um quarto
menor, tem uma cama de casal, podem por o pequeno para dormir lá.
Ele começa a sair do quarto e antes que ele pudesse sair do quarto
ele me chama e volto a sair do quarto olho para a Nik que entra no outro
quarto e antes de sair deixo a bolsa em cima da cama para que ela possa
fazer as coisas e tomar um banho para poder descansar, e se para manter
eles seguros eu precise apelar ao lado sentimental desse homem, farei isso.
— Pai? — Ele se vira até assustado como o chamo e um brilho em
seu olhar surge, ele me da sua atenção. — Eles estão seguros aqui, me
prometa que não fará mal a nenhum dos dois. — Ele suspira e muda a sua
postura.
— Por muito anos eu sempre esperei ouvir essa palavra meu filho, e
mesmo que só tenha me chamado para garantir a segurança da mulher que
ama e da criança, não nego que gostei de ouvir pela primeira vez essa
palavra, mas fique tranquilo vocês aqui estão em casa, deixe nossa conversa
para amanhã, vá descansar com sua mulher e seu sobrinho. — Ele dessa vez
sai do quarto e fecha a porta atrás de si.
Entro novamente no quarto e pego as coisas para fazer a mamada do
Gui e faço rapidinho e limpo o que acabei sujando e ouço a voz do Hector
falando com alguém, não quero que ele fique irritado, então volto rápido
para o quarto e tranco a porta, sei que não impedirá ele de entrar aqui mais
pelo menos ouvirei caso, tente.
Me surpreendo em ver a Nik sair do banho somente de roupão, o
Gui estava dormindo e parecia estar em um sono bem pesado, acho que ele
só acordará de manhã, deixo as coisas para ele mamar em cima da mesinha
que tinha no quarto e pego a minha mochila que só fiz soltar no chão,
começo a esvaziar meus bolso e tiro meu cordão, a Nik se senta na cama ao
lado da minha mochila.
— Descansará que vou só me refrescar e já volto para me deitar ao
seu lado minha Flor. — Ela estava com a respiração rápida e seus olhos
estavam dilatados e conseguia ver o desejo dela, ela concorda e sorri para
mim, se levanta e dá a volta na cama com seus olhos vidrados nos meus, ela
desamarra o seu roupão deixando ele cair em seus pés e se deita na cama de
frente para mim, e ela usa a sua mão para passear por seu corpo da cintura
até seu pescoço, puta que pariu não vou aguentar apenas dormir ao lado
dessa labareda de desejo, minha ereção estão querendo se libertar da minha
cueca que começou a me incomodar.
— Pode ir querido se refrescar que espero você para podermos
conversar. — Ela me dá um sorriso safado e começa a descer a sua mão por
sua barriga indo em direção a sua intimidade que estava nua, ela começa a
abrir as pernas e antes que eu me perca saio correndo para o banheiro e a
deixo rindo da minha atitude.
Tento tomar um banho rápido para voltar para aquela mulher que
está me esperando cheia de desejo e eu estou louco para conhecer cada
parte que ela tem escondido e depois de hoje ela será apenas minha e terei o
maior prazer de ir pedir a sua mão em casamento para seus pais, saio do
banheiro apenas com a toalha na cintura, mas antes de ir até a mulher que
me aguarda vou até a porta do outro quarto e vejo que meu sobrinho estava
dormindo tranquilo, encosto a porta e vou até a mulher que vem habitando
o meu coração e meus pensamentos, o sorriso dela fica maior e sei que ela
está bastante cansada mais nesse momento quero apenas ser o mais gentil
que posso para que ela adore o que quero fazer com ela.
Dou a volta na cama e me sento do seu lado quero que ela saiba que
não é preciso fazer nada que não queira hoje aqui, e estou rezando que ela
não desista porque a mulher é linda demais, ela descansa a mão dela em
meu braço e me puxa ao encontro do seu corpo, sem pressa alguma, beijo
seus lábios com carinho, ela solta a minha toalha e sinto que ela me deseja
em cima do seu corpo e com cuidado começo a me encaixar entre as suas
pernas, ela passa seus braços pelo meu pescoço ela está com um sorriso
agora vergonhoso e ver ela ficando com um rubor em suas bochechas a
deixa ainda mais linda.
Começo a beija toda a extensão da sua mandíbula e ouvir seus
gemidos enquanto sinto ela forçar o contato com a minha ereção que está
ficando cada vez mais inchado e duro para entrar no seu lugar quente e
apertado, desço meus lábios por seu pescoço e ela geme com tanto desejo as
mãos dela começa a arranha minha costa e sinto um arrepio tão gostoso
desço até seus seios deixando pequenos beijos e depois alguns chupões em
lugares que ela poderá esconder mais tarde, não quero que ela depois fique
com vergonha.
Seus seios são lindos, nos tamanhos certo para mim, cabe perfeito
em minhas mãos começo a sugar eles com cuidado olho para o rosto dela e
estava ficando vermelho de desejo, começo a beijar sua barriga e ela
entende o que farei, tenta me impedir mais apenas beijos sua mão que tento
me segurar e quando alcanço seu monte púbico, que estava depilado e com
um brilho comum para que está cheia de tesão e faço o que sempre quis
fazer desde que a conheci, passo a minha linga por toda a sua extensão e
abro passagem para que ela sinta tudo o que quero fazer com ela quando
começar a sugar seu clitóris, coloco apenas um dedo dentro dela e sinto o
quanto ela é apertada, massageio o seu lugar sensível e sugo todo o seu
orgasmo adocicado e não deixo nada para trás, dou mais um beijo na sua
intimidade e começo subir por seu corpo venerando cada parte que acabei
de conhecer com a minha boca e quando a beijo tento me encaixa e vejo
que ela faz uma careta de dor.
— Amo você. — O olhar dela se ilumina, ela se abre mais ainda e
com calma e cuidado vou entrando devagar dentro dela, ela se encolhe um
pouco sentindo dor e paro de mexer, ela passa as pernas né, minha cintura e
me puxa para próximo do seu corpo.
— Quero você por inteiro, eu aguento amor, entra. — Então faço o
que ela me pede, e um gemido de dor escapa de seus lábios e seus olhos se
fecham escondendo a sua real dor, abro um pouco de espaço e começo a
estimular novamente o seu desejo para que ela volte a sentir prazer.
Quando ela rebola ao meu redor sei que está pronta para começar a
dar prazer a ela como merece, e cada vez que entro e saio dela seus gemidos
se intensificam, dei a ela um orgasmo que fiquei preocupado que ela tenha
acordado o Gui, que sorri sacana para mim e me mexo até alcançar meu
próprio orgasmo e quando estou perto de gozar saio de dentro dela e gozo
em sua barriga, nossa respiração está entrecortada quase sem folego e
começo a beijar seu rosto e dizer que a amo, porque é a verdade.
— Você é minha, espero que me aceite pelo resto da sua vida. — Ela
beija meus lábios.
— Isso é um pedido de casamento Miguel? — Concordo com a
cabeça e dou meu melhor sorriso e espero a resposta dela.
— Sim, meu amor, aceito ser sua pelo resto das nossas vidas. — A
beijo com desejo outra vez, mas preciso cuidar dela, seu sorriso fica amplo
que alcança seus olhos e me abraça.
— Assim que resolvermos todo esse problema vai ao médico, é
muito nova para ter nossos filhos, não acha? — Ela concorda com a cabeça
e decide se levantar para ir tomar um banho, e quando nos levantamos a
marca de que ela é minha estava nos lençóis, tomamos nosso banho e
voltamos para cama para descansar, mas antes de deitarmos trocamos os
lençóis, por que o dia amanhã promete ser bem emocionante
V er aquela fila de modelos de
passarela na sala da casa da minha
mãe, sendo que ela e minha
cunhada estavam babando em cima daqueles marmanjos que tenho que
contratar, me dá até nos nervos, saber que eles vão ficar de olho na minha
colombiana, ajudo ela ficar na cozinha e quando entro no escritório meu pai
entrevistava um fuzileiro até com boas qualificações mais tenho certeza que
ele deveria ganhar a avida sendo modelo de calendário sexy, porque o cara
tinha presença.
No final da seleção quem acabou escolhendo foi a Vanessa e gostei
das escolhas delas, um árabe que serviu no seu exército e saiu com todas as
honras e um guarda costa profissional, trabalhou para o rei do pop até o dia
da sua morte, ele é um ex—fuzileiro mais não parece ter a idade que tem,
libero eles para poderem ir se organizar e iremos nos encontrar na pista de
voo onde o meu jatinho nos aguarda para ir para o Brasil e nos encontrar
com os Alcântaras.
Assim que o Jorge e Hassan chegam na pista eles organizam tudo o
que precisamos e vejo que trouxeram duas caixas prateadas, meus pais que
estavam na pista esperando pela chegada deles, nos abraçam e desejam boa
sorte.
— Tragam meu netinho para casa e cuidado com o que vão
enfrentar. — Minha mãe fala abraçando a Vanessa, dou um beijo em sua
testa e entramos no jatinho que em pouco tempo tem a permissão para
taxiar na pista e decolar, antes de perder o sinal mando mensagem para o
Bruno avisando que estamos indo.
Durante o voo vejo que os dois seguranças já tem um bom
entrosamento e que irão trabalhar bem juntos, e fico curioso para saber o
que tem na caixa prateada, tenho uma ideia que seja mais quero ter a certeza
do que eles estão carregando, deixo a Vanessa na poltrona dela enquanto
mexe em algumas coisas no seu tablet e vou onde os seguranças estão.
— Senhores, o que precisam saber para conseguir fazer o trabalho
de vocês? — Eles se olham e me mostram a anotações que já fizeram.
— Senhor, não temos medo de ajudar vocês a recuperar seu filho,
acredito que a sua noiva esteja machucada daquela forma por conta do que
está acontecendo. — Apenas concordo com a cabeça.
— Minha noiva é a sobrinha de um cara perigoso, ele deseja
informações que acredita que ela tenha e para forçar ela contar para ele,
sequestrou meu cunhado e nosso filho estava com ele e a namorada por
coincidência. — Por hora é melhor contar apenas isso que explicar todos os
detalhes.
— Não se preocupe, senhor, cuidaremos de sua mulher e
ajudaremos se for necessário com seu filho. — Hassan fala com um sotaque
pesado.
— O que tem na caixa? — Eles me olham e um sorriso aparece no
rosto deles e puxam a caixa para mais próximo das nossas pernas e abrem a
pequena a tampa da caixa e vejo que é um case e dentro tinha algumas
pistolas nos seus estojos, pentes e munições.
Eles me mostram as armas e me entregam uma delas que estava
descarregada e me ensinam como manusear, olho para a Vanessa que
apenas revira os olhos e tenta enxergar o que tem na caixa, ela tenta se
levantar e se aproxima onde estamos olhando as pistolas pega uma delas e
Jorge tenta tirar da mão dela e se assusta quando ela consegue manusear
apenas com uma mão. Olho para ela assustado.
— Meu pai me ensinou a me defender e sempre me ensinou a atirar.
— Olhamos para ela sem acreditar na destreza da minha linda colombiana
tem com as armas. — Durante as noites, quando podíamos ficar menos
preocupados e o me irmão estava dormindo, ele me ensinou a montar e
atirar. — Um sorriso satisfeito apareceu em seu rosto. — Eu consegui
acertar um coelho. — Nos olhamos incrédulos.
— E por que precisava aprender senhora? — Jorge pergunta para
ela, que me olha como se perguntasse se pudesse falar, apenas concordo.
— Meu pai foi o Pablo Carrillo e meu tio é Hector é quem me
procura. — Hassan se engasga e abre os olhos em direção a Vanessa e fala
até devagar.
— Você é Yolanda Carrillo, a garota que sabe a localização do maior
tesouro que o Pablo escondeu do irmão. — Ela olha para ele para confirmar
o que ele acabou de falar, e os dois se encostam nas poltronas.
— Não acredito que estamos com a mulher que conhecer o caminho
da cidade dourada. — Jorge fala e a Vanessa cai na gargalhada.
— No máximo, a cidade dourada deve estar estragada e cheia de
traças. — Fico pensando no que o Hassan fala e me preocupo com coisas
futuras.
E se alguma outra pessoa descobrir o nome dela e quiser sequestrar
ela na esperança de descobrir onde está os tesouros que o pai dela, e sem
contar que nosso filho pode também está em perigo por conta do nome dela
ser assim tão famoso no meio dessa vida.
— Quem diria, você fugiu por conta de quem são meus amigos e
você é o elo perdido de um tesouro que foi muito bem escondido. — Falo
sem acusação, apenas finalmente entendo os motivos que ela sempre teve
medo. — Agora entendo você, Vanessa.
Seus olhos ficam marejados e ela entrega a pistola para Hassan que
pega e a guarda novamente dentro do case, ajudo ela a voltar para a sua
poltrona, mais a faço sentar no meu colo, e meu sorriso fica maior e
apaixonado.
— Obrigado, minha colombiana, pelo que fez, mesmo que tenhamos
vivenciados momentos desesperadores, agora entendo que a sua escolha foi
para que não descobrissem vocês e não me fizessem nada de mal a mim ou
a qualquer um que fosse próximo. — Com a sua mão livre, ela toca em meu
rosto.
— Foi por conta disso que sempre tive medo, amor, meu nome é
motivo de muita especulação de onde meu pai escondeu todo aquele
dinheiro e principalmente os quilos de coisas sujas que ele roubou do meu
tio. — Faço carinho em suas costa e mais uma vez agradeço por tudo o que
ela fez, mesmo que no passado tenha nos magoado muito.
Nossa viagem é um pouco longa e a maioria dela a Vanessa passa
dormindo, só acorda quando estamos próximo de pousar e quando
finalmente pousamos somos recebidos pela Carol e Bruno.
— Desculpa por está trazendo problemas para vocês? — me
desculpo com meus amigos e a Carol se aproxima e me abraça.
— Deixe de bobagem, somos muito mais que amigos, somos família
e jamais deixaria que seu filho ficasse refém de um homem tão sem
escrúpulos, agora vamos para casa. — Ela se afasta de mim e se aproxima
da Vanessa. — Querida, se me permite falar você fica muito mais linda
assim morena.
Elas duas sorriem uma para outra, a Carol ajuda a minha
colombiana entrar no carro, enquanto vou no que estavam mais atrás para
que elas tivessem mais espaço, nossos seguranças estão em um carro
separado e vão para o mesmo lugar que a gente sei que o Bruno não os
manteria longe e as equipes de segurança irão trabalhar em conjunto.
— Gustavo, agora me diga como está passando, pergunto por que é
muita coisa para assimilar e aceitar também. — Olho para ele um pouco
sem entender o que ele me disse, mas tento ser o mais sincero que posso.
— Eu no início dei uma surtada, principalmente com ela sem
memória e achando que tinha apenas 14 anos, mais ainda bem que foi por
pouco tempo, agora saber que meu filho pode estar correndo risco de vida
me deixa em pânico, tenho me segurado para que ela não perceba. — Fico
pensando um pouco e o Bruno mostra de longe a comunidade do Júlio.
— Quando conheci a Carol, você sabe que a comunidade era minha,
mas eu já estava apaixonado por ela Gusta e não me importava nem um
pouco em passar a comunidade e tudo aquilo para deixar minha Deusa feliz
e vivendo em tranquilidade e com a sua ajuda iniciei minha vida de CEO.
— Começamos a rir, principalmente das lembranças de como nos
conhecemos.
— Você era, mas bonito no passado, agora está parecendo aqueles
fisiculturista. — Solto uma gargalhada e o motorista também.
— Quem dorme comigo adora. — Ele fala com orgulho de sua
deusa.
— Meu amigo, para tudo tem gosto. — Dessa vez até ele fica rindo
do que eu falo. — Mas me diga o que tem planejado para poder resgatar
meu filho e cunhado.
— Apareceu a oportunidade, a Carol interceptou um carregamento
grande e faremos uma troca para que ele deixe que seu cunhado e o
pequeno sai das mãos dele. — Fico pensando, acho arriscado,
principalmente se ele não aceitar uma troca.
— Bruno, esse homem está em uma caça ao tesouro a muitos anos,
será que aceitará uma troca assim tão fácil? — Ele meneia a cabeça.
— Teremos que arriscar, se ele não aceitar o Alex irá nos ajudar
assim como o Fritz e qualquer coisar podemos falar com o Carter, sendo
que ele será nosso último recurso. — Fico curioso em saber por quê.
— Tudo bem, vamos pensar com calma, iremos apenas amanhã a
noite, não é isso? — Ele confirma com a cabeça e percebo que estamos
chegando no condomínio que eles moram, e assim que o carro estaciona
vou ajudar a minha colombiana que está tão cansada como eu e sei que
deve estar com dores nos seios, vejo ela apertando eles um pouco.
— Vamos nos deitar, e vocês precisam descansar um pouco. —
Entramos na casa da Carol que nos indica o nosso quarto, que é bem amplo,
ajudo a Vanessa se sentar e coloco na sua frente as bombinhas enquanto vou
para o banheiro tomar um banho e preparar o dela para que ela se refresque
também.
Depois que ela termina de esvaziar seus seios e lhe dou um banho,
finalmente nos deitamos para descansar, por que o nosso dia amanhã será
corrido e ainda teremos uma viagem bem cansativa e estressante, quando
olho para o lado minha doce mulher estava dormindo abraçada com o
travesseiro, beijo seus lábios e decido que é minha hora de ir descansar
também.
— Boa noite, minha colombiana.
S into a claridade em meu rosto, e a
mão em meu seio esquerdo e uma
perna encaixada entre a minha
perna livre e meu gesso, me faz ter vontade que ele me vire do avesso e me
faça dele outra vez, mais do jeito que estamos é difícil de fazer qualquer
coisa, me levanto devagar e saio da cama para ir ao banheiro e por alguma
obra divina ele não acorda, faço tudo o que preciso e encontro um vestido
para vestir e resolvo descer para pegar um copo com água para meu
remédio.
Chegando no andar de baixo e dou de cara com várias mulheres com
a Carol que quando me vê me ajuda a sentar para poder tomar café, ela me
apresenta as suas amigas e entramos em alguns assuntos sobre tudo o que
aconteceu e como ela está nos ajudando a recuperar o meu menino resolvo a
contar tudo para ela, que ouve completamente calada toda a história.
E quando contei para ela sobre o que me lembro do meu pai ela
prestou mais atenção ainda, sei que ela não precisa do que meu pai
escondeu, mas a história é bastante curiosa e deixa qualquer um com a
vontade de entrar nessa busca.
— Eu queria saber apenas como ele deixou aqueles quilos
protegidos contra o mofo, porque não aguento mais comprar anti mofo para
o meu guarda-roupa, ainda mais nesse período de frio que logo começará.
— A Tânia começou a falar rindo.
— Não sei nem se é verdade, eu acredito que seja apenas dinheiro
ou joias, sei lá. — Minha lembrança do meu pai sempre é de um homem
inteligente, então tenho certeza que ele não escondeu drogas, ele escondeu
algo muito mais precioso que isso.
— Pelo que o Bruno sempre nos contou dos boatos do Carrillo, eu
agora conhecendo você e a história da sua família, começo achar que talvez
nem sejam joias e dinheiro, talvez seja algo um pouco mais importante. —
Olho para a Carol que está pensativa e por fim ela me olha e fala.
— Depois que recuperarmos o seu filho, podemos, sim, tentar e
descobrir o que seu pai escondeu, acredito que ele deve ter deixado alguma
pista sobre onde está o grande segredo. — Carol olha para cada uma e
conclui. — Se for várias joias, quero olhar elas. — Finaliza caindo na
gargalhada.
Ficamos sentadas na mesa até que todos aparecem e meu lindo
noivo aparece de cara amassada ainda, mas estava bem-vestido e arrumado,
ele da volta na mesa me beija e dá bom dia a todas, eles todos se sentam e
começam a tomar seu café.
— Vanessa quer ir passear um pouco ou prefere ficar aqui
sossegada? — Ele me pergunta e pelo seu olhar acho que ele quer ir em
algum lugar.
— Por mim não me importo se vamos ficar ou sair, só quero que o
dia amanhã chegue logo para poder ter nosso filho em meus braços. — Ele
beija minha mão e passa o dedo em meu rosto.
— Então vou te levar na empresa do Bruno, e de lá podemos ir ao
shopping que sempre gostei de ir. — Olho para a Carol que fica empolgada
com o que o Gusta fala.
— Podemos todas ir passear enquanto ele resolve o que esta
acontecendo na empresa, já disse para o Bruno que aquele cara está
roubando, mas ele insiste não querer me ouvir. — Sinto o Gusta respirar
fundo ao meu lado e fico pensando no que ele deve saber.
— O amigo do Gustavo é um bom administrador, mas ele teve que
se mudar e não iria conseguir continuar trabalhando, e o que contratei deve
estar fazendo algo muito errado. Vemos ele passando a mão na barba e o
irmão da Carol resolve falar.
— Ele tem cara de corrupto, era só ver que toda vez que ele resolvia
ir à boate ele colocava para dentro mais de dez pessoas e liberava o bar. —
Gustavo passa o braço no apoio da minha cadeira e percebo que ele está
bastante pensativo.
— Tenho alguns nomes em mente, mas não sei se pode confiar neles
também. — Ele me olha em meus olhos e acredito que ele esteja me
pedindo permissão para alguma coisa, só não compreendo o que.
— Posso cuidar da sua empresa mais remotamente por que eu não
largo por nada a minha família. — Ouvir ele falando assim faz com que
meu sorriso fique maior e o brilho no olhar dele cresce mais ainda.
— Não precisamos, tenho que arrumar um bom administrador e
você precisará de tempo para curtir a sua família e organizar o que precisará
daqui por diante. — Bruno tenta dar um tempo para o Gustavo poder ficar
comigo e com o Gui, mas sei o quanto ele é grato ao Bruno por tudo o que
ele é hoje, também então a coragem que sempre me faltou lá traz.
— Ele aceita, sim, se for preciso passar um tempo aqui no Rio
iremos vir com muito gosto ajudar você e sua empresa Bruno. — Viro para
o meu lindo noivo e faço com que ele preste atenção no que eu tenho a
dizer a ele.
— Chegou a hora de ser corajosa, chega de me esconder de tudo e
de quem sou e principalmente de que você precise fazer escolhas por minha
causa, meu amor, agora é minha vez de ser a sua companheira e te dar apoio
quando for preciso para ajudar nossos amigos, então, sim, iremos vir ajudar
as empresas do Bruno e assim que possível podemos voltar para Miami ou
Vegas. — Ele segura meu rosto com muito carinho e me enche de pequenos
beijinhos.
— Bom, então se sua mulher já decidiu como será podemos ver
alguma casa aqui no condomínio ou lá no prédio, vocês decidem. — Carol
fala demostrando toda a sua empolgação e começa a se levantar. — Vamos
embora para o shopping e enquanto eles vão para a empresa e mais tarde
iremos para o aeroporto.
Olho para o Gusta que dá de ombros, parece que precisarei me
acostumar com o jeito da Carol ser elétrico demais, ele me ajuda a me
levantar e o ouço falando com o Hassan para me acompanhar enquanto
Jorge vai com ele.
Temos vários seguranças ao nosso redor, mais no carro vai somente
às mulheres e a Carol vai dirigindo, e falando sem parar sobre o que posso
fazer para não ficar entediada e de cabeça cheia por que estou só cuidando
do Guilherme, fico rindo dela e da Juliana que falam sem parar.
— Você é advogada, não é, se quiser trabalhe no setor jurídico da
empresa por que problemas é o que não faltam e quem sabe não abre o seu
próprio escritório depois, pelo menos ficará, algumas horas fora de casa. —
A ideia de fazer o que estudei para ser, me fez ficar até emotiva.
— Ei, não precisa chorar, Vanessa. — Tânia, que estava ao meu
lado, tenta me acalentar.
— Não é tristeza, sei que conseguiremos pegar meu filho com o
Hector e saber que posso trabalhar com advocacia me deixa tão feliz, não
que eu não goste de ser secretária, mas dei tão duro para conseguir me
formar aqui e tirar a minha OAB, fiz tudo isso fugindo do Gustavo e
tentando ao máximo não ser encontrada, estava com oito meses quando vim
para Curitiba para fazer as provas da OAB fiquei tão cansada na época, e
saber que agora poderei trabalhar para mim isso é ótimo. — Respiro até
bem, vejo um pingo de felicidade no meio dessa turbulência que estamos
vivendo.
Chegamos no shopping e nos divertimos muito, a Carol me ajuda a
escolher alguns vestidos para levar e quando percebemos está quase na hora
de voltar para arrumar as malas para ir resgatar meu filho das mãos do meu
tio.
— Não se preocupe com as malas, a Keity já arrumou tudo, ela
trabalha para mim a muitos anos, desde que a Tânia nos abandonou para ser
a joia do Júlio. — Começamos a caminhar devagar para a saída e o Hassan
segura as minhas sacolas enquanto as meninas me ajudam a andar.
— Achava mesmo que deixaria meu coroa lá onde aquelas novinhas
vivem dando em cima nele apenas por que comanda a comunidade… há há
há… nunca, tenho que cuidar do meu coroa. — E mais uma vez caímos na
gargalhada.
Fomos para a casa da Carol e ficamos apenas esperando os nossos
maridos para poder ir ao encontro do meu passado, sei que coisas difíceis
vão acontecer assim que colocar meus pés na minha cidade natal, que eu
não venho desde que tinha dez anos, e sinto que preciso ir ao cemitério
onde minha mãe está enterrada para por para fora tudo o que sofri com a
falta de carinho dela e devolver esse medalhão que meu pai me deu e disse
que era dela.
Principalmente agora que constituirei a minha própria família com
quem amo, e se Deus permitir conseguiremos resgatar meu filho e o Miguel
com a Nik e ir para casa, olho para tudo organizado na sala e nos esperando,
nossos maridos chegam e o Gusta me olha.
— Vamos, minha colombiana, está na hora de ir buscar o nosso
filho.
A cordo ansioso, sonhei vendo o
Guilherme correndo em minha
direção chamando “Papai, papai”,
ele estava em um playground brincando com alguns carrinhos e tinha vários
seguranças olhando para onde ele estava brincando, o agarro ele em meu
colo e sinto seu cheirinho de limpeza, seus bracinhos circulam o meu
pescoço o aperto com ternura.
O pedacinho meu e da Vanessa está aqui em meus braços e ele está
seguro, olho para o seu rostinho e vejo que ele realmente é tão parecido
comigo tendo apenas os olhos na cor dos olhos da minha colombiana, mas
um barulho vem de fora do nosso momento e me abaixo para proteger ele, e
quando procuro ao redor ele sumiu dos meus braços e os seguranças estão
apontando suas armas para a Vanessa que estava em meus braços
ensanguentada.
Acordo suado, com respiração ofegante e sinto como seu meu
coração fosse sair pela boca de tão forte que ele está palpitando, não
conheço as pessoas com quem iremos nos encontrar e quero ter certeza que
meu filho e a minha noiva vão sair ilesos desse encontro, espero que a Carol
consiga realmente fazer a troca.
Desço para tomar café sozinho, porque dessa vez não faço ideia
como ela conseguiu sair da cama sem me acordar, desço e vejo elas todas
conversando e decido ir com os rapazes para a empresa e tentar apagar o
fogo que o Bruno tem em suas mãos, mas tarde conversarei sobre o que a
Vanessa aceitou de vir morar um tempo aqui.
— Cara, já olhei esses livros e não encontrei muita coisa nele que
explique como as finanças estão caindo Gustavo. — A sala do Bruno foi
alocada para o último andar do prédio que ele alugou para consolidar a sua
grande empresa de comunicações, antes era apenas um andar com várias
salas subdivididas para gerir e organizar todo o seu patrimônio, agora os
últimos sete andares era tudo separada para a empresa Alcântara ele fez do
seu nome a sua marca.
— Deixe de ser ansioso, podemos contratar um recém—formado,
normalmente eles querem mostrar serviço e fará um bom serviço, me diz
quem não quer iniciar a sua carreira trabalhando na Smoke, o que estava
aqui já era um velho cansado que queria apenas engordar a aposentadoria
dele. — Assim que abro o livro caixa desde o início que o antigo
administrador começou a trabalhar, vejo que ele desviou dinheiro de todo o
aglomerado.
Enquanto trabalho na auditoria fiscal que nem é minha área de
atuação, fico observando o Júlio conversando em grego, provavelmente
algo deve estar acontecendo no mundo deles, Bruno também se envolve e
acho que está jogando gasolina na situação, já que ele começa a rir do que o
Júlio fala no vídeo chamado, vejo ele se sentar na cadeira de frente para
mim enquanto meus olhos continuam na conversa do grego, Bruno
percebeu a minha atenção ali e pontua a conversa.
— Você sabe que o Júlio tem gêmeos, não é? — Confirmo com a
cabeça e volto a minha atenção para o computador. — O Alex, nosso amigo
da Grécia, tem gêmeas e eles estão ponderando unir eles em casamento para
evitar um problema no futuro.
Para de fazer a minha investigação na hora que ele me fala isso,
como podem prometer as vidas de seus filhos, e se acontecer algo ou pior e
se eles se odiarem como fica?
— E isso dá certo, acho que casamentos arranjados deixaram de
acontecer pelo menos a um século não acha? — Bruno começa a rir, e o
Cláudio se aproxima da gente com uma garrafinha de long Neck e se senta
na outra cadeira.
— Podemos manter nossos filhos no círculo entre os amigos,
corremos menos riscos de que eles sofram, entende, não quero a minha
doce Aurora casada com um filho de mafioso que pode fazer muito mal a
ela, esse mundo os homens são cruéis. — Bruno baixa a cabeça e põe o
celular na mesa.
— Acha que não tenho medo pela Laís, no nosso círculo não existe
nenhum rapaz que ela possa se envolver, mesmo eu achando que ela poderia
tirar a vida dela para ser serva do Senhor, eu poderia comprar um convento
para ela. — Tanto eu e o seu cunhado para o que estamos fazendo e
olhamos serio para ele que estava concentrado no que estava nos falando.
— Sabe que isso nunca acontecerá, não é, primeiro por que a Carol
jamais mandará a filha para longe e depois por que o nome da Madame
Suíça é famoso demais para quem não haja muitos futuros pretendentes de
outras organizações. — Digo para ele o que sempre imaginei, ele só faz rir,
mas sei que é de nervoso.
— Mas é isso, querendo ou não acabamos fazendo acordos com os
nossos filhos para não haver muitas pessoas estranhas. — Ele olha para
mim e volto a me concentrar no computador, acho onde estava os desvios e
faço uma cópia extra para entregar ao Bruno que levará para a polícia.
Na hora do almoço a assistente do Bruno entra na sala e avisa que a
sala de reuniões estava preparada para o nosso almoço e que já podemos ir
para lá, fico olhando para a mulher que estava muito bem vestida e
demonstrava ser estritamente profissional, após sair da sala olha para eles
que só fazem rir, como a Carol deixou ela trabalhar aqui.
— Não faça essa cara meu amigo, assim que ela foi contratada por
minha deusa ela passou horas conversando com ela, e parece que a Carol
disse algumas coisas que a mulher é agora praticamente um robô. — Fico
rindo, porque não esperava menos da minha amiga.
Durante o nosso almoço conversamos sobre como chegaremos lá e
conversar com o Hector, como o Bruno nos disse que as equipes do Júlio
interceptaram uma carga entrando nas áreas que eles comandam, mesmo
não sendo do Hector eles acham que podem fazer essa toca com ele.
— É muito arriscado Bruno andar com tudo isso com a gente não?
— Pergunto assustado para ele.
— Meu amigo somos empresários, não dividimos nosso transporte
com mercadorias, caso ele aceite a troca enviaremos para ele no dia
seguinte, mais tenho certeza que ele aceitará. — Queria ter essa mesma
confiança do Bruno.
— Não se preocupe Gustavo, sei que o Bruno não quer envolver o
Carter nessa situação, mas ele me garantiu que ligará para ele para saber o
que ele quer em troca do primo da Helena, acho que o rapaz gosta da sua
sobrinha. — Começo a rir, começo bem a história daqueles dois, e ali não
vai acontecer nenhum tipo de envolvimento amoroso.
— Henrique sempre viu a Helena como irmã e sempre será assim.
— Acho que eles não acreditam muito no que falo e riem da minha
convicção.
Depois que resolvemos tudo com o aglomerado de empresas
voltamos para a casa do Bruno onde nossas mulheres nos esperava para ir
para a pista de pouso, minha mulher estava linda com um vestido de botões
e uma sandália com pedrinhas, seus cabelos estavam trançados na lateral
que a deixava mais bonita.
Subo para tomar um banho e trocar de roupa e me encontro com ela
que ajudo a entrar no carro para podermos ir ao encontro do nosso filho, em
poucos minutos estamos todos acomodados e sobrevoando a cidade
Maravilhosa que sempre me faz ficar apaixonado por essa cidade e olho
para a mulher ao meu lado que segura forte na minha mão e na outra ela
quem um medalhão que aperta forte.
— Vanessa me prometa que não fará nenhuma coisa que fará que
sua vida fique em risco, não quero cuidar do nosso filho sozinho, então me
prometa que não fará nada estupido. — Olho para ela com essa súplica em
meus olhos e seus ficam marejados.
— É meu filho também, e o quero assim como você e se para
conseguir ele… — Ela para de falar e olha para a sua mão que estava o
medalhão que tanto apertava.
Ela pega o medalhão e me mostra o que tem dentro dele, chamo a
Carol para que ela analisasse o que acabamos de descobrir, e o olhar dela
muda e sei que a esperança agora cresceu mais ainda e mudamos os nossos
planos, iremos primeiro a Cuzco olhar algumas linhas.
L embro que tenho essa medalha
desde que me entendo por gente e
nunca percebi que, na verdade,
ele abria, mas com a força que estava fazendo o fecho se soltou e revelou o
segredo que tinha na pequena medalha.
Mas sei que o do Miguel também tem uma parecida dado pelo meu
pai, e essa quem me deu foi a minha mãe, no dia que eles nos entregaram
nossos cordões ficou mais que nítido que algo não agradava a minha mãe
comigo, foi quando comecei a perceber o carinho que o Hector e meu pai
me davam, mas sempre achei que fosse para compensar o tanto de desprezo
que a Marcília dava a mim enquanto ao Miguel ela se dedicava de todas as
formas possíveis.
Nunca, na verdade, me importe para a atenção que minha mãe não
me dava, porque o meu pai e o meu tio supriram isso muito bem, mesmo
que eles tenham brigado e o meu tio tenha matado os dois, ele sempre me
tratou como uma filha e o Miguel também.
Agora esse pequeno mapa, talvez seja verdade tudo o que falam
sobre o tesouro que o meu pai escondeu, mesmo achando que não seja nada
que todos pensam, não acredito que seja drogas e nem dinheiro encrostados
dentro de alguma parede, acho que meu pai deixou outra coisa escondida.
— Deixe me ver isso aí Vanessa. — Carol pega o pequeno pedaço
de papel que estava no medalhão e olha, mas de perto.
Fico apreensiva para que, o que esteja lá dentro seja o tal mapa que
sirva para Hector libertar meu irmão e principalmente meu filho, Carol me
entrega novamente e olho novamente o que estava escrito.

“MEU AMOR POR VOCÊ É MAIOR QUE AS LINHAS VISTAS DO


CÉU, NA COZINHA MINHA MAIOR DECLARAÇÃO”

— Sério que o seu pai deixou um enigma para você, não seria mais
fácil dizer assim filhinha está na parede do meu quarto da casa tal lembra…
— Bruno fala rindo e reviro os olhos para a reação que ele tem.
— Linhas no céu? — Gustavo pergunta, sem entender o enigma
que tinha na pequena pista.
— As linhas de Nazca são no Peru, e a única vez que estivemos no
Peru foi em Cuzco quando meu pai foi morto. — Falo com convicção, por
que nenhuma das minhas memórias me dizem se já fomos outra vez por lá
— Vamos lá então mudar a nossa rota, assim que chegarmos em
Cuzco no Peru ligo para o Hector e digo que precisamos alterar um pouco a
nossa rota. — Carol fala como se mudar a rota fosse algo simples a fazer.
— Não podemos Carol, o Guilherme e meu irmão, não podemos
simplesmente fazer com que ele tenha que esperar, e se ele tentar fazer mal
ao nosso filho. — Me agarro na blusa do Gustavo e ele tenta me acalmar.
— Carol, eu concordo com a Vanessa, primeiro pegaremos a nossa
família, depois podemos bancar os Indiana Jones. — Carol revira os olhos
mais acaba aceitando que a prioridade é salvar meu filho.
— Não faço ideia o que tenha lá Gustavo, mas não arriscarei a vida
do nosso filho, para descobrir o que meu pai deixou escondido para mim,
isso se for algo realmente para mim. — Porque ainda acho que o que tem lá
serve apenas para o meu próprio pai e não para mim ou meu irmão.
Saber que realmente existe algo escondido me deixa ainda mais
preocupada, faz com que o perigo aumente criando mais curiosidade entre
cada um das pessoas que conhecem a lenda do tesouro perdido do Carrillo,
precisamos findar com essa lenda, mostrar que o que meu pai escondeu
nada tem a ver com um rio de dinheiro escondidos ou quilos e mais quilos
de drogas em algum lugar.
Gustavo pelo menos concorda comigo em relação a resgatar nosso
filho primeiro depois ir brincar de procurar tesouros escondidos, quem não
fica muito empolgado acho que foi o Bruno ele queria ir se divertir nessa
caça ao tesouro, depois de algumas horas chegamos na pista de pouso que o
Hector nos deu a localização e que fica fora do radar da polícia.
Havia alguns carros que nos aguardavam na borda da pista, fiquei
meio apreensiva de entrar naqueles carros, mas coloco o resto de coragem
que ainda me resta no meu rosto e seguro a mão do meu noivo, está se
aproximando a hora de pegar o nosso filho daquele louco que o sequestrou,
e quero saber também do meu irmão.
— Senhorita Carrillo, seu tio a aguarda em seu apartamento, iremos
lhe levar até ele nesse momento. — Antes que eu pudesse falar qualquer
coisa, a Carol toma a frente.
— Diga a seu chefe que esperaremos por ele no hotel que
reservamos para o nosso encontro, e diga a ele que tanto o Guilherme como
o Miguel e a moça devem ir com ele também. — O segurança olhava para
ela como se ela fosse um nada e o melhor foi ver ela dando um soco na cara
do motorista que acabou caindo no chão com o impacto, o Bruno saca a
arma dele e apontar para todos os seguranças que se aproximavam da gente.
Estufei o peito e puxei a arma que estava dentro da minha bolsa,
enquanto o Gustavo também sacou a dele, Carol se aproximou do motorista
que parece que já havia levado alguns socos antes de chegar aqui.
— Caso não saiba que sou, diga a seu chefe que ainda sou a
Madame Suíça e onde eu estiver é um lugar neutro, caso não seja dessa
forma diga a ele que irá perder o seu lugar no comando. — O segurança
olhava para ela como se o que ela falava fosse a maior besteira que
houvesse.
— O que foi, acha que o teu chefe não deve respeito ao conselho
apenas porque ele comanda praticamente a América do Sul inteira. — Falou
para o segurança que ainda não havia acreditado no que estávamos falando.
O segurança, que ainda estava caído no chão, empunhou a arma que
estava por baixo da camisa para a Carol e antes que ele pudesse usar, ela se
abaixou, o desarmou e o furou com a pequena adaga que ela tirou da coxa e
o acertou entre as costelas.
— Sabe meu rapaz, um dia eu já fui muito incrédula quando
falavam que esse mundo é muito grande, na verdade, ele é extremamente
pequeno e que todos devemos obediência a alguém, o teu chefe me deve
obediência, agora por conta da sua forma de tratamento comigo e meus
amigos morrerá aqui nessa pista sozinho, porque vou para o hotel que
reservei e seu patrão vai me encontrar lá. — Os outros seguranças se
aproximam da gente com uma expressão bem, mas tranquila, diferente do
que estava agora no chão sangrando, que tinha uma cara de ódio.
— Madame Suíça, me chamo Luiz e levarei vocês até seu hotel e
informarei ao senhor Carrillo o que acabou de deixar claro aqui, mas de
antemão acredito que ele não levará o pequeno e nem o senhor Miguel,
algumas coisas aconteceram que ele mesmo deve contar a você senhorita
Carrillo. — O homem estava bem-vestido com um terno escuro e uma
escuta solta caída em seu ombro, o rosto desse segurança me é familiar,
mais não consigo lembrar dele, me aproximo e toco em seu braço.
— Pode me dizer se minha família está bem e seguros. — O homem
sorri com ternura para mim e apenas meneia com a cabeça.
— Qualquer membro dos Carrillo jamais será maltratado nas
fronteiras de casa. — Ele tem uma voz imponente e as lembranças me vem.

LEMBRANÇA ON

— Luiz já disse a você que a Yolanda precisa ter alguém protegendo


ela, olha o que aconteceu hoje, os González poderiam ter raptado ela e seria
uma situação muito complicada para justificar. — Estava brincando com
minhas bonecas na parte de baixo da mesa, onde ninguém poderia me ver.
— Não se preocupe senhor Carrillo, treinarei alguém para cuidar
muito bem da senhorita Yolanda, os documentos dela chegaram estou indo
buscar agora mesmo. — A voz estava um pouco mais distante.
— Ninguém deve saber que ela não seja…

LEMBRANÇAS OFF

Uma dor de cabeça veio forte com uma tontura me atingindo e fui
obrigada agarrar no braço do Luiz, que me amparou e logo em seguida veio
o Gusta e me ajudou a me sentar no chão e tirou os fios de cabelos que
estava em meu rosto.
— Meu amor, o que está sentindo quer ir ao hospital? — Olho mais
uma vez para o Luiz e acho que meu passado não seja nada daquilo que
sempre pensei ou o que o Miguel sempre brincou me dizendo que fosse, ele
parecia aflito querendo ajudar o Gustavo que não deixava ele chegar
próximo de mim.
— O que ela tem, está gravida? — Gustavo tinha os olhos dele
cravados no meu, percebi a dor que aquela frase custou a ele, ele respirou
fundo e negou com a cabeça, toque em seu rosto e apenas sussurrei para ele.
— Eu te amo. — Um sorriso meio triste apareceu, e tentei me forçar
a levantar daquele chão.
— Aquele homem me atropelou. — Aponte para o moribundo que
estava dando seus últimos suspiros caído no chão. — E como sequela perdi
a memória e então venho tendo alguns flashes de memórias bem antigas,
mas agora preciso ir para o hotel e ficamos esperando Hector no nosso
quarto. — Ele concorda com a cabeça e antes que se afastasse mais ainda eu
o chamo.
— Luiz. — Ele se virou e me deu um sorriso enorme. — Diga a ele
que eu já sei o que ele quer tanto saber, mas quero o meu filho ainda hoje
no meu quarto.
— Sinto muito senhorita, mas eu apenas seguia ordens dos Carrillo.
— O olhar dele fica triste, mas não se prolonga nas explicações e volta em
direção ao seu carro.
Quando me viro para a Carol e meu noivo eles estavam com uma
expressão que demonstrava que não estavam intendendo nada do estava
acontecendo naquele momento, seguro na mão do meu noivo e se eu fugi
dele com medo que o meu passado pudesse o matar, agora tenho certeza
que ele se envolveu em algo bem pior, olho em seus olhos e com muita
segurança digo para ele algo que acabo de descobrir.
— Não sou uma Carrillo.
O olhar de todos era
incredulidade, como assim não é
uma Carrillo todos perguntavam
ao mesmo tempo, cada vez mais próximo de mim a pronto de me deixarem
de

sufocada, se não fosse pela tensão que estávamos sentindo nesse momento
eu com toda certeza estaria rindo de como eles estavam curiosos, mas a
Carol era a que demonstrava estar mais curiosa.
Nossos seguranças entraram nos carros junto com a gente e fomos
para o Hotel bem luxuoso em uma área da cidade muito bem valorizada, os
seguranças da Carol deram os nomes feita a reserva, subimos para os nossos
quartos que ficavam um de frente para o outro, os que ficavam do lado era o
dos nossos seguranças e pelo incrível que pareça eu estava me sentindo
segura principalmente do que me lembrei ainda pouco.
Sei que o Carrillo nunca quis uma guerra, mais que ele ficará
decepcionado em saber que o seu grande tesouro nada tem a ver com
dinheiro ou drogas, isso ele vai. Gustavo me ajuda a subir na cama para
descansar um pouco, enquanto a própria Carol e o Bruno também foram se
refrescar um pouco.
— Que tal um almoço um pouco mais leve meu amor, enquanto
esperamos a Carol e o Bruno voltarem para ficar aqui com a gente
esperando. — Concordo com a cabeça para ele e estico a minha mão para
ele se aproxime.
Ele estava apenas de cueca, estava se organizando para poder tomar
um banho também, o olhar safado dele me tira algumas risadas, estamos
loucos para nos amar sem esse gesso nos atrapalhando, e quero muito ser
algemada outra vez por ele, ou poder ser sua novamente embaixo do
chuveiro.
— Na verdade, eu quero outra coisa, e nada relacionado a possível
fome que estejamos sentindo. — Ele fica rindo e se senta ao meu lado.
— Sei muito bem o que você quer minha colombiana, mas minha
cabeça está nesse momento no encontro que logo acontecerá. — Descanso a
minha cabeça em seu ombro, sinto a sua mão na minha coxa.
— Minha cabeça está cheia de informações Gusta, e não sei dizer se
são lembranças ou qualquer outra coisa. — Suspiro ao seu lado, e saber que
talvez fui sequestrada quando criança me deixa ainda mais preocupada e
ansiosa para saber o que realmente aconteceu comigo.
— Não se preocupe, a verdade deve aparecer com o Hector. —
Estou inquieta com aproximação dele de mim, mas terei que esconder o
máximo possível a minha insegurança pela segurança do meu filho.
— Espero que o Hector não faça nada ao nosso filho, Gustavo. —
Meu maior medo é esse que ele machuque o Guilherme por não conseguir
realmente o que sempre quis.
— Vamos esperar e ver o que vai acontecer, ele vira apenas de noite,
temos bastante tempo para nos preparar até a sua chegada, e diga-se de
passagem que fiquei bastante excitado quando te vi toda gostosa segurando
aquela pistola. — Solto uma gargalhada olhando para ele, Gustavo sabe
muito bem quebrar qualquer tensão do momento.
— Olha, meu amor, obrigada por me fazer rir depois de tudo isso
que está acontecendo. — Ele puxa meu rosto para ficar, mas próximo do
seu.
— Você é minha mulher, é minha função cuidar de você até mesmo
quando não percebe que precisa se cuidada meu amor. — Meu sorriso fica
grande e então ele toca meus lábios com o dele e pede licença para a sua
língua começar a fazer sua dança com a minha, mas ouvimos algumas
batidas na nossa porta e um voz veio de fora da nossa bolha.
— Senhor desculpa incomodar, mas a senhora Carol os aguarda aqui
na sala para pedir a refeição de vocês. — Era Jorge nos chamando, Gustavo
me ajudou a tirar meu vestido e me levou para o banheiro, vejo ele voltando
para o quarto e o som de sua voz grossa chega até mim, estou sentada no
vaso e com uma cadeira segurando minha perna para cima enquanto o
chuveiro chega em uma temperatura agradável.
— Jorge avisa que vou apenas terminar de nos arrumar e saímos. —
Gustavo volta para o banheiro e tira a sua cueca e me ajuda a tomar banho e
sinto cada uma das minhas células se acalmando e quase relaxando. — Para
de me olhar assim. — Fico rindo dele.
— Assim como Gustavo? — Faço a minha melhor cara de safada.
— Como uma gata assanhada, eles estão nos esperando aquieta esse
fogo ai. — Ele aponta para o meio das minhas pernas e ficamos rindo do
seu comentário, mas ele estava certo, terminamos o nosso banho, ele me
ajuda a me vestir e fico sentada na cama enquanto ele mesmo volta para o
banheiro para tomar o seu banho.
Depois de alguns minutos estamos arrumados e sentados com os
nossos amigos aguardando a nossa refeição, Carol colocou meu medalhão
na mesinha que ficava na sala e o pequeno papel ao lado e estava pensativa
e enquanto converso com o seu marido.
— Bruno tem certeza que durante o tempo que estava no comando
nunca ouviu a história que a família Carrillo adotou alguma criança? —
Perguntei porque tinha algumas coisas na minha memória que não fazia
sentido.
— Vanessa, a única coisa que sei é que a maioria sabe, meu tempo
no comando do tráfico eu não fazia negócios com a sua família, então sabia
apenas que eles estavam em guerra com eles mesmo. — Bruno me conta o
que ele se lembrava.
Depois que nossa refeição, a Carol foi para o telefone e andava de
um lado para o outro, e ouvíamos a conversa dela com alguém que parece
que estava fazendo alguma pesquisa. Gustavo estava ao meu lado o tempo
todo, mas conseguia ver que estava ansioso, suas pernas balançavam muito.
Vários minutos depois, vendo ela conversar com a pessoa no
telefone, ela finalmente desligou e se sentou ao lado do seu marido e me
entregou o seu tablet, tinha uma manchete grande e nela dizia que devido
uma guerra de facção entre a Colômbia e o México, a família mexicana
praticamente foi toda assassinada, mas o que não fazia sentido era que nada
foi roubado apenas algumas poucas joias e fotografias.
— Será que eu fazia parte dessa família, mas porque me mantiveram
viva e nunca fui maltratada, muito pelo contrário eu via pessoas dando a
vida para cuidar de mim. — Mesmo vendo a reportagem não conseguia
acreditar que algo estava relacionado a isso, meu pai sempre demonstrou
me amar e o Hector também.
— Teremos que esperar o Hector para saber o que realmente
aconteceu, ele com toda certeza deve saber de algo. — Bruno fala olhando
para a notícia que estava no tablet.
Mas antes que pudéssemos falar mais alguma coisa, o Hassan entra
no quarto e diz que o Hector chegou e aguarda na recepção do hotel para o
nosso encontro.
— Hassan diga que estamos aguardando pela sua chegada, mas uma
coisa sabe nos dizer se ele trouxe meu cunhado e meu filho? — Ele apenas
confirma com a cabeça e respiramos aliviados, Hassan sai e fecha a porta
atrás de si, meu coração começa a palpitar devido ao que estou sentindo
agora, essa expectativa de rever meu irmão e principalmente de ter meu
filho no colo depois de quase uma semana.
— Vanessa, tenha calma, e não fique preocupada, conseguiremos
resolver tudo o que precisamos resolver, tire o máximo de informações que
puder dele e eu farei o que eu puder para negociar com ele. — Ouço tudo
com atenção e farei da forma que ela me disse.
Três batidinhas na porta e vejo Hassan entrando pela sala e dando
passagem para a Nik que estava de mãos dadas com o meu irmão que tinha
um sorriso enorme no rosto, mas quando ele realmente me vê, consigo ver o
quanto ele estava muito irritado, atrás dele veio o Luiz e por último Hector
estava lá elegante como se fosse um grande homem de negócios e com ele
meu filho no colo, estava bem-vestido e arrumadinho com a sua chupetinha
na boca e quando ele me viu se forçou para ir para o chão, mas Hector o
segurou para que não viesse ao meu encontro.
— Buenas noches. — Sua voz parece a mesma que me lembro,
mesmo que ainda sinta medo dele, algo dentro de mim diz que ele é família,
uma explosão de sentimento toma meu corpo, tento ficar em pé para olhar
meu filho.
— Por favor, me entregue meu filho. — Falo em lagrimas para ele e
a sua fisionomia fica serena como eu sempre me lembrava.
— Nunca dañaria mi propiasangre, hija mía.(Eu nunca faria mal ao
meu próprio sangue). — Ouvir ele falando em nosso idioma fez com que
várias lembranças viessem a tona.
Ele solta meu filho que corre para o meu colo, mas não consigo
segurar ele, então olho para o Gustavo que estava congelado ao meu lado,
todos podiam ver o quanto ele estava emocionado com o nosso momento.
— Amor, você pode me ajudar a pegar o “NOSSO” filho no colo.
— O olha dele passou por todos na sala, mas ficaram presos no pequeno
que pedia a minha atenção, ele se abaixou e olho para o Gui que ficou
curioso com o Gustavo.
— Oi, pequeno, sabia que você é lindo, que tal vir no meu colo e
ajudo você dar um beijo na sua mamãe, viu que ela está “dodói”. —
Guilherme me deu a sua chupeta e foi de bom grado para o colo do Gusta.
Ele ficou hipnotizado olhando para o pai, ele segurava em sua barba
e fazia um pequeno carinho e quando viu lagrimas escorrendo ele franziu as
sobrancelhas.
— Porque tá tiste titio, fiz “dodói”. — Guilherme sempre foi muito
amoroso, ele se inclinou e beijou onde ele havia passado a mão no rosto do
pai.
Gustavo abraçou o nosso filho e estendeu a mão para mim que eu
pegue de muito bom grado, ele me puxou para um abraço e toda a sua
ternura estava ali, mesmo que ao nosso redor houve um perigo eminente,
aquele era o momento de que apresentasse o nosso filho ao homem que
amo, ao homem que fiz o meu melhor para que ele ficasse seguro, ao dono
de todo o meu ser.
— Obrigado por me dar um filho a mim, Vanessa, ele é lindo, é
perfeito. — Seu choro me deixou tão feliz, beijei seus lábios e olhei para o
meu filho, que me beijava de saudade.
— Mamãe e papai. — Ele beijou cada um separadamente, falava
como se já soubesse do que estava acontecendo e olhei para o meu irmão.
— Fui ensinando-o nos últimos dias que iriamos conhecer o papai
dele, desculpa se não era isso que desejava. — Mas quem me respondeu foi
a Nik, me liberto do abraço protetor do meu noivo e vou mancando até eles
dois e os abraço.
— Vocês estão bem? — Olhava para meu irmão que mesmo que ele
fosse todo atlético e bem mais alto, eu prometi ao nosso pai que iria
proteger ele de tudo e de todos, mas ele tinha um sorriso no rosto mostrando
estarem bem, ele continua me olhando preocupado.
— Acho que sou eu que devo te fazer essa pergunta, não é? — Mas
nos viramos para o Hector que estava em silêncio o tempo todo aguardando
para que pudéssemos conversar.
— Podemos conversar agora mí hija? — Solto uma respiração
frustrada, mas esse encontro e essa conversa tem que acontecer.
Ele tenta me ajudar a ir para o sofá, mas rejeito a sua ajuda, então
meu irmão e a Nick me levam até onde o Gustavo estava com o Guilherme,
Miguel abraça meu noivo e beija o topo da cabecinha do Gui.
— Desculpa se precisei sair assim correndo e arriscar as nossas
vidas, mas foi a única coisa que pensei quando soube que haviam nos
encontrado e tinha certeza que jamais deixaria minha irmã desprotegida. —
Ver meu irmão tentando me proteger faz com que eu o ame mais ainda.
— Não se preocupe, fez o certo. — Gustavo fala com um sorriso e
com o nosso filho no colo, que estava empolgado com o pai.
Todos nos sentamos para prestarmos atenção na conversa que pode
valer milhões de dólares.
— Me diga Hector, quem eu sou?
— Me diga Hector, quem sou eu? — Essa é a pergunta que me
assola desde que meu irmão começou a fugir e minha raiva cresceu a ponto
de matar o meu irmão quando ele me disse que jamais teria o que mais quis
nessa vida, o meu tesouro.
“O Grande Tesouro dos Carrillo”
Olho para aqueles olhos azuis, sendo o motivo da minha grande
paixão no passado e motivo de uma guerra entre nossas casas e quando
mais precisamos de ajuda, todos os amigos do meu pai viraram as costas
para nossa família, ela é tão parecida com a mãe.
— Ustedes dos son mí hijos! (Você dois são meus filhos). — Me
ajeito no sofá e observo que Luiz chega mais próximo de mim, e se senta ao
meu lado porque assim como o Pablo, essa história é de cada um de nós
três.
— Não pode ser verdade, porque não faz sentido ser sua filha
enquanto sempre tinha gente querendo me matar por aí. — Eu podia ver
que ela falava com raiva e eu entendo os motivos dela, sei que enquanto a
procurava deixei que parecesse que a queria apenas pelo tesouro e muitos se
motivaram em fazer a buscar pensando nisso.
— Hija contarei uma história a você e seu irmão, prometo que não
iremos nos aprofundar muito, hoje quero que um dia volte a confiar em
mim como era quando criança. — Falo olhando exclusivamente para os
meus hijos, mas sei que a Madame Suíça está aqui para ajudar a minha
filha, então olho para ela.
— Madame Suíça, eu não sou perigo aqui para a minha família e
não me importo que seja testemunha do meu passado. — Vejo que ela
começa a relaxa, ela é uma mulher muito bonita, pena que é casada teria
orgulho de fazer dela minha esposa e senhora Carrillo.
— Me diga uma coisa Carrillo, o tal tesouro é verdadeiro. — Aquele
saco de músculos que a linda Carolina chama de marido me pergunta o que
todos no nosso mundo desejam saber, e pelo olhar de cada um naquela sala
menos do Luiz é de curiosidade.
— Miguel me dê seu cordão e Yolanda posso pegar o seu? — O seu
medalhão estava na mesa a minha frente e meu filho me entrega o dele, me
aproximo e mostro para eles que o do Miguel também tinha algo escrito
dentro.
Coloco o pequeno bilhete de lado, por hora ele não é importante e
quanto uno os dois medalhões eles formam o mapa da Cidade do México e
tinha um X, onde quem não soubesse o que fazer com o medalhão pensaria
ser uma Cruz.
Pego os dois bilhetes e mostro para a eles, e reconheço a letra da
doce Juana e de meu irmão também.

“Meu amor por você é maior que as linhas vistas do céu, na


cozinha minha maior declaração”

Enquanto na do Miguel era o mapa que sem o X que ficava no


medalhão, mais no verso.

“Meu coração precisou ser dividido, México e Colômbia, filhos de


herdeiros de duas famílias”

— Respondendo a você, meu irmão sempre gostou de uma caça ao


tesouro, mas o que me interessa nesse tesouro não são os bem materiais e
sim algo que a Juana deixou para mim. — Olho para a Yolanda e tento ser
terno com ela, sempre sonhei em poder ter a minha filha na minha frente.
— A confirmação que é realmente minha filha. — Não consigo aguentar a
emoção e choro na frente de todos.
— Hector conheceu Juana no dia do casamento do irmão mais velho
dela, a família inteira foi convidada, e estava lá também, sua mãe tinha
apenas 15 anos enquanto Hector estava com 20, eles se apaixonaram e no
durante a festa tanto eu como o Pablo despistávamos onde ele estava, seus
avós não queriam briga, mais os pais da Juana queria mais poder, aumentar
os domínios deles e encontraram uma forma. — Ouvir Luiz contar como
foram aqueles primeiros dias, faz com que um aperto no meu coração
aumente.
— Eu me apaixonei por sua mãe, e a queria fazer minha esposa,
meus pais não viram problema e aceitaram que fosse pedir a mão dela em
casamento, depois de alguns dias fui até onde eles moravam, quando falei
sobre minhas intenções o velho Gonzáles não aceitou e me proibiu de vê-la
novamente, mas éramos jovens eu menti para o meu pai e disse que eles
haviam aceitado e que ficaria mais alguns dias na cidade para que o pai dela
me conhecesse, e como estávamos com alguns problemas em casa meus
pais voltaram e me deixaram aos cuidados do Luiz, que foi um grande
amigo. — olho para o meu fiel amigo e descanso minha mão em seu ombro.
— O que houve com ela? — Vanessa me pergunta e seus olhos estão
grandes com a tensão que existe na nossa conversa.
— Chegarei lá, em vez de sua mãe ir para a escola eu a pegava na
esquina de sua casa e a levava para o hotel onde estava hospedado e a fiz
minha mulher durante todos os dias que fiquei lá, mas também precisei
voltar e sofremos muito com a nossa separação, ela ficou doente de tristeza,
pelo menos era isso que ela me dizia nas cartas que ela me enviava, até que
chegou um dia que seu avô apareceu na nossa casa com ela do lado e uma
pequena barriga discreta, ela estava grávida de você minha filha. — Meus
olhos ficam marejados com a lembrança de ver ela com o rosto todo
machucado, com as marcas das agressões em seus braços e a brutalidade do
pai dela.
— Seu avô pegou ela pelo braço e a empurrou e amparei para que
ela não se machucasse mais ainda, minha mãe se aproximou para me ajudar,
mas seu avô apenas a agredia e não sempre conseguíamos impedir que ele
não a tocasse, por fim meu pai ofereceu algumas coisas por ela o que
acalmou a raiva do senhor Gonzáles, mas a sua mãe caiu num mar de
tristeza que ninguém conseguiu tirar ela, minha mãe cuidou dela como uma
filha e eu estava com ela a cada consulta tentei de tudo para que ela voltasse
ser uma jovem com desejo pela vida, uns dias depois que você nasceu, ela
tomou vários remédios e a nossa empregada a encontrou sem vida. —
Aqueles meses foram os piores da minha vida, eu jurei me vigar de todos
que fizeram minha flor perder as suas pétalas.
— Durante os meses que ela ficou em nossa casa ela fez amizade
com o meu irmão e ela pediu que ele mantivesse minha filha em segurança
do pai dela, e se fosse preciso até de mim mesmo. — Miguel se arruma no
sofá e chama a minha atenção.
— Mas, porque nunca nos falaram sobre isso, porque nos
lembramos que ela é filha do Pablo. — Volto a olhar para as coisas na mesa.
— Depois que acabou o luto, fui até a casa do seu avô e matei todos
eles, deixando apenas seu avô sem herdeiro para passar toda a sua herança,
e tendo apenas você para fazer isso, mas nunca devemos mexer com a
família de um homem e quase perdi você por conta disso, ele conseguiu te
sequestrar e só conseguimos achar você novamente quando estava com
quase cinco anos. — Ela fica surpresa com o que falo e acho que está
passando mal, ela fica pálida e o homem que estava ao seu lado tenta ajudar
ela, me levanto para poder ajudar também, mas todos os seus seguranças se
aproximam e me impedem que fique perto dela, então faço apenas o que
posso naquele momento me sentar e esperar que ela fique bem.
Enquanto ela se recupera, o pequeno Gui corre para o meu colo.
— Abuelo, vamos cavalinho? — Olho para o pequeno que herdou
os olhos de sua abuela.
— Que tal esperar um pouquinho e depois podemos, sim, brincar de
cavalinho. — Vanessa olha para mim e dá, a volta na mesa que nos
separava e se senta ao meu lado.
— Porque esperou tantos anos para me dizer algo que suspeitava, eu
me lembro do dia que o Luiz me trouxe para casa. — Me emociono e deixo
que as lagrimas rolem enquanto o Guilherme continuava em meu colo.
— Perdoe-me esse velho tolo que imaginou que conseguiria te
trazer mais rápido para casa fazendo essa caça ao tesouro, eu apenas queria
ter você perto o suficiente para que pudéssemos sentar e contar tudo. — Ela
enxugava meu rosto com sua mão e tinha um olhar sereno.
— Porque matou o seu irmão, eu tenho uma vaga memória, apenas
me confirme. — Eu esperava que ela não me fizesse essa pergunta.
— Uma noite fiquei muito bêbedo e vi que sua mãe entrou
novamente no meu quarto, e fiz amor com ela como nunca, e quando foi de
manhã descobri que não era a sua mãe e sim a Marcília, a esposa do meu
único irmão, por muito tempo tivemos uma briga por conta disso e quando
ele me trouxe você ele achou a desculpa perfeita que ninguém suspeitasse
que você fosse a herdeira sequestrada do Gonzáles, tiramos seu sobrenome
que ligava a sua mãe e se tornou apenas uma Carrillo. — Ela ficou quieta
na minha frente.
— Marcília morreu por engano, ela acabou se apaixonando por mim
e o Pablo não conseguiu deixá-la ser livre, mas nunca quis me envolver
com ela, foi apenas uma vez e quando ela correu para me matar Luiz a
imobilizou e ajoelhou ela e acabei matando ela, enquanto ao Pablo, você era
pequena, mas ele te treinos muito bem porque filha como foi difícil
encontrar uma menina de quinze anos e um garotinho de cinco fugindo,
você foi muito esperta. — O sorriso dela fica grande e se vira para o seu
irmão.
— Pablo, sabia onde estava tudo o que comprovava ser minha filha
e seu avô sempre me acusou de sequestrar a sua única descendente viva, e
que não era minha filha, meu irmão não queria ver mais guerra, ele dizia ser
uma armadilha e que seu avô iria me matar, mas fui teimoso e segui
procurando qualquer coisa que pudesse provar que é minha filha, não quero
nada dos Gonzáles e você não precisa de nada deles, eu tenho mais que o
suficiente para deixar para você e para o Miguel. — Olho para o meu filho
que durante esses dias nos aproximamos e entendeu todos os meus motivos,
sei que a Yolanda precisa pensar e analisar tudo o que acabei de contar para
ela.
— Sei que me amava quando era pequena, isso eu não tenho dúvida
alguma, mas agora sobre os meus direito de herança… — Ela olha para o
homem que acho que seja o motivo de grande parte de suas decisões, sorri
para ela, ela volta a me olhar e segura em meu rosto. — Pai, eu não preciso
de nada disso, não faço questão dessa coisa de cartel, quero apresentar meu
noivo, este é Gustavo Lira… — Agora sei porque o achei ele tão familiar.
— O pai do meu neto é o homem da Forbes? — Fico surpreso em
saber que ela realmente não vai precisar de mim.
— Pode me chamar apenas de Gustavo, e acho que não quero meu
filho envolvido com nada disso… — Somos interrompidos pelo saco de
músculos ao lado daquela linda mulher.
— Acho que podemos reconsiderar sobre isso, o que você fala
Carol. — Ele olhava para ela que parece concordar com ele.
— Acho que podemos firmar algum acordo e alianças aqui, o que
acha Carrillo? — À minha linda, se eu te falar o que acho, tenho certeza que
serei morto aqui mesmo.
— Sim, podemos conversar sobre isso em algum outro momento
Madame. — Continuamos sentados olhando para o Guilherme, que estava
interessado em mexer no meu celular.
— Acho que agora podemos bancar os Indianas Jones? — O marido
da madame Suíça fala parecer estar empolgado com a caça ao tesouro.
O uvir toda a história pelos olhos do
Hector confirmou tudo o que
venho me lembrando nos últimos
dias, desde que sofri o acidente, que percebemos que o cara que a Carol
matou foi quem tentou me sequestrar e dá forma que ele me olhou com
cobiça, acho que a intenção dele era de me fazer dizer onde estava o tal
tesouro que não fazia ideia onde ficava.
Se eu usasse apenas as informações do meu medalhão iriamos parar
em Cuzco e talvez não iriamos encontrar mais nada que fosse sobre o meu
passado, olho para a amizade do Hector que agora temos a certeza que é
meu pai e pai do meu irmão, mas me pergunto porque o Pablo não teve
filhos com a Marcília, agora tenho compaixão da mulher que tentou me
criar ela foi uma mulher que se apaixonou por um homem que tem seu
coração pertencente a outra.
Ver meu irmão bem e de mãos dadas com a Nik me deixou em
dúvida sobre o que ele decidirá fazer a partir de agora, sabendo que é filho
do nosso pai e que com a minha escolha de não me envolver em nada disso
ele se torna o herdeiro da casa Carrillo, mas quero conhecer também minhas
origens e sei que meu pai tem interesse de que tudo se resolva, como ele
mesmo disse não preciso de nada que os Gonzáles podem me oferecer.
— Sei que no decorrer dos anos você teve muitos nomes, sabe qual
quer ser chamada minha filha? — Hector pergunta olhando em meus olhos,
e percebo que as nossas semelhanças são enormes, até mesmo o Gui que
estava no colo dele tem algumas poucas semelhanças, olho para o Gustavo
que estava radiante e sorrio para ele.
— Quero assumir o nome Vanessa, e como sei que daqui a pouco
tempo terei o Lira de complemento, então acho que o nome Vanessa
Carrillo Lira será o melhor, irei finalmente voltar para casa. — O sorriso do
meu pai fica enorme, ele se aproxima e beija minha testa.
— Olha Luiz minha menina voltou para casa, achei minha filha meu
amigo. — Enquanto olho para todos naquela sala sinto que a atmosfera
mudou consideravelmente, aquela tensão acabou e tinha apenas um clima
de saudade e revelações.
— Na verdade, ela que veio até nós. — Ele coça a cabeça e emenda.
— Contra a vontade dela, comum pouco de ameaça… — Miguel acaba
rindo do comentário.
— Bom, agora que sabemos para onde ir, o que devemos fazer? —
Olho para a Carol que também está interessada e muito curiosa com tudo o
que estamos fazendo aqui.
— Sua metade do medalhão diz para ir para Cuzco e a metade que
estava com o Miguel diz para ir para a Capital do México, então faremos
isso. — Hector fala olhando para as pistas que estavam ainda sobre a mesa.
— Carol o que você acha de ir para Cuzco e eles vão para o México,
podemos tirar uns dias de lua de mel. — O Bruno como sempre piadista,
mas acho que o Hector não gostou muito da ideia.
— Acho melhor permanecer todos juntos, até porque é a história da
nossa vida e gostaria muito que fossemos os primeiros a ver o que meu
irmão escondeu a pedido de minha Juana. — Hector responde ao Bruno e
consigo sentir que ele não gostou muito das intenções que o marido da
Carol deu.
— Concordo com o meu pai, quero ser a primeira a entender o que
pode ter escondido em cada um desses lugares. — Olho para a Carol que
tem um sorriso gentil e segura na mão do seu marido, acho que para que ele
entenda que as escolhas dessa vez são minhas.
— Vocês querem ficar no hotel, mas gostaria que pudessem se
hospedar em minha casa, há lugares para todos, o que acham? — Meu pai
convida a todos e olho para o Gusta, porque eu gostaria de ir, mas não sei o
que ele acha.
— Agora que tudo foi resolvido e que vocês se entenderam, acredito
que não existem problemas algum ir para sua casa, e lá poderemos
conversar de negócios Carrillo. — Carol se levanta, e começa a se afastar.
— Por favor, deixe a localização com meus seguranças que iremos mais
tarde. — O olhar dela para o meu pai era diferente do que eu já havia visto,
acho que aquela é a tão temida Madame Suíça.
Porque a que observei na pista de pouso era diferente, eu senti medo
daquela mulher, mas essa que acabou de sair ela tinha um ar de mistério em
seu olhar, mas sempre soube que ela vinha a negócios e não somente para
me ajudar, ela mataria dois coelhos com uma cajadada só e acho que ela
conseguiu fazer isso, vemos todos eles saindo e ficamos apenas nos em
família.
— Vanessa me perdoe por estar dessa forma, nunca dei a ordem que
machucasse você e não esperava ver você assim tão debilitada, tem certeza
que quer ir na busca? — Vejo que ele tem preocupação e Gustavo vem se
sentar ao meu lado.
— Senhor Carrillo, eu também concordo com o senhor, eu preferia
que ela ficasse aqui descansando por que ela ainda sente bastante dor na
perna. — Olho para o homem que amo e faço uma cara feia.
— Já não me basta o Bruno querer se divertir sozinho na caçada,
você também me quer longe? — Faço um pouco de drama, e meu irmão
esconde a cara, ele me conhece melhor, deixo algumas lagrimas escorrerem
e observo os dois homens tentando me consolar, até mesmo o Gui revira os
olhos.
— Não chore mí hija, claro que você vai com a gente não é mesmo
Forbes, vamos Luiz me ajude a consolar mí pequeña. — Mas Luiz percebe
que estou exagerando no drama e também se levanta do sofá indo em
direção ao segurança, enxugo minhas lagrimas, já consegui o que eu queria.
— Vocês dois estão é ferrado com a Vanessa. — Ele vai atrás do
Luiz e iniciam uma conversa enquanto o meu filho pede meu colo querendo
mamar, acho estranho que ele ainda queira, olho para a Nik.
— Você me deve muito, viu. — Ela começa a rir e meu pai fala
antes dela.
— Sua babá serviu de ama de leite para meu netinho, acho que por
isso ele não desmamou. — Ele beija meu filho enquanto ele mesmo se
levanta me deixando apenas com o Gustavo e a Nik um de cada lado,
arrumo meu filho no meu colo e tento amamentar ele, mais a tala do braço
me impede um pouco.
Com a ajuda da Nik consegui soltar a tala e meu vestido e tentei dar
de mamar para o meu filho, que pelo que parece não gostou muito do que
sentiu, ele cuspiu meu mamilo para fora e fico se revirando no meu colo,
acabou que desceu e foi em direção o tio e o avô que o pegou e o colo em
seu ombro.
— Sabe Vanessa, no início pensei que seriamos mortos por Hector,
mas quando ele começou a contar toda a história para gente, eu vi que ele é
apenas um homem que ficou preso em um amor que ele não pode viver da
maneira que ele desejava, acabou perdendo o seu amor para a tristeza e até
hoje não deixou que nenhuma outra mulher pudesse fazer ele feliz outra
vez, ele passou os últimos anos procurando os documentos que sua mãe
pediu para que o seu tio Pablo os escondesse, para mostrar a você que era
filha dele, mas as coisas saíram do controle quando a história da lenda se
espalhou, mas o que posso te dizer é que ele realmente ama a sua família e
percebo que a amizade de pai e filho crescer a cada dia entre eles dois, eu
acho que você deveria deixar que ele mostre a você que ele é. — Olho para
essa baixinha que mal e conhece.
Mas que aceitou a embarcar nessa perseguição apenas para cuidar
do meu filho e agora olhando para como ela olha para meu irmão acho que
meu filho não foi o único motivo para ela arriscar a sua vida, fico feliz que
ele se envolva com ela, mas preocupada também já que ela ainda é de
menos e sei que a mãe dela arrancará a pele do meu irmão.
— Nik o que aconteceu entre vocês dois nesses últimos dias
viajando sozinhos? — Suas bochechas ficam em um tom de rosa e ela
abaixa a cabeça.
— Eu me entreguei para ele. — Ela fala sussurrando, Gustavo
percebe o tema da conversa e se afasta um pouco.
— Mas e como se sente em relação a isso, está arrependida? — Ela
sorri e nega com a cabeça.
— Apenas pensativa, não sei o que acontecerá, agora olha para ele
veja como esta feliz ali conversando com o seu pai, eu jamais faria ele
escolher entre mim e o amor dele pela família, acho que minha paixão está
se apagando. — Vejo que ela se sente confusa e uma tristeza aparece em seu
olhar.
— Oh, minha querida, muito pelo contrário, sua paixão virou amor.
— Olho para o meu homem Forbes e sorrio para ele quando nossos olhares
se cruzam. — No momento que nos afastamos para que a pessoa não
precise fazer qualquer escolha que possa magoar ele, isso é sinal que
começamos a amar, e não se preocupe, eu sei que vocês dois vão encontrar
uma forma para dar certo, e eu estarei aqui torcendo por vocês. — Abraço o
seu pequeno corpo e meu irmão nos olha e vejo um brilho em seus olhos
para a Nicoly e meu pai abraça os dois pelo ombro.
— Para um homem sozinho, minha família cresceu. — O orgulho
era nítido em meu pai.
M eu filho é lindo, tem
realmente os olhos da
Vanessa, mas em todo o resto
ele é parecido comigo, ele veio para o meu colo e o abracei como todo o
carinho que pude dar naquele momento que era tá somente nosso, e ver ele
me chamar de papai me deixou tão feliz que meu desejo é de manter meu
menino em meu colo para sempre.
Vejo ele brincando enquanto a Vanessa conversa com Hector até o
momento que ela fica tonta outra vez e até já sei que são outras novas
memórias, ela sempre sente esse mal-estar antes que ela venha a toma, fico
ao seu lado até que ela se sinta melhor e eles consigam ter a conversa que
precisam ter.
Me surpreendo que o grande perseguidor, na verdade, era apenas um
pai que estava a procura da verdade e de sua provável filha, mas olhando
para eles dois juntos e até mesmo para o Guilherme é possível ver algumas
semelhanças entre eles três. Quando finalmente tudo estavam resolvidos e
deixo minha colombiana a vontade para conversar com a sua babá, me
levanto para conversar com o meu cunhado e possível sogro, porque só vou
acreditar que ele é pai dela, quando ver um teste de DNA em nossas mãos
nos dizendo a verdade.
— Finalmente consigo ver a minha irmã feliz ao seu lado. — Ouço
Miguel falando com uma cara feliz e Hector também estava olhando para
elas com felicidade.
— Deu um trabalho bem grande me controlar e não matar ela. —
Começamos a rir, mas tenho uma pergunta para o Hector.
— Você não respondeu à pergunta, porque matou o seu irmão? —
Ele continua brincando com o Gui e olha diretamente para mim.
— Porque ele estava cansado, e foi a coisa mais difícil que fiz na
minha vida, sempre foi nos três contra tudo, nossa amizade é maravilhosa,
mas ele me pediu para fazer aquilo e quando chegamos onde eles estavam
ele estava tão cansado de fugir que ele implorou o que terminasse com
aquilo. — Ele respira fundo, fecha os olhos e volta a nos contar. — Ele
estava drogado na noite que os encontramos, procuramos eles por muitos
lugares e não os achamos por nenhum canto.
— Aquela noite foi horrível, Vanessa tinha me levado para ir
passear para que não visse a bagunça que nosso pai estava fazendo, me
lembro de muitas coisas que aconteceram, não sei como está a memória
dela. — Miguel fala com uma certa preocupação.
— Ela perdeu a memória, e sempre que ela tem uma vertigem
algumas coisas vem, mas já percebemos que nem sempre o que ela
relembra seja a realidade. — Fico pensando quando ela nos disse que o pai
era somente um funcionário enquanto, na verdade, ele é o irmão do chefe.
— Acho que ela tanto acreditou em algumas mentiras que contamos
no decorrer de nossas fugas que ela passou acreditar em algumas, porque
ela sempre me disse que o Pablo era apenas um empregado, mas hoje sei
que foi apenas o meio de ela se defender. — Ele olha para o pai que o
abraça, ele volta a me olhar e contínua a nos contar.
— Meu irmão amava a mulher dele, e acho que ele ficou meio louco
com a morte dela, então quando o encontrei ele estava muito drogado e
implorou que o matasse, e acabei fazendo isso e por dias sofri com a minha
escolha. — Ele se vira e olha para a Vanessa que continuava olhando para a
gente, mas agora eu precisava ir falar com os meus amigos e dizer que
estamos indo para a casa do Hector para descansar e ir em busca das coisas
que o Pablo deixou para a Vanessa.
Saio do quarto e vou para o do Bruno, bato na porta e espero que
alguém abra a porta para me receber, e um dos seguranças permite a minha
entrada, assim que entro vejo a Carol sentada no pequeno sofá de cara
fechada e o Bruno também não parecia muito feliz, estranho e aponto para a
Carol que olhava para algo no seu celular.
— Uma pequena discussão meu amigo. — Me viro para ele até
assustado, nunca os vi brigados e quem dirá que tivesse tido uma discussão.
— Vim apenas dizer a vocês que estamos indo para a casa do Hector
e deixar o endereço para vocês. — Entrego o papel para o Bruno que enfia
no bolso da calça e me dá um tapinha na costa.
— Tudo bem, eu ficarei aqui no hotel, mas acho que a Madame
Suíça está interessada em ir para a casa do seu sogro, meu amigo. — Olho
para o Bruno até sem jeito, porque a reação dele me assustou, ali não é
ciúme, é raiva.
— Calma Bruno, acho que deve estar havendo algum mal intendido
aqui… — Mal termino de falar e a Carol estava em pé e meteu um tapa na
cara do meu amigo que ficou tão sem reação quanto a mim que apenas
estou assustado, ela pega a sua bolsa, chama os seguranças e sai do quarto.
— O que houve aqui? — Olho para o meu amigo que estava
esfregando a mão no rosto.
— Cara, se você descobrir me diga, porque eu apenas disse que
percebi o interesse do teu sogro na minha mulher… — Somos
interrompidos pelo telefone dele tocando, ele me mostra e vejo que está
escrito Alex, ele atende e coloca no viva voz.
— Cara, você não tem juízo nenhum pelo visto. — Ouço uma risada
no fundo.
— Sério que ela já te ligou? — Dessa vez ele gargalha.
— Te liguei porque sei que ela não fará isso, resolva o que tem que
fazer e venha para casa, ela chegará aqui amanhã no final da noite e início
da madrugada. — Olho para o meu amigo, acho que ele está bem
encrencado.
— A Carolina está indo para a Grécia? — O Bruno praticamente
grita.
— Bruno, meu amigo, acho que as ideias estão te faltando, como
você deu a entender que ela estava interessada em outro homem, não sabe
que a sua mulher tem um gênio dos infernos? — Eu, que não sou casado
com ela, sei disso, me surpreendi que ele fosse falar algo desse tipo para
ela.
— Alex, vou lá resolver as coisas com o Carrillo e tentarei chegar o
mais rápido que puder, não se preocupe que representarei o nome da
Madame Irritada aqui. — Olho para o meu amigo e me preocupo, não quero
que eles fiquem brigados por meus problemas.
— Bruno pode ir atrás dela, eu falo com o Carrillo e digo para eles
as negociações que vocês querem com ele, quem sabe ele pode ir se
encontrar com vocês no Brasil. — Ele me nega com a cabeça e desliga a
sua ligação.
— Caro não vou atrás dela agora não, deixarei ela esfriar a cabeça lá
com nossos amigos, eu sei que daqui a uns dias ela estará mais tranquila, ai,
sim, poderei ir atrás dela sem correr risco de vida. — Fico rindo dele e
agradeço aos céus que a minha colombiana não seja assim tão brava.
— Então vou lá avisar ao meu sogro que a Madame Suíça precisou
comparecer com urgência na Grécia, assim evitamos burburinho sobre o
que acabou de acontecer aqui, o que acha? — Ele ainda esfrega a mão no
rosto e pensa no que eu disse.
— Você tem razão, arrumarei aqui nossas coisas e vou com você
porque a dona encrenca me deixou sem segurança. — Olhamos ao redor e
ele pega a mala dele e vamos para o quarto onde minha família está.
Agora, sim, consegui perceber que o Hector não ficou muito feliz
com a ausência da Carol na nossa empreitada, mas o Bruno conseguiu
disfarça muito bem a situação, mas sei que a Vanessa vai me perguntar mais
tarde.
— Vamos lá mí hijos, está na hora de irmos para casa e amanhã
iniciar mais uma parte dessa busca pela minha verdade.
A cho estranho que a Carol tenha
ido embora, mas acho que algo
aconteceu enquanto eles estavam
lá no outro quarto, mas tenho certeza que o Gusta deve saber o que
aconteceu e assim que ficarmos sozinhos perguntarei a ele sobre o que
aconteceu.
Arrumamos tudo o que precisamos e entramos em um dos carros
que estávamos, mas cedo o Gui ficou o tempo todo no colo do Gustavo que
não parava de fazer perguntas e responder as próprias perguntas do nosso
filho, fiquei feliz que o Gui não se assustou com ele, na verdade, ele ficou
muito entusiasmado com toda aquela atenção que estava recebendo.
Minha outra felicidade foi ver que o Miguel está realmente
envolvido com a Nik e pelo, o que pude perceber, Hector os aprovou juntos,
agora teremos que saber como a mãe dela reagirá quando souber de tudo o
que está acontecendo, espero que ela perceba que meu irmão tem as
melhores intenções com a sua filha.
Ver o Bruno de cara fechada é até engraçado, ele estava com o
celular o tempo todo ligado acredito que ele tentava falar com alguém, mas
não estava conseguido olho para o Gusta que sacode a cabeça negando e
apenas rir, acabo ficando um pouco mais tranquila com a reação dele, e
acho melhor esperar chegar em algum lugar para poder perguntar,
chegamos a um prédio muito bonito em uma área nobre da cidade e todos
os nossos carros entram no subsolo, assim que os carros param Hector
espera que todos sairmos para entrarmos no elevador e possamos ir para o
seu apartamento.
— Tenho alguns quartos sobrando, mas caso precisem de algo, mas
podem falar com o Luiz que ele providencia. — Olho para o Luiz que tinha
um olhar carinhoso para mim e retribuo da mesma forma. — Hija tudo o
que precisar para o Gui já tem na geladeira e no armário, minha nora tem
cuidado muito bem para que esse pequeno não fique com fome. — Ele faz
um pequeno carinho no meu filho que estava ainda no colo do Gustavo e
estava querendo dormir.
— Obrigado senhor Hector por cuidar do meu filho, mesmo que no
início estivesse disposto a me desfazer de todo o meu dinheiro, pela
segurança do meu filho e de todos eles. — O humor do Hector muda, e
quanto abre as portas entramos na grande sala dele muito bem decorada
com algumas obras de artes espalhados por muitos lugares e fico até
surpresa.
— Não me chame assim, acredito que logo será meu genro, ou tem
alguma dúvida? — Ele me olha e fico apenas, deixo que ele perceba que
sou completamente apaixonada pelo homem que mantinha a mão na minha
cintura.
— Tudo bem, Hector, vamos então nos organizar para amanhã. —
Percebo que o Gui já quer dormir, Gusta pega ele que se deita em seu
ombro, Hector nos mostra onde seria o nosso quarto e vamos direto para
ele, enquanto todos os outros vão para seus respectivos quartos.
Hector me ajuda a andar até o quarto que será meu por essa noite e
sinto todo o carinho que ele tem por mim, e as lembranças de quando eu era
criança vem a tona.
— Porque tem dúvida sobre se sou ou não a sua filha, já que me viu
nascer e cresci com o Pablo sendo o meu pai? — Ele me ajuda a subir a
escada e Gusta vinha logo atrás de mim.
— Eu não tenho dúvida que seja a minha filha, mas preciso provar
ao seu avô que realmente está viva entende? — Franzo as sobrancelhas,
acho que o que ele deseja realmente não é mais um comando e sim esfregar
na cara do tal avô que estou ao seu lado.
— Acho que te entendo Hector. — Ouço a voz do Gusta próximo de
nós. — Se tivesse na sua posição, com a filha desaparecida e que ela fosse a
herdeira de duas casas muito importantes, eu também faria questão de ter
tudo o que fosse possível para comprovar quem ela realmente é.
Olho para o Hector que para em frente de uma das portas e me vira
de frente para ele.
— Vanessa, sei que é muito para absorver e acreditar, foram mais de
quinze anos de fugas ouvindo coisas que não era verdade, mas eu apenas
quero que me dê a chance de provar que é minha filha. — Seus olhos têm
um pouco de tristeza neles e mesmo que ela não tenha uma idade avançada,
ele tinha uma carga em seu rosto que mostrava o quanto de cansando ele
estava.
— Não se preocupe, é tudo questão de tempo e a partir de agora
iremos nos aproximar o tanto que for possível. — Digo isso para ele com
carinho, mas sem fazer muitas promessas, até porque minha vida vai ser
com o Gustavo e nosso filho em Vegas ou Miami.
— Tudo bem minha Hija, eu sei que a vida de vocês é em outro país
e sempre que puder ir lá irei, quero acompanhar o crescimento do meu neto
e de todos os outros que nascerem. — Só de pensar que tem a possibilidade
de nunca poder engravidar novamente, fico sentida, mas escondo para que o
meu noivo não perceba.
— Pai iremos nos deitar, estou cansada e preciso cuidar do Gui, sem
contar que ainda tenho que organizar tudo para amanhã. — Ele apenas
confirma com a cabeça e beija o dorso da minha mão, Gustavo volta para
onde estava e me ajuda a entrar para o quarto que por sinal é muito lindo e
tem um quadro enorme em frente a cama.
— Vanessa ele dormiu, mas não sei muito bem o que devo fazer, só
tirei o sapatinho dele e coloquei vários travesseiros para ele não cair. —
Beijo os lábios que tanto venho desejando e tento me livrar da tala do braço,
estou cansada de ficar com o braço preso.
— Sabe que o médico disse que não pode fazer esforço com o braço
não é. — Minha intenção não é fazer nada, mas dou meu melhor olhar de
mulher que deseja gozar. — Nem adianta, o nosso filho está na mesma
cama que a gente, sem chance de fazer qual... — Ele começa a ficar sem
voz quando me ver soltando o meu vestido.
O olhar dele muda na hora que percebe que minha lingerie é preta e
rendada, olho mais uma vez para o nosso filho que dormia tranquilo
sugando a sua chupeta e vou andando mancando para o meu homem da
Forbes como o meu pai parece ter gostado de chamar ele, ele tira a camisa
devagar e revela seus ombros largos e toda aquela musculatura que ele tem
em seu ombro, nos braços e naquele abdome todo trincado em pura
malhação pesada, me aproximo dele deixando nítido o que queria fazer, o
sorriso dele fica maior quando minha mão começa a percorrer cada um dos
gominhos que ele ostenta.
— Vanessa, cuidado não piorará a sua situação… — Calo sua boca
com um beijo lento que começa ficar urgente quando ele agarra a minha
cintura puxando para mais próximo de seu corpo fazendo sentir o calor de
seu corpo e quando ele esfrega a sua ereção no meu quadril começo a soltar
a sua calça.
— Gusta preciso que me faça sua, estou com tanta saudade de te
sentir dentro de mim meu amor. — O sorriso dele fica cada vez mais amplo,
ele olha para o nosso filho e me puxa para o banheiro.
— Tomamos um banho e te garanto que precisará dormir logo em
seguida, porque já está bem tarde meu amor. — A voz rouca de desejo, me
enlouqueceu, me virei de costa para ele e apoiei na bancada e empinei a
minha bunda na sua direção.
— Nunca fomos um casal tradicional, e não será agora que
começaremos a fazer o que sempre fizemos… — Ele rasga a minha lingerie
sem nem me avisar, que safado eu gostava dessa.
— Seu corpo ficou tão lindo Nessa, eu o desejo a cada dia. — Ele
deposita um beijo no meio da minha coluna, me tirando um arrepio e um
suspiro alto que abafo com meu braço para não acordar nosso filho.
— Calada ou o Gui acordará e ficará aí toda cheia de fogo. — Fico
rindo até sentir seu dedo na minha abertura. — Tão pronta, adoro saber que
apenas a sua expectativa já te deixa tão pronta para mim meu amor, hoje vai
ser um dia que não brincaremos muito, tudo bem?
Concordo com a cabeça e sua invasão vem sem aviso, seus beijos
percorrem por todo meu pescoço, ombros e alguns outros lugares que me
deixava cada vez mais desejosa para que ele me faça sua, sinto o seu dedo
pressionar em meu buraquinho e tento relaxar, mas ainda para que ele faça
o que deseja de mim, ele entra e sai de mim cada vez mais rápido sem se
importar com todos os nossos gemidos, seus dedos se encaixam na minha
trança com um pouco mais de pressão, ele me puxa para perto do seu corpo.
— Me diga Vanessa, ainda vai me abandonar? — Ele sussurra em
meu ouvido, enquanto seu movimento ficam lentos e o aperto para que ele
saiba que estou adorando como ele está me possuindo.
— Nunca, sou livre agora para ser a sua mulher. — Dou um meu
melhor sorriso e vejo através pelo espelho quando ele me morde.
— Boa menina, agora se apoia que não sou ser gentil agora. — A
expectativa cresce e quando ele começa a empurrar dentro de mim sinto
meu orgasmo explodindo ao seu redor, o aperto, seu gemido rouco escapa
através de seus lábios, minhas ideias começam a ficar sem nexo tentamos
recuperar nosso folego e quando ele me olha o sorriso dele estava enorme e
consegui entender ele me falando o Obrigado.
E sabia que não era apenas por ser sua mulher na cama, mas por
tudo por ele finalmente conhecer nosso filho e por também dar a ele o que
sempre quis nos últimos três anos, ter a certeza que sou dele e sempre serei.
Depois de um banho nos deitamos e ajeito o Guilherme no meio da
cama, precisamos descansar, a viagem amanhã será longa e cansativa.
Na manhã seguinte todos estavam acordados quando fomos para a
cozinha para tomar o café, Gui corre para o colo da Nik, e estica os braços
para o Hector que o pega e beija sua cabecinha e inicia dar o seu café.
— Bom dia, família, preparados para irem descobrir o que tem atrás
da parede?
Bruno parecia estar, mas empolgado com a caçada, e fico feliz com
isso, espero que logo eles dois se resolvam e voltem a ser o temido casal
Borges Alcântara.
— Pode ter certeza que sim pai, espero que tenha pelo menos alguns
diamantes nas paredes. — Caímos na risada com o comentário do meu
irmão que tinha os seus olhos na Nik.
— Então vamos, Bruno vem comigo porque acredito que
precisamos conversar sobre negócios!
Assim que terminamos o nosso café tudo já estava preparado para a
nossa partida e em pouco tempo estávamos acomodados no jatinho rumo
em direção a primeira pista que Pablo nos deixou.

Cuzco — Peru
N ossa aventura começa sem a
presença da Carol, e pelo visto
não veremos ela tão cedo pelo
nível de irritação que observei no quarto dela com o Bruno, e olhando para
ele durante o nosso voo, percebi o quanto ele está sentido com a situação,
ele sempre foi brincalhão e divertido acabou pegando algumas manias do
seu cunhado.
Mas com o que aconteceu no quarto acho que ele acabou ficando
um pouco mais centrado no que está acontecendo, e durante a viagem ele
conversou muito com o Hector sobre negócios e sobre uma carga, que foi
interceptada e a Carol conseguiu reaver para que eles pudessem fazer a
troca, acertamos que ele enviará para o Hector que pagou pega carga já que
não era dele e o deixou bastante confuso.
Pelo pouco que entendi, Hector é o único fornecedor que tem
permissão de entrar com cargas no território brasileiro, e isso foi uma
surpresa para mim nosso mundo, na verdade, é comandado pelos bandidos
de certa forma, traficante paga para as forças armadas que por sua vez paga
para os políticos, decepcionante.
— O que tanto está aí concentrado Gusta? — Vanessa estava com
um vestido, mas curto que necessário conseguia ver uma parte de sua coxa,
ela percebeu para onde olhava e revirou os olhos.
— Nada de mais colombiana — Olhei para o Bruno e acho que ela
entendeu a minha preocupação com ele.
— Assim que pousarmos ligo para ela, aproveito ligo para a sua mãe
que deve estar roendo as unhas de preocupação por você não ter mandado
nenhuma notícia. — Droga esqueci de ligar para ele.
— Fiquei tão empolgado ontem, com tudo que passou realmente
despercebido. — Ela fica rindo e deposita a minha mão na sua coxa
enquanto olhamos o Gui andando de um lado para o outro no avião, até que
as luzes de pouso se acendem.
— Vamos lá meu amor, é hora de descobrir o que vocês precisam
saber. — Seguro em sua mão e levo até os meus lábios e a beijo.
Pousamos em uma pista particular e alguns carros nos aguardavam
para nos levar até a casa onde eles moravam aqui, alguns dos seguranças do
Hector estavam meio apreensivos, parece que aqui quem mandava era outro
cartel, ele estava meio preocupado com isso, mas nos mantivermos sempre
juntos talvez nada nos aconteça.
— Forbes, sabe atirar? — Hector pergunta a mim usando esse
apelido idiota que ele me deu.
— Tenho uma noção, mas nunca, na verdade, precisei entrar em
algum tipo de combate para me defender. — Vanessa começa a rir.
— Se for preciso você fica com o Gui e vou nos proteger, por que o
meu irmão sei que sabe se proteger não é Miguelito? — Vanessa fala rindo,
enquanto ajudo ela a entrar no carro.
— Consegue nem andar, agora quer dar uma de fodona. —
Aproximo do seu ouvido e sussurro. — Sei que sentiu a perna ontem no
banheiro. — Ela arregala os olhos e me belisca, fico rindo dela e beijo a sua
bochecha.
Pego nosso filho no colo e entro com ele no carro e logo depois a
Nik enquanto o Miguel entra no banco da frente, Hector e Bruno vão em
outro carro, que pelo visto, eles ainda tem algo para conversar. Sei que ele
ficou muito enciumado como Hector olhou para a sua Deusa e mais ainda
depois que ela foi embora deixando ele para lidar com o homem que estava
olhando para ela como uma mulher livre.
— Gusta conheço esse olhar, não se meta nessa situação, pode
acabar criando algum problema desnecessário, veremos o que acontecerá e
daqui a pouco ligo para ela. — Sei que não devo me meter, mas eles são
meus amigos e sempre me ajudaram no início e em qualquer momento que
eu ou minha família precisou, não posso virar as costas para eles agora.
— Desculpa, meu amor, mas eles só se desentenderam porque eles
vieram nos ajudar. — Me sinto um tanto que responsável pelo, o que
aconteceu entre eles dois.
— Me dê o seu telefone, deixe ver se consigo falar com ela. — Faço
o que a Vanessa me pede e entrego o meu telefone com o número da Carol e
sem muita demora ela disca para ela.
Ouvimos o primeiro toque, o segundo e cai na caixa postal, olho
para a Vanessa e fico sem entender, ela não deveria desligar a ligação, já
que teoricamente ela deveria estar em pleno voo, porque da Colômbia para
o Rio são sete horas de voo e do Rio para Santorini são quase dezenove
horas, e pelo, o que entendi ela não ia nem fazer escala seria um voo direto,
vejo a Vanessa tentar, mas uma vez e dessa vez ela atende à ligação.
— Oi, Gusta, o que houve? — A voz dela parecia que tinha
chorado.
— É a Vanessa, o Gustavo me disse, o que houve me diga como
você está? — Ouvimos ela fungando pelo telefone.
— Há Vanessa, doeu saber que o homem que divido a cama a tanto
tempo insinuou que eu estava dando mole para o seu pai. — Vanessa me
olha preocupada.
— Mas Carol, tinha necessidade de que você fosse realmente
embora e o deixasse aqui sozinho para fazer as coisas que você havia
planejado? — Ouvimos ela suspirar.
— Sei que não deveria ter vindo embora, mas acho que o melhor
agora será nos afastar por um tempo, ele precisa pensar em tudo o que ele
me falou dentro daquele quarto e ouvi quieta. — Olho para a Vanessa com
um pedido nos meus olhos para que ela não continue por esse caminho a
conversa, não devemos nos meter.
— Atenda ele, sei que ele deve estar muito preocupado com você,
por favor. — Seguro o Gui mais forte para que ele não atrapalhe a conversa
delas.
— Não atenderei, porque se o fizer é possível acabar pedindo
divórcio e nunca mais volte para casa. — Realmente a briga deles foi algo
sério para que ela pense dessa forma.
— Onde você está, porque sei que não voltou para casa, sei que está
mentindo. — Carol solta uma pequena risada.
— Não se preocupe estou bem e aviso assim que chegar no rio e por
favor não falem nada para o Bruno, a muito custo consegui convencer o
Alex e a Bonnie de me encobrirem com isso. — Vanessa começa a rir dela.
— Não se preocupem, estou de olho em tudo, mas de longe, não quero falar
com o Bruno tão cedo.
— Tudo bem, Carol, não falaremos nada para ele, mas tenha
cuidado. — Elas duas conversam, mas um pouco e desligam o telefone
assim que chegamos no antigo endereço que a Vanessa morava.
Era uma casa bem grande e confortável, ela estava sem morador,
mas parecia que tinha alguém cuidando do imóvel, porque tudo estava
muito bem cuidado e não parecia que tivesse sido abandonado ou algo do
tipo, alguns dos seguranças começam a fazer algumas perguntas aos
vizinhos enquanto Hector vem conversar com a Vanessa que olhava para
tudo com curiosidade.
— Hija se lembra desse lugar? — Ela confirma com a cabeça.
— Mas não foi aqui, que nos encontrou, estávamos em uma casa um
pouco mais distante próximo da floresta, e como conseguiu esse endereço?
— Só agora que me atento que ele não sabia onde ficava o endereço da
casa, ele solta uma respiração pesada e olha para ela.
— Porque você nasceu aqui mí hija, morei com sua mãe nessa casa
por alguns meses e me surpreendi quando chegamos até aqui e Pablo os
mantinham aqui na mesma casa onde também me escondi com ela do seu
avô. — Só então percebo que as histórias do Hector devem ser muito, mas
sofridas que as da Vanessa.
Minha mulher fica sentimental com a informação, abraço ela e em
seguida um dos seguranças se aproximam, nos informando que o
proprietário não mora aqui, mas ele deixou um senhor que cuida da casa e
ele estava vindo para nos atender. Em pouco tempo um senhor de meia-
idade aparece e conversa com o Carrillo, ele nos indica, por onde devemos
entrar e seguimos casa dentro e Vanessa vai andando na casa e olha por
todos os lados, e quando chega na cozinha tem um quando enorme que ela o
retira do lugar e revela um cofre, quando olho para os outros homens eles
ficam surpresos.
— Mas não sei o segredo do cofre. Ela mantém seus olhos para o
painel do cofre, então o Miguel se aproxima dela e segura a sua mão.
— Papai sempre me disse que quando estivesse seguro deveria lhe
mostrar o que tem aqui dentro. — Eles trocam um olhar cúmplice, e vejo
Miguel digitando a senha do cofre e abrindo a porta e revelando os segredos
que tem lá dentro.
— Sabia, eu disse que era verdadeiro, vamos Vanessa nos mostre o
que tem aí dentro. — Bruno fala empolgado com o conteúdo do cofre.
Tento enxergar o conteúdo, mas só ouço um pequeno choro da
minha mulher segurando a mão do seu irmão.
— Vanessa está tudo bem? — Ela se vira e suas mãos estavam
cheias.
E nquanto para o Bruno essa nossa
busca seja uma divertida caça a
um possível tesouro, eu, na
verdade, estou em busca de uma verdade familiar, talvez eu nem seja a filha
de Hector Carrillo, talvez eu seja uma filha do Pablo fora do seu casamento,
o que também explicaria a aversão de Marcília comigo.
Miguel ao que entendi sempre soube que era filho do Hector, mas de
tanto ver a perseguição que sofremos ele também sentiu medo de se revelar
e nunca teve coragem de me contar o que nosso pai revelou a ele em
segredo, o entendo não fiquei chateada com nada sobre o ele saber pelo
menos uma parte da nossa história e não ter compartilhado comigo.
Agora estamos aqui de mãos dadas e ele abrindo o cofre que tenha a
revelação de quem realmente sou, sempre amei meu tio e mesmo agora
entendendo tudo o que aconteceu nunca deixei de amar ele, apenas tinha
medo de ser morta já que tudo o que vi eu ainda era uma menina fiquei com
medo, na verdade, apavorada com tudo o que estava acontecendo.
Quando Miguel revela que sabe o segredo do cofre e o abre, fico
curiosa com o conteúdo, havia algumas caixinhas grandes de veludo,
algumas cartas lacradas, mas para mim o que mais foi significativo foi olhar
para um, porta-retrato com Hector mais novo, Juana com um avental
hospitalar e um pequeno pacotinho em uma manta cor de rosa, e pelo
reflexo pude reconhecer Luiz também no quarto.
Juana, era uma jovem muito bonita, ela tinha os cabelos lisos e
escuros como os meus e o tom azul dos nossos olhos são idênticos, fiquei
tão emocionada com aquela foto eu sempre me senti que não era amada
pela Marcília, pensei de tudo que fosse filha de uma amante que ela foi
obrigada a criar, mas jamais pensei que eu fosse apenas uma criança que
precisava ser escondida, ouço a voz do Gusta atrás de mim e me viro com
todo o conteúdo do cofre de frente para todos os que aguardavam para ver o
que eu tinha em minhas mãos.
Olho para o Gusta que parecia preocupado e se aproxima enxugando
minha lagrimas e beija a minha testa.
— Ficará tudo bem Gusta, vamos para a bancada e descobrir o que
tem aqui dentro. — Ele concorda com a cabeça e me segue até o balcão
onde, olho para meu pai e percebo o quão curioso ele está.
— Descobriu algo mí hija? — Confirmo com a cabeça, e coloco
tudo separado, as caixinhas de veludo com as que estavam com o Miguel, o
porta retrato e as cartas.
— Acho que encontramos o verdadeiro tesouro dos Carrillo. — Os
olhos do Hector chegam a brilhar quando olha para o porta retrato.
Ele coloca o Gui sentadinho no balcão e o segura pertinho do seu
corpo, e a única coisa que chama atenção dele é a fotografia antiga onde ele
estava ao lado da mulher que tanto amou, enquanto eu estava no colo dela
era o seu momento de felicidade.
— Olha Gui é sua abuela, estava tão feliz nesse dia, foi o dia do
nascimento de tu madre. — Me aproximo e enxugo as suas lágrimas, e falo
em espanhol.
— Papá, no te preocupes, siempre estaremos juntos a partir de hoy.
(Pai, não se preocupe, estaremos sempre juntos a partir de hoje) — Abraço
ele e meu filho enquanto nos beija.
— Vem aqui Forbes, eres família. — O sorriso do meu noivo fica
maior e me abraça também.
— Agora vamos ver o que foi guardo aqui em cada um desses
tesouros. — Augusto fala olhando para meu pai e vemos que o Bruno fica
até mais empolgado, nos sentamos nos bancos, mas altos onde está o
balcão.
Tem oito estojos de veludo, três cartas, a fotografia e um envelope já
escurecido pelo tempo, inicio abrindo os estojos menores e me surpreendo
com o conteúdo, tem diamantes de todos os tamanhos e algumas perolas
também, mas em um estojo maior percebo que meu pai abre um sorriso
muito maior.
— Depois do seu nascimento, tentando alegrar um pouco a sua mãe
comprei esse conjunto de diamantes azul para combinar com seus olhos,
pensei que houve no mercado clandestino, porque quando você foi roubada
muita coisa sumiu. — Ele a pega do estojo e coloca em meu pescoço, sinto
o peso, é uma peça muito trabalhada e com várias pedras menores.
As cartas havia uma para Hector e uma para mim e meu irmão, a do
meu pai é uma caligrafia diferente o que me faz acreditar que seja da minha
mãe para ele, que puxa meu marido para perto do Gui e se afasta para que
possa ler, olho para ele que se senta no sofá com a carta nas mãos, ele abre a
carta com lagrimas escapando de seus olhos e vejo, ele enxugando algumas
e por fim sorrindo, olhando para uma pequena foto.
Me concentro na que tenho na minha mão e estava escrito.
Mí Hija
Mi amor, me perdoe por tudo que decidi escolher fazer com a
minha vida, espero que seu pai e seu tio sejam suficientes para cuidar de
você com a minha ausência, eu não suporto mais viver dessa forma, seu
abuelo não desistiu de querer me separar do seu pai, enquanto meu
amado Hector faz de tudo para que não haja, mas nenhum conflito entre
nossas famílias, espero que no dia que seu tio lhe entregar essa carta a
maioria dos contritos tenha acabado.
Amo você mí hija de todo meu coração.
Meu amor, eu entreguei um envelope ao seu tio, Pablo, com
documentos e registros que você é minha filha, portanto, a herdeira da
casa Gonzáles, imagino que seu papá deve ter dito não haver necessidade,
mas é sua herança, lute por ela.
Miguel também estava lendo a dele, mas reconheci a letra do nosso
pai Pablo, ele abraça a folha de papel no peito e se aproxima de mim e me
abraça com todo o seu carinho e me mostra o que havia na carta.
Miguel
Hijo, sei que é muito novo para entender muita coisa que está
acontecendo nessa nossa família louca, me perdoem por fugir com vocês
e ter feito que acreditassem que Hector queria o seu mal, mas, na
verdade, ele era apenas um pai que queria ter o prazer de conviver com os
filhos, e como ele queria abrir guerra com outro cartel seria melhor
proteger vocês dois de tudo isso.
Mesmo que não sejam meus de sangue, eu os amo como meus
filhos cuidem-se.
Com amor Papá Pablo
— Ele fez o que achou melhor para nos dois, Vanessa… — Meu
irmão falou com o pesar, e seus olhos estavam marejados.
— Eu sei, Miguel, é por isso que não consigo sentir raiva dele e
também entendo o que o Hector fez. — Olhamos para o nosso pai que
estava sendo consolado por seu eterno amigo.
— Então, você realmente é a filha dele, meu amor? — Gustavo me
perguntou, enquanto tentava manter nosso filho tranquilo em cima do
balcão, apenas confirmo com a cabeça e um sorriso que chegava até meus
olhos, porque sempre o amei, e até mesmo a Marcília só não entendia o
porquê ele me queria morta.
— Acho que devemos ir lá Miguel. — Ele concorda comigo,
Gustavo fica olhando os estojos com o Bruno que assovia a música tema de
Indiana Jones, ele teve seu momento de caçador.
Miguel me ajuda a andar até chegar ao sofá onde nosso pai está
sentado, Luiz se afasta nos dando espaço para conversarmos juntos como
família, mostro a minha carta para ele que lê e mais uma onda de lágrimas
escorre por seu rosto, enquanto ele guarda a dele, no bolso interno do seu
terno.
— Sua mãe deixou uma declaração de amor para mim, sobre a nossa
noite como homem e mulher, por isso não quero que vocês leiam, mas saiba
que você foi sua melhor criação. — Sinto o afago em meu rosto.
Olho para meu pai e constato a felicidade em seus olhos, um brilho
diferente deixava eles maiores e um sorriso enorme no seu rosto, mesmo ele
tendo uma boa idade meu pai não tinha aspecto de ter a idade que tem,
intendo o motivo da insegurança do Bruno com a Carol, Hector é um
homem que parece que gosta de se cuidar ele é bastante vaidoso com a sua
aparência, tem uma barba bem cuidada e parece que gosta de se exercitar,
até agora não percebi se ele se envolve com alguém, mas pelo visto de
adorava que ele tem com a minha mãe acho que não.
— Acho que agora posso tentar encontrar uma mulher que possa
amar sem as sombras do meu passado. — Ele continua olhando para mim e
intercalando com o meu irmão.
— Espero que ache alguém que te faça feliz em algum momento e
ficarei orgulhosa em ver que esta feliz papá. — O sorriso dele fica maior
quando me ouve falando.
— Espero a mais de vinte anos por isso mí hija, que você me chame
de papá. — O abraço com carinho e deixo que todos os sentimentos que
tenho dentro de mim flua e acabamos nos três abraçados e chorando
enquanto o meu pequeno Gui se senta no meu colo.
Observo que o Bruno continua com a conversa com o Gustavo e nos
concentramos nos próximos passos.
— Bom, mí madre deixou os documentos necessários para que o
Abuelo Gonzáles me reconheça como sua neta, acha que devemos mesmo
tentar falar com ele. — Olho para o meu pai, mas acho que ele não deseja
isso.
— Mí hija, por mim eu não iria lá, você não precisa de nada daquele
velho, eu tenho muito dinheiro e você logo vai se casar com o Forbes. —
Ele olhava para o Gustavo meio que interrogativo.
— Sim, papá, pretendo me casar com ele o mais rápido que puder e
acredito que não vá precisar de dinheiro. — Fico rindo, com minha fala
possessiva.
— A escolha é sua, se quiser ir, podemos ir amanhã lá, mas não sei
se ele gostará de nossa visita.
Fico pensando no que meu pai já nos contou, e sobre a segurança do
Gui no meio dessa confusão e ainda tem a Nik que nada tem a ver com isso,
mas quero ir até a fundo da minha história e não pararei justo agora que já
estamos tão perto do fim, então melhor mandar Miguel e Nik com o
Guilherme de volta para casa do Hector enquanto iremos para a cidade do
México, enfrentar um senhor idoso que possa nos ver como uma possível
ameaça.
O meu tesouro é apenas a minha identidade e algumas pedrinhas
preciosas, mas não tem nada de casa com revestimento de coisa errada, a
lenda foi tão bem contada que muito não vão acreditar que seja apenas isso,
Bruno se aproxima e nos mostra algumas pedras que ele tinha em suas
mãos.
— Você tem realmente um tesouro aqui, só essas duas aqui vale
milhões de dólares. — Eu pego uma que não é tão grande e não tão
pequena, olho para o meu irmão e a coloco na palma da sua mão.
— Peça ela em casamento, se for isso que desejar. — Ele fica com o
olhar meio sem acreditar e beija minha testa.
— Acho que tenho dois casamentos para me preparar, não é meus
filhos? — Apenas concordamos com um sorriso.
E u sempre tive uma família bem
estruturada, nunca vi meus pais
brigando por algo tão sério ou
que eu e o Edu com algum desentendimento, sempre tentamos nos entender
de todas as formas possíveis, entendo o desejo da Vanessa de buscar a
verdade sobre a sua identidade, porque os anos que fiquei afastado da
minha mãe foram os piores que já tivemos.
Depois das fortes emoções que tivemos na antiga casa dela, fomos
para um hotel porque não iriamos conseguir ficar todos na mesma casa,
apenas Hector ficou por lá, acho que ele já percebeu que o Bruno está meio
enciumado e a ida da Carolina para fora da caça ao tesouro tenha um pouco
haver com ele.
Estou deitado com o Gui, tentando fazer ele ficar calmo enquanto
espero a minha mãe atender a ligação, quero apresentar eles dois e sei que
ela ficará eufórica vendo ele, que é uma miniatura minha, e para a minha
surpresa quem atende o telefone dela é minha sobrinha Helena.
— Oi, titio, tudo bem? — Ela estava sentada na sala da casa da
minha mãe.
— Oi, princesinha, cadê sua avó, quero apresentar alguém para ela.
— Vejo que o ambiente começa a mudar e ela estava agora na cozinha.
— Tio, só para que fique ciente, todos estão muito irritados com
vocês dois que não deram nenhuma notícia nos últimos dias. — Ela está
com as sobrancelhas franzidas e uma fisionomia de estar indignada.
— Há então vocês estão esperando para conhecer esse carinha aqui?
— Viro a câmera para o Gui e entrego o celular para ele que fica olhando
para sua prima, que grita e fica bastante elétrica e começa a grita pela casa.
— Vovó, o Gui é a cara do titio… — Minha mãe aparece e põe o
celular em algum lugar para apoiar ele e começa a falar com o Gui que me
olhava meio confuso.
— Oi, menininho da vovó, olha aqui Afonso é a cara do Gustavo
quando ele era um bom filho, que sempre falava comigo. — Fico rindo para
o comentário que minha diz.
— Eu ainda acho que eu era o filho mais bonito. — Ouço a queixa
do meu irmão.
Enquanto todos eles ficam interagindo olho para a sala que tinha no
nosso quarto, a Vanessa estava conversando com a Nik e o Miguel para que
eles pudessem voltar para a Colômbia e levassem o Gui com eles, nosso
medo é que ele possa correr algum perigo conhecendo esse homem, por
mim nem iriamos lá, mas não tenho coragem de negar a ela que conheça a
sua família.
— Gustavo, como está as coisas por aí? — Ouço meu pai me
chamando, me aproximo do meu filho, que estava sentado no meio da
cama, o coloco sentado em minhas pernas para que ele observe a minha
conversa.
— Pai, teve um momento que foi bem tenso, mas agora descobrimos
que não era nada daquilo que imaginávamos. — Explico para ele um
resumo de tudo o que aconteceu até aqui, e de quão rica ela é também, meus
pais ficam impressionados e querem logo saber quando iremos voltar.
— Por mim voltaríamos o mais rápido possível, mas a Carol brigou
feio com o Bruno e acho que vamos até o Brasil para poder ajudar ele com
isso. — Meus pais se olham e negam com a cabeça.
— Querido, acho que não deveriam se meter se a Carol fez todo
esse estardalhaço, provavelmente ela esteja tentando ensinar uma lição para
o Bruno. — Penso no que ela me fala, mas não posso ficar de braços
cruzados, eles vieram para no ajudar, conversamos, mas um pouco e nos
despedimos, minha assistente me mandou algumas notícias da empresa e
dei algumas instruções para ela.
Nas diversas mensagens que trocamos ela me contou que a Eva não
está, mas trabalhando entrou em licença maternidade, já que ela está
esperando apenas o nascimento do seu filho, ela disse que tem um
investigador de olho nela e assim que o bebê nascer, ela irá me avisa.
— O que vocês dois estão fazendo aí quietinhos? — Ela vem
andando meio desengonçada e se senta na cama ao meu lado.
— Falando com a sua sogra, e pelo, o que ela mostrou agora, ela
está irritada porque demoramos a apresentar o Gui para ela. Ela não contém
uma risada, puxo ela para um beijo enquanto nosso filho bate palminhas.
— Acho que devia ir ver o Bruno, mas tarde, ele pediu para entregar
algumas garrafas de bebida para ele, estou me preocupando com ele Gusta.
— Sei que tenho que ajudar eles, mas não sei como.
— Vamos apenas ver o que acontecerá, se ele amanhã fizer algo de
muito errado interferimos. — Ela concorda sem muita vontade e se levanta
puxando o Gui. — Onde pensa que vai com ele?
— É hora de dar um banho nele, pela manhã ele vai com meu irmão
de volta para a Colômbia, não quero acordar ele muito cedo para ter que
tomar um banho. — Então vou ajudar ela, para não fazer muito esforço com
o braço e nem com a perna.
Assim que o Gui dorme decido dar uma olhada no meu amigo que
deve estar bêbado uma hora dessa, após encher a cara para tentar não pensar
na sua Deusa.
Bato na porta do seu quarto e como não ouço nada tento abrir a
porta, mas ela estava fechada, resolvo ir até a recepção pedir pela chave
mestra para que possa ver como ele estava, e quando chego até o seu quarto
ele estava jogado no sofá, muito bêbado e sem condições alguma de ficar
sozinho nesse quarto.
Não sei o que fazer, não quero ligar para a Carol e avisar o estado
dele, mas ela bem que podia deixar um dos seguranças deles disponível
para que ele, a muito custo consigo colocar ele na cama e soltar a sua roupa,
por enquanto vou deixá-lo aqui no quarto e vou avisar para Vanessa que
ficarei para cuidar dele e que de manhã vou para o nosso quarto.
Ela vem comigo até o quarto e olha para ele preocupada, mas não
fala nada por que não adianta falar por enquanto, dou um beijo em sua testa
e ela volta para o nosso quarto para descansar e fazer o Gui dormir, me
sento no sofá e tento ligar para a esposa tinhosa do meu amigo.
Ela demora atender, mas acho que não resiste a curiosidade pela
minha insistência e atende com uma voz diferente.
— Olha Carol, tudo bem por aí? — Ela não parece muito contente,
algo deve estar acontecendo.
— Vou te contar porque sei que é um grande amigo meu e do meu
marido, eu estou no México, pedi para que o Carlinho ficasse de olho nos
passos de vocês. — Acho que nunca vou me surpreender com a inteligência
dela nesse mundo deles.
— O que você descobriu? — me ajeito no sofá e presto atenção no
que ela tem a fala.
— Ramires González é um velho que comanda o México a mão de
ferro, acho que não deveriam vir até aqui, outra coisa, tirem o celular do
Bruno, ele tem mandado tantas mensagens para mim que até já sei quanto o
seu sogro calça. — Ela ri da própria piada.
— O que você imagina que posso fazer isso, ele te manda
mensagem a cada dez minutos preocupado, ele jura de pés juntos que você
está do outro lado do planeta. — Ouço ela bufar dessa vez.
— O que posso te dizer é que o González não quer saber se tem uma
neta, e acho muito perigoso que venham, ele praticamente me colocou para
fora e fez uma ameaça bem sutil. — Não acredito que ela esteja enfrentando
um velho sozinha.
— Carolina, o que está aprontando? — Ouço que ela sendo
chamada.
— Gustavo, eu tenho que ir, tentarei me encontrar com vocês o mais
rápido possível, foi um erro ter me afastado, aqui não segue as regras da
organização, estou indo agora mesmo de encontro com vocês ai o mais
rápido que puder, avise o Hector. — Ela desliga o telefone antes mesmo que
pudesse dizer alguma coisa, mas me preocupo e resolvo ir até o meu quarto
com a Vanessa e quando a vejo quase dormindo com o nosso filho tiro
minha roupa e me deito ao seu lado.
Ligo o despertador para daqui a duas horas e vou lá ver o meu
amigo que continua dormindo da mesma forma que havia deixado, pela
manhã ligo para Hector e conto sobre meu telefonema para a Carolina, e ele
confia na explicação dela e me pede para tentar persuadir a Vanessa em não
ir.
— Não vamos Vanessa, é pela nossa segurança. — Estávamos nessa
discussão a horas, até o Bruno que estava numa ressaca do cão disse que
não estava muito confiante em ir nessa nova aventura, não contei sobre a
Carol, deixei que ela fizesse uma surpresa e eles pudessem se acertar,
Hector que estava sentado ao meu lado olhando a bolsa de valores se
manifesta.
— Preciso voltar para casa, alguém fez algo que influenciou meus
negócios. — Ele demonstrava estar preocupado e víamos que seu amigo fiel
estava agitado ao telefone tentando resolver algo.
— Hector pode ir tranquilo, acho que no máximo em dois dias
estaremos de volta na sua casa. — Ele concorda com a cabeça.
— Forbes, caso queira ir direto para Miami, providencio tudo daqui.
— Olho para a minha mulher, mesmo que eu queira muito voltar para casa,
quero que ela decida.
— Se puder quero ficar até o fim da semana Gusta. — Concordo
com a cabeça e aceito a sua escolha, seguro a sua mão e beijo na sua
pequena aliança.
— Papá, pode levar todos esses diamantes? — Vanessa fala com
Hector, que estava com sua atenção no seu celular.
— Levo sim mí hija, deixarei no cofre no meu escritório e quando
você for para casa é só pegar ela no cofre, mas eu gostaria de ficar com a
fotografia para poder fazer uma cópia. — Vanessa apenas meneia com a
cabeça e segura em sua mão.
— Pode ficar com a original, e eu fico com a cópia. — A felicidade
do Hector tem sido algo contagiante, estou tão feliz que ele, na verdade,
não, é alguém sem escrúpulos que eu teria que me preocupar com a nossa
segurança.
Vemos eles partindo e levando nosso filho, ficamos para conhecer
um pouco a cidade e principalmente para que nosso amigo não se jogue em
algum poço, mesmo depois do almoço ele volta para seu quarto e continua a
beber, ligo outra vez para a Carol e ela me diz que chega até o fim da noite
no nosso hotel.
Aproveito que estamos sozinhos e decido brincar um pouco com a
minha noiva que estava toda fogosa na cama assistindo a um filme
romântico, fico rindo dela com o seu jeito de ser, já havia tirado a minha
roupa e estava quase para entrar nela e sentir seu calor maravilhoso, quando
percebemos uma movimentação do lado de fora, e batidas agitadas na nossa
porta.
Levanto para ver o que estava acontecendo e dou de cara com o
Hassan tentando evitar que a Carolina atirasse não sei em quem, a confusão
estava formada ela sendo segurada pelo seu segurança enquanto os meus
tentavam apaziguar a situação, tento entrar no quarto e percebo o motivo de
tanto ódio dela.
Bruno estava pelado e para o seu azar ele estava acompanhado de
uma morena que se cobria com um lençol, estava nítido que eles haviam
transado já que ele tinha marcas de arranhões pelo ombro e suas costas,
ouço os gritos da Carol dizendo que matará ele e fatiar a mulher.
— Meu amigo, você está muito ferrado. — É a única coisa que
posso dizer nesse momento para ele.
G anhamos um vale night, já que o
Miguel foi embora para a casa do
nosso pai levando o Gui, nos
dando a noite sozinhos, arrumamos uma desculpa para manter o Bruno aqui
com a gente porque a Carol nos disse que iria vir nos encontrar e
imaginávamos que eles dois poderiam se acertar e tentar conversar sobre o
que aconteceu.
Conversamos sobre o que fez com que meu pai ficasse aflito com
seus negócios dele e acabou tendo que ir às pressas para casa e como a
Carol havia nos alertado eu não mexerei com a família da minha mãe,
parecer ser muito perigoso ter algum envolvimento com eles, e não
queremos que o nosso filho corra perigo desnecessário.
Antes de nos deitar o Gustavo deu uma olhada nas coisas e nossos
seguranças foram jantar, a porta do Bruno ainda estava fechada, então ele
resolveu em voltar para cama, era um pouco cedo ainda, mas ele recebeu
uma ligação da assistente dele dizendo que estava havendo uma
movimentação no mercado de algumas empresas no MERCOSUL e sul da
USA, ele me disse que não tem interesse em nenhuma empresa no momento
e as dele não são influenciadas com o mercado aqui do sul.
Safado como ele sempre foi, larga o telefone, me olha e tira a roupa
bem devagar e vem se arrastando pelo meu corpo, olho para ser ombros
largos, enquanto ele dava leves mordidinhas na minha coxa livre, sinto que
minha intimidade está ficando cada vez mais úmida com a expectativa de
ele me tocar de me dar prazer e se não fosse por esse gesso eu estaria
sentada nele quicando até o dia raiar.
— Para de me olhar desse jeito, Vanessa, parece querer fazer algo
que não pode. — Não resisto e solto uma alta gargalhada, enquanto sinto a
ponta de seus dedos tentando adentrar em minha intimidade. — Como já
está assim tão úmida meu amo! — Solto um leve gemido.
Ele começa a massagear devagar enquanto beijava minha outra
perna que estava livre do gesso, seguro em seus cabelos tentando manter ele
preso ali naquele lugar enquanto ele me dá prazer, arqueio minha costa da
cama sentindo todo o prazer que ele estava me dando, estou perto de
alcançar meu orgasmo, mas o espertinho já conhece meu corpo ele suga,
mas uma vez meu clitóris e vinha se arrastando em minha direção para que
pudéssemos nos encaixar e ser feliz.
— Seu desgraçado, vou te matar… — Ouvimos os gritos do lado de
fora do nosso quarto, olho para ele assustada.
— Me solta agoraaaaa… — Gustavo dá um pulo de cima de mim e
procura a sua bermuda para ir olhar o que está acontecendo, enquanto tento
me arrumar, fico preocupação.
— O que será que está acontecendo? — Ouvimos batidas na nossa
porta, Gustavo corre para atender.
Era Hassan segurando uma Carolina raivosa que segurava uma arma
e tentava entrar a todo custo no quarto em frente, Gustavo entra no quarto
que estava o Bruno enquanto tento puxar a Carol para o meu quarto e com a
ajuda do Hassan ele consegue trancar a porta para que ela não saia.
Não consigo controlar ela, que está amaldiçoando ele com todos os
palavrões possíveis e com tamanha raiva dela até imagino o que ela tenha
visto, com uma certa habilidade Hassan consegue desarmar ela, e como ela
não conseguia se acalmar lhe dou um tapa tão forte que consigo tirar ela
desse momento de histeria e começa o choro.
— Ele me traiu Nessa, estamos juntos há praticamente dez anos e
ele esqueceu tudo o que já passamos e colocou uma mulher qualquer na
cama. — O choro dela sai alto e descontrolado, puxo ela para o sofá e
abraço da melhor forma que consigo e tento ignorar a dor no ombro depois
do tapa.
— Carol, o que garante que ele realmente te traiu, você é uma
mulher inteligente, pense um pouco. — Porque não consigo acreditar que o
Bruno Alcântara iria trair a mulher que ele venera, o chão que ela pisa, por
qualquer outra mulher.
— Ele pelado com um preservativo enquanto uma puta qualquer
estava cavalgando ele e os gemidos pareciam estar muito bom. — Ela volta
a chorar, faço um carinho na sua costa enquanto escuto o seu choro
magoado e triste, não consigo imaginar a minha reação se isso acontecer
comigo e com o Augusto.
— Carol, acho que precisam conversar com calma, de preferência
com você desarmada. — Mas pensando bem ela não precisa muito para
matar ele, principalmente com os treinamentos que ela sempre tem, olho
para Hassan.
— Por favor, dentro da minha maletinha no banheiro tem alguns
analgésicos e calmantes, traga para mim. — Ele confirma com a cabeça e
vai buscar o que pedi, que me entrega sem muita demora, pego um
comprimido e entrego para ela.
— Quero matar ele, Vanessa. — Ela vai dar trabalho, suspiro e olho
para ela.
— Eu sei, e se ele realmente tiver culpa eu te ajudo a matar, mas
agora quero que você tome isso para relaxar, estou vendo as veias da sua
cabeça a ponto de estourar. — Ela olha para minha mão que estava com os
dois comprimidos e acaba aceitando os engole sem beber nada.
Peço ajuda do Hassan e me levanto com ela indo em direção a
minha cama, não sei quanto eu a mediquei, mas o efeito foi rápido, quando
menos imagino ela acaba cochilando chorando baixinho, me arrasto com
aquele maldito gesso e peço para que meu segurança fique de olho nela e
não a deixe sair por nada.
Vou em direção do outro quarto e outra confusão estava instaurada
lá dentro, Bruno é mais alto que o Gustavo, ele tentava alcançar a mulher
que ainda estava apenas enrolada com o lençol e tinha a uma cara assustada,
Gustavo continuava impedindo que o Bruno tentasse matar a mulher.
Com toda a confusão que gerou, o gerente do hotel veio conferir o
que estava acontecendo, eu tento explicar e peço que ele providencie o
quarto ao lado do meu para que leve a mulher para lá, porque uma coisa é
certa.
Foi armação!
Quando finalmente consigo uma chave pego a mulher pelo braço
sem paciência alguma com o medo que ela estava demonstrando ter.
— Olha, só pode escolher, ele que vai te matar quebrando o seu
pescoço ou a esposa dele vai te esfaquear e deixar sangrar até a morte e
pode ter certeza que ela vai te torturar sem pensar duas vezes, ou pode vir
comigo e conversar. — Ela olha mais uma vez para o Bruno, que agora
estava com uma bermuda, e tentava se esquivar.
— Vanessa, como está a minha Deusa? — Ele me pergunta com
uma dor na sua voz, e percebo que sua pupila estava dilatada.
— Coloquei ela na minha cama e Hassan está lá olhando para que
ela não saia do quarto e antes que piore a situação dei um calmante porque
ela quer matar você. — Ele começa a passar a mão no cabelo e se senta no
sofá com meu noivo do seu lado.
— Ficarei aqui com ele Nessa, cuidado. — Confirmo com a cabeça
e saio puxando a mulher que estava na cama e a entrego para o Jorge para
que ele a leve para o outro quarto.
No quarto, aquele olhar dela de assustada muda, e percebo que ela
tentará ser sarcástica.
— Qual o seu nome? — Ela me olha sem demonstrar medo,
enquanto me sento no sofá e ela fica de pé.
— Jorge, por favor, dobra a arrogância dela e a ponha de joelho na
minha frente. — Não sou a favor de violência, mas ela vai me dizer o que
fez para que tudo isso acontecesse.
Jorge se aproxima e dá um tapa bem forte nela que faz com que caia
de bunda no chão, ele a segura pelo cabelo fazendo ela ficar de joelho,
praticamente pelada.
— Pronto, é assim que você tem que ficar na frente de uma Carrillo,
espero que não se esqueça, agora me diga, quem é você e porque está aqui.
— Ela me olha com nojo e cospe na direção dos meus pés.
— Não te interessa quem sou, estou aqui apenas para lembrar que
vocês se acham que são melhores que qualquer um, e pode ter certeza que
um alicerce abalado é o início de que todo o castelo se desmorone. —
Alguém implantou essa mulher aqui dentro.
— O que você acha que iria ganhar fazendo isso? — Respiro fundo
e me arrumo no sofá, porque tenho a sensação que vou precisar meter a mão
na cara dessa mulher.
— Respeito e principalmente dinheiro, uma coisa que você nunca
terá porque não está preparada para ser quem deve ser. — Não aguento e
acabado levantando para lhe dar, mas um soco, fazendo que ela tombe para
trás com o impacto.
— Como conseguiu dopar nosso amigo? — Percebo que ela tem um
ódio em seu olhar e nega com a cabeça.
— Pode me matar se quiser, mas de mim não tirará nenhuma
informação. — Estreito meus olhos para ela e sorrio.
— Tudo bem, boa sorte, então. — Me levanto com dificuldade e
dou a ordem para o Jorge.
— Se ela tentar qualquer coisa pode quebrar uma perna dela sem
pena, tranque ela aqui, iremos todos para a Colômbia assim que amanhecer,
podem providenciar tudo.
Saio do quarto muito irritada e vou para o quarto onde está o idiota
que resolveu beber um alambique até o fígado virar geleia, meu noivo ainda
tentava acalmar ele, e agora perdi a paciência, poxa estava tão gostoso
enquanto estava na minha cama e estragaram o meu orgasmo.
— CHEGA BRUNO! — Precisei gritar com ele, que foi o suficiente
para assustar os dois que estavam no quarto. — Vai para um banho agora,
Gustavo providencie um café forte e amargo para ele, porque teremos que
conversar.
— Não gosto de café. — Ele faz um biquinho com os lábios que foi
o suficiente para perder o resto da minha paciência.
— Ah, desculpe senhor, desejaria um todinho então. — Ele estreita
os olhos para mim como se eu fosse ter medo, cara todo errado está com
sorte que dopei a mulher dele ou uma hora dessa ela teria fatiado ele inteiro.
Antes de sair do quarto, Gustavo me abraça e fala baixinho.
— Descobriu algo amor. — Respiro fundo e me entrego ao abraço
dele e confirmo com a cabeça.
— O responsável quer destruir a Carolina, e acho que conseguiu,
porque ela não perdoará a traição tão fácil assim, mesmo que ele esteja
drogado do jeito que ele está, duvido que ela aceitará a explicação agora
dele, arrumarei nossas coisas, estamos voltando para a casa do meu pai. —
Saio do quarto e volto para onde a Carolina está dormindo e Hassan me
aponta o celular tinha diversas mensagens e ligações.
— Volta para casa, corre perigo, você e seus amigos acabei de ser
roubado.
A cena na minha frente era algo
inacreditável, nunca imaginei que
o Bruno conseguiria trair a deusa
dele e depois que ele se deu conta do que estava acontecendo tive trabalho
de manter ele lá longe da mulher que tentava se proteger da fúria do meu
amigo, quase não consigo controlar.
Depois que a Vanessa volta ao quarto e nos diz que estamos indo
embora, fico preocupado com um detalhe, como manteremos esses três sem
se matar dentro daquele avião pequeno, espero que todos os seguranças
sejam realmente bons porque eles vão precisar de toda a força que puderem
para manter a Carolina longe desses dois e o Bruno longe daquela mulher.
Depois de toda a minha conversa com o Bruno realmente percebi
que ele foi drogado e que pensava que fosse a Carol na cama com ele.
Mas quem implantou essa mulher no nosso andar e justo no espaço
de tempo em que os seguranças trocarem seus turnos e próximo da Carol
voltar para o hotel e pegar eles no flagra.
Tenho certeza que será muito difícil para que ela o perdoe, porque
mesmo que ele pense que era ela, eles estavam transando.
— Será que ela vai me perdoar Gusta? — Ele já estava arrumado e
tinha me feito essa pergunta milhões de vezes enquanto estamos esperando
a Vanessa me ligar e dizer que já está no carro e que podemos ir, a outra
mulher também já saiu do hotel em outro carro e com os seguranças para
que não fugisse.
— Precisa ter paciência e deixar ela ter o tempo dela para que ela
possa digerir tudo o que ela viu aqui dentro. — Ele começa a esfregar a
cabeça com raiva, e recebo a ligação de que já podemos sair.
— Você entendeu o que a Vanessa disse, não é, por favor respeita o
tempo dela, não insista, por enquanto deixe que o ódio dela diminua. — Ele
concorda com a cabeça e saímos do quarto com o Jorge atrás de nós com
uma cara péssima.
— Fala Jorge o que houve. — Ele suspira e vejo que está muito
irritado.
— Não consigo aceitar que aquela vadia conseguiu passar pela
gente, e pior ainda que o hotel tenha algo haver em ter drogado o senhor
Bruno assim. — Nesse momento estávamos chegando próximo ao guinche
para pagar a nossa estadia e o gerente se aproxima, dizendo que a conta já
foi paga.
— Quem pagou? — Ele olha diretamente para o Bruno e tenta se
justificar.
— Fica pela situação de ontem a noite e os mais sinceros pedidos de
desculpa por tudo o que houve… — Seguro o Bruno que tentou avançar
sobre o balcão e agarrar o gerente pela gola da camisa.
— Quando descobrir o que aconteceu, pode ter certeza que voltarei
aqui e vou te matar e quem, mas estiver envolvido. — Ele solta a camisa do
homem que cai no outro lado, vou puxando-o para onde os nossos carros
estavam nos esperando.
Assim que chegamos na pista de pouso, olho, mas uma vez para o
Bruno que mantinha seu óculos escuro e uma postura de derrotado, passo a
mão em seu ombro e podia constatar o quanto ele estava arrasado.
— Entre e sente o mais longe possível das duas mulheres e acho que
sobreviveremos a esse voo. — Tento brincar com ele, que continua triste e
de cabeça baixa.
No avião vejo que a Carolina está sentada praticamente no meio do
avião, então Bruno decide se sentar nas primeiras poltronas para evitar que
eles discutissem, vou até onde está a minha noiva, dou um beijo na testa da
Carolina e um selinho na minha mulher, que sorri para mim e digo para a
Carolina o que o Bruno decidiu.
— Carol, eu sei que está muito irritada, tem alguma chance de vocês
conversarem? — Falo baixinho para que ela não fique mais irritada, ela
retira o óculos e observo o tão sofrido que seu rosto estava.
— Nesse momento eu não consigo Gustavo, eu quero me distanciar
ou acabarei fazendo alguma besteira. — Seu tom de voz é alto o suficiente
para que ele consiga ouvir ela.
— Ele vai direto para o Brasil e você o que planeja fazer? — Volta à
por seus óculos e responde com um som um pouco frustrado.
— Vou para Miami e não planejo voltar para o Brasil ou ir para
qualquer outro lugar por enquanto, quero chorar minha dor sozinha. — Ela
se vira na minha direção e fala, mas baixo para apenas eu escute. — Diga
que ele cuide dos nossos filhos por favor, assim que conseguir ficar um
pouco melhor converso com ele sobre eles. — Vejo uma lagrima escapar
por baixo do seu óculos e a seco.
— Espere passar esse momento de dor e conversem, descubra quem
quer teu mal e depois faça aquilo que você é a melhor em fazer. — O
sorriso dela começa a ficar maior e me arrependo do que falei. — Está me
assustando com esse sorriso macabro. — Ela cai na gargalhada e me abraça.
— Obrigada por ser nosso amigo, isso tudo vai se resolver de
alguma forma e no tempo que for. — Deixo elas sozinhas e volto para onde
o Bruno estava sentado e me pergunto onde estava a mulher que até então
não a vi, Hassan diz que está trancada no banheiro.
Um pouco antes de pousar, Bruno se levanta e vai à cabine do
piloto, acredito que para avisar que eles irão para o Brasil e quando ele
volta olha para mim como meu amigo que sempre foi.
— Gustavo, não precisa irem para o Brasil, fiquem com a minha
mulher e cuide dela por favor, darei um jeito em conseguir um novo
administrador, não deixe que ela entre com processo de divórcio, tudo bem.
— Solto uma gargalhada e paro meu sorriso no meio.
— Como você acha que posso fazer isso, já viu do que ela é capaz.
— Ele ri e apenas concorda com a cabeça.
— É a mulher da minha vida, e sei que mesmo que estivesse
drogado, ela não vai me perdoar tão cedo. — Ele fala um pouco mais alto e
sei que ela ouviu, continuamos conversando até que o avião pousa e vejo
minha mulher passar por nossas poltronas e o Bruno apenas segura na mão
da Deusa dele.
— Me perdoe minha deusa, esperarei o tempo que for por você até
que me perdoe, cuidarei dos nossos filhos e assim que estiver bem eles vão
ao seu encontro. — Ela apenas tira a mão da dele e sai do avião.
Fico mais um tempo porque sei que a outra mulher sairá e se ele
ficar aqui sozinho ele a mata, e quando ela passa é realmente isso que quase
acontece, ele tenta alcançar e o impeço.
— Calma que a Carol fará isso, não se preocupe e assim que
estivermos indo para casa eu te aviso e te dou notícias, e por Deus tente não
fazer nenhuma outra besteira.
Ele volta a se sentar e me abraça apertado e pede que cuide da deusa
dele, saio do avião indo para o carro que me aguardava, olhando para o
avião que estava indo abastecer seguro a mão da minha noiva para ir
resolver o que estava acontecendo aqui e voltar para casa, Carol estava
triste enquanto olhava o grande amor da sua partir.
— Pode ir atrás dele e conversar, bem cena de filme o que acha? —
Ela dá um tapa na minha nuca e pede para que possa ri para o apartamento.
E ao contrário do pensávamos o Hector estava atolado de
problemas, Miguel e o Luiz tentavam ajudar no que podiam, mas pelo
tamanho do roubo ele ficou com um desfalque e devendo muita gente até
que a Carolina antes mesmo de qualquer coisa fala para ele.
— Ligue para o Bruno e peça para que ele faça a entrega do
carregamento para você, acho que vai te ajudar. — Um brilho em seu olhar
parece que clareia toda a sala, chegamos pelo visto para salvar os negócios
do meu sogro.
— Muito obrigado Suíça, não tenho como agradecer… — Ela
interrompe a fala dele.
— Tem, sim, preciso de um lugar para fazer algo que faço de melhor
e de possível agora. — Ele nos olha confuso e pede para que o Luiz a leve.
Antes de qualquer coisa Vanessa abraça o pai e pergunta pelo nosso
filho que já vinha correndo na minha direção de braços abertos, o agarro e
faço várias cócegas em sua barriguinha e o levo para próximo da minha
noiva, enquanto abraço o Hector e mima nosso pequeno bebê que tenta
escapar dos nossos carinhos.
— O que estava acontecendo aqui, porque a vida da Carolina e do
Bruno virou de ponta cabeça. — Ele parece confuso com o que falo.
— Sinto muito por ela, mas ela é uma mulher de fibra e garra,
espero que ela consiga se entender com o marido. — Ele é sincero com o
que fala pelo seu olhar.
— Pai preciso descansar um pouco, vou me deitar no meu quarto,
acredito que o Gustavo irá lhe ajudar com as coisas por aí. — A safada me
joga um beijo enquanto sou levado para o escritório do pai dela, que me
mostra onde estão os diamantes que encontramos e a foto da mãe dela.
Observo os números dele e então percebo que ele é tão bom com os
números pena que mexe com algo que nem tenho interesse de entender,
ajudo o máximo que posso e quando percebo já é tarde da noite e decido
voltar para o meu quarto para dormir abraçado ao corpo da minha linda
mulher e descansar porque em poucos dias voltaremos para casa.
P assamos o resto da semana com
meu pai
conseguimos
e meu
resolver
irmão,

problemas que minha vontade de ir ao fundo sobre minha família causou


os

nos negócios do Carrillo, não nego que fiquei um pouco sentida por não
conseguir me aproximar do meu avô, mas aceitei que não adianta correr
riscos desnecessários e nem os que estão próximos de mim também, decidi
que minha família é somente meu pai aqui e meu irmão.
Miguel acabou escolhendo voltar para Dallas pela Nik, ela tem a
faculdade dela para concluir e sem contar que os seus pais estão para
enlouquecer com ela longe deles, mesmo que tenha garantido a eles a sua
segurança, meu pai também concordou que ele deve primeiro cuidar dela e
depois pode assumir os negócios da família.
Mas nossa preocupação mesmo é com nossos amigos que realmente
se separaram e estou preocupada com essa separação deles, é algo que
quem planejou conseguiu a Carol não aceitou escutar o Bruno nos últimos
dias e até onde sabemos, eles deixaram a situação em segredo para que
ninguém interfira nas escolhas deles dois, sei que em algum momento eles
terão que conversar.
Os últimos dias me sinto melhor, meu braço parou de doer e consigo
ficar agora o tempo todo se a tala, minha perna também não sinto doer, mas
ainda não consigo ficar sem o gesso e estou louca de vontade me sentar em
cima desse homem que está dormindo ao meu lado, olho para o seu peito
que estava subindo e descendo devagar em seu sono, seguro a vontade de
tocar ele enquanto está dormindo.
Me levanto devagar para que ele não acorde, ele apenas muda de
posição ficando de peito para cima e sua ereção matinal começando a
surgir, sorrio com desejo para o seu corpo, mas antes quero dar uma olhada
no nosso filho, não quero que ele acorde agora, desejo usar esse corpinho
que ele sempre diz poder fazer o que quiser.
Guilherme estava deitadinho no seu berço com a chupeta na boca e
segurando o seu elefante que ele ganhou do avô, tento não fazer barulho e
fecho a porta que dá acesso ao nosso quarto para que ele não acorde ainda,
porque tenho certeza que soltarei alguns gemidos.
Dentro do nosso quarto ele estava com seu corpo todo virado para
mim, vou andando devagar até ficar próximo do meu lindo dorminhoco que
nem imagina que abusarei do seu corpo que seu que me deseja, solto as
alças da camisola e retiro do meu corpo ficando só de lingerie, é hoje que
mato esse homem se não for de prazer pode ter certeza que será susto.
Afasto o lençol do seu corpo e ver ele pelado me deixa muito mais
excitada, deixo a minha perna com o gesso para baixo enquanto a minha
perna boa passa por cima da sua cintura nos deixando com a sensação de
estarmos encaixado, ele começa a se mexer embaixo de mim, mas não abre
os olhos, rebolo o quadril e esfrego nossas intimidades deixando o atrito
fazer o serviço de acordá-lo, mas o sem vergonha consegue manter a
fisionomia de que nada estava acontecendo.
Ele já estava bastante excitado, seu membro estava rígido e sei que
ele desejava entrar em mim, assim como eu queria ser penetrada, ele apenas
cruza os braços em baixo da sua cabeça e me deixa fazer tudo o que quero
com ele nesse momento, passo a ponta dos dedos em seu peito e sinto a
textura da sua pele e a força dos seus músculos, continuo seguindo com
meus dedos pela formação dos seus músculos do abdome e conto os
gominhos, arranhando minhas unhas por toda a sua pele livre e um sorriso
safado aparece em seus lábios e um pequeno gemido de prazer, e um
arrepio surge quando minhas unhas arranham a lateral do seu abdome
fazendo que ele se incline, mas na minha direção e tente entrar em mim.
Ele não resiste e me puxa para mais perto dos seus lábios e me
rouba um beijo cheio de desejo e tesão, tento sair do seu beijo, mas ele me
segura pelos cabelos deixando a sua mercê para me beijar e sugar meus
lábios como ele desejar, ele interrompe nosso beijo para que
recuperássemos o nosso folego.
— Bom dia, sua safada, espero que esteja bem, é hora de te comer
como quero desde que nos encontramos. — A promessa dele faz que uma
explosão de desejo na minha intimidade me deixe completamente úmida.
— Bom dia, Forbes, pensei que não fosse acordar. — Ele rir
baixinho, e um dedo invade minha lingerie e consegue arrancar ela do meu
corpo rasgando, estreito os olhos para ele. — Vou precisar comprar uma
fábrica de tanto que você já rasgou.
Ele ergue o nosso quadril e nos encaixa tirando um suspiro de prazer
enquanto começo a subir e descer devagar para que sua ereção fique mais
molhado com as minhas secreções e possa me mexer com agilidade, ele
segura meu quadril e estimula meus movimentos deixando-o ainda mais
louco de tesão.
Enquanto subo e desço pela sua extensão, sinto os tapas na minha
bunda, me dando uma sensação ainda melhor do nosso prazer.
— Puta de uma mulher gostosa. — Continuo subindo e descendo
com velocidade e apertando ele com a musculatura da minha vagina, ele
aperta a minha cintura comandando para que me mexa cada vez mais rápido
me deixando próximo de um orgasmo delicioso, que somente ele consegue
fazer.
Continuo me mexendo enquanto o suor escorre pela minha coluna,
olhar para o seu rosto distorcido de prazer, me deixa com um ar de
satisfação por oferecer o prazer que estávamos loucos para sentir um no
outro.
— Amor, quero você de quatro para mim, fica em pé aqui do lado e
se inclina na cama, minha gostosa. — Faço o que ele me pede, fico em pé e
afasto as pernas uma da outra, ele vai até o closet e procura algo que tem
por lá.
— Vanessa, eu trouxe porque tinha esperança de que pudéssemos
nos divertir um pouco com os dias que estava se recuperando. — Uma
sensação de que ele vai abusar de mim do jeitinho que gosto me deixa até
ansiosa.
Ele joga uma caixinha de lubrificante na cama, céus acho que hoje
ele vai me comer que todas as formas que ele puder, ouço o som do tapa
que ele da em minha bunda e uma onda de prazer percorre por toda a minha
intimidade me deixando mais molhada e solto um gemido de prazer fazendo
com que ele me puxe pelo cabelo e beija meu maxilar e massageia meu
seio.
— Não se atreva a gozar agora, vamos brincar apenas um
pouquinho antes que nosso filho acorde. — Sinto seu riso crescendo em
meu pescoço enquanto ele me beija.
Sinto algo frio e duro entrando devagar por trás de mim, minha
respiração fica entrecortada com a invasão e tento me controlar com os
pensamentos de como ele vai me fuder agora, nessa hora já ignoro toda a
dor que estou sentindo e me concentro apenas no prazer, suspiro para que
ele saiba o quanto estou gostando da invasão dele atrás de mim.
— Vamos lá meu amor, sem muito barulho ou ficará sem gozar,
entendeu? — Como não consigo responder por estar tão absorta nas
sensações que aquele vibrador estava me dando atrás, ele é obrigado a me
bater mais uma vez na minha bunda, e não satisfeito ele aperta meu mamilo.
— Eu entendi, e se continuar fazendo isso, vou gemer alto aqui,
agora me faça gozar amor. — Ele se aproxima de mim e sussurra em meu
ouvido.
— Será um prazer senhora Lira. — Meu sorriso vitorioso após ouvir
o que ele me diz se transforma em prazer quando sem cerimônia alguma ele
entra na minha intimidade, deslizando com facilidade.
Seus dedos alcançam meu clitóris e massageia o lugar que está
bastante inchado devido o prazer, ele dá, leves tapinhas, inclino minha
cabeça para trás e acabo sentindo o seu corpo mais próximo de mim e meu
orgasmo faz com que minhas ideias se misturem e seja sustentada apenas
pelo gesso, porque a outra não tem força de me manter em pé, meu sorriso
de prazer fica maior, e sentia que outra onda de prazer estava se formando,
empino mais ainda meu bumbum para ele que entra e sai rápido e quando
gozo mais uma vez sinto que ele também se desmancha dentro de mim,
enquanto faz alguns movimentos mais devagar para recuperar o seu folego,
quando ele me puxa para ficarmos em pé completamente ele retira o
vibrador de trás de mim e o põe sobre a cama, olho para o objeto e me
surpreendo com o tamanho parecia mais uma linguiça de grande.
— Que tal um banho, meu amor. — Apenas concordo com ele
enquanto ele vai me ajudando a entrar no banheiro, depois ele olha o nosso
filho para ver como ele está e em pouco tempo ele volta com um protetor
para a minha perna.
Com cuidado ele me arruma para podermos entrar na banheira,
deixo a perna imobilizada do lado de fora enquanto tomo meu banho.
— Espero que esteja feliz por voltar para casa meu amor, e que
esteja tudo bem que o Miguel fique lá com a Nik? — Já aceitei que iremos
nos separar, mas sempre que possível vamos nos encontrar.
— Estou ansiosa para chegar em nossa casa, e mostrar o Gui para
toda a família. — Todos os dias temos ligado para a minha sogra, ou ela vai
acabar enlouquecendo a gente se não fizer isso.
— E também estou ansiosa para descobrir o que aquela mulher fez
amor, sei que a sua assistente tem tentado encontrar ela, mas em algum
momento ela vai reaparecer e sei que conseguirá tirar todas as dúvidas. —
Antes de terminar o banho, nosso filho aparece na porta do nosso quarto,
Gusta pega ele no colo, beija ele e me entrega enquanto ele vai guardar o
que deixou em cima da cama.
Depois de alguns momentos estamos prontos e saímos para a
cozinha para fazer o lanche do Gui e tomar café com todos os outros que
nos esperavam para comer.
— Bom dia, mí hija, vou ficar com saudades de vocês aqui, da casa
cheia. — Meu pai segurava minha mão.
— Sabe que é muito bem-vindo na nossa casa não é Hector. —
Gusta fala para o meu pai enquanto ajuda o Gui a comer sem se sujar.
— Bom o avião está preparado para vocês, e assim que tudo para o
casamento esteja preparado iremos nos encontrar com vocês por lá.
Meu pai disponibilizou um jatinho para a nossa ida, Luiz já havia
guardado todas as joias que minha mãe havia deixado para mim, mas eu
dividi com o Miguel, ele merece ter elas por todo esse tempo que
precisamos nos esconder, servirá para ele conquistar algo que seja apenas
dele, se for assim a sua vontade.
Depois do café o meu pai nos leva até a pista e nos despedimos com
um abraço, enquanto meu filho se joga para o colo do seu avô que brinca
com ele, e nos devolve.
— Até breve mí hija e fico esperando o convite do seu casamento
para ir visitar vocês. — Ele beija a minha testa e estende a mão para o
Gustavo, — E você cuide bem deles, se precisar de ajuda me ligue que
providencio qualquer coisa. — Eles apenas se cumprimentam e entramos na
aeronave em destino a nossa nova vida juntos e dessa vez sem motivos para
sermos separados, não existe, mas medo ou qualquer um que queira me
matar.
Minha família estava feliz no avião, meu filho dormia, meu Forbes
estava com suas mãos massageando meu pé livre, chegou a hora de retornar
para casa.
D ecidi não avisar a hora que
estaríamos voltando para casa
porque sabia que minha mãe iria
arrastar todos para nos recepcionar e como íamos chegar muito tarde não
queria tirar ninguém da cama para ir para o aeroporto, tenho certeza que
eles aguentariam algumas horas a mais de espera, penso isso rindo por que
sei que minha mãe vai me dar alguns tapas.
Nossa equipe de segurança estava se acomodando nos carros que a
minha assistente reservou para nossa chegada, espero que a casa que pedi
para que ela preparasse tenha ficado pronta para nossa mudança.
Durante a semana conversamos e decidimos nos fixar aqui em
Miami, perto da minha família já que ela ficou muito tempo se escondendo
e principalmente o nosso menino, ela decidiu os manter por perto, Rosy já
está providenciando a mudança da sede da empresa para ficar aqui perto,
mas manterei uma filial em Las Vegas para que não tenha que demitir
muitas pessoas.
Assim que chegamos a nossa nova casa, Vanessa desce com cuidado
com o gesso enquanto estou com o Guilherme no meu colo dormindo com
sua chupetinha de silicone, acho lindo o meu filho quando está assim
dormindo com tranquilidade.
Miguel, que agora assumiu a sua verdadeira identidade, bate no meu
ombro enquanto segurava a mão da sua namorada que estava bastante
sonolenta ao seu lado.
— Me dá ele aqui e faça as coisas como se deve. — Olho para ele
sem entender o que ele quis dizer. — Entre com ela no colo em sua nova
casa. — Agora sim entendo o que ele quis dizer e faço o que ele me diz,
passo o Gui para ele e me viro para trás onde a Nessa estava ainda
admirando a fachada da nossa casa.
— Me diz o que achou futura senhora Lira? — Seu sorriso fica
amplo, passo a mão pela dobra do joelho e na sua cintura colocando-a em
meu colo para que ela se sinta como ela é, minha esposa.
— Gustavoooo, os vizinhos. — Dou um beijo no seu pescoço e
entro com ela em nossa casa.
Dentro já havia algumas coisas que trouxeram da casa dela em
Dallas, a casa é bem ampla tão grande como a da minha mãe, ponho ela no
chão e deixo que ela olhe por todos os cantos, Miguel me entrega o meu
filho e vai para a cozinha.
— Veremos se tem algo na cozinha, se tiver faremos algo para
comer. — Nik revira os olhos e sai andando.
— Vamos lá colocar o nosso filho na cama, depois ajudamos o seu
irmão, antes que ele toque fogo na casa nova. — Ela começa a rir do meu
comentário e começa a subir os degraus devagar.
— Miguel cozinha muito bem, mas ele prefere me explorar. —
Chegamos a um quarto que a porta era cheio de pequenos animais,
entramos e me sinto como se estivéssemos em um pequeno safári, havia
animais de pelúcia por quase todo o quarto, coloco ele na sua caminha
enquanto a Vanessa ligava a babá eletrônica.
Saímos do quarto e voltamos com o monitor na mão e vamos para a
cozinha.
— Vanessa, sentirei saudade de você, principalmente por que agora
não vou, mas poder explorar você. — Ele fica rindo enquanto preparo um
sanduíche natural para gente.
— Espero que a mãe da Nik não queira te matar, isso sim. — A
Expressão dele muda para como se estivesse preocupado.
— Não assusta o rapaz Vanessa, tenho certeza que ele vai saber o
que fazer com os sogros dele. — Terminamos nossos lanches e cada um foi
a procura dos quartos, eu e a Vanessa não prestamos muita atenção,
estávamos muito cansados e queria apenas um banho e deitar para
descansar, sabíamos que a manha seguinte seria de muita agitação ainda
mais que percebemos as diversas caixas espalhadas pelo jardim, pelo visto
meus pais já tem programado a diversão de amanhã.
Na manhã seguinte acordamos com um chorinho na babá eletrônica,
o corpo pelado da minha mulher estava a mostra, a cubro e olharei o nosso
pequeno tesouro que deve ter estranhado o ambiente novo, ele estava
sentado na sua cama esfregando os olhinhos e apenas segurando o seu
elefante de pelúcia.
— Papai, medo de ficar sozinho. — Sua voz de sono, aquece meu
coração, eu sou pai de um garotinho lindo e com a mulher que amo.
— Não precisa ficar com medo, campeão, o papai e a mamãe estão
de olho em você a noite toda. — O pego no colo e levo ele para o nosso
quarto, vejo que minha cama está vazia, me deito com ele na cama e espero
por nossa mulher voltar para o nosso lado.
Enquanto esperamos ela voltar ele acaba dormindo outra vez em
meu colo enquanto faço um carinho na sua cabecinha, depois de um tempo
sinto o cheiro do hidratante que ela ama e um beijo em meu ombro.
— Pensei que iria me encontrar no banheiro para nos divertir um
pouquinho. — Ela sussurra em meu ouvido.
— Não tive coragem de deixar ele aqui sozinho, e sem contar que
ainda é cedo, vem cama meu amor. — Passo a mão por sua cintura e tento a
puxar para a cama, mas ela se apoia na cabeceira enquanto o pequeno
homenzinho que estava do meu lado começa a despertar.
— Fominha mamãe. — Ela se abaixa e dá um beijo em sua
bochecha.
— Como se fala primeiro? — Ele estica os bracinhos e fica
pensando no que a mãe disse para ele.
— Bom dia, mamãe e papai? — Pergunta meio inseguro e quando
ela sorri para ele, sabe que acertou.
— Tomaremos um banho primeiro e depois descemos para tomar
café. — Ajudo ela com ele no banho, depois eu mesmo vou tomar um.
Assim que passo pelo corredor novamente ouço a voz da Helena
falando com o Adam e fico rindo enquanto vou para o meu box, minha
família não tem jeito, não conseguem esperar um pouco para invadir a
minha casa, me arrumo e desço as escadas dando de cara com a cena, mas
linda que poderia imaginar, meus pais com o Guilherme no colo brincando
com ele enquanto me encosto no batente da sala e meu irmão chega mais
perto.
— Te disse que poderia ter um filho por aí sem nem imaginar. —
Ele olhava para o Guilherme que estava se divertindo com toda aquela
atenção.
— Edu e como está a Carolina, ela falou alguma coisa com vocês?
— Ele apontou para a Bia.
— Ele tem conversado com a Bia, ela está bem magoada com a
traição do Bruno, ela entende que ele estava drogado, mas a imagem deles
não sai da cabeça dela. — Suspiro frustrado, porque sei que ela está
sofrendo demais e o Bruno com certeza deve está bem pior que ela.
— O máximo que podemos fazer é que ela fique segura aqui até que
eles se resolvam, deixarei algum segurança com ela, porque imagino que
ela não tenha cabeça para nada disso. — Ele apenas concorda comigo.
— Falei com o Bruno e ele está tentando levar a empresa a frente,
mas acho que por hora ele não conseguirá. — Vi como ele ficou, também
acho que ele não tem condições de realizar qualquer coisa, mas ele não me
quer lá.
— Olharemos de perto, se for necessário interferimos, mas por hora
não devemos fazer nada.
Concordo com o meu irmão por, mas que amamos nossos amigos,
eles devem superar a situação sozinhos e descobrir o que dará certo ainda
no casamento deles, mas a principal precisa conversar.
Me aproximo da minha família e os chamo para o café, porque sei
que o dia será cheio de coisas e depois do café meu pai e meu irmão me
chamam para montar todos os brinquedos que eles compraram no jardim de
trás para que ele tenha um lugar para brincar.
Tenho uma família feliz, e nem mesmo as incertezas sobre a Eva
conseguem me deixar completamente feliz, mas amanhã ela não vai me
escapar, está na hora de finalizar os assuntos que podem me prejudicar com
a minha linda colombiana.
N unca em meus melhores sonhos
imaginei que a família do Gusta
seria tão receptivos dessa forma
comigo, Leticia é uma sogra maravilhosa, ela está sempre por aqui para
brincar com o Guilherme e como ela mesmo.
— Me considerem um vale night sempre que precisar. — Como se
fosse necessário.
Meu Forbes descobriu várias formas para nos divertir mesmo que
esteja com o gesso na perna, na próxima semana temos a esperança que ele
possa ser retirado, fico até ansiosa só de pensar nisso, imaginando em tudo
o que faremos quando estiver livre dele, mas minha principal vontade é
ficar mergulhada na banheira e relaxar com água morna, se meu lindo Gusta
quiser se unir a mim não irei me fazer de difícil sento nele de muito bom
gosto.
Estamos a quase uma semana aqui em Miami e vejo que meu noivo
fica cada dia mais angustiado e irritado porque a tal Eva tomou chá de
sumiço, sabemos que ela teve um menino e que está de licença
maternidade, mas assim que a assistente do Gustavo tentou entrar em
contato com ela para que ela explicasse sobre a gravidez e, porque sumiu,
ela saiu da cidade, deixando a gente com uma pulga atrás da orelha.
Hoje resolvi fazer uma torta de frango para ir almoçar com a Carol,
quero saber como ela está e principalmente o que ela decidiu fazer com a
situação de seu casamento, arrumo o Gui e pego a travessa para ir até a casa
dela, chamo o Jorge para que me leve até a casa dela que não fica tão longe
assim.
Na frente da casa percebo uma movimentação, tem dois carros
parados e até onde sabemos, ela não quer o Bruno aqui, ele enviou a Laís e
o Matheus com a babá sozinhos com um segurança, como a minha cunhada
mora do outro lado da rua decido ir para a casa dela.
— Jorge, tem como descobrir quem está aí com ela? — Ele
confirma com a cabeça e estaciona o carro na casa da Bia, nos ajuda a
descer e segue para a cozinha onde fica o segurança deles.
— O que te traz aqui Nessa. — Bia me olha assustada, quando me
vê com a travessa na mão e o Gui entrando alegre casa adentro.
— Vim para conversar com a Carol, mas pelo que vejo, ela está com
visita e não quero atrapalhar. — Fico olhando para a casa que ela acabou de
alugar para não precisar ficar em um hotel longe da nossa família e
principalmente para que não nos deixar preocupados com a sua tristeza.
— Senhora, o Hassan não me respondeu diretamente, apenas ouvi o
nome de um tal Liam. — Olhamos para o meu segurança preocupada.
— Ela está em perigo? — Ele faz uma cara que me deixou muito
mais preocupada, tomo a atitude, mas idiota que poderia tomar. — Jorge me
dá a sua arma, sem discutir. — Os dois na minha frente se olham e ele
apenas faz o que mando.
— Bia cuida do meu filho, vou lá descobrir o que está acontecendo.
— Entrego a travessa com o nosso almoço, saio da sua casa em direção a
casa da nossa amiga e sem cerimônia entro sem bater.
Entro na sala sem fazer muito barulho e o clima não era dos
melhores, Carol estava sentada em uma poltrona perto da janela enquanto o
homem que estava com ela tinha uma arma apontada para o Hassan e outra
para ela, chego no final da conversa.
— Poderia muito bem pedir o divórcio pelo adultério e se unir a
mim. — Ele fala olhando para ela que ainda não percebeu minha chegada,
destravo a pistola que tenho e vou caminhando devagar.
— Ela não vai pedir divórcio de ninguém, principalmente agora que
parece que tem algum envolvimento com isso. — Encosto a pistola na nuca
do homem, que abaixa a arma dele com cuidado.
— Espero que saiba o que esteja fazendo, posso fazer a sua vida um
inferno antes de te matar... — Carol o interrompe, se levantando da
poltrona, enquanto o Hassan se aproxima ajoelhando o tal Liam na nossa
frente.
— Não, Liam, eu vou te matar de uma forma que nem o James vai
te reconhecer quando chegar no inferno. — Fico sem entender o que ela
fala, me afasto deles para que possam fazer o que tem em mente, mas ela
chega do meu lado e tenta me acalmar, estou começando a ficar nervosa.
— O que aconteceu aqui, Carol? — Ela volta a olhar para ele que
agora estava estirado ao chão depois de uma coronhada.
— Sei que o Bruno foi drogado, e tudo indicava que o seu avô tinha
feito algo, mas quando o Liam chegou aqui e me propôs casamento, as
coisas não se encaixavam, então agora acredito que tenha sido ele, ele usou
a oportunidade para me atingir. — Ela solta uma respiração frustrada,
enquanto enxuga uma lágrima que escorre pela sua bochecha.
— Carol, vocês precisam conversar, sei que não consegue aceitar o
que houve, mas olha o que acabou de acontecer, se vocês dois junto já estão
sempre em perigo, imagina assim separado. — Ela olha para o idiota, que
estava desmaiado na sala e me abraça.
— Prometo que vou conversar com ele, mas preciso resolver isso
aqui primeiro, tenho que ligar para o meu sogro para explicar que minha
casa acabou de ser invadida, posso até ser desobediente, mas ainda sigo as
regras. — Ela começa a ri, me afasto um pouco e vou em direção da porta e
ligo para o Jorge vir e ajude o Hassan, aproveito ligo para o Gustavo para
avisar o que houve, como ele não atende resolvo ligar para o meu pai.
— Oi! Pai, como estão as coisas aí? — Ele percebe a tensão em
minha voz, fica logo preocupado.
— O que houve hija? — Respiro devagar e conto para ele o que
acabou de acontecer.
— Hija, Liam é um homem bastante ganancioso e para quem não o
conhece realmente pensa que ele seja um homem íntegro, mas o conheci
durante a juventude antes de mim os pais dele propuseram casamento dele
com a sua mãe, mas o seu avô conhecia a fama que a família dele tinha, e
não aceitou com medo que na primeira oportunidade ele matasse a sua mãe
para ficar com o comando de todo o México e sul dos USA.
Fico ouvindo o meu pai enquanto ele fala o que acha que pode estar
acontecendo, vejo que o Hassan e Jorge fazem uma verdadeira missão de
sair com o Liam para que os vizinhos não os vejam, os seguranças que
estavam no outro carro, foram chamados para a garagem e feito de reféns,
eles dois conseguiram fazer muita coisa sem chamar atenção e fico de boca
aberta em como eles são ágeis e muito eficientes.
Um vizinho ou outro percebeu a movimentação, mas logo voltaram
para suas casas, decido ajudar ela para conseguir a informação que ele
realmente não deu a ela, vou até a casa da Bia e aviso que ajudarei ela com
algumas coisas e que logo voltaremos, que não precisa se preocupar, tento
ligar mais uma vez para o Gustavo que continua não me atendendo o que
me deixa preocupada, então enquanto ligo para a Rosy a sua assistente ela
desconversa e não me responde o que preciso saber.
— O que houve Vanessa, porque está assim tão preocupada. —
Carolina e a Bia me perguntam percebendo que não cai nessa história do
Gustavo.
— Na verdade, eu também não sei, mas desde cedo o Gustavo não
me atende, ele ia procurar por um assunto que tem incomodado ele. — Olho
para os carros que aguardam por mim e pela Madame Suíça, enquanto
penso no que o meu noivo esteja fazendo.
— Vamos lá Vanessa, deixarei você ver o que sei fazer de melhor.
— Sorrio para ela de nervoso, enquanto a minha cunhada apenas revira os
olhos.
— Você ficou é louca isso, sim, mas torturar ele vai te fazer perdoar
aquele saco de músculo, vai lá e desconta toda a raiva que está sentindo. —
Caímos na gargalhada.
— Nem é verdade, adoro segurar naqueles ombros largos enquanto
subo e desço e gemendo de prazer. — Olho para ela, no fundo dos seus
olhos, para que ela perceba o obvio. — Não me olhe assim.
— Deixe de ficar aqui sofrendo e fazendo ele sofrer lá sozinho,
volte para casa, olhe para os seus filhos, eles vão começar a fazer perguntas
e tenho certeza que não quer mentir para eles. — Ela começa a limpar a
mão na sua roupa de academia e desconversa.
Vamos em direção aos carros, uma em cada um com os nossos
seguranças e não resisto, vou me meter só um pouquinho nessa situação,
porque me sinto responsável pela separação deles, pego o meu celular e
conecto ao meu fone porque ninguém precisa ouvir a nossa conversa e ligo
para o Brasil.
— Bom dia, Bruno, como está? — A voz dele parece que acabou de
acordar.
— Vanessa, está tudo bem, o que aconteceu com a minha Deusa? —
Ele fica nervoso e fico alegre em saber disso.
— Sei que vocês se amam e ela apenas precisa de tempo para
esquecer o que ela viu naquele hotel, mas para a segurança de vocês acho
que esse tempo pode ser com vocês na mesma casa apenas em quarto
separados e assim talvez possam conversar. — Espero que ele absorva tudo
o que eu disse.
— Ela precisa de ajuda? — Percebo o quanto ele é protetor.
— Não, ela precisa do homem que a chama de Deusa e que venera o
chão onde ela anda, venha para cuidar dela é apenas questão de tempo,
estou indo com ela cuidar de uma situação que acabou de acontecer, apenas
seja paciente e venha.
Ouço um furacão do outro lado da linha e a promessa que até o
início da madrugada ele esteja em algum hotel aqui próximo, mas digo para
que ele venha para a minha casa.
— Ela vai ficar irritada quando souber! — Jorge fala assim que
desligo o telefone.
— Ela só vai se irritar, ou me matar se souber de algo, eu não
contarei, você vai? — Ele rir de mim, mas sinto a pontinha de medo quando
ela descobrir que planejei, mas é para o bem dela.
Minha cabeça ainda está no meu noivo desaparecido.
S ofri por malditos três anos por que
essa colombiana me abandonou em
naquele quarto e com o tempo
passei por diversas fases na minha vida, algumas me levando ao fundo do
poço, mas com ajuda do Luigi não fiz escolhas que poderia me arrepender
ou destruir a minha família.
A cada dia dessa semana estou com um aborrecimento diferente,
primeiro Ava sumiu sem deixar muitas pistas, me deixando cada vez, mas
desconfiado de que ela me esconde algo, minha assistente tem tentado fazer
de tudo para que localizem ela, mas até agora nada.
Hoje decidi que faria uma surpresa para minha mulher, eu entendo
os motivos dela para não me apresentar o nosso filho, mas conversando
com o meu irmão ele me fez enxergar que podemos sim ter outros filhos, é
por isso que hoje estamos hoje aqui na clínica de fertilização para reverter a
minha vasectomia, farei de surpresa.
O médico disse que nem sempre o procedimento é cem porcento
confiável de dar certo, e não quero deixá-la frustrada a cada mês, pedi para
minha assistente desconversasse caso ela ligasse, eu mesmo coloquei no
silencioso, e como a cirurgia é algo bem simples não fim do dia estarei em
casa.
Sei que antes ela brigará comigo por conta de ter sumido,
ultimamente ela tem ficado assustada com qualquer barulhinho que ela
ouve pela nossa casa, mas acho que é pela aproximação da nossa amizade
com a Carol e sem contar que ela me disse que se sente culpada pela
separação deles, já tentei conversar, mas ela quer ajudar.
— Gusta, acho que eles já estão vindo te buscar. — Meu irmão
aparece na porta com seu café, já estava em um quarto apenas esperando
para a cirurgia, meu coração estava palpitando cada vez, mas rápido com a
ansiedade.
— Edu já sabe o que fazer se algo der errado, não é? — Tento
conversar com ele para tentar me acalmar.
— Não se preocupe, vou ajudar ela a torrar todo o seu dinheiro e
escolheremos outro bilionário para ser o pai do meu sobrinho. — Olho para
ele que estava concentrado no jogo que estava sendo transmitido pela TV,
acho que percebe que falou demais e me olha. — Desculpa, mas para de se
preocupar no máximo, o que pode acontecer é ficar impotente.
A equipe tinha acabo de chegar e ouviu o comentário idiota do meu
irmão que apenas riu para mim, a vontade que tinha era de meter um soco
naquela cara dele, mas sabia que minha mãe iria me bater se batesse nele.
A equipe me ajuda a ir para uma cabeira de rodas com aquele
avental sem roupa por baixo, estava preocupado em como seria o pós-
cirúrgico para que ela não percebesse, ainda mais que serão dez dias sem
sexo, e não quero mentir para ela.
— Vamos senhor Lira chegou a sua vez. — Ela volta para o meu
irmão. — No máximo de quatro horas ele volta para o quarto, tudo bem? —
Meu irmão apenas concorda e sou levado para a cirurgia.
Entro naquela sala gelada e me sinto tão sozinho agora, queria que
minha mulher estivesse aqui do meu lado me fazendo companhia e me
dando apoio, mas acho que ela não iria aceitar que eu refizesse a cirurgia.
— Bom dia, senhor Lira, vamos iniciar a cirurgia e a sua anestesia
será inalatória, então daqui a pouquinho iremos nos ver novamente. — O
médico falou enquanto me preparavam colocando vários fios me ligando, as
maquinas me monitorando.
Uma mascará foi colocada em meu rosto e um sono começou a bater
forte, sem me deixar alternativa a não ser cair nesse sono, mesmo ouvindo
algumas coisas ao meu redor fui levado para um lugar de sonhos, com
minha mulher e nossos filhos brincando ao nosso redor.
Ver a Vanessa com uma saia justa ao seu corpo deixando as curvas
do seu quadril e suas coxas grossas me fez ficar louco para que a tivesse na
minha mesa, estávamos no meu novo escritório e ela vinha me entregar
alguns relatórios, a puxo pelo pulso e faço com que se sente em meu colo.
Seus olhos azuis tinham um brilho de tesão, passo a minha mão por
sua barriga que guardava mais um fruto do nosso amor, sentir seus
movimentos é algo tão maravilhoso que me sinto o cara, mas sortudo do
mundo.
— Amo você minha colombiana, farei tudo para que você e nossa
família esteja sempre seguro. — Ela sorri e nossos lábios se encostam me
deixando tonto e a imagem fica borrada, uma voz ao fundo me chama.
— Senhor Lira acorde, o procedimento foi um sucesso, consegue
me entender. — Franzo as sobrancelhas e sinto sede.
— Sim, meus peixinhos deixarão a represa... — Continuo de olhos
fechados e algumas risadas surgem.
Me sinto sonolento e sendo carregado ao mesmo tempo, alguns
instantes depois meu irmão falava do meu lado e parecia preocupado.
— Ele vai ficar um pouco confuso, mas é devido à anestesia, em
menos de uma hora ele ficará melhor, a alta já está assinada esperar apenas
ele se sentir bem e estão liberados, aqui estão os concelhos do pós-cirúrgico
é só seguir.
Depois de algum tempo, comecei a sentir que meu corpo estava
ficando livre da anestesia e já estava me sentindo melhor para ir para casa.
— Que horas são Edu? — Ele olha para o relógio e sorri para mim.
— É hora de ir para casa, não tem chance de ir para o escritório
assim teu saco está com pontos e tem que seguir as orientações dos
médicos. — Fico pensando no que posso fazer para despistar a Vanessa
então decido ir para Vegas trabalhar por lá durante a semana assim ela não
perceberá nada.
— Gustavo, acho que vai deixar a mulher irritada com todo esse
segredo. — Ele continua sentado mexendo no controle da TV. — Ignoro o
que ele me diz e peço ajuda para ir para casa e arrumar uma pequena mala.
Fomos primeiro para a casa do meu irmão, e assim que chegamos lá
sabemos o que aconteceu com a Carol, fico preocupado que a minha mulher
resolveu ir ajudar mas usarei como desculpa de não poder me despedir dela,
corro para casa e preparo uma pequena bolsa com roupas e sigo para o
aeroporto, tento alugar um jatinho mas não havia nada disponível naquele
momento então vou em um voo comercial mesmo que parecia lotado.
Mando uma mensagem explicando o porque precisei viajar, espero
ela me responder, mas como meu celular realmente estava ficando sem
bateria deixo para conversar com ela assim que chegasse na minha casa.
Algumas horas depois estou com dor nos pontos, tomo os remédios
da receita e pego um bolsa de gelo para pôs em cima da cirurgia.
— Ah, Vanessa olha o que não faço por nossa família. — Penso em
tomar algo forte, mas mudo de ideia então fico na base do suco de maracujá
mesmo.
Antes de dormir consigo falar com minha mulher, que tinha uma
cara que estava muito irritada.
— Desculpa amor, mas o dia hoje foi cheio de problemas para
resolver, e até agora não consegui nenhuma informação sobre a Eva, fiquei
preso em uma reunião mais de quatro horas e precisei vir as pressas para
Vegas, desculpe querida. — Acho que consegui convencer ela, parecia
preocupada.
— Tudo bem, mas não deixe de pelo menos me dar notícias, fiquei
aflita e se não fosse devido aos problemas aqui com a Carol ia amanhã ficar
aí com você. — Um pequeno sorriso aparece nela, sei que consegui
convencer ela sobre a minha vinda.
Ela me conta tudo o que aconteceu hoje com a Carol na casa dela,
sei que ela não conseguirá enfrentar tudo sozinha sem o apoio do Bruno,
assim como ela foi o motivo de toda a reviravolta na sua vida, ele é o esteio
dela também.
No fim das contas consegui ficar aqui em Vegas pelos dias até que
os pontos tivesse caído e a Vanessa em Miami, ela decidiu fazer a extensão
dos seus estudos para poder trabalhar com o que ela se preparou para ser, e
estarei na primeira fila com nosso filho no colo aplaudindo a conquista dela.
Descobrimos onde a Eva estava se escondendo, e farei uma
surpresinha aparecendo na porta dela ainda essa semana.
C hegamos a um lugar bem distante
de casa, e me surpreendi em como
o nome da Carol pode facilitar as
coisas, ela ligou para um tal de Carter e ele conseguiu para que ela
resolvesse o seu pequeno problema nessa pequena fazenda.
Estávamos apenas nós quatro, mas era o suficiente para que os
seguranças do Liam tivessem medo dela, eles mantinham uma fisionomia
de que não acreditavam no que ela falava, mas eu realmente estava com
medo, já presencie homens sendo mortos a muitos anos as torturas então
foram tantas que perdi as contas, meu pai Pablo tinha uma técnica própria
para conseguir as informações que ele queria.
Jorge estava preocupado por ser apenas ele e o Hassan para no
proteger, eu o via preocupado fumando um cigarro atrás do outro e às vezes
deixa seus pensamentos saírem.
— Hassan o chefe vai me matar por deixar a patroa se meter com
isso. — Carol olha para ele com uma cara um tanto que divertida.
— Vanessa, vamos lá tirar algumas informações desses homens ali.
— Deixamos nossos seguranças cuidando do Liam e chegamos perto dos
homens que ele havia levado.
— Não sei porque está fazendo todo esse teatro Suíça, não pode
matar eles ou vai iniciar uma guerra e acho que não é isso que você quer. —
Ela vira em direção do homem que estava de joelho com as mãos para trás
estreita os olhos e dando um sorrisinho de canto de boca.
Vejo ela caminha até o Hassan estica a mão, ele entrega a arma para
ela que verifica a quantidade de munição.
— Tenho seis munições aqui, e você tem cinco seguranças ali vou
deixar um vivo aquele que me falar o que precisa ser dito então não me
desafie. — Ela tinha se abaixado para falar com ele, se vira e vai até a
direção dos homens que estavam um pouco, mas longe, ela começa a passar
o cano da pistola na cara deles e apenas ouço o som oco do tiro na testa de
um dele que cai para trás.
A surpresa de todos eles é muito evidentes, até mesmo o Liam fica
de boca aberta enquanto olhava para o homem, que estava caído no chão, eu
me mantenho sem expressão acho que ela deve matar todos eles pela
ousadia de entrar na sua casa e apontar uma arma para ela.
— Sabe Liam, meu sogro sempre me deu carta branca para fazer o
que bem entendesse com quem quer que nos fizesse mal. — Ela vem
andando devagar, para na mesinha que os nossos homens prepararam aqui
nesse celeiro, tinha de tudo armas, equipamentos para choques mais o que
mas gostei foram as facas tinha uma mais bonita que a outra, e várias
toalhas.
Ela pegou uma toalha e começou a limpar o seu rosto que respingou
sangue, os outros homens que estavam até então calados começaram a
sussurrar um com os outros, Carol virou para eles e encostou seu dedo no
lábio pedindo silêncio.
— Uns anos atrás minha filha escapou de um sequestro na escola,
por muito azar eu não consegui pegar o desgraçado. — Vejo que ele fica
meio pálido enquanto ela fala com ele e um sorriso brota em seus lábios.
— Tenho uma boa memória sabe Vanessa, quando precisei deixar a
sua cunhada cuidando da minha filha eu estava em Oregon porque a Joyce
conseguiu uma pista de que o tal sequestrador estava lá. — Ela ria para
mim, e deixei que ela apenas contasse tudo o que precisava.
— Fui parar em uma boate me sentei com meu segurança e pedimos
alguns drinques, quando um homem se sentou ao meu lado e começou a me
xavecar, mas quando me virei para dar atenção a pessoa ele me reconheceu
e se afastou. — Ela se virou em direção aos quatro que estavam escutando a
história.
— Então começou uma perseguição, aquele ali quase me acertou ele
matou dois dos meus homens e por causa dele consegui uma cicatriz em
minha coxa, mas toda essa história é para você entender que agora eu sei
que a tentativa do sequestro da Laís veio de você, só quero saber o porquê?
— Ele cospe aos seus pés. — Ela apenas olha para o Hassan que bate nele
até que o sangue comece a escorrer.
— Ele não é o mandante. — Um dos seguranças intervém pelo seu
chefe, olho para a Carol e vou até a mesa, escolho uma pequena faca e me
aproximo do homem que falou e vou arrastando uma cadeira, me sento na
sua frente.
— Quem é o mandante então? — Pergunto dele, com a minha
melhor cara de assassina.
— Acha que tenho medo de você, uma mulher qualquer que ainda
por cima é espancada pelo marido e está com gesso. — Olho para a Carol e
sorrio de volta para o homem sem conhecimento.
— Caso não saiba sou Yolanda Carrillo e o que ela faz ali, eu
aprendi a muito mais tempo. — Viro o punhal na mão e cravo no ombro
dele que grita com a dor. — Vou perguntar, mais uma vez, quem é o
mandante?
— Vadia, desgraçada. — Torci a faca no ombro do idiota. — Não
faço ideia de quem seja o mandante. — Ele falou ofegante, levanto e deixo
a faca lá para que ele se lembre do meu nome.
— Vamos lá rapazes, acho que já perceberam que não vim aqui para
olhar o show que a minha amiga dará, de uma forma ou outra
conseguiremos as informações que precisamos e será, mas fácil se vocês
colaborarem. — Eles se entreolharam, mas o chefe deles falou mais alto.
— Ela vai matar vocês de qualquer maneira, então não falem. —
Hassan se aproxima e soca ele mais algumas vezes.
— Isso é verdade, mataremos todos vocês, mas talvez se falarem a
verdade consigam uma vaguinha no céu. — Carol fala com sarcasmo, ela
está muito irritada pelo que aconteceu na sua casa e principalmente por
perceber agora quem tentou sequestrar a sua filha.
Saímos do celeiro e deixamos que os nossos seguranças se divirtam
um pouco, até porque não iriamos conseguir tirar nada deles agora, ficamos
por um bom tempo sentadas olhando para o tamanho da fazenda, e pergunto
dela como conseguiu tão fácil.
— O dono da propriedade é o Don de Nova York, o Henrique ele
entrou no nosso mundo de paraquedas e para piorar o pai dele era um
homem cheio de ambição, não respeitava as regras, fez tudo para conseguir
o cargo. — Ela respira fundo. — Mas meu marido e meu amigo Alex
conseguiram matar ele no Caribe uns anos atrás, acho que você deve se
lembrar da situação que o Edu precisou proteger a mulher e a filha, foi
nessa época.
— Eu lembro dessa confusão sim, mas confia nele Carol, nesse
menino. — Ela me olha e apenas nega com a cabeça.
— Teve uma época que cogitei a ideia de que ele pudesse se casar
com a minha filha, mas ele esta sendo treinado pelo Charles, é um homem
sem escrúpulos e agora tenho medo que ele possa fazer algo com a minha
filha, mas infelizmente ele faz parte da nossa organização. — Ela suspira
com uma certa tristeza.
— O que houve, por que essa tristeza. — Ela se vira completamente
para mim e percebo que ela vai se abrir.
— Estou com saudades do Bruno, nessa hora ele estaria lá
ensinando o Liam em não me propor coisas, e sem contar que ele me avisou
que tinha certeza que o Liam tinha algo haver com tudo isso. — A puxo
para um abraço e percebo que seus olhos estão marejados.
— Converse com o Bruno, você está emagrecendo muito Carol e
estamos preocupados com essa sua falta de apetite, imagina se ficar doente
justo aqui sozinha sem ele para cuidar de você. — Ela começa a gargalhar.
— Se estou assim a culpa é dele, tudo é culpa dele. — Estreito meus
olhos, para como ela fala.
— Carol você está... — Somos interrompidos pelo Jorge que se
aproxima e disse que não conseguiram muita coisa, apenas que o mandante
já estava morto.
— Vamos lá então. — Voltamos para o celeiro, e os seguranças
estavam jogados no chão quase desfalecidos.
— Vamos lá Liam, está na hora de você me falar alguma coisa. —
Carol fala para ele, e pede para que ele seja pendurado pelos pulsos.
Ela retira a roupa dele, deixando apenas de cueca e começa a fazer a
tortura que ela gosta, faz pequenos cortes por vários lugares, ele se debate e
geme de dor, mas por fim ele fala que o mandante é o tal de James, Carol
fica frustrada e decide acabar com tudo isso.
— Hassan pode matar todos e tocar fogo nos corpos, precisamos
voltar para casa as crianças estão para chegar da escola. — Lembro do meu
filho que deixei aos cuidados da tia, ela vai me matar e ainda tem a
preocupação com a falta de contato do meu Forbes.
Depois de algum tempo estávamos de volta aos carros indo em
direção a nossa casa, chamo a Carol para comer a torta que fiz e deixei na
casa da Bia, chegamos lá e me surpreendo em ver o Edu todo cheio de
graças para meu lado.
— Fala logo Edu o que houve? — Fico preocupada porque ainda
não consegui falar com o irmão incomunicável dele.
— Nada mulher, apenas que vai ganhar algumas fichas novas no
pôquer. — Começo a rir da brincadeira dele, mas imagino que seja por que
meu lindo noivo tenha ido para Vegas.
— Se for isso não tem problema, mas que ele atenda o telefone ou
darei um chute no meio das pernas e com o gesso. — Todos começam a rir,
pego meu filho e dou um cheirinho nele, enquanto observo a Carol olhando
para o celular com uma carinha de dúvida, me aproximo dela e vejo ela
suspirar e guarda o celular.
— Liga, deixa de ter medo, por anos eu vivi assim e privei o
Gustavo de curtir a melhor fase das nossas vidas a Gravidez. — Olho para
ela, deixando que ela perceba que já sei o seu segredo, ela apenas me
abraça.
Depois que falo com o meu marido fico até mais tranquila que esteja
tudo bem, infelizmente ele precisou ficar mais dias por lá, mas nos falamos
todos os dias, quando considerei em ir para Vegas, o Edu conseguiu o
contato para que iniciasse a extensão para trabalhar como advogada com ele
e meu antigo chefe Augusto.
Estava indo fazer minha inscrição, quando uma mulher com um
carrinho estava atrapalhada para sair pela porta do prédio que iria entrar, e
tenho a agradável surpresa quando olho para a pessoa, era a Eva com um
bebê todo enroladinho em uma manta.
— Precisamos conversar. — Ela não vai fugir de mim.
F inalmente poderei voltar para
casa, meu médico liberou que
fizesse relações sexuais, mas nada
de estripulias, os pontos foram retirados ontem, o que minha linda noiva
não sabe é que já voltei para Miami, não consegui ficar longe por muito
tempo.
Mas durante o tempo que fiquei em Vegas consegui concluir tudo
para que fizesse a mudança para a nova sede na nova cidade, convidei a
minha assistente para que ela pudesse vir e se manter sendo minha
funcionária, mas leal, e graças a Deus ela aceitou e me prontifiquei em
comprar um apartamento para ela, já que ela aceitou mudar toda a sua vida.
Depois de alguns dias ela conseguiu encontrar a Eva, e pelo que ela
descobriu hoje ela tem consulta com o seu filho e será hoje que a pego no
pulo do gato, e assim que descobrir tudo vou para casa para matar a saudade
da minha mulher que a cada dia sei que de medrosa ela nunca teve nada, na
verdade, ela é a mulher mais forte e corajosa que já conheci.
— Chefe, o detetive acabou de me avisar que ela já saiu de casa e
está indo para onde fica o consultório da pediatra. — Olho para minha
assistente que estava na frente da minha mesa.
Já havíamos mobiliado o meu novo escritório, faltava ainda os
diversos setores da empresa, mais em poucos dias tudo estará pronto para
receber os meus novos colaboradores e os que aceitaram vir para a sede.
Minha maior surpresa foi ver que o Luigi engatou um romance com
a Liza, e pelo pude ver eles estão muito felizes com o está acontecendo
entre eles, até mesmo o pai turrão dele a aceitou, Liza tem um jeito de falar
o que pensa e se for uma ofensa sai tão doce da sua boca que nem
percebemos, me diverti muito com eles e os convidei para passar alguns
dias aqui e conhecerem a Vanessa.
Arrumo o que precisava e vou para a garagem onde agora meu
motorista me esperava para que possamos ir onde à Eva estava, esse ponto
de interrogação está na hora de deixar de existir ou então apenas se resolver.
Uns dias atrás o meu sogro me ligou, parecia estar preocupado ao
que intendi, ele sofreu uma emboscada, mas conseguiu escapar ainda bem,
e me comprometi em parar de querer viver como o bilionário despojado,
pedi para a minha assistente que fizessem as contratações, então reforcei a
segurança da minha casa e contratei motoristas e seguranças especializados.
Finalmente chegamos ao prédio em questão, e não me passa
despercebido que o lugar onde a Vanessa deveria vir fazer a extensão da
faculdade dela, ela me disse que viria amanhã e estarei aqui com ela para
apoiar ela em mais uma conquista.
Me sento em uma das várias poltronas no saguão esperando por ela
descer, porque não faço ideia de qual andar ela estaria com o filho, fico
imaginando se esse bebê for meu como será por que tenho certeza que ela
não me quer por perto, principalmente por ela fugir daquela forma da
emergência.
Aguardo por mais ou menos uma hora e a vejo saindo dos
elevadores empurrando um carrinho com uma mantinha protegendo-o, me
levanto e vou andando de vagar para que ela chegue na rua.
Depois que ela passa pela porta percebo que a minha mulher estava
lá impedindo que ela saísse fugindo outra vez, mas quando a Vanessa me
ver chegando pela costa da Eva seu rosto ganha um tom de vermelho que
me faz acreditar que acabei de ganhar uma passagem para o inferno, dou
um sorrisinho amarelo para ela que apenas estreitas os olhos.
— Surpresa amor? — Puta merda, estou muito ferrado, Eva olha
para mim também surpresa, mas tinha algo mais no seu olhar.
— O que acham que estão fazendo, estão me seguindo agora? —
Eva fala com uma certa indignação.
Dou a volta e ponho a mão na base da coluna da minha mulher que
tenta se esquivar, mas seguro firme para que ela não saia do meu lado, onde
é o lugar dela.
— Estamos interessados em saber se esse bebê é meu ou não. — A
respondo com um tom seco. — Mas prefiro ter essa conversa em algum
lugar, mas reservado que no meio da rua onde todos estão nos vendo.
Ela olha para os lados e percebe que estamos chamando atenção, ela
suspira resignada e aceita minha oferta, seguro na mão da minha mulher
que se manteve calada até agora e indico o caminho, tem um parque logo ali
na frente e acho que será melhor lá do que em algum restaurante.
— Tudo bem, vamos logo acabar com tudo isso, assim posso viver a
minha vida sem me preocupar que apareça na minha porta ou no meu
consultório. — Ela sai empurrando o carrinho na nossa frente e ajudo a
Vanessa a andar com a perna ainda engessada, Jorge vinha logo atrás da
gente.
— Quando você chegou aqui? — Ela me pergunta baixinho e sinto
um beliscão na minha cintura.
— Aí amor, doe quando me aperta assim. — Dou um beijo em seu
ombro e seguro na sua mão. — Cheguei tem poucas horas, mas passei
primeiro no escritório e recebi a notícia que ela estava aqui, não fazia ideia
que você estava vindo. — Não conto a verdade por que ainda não sou
louco.
Depois de uma pequena caminhada chegamos no parque e
procuramos por algum lugar para nos sentar, Eva vai andando devagar com
o carrinho e quando chegamos aos bancos ajudo a Vanessa a se sentar com
aquele gesso que tiraremos hoje, finalmente.
— Me conte a verdade, Eva ele é meu filho? — Ela tira a manta que
cobria o carrinho e pega o bebê com cuidado e nos mostra.
É uma criança linda, bem cabeludinho e se parece muito comigo,
isso chama bastante minha atenção, sinto uma pressão na minha perna com
certeza a Vanessa também deve estar pensando no mesmo que eu agora.
Como é possível que seja meu.
— Vou contar para você, mas não me interrompa e assim que
terminar vou me levantar e irei embora. — Franzo as sobrancelhas e a deixo
falar.
— Amei você de todo o meu coração, sabia que estava no fundo do
posso e entendia seus motivos, sabia que só me chamava quando a sua
razão estava envolta nas porcarias que usava, quero acreditar que
finalmente esteja livre de tudo aqui, merece ser feliz Gustavo o amo
suficiente para que deseje que seja feliz mesmo que, seja com outra mulher.
— Olho para a Vanessa que se mantém concentrada no que ela está
contando e principalmente no bebê em seu colo.
— Foi muito difícil para mim ter que aceitar que não me queria para
algo mais que apenas algumas rodadas de seco, não conseguia aceitar que
amasse esse fantasma que eu via que atormentava suas noites a cada dia
enquanto eu estava ali, disposta a te dar o que precisava. — Lembro de
várias noites que eu transava com ela e gemia pelo nome da Vanessa.
— Depois que sai da sua vida resolvi mudar radicalmente de vida,
como tenho parentes que moram aqui, perguntei se poderia ficar por um
tempo, e aqui estou eu nessa cidade diferente. — Ela interrompe seus
pensamentos enquanto pega uma mamadeira e põe na boca do bebê.
— Continuava triste, então tomei uma decisão louca e não me
arrependo do que fiz, marquei uma consulta com um especialista em
fertilização in vitro, entreguei uma foto sua e disse que queria um bebê com
as suas características físicas, e em poucos dias estava lá para ser
fertilizada. — Ela beija a bochecha do pequeno no seu colo e se vira mais
uma vez para mim e minha noiva.
— Ele não é seu filho Gustavo, mesmo que eu desejasse muito, caso
não acredite podemos fazer um exame de DNA para que você não tenha
dúvida sobre o que acabei de te falar, não me arrependo nenhum pouco das
escolhas que fiz para a minha vida. — Ela o põe no carrinho outra vez e o
cobre com a mantinha.
— Peço perdão se as minhas atitudes fizeram que vocês pensassem
que meu filho fosse seu, na hora não pensei e fiquei envergonhada de
explicar o que havia acontecido, mas com o passar dos dias pensei em tudo
o que aconteceu e decidi esperar para que aparecesse na minha porta e
pudesse explicar, mas uma vez peço perdão agora preciso ir, já ficamos
muito tempo na rua.
Ela se levanta, sorri em nossa direção e sai caminhando em direção
a saída do parque, não sei o que pensar sobre tudo o que ouvimos, mas
mesmo assim pedirei para que a minha assistente marque um DNA para que
não tenha nenhuma dúvida de nada, enquanto penso sobre isso uma mulher
brava se vira na minha direção.
— Quer dizer que chegou essa manhã, certo? — Ela estreita os
olhos, ela sabe que estou mentindo, mas apenas confirmo com a cabeça.
— Amor, você não devia apenas vir amanhã para fazer a sua
matrícula. — Tento desconversar e um sorriso aparece.
— Sim, mas posso fazer isso amanhã, tive uma ideia que tal me
levar para a emergência para retirarmos esse gesso. — A safada sorri e sinto
a sua mão apertando minha coxa, enquanto ela morde seu lábio a deixando
sexy.
— Cadê nosso filho, meu amor? — Estou morto de saudade, mas
quero matar a saudade dela primeiro e se nossa casa ficar só para gente hoje
seria ótimo.
— Na sua mãe, o que tem em mente? — Ela me pergunta se
empolgando com as minhas ideias.
— Estamos a quase dez dias longe, quero matar as saudades
querida. — Ela começa a gargalhar enquanto eu a ajudo a se levantar e
vamos em direção ao carro para retirar esse maldito gesso.
Finalmente depois do tempo que ficamos presos na emergência, ela
tirou o gesso e o médico passou algumas recomendações e tentarei seguir
cada uma delas depois de amanhã, primeiro usarei esse corpo livre todinho
meu, chegamos na casa e ainda estava irritado com o enfermeiro que ficou
alisando a perna dela, aquele vestido que ela estava achei muito curto.
Levanto ela no colo e vou com ela em direção ao nosso quarto e a
coloquei na nossa cama, ela ria se divertido da minha atitude, assim que a
coloquei sentada na cama comecei a tira a minha roupa, e para não ter mais
raiva como tive hoje acabei rasgando o maldito vestido.
— Forbes, eu gostava desse. — Ela olhava para os pedaços do
vestido que estavam no chão.
— Pegue o meu cartão e compre quantos quiser, com tanto que seja
abaixo do joelho querida. — Olho para seus seios que estão cheios, ela
usava uma calcinha pequena de renda preta, hoje ela não me escapa.
Ela me empurra na cama, caio sentado e puxo ela para o meu colo
que vem de bom grado me beijando.
— Tenho uma ideia, amor espera aqui. — Ela sai de cima de mim
em pouco tempo ela volta com um par de algemas na mão, começo a rir.
— Me diz que dessa vez as chaves estão com você? — A safada ri e
mostra as chaves, é hoje que me perco nessa mulher.
M inha surpresa foi enorme
quando vi o Gustavo sair pela
porta giratória assim que
abordei a Eva com o carrinho do bebê dela, e ficou tão assustada quanto
fiquei olhando para ele que também a surpreendeu.
Mas que diabos ele está fazendo aqui, não deveria estar em Vegas
ganhando algumas fichas, porque era isso que o irmão dele e a Rosy
estavam me dizendo sempre que perguntava ou ligava sobre ele.
Enquanto vamos indo para o parque ele me dá a sua explicação, mas
não consigo acreditar nisso, sei que ele está aprontando alguma coisa e
descobrirei de uma forma de outra e sei como farei isso, sinto muito
querido, mas hoje ensinarei uma lição para você.
Enfim, conseguimos ouvir toda a história da Eva, e me sinto
péssima com isso, não consigo me imaginar criando um filho do cara que
amo, mas que não, não tem vinculo algum com essa criança.
Antes ela tivesse roubado o sêmen dele e ter feito realmente um
filho, mas como ele tem vasectomia, duvido que ela conseguiria gerar um
filho do Gustavo, mas, no fundo, sinto pena dela por isso, porque amar e
não ser correspondida deve ser horrível.
Tive sorte de encontrar um homem que me ama acima de tudo, que
me perdoou por tudo o que fiz ele passar e principalmente por não ter
deixado que ele participasse dos primeiros momentos do nosso filho.
Caso de alguma forma essa criança fosse dele, jamais que impediria
o convívio deles três, até porque é um vínculo que deve ser mantido e
estimulado, caso fosse necessário, mas graças a Deus não é.
Fomos para a emergência para retirar o gesso, enquanto esperamos a
nossa vez tentei tirar dele as informações de como foi durante esses quase
dez dias lá em Vegas, porque estou começando a pensar que ele mentiu para
mim e descobrirei por que ele fez isso, ou não me chamo Vanessa Carrillo.
— Forbes, conseguiu fazer a reestruturação que havia dito que
estava tentando fazer querido? — Ele mantinha o seu olhar focado em uma
revista sobre jardinagem e apenas concordou com a cabeça, estreito os
olhos e antes que faça outra pergunta somos chamados.
Ele me ajuda a levantar e vamos em direção a pequena sala para
retirar o gesso, um homem que tinha a altura do meu lindo noivo e faria
raiva para ele seria aqui.
— Pode se sentar aí, querido, o enfermeiro me ajuda a me sentar na
maca, não é mesmo rapaz? — Olho para o enfermeiro que deve ter
percebido a minha intenção e apenas concorda com a cabeça.
Sinto ele passar a mão pela minha cintura e me coloca sentada na
maca, e meu vestido soube alguns centímetros deixando minha coxa
amostra, e quando o moço precisou levantar, mas o meu vestido, vejo um
Gustavo furioso se levantando de onde estava e se colocando ao meu lado e
tirou a mão do homem de onde estava, quis rir, mas podia piorar a situação.
— Gustavo, que isso não vê que ele está apenas fazendo o serviço
dele, peça desculpas. — Ele me olha com uma carinha que não acredita que
acabei de falar para ele, mas se ele pensa que vai mentir assim para mim
está muito enganado, ele olha novamente para o enfermeiro.
— Se tocar na pele outra vez, como acabou de fazer, pode ter
certeza que cortarei a sua mão com essa tesoura que tem nas suas mãos. —
O enfermeiro fica branco com a ameaça, decido não fazer, mas ciúme, mas
sei bem o que vou fazer.
Ouvimos todas as recomendações médicas para que não seja preciso
voltar para o gesso tão cedo e cumprirei as recomendações à risca.
Chegamos a casa e minha sogra já tinha vindo aqui e dispensado os
funcionários e pelo visto o Gui só voltaria amanha de manhã, Gustavo me
leva em seus braços para nosso quarto e não consigo disfarçar a vontade de
que ele me faça sua sem impedimentos, mas ele primeiro vai me contar a
verdade do que aconteceu durante essa semana.
Assim que o deixo sentado na cama e vou até o closet, procuro pelo
minhas comprinhas para quando ele voltasse, porque conheço o homem
tarado que tenho e ama esse lado dele de Mr. Grey, volto segurando as
algemas e deixo as chaves na cômoda de frete da cama para que ele possa
ver.
— Dessa vez meu amor é você que vai ficar aí preso enquanto
danço para você. — Seus olhos brilham com a excitação do que prometi. —
Tire tudo, quero você livre para mim. — Continuo olhando em seus olhos e
ele retira o que faltava e revela que já tinha uma ereção.
Como também estou sem calcinha faço questão de me esfregar nele
enquanto subo na cama para prender ele na cabeceira, nossos lábios e
carinho mostra o quanto estamos com saudade, eu amo quando ele começa
a me beijar pelo meu queixo e suga a lóbulo da minha orelha.
— Vamos querido, quero me arrumar para você, me dê o seu pulso.
— Ele estica o braço e o prendo na cama se deixar apertado e repito o
mesmo processo com o outro, dou um beijo um pouco mais demorado e
rebolo em cima da sua ereção deixando que o contato o maltrate um
pouquinho, ouço o seu gemido e me sinto bastante satisfeita como consigo
enlouquecer ele.
— Tudo bem, vai e não demora, quero ver você dançar. — Apenas
sorrio para ele e saio de cima do seu corpo, e antes de entrar no nosso
banheiro resolvo tomar um banho para ficar cheirosa, hidrato a pele e
escolho a minha menor calcinha de renda e pego o meu Ricardão, porque
duvido que ele não me diga a verdade quando perceber o que decidi fazer,
pego meu robe preto transparente com vários peixes japoneses e na altura
da minha coxa deixando minha bunda praticamente amostra.
Entro no quarto apenas com o Ricardão na mão, o sorriso dele morre
quando ele percebe o que tenho na mão, e tenta se levantar da cama, viro de
costa para ele enquanto ligo o som e coloco uma música sexy para tocar.
Retiro o palito que estava prendendo meu cabelo, caindo em cascata
pela minha costa, solto meu robe e deixo cair no chão e rebolo ao só da
música que estava me deixando excitada, começo a tocar meu corpo para
que ele perceba que também estou gostando do que estou fazendo, quando
minha mão vai para o Ricardão, ouço seu protesto.
— Nem pense nisso querida, se vire e olhe para ver como estou
esperando por você. — Olho por cima do ombro e vou andando até a
poltrona que tem ao lado e resolvo puxar ela para frente da cama, quando
ela já estava na posição que eu queria, começo a dançar para ele ficar mais
excitado ainda.
Quando me canso resolvo me sentar e ligo me Ricardão e olho para
meu querido noivo que tinha uma ereção tão grande que podia ver ele
pulsando, sabia que assim que eu sentasse nele ele iria gozar, mas agora
quero informações e homem assim não pensa, ele me olha desconfiado
quando abro as pernas e mostro para ele a minha intenção.
— Querida, não precisa disso, vem senta aqui meu amor, estou com
saudades, vem cá colombiana. — Nego com a cabeça.
— Quero a verdade Gustavo, o que foi fazer em Vegas? — Vejo ele
mudar de cor, e engolia a seco, me provando que ele fez algo que não quer
que eu saiba.
— Que verdade, não menti para você, meu amor. — Volto a abrir as
pernas e deixo que o meu Ricardão faça o serviço dele, mas antes que eu
goze paro.
— Cada mentira sua usarei ele, OK? — Ele nega com a cabeça. —
Porque foi a Vegas? — Ele olha para as algemas com um certo desespero.
— Meu amor, não estou mentindo… — Nem o deixo terminar e
volto a sentir as vibrações no meu clitóris, e novamente antes do meu
orgasmo eu paro. — Tudo bem, falo, mas pare com isso, seu prazer é meu e
não desse troço de pilha aí. — Seu rosto era de fúria, mantenho ele ligado e
olho para o meu noivo que parece frustrado.
— Me solte e conversaremos tudo bem? — Nego com a cabeça por
que sei que assim que o soltar ele não vai me contar.
— Pode começar a falar ou te deixo aí preso a noite inteira e seu
saco ficará roxo, por excesso de tesão. — Ele sorri de canto e aproximo o
vibrador da minha intimidade.
— Fiz a cirurgia para desfazer a vasectomia, por isso viajei não
queria que descobrisse ainda. — Fico em choque com o que ele fala.
Me levanto da poltrona, pego as chaves para soltar ele e conversar
sobre esse assunto, vou engatinhando em cima dele e o solto, enquanto ele
me enlaça entre seus braços.
— Gustavo, esse tipo de coisa precisamos conversar meu amor, não
pode ser algo que realiza assim sem falar com ninguém. — Não quero nem
imaginar e se algo tivesse dado errado.
— Não pensei por esse lado, mas não queria te contar por que nem é
certeza que voltei a ser fértil, o médico disse para fazer um espermograma
daqui a uns dias, fui para longe por que tinha que manter sem relações e
perto de você não consigo. — Seguro em seu rosto e apenas o beijo com
carinho e demonstro a ele o quanto o amo.
— Obrigada, amor, por estar fazendo isso por nossa família. — O
sorriso dele fica maior e começa a me beijar meu pescoço e as coisas
voltam a esquentar novamente, e sem perder tempo me encaixo nele e solto
um gemido alto de prazer, porque estava bem próximo de chegar meu
orgasmo.
Ele segura meu rosto, olhando fixo em meus olhos.
— Me perdoe, devia ter perguntado antes. — Mexo um pouco mais
rápido em sua extensão.
— Quero muito filhos com você Forbes, agora me fode e me faça
sua sem nada para nos impeça.
Ele apenas sorriu quando me ouvi e nos girou na cama para me
penetrar com vontade entrando e saindo, segurou em meus pulsos enquanto
sugava seus seios que estavam empinados para que ele os tocasse, fecho os
olhos e fico sentindo o que ele me oferece, abro os olhos quando sinto que
meu orgasmo estava a ponto de explodir em volta da sua ereção.
— Gusta, forte estou perto… — Inclino a minha cabeça para trás e
me deixo ser transportada para o lugar aonde vamos quando relaxamos após
um orgasmo.
Ele continua se mexendo, a procura do seu prazer e me deixando
desejosa mais ainda por ele, que percebe que meu tesão está voltando, então
ele me põe de quatro mais por fim me leva para a poltrona e nos vira para o
espelho de corpo todo, que temos no quarto.
— Senta aqui amor, sei que está louca para rebolar em mim. — Fico
sorrindo para ele e me sento de costa para o seu peito nos encaixando. —
Porra de mulher gostosa.
Enquanto subo e desço conforme o ritmo que ele determina sinto
outro orgasmo se aproximando, ele conhece meu corpo e sinto apenas ele
puxando meu corpo para mais perto do dele e massageando meu clitóris.
— Goze querida, porque agora é a minha vez, meu amor. — Meu
orgasmo vem forte, fazendo que aperte os braços da poltrona, me deixando
franca e com os pensamentos aéreos.
Meu homem, Forbes, chega ao seu ápice e encosta a sua cabeça na
minha costa e recuperamos o nosso folego, mas a gargalhada dele rompe o
silêncio do nosso quarto.
— Apenas comecei minha colombiana, vem para o chuveiro para
inicia o segundo round. — Eita, que vou ver o sol nascer hoje, mas serei
feliz.
M al dormir e me levanto para
preparar o café da minha linda
morena que depois de um
tempo implorou para que a deixasse dormir, mostrei para ela que não
precisa daquele vibrador, sou mais que suficiente para dar o que ela precisa.
Aproveitei que estava descendo, peguei o maldito vibrador e o
enrolei em uma toalha, iria jogar ele na lixeira lá fora, quero ver ela achar
essa porcaria agora, antes de sair do quarto confiro para ver se ela realmente
está dormindo, beijo sua bochecha e ela nem se mexe.
No andar de baixo estava satisfeito vendo o caminhão de lixo
levando aquele objeto proibido para longe da minha mulher, com um
sorriso satisfeito volta a minha atenção para as panquecas que estava
preparando.
Arrumo tudo em uma bandeja e sigo para o nosso quarto para
acorda minha colombiana, quero pegar meu pequeno, estou com saudades
dele.
Nunca imaginei que em tão pouco tempo aquele garotinho me teria
em suas mãos, e o vejo a cada dia amadurecendo e aceitando a sua nova
rotina, tenho que conversar ainda com a Vanessa como faremos em questão
a certidão dele, que tem apenas o nome dela e o sobrenome Díaz.
Sei que meu sogro ficaria muito orgulhoso se ela aceitar em usar
Carrillo, mas acredito que só ficarei tranquilo se ele puder nos garantir que
não terá perigo para eles.
Entro no quarto devagar, ela ainda está dormindo, mas sei que ela já
acordou, seu celular está no travesseiro, coloco a bandeja na mesa e vou até
onde seu pescoço estava exposto, um gemido baixinho escapa por seus
lábios.
— Bom dia, meu amor, preciso que acorde. — Ela franziu a sua
sobrancelha e puxa a coberta para o seu rosto.
— É cedo, Gustavo, o que precisa ser tão cedo assim? — Puxo a
coberta e beijo a pontinha do seu nariz.
— Nosso filho, é muito novo para dormir fora de casa. — Ela
arregala os olhos e olha lá para fora.
— Que horas tem, céus ele deve estar dando trabalho para a sua
mãe. — Percebo o quanto ela fica agitada, decido me sentar ao seu lado na
cama.
— Não precisa ficar agitada assim, sei que ele deve estar dando o
trabalho que a minha mãe adora. — Seguro ela entre meus braços, puxando
para o meu coloco e seus seios ficam a mostra.
— Se ficar fazendo isso, não sairemos desse quarto e ainda estou
cansada. — Mesmo não vendo o seu rosto consigo imagina ela fazendo uma
careta de cansada, melhor parar já que estou me excitando.
— Tudo bem, então tomamos o café e daqui a pouco vamos lá pegar
nosso herdeiro. — O que me faz lembrar. — Querida, quero dar meu
sobrenome ao nosso filho, mas precisamos resolver como será o seu nome.
Ela fica uma pouco mais tranquila nos meus braços enquanto faço
um carinho nela.
— Será que não teremos problema com isso, sei que se você quiser
tudo se resolve em menos de uma semana. — Há isso sem dúvida alguma.

— Você precisa decidir como quer se chamar e pedimos para que


seu pai venha para poder fazer o seu reconhecimento, acerto tudo com ele e
meu irmão.
Deixo ela absorver tudo e fazer a sua escolha com calma, não que
pressionar ela em relação a isso.
Levanto da cama e pego o roupão, que estava caído no chão para
que ela possa tomar o nosso café, e ajudo ela a vestir ele e beijo seu ombo
antes de cobrir ele, tomamos nosso café e vejo que ela está pensando sobre
o que falei, e deixarei ela ir no seu tempo.
Depois que nos arrumamos, vamos para a cozinha e nossos
funcionários já estavam por lá ocupados com seus afazeres, Vanessa avisa
que não almoçaremos em casa e seguimos para a casa dos meus pais.
Mas mal havíamos saído de casa, ela pede para voltar em casa e me
assusto.
— O que houve meu amor, esqueceu alguma coisa? — Olho para
sua perna e vejo que ela estava segurando a mochilinha do Guilherme.
— Esqueci de guardar o Ricardão, quando forem limpar o quarto
vão ver ele lá na poltrona. — Agora estou ferrado.
— Então querida, joguei aquela monstruosidade fora. — Falo rindo
para ela e volto a dirigir para a casa da minha mãe.
— Como você pode jogar meu Ricardão, ele é meu amigo a tanto
anos, enquanto você estava lá se divertindo com várias…
Olho para ela e sua cara é de pura fúria e com seus braços cruzados
na minha direção, e estava achando engraçado, mas seguro o riso.
— Meu amor, jamais que deixarei fazer novamente o que fez ontem
na minha frente, estou aqui e não precisa daquele treco de pilha, ele nem te
chupa como faço em você. — Tento apaziguar a situação para não chegar
na casa dos meus pais com ela e essa tromba linda.
— Tudo bem, amor. — Vixi, estou ferrado agora, melhor para o
carro.
— Minha rainha, olhe para mim. — Ela se vira de frente para mim e
sei que ela está muito irritada. — Desculpa se jogue, mas tenho ciume
daquele treco, se quiser compramos uma duzia para usarmos.
Um brilho em seus olhos denunciam a sua excitação, puxo ela pelo
queixo para ficarmos mais próximos.
— Excitada minha colombiana. — Ela passa a língua pelos seus
lábios e a única coisa que faço e beijar seus lábios como gosto.
Interrompo o nosso beijo antes que sejamos denunciados pelos
vizinhos da minha mãe.
— Cobrarei Forbes, pode ter certeza sobre isso. — Ela volta a rir e a
vejo apertando as coxas, coloco a mão para deixar ela, mas calma e
chegamos na casa dos meus pais.
Abro porta para que ela possa descer e somos recebidos pela Helena
que vem correndo em nossa direção seguidos pelo irmão e meu filho que
nem liga para a mãe que se abaixou para agarrar ele e veio direto para o
meu colo.
— Já chegaram, pensei que viesse apenas no período da tarde. —
Minha mãe se aproxima e a beijo, e em seguida minha mulher abraça e a
beija.
— Bom dia, Leticia, esse garotinho deu muito trabalho? — Ela
pergunta enquanto tenta pegar nosso filho no colo que abraça ela com amor.
— Vamos entrar, Afonso e o Edu estão lá atrás tentando montar um
brinquedo novo para essa galerinha. — Vamos andando e conversamos
sobre as coisas.
— Mãe, aqueles dois já foram? — Continuo preocupado com ele,
parece que ainda não se acertaram.

— Carol é teimosa, parece que ela quase matou ele quando apareceu
na casa dela de madrugada, mas não sei falar muito o que houve, eles foram
hoje para Nova York. — Fico pensando nisso, eles são teimosos.
Sei que a Carolina só sossegará depois que descobrir o que
realmente aconteceu naquele quarto e duvido muito que a raiva dela não
diminuir com o que ela fez com aqueles homens, Vanessa me contou tudo o
que aconteceu.
Espero que ela pense, nas consequências de como ela talvez esteja,
já não é, mas nenhuma novinha, ela que não saiba meus pensamentos.
Quando meu irmão me ver, ele tenta bater na minha recente cirurgia,
mas a Vanessa intervem.
— Olha só a dona Carrillo defenderá o noivinho fraco dela. —
Abraço ela por trás, enquanto ela aceita uma cerveja da minha mãe.
— Falando nisso, Edu, gostaria de ser reconhecida pelo meu nome.
— Todos olham para ela com carinho, minha mãe é a, mas amarosa de
todos e abraça ela com amor.
— E como será seu nome a partir de agora minha nora.
Ela se vira em minha direção e estende a mão que pego com
orgulho.
— Prazer me chamo Vanessa Carrillo.
O sorriso dela está feliz e sei que ela não terá medo de dizer quem
ela é a partir de hoje, a Díaz deixa de existir na sua vida agora.
Mas logo ela será a senhora Lira.
N ossa vida começou a andar nos
trilhos como deveria ser há muito
tempo, comecei a fazer a minha
extensão e em alguns meses estarei oficialmente liberada para poder
trabalhar como advogada, mas vira e mexe dou uma força para a Rosy, a
assistente do Gustavo.
Para a nossa surpresa ele tem se tornado um homem cada vez mais
importante aqui em Miami e vem recebendo propostas para entrar na
carreira política, acho que é um grande passo para ele, mas se ele decidir
que vai se aventurar nessa vida estarei aqui ao seu lado independente se seja
meu Forbes ou, meu deputado.
Enquanto estou aqui estudando, Letícia se propôs a cuidar do
Guilherme, como sempre soube a família do meu noivo receberia meu filho
de braços abertos, mesmo que de vez enquanto eles me lembrem que tirei
os primeiros anos de convívio deles, e me cobrem um bebê para compensar
essa minha falha.
Falando nisso, tem quase um mês que o Gustavo fez a reversão da
Vasectomia e hoje ele vai à clínica pegar o resultado do exame para saber,
como ele mesmo diz. “Meus peixinhos livres”.
Minha aula termina e tinha resolvido me encontrar com a Bia e a
Cleide para ir comprar algumas coisas para as crianças que estavam
precisando, mando uma mensagem para a minha sogra avisando que logo
chegaria para pegar o Guilherme e preparar o jantar para o amor da minha
vida.
Marcamos de nos encontrar na praça de alimentação do shopping
que fica próximo do consultório das meninas e sigo para lá olhando
algumas vitrines e uma lojinha de roupas infantis me chama atenção, para
quem sabe uma ideia no futuro.
Avisto as meninas e assim que me aproximo vamos para onde elas
precisam ir, e iniciamos uma conversa sobre o meu casamento que
iniciamos os preparativos.
— Então Vanessa o que já escolheu para como será o seu dia? —
Bia me pergunta olhando algumas blusas para a Adam.
— Então a cerimonialista vem no sábado com algumas ideias para
que tudo já tinha passado para ela. — Vejo uma blusa do Miami Marlins
que pego para o meu menininho.
— Mas já decidiu se vai fazer algo grandioso ou intimista? —
Passei semanas discutindo isso com Gustavo.
— Bia, prefiro algo, mas intimo principalmente porque escolhi usar
o sobrenome da minha família até que finalmente me case e assuma o
sobrenome Lira. — Ela começa a rir e um cheiro forte de gordura enjoa
meu estomago me correr para um cesto de lixo próximo.
— Xi Vanessa, acho que esse casamento terá um convidado extra.
— Cleide segurava meu cabelo, enquanto continuava a vomitar.
Não tem como estar grávida, ou será que deu certo, um sorriso surge
no meu rosto enquanto as meninas me ajudam com a bagunça que fiz na
loja e peço perdão para a atendente que se aproxima toda carinhosa.
— Tiraremos as dúvidas, no andar de baixo tem uma farmácia. —
Vejo a minha cunhada toda empolgada, enquanto a Cleide pega todas as
nossas escolhas e vai ao caixa pagar.
Em poucos minutos estávamos em um banheiro para que fizesse o
teste, me sentia ansiosa e muito feliz, acho que surpreenderei meu noivo
mesmo antes que ele possa abrir o envelope com o exame que ele fez, saiu
do cubículo com os três testes na mão e com duas mulheres ansiosas na
minha frente.
— E aí, é positivo? — Elas perguntavam ao mesmo tempo,
enquanto outras pessoas passavam por trás da gente, com um sorriso para
mim.
Deposito os testes na bancada da pia e nos três nos aproximamos
para que possamos ver o que tinha lá.
Um sentimento de felicidade me preenche de amor e carinho, sou
rodeada por abraços e pequenos gritinhos, mesmo que a Cleide agora esteja
para ter a sua pequena filha.
Começo a chorar de felicidade, olhar para aqueles testes, me sinto
realizada, darei aquilo que o Gustavo teria com o nosso filho se tivesse tido
coragem e dito a ele que estava gravida em vez de fujir, dessa vez darei para
ele da forma mais clichê possível.
— Meninas, vamos, preciso comprar algumas coisas para que possa
contar para o Forbes. — Recolho os testes e ponho na minha bolsa e saio
puxando as duas que estão eufóricas ainda e volto na loja que observei a
blusa.
Aproveito que estamos por lá e compro mais algumas coisas para
decoração, hoje é um dia especial e quero surpreender o meu homem hoje.
Depois que compro tudo o que quero, peço para que mantenham segredo e
ela prometem que não, falaram nada e vamos para casa da minha sogra para
poder pegar meu filho.
Assim que chegamos a casa resolvo mandar mensagem para meu
Forbes.
Vanessa: Querido, hoje tem alguma coisa importante para fazer
depois do trabalho?
Fico esperando-o me responde e em alguns minutos ouço o barulho
da notificação.
Forbes: Oi querida, teria um coquetel para ir, mas como já recebi o
resultado do exame quero abrir ele com você o mais rápido possível com
uma taça de vinho e quem sabe com aquela lingerie nova que sei que
comprou.
Como a rir do homem safado que tenho em casa.
Vanessa: Tudo bem, então venha direto para casa que estarei
usando essa lingerie que viu, prepararei o nosso jantar, te amo.
Forbes: EU te amo, chego as 18 h.
Nosso jantar estava quase pronto, então dou um banho no Gui para
vestir a roupinha nele e arrumar a casa para a surpresa para ele.
— Mamãe, cadê o papai? — Ele me pergunta pela milésima vez,
enquanto está sentado no sofá e estou preparando a surpresa na sala com os
balões que havia comprado.
— Papai daqui a pouquinho está chegando meu amor. — Olho mais
uma vez para meu menininho dos olhos azuis que se divertia, assistindo
desenho.
Depois de algumas horas com tudo arrumado, estamos na sala e
observo os balões rosa e azul que estavam amarrados em ursinhos, deixei a
casa um pouco mais escura e pedi silêncio para o Guilherme que estava no
meu colo empolgado para fazer surpresa para o pai dele que acabou de
chegar e estava entrando em casa.
— Querida, cheguei… porque está aí tudo escuro. — Ouço ele
tropeçando em algum brinquedo do nosso filho que está pela entrada.
— Vai lá com o papai, meu amor e mostrei para ele a sua camisa
nova. — Sussurro para o Gui que estava louco para ir até o pai.
Saio da sala e vejo o Gustavo se abaixando para pegar ele no colo e
um sorriso enorme no seu rosto, vou caminhando até ele que ainda não
percebeu o que o Guilherme estava vestido e nem os balões espalhados pela
sala.
O Gui puxa ele pelo tecido da calça em direção a sala.
— Oiá papai. — Quando ele consegue levar ele até a sala e ouço o
grito dele. — Surpresa papai.
Guilherme corre por toda a sala mostrando toda a decoração que
havia feito para surpreender o dono do meu coração, e quando finalmente
ele mostra tudo para na nossa frente, eu segurava na mão do Gustavo e
estava ansiosa para que ele percebesse o que estava acontecendo, Gui parou
na nossa frente e mostrou a camisa para o pai.
— Mamãe me disse que minha missão era a mais importante. —
Gustavo me olha com um sorriso bobo no rosto e se abaixa para ler o que
estava escrito.
— Mamãe está guardando mais um elo da nossa família. — Ouço a
voz baixinha dele que me olha com lágrimas em seu rosto, me abaixo e
entrego a caixinha com os testes de gravidez e um cartão dentro.
Ele abre a caixinha e lê o cartão que estava por cima.
— De todas as coisas positivas que tive em minha vida, o teste foi o
melhor, de sua colombiana. — Ele pega nosso filho no colo e me abraça.
— Sério amor, estamos grávidos? — Segurei em seu rosto com meu
melhor sorriso e fiz um carinho na sua barba, sua voz estava embargada de
emoção, eu mesmo não consigo segurar muito e solto algumas lágrimas.
— Sim, amor. — Seu beijo tinha muito carinho e ternura, ele
enxugou minhas lagrimas.
— Porque estão chorando, estou com fome. — Nosso filho tentava
sair do colo do pai tirando risadas de mim e do pai que agora me abraçava e
olhava em meus olhos.
— Então esse envelope, não significa, mas nada para mim, meu
amor, já que meus peixinhos alcançaram o grande prêmio. — Começo a rir
da analogia que ele sempre faz.
— Acho que não faz, mas sentido amor. — Pego a sua mão e coloco
na minha barriga.
— Pode ter certeza que mimarei você muito mais agora. — Ouço
ele falando, seguro em sua mão e vamos para a cozinha onde tinha um
menino faminto nos esperando.
Ligo para o meu pai e conto as novidades para ele, que fica muito
feliz e me confirma que até o casamento ele deve estar vindo para passar a
semana aqui com a gente, depois ligamos para o Miguel que agora assumiu
sua verdadeira identidade, me surpreendo em ver a Nik na cozinha
preparando o jantar para eles e dou a notícia de mais um integrante da nossa
família.
— Irmã em dois dias estaremos aí, vamos para um hotel, não precisa
se preocupar. — Gustavo o interrompe.
— Negativo, vocês vêm para a nossa casa, nada de hotel. — Eles
começam a rir, fico feliz que tudo em ver que eles estão aproveitando essa
nova fase do relacionamento deles e louca para conversar com meu irmão
também.
— Tudo bem, nos encontramos aí, então, até logo. — Desligamos e
volto a minha atenção para nosso filho que terminou seu jantar e já tinha
uma carinha de sono.
Deixo o Gustavo cuidar do nosso pequeno e vou para o nosso quarto
com o envelope que ele deixou no balcão, visto a lingerie que ele disse e
pego um dos vibradores que fiz ele me ajudar a escolher no sex. Shopping
depois que ele jogou fora meu Ricardão.
Estava deitada com meus seios a mostra e todos nossos
brinquedinhos a mostra, o envelope aberto na minha mão, a porta se abre e
ouço a respiração de surpresa dele quando me vê semi nua, balanço o
resultado do exame dele nas mãos e ele vem andando devagar tirando a
roupa dele em minha direção.
— O que tem escrito aí, amor. — Os beijos dele começam pela
minha perna, e solto um suspiro de prazer quando o vejo cheirando a minha
intimidade, deixa um beijo em meu ventre. — Papai está muito feliz em
saber que já está aí dentro pequeno Nemo.
Começo a rir, enquanto ele continua a beijar meu corpo e alcança
meus lábios.
— Sério mesmo, Nemo? — Ele rir, e mostro o exame para ele. —
Seus peixinhos estão livres para nada para fora da represa, meu amor.
— Acho que já percebi isso colombiana, agora vem cá quero brincar
com você um pouquinho.
Mas um membro na nossa família, não poderia estar mais feliz.
N o dia seguinte contamos para a
família que estamos esperando o
Nemo 2, Vanessa se surpreendeu
com a alegria geral da família, mas conseguia ver o que ela estava triste
com alguma coisa e não estava entendendo o porquê.
Decidi fazer um brigadeiro e escolhi algumas frutas para tentar
alegrar a minha mulher que estava ali na sala assistindo um desenho com o
nosso filho e está se desfazendo em lagrimas por algum motivo.
Com tudo pronto me sento ao seu lado e lhe entrego uma colher e a
panela com o brigadeiro e quando ela me olha seu nariz estava vermelho de
tanto ela esfregar pelo seu choro, nosso filho pula por cima dela e senta no
meu colo pegando os potes de frutas que havia levado.
Olho para ela e faço um carinho em seu cabelo, na esperança que ela
me fale o que está acontecendo que seja no seu tempo, não quero forçar ela
falar nada que não tenha vontade.
— Não precisa me olhar assim preocupado Gusta. — Olho, mas
uma vez para ela e apenas sorrio sendo gentil.
— Não estou preocupado colombiana, mas tem dias que está assim
meu para baixa. — Ela encosta a cabeça no meu ombro e põe uma colher
generosa de brigadeiro na boca e fecha os olhos saboreando.
— Estou com saudades do meu irmão, ele disse que estaria aqui em
poucos dias e já tem uma semana. — Depois que falamos com ele,
soubemos pelo Hector que ele precisou que o Miguel fosse para Bogotá
para realizar a mudança de documentos, e ainda não voltou.
— Você sabe que se ele estivesse com algum problema, já
saberíamos, então pare de ficar preocupada. — Não gosto de mentir para
ela, mas prometi para o Hector que a manteria a salvo e como ele resolveu
ajudar a Carolina com o problema dela, então estou aqui de mãos atadas e
protegendo a minha mulher.
— Tudo bem, espero que eles cheguem para o nosso casamento ou
não vou perdoar ele. — Ela faz outro biquinho e volta a presta atenção ao
filme, mas algumas lágrimas escapam e fico quieto para não deixar ela
envergonhada.
No final do dia recebemos a visita da equipe que está organizando o
nosso casamento, escolhemos fazer na casa da minha mãe, já que a seu
jardim é maior que o nosso, quero fazer os gostos da minha mulher e
principalmente nos manter seguros, sou um homem conhecido e mesmo que
não goste muito tem muita gente que adoraria conseguir alguns milhões
meus.
Observar a minha mulher feliz com tudo o que a mulher trouxe para
mostrar para ela me deixa satisfeito, mas no meio da nossa reunião atendo a
ligação do meu sogro, sendo algo bem incomum, me afasto o máximo que
posso e o atendo.
— Oi, Hector, qual o problema? — Só logo direto para que ele me
diga o que está acontecendo.
— Estou indo para Miami hoje para curtir o casamento de vocês,
mas os seus amigos Bruno e Carolina não poderão comparecer e eles me
pediram para pedir milhões de desculpas... — Ouço toda a explicação que
ele tem que dar e entendo os motivos da falta dos dois.
Se eu pudesse desmarcar o casamento para que eles estivessem
presentes faria isso, mas com os problemas tão sérios eles acharam melhor
evitar contato com muitas pessoas para que não se tornem alvos.
— Tudo bem, intendi a situação, vou deixar os seguranças e carros a
sua esperar na pista de pouso. — Ouço a voz do Miguel falando com
alguém, mas não consigo compreender.
— Muito obrigado meu genro, devemos chegar de madrugada e se
puder não falar nada para minha hija eu agradeceria em fazer essa surpresa
para ela. — Ela vai adorar isso e concordo com ele.
Desligamos nossa ligação enquanto o ouvia dizendo que já
poderiam decolar, volto para a sala onde a Vanessa estava entendendo como
seria a programação das coisas para a semana do nosso casamento, havia
reservado o hotel para algumas pessoas que precisei convidar, mesmo que
fosse contra meu gosto.
— Algum problema querido? — Ela se levantou se esquivando da
cerimonialista e olhou em meus olhos, percebi a sua preocupação.
— Nada tão sério, apenas o Bruno que me disse que não vão poder
vir para o casamento e ele disse que você iria entender. — Dei de ombros
por que essa parte do recado eu não entendi, ela franziu o cenho e logo
começou a rir e vi alivio em seu rosto.
— Está tudo bem, não se preocupe, mas tarde ligo para a Carol e
direi para ela que está tudo bem. — Ela me dá, um selinho e fico sem
entender o que está acontecendo.
Enquanto ela volta para o lado da mulher que estava informando
tudo para ela, sigo para a cozinha e dispenso a nossa funcionária por hoje,
quero fazer alguma coisa para o jantar e aproveitar que estamos sozinhos, já
que meu pai aproveitou que foi na farmácia e já veio aqui e levou o
Guilherme com ele, no carro estavam a Helena e o Adam animados para
brincarem juntos, arrumei ele e apenas disse" Tchau papai".
Parece que ele gostou de como agora a nossa família é grande,
sempre prefere estar com eles que em casa que não tem com quem brincar,
faço uma jantarzinho leve, escolho um vinho algum tempo depois minha
noiva aparece na porta da cozinha com um vestido todo bordado que ela
ganhou uns tempos atrás, com um sorriso enorme.
— Hum hoje o meu noivo é meu cozinheiro? — Ela se aproxima e
olha para o que tem nas panelas.
— Pode parar de ficar mexendo no que ainda não é de seu interesse,
agora venha aqui e me dá um beijo. — O sorriso safado dela fica maior e
passa os seus braços pelo meu pescoço e encosto nossos lábios com
carinho, não quero aprofundar o beijo porque se não iremos jantar.
— Que tal a sobremesa antes do prato principal. — Começo a ri,
porque atualmente essa mulher está mais tarada que o normal.
Agarro ela pela cintura e a sento na ilha que fica no meio da nossa
cozinha, subo o seu vestido e sem vergonha estava nua revelando a sua
intimidade lisinha, olho para ela que baixava a alça do seu vestido e um dos
seus seios ficam expostos, arranco a minha camisa e sem muito paciência
começo a sugar seus seios que estão tão lindos empinados por mim, começo
a me masturbar para diminuir a tensão que estou sentindo.
Puxo seu quadril para mais perto enquanto ela geme de prazer no
meu ouvido, deixo o seu corpo na ilha de mármore enquanto levanto todo o
seu vestido e encontro passagem para sentir o seu sabor que parece que tem
ficado cada vez mais adocicado, separo seus lábios e observo o quanto ela
está brilhante devido à sua excitação, passo a língua por toda a sua extensão
deixando ela mais sensível que estava e me sinto orgulhoso de dar prazer a
minha mulher, enquanto chupo a sua intimidade coloco dois dedos dentro
dela e faço movimentos de entra e sai a sinto quando a sua musculatura
libera o seu orgasmo todo na minha língua e ficou louco de tesão por essa
mulher, que está rendida a mim em cima da nossa mesa.
Olho para seu rosto suado de prazer enquanto ela massageia os seus
seios aumentando o seu desejo pelo meu toque, e não resisto, mas ficar
olhando, tiro o que me falta de roupa e entro nela sem pedir, quando olho a
sua boquinha em um O perfeito de prazer, pela invasão que acabei de lhe
dar, coloco minha mão em sua cintura e faço um carinho no seu ventre e sei
que ela está feliz com meu gesto.
Sua intimidade me aperta me deixando a beira de chegar ao meu
ápice, mas ela ainda não está pronta para que eu goze, continuo socando a
sua intimidade sem muito carinho por que ela gosta quando sou um pouco
mais bruto com ela e estou aqui apenas para satisfazer essa mulher fogosa
que amo dizer que é minha.
Quando ela libera todo o seu orgasmo eu me deixo ir com ela, não
quero demorar muito, estamos na cozinha e não quero ninguém nos vendo e
principalmente, porque está passando da hora de alimentar os dois.
Um sorriso satisfeito surge em seu rosto e me apoio na sua barriga
para recuperar o meu folego porque ultimamente ela vem me tirando cada
gotinha de energia que tenho, mas esse assunto não tocarei ou ela inventa de
usar aquele monte de vibradores que até hoje me dão dor de cabeça.
— Que tal um banho antes do jantar, meu amor? — Pergunto para
ter certeza, ela ainda estava de olhos fechados. — Pode acordar, banho
primeiro e depois jantar.
— Que tal jantar e subimos para um banho e depois descansar um
pouco. — Ela solta um bocejo e fico com dó e aceito sua proposta, ajudo
ela a descer do balcão e começo a nos servi, recolho a minha camisa e deixo
de canto para depois subir com ela.
Jantamos tranquilos e não conto para ela sobre a nossa visita que
deve estar chegando em algumas horas, depois que terminamos limpo a
cozinha e vamos para o quarto e resolvo tomar um banho de banheira, ela
prepara tudo e entramos, conversamos sobre algumas coisas que ela decidiu
com a moça para o casamento e quando a água começou a esfriar saímos e a
vejo indo para a cama apena com o seu robe de seda, desligo as luzes e
deixo o meu celular na cabeceira na espera para receber meu sogro e meu
cunhado, acabo pegando no sono agarrado com a minha gravidinha.
Acordo de madrugada com o seu grito que vinha do andar de baixo,
desci desesperado para o andar de baixo e sou surpreendido com ela com
uma sobrinha na mão na ameaçando alguém, vou andando devagar e entro
na sua frente para olhar quem estava na nossa cozinha.
E a surpresa é quando ligo as lâmpadas.
D epois que servi a sobremesa
para o meu marido, ele
consegue me levar para nosso
quarto, tomamos um banho relaxante com vários óleos e essências para me
deixar bem calma e tranquila, ideias da minha cunhada, mas que até que
estou gostando, consigo dormir tranquila.
Durante a madrugada a vontade de fazer xixi me incomoda, tento
levantar sem acordar o Gustavo, tenho ultimamente tirado até a última gota
de energia dele, às vezes até fico com pena, mas tem horas que o tesão é tão
grande que não consigo resistir aqueles ombros largos e aquela mão que
sabe me apertar e massagear nos lugares que me faz me derreter por
completo, paro de pensar nisso e vou para o banheiro em silêncio.
Mas sou interrompida por um barulho que vinha da minha barriga,
olho para meu pequeno Nemo que está crescendo dentro de mim e falo
baixinho para não acordar o pai dele, e como sei que ele dispensou todos
hoje, desço apenas de camisola para a cozinha para preparar algo para
alimentar esse esfomeado que está dentro de mim.
Saio do quarto sem fazer barulho e deixo meu dorminhoco na cama,
com a porta encostada e entro no quarto do meu filho, sinto falta de quando
ele não está em casa e cheiro seu travesseiro, minha barriga ronca outra vez
me tirando um sorriso.
— Tudo bem, já estou indo te alimentar e se contente com uma
maçã. — Coloco a mão na minha barriga e antes que desça completamente
a escada escuto um barulho vindo da cozinha, pego uma sobrinha que tinha
ali perto e vou andando até onde ouvia o barulho, podia ser algum animal
que entrou.
E quando vou chegando e percebo que não é nenhum animal e sim
um visitante desconhecido dou um grito até sentir que meu pulmão
explodirá, a pessoa se assusta, é um homem alto que deixa algo cair no chão
com o susto.
— Me desculpe... — Ele fala e sinto o Gustavo atrás de mim,
pegando a sombrinha da minha mão e me colocando atrás dele, em pouco
tempo percebo que estou cercada pelo meu pai e meu irmão só de cueca e
de cara amarrotada me surpreendo vendo os dois segurando uma arma.
— Oi, não sabia que viria, e o que está fazendo aqui em casa Bruno?
— Gustavo fala assim que ligamos as luzes.
— Espera aí, minha casa está cheia de gente e eu não sabia que
iriam chegar por quê? — Todos começam a rir e entro mais na cozinha para
fazer meu lanche, ainda estou com fome.
Miguel se aproxima, beija minha testa e percebo que ele está com
alguns pontos na testa e diz que está muito cansado e precisa dormir.
— A Nik veio? — Ele apenas concorda com a cabeça e o vejo
voltando para onde deve estar dormindo no andar de baixo, me viro em
direção do Bruno, coloco as mãos na cintura e espero que ele me explique
porque estava assaltando minha geladeira.
— Seu casamento é em poucos dias, e a Carol disse que não poderia
deixar de participar e sem contar que o Gustavo me ajudou muito quando
precisei, apenas tivemos um pequeno problema no caminho, por isso disse
ao seu pai que não iriamos vir. — O que me lembra que meu pai estava na
cozinha também, me aproximo dele e vejo que tinha um curativo no ombro.
— Está tudo bem com vocês? — Olho para todos que estavam na
cozinha e todos se entreolham e param com o olhar no Gustavo, então
percebo que estão escondendo algo de mim.
— Então quem vai começar a falar, ou precisarei ir acordar a
Carolina? — Bruno começa a rir e passa por mim.
— Tenta a sorte, ela está no hotel, se conseguir convencer ela eu te
agradeço. — Ele não parece triste, tem algo de diversão na sua fala.
— Hija, não aconteceu nada que você precise se preocupar, o
problema é comigo e com a Madame Suíça e estamos aqui seguros aqui,
por favor não se preocupe, tudo bem? — Olho para o Gustavo que levanta
as mãos em defesa.
— Amor, juro não sei de nada, meu sogro disse que a Carol não
vinha e estou tão surpreso quanto você com isso. — Sei que ele não
mentiria para mim, decido deixar isso de lado e dou a volta na ilha da
cozinha e vou preparar meu lanche.
Meu pai se senta na banqueta e sorri para mim, Gustavo se senta do
seu lado e os dois começam a conversar enquanto me veem comendo
devagar.
— O que aconteceu lá, Hector? — Gustavo está tão curioso como
estou.
Meu pai me olha e vê que minha atenção se voltou para a conversa
deles dois, vejo ele respirar fundo e arruma os cabelos grisalhos que
teimavam cair em seu rosto que estava bem cansado da viagem.
— Depois que a Carol e o Bruno chegaram a minha casa, eles
decidiram tirar algumas dúvidas e embarquei nessa missão com eles. —
Missão, Carol e Bruno juntos, então eles se resolveram?
— Seu irmão foi para entender como algumas coisas funcionam e
sem contar que com a amizade com a família Alcântara eles nos
propuseram fazer parte da sua organização, e aceitei porque não quero fazer
inimizades com nenhuma casa, justamente por sua causa que a quero
segura. — Sorrio para o meu pai e segura a sua mão agradecida pelo que ele
está fazendo por mim.
— Então agora os Carrillo fazem parte da máfia e obedecem ao
conselho para qual a Carolina trabalha? — Pergunto a ele que apenas
balança a cabeça concordando.
— Carol tem uma ideia bem grandiosa para o futuro, que não posso
contar a vocês agora, mas se algum dia precisar acho que a ajuda de vocês
seria de grande ajuda, por enquanto apenas se mantenham seguros e
faremos que você seja eleito será útil no futuro. — Meu pai fala diretamente
com o Gustavo.
Conheço parte dos planos da Madame Suíça, e acho ele muito
arriscado, disse isso para ela, mas acho que não adiantou em nada, tenho
um certo receio nessa ideia de genealogia que ela mesmo diz.
— Essa ideia dela é bem complexa se for algo que ela já me disse.
— Gustavo fica curioso, mas acho melhor ele não saber por hora. — Se for
necessário, contarei a você. — Ele concorda com a cabeça.
— Agora que já sabe que chegamos, vou voltar para a cama e nos
falamos pela manhã. — Ele ia saindo da cozinha e volta a sua atenção para
mim. — Hija, espero que não se importe por ter trago uma companhia
comigo para o seu casamento.
Nego com a cabeça e um sorriso nasce em meus lábios, quero que
meu pai seja feliz, que ele encontre a felicidade outra vez como ele
encontrou, nem que tenha sido por tão pouco tempo com a minha mãe.
— Claro que não, depois quero conhecer a felizarda. — Seu sorriso
amplo me deixa satisfeita.
— A conheci a mais de um ano, mas ela precisou resolver a vida
antes de voltar para mim, quando você a conhecer ela vai contar a nossa
história. — Apenas concordo e ele se retira da cozinha.
— Pronto, agora que já sabe que temos visitas e parece que já
satisfez as vontades do nosso Nemo, que tal irmos para a cama, nossa
semana será bastante agitada com as programações do casamento.
Limpo a minha bagunça e volto para o nosso quarto de mãos dadas,
não tenho o que reclamar do meu noivo e nem da minha família, mesmo
que sejamos de alguma forma envolvidos com as coisas mais erradas que
poderia existir, somos todos uma grande família.
Na manhã seguinte conheço a acompanhante do meu pai e fico
surpresa que ela tenha sido uma garota de programa por quase dois anos,
depois que ela decidiu voltar para a cidade onde eu morava, achei uma baita
coincidência, ela é uma morena muito linda com um corpo bem definido,
tem um pouco mais de trinta anos e a diferença de idades deles não interfere
em nada.
Ela me disse que meu pai foi um cliente que ela fez por contrato,
que ela se apaixonou por como ele a tratou como uma verdadeira mulher e
pelos trinta dias que conviveram, ela falou que se sentiu amada, mas
precisou ir e viajou o mundo e conheceu vários outros homens, mas meu
pai sempre esteve em seus pensamentos.
Um dia eles se reencontraram e hoje ela esta aqui me ajudando a me
arrumar para o almoço do meu casamento que será daqui a dois dias.
— Há Silvia que história linda, que bom querida que encontrou o
amor. — Minha sogra enxuga as lágrimas que insistem em cair e borrando a
sua maquiagem.
— E os novos Carrillos, tem ideia para algum, no momento? — Bia
pergunta e Silvia fica toda corada de vergonha, mas nega com a cabeça.
— Por hora queremos apenas pensar no Nemo que vem chegando, e
no doce Gui que conheci, antes que a Vanessa soubesse que o Hector era
seu pai. — Fico cada vez mais feliz por ver o quanto amor que ela tem por
meu pai e minha família.
— Pronto meninas vamos descer, acredito que esteja tudo pronto e
os convidados estejam me aguardando para iniciar tudo. — Nesse momento
a cerimonialista entra no quarto.
— Estamos apenas aguardando você Vanessa, só, mas dois dias e
teremos o seu grande, sim, está pronta? — Sorrio para ela e para todas que
estavam no quarto.
Minha sogra, minha madrasta, minhas cunhadas, a Carol, a Cleide,
sorrio para elas e saímos para curtir as festividades do meu pré-casamento.
E stou tão ansioso com o nosso
casamento, finalmente falta
apenas dois dias para que ela
finalmente diga sim e seja minha para sempre, agora sei que ela nunca teve
medo e sim preocupação que eu ou a minha família fossemos alvos de tudo
que a perseguia.
Quem diria que a minha Vanessa era a herdeira do maior cartel da
Colômbia e que esse nem era o seu verdadeiro nome, mas a cereja do bolo
foi descobrir que ela, na verdade, havia me dado o meu maior presente, o
nosso Guilherme, que depois de um pouco que dor de cabeça conseguimos
modificar a sua certidão agora meu pequeno se chama Guilherme Carrillo
Lira.
A semana com as celebrações para o nosso casamento está bem
movimentado, aceitei os conselhos do meu sogro e principalmente do
Bruno e Carolina eles fizeram entender que um cargo politico pode ajudar
as ideias lá no futuro.
Estávamos sentados em umas das salas, que estão preparadas para
os homens possam se divertir e como um bom anfitrião decidir fazer uma
sala de jogos valendo alguns milhares de dólares, meu sogro colocou
dinheiro na nossa sala para melhorar a diversão, havia de tudo, roleta, caça
niqueis e o meu favorito pôquer.
Estava acompanhado do senador do meu partido, meu cunhado, meu
sogro e o Bruno que já havia bebido um pouco demais e estava bem-falante
e estávamos achando engraçado.
— Gustavo, soube que a sua colombiana roubou de você quase meio
milhão de você quando te abandou. — Todos na mesa começam a rir
enquanto compro, mas algumas cartas e meu sogro, olha de rabo de olho.
— Foi mais ou menos isso. — Reviro os olhos e sei que meu sogro
estava com curiosidade para saber a história.
— Nem ele realmente sabe, minha irmã me ligou e dei a ideia para
ela como fazer para tirar aquele dinheiro todo, ela pegou uma parte e
colocou na bolsa para que ela pudesse viajar e como uma ajudinha da moça
da recepção do hotel ela fez a transferência para uma conta que eu tenho. —
Ele puxa o celular e me mostra e vejo que o valor que estava lá mais que
multiplicou desde que foi depositado, e fico surpreso.
— Cara, como você deixou que uma mulher te roubasse assim? —
Bruno mais uma vez pergunta, sorrio para ele e abaixo minhas cartas.
— Dobro a aposta, meu amigo, se ela quiser dou a minha fortuna
toda para ela, nada o que ela tira de mim é roubo, é a mesma coisa que você
faz com a sua Deusa. — O sorriso dele morre quando falo dela.
— Dobro a aposta. — O senador parece acreditar que vai ganhar
essa partida, mal sabe ele que tenho um truque para sempre ganhar.
— Senhores, estamos com apostas valendo meio bilhão. — O crupiê
encerra a última jogada e todos se aproximam para ver quem vai levar o
montante.
— Senador William espero que tenha o valor para me pagar, ele será
investido no casamento do meu filho. — Todos começam a rir.
— Supera isso, Lira, "Straight flush". — Ele põe todas as cartas na
mesa enquanto meu cunhado e todos os outros saem da jogada.
— Sabe senador, aprendi a jogar pôquer com um dos homens que
trabalhou com meu amigo ali, e com o tempo fui aperfeiçoando e
aprendendo todas as jogadas e quando vim para os USA um crupiê me
ensinou algumas jogas a mais, é por isso que sou tão bom e sei blefar como
ninguém. — Ele me olha meio preocupado e todos percebem o brilho
sumindo no seu rosto.
— Royal Flush. — O crupiê fala quando baixo minhas cartas,
ouvimos risadas e gritos, sei que ele perdeu bastante dinheiro aqui agora,
mas tarde converso com ele.
Depois de toda a comoção vejo a minha noiva que estava com um
vestido lindo em um amarelo bem clarinho entrando na nossa sala, mas a
puxo para uma janela, tinha muito fumaça e não a quero inalando isso,
abraço ela pela cintura e recebo o seu melhor sorriso.
— Oi, meu amor, o que deseja? — Seus olhos azuis estão mais
brilhantes, até sei o que ela realmente deseja.
— Estou com fome, e fugi um pouco para te chamar para que
possamos comer um pouquinho longe desse povo todo. — Ela sorri para
mim, pego em sua mão e começo a puxar ela para fora.
— Senhores se divirtam aí, vou levar minha noiva para alimentar
nosso peixinho, daqui a pouco estou voltando. — Saímos da sala e vamos
para a cozinha industrial que foi toda preparada para a equipe do buffet.
Olhamos para tudo o que elas prepararam e começamos a nos servir,
tinha muita coisa deliciosa ali, que ainda não havia tido a oportunidade de
experimentar, as cozinheiras nos oferecem cadeiras e nos sentamos para
podermos almoçar um pouco mais a vontade.
— O que está achando, Gusta, de tudo isso? — Coloco uma mecha
atrás de sua orelha e lhe ofereço mais uma prova da comida que estava no
nosso prato.
— Para ser sincero, estou bem surpreso com tudo, não imaginei que
elas conseguiriam deixar tudo assim tão perfeito. — Vejo que ela ficou
satisfeita com o que eu disse. — Como será a sua despedida de solteiro? —
Isso tem me deixado meio angustiado.
— A Carol nos chamou para ir em um bar na cidade, ela disse que
conheceu ele quando esteve aqui alguns anos atrás. — Ainda bem que é um
bar. — E vocês o que o seu irmão decidiu?
— Na verdade, eles queriam ir para uma boate, mas como o Bruno
está ainda tentando se acertar com a Carol, melhor não arriscar, acho que
faremos outra sala de pôquer ou ir em algum bar por aqui por perto mesmo.
— Sou honesto com ela.
— Achei vocês. — A organizadora nos surpreende rindo com várias
coisas na mãos e deixa em cima do balcão.
— Trouxe ela para comer algo, ela não pode ficar muito tempo sem
se alimentar. — Passa a mão pelo seu rosto mais uma vez.
— Bem, estava justamente procurando vocês para que pudessem se
sentar no lugar reservado e pudesse almoçar com todos, mas podem ficar
aqui se preferir. — Ela percebe que apenas queria ficar um pouco sozinha
com a minha mulher, e de repente nosso filho vem correndo e o coloco em
meu colo.
— Oi, campeão, já comeu alguma coisa? — Ele nega com a cabeça
e de longe vejo a Nik e a Silvia vindo atrás dele e quando nos veem elas
voltam por de onde vieram.
— Que tal a mamãe te dar um pouquinho de macarrão meu amor. —
A organizadora se retira e diz que vai dar uma desculpa para os convidados
e que depois poderemos nos juntar a eles.
— Quero aquilo ali, mamãe. — Ele aponta para uma lagosta e fico
meio receoso de dar para ele algo desse gênero.
— Hum, meu amor, aquilo ali se chama lagosta e você é muito
pequeno para comer. — Ele faz uma carinha triste e mostro outras coisas
que ele pode comer e nos divertimos em família como dever ser sempre.
— Papai meu irmãozinho quando chegar vou poder brincar de tudo
com ele? — Ultimamente ele anda empolgado com essa história.
— Campeão, vamos ter que esperar ele crescer um pouquinho, mas
sim quando ele for um pouquinho maior todos vão brincar juntos. — Ele
come tudo o que a Vanessa oferece e quando estávamos quase terminando,
Hector surge do nada.
— Encontrei vocês, Forbes nunca vi esses políticos são mais falsos
três mil pesos colombianos. — E cai na gargalhada.
— Sei disso, Hector, só estou entrando mesmo nessa vida por que
sei que posso ajudar meus amigos e principalmente quero fazer a diferença
no meio deles. — Ele põe a mão no meu ombro.
— Espero que minha hija não deixe que seja corrompido, mas tenho
certeza do seu bom caráter. — Ficamos nos quatro sentados na cozinha e
me divirto com as histórias que ele conta sobre a infância dele com o Pablo.
Mas não podemos fugir dos nossos convidados a tarde toda e por
fim recebemos todos eles, dançamos e bebemos um pouco, mas antes de
anoitecer, todos nossos convidados já haviam ido embora e amanhã, nosso
dia seria longe um do outro, só nos veríamos no dia do nosso casamento.
Puxo minha colombiana para dança e solto o seu cabelo, deixo ele
solto como ela gosta de usar e balançamos no ritmo lento da música, Hector
e Silvia se aproximam e começam a dançar ao nosso lado e logo vemos
Miguel e Nicole que agora tem um anel de noivado em seu dedo.
Mas o suspense todo em ver se a Carol aceita a dançar com o amor
da sua vida, vemos ele ajoelhado aos seus pés e quando ele fica triste e
cabisbaixo, por fim se levanta.
Continuo olhando para ver se realmente ela não dará uma
oportunidade para ele.
Quando ele vira de costa ela olha para sua mão e a segura tirando
dele um suspiro de alívio ele começam a dançar do nosso lado e parabenizo
ele que estava com um sorriso enorme.
Espero que eles se acertem o mais rápido possível.
— Está chegando a hora Gusta, que, mas nada ira nos separar e serei
eternamente sua.
Não tem coisa melhor que ouvir, beijo seus lábios e continuamos a
dançar a noite toda até nos cansar, para curtir, mas um dia de
comemorações.
A dorei essa semana de pré-
casamento, foi divertido e todos os
convidados ficaram surpresos com
a dedicação e tamanho bom gosto da equipe que preparou todo nosso
evento, nossa família ficou satisfeita com cada detalhe, preparado para
semana.
A estilista teve um pouco de trabalho com o meu vestido, essa
semana ganhei alguns quilos e ela precisou fazer um ajuste hoje, estou para
fazer um buraco aqui no meu quarto que mais parece um camarim, com
cabeleireiros e maquiadores esperando para que eu consiga me vestir e não
destruir meu penteado e nem borrar a maquiagem.
Minha ansiedade está tão aguçada que comi várias maças e peras e
nada está me controlando, tenho vontade de chorar e fazer xixi ao mesmo
tempo, estou com medo que não consiga chegar no altar no tempo certo,
vira e mexe olho para o celular na esperança que a estilista chegue e eu
possa me vestir.
Ouço uma batidinha de leve na porta e a minha maquiadora se
aproxima para ver quem é, ela sorri e se vira para mim.
— O noivo quer falar com você. — Vou caminhando para a porta e
fico escondida para que ele não me veja ainda.
— Meu amor, você está bem, soube agora que teve problema com o
vestido. — Respiro fundo e seco uma lagrima que queria escorrer.
— Sim, engordei nessa semana e o vestido não fechou. — Ele passa
a mão pela pequena abertura da porta e pega a minha mão, encosto minha
testa e escuto o que ele tem a me dizer.
— Sabe que não me importo que escolha outra coisa para vestir, não
é, outra coisa, amor, se alguém ousar em dizer que você engordou mato esse
infeliz. — Caio na gargalhada.
— Amor, mas engordei mesmo. — Sinto sua mão apertando a
minha.
— Não mesmo meu amor, é nosso Nemo que está começando a
aparecer… — Ele não consegue concluir a sua fala com a chegada da
estilista com o meu vestido e minha felicidade volta no mesmo instante. —
Pronto, vou descer e esperar por você, meu amor.
Ele puxa a minha mão e beija e vai embora para onde ele vai me
esperar, me viro para a toda a equipe que está ali para me ajudar e começo a
me vestir sinto o tecido me abraçando com delicadeza e quando todos os
botões estão fechados, a renda do véu adornando meu rosto me viro para o
espelho e fico feliz com a minha escolha.
Meu vestido tinha um decote discreto nos seios, com detalhes sem
folhas que iam até a manga longa, ele é bem acinturado deixando marcado
meu quadril e afinava na altura do joelho e caia com fluidez até o chão e
uma cauda delicada com a renda floral, a tiara é uma joia digna da realeza
britânica, usei os meus diamantes e mandei para um joalheiro e ele
desenhou uma tiara com três fileiras e por cima delas ele fez pequenas
flores com os diversos diamantes nela.
Minha maquiagem era discreta e apenas meus olhos estavam
marcados deixando chamativos para o meu tom de azul tão marcante e um
batom em um tom de rosa que estava na cor certa, estava na hora de descer,
eu o via pela janela me esperando e nesse instante meu pai entra no quarto,
ele puxa o lenço do seu smoking e seca uma lágrima e vem andando
devagar olhando para mim.
— Você está maravilhosa mí hija, existem tradições que quero que
você tenha, mesmo que não seja a cultura que foi criada. — Ele tira um
estojo azul do bolso e abre para que possa ver.
É um terço, tinha uma foto da minha mãe de um lado e do outro do
meu pai Pablo e deixo que uma lágrima escape e meu pai a seca, é uma joia
também já que algumas pedras são azuis e me questiono se são diamantes.
— Quero dar algo a você que seja uma representação do seu
passado, e que seja algo para que você sempre se lembre o quanto eles dois
a amaram e do jeito deles a protegeram. — Pego o terço e enrolo na mão
que vou segurar meu buque com tulipas azuis, e me viro para o meu pai e o
abraço com todo o meu amor.
— Pai, obrigada pelo presente que me deu, e principalmente por
estar sendo o mais presente possível na minha vida, e quero dizer algo mais
antes que me torne uma Lira. — Sorrio para ele e o puxo para a beirada da
janela e aponto para uma mulher específica.
— Ela merece uma vida tranquila depois de tudo o que ela passou na
mão da tia dela e principalmente da vida que ela precisou ter para resolver o
que precisava, vá depois até ela e case-se, minha mãe ficará feliz em saber
que você finalmente será feliz e não mais esse homem que vive um luto
perpetuo. — Ele olha, mas uma vez para a mulher que estava em um
vestido chique em um tom de azul tão escuro como um céu estrelado, a
deixando linda.
— Obrigado, sou seguir seus conselhos e fico feliz em saber que
aprova ela na minha vida também. — Ele beija a minha testa e sorri depois
que olha pela janela. — Agora vamos, parece que tem alguém pensando
que te roubei dele.
Fico rindo e meu pai me conduz por toda a casa e paramos nas
portas, que estão fechadas para que ninguém me veja por enquanto, posso
ver meus sobrinhos atravessando o tapete jogando pétala de flores e
finalmente ouvimos a nossa deixa, a macha nupcial.
— Pronta hija, ainda dá tempo de fugir. — Olho para ele que
começa a rir, seguro mais firme em seu braço e as portas se abrem me
revelando o homem que por anos fugi mesmo o amando
incondicionalmente.
Ele estava com um conjunto de smoking, mas despojado, os botões
aberto e revelavam a tatuagem que ele acabou fazendo ontem durante a
despedida de solteiro com o meu nome em seu peito, pela primeira vez ele
perdeu no pôquer. Ele estava lindo todo de preto e tinha apenas uma
pequena flor azul no seu terno para acompanhar a decoração, o sorriso dele
era enorme e percebia o quanto ele estava emocionado, depois de tanta
espera meu pai beija a minha testa e nos vira para o Gustavo que parecia
ansioso.
— Estou entregando uma filha que demorei mais de vinte anos para
poder dizer que é minha, cuide bem dela, confio em você. — Meu pai
entrega a minha mão para o Gustavo que respira aliviado e eu volto a me
sentir segura.
— Darei a minha vida se for necessário para que eles fiquem
seguros, Hector. — Vejo eles se abraçando. — Valeu muito a pena esperar
você, meu amor por todos esses anos.
Nos viramos para o padre que também parecia bem emocionado e
ele começa o seu sermão habitual, falando todas as carestias que são
necessárias, meus Forbes segura forte na minha mão e fazia um carinho,
acho que era, mas para ele se acalmar, o padre nos libera para fazermos
nossos votos e nos viramos um de frente para o outro.
— Bem, a maioria sabe o quanto sofri por essa mulher. — Olho para
todos que estavam atrás de mim que estavam rindo. — Mas valeu a pena
cada um das dores que sofri por ela, estou dedicado a dar o meu amor e
carinho desde quando a vi, quando fui fazer uma visita ao meu irmão que
ainda morava no Brasil, ela na época me mostrou que a vida precisava se
vivida com cuidado e cautela e olha que na época nem imaginava em
construir todo esse império aqui, e só tenho que agradecer a essa mulher por
cada uma das fichas que ela me roubou no pôquer, porque sem isso eu não
seria o homem quem sou hoje, não digo apenas pelo financeiro, mas digo
por que através de cada uma das minhas conquistas eu consegui fazer que
empresas continuassem gerando empregos, mas enfim, Vanessa você é
minha alma gêmea, a mulher que preciso do meu lado para ser meu apoio e
minha companheira por toda a nossa existência é a mulher que escolhi para
ser a mãe dos meus filhos, então meu amor que dizer a você que.
Ele me vira para as portas e uma melodia por violinos inicia, e nosso
menininho vinha andando vestido em um pequeno smoking e uma
almofadinha rosa que tinha uma plaquinha escrita, minhas mãos foram a
boca com a surpresa.
"Mamãe ainda não estou pronta para participar, mas estou
presente com amor. Gabriela"
Havíamos feito o teste de sexagem fetal havia alguns dias e não
imaginava que ele havia pegado o resultado, ele se abaixa e pega as nossas
alianças e beija nosso menino, também me abaixo e o abraço, ele sai dos
meus braços e corre para o colo da Silvia que o agarra e dá vários beijinhos
nele, ficamos novamente um de frente para outro e o Gustavo começa a
colocar a aliança em meu dedo.
— Vanessa receba essa aliança como símbolo do meu amor, da
minha lealdade a você e principalmente da minha fidelidade. — Ele coloca
até o final do meu dedo e beija em cima, agora é a minha vez.
— Minha vez agora, quando conheci você pensei que seria um
homem que entraria e não me deixaria tão balançada e desejando cada dia
mais a sua presença, mas mesmo assim ainda tinha aquele meu lado que
dizia deixa o homem, continue fazendo o que sabe fazer de melhor, e
quando viemos para que eu conhecesse a sua família eu me encantei com
todos, mas nossa história não é como de outras pessoas, tivemos que escalar
um montanha e escavar o maior tesouro que poderíamos achar no meio de
todas as adversidades, mas o principal que tínhamos Forbes, é o nosso amor
ele nunca nos faltou, na verdade, eu te amo desde o dia que fiquei presa em
casa com você. — Tiro risadas dos membros da nossa família que conhece
a história das algemas. — Então, meu amor, meu Gusta e meu Forbes, eu
demorei a aceitar que você é o homem da minha vida, o meu amigo, pai dos
meus filhos, meu companheiro e parceiro para tudo. — Já estava chorando
após falar tudo o que sentia e desejava que ele soubesse.
— Gustavo, receba essa aliança como símbolo do meu amor, da
minha lealdade e principalmente da minha fidelidade. — Deslizo a aliança
pelo seu dedo e beijo selando meu compromisso com ele.
— Pelo poder em mim investido, eu vos declaro marido e mulher. —
O sorriso do meu finalmente marido é escancarado assim como o meu. —
Pode beijar a noiva.
Em um movimento lento, sua mão vem para a minha nuca e encosta
seus lábios nos meus e sinto todos os aromas que na última hora ele fez para
se manter controlado e não me arrancar do quarto.
— Eu te amo, Senhora Lira. — Voltamos a ficar de pé depois desse
beijo estilo cinema e olhamos para os nossos convidados que estavam em
pé aplaudindo.
Uma fila se forma para nos parabenizar e desejar felicidades, beijo e
abraço várias pessoas, pego meu filho no colo por fim e vamos para a área
preparado para a recepção vejo todos acomodados e meu marido me puxa
para dançar e assim fazemos, tiramos várias fotos e danço com muitas
pessoas.
No início da noite meu coração começa a se apertar.
— Amor, está na hora vamos lá entregar ele para o seu pai e a Silvia.
— Guilherme estava dormindo no meu colo.
— Tem certeza que não podemos levar ele querido, levamos uma
babá junto. — Meu coração estava partido por deixar ele sem a gente.
— Pare de drama, nessa viagem é só nossa e ele está seguro com
nossa família, agora vamos. — Ele estava falando se divertindo do meu
drama, mas por fim o entreguei e partimos para a nossa lua de mel.
Já havíamos decolado e estava ansiosa para chegarmos no nosso
destino, íamos conhecer a Tailândia, quinze dias naquele paraíso.
É um voo longo e cansativo, tivemos várias
paradas antes de realmente chegar no nosso
destino, Gustavo tentou me deixar o mais
confortável possível e sem contar que ele reclamou por não escolher uma
aeronave que tivesse a nossa disposição uma suíte.
O via cada vez mais preocupado por não estar confortável, tinha
tantos travesseiros ao meu redor que achava até sufocante e um pouco
engraçado, mas não queria reclamar para que ele não ficasse, mas chateado,
estávamos quase chegando ao nosso destino e poderíamos descansar à
vontade lá.
Depois de várias horas e muitos cochilos chegamos a um pequeno
aeroporto, nossa equipe de segurança estava esperando pela gente com
alguns carros na lateral da pista, Jorge e Hassan tinha tudo programado, eles
escolheram, mas algumas pessoas para ajudar eles principalmente por não
conhecermos os diversos lugares que tem por aqui.
— Graças a Deus terra. — Ouvia Jorge falando atrás da gente,
quando o avião decolou descobrimos que ele tinha medo de altura e não
havia nos contado.
Entramos nos carros que nos aguardavam e o Hassan entrou no
mesmo que a gente enquanto o Jorge foi no outro, chegamos no resort e
fiquei maravilhada com tudo, tínhamos um bangalô privativo para gente e
os de cada lado estavam reservados para a nossa equipe de segurança,
conseguimos finalmente ficarmos sozinhos e agora queria somente tomar
um banho e poder descansar de tantas horas de viagem.
Gustavo trouxe nossas malas enquanto eu abria as portas francesas
que dava de frente para a imensidão azul que estava na minha frente, e a
vontade de pisar naquela areia branquinha e me molhar naquele mar azul
quase cristalino que estava me convidando, mas o sono da minha Nemo está
falando, mas alto.
Entro novamente para o quarto e presto atenção nos detalhes na
grande cama com lençóis em cor de marfim com flores espalhadas pela
cama, toco no dossel que cai um tecido vem leve por cima da cama,
enquanto olho para os detalhes ouço o barulho de água enchendo a banheira
e a aproximação do meu marido, beijando meu pescoço, enquanto abre o
zíper do meu vestido que estava na minha costa.
— O que acha de relaxar um pouco antes de comermos algo para
dormir querida esposa? — Adorei ouvir dele que sou a sua esposa.
Sinto minha roupa fazer um amontoado de tecidos aos meus pés, e
meus seios ficando livres, também retiro o sapato e me viro de frente para o
meu marido que estava com uma camisa aberta apenas até a metade e só
com sua cueca, e finalmente olho de perto a tatuagem que ele fez no peito,
passo a mão por cima da proteção que estava e olho para ele que tinha um
sorriso vitorioso.
— Eu queria fazer faz algum tempo, e quando o Bruno cansou de
perder dinheiro apostamos fazer a tatuagem e um pouco, mas de dinheiro,
então entreguei o jogo para te fazer essa surpresa, você gostou? — Ele tinha
o olhar um pouco incerto, seguro o seu rosto e fico de pontinha dos pés e
beijo seus lábios com desejo e vontade.
— Tem problema molhar no mar ou pegar sol Gusta? — Ele apenas
concordou com a cabeça, me levantou e passei minhas pernas por sua
cintura e com cuidado ele nos levou para a banheira enorme que mais
parecia uma piscina, a água estava morninha e tinha uma fragrância gostosa
de lavanda.
— Sério que você iria querer trazer o Guilherme é? — Começo a
gargalhar e nego com a cabeça.
— Releva são os meus hormônios que estão no auge. — Ele começa
a rir e retira a proteção para que lave a tatuagem, que agora posso ver que é
um sol, ele percebe que não compreendo e me encaixa no seu colo melhor.
— É uma tatuagem Maori, para aquele povo o significado do sol é
de renascimento, já que ele nasce todos os dias, e coloquei o seu nome no
meio por que quando nos reencontramos voltei e renasci para a nossa vida e
para o nosso amor. — Olho em seus olhos cor de mel e o beijo com carinho,
agradecendo por tudo que ele fez por mim.
Nosso beijo fica mais urgente, sinto ele tirando a sua cueca e eu
tento tirar a minha lingerie também e com muito cuidado ele me encaixo em
sua ereção, fechei os olhos e me entrego a sensação do prazer que estamos
sentindo, as mãos dele estão no meu quadril estimulando o ritmo
confortável para nós dois, a sua outra mão está no meu ponto mais sensível
para me enlouquecer mais um pouco.
— Amo quando me aperta de forma. — Mostro para ele que consigo
fazer isso várias vezes, deixando-o com muito mais tesão, ele me puxa para
mais próximo e suga meu seio me deixando muito mais entregue ao seu
controle.
Continuo subindo e descendo alternando a velocidade, sinto a
ereção dele pulsando dentro de mim e as contrações da minha musculatura
começam a formar meu orgasmo, mas antes que pudesse chegar ao meu
ápice ele nos tira da banheira e me põe em pé no tapete e traz uma toalha
para nos secar e vamos para a cama.
Na cama, o olho com ternura passo a minha mão em seu rosto
enquanto ele tira alguns fios do meu rosto, fixo meu olhar no dele e consigo
perceber o quanto ele me ama, mesmo que no seu caminho até voltar a mim
ele tenha errado em algumas escolhas, seu toque, seus beijos são repleto de
ternura, antes mesmo que voltássemos a sentir qualquer prazer seus beijos
vão descendo e param na minha barriguinha de quase três meses que já
podemos enxergar.
— Papai ama muito você Gabi, prometo que irei cuidar de você
como muito amor e de nossa família também, agora fica comportadinha que
o papai precisa conversar um assunto ali com a mamãe. — Fico rindo dele
todo bobo conversando com a minha barriga.
— Deixa de ser bobo, preciso de você. — Ele não me suga, mas
seus dedos começam a fazer um carinho por cima da minha intimidade, me
deixando, mas úmida e sei que ele estava gostando disso.
Ele parecia incomodado com a ereção e também estava louca para
que ele entrasse com aquela linguiça grande e grossa dentro de mim e me
deixasse cada vez mais cheia dele.
— Gusta, preciso de você dentro de mim, por favor. — Minha voz
saiu com um pouco, mas de cheia de tesão que eu imaginava estar sentido.
Ele se encaixou de lado e passou uma de minhas pernas por cima do
seu quadril, e pincelou na minha entrada entrando devagar para que eu
pudesse me acostumar com a sua invasão, solto um suspiro de prazer
enquanto ele puxa meu rosto para nos beijar e sua outra mão começa a me
estimular, e a louca vontade de gozar me faz rebolar no seu quadril nos
deixando afoito.
No movimento rápido ele me deixa de bruços e continua entrando e
saindo de mim, sinto um orgasmo se formando e deixo que minha mente
vague para um lugar desconhecido, meu corpo começa a relaxar, mas meu
marido não me deixa ficar sem sentir prazer, ele me vira de frente para ele e
passa minha perna por um dos seus ombros e sem muita delicadeza ele
volta a estocar com força e mais ágil dessa vez, seguro em seu ombro e uma
nova onda de prazer me faz contrair toda a musculatura, só meu ventre e
fecho as pernas para aumentar o prazer, meu orgasmo explode em volta do
membro do meu marido enquanto sinto que ele me preenche
completamente com seu líquido.
Ver ele cansado e recuperando o folego, sem sair de dentro de mim
me deixa ansiosa por mais uma rodada de prazer, mas sei que isso são os
hormônios falando e faço apenas um carinho em seu rosto e ele se deita ao
meu lado e meu puxa para o seu peito e começa fazer um carinho na minha
costa enquanto com a outra mão ele puxa uma coberta sobre o nosso corpo
e começo a desligar a minha mente para que possamos descansar de nossa
viagem.
— Só um pouquinho amor, daqui a pouco peço algo para comer e
vamos passear… — Meu sono fala mais forte e não consigo escutar o resto
da sua fala.
Depois de algumas horas ainda o sinto agarrado na minha cintura,
mas começo a sentir fome, me mexo na cama e ele percebe que acordei.
— Oi, amor, que tal ir comer alguma coisa, e ir conhecer o resort. —
Fico empolgada e em pouco tempo estamos passeando por toda a
propriedade do hotel, seguidos por nossos seguranças, e caminhamos pela
areia, de mãos dadas, olhamos para o céu que começa a escurecer e nos
sentamos no chão mesmo.
— Minha, e será sempre minha colombiana, minha medrosa que no
final se mostrou, na verdade, ser a mulher, mas valente que já conheci e
tenho orgulho em dizer que é minha.
Gustavo, se sentou atrás de mim e me abraçava com carinho
enquanto víamos o por do sol, estava feliz e saber que tinha conquistado
tudo o que queria me deixava orgulhosa, meu marido continuava sendo um
homem poderoso e de bastante influência, logo iriamos começar a nova
empreitada dele na política e estaria ao seu lado lhe dando apoio e
conselhos caso precisasse.
O mais importante já tínhamos que é o amor da nossa família e ter
nossos filhos crescendo bem e com saúde.
— Amo você amor, não importa se é meu Forbes ou meu deputado,
para mim será sempre meu Gusta o homem que não desistiu de procurar a
sua medrosa.

Gustavo Lira
Após quinze dias somente nos dois naquele lugar maravilhoso,
voltamos para casa e começamos a organizar tudo para que minha
campanha politica fosse um sucesso e por sorte tenho bons amigos que me
ajudaram a conseguir bastantes votos.
Meus pais tem nos ajudado muito sendo nosso apoio com o
Guilherme, principalmente quando não podemos levar ele para algumas
reuniões do partido em outras cidades, no começo ele ficou bem chateado
com a nossa ausência, mas com o passar do tempo ele aceitou que
voltaríamos para casa.
Vanessa está cada dia mais linda com o barrigão de nove meses de
gravidez, hoje teremos uma consulta para ver como está tudo, ela insiste em
ter parto normal, já disse para irmos agendar e fazer tudo com segurança,
mas ele está irredutível com a escolha dela então fico na minha sobre isso.
Ela estava colocando um short que deixava a sua barriga bem
evidente e uma blusa com um laço nas costas, assim que terminamos de nos
arrumar descemos para ter a nossa refeição com a família que vieram todos
para a acompanhar o parto da Gabi.
— Mí hija, você tem certeza que não quer ir para o hospital e ter
logo minha netinha? — Concordo com o meu sogro, mas me mantenho
calado.
— Papai, meu corpo dará o sinal que está na hora, para que vou
querer adiantar o processo? — Hector bufa do meu lado e percebo que a
Silvia também deu um chute em seu pé.
— Acho arriscado, se posso agendar e ter o bebê em um ambiente
controlado e cercado de cuidado, porque dar margem para o azar. —
Vanessa começa a rir da Nik, que estava com uma cara de medo.
— Pessoal vocês estão mais preocupados que eu, jamais que
colocaria a Gabi em risco, mas quando ela estive pronta ela sairá daí. — Ela
faz um carinho na sua barriga e vejo apenas as ondulações.
É chegada a hora de ir para a consulta, e na saída de casa nosso
carro é cercado por diversas câmeras tentando pegar alguma imagem nossa,
tem ficado cada dia pior essa nossa exposição.
— Senhor, se passar por cima de alguns, o senhor me tira da cadeia?
— Hassan me pergunta e consegue tirar uma risada da minha esposa.
— Hassan, eu nem deixo você ser preso. — Minha esposa fala para
ele, que em resposta acelera o motor fazendo que os paparazzis se assustem
e saírem do nosso caminho.
Chegamos no consultório, a médica já nos aguardava, ela sabe que
somos pessoas que não podemos ficar muito tempo em exposição, então ela
sempre acaba nos atendo com prioridade.
— Bom dia, papais, e como andas as coisas, imaginei que nem
teríamos, mas essa consulta. — Ela fala rindo e inicia a consulta com a
minha esposa, faz todas as anotações necessárias e vamos para o ultrassom.
Vejo minha princesinha toda tranquila no seu ninho, pronta para
ganhar o mundo e nos diz que agora ela pode nascer a qualquer momento, é
só esperar, no final da consulta a Vanessa vai ao banheiro para se arrumar e
faço a pergunta que a dias quero fazer a médica.
— Doutora, podemos continuar tendo relações, porque nos últimos a
libido da minha esposa aumentou muito e tenho me preocupado de que
possa fazer algum mal para a Gabi. — Ela começa a rir e nega com a
cabeça.
— Não precisa se preocupar, na verdade, é até bom que mantenham,
assim a musculatura pélvica começa a dilatar, pode manter relações com
sua esposa tranquilamente. — Fico, mas tranquilo em ouvir isso.
Depois da consulta a levo para ir ao restaurante que meu amigo
Luigi abriu aqui em Miami e para a nossa surpresa ele e a Liza engrenaram
um relacionamento e assim que chegaram aqui eles foram agraciados com
um menino, que foi abandonado, na porta da casa deles, a Liza não quis
deixar nas mãos das autoridades e demos uma força para que adotassem o
pequeno Mauricio.
Passamos algumas horas no restaurante, mas as nossas mulheres
queriam passear e não ia negar o desejo de uma grávida que daqui a uns
dias ficará somente por nossa princesa, por fim ficamos andando por várias
horas e comparam mais algumas coisas que ela achavam que precisavam.
A noite em casa, Silvia disse que iria preparar o jantar com a ajuda
da Nik e mesmo assim ela se sentou ao lado para conseguir ouvir as
conversar enquanto me sentei com meu sogro e meu cunhado atualmente
estava gerenciando as empresas que ficavam em Dallas e estava muito bem,
Hector decidiu não envolver o filho nos seus negócios seria melhor que ele
tivesse uma vida tranquila na qual ele cresceu e ainda estava pensando no
que ele iria fazer com os seus negócios.
A nossa maior surpresa foi a Carolina, eles ainda estão em processo
de perdão e até onde sabemos, ela começou a fazer terapia de casal, tentou
matar ele umas duas vezes, mas com as novidades ele acabaram voltando a
morar juntos, mas como ela mesmo diz, não somos, mas um casal.
Depois do nosso jantar resolvi levar minha esposa para a banheira
para nos divertir um pouco a deitei no meu peito e fiquei fazendo um
carinho na sua barriga que estava para o lado de fora da água, como a
médica disse que não tem problema então aproveitarei enquanto posso me
satisfazer e ela também, entro com minha perna entre as dela que me deram
passagem para que minha mão consiga estimular seu clitóris, ela rebola a
sua bunda na minha ereção e não perco a chance de invadir a sua
intimidade, ela solta um gemido de prazer pela minha invasão, ela continua
rebolando e não consigo ficar sem soltar um gemido de prazer e alguns
palavrões, sua musculatura tem ficado cada vez mais apertada e percebo
que até seu orgasmo tem sido mais rápido.
Resolvo sair da banheira e vamos para a nossa cama, ajudo ela a
ficar de lado e sem muita paciência entro nela com força, a safada havia
deixado as porcarias dos vibradores na cabeceira da cama e para deixar
louca resolvo pegar um que suga, quando ela percebe a minha intenção a
safada tenta abrir mais ainda as pernas, fico rindo de como ela consegue se
tão fogosa assim.
Quando o vibrador encosta nela seu orgasmo vem forte e ela acaba
tendo um squirting molhando um bom pedaço da nossa cama, me levando a
loucura e a preencho com meu orgasmo, tento recuperar meu folego porque
ela precisa se limpar e tenho que trocar os lençóis da cama para poder irmos
dormir.
Ela se levanta devagar, ela faz uma carinha de dor e me preocupo,
seguro na sua mão e olho para ver se ela quer ir para o hospital.
— Amor, você está sentindo algo? — Ela segura a barriga e me dá
um lindo sorriso, ela encosta nossos lábios e me dá um beijinho e nega com
a cabeça, oh, mulher teimosa.
Depois que limpo a nossa cama e troco os lençóis, ela aparece na
porta do nosso closet de camisola e um olhar muito assustado.
— Gusta… — Ela fala ofegante e chama a minha atenção, vou para
o seu lado e percebo o chão molhado. — Acho que chegou a hora.
Minha mente trava quando ela fala, hora do que Jesus?
Ela começa andar de um lado para o outro e eu parecia aqueles
filhotes que anda atrás da mãe, não tinha ideia do que fazer, até que ela
segura no meu braço e se contem e se agacha.
— Gustavo, chama a sua mãe, acho que não conseguirei chegar ao
hospital, chama todo mundo, eu vou para a banheira. — Ela volta para o
banheiro e visto uma bermuda para chamar por todos que já haviam ido se
deitar.
Ligo para a minha mãe e digo que chegou a hora, ligo também para
a médica e peço para que ela venha até a minha casa, olho pela janela e vejo
que os reportes estão ainda lá esperando por novidades.
Volto correndo para o nosso quarto, no momento em que a Silvia
entrava no quarto apenas com uma camisola, saio entrando no banheiro e a
vejo de quatro se segurando na banheira, com uma carinha de dor e me
abaixo do seu lado e lhe dou a mão.
— Amor, vamos para o hospital? — Ela nega com a cabeça.
— Ela está vindo amor, sente aqui. — Ela pega na minha mão e leva
até o meio das suas pernas e sinto uma ondulação e um penugem, ela aperta
a minha mão e solta um suspiro de dor, mas não aguento a emoção, quero
trazer a minha filha ao mundo, entro na banheira atrás da minha esposa,
minha mãe chega toda descabelada e dá, as mãos para a Vanessa.
— Vamos lá querida, é hora de trazer a Gabi ao mundo. — Vanessa
começa a chorar.
— Não aguento Leticia, estou com falta de ar, e cansada. —
Massageio seu quadril, e tento acalmar ela.
— Calma amor, seu corpo sabe o que fazer, se já chegou até aqui
iremos até o final, falta pouquinho para ela conhecer a família dela meu
amor. — Ela encosta a sua cabeça na beirada da banheira e vejo seus olhos
azuis soltarem algumas lagrimas, e seguro na sua mão livre que volta a me
apertar.
— Amor, deixa seu corpo fazer o serviço, e ela virá. — Ela prende a
respiração e faz força, e no fim sorta um grito de dor, e seguro a cabecinha
da Gabi. — Amor, acho que só mais uma força e ela vem para o meu colo.
Olho para todos que estavam sentados no chão olhando para esse
momento magico que estava acontecendo na nossa casa, meu cunhado
tentava registrar tudo, eu já estava chorando esperando pela minha menina
que em menos de um minuto sai de dentro do corpo da sua mãe e vem
direto para os meus braços, ela é bem cabeludinha, e tão fofinha.
Choro de emoção com a minha filha no colo, tentando fazer ela
respirar e como já estava preocupado com o seu silêncio sugo o que tem no
seu nariz e na boca até que ela consegue respirar sozinha e com um choro
alto ela ganha o mundo e apresento ela a nossa família.
— Quero apresentar vocês, minha herdeira Gabriela Carrillo Lira.
— Entrego ela para a minha esposa que estava esperando para ter ela no seu
colo e agarro as duas nos meus braços.
— Ela é perfeita Gusta, e finalmente tive um filho parecido comigo.
— Todos caímos na gargalhada e vemos a médica chegar com uma equipe e
ela fica tranquila quando ver que tudo correu bem.
O resto da nossa noite foi em casa, a médica disse que não seria
necessário a nossa ida para a maternidade já que tudo ocorreu bem, de
madrugada com tudo limpo e organizado consigo colocar a Gabi no seu
berço, e volto para me deitar ao lado da mulher da minha vida que estava
olhando as fotos da nossa pequena, seu rosto podia ver a emoção que ela
estava segurando.
— Obrigado Gustavo, por me dar essa família linda que me acolheu
mesmo quando eu não merecia, que me fez sentir amada e me protegeu e se
uniu para socorre nosso filho, e depois de tudo receberam meu pai de
braços abertos sem julgar ou discriminar ele pelo que é, e principalmente
amor, quero gradecer você pelos dois diamantes que me deu, por ter me
dando a honra de ser mãe dos nossos filhos.
Fico comovido com o que ela me diz e me deito ao seu lado e a
puxo para o meu colo e faço um carinho no seu rosto cansado.
— Eu que tenho que agradecer a você meu amor, que me deu tudo
isso e que me devolveu a razão de amar e principalmente por ter me
roubando não somente as fichas de pôquer, mas meu roubou e me escondeu
em seu coração, eu sempre serei seu, minha rainha e estarei aqui para
proteger e guiar nossos filhos pelo caminho do bem.
Ajudo minha esposa a se arrumar na cama para que pudesse
descansar, porque daqui a poucas horas sabemos que uma bezerrinha
acordará e tomará toda atenção da minha colombiana.
E nossos dias seriam assim felizes e com a nossa família sempre por
perto para ver o crescimento dos nossos pequenos peixinhos.

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