A Colombiana 4 - Anne Vaz
A Colombiana 4 - Anne Vaz
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“Me perdoe se estou fazendo você ficar com seu coração partido o
meu também está, prometo que não vou facilitar que me encontre, te amo,
da sua eterna Nessa”
E assim ela se foi, deixando apenas um homem quebrado para trás.
— Vamos lá, Nessa, cria coragem, está na hora de se levantar e ir
atrás de emprego. — Falo comigo mesmo, enquanto me espreguiço e tento
criar forças para sair da cama.
Me levanto e vou para o banho e perco uns bons minutos por lá, e
fico pensando na reviravolta que a minha vida deu, principalmente desde
que precisei sair do Brasil praticamente fugida, porque meu ex ficante não
aceitou muito bem o nosso término, e até hoje ele me procura, sinto as
lágrimas começarem a escorrer dos meus olhos me lembrando dos seus
olhos e nas diversas promessas que ele fez, sei que pode ser loucura e meu
irmão Juan diz que nunca deveria ter fugido, mais eu precisava proteger de
qualquer mal que a organização que ele trabalha pudesse nos fazer.
Já se passou três anos e até hoje ainda me doe lembrar quando o
deixei naquela cama, ele prometendo que me encontraria novamente e
mesmo implorando que ele não o fizesse bem dentro de mim, eu queria que
ele realmente me achasse e entendesse os meus motivos.
Saio do box e começo sentir o calor texano, isso mesmo vim me
esconder aqui no Texas, porque meu lindo ex resolveu ir morar um período
no Brasil e não podia facilitar a chance que ele me achasse e estava cansada
de ver ele, e pior ainda saindo nas notícias com várias mulheres diferentes
enquanto eu ficava lambendo a minha dor de cotovelo.
Paro de me lembrar do passado e vou me vestir, saio do meu quarto
e passo pelas portas que ainda estão todas fechadas, e como não planejo
acordar ninguém tão cedo, porque não quero ouvir nada por enquanto, meu
irmão tem ultimamente pegado bastante no meu pé para que pare de sofrer
pelo Gusta, ou vou atrás dele e converso ou arrumo alguém para sair,
sacudo a cabeça negando as duas hipóteses e começo a preparar o café e
tinha alguns pães na cesta e os esquento para serem meu café da manhã e
antes que saísse deixo um bilhete avisando que darei uma volta na cidade
atrás de emprego.
Sou formada em direito, mais até hoje ainda não consegui tirar
minha licença aqui nos USA e eles não aceitam a minha carteira da OAB,
então não consigo empregos como advogada, e preciso me virar com os de
secretária, meu último emprego trabalhava para um velho magnata que
acabou perdendo tudo no jogo alguns anos atrás e trabalhava com ele
enquanto o novo dono não assumisse, mais quando o novo dono apareceu
meu antigo chefe resolveu me demitir antes que o novo dono o fizesse, ele é
um bom patrão me deu com todos os meus direitos e sempre serei grata isso
a ele.
Não passamos dificuldades graças os meus antigos chefes no Brasil
que me deram minha rescisão como se não tivesse pedido para sair, e sem
contar que peguei algumas fichas dele que estavam na mesinha de
cabeceira, nelas tinha o mil, bem grande, mais quando cheguei para trocar
descobri que, na verdade, o valor era duzentos vezes maior, então no final
roubei deles quatrocentos mil dólares e eu achava que era no máximo cinco
mil, mais guardei o valor ele rende uns juros ótimo e é com ele que
sobrevivemos.
Chego no centro da cidade e compro um jornal e começo a procurar
as ofertas que tem disponível por aqui hoje, encontro algumas vagas e uma
em especial me chama atenção é de secretária mais do setor jurídico de uma
empresa nova que é no mesmo prédio onde eu trabalhava e fico animada
quem sabe eu consiga, acabei conhecendo vária pessoa devido ao meu
antigo patrão.
Vejo que tem algumas outras oportunidades e circulo elas para olhar
depois, mas sinto que meu lugar será nessa empresa aí, e se conseguir será
graças aos meus antigos chefes Augusto e Eduardo, eles me ensinaram
muito e sempre serei grata a eles, então vou em direção ao antigo edifício
onde trabalhava e me identifico na recepção.
— Voltou a trabalhar aqui Nessa? — O segurança fala comigo assim
que coloco o crachá para poder subir.
— Se Deus permitir, sim, preciso muito voltar a trabalhar. — Ele
sorri para mim e me deseja sorte e subo para o andar que a recepcionista né,
informou e cruzo os dedos, e saio do elevador com o pé direito por que
nesse momento estou precisando de sorte.
E o setor está movimentado, todos andando de um lado para o outro
nervosos, parece que o estão fugindo de algum demônio, uma moça deixa
uma caixa cair do meu lado e me abaixo para ajudar ela em arrumar o que
se espalhou.
— Oi, estou aqui para a entrevista de secretária. — A moça olha
para mim até mesmo aliviada.
— Graças a Deus, alguém veio, ontem o rapaz do marketing
cometeu um erro e a maioria dos jornais foi recolhido e até agora não havia
aparecido ninguém, vem vou te levar.
Caminhamos pelo meio de algumas cabines que tem suas divisórias
altas, não consigo ver quem está andando por elas, mas percebo a
movimentação do meu lado esquerdo, consigo avistar os cabelos de um
homem passando e a moça me puxa para o entrar na cabine e me põe de
costa e sinto um perfume maravilhoso, e ela apenas põe seu dedo no lábio
pedindo silêncio, quando já não consigo sentir aquele perfume maravilhoso
ela sai do cubículo e olha para os lados e me puxa para fora e fico rindo
porque até agora não entendi o que está acontecendo.
— Vem vou te apresentar ao senhor Maycon. — Ela me puxa para
uma sala, que mais parecia que tinha sido visitada por um furacão de tanto
papel que havia espalhado.
— Senhor, uma candidata apareceu. — E uma cabeça aparece no
meio da pilha de documentos que tinha na sua mesa e me estico para o
cumprimentar.
— Me chamo Vanessa Díaz, senhor. — Ele abaixa os óculos e me
cumprimenta
— Me diga Vanessa qual a sua formação? — Da para ver que ele
implora que seja capacitada.
— Sou brasileira e lá eu me formei em direito, mas infelizmente não
consegui advogar ainda, enquanto me formava eu trabalhava em um
escritório de advocacia na minha cidade. — Consigo perceber o quanto ele
está aliviado.
— E o seu último emprego foi esse? — Nego com a cabeça.
— Não, eu trabalhava para o antigo CEO e ele ficou receoso que o
atual me demitisse sem meus direitos e ele fez isso por mim. — Ele põe as
mãos na frente o rosto e agradece aos céus.
— Graças a Deus, está recontratada, pode começar hoje, o CEO está
enlouquecendo todos os setores, ele quer um balanço completo até o fim da
semana, porque ele não pode ficar aqui no, ele mora em Vegas e vai
embora no final da semana. — Olho para meu mais novo chefe e percebo o
desespero dele nesse momento.
— Posso, sim, o que precisa para poder tirar esse monte de papéis
na sua mesa? — Ele me explica tudo direitinho e começo a trabalhar e
quando consigo uma folga mando uma mensagem para o meu irmão para
avisar ele que consegui um emprego e que esta tudo bem, que quando
chegar mais tarde conto as novidades para ele, vou até o Rh e a Andreia que
já me conhece prepara todas as minhas papeladas e me avisa que amanhã
preciso ir à clínica realizar os exames de admissão, quando termino volto
para minha mesa e tento organizar tudo o que posso por que amanhã
chegarei um pouco mais tarde e o meu chefe terá uma reunião com o dono
da perfumaria nomeei ele assim porque acho incrível que ninguém ainda
não sabe o nome dele, apena o apelidaram como o rei do pôquer, dizem que
é porque ele vem ganhando várias empresas assim, e quando pensam que
ele perderá, ele consegue tirar a empresa e tudo mais que o pobre coitado
apostar na mesa do jogo.
No fim do dia consegui organizar bastante coisa e entro na sala do
meu chefe que já consegue respirar melhor sem tantos papéis na frente da
sua cara e ele sorri grato para mim.
— Senhor Maycon, se não precisar mais de mim, eu estou indo
embora, preciso cuidar de um assunto na minha casa. — Ele agradece e me
libera, me lembro de falar sobre amanhã.
— Senhor, está tudo pronto para a reunião de amanhã, já expliquei
para Rose o que fazer e como ela pode lhe ajudar caso algo possa dar
errado, mas tenho certeza que vai tirar de letra amanhã, só respire fundo e
assim que terminar na clínica venho correndo. — Ele sorri me agradecendo.
— Não precisa ficar preocupada, fez mais por mim em uma tarde do
que posso agradecer, agora pode ir, pode vir depois do almoço amanhã. —
Eu o agradeço e saio para a minha mesa e pego minha bolsa e vou para os
elevadores e saio feliz do meu primeiro dia de emprego, é algo que amo, e
voltei as origens, como já está tarde pego um táxi e vou para casa estou bem
cansada e quero apenas me sentar no meu sofá e sentir o melhor cheiro que
existe.
Chego em casa e pago o taxista e olho para minha casa e ela está
toda desligada, conseguimos alugar uma casa muito boa em um residencial
bem seguro, porque muitos disseram que aqui era muito perigoso e como
ficar o mais longe possível da Flórida viemos para o outro lado do país,
tinha certeza que não me acharia embaixo do nariz dele.
Entro em casa, desligo o alarme e ligo as luzes e minha casa estava
vazia, o que estranho meu irmão já deveria ter chegado do trabalho, ele
conseguiu um emprego na área de TI em uma empresa de refinaria de
petróleo e ele era o homem de confiança do vice—presidente, desde que ele
começou a trabalhar lá uns seis meses atrás não conheceu o dono ainda que
mora fora daqui.
Largo minhas coisas no balcão da cozinha e começo a preparar o
jantar por que daqui a pouco minhas dragas aparecem.
— Querida cheguei meu amor… — Meu irmão é um babaca, a
maioria dos nossos vizinhos acham que ele é meu marido por que ele tem
esse costume de quando chega em casa.
— Estou na cozinha Juan… — Ele chega e me beija, vai para a
geladeira e pega uma long neck, e se senta para me ouvir sobre as
novidades do dia. — Saiu caladinha de casa, agora me diz como foi seu dia.
— Meu sorriso fica maior e conto para ele sobre tudo o que aconteceu, e
somos surpreendidos pela Nicole que entra na cozinha.
— Oi, pessoal, deixei o recado na caixa postal de vocês, mais
ninguém me respondeu, eu estava com o Gui lá em casa. — Me abaixo e
pego minha pequena preciosidade no colo, e me derreto toda em como meu
filho é carinhoso. — Ele já jantou e está de banho tomado, só não coloquei
o pijama dele.
— Não tem problema não Nicole, vou me atentar aos recados, hoje
meu dia foi corrido e comecei a trabalhar outra vez. — Gosto muito dela, se
tornou a pessoa que mais confio para ficar com meu filho.
Ela se despede e termino de fazer o jantar e o Juan fica com o
Guilherme enquanto limpo o que sujei e fico admirando a beleza que ele
herdou do pai, depois que já tenho tudo arrumado subo com meu menino e
vou para o seu quarto para que ele possa dormir, ele se deita com seu
livrinho preferido e fico rindo.
— Totoria mamãe… — E lá vou eu para mais uma noite com
histórias para meu pequeno.
M e levanto para correr um
pouco e deixar a minha mente
controlada um pouco, estou
no Texas para poder assumir meu posto de CEO da GL Oils, tem um ano
que mudei o nome da empresa, essa demorei muito para assumir, não tenho
boas lembranças de como a conquistei, ela foi a primeira que ganhei no
pôquer e foi no dia que aquela medrosa me abandonou bêbado e ainda por
cima me levou muito dinheiro, que não faço ideia como ela conseguiu fazer
isso.
Estou passando por um pequeno parque e tem algumas mulheres se
exercitando aqui também e todas estão me olhando gosto de me exibir, só
mudei esse habito enquanto estava com a medrosa que me transformou no
maior cretino que existe, a um ponto que minha mãe chegou a deserdar.
Enquanto estou correndo avisto uma mulher alta, com o corpo muito
lindo e com luzes me aproximo dela e me apresento.
— Bom dia, linda, a vista daquele restaurante ali deve ser linda, não
é? — Aponto para um restaurante mais badalado da cidade, e toda vez que
venho aqui sempre tenho reserva garantida para poder ter minhas reuniões
sexuais ali.
Fiz amizade com o Luigi, o filho do dono, então ele gosta da
atenção que chamo, ele diz que sou um ímã para mulheres, então ele se
aproveita disso, outro cretino e ele nem tem uma história tão fudida como a
minha.
Ele pegou a noiva na cama com o antigo socio do pai dele, alguns
dias antes do casamento e ainda tentou aplicar o golpe do filho na conta do
meu amigo, e isso me fez morrer de medo, a única mulher que eu queria ter
filho não me quis e da última vez que a vi ela estava casada e muito bem
gravida, então resolvi fazer uma vasectomia para nenhuma mulher tentar
aplicar essa de filho na minha conta.
— Realmente deve ser linda, mas nunca tive a oportunidade de ir
naquele restaurante. — Puxo minha carteira e dou para ela um cartão da
minha assistente pessoal, ela saberá o que fazer com essa mulher mais
tarde.
— Caso queira conhecer para jantar e depois curtir uma sobremesa
no hotel, liga para essa pessoa que ela vai lhe dar as coordenadas. — Ela
pega o cartão e fica me olhando com um sorriso bem safado, então sei que
minha foda noturna está garantida. — Agora preciso ir, se aceitar o convite
te vejo mais tarde.
Deixo—a para trás e ligo para a Rosy, minha assistente, ela é uma
boa moça e nunca dei em cima dela, não misturo prazer com negócios,
tenho medo que não consiga outra pessoa tão eficiente como ela, me tornei
um homem extremamente controlador e preciso que tudo seja conforme o
planejado, já tenho várias empresas que me fizeram entrar na Forbes com
empresário revelação no último ano, tripliquei a minha fortuna e ainda levei
o Bruno comigo.
Hoje não somos mais sócios e ele entendeu muito bem o porquê eu
queria sair e indiquei outro cara com quem estudei, e ele tem um
pensamento bem-parecido com o meu, espero que o Douglas não deixe a
fortuna subir a cabeça, porque uma coisa é certa, no método que apliquei na
empresa de telecomunicações do Bruno fez com que o capital aumentasse
de tamanho no primeiro trimestre, transformei o meu amigo em um dos
homens mais ricos da América Latina.
Estava completamente suado e só queria uma ducha agora, tenho
uma reunião com o diretor do setor de advocacia para saber como anda as
coisas, e espero realmente que tudo esteja nos conformes, porque eles
tiveram mais de uma semana para se organizar com relação a tudo isso.
Pego um conjunto de terno e deixo separado em cima da cama e
entro no box e deixo a água no gelado para amenizar o calor que estou
sentindo, e pequenos flashs daquela medrosa aparecem, solto um suspiro
pesado e me amaldiçoou por não conseguir superar aquela mulher, tenho
certeza que ela fez algum feitiço para que eu sofra até hoje por ela.
FLASHBACK ON
FLASHBACK OFF.
FLASHBACK ON
— Deixa de ser teimosa e procure ele e diga que esta gravida, ele
tem o direito de saber que tem um filho. — Olhava para ele como se fosse
tão fácil assim.
— Juan, ele tem saído todo dia estampando as manchetes brasileiras
com uma modelo ou uma puta qualquer, você acha que ele quer me ouvir
depois de tudo, estamos com quase dois meses longes, ele pode dizer que
estou grávida de qualquer um. — Meu irmão começa a rir de mim.
— Vanessa estamos nessa brincadeira de esconde—esconde desde
que voltou de Vegas, você acha que ele não vai te ouvir? — Achar não,
tenho certeza.
— Se estivesse no lugar dele, o que faria? — Ele pensa um pouco e
foca a sua visão em algo mais distante.
— Não sei Vanessa, nunca vi você tão envolvida com alguém como
ficou com ele. — Isso é verdade.
— Juan como poderia me envolver com alguém se o nosso pai só
fazia escolhas erradas, e sempre tínhamos que fugir de madruga ou a hora
que fosse para que não fossemos mortos. — Meu irmão não sofreu tanto
como eu, ele é bem mais novo, então sempre precisei cuidar dele e escondi
o máximo que pude para que ele não percebesse o que estava acontecendo
dentro de nossas vidas.
— Você sabe que não tenho palavras para agradecer o quanto
precisou abdicar para me proteger de toda aquela bagunça que nosso pai
fazia. — Infelizmente uma noite não tivemos tanta sorte assim, no meio do
matagal alto o meu pai nos deixou escondidos e ele foi em outra direção
para que não nos achassem, mas ele acabou sendo capturado pelos capangas
do Carrillo e desde então estamos tentando fugir deles também.
Meu pai escondeu uma grande fortuna e quantidade de drogas em
algum lugar na Colômbia, mas nunca soube onde é que ele tenha escondido
tudo isso, e nem se realmente é verdade.
Por isso que sempre tive medo de me envolver com alguém, eu
poderia também ser a responsável por uma morte.
— Eu sei, meu irmão. — Acabamos desconversando, porque não
quero que o pai do meu filho acabe se envolvendo com tudo o que meu real
nome possa trazer, um nome que nem gosto de pronunciar.
FLASHBACK OFF
— Sei Juan, mas o Guilherme está crescendo, e acho que logo ele
vai me perguntar quem é o pai, sabe que o Gui é um garotinho muito
inteligente, acho que puxou isso de família. — Começo a rir, dele que faz
uma cara de muito ofendido.
— Ai, Vanessa, assim você realmente me ofende. — Ele volta a
beber a sua cerveja.
— Fala sério Juan, inteligência você não tem nenhuma, nem sei
como conseguiu concluir o primário. — Caio na gargalhada, eu adoro
perturbar meu irmãozinho.
— Às vezes tenho quase certeza que você que é a criança na nossa
família, deixe ser uma mãe mal e apresente o Guilherme ao pai dele, não se
esqueça que o meu sobrinho tem o direito de conhecer o outro lado da
família, que não somos apenas nós três. — Abaixo a minha cabeça por que
sempre reconheci esse meu erro.
Sei que todos ficarão bastante magoados comigo depois que
souberem o que escondi de todos o nascimento de um neto, principalmente
a dona Leticia e o senhor Afonso, também fico imaginando como esteja a
Helena e o bebê que a Bia estava esperando, eles devem ser praticamente da
mesma idade, me arrependo de não ter falado sobre o Gui para eles no
passado, agora tenho que conviver com as consequências e também com o
que pode acontecer no futuro, criando meu filho sem o pai dele.
Ficamos assistindo ao jogo e meu irmão encrenqueiro me fala.
— No dia que eu estiver bastante irritado com você, ligarei para esse
bonitão que você ainda ama e conto toda a verdade, chega de se esconder,
está passando da hora de você contar a verdade para esse homem, peça uma
dispensa, vá para o Brasil, procure por ele. — Nego com a cabeça. — Você
é teimosa, você que sabe, mais um dia mais cedo ou mais tarde a vida vai
proporcionar esse encontro para vocês dois, e pode ter certeza que haverá
tanta mágoa no meio de vocês que talvez essa paixão que sente não
conseguirá superar tudo o que já aconteceu. — Fico olhando para ele
desacreditada.
— De onde saíram essas pérolas de sabedoria meu irmão, eu que
deveria dar conselhos assim para você. — Ele ri da minha cara e me puxa
para um abraço.
— Sim, deveria, mas é burra demais. — Tinha que me ofender,
estava demorando.
Ficamos assistindo ao jogo até tarde e depois vamos para nossos
quartos para descansar.
Na manhã seguinte já estava sentada na recepção para fazer os
exames de admissão e seria a próxima, Rose que havia ficado para ajudar o
senhor Maycon já havia mandado várias mensagens perguntando sobre algo
que não estava entendo e tentei o máximo ajudar ela, perguntei várias vezes
se não queria que eu voltasse e faria os exames em outro momento, mas ela
disse que não precisava que o CEO estava tranquilo aceitando as
explicações e documentos que eles já passaram para ele.
Depois de algumas horas finalmente estou passando pelas catracas
do prédio de advocacia, aperto os botões dos elevadores e duas portas se
abrem, estou ouvindo minhas músicas, então não consigo perceber se o
outro elevador tinha alguém ou não, sinto aquele perfume que senti ontem
outra vez, talvez seja o CEO que estava no outro elevador, graças a Deus
entrei nesse e não no outro, começo a cantar baixinho a música que estava
ouvindo e o perfume fica mais forte, mais as portas estavam se fechando e
eu estava encostada no painel de botões.
A porta finalmente se fechou e fui para o meu setor que estava me
esperando para superar o CEO arrogante.
S aio da cama e deixo a loira lá por
enquanto, mas daqui a pouco
acordarei ela para que ela possa
voltar para a sua casa, não durmo com mais tomei isso como regra há muito
tempo, não quero mais me iludir por causa daquela mulher.
Saio do quarto pelado e vou para a sacada do meu quarto e olho para
a noite movimentada que tenho, e a cidade é muito bonita, mais não iria
conseguir morar aqui, é quente demais, pelo menos mais que em Vegas,
mais meu desejo mesmo é voltar para casa, mais dona Leticia disse que só
posso frequentar nossa casa depois que eu melhorar meus modos, não
entendo que modos são esses.
Meu irmão não se mete, ele entende os dois lados, e sei que ele não
quer ficar no meio dessa briga que minha mãe criou entre nós dois, mas
sinto falta de todos eles, tenho perdido o crescimento do Adam e da nossa
princesinha Helena.
Sinto uma leve brisa e me deixo voltar para os dias que passei com
aquela medrosa, eu tento mudar os rumos dos meus pensamentos, mas nem
sempre consigo e os flashes daquela nossa última noite que ficamos juntos
como cada uma de nossas carícias teve um peso de despedida, as lagrimas
começam a se formar em meus olhos e a seco.
— Que tal procurar uma ajuda psicológica e tentar entender o
porquê não a esquece, ou melhor, ir atrás dela. — Olho para trás e percebo a
loira toda descabelada na porta da varanda enrolada no lençol.
— Porque não sei onde ela está, e nem sei se realmente quero
encontrar com aquela mulher novamente. — Ela se senta na espreguiçadeira
e fica me olhando.
— Te dou uma hora grátis se quiser, esqueci de te falar, mas sou
terapeuta. — Ela solta uma risada gostosa e olho para ela com cuidado,
porque é tão difícil me apaixonar por outra mulher como sou por aquela
medrosa.
— Não sei se quero falar, mais como sabe que tem alguma mulher
no meu passado? — Ela bate no espaço do lado dela e vou andando meio
receoso.
— Você me chamou de Vanessa mais de três vezes e depois me
acusou de medrosa. — Abaixo minha cabeça e fico envergonhado.
— Me desculpe, a história é bem complicada para mim… — Viro
meu rosto para as estrelas e sinto mais uma lagrima escorrendo. — Por que
não foi embora quando troque seu nome?
— Nenhuma história para mim que sou terapeuta é complicada,
estou aqui para te ajudar a entender o caminho e a solução do que
acontecerá, e só para que decore me chamo Elizabeth, mas os mais íntimos
podem me chamar apenas de Liza, e não fui embora por que há muito
tempo eu não tinha um orgasmo tão maravilhoso como o que você me deu.
— Caímos na gargalhada.
— Eu me apaixonei por essa mulher de uma forma que não
conseguia compreender na época, deixei muita coisa para trás para que ela
se sentisse segura, mas descobri que não era o suficiente, meses depois a
achei em outro país e ela estava linda gravida de outro. — Ela franziu as
sobrancelhas e tento explicar. — Sei que não era meu, porque a última vez
que tivemos juntos não bateria com o tamanho da barriguinha de grávida
que ela estava.
Solto um suspiro pesado, fecho os olhos e me deixo lembrar daquele
dia.
— A Vanessa é a mulher mais linda que já tive o prazer de conhece
Liza, e desejei durante muitos meses que aquele bebê fosse meu, mais com
o passar do tempo tudo foi mudando dentro de mim, me tornei o que você
está vendo aqui. — Olho para ela e seu rosto estava tranquilo.
— Posso ser sincera com você, talvez doa o que vou te dizer. —
Fecho os olhos e aceito a sua opinião.
— A procure uma última vez, converse e ponha tudo em pratos
limpos, seja honesto com você mesmo, e caso o caminho que ela escolher
não for o mesmo que o seu, é sinal que está na hora de que esqueça ela e
encontre outra pessoa, mas não assim como faz. — Começo a rir.
— Minha investida foi tão ruim assim? — Ela rir descaradamente na
minha cara.
— Sério Gustavo, você me deu um cartão, falei com a sua assistente
que me fez milhões de perguntas sobre minha saúde e como me previno. —
E estranho por que ela deveria ter assinado o termo de confidencialidade.
— Não assinou nada? — Vou precisar chamar atenção da Rosy, e
isso nunca aconteceu.
— Claro que assinei, e envie por e—mail para a sua assistente, o
que me faz pensar o quão poderoso você não deva ser. — Ela começa a rir.
— E isso é interessante? — Ela nega com a cabeça.
— Sempre tive pé no chão, e soube assim que me abordou que seria
talvez uma transa, posso ter uma carinha de abobalhada, mas sei o que
quero e não é formar minha carreira na fama de alguém. — Me viro
completamente para e a olho com mais atenção, ela toca em meu rosto e
minha respiração sai leve como a muito eu não a tinha.
— Não faça isso, eu nunca serei a sua medrosa, seja o oposto dela e
a procure mais uma vez e tenha a conversa que precisa para terminar com
essa tormenta na sua vida e possa ser livre. — Aceito o que ela me diz e
está realmente na hora de tentar achar ela mais uma vez.
— Obrigado por conversar comigo Liza, eu prometo que farei isso.
— Ela se levanta elegantemente e anda na pontinha dos pés.
— Agora me retiro, e obrigada pela foda magnifica que você me
deu, não esperava que fosse ser assim. — Fico em pé e tento esconde meu
pau com as mãos e ela fica rindo.
Fico vendo ela se arrumar para ir embora e ofereço pagar um táxi
para ela que nega e faz uma cara quase que ofendida.
— Posso não ser rica, senhor Lira, mas tenho dinheiro para poder
voltar para casa. — Fico rindo dela.
— Me diga que tem um cartão aí com você, quem sabe eu precise de
outra consulta em algum momento. Ela se vira de costa e me pede ajuda
com o seu vestido e fecho o zíper.
— Sua assistente me acha, ele deve ter um arquivo completo agora
mesmo com meu nome enorme na capa. — Acho que ela deve estar lendo
muitos livros.
— Você é hilaria, a pasta deve ter no máximo seu contato e
residência e o que você mesmo passou. — Ela pega a sua bolsa e vai para a
porta. — Até um dia Gustavo, e faça o que lhe disse, está na hora de se livra
desse sentimento que o prende no lugar, adeus.
A ver partir me deu um gatilho enorme, mais dessa vez não vou me
afundar na bebida, amanhã tenho uma reunião importante para participar e
sei que provavelmente terei muita dor de cabeça.
Me sento no pequeno escritório, montado para mim aqui nesse
quarto e tento me concentrar em algumas coisas que preciso fazer, vejo que
a empresa do Bruno não cresceu como eu disse que seria nesse trimestre e
faço uma nota mental para que veja o que está acontecendo por lá.
Mando um e—mail para a Rosy pedindo que ela providencie minha
ida para Argentina o mais rápido possível, de preferência ainda essa
semana, ainda tenho que ir na refinaria ver como está o balancete desse
mês, sei que essa empresa nunca me deu dor de cabeça desde que comecei a
administrar ela.
Com tudo resolvido volto para a cama e fico olhando as estrelas e
me lembro da história que minha sobrinha sempre conta sobre como ela
ganhou a sua mãe, pedindo—a ao papai do céu.
— Quem sabe né, não sou muito religioso, mais se ouviu as orações
de uma garotinha por que não poderia ouvir a história de um homem, que
está quebrado de todas as formas que poderia se imaginar, deixe—me
encontrar com ela outra vez e saber se ainda existe amor entre a gente. —
Sinto meu corpo ficar tão relaxado e até mesmo tranquilo e pego no sono.
Sonho com ela caminhando com a Bia e minha mãe, acordo e o dia
já estava amanhecendo, saio da cama, peço meu café e vou para o banho e
me arrumar para sair, quando já estava completamente arrumado parecendo
o CEO, o café já estava na mesa arrumado apenas me esperando me sento e
olho meu tablet para ver se tinha algo de importante para esses dias.
Do lado de fora do hotel, tem um carro a minha espera para ir para o
escritório e dessa vez me surpreendo com a organização do lugar e vou para
a sala do advogado que está no responsável.
— Arrumou uma faxineira presumo? — Ele fica rindo e me estende
a mão.
— Bom dia, senhor Lira, quase isso contratei uma secretária e ela
tem bastante experiencia e nos deu uma força enorme ontem mesmo. —
Fico rindo.
— Depois me apresente a essas mãos magicas. — Caímos na risada,
mas entendo o que ele quer dizer antes de achar a Rosy, passei por uns
maus bocados, entramos na reunião que durou a manhã seguinte.
— Fico muito satisfeito com o progresso que a empresa fez até aqui,
espero que ela cresça mais ainda, mas agora tenho que ir preciso ir à sede
da refinaria que tenho aqui também. — Apertamos as mãos e entro no
elevador para descer.
Olho para o relógio e acho que ainda consigo ir almoçar no Luigi,
quando as portas se abrem sinto o perfume dela e olho para os lados e uma
voz baixinha mais quando paro na frente do outro elevador que estava
quase toda fechada não vejo o rosto da mulher apenas ouço a sua voz bem
baixinha, parece muito com a dela mais tenho certeza que é apenas coisa da
minha cabeça olho para o elevador e vejo em que andar ele irá parar,
quando vejo o número do andar e ia entrar para averiguar quem é a dona do
perfume e da voz meu telefone toca e não espero que toque uma segunda
vez.
— O senhor está atrasado, devo cancelar a reunião com os
acionistas da refinaria? — Respiro fundo.
— Não chegou lá em poucos minutos. — Saio da frente do elevador
e saio do prédio indo para meu outro compromisso.
— Vai ficar para outro dia conhecer você.
E ntro no escritório e me
surpreendo em ver que estava um
brilhando de tão limpo, acredito
também que o CEO invisível também já deva ter saído já que todos estão
andando pelo andar, matando tempo no bebedouro ou na máquina de café
que fica próximo à pequena copa que temos aqui em cima no nosso andar.
Entro na sala do meu chefe e ele está concentrado na tela do
computador com um sorriso no rosto, peço licença e ele se levanta da sua
poltrona e me dá, um abraço e me surpreendo com a atitude dele.
— Desculpa, mais porque estou sendo abraçada mesmo? — Eu
falava com ternura e meu chefe me solta e segura minhas mãos, percebo o
quanto ele está feliz.
— O Senhor Pôquer saiu daqui bastante satisfeito com o que
apresentei para ele hoje na reunião, e ele ficou impressionado em como
você deixou tudo arrumado e principalmente sobre a planilhas de nossos
gastos com os novos empreiteiros, e para falar a verdade eu também estou.
— Fico rindo do meu chefe, vejo ele voltar para o seu lugar enquanto eu
pego alguns documentos na sua mesa para arquivar e outras para dar baixa.
— Que isso, senhor Maycon, eu apenas fiz o que deveria, e é meu
serviço prever problemas e já ter uma ideia para soluções. — Ele me olha e
me entrega mais uma pasta.
— Por Deus que não te deixo mais escapar, foi muito perspicaz no
seu relatório, parabéns. Agradeço mais uma vez e saio da sua sala e vou
para a minha mesa terminar de arrumar a bagunça que tinha ainda e
preparar uma das mais duas reuniões que meu chefe teria ainda durante o
resto do dia.
Enquanto estou arrumando a sala de reuniões onde o senhor Maycon
realizará a nova, eu decido ir tomar um café, deixo todas as pastas com as
planilhas em ordem para a reunião fluir sem a minha presença, enquanto
estava saindo as sala, os primeiros a chegar passam por mim e logo depois o
meu chefe e peço a permissão para ir tomar meu café e mostro para ele que
está tudo pronto apenas aguardando a chegada dele, me afasto da sala e vou
para a copa e vejo que não tem uma gota de café.
— Faço tem problema não. — Resmungo comigo mesmo enquanto
limpo a cafeteira e começo a preparar o suficiente.
Me sento em uma das cadeiras na pequena mesinha que tem aqui
dentro, pego o meu celular que havia colocado no bolso de trás da minha
calça e começo a olhar as milhões de mensagens que tem no meu celular,
tem mensagens de mais de um ano que tenho medo de abrir e me sentir pior
do que eu normalmente já me sinto, apenas por pensar nos erros que escolhi
no decorrer dos meses que foi se passando.
Mas uma me chama atenção, da Nicole é de mais cedo bem mais
cedo. Fico preocupada e abro para ver o que se trata.
NICOLY: Oi, mais uma vez, seu irmão retornou, ele também não
pode voltar agora do trabalho, estou aguardando o seu retorno.
NICOLY: Consegui falar com o seu irmão, e ele me pediu para que
levasse o Gui para o escritório dele, meu pai está me levando até lá,
desculpa mais uma vez mais foi urgência.
Não acredito que ele ainda por cima vai me fazer a cozinha para ele
depois desse susto todo, mais só de ele cuidar do nosso menininho tão bem
como se ele realmente fosse o pai dele e sou muito grata por tudo o que o
meu irmão faz pelo meu filho.
— Algum problema? — Andrea me perguntava tomando o seu café.
— Mais ou menos, minha “babá” precisou deixar meu filho com o
meu irmão no trabalho dele, teve uma entrevista para faculdade e ela o
deixou no serviço do meu irmão e agora estou preocupada. — Falo com
sinceridade, ela conhece o Gui faz algum tempo, tinha convidado ela para ir
na minha casa e apresentei ela para meu menino.
— Não se preocupe, ele está bem com o seu irmão, é melhor ir à
reunião, terminará em poucos minutos, e não se esqueça a doutora Elizabeth
está lhe esperando. — Ela fala rindo e sai da copa com seu pequeno copo de
café.
Fico olhando para a mensagem do meu irmão e reviro os olhos com
o tamanho da coragem dele de ainda me fazer ir para a cozinha essa noite,
termino o meu café e volto para a minha mesa para preparar a última
reunião de hoje.
Depois de algumas horas meu irmão me avisa que estava indo para
casa com o Guilherme e que ele me encontrava lá, depois que a reunião
acaba com meu chefe ele me dispensa para que eu possa falar com a médica
do trabalho, ele disse que ela me aguardava.
Vou até o andar onde a médica fica, tem uma porta de vidro o nome
dela estampado entro pela porta, me identifico para a sua secretaria ela disse
que podia entrar a quem medica disse que podia me sentar.
— Então Vanessa Díaz é isso? — Confirmo com a cabeça e olho
bem para essa mulher loira na minha frente, ela parece muito feliz e
continua falando perguntado sobre a minha vida. — Então você não é
americana, é de onde?
— Fui criada em muitos lugares, nasci em uma província na
Colômbia, passei alguns anos no Brasil e tem um pouco mais de um ano
que vim para o Texas com a família. — Ela para de escrever e esse olhar de
espanto quando falo que sou imigrante é tão constrangedor.
— Então você é casada? — Ela me pergunta e volta anotar, eu dou
meu melhor sorriso.
— Muitas pessoas acham que sim, mas, na verdade, moro com meu
irmão e meu filho de dois anos. — Ela concorda com a cabeça.
— E o pai dele? — Odeio quando começam a perguntar sobre
minha vida partícula e acho que ela percebeu meu desconforto.
— Perdi o contato e acredito que esse tipo de pergunta não faz parte
do questionário de admissão? — Ela apenas sorri e me diz que posso ir, que
já tinha as informações que ela precisava para o meu arquivo profissional.
Saio da sua sala e vou para a minha mesa pegar a minha bolsa, meu
chefe disse que já estou liberada para ir e nos despedimos, hoje como estou
preocupada pego um táxi para ir mais rápido para casa.
Assim que passo pela porta vejo meu menino deitado no sofá com a
sua naninha e chupeta dormindo com a TV no volume bem baixinho
cantando Mundo Bita, passo para a cozinha e meu irmão já tinha iniciado a
lasanha.
— Finalmente a bela incomunicável deu o ar de sua graça, o que o
houve? — Me sento na banqueta e ele me abraça como sempre e me dá um
beijo na cabeça.
— Você sabe que ignoro ligações com medo, e foi isso me perdoe.
— Olho para ele, e sei que preciso superar esse meu medo da família Lira.
— Tenho algo para te falar, mais quero que você entenda que eu
realmente te amo, mais que tudo nessa vida, quero a felicidade do meu
sobrinho e principalmente a sua. — Olho para ele e fico preocupada com o
que aconteceu hoje.
— O que aconteceu Juan. — Ele volta para o fogão e sua atenção
para a lasanha que estava preparando.
— Conheci hoje o meu chefe, e ele conheceu o Guilherme também.
— Fico preocupada será que ele foi demitido.
— Juan, Jesus, você foi demitido hoje? — Ele nega com a cabeça,
mais o seu rosto não estava melhor.
— Meu chefe é o Gustavo…
E stou no carro indo para o anexo
da GL Oils, que fica a poucas
quadras aqui da sede, a reunião
dessa vez é com os outros acionistas da empresa, mesmo que na época eu
tenha ganhado a empresa por inteiro eu não tive coragem de destruir o
sonho de alguns dos acionistas que deram a vida para erguer a empresa
então acabei entrando em acordo com ele, eu teria 60% e os outros 40%
seriam divididos entre eles em partes iguais minha sorte que no início eram
apenas mais quatro sócios e com eles desgostosos da situação acabaram
vendendo a sua parte para os outros que tinham interesse.
Meu telefone toca, olho para o visor e o nome da minha assistente
aparecia no visor do celular.
— Diga o que precisa Rosy. — Olho para o relógio e sei que estou
atrasado.
— Dez minutos atrasados, transferirei a sua viagem para a
Argentina para o período da noite. — Reviro os olhos, parece que a Rosy é
mais minha chefe que o contrário.
— Rosy, respira e assim que minha reunião acabar falo com você
sobre isso, estou descendo do carro e entrar no edifício, até mais tarde. —
Deixo—a falando sozinha, por às vezes ela gosta de gerenciar demais a
minha vida.
O motorista me deixa na frente do prédio e vou entrando sem olhar
muito para as pessoas, a minha reunião é na presidência, com alguns
funcionários de outros setores também.
Entro no elevador e um sorriso começa a se formar em meus lábios,
quem será a mulher que gosta de usar o mesmo perfume daquela medrosa, e
sempre que sentir aquele cheiro me faz lembrar, é um perfume comum e
quase sempre sinto alguma mulher usando—o por aí.
Quando chego no andar da presidência tem uma comoção enorme e
muitas gargalhadas, mas quando me veem, eles parecem ratos fugindo de
um barco naufragando, adoro ver isso, sigo para a sala que já sei onde fica e
vejo um dos chefes se aproximando.
— Bom dia! Senhor Lira, como está? — O Fábio é um jovem que
está em ascensão, mas deu azar que o pai dele tenha me dado a empresa
como pagamento da dívida no pôquer e ele ficou sem poder oferecer a
cadeira de céu para o filho.
— Bom dia, Fábio, me diz que a reunião já está toda organizada? —
Ele confirma com a cabeça e me surpreendo com um garotinho correndo
pelos corredores e aponto para a situação.
— O sobrinho do nosso engenheiro de TI ficou sem “babá” hoje, e
eles não conseguiram falar com a mãe do garotinho, e eu permiti que ele
ficasse aqui com a gente, é um doce de garotinho. — Olho meio em dúvida
questionando a decisão do Fábio.
— Espero que não seja corriqueiro isso. — Ele sorri meio que
envergonhado e deixo claro que não gostei de ver uma criança no setor,
coloque em uma creche. — Vamos, preciso ir para Argentina ainda hoje.
Vou caminhando com o Fabio até uma das salas de reunião e me
sento na cadeira de CEO e espero que eles comecem com a reunião, um
rapaz entro e ele se identifica como o engenheiro de TI, e ele fica bem
surpreso quando me vê sentado com toda certeza ele deve me conhecer.
— Juan esse é o Senhor Gustavo Lira é o CEO da nossa empresa,
Gustavo esse é o cara que me ajudou muito em organizar toda a parte de
informática. — Fábio nos apresenta, e volto a olhar as melhorias que o
rapaz em todos os departamentos e fico muito feliz em ver como tudo
melhorou muito.
— Parabéns, Juan, vejo que foi um ótimo acréscimo a nossa equipe,
finalmente conseguimos nos conhecer. — Quando falo com ele, parece que
ele consegue recuperar do susto e se senta em seu lugar e fica lisonjeado
pelo meu elogio.
— Senhor Lira, saiba que sempre fui muito fã do seu entusiasmo e
perseverança. — Fico um pouco sem entender, e iniciamos a nossa reunião
que deixo definidos algumas estratégias para o próximo trimestre e tenho a
certeza que a sempre alcança e talvez consiga até mesmo ultrapassar as
metas que havia pensado para a empresa uns meses atrás.
Quando finalmente a reunião acaba um pouco mais depois da hora
do almoço, a secretaria chama o Juan e ele pede para ela aguentar só mais
um pouquinho e ela sorri para ele e sai da sala.
— Juan o garotinho é seu filho? — Olho para o lado de fora e o vejo
deitado no colo de outra mulher.
— Não senhor, ele é meu sobrinho, mas garanto ao senhor que é o
garotinho mais importante da minha vida, a mãe dele fez escolhas erradas e
não a jugo, tivemos uma vida muito complicada, por isso infelizmente tive
que deixá—lo hoje aqui comigo. — Olho para o garotinho, que vira o rosto
na minha direção e olho com cuidado para aquele rostinho frágil e tão
familiar, olho de volta para o meu funcionário.
— Pode ir para casa, tire o resto do dia de folga. — Mas enfatizo ser
somente por hoje.
— Não se preocupe, a mãe dele vai me dar uma boa recompensa
após ter um surto. — Ele fala rindo e sai andando pela sala para pegar o
pequeno garotinho.
Termino a minha reunião com todos e uma mensagem no meu
celular me chama atenção.
LIZA: Espero receber uma boa recompensa, mais sobre a sua hora
de terapia acredito que tenha certas informações para você.
Espero que ela retorne a mensagem por que ela acabou de ser
visualizada, meu coração começa a palpitar cada vez mais rápido, e em vez
de uma frase ela me envia vários emojins de surpresos.
Sabia que o Eduardo não deixaria de contar para ela que tinha nos
encontrado.
Ouço ela descer pela escada e começo a mexer no meu tablet e tento
melhorar a minha fisionomia para que ela não perceba meu medo, se recebi
a mensagem ela também deve ter recebido, mais como ela desativa
qualquer tipo de mensagem com certeza ela não deve ter percebido que
devemos estar sendo vigiados.
Na manhã seguinte, depois que a Vanessa sai para o trabalho, eu
mando uma mensagem para meu chefe e digo que não estou me sentindo
bem, decidi não contar nada para ela, confiando que o Gustavo tenha
percebido a semelhança e tenha ficado um pouco mais curioso e procure
por ela, me levanto e olharei para ver se o Gui já está acordado, entro no
seu quartinho ele ainda estava na sua cama em forma de carrinho, sinto uma
presença atrás de mim e me assusto quando vejo a Nicoly.
— Bom dia, desculpa se te assustei. — Ela se diverte e saímos do
quarto e pego em sua mão.
— Bom dia, princesa, preciso da sua ajuda hoje e é muito
importante o que faremos. — Nicoly é uma menina muito linda e mesmo
tendo muita vontade de ter algo com ela, não consigo também me envolver
e acabar trazendo para os perigos que é a nossa vida.
— Ok, mais o que aconteceu? — Tento contar o mínimo para ela,
apenas para que ela me ajude a proteger o Gui na esperança que o Gustavo
procure a Vanessa hoje, mais preciso facilitar as coisas um pouco.
— Arruma uma malinha para ele que farei uma ligação rápida e já
volto para saímos. — Pego meu celular e vou para o meu quarto e ligo para
quem imaginei nunca ligar, pelo menos não sem permissão.
Dois toques e sou atendido.
O dia de ontem foi muito complicado, estou cansada de tanto fugir com
meu pai e meu irmão, essa não é a vida que a minha mãe sempre desejou
para mim e para o Juan, falta um pouco mais de um mês para o meu
aniversário de quinze anos e só queria poder ter a minha festa de debutante
como qualquer uma das minhas amigas já teve, mais sei que não
conseguirei, depois de tudo o que tem acontecido.
No dia que o chefe do meu pai invadiu a nossa casa, eu ouvi meu
pai conversando com a minha mãe e ele dizia para ela o antigo endereço da
nossa casa em Bogotá, ele dizia que a aposentadoria dele estava lá.
— Vanessa, querida acorde! — Uma pessoa falava ao meu lado e
sentia o seu toque uma pequena pressão no meu ombro.
Abro os olhos devagar e percebo que meu braço estava com um tipo
de gesso, o que aconteceu ontem, começo a ficar nervosa.
Olho para todos os lados e percebo que estou em um hospital,
procuro pelo meu pai e meu irmão, tento me levantar da cama e estou com
gesso até um pouco acima da coxa, porque não lembro o que aconteceu
ontem.
— Senhorita Vanessa, como se sente? — Olho para a moça que
estava na minha frente com um aparelho na mão, vestida com uma roupa
lilás hospitalar e percebo que esse lugar dever ser muito caro, como meu pai
vai pagar por tudo isso.
— Desculpa, mas me chamo Yolanda Carrillo, sabe me dizer onde
está meu pai e meu irmãozinho? — A Moça me olha espantada, mas
consegue sorrir e pede licença.
Fico olhando para tudo ao meu redor para tentar me achar, ontem
estávamos em uma província de Cuzco e me lembro que meu pai pediu que
tentasse voltar para casa, os homens do meu tio estavam muito perto de
chegar perto, então entramos no meio do mato e conseguimos escapar, e
depois não me lembro de mais nada.
Olho pelas janelas e não consigo identificar onde estamos, mas é um
prédio por que tem vários carros passando na rua lá embaixo e um senhor
um pouco mais velho entra no quarto com o mesmo aparelho nas mãos.
— Boa noite, senhorita, me chamo Renan, sou neurologista e estou
responsável pelo seu atendimento, pode me dizer o que se lembra? — Olho
para ele, e mais pessoas começam a entrar do quarto onde estou deitada.
— Estava no meio de uma plantação com meu irmão, estávamos
correndo e tropecei em algo… — Tento forçar a minha mente, mais nada
vem lembro do meu pai de joelho e meu tio com uma arma na cabeça dele,
começamos a correr quando ouvimos o som do disparo e meu pai caindo no
chão, é a última coisa que me lembro mais não preciso falar isso para ele.
— Qual o seu nome e a sua idade querida. — Ele começa anotar
algumas coisas naquele negócio na sua mão.
— Me chamo Yolanda Carrillo, tenho quatorze anos. — E nesse
momento todos os que entraram no quarto onde estou se olham.
— Querida pode parecer estranho nesse momento, mais ontem você
sofreu um acidente de carro e passou por uma cirurgia no crânio, essa
memoria que você tem ela é antiga ou pode ser somente algum tipo de
imaginação, mais o que posso dizer a você que as pessoas que se importam
com você estão aí fora esperando para te ver. — Me ajeito na cama e sinto
um desconforto na perna.
— Não estou conseguindo entender, onde estou? — O médico me
olha meio preocupado e começa a falar devagar.
— Você está em Dallas — Texas, e nos seus documentos que o seu
noivo nos entregou seu nome é Vanessa Díaz tem 27 anos. — Fico em
choque com a informação que ele me dá. — Eles estão aí fora esperando
para poderem entrar, deixarei que entrem mais não precisa se forçar em
algum momento a sua memória voltará. — Concordo com o médico,
mesmo não tendo muita certeza de alguma coisa e agora estou com medo
vou conhecer alguém que eu nem me lembro.
— Doutor, me diga uma coisa. — O médico se vira para mim
novamente, ele estava quase na porta saindo. — Meu noivo se chama
Guilherme? — Ele me olha em meus olhos e nega com a cabeça.
— Não querida, seu noivo se chama Gustavo Lira. — Ouvir esse
nome me faz sentir como se tivesse perdido alguém, e uma dor volta a me
incomodar, a enfermeira aplica algo em emus braço e sinto um sono
invadindo meu corpo.
As pessoas que entram me chamam atenção e me sinto terrivelmente
protegida ao lado de todos eles, mais o que estava na frente me olha
diferente, me olha com amor e preocupação.
— Desculpa, mas quem é você? — Seu rosto fica incrédulo com a
minha pergunta, ele puxa a cadeira e se senta ao meu lado.
— Vanessa sou o Gustavo, lembra nos conhecemos no Brasil, elevei
você para o casamento do meu irmão em Las Vegas, consegue lembrar? —
Coloco a mão livre na minha testa e forço a memória e tudo o que me
lembro foi o que aconteceu ontem em Cuzco.
— Sinto muito moço, mas não lembro de vocês e nem sou essa tal
de Vanessa, acho que estão me confundindo com alguém, meu chamo
Yolanda e meu irmão Miguel precisa de mim. — Lembrar do meu irmão
ainda tão pequeno e sozinho onde quer que seja me preocupa, ele é minha
responsabilidade, prometi a mamãe que cuidaria dele.
— Querida sou eu a Bia, nos conhecemos tem quase quatro anos,
você trabalhava com meu marido ali o Eduardo lembra, nos conhecemos no
Brasil lá em Curitiba. — A dor de cabeça começa a ficar cada vez pior, e a
moça resolve parar de falar. — Descanse Vanessa, não se preocupe com
nada, iremos resolver de tudo o que seja necessário, estamos tentando
localizar o Juan e o Guilherme. — Quando ela fala esse nome forço a me
sentar na cama e meus olhos se prendem no espelho no banheiro que estava
na frente da cama, e realmente vejo o quando minha aparência mudou, não
pareço em nada com a menininha de 14 anos, mas volto a me concentrar
— Guilherme, quem é? — Eles se entreolham, mais o dito meu
noivo começa a fazer um carinho na minha mão que está livre do gesso.
— Eu também gostaria de saber meu amor, quem é Guilherme, sei
que deve estar tudo muito confuso aí dentro, mas prometo que vamos te
ajudar a ficar melhor e não se preocupe protegeremos vocês também. —
Olhar para aqueles olhos cor de mel me fez sentir uma coisa estranha,
parecia que alguma coisa na minha barriga me deixava atraída por esse
homem, e eu gostei de ficar perto dele, mais a minha cabeça ainda me vejo
uma menina.
— Por favor, não me chame assim, minha cabeça está confusa e eu
acredito que tenho apenas 14 anos, acho que não é o ideal eu me relacionar
com um velho. — Quem estava no quarto começou a rir do meu
comentário.
— Se sou velho a culpa é sua bonitinha, mas tudo bem e como quer
que te chamemos? — Olho para ele e peço talvez falar meu nome para eles
seja perigoso para eles, assim como é perigoso para mim.
— Meu nome é outro, e não quero que vocês corram perigo,
parecem ser boas pessoas e meu pai me deixou uma herança muito
perigosa, podem me chamar de Vanessa, parece que todos já estão
acostumados a me chamar assim. — Eles apenas sorriem.
— Gusta, procurarei um hotel para nos hospedar aqui e já reservar
um para os nossos pais enquanto procuro o Juan e o Gui. — A Bia se
aproxima um pouco mais de mim.
— Você ficou muito mais linda com o passar dos anos minha amiga,
e o Guilherme é lindo também, espero que a sua memória volte logo,
estamos aqui para ajudar e sempre serei a sua amiga. — Ela me dá, um
beijo no topo da minha cabeça e volto a relaxar um pouco mais e tento virar
um pouco de lado.
Vejo o casal saindo do quarto onde estou e se despedem de mim e
do Gustavo que agora se senta ao meu lado e estava com a mão em cima do
gesso da minha perna.
— Precisa de alguma coisa, Vanessa, está com fome, posso pedir
para trazerem algo para você. — Olhar para ele todo prestativo é tão
bonitinho, então apenas aceito a sua oferta.
— Obrigada por estar sendo gentil comigo Gustavo, imagino que
devemos ter alguma história juntos, mas agora infelizmente não posso dar
respostas que você precisa, na verdade, eu também quero resposta. — Ele
me faz um carinho pelo meu rosto e sinto a vontade que ele me beije e me
recordo…
LEMBRANÇAS ON
LEMBRANÇA OFF
LEMBRANÇA ON
LEMBRANÇA OFF
Sinto outra dor de cabeça, e a vontade de chorar é mais forte que eu.
— Eu o abandonei, não é? — Falo com a dona Leticia que se
assusta com o choro.
— Sim, querida, você deixou uma carta para ele, e falou com o
Eduardo também sobre que estava indo embora, pegou algumas fichas dele
de pôquer e simplesmente evaporou com o passar dos dias. — Tento me
levantar para sair do chuveiro, ela me ajuda a me secar e vestir aquela roupa
horrorosa de hospital, as enfermeiras entram no banheiro e me ajudam a
voltar para a cama e colocar as bombinhas nos meus seios.
— Acho que realmente eu não tenho 14 anos, já que devo
amamentar uma criança. — Fico pensando preocupada em como ele deve
estar sem mim e meu irmão também.
— Querida te garanto que não tem, mas ainda estou muito chateada
com você, mesmo que não se lembre e assim que a sua cabecinha voltar ao
normal prometo que vou te dar algumas palmadas. — Sinto uma vontade de
rir, mais me seguro para não deixar essa linda mulher irritada comigo, ela é
tão amorosa e cuidadosa comigo.
Ela sai do quarto e as meninas vão com ela, ligo a TV bem baixinho
e fico tentando puxar algumas coisas na mente, principalmente do
Guilherme e algumas coisas vem. Quando o Gustavo entra no quarto falo
para ele o que consegui me lembrar, ele se declara olhando em meus olhos e
meu coração se derrete quando ele me toca.
Fecho os olhos e sinto o seu cheiro, me lembro do seu cheiro, do
tom da sua voz, da cor dos seus olhos, e ele me xingando no banheiro morto
de bêbado, fico rindo dele.
— Ultima vez que nos falamos, me chamou de maldita? — Ele olha
em meus olhos e me dá, um sorriso meio envergonhado.
— É um bom sinal que está se lembrando das coisas. — Ele me fala,
mas se engana que vou ser vencida.
— Porque gritou comigo, me chamando de maldita? — Ele engole
seco.
— Porque não estava sabendo lidar naquele momento que você
estava me deixando, estava muito bêbado também amor. — Ponho a minha
mão em seu rosto e fecho os olhos para continuar ouvindo a sua voz, me
sinto bem com isso.
— Ainda não consigo acreditar que entre a minha última lembrança
que foi ontem em Cuzco aconteceu tudo isso que está borrado, consegue me
entender. — Sei que pode ser complicado para todos eles compreenderem
que eu não sou essa Vanessa que eles se lembram.
Para mim, essa Vanessa medrosa que eles relataram para mim, não
sou eu. Vivia como os chefes do Narcotráfico, meu pai me ensinou a atirar
para me defender, me ensinou usar uma faca para que deixasse qualquer
homem impotente se ousasse me tocar.
Não sou medrosa, sou Yolanda Carrillo, filha de Pablo Carrillo, o
antigo chefe do Cartel Carrillo, mas meu pai nos enfiou nesse mundo de
fugas.
— Tenho paciência, mas quero apenas que nos dê mais uma chance,
e me conte realmente o que tem acontecido com você. — Ele mantém a sua
mão em meu queixo e algo que parecer comum entre nós dois, deixo um
sorriso escapar e vou me aproximando dos seus lábios, ele me beija com
cuidado e sinto a saudade que ele diz que sente de mim.
Aprofundamos o beijo e lembranças começam a invadir a minha
mente, minha mão livre vai para seu cabelo e o puxo para mais perto de
mim, as suas mãos entram pela brecha do meu pijama hospitalar e seus
toques me fazem me lembrar quando ele me deixou presa na cabeceira da
cama por que perdeu a chave da algema, um sorriso escapa dos meus lábios
e ficamos sem folego.
— Definitivamente não tenho 14 anos Gusta. — Ele me olha
incrédulo e me beija várias vezes.
— Você lembrou da gente? — Sorrio para ele, e meneio com a
cabeça.
— Lembrei de algumas coisas, parece que seus gostos de me manter
presa na cama eu gostava muito. — Ele cai em uma gargalhada e toco o seu
rosto. — Não lembrei de tudo, ainda tem uma grande abismo entre meus
quatorze anos até o dia de ontem.
— Mas você se lembra da gente. — Concordo com a cabeça.
— De algumas coisas, sim, mais… — Preciso falar sobre o
Guilherme.
— Gusta. — Tiro a sua mão do meu rosto e respiro fundo. — Me
desculpa, mais por hora não posso te dar cem porcento que meu filho é seu,
não me lembro dele ainda mais aqui no meu coração sei que é, não sei
porque não te procurei o contei sobre a gravidez, espero que me perdoe
sobre isso. — Ele mantém seus olhos nos meus e um sorriso de canto
escapa dos seus lábios, ele se levanta e pega algo na bolsa e me mostra.
— Me diz que não é a minha cara? — Olho para a criança da foto e
meu coração se aperta e sinto a falta e principalmente preocupação por onde
ele deve estar com o meu irmão.
— Ele é a cara do meu vizinho, olha só? — Viro a foto para ele e
apronto, mas a careta que ele faz é impagável.
— Não brinca com coisa seria mulher, te prendo na cama outra vez
e fazemos mais uns três parecidos com ele. — Começo a rir e ele me beija
mais uma vez.
— Essa forma já foi quebrada, só saiu esse mesmo. — Ele fica
pálido quando falo isso, mais antes que pudéssemos continuar nossa
conversa a Bianca entra e dona Leticia também entra logo atrás
acompanhadas por seus maridos.
— Olha só quem vejo com um sorriso no rosto depois do susto de
ontem. — Seu Afonso me olha com carinho e se aproxima e me dá um
beijo no topo da minha cabeça, Gustavo continua sentado ao meu lado na
cama e fica fazendo carinho na minha coxa.
— Lembrei de algumas coisas, mas ainda tem uma lacuna muito
grande na minha cabeça e já conversamos sobre isso, não é Gusta? — Ele
apenas confirma.
— Vamos conversando sobre as lembranças dela devagar para que
aconteçam no seu próprio tempo. — Fico grata por ele não me forçar a ficar
lembrando das coisas.
— Vamos Gustavo está na hora de ir procurar por eles, o sinal do
celular estava é um pouquinho longe daqui e precisamos ser rápidos. —
Eles me olham e o Gustavo me dá mais um beijo em meus lábios.
— Estou indo procurar o nosso filho, princesa, deixarei alguém para
cuidar da sua segurança enquanto estiver aqui no hospital, e assim que tiver
alta vamos para nossa casa. — Olho para ele, e parece que ele tem tudo
planejado, então apenas concordo com ele.
— Deixe a menina pensar com calma, sabe que as coisas não são
assim Gustavo, não cometa os erros que cometeu no passado por querer ser
apressado. — Fico ouvindo a discussão deles, enquanto minha mente vaga
pelas lembranças da minha infância.
Depois de uns bons momentos vendo—os conversando, eu fico
quietinha depois que eles saem e a Bia vem me abraçar.
— Vanessa como você está linda? — Dona Leticia já havia me dito
isso também. — Você morena ficou linda, não que não fosse quando era
loira, mas ficou muito diferente.
— Você teve um menino não foi? — Pergunto meio insegura, mas
sinto que sim.
— Sim, o Adam ele tem um pouco mais de dois anos, e a Helena
está quase oito, os dois estão muito sapecas. — Elas começam a me contar
várias coisas, que imagino que deveria saber e me sinto cada vez mais triste
ouvindo todas as histórias e caio no choro e deixo as duas muito
preocupadas.
— O que houve Nessa? — A Leticia me pergunta.
— Sinto muito, sinto muito mesmo porque eu não deixei vocês
conhecerem o Guilherme, ainda não posso justificar os meus motivos, mais
quero que a senhora me perdoe por não ter deixado que conhecesse o
Guilherme a mais tempo, sinto que fui tomada pelo medo, e me lembro do
Gusta desfilando com várias mulheres diferentes, não sei se é esse o
motivo, mais quero que vocês me perdoem pelo, o que fiz. — Fico
chorando por alguns momentos e elas tentam me acalentar.
— Não se preocupe minha amiga, vocês dois vão conseguir se
acertar e vão poder conversar sobre tudo o que passou, olhe para mim. —
Ela ergue meus olhos e enxuga minhas lagrimas. — Vocês são perfeitos
juntos, e iremos resolver qualquer coisa em família.
Ficamos conversando até anoite, quando finalmente eles retornam.
O uvir ela me dizer que sofria me
vendo com outras mulheres me
fez pensar em como a fiz sofrer, e
com certeza ela não me procurou porque deve ter ficado com medo de que
eu não acreditasse que o bebê fosse meu, mais tudo isso conversaremos
depois que ela conseguir se lembrar de tudo.
O, mas importante é que a memória dela volte e que encontre o Gui
e o Juan, depois vamos nos acertando devagar e não posso me esquecer de
pedir uma pequena ajuda para o Bruno, talvez ele conheça esse pessoal da
Colômbia.
Estamos no carro indo em direção onde estava o sinal do celular do
irmão da Vanessa, atravessamos praticamente a cidade e entramos em um
condomínio muito organizado, e vamos andando pelas ruas muito tranquilas
e paramos em frente uma casa de dois pisos.
Descemos do carro e meu pai toma a frente para conversar seja com
quem for, ele aperta a campainha e aguardamos ser atendidos.
Uma mulher muito bem vestida abre a porta meio desconfiada e nos
cumprimenta.
— Bom dia, senhora, desculpa atrapalhar seu dia e sua rotina,
estamos procurando pelo irmão da Vanessa e pelo filhinho dela. — A
mulher olha para gente meio desconfiada e ia fechar a porta.
— Espere por favor, eu sou o pai do Guilherme e a Vanessa está
internada no Hospital depois que ela foi atropelada ontem, sei que não nos
conhece mais, temo que o irmão dela e meu filho estão correndo perigo,
quero apenas proteger minha família. — Ela respira fundo e nos deixa
entrar em sua casa.
— Me chamo Carla, e assim como a Vanessa sou imigrante tentando
vencer na vida, ela nunca nos contou muito bem o que aconteceu na sua
vida, mas sabia que ela tentava esquecer o grande amor da vida dela. — Ela
vai até a cozinha e traz copos e uma jarra de suco, nos indica para sentar.
— Minha filha é a “babá” do Gui e ele é uma criança adorável, está
aprendendo a falar, esta sofrendo um pouco para fazer o desmame, mas até
uns dias atrás ele conseguiu ficar dois dias, até que ficou meio doentinho e a
Vanessa foi demitida ele acabou voltando a mamar, não imagino como eles
estejam fazendo em questão a isso. — Olho para o meu pai e não entendo o
que ela diz.
— Como assim, eles, sabemos apenas que o Juan saiu da cidade
com ele indo em direção a Flórida. — Meu irmão fala meio inseguro.
— Minha filha foi com o Juan, ela me deixou um bilhete dizendo
que ela não teria coragem de deixar ele sozinho com o tio dirigindo, na
verdade, acho que minha filha está apaixonada pelo Juan, ele é um bom
rapaz e trabalhador, mas sei que eles têm um segredo e não quero minha
filha envolvida com coisa errada. — Entendo o que ela nos diz.
— Qual a casa deles, preciso pegar algumas roupas para a Vanessa e
providenciar a mudança dela. — Ouço uma tossida do meu lado e meu pai
olha feio.
— Você não aprendeu com seus erros mesmo? — Ele nega com a
cabeça.
— Fora de questão deixar ela voltar para essa casa sozinha, ou com
quem quer seja, ainda mais agora que ela está sem memória. — Agradeço à
mulher que nos recepciona. — EU prometo que assim que encontrar os dois
eu a mandarei de volta em segurança, precisamos apenas encontrar eles. —
Ela me entrega o bilhete que a filha escreveu.
MAMÃE
Mãe sei que vou ficar de castigo pelo resto da minha vida, mas
não posso deixá-los sozinhos, o Gui ainda é muito pequeno e eles
precisam de ajuda nesse momento, acredito que alguém deva aparecer a
nossa procura, tenha cuidado.
Te amo com amor Nik
LEMBRANÇA ON
LEMBRANÇA OFF
O ver entrando no quarto rindo, me faz ter uma crise de raiva, pego
o travesseiro que estava em baixo da minha perna e taco na cara dele, todos
ficam olhando a minha reação.
— Filho de uma mãe, você me deixou algemada na cama. — O
olhar de todos no quarto, varia de incrédulos a diversão.
— Querida você se lembrou desse dia. — Ele me dizia com um
sorriso safado no rosto.
— Tanta coisa para se lembrar, ela se lembra de quando o namorado
quis dar uma de Cristian Grey com ela, mais é burro demais e esqueceu a
chave na casa dela, que tiveram de sair do hotel com ela nua e algemada
para libertarem os braços dela.
Ouço o que o irmão dele conta, mais essa parte eu não consigo
lembrar. Todos começaram a rir da situação e resolvem ir para o hotel onde
estão hospedado e Gustavo me ajuda a me despedir de todos eles, com
muito beijos e abraços.
Depois que eles se vão ele senta ao meu lado e me mostra o que ele
trouxe, no meio tinha várias roupas e alguns, porta-retratos.
— Me dá aquele ali. — Eu estava grávida, lembro que no dia
seguinte foi o meu parto. — Essa foto foi no centro de Buenos Aires, havia
ido comprar algumas coisas que estava faltando para o parto, andamos
muito e no dia seguinte o meu bebê nasceu. — Ele olha para a foto e fica
em dúvida.
— Tem certeza, sua barriga está tão pequena aqui. — Eu me lembro
disso e apensa confirmo com a cabeça.
— Sim, eu fiz uma barriga tão pequena, se eu tivesse meu celular ia
mostrar para você como fiquei pequena, e o Guilherme era um meninão. —
Falar dele me dá uma saudade. — Conseguiu alguma novidade sobre eles
Gusta?
Somos interrompidos pelo médico de plantão e damos atenção a ele.
Q uando sinto a maciez do travesseiro no meu
rosto, fico um pouco assustado com a
recepção que agora essa morena me dá,
ouvir as gracinhas do meu irmão me deixam feliz, algo deve ter acontecido
para que ela tivesse essa atitude.
Quando ela me conta sobre o episódio da algema, fico feliz que a
memória dela tem retornado gradualmente e espero que volte rápido, havia
entregado a ela o porta retrato e tenho quase certeza que a foto foi tirada no
dia que a vi antes de entrar no restaurante com meu socio argentino.
Saber que ela estava grávida de um filho meu naquela época me
deixa triste, queria tanto poder ter participado da gestação dela, como eu
iria amar aquela mulher com nosso filho dentro dela.
Somos interrompidos pelo médico que entra no quarto dela, com um
sorriso no rosto.
— Desculpa interromper a noite de vocês, mas saiu o resultado da
tomografia ainda pouco e como amanhã não serei eu de plantão, prefiro dar
as notícias. — Olho para a Vanessa que parece até um pouco mais otimista.
— Então doutor nos dê uma boa notícia. — Digo ao médico que
mostra algumas imagens no tablet dele.
— Como estou mostrando aqui para vocês o inchaço devido o
trauma da batida, diminui muito deixando seu cérebro quase que no
tamanho normal, já deixei prescrito alguns medicamentos para dores de
cabeça que terá ainda por alguns dias. — Olho para a Vanessa que solta a
respiração até eu mesmo me sinto um pouco mais aliviado.
— E quando poderei ter alta Dr. Renan? — Espero que minha casa
já esteja sendo arrumada para que ela fique confortável.
— Dá minha parte já está de alta, fica apenas dependendo do
ortopedista para vê como está o seu braço e a perna. — Fico aliviado em
saber que ela está bem.
— Doutor ela começou a ter partes de memória, e parece que a cada
novo flash seu humor vai para essa lembrança. — Ele olha para ela e
começa a rir.
— O cérebro é uma caixinha de surpresa senhor Lira e ninguém tem
realmente ideia de como ele funciona depois de uma lesão como ele teve,
então as variações de humor serão normais toda ver que a lembrança vier
para ela será como se tivesse vivendo aquilo pela primeira vez. — Percebo
que ela fica um pouco constrangida e se mexe na cama.
— Um exemplo disso, se uma lembrança sexual acontecer, vai
perceber que ela vai ficar mais envergonhada e o corpo vai dar sinais… —
somos interrompidos por uma tosse.
— Tudo bem, eu já entendi, e gostaria que minhas lembranças não
fossem foco da conversa de vocês. — Ela fica um pouco nervosa e
começamos a rir dela.
— Desculpe senhorita, mas deixarei a sua alta assinada para
amanhã, e fica apenas na espera do ortopedista. — Devolvo os porta
retratos que tinha nas mãos e me levanto para cumprimentar o médico que
estava quase saindo do quarto.
— Doutor só mais uma pergunta, os lapsos de memória que ela terá
agora em diante, pode ser que acontece que uma lembrança mais antiga
venha a tona? — O médico coloca a mão no queixo e parece confuso.
— É uma boa pergunta, senhor Lira. — Ele pensa um pouco, estou
interessado nessa informação, pode ser útil no futuro. — Creio que só
iremos saber sobre isso no dia a dia.
Agradeço ao médico que sai do quarto e começo a ajudar a Vanessa
que queria ir ao banheiro, enquanto ela fica lá dentro tento falar com a
minha assistente, mas não consigo.
— Gustavo, estou pronta para voltar para a cama. — Largo o celular
na cama e vou pegar ela.
A coloco no colo e sinto o quanto ela parece mais leve, o seu
perfume continua o mesmo desde quando a conheci, e seu cheiro era a
única coisa que me fazia sair de uma noite de bebedeira e ir trabalhar,
começo a rir das lembranças quando fiz minha assistente comprar um
estoque desse perfume.
— Por que está rindo Gustavo? — Ela me perguntou curiosa, e não
vou ter coragem de falar a verdade.
— Nada de muito importante, apenas me lembrei que você tem uma
mão forte. — Ela revira os olhos e a coloco novamente na cama e ajudo que
ela se acomode entre os vários travesseiros que tinha embaixo dela.
— Gustavo, o que você descobriu sobre meu irmão e meu filho? —
Fico incomodado quando ela se refere ao Guilherme sendo apenas dela, e
ela percebe que meu humor muda.
— Não, sua vizinha apenas disse que a “babá” foi com o Juan e o
nosso filho. — Viro de costa e saio do quarto dela sem explicar muito mais
coisa.
Mas o que poderia dizer, porra Vanessa por que não me deixou saber
que teríamos um filho, se eu colocasse em dúvida, fizesse a merda do DNA
e esfregasse na minha cara, mas não tivesse fugido por dois anos e me
deixasse sem conhecer ele, agora sabe—se lá onde eles devam estar e pior
ainda podem estar correndo perigo com o pessoal desse cartel tentando
descobrir onde é fica o X do tesouro.
Peço para que o segurança ficar de olho e não deixar ninguém entrar
até que eu volte, desço até a cafeteria e resolvo ligar para a Liza, preciso
conversar ela me atende no primeiro toque e diz que está passando por perto
que podemos conversar, sim, mas ela não pode demorar.
— Sabe que de graça só foi naquele dia, não é, peça para a sua
assistente transferir a minha hora. — Ela me abraça falando rindo, decido
subir com ela e ficar em uma área que mais parece uma recepção e fica
próximo ao quarto da Vanessa.
— Estou com dificuldades Liza, eu entendo o que a Vanessa já
passou, mas não consigo aceitar ela me esconder o Guilherme e agora que
ela está sem memória fico muito mais irritado em não ser reconhecido
como o pai. — Enquanto estávamos subindo, vou deixando ela ciente do
que havia acontecido.
— Gustavo, você precisará ter paciência com ela, por enquanto o
Guilherme é apenas dela e terá que aceitar isso, quando a criança aparecer
faça o DNA para que ela saiba que o bebê é de vocês dois, porque pelo que
entendi, ela também nem conseguia entender que ele também é dela, sei que
é complicado Gustavo, mais precisará ter paciência com ela e se
redescobrirem juntos, use essa oportunidade para que possam se apaixonar
novamente. — Olho para a calma que a Liza falava comigo e decido ir
apresentar elas duas.
— Vamos lá comigo para que ela possa saber que foi você que me
ajudou a encontrar ela. — Ela fica rindo e olha para o relógio e vamos em
direção ao quarto.
Quando passamos pela porta encontro com uma morena aos prantos,
e não sabia o que fazer com ela, olho para a minha psicóloga que toma a
frente e tenta conversar com ela.
— O que foi querida, por que está chorando? — A Liza pergunta da
Nessa que tentava enxugar as lagrimas dela.
— Não sei moça, ele simplesmente saiu e não me disse nada sobre o
que ele descobriu do meu filho e estou preocupada. — Me sinto péssimo
sobre como a fiz ela se sentir.
— Me chamo Elizabeth, e meus amigos me chamam apenas de Liza,
você não se lembra mais, nos conhecemos no dia da sua admissão na
empresa, eu sou a psicóloga da empresa e por coincidência sou amiga do
seu noivo, ou sei lá o que são. — Por uns instantes a Vanessa para de chorar
e olha para nós dois.
— Vocês dois estão juntos? — Ela fica nervosa, e percebo que ela
está envergonhada, passo pela Liza e fico próximo dela na cama.
— Não meu amor, eu e a Liza somos apenas amigos e nada, mas
que isso, eu saio apenas para conversar com ela. — Olho para a Liza e ela
me incentiva a continuar a falar. — Eu me senti horrível todas às vezes que
fala do Guilherme como se ele não fosse meu filho.
Ela me encara sem realmente entender o que estava tentando falar, a
Liza toma a minha frente e pega na mão da Vanessa.
— Querida, não se sinta mal em como o Gustavo está falando para
você, mas ele também tem as questões que vocês dois vão ter que resolver
juntos, sei que na sua cabeça ainda existe a dúvida de quem é o pai do
Guilherme, mais acredito que realmente ele seja do Gustavo ou seu irmão
não teria entrado em contado com o irmão dele pedindo ajuda. — Liza faz
com que ela relaxe com o que ela disse. — Vou deixar vocês sozinhos,
tentem conversar um pouco, acho que precisam apenas se reconhecerem. —
Ela fala rindo e me dá, um beijo na minha bochecha e se despede da
Vanessa.
— Preciso ir, o Luigi está me esperando, saímos um pouco. — Ela
sai toda empolgada com o tal encontro e volto a minha atenção para a
Vanessa que estava me olhando sentia tristeza dela.
Fechei a porta do seu quarto e baixei as persianas, olhei para ela
pedindo permissão e me deitei na cama ao seu lado.
— Me perdoe por sair assim do quarto e deixando você confusa,
mas eu também estou frustrado, sei que sua cabeça está confusa, mais eu
me sinto excluído toda vez que você diz que ele é somente a seu. — Com a
sua mão boa, ela puxa meu rosto para perto do seu.
— Gusta, no dia que ele nasceu eu tentei tanto falar com você, mas
não tinha seu contato pessoal e não consegui passar por seu assistente, ele
disse que tentasse outro golpe, o Gui nasceu um menino lindo tão parecido
com você, ele foi crescendo e a cada dia se parecia mais ainda, e não
conseguia falar a verdade, eu tinha medo da sua reação de como iria me
tratar depois que soubesse. — Ela volta a chorar em meus braços e preciso
dar carinho para a mulher que acima de qualquer coisa eu a amo.
— Me perdoe Gustavo por não fazer o certo quando deveria, eu
deixei que a mágoa por ver você com várias mulheres me influenciasse. —
Nosso beijo, faz saudade e a paixão explode entre nós dois, fico fazendo
carinho em seu rosto e prendo o seu cabelo atrás da orelha.
— Encontraremos o nosso menino, mais preciso que fique calma e
não se desespere, o Bruno vai nos ajudar a encontrar eles dois e tentar
descobrir onde está o que o Carrillo tanto quer de você.
Volto a beijar com carinho e as suas mãos vão para os seios que
devem estar ficando cheios novamente.
— Preciso esvaziar eles, depois que você saiu consegui me lembrar
de muitas outras coisas sobre a nossa vida e dos últimos dias também. —
Saio do seu lado e vou até onde a enfermeira havia deixado a bombinha já
esterilizada para que pudéssemos usar outra vez e mandar o leite para a
doação, a partir de hoje serei tão presente na vida dela e do Guilherme que a
única solução será aceitar ser minha esposa.
F ico feliz em saber que o médico
não vê a necessidade de me
manter presa aqui no hospital, e
como pelo que me lembrei o Gustavo não vai me deixar ficar sozinha em
casa, e ainda corro perigo com os capangas do Carrillo, acho que será muito
melhor na casa dele cercada de seguranças que fugindo.
Infelizmente ele não conseguiu nenhuma informação concreta de
onde eles poderiam estar e tenho ficada aflita com isso a cada hora que
passo sem alguma notícia e sei que ele tem ficado preocupado também.
Mas mesmo que eu sinta que o Guilherme seja do Gusta, eu não
tenho certeza nenhumas das minhas lembranças me levam para essa
confiança que ele seja o pai do meu bebê, espero que minha memória volte
antes que encontremos o meu irmão e meu bebê.
Tirei leite o suficiente para que o incomodo em meus seios me
deixassem descansar, Gustavo estava deitado comigo na minha cama e ele
abraçava minha barriga, sentia a sua respiração tranquila no meu ombro e
consigo perceber o quanto ele parece mais maduro, ele está diferente do que
eu me lembro dele, está até mais bonito com a minha mão livre faço um
carinho em seu rosto e chorei tanto por esse homem, o quanto sofri por ele
ainda sinto meu coração partido por deixar ele.
Os parentes do meu pai não me querem viva, na verdade, eles só
querem a informação que eles imaginam que eu tenha, e eu não imagino
onde fica o que eles querem.
Acredito que o Gustavo já tenha conseguido alguma informação
sobre o quem são os Carrillo e sabe em que estou metida.
Continuo olhando para o seu rosto e tento puxar na mente nossas
lembranças e me lembro de escrever o meu bilhete para ele e o bilhete que
deixei debaixo da porta do Eduardo, me sinto péssima com o que fiz e a
vontade de chorar aperta e deixo o choro sair baixinho e acabo acordado
ele.
— O que houve Nessa, está sentindo dor? — Nego com a cabeça.
— Não apenas me lembrei da última vez que estivemos juntos. —
Olho em seus olhos e quero que ele veja o arrependimento que estou
sentindo.
— Não se preocupe com isso querida, é passado e quando toda a sua
memória voltar poderemos voltar a falar sobre isso. — Ele enxuga minhas
lágrimas. — Venha morar comigo, venha para Vegas e depois podemos ir
para Miami, ou se quiser podemos ir direto para lá. — Ele me propõe como
se fosse a coisa, mas fácil do mundo.
— Não é assim Gusta, tenho minhas coisas aqui, e meu irmão está
por aí… — Ele segura a minha mão no seu peito e passa uma das pernas
sobre a minha.
— Não se preocupe, já pedi para a minha assistente preparar a sua
mudança, então até o fim da semana tudo estará em Vegas ou em Miami,
onde preferir.
Olho para ele e dessa vez sinto ser o certo a ser fazer, ele é minha
segurança , o beijo com desejo e saudade.
— Isso é sim — Ele fala entre um beijo e outro.
— Sim, acho que lutei muito no passado contra você, e hoje depois
de tudo isso que passei, sei que meu lugar é ao seu lado. — Ele abre um
lindo sorriso e continua a me beijar.
Tocamos vários carinhos e conversamos um pouquinho sobre tudo o
que já me lembre nas últimas horas e ele fica impressionado em como
consegui me virar tão bem com o dinheiro que peguei dele.
— Quando você se lembrar em como conseguiu levar todo aquele
dinheiro, eu quero saber, porque era um valor muito alto. — Ele ri e eu
também, mais ainda não me recordo de muitos detalhes.
Após horas conversando e tirando o peso da saudade e o medo do
desconhecido com quem tenho certeza que amo e assim que todos os meus
problemas tiverem uma solução e for a vontade dele, eu entrarei de cabeça
nessa relação.
Pela manhã o ortopedista veio e disse que ele só estava me
mantendo internada devido à situação neurológica, então assim que a
família do Gustavo chega eles me ajudam a me arrumar para saímos do
hospital, escolho um vestidinho leve com alças de amarrar para facilitar a
minha vida, e vamos direto para o hotel onde todos estão hospedados.
Quando chegamos no quarto do Gustavo, minha mala ele colocou
em cima de uma das cadeiras que tinha por lá, e a Bia entra logo em
seguida.
— Gusta a Carol me ligou, pediu para que olhe o seu telefone, eles
mandaram a localização do Juan e do Gui. — Meu coração falta pular pela
boca com a notícia e tento me levantar da cama para chegar mais perto
deles para saber o que realmente está acontecendo com o meu irmão e meu
filho.
— Calma Vanessa, assim você pode se machucar… — Estava quase
em pé, quando o Gustavo veio para o meu lado e ajudou a Bia a me por
novamente na cama e me mostrou o que havia acabado de chegar para ele.
Era uma foto de um caixa eletrônico, meu irmão estava no caixa e
tinha uma moça segurando o Guilherme no colo que estava brincando com
um mordedor e estava rindo, fico até um pouco mais aliviada, e me
impressiono quando leio a localização da foto eles estão no Mississípi, fico
e muito orgulhosa ele conseguiu fugir, mais levou alguém com ele para esse
nosso mundo de fuga o que é bastante perigosa para gente e para qualquer
outra pessoa que estiver por perto.
— Eles estão bem viu? — Bia tentava me consolar.
— Ele é tão pequeno, não tem nem ideia do que está acontecendo ao
redor dele. — Gustavo me abraça e deito minha cabeça em seu ombro.
— Aqui está dizendo que em dois e no máximo três dias eles
chegam na Flórida, tenhamos fé que eles vão conseguir chegar a salvos na
casa da minha mãe. — Não consigo me lembrar se meu irmão conhece o
endereço da casa da dona Leticia, mas tenho fé que fiz o certo e ensinei o
máximo que pude para que ele saiba ficar seguro.
— Está quase na hora do almoço, nossa sogra pediu que o nosso
almoço viesse para o quarto de vocês caso não se importe. — Fico feliz
quando ela se refere a dona Leticia como a nossa sogra e fico rindo. — Que
carinha feliz é essa.
— Nada muito importante não. — Gustavo se afasta e ela me
pressiona um pouco mais para saber. — Gostei de ouvir você dizendo que
ela é nossa sogra. — Ela fica rindo.
— A Leticia e o Afonso, nunca aceitaram que qualquer outra mulher
que não fosse você tivesse convívio com a família, e caso não saiba o Gusta
foi deserdado assim que você realmente sumiu, mas todos sabíamos que
uma hora ou outra teríamos que te encontrar novamente.
Vejo em seu olhar a sinceridade de me contar o quanto sou querida
pela família, e me sinto péssima por fazer as escolhas que fiz.
Olho para o Gustavo que havia ido abrir a porta, agora para seu pai e
irmão que estavam conversando com alguém no telefone e dona Leticia
entrava no quarto com várias coisas nas mãos.
— Sei que ama a nossa culinária Brasileira, então trouxe os
cardápios para que possamos escolher o que seria o nosso almoço. — Ela
põe vários cardápios na cama e fazemos a nossa escolha, ela fica empolgada
me contando o que tem acontecido nas redes sociais dizendo que sou a
noiva do Gusta e me mostra as diversas noticias que tem com os nossos
nomes.
— Pessoal, sei que vocês já sabem que me chamo Yolanda Carrillo,
mas gostaria muito que continuassem me chamando de Vanessa, esse nome
é de um passado que eu adoraria esquecer se pudesse. — Elas concordam
comigo e por horar decidimos não falar mais sobre isso, temos que esperar
o que os amigos do Gustavo vão fazer para me ajudar com o Carrillo.
— Querida está na hora do seu remédio, pegarei ele para que tome
antes do nosso almoço. — Ele sai do quarto, imagino que deva ter ido pegar
em algum lugar.
Ele volta e me entrega a medicação, depois de um tempo nossa
refeição chega e nos acomodamos para poder comer, ficamos rindo e sei
que todos eles estão contentes em me ver, até mesmo a Helena quando falou
comigo por videochamada.
No início da tarde Eduardo e Afonso e as meninas voltaram para os
seus quarto e sentia que o sono começava a me dominar, esse remédio que o
neurologista me passou é ótimo para a dor de cabeça, mas também sinto um
sono terrível.
— Finalmente sozinhos. — O Gustavo se aproximava da cama
tirando a camisa, e deixando a mostra aquele seu abdome trincado e muito
lindo, quando chegou mais perto da cama ele tirou a calça e ficou apenas
com a sua cueca, meus olhos foram para os seus.
— Eu também estou desejando me lembrar do seu corpo Gusta,
mais minha condição física me impede. — Ele engatinha na cama e me dá
um sorriso safado e puxa uma das alças do meu vestido.
— Há querida tenho várias ideias…
E stá trazendo a Nik comigo é
muito perigoso para ela, mas sei
que nunca teria conseguido fazer
isso sozinho com o Guilherme, ele é muito pequeno para entender o que
esta acontecendo na nossa pequena família, e tenho quase certeza que a
família do Gustavo estão tentando nos localizar, mesmo que eu não tenha
dito para o Eduardo que o Gui é seu sobrinho eles não deixariam que o filho
da Vanessa sofresse algum mal, sei que ela será obrigada a contar agora
para eles quem é o pai do Gui.
Estamos na nossa primeira noite na estrada e decidi parar em um
hotel de beira de estrada e acho que será mais fácil nos identificar como um
casal e nosso filho.
— Nik, acho que precisamos parar um pouco, eu estou cansado e o
Gui precisa tomar banho e descansar em uma cama, o que acha? — Ela me
olhava pelo espelho e suspirou forte.
— Miguel, se quiser continuar dirigindo assumo para que possa
descansar, mas se quiser parar não me importo também. — Decido parar,
não quero que ela dirija, esse fardo é meu.
Paro o carro no estacionamento e vou à recepção pegar o quarto,
olho para trás e o Gui estava dormindo na cadeirinha ao lado dela, saio do
carro e pego a pequena bolsa do Gui e a Nik começa a se arrumar com ele
para sair comigo, ela pede para que eu vá à frente, consigo pegar um quarto
sem muita dificuldade e a ajudo com o Gui que continua tirando o seu
cochilo.
— Vá lá tomar seu banho enquanto ele dorme, quando você sair
entro com ele. — Ela me dá um sorriso tímido e entra com a sua mochila
para tentar se refrescar.
Amanhã preciso comprar algum telefone e entrar em contato com a
Vanessa, ela deve estar enlouquecendo sem notícias nossas, e também estou
preocupado em como ela deva estar com o Gustavo por que tenho certeza
que eles já se encontraram e espero muito que ela tenha falado tudo para
ele.
Minha irmã merece ser feliz, ela merece viver a paixão que ela sente
pelo pai do meu sobrinho. Ela é meu maior exemplo de vida, com ela
aprendi tudo o que sei e sempre me apoiou quando precisei, mas dessa vez é
a hora de ela superar esse medo em que vivemos e dividir com o homem
que ela ama os problemas que somos envolvidos, enquanto eu estava
pensando na minha vida a Nik sai do banheiro apenas de toalha e fico sem
entender o que aconteceu, ela estava toda vermelha com vergonha, a toalha
é muito pequena para as suas curvas.
— Desculpa, acabei pegando a sua mochila em vez da minha. —
Ela pega a mochila certa dessa vez e sai andando de frente para mim e fico
sem entender, quando ela chega no banheiro e se vira entendo o motivo a
toalha não cobria toda a sua bunda e então percebi como ela tem um corpo
lindo, a visão que vi foi o suficiente para a minha ereção começar a se
empolgar, viro para a direção que estava olhando antes para mudar o meu
foco de pensamento.
Depois que estávamos devidamente de banho tomado e alimentados,
era hora de decidir como seria a nossa noite, peguei um quarto com uma
cama de casa e um pequeno berço, eu deixaria a cama para a Nik e me
deitaria no chão sem problema nenhum.
Mais aí começaram as dificuldades, o Gui ainda mama a noite ele
começou a chorar querendo mamar e não tinha o que fazer, abri a bolsa de
mamadeiras dele, minha irmã sempre pensou em tudo e encontrei uma
pequena sonda e proponho uma solução para a Nik.
— Lembra quando a Nessa teve que usar essa sonda para ele mamar,
acha que pode fazer isso? — Ela me olhou meio desconfiada, mas acabou
aceitando já que estava preocupada como o Gui estava ficando enjoadinho.
Ela o ajeitou no colo, abaixou a alça da sua camisola e prendi a
sonda no seu seio e fiquei segurando a mamadeira para ela não virar.
— Isso é esquisito, parece realmente que ele está sugando a minha
alma. — Fico sentado no chão olhando para ela com meu sobrinho no colo
e dando de mamar para ele no seu seio, ela é uma mulher bonita mesmo
ainda não tendo idade suficiente para entender as consequências de ter
vindo comigo, mas prometo que vou proteger ela e meu sobrinho com a
minha vida.
— Nik, por favor, não se assuste, mas muito obrigado pelo que esta
fazendo. — o sorriso dela é encantador e pego na mão que ela mimava o
Gui e beijo o dorso da sua mão.
— Acho que ele aceitou meu seio Miguel, ele dormiu, olha aqui. —
Me levanto do chão e me aproximo fazendo com que nossos rostos fiquem
próximos, o olhar dela inocente é tão lindo que não resisto e levanto seu
queixo.
— Há muito tempo quero beijar você Nik, mas quero que você me
permita fazer isso. — Não quero tirar proveito dela, quero que ela sinta que
tem opção de negar qualquer coisa comigo.
— E há muito tempo quero ser beijada por você também. — Com
isso eu a ajudo a colocar meu sobrinho no berço enquanto ela vai limpar a
mamadeira dele e tudo o que estava sujo, ela vem até onde estou e o cobre
com a sua mantinha.
— Sabe que não precisa aceitar nada que não queria, não é? — Ela
fica sem voz, e anda devagar e suas mãos vem até meu peito e a seguro ali,
ergo seu queixo e ela é tão baixinha para mim, mas isso não me importa, ela
me deseja também, seus olhos verdes estão dilatados e sua respiração estão
entrecortadas, sei que ela está ficando excitada com essa minha
aproximação sinto que seus mamilos estão enrijecidos, passo a mão por sua
cintura e a puxo para mais próximo de mim e colo meus lábios dela, sinto a
sua maciez a beijo com cuidado e carinho percebo que ela não tem muita
experiencias então tenho calma com ela.
A urgência e o desejo explodem ao nosso redor ergo ela do chão ela
passa as pernas pela minha cintura e me sento com ela na cama que tem a
nossa disposição ali, ela começa a se render ao meu toque ela arranca a
minha camisa enquanto vou abaixando as alças da camisola que ela
escolheu para usar, não é provocante mais acho que qualquer coisa que a
Nicoly use vai me deixar excitado, sempre a respeitei muito a presença dela
em casa e nunca insinuei nada mesmo querendo muito, ela ainda tem
apenas 17 anos e sei que em poucos dias ela fará 18 anos, acredito que a
mãe dela quer me matar.
Nos viramos na cama e me deito por cima dela e sigo fazendo
carinho em seu corpo e beijando seus lábios e desço pela mandíbula até
chegar ao seu pescoço, ela fica cada vez mais excitada que esfrega a sua
intimidade na minha ereção.
— Nik, você já fez alguma vez… — Ela nega com a cabeça, eu me
assusto e me levanto da cama a deixando sem reação na cama e ela apenas
cobre seus seios e se encolhe na cabeceira da cama, seus olhos estão
confusos me aproximo devagar e enxugo uma lagrima que escorreu pelo
seu rosto.
— Não estou rejeitando você, mais imaginei que já tivesse alguma
experiência e não sei se sou o homem que merece um presente tão lindo
como esse, minha pequena. — Ela respira aliviada e deita a cabeça dela, no
meu peito.
— Pensei que não fosse me desejar. — Solto uma risada baixinha
para não acordar o Gui.
— Sinta o meu nível de desejo aqui. — Levo sua mão até minha
ereção e um rubor aparece em seu rosto.
— Faremos o seguinte, não quero fazer isso agora com você assim
em uma cama de hotel de beira de estrada, quero te dar algo romântico, que
possamos deixar o nosso desejo explodir de dentro da gente. — Olho para o
meu sobrinho e ela entende o que quis dizer e começa a rir.
Me deito ao seu lado e entre uma carícia e outra pegamos no sono.
Depois que arrumamos tudo procuramos um lugar para tomar café,
preciso sacar dinheiro da conta de segurança, e espero que minha irmã não
me mate depois que nos encontrar, fico rindo vendo a diversão dos dois
enquanto eles tomam o café deles.
Chegamos a Mississípi e lá consigo comprar um celular pré-pago e
ligo para o Eduardo que deve está aflito com o nosso sumiço.
— Bom dia, Eduardo é Juan…
— Graças a Deus estamos todos muito preocupados com vocês,
aconteceu um problema aqui, a Vanessa sofreu um acidente, ela foi
atropelada e isso não é o pior, ela perdeu a memória… — Nem o deixo
terminar de falar.
— Como assim, ela está sozinha, eu confiei que o Gustavo iria
cuidar dela. — Colo a mão no cabelo desesperado e penso em voltar para
perto dela outra vez, fiz errado em deixar que eles se acertassem.
— Fique calmo, que ela está sendo muito bem cuidada e logo vocês
estarão juntos, mas me diga onde estão que mandaremos um jatinho para
pegar vocês e levar direto para Miami. — Enquanto ele falava vi que alguns
homens entravam na loja de eletrônicos, me assusto com a movimentação.
— Rastreie a ligação, eles nos encontraram e deixarei o Guilherme
com a Nik em segurança e com dinheiro, eles me encontraram aqui. —
Deixo a chamada ligada e entrego minha carteira para a Nik, pego apenas
minha identidade, olho para ela e beijo os seus lábios. — Faça tudo o que
eles te disserem, preciso deixar vocês dois aqui em segurança, pegue o
carro e vá encontro com essas pessoas na ligação e diga a minha irmã que a
amo.
Beijo ela mais uma vez e saio da loja sem olhar para trás e com o
dinheiro que eu tinha vou até a rodoviária e compro uma passagem para
uma cidade qualquer, olho para ver se aqueles homens vinham atrás de mim
e por sorte eles não perceberam que entrei sozinho, agora é com o Gustavo
ajudar meu sobrinho chegar em segurança.
Hoje meus pais estão discutindo logo cedo, semana passada foi meu
aniversário de dez anos e o Miguelito está com cinco e a cada dia ele
descobre uma maneira diferente de me perturbar, já me queixei de todas as
formas para minha mãe, mas ela só reclama dizendo que sou uma menina
muito chata por isso que ele me perturba, eu sei que ela não gosta de mim e
tento ignorar isso o meu pai me dá todo o amor que eu preciso.
— Vamos Yolanda, está na hora de ir para escola hija. — Meu pai
Pablo me chamava do andar de baixo.
Moramos em uma casa bem grande em Bogotá e meu pai trabalha
com alguma coisa que é perigosa, acho que ele deva ser policial, já que ele
vive andando armado, hoje ele vai me levar para a escola já que minha mãe
disse que não se daria a esse trabalho.
— Vamos apenas fazer uma pequena parada meu amor, vamos nos
encontrar com o seu tio Hector antes de deixar na escola, tudo bem? —
Sorrio para o meu pai feliz com o que ele diz, eu amo a família do meu pai,
sinto que eles gostam mais de mim que minha mãe.
Chegamos a uma casa onde já moramos um tempo atrás.
— Um dia, meu amor, eu te darei um tesouro que fica no meio das
paredes da nossa primeira casa. — Ele fala rindo e me ajuda a sair do carro.
— Mas é um segredo meu amor, esse tesouro é algo que quero deixar apena
para quando você estiver maior e entender o que pertence.
O que meu pai fala naquele momento não faz sentido, então deixo
de mão e vou entrando com ele pela nossa e quando vejo meu tio vou
correndo para o seu colo.
— Oi, titio, estava com saudades porque não foi lá em casa no meu
aniversário. — Ele suspira e vejo ele olhar para meu pai meio triste.
— Problemas de adulto, minha princesa, mas o titio promete que vai
sempre está perto de você. — Meu pai fica irritado com a promessa do meu
tio.
— Chega Hector, combinamos que não iriamos levar esse assunto
adiante. — Meu tio me mostra algo no jardim e vou até lá olhar, vou até lá e
está cheio de homens e se eu chegava perto de cair eles corriam para me
ajudar, olho para dentro e vejo meu pai e meu tio brigando feio, tento
chegar até eles mais os homens me impedem de entrar, a muito custo eles
são separados e começo a chorar vendo que eles brigaram feio.
Meu pai vem até onde estou e ele me puxa para perto dele, vejo que
tem sangue em seu rosto e começo a chorar, ele me ajuda a entrar no carro.
— Hija, hoje não podemos ir para a escola, tudo bem, papai precisa
voltar em casa para conversar com a sua madre, e preciso que cuide do seu
irmão hoje tudo bem? — Ele fala comigo enquanto ouvimos meu tio
gritando por ele descendo da escada.
— Ela tem que saber, Pablo, me desculpa pelo, o que aconteceu…
— Não consigo ouvir o resto da conversa, meu pai fecha a porta do carro e
se afastam para conversar, mas mesmo assim eles dois continuam brigando.
Meu pai entra no carro e voltamos para a nossa casa, ele me ajuda a
descer e vou atrás do Miguelito, fazer o que prometi ao meu pai enquanto
ele conversava com a minha mãe.
— Florzinha, porque eles estão brigando? — levo ele para um
pouco mais longe de casa para que ele não ouça a discussão e tento brincar
com ele, uma movimentação começa em casa e seguro meu irmão mais
perto de mim, e de repente um homem estava carregando a mim e meu
irmão caiu no chão chorando.
LEMBRANÇA OFF
LIZA: Deu sorte, estou acordada, seu amigo é melhor que você na
cama. — Me surpreendo que ela esteja acordada ainda, mas ainda que ela
esteja com o Luigi.
LIZA: Ficar sozinho agora será pior, pode ser uma brecha para
encontrar uma forma de beber ou de usar alguma coisa, já conversou com
a Vanessa sobre isso com ela?
GUSTAVO: Sim, mas não quero acordar ela agora, recebemos uma
notícia hoje, e é por isso que estou ansioso e angustiado, me sentido
incapaz de se quer proteger meu filho que ainda nem conheço. — Preciso
voltar a fazer terapias, principalmente agora que além de ter a Vanessa outra
vez, tenho o Gui e saber lidar com informações novas podem não ser um
bom caminho para mim.
LEMBRANÇAS ON
O dia quente aqui em Vegas parece que a cada dia tem ficado pior,
olho para a mulher que estava nua na minha cama, havia mandado
mensagem para a Eva vir um pouco mais cedo para que me satisfazer um
pouco com ela, e sei que ela gosta muito de estar aqui em casa comigo, mas
o que quero apenas com ela é por momentos prazerosos.
Me levanto e vou até o banheiro, abro a gaveta onde guardo alguns
pinos para esses momentos, que fico ansioso por causa daquela medrosa
que me abandonou bêbado, uso o que eu queria e uma adrenalina começa a
correr pelas minhas veias, entro no closet e procura uma roupa para usar na
academia preciso descontar meus sentimentos nos exercícios.
Depois de um tempo que estou correndo na esteira, Eva aparece
apenas com um roupão e se senta em um dos bancos e fica me observando
enquanto estou esperando o meu personal para nossa sessão.
— O que acha de ir ao cinema, ou um jantarzinho. — Ela tem meses
que tem tentado fazer com que eu me apaixone por ela, mas mesmo ela
sendo uma boa pessoa não consigo me envolver, paro de correr e pego a
toalha que está a minha disposição.
— Eva já conversamos sobre isso, e a última coisa que quero é que
se magoe esperando um sentimento que nunca acontecerá. — Ela se levanta
rápido, e sei que deve estar chorando nesse momento.
Continuo malhando e quando finalmente fiquei mais de meia hora
apenas no chão tentando me livrar de qualquer investida do Taylor, ele me
libera para ir trabalhar e anota no placar mais um ponto para ele, e vou para
meu quarto me arrumar para mais um dia de trabalho.
Entro no quarto e vejo que a Eva estava sentada na poltrona de
frente para a porta e pelo seu rosto acredito que ela não esteja muito alegre,
respiro fundo e me sento na ponta da cama e estendo a minha mão para que
ela inicie a falar.
— Sei que você ama essa mulher que sempre me chama por ela
Gustavo, e entendo que tem uma coisa mal terminada entre vocês dois, mas
eu me apaixonei por você, e nossos juntos são tão maravilhosos porque é
tão difícil ficar comigo. — Ela parece nervosa, balança seus pés e tenta
gesticular com calma.
— Olha o que está falando Eva, quer um relacionamento comigo
mesmo enquanto transamos, eu te chame pelo nome dela, isso não te
incomoda? — Ela se levanta e se ajoelha na minha frente e segura as
minhas mãos.
— Acho que estou muito mais que apaixonada por você, Gustavo,
eu aceitaria a situação por que sei que o amor vem com o tempo. — Ela
deixa mais uma lagrima escorrer, e sinto um puta de um cretino por estar
fazendo isso com ela, solto uma de minhas mãos e seguro em seu queixo.
— Eu nunca conseguirei te amar e dar a você o que precisa para ser
feliz, um relacionamento precisa ser uma estrada de mão dupla e não um
via de mão única. — Seus olhos ficam maiores, beijo em sua testa. —
Procure a sua felicidade com outra pessoa, não conseguirei oferecer isso a
você.
— Tudo bem, não ficarei aqui implorando por algo que é apenas um
desejo meu. — Ela se levanta do chão, pega a sua bolsa, e antes que ela se
virasse para sair ela volta a ficar da minha altura e me beija que retribuo
com carinho, e quando olho em seus olhos vejo que ela realmente sente
algo por mim.
Ver ela indo embora pela porta faz com que o sentimento que senti
com o abandono da Vanessa e nesse dia cheguei muito perto da morte, e sou
eternamente grato pelo Luigi naquele dia ter aparecido na minha casa.
E desde então nunca mais havia visto a Eva e nem sabia o que
houve com ela, e estou surpreso em ver ela hoje.
LEMBRANÇA OFF
— Ela foi a mulher que fiquei por mais tempo, enquanto eu tentava
te esquecer. — O rosto da Vanessa fica vermelho de raiva e tenta se
levantar.
— O filho é seu, ou tem alguma possibilidade de ser. — Essa é a
pergunta que estou me fazendo nesse exato momento.
— Você sabe que fiz vasectomia, e tenho quase certeza que não é
meu, mas o meu médico sempre disse que eu deveria tomar cuidado. —
Fico preocupado com isso e vou tirar essa conversa a limpo assim que ela
passar por aquela porta.
Quando a Vanessa ia retrucar o que disse, a Eva entra do consultório
outra vez e mudamos de assunto.
— Desculpe, fui chamar o rapaz para refazer o seu gesso… —
Interrompo o que ela ia dizer e preciso tirar as minhas dúvidas.
— Eva, essa criança que está esperando é minha? — Vanessa olha
para mim e se vira para a médica que estava ainda de pé próximo à porta,
enquanto ela se abraça com a sua barriga, com se a defendesse, a mão da
Vanessa vem para o meu braço e aperta.
— Porque quer saber do meu bebê Gustavo, eu me afastei o máximo
que pude depois daquela manhã para não continua a sofrer. — Ela fala e
começa a andar para trás e me levanto para evitar que ela saia, se esse bebê
for meu não deixarei outro filho solto sem pai por tanto tempo.
— Olha aqui doutora, imagino toda a sua frustração com o meu
noivo, mais se o bebê é dele queremos saber, não acha certo que ele saiba.
— Vanessa fala e percebo que ela mesmo se pune por não fazer essa
decisão.
— Olha aqui, você é o motivo dele não ser feliz e agora quer que eu
diga algo, quem pensa que é? — Não sei como mais a Vanessa se levantou
e pegou a Eva pelo cabelo a fazendo se ajoelhar, ia tentar separar mais ela
me olho com uma cara tão feia.
— Eu me chamo Yolanda Carrillo, sou a noiva dele e temos um
filho juntos, então se você não quiser perder alguns fios desse seu aplique
horrível, acho melhor começar a contar de uma vez. — Eva tentou se
levantar e acabou derrubando a Vanessa no chão, ajudo a minha noiva e a
coloco na maca. — Não vê que ela vai usar essa informação para que você
fique correndo atrás dela.
Eva se levanta do chão sozinha e sai da sala chorando e outro
médico entra e avisa que fará a troca do gesso e a tala, olho para minha
mulher e ela estava fazendo uma cara de dor, mas o seu olhar era mortal
para mim, que fico até com medo da nossa volta para casa e pior ainda
nossa viagem.
Enquanto ela troca o gesso a Eva não aparece, mas na sala e apenas
uma mulher aparece para pegar a sua bolsa e logo sai da sala nos deixando
confusos, mas se ela acha que vai se esconder por muito tempo ela está
muito enganada.
V er aquela mulher da gravidez dela
para deixar o Gustavo inseguro e
incerto me subiu um ódio, mas ela
não fará com ele o mesmo que fiz, e sem contar que também não ficarei
com essa dúvida na minha cabeça, quando eu a agarrei pelo cabelo e usei
meu verdadeiro sobrenome fez com que minha raiva por aquela mulher
aumentasse, mas ainda.
Mesmo sentindo uma dor horrível na minha perna eu não iria soltar
ela por nada, se não fosse ter desequilibrado iria continuar segurando ela
pelo cabelo e confessar que aquela criança não é do meu noivo, percebi no
olhar dela que ela usará essa informação para tirar a paz do Gustavo, mas
ele não vai, mas sofrer, eu estou aqui agora.
Ver ele querendo ajudar ela meu deu uma raiva que apenas olhei
para ele como seu eu fosse mandar ele para o quinto círculo do inferno de
Dante, mas ele percebeu a minha fúria quando me ajudou a subir na maca e
o outro médico veio para mudar o gesso, e depois colocou uma
imobilização seca no meu braço.
— Senhora Díaz, o seu braço não está quebrado, é apenas uma
luxação e em poucos dias poderá se livrar da imobilização, então colocarei
essa de velcro e ficará até mais fácil para o banho. — Ele vai conversando
comigo enquanto fecha todos os velcros entorno do meu braço.
— Obrigado doutor por cuidar da minha noiva. — Gustavo agradece
ao médico, que apenas meneia com a cabeça, e sai no deixando sozinhos.
— Está muito brava comigo? — Ele fala de cabeça baixa e sei que
ele está tão confuso como estou nesse momento, então tento me acalmar e
respiro fundo e chamo ele que se encosta ao lado da maca, encosto meu
corpo ao dele e tento o abraçar que me envolve com os seus braços.
— Não estou irritada, amor, mas entenda que ela está fazendo isso
para tirar a sua paz. — Ele me pega no colo e me põe na cadeira de rodas
para sairmos desse hospital, e se abaixa para me olhe.
— Preciso ter certeza, tudo bem? — É um direto dele e jamais
negaria isso a ele e a criança.
— Não se preocupe que descobriremos, ou não me chamo Vanessa.
— Ele começa a rir e beija a minha testa.
— Mas você não se chama mesmo, ou esqueceu que seu nome é
Yolanda Carrillo? — Dou no tapa no seu braço, e o puxo para selar nossos
lábios para ele entender que não estou irritada com ele, apenas com a falta
de caráter dessa mulher.
Saímos do hospital e não vimos sinal algum da tal Eva por nenhum
lugar, Gustavo antes de pôr o carro em movimento liga para a sua assistente
e fico prestando atenção na conversa que ele coloca na viva voz.
— Bom dia, Rosy, preciso que você investigue sobre a Eva, aquela
mulher que me envolvi uns oito meses atrás. — Pelo tempo que ele fala
talvez seja dele, mas como ela conseguiu se ele fez vasectomia.
— Bom dia, senhor, irei pedir agora para fazerem a investigação,
existe algo em específico? — Olho para o Gustavo e ele apoia a cabeça no
volante.
— Ela está grávida e quando a confrontei ela apenas fugiu, então
não quero viver em dúvidas, providencie um exame de DNA para saber se a
criança é minha. — Seguro em sua mão e quero que ele saiba que estou ao
seu lado, não importa o que acontecer.
— Ok senhor, considere feito, mas agora deixe lhe informar, resolvi
tudo o que estava pendente para as reuniões dessa semana, então pode
viajar tranquilo, liberarei uma nota que está viajando com a sua noiva, o
marketing pediu que tirem algumas fotos juntos e enviem para que eles
possam divulgar. — Concordo com a cabeça e ele apenas sorri para mim.
— Tudo bem, Rosy, iremos tirar algumas assim que conseguir pegar
nosso filho que está com o tio em Bogotá, e algumas, no avião. — Ela
responde confirmando com ele, desligam a ligação e faço um carinho em
sua nuca, sei que a mente dele deve estar uma confusão nesse momento.
— Não se preocupe, as coisas com essa mulher irão se resolver, ela
não poderá se negar em fazer o exame. — Olho para ele e sei como a lei
funciona aqui nos USA e como ele tem dinheiro, tenho certeza que vai ser
mais rápido ainda.
— Espero que ela não suma e se negue em fazer. — Ele respira
fundo e liga o carro para nos levar novamente para casa. — Assim que
voltamos iremos ver as casas, tudo bem? — Pensei que ele fosse querer
morar em Vegas.
— Não vai querer ficar em Vegas? — Ele continua concentrado no
trânsito e puxa a minha mão e a beija.
— Quero ficar onde você se sentir melhor, mas gostaria muito de
ficar perto dos meus pais, eu sinto falta de estar com eles por perto… — Ele
interrompe a sua fala.
— Por mim não tem problema, podemos morar onde você quiser,
meu amor, e sua empresa, o que fará com ela. — Para ele pode ter algum
problema em gerenciar estando tão longe.
— Talvez a traga para Miami ou escolha alguém para gerenciar ela
em Vegas. — Continuamos fazendo alguns planos para não pensar por
enquanto no que iremos enfrentar assim que chegar na minha cidade natal.
O trânsito de volta estava bem mais tranquilo que foi a nossa ida,
mais o clima está pesado mesmo eu já dizendo a ele que não estou irritada,
consigo ver em seu rosto que ele está cheio de perguntas e dúvidas que
infelizmente ele não conseguirá ter respostas agora, espero que a
investigação que a assistente dele faça traga algum esclarecimento e o deixe
muito mais sossegado.
Assim que chegamos na casa dos meus sogros uma movimentação
incomum estava na frente, vários carros estavam estacionados na frente da
casa e meus cunhados também estavam por lá, agora a saga de sair do carro
com aquele enorme gesso na minha perna, ele tenta me pegar no colo, mas
peço para me por no chão para poder ir andando sozinha apenas me
apoiando nele, começo a saltitar a cada passo que faz com que ele solte
alguns pequenos sorrisos e fico satisfeita com isso, talvez ele esqueça um
pouco do que aconteceu no hospital, quando finalmente passamos pelas
portas tinha vários homens em ternos esperando sentados e meus cunhados
podíamos enxergar eles que estavam na cozinha.
— Vanessa, o que aconteceu que tiveram que ir trocar o gesso. —
Bia vem ao meu encontro e nos abraçamos, ela me ajuda a chegar na
cozinha enquanto o Gustavo ia se encontrar com seu pai e o irmão.
— Gustavo precisou de mim, e não pensei sobre molhar o gesso,
mas me digam já escolheram algum? — Minha sogra estava sentada e de
olho nos seguranças e suspirava olhando para eles.
— Você tinha que ver os que o seu sogro já dispensou, eram lindo
minha nora, você ia fazer questão de correr perigo para que eles pudessem
te socorrer. — Reviro os olhos dela e fico rindo, mas me viro para olhar
para onde ela me mostrava e a Bia já estava da mesma forma que a Leticia.
— Puta merda, eles realmente são muito charmosos, duvido que o
Gustavo vá aceitar qualquer um deles. — Começamos a rir, os homens mais
pareciam Stripper de tão bonitos e malhados.
Enquanto estamos prestando atenção em cada um deles sendo
chamados para o escritório e um após o outro sendo dispensado, eu resolvo
interferir ou eles não vão aceitar nenhum e temos que ir embora, o nosso
voo já nos aguardava no aeroporto, minha sogra pediu para escolher os que
mais a agradaram e a Bia disse os dela, mas as minhas escolhas diferiam da
delas.
Passei pelos rapazes que estavam aguardando e peguei o curriculum
de dois deles, e entrei na sala que eles estavam, os três homens se viram na
minha direção, o Gustavo me ajuda a andar e fico olhando para o
curriculum do rapaz já sentado de frente para o meu sogro, ele é
extremamente bonito, mas não me agradei de como ele me olhou.
— Já escolhi meus seguranças. — Olhei para o sentado. — Você
está dispensado, desculpa ocupar o seu tempo e boa sorte.
Entrego as duas folhas de papel para o Augusto e ele solta um
sorriso para o que lê.
— São treinados em batalhas, tem experiencia de campo e esse aqui
em específico tem um treinamento em vários lugares, gostei do curriculum
deles, então chega de entrevista o voo já nos aguarda. — Gustavo me olha e
concorda com o que digo e sai do escritório e chama os dois para podermos
conversar um pouco enquanto me sento no sofá.
Entra um homem que está, mas que evidente que ele é do oriente
médio, tem um porte de um homem que sabe o que está fazendo, e o outro
mesmo sendo um pouco, mas baixo que o primeiro, não tem beleza, mais
gostei do que ele colocou em suas experiências, ele foi o guarda costa de
um ídolo pop até a sua morte, e agora fazia alguns serviços para as forças
armadas.
— Bom dia, rapazes, me chamo Vanessa e a ideia era contratar
apenas um, mas gostei muito das experiências de vocês, meu noivo
explicará tudo o que vai acontece, mas nesse momento estamos indo
resgatar o nosso filho. — Eles se entreolham e apenas concordam com a
cabeça.
— Então, apenas para ficarmos ciente do serviço, é a segurança de
você e um resgate? — Nego com a cabeça.
— Não Hassan, a função é apenas proteção, sobre nosso filho os
planos são outros. — Gustavo fala olhando para eles dois.
— Senhor, mas pode contar comigo e com o Hassan se for
necessário para resgatar o seu filho. — O sorriso do Gustavo foi tão grande
que amei ver ele sorrir assim com tanta vontade.
— Obrigado Jorge, se precisarmos podem ajudar, mas tenho fé que
não será necessário, espero que tenham disponibilidade para viajar nesse
momento, o avião nos aguarda. — Digo para eles mais tenho um pouco de
senso. — Podem ir para a sua casa e arrumarem suas bolsa e documentos,
aguardaremos vocês na pista de voo.
Vemos eles saírem do escritório e finalmente temos a nossa equipe
de segurança, deu um trabalho para escolher, viro para meu sogro e
cunhado que estavam rindo para mim e fico confusa.
— Ele não escolheu um fuzileiro com experiência na guerra por que
o cara é bonito demais. — Comecei a gargalhar, e me lembro das duas na
cozinha babando nos que estão sentados lá fora.
— Acho melhor vocês irem olhar as esposas de vocês. — O sorriso
deles morre na hora e saem correndo para resolver as coisas com elas, e o
Gusta se senta ao meu lado e me puxa com cuidado para o seu colo.
— Amo você Vanessa, e dará tudo certo em resgatar o nosso filho.
— Ele me dá um beijo casto, e o abraço sentindo toda a segurança que
precisava nesse momento.
— Vamos nos arrumar, está na hora de buscar nosso filho e meu
irmão.
O sorriso dele fica cada vez maior e me enche de pequenos
beijinhos, saímos do escritório para organizar o que precisa para ir enfrentar
o meu passado.
M inha vida nunca foi fácil, e
desde muito pequeno vivemos
fugindo de Hector Carrillo e
sei que tudo isso porque meu pai Pablo não queria que tivéssemos essa vida
que o irmão dele deseja que levemos a frente como uma tradição familiar.
Ver ele demonstrando uma vida luxuosa que sempre quis me dar e
meu pai Pablo me protegeu dele e tudo o que poderia ser a minha ruína e
deu a sua vida para me proteger, tudo por que a mulher que ele julgava ser o
amor da sua vida o traiu duplamente, quando Marcília dormiu com o irmão
e acabou ficando grávida de mim.
Hector mantinha os olhos cravados no Gui e não tinha como mentir
dizendo que ele é meu por que a semelhança dele comigo ou com a minha
Flor é zero, mas também não falarei nada, se ele tem dúvidas ele que as
exponha.
Tento controlar o nervosismo da Nik ao meu lado para que ele não a
use contra mim e precise tomar nenhuma atitude desnecessária, preciso
ganhar o máximo de tempo possível para o Gustavo chegar onde estamos e
resgate o Guilherme, porque se para manter a minha flor bem eu tenha que
aceitar as condições do Hector eu farei isso pela minha mulher.
— Você sabe quem eu sou? — Mantenho minha expressão seria
sem, demonstrar qualquer coisa para ele.
— Meu pai me falou a verdade um dia antes de morrer, mas a
Yolanda pensa que ela que é sua filha. — Ele estreita os olhos e relaxa um
pouco no grande sofá onde estava sentando.
— E mesmo assim nunca se interessou em querer me conhecer, você
está com 22 anos, não é isso? — Ele começa a falar comigo tentando me
conhecer.
— Nunca quis me envolver nessa vida e a minha irmã me criou para
ser um homem honesto, e que eu precisava estudar para ter tudo o que eu
desejasse e hoje sou um engenheiro em TI e trabalho com o meu cunhado.
— Ele fica atento em tudo o que falo para ele, mas sei que está ansioso. —
Sim, estou com 22 anos.
— Se o Pablo contou tudo o que aconteceu, então você sabe onde
ele escondeu o que me desviou? — Sabia que ele iria fazer essa pergunta.
— Se eu te falar o que sei, você deixa minha noiva ir embora com o
sobrinho? — Sua postura muda no sofá.
— Não negocio nem mesmo com você, me dando ou não a
informação, eles dois não sairão desse apartamento sem que eu tenha o que
a quase vinte anos procuro. — Olho para o Gui que estava dormindo no
colo dele.
— O que realmente espera de mim, acredito que não espera que eu
seja seu filho. — Ele gargalha que assusta a minha flor.
— Não sei Miguel, por muito tempo pensei que pudéssemos criar
um vínculo, mas ano após ano vocês dois fugiam de mim… — Ele se
interrompe e percebo que ele puxa as memórias a mente, talvez seja algo
que não goste de saber. — Eu sempre pensei que a sua irmã fosse minha,
porque eu e Marcília sempre tivemos um relacionamento mesmo ela sendo
casada com meu irmão, ela desejava ter a vida boa que eu poderia dar para
ela, diferente do meu irmão que não queria, mas viver com os negócios que
somos envolvidos. — Ele solta um suspiro e me surpreendo quando a Nik
segura na minha coxa e ouço a sua voz.
— Desculpa senhor me meter na sua conversa, mas eu queria saber
se somos seus prisioneiros, poderia me dizer onde posso ficar com o meu
sobrinho, ele precisa mamar, tenho que fazer a mamadeira dele. — Carrillo
olha para ela e sorri e se levanta se aproximando da gente e se abaixa para
ver o Guilherme de mais perto.
— Podem ser meus prisioneiros, mas Miguel é meu filho e você
minha nora é linda, terei lindos netos, eu não sou idiota, sei que o menino é
da Yolanda, venham irei mostrar para vocês onde é a cozinha e o quarto
onde podem ficar. — Ele se levanta e estende a mão para a Nik para ajudar,
ela se levanta que me olha e sei que ela me pede permissão, apenas
concordo com a cabeça.
— Hector, a informação que você quer eu não a tenho, e acredito
que nem mesmo a Yolanda saiba da localização. — Ele ria para mim
enquanto mostrava o caminho para a Nik e passamos pela cozinha antes de
entrar em um grande corredor.
— Sei que vocês não sabem a localização por que meu irmão
sempre amou assistir filmes de caça ao tesouro e acredito que ele deixou as
pistas com vocês dois, só não sabem o que é. — Chegamos a uma porta e
ele abre e conduz a Nik para dentro e os sigo de perto, tenho medo que ele
faça algo para machucar ela. — Aquelas portas são o acesso para um quarto
menor, tem uma cama de casal, podem por o pequeno para dormir lá.
Ele começa a sair do quarto e antes que ele pudesse sair do quarto
ele me chama e volto a sair do quarto olho para a Nik que entra no outro
quarto e antes de sair deixo a bolsa em cima da cama para que ela possa
fazer as coisas e tomar um banho para poder descansar, e se para manter
eles seguros eu precise apelar ao lado sentimental desse homem, farei isso.
— Pai? — Ele se vira até assustado como o chamo e um brilho em
seu olhar surge, ele me da sua atenção. — Eles estão seguros aqui, me
prometa que não fará mal a nenhum dos dois. — Ele suspira e muda a sua
postura.
— Por muito anos eu sempre esperei ouvir essa palavra meu filho, e
mesmo que só tenha me chamado para garantir a segurança da mulher que
ama e da criança, não nego que gostei de ouvir pela primeira vez essa
palavra, mas fique tranquilo vocês aqui estão em casa, deixe nossa conversa
para amanhã, vá descansar com sua mulher e seu sobrinho. — Ele dessa vez
sai do quarto e fecha a porta atrás de si.
Entro novamente no quarto e pego as coisas para fazer a mamada do
Gui e faço rapidinho e limpo o que acabei sujando e ouço a voz do Hector
falando com alguém, não quero que ele fique irritado, então volto rápido
para o quarto e tranco a porta, sei que não impedirá ele de entrar aqui mais
pelo menos ouvirei caso, tente.
Me surpreendo em ver a Nik sair do banho somente de roupão, o
Gui estava dormindo e parecia estar em um sono bem pesado, acho que ele
só acordará de manhã, deixo as coisas para ele mamar em cima da mesinha
que tinha no quarto e pego a minha mochila que só fiz soltar no chão,
começo a esvaziar meus bolso e tiro meu cordão, a Nik se senta na cama ao
lado da minha mochila.
— Descansará que vou só me refrescar e já volto para me deitar ao
seu lado minha Flor. — Ela estava com a respiração rápida e seus olhos
estavam dilatados e conseguia ver o desejo dela, ela concorda e sorri para
mim, se levanta e dá a volta na cama com seus olhos vidrados nos meus, ela
desamarra o seu roupão deixando ele cair em seus pés e se deita na cama de
frente para mim, e ela usa a sua mão para passear por seu corpo da cintura
até seu pescoço, puta que pariu não vou aguentar apenas dormir ao lado
dessa labareda de desejo, minha ereção estão querendo se libertar da minha
cueca que começou a me incomodar.
— Pode ir querido se refrescar que espero você para podermos
conversar. — Ela me dá um sorriso safado e começa a descer a sua mão por
sua barriga indo em direção a sua intimidade que estava nua, ela começa a
abrir as pernas e antes que eu me perca saio correndo para o banheiro e a
deixo rindo da minha atitude.
Tento tomar um banho rápido para voltar para aquela mulher que
está me esperando cheia de desejo e eu estou louco para conhecer cada
parte que ela tem escondido e depois de hoje ela será apenas minha e terei o
maior prazer de ir pedir a sua mão em casamento para seus pais, saio do
banheiro apenas com a toalha na cintura, mas antes de ir até a mulher que
me aguarda vou até a porta do outro quarto e vejo que meu sobrinho estava
dormindo tranquilo, encosto a porta e vou até a mulher que vem habitando
o meu coração e meus pensamentos, o sorriso dela fica maior e sei que ela
está bastante cansada mais nesse momento quero apenas ser o mais gentil
que posso para que ela adore o que quero fazer com ela.
Dou a volta na cama e me sento do seu lado quero que ela saiba que
não é preciso fazer nada que não queira hoje aqui, e estou rezando que ela
não desista porque a mulher é linda demais, ela descansa a mão dela em
meu braço e me puxa ao encontro do seu corpo, sem pressa alguma, beijo
seus lábios com carinho, ela solta a minha toalha e sinto que ela me deseja
em cima do seu corpo e com cuidado começo a me encaixar entre as suas
pernas, ela passa seus braços pelo meu pescoço ela está com um sorriso
agora vergonhoso e ver ela ficando com um rubor em suas bochechas a
deixa ainda mais linda.
Começo a beija toda a extensão da sua mandíbula e ouvir seus
gemidos enquanto sinto ela forçar o contato com a minha ereção que está
ficando cada vez mais inchado e duro para entrar no seu lugar quente e
apertado, desço meus lábios por seu pescoço e ela geme com tanto desejo as
mãos dela começa a arranha minha costa e sinto um arrepio tão gostoso
desço até seus seios deixando pequenos beijos e depois alguns chupões em
lugares que ela poderá esconder mais tarde, não quero que ela depois fique
com vergonha.
Seus seios são lindos, nos tamanhos certo para mim, cabe perfeito
em minhas mãos começo a sugar eles com cuidado olho para o rosto dela e
estava ficando vermelho de desejo, começo a beijar sua barriga e ela
entende o que farei, tenta me impedir mais apenas beijos sua mão que tento
me segurar e quando alcanço seu monte púbico, que estava depilado e com
um brilho comum para que está cheia de tesão e faço o que sempre quis
fazer desde que a conheci, passo a minha linga por toda a sua extensão e
abro passagem para que ela sinta tudo o que quero fazer com ela quando
começar a sugar seu clitóris, coloco apenas um dedo dentro dela e sinto o
quanto ela é apertada, massageio o seu lugar sensível e sugo todo o seu
orgasmo adocicado e não deixo nada para trás, dou mais um beijo na sua
intimidade e começo subir por seu corpo venerando cada parte que acabei
de conhecer com a minha boca e quando a beijo tento me encaixa e vejo
que ela faz uma careta de dor.
— Amo você. — O olhar dela se ilumina, ela se abre mais ainda e
com calma e cuidado vou entrando devagar dentro dela, ela se encolhe um
pouco sentindo dor e paro de mexer, ela passa as pernas né, minha cintura e
me puxa para próximo do seu corpo.
— Quero você por inteiro, eu aguento amor, entra. — Então faço o
que ela me pede, e um gemido de dor escapa de seus lábios e seus olhos se
fecham escondendo a sua real dor, abro um pouco de espaço e começo a
estimular novamente o seu desejo para que ela volte a sentir prazer.
Quando ela rebola ao meu redor sei que está pronta para começar a
dar prazer a ela como merece, e cada vez que entro e saio dela seus gemidos
se intensificam, dei a ela um orgasmo que fiquei preocupado que ela tenha
acordado o Gui, que sorri sacana para mim e me mexo até alcançar meu
próprio orgasmo e quando estou perto de gozar saio de dentro dela e gozo
em sua barriga, nossa respiração está entrecortada quase sem folego e
começo a beijar seu rosto e dizer que a amo, porque é a verdade.
— Você é minha, espero que me aceite pelo resto da sua vida. — Ela
beija meus lábios.
— Isso é um pedido de casamento Miguel? — Concordo com a
cabeça e dou meu melhor sorriso e espero a resposta dela.
— Sim, meu amor, aceito ser sua pelo resto das nossas vidas. — A
beijo com desejo outra vez, mas preciso cuidar dela, seu sorriso fica amplo
que alcança seus olhos e me abraça.
— Assim que resolvermos todo esse problema vai ao médico, é
muito nova para ter nossos filhos, não acha? — Ela concorda com a cabeça
e decide se levantar para ir tomar um banho, e quando nos levantamos a
marca de que ela é minha estava nos lençóis, tomamos nosso banho e
voltamos para cama para descansar, mas antes de deitarmos trocamos os
lençóis, por que o dia amanhã promete ser bem emocionante
V er aquela fila de modelos de
passarela na sala da casa da minha
mãe, sendo que ela e minha
cunhada estavam babando em cima daqueles marmanjos que tenho que
contratar, me dá até nos nervos, saber que eles vão ficar de olho na minha
colombiana, ajudo ela ficar na cozinha e quando entro no escritório meu pai
entrevistava um fuzileiro até com boas qualificações mais tenho certeza que
ele deveria ganhar a avida sendo modelo de calendário sexy, porque o cara
tinha presença.
No final da seleção quem acabou escolhendo foi a Vanessa e gostei
das escolhas delas, um árabe que serviu no seu exército e saiu com todas as
honras e um guarda costa profissional, trabalhou para o rei do pop até o dia
da sua morte, ele é um ex—fuzileiro mais não parece ter a idade que tem,
libero eles para poderem ir se organizar e iremos nos encontrar na pista de
voo onde o meu jatinho nos aguarda para ir para o Brasil e nos encontrar
com os Alcântaras.
Assim que o Jorge e Hassan chegam na pista eles organizam tudo o
que precisamos e vejo que trouxeram duas caixas prateadas, meus pais que
estavam na pista esperando pela chegada deles, nos abraçam e desejam boa
sorte.
— Tragam meu netinho para casa e cuidado com o que vão
enfrentar. — Minha mãe fala abraçando a Vanessa, dou um beijo em sua
testa e entramos no jatinho que em pouco tempo tem a permissão para
taxiar na pista e decolar, antes de perder o sinal mando mensagem para o
Bruno avisando que estamos indo.
Durante o voo vejo que os dois seguranças já tem um bom
entrosamento e que irão trabalhar bem juntos, e fico curioso para saber o
que tem na caixa prateada, tenho uma ideia que seja mais quero ter a certeza
do que eles estão carregando, deixo a Vanessa na poltrona dela enquanto
mexe em algumas coisas no seu tablet e vou onde os seguranças estão.
— Senhores, o que precisam saber para conseguir fazer o trabalho
de vocês? — Eles se olham e me mostram a anotações que já fizeram.
— Senhor, não temos medo de ajudar vocês a recuperar seu filho,
acredito que a sua noiva esteja machucada daquela forma por conta do que
está acontecendo. — Apenas concordo com a cabeça.
— Minha noiva é a sobrinha de um cara perigoso, ele deseja
informações que acredita que ela tenha e para forçar ela contar para ele,
sequestrou meu cunhado e nosso filho estava com ele e a namorada por
coincidência. — Por hora é melhor contar apenas isso que explicar todos os
detalhes.
— Não se preocupe, senhor, cuidaremos de sua mulher e
ajudaremos se for necessário com seu filho. — Hassan fala com um sotaque
pesado.
— O que tem na caixa? — Eles me olham e um sorriso aparece no
rosto deles e puxam a caixa para mais próximo das nossas pernas e abrem a
pequena a tampa da caixa e vejo que é um case e dentro tinha algumas
pistolas nos seus estojos, pentes e munições.
Eles me mostram as armas e me entregam uma delas que estava
descarregada e me ensinam como manusear, olho para a Vanessa que
apenas revira os olhos e tenta enxergar o que tem na caixa, ela tenta se
levantar e se aproxima onde estamos olhando as pistolas pega uma delas e
Jorge tenta tirar da mão dela e se assusta quando ela consegue manusear
apenas com uma mão. Olho para ela assustado.
— Meu pai me ensinou a me defender e sempre me ensinou a atirar.
— Olhamos para ela sem acreditar na destreza da minha linda colombiana
tem com as armas. — Durante as noites, quando podíamos ficar menos
preocupados e o me irmão estava dormindo, ele me ensinou a montar e
atirar. — Um sorriso satisfeito apareceu em seu rosto. — Eu consegui
acertar um coelho. — Nos olhamos incrédulos.
— E por que precisava aprender senhora? — Jorge pergunta para
ela, que me olha como se perguntasse se pudesse falar, apenas concordo.
— Meu pai foi o Pablo Carrillo e meu tio é Hector é quem me
procura. — Hassan se engasga e abre os olhos em direção a Vanessa e fala
até devagar.
— Você é Yolanda Carrillo, a garota que sabe a localização do maior
tesouro que o Pablo escondeu do irmão. — Ela olha para ele para confirmar
o que ele acabou de falar, e os dois se encostam nas poltronas.
— Não acredito que estamos com a mulher que conhecer o caminho
da cidade dourada. — Jorge fala e a Vanessa cai na gargalhada.
— No máximo, a cidade dourada deve estar estragada e cheia de
traças. — Fico pensando no que o Hassan fala e me preocupo com coisas
futuras.
E se alguma outra pessoa descobrir o nome dela e quiser sequestrar
ela na esperança de descobrir onde está os tesouros que o pai dela, e sem
contar que nosso filho pode também está em perigo por conta do nome dela
ser assim tão famoso no meio dessa vida.
— Quem diria, você fugiu por conta de quem são meus amigos e
você é o elo perdido de um tesouro que foi muito bem escondido. — Falo
sem acusação, apenas finalmente entendo os motivos que ela sempre teve
medo. — Agora entendo você, Vanessa.
Seus olhos ficam marejados e ela entrega a pistola para Hassan que
pega e a guarda novamente dentro do case, ajudo ela a voltar para a sua
poltrona, mais a faço sentar no meu colo, e meu sorriso fica maior e
apaixonado.
— Obrigado, minha colombiana, pelo que fez, mesmo que tenhamos
vivenciados momentos desesperadores, agora entendo que a sua escolha foi
para que não descobrissem vocês e não me fizessem nada de mal a mim ou
a qualquer um que fosse próximo. — Com a sua mão livre, ela toca em meu
rosto.
— Foi por conta disso que sempre tive medo, amor, meu nome é
motivo de muita especulação de onde meu pai escondeu todo aquele
dinheiro e principalmente os quilos de coisas sujas que ele roubou do meu
tio. — Faço carinho em suas costa e mais uma vez agradeço por tudo o que
ela fez, mesmo que no passado tenha nos magoado muito.
Nossa viagem é um pouco longa e a maioria dela a Vanessa passa
dormindo, só acorda quando estamos próximo de pousar e quando
finalmente pousamos somos recebidos pela Carol e Bruno.
— Desculpa por está trazendo problemas para vocês? — me
desculpo com meus amigos e a Carol se aproxima e me abraça.
— Deixe de bobagem, somos muito mais que amigos, somos família
e jamais deixaria que seu filho ficasse refém de um homem tão sem
escrúpulos, agora vamos para casa. — Ela se afasta de mim e se aproxima
da Vanessa. — Querida, se me permite falar você fica muito mais linda
assim morena.
Elas duas sorriem uma para outra, a Carol ajuda a minha
colombiana entrar no carro, enquanto vou no que estavam mais atrás para
que elas tivessem mais espaço, nossos seguranças estão em um carro
separado e vão para o mesmo lugar que a gente sei que o Bruno não os
manteria longe e as equipes de segurança irão trabalhar em conjunto.
— Gustavo, agora me diga como está passando, pergunto por que é
muita coisa para assimilar e aceitar também. — Olho para ele um pouco
sem entender o que ele me disse, mas tento ser o mais sincero que posso.
— Eu no início dei uma surtada, principalmente com ela sem
memória e achando que tinha apenas 14 anos, mais ainda bem que foi por
pouco tempo, agora saber que meu filho pode estar correndo risco de vida
me deixa em pânico, tenho me segurado para que ela não perceba. — Fico
pensando um pouco e o Bruno mostra de longe a comunidade do Júlio.
— Quando conheci a Carol, você sabe que a comunidade era minha,
mas eu já estava apaixonado por ela Gusta e não me importava nem um
pouco em passar a comunidade e tudo aquilo para deixar minha Deusa feliz
e vivendo em tranquilidade e com a sua ajuda iniciei minha vida de CEO.
— Começamos a rir, principalmente das lembranças de como nos
conhecemos.
— Você era, mas bonito no passado, agora está parecendo aqueles
fisiculturista. — Solto uma gargalhada e o motorista também.
— Quem dorme comigo adora. — Ele fala com orgulho de sua
deusa.
— Meu amigo, para tudo tem gosto. — Dessa vez até ele fica rindo
do que eu falo. — Mas me diga o que tem planejado para poder resgatar
meu filho e cunhado.
— Apareceu a oportunidade, a Carol interceptou um carregamento
grande e faremos uma troca para que ele deixe que seu cunhado e o
pequeno sai das mãos dele. — Fico pensando, acho arriscado,
principalmente se ele não aceitar uma troca.
— Bruno, esse homem está em uma caça ao tesouro a muitos anos,
será que aceitará uma troca assim tão fácil? — Ele meneia a cabeça.
— Teremos que arriscar, se ele não aceitar o Alex irá nos ajudar
assim como o Fritz e qualquer coisar podemos falar com o Carter, sendo
que ele será nosso último recurso. — Fico curioso em saber por quê.
— Tudo bem, vamos pensar com calma, iremos apenas amanhã a
noite, não é isso? — Ele confirma com a cabeça e percebo que estamos
chegando no condomínio que eles moram, e assim que o carro estaciona
vou ajudar a minha colombiana que está tão cansada como eu e sei que
deve estar com dores nos seios, vejo ela apertando eles um pouco.
— Vamos nos deitar, e vocês precisam descansar um pouco. —
Entramos na casa da Carol que nos indica o nosso quarto, que é bem amplo,
ajudo a Vanessa se sentar e coloco na sua frente as bombinhas enquanto vou
para o banheiro tomar um banho e preparar o dela para que ela se refresque
também.
Depois que ela termina de esvaziar seus seios e lhe dou um banho,
finalmente nos deitamos para descansar, por que o nosso dia amanhã será
corrido e ainda teremos uma viagem bem cansativa e estressante, quando
olho para o lado minha doce mulher estava dormindo abraçada com o
travesseiro, beijo seus lábios e decido que é minha hora de ir descansar
também.
— Boa noite, minha colombiana.
S into a claridade em meu rosto, e a
mão em meu seio esquerdo e uma
perna encaixada entre a minha
perna livre e meu gesso, me faz ter vontade que ele me vire do avesso e me
faça dele outra vez, mais do jeito que estamos é difícil de fazer qualquer
coisa, me levanto devagar e saio da cama para ir ao banheiro e por alguma
obra divina ele não acorda, faço tudo o que preciso e encontro um vestido
para vestir e resolvo descer para pegar um copo com água para meu
remédio.
Chegando no andar de baixo e dou de cara com várias mulheres com
a Carol que quando me vê me ajuda a sentar para poder tomar café, ela me
apresenta as suas amigas e entramos em alguns assuntos sobre tudo o que
aconteceu e como ela está nos ajudando a recuperar o meu menino resolvo a
contar tudo para ela, que ouve completamente calada toda a história.
E quando contei para ela sobre o que me lembro do meu pai ela
prestou mais atenção ainda, sei que ela não precisa do que meu pai
escondeu, mas a história é bastante curiosa e deixa qualquer um com a
vontade de entrar nessa busca.
— Eu queria saber apenas como ele deixou aqueles quilos
protegidos contra o mofo, porque não aguento mais comprar anti mofo para
o meu guarda-roupa, ainda mais nesse período de frio que logo começará.
— A Tânia começou a falar rindo.
— Não sei nem se é verdade, eu acredito que seja apenas dinheiro
ou joias, sei lá. — Minha lembrança do meu pai sempre é de um homem
inteligente, então tenho certeza que ele não escondeu drogas, ele escondeu
algo muito mais precioso que isso.
— Pelo que o Bruno sempre nos contou dos boatos do Carrillo, eu
agora conhecendo você e a história da sua família, começo achar que talvez
nem sejam joias e dinheiro, talvez seja algo um pouco mais importante. —
Olho para a Carol que está pensativa e por fim ela me olha e fala.
— Depois que recuperarmos o seu filho, podemos, sim, tentar e
descobrir o que seu pai escondeu, acredito que ele deve ter deixado alguma
pista sobre onde está o grande segredo. — Carol olha para cada uma e
conclui. — Se for várias joias, quero olhar elas. — Finaliza caindo na
gargalhada.
Ficamos sentadas na mesa até que todos aparecem e meu lindo
noivo aparece de cara amassada ainda, mas estava bem-vestido e arrumado,
ele da volta na mesa me beija e dá bom dia a todas, eles todos se sentam e
começam a tomar seu café.
— Vanessa quer ir passear um pouco ou prefere ficar aqui
sossegada? — Ele me pergunta e pelo seu olhar acho que ele quer ir em
algum lugar.
— Por mim não me importo se vamos ficar ou sair, só quero que o
dia amanhã chegue logo para poder ter nosso filho em meus braços. — Ele
beija minha mão e passa o dedo em meu rosto.
— Então vou te levar na empresa do Bruno, e de lá podemos ir ao
shopping que sempre gostei de ir. — Olho para a Carol que fica empolgada
com o que o Gusta fala.
— Podemos todas ir passear enquanto ele resolve o que esta
acontecendo na empresa, já disse para o Bruno que aquele cara está
roubando, mas ele insiste não querer me ouvir. — Sinto o Gusta respirar
fundo ao meu lado e fico pensando no que ele deve saber.
— O amigo do Gustavo é um bom administrador, mas ele teve que
se mudar e não iria conseguir continuar trabalhando, e o que contratei deve
estar fazendo algo muito errado. Vemos ele passando a mão na barba e o
irmão da Carol resolve falar.
— Ele tem cara de corrupto, era só ver que toda vez que ele resolvia
ir à boate ele colocava para dentro mais de dez pessoas e liberava o bar. —
Gustavo passa o braço no apoio da minha cadeira e percebo que ele está
bastante pensativo.
— Tenho alguns nomes em mente, mas não sei se pode confiar neles
também. — Ele me olha em meus olhos e acredito que ele esteja me
pedindo permissão para alguma coisa, só não compreendo o que.
— Posso cuidar da sua empresa mais remotamente por que eu não
largo por nada a minha família. — Ouvir ele falando assim faz com que
meu sorriso fique maior e o brilho no olhar dele cresce mais ainda.
— Não precisamos, tenho que arrumar um bom administrador e
você precisará de tempo para curtir a sua família e organizar o que precisará
daqui por diante. — Bruno tenta dar um tempo para o Gustavo poder ficar
comigo e com o Gui, mas sei o quanto ele é grato ao Bruno por tudo o que
ele é hoje, também então a coragem que sempre me faltou lá traz.
— Ele aceita, sim, se for preciso passar um tempo aqui no Rio
iremos vir com muito gosto ajudar você e sua empresa Bruno. — Viro para
o meu lindo noivo e faço com que ele preste atenção no que eu tenho a
dizer a ele.
— Chegou a hora de ser corajosa, chega de me esconder de tudo e
de quem sou e principalmente de que você precise fazer escolhas por minha
causa, meu amor, agora é minha vez de ser a sua companheira e te dar apoio
quando for preciso para ajudar nossos amigos, então, sim, iremos vir ajudar
as empresas do Bruno e assim que possível podemos voltar para Miami ou
Vegas. — Ele segura meu rosto com muito carinho e me enche de pequenos
beijinhos.
— Bom, então se sua mulher já decidiu como será podemos ver
alguma casa aqui no condomínio ou lá no prédio, vocês decidem. — Carol
fala demostrando toda a sua empolgação e começa a se levantar. — Vamos
embora para o shopping e enquanto eles vão para a empresa e mais tarde
iremos para o aeroporto.
Olho para o Gusta que dá de ombros, parece que precisarei me
acostumar com o jeito da Carol ser elétrico demais, ele me ajuda a me
levantar e o ouço falando com o Hassan para me acompanhar enquanto
Jorge vai com ele.
Temos vários seguranças ao nosso redor, mais no carro vai somente
às mulheres e a Carol vai dirigindo, e falando sem parar sobre o que posso
fazer para não ficar entediada e de cabeça cheia por que estou só cuidando
do Guilherme, fico rindo dela e da Juliana que falam sem parar.
— Você é advogada, não é, se quiser trabalhe no setor jurídico da
empresa por que problemas é o que não faltam e quem sabe não abre o seu
próprio escritório depois, pelo menos ficará, algumas horas fora de casa. —
A ideia de fazer o que estudei para ser, me fez ficar até emotiva.
— Ei, não precisa chorar, Vanessa. — Tânia, que estava ao meu
lado, tenta me acalentar.
— Não é tristeza, sei que conseguiremos pegar meu filho com o
Hector e saber que posso trabalhar com advocacia me deixa tão feliz, não
que eu não goste de ser secretária, mas dei tão duro para conseguir me
formar aqui e tirar a minha OAB, fiz tudo isso fugindo do Gustavo e
tentando ao máximo não ser encontrada, estava com oito meses quando vim
para Curitiba para fazer as provas da OAB fiquei tão cansada na época, e
saber que agora poderei trabalhar para mim isso é ótimo. — Respiro até
bem, vejo um pingo de felicidade no meio dessa turbulência que estamos
vivendo.
Chegamos no shopping e nos divertimos muito, a Carol me ajuda a
escolher alguns vestidos para levar e quando percebemos está quase na hora
de voltar para arrumar as malas para ir resgatar meu filho das mãos do meu
tio.
— Não se preocupe com as malas, a Keity já arrumou tudo, ela
trabalha para mim a muitos anos, desde que a Tânia nos abandonou para ser
a joia do Júlio. — Começamos a caminhar devagar para a saída e o Hassan
segura as minhas sacolas enquanto as meninas me ajudam a andar.
— Achava mesmo que deixaria meu coroa lá onde aquelas novinhas
vivem dando em cima nele apenas por que comanda a comunidade… há há
há… nunca, tenho que cuidar do meu coroa. — E mais uma vez caímos na
gargalhada.
Fomos para a casa da Carol e ficamos apenas esperando os nossos
maridos para poder ir ao encontro do meu passado, sei que coisas difíceis
vão acontecer assim que colocar meus pés na minha cidade natal, que eu
não venho desde que tinha dez anos, e sinto que preciso ir ao cemitério
onde minha mãe está enterrada para por para fora tudo o que sofri com a
falta de carinho dela e devolver esse medalhão que meu pai me deu e disse
que era dela.
Principalmente agora que constituirei a minha própria família com
quem amo, e se Deus permitir conseguiremos resgatar meu filho e o Miguel
com a Nik e ir para casa, olho para tudo organizado na sala e nos esperando,
nossos maridos chegam e o Gusta me olha.
— Vamos, minha colombiana, está na hora de ir buscar o nosso
filho.
A cordo ansioso, sonhei vendo o
Guilherme correndo em minha
direção chamando “Papai, papai”,
ele estava em um playground brincando com alguns carrinhos e tinha vários
seguranças olhando para onde ele estava brincando, o agarro ele em meu
colo e sinto seu cheirinho de limpeza, seus bracinhos circulam o meu
pescoço o aperto com ternura.
O pedacinho meu e da Vanessa está aqui em meus braços e ele está
seguro, olho para o seu rostinho e vejo que ele realmente é tão parecido
comigo tendo apenas os olhos na cor dos olhos da minha colombiana, mas
um barulho vem de fora do nosso momento e me abaixo para proteger ele, e
quando procuro ao redor ele sumiu dos meus braços e os seguranças estão
apontando suas armas para a Vanessa que estava em meus braços
ensanguentada.
Acordo suado, com respiração ofegante e sinto como seu meu
coração fosse sair pela boca de tão forte que ele está palpitando, não
conheço as pessoas com quem iremos nos encontrar e quero ter certeza que
meu filho e a minha noiva vão sair ilesos desse encontro, espero que a Carol
consiga realmente fazer a troca.
Desço para tomar café sozinho, porque dessa vez não faço ideia
como ela conseguiu sair da cama sem me acordar, desço e vejo elas todas
conversando e decido ir com os rapazes para a empresa e tentar apagar o
fogo que o Bruno tem em suas mãos, mas tarde conversarei sobre o que a
Vanessa aceitou de vir morar um tempo aqui.
— Cara, já olhei esses livros e não encontrei muita coisa nele que
explique como as finanças estão caindo Gustavo. — A sala do Bruno foi
alocada para o último andar do prédio que ele alugou para consolidar a sua
grande empresa de comunicações, antes era apenas um andar com várias
salas subdivididas para gerir e organizar todo o seu patrimônio, agora os
últimos sete andares era tudo separada para a empresa Alcântara ele fez do
seu nome a sua marca.
— Deixe de ser ansioso, podemos contratar um recém—formado,
normalmente eles querem mostrar serviço e fará um bom serviço, me diz
quem não quer iniciar a sua carreira trabalhando na Smoke, o que estava
aqui já era um velho cansado que queria apenas engordar a aposentadoria
dele. — Assim que abro o livro caixa desde o início que o antigo
administrador começou a trabalhar, vejo que ele desviou dinheiro de todo o
aglomerado.
Enquanto trabalho na auditoria fiscal que nem é minha área de
atuação, fico observando o Júlio conversando em grego, provavelmente
algo deve estar acontecendo no mundo deles, Bruno também se envolve e
acho que está jogando gasolina na situação, já que ele começa a rir do que o
Júlio fala no vídeo chamado, vejo ele se sentar na cadeira de frente para
mim enquanto meus olhos continuam na conversa do grego, Bruno
percebeu a minha atenção ali e pontua a conversa.
— Você sabe que o Júlio tem gêmeos, não é? — Confirmo com a
cabeça e volto a minha atenção para o computador. — O Alex, nosso amigo
da Grécia, tem gêmeas e eles estão ponderando unir eles em casamento para
evitar um problema no futuro.
Para de fazer a minha investigação na hora que ele me fala isso,
como podem prometer as vidas de seus filhos, e se acontecer algo ou pior e
se eles se odiarem como fica?
— E isso dá certo, acho que casamentos arranjados deixaram de
acontecer pelo menos a um século não acha? — Bruno começa a rir, e o
Cláudio se aproxima da gente com uma garrafinha de long Neck e se senta
na outra cadeira.
— Podemos manter nossos filhos no círculo entre os amigos,
corremos menos riscos de que eles sofram, entende, não quero a minha
doce Aurora casada com um filho de mafioso que pode fazer muito mal a
ela, esse mundo os homens são cruéis. — Bruno baixa a cabeça e põe o
celular na mesa.
— Acha que não tenho medo pela Laís, no nosso círculo não existe
nenhum rapaz que ela possa se envolver, mesmo eu achando que ela poderia
tirar a vida dela para ser serva do Senhor, eu poderia comprar um convento
para ela. — Tanto eu e o seu cunhado para o que estamos fazendo e
olhamos serio para ele que estava concentrado no que estava nos falando.
— Sabe que isso nunca acontecerá, não é, primeiro por que a Carol
jamais mandará a filha para longe e depois por que o nome da Madame
Suíça é famoso demais para quem não haja muitos futuros pretendentes de
outras organizações. — Digo para ele o que sempre imaginei, ele só faz rir,
mas sei que é de nervoso.
— Mas é isso, querendo ou não acabamos fazendo acordos com os
nossos filhos para não haver muitas pessoas estranhas. — Ele olha para
mim e volto a me concentrar no computador, acho onde estava os desvios e
faço uma cópia extra para entregar ao Bruno que levará para a polícia.
Na hora do almoço a assistente do Bruno entra na sala e avisa que a
sala de reuniões estava preparada para o nosso almoço e que já podemos ir
para lá, fico olhando para a mulher que estava muito bem vestida e
demonstrava ser estritamente profissional, após sair da sala olha para eles
que só fazem rir, como a Carol deixou ela trabalhar aqui.
— Não faça essa cara meu amigo, assim que ela foi contratada por
minha deusa ela passou horas conversando com ela, e parece que a Carol
disse algumas coisas que a mulher é agora praticamente um robô. — Fico
rindo, porque não esperava menos da minha amiga.
Durante o nosso almoço conversamos sobre como chegaremos lá e
conversar com o Hector, como o Bruno nos disse que as equipes do Júlio
interceptaram uma carga entrando nas áreas que eles comandam, mesmo
não sendo do Hector eles acham que podem fazer essa toca com ele.
— É muito arriscado Bruno andar com tudo isso com a gente não?
— Pergunto assustado para ele.
— Meu amigo somos empresários, não dividimos nosso transporte
com mercadorias, caso ele aceite a troca enviaremos para ele no dia
seguinte, mais tenho certeza que ele aceitará. — Queria ter essa mesma
confiança do Bruno.
— Não se preocupe Gustavo, sei que o Bruno não quer envolver o
Carter nessa situação, mas ele me garantiu que ligará para ele para saber o
que ele quer em troca do primo da Helena, acho que o rapaz gosta da sua
sobrinha. — Começo a rir, começo bem a história daqueles dois, e ali não
vai acontecer nenhum tipo de envolvimento amoroso.
— Henrique sempre viu a Helena como irmã e sempre será assim.
— Acho que eles não acreditam muito no que falo e riem da minha
convicção.
Depois que resolvemos tudo com o aglomerado de empresas
voltamos para a casa do Bruno onde nossas mulheres nos esperava para ir
para a pista de pouso, minha mulher estava linda com um vestido de botões
e uma sandália com pedrinhas, seus cabelos estavam trançados na lateral
que a deixava mais bonita.
Subo para tomar um banho e trocar de roupa e me encontro com ela
que ajudo a entrar no carro para podermos ir ao encontro do nosso filho, em
poucos minutos estamos todos acomodados e sobrevoando a cidade
Maravilhosa que sempre me faz ficar apaixonado por essa cidade e olho
para a mulher ao meu lado que segura forte na minha mão e na outra ela
quem um medalhão que aperta forte.
— Vanessa me prometa que não fará nenhuma coisa que fará que
sua vida fique em risco, não quero cuidar do nosso filho sozinho, então me
prometa que não fará nada estupido. — Olho para ela com essa súplica em
meus olhos e seus ficam marejados.
— É meu filho também, e o quero assim como você e se para
conseguir ele… — Ela para de falar e olha para a sua mão que estava o
medalhão que tanto apertava.
Ela pega o medalhão e me mostra o que tem dentro dele, chamo a
Carol para que ela analisasse o que acabamos de descobrir, e o olhar dela
muda e sei que a esperança agora cresceu mais ainda e mudamos os nossos
planos, iremos primeiro a Cuzco olhar algumas linhas.
L embro que tenho essa medalha
desde que me entendo por gente e
nunca percebi que, na verdade,
ele abria, mas com a força que estava fazendo o fecho se soltou e revelou o
segredo que tinha na pequena medalha.
Mas sei que o do Miguel também tem uma parecida dado pelo meu
pai, e essa quem me deu foi a minha mãe, no dia que eles nos entregaram
nossos cordões ficou mais que nítido que algo não agradava a minha mãe
comigo, foi quando comecei a perceber o carinho que o Hector e meu pai
me davam, mas sempre achei que fosse para compensar o tanto de desprezo
que a Marcília dava a mim enquanto ao Miguel ela se dedicava de todas as
formas possíveis.
Nunca, na verdade, me importe para a atenção que minha mãe não
me dava, porque o meu pai e o meu tio supriram isso muito bem, mesmo
que eles tenham brigado e o meu tio tenha matado os dois, ele sempre me
tratou como uma filha e o Miguel também.
Agora esse pequeno mapa, talvez seja verdade tudo o que falam
sobre o tesouro que o meu pai escondeu, mesmo achando que não seja nada
que todos pensam, não acredito que seja drogas e nem dinheiro encrostados
dentro de alguma parede, acho que meu pai deixou outra coisa escondida.
— Deixe me ver isso aí Vanessa. — Carol pega o pequeno pedaço
de papel que estava no medalhão e olha, mas de perto.
Fico apreensiva para que, o que esteja lá dentro seja o tal mapa que
sirva para Hector libertar meu irmão e principalmente meu filho, Carol me
entrega novamente e olho novamente o que estava escrito.
— Sério que o seu pai deixou um enigma para você, não seria mais
fácil dizer assim filhinha está na parede do meu quarto da casa tal lembra…
— Bruno fala rindo e reviro os olhos para a reação que ele tem.
— Linhas no céu? — Gustavo pergunta, sem entender o enigma
que tinha na pequena pista.
— As linhas de Nazca são no Peru, e a única vez que estivemos no
Peru foi em Cuzco quando meu pai foi morto. — Falo com convicção, por
que nenhuma das minhas memórias me dizem se já fomos outra vez por lá
— Vamos lá então mudar a nossa rota, assim que chegarmos em
Cuzco no Peru ligo para o Hector e digo que precisamos alterar um pouco a
nossa rota. — Carol fala como se mudar a rota fosse algo simples a fazer.
— Não podemos Carol, o Guilherme e meu irmão, não podemos
simplesmente fazer com que ele tenha que esperar, e se ele tentar fazer mal
ao nosso filho. — Me agarro na blusa do Gustavo e ele tenta me acalmar.
— Carol, eu concordo com a Vanessa, primeiro pegaremos a nossa
família, depois podemos bancar os Indiana Jones. — Carol revira os olhos
mais acaba aceitando que a prioridade é salvar meu filho.
— Não faço ideia o que tenha lá Gustavo, mas não arriscarei a vida
do nosso filho, para descobrir o que meu pai deixou escondido para mim,
isso se for algo realmente para mim. — Porque ainda acho que o que tem lá
serve apenas para o meu próprio pai e não para mim ou meu irmão.
Saber que realmente existe algo escondido me deixa ainda mais
preocupada, faz com que o perigo aumente criando mais curiosidade entre
cada um das pessoas que conhecem a lenda do tesouro perdido do Carrillo,
precisamos findar com essa lenda, mostrar que o que meu pai escondeu
nada tem a ver com um rio de dinheiro escondidos ou quilos e mais quilos
de drogas em algum lugar.
Gustavo pelo menos concorda comigo em relação a resgatar nosso
filho primeiro depois ir brincar de procurar tesouros escondidos, quem não
fica muito empolgado acho que foi o Bruno ele queria ir se divertir nessa
caça ao tesouro, depois de algumas horas chegamos na pista de pouso que o
Hector nos deu a localização e que fica fora do radar da polícia.
Havia alguns carros que nos aguardavam na borda da pista, fiquei
meio apreensiva de entrar naqueles carros, mas coloco o resto de coragem
que ainda me resta no meu rosto e seguro a mão do meu noivo, está se
aproximando a hora de pegar o nosso filho daquele louco que o sequestrou,
e quero saber também do meu irmão.
— Senhorita Carrillo, seu tio a aguarda em seu apartamento, iremos
lhe levar até ele nesse momento. — Antes que eu pudesse falar qualquer
coisa, a Carol toma a frente.
— Diga a seu chefe que esperaremos por ele no hotel que
reservamos para o nosso encontro, e diga a ele que tanto o Guilherme como
o Miguel e a moça devem ir com ele também. — O segurança olhava para
ela como se ela fosse um nada e o melhor foi ver ela dando um soco na cara
do motorista que acabou caindo no chão com o impacto, o Bruno saca a
arma dele e apontar para todos os seguranças que se aproximavam da gente.
Estufei o peito e puxei a arma que estava dentro da minha bolsa,
enquanto o Gustavo também sacou a dele, Carol se aproximou do motorista
que parece que já havia levado alguns socos antes de chegar aqui.
— Caso não saiba que sou, diga a seu chefe que ainda sou a
Madame Suíça e onde eu estiver é um lugar neutro, caso não seja dessa
forma diga a ele que irá perder o seu lugar no comando. — O segurança
olhava para ela como se o que ela falava fosse a maior besteira que
houvesse.
— O que foi, acha que o teu chefe não deve respeito ao conselho
apenas porque ele comanda praticamente a América do Sul inteira. — Falou
para o segurança que ainda não havia acreditado no que estávamos falando.
O segurança, que ainda estava caído no chão, empunhou a arma que
estava por baixo da camisa para a Carol e antes que ele pudesse usar, ela se
abaixou, o desarmou e o furou com a pequena adaga que ela tirou da coxa e
o acertou entre as costelas.
— Sabe meu rapaz, um dia eu já fui muito incrédula quando
falavam que esse mundo é muito grande, na verdade, ele é extremamente
pequeno e que todos devemos obediência a alguém, o teu chefe me deve
obediência, agora por conta da sua forma de tratamento comigo e meus
amigos morrerá aqui nessa pista sozinho, porque vou para o hotel que
reservei e seu patrão vai me encontrar lá. — Os outros seguranças se
aproximam da gente com uma expressão bem, mas tranquila, diferente do
que estava agora no chão sangrando, que tinha uma cara de ódio.
— Madame Suíça, me chamo Luiz e levarei vocês até seu hotel e
informarei ao senhor Carrillo o que acabou de deixar claro aqui, mas de
antemão acredito que ele não levará o pequeno e nem o senhor Miguel,
algumas coisas aconteceram que ele mesmo deve contar a você senhorita
Carrillo. — O homem estava bem-vestido com um terno escuro e uma
escuta solta caída em seu ombro, o rosto desse segurança me é familiar,
mais não consigo lembrar dele, me aproximo e toco em seu braço.
— Pode me dizer se minha família está bem e seguros. — O homem
sorri com ternura para mim e apenas meneia com a cabeça.
— Qualquer membro dos Carrillo jamais será maltratado nas
fronteiras de casa. — Ele tem uma voz imponente e as lembranças me vem.
LEMBRANÇA ON
LEMBRANÇAS OFF
Uma dor de cabeça veio forte com uma tontura me atingindo e fui
obrigada agarrar no braço do Luiz, que me amparou e logo em seguida veio
o Gusta e me ajudou a me sentar no chão e tirou os fios de cabelos que
estava em meu rosto.
— Meu amor, o que está sentindo quer ir ao hospital? — Olho mais
uma vez para o Luiz e acho que meu passado não seja nada daquilo que
sempre pensei ou o que o Miguel sempre brincou me dizendo que fosse, ele
parecia aflito querendo ajudar o Gustavo que não deixava ele chegar
próximo de mim.
— O que ela tem, está gravida? — Gustavo tinha os olhos dele
cravados no meu, percebi a dor que aquela frase custou a ele, ele respirou
fundo e negou com a cabeça, toque em seu rosto e apenas sussurrei para ele.
— Eu te amo. — Um sorriso meio triste apareceu, e tentei me forçar
a levantar daquele chão.
— Aquele homem me atropelou. — Aponte para o moribundo que
estava dando seus últimos suspiros caído no chão. — E como sequela perdi
a memória e então venho tendo alguns flashes de memórias bem antigas,
mas agora preciso ir para o hotel e ficamos esperando Hector no nosso
quarto. — Ele concorda com a cabeça e antes que se afastasse mais ainda eu
o chamo.
— Luiz. — Ele se virou e me deu um sorriso enorme. — Diga a ele
que eu já sei o que ele quer tanto saber, mas quero o meu filho ainda hoje
no meu quarto.
— Sinto muito senhorita, mas eu apenas seguia ordens dos Carrillo.
— O olhar dele fica triste, mas não se prolonga nas explicações e volta em
direção ao seu carro.
Quando me viro para a Carol e meu noivo eles estavam com uma
expressão que demonstrava que não estavam intendendo nada do estava
acontecendo naquele momento, seguro na mão do meu noivo e se eu fugi
dele com medo que o meu passado pudesse o matar, agora tenho certeza
que ele se envolveu em algo bem pior, olho em seus olhos e com muita
segurança digo para ele algo que acabo de descobrir.
— Não sou uma Carrillo.
O olhar de todos era
incredulidade, como assim não é
uma Carrillo todos perguntavam
ao mesmo tempo, cada vez mais próximo de mim a pronto de me deixarem
de
sufocada, se não fosse pela tensão que estávamos sentindo nesse momento
eu com toda certeza estaria rindo de como eles estavam curiosos, mas a
Carol era a que demonstrava estar mais curiosa.
Nossos seguranças entraram nos carros junto com a gente e fomos
para o Hotel bem luxuoso em uma área da cidade muito bem valorizada, os
seguranças da Carol deram os nomes feita a reserva, subimos para os nossos
quartos que ficavam um de frente para o outro, os que ficavam do lado era o
dos nossos seguranças e pelo incrível que pareça eu estava me sentindo
segura principalmente do que me lembrei ainda pouco.
Sei que o Carrillo nunca quis uma guerra, mais que ele ficará
decepcionado em saber que o seu grande tesouro nada tem a ver com
dinheiro ou drogas, isso ele vai. Gustavo me ajuda a subir na cama para
descansar um pouco, enquanto a própria Carol e o Bruno também foram se
refrescar um pouco.
— Que tal um almoço um pouco mais leve meu amor, enquanto
esperamos a Carol e o Bruno voltarem para ficar aqui com a gente
esperando. — Concordo com a cabeça para ele e estico a minha mão para
ele se aproxime.
Ele estava apenas de cueca, estava se organizando para poder tomar
um banho também, o olhar safado dele me tira algumas risadas, estamos
loucos para nos amar sem esse gesso nos atrapalhando, e quero muito ser
algemada outra vez por ele, ou poder ser sua novamente embaixo do
chuveiro.
— Na verdade, eu quero outra coisa, e nada relacionado a possível
fome que estejamos sentindo. — Ele fica rindo e se senta ao meu lado.
— Sei muito bem o que você quer minha colombiana, mas minha
cabeça está nesse momento no encontro que logo acontecerá. — Descanso a
minha cabeça em seu ombro, sinto a sua mão na minha coxa.
— Minha cabeça está cheia de informações Gusta, e não sei dizer se
são lembranças ou qualquer outra coisa. — Suspiro ao seu lado, e saber que
talvez fui sequestrada quando criança me deixa ainda mais preocupada e
ansiosa para saber o que realmente aconteceu comigo.
— Não se preocupe, a verdade deve aparecer com o Hector. —
Estou inquieta com aproximação dele de mim, mas terei que esconder o
máximo possível a minha insegurança pela segurança do meu filho.
— Espero que o Hector não faça nada ao nosso filho, Gustavo. —
Meu maior medo é esse que ele machuque o Guilherme por não conseguir
realmente o que sempre quis.
— Vamos esperar e ver o que vai acontecer, ele vira apenas de noite,
temos bastante tempo para nos preparar até a sua chegada, e diga-se de
passagem que fiquei bastante excitado quando te vi toda gostosa segurando
aquela pistola. — Solto uma gargalhada olhando para ele, Gustavo sabe
muito bem quebrar qualquer tensão do momento.
— Olha, meu amor, obrigada por me fazer rir depois de tudo isso
que está acontecendo. — Ele puxa meu rosto para ficar, mas próximo do
seu.
— Você é minha mulher, é minha função cuidar de você até mesmo
quando não percebe que precisa se cuidada meu amor. — Meu sorriso fica
grande e então ele toca meus lábios com o dele e pede licença para a sua
língua começar a fazer sua dança com a minha, mas ouvimos algumas
batidas na nossa porta e um voz veio de fora da nossa bolha.
— Senhor desculpa incomodar, mas a senhora Carol os aguarda aqui
na sala para pedir a refeição de vocês. — Era Jorge nos chamando, Gustavo
me ajudou a tirar meu vestido e me levou para o banheiro, vejo ele voltando
para o quarto e o som de sua voz grossa chega até mim, estou sentada no
vaso e com uma cadeira segurando minha perna para cima enquanto o
chuveiro chega em uma temperatura agradável.
— Jorge avisa que vou apenas terminar de nos arrumar e saímos. —
Gustavo volta para o banheiro e tira a sua cueca e me ajuda a tomar banho e
sinto cada uma das minhas células se acalmando e quase relaxando. — Para
de me olhar assim. — Fico rindo dele.
— Assim como Gustavo? — Faço a minha melhor cara de safada.
— Como uma gata assanhada, eles estão nos esperando aquieta esse
fogo ai. — Ele aponta para o meio das minhas pernas e ficamos rindo do
seu comentário, mas ele estava certo, terminamos o nosso banho, ele me
ajuda a me vestir e fico sentada na cama enquanto ele mesmo volta para o
banheiro para tomar o seu banho.
Depois de alguns minutos estamos arrumados e sentados com os
nossos amigos aguardando a nossa refeição, Carol colocou meu medalhão
na mesinha que ficava na sala e o pequeno papel ao lado e estava pensativa
e enquanto converso com o seu marido.
— Bruno tem certeza que durante o tempo que estava no comando
nunca ouviu a história que a família Carrillo adotou alguma criança? —
Perguntei porque tinha algumas coisas na minha memória que não fazia
sentido.
— Vanessa, a única coisa que sei é que a maioria sabe, meu tempo
no comando do tráfico eu não fazia negócios com a sua família, então sabia
apenas que eles estavam em guerra com eles mesmo. — Bruno me conta o
que ele se lembrava.
Depois que nossa refeição, a Carol foi para o telefone e andava de
um lado para o outro, e ouvíamos a conversa dela com alguém que parece
que estava fazendo alguma pesquisa. Gustavo estava ao meu lado o tempo
todo, mas conseguia ver que estava ansioso, suas pernas balançavam muito.
Vários minutos depois, vendo ela conversar com a pessoa no
telefone, ela finalmente desligou e se sentou ao lado do seu marido e me
entregou o seu tablet, tinha uma manchete grande e nela dizia que devido
uma guerra de facção entre a Colômbia e o México, a família mexicana
praticamente foi toda assassinada, mas o que não fazia sentido era que nada
foi roubado apenas algumas poucas joias e fotografias.
— Será que eu fazia parte dessa família, mas porque me mantiveram
viva e nunca fui maltratada, muito pelo contrário eu via pessoas dando a
vida para cuidar de mim. — Mesmo vendo a reportagem não conseguia
acreditar que algo estava relacionado a isso, meu pai sempre demonstrou
me amar e o Hector também.
— Teremos que esperar o Hector para saber o que realmente
aconteceu, ele com toda certeza deve saber de algo. — Bruno fala olhando
para a notícia que estava no tablet.
Mas antes que pudéssemos falar mais alguma coisa, o Hassan entra
no quarto e diz que o Hector chegou e aguarda na recepção do hotel para o
nosso encontro.
— Hassan diga que estamos aguardando pela sua chegada, mas uma
coisa sabe nos dizer se ele trouxe meu cunhado e meu filho? — Ele apenas
confirma com a cabeça e respiramos aliviados, Hassan sai e fecha a porta
atrás de si, meu coração começa a palpitar devido ao que estou sentindo
agora, essa expectativa de rever meu irmão e principalmente de ter meu
filho no colo depois de quase uma semana.
— Vanessa, tenha calma, e não fique preocupada, conseguiremos
resolver tudo o que precisamos resolver, tire o máximo de informações que
puder dele e eu farei o que eu puder para negociar com ele. — Ouço tudo
com atenção e farei da forma que ela me disse.
Três batidinhas na porta e vejo Hassan entrando pela sala e dando
passagem para a Nik que estava de mãos dadas com o meu irmão que tinha
um sorriso enorme no rosto, mas quando ele realmente me vê, consigo ver o
quanto ele estava muito irritado, atrás dele veio o Luiz e por último Hector
estava lá elegante como se fosse um grande homem de negócios e com ele
meu filho no colo, estava bem-vestido e arrumadinho com a sua chupetinha
na boca e quando ele me viu se forçou para ir para o chão, mas Hector o
segurou para que não viesse ao meu encontro.
— Buenas noches. — Sua voz parece a mesma que me lembro,
mesmo que ainda sinta medo dele, algo dentro de mim diz que ele é família,
uma explosão de sentimento toma meu corpo, tento ficar em pé para olhar
meu filho.
— Por favor, me entregue meu filho. — Falo em lagrimas para ele e
a sua fisionomia fica serena como eu sempre me lembrava.
— Nunca dañaria mi propiasangre, hija mía.(Eu nunca faria mal ao
meu próprio sangue). — Ouvir ele falando em nosso idioma fez com que
várias lembranças viessem a tona.
Ele solta meu filho que corre para o meu colo, mas não consigo
segurar ele, então olho para o Gustavo que estava congelado ao meu lado,
todos podiam ver o quanto ele estava emocionado com o nosso momento.
— Amor, você pode me ajudar a pegar o “NOSSO” filho no colo.
— O olha dele passou por todos na sala, mas ficaram presos no pequeno
que pedia a minha atenção, ele se abaixou e olho para o Gui que ficou
curioso com o Gustavo.
— Oi, pequeno, sabia que você é lindo, que tal vir no meu colo e
ajudo você dar um beijo na sua mamãe, viu que ela está “dodói”. —
Guilherme me deu a sua chupeta e foi de bom grado para o colo do Gusta.
Ele ficou hipnotizado olhando para o pai, ele segurava em sua barba
e fazia um pequeno carinho e quando viu lagrimas escorrendo ele franziu as
sobrancelhas.
— Porque tá tiste titio, fiz “dodói”. — Guilherme sempre foi muito
amoroso, ele se inclinou e beijou onde ele havia passado a mão no rosto do
pai.
Gustavo abraçou o nosso filho e estendeu a mão para mim que eu
pegue de muito bom grado, ele me puxou para um abraço e toda a sua
ternura estava ali, mesmo que ao nosso redor houve um perigo eminente,
aquele era o momento de que apresentasse o nosso filho ao homem que
amo, ao homem que fiz o meu melhor para que ele ficasse seguro, ao dono
de todo o meu ser.
— Obrigado por me dar um filho a mim, Vanessa, ele é lindo, é
perfeito. — Seu choro me deixou tão feliz, beijei seus lábios e olhei para o
meu filho, que me beijava de saudade.
— Mamãe e papai. — Ele beijou cada um separadamente, falava
como se já soubesse do que estava acontecendo e olhei para o meu irmão.
— Fui ensinando-o nos últimos dias que iriamos conhecer o papai
dele, desculpa se não era isso que desejava. — Mas quem me respondeu foi
a Nik, me liberto do abraço protetor do meu noivo e vou mancando até eles
dois e os abraço.
— Vocês estão bem? — Olhava para meu irmão que mesmo que ele
fosse todo atlético e bem mais alto, eu prometi ao nosso pai que iria
proteger ele de tudo e de todos, mas ele tinha um sorriso no rosto mostrando
estarem bem, ele continua me olhando preocupado.
— Acho que sou eu que devo te fazer essa pergunta, não é? — Mas
nos viramos para o Hector que estava em silêncio o tempo todo aguardando
para que pudéssemos conversar.
— Podemos conversar agora mí hija? — Solto uma respiração
frustrada, mas esse encontro e essa conversa tem que acontecer.
Ele tenta me ajudar a ir para o sofá, mas rejeito a sua ajuda, então
meu irmão e a Nick me levam até onde o Gustavo estava com o Guilherme,
Miguel abraça meu noivo e beija o topo da cabecinha do Gui.
— Desculpa se precisei sair assim correndo e arriscar as nossas
vidas, mas foi a única coisa que pensei quando soube que haviam nos
encontrado e tinha certeza que jamais deixaria minha irmã desprotegida. —
Ver meu irmão tentando me proteger faz com que eu o ame mais ainda.
— Não se preocupe, fez o certo. — Gustavo fala com um sorriso e
com o nosso filho no colo, que estava empolgado com o pai.
Todos nos sentamos para prestarmos atenção na conversa que pode
valer milhões de dólares.
— Me diga Hector, quem eu sou?
— Me diga Hector, quem sou eu? — Essa é a pergunta que me
assola desde que meu irmão começou a fugir e minha raiva cresceu a ponto
de matar o meu irmão quando ele me disse que jamais teria o que mais quis
nessa vida, o meu tesouro.
“O Grande Tesouro dos Carrillo”
Olho para aqueles olhos azuis, sendo o motivo da minha grande
paixão no passado e motivo de uma guerra entre nossas casas e quando
mais precisamos de ajuda, todos os amigos do meu pai viraram as costas
para nossa família, ela é tão parecida com a mãe.
— Ustedes dos son mí hijos! (Você dois são meus filhos). — Me
ajeito no sofá e observo que Luiz chega mais próximo de mim, e se senta ao
meu lado porque assim como o Pablo, essa história é de cada um de nós
três.
— Não pode ser verdade, porque não faz sentido ser sua filha
enquanto sempre tinha gente querendo me matar por aí. — Eu podia ver
que ela falava com raiva e eu entendo os motivos dela, sei que enquanto a
procurava deixei que parecesse que a queria apenas pelo tesouro e muitos se
motivaram em fazer a buscar pensando nisso.
— Hija contarei uma história a você e seu irmão, prometo que não
iremos nos aprofundar muito, hoje quero que um dia volte a confiar em
mim como era quando criança. — Falo olhando exclusivamente para os
meus hijos, mas sei que a Madame Suíça está aqui para ajudar a minha
filha, então olho para ela.
— Madame Suíça, eu não sou perigo aqui para a minha família e
não me importo que seja testemunha do meu passado. — Vejo que ela
começa a relaxa, ela é uma mulher muito bonita, pena que é casada teria
orgulho de fazer dela minha esposa e senhora Carrillo.
— Me diga uma coisa Carrillo, o tal tesouro é verdadeiro. — Aquele
saco de músculos que a linda Carolina chama de marido me pergunta o que
todos no nosso mundo desejam saber, e pelo olhar de cada um naquela sala
menos do Luiz é de curiosidade.
— Miguel me dê seu cordão e Yolanda posso pegar o seu? — O seu
medalhão estava na mesa a minha frente e meu filho me entrega o dele, me
aproximo e mostro para eles que o do Miguel também tinha algo escrito
dentro.
Coloco o pequeno bilhete de lado, por hora ele não é importante e
quanto uno os dois medalhões eles formam o mapa da Cidade do México e
tinha um X, onde quem não soubesse o que fazer com o medalhão pensaria
ser uma Cruz.
Pego os dois bilhetes e mostro para a eles, e reconheço a letra da
doce Juana e de meu irmão também.
Cuzco — Peru
N ossa aventura começa sem a
presença da Carol, e pelo visto
não veremos ela tão cedo pelo
nível de irritação que observei no quarto dela com o Bruno, e olhando para
ele durante o nosso voo, percebi o quanto ele está sentido com a situação,
ele sempre foi brincalhão e divertido acabou pegando algumas manias do
seu cunhado.
Mas com o que aconteceu no quarto acho que ele acabou ficando
um pouco mais centrado no que está acontecendo, e durante a viagem ele
conversou muito com o Hector sobre negócios e sobre uma carga, que foi
interceptada e a Carol conseguiu reaver para que eles pudessem fazer a
troca, acertamos que ele enviará para o Hector que pagou pega carga já que
não era dele e o deixou bastante confuso.
Pelo pouco que entendi, Hector é o único fornecedor que tem
permissão de entrar com cargas no território brasileiro, e isso foi uma
surpresa para mim nosso mundo, na verdade, é comandado pelos bandidos
de certa forma, traficante paga para as forças armadas que por sua vez paga
para os políticos, decepcionante.
— O que tanto está aí concentrado Gusta? — Vanessa estava com
um vestido, mas curto que necessário conseguia ver uma parte de sua coxa,
ela percebeu para onde olhava e revirou os olhos.
— Nada de mais colombiana — Olhei para o Bruno e acho que ela
entendeu a minha preocupação com ele.
— Assim que pousarmos ligo para ela, aproveito ligo para a sua mãe
que deve estar roendo as unhas de preocupação por você não ter mandado
nenhuma notícia. — Droga esqueci de ligar para ele.
— Fiquei tão empolgado ontem, com tudo que passou realmente
despercebido. — Ela fica rindo e deposita a minha mão na sua coxa
enquanto olhamos o Gui andando de um lado para o outro no avião, até que
as luzes de pouso se acendem.
— Vamos lá meu amor, é hora de descobrir o que vocês precisam
saber. — Seguro em sua mão e levo até os meus lábios e a beijo.
Pousamos em uma pista particular e alguns carros nos aguardavam
para nos levar até a casa onde eles moravam aqui, alguns dos seguranças do
Hector estavam meio apreensivos, parece que aqui quem mandava era outro
cartel, ele estava meio preocupado com isso, mas nos mantivermos sempre
juntos talvez nada nos aconteça.
— Forbes, sabe atirar? — Hector pergunta a mim usando esse
apelido idiota que ele me deu.
— Tenho uma noção, mas nunca, na verdade, precisei entrar em
algum tipo de combate para me defender. — Vanessa começa a rir.
— Se for preciso você fica com o Gui e vou nos proteger, por que o
meu irmão sei que sabe se proteger não é Miguelito? — Vanessa fala rindo,
enquanto ajudo ela a entrar no carro.
— Consegue nem andar, agora quer dar uma de fodona. —
Aproximo do seu ouvido e sussurro. — Sei que sentiu a perna ontem no
banheiro. — Ela arregala os olhos e me belisca, fico rindo dela e beijo a sua
bochecha.
Pego nosso filho no colo e entro com ele no carro e logo depois a
Nik enquanto o Miguel entra no banco da frente, Hector e Bruno vão em
outro carro, que pelo visto, eles ainda tem algo para conversar. Sei que ele
ficou muito enciumado como Hector olhou para a sua Deusa e mais ainda
depois que ela foi embora deixando ele para lidar com o homem que estava
olhando para ela como uma mulher livre.
— Gusta conheço esse olhar, não se meta nessa situação, pode
acabar criando algum problema desnecessário, veremos o que acontecerá e
daqui a pouco ligo para ela. — Sei que não devo me meter, mas eles são
meus amigos e sempre me ajudaram no início e em qualquer momento que
eu ou minha família precisou, não posso virar as costas para eles agora.
— Desculpa, meu amor, mas eles só se desentenderam porque eles
vieram nos ajudar. — Me sinto um tanto que responsável pelo, o que
aconteceu entre eles dois.
— Me dê o seu telefone, deixe ver se consigo falar com ela. — Faço
o que a Vanessa me pede e entrego o meu telefone com o número da Carol e
sem muita demora ela disca para ela.
Ouvimos o primeiro toque, o segundo e cai na caixa postal, olho
para a Vanessa e fico sem entender, ela não deveria desligar a ligação, já
que teoricamente ela deveria estar em pleno voo, porque da Colômbia para
o Rio são sete horas de voo e do Rio para Santorini são quase dezenove
horas, e pelo, o que entendi ela não ia nem fazer escala seria um voo direto,
vejo a Vanessa tentar, mas uma vez e dessa vez ela atende à ligação.
— Oi, Gusta, o que houve? — A voz dela parecia que tinha
chorado.
— É a Vanessa, o Gustavo me disse, o que houve me diga como
você está? — Ouvimos ela fungando pelo telefone.
— Há Vanessa, doeu saber que o homem que divido a cama a tanto
tempo insinuou que eu estava dando mole para o seu pai. — Vanessa me
olha preocupada.
— Mas Carol, tinha necessidade de que você fosse realmente
embora e o deixasse aqui sozinho para fazer as coisas que você havia
planejado? — Ouvimos ela suspirar.
— Sei que não deveria ter vindo embora, mas acho que o melhor
agora será nos afastar por um tempo, ele precisa pensar em tudo o que ele
me falou dentro daquele quarto e ouvi quieta. — Olho para a Vanessa com
um pedido nos meus olhos para que ela não continue por esse caminho a
conversa, não devemos nos meter.
— Atenda ele, sei que ele deve estar muito preocupado com você,
por favor. — Seguro o Gui mais forte para que ele não atrapalhe a conversa
delas.
— Não atenderei, porque se o fizer é possível acabar pedindo
divórcio e nunca mais volte para casa. — Realmente a briga deles foi algo
sério para que ela pense dessa forma.
— Onde você está, porque sei que não voltou para casa, sei que está
mentindo. — Carol solta uma pequena risada.
— Não se preocupe estou bem e aviso assim que chegar no rio e por
favor não falem nada para o Bruno, a muito custo consegui convencer o
Alex e a Bonnie de me encobrirem com isso. — Vanessa começa a rir dela.
— Não se preocupem, estou de olho em tudo, mas de longe, não quero falar
com o Bruno tão cedo.
— Tudo bem, Carol, não falaremos nada para ele, mas tenha
cuidado. — Elas duas conversam, mas um pouco e desligam o telefone
assim que chegamos no antigo endereço que a Vanessa morava.
Era uma casa bem grande e confortável, ela estava sem morador,
mas parecia que tinha alguém cuidando do imóvel, porque tudo estava
muito bem cuidado e não parecia que tivesse sido abandonado ou algo do
tipo, alguns dos seguranças começam a fazer algumas perguntas aos
vizinhos enquanto Hector vem conversar com a Vanessa que olhava para
tudo com curiosidade.
— Hija se lembra desse lugar? — Ela confirma com a cabeça.
— Mas não foi aqui, que nos encontrou, estávamos em uma casa um
pouco mais distante próximo da floresta, e como conseguiu esse endereço?
— Só agora que me atento que ele não sabia onde ficava o endereço da
casa, ele solta uma respiração pesada e olha para ela.
— Porque você nasceu aqui mí hija, morei com sua mãe nessa casa
por alguns meses e me surpreendi quando chegamos até aqui e Pablo os
mantinham aqui na mesma casa onde também me escondi com ela do seu
avô. — Só então percebo que as histórias do Hector devem ser muito, mas
sofridas que as da Vanessa.
Minha mulher fica sentimental com a informação, abraço ela e em
seguida um dos seguranças se aproximam, nos informando que o
proprietário não mora aqui, mas ele deixou um senhor que cuida da casa e
ele estava vindo para nos atender. Em pouco tempo um senhor de meia-
idade aparece e conversa com o Carrillo, ele nos indica, por onde devemos
entrar e seguimos casa dentro e Vanessa vai andando na casa e olha por
todos os lados, e quando chega na cozinha tem um quando enorme que ela o
retira do lugar e revela um cofre, quando olho para os outros homens eles
ficam surpresos.
— Mas não sei o segredo do cofre. Ela mantém seus olhos para o
painel do cofre, então o Miguel se aproxima dela e segura a sua mão.
— Papai sempre me disse que quando estivesse seguro deveria lhe
mostrar o que tem aqui dentro. — Eles trocam um olhar cúmplice, e vejo
Miguel digitando a senha do cofre e abrindo a porta e revelando os segredos
que tem lá dentro.
— Sabia, eu disse que era verdadeiro, vamos Vanessa nos mostre o
que tem aí dentro. — Bruno fala empolgado com o conteúdo do cofre.
Tento enxergar o conteúdo, mas só ouço um pequeno choro da
minha mulher segurando a mão do seu irmão.
— Vanessa está tudo bem? — Ela se vira e suas mãos estavam
cheias.
E nquanto para o Bruno essa nossa
busca seja uma divertida caça a
um possível tesouro, eu, na
verdade, estou em busca de uma verdade familiar, talvez eu nem seja a filha
de Hector Carrillo, talvez eu seja uma filha do Pablo fora do seu casamento,
o que também explicaria a aversão de Marcília comigo.
Miguel ao que entendi sempre soube que era filho do Hector, mas de
tanto ver a perseguição que sofremos ele também sentiu medo de se revelar
e nunca teve coragem de me contar o que nosso pai revelou a ele em
segredo, o entendo não fiquei chateada com nada sobre o ele saber pelo
menos uma parte da nossa história e não ter compartilhado comigo.
Agora estamos aqui de mãos dadas e ele abrindo o cofre que tenha a
revelação de quem realmente sou, sempre amei meu tio e mesmo agora
entendendo tudo o que aconteceu nunca deixei de amar ele, apenas tinha
medo de ser morta já que tudo o que vi eu ainda era uma menina fiquei com
medo, na verdade, apavorada com tudo o que estava acontecendo.
Quando Miguel revela que sabe o segredo do cofre e o abre, fico
curiosa com o conteúdo, havia algumas caixinhas grandes de veludo,
algumas cartas lacradas, mas para mim o que mais foi significativo foi olhar
para um, porta-retrato com Hector mais novo, Juana com um avental
hospitalar e um pequeno pacotinho em uma manta cor de rosa, e pelo
reflexo pude reconhecer Luiz também no quarto.
Juana, era uma jovem muito bonita, ela tinha os cabelos lisos e
escuros como os meus e o tom azul dos nossos olhos são idênticos, fiquei
tão emocionada com aquela foto eu sempre me senti que não era amada
pela Marcília, pensei de tudo que fosse filha de uma amante que ela foi
obrigada a criar, mas jamais pensei que eu fosse apenas uma criança que
precisava ser escondida, ouço a voz do Gusta atrás de mim e me viro com
todo o conteúdo do cofre de frente para todos os que aguardavam para ver o
que eu tinha em minhas mãos.
Olho para o Gusta que parecia preocupado e se aproxima enxugando
minha lagrimas e beija a minha testa.
— Ficará tudo bem Gusta, vamos para a bancada e descobrir o que
tem aqui dentro. — Ele concorda com a cabeça e me segue até o balcão
onde, olho para meu pai e percebo o quão curioso ele está.
— Descobriu algo mí hija? — Confirmo com a cabeça, e coloco
tudo separado, as caixinhas de veludo com as que estavam com o Miguel, o
porta retrato e as cartas.
— Acho que encontramos o verdadeiro tesouro dos Carrillo. — Os
olhos do Hector chegam a brilhar quando olha para o porta retrato.
Ele coloca o Gui sentadinho no balcão e o segura pertinho do seu
corpo, e a única coisa que chama atenção dele é a fotografia antiga onde ele
estava ao lado da mulher que tanto amou, enquanto eu estava no colo dela
era o seu momento de felicidade.
— Olha Gui é sua abuela, estava tão feliz nesse dia, foi o dia do
nascimento de tu madre. — Me aproximo e enxugo as suas lágrimas, e falo
em espanhol.
— Papá, no te preocupes, siempre estaremos juntos a partir de hoy.
(Pai, não se preocupe, estaremos sempre juntos a partir de hoje) — Abraço
ele e meu filho enquanto nos beija.
— Vem aqui Forbes, eres família. — O sorriso do meu noivo fica
maior e me abraça também.
— Agora vamos ver o que foi guardo aqui em cada um desses
tesouros. — Augusto fala olhando para meu pai e vemos que o Bruno fica
até mais empolgado, nos sentamos nos bancos, mas altos onde está o
balcão.
Tem oito estojos de veludo, três cartas, a fotografia e um envelope já
escurecido pelo tempo, inicio abrindo os estojos menores e me surpreendo
com o conteúdo, tem diamantes de todos os tamanhos e algumas perolas
também, mas em um estojo maior percebo que meu pai abre um sorriso
muito maior.
— Depois do seu nascimento, tentando alegrar um pouco a sua mãe
comprei esse conjunto de diamantes azul para combinar com seus olhos,
pensei que houve no mercado clandestino, porque quando você foi roubada
muita coisa sumiu. — Ele a pega do estojo e coloca em meu pescoço, sinto
o peso, é uma peça muito trabalhada e com várias pedras menores.
As cartas havia uma para Hector e uma para mim e meu irmão, a do
meu pai é uma caligrafia diferente o que me faz acreditar que seja da minha
mãe para ele, que puxa meu marido para perto do Gui e se afasta para que
possa ler, olho para ele que se senta no sofá com a carta nas mãos, ele abre a
carta com lagrimas escapando de seus olhos e vejo, ele enxugando algumas
e por fim sorrindo, olhando para uma pequena foto.
Me concentro na que tenho na minha mão e estava escrito.
Mí Hija
Mi amor, me perdoe por tudo que decidi escolher fazer com a
minha vida, espero que seu pai e seu tio sejam suficientes para cuidar de
você com a minha ausência, eu não suporto mais viver dessa forma, seu
abuelo não desistiu de querer me separar do seu pai, enquanto meu
amado Hector faz de tudo para que não haja, mas nenhum conflito entre
nossas famílias, espero que no dia que seu tio lhe entregar essa carta a
maioria dos contritos tenha acabado.
Amo você mí hija de todo meu coração.
Meu amor, eu entreguei um envelope ao seu tio, Pablo, com
documentos e registros que você é minha filha, portanto, a herdeira da
casa Gonzáles, imagino que seu papá deve ter dito não haver necessidade,
mas é sua herança, lute por ela.
Miguel também estava lendo a dele, mas reconheci a letra do nosso
pai Pablo, ele abraça a folha de papel no peito e se aproxima de mim e me
abraça com todo o seu carinho e me mostra o que havia na carta.
Miguel
Hijo, sei que é muito novo para entender muita coisa que está
acontecendo nessa nossa família louca, me perdoem por fugir com vocês
e ter feito que acreditassem que Hector queria o seu mal, mas, na
verdade, ele era apenas um pai que queria ter o prazer de conviver com os
filhos, e como ele queria abrir guerra com outro cartel seria melhor
proteger vocês dois de tudo isso.
Mesmo que não sejam meus de sangue, eu os amo como meus
filhos cuidem-se.
Com amor Papá Pablo
— Ele fez o que achou melhor para nos dois, Vanessa… — Meu
irmão falou com o pesar, e seus olhos estavam marejados.
— Eu sei, Miguel, é por isso que não consigo sentir raiva dele e
também entendo o que o Hector fez. — Olhamos para o nosso pai que
estava sendo consolado por seu eterno amigo.
— Então, você realmente é a filha dele, meu amor? — Gustavo me
perguntou, enquanto tentava manter nosso filho tranquilo em cima do
balcão, apenas confirmo com a cabeça e um sorriso que chegava até meus
olhos, porque sempre o amei, e até mesmo a Marcília só não entendia o
porquê ele me queria morta.
— Acho que devemos ir lá Miguel. — Ele concorda comigo,
Gustavo fica olhando os estojos com o Bruno que assovia a música tema de
Indiana Jones, ele teve seu momento de caçador.
Miguel me ajuda a andar até chegar ao sofá onde nosso pai está
sentado, Luiz se afasta nos dando espaço para conversarmos juntos como
família, mostro a minha carta para ele que lê e mais uma onda de lágrimas
escorre por seu rosto, enquanto ele guarda a dele, no bolso interno do seu
terno.
— Sua mãe deixou uma declaração de amor para mim, sobre a nossa
noite como homem e mulher, por isso não quero que vocês leiam, mas saiba
que você foi sua melhor criação. — Sinto o afago em meu rosto.
Olho para meu pai e constato a felicidade em seus olhos, um brilho
diferente deixava eles maiores e um sorriso enorme no seu rosto, mesmo ele
tendo uma boa idade meu pai não tinha aspecto de ter a idade que tem,
intendo o motivo da insegurança do Bruno com a Carol, Hector é um
homem que parece que gosta de se cuidar ele é bastante vaidoso com a sua
aparência, tem uma barba bem cuidada e parece que gosta de se exercitar,
até agora não percebi se ele se envolve com alguém, mas pelo visto de
adorava que ele tem com a minha mãe acho que não.
— Acho que agora posso tentar encontrar uma mulher que possa
amar sem as sombras do meu passado. — Ele continua olhando para mim e
intercalando com o meu irmão.
— Espero que ache alguém que te faça feliz em algum momento e
ficarei orgulhosa em ver que esta feliz papá. — O sorriso dele fica maior
quando me ouve falando.
— Espero a mais de vinte anos por isso mí hija, que você me chame
de papá. — O abraço com carinho e deixo que todos os sentimentos que
tenho dentro de mim flua e acabamos nos três abraçados e chorando
enquanto o meu pequeno Gui se senta no meu colo.
Observo que o Bruno continua com a conversa com o Gustavo e nos
concentramos nos próximos passos.
— Bom, mí madre deixou os documentos necessários para que o
Abuelo Gonzáles me reconheça como sua neta, acha que devemos mesmo
tentar falar com ele. — Olho para o meu pai, mas acho que ele não deseja
isso.
— Mí hija, por mim eu não iria lá, você não precisa de nada daquele
velho, eu tenho muito dinheiro e você logo vai se casar com o Forbes. —
Ele olhava para o Gustavo meio que interrogativo.
— Sim, papá, pretendo me casar com ele o mais rápido que puder e
acredito que não vá precisar de dinheiro. — Fico rindo, com minha fala
possessiva.
— A escolha é sua, se quiser ir, podemos ir amanhã lá, mas não sei
se ele gostará de nossa visita.
Fico pensando no que meu pai já nos contou, e sobre a segurança do
Gui no meio dessa confusão e ainda tem a Nik que nada tem a ver com isso,
mas quero ir até a fundo da minha história e não pararei justo agora que já
estamos tão perto do fim, então melhor mandar Miguel e Nik com o
Guilherme de volta para casa do Hector enquanto iremos para a cidade do
México, enfrentar um senhor idoso que possa nos ver como uma possível
ameaça.
O meu tesouro é apenas a minha identidade e algumas pedrinhas
preciosas, mas não tem nada de casa com revestimento de coisa errada, a
lenda foi tão bem contada que muito não vão acreditar que seja apenas isso,
Bruno se aproxima e nos mostra algumas pedras que ele tinha em suas
mãos.
— Você tem realmente um tesouro aqui, só essas duas aqui vale
milhões de dólares. — Eu pego uma que não é tão grande e não tão
pequena, olho para o meu irmão e a coloco na palma da sua mão.
— Peça ela em casamento, se for isso que desejar. — Ele fica com o
olhar meio sem acreditar e beija minha testa.
— Acho que tenho dois casamentos para me preparar, não é meus
filhos? — Apenas concordamos com um sorriso.
E u sempre tive uma família bem
estruturada, nunca vi meus pais
brigando por algo tão sério ou
que eu e o Edu com algum desentendimento, sempre tentamos nos entender
de todas as formas possíveis, entendo o desejo da Vanessa de buscar a
verdade sobre a sua identidade, porque os anos que fiquei afastado da
minha mãe foram os piores que já tivemos.
Depois das fortes emoções que tivemos na antiga casa dela, fomos
para um hotel porque não iriamos conseguir ficar todos na mesma casa,
apenas Hector ficou por lá, acho que ele já percebeu que o Bruno está meio
enciumado e a ida da Carolina para fora da caça ao tesouro tenha um pouco
haver com ele.
Estou deitado com o Gui, tentando fazer ele ficar calmo enquanto
espero a minha mãe atender a ligação, quero apresentar eles dois e sei que
ela ficará eufórica vendo ele, que é uma miniatura minha, e para a minha
surpresa quem atende o telefone dela é minha sobrinha Helena.
— Oi, titio, tudo bem? — Ela estava sentada na sala da casa da
minha mãe.
— Oi, princesinha, cadê sua avó, quero apresentar alguém para ela.
— Vejo que o ambiente começa a mudar e ela estava agora na cozinha.
— Tio, só para que fique ciente, todos estão muito irritados com
vocês dois que não deram nenhuma notícia nos últimos dias. — Ela está
com as sobrancelhas franzidas e uma fisionomia de estar indignada.
— Há então vocês estão esperando para conhecer esse carinha aqui?
— Viro a câmera para o Gui e entrego o celular para ele que fica olhando
para sua prima, que grita e fica bastante elétrica e começa a grita pela casa.
— Vovó, o Gui é a cara do titio… — Minha mãe aparece e põe o
celular em algum lugar para apoiar ele e começa a falar com o Gui que me
olhava meio confuso.
— Oi, menininho da vovó, olha aqui Afonso é a cara do Gustavo
quando ele era um bom filho, que sempre falava comigo. — Fico rindo para
o comentário que minha diz.
— Eu ainda acho que eu era o filho mais bonito. — Ouço a queixa
do meu irmão.
Enquanto todos eles ficam interagindo olho para a sala que tinha no
nosso quarto, a Vanessa estava conversando com a Nik e o Miguel para que
eles pudessem voltar para a Colômbia e levassem o Gui com eles, nosso
medo é que ele possa correr algum perigo conhecendo esse homem, por
mim nem iriamos lá, mas não tenho coragem de negar a ela que conheça a
sua família.
— Gustavo, como está as coisas por aí? — Ouço meu pai me
chamando, me aproximo do meu filho, que estava sentado no meio da
cama, o coloco sentado em minhas pernas para que ele observe a minha
conversa.
— Pai, teve um momento que foi bem tenso, mas agora descobrimos
que não era nada daquilo que imaginávamos. — Explico para ele um
resumo de tudo o que aconteceu até aqui, e de quão rica ela é também, meus
pais ficam impressionados e querem logo saber quando iremos voltar.
— Por mim voltaríamos o mais rápido possível, mas a Carol brigou
feio com o Bruno e acho que vamos até o Brasil para poder ajudar ele com
isso. — Meus pais se olham e negam com a cabeça.
— Querido, acho que não deveriam se meter se a Carol fez todo
esse estardalhaço, provavelmente ela esteja tentando ensinar uma lição para
o Bruno. — Penso no que ela me fala, mas não posso ficar de braços
cruzados, eles vieram para no ajudar, conversamos, mas um pouco e nos
despedimos, minha assistente me mandou algumas notícias da empresa e
dei algumas instruções para ela.
Nas diversas mensagens que trocamos ela me contou que a Eva não
está, mas trabalhando entrou em licença maternidade, já que ela está
esperando apenas o nascimento do seu filho, ela disse que tem um
investigador de olho nela e assim que o bebê nascer, ela irá me avisa.
— O que vocês dois estão fazendo aí quietinhos? — Ela vem
andando meio desengonçada e se senta na cama ao meu lado.
— Falando com a sua sogra, e pelo, o que ela mostrou agora, ela
está irritada porque demoramos a apresentar o Gui para ela. Ela não contém
uma risada, puxo ela para um beijo enquanto nosso filho bate palminhas.
— Acho que devia ir ver o Bruno, mas tarde, ele pediu para entregar
algumas garrafas de bebida para ele, estou me preocupando com ele Gusta.
— Sei que tenho que ajudar eles, mas não sei como.
— Vamos apenas ver o que acontecerá, se ele amanhã fizer algo de
muito errado interferimos. — Ela concorda sem muita vontade e se levanta
puxando o Gui. — Onde pensa que vai com ele?
— É hora de dar um banho nele, pela manhã ele vai com meu irmão
de volta para a Colômbia, não quero acordar ele muito cedo para ter que
tomar um banho. — Então vou ajudar ela, para não fazer muito esforço com
o braço e nem com a perna.
Assim que o Gui dorme decido dar uma olhada no meu amigo que
deve estar bêbado uma hora dessa, após encher a cara para tentar não pensar
na sua Deusa.
Bato na porta do seu quarto e como não ouço nada tento abrir a
porta, mas ela estava fechada, resolvo ir até a recepção pedir pela chave
mestra para que possa ver como ele estava, e quando chego até o seu quarto
ele estava jogado no sofá, muito bêbado e sem condições alguma de ficar
sozinho nesse quarto.
Não sei o que fazer, não quero ligar para a Carol e avisar o estado
dele, mas ela bem que podia deixar um dos seguranças deles disponível
para que ele, a muito custo consigo colocar ele na cama e soltar a sua roupa,
por enquanto vou deixá-lo aqui no quarto e vou avisar para Vanessa que
ficarei para cuidar dele e que de manhã vou para o nosso quarto.
Ela vem comigo até o quarto e olha para ele preocupada, mas não
fala nada por que não adianta falar por enquanto, dou um beijo em sua testa
e ela volta para o nosso quarto para descansar e fazer o Gui dormir, me
sento no sofá e tento ligar para a esposa tinhosa do meu amigo.
Ela demora atender, mas acho que não resiste a curiosidade pela
minha insistência e atende com uma voz diferente.
— Olha Carol, tudo bem por aí? — Ela não parece muito contente,
algo deve estar acontecendo.
— Vou te contar porque sei que é um grande amigo meu e do meu
marido, eu estou no México, pedi para que o Carlinho ficasse de olho nos
passos de vocês. — Acho que nunca vou me surpreender com a inteligência
dela nesse mundo deles.
— O que você descobriu? — me ajeito no sofá e presto atenção no
que ela tem a fala.
— Ramires González é um velho que comanda o México a mão de
ferro, acho que não deveriam vir até aqui, outra coisa, tirem o celular do
Bruno, ele tem mandado tantas mensagens para mim que até já sei quanto o
seu sogro calça. — Ela ri da própria piada.
— O que você imagina que posso fazer isso, ele te manda
mensagem a cada dez minutos preocupado, ele jura de pés juntos que você
está do outro lado do planeta. — Ouço ela bufar dessa vez.
— O que posso te dizer é que o González não quer saber se tem uma
neta, e acho muito perigoso que venham, ele praticamente me colocou para
fora e fez uma ameaça bem sutil. — Não acredito que ela esteja enfrentando
um velho sozinha.
— Carolina, o que está aprontando? — Ouço que ela sendo
chamada.
— Gustavo, eu tenho que ir, tentarei me encontrar com vocês o mais
rápido possível, foi um erro ter me afastado, aqui não segue as regras da
organização, estou indo agora mesmo de encontro com vocês ai o mais
rápido que puder, avise o Hector. — Ela desliga o telefone antes mesmo que
pudesse dizer alguma coisa, mas me preocupo e resolvo ir até o meu quarto
com a Vanessa e quando a vejo quase dormindo com o nosso filho tiro
minha roupa e me deito ao seu lado.
Ligo o despertador para daqui a duas horas e vou lá ver o meu
amigo que continua dormindo da mesma forma que havia deixado, pela
manhã ligo para Hector e conto sobre meu telefonema para a Carolina, e ele
confia na explicação dela e me pede para tentar persuadir a Vanessa em não
ir.
— Não vamos Vanessa, é pela nossa segurança. — Estávamos nessa
discussão a horas, até o Bruno que estava numa ressaca do cão disse que
não estava muito confiante em ir nessa nova aventura, não contei sobre a
Carol, deixei que ela fizesse uma surpresa e eles pudessem se acertar,
Hector que estava sentado ao meu lado olhando a bolsa de valores se
manifesta.
— Preciso voltar para casa, alguém fez algo que influenciou meus
negócios. — Ele demonstrava estar preocupado e víamos que seu amigo fiel
estava agitado ao telefone tentando resolver algo.
— Hector pode ir tranquilo, acho que no máximo em dois dias
estaremos de volta na sua casa. — Ele concorda com a cabeça.
— Forbes, caso queira ir direto para Miami, providencio tudo daqui.
— Olho para a minha mulher, mesmo que eu queira muito voltar para casa,
quero que ela decida.
— Se puder quero ficar até o fim da semana Gusta. — Concordo
com a cabeça e aceito a sua escolha, seguro a sua mão e beijo na sua
pequena aliança.
— Papá, pode levar todos esses diamantes? — Vanessa fala com
Hector, que estava com sua atenção no seu celular.
— Levo sim mí hija, deixarei no cofre no meu escritório e quando
você for para casa é só pegar ela no cofre, mas eu gostaria de ficar com a
fotografia para poder fazer uma cópia. — Vanessa apenas meneia com a
cabeça e segura em sua mão.
— Pode ficar com a original, e eu fico com a cópia. — A felicidade
do Hector tem sido algo contagiante, estou tão feliz que ele, na verdade,
não, é alguém sem escrúpulos que eu teria que me preocupar com a nossa
segurança.
Vemos eles partindo e levando nosso filho, ficamos para conhecer
um pouco a cidade e principalmente para que nosso amigo não se jogue em
algum poço, mesmo depois do almoço ele volta para seu quarto e continua a
beber, ligo outra vez para a Carol e ela me diz que chega até o fim da noite
no nosso hotel.
Aproveito que estamos sozinhos e decido brincar um pouco com a
minha noiva que estava toda fogosa na cama assistindo a um filme
romântico, fico rindo dela com o seu jeito de ser, já havia tirado a minha
roupa e estava quase para entrar nela e sentir seu calor maravilhoso, quando
percebemos uma movimentação do lado de fora, e batidas agitadas na nossa
porta.
Levanto para ver o que estava acontecendo e dou de cara com o
Hassan tentando evitar que a Carolina atirasse não sei em quem, a confusão
estava formada ela sendo segurada pelo seu segurança enquanto os meus
tentavam apaziguar a situação, tento entrar no quarto e percebo o motivo de
tanto ódio dela.
Bruno estava pelado e para o seu azar ele estava acompanhado de
uma morena que se cobria com um lençol, estava nítido que eles haviam
transado já que ele tinha marcas de arranhões pelo ombro e suas costas,
ouço os gritos da Carol dizendo que matará ele e fatiar a mulher.
— Meu amigo, você está muito ferrado. — É a única coisa que
posso dizer nesse momento para ele.
G anhamos um vale night, já que o
Miguel foi embora para a casa do
nosso pai levando o Gui, nos
dando a noite sozinhos, arrumamos uma desculpa para manter o Bruno aqui
com a gente porque a Carol nos disse que iria vir nos encontrar e
imaginávamos que eles dois poderiam se acertar e tentar conversar sobre o
que aconteceu.
Conversamos sobre o que fez com que meu pai ficasse aflito com
seus negócios dele e acabou tendo que ir às pressas para casa e como a
Carol havia nos alertado eu não mexerei com a família da minha mãe,
parecer ser muito perigoso ter algum envolvimento com eles, e não
queremos que o nosso filho corra perigo desnecessário.
Antes de nos deitar o Gustavo deu uma olhada nas coisas e nossos
seguranças foram jantar, a porta do Bruno ainda estava fechada, então ele
resolveu em voltar para cama, era um pouco cedo ainda, mas ele recebeu
uma ligação da assistente dele dizendo que estava havendo uma
movimentação no mercado de algumas empresas no MERCOSUL e sul da
USA, ele me disse que não tem interesse em nenhuma empresa no momento
e as dele não são influenciadas com o mercado aqui do sul.
Safado como ele sempre foi, larga o telefone, me olha e tira a roupa
bem devagar e vem se arrastando pelo meu corpo, olho para ser ombros
largos, enquanto ele dava leves mordidinhas na minha coxa livre, sinto que
minha intimidade está ficando cada vez mais úmida com a expectativa de
ele me tocar de me dar prazer e se não fosse por esse gesso eu estaria
sentada nele quicando até o dia raiar.
— Para de me olhar desse jeito, Vanessa, parece querer fazer algo
que não pode. — Não resisto e solto uma alta gargalhada, enquanto sinto a
ponta de seus dedos tentando adentrar em minha intimidade. — Como já
está assim tão úmida meu amo! — Solto um leve gemido.
Ele começa a massagear devagar enquanto beijava minha outra
perna que estava livre do gesso, seguro em seus cabelos tentando manter ele
preso ali naquele lugar enquanto ele me dá prazer, arqueio minha costa da
cama sentindo todo o prazer que ele estava me dando, estou perto de
alcançar meu orgasmo, mas o espertinho já conhece meu corpo ele suga,
mas uma vez meu clitóris e vinha se arrastando em minha direção para que
pudéssemos nos encaixar e ser feliz.
— Seu desgraçado, vou te matar… — Ouvimos os gritos do lado de
fora do nosso quarto, olho para ele assustada.
— Me solta agoraaaaa… — Gustavo dá um pulo de cima de mim e
procura a sua bermuda para ir olhar o que está acontecendo, enquanto tento
me arrumar, fico preocupação.
— O que será que está acontecendo? — Ouvimos batidas na nossa
porta, Gustavo corre para atender.
Era Hassan segurando uma Carolina raivosa que segurava uma arma
e tentava entrar a todo custo no quarto em frente, Gustavo entra no quarto
que estava o Bruno enquanto tento puxar a Carol para o meu quarto e com a
ajuda do Hassan ele consegue trancar a porta para que ela não saia.
Não consigo controlar ela, que está amaldiçoando ele com todos os
palavrões possíveis e com tamanha raiva dela até imagino o que ela tenha
visto, com uma certa habilidade Hassan consegue desarmar ela, e como ela
não conseguia se acalmar lhe dou um tapa tão forte que consigo tirar ela
desse momento de histeria e começa o choro.
— Ele me traiu Nessa, estamos juntos há praticamente dez anos e
ele esqueceu tudo o que já passamos e colocou uma mulher qualquer na
cama. — O choro dela sai alto e descontrolado, puxo ela para o sofá e
abraço da melhor forma que consigo e tento ignorar a dor no ombro depois
do tapa.
— Carol, o que garante que ele realmente te traiu, você é uma
mulher inteligente, pense um pouco. — Porque não consigo acreditar que o
Bruno Alcântara iria trair a mulher que ele venera, o chão que ela pisa, por
qualquer outra mulher.
— Ele pelado com um preservativo enquanto uma puta qualquer
estava cavalgando ele e os gemidos pareciam estar muito bom. — Ela volta
a chorar, faço um carinho na sua costa enquanto escuto o seu choro
magoado e triste, não consigo imaginar a minha reação se isso acontecer
comigo e com o Augusto.
— Carol, acho que precisam conversar com calma, de preferência
com você desarmada. — Mas pensando bem ela não precisa muito para
matar ele, principalmente com os treinamentos que ela sempre tem, olho
para Hassan.
— Por favor, dentro da minha maletinha no banheiro tem alguns
analgésicos e calmantes, traga para mim. — Ele confirma com a cabeça e
vai buscar o que pedi, que me entrega sem muita demora, pego um
comprimido e entrego para ela.
— Quero matar ele, Vanessa. — Ela vai dar trabalho, suspiro e olho
para ela.
— Eu sei, e se ele realmente tiver culpa eu te ajudo a matar, mas
agora quero que você tome isso para relaxar, estou vendo as veias da sua
cabeça a ponto de estourar. — Ela olha para minha mão que estava com os
dois comprimidos e acaba aceitando os engole sem beber nada.
Peço ajuda do Hassan e me levanto com ela indo em direção a
minha cama, não sei quanto eu a mediquei, mas o efeito foi rápido, quando
menos imagino ela acaba cochilando chorando baixinho, me arrasto com
aquele maldito gesso e peço para que meu segurança fique de olho nela e
não a deixe sair por nada.
Vou em direção do outro quarto e outra confusão estava instaurada
lá dentro, Bruno é mais alto que o Gustavo, ele tentava alcançar a mulher
que ainda estava apenas enrolada com o lençol e tinha a uma cara assustada,
Gustavo continuava impedindo que o Bruno tentasse matar a mulher.
Com toda a confusão que gerou, o gerente do hotel veio conferir o
que estava acontecendo, eu tento explicar e peço que ele providencie o
quarto ao lado do meu para que leve a mulher para lá, porque uma coisa é
certa.
Foi armação!
Quando finalmente consigo uma chave pego a mulher pelo braço
sem paciência alguma com o medo que ela estava demonstrando ter.
— Olha, só pode escolher, ele que vai te matar quebrando o seu
pescoço ou a esposa dele vai te esfaquear e deixar sangrar até a morte e
pode ter certeza que ela vai te torturar sem pensar duas vezes, ou pode vir
comigo e conversar. — Ela olha mais uma vez para o Bruno, que agora
estava com uma bermuda, e tentava se esquivar.
— Vanessa, como está a minha Deusa? — Ele me pergunta com
uma dor na sua voz, e percebo que sua pupila estava dilatada.
— Coloquei ela na minha cama e Hassan está lá olhando para que
ela não saia do quarto e antes que piore a situação dei um calmante porque
ela quer matar você. — Ele começa a passar a mão no cabelo e se senta no
sofá com meu noivo do seu lado.
— Ficarei aqui com ele Nessa, cuidado. — Confirmo com a cabeça
e saio puxando a mulher que estava na cama e a entrego para o Jorge para
que ele a leve para o outro quarto.
No quarto, aquele olhar dela de assustada muda, e percebo que ela
tentará ser sarcástica.
— Qual o seu nome? — Ela me olha sem demonstrar medo,
enquanto me sento no sofá e ela fica de pé.
— Jorge, por favor, dobra a arrogância dela e a ponha de joelho na
minha frente. — Não sou a favor de violência, mas ela vai me dizer o que
fez para que tudo isso acontecesse.
Jorge se aproxima e dá um tapa bem forte nela que faz com que caia
de bunda no chão, ele a segura pelo cabelo fazendo ela ficar de joelho,
praticamente pelada.
— Pronto, é assim que você tem que ficar na frente de uma Carrillo,
espero que não se esqueça, agora me diga, quem é você e porque está aqui.
— Ela me olha com nojo e cospe na direção dos meus pés.
— Não te interessa quem sou, estou aqui apenas para lembrar que
vocês se acham que são melhores que qualquer um, e pode ter certeza que
um alicerce abalado é o início de que todo o castelo se desmorone. —
Alguém implantou essa mulher aqui dentro.
— O que você acha que iria ganhar fazendo isso? — Respiro fundo
e me arrumo no sofá, porque tenho a sensação que vou precisar meter a mão
na cara dessa mulher.
— Respeito e principalmente dinheiro, uma coisa que você nunca
terá porque não está preparada para ser quem deve ser. — Não aguento e
acabado levantando para lhe dar, mas um soco, fazendo que ela tombe para
trás com o impacto.
— Como conseguiu dopar nosso amigo? — Percebo que ela tem um
ódio em seu olhar e nega com a cabeça.
— Pode me matar se quiser, mas de mim não tirará nenhuma
informação. — Estreito meus olhos para ela e sorrio.
— Tudo bem, boa sorte, então. — Me levanto com dificuldade e
dou a ordem para o Jorge.
— Se ela tentar qualquer coisa pode quebrar uma perna dela sem
pena, tranque ela aqui, iremos todos para a Colômbia assim que amanhecer,
podem providenciar tudo.
Saio do quarto muito irritada e vou para o quarto onde está o idiota
que resolveu beber um alambique até o fígado virar geleia, meu noivo ainda
tentava acalmar ele, e agora perdi a paciência, poxa estava tão gostoso
enquanto estava na minha cama e estragaram o meu orgasmo.
— CHEGA BRUNO! — Precisei gritar com ele, que foi o suficiente
para assustar os dois que estavam no quarto. — Vai para um banho agora,
Gustavo providencie um café forte e amargo para ele, porque teremos que
conversar.
— Não gosto de café. — Ele faz um biquinho com os lábios que foi
o suficiente para perder o resto da minha paciência.
— Ah, desculpe senhor, desejaria um todinho então. — Ele estreita
os olhos para mim como se eu fosse ter medo, cara todo errado está com
sorte que dopei a mulher dele ou uma hora dessa ela teria fatiado ele inteiro.
Antes de sair do quarto, Gustavo me abraça e fala baixinho.
— Descobriu algo amor. — Respiro fundo e me entrego ao abraço
dele e confirmo com a cabeça.
— O responsável quer destruir a Carolina, e acho que conseguiu,
porque ela não perdoará a traição tão fácil assim, mesmo que ele esteja
drogado do jeito que ele está, duvido que ela aceitará a explicação agora
dele, arrumarei nossas coisas, estamos voltando para a casa do meu pai. —
Saio do quarto e volto para onde a Carolina está dormindo e Hassan me
aponta o celular tinha diversas mensagens e ligações.
— Volta para casa, corre perigo, você e seus amigos acabei de ser
roubado.
A cena na minha frente era algo
inacreditável, nunca imaginei que
o Bruno conseguiria trair a deusa
dele e depois que ele se deu conta do que estava acontecendo tive trabalho
de manter ele lá longe da mulher que tentava se proteger da fúria do meu
amigo, quase não consigo controlar.
Depois que a Vanessa volta ao quarto e nos diz que estamos indo
embora, fico preocupado com um detalhe, como manteremos esses três sem
se matar dentro daquele avião pequeno, espero que todos os seguranças
sejam realmente bons porque eles vão precisar de toda a força que puderem
para manter a Carolina longe desses dois e o Bruno longe daquela mulher.
Depois de toda a minha conversa com o Bruno realmente percebi
que ele foi drogado e que pensava que fosse a Carol na cama com ele.
Mas quem implantou essa mulher no nosso andar e justo no espaço
de tempo em que os seguranças trocarem seus turnos e próximo da Carol
voltar para o hotel e pegar eles no flagra.
Tenho certeza que será muito difícil para que ela o perdoe, porque
mesmo que ele pense que era ela, eles estavam transando.
— Será que ela vai me perdoar Gusta? — Ele já estava arrumado e
tinha me feito essa pergunta milhões de vezes enquanto estamos esperando
a Vanessa me ligar e dizer que já está no carro e que podemos ir, a outra
mulher também já saiu do hotel em outro carro e com os seguranças para
que não fugisse.
— Precisa ter paciência e deixar ela ter o tempo dela para que ela
possa digerir tudo o que ela viu aqui dentro. — Ele começa a esfregar a
cabeça com raiva, e recebo a ligação de que já podemos sair.
— Você entendeu o que a Vanessa disse, não é, por favor respeita o
tempo dela, não insista, por enquanto deixe que o ódio dela diminua. — Ele
concorda com a cabeça e saímos do quarto com o Jorge atrás de nós com
uma cara péssima.
— Fala Jorge o que houve. — Ele suspira e vejo que está muito
irritado.
— Não consigo aceitar que aquela vadia conseguiu passar pela
gente, e pior ainda que o hotel tenha algo haver em ter drogado o senhor
Bruno assim. — Nesse momento estávamos chegando próximo ao guinche
para pagar a nossa estadia e o gerente se aproxima, dizendo que a conta já
foi paga.
— Quem pagou? — Ele olha diretamente para o Bruno e tenta se
justificar.
— Fica pela situação de ontem a noite e os mais sinceros pedidos de
desculpa por tudo o que houve… — Seguro o Bruno que tentou avançar
sobre o balcão e agarrar o gerente pela gola da camisa.
— Quando descobrir o que aconteceu, pode ter certeza que voltarei
aqui e vou te matar e quem, mas estiver envolvido. — Ele solta a camisa do
homem que cai no outro lado, vou puxando-o para onde os nossos carros
estavam nos esperando.
Assim que chegamos na pista de pouso, olho, mas uma vez para o
Bruno que mantinha seu óculos escuro e uma postura de derrotado, passo a
mão em seu ombro e podia constatar o quanto ele estava arrasado.
— Entre e sente o mais longe possível das duas mulheres e acho que
sobreviveremos a esse voo. — Tento brincar com ele, que continua triste e
de cabeça baixa.
No avião vejo que a Carolina está sentada praticamente no meio do
avião, então Bruno decide se sentar nas primeiras poltronas para evitar que
eles discutissem, vou até onde está a minha noiva, dou um beijo na testa da
Carolina e um selinho na minha mulher, que sorri para mim e digo para a
Carolina o que o Bruno decidiu.
— Carol, eu sei que está muito irritada, tem alguma chance de vocês
conversarem? — Falo baixinho para que ela não fique mais irritada, ela
retira o óculos e observo o tão sofrido que seu rosto estava.
— Nesse momento eu não consigo Gustavo, eu quero me distanciar
ou acabarei fazendo alguma besteira. — Seu tom de voz é alto o suficiente
para que ele consiga ouvir ela.
— Ele vai direto para o Brasil e você o que planeja fazer? — Volta à
por seus óculos e responde com um som um pouco frustrado.
— Vou para Miami e não planejo voltar para o Brasil ou ir para
qualquer outro lugar por enquanto, quero chorar minha dor sozinha. — Ela
se vira na minha direção e fala, mas baixo para apenas eu escute. — Diga
que ele cuide dos nossos filhos por favor, assim que conseguir ficar um
pouco melhor converso com ele sobre eles. — Vejo uma lagrima escapar
por baixo do seu óculos e a seco.
— Espere passar esse momento de dor e conversem, descubra quem
quer teu mal e depois faça aquilo que você é a melhor em fazer. — O
sorriso dela começa a ficar maior e me arrependo do que falei. — Está me
assustando com esse sorriso macabro. — Ela cai na gargalhada e me abraça.
— Obrigada por ser nosso amigo, isso tudo vai se resolver de
alguma forma e no tempo que for. — Deixo elas sozinhas e volto para onde
o Bruno estava sentado e me pergunto onde estava a mulher que até então
não a vi, Hassan diz que está trancada no banheiro.
Um pouco antes de pousar, Bruno se levanta e vai à cabine do
piloto, acredito que para avisar que eles irão para o Brasil e quando ele
volta olha para mim como meu amigo que sempre foi.
— Gustavo, não precisa irem para o Brasil, fiquem com a minha
mulher e cuide dela por favor, darei um jeito em conseguir um novo
administrador, não deixe que ela entre com processo de divórcio, tudo bem.
— Solto uma gargalhada e paro meu sorriso no meio.
— Como você acha que posso fazer isso, já viu do que ela é capaz.
— Ele ri e apenas concorda com a cabeça.
— É a mulher da minha vida, e sei que mesmo que estivesse
drogado, ela não vai me perdoar tão cedo. — Ele fala um pouco mais alto e
sei que ela ouviu, continuamos conversando até que o avião pousa e vejo
minha mulher passar por nossas poltronas e o Bruno apenas segura na mão
da Deusa dele.
— Me perdoe minha deusa, esperarei o tempo que for por você até
que me perdoe, cuidarei dos nossos filhos e assim que estiver bem eles vão
ao seu encontro. — Ela apenas tira a mão da dele e sai do avião.
Fico mais um tempo porque sei que a outra mulher sairá e se ele
ficar aqui sozinho ele a mata, e quando ela passa é realmente isso que quase
acontece, ele tenta alcançar e o impeço.
— Calma que a Carol fará isso, não se preocupe e assim que
estivermos indo para casa eu te aviso e te dou notícias, e por Deus tente não
fazer nenhuma outra besteira.
Ele volta a se sentar e me abraça apertado e pede que cuide da deusa
dele, saio do avião indo para o carro que me aguardava, olhando para o
avião que estava indo abastecer seguro a mão da minha noiva para ir
resolver o que estava acontecendo aqui e voltar para casa, Carol estava
triste enquanto olhava o grande amor da sua partir.
— Pode ir atrás dele e conversar, bem cena de filme o que acha? —
Ela dá um tapa na minha nuca e pede para que possa ri para o apartamento.
E ao contrário do pensávamos o Hector estava atolado de
problemas, Miguel e o Luiz tentavam ajudar no que podiam, mas pelo
tamanho do roubo ele ficou com um desfalque e devendo muita gente até
que a Carolina antes mesmo de qualquer coisa fala para ele.
— Ligue para o Bruno e peça para que ele faça a entrega do
carregamento para você, acho que vai te ajudar. — Um brilho em seu olhar
parece que clareia toda a sala, chegamos pelo visto para salvar os negócios
do meu sogro.
— Muito obrigado Suíça, não tenho como agradecer… — Ela
interrompe a fala dele.
— Tem, sim, preciso de um lugar para fazer algo que faço de melhor
e de possível agora. — Ele nos olha confuso e pede para que o Luiz a leve.
Antes de qualquer coisa Vanessa abraça o pai e pergunta pelo nosso
filho que já vinha correndo na minha direção de braços abertos, o agarro e
faço várias cócegas em sua barriguinha e o levo para próximo da minha
noiva, enquanto abraço o Hector e mima nosso pequeno bebê que tenta
escapar dos nossos carinhos.
— O que estava acontecendo aqui, porque a vida da Carolina e do
Bruno virou de ponta cabeça. — Ele parece confuso com o que falo.
— Sinto muito por ela, mas ela é uma mulher de fibra e garra,
espero que ela consiga se entender com o marido. — Ele é sincero com o
que fala pelo seu olhar.
— Pai preciso descansar um pouco, vou me deitar no meu quarto,
acredito que o Gustavo irá lhe ajudar com as coisas por aí. — A safada me
joga um beijo enquanto sou levado para o escritório do pai dela, que me
mostra onde estão os diamantes que encontramos e a foto da mãe dela.
Observo os números dele e então percebo que ele é tão bom com os
números pena que mexe com algo que nem tenho interesse de entender,
ajudo o máximo que posso e quando percebo já é tarde da noite e decido
voltar para o meu quarto para dormir abraçado ao corpo da minha linda
mulher e descansar porque em poucos dias voltaremos para casa.
P assamos o resto da semana com
meu pai
conseguimos
e meu
resolver
irmão,
nos negócios do Carrillo, não nego que fiquei um pouco sentida por não
conseguir me aproximar do meu avô, mas aceitei que não adianta correr
riscos desnecessários e nem os que estão próximos de mim também, decidi
que minha família é somente meu pai aqui e meu irmão.
Miguel acabou escolhendo voltar para Dallas pela Nik, ela tem a
faculdade dela para concluir e sem contar que os seus pais estão para
enlouquecer com ela longe deles, mesmo que tenha garantido a eles a sua
segurança, meu pai também concordou que ele deve primeiro cuidar dela e
depois pode assumir os negócios da família.
Mas nossa preocupação mesmo é com nossos amigos que realmente
se separaram e estou preocupada com essa separação deles, é algo que
quem planejou conseguiu a Carol não aceitou escutar o Bruno nos últimos
dias e até onde sabemos, eles deixaram a situação em segredo para que
ninguém interfira nas escolhas deles dois, sei que em algum momento eles
terão que conversar.
Os últimos dias me sinto melhor, meu braço parou de doer e consigo
ficar agora o tempo todo se a tala, minha perna também não sinto doer, mas
ainda não consigo ficar sem o gesso e estou louca de vontade me sentar em
cima desse homem que está dormindo ao meu lado, olho para o seu peito
que estava subindo e descendo devagar em seu sono, seguro a vontade de
tocar ele enquanto está dormindo.
Me levanto devagar para que ele não acorde, ele apenas muda de
posição ficando de peito para cima e sua ereção matinal começando a
surgir, sorrio com desejo para o seu corpo, mas antes quero dar uma olhada
no nosso filho, não quero que ele acorde agora, desejo usar esse corpinho
que ele sempre diz poder fazer o que quiser.
Guilherme estava deitadinho no seu berço com a chupeta na boca e
segurando o seu elefante que ele ganhou do avô, tento não fazer barulho e
fecho a porta que dá acesso ao nosso quarto para que ele não acorde ainda,
porque tenho certeza que soltarei alguns gemidos.
Dentro do nosso quarto ele estava com seu corpo todo virado para
mim, vou andando devagar até ficar próximo do meu lindo dorminhoco que
nem imagina que abusarei do seu corpo que seu que me deseja, solto as
alças da camisola e retiro do meu corpo ficando só de lingerie, é hoje que
mato esse homem se não for de prazer pode ter certeza que será susto.
Afasto o lençol do seu corpo e ver ele pelado me deixa muito mais
excitada, deixo a minha perna com o gesso para baixo enquanto a minha
perna boa passa por cima da sua cintura nos deixando com a sensação de
estarmos encaixado, ele começa a se mexer embaixo de mim, mas não abre
os olhos, rebolo o quadril e esfrego nossas intimidades deixando o atrito
fazer o serviço de acordá-lo, mas o sem vergonha consegue manter a
fisionomia de que nada estava acontecendo.
Ele já estava bastante excitado, seu membro estava rígido e sei que
ele desejava entrar em mim, assim como eu queria ser penetrada, ele apenas
cruza os braços em baixo da sua cabeça e me deixa fazer tudo o que quero
com ele nesse momento, passo a ponta dos dedos em seu peito e sinto a
textura da sua pele e a força dos seus músculos, continuo seguindo com
meus dedos pela formação dos seus músculos do abdome e conto os
gominhos, arranhando minhas unhas por toda a sua pele livre e um sorriso
safado aparece em seus lábios e um pequeno gemido de prazer, e um
arrepio surge quando minhas unhas arranham a lateral do seu abdome
fazendo que ele se incline, mas na minha direção e tente entrar em mim.
Ele não resiste e me puxa para mais perto dos seus lábios e me
rouba um beijo cheio de desejo e tesão, tento sair do seu beijo, mas ele me
segura pelos cabelos deixando a sua mercê para me beijar e sugar meus
lábios como ele desejar, ele interrompe nosso beijo para que
recuperássemos o nosso folego.
— Bom dia, sua safada, espero que esteja bem, é hora de te comer
como quero desde que nos encontramos. — A promessa dele faz que uma
explosão de desejo na minha intimidade me deixe completamente úmida.
— Bom dia, Forbes, pensei que não fosse acordar. — Ele rir
baixinho, e um dedo invade minha lingerie e consegue arrancar ela do meu
corpo rasgando, estreito os olhos para ele. — Vou precisar comprar uma
fábrica de tanto que você já rasgou.
Ele ergue o nosso quadril e nos encaixa tirando um suspiro de prazer
enquanto começo a subir e descer devagar para que sua ereção fique mais
molhado com as minhas secreções e possa me mexer com agilidade, ele
segura meu quadril e estimula meus movimentos deixando-o ainda mais
louco de tesão.
Enquanto subo e desço pela sua extensão, sinto os tapas na minha
bunda, me dando uma sensação ainda melhor do nosso prazer.
— Puta de uma mulher gostosa. — Continuo subindo e descendo
com velocidade e apertando ele com a musculatura da minha vagina, ele
aperta a minha cintura comandando para que me mexa cada vez mais rápido
me deixando próximo de um orgasmo delicioso, que somente ele consegue
fazer.
Continuo me mexendo enquanto o suor escorre pela minha coluna,
olhar para o seu rosto distorcido de prazer, me deixa com um ar de
satisfação por oferecer o prazer que estávamos loucos para sentir um no
outro.
— Amor, quero você de quatro para mim, fica em pé aqui do lado e
se inclina na cama, minha gostosa. — Faço o que ele me pede, fico em pé e
afasto as pernas uma da outra, ele vai até o closet e procura algo que tem
por lá.
— Vanessa, eu trouxe porque tinha esperança de que pudéssemos
nos divertir um pouco com os dias que estava se recuperando. — Uma
sensação de que ele vai abusar de mim do jeitinho que gosto me deixa até
ansiosa.
Ele joga uma caixinha de lubrificante na cama, céus acho que hoje
ele vai me comer que todas as formas que ele puder, ouço o som do tapa
que ele da em minha bunda e uma onda de prazer percorre por toda a minha
intimidade me deixando mais molhada e solto um gemido de prazer fazendo
com que ele me puxe pelo cabelo e beija meu maxilar e massageia meu
seio.
— Não se atreva a gozar agora, vamos brincar apenas um
pouquinho antes que nosso filho acorde. — Sinto seu riso crescendo em
meu pescoço enquanto ele me beija.
Sinto algo frio e duro entrando devagar por trás de mim, minha
respiração fica entrecortada com a invasão e tento me controlar com os
pensamentos de como ele vai me fuder agora, nessa hora já ignoro toda a
dor que estou sentindo e me concentro apenas no prazer, suspiro para que
ele saiba o quanto estou gostando da invasão dele atrás de mim.
— Vamos lá meu amor, sem muito barulho ou ficará sem gozar,
entendeu? — Como não consigo responder por estar tão absorta nas
sensações que aquele vibrador estava me dando atrás, ele é obrigado a me
bater mais uma vez na minha bunda, e não satisfeito ele aperta meu mamilo.
— Eu entendi, e se continuar fazendo isso, vou gemer alto aqui,
agora me faça gozar amor. — Ele se aproxima de mim e sussurra em meu
ouvido.
— Será um prazer senhora Lira. — Meu sorriso vitorioso após ouvir
o que ele me diz se transforma em prazer quando sem cerimônia alguma ele
entra na minha intimidade, deslizando com facilidade.
Seus dedos alcançam meu clitóris e massageia o lugar que está
bastante inchado devido o prazer, ele dá, leves tapinhas, inclino minha
cabeça para trás e acabo sentindo o seu corpo mais próximo de mim e meu
orgasmo faz com que minhas ideias se misturem e seja sustentada apenas
pelo gesso, porque a outra não tem força de me manter em pé, meu sorriso
de prazer fica maior, e sentia que outra onda de prazer estava se formando,
empino mais ainda meu bumbum para ele que entra e sai rápido e quando
gozo mais uma vez sinto que ele também se desmancha dentro de mim,
enquanto faz alguns movimentos mais devagar para recuperar o seu folego,
quando ele me puxa para ficarmos em pé completamente ele retira o
vibrador de trás de mim e o põe sobre a cama, olho para o objeto e me
surpreendo com o tamanho parecia mais uma linguiça de grande.
— Que tal um banho, meu amor. — Apenas concordo com ele
enquanto ele vai me ajudando a entrar no banheiro, depois ele olha o nosso
filho para ver como ele está e em pouco tempo ele volta com um protetor
para a minha perna.
Com cuidado ele me arruma para podermos entrar na banheira,
deixo a perna imobilizada do lado de fora enquanto tomo meu banho.
— Espero que esteja feliz por voltar para casa meu amor, e que
esteja tudo bem que o Miguel fique lá com a Nik? — Já aceitei que iremos
nos separar, mas sempre que possível vamos nos encontrar.
— Estou ansiosa para chegar em nossa casa, e mostrar o Gui para
toda a família. — Todos os dias temos ligado para a minha sogra, ou ela vai
acabar enlouquecendo a gente se não fizer isso.
— E também estou ansiosa para descobrir o que aquela mulher fez
amor, sei que a sua assistente tem tentado encontrar ela, mas em algum
momento ela vai reaparecer e sei que conseguirá tirar todas as dúvidas. —
Antes de terminar o banho, nosso filho aparece na porta do nosso quarto,
Gusta pega ele no colo, beija ele e me entrega enquanto ele vai guardar o
que deixou em cima da cama.
Depois de alguns momentos estamos prontos e saímos para a
cozinha para fazer o lanche do Gui e tomar café com todos os outros que
nos esperavam para comer.
— Bom dia, mí hija, vou ficar com saudades de vocês aqui, da casa
cheia. — Meu pai segurava minha mão.
— Sabe que é muito bem-vindo na nossa casa não é Hector. —
Gusta fala para o meu pai enquanto ajuda o Gui a comer sem se sujar.
— Bom o avião está preparado para vocês, e assim que tudo para o
casamento esteja preparado iremos nos encontrar com vocês por lá.
Meu pai disponibilizou um jatinho para a nossa ida, Luiz já havia
guardado todas as joias que minha mãe havia deixado para mim, mas eu
dividi com o Miguel, ele merece ter elas por todo esse tempo que
precisamos nos esconder, servirá para ele conquistar algo que seja apenas
dele, se for assim a sua vontade.
Depois do café o meu pai nos leva até a pista e nos despedimos com
um abraço, enquanto meu filho se joga para o colo do seu avô que brinca
com ele, e nos devolve.
— Até breve mí hija e fico esperando o convite do seu casamento
para ir visitar vocês. — Ele beija a minha testa e estende a mão para o
Gustavo, — E você cuide bem deles, se precisar de ajuda me ligue que
providencio qualquer coisa. — Eles apenas se cumprimentam e entramos na
aeronave em destino a nossa nova vida juntos e dessa vez sem motivos para
sermos separados, não existe, mas medo ou qualquer um que queira me
matar.
Minha família estava feliz no avião, meu filho dormia, meu Forbes
estava com suas mãos massageando meu pé livre, chegou a hora de retornar
para casa.
D ecidi não avisar a hora que
estaríamos voltando para casa
porque sabia que minha mãe iria
arrastar todos para nos recepcionar e como íamos chegar muito tarde não
queria tirar ninguém da cama para ir para o aeroporto, tenho certeza que
eles aguentariam algumas horas a mais de espera, penso isso rindo por que
sei que minha mãe vai me dar alguns tapas.
Nossa equipe de segurança estava se acomodando nos carros que a
minha assistente reservou para nossa chegada, espero que a casa que pedi
para que ela preparasse tenha ficado pronta para nossa mudança.
Durante a semana conversamos e decidimos nos fixar aqui em
Miami, perto da minha família já que ela ficou muito tempo se escondendo
e principalmente o nosso menino, ela decidiu os manter por perto, Rosy já
está providenciando a mudança da sede da empresa para ficar aqui perto,
mas manterei uma filial em Las Vegas para que não tenha que demitir
muitas pessoas.
Assim que chegamos a nossa nova casa, Vanessa desce com cuidado
com o gesso enquanto estou com o Guilherme no meu colo dormindo com
sua chupetinha de silicone, acho lindo o meu filho quando está assim
dormindo com tranquilidade.
Miguel, que agora assumiu a sua verdadeira identidade, bate no meu
ombro enquanto segurava a mão da sua namorada que estava bastante
sonolenta ao seu lado.
— Me dá ele aqui e faça as coisas como se deve. — Olho para ele
sem entender o que ele quis dizer. — Entre com ela no colo em sua nova
casa. — Agora sim entendo o que ele quis dizer e faço o que ele me diz,
passo o Gui para ele e me viro para trás onde a Nessa estava ainda
admirando a fachada da nossa casa.
— Me diz o que achou futura senhora Lira? — Seu sorriso fica
amplo, passo a mão pela dobra do joelho e na sua cintura colocando-a em
meu colo para que ela se sinta como ela é, minha esposa.
— Gustavoooo, os vizinhos. — Dou um beijo no seu pescoço e
entro com ela em nossa casa.
Dentro já havia algumas coisas que trouxeram da casa dela em
Dallas, a casa é bem ampla tão grande como a da minha mãe, ponho ela no
chão e deixo que ela olhe por todos os cantos, Miguel me entrega o meu
filho e vai para a cozinha.
— Veremos se tem algo na cozinha, se tiver faremos algo para
comer. — Nik revira os olhos e sai andando.
— Vamos lá colocar o nosso filho na cama, depois ajudamos o seu
irmão, antes que ele toque fogo na casa nova. — Ela começa a rir do meu
comentário e começa a subir os degraus devagar.
— Miguel cozinha muito bem, mas ele prefere me explorar. —
Chegamos a um quarto que a porta era cheio de pequenos animais,
entramos e me sinto como se estivéssemos em um pequeno safári, havia
animais de pelúcia por quase todo o quarto, coloco ele na sua caminha
enquanto a Vanessa ligava a babá eletrônica.
Saímos do quarto e voltamos com o monitor na mão e vamos para a
cozinha.
— Vanessa, sentirei saudade de você, principalmente por que agora
não vou, mas poder explorar você. — Ele fica rindo enquanto preparo um
sanduíche natural para gente.
— Espero que a mãe da Nik não queira te matar, isso sim. — A
Expressão dele muda para como se estivesse preocupado.
— Não assusta o rapaz Vanessa, tenho certeza que ele vai saber o
que fazer com os sogros dele. — Terminamos nossos lanches e cada um foi
a procura dos quartos, eu e a Vanessa não prestamos muita atenção,
estávamos muito cansados e queria apenas um banho e deitar para
descansar, sabíamos que a manha seguinte seria de muita agitação ainda
mais que percebemos as diversas caixas espalhadas pelo jardim, pelo visto
meus pais já tem programado a diversão de amanhã.
Na manhã seguinte acordamos com um chorinho na babá eletrônica,
o corpo pelado da minha mulher estava a mostra, a cubro e olharei o nosso
pequeno tesouro que deve ter estranhado o ambiente novo, ele estava
sentado na sua cama esfregando os olhinhos e apenas segurando o seu
elefante de pelúcia.
— Papai, medo de ficar sozinho. — Sua voz de sono, aquece meu
coração, eu sou pai de um garotinho lindo e com a mulher que amo.
— Não precisa ficar com medo, campeão, o papai e a mamãe estão
de olho em você a noite toda. — O pego no colo e levo ele para o nosso
quarto, vejo que minha cama está vazia, me deito com ele na cama e espero
por nossa mulher voltar para o nosso lado.
Enquanto esperamos ela voltar ele acaba dormindo outra vez em
meu colo enquanto faço um carinho na sua cabecinha, depois de um tempo
sinto o cheiro do hidratante que ela ama e um beijo em meu ombro.
— Pensei que iria me encontrar no banheiro para nos divertir um
pouquinho. — Ela sussurra em meu ouvido.
— Não tive coragem de deixar ele aqui sozinho, e sem contar que
ainda é cedo, vem cama meu amor. — Passo a mão por sua cintura e tento a
puxar para a cama, mas ela se apoia na cabeceira enquanto o pequeno
homenzinho que estava do meu lado começa a despertar.
— Fominha mamãe. — Ela se abaixa e dá um beijo em sua
bochecha.
— Como se fala primeiro? — Ele estica os bracinhos e fica
pensando no que a mãe disse para ele.
— Bom dia, mamãe e papai? — Pergunta meio inseguro e quando
ela sorri para ele, sabe que acertou.
— Tomaremos um banho primeiro e depois descemos para tomar
café. — Ajudo ela com ele no banho, depois eu mesmo vou tomar um.
Assim que passo pelo corredor novamente ouço a voz da Helena
falando com o Adam e fico rindo enquanto vou para o meu box, minha
família não tem jeito, não conseguem esperar um pouco para invadir a
minha casa, me arrumo e desço as escadas dando de cara com a cena, mas
linda que poderia imaginar, meus pais com o Guilherme no colo brincando
com ele enquanto me encosto no batente da sala e meu irmão chega mais
perto.
— Te disse que poderia ter um filho por aí sem nem imaginar. —
Ele olhava para o Guilherme que estava se divertindo com toda aquela
atenção.
— Edu e como está a Carolina, ela falou alguma coisa com vocês?
— Ele apontou para a Bia.
— Ele tem conversado com a Bia, ela está bem magoada com a
traição do Bruno, ela entende que ele estava drogado, mas a imagem deles
não sai da cabeça dela. — Suspiro frustrado, porque sei que ela está
sofrendo demais e o Bruno com certeza deve está bem pior que ela.
— O máximo que podemos fazer é que ela fique segura aqui até que
eles se resolvam, deixarei algum segurança com ela, porque imagino que
ela não tenha cabeça para nada disso. — Ele apenas concorda comigo.
— Falei com o Bruno e ele está tentando levar a empresa a frente,
mas acho que por hora ele não conseguirá. — Vi como ele ficou, também
acho que ele não tem condições de realizar qualquer coisa, mas ele não me
quer lá.
— Olharemos de perto, se for necessário interferimos, mas por hora
não devemos fazer nada.
Concordo com o meu irmão por, mas que amamos nossos amigos,
eles devem superar a situação sozinhos e descobrir o que dará certo ainda
no casamento deles, mas a principal precisa conversar.
Me aproximo da minha família e os chamo para o café, porque sei
que o dia será cheio de coisas e depois do café meu pai e meu irmão me
chamam para montar todos os brinquedos que eles compraram no jardim de
trás para que ele tenha um lugar para brincar.
Tenho uma família feliz, e nem mesmo as incertezas sobre a Eva
conseguem me deixar completamente feliz, mas amanhã ela não vai me
escapar, está na hora de finalizar os assuntos que podem me prejudicar com
a minha linda colombiana.
N unca em meus melhores sonhos
imaginei que a família do Gusta
seria tão receptivos dessa forma
comigo, Leticia é uma sogra maravilhosa, ela está sempre por aqui para
brincar com o Guilherme e como ela mesmo.
— Me considerem um vale night sempre que precisar. — Como se
fosse necessário.
Meu Forbes descobriu várias formas para nos divertir mesmo que
esteja com o gesso na perna, na próxima semana temos a esperança que ele
possa ser retirado, fico até ansiosa só de pensar nisso, imaginando em tudo
o que faremos quando estiver livre dele, mas minha principal vontade é
ficar mergulhada na banheira e relaxar com água morna, se meu lindo Gusta
quiser se unir a mim não irei me fazer de difícil sento nele de muito bom
gosto.
Estamos a quase uma semana aqui em Miami e vejo que meu noivo
fica cada dia mais angustiado e irritado porque a tal Eva tomou chá de
sumiço, sabemos que ela teve um menino e que está de licença
maternidade, mas assim que a assistente do Gustavo tentou entrar em
contato com ela para que ela explicasse sobre a gravidez e, porque sumiu,
ela saiu da cidade, deixando a gente com uma pulga atrás da orelha.
Hoje resolvi fazer uma torta de frango para ir almoçar com a Carol,
quero saber como ela está e principalmente o que ela decidiu fazer com a
situação de seu casamento, arrumo o Gui e pego a travessa para ir até a casa
dela, chamo o Jorge para que me leve até a casa dela que não fica tão longe
assim.
Na frente da casa percebo uma movimentação, tem dois carros
parados e até onde sabemos, ela não quer o Bruno aqui, ele enviou a Laís e
o Matheus com a babá sozinhos com um segurança, como a minha cunhada
mora do outro lado da rua decido ir para a casa dela.
— Jorge, tem como descobrir quem está aí com ela? — Ele
confirma com a cabeça e estaciona o carro na casa da Bia, nos ajuda a
descer e segue para a cozinha onde fica o segurança deles.
— O que te traz aqui Nessa. — Bia me olha assustada, quando me
vê com a travessa na mão e o Gui entrando alegre casa adentro.
— Vim para conversar com a Carol, mas pelo que vejo, ela está com
visita e não quero atrapalhar. — Fico olhando para a casa que ela acabou de
alugar para não precisar ficar em um hotel longe da nossa família e
principalmente para que não nos deixar preocupados com a sua tristeza.
— Senhora, o Hassan não me respondeu diretamente, apenas ouvi o
nome de um tal Liam. — Olhamos para o meu segurança preocupada.
— Ela está em perigo? — Ele faz uma cara que me deixou muito
mais preocupada, tomo a atitude, mas idiota que poderia tomar. — Jorge me
dá a sua arma, sem discutir. — Os dois na minha frente se olham e ele
apenas faz o que mando.
— Bia cuida do meu filho, vou lá descobrir o que está acontecendo.
— Entrego a travessa com o nosso almoço, saio da sua casa em direção a
casa da nossa amiga e sem cerimônia entro sem bater.
Entro na sala sem fazer muito barulho e o clima não era dos
melhores, Carol estava sentada em uma poltrona perto da janela enquanto o
homem que estava com ela tinha uma arma apontada para o Hassan e outra
para ela, chego no final da conversa.
— Poderia muito bem pedir o divórcio pelo adultério e se unir a
mim. — Ele fala olhando para ela que ainda não percebeu minha chegada,
destravo a pistola que tenho e vou caminhando devagar.
— Ela não vai pedir divórcio de ninguém, principalmente agora que
parece que tem algum envolvimento com isso. — Encosto a pistola na nuca
do homem, que abaixa a arma dele com cuidado.
— Espero que saiba o que esteja fazendo, posso fazer a sua vida um
inferno antes de te matar... — Carol o interrompe, se levantando da
poltrona, enquanto o Hassan se aproxima ajoelhando o tal Liam na nossa
frente.
— Não, Liam, eu vou te matar de uma forma que nem o James vai
te reconhecer quando chegar no inferno. — Fico sem entender o que ela
fala, me afasto deles para que possam fazer o que tem em mente, mas ela
chega do meu lado e tenta me acalmar, estou começando a ficar nervosa.
— O que aconteceu aqui, Carol? — Ela volta a olhar para ele que
agora estava estirado ao chão depois de uma coronhada.
— Sei que o Bruno foi drogado, e tudo indicava que o seu avô tinha
feito algo, mas quando o Liam chegou aqui e me propôs casamento, as
coisas não se encaixavam, então agora acredito que tenha sido ele, ele usou
a oportunidade para me atingir. — Ela solta uma respiração frustrada,
enquanto enxuga uma lágrima que escorre pela sua bochecha.
— Carol, vocês precisam conversar, sei que não consegue aceitar o
que houve, mas olha o que acabou de acontecer, se vocês dois junto já estão
sempre em perigo, imagina assim separado. — Ela olha para o idiota, que
estava desmaiado na sala e me abraça.
— Prometo que vou conversar com ele, mas preciso resolver isso
aqui primeiro, tenho que ligar para o meu sogro para explicar que minha
casa acabou de ser invadida, posso até ser desobediente, mas ainda sigo as
regras. — Ela começa a ri, me afasto um pouco e vou em direção da porta e
ligo para o Jorge vir e ajude o Hassan, aproveito ligo para o Gustavo para
avisar o que houve, como ele não atende resolvo ligar para o meu pai.
— Oi! Pai, como estão as coisas aí? — Ele percebe a tensão em
minha voz, fica logo preocupado.
— O que houve hija? — Respiro devagar e conto para ele o que
acabou de acontecer.
— Hija, Liam é um homem bastante ganancioso e para quem não o
conhece realmente pensa que ele seja um homem íntegro, mas o conheci
durante a juventude antes de mim os pais dele propuseram casamento dele
com a sua mãe, mas o seu avô conhecia a fama que a família dele tinha, e
não aceitou com medo que na primeira oportunidade ele matasse a sua mãe
para ficar com o comando de todo o México e sul dos USA.
Fico ouvindo o meu pai enquanto ele fala o que acha que pode estar
acontecendo, vejo que o Hassan e Jorge fazem uma verdadeira missão de
sair com o Liam para que os vizinhos não os vejam, os seguranças que
estavam no outro carro, foram chamados para a garagem e feito de reféns,
eles dois conseguiram fazer muita coisa sem chamar atenção e fico de boca
aberta em como eles são ágeis e muito eficientes.
Um vizinho ou outro percebeu a movimentação, mas logo voltaram
para suas casas, decido ajudar ela para conseguir a informação que ele
realmente não deu a ela, vou até a casa da Bia e aviso que ajudarei ela com
algumas coisas e que logo voltaremos, que não precisa se preocupar, tento
ligar mais uma vez para o Gustavo que continua não me atendendo o que
me deixa preocupada, então enquanto ligo para a Rosy a sua assistente ela
desconversa e não me responde o que preciso saber.
— O que houve Vanessa, porque está assim tão preocupada. —
Carolina e a Bia me perguntam percebendo que não cai nessa história do
Gustavo.
— Na verdade, eu também não sei, mas desde cedo o Gustavo não
me atende, ele ia procurar por um assunto que tem incomodado ele. — Olho
para os carros que aguardam por mim e pela Madame Suíça, enquanto
penso no que o meu noivo esteja fazendo.
— Vamos lá Vanessa, deixarei você ver o que sei fazer de melhor.
— Sorrio para ela de nervoso, enquanto a minha cunhada apenas revira os
olhos.
— Você ficou é louca isso, sim, mas torturar ele vai te fazer perdoar
aquele saco de músculo, vai lá e desconta toda a raiva que está sentindo. —
Caímos na gargalhada.
— Nem é verdade, adoro segurar naqueles ombros largos enquanto
subo e desço e gemendo de prazer. — Olho para ela, no fundo dos seus
olhos, para que ela perceba o obvio. — Não me olhe assim.
— Deixe de ficar aqui sofrendo e fazendo ele sofrer lá sozinho,
volte para casa, olhe para os seus filhos, eles vão começar a fazer perguntas
e tenho certeza que não quer mentir para eles. — Ela começa a limpar a
mão na sua roupa de academia e desconversa.
Vamos em direção aos carros, uma em cada um com os nossos
seguranças e não resisto, vou me meter só um pouquinho nessa situação,
porque me sinto responsável pela separação deles, pego o meu celular e
conecto ao meu fone porque ninguém precisa ouvir a nossa conversa e ligo
para o Brasil.
— Bom dia, Bruno, como está? — A voz dele parece que acabou de
acordar.
— Vanessa, está tudo bem, o que aconteceu com a minha Deusa? —
Ele fica nervoso e fico alegre em saber disso.
— Sei que vocês se amam e ela apenas precisa de tempo para
esquecer o que ela viu naquele hotel, mas para a segurança de vocês acho
que esse tempo pode ser com vocês na mesma casa apenas em quarto
separados e assim talvez possam conversar. — Espero que ele absorva tudo
o que eu disse.
— Ela precisa de ajuda? — Percebo o quanto ele é protetor.
— Não, ela precisa do homem que a chama de Deusa e que venera o
chão onde ela anda, venha para cuidar dela é apenas questão de tempo,
estou indo com ela cuidar de uma situação que acabou de acontecer, apenas
seja paciente e venha.
Ouço um furacão do outro lado da linha e a promessa que até o
início da madrugada ele esteja em algum hotel aqui próximo, mas digo para
que ele venha para a minha casa.
— Ela vai ficar irritada quando souber! — Jorge fala assim que
desligo o telefone.
— Ela só vai se irritar, ou me matar se souber de algo, eu não
contarei, você vai? — Ele rir de mim, mas sinto a pontinha de medo quando
ela descobrir que planejei, mas é para o bem dela.
Minha cabeça ainda está no meu noivo desaparecido.
S ofri por malditos três anos por que
essa colombiana me abandonou em
naquele quarto e com o tempo
passei por diversas fases na minha vida, algumas me levando ao fundo do
poço, mas com ajuda do Luigi não fiz escolhas que poderia me arrepender
ou destruir a minha família.
A cada dia dessa semana estou com um aborrecimento diferente,
primeiro Ava sumiu sem deixar muitas pistas, me deixando cada vez, mas
desconfiado de que ela me esconde algo, minha assistente tem tentado fazer
de tudo para que localizem ela, mas até agora nada.
Hoje decidi que faria uma surpresa para minha mulher, eu entendo
os motivos dela para não me apresentar o nosso filho, mas conversando
com o meu irmão ele me fez enxergar que podemos sim ter outros filhos, é
por isso que hoje estamos hoje aqui na clínica de fertilização para reverter a
minha vasectomia, farei de surpresa.
O médico disse que nem sempre o procedimento é cem porcento
confiável de dar certo, e não quero deixá-la frustrada a cada mês, pedi para
minha assistente desconversasse caso ela ligasse, eu mesmo coloquei no
silencioso, e como a cirurgia é algo bem simples não fim do dia estarei em
casa.
Sei que antes ela brigará comigo por conta de ter sumido,
ultimamente ela tem ficado assustada com qualquer barulhinho que ela
ouve pela nossa casa, mas acho que é pela aproximação da nossa amizade
com a Carol e sem contar que ela me disse que se sente culpada pela
separação deles, já tentei conversar, mas ela quer ajudar.
— Gusta, acho que eles já estão vindo te buscar. — Meu irmão
aparece na porta com seu café, já estava em um quarto apenas esperando
para a cirurgia, meu coração estava palpitando cada vez, mas rápido com a
ansiedade.
— Edu já sabe o que fazer se algo der errado, não é? — Tento
conversar com ele para tentar me acalmar.
— Não se preocupe, vou ajudar ela a torrar todo o seu dinheiro e
escolheremos outro bilionário para ser o pai do meu sobrinho. — Olho para
ele que estava concentrado no jogo que estava sendo transmitido pela TV,
acho que percebe que falou demais e me olha. — Desculpa, mas para de se
preocupar no máximo, o que pode acontecer é ficar impotente.
A equipe tinha acabo de chegar e ouviu o comentário idiota do meu
irmão que apenas riu para mim, a vontade que tinha era de meter um soco
naquela cara dele, mas sabia que minha mãe iria me bater se batesse nele.
A equipe me ajuda a ir para uma cabeira de rodas com aquele
avental sem roupa por baixo, estava preocupado em como seria o pós-
cirúrgico para que ela não percebesse, ainda mais que serão dez dias sem
sexo, e não quero mentir para ela.
— Vamos senhor Lira chegou a sua vez. — Ela volta para o meu
irmão. — No máximo de quatro horas ele volta para o quarto, tudo bem? —
Meu irmão apenas concorda e sou levado para a cirurgia.
Entro naquela sala gelada e me sinto tão sozinho agora, queria que
minha mulher estivesse aqui do meu lado me fazendo companhia e me
dando apoio, mas acho que ela não iria aceitar que eu refizesse a cirurgia.
— Bom dia, senhor Lira, vamos iniciar a cirurgia e a sua anestesia
será inalatória, então daqui a pouquinho iremos nos ver novamente. — O
médico falou enquanto me preparavam colocando vários fios me ligando, as
maquinas me monitorando.
Uma mascará foi colocada em meu rosto e um sono começou a bater
forte, sem me deixar alternativa a não ser cair nesse sono, mesmo ouvindo
algumas coisas ao meu redor fui levado para um lugar de sonhos, com
minha mulher e nossos filhos brincando ao nosso redor.
Ver a Vanessa com uma saia justa ao seu corpo deixando as curvas
do seu quadril e suas coxas grossas me fez ficar louco para que a tivesse na
minha mesa, estávamos no meu novo escritório e ela vinha me entregar
alguns relatórios, a puxo pelo pulso e faço com que se sente em meu colo.
Seus olhos azuis tinham um brilho de tesão, passo a minha mão por
sua barriga que guardava mais um fruto do nosso amor, sentir seus
movimentos é algo tão maravilhoso que me sinto o cara, mas sortudo do
mundo.
— Amo você minha colombiana, farei tudo para que você e nossa
família esteja sempre seguro. — Ela sorri e nossos lábios se encostam me
deixando tonto e a imagem fica borrada, uma voz ao fundo me chama.
— Senhor Lira acorde, o procedimento foi um sucesso, consegue
me entender. — Franzo as sobrancelhas e sinto sede.
— Sim, meus peixinhos deixarão a represa... — Continuo de olhos
fechados e algumas risadas surgem.
Me sinto sonolento e sendo carregado ao mesmo tempo, alguns
instantes depois meu irmão falava do meu lado e parecia preocupado.
— Ele vai ficar um pouco confuso, mas é devido à anestesia, em
menos de uma hora ele ficará melhor, a alta já está assinada esperar apenas
ele se sentir bem e estão liberados, aqui estão os concelhos do pós-cirúrgico
é só seguir.
Depois de algum tempo, comecei a sentir que meu corpo estava
ficando livre da anestesia e já estava me sentindo melhor para ir para casa.
— Que horas são Edu? — Ele olha para o relógio e sorri para mim.
— É hora de ir para casa, não tem chance de ir para o escritório
assim teu saco está com pontos e tem que seguir as orientações dos
médicos. — Fico pensando no que posso fazer para despistar a Vanessa
então decido ir para Vegas trabalhar por lá durante a semana assim ela não
perceberá nada.
— Gustavo, acho que vai deixar a mulher irritada com todo esse
segredo. — Ele continua sentado mexendo no controle da TV. — Ignoro o
que ele me diz e peço ajuda para ir para casa e arrumar uma pequena mala.
Fomos primeiro para a casa do meu irmão, e assim que chegamos lá
sabemos o que aconteceu com a Carol, fico preocupado que a minha mulher
resolveu ir ajudar mas usarei como desculpa de não poder me despedir dela,
corro para casa e preparo uma pequena bolsa com roupas e sigo para o
aeroporto, tento alugar um jatinho mas não havia nada disponível naquele
momento então vou em um voo comercial mesmo que parecia lotado.
Mando uma mensagem explicando o porque precisei viajar, espero
ela me responder, mas como meu celular realmente estava ficando sem
bateria deixo para conversar com ela assim que chegasse na minha casa.
Algumas horas depois estou com dor nos pontos, tomo os remédios
da receita e pego um bolsa de gelo para pôs em cima da cirurgia.
— Ah, Vanessa olha o que não faço por nossa família. — Penso em
tomar algo forte, mas mudo de ideia então fico na base do suco de maracujá
mesmo.
Antes de dormir consigo falar com minha mulher, que tinha uma
cara que estava muito irritada.
— Desculpa amor, mas o dia hoje foi cheio de problemas para
resolver, e até agora não consegui nenhuma informação sobre a Eva, fiquei
preso em uma reunião mais de quatro horas e precisei vir as pressas para
Vegas, desculpe querida. — Acho que consegui convencer ela, parecia
preocupada.
— Tudo bem, mas não deixe de pelo menos me dar notícias, fiquei
aflita e se não fosse devido aos problemas aqui com a Carol ia amanhã ficar
aí com você. — Um pequeno sorriso aparece nela, sei que consegui
convencer ela sobre a minha vinda.
Ela me conta tudo o que aconteceu hoje com a Carol na casa dela,
sei que ela não conseguirá enfrentar tudo sozinha sem o apoio do Bruno,
assim como ela foi o motivo de toda a reviravolta na sua vida, ele é o esteio
dela também.
No fim das contas consegui ficar aqui em Vegas pelos dias até que
os pontos tivesse caído e a Vanessa em Miami, ela decidiu fazer a extensão
dos seus estudos para poder trabalhar com o que ela se preparou para ser, e
estarei na primeira fila com nosso filho no colo aplaudindo a conquista dela.
Descobrimos onde a Eva estava se escondendo, e farei uma
surpresinha aparecendo na porta dela ainda essa semana.
C hegamos a um lugar bem distante
de casa, e me surpreendi em como
o nome da Carol pode facilitar as
coisas, ela ligou para um tal de Carter e ele conseguiu para que ela
resolvesse o seu pequeno problema nessa pequena fazenda.
Estávamos apenas nós quatro, mas era o suficiente para que os
seguranças do Liam tivessem medo dela, eles mantinham uma fisionomia
de que não acreditavam no que ela falava, mas eu realmente estava com
medo, já presencie homens sendo mortos a muitos anos as torturas então
foram tantas que perdi as contas, meu pai Pablo tinha uma técnica própria
para conseguir as informações que ele queria.
Jorge estava preocupado por ser apenas ele e o Hassan para no
proteger, eu o via preocupado fumando um cigarro atrás do outro e às vezes
deixa seus pensamentos saírem.
— Hassan o chefe vai me matar por deixar a patroa se meter com
isso. — Carol olha para ele com uma cara um tanto que divertida.
— Vanessa, vamos lá tirar algumas informações desses homens ali.
— Deixamos nossos seguranças cuidando do Liam e chegamos perto dos
homens que ele havia levado.
— Não sei porque está fazendo todo esse teatro Suíça, não pode
matar eles ou vai iniciar uma guerra e acho que não é isso que você quer. —
Ela vira em direção do homem que estava de joelho com as mãos para trás
estreita os olhos e dando um sorrisinho de canto de boca.
Vejo ela caminha até o Hassan estica a mão, ele entrega a arma para
ela que verifica a quantidade de munição.
— Tenho seis munições aqui, e você tem cinco seguranças ali vou
deixar um vivo aquele que me falar o que precisa ser dito então não me
desafie. — Ela tinha se abaixado para falar com ele, se vira e vai até a
direção dos homens que estavam um pouco, mas longe, ela começa a passar
o cano da pistola na cara deles e apenas ouço o som oco do tiro na testa de
um dele que cai para trás.
A surpresa de todos eles é muito evidentes, até mesmo o Liam fica
de boca aberta enquanto olhava para o homem, que estava caído no chão, eu
me mantenho sem expressão acho que ela deve matar todos eles pela
ousadia de entrar na sua casa e apontar uma arma para ela.
— Sabe Liam, meu sogro sempre me deu carta branca para fazer o
que bem entendesse com quem quer que nos fizesse mal. — Ela vem
andando devagar, para na mesinha que os nossos homens prepararam aqui
nesse celeiro, tinha de tudo armas, equipamentos para choques mais o que
mas gostei foram as facas tinha uma mais bonita que a outra, e várias
toalhas.
Ela pegou uma toalha e começou a limpar o seu rosto que respingou
sangue, os outros homens que estavam até então calados começaram a
sussurrar um com os outros, Carol virou para eles e encostou seu dedo no
lábio pedindo silêncio.
— Uns anos atrás minha filha escapou de um sequestro na escola,
por muito azar eu não consegui pegar o desgraçado. — Vejo que ele fica
meio pálido enquanto ela fala com ele e um sorriso brota em seus lábios.
— Tenho uma boa memória sabe Vanessa, quando precisei deixar a
sua cunhada cuidando da minha filha eu estava em Oregon porque a Joyce
conseguiu uma pista de que o tal sequestrador estava lá. — Ela ria para
mim, e deixei que ela apenas contasse tudo o que precisava.
— Fui parar em uma boate me sentei com meu segurança e pedimos
alguns drinques, quando um homem se sentou ao meu lado e começou a me
xavecar, mas quando me virei para dar atenção a pessoa ele me reconheceu
e se afastou. — Ela se virou em direção aos quatro que estavam escutando a
história.
— Então começou uma perseguição, aquele ali quase me acertou ele
matou dois dos meus homens e por causa dele consegui uma cicatriz em
minha coxa, mas toda essa história é para você entender que agora eu sei
que a tentativa do sequestro da Laís veio de você, só quero saber o porquê?
— Ele cospe aos seus pés. — Ela apenas olha para o Hassan que bate nele
até que o sangue comece a escorrer.
— Ele não é o mandante. — Um dos seguranças intervém pelo seu
chefe, olho para a Carol e vou até a mesa, escolho uma pequena faca e me
aproximo do homem que falou e vou arrastando uma cadeira, me sento na
sua frente.
— Quem é o mandante então? — Pergunto dele, com a minha
melhor cara de assassina.
— Acha que tenho medo de você, uma mulher qualquer que ainda
por cima é espancada pelo marido e está com gesso. — Olho para a Carol e
sorrio de volta para o homem sem conhecimento.
— Caso não saiba sou Yolanda Carrillo e o que ela faz ali, eu
aprendi a muito mais tempo. — Viro o punhal na mão e cravo no ombro
dele que grita com a dor. — Vou perguntar, mais uma vez, quem é o
mandante?
— Vadia, desgraçada. — Torci a faca no ombro do idiota. — Não
faço ideia de quem seja o mandante. — Ele falou ofegante, levanto e deixo
a faca lá para que ele se lembre do meu nome.
— Vamos lá rapazes, acho que já perceberam que não vim aqui para
olhar o show que a minha amiga dará, de uma forma ou outra
conseguiremos as informações que precisamos e será, mas fácil se vocês
colaborarem. — Eles se entreolharam, mas o chefe deles falou mais alto.
— Ela vai matar vocês de qualquer maneira, então não falem. —
Hassan se aproxima e soca ele mais algumas vezes.
— Isso é verdade, mataremos todos vocês, mas talvez se falarem a
verdade consigam uma vaguinha no céu. — Carol fala com sarcasmo, ela
está muito irritada pelo que aconteceu na sua casa e principalmente por
perceber agora quem tentou sequestrar a sua filha.
Saímos do celeiro e deixamos que os nossos seguranças se divirtam
um pouco, até porque não iriamos conseguir tirar nada deles agora, ficamos
por um bom tempo sentadas olhando para o tamanho da fazenda, e pergunto
dela como conseguiu tão fácil.
— O dono da propriedade é o Don de Nova York, o Henrique ele
entrou no nosso mundo de paraquedas e para piorar o pai dele era um
homem cheio de ambição, não respeitava as regras, fez tudo para conseguir
o cargo. — Ela respira fundo. — Mas meu marido e meu amigo Alex
conseguiram matar ele no Caribe uns anos atrás, acho que você deve se
lembrar da situação que o Edu precisou proteger a mulher e a filha, foi
nessa época.
— Eu lembro dessa confusão sim, mas confia nele Carol, nesse
menino. — Ela me olha e apenas nega com a cabeça.
— Teve uma época que cogitei a ideia de que ele pudesse se casar
com a minha filha, mas ele esta sendo treinado pelo Charles, é um homem
sem escrúpulos e agora tenho medo que ele possa fazer algo com a minha
filha, mas infelizmente ele faz parte da nossa organização. — Ela suspira
com uma certa tristeza.
— O que houve, por que essa tristeza. — Ela se vira completamente
para mim e percebo que ela vai se abrir.
— Estou com saudades do Bruno, nessa hora ele estaria lá
ensinando o Liam em não me propor coisas, e sem contar que ele me avisou
que tinha certeza que o Liam tinha algo haver com tudo isso. — A puxo
para um abraço e percebo que seus olhos estão marejados.
— Converse com o Bruno, você está emagrecendo muito Carol e
estamos preocupados com essa sua falta de apetite, imagina se ficar doente
justo aqui sozinha sem ele para cuidar de você. — Ela começa a gargalhar.
— Se estou assim a culpa é dele, tudo é culpa dele. — Estreito meus
olhos, para como ela fala.
— Carol você está... — Somos interrompidos pelo Jorge que se
aproxima e disse que não conseguiram muita coisa, apenas que o mandante
já estava morto.
— Vamos lá então. — Voltamos para o celeiro, e os seguranças
estavam jogados no chão quase desfalecidos.
— Vamos lá Liam, está na hora de você me falar alguma coisa. —
Carol fala para ele, e pede para que ele seja pendurado pelos pulsos.
Ela retira a roupa dele, deixando apenas de cueca e começa a fazer a
tortura que ela gosta, faz pequenos cortes por vários lugares, ele se debate e
geme de dor, mas por fim ele fala que o mandante é o tal de James, Carol
fica frustrada e decide acabar com tudo isso.
— Hassan pode matar todos e tocar fogo nos corpos, precisamos
voltar para casa as crianças estão para chegar da escola. — Lembro do meu
filho que deixei aos cuidados da tia, ela vai me matar e ainda tem a
preocupação com a falta de contato do meu Forbes.
Depois de algum tempo estávamos de volta aos carros indo em
direção a nossa casa, chamo a Carol para comer a torta que fiz e deixei na
casa da Bia, chegamos lá e me surpreendo em ver o Edu todo cheio de
graças para meu lado.
— Fala logo Edu o que houve? — Fico preocupada porque ainda
não consegui falar com o irmão incomunicável dele.
— Nada mulher, apenas que vai ganhar algumas fichas novas no
pôquer. — Começo a rir da brincadeira dele, mas imagino que seja por que
meu lindo noivo tenha ido para Vegas.
— Se for isso não tem problema, mas que ele atenda o telefone ou
darei um chute no meio das pernas e com o gesso. — Todos começam a rir,
pego meu filho e dou um cheirinho nele, enquanto observo a Carol olhando
para o celular com uma carinha de dúvida, me aproximo dela e vejo ela
suspirar e guarda o celular.
— Liga, deixa de ter medo, por anos eu vivi assim e privei o
Gustavo de curtir a melhor fase das nossas vidas a Gravidez. — Olho para
ela, deixando que ela perceba que já sei o seu segredo, ela apenas me
abraça.
Depois que falo com o meu marido fico até mais tranquila que esteja
tudo bem, infelizmente ele precisou ficar mais dias por lá, mas nos falamos
todos os dias, quando considerei em ir para Vegas, o Edu conseguiu o
contato para que iniciasse a extensão para trabalhar como advogada com ele
e meu antigo chefe Augusto.
Estava indo fazer minha inscrição, quando uma mulher com um
carrinho estava atrapalhada para sair pela porta do prédio que iria entrar, e
tenho a agradável surpresa quando olho para a pessoa, era a Eva com um
bebê todo enroladinho em uma manta.
— Precisamos conversar. — Ela não vai fugir de mim.
F inalmente poderei voltar para
casa, meu médico liberou que
fizesse relações sexuais, mas nada
de estripulias, os pontos foram retirados ontem, o que minha linda noiva
não sabe é que já voltei para Miami, não consegui ficar longe por muito
tempo.
Mas durante o tempo que fiquei em Vegas consegui concluir tudo
para que fizesse a mudança para a nova sede na nova cidade, convidei a
minha assistente para que ela pudesse vir e se manter sendo minha
funcionária, mas leal, e graças a Deus ela aceitou e me prontifiquei em
comprar um apartamento para ela, já que ela aceitou mudar toda a sua vida.
Depois de alguns dias ela conseguiu encontrar a Eva, e pelo que ela
descobriu hoje ela tem consulta com o seu filho e será hoje que a pego no
pulo do gato, e assim que descobrir tudo vou para casa para matar a saudade
da minha mulher que a cada dia sei que de medrosa ela nunca teve nada, na
verdade, ela é a mulher mais forte e corajosa que já conheci.
— Chefe, o detetive acabou de me avisar que ela já saiu de casa e
está indo para onde fica o consultório da pediatra. — Olho para minha
assistente que estava na frente da minha mesa.
Já havíamos mobiliado o meu novo escritório, faltava ainda os
diversos setores da empresa, mais em poucos dias tudo estará pronto para
receber os meus novos colaboradores e os que aceitaram vir para a sede.
Minha maior surpresa foi ver que o Luigi engatou um romance com
a Liza, e pelo pude ver eles estão muito felizes com o está acontecendo
entre eles, até mesmo o pai turrão dele a aceitou, Liza tem um jeito de falar
o que pensa e se for uma ofensa sai tão doce da sua boca que nem
percebemos, me diverti muito com eles e os convidei para passar alguns
dias aqui e conhecerem a Vanessa.
Arrumo o que precisava e vou para a garagem onde agora meu
motorista me esperava para que possamos ir onde à Eva estava, esse ponto
de interrogação está na hora de deixar de existir ou então apenas se resolver.
Uns dias atrás o meu sogro me ligou, parecia estar preocupado ao
que intendi, ele sofreu uma emboscada, mas conseguiu escapar ainda bem,
e me comprometi em parar de querer viver como o bilionário despojado,
pedi para a minha assistente que fizessem as contratações, então reforcei a
segurança da minha casa e contratei motoristas e seguranças especializados.
Finalmente chegamos ao prédio em questão, e não me passa
despercebido que o lugar onde a Vanessa deveria vir fazer a extensão da
faculdade dela, ela me disse que viria amanhã e estarei aqui com ela para
apoiar ela em mais uma conquista.
Me sento em uma das várias poltronas no saguão esperando por ela
descer, porque não faço ideia de qual andar ela estaria com o filho, fico
imaginando se esse bebê for meu como será por que tenho certeza que ela
não me quer por perto, principalmente por ela fugir daquela forma da
emergência.
Aguardo por mais ou menos uma hora e a vejo saindo dos
elevadores empurrando um carrinho com uma mantinha protegendo-o, me
levanto e vou andando de vagar para que ela chegue na rua.
Depois que ela passa pela porta percebo que a minha mulher estava
lá impedindo que ela saísse fugindo outra vez, mas quando a Vanessa me
ver chegando pela costa da Eva seu rosto ganha um tom de vermelho que
me faz acreditar que acabei de ganhar uma passagem para o inferno, dou
um sorrisinho amarelo para ela que apenas estreitas os olhos.
— Surpresa amor? — Puta merda, estou muito ferrado, Eva olha
para mim também surpresa, mas tinha algo mais no seu olhar.
— O que acham que estão fazendo, estão me seguindo agora? —
Eva fala com uma certa indignação.
Dou a volta e ponho a mão na base da coluna da minha mulher que
tenta se esquivar, mas seguro firme para que ela não saia do meu lado, onde
é o lugar dela.
— Estamos interessados em saber se esse bebê é meu ou não. — A
respondo com um tom seco. — Mas prefiro ter essa conversa em algum
lugar, mas reservado que no meio da rua onde todos estão nos vendo.
Ela olha para os lados e percebe que estamos chamando atenção, ela
suspira resignada e aceita minha oferta, seguro na mão da minha mulher
que se manteve calada até agora e indico o caminho, tem um parque logo ali
na frente e acho que será melhor lá do que em algum restaurante.
— Tudo bem, vamos logo acabar com tudo isso, assim posso viver a
minha vida sem me preocupar que apareça na minha porta ou no meu
consultório. — Ela sai empurrando o carrinho na nossa frente e ajudo a
Vanessa a andar com a perna ainda engessada, Jorge vinha logo atrás da
gente.
— Quando você chegou aqui? — Ela me pergunta baixinho e sinto
um beliscão na minha cintura.
— Aí amor, doe quando me aperta assim. — Dou um beijo em seu
ombro e seguro na sua mão. — Cheguei tem poucas horas, mas passei
primeiro no escritório e recebi a notícia que ela estava aqui, não fazia ideia
que você estava vindo. — Não conto a verdade por que ainda não sou
louco.
Depois de uma pequena caminhada chegamos no parque e
procuramos por algum lugar para nos sentar, Eva vai andando devagar com
o carrinho e quando chegamos aos bancos ajudo a Vanessa a se sentar com
aquele gesso que tiraremos hoje, finalmente.
— Me conte a verdade, Eva ele é meu filho? — Ela tira a manta que
cobria o carrinho e pega o bebê com cuidado e nos mostra.
É uma criança linda, bem cabeludinho e se parece muito comigo,
isso chama bastante minha atenção, sinto uma pressão na minha perna com
certeza a Vanessa também deve estar pensando no mesmo que eu agora.
Como é possível que seja meu.
— Vou contar para você, mas não me interrompa e assim que
terminar vou me levantar e irei embora. — Franzo as sobrancelhas e a deixo
falar.
— Amei você de todo o meu coração, sabia que estava no fundo do
posso e entendia seus motivos, sabia que só me chamava quando a sua
razão estava envolta nas porcarias que usava, quero acreditar que
finalmente esteja livre de tudo aqui, merece ser feliz Gustavo o amo
suficiente para que deseje que seja feliz mesmo que, seja com outra mulher.
— Olho para a Vanessa que se mantém concentrada no que ela está
contando e principalmente no bebê em seu colo.
— Foi muito difícil para mim ter que aceitar que não me queria para
algo mais que apenas algumas rodadas de seco, não conseguia aceitar que
amasse esse fantasma que eu via que atormentava suas noites a cada dia
enquanto eu estava ali, disposta a te dar o que precisava. — Lembro de
várias noites que eu transava com ela e gemia pelo nome da Vanessa.
— Depois que sai da sua vida resolvi mudar radicalmente de vida,
como tenho parentes que moram aqui, perguntei se poderia ficar por um
tempo, e aqui estou eu nessa cidade diferente. — Ela interrompe seus
pensamentos enquanto pega uma mamadeira e põe na boca do bebê.
— Continuava triste, então tomei uma decisão louca e não me
arrependo do que fiz, marquei uma consulta com um especialista em
fertilização in vitro, entreguei uma foto sua e disse que queria um bebê com
as suas características físicas, e em poucos dias estava lá para ser
fertilizada. — Ela beija a bochecha do pequeno no seu colo e se vira mais
uma vez para mim e minha noiva.
— Ele não é seu filho Gustavo, mesmo que eu desejasse muito, caso
não acredite podemos fazer um exame de DNA para que você não tenha
dúvida sobre o que acabei de te falar, não me arrependo nenhum pouco das
escolhas que fiz para a minha vida. — Ela o põe no carrinho outra vez e o
cobre com a mantinha.
— Peço perdão se as minhas atitudes fizeram que vocês pensassem
que meu filho fosse seu, na hora não pensei e fiquei envergonhada de
explicar o que havia acontecido, mas com o passar dos dias pensei em tudo
o que aconteceu e decidi esperar para que aparecesse na minha porta e
pudesse explicar, mas uma vez peço perdão agora preciso ir, já ficamos
muito tempo na rua.
Ela se levanta, sorri em nossa direção e sai caminhando em direção
a saída do parque, não sei o que pensar sobre tudo o que ouvimos, mas
mesmo assim pedirei para que a minha assistente marque um DNA para que
não tenha nenhuma dúvida de nada, enquanto penso sobre isso uma mulher
brava se vira na minha direção.
— Quer dizer que chegou essa manhã, certo? — Ela estreita os
olhos, ela sabe que estou mentindo, mas apenas confirmo com a cabeça.
— Amor, você não devia apenas vir amanhã para fazer a sua
matrícula. — Tento desconversar e um sorriso aparece.
— Sim, mas posso fazer isso amanhã, tive uma ideia que tal me
levar para a emergência para retirarmos esse gesso. — A safada sorri e sinto
a sua mão apertando minha coxa, enquanto ela morde seu lábio a deixando
sexy.
— Cadê nosso filho, meu amor? — Estou morto de saudade, mas
quero matar a saudade dela primeiro e se nossa casa ficar só para gente hoje
seria ótimo.
— Na sua mãe, o que tem em mente? — Ela me pergunta se
empolgando com as minhas ideias.
— Estamos a quase dez dias longe, quero matar as saudades
querida. — Ela começa a gargalhar enquanto eu a ajudo a se levantar e
vamos em direção ao carro para retirar esse maldito gesso.
Finalmente depois do tempo que ficamos presos na emergência, ela
tirou o gesso e o médico passou algumas recomendações e tentarei seguir
cada uma delas depois de amanhã, primeiro usarei esse corpo livre todinho
meu, chegamos na casa e ainda estava irritado com o enfermeiro que ficou
alisando a perna dela, aquele vestido que ela estava achei muito curto.
Levanto ela no colo e vou com ela em direção ao nosso quarto e a
coloquei na nossa cama, ela ria se divertido da minha atitude, assim que a
coloquei sentada na cama comecei a tira a minha roupa, e para não ter mais
raiva como tive hoje acabei rasgando o maldito vestido.
— Forbes, eu gostava desse. — Ela olhava para os pedaços do
vestido que estavam no chão.
— Pegue o meu cartão e compre quantos quiser, com tanto que seja
abaixo do joelho querida. — Olho para seus seios que estão cheios, ela
usava uma calcinha pequena de renda preta, hoje ela não me escapa.
Ela me empurra na cama, caio sentado e puxo ela para o meu colo
que vem de bom grado me beijando.
— Tenho uma ideia, amor espera aqui. — Ela sai de cima de mim
em pouco tempo ela volta com um par de algemas na mão, começo a rir.
— Me diz que dessa vez as chaves estão com você? — A safada ri e
mostra as chaves, é hoje que me perco nessa mulher.
M inha surpresa foi enorme
quando vi o Gustavo sair pela
porta giratória assim que
abordei a Eva com o carrinho do bebê dela, e ficou tão assustada quanto
fiquei olhando para ele que também a surpreendeu.
Mas que diabos ele está fazendo aqui, não deveria estar em Vegas
ganhando algumas fichas, porque era isso que o irmão dele e a Rosy
estavam me dizendo sempre que perguntava ou ligava sobre ele.
Enquanto vamos indo para o parque ele me dá a sua explicação, mas
não consigo acreditar nisso, sei que ele está aprontando alguma coisa e
descobrirei de uma forma de outra e sei como farei isso, sinto muito
querido, mas hoje ensinarei uma lição para você.
Enfim, conseguimos ouvir toda a história da Eva, e me sinto
péssima com isso, não consigo me imaginar criando um filho do cara que
amo, mas que não, não tem vinculo algum com essa criança.
Antes ela tivesse roubado o sêmen dele e ter feito realmente um
filho, mas como ele tem vasectomia, duvido que ela conseguiria gerar um
filho do Gustavo, mas, no fundo, sinto pena dela por isso, porque amar e
não ser correspondida deve ser horrível.
Tive sorte de encontrar um homem que me ama acima de tudo, que
me perdoou por tudo o que fiz ele passar e principalmente por não ter
deixado que ele participasse dos primeiros momentos do nosso filho.
Caso de alguma forma essa criança fosse dele, jamais que impediria
o convívio deles três, até porque é um vínculo que deve ser mantido e
estimulado, caso fosse necessário, mas graças a Deus não é.
Fomos para a emergência para retirar o gesso, enquanto esperamos a
nossa vez tentei tirar dele as informações de como foi durante esses quase
dez dias lá em Vegas, porque estou começando a pensar que ele mentiu para
mim e descobrirei por que ele fez isso, ou não me chamo Vanessa Carrillo.
— Forbes, conseguiu fazer a reestruturação que havia dito que
estava tentando fazer querido? — Ele mantinha o seu olhar focado em uma
revista sobre jardinagem e apenas concordou com a cabeça, estreito os
olhos e antes que faça outra pergunta somos chamados.
Ele me ajuda a levantar e vamos em direção a pequena sala para
retirar o gesso, um homem que tinha a altura do meu lindo noivo e faria
raiva para ele seria aqui.
— Pode se sentar aí, querido, o enfermeiro me ajuda a me sentar na
maca, não é mesmo rapaz? — Olho para o enfermeiro que deve ter
percebido a minha intenção e apenas concorda com a cabeça.
Sinto ele passar a mão pela minha cintura e me coloca sentada na
maca, e meu vestido soube alguns centímetros deixando minha coxa
amostra, e quando o moço precisou levantar, mas o meu vestido, vejo um
Gustavo furioso se levantando de onde estava e se colocando ao meu lado e
tirou a mão do homem de onde estava, quis rir, mas podia piorar a situação.
— Gustavo, que isso não vê que ele está apenas fazendo o serviço
dele, peça desculpas. — Ele me olha com uma carinha que não acredita que
acabei de falar para ele, mas se ele pensa que vai mentir assim para mim
está muito enganado, ele olha novamente para o enfermeiro.
— Se tocar na pele outra vez, como acabou de fazer, pode ter
certeza que cortarei a sua mão com essa tesoura que tem nas suas mãos. —
O enfermeiro fica branco com a ameaça, decido não fazer, mas ciúme, mas
sei bem o que vou fazer.
Ouvimos todas as recomendações médicas para que não seja preciso
voltar para o gesso tão cedo e cumprirei as recomendações à risca.
Chegamos a casa e minha sogra já tinha vindo aqui e dispensado os
funcionários e pelo visto o Gui só voltaria amanha de manhã, Gustavo me
leva em seus braços para nosso quarto e não consigo disfarçar a vontade de
que ele me faça sua sem impedimentos, mas ele primeiro vai me contar a
verdade do que aconteceu durante essa semana.
Assim que o deixo sentado na cama e vou até o closet, procuro pelo
minhas comprinhas para quando ele voltasse, porque conheço o homem
tarado que tenho e ama esse lado dele de Mr. Grey, volto segurando as
algemas e deixo as chaves na cômoda de frete da cama para que ele possa
ver.
— Dessa vez meu amor é você que vai ficar aí preso enquanto
danço para você. — Seus olhos brilham com a excitação do que prometi. —
Tire tudo, quero você livre para mim. — Continuo olhando em seus olhos e
ele retira o que faltava e revela que já tinha uma ereção.
Como também estou sem calcinha faço questão de me esfregar nele
enquanto subo na cama para prender ele na cabeceira, nossos lábios e
carinho mostra o quanto estamos com saudade, eu amo quando ele começa
a me beijar pelo meu queixo e suga a lóbulo da minha orelha.
— Vamos querido, quero me arrumar para você, me dê o seu pulso.
— Ele estica o braço e o prendo na cama se deixar apertado e repito o
mesmo processo com o outro, dou um beijo um pouco mais demorado e
rebolo em cima da sua ereção deixando que o contato o maltrate um
pouquinho, ouço o seu gemido e me sinto bastante satisfeita como consigo
enlouquecer ele.
— Tudo bem, vai e não demora, quero ver você dançar. — Apenas
sorrio para ele e saio de cima do seu corpo, e antes de entrar no nosso
banheiro resolvo tomar um banho para ficar cheirosa, hidrato a pele e
escolho a minha menor calcinha de renda e pego o meu Ricardão, porque
duvido que ele não me diga a verdade quando perceber o que decidi fazer,
pego meu robe preto transparente com vários peixes japoneses e na altura
da minha coxa deixando minha bunda praticamente amostra.
Entro no quarto apenas com o Ricardão na mão, o sorriso dele morre
quando ele percebe o que tenho na mão, e tenta se levantar da cama, viro de
costa para ele enquanto ligo o som e coloco uma música sexy para tocar.
Retiro o palito que estava prendendo meu cabelo, caindo em cascata
pela minha costa, solto meu robe e deixo cair no chão e rebolo ao só da
música que estava me deixando excitada, começo a tocar meu corpo para
que ele perceba que também estou gostando do que estou fazendo, quando
minha mão vai para o Ricardão, ouço seu protesto.
— Nem pense nisso querida, se vire e olhe para ver como estou
esperando por você. — Olho por cima do ombro e vou andando até a
poltrona que tem ao lado e resolvo puxar ela para frente da cama, quando
ela já estava na posição que eu queria, começo a dançar para ele ficar mais
excitado ainda.
Quando me canso resolvo me sentar e ligo me Ricardão e olho para
meu querido noivo que tinha uma ereção tão grande que podia ver ele
pulsando, sabia que assim que eu sentasse nele ele iria gozar, mas agora
quero informações e homem assim não pensa, ele me olha desconfiado
quando abro as pernas e mostro para ele a minha intenção.
— Querida, não precisa disso, vem senta aqui meu amor, estou com
saudades, vem cá colombiana. — Nego com a cabeça.
— Quero a verdade Gustavo, o que foi fazer em Vegas? — Vejo ele
mudar de cor, e engolia a seco, me provando que ele fez algo que não quer
que eu saiba.
— Que verdade, não menti para você, meu amor. — Volto a abrir as
pernas e deixo que o meu Ricardão faça o serviço dele, mas antes que eu
goze paro.
— Cada mentira sua usarei ele, OK? — Ele nega com a cabeça. —
Porque foi a Vegas? — Ele olha para as algemas com um certo desespero.
— Meu amor, não estou mentindo… — Nem o deixo terminar e
volto a sentir as vibrações no meu clitóris, e novamente antes do meu
orgasmo eu paro. — Tudo bem, falo, mas pare com isso, seu prazer é meu e
não desse troço de pilha aí. — Seu rosto era de fúria, mantenho ele ligado e
olho para o meu noivo que parece frustrado.
— Me solte e conversaremos tudo bem? — Nego com a cabeça por
que sei que assim que o soltar ele não vai me contar.
— Pode começar a falar ou te deixo aí preso a noite inteira e seu
saco ficará roxo, por excesso de tesão. — Ele sorri de canto e aproximo o
vibrador da minha intimidade.
— Fiz a cirurgia para desfazer a vasectomia, por isso viajei não
queria que descobrisse ainda. — Fico em choque com o que ele fala.
Me levanto da poltrona, pego as chaves para soltar ele e conversar
sobre esse assunto, vou engatinhando em cima dele e o solto, enquanto ele
me enlaça entre seus braços.
— Gustavo, esse tipo de coisa precisamos conversar meu amor, não
pode ser algo que realiza assim sem falar com ninguém. — Não quero nem
imaginar e se algo tivesse dado errado.
— Não pensei por esse lado, mas não queria te contar por que nem é
certeza que voltei a ser fértil, o médico disse para fazer um espermograma
daqui a uns dias, fui para longe por que tinha que manter sem relações e
perto de você não consigo. — Seguro em seu rosto e apenas o beijo com
carinho e demonstro a ele o quanto o amo.
— Obrigada, amor, por estar fazendo isso por nossa família. — O
sorriso dele fica maior e começa a me beijar meu pescoço e as coisas
voltam a esquentar novamente, e sem perder tempo me encaixo nele e solto
um gemido alto de prazer, porque estava bem próximo de chegar meu
orgasmo.
Ele segura meu rosto, olhando fixo em meus olhos.
— Me perdoe, devia ter perguntado antes. — Mexo um pouco mais
rápido em sua extensão.
— Quero muito filhos com você Forbes, agora me fode e me faça
sua sem nada para nos impeça.
Ele apenas sorriu quando me ouvi e nos girou na cama para me
penetrar com vontade entrando e saindo, segurou em meus pulsos enquanto
sugava seus seios que estavam empinados para que ele os tocasse, fecho os
olhos e fico sentindo o que ele me oferece, abro os olhos quando sinto que
meu orgasmo estava a ponto de explodir em volta da sua ereção.
— Gusta, forte estou perto… — Inclino a minha cabeça para trás e
me deixo ser transportada para o lugar aonde vamos quando relaxamos após
um orgasmo.
Ele continua se mexendo, a procura do seu prazer e me deixando
desejosa mais ainda por ele, que percebe que meu tesão está voltando, então
ele me põe de quatro mais por fim me leva para a poltrona e nos vira para o
espelho de corpo todo, que temos no quarto.
— Senta aqui amor, sei que está louca para rebolar em mim. — Fico
sorrindo para ele e me sento de costa para o seu peito nos encaixando. —
Porra de mulher gostosa.
Enquanto subo e desço conforme o ritmo que ele determina sinto
outro orgasmo se aproximando, ele conhece meu corpo e sinto apenas ele
puxando meu corpo para mais perto do dele e massageando meu clitóris.
— Goze querida, porque agora é a minha vez, meu amor. — Meu
orgasmo vem forte, fazendo que aperte os braços da poltrona, me deixando
franca e com os pensamentos aéreos.
Meu homem, Forbes, chega ao seu ápice e encosta a sua cabeça na
minha costa e recuperamos o nosso folego, mas a gargalhada dele rompe o
silêncio do nosso quarto.
— Apenas comecei minha colombiana, vem para o chuveiro para
inicia o segundo round. — Eita, que vou ver o sol nascer hoje, mas serei
feliz.
M al dormir e me levanto para
preparar o café da minha linda
morena que depois de um
tempo implorou para que a deixasse dormir, mostrei para ela que não
precisa daquele vibrador, sou mais que suficiente para dar o que ela precisa.
Aproveitei que estava descendo, peguei o maldito vibrador e o
enrolei em uma toalha, iria jogar ele na lixeira lá fora, quero ver ela achar
essa porcaria agora, antes de sair do quarto confiro para ver se ela realmente
está dormindo, beijo sua bochecha e ela nem se mexe.
No andar de baixo estava satisfeito vendo o caminhão de lixo
levando aquele objeto proibido para longe da minha mulher, com um
sorriso satisfeito volta a minha atenção para as panquecas que estava
preparando.
Arrumo tudo em uma bandeja e sigo para o nosso quarto para
acorda minha colombiana, quero pegar meu pequeno, estou com saudades
dele.
Nunca imaginei que em tão pouco tempo aquele garotinho me teria
em suas mãos, e o vejo a cada dia amadurecendo e aceitando a sua nova
rotina, tenho que conversar ainda com a Vanessa como faremos em questão
a certidão dele, que tem apenas o nome dela e o sobrenome Díaz.
Sei que meu sogro ficaria muito orgulhoso se ela aceitar em usar
Carrillo, mas acredito que só ficarei tranquilo se ele puder nos garantir que
não terá perigo para eles.
Entro no quarto devagar, ela ainda está dormindo, mas sei que ela já
acordou, seu celular está no travesseiro, coloco a bandeja na mesa e vou até
onde seu pescoço estava exposto, um gemido baixinho escapa por seus
lábios.
— Bom dia, meu amor, preciso que acorde. — Ela franziu a sua
sobrancelha e puxa a coberta para o seu rosto.
— É cedo, Gustavo, o que precisa ser tão cedo assim? — Puxo a
coberta e beijo a pontinha do seu nariz.
— Nosso filho, é muito novo para dormir fora de casa. — Ela
arregala os olhos e olha lá para fora.
— Que horas tem, céus ele deve estar dando trabalho para a sua
mãe. — Percebo o quanto ela fica agitada, decido me sentar ao seu lado na
cama.
— Não precisa ficar agitada assim, sei que ele deve estar dando o
trabalho que a minha mãe adora. — Seguro ela entre meus braços, puxando
para o meu coloco e seus seios ficam a mostra.
— Se ficar fazendo isso, não sairemos desse quarto e ainda estou
cansada. — Mesmo não vendo o seu rosto consigo imagina ela fazendo uma
careta de cansada, melhor parar já que estou me excitando.
— Tudo bem, então tomamos o café e daqui a pouco vamos lá pegar
nosso herdeiro. — O que me faz lembrar. — Querida, quero dar meu
sobrenome ao nosso filho, mas precisamos resolver como será o seu nome.
Ela fica uma pouco mais tranquila nos meus braços enquanto faço
um carinho nela.
— Será que não teremos problema com isso, sei que se você quiser
tudo se resolve em menos de uma semana. — Há isso sem dúvida alguma.
— Carol é teimosa, parece que ela quase matou ele quando apareceu
na casa dela de madrugada, mas não sei falar muito o que houve, eles foram
hoje para Nova York. — Fico pensando nisso, eles são teimosos.
Sei que a Carolina só sossegará depois que descobrir o que
realmente aconteceu naquele quarto e duvido muito que a raiva dela não
diminuir com o que ela fez com aqueles homens, Vanessa me contou tudo o
que aconteceu.
Espero que ela pense, nas consequências de como ela talvez esteja,
já não é, mas nenhuma novinha, ela que não saiba meus pensamentos.
Quando meu irmão me ver, ele tenta bater na minha recente cirurgia,
mas a Vanessa intervem.
— Olha só a dona Carrillo defenderá o noivinho fraco dela. —
Abraço ela por trás, enquanto ela aceita uma cerveja da minha mãe.
— Falando nisso, Edu, gostaria de ser reconhecida pelo meu nome.
— Todos olham para ela com carinho, minha mãe é a, mas amarosa de
todos e abraça ela com amor.
— E como será seu nome a partir de agora minha nora.
Ela se vira em minha direção e estende a mão que pego com
orgulho.
— Prazer me chamo Vanessa Carrillo.
O sorriso dela está feliz e sei que ela não terá medo de dizer quem
ela é a partir de hoje, a Díaz deixa de existir na sua vida agora.
Mas logo ela será a senhora Lira.
N ossa vida começou a andar nos
trilhos como deveria ser há muito
tempo, comecei a fazer a minha
extensão e em alguns meses estarei oficialmente liberada para poder
trabalhar como advogada, mas vira e mexe dou uma força para a Rosy, a
assistente do Gustavo.
Para a nossa surpresa ele tem se tornado um homem cada vez mais
importante aqui em Miami e vem recebendo propostas para entrar na
carreira política, acho que é um grande passo para ele, mas se ele decidir
que vai se aventurar nessa vida estarei aqui ao seu lado independente se seja
meu Forbes ou, meu deputado.
Enquanto estou aqui estudando, Letícia se propôs a cuidar do
Guilherme, como sempre soube a família do meu noivo receberia meu filho
de braços abertos, mesmo que de vez enquanto eles me lembrem que tirei
os primeiros anos de convívio deles, e me cobrem um bebê para compensar
essa minha falha.
Falando nisso, tem quase um mês que o Gustavo fez a reversão da
Vasectomia e hoje ele vai à clínica pegar o resultado do exame para saber,
como ele mesmo diz. “Meus peixinhos livres”.
Minha aula termina e tinha resolvido me encontrar com a Bia e a
Cleide para ir comprar algumas coisas para as crianças que estavam
precisando, mando uma mensagem para a minha sogra avisando que logo
chegaria para pegar o Guilherme e preparar o jantar para o amor da minha
vida.
Marcamos de nos encontrar na praça de alimentação do shopping
que fica próximo do consultório das meninas e sigo para lá olhando
algumas vitrines e uma lojinha de roupas infantis me chama atenção, para
quem sabe uma ideia no futuro.
Avisto as meninas e assim que me aproximo vamos para onde elas
precisam ir, e iniciamos uma conversa sobre o meu casamento que
iniciamos os preparativos.
— Então Vanessa o que já escolheu para como será o seu dia? —
Bia me pergunta olhando algumas blusas para a Adam.
— Então a cerimonialista vem no sábado com algumas ideias para
que tudo já tinha passado para ela. — Vejo uma blusa do Miami Marlins
que pego para o meu menininho.
— Mas já decidiu se vai fazer algo grandioso ou intimista? —
Passei semanas discutindo isso com Gustavo.
— Bia, prefiro algo, mas intimo principalmente porque escolhi usar
o sobrenome da minha família até que finalmente me case e assuma o
sobrenome Lira. — Ela começa a rir e um cheiro forte de gordura enjoa
meu estomago me correr para um cesto de lixo próximo.
— Xi Vanessa, acho que esse casamento terá um convidado extra.
— Cleide segurava meu cabelo, enquanto continuava a vomitar.
Não tem como estar grávida, ou será que deu certo, um sorriso surge
no meu rosto enquanto as meninas me ajudam com a bagunça que fiz na
loja e peço perdão para a atendente que se aproxima toda carinhosa.
— Tiraremos as dúvidas, no andar de baixo tem uma farmácia. —
Vejo a minha cunhada toda empolgada, enquanto a Cleide pega todas as
nossas escolhas e vai ao caixa pagar.
Em poucos minutos estávamos em um banheiro para que fizesse o
teste, me sentia ansiosa e muito feliz, acho que surpreenderei meu noivo
mesmo antes que ele possa abrir o envelope com o exame que ele fez, saiu
do cubículo com os três testes na mão e com duas mulheres ansiosas na
minha frente.
— E aí, é positivo? — Elas perguntavam ao mesmo tempo,
enquanto outras pessoas passavam por trás da gente, com um sorriso para
mim.
Deposito os testes na bancada da pia e nos três nos aproximamos
para que possamos ver o que tinha lá.
Um sentimento de felicidade me preenche de amor e carinho, sou
rodeada por abraços e pequenos gritinhos, mesmo que a Cleide agora esteja
para ter a sua pequena filha.
Começo a chorar de felicidade, olhar para aqueles testes, me sinto
realizada, darei aquilo que o Gustavo teria com o nosso filho se tivesse tido
coragem e dito a ele que estava gravida em vez de fujir, dessa vez darei para
ele da forma mais clichê possível.
— Meninas, vamos, preciso comprar algumas coisas para que possa
contar para o Forbes. — Recolho os testes e ponho na minha bolsa e saio
puxando as duas que estão eufóricas ainda e volto na loja que observei a
blusa.
Aproveito que estamos por lá e compro mais algumas coisas para
decoração, hoje é um dia especial e quero surpreender o meu homem hoje.
Depois que compro tudo o que quero, peço para que mantenham segredo e
ela prometem que não, falaram nada e vamos para casa da minha sogra para
poder pegar meu filho.
Assim que chegamos a casa resolvo mandar mensagem para meu
Forbes.
Vanessa: Querido, hoje tem alguma coisa importante para fazer
depois do trabalho?
Fico esperando-o me responde e em alguns minutos ouço o barulho
da notificação.
Forbes: Oi querida, teria um coquetel para ir, mas como já recebi o
resultado do exame quero abrir ele com você o mais rápido possível com
uma taça de vinho e quem sabe com aquela lingerie nova que sei que
comprou.
Como a rir do homem safado que tenho em casa.
Vanessa: Tudo bem, então venha direto para casa que estarei
usando essa lingerie que viu, prepararei o nosso jantar, te amo.
Forbes: EU te amo, chego as 18 h.
Nosso jantar estava quase pronto, então dou um banho no Gui para
vestir a roupinha nele e arrumar a casa para a surpresa para ele.
— Mamãe, cadê o papai? — Ele me pergunta pela milésima vez,
enquanto está sentado no sofá e estou preparando a surpresa na sala com os
balões que havia comprado.
— Papai daqui a pouquinho está chegando meu amor. — Olho mais
uma vez para meu menininho dos olhos azuis que se divertia, assistindo
desenho.
Depois de algumas horas com tudo arrumado, estamos na sala e
observo os balões rosa e azul que estavam amarrados em ursinhos, deixei a
casa um pouco mais escura e pedi silêncio para o Guilherme que estava no
meu colo empolgado para fazer surpresa para o pai dele que acabou de
chegar e estava entrando em casa.
— Querida, cheguei… porque está aí tudo escuro. — Ouço ele
tropeçando em algum brinquedo do nosso filho que está pela entrada.
— Vai lá com o papai, meu amor e mostrei para ele a sua camisa
nova. — Sussurro para o Gui que estava louco para ir até o pai.
Saio da sala e vejo o Gustavo se abaixando para pegar ele no colo e
um sorriso enorme no seu rosto, vou caminhando até ele que ainda não
percebeu o que o Guilherme estava vestido e nem os balões espalhados pela
sala.
O Gui puxa ele pelo tecido da calça em direção a sala.
— Oiá papai. — Quando ele consegue levar ele até a sala e ouço o
grito dele. — Surpresa papai.
Guilherme corre por toda a sala mostrando toda a decoração que
havia feito para surpreender o dono do meu coração, e quando finalmente
ele mostra tudo para na nossa frente, eu segurava na mão do Gustavo e
estava ansiosa para que ele percebesse o que estava acontecendo, Gui parou
na nossa frente e mostrou a camisa para o pai.
— Mamãe me disse que minha missão era a mais importante. —
Gustavo me olha com um sorriso bobo no rosto e se abaixa para ler o que
estava escrito.
— Mamãe está guardando mais um elo da nossa família. — Ouço a
voz baixinha dele que me olha com lágrimas em seu rosto, me abaixo e
entrego a caixinha com os testes de gravidez e um cartão dentro.
Ele abre a caixinha e lê o cartão que estava por cima.
— De todas as coisas positivas que tive em minha vida, o teste foi o
melhor, de sua colombiana. — Ele pega nosso filho no colo e me abraça.
— Sério amor, estamos grávidos? — Segurei em seu rosto com meu
melhor sorriso e fiz um carinho na sua barba, sua voz estava embargada de
emoção, eu mesmo não consigo segurar muito e solto algumas lágrimas.
— Sim, amor. — Seu beijo tinha muito carinho e ternura, ele
enxugou minhas lagrimas.
— Porque estão chorando, estou com fome. — Nosso filho tentava
sair do colo do pai tirando risadas de mim e do pai que agora me abraçava e
olhava em meus olhos.
— Então esse envelope, não significa, mas nada para mim, meu
amor, já que meus peixinhos alcançaram o grande prêmio. — Começo a rir
da analogia que ele sempre faz.
— Acho que não faz, mas sentido amor. — Pego a sua mão e coloco
na minha barriga.
— Pode ter certeza que mimarei você muito mais agora. — Ouço
ele falando, seguro em sua mão e vamos para a cozinha onde tinha um
menino faminto nos esperando.
Ligo para o meu pai e conto as novidades para ele, que fica muito
feliz e me confirma que até o casamento ele deve estar vindo para passar a
semana aqui com a gente, depois ligamos para o Miguel que agora assumiu
sua verdadeira identidade, me surpreendo em ver a Nik na cozinha
preparando o jantar para eles e dou a notícia de mais um integrante da nossa
família.
— Irmã em dois dias estaremos aí, vamos para um hotel, não precisa
se preocupar. — Gustavo o interrompe.
— Negativo, vocês vêm para a nossa casa, nada de hotel. — Eles
começam a rir, fico feliz que tudo em ver que eles estão aproveitando essa
nova fase do relacionamento deles e louca para conversar com meu irmão
também.
— Tudo bem, nos encontramos aí, então, até logo. — Desligamos e
volto a minha atenção para nosso filho que terminou seu jantar e já tinha
uma carinha de sono.
Deixo o Gustavo cuidar do nosso pequeno e vou para o nosso quarto
com o envelope que ele deixou no balcão, visto a lingerie que ele disse e
pego um dos vibradores que fiz ele me ajudar a escolher no sex. Shopping
depois que ele jogou fora meu Ricardão.
Estava deitada com meus seios a mostra e todos nossos
brinquedinhos a mostra, o envelope aberto na minha mão, a porta se abre e
ouço a respiração de surpresa dele quando me vê semi nua, balanço o
resultado do exame dele nas mãos e ele vem andando devagar tirando a
roupa dele em minha direção.
— O que tem escrito aí, amor. — Os beijos dele começam pela
minha perna, e solto um suspiro de prazer quando o vejo cheirando a minha
intimidade, deixa um beijo em meu ventre. — Papai está muito feliz em
saber que já está aí dentro pequeno Nemo.
Começo a rir, enquanto ele continua a beijar meu corpo e alcança
meus lábios.
— Sério mesmo, Nemo? — Ele rir, e mostro o exame para ele. —
Seus peixinhos estão livres para nada para fora da represa, meu amor.
— Acho que já percebi isso colombiana, agora vem cá quero brincar
com você um pouquinho.
Mas um membro na nossa família, não poderia estar mais feliz.
N o dia seguinte contamos para a
família que estamos esperando o
Nemo 2, Vanessa se surpreendeu
com a alegria geral da família, mas conseguia ver o que ela estava triste
com alguma coisa e não estava entendendo o porquê.
Decidi fazer um brigadeiro e escolhi algumas frutas para tentar
alegrar a minha mulher que estava ali na sala assistindo um desenho com o
nosso filho e está se desfazendo em lagrimas por algum motivo.
Com tudo pronto me sento ao seu lado e lhe entrego uma colher e a
panela com o brigadeiro e quando ela me olha seu nariz estava vermelho de
tanto ela esfregar pelo seu choro, nosso filho pula por cima dela e senta no
meu colo pegando os potes de frutas que havia levado.
Olho para ela e faço um carinho em seu cabelo, na esperança que ela
me fale o que está acontecendo que seja no seu tempo, não quero forçar ela
falar nada que não tenha vontade.
— Não precisa me olhar assim preocupado Gusta. — Olho, mas
uma vez para ela e apenas sorrio sendo gentil.
— Não estou preocupado colombiana, mas tem dias que está assim
meu para baixa. — Ela encosta a cabeça no meu ombro e põe uma colher
generosa de brigadeiro na boca e fecha os olhos saboreando.
— Estou com saudades do meu irmão, ele disse que estaria aqui em
poucos dias e já tem uma semana. — Depois que falamos com ele,
soubemos pelo Hector que ele precisou que o Miguel fosse para Bogotá
para realizar a mudança de documentos, e ainda não voltou.
— Você sabe que se ele estivesse com algum problema, já
saberíamos, então pare de ficar preocupada. — Não gosto de mentir para
ela, mas prometi para o Hector que a manteria a salvo e como ele resolveu
ajudar a Carolina com o problema dela, então estou aqui de mãos atadas e
protegendo a minha mulher.
— Tudo bem, espero que eles cheguem para o nosso casamento ou
não vou perdoar ele. — Ela faz outro biquinho e volta a presta atenção ao
filme, mas algumas lágrimas escapam e fico quieto para não deixar ela
envergonhada.
No final do dia recebemos a visita da equipe que está organizando o
nosso casamento, escolhemos fazer na casa da minha mãe, já que a seu
jardim é maior que o nosso, quero fazer os gostos da minha mulher e
principalmente nos manter seguros, sou um homem conhecido e mesmo que
não goste muito tem muita gente que adoraria conseguir alguns milhões
meus.
Observar a minha mulher feliz com tudo o que a mulher trouxe para
mostrar para ela me deixa satisfeito, mas no meio da nossa reunião atendo a
ligação do meu sogro, sendo algo bem incomum, me afasto o máximo que
posso e o atendo.
— Oi, Hector, qual o problema? — Só logo direto para que ele me
diga o que está acontecendo.
— Estou indo para Miami hoje para curtir o casamento de vocês,
mas os seus amigos Bruno e Carolina não poderão comparecer e eles me
pediram para pedir milhões de desculpas... — Ouço toda a explicação que
ele tem que dar e entendo os motivos da falta dos dois.
Se eu pudesse desmarcar o casamento para que eles estivessem
presentes faria isso, mas com os problemas tão sérios eles acharam melhor
evitar contato com muitas pessoas para que não se tornem alvos.
— Tudo bem, intendi a situação, vou deixar os seguranças e carros a
sua esperar na pista de pouso. — Ouço a voz do Miguel falando com
alguém, mas não consigo compreender.
— Muito obrigado meu genro, devemos chegar de madrugada e se
puder não falar nada para minha hija eu agradeceria em fazer essa surpresa
para ela. — Ela vai adorar isso e concordo com ele.
Desligamos nossa ligação enquanto o ouvia dizendo que já
poderiam decolar, volto para a sala onde a Vanessa estava entendendo como
seria a programação das coisas para a semana do nosso casamento, havia
reservado o hotel para algumas pessoas que precisei convidar, mesmo que
fosse contra meu gosto.
— Algum problema querido? — Ela se levantou se esquivando da
cerimonialista e olhou em meus olhos, percebi a sua preocupação.
— Nada tão sério, apenas o Bruno que me disse que não vão poder
vir para o casamento e ele disse que você iria entender. — Dei de ombros
por que essa parte do recado eu não entendi, ela franziu o cenho e logo
começou a rir e vi alivio em seu rosto.
— Está tudo bem, não se preocupe, mas tarde ligo para a Carol e
direi para ela que está tudo bem. — Ela me dá, um selinho e fico sem
entender o que está acontecendo.
Enquanto ela volta para o lado da mulher que estava informando
tudo para ela, sigo para a cozinha e dispenso a nossa funcionária por hoje,
quero fazer alguma coisa para o jantar e aproveitar que estamos sozinhos, já
que meu pai aproveitou que foi na farmácia e já veio aqui e levou o
Guilherme com ele, no carro estavam a Helena e o Adam animados para
brincarem juntos, arrumei ele e apenas disse" Tchau papai".
Parece que ele gostou de como agora a nossa família é grande,
sempre prefere estar com eles que em casa que não tem com quem brincar,
faço uma jantarzinho leve, escolho um vinho algum tempo depois minha
noiva aparece na porta da cozinha com um vestido todo bordado que ela
ganhou uns tempos atrás, com um sorriso enorme.
— Hum hoje o meu noivo é meu cozinheiro? — Ela se aproxima e
olha para o que tem nas panelas.
— Pode parar de ficar mexendo no que ainda não é de seu interesse,
agora venha aqui e me dá um beijo. — O sorriso safado dela fica maior e
passa os seus braços pelo meu pescoço e encosto nossos lábios com
carinho, não quero aprofundar o beijo porque se não iremos jantar.
— Que tal a sobremesa antes do prato principal. — Começo a ri,
porque atualmente essa mulher está mais tarada que o normal.
Agarro ela pela cintura e a sento na ilha que fica no meio da nossa
cozinha, subo o seu vestido e sem vergonha estava nua revelando a sua
intimidade lisinha, olho para ela que baixava a alça do seu vestido e um dos
seus seios ficam expostos, arranco a minha camisa e sem muito paciência
começo a sugar seus seios que estão tão lindos empinados por mim, começo
a me masturbar para diminuir a tensão que estou sentindo.
Puxo seu quadril para mais perto enquanto ela geme de prazer no
meu ouvido, deixo o seu corpo na ilha de mármore enquanto levanto todo o
seu vestido e encontro passagem para sentir o seu sabor que parece que tem
ficado cada vez mais adocicado, separo seus lábios e observo o quanto ela
está brilhante devido à sua excitação, passo a língua por toda a sua extensão
deixando ela mais sensível que estava e me sinto orgulhoso de dar prazer a
minha mulher, enquanto chupo a sua intimidade coloco dois dedos dentro
dela e faço movimentos de entra e sai a sinto quando a sua musculatura
libera o seu orgasmo todo na minha língua e ficou louco de tesão por essa
mulher, que está rendida a mim em cima da nossa mesa.
Olho para seu rosto suado de prazer enquanto ela massageia os seus
seios aumentando o seu desejo pelo meu toque, e não resisto, mas ficar
olhando, tiro o que me falta de roupa e entro nela sem pedir, quando olho a
sua boquinha em um O perfeito de prazer, pela invasão que acabei de lhe
dar, coloco minha mão em sua cintura e faço um carinho no seu ventre e sei
que ela está feliz com meu gesto.
Sua intimidade me aperta me deixando a beira de chegar ao meu
ápice, mas ela ainda não está pronta para que eu goze, continuo socando a
sua intimidade sem muito carinho por que ela gosta quando sou um pouco
mais bruto com ela e estou aqui apenas para satisfazer essa mulher fogosa
que amo dizer que é minha.
Quando ela libera todo o seu orgasmo eu me deixo ir com ela, não
quero demorar muito, estamos na cozinha e não quero ninguém nos vendo e
principalmente, porque está passando da hora de alimentar os dois.
Um sorriso satisfeito surge em seu rosto e me apoio na sua barriga
para recuperar o meu folego porque ultimamente ela vem me tirando cada
gotinha de energia que tenho, mas esse assunto não tocarei ou ela inventa de
usar aquele monte de vibradores que até hoje me dão dor de cabeça.
— Que tal um banho antes do jantar, meu amor? — Pergunto para
ter certeza, ela ainda estava de olhos fechados. — Pode acordar, banho
primeiro e depois jantar.
— Que tal jantar e subimos para um banho e depois descansar um
pouco. — Ela solta um bocejo e fico com dó e aceito sua proposta, ajudo
ela a descer do balcão e começo a nos servi, recolho a minha camisa e deixo
de canto para depois subir com ela.
Jantamos tranquilos e não conto para ela sobre a nossa visita que
deve estar chegando em algumas horas, depois que terminamos limpo a
cozinha e vamos para o quarto e resolvo tomar um banho de banheira, ela
prepara tudo e entramos, conversamos sobre algumas coisas que ela decidiu
com a moça para o casamento e quando a água começou a esfriar saímos e a
vejo indo para a cama apena com o seu robe de seda, desligo as luzes e
deixo o meu celular na cabeceira na espera para receber meu sogro e meu
cunhado, acabo pegando no sono agarrado com a minha gravidinha.
Acordo de madrugada com o seu grito que vinha do andar de baixo,
desci desesperado para o andar de baixo e sou surpreendido com ela com
uma sobrinha na mão na ameaçando alguém, vou andando devagar e entro
na sua frente para olhar quem estava na nossa cozinha.
E a surpresa é quando ligo as lâmpadas.
D epois que servi a sobremesa
para o meu marido, ele
consegue me levar para nosso
quarto, tomamos um banho relaxante com vários óleos e essências para me
deixar bem calma e tranquila, ideias da minha cunhada, mas que até que
estou gostando, consigo dormir tranquila.
Durante a madrugada a vontade de fazer xixi me incomoda, tento
levantar sem acordar o Gustavo, tenho ultimamente tirado até a última gota
de energia dele, às vezes até fico com pena, mas tem horas que o tesão é tão
grande que não consigo resistir aqueles ombros largos e aquela mão que
sabe me apertar e massagear nos lugares que me faz me derreter por
completo, paro de pensar nisso e vou para o banheiro em silêncio.
Mas sou interrompida por um barulho que vinha da minha barriga,
olho para meu pequeno Nemo que está crescendo dentro de mim e falo
baixinho para não acordar o pai dele, e como sei que ele dispensou todos
hoje, desço apenas de camisola para a cozinha para preparar algo para
alimentar esse esfomeado que está dentro de mim.
Saio do quarto sem fazer barulho e deixo meu dorminhoco na cama,
com a porta encostada e entro no quarto do meu filho, sinto falta de quando
ele não está em casa e cheiro seu travesseiro, minha barriga ronca outra vez
me tirando um sorriso.
— Tudo bem, já estou indo te alimentar e se contente com uma
maçã. — Coloco a mão na minha barriga e antes que desça completamente
a escada escuto um barulho vindo da cozinha, pego uma sobrinha que tinha
ali perto e vou andando até onde ouvia o barulho, podia ser algum animal
que entrou.
E quando vou chegando e percebo que não é nenhum animal e sim
um visitante desconhecido dou um grito até sentir que meu pulmão
explodirá, a pessoa se assusta, é um homem alto que deixa algo cair no chão
com o susto.
— Me desculpe... — Ele fala e sinto o Gustavo atrás de mim,
pegando a sombrinha da minha mão e me colocando atrás dele, em pouco
tempo percebo que estou cercada pelo meu pai e meu irmão só de cueca e
de cara amarrotada me surpreendo vendo os dois segurando uma arma.
— Oi, não sabia que viria, e o que está fazendo aqui em casa Bruno?
— Gustavo fala assim que ligamos as luzes.
— Espera aí, minha casa está cheia de gente e eu não sabia que
iriam chegar por quê? — Todos começam a rir e entro mais na cozinha para
fazer meu lanche, ainda estou com fome.
Miguel se aproxima, beija minha testa e percebo que ele está com
alguns pontos na testa e diz que está muito cansado e precisa dormir.
— A Nik veio? — Ele apenas concorda com a cabeça e o vejo
voltando para onde deve estar dormindo no andar de baixo, me viro em
direção do Bruno, coloco as mãos na cintura e espero que ele me explique
porque estava assaltando minha geladeira.
— Seu casamento é em poucos dias, e a Carol disse que não poderia
deixar de participar e sem contar que o Gustavo me ajudou muito quando
precisei, apenas tivemos um pequeno problema no caminho, por isso disse
ao seu pai que não iriamos vir. — O que me lembra que meu pai estava na
cozinha também, me aproximo dele e vejo que tinha um curativo no ombro.
— Está tudo bem com vocês? — Olho para todos que estavam na
cozinha e todos se entreolham e param com o olhar no Gustavo, então
percebo que estão escondendo algo de mim.
— Então quem vai começar a falar, ou precisarei ir acordar a
Carolina? — Bruno começa a rir e passa por mim.
— Tenta a sorte, ela está no hotel, se conseguir convencer ela eu te
agradeço. — Ele não parece triste, tem algo de diversão na sua fala.
— Hija, não aconteceu nada que você precise se preocupar, o
problema é comigo e com a Madame Suíça e estamos aqui seguros aqui,
por favor não se preocupe, tudo bem? — Olho para o Gustavo que levanta
as mãos em defesa.
— Amor, juro não sei de nada, meu sogro disse que a Carol não
vinha e estou tão surpreso quanto você com isso. — Sei que ele não
mentiria para mim, decido deixar isso de lado e dou a volta na ilha da
cozinha e vou preparar meu lanche.
Meu pai se senta na banqueta e sorri para mim, Gustavo se senta do
seu lado e os dois começam a conversar enquanto me veem comendo
devagar.
— O que aconteceu lá, Hector? — Gustavo está tão curioso como
estou.
Meu pai me olha e vê que minha atenção se voltou para a conversa
deles dois, vejo ele respirar fundo e arruma os cabelos grisalhos que
teimavam cair em seu rosto que estava bem cansado da viagem.
— Depois que a Carol e o Bruno chegaram a minha casa, eles
decidiram tirar algumas dúvidas e embarquei nessa missão com eles. —
Missão, Carol e Bruno juntos, então eles se resolveram?
— Seu irmão foi para entender como algumas coisas funcionam e
sem contar que com a amizade com a família Alcântara eles nos
propuseram fazer parte da sua organização, e aceitei porque não quero fazer
inimizades com nenhuma casa, justamente por sua causa que a quero
segura. — Sorrio para o meu pai e segura a sua mão agradecida pelo que ele
está fazendo por mim.
— Então agora os Carrillo fazem parte da máfia e obedecem ao
conselho para qual a Carolina trabalha? — Pergunto a ele que apenas
balança a cabeça concordando.
— Carol tem uma ideia bem grandiosa para o futuro, que não posso
contar a vocês agora, mas se algum dia precisar acho que a ajuda de vocês
seria de grande ajuda, por enquanto apenas se mantenham seguros e
faremos que você seja eleito será útil no futuro. — Meu pai fala diretamente
com o Gustavo.
Conheço parte dos planos da Madame Suíça, e acho ele muito
arriscado, disse isso para ela, mas acho que não adiantou em nada, tenho
um certo receio nessa ideia de genealogia que ela mesmo diz.
— Essa ideia dela é bem complexa se for algo que ela já me disse.
— Gustavo fica curioso, mas acho melhor ele não saber por hora. — Se for
necessário, contarei a você. — Ele concorda com a cabeça.
— Agora que já sabe que chegamos, vou voltar para a cama e nos
falamos pela manhã. — Ele ia saindo da cozinha e volta a sua atenção para
mim. — Hija, espero que não se importe por ter trago uma companhia
comigo para o seu casamento.
Nego com a cabeça e um sorriso nasce em meus lábios, quero que
meu pai seja feliz, que ele encontre a felicidade outra vez como ele
encontrou, nem que tenha sido por tão pouco tempo com a minha mãe.
— Claro que não, depois quero conhecer a felizarda. — Seu sorriso
amplo me deixa satisfeita.
— A conheci a mais de um ano, mas ela precisou resolver a vida
antes de voltar para mim, quando você a conhecer ela vai contar a nossa
história. — Apenas concordo e ele se retira da cozinha.
— Pronto, agora que já sabe que temos visitas e parece que já
satisfez as vontades do nosso Nemo, que tal irmos para a cama, nossa
semana será bastante agitada com as programações do casamento.
Limpo a minha bagunça e volto para o nosso quarto de mãos dadas,
não tenho o que reclamar do meu noivo e nem da minha família, mesmo
que sejamos de alguma forma envolvidos com as coisas mais erradas que
poderia existir, somos todos uma grande família.
Na manhã seguinte conheço a acompanhante do meu pai e fico
surpresa que ela tenha sido uma garota de programa por quase dois anos,
depois que ela decidiu voltar para a cidade onde eu morava, achei uma baita
coincidência, ela é uma morena muito linda com um corpo bem definido,
tem um pouco mais de trinta anos e a diferença de idades deles não interfere
em nada.
Ela me disse que meu pai foi um cliente que ela fez por contrato,
que ela se apaixonou por como ele a tratou como uma verdadeira mulher e
pelos trinta dias que conviveram, ela falou que se sentiu amada, mas
precisou ir e viajou o mundo e conheceu vários outros homens, mas meu
pai sempre esteve em seus pensamentos.
Um dia eles se reencontraram e hoje ela esta aqui me ajudando a me
arrumar para o almoço do meu casamento que será daqui a dois dias.
— Há Silvia que história linda, que bom querida que encontrou o
amor. — Minha sogra enxuga as lágrimas que insistem em cair e borrando a
sua maquiagem.
— E os novos Carrillos, tem ideia para algum, no momento? — Bia
pergunta e Silvia fica toda corada de vergonha, mas nega com a cabeça.
— Por hora queremos apenas pensar no Nemo que vem chegando, e
no doce Gui que conheci, antes que a Vanessa soubesse que o Hector era
seu pai. — Fico cada vez mais feliz por ver o quanto amor que ela tem por
meu pai e minha família.
— Pronto meninas vamos descer, acredito que esteja tudo pronto e
os convidados estejam me aguardando para iniciar tudo. — Nesse momento
a cerimonialista entra no quarto.
— Estamos apenas aguardando você Vanessa, só, mas dois dias e
teremos o seu grande, sim, está pronta? — Sorrio para ela e para todas que
estavam no quarto.
Minha sogra, minha madrasta, minhas cunhadas, a Carol, a Cleide,
sorrio para elas e saímos para curtir as festividades do meu pré-casamento.
E stou tão ansioso com o nosso
casamento, finalmente falta
apenas dois dias para que ela
finalmente diga sim e seja minha para sempre, agora sei que ela nunca teve
medo e sim preocupação que eu ou a minha família fossemos alvos de tudo
que a perseguia.
Quem diria que a minha Vanessa era a herdeira do maior cartel da
Colômbia e que esse nem era o seu verdadeiro nome, mas a cereja do bolo
foi descobrir que ela, na verdade, havia me dado o meu maior presente, o
nosso Guilherme, que depois de um pouco que dor de cabeça conseguimos
modificar a sua certidão agora meu pequeno se chama Guilherme Carrillo
Lira.
A semana com as celebrações para o nosso casamento está bem
movimentado, aceitei os conselhos do meu sogro e principalmente do
Bruno e Carolina eles fizeram entender que um cargo politico pode ajudar
as ideias lá no futuro.
Estávamos sentados em umas das salas, que estão preparadas para
os homens possam se divertir e como um bom anfitrião decidir fazer uma
sala de jogos valendo alguns milhares de dólares, meu sogro colocou
dinheiro na nossa sala para melhorar a diversão, havia de tudo, roleta, caça
niqueis e o meu favorito pôquer.
Estava acompanhado do senador do meu partido, meu cunhado, meu
sogro e o Bruno que já havia bebido um pouco demais e estava bem-falante
e estávamos achando engraçado.
— Gustavo, soube que a sua colombiana roubou de você quase meio
milhão de você quando te abandou. — Todos na mesa começam a rir
enquanto compro, mas algumas cartas e meu sogro, olha de rabo de olho.
— Foi mais ou menos isso. — Reviro os olhos e sei que meu sogro
estava com curiosidade para saber a história.
— Nem ele realmente sabe, minha irmã me ligou e dei a ideia para
ela como fazer para tirar aquele dinheiro todo, ela pegou uma parte e
colocou na bolsa para que ela pudesse viajar e como uma ajudinha da moça
da recepção do hotel ela fez a transferência para uma conta que eu tenho. —
Ele puxa o celular e me mostra e vejo que o valor que estava lá mais que
multiplicou desde que foi depositado, e fico surpreso.
— Cara, como você deixou que uma mulher te roubasse assim? —
Bruno mais uma vez pergunta, sorrio para ele e abaixo minhas cartas.
— Dobro a aposta, meu amigo, se ela quiser dou a minha fortuna
toda para ela, nada o que ela tira de mim é roubo, é a mesma coisa que você
faz com a sua Deusa. — O sorriso dele morre quando falo dela.
— Dobro a aposta. — O senador parece acreditar que vai ganhar
essa partida, mal sabe ele que tenho um truque para sempre ganhar.
— Senhores, estamos com apostas valendo meio bilhão. — O crupiê
encerra a última jogada e todos se aproximam para ver quem vai levar o
montante.
— Senador William espero que tenha o valor para me pagar, ele será
investido no casamento do meu filho. — Todos começam a rir.
— Supera isso, Lira, "Straight flush". — Ele põe todas as cartas na
mesa enquanto meu cunhado e todos os outros saem da jogada.
— Sabe senador, aprendi a jogar pôquer com um dos homens que
trabalhou com meu amigo ali, e com o tempo fui aperfeiçoando e
aprendendo todas as jogadas e quando vim para os USA um crupiê me
ensinou algumas jogas a mais, é por isso que sou tão bom e sei blefar como
ninguém. — Ele me olha meio preocupado e todos percebem o brilho
sumindo no seu rosto.
— Royal Flush. — O crupiê fala quando baixo minhas cartas,
ouvimos risadas e gritos, sei que ele perdeu bastante dinheiro aqui agora,
mas tarde converso com ele.
Depois de toda a comoção vejo a minha noiva que estava com um
vestido lindo em um amarelo bem clarinho entrando na nossa sala, mas a
puxo para uma janela, tinha muito fumaça e não a quero inalando isso,
abraço ela pela cintura e recebo o seu melhor sorriso.
— Oi, meu amor, o que deseja? — Seus olhos azuis estão mais
brilhantes, até sei o que ela realmente deseja.
— Estou com fome, e fugi um pouco para te chamar para que
possamos comer um pouquinho longe desse povo todo. — Ela sorri para
mim, pego em sua mão e começo a puxar ela para fora.
— Senhores se divirtam aí, vou levar minha noiva para alimentar
nosso peixinho, daqui a pouco estou voltando. — Saímos da sala e vamos
para a cozinha industrial que foi toda preparada para a equipe do buffet.
Olhamos para tudo o que elas prepararam e começamos a nos servir,
tinha muita coisa deliciosa ali, que ainda não havia tido a oportunidade de
experimentar, as cozinheiras nos oferecem cadeiras e nos sentamos para
podermos almoçar um pouco mais a vontade.
— O que está achando, Gusta, de tudo isso? — Coloco uma mecha
atrás de sua orelha e lhe ofereço mais uma prova da comida que estava no
nosso prato.
— Para ser sincero, estou bem surpreso com tudo, não imaginei que
elas conseguiriam deixar tudo assim tão perfeito. — Vejo que ela ficou
satisfeita com o que eu disse. — Como será a sua despedida de solteiro? —
Isso tem me deixado meio angustiado.
— A Carol nos chamou para ir em um bar na cidade, ela disse que
conheceu ele quando esteve aqui alguns anos atrás. — Ainda bem que é um
bar. — E vocês o que o seu irmão decidiu?
— Na verdade, eles queriam ir para uma boate, mas como o Bruno
está ainda tentando se acertar com a Carol, melhor não arriscar, acho que
faremos outra sala de pôquer ou ir em algum bar por aqui por perto mesmo.
— Sou honesto com ela.
— Achei vocês. — A organizadora nos surpreende rindo com várias
coisas na mãos e deixa em cima do balcão.
— Trouxe ela para comer algo, ela não pode ficar muito tempo sem
se alimentar. — Passa a mão pelo seu rosto mais uma vez.
— Bem, estava justamente procurando vocês para que pudessem se
sentar no lugar reservado e pudesse almoçar com todos, mas podem ficar
aqui se preferir. — Ela percebe que apenas queria ficar um pouco sozinha
com a minha mulher, e de repente nosso filho vem correndo e o coloco em
meu colo.
— Oi, campeão, já comeu alguma coisa? — Ele nega com a cabeça
e de longe vejo a Nik e a Silvia vindo atrás dele e quando nos veem elas
voltam por de onde vieram.
— Que tal a mamãe te dar um pouquinho de macarrão meu amor. —
A organizadora se retira e diz que vai dar uma desculpa para os convidados
e que depois poderemos nos juntar a eles.
— Quero aquilo ali, mamãe. — Ele aponta para uma lagosta e fico
meio receoso de dar para ele algo desse gênero.
— Hum, meu amor, aquilo ali se chama lagosta e você é muito
pequeno para comer. — Ele faz uma carinha triste e mostro outras coisas
que ele pode comer e nos divertimos em família como dever ser sempre.
— Papai meu irmãozinho quando chegar vou poder brincar de tudo
com ele? — Ultimamente ele anda empolgado com essa história.
— Campeão, vamos ter que esperar ele crescer um pouquinho, mas
sim quando ele for um pouquinho maior todos vão brincar juntos. — Ele
come tudo o que a Vanessa oferece e quando estávamos quase terminando,
Hector surge do nada.
— Encontrei vocês, Forbes nunca vi esses políticos são mais falsos
três mil pesos colombianos. — E cai na gargalhada.
— Sei disso, Hector, só estou entrando mesmo nessa vida por que
sei que posso ajudar meus amigos e principalmente quero fazer a diferença
no meio deles. — Ele põe a mão no meu ombro.
— Espero que minha hija não deixe que seja corrompido, mas tenho
certeza do seu bom caráter. — Ficamos nos quatro sentados na cozinha e
me divirto com as histórias que ele conta sobre a infância dele com o Pablo.
Mas não podemos fugir dos nossos convidados a tarde toda e por
fim recebemos todos eles, dançamos e bebemos um pouco, mas antes de
anoitecer, todos nossos convidados já haviam ido embora e amanhã, nosso
dia seria longe um do outro, só nos veríamos no dia do nosso casamento.
Puxo minha colombiana para dança e solto o seu cabelo, deixo ele
solto como ela gosta de usar e balançamos no ritmo lento da música, Hector
e Silvia se aproximam e começam a dançar ao nosso lado e logo vemos
Miguel e Nicole que agora tem um anel de noivado em seu dedo.
Mas o suspense todo em ver se a Carol aceita a dançar com o amor
da sua vida, vemos ele ajoelhado aos seus pés e quando ele fica triste e
cabisbaixo, por fim se levanta.
Continuo olhando para ver se realmente ela não dará uma
oportunidade para ele.
Quando ele vira de costa ela olha para sua mão e a segura tirando
dele um suspiro de alívio ele começam a dançar do nosso lado e parabenizo
ele que estava com um sorriso enorme.
Espero que eles se acertem o mais rápido possível.
— Está chegando a hora Gusta, que, mas nada ira nos separar e serei
eternamente sua.
Não tem coisa melhor que ouvir, beijo seus lábios e continuamos a
dançar a noite toda até nos cansar, para curtir, mas um dia de
comemorações.
A dorei essa semana de pré-
casamento, foi divertido e todos os
convidados ficaram surpresos com
a dedicação e tamanho bom gosto da equipe que preparou todo nosso
evento, nossa família ficou satisfeita com cada detalhe, preparado para
semana.
A estilista teve um pouco de trabalho com o meu vestido, essa
semana ganhei alguns quilos e ela precisou fazer um ajuste hoje, estou para
fazer um buraco aqui no meu quarto que mais parece um camarim, com
cabeleireiros e maquiadores esperando para que eu consiga me vestir e não
destruir meu penteado e nem borrar a maquiagem.
Minha ansiedade está tão aguçada que comi várias maças e peras e
nada está me controlando, tenho vontade de chorar e fazer xixi ao mesmo
tempo, estou com medo que não consiga chegar no altar no tempo certo,
vira e mexe olho para o celular na esperança que a estilista chegue e eu
possa me vestir.
Ouço uma batidinha de leve na porta e a minha maquiadora se
aproxima para ver quem é, ela sorri e se vira para mim.
— O noivo quer falar com você. — Vou caminhando para a porta e
fico escondida para que ele não me veja ainda.
— Meu amor, você está bem, soube agora que teve problema com o
vestido. — Respiro fundo e seco uma lagrima que queria escorrer.
— Sim, engordei nessa semana e o vestido não fechou. — Ele passa
a mão pela pequena abertura da porta e pega a minha mão, encosto minha
testa e escuto o que ele tem a me dizer.
— Sabe que não me importo que escolha outra coisa para vestir, não
é, outra coisa, amor, se alguém ousar em dizer que você engordou mato esse
infeliz. — Caio na gargalhada.
— Amor, mas engordei mesmo. — Sinto sua mão apertando a
minha.
— Não mesmo meu amor, é nosso Nemo que está começando a
aparecer… — Ele não consegue concluir a sua fala com a chegada da
estilista com o meu vestido e minha felicidade volta no mesmo instante. —
Pronto, vou descer e esperar por você, meu amor.
Ele puxa a minha mão e beija e vai embora para onde ele vai me
esperar, me viro para a toda a equipe que está ali para me ajudar e começo a
me vestir sinto o tecido me abraçando com delicadeza e quando todos os
botões estão fechados, a renda do véu adornando meu rosto me viro para o
espelho e fico feliz com a minha escolha.
Meu vestido tinha um decote discreto nos seios, com detalhes sem
folhas que iam até a manga longa, ele é bem acinturado deixando marcado
meu quadril e afinava na altura do joelho e caia com fluidez até o chão e
uma cauda delicada com a renda floral, a tiara é uma joia digna da realeza
britânica, usei os meus diamantes e mandei para um joalheiro e ele
desenhou uma tiara com três fileiras e por cima delas ele fez pequenas
flores com os diversos diamantes nela.
Minha maquiagem era discreta e apenas meus olhos estavam
marcados deixando chamativos para o meu tom de azul tão marcante e um
batom em um tom de rosa que estava na cor certa, estava na hora de descer,
eu o via pela janela me esperando e nesse instante meu pai entra no quarto,
ele puxa o lenço do seu smoking e seca uma lágrima e vem andando
devagar olhando para mim.
— Você está maravilhosa mí hija, existem tradições que quero que
você tenha, mesmo que não seja a cultura que foi criada. — Ele tira um
estojo azul do bolso e abre para que possa ver.
É um terço, tinha uma foto da minha mãe de um lado e do outro do
meu pai Pablo e deixo que uma lágrima escape e meu pai a seca, é uma joia
também já que algumas pedras são azuis e me questiono se são diamantes.
— Quero dar algo a você que seja uma representação do seu
passado, e que seja algo para que você sempre se lembre o quanto eles dois
a amaram e do jeito deles a protegeram. — Pego o terço e enrolo na mão
que vou segurar meu buque com tulipas azuis, e me viro para o meu pai e o
abraço com todo o meu amor.
— Pai, obrigada pelo presente que me deu, e principalmente por
estar sendo o mais presente possível na minha vida, e quero dizer algo mais
antes que me torne uma Lira. — Sorrio para ele e o puxo para a beirada da
janela e aponto para uma mulher específica.
— Ela merece uma vida tranquila depois de tudo o que ela passou na
mão da tia dela e principalmente da vida que ela precisou ter para resolver o
que precisava, vá depois até ela e case-se, minha mãe ficará feliz em saber
que você finalmente será feliz e não mais esse homem que vive um luto
perpetuo. — Ele olha, mas uma vez para a mulher que estava em um
vestido chique em um tom de azul tão escuro como um céu estrelado, a
deixando linda.
— Obrigado, sou seguir seus conselhos e fico feliz em saber que
aprova ela na minha vida também. — Ele beija a minha testa e sorri depois
que olha pela janela. — Agora vamos, parece que tem alguém pensando
que te roubei dele.
Fico rindo e meu pai me conduz por toda a casa e paramos nas
portas, que estão fechadas para que ninguém me veja por enquanto, posso
ver meus sobrinhos atravessando o tapete jogando pétala de flores e
finalmente ouvimos a nossa deixa, a macha nupcial.
— Pronta hija, ainda dá tempo de fugir. — Olho para ele que
começa a rir, seguro mais firme em seu braço e as portas se abrem me
revelando o homem que por anos fugi mesmo o amando
incondicionalmente.
Ele estava com um conjunto de smoking, mas despojado, os botões
aberto e revelavam a tatuagem que ele acabou fazendo ontem durante a
despedida de solteiro com o meu nome em seu peito, pela primeira vez ele
perdeu no pôquer. Ele estava lindo todo de preto e tinha apenas uma
pequena flor azul no seu terno para acompanhar a decoração, o sorriso dele
era enorme e percebia o quanto ele estava emocionado, depois de tanta
espera meu pai beija a minha testa e nos vira para o Gustavo que parecia
ansioso.
— Estou entregando uma filha que demorei mais de vinte anos para
poder dizer que é minha, cuide bem dela, confio em você. — Meu pai
entrega a minha mão para o Gustavo que respira aliviado e eu volto a me
sentir segura.
— Darei a minha vida se for necessário para que eles fiquem
seguros, Hector. — Vejo eles se abraçando. — Valeu muito a pena esperar
você, meu amor por todos esses anos.
Nos viramos para o padre que também parecia bem emocionado e
ele começa o seu sermão habitual, falando todas as carestias que são
necessárias, meus Forbes segura forte na minha mão e fazia um carinho,
acho que era, mas para ele se acalmar, o padre nos libera para fazermos
nossos votos e nos viramos um de frente para o outro.
— Bem, a maioria sabe o quanto sofri por essa mulher. — Olho para
todos que estavam atrás de mim que estavam rindo. — Mas valeu a pena
cada um das dores que sofri por ela, estou dedicado a dar o meu amor e
carinho desde quando a vi, quando fui fazer uma visita ao meu irmão que
ainda morava no Brasil, ela na época me mostrou que a vida precisava se
vivida com cuidado e cautela e olha que na época nem imaginava em
construir todo esse império aqui, e só tenho que agradecer a essa mulher por
cada uma das fichas que ela me roubou no pôquer, porque sem isso eu não
seria o homem quem sou hoje, não digo apenas pelo financeiro, mas digo
por que através de cada uma das minhas conquistas eu consegui fazer que
empresas continuassem gerando empregos, mas enfim, Vanessa você é
minha alma gêmea, a mulher que preciso do meu lado para ser meu apoio e
minha companheira por toda a nossa existência é a mulher que escolhi para
ser a mãe dos meus filhos, então meu amor que dizer a você que.
Ele me vira para as portas e uma melodia por violinos inicia, e nosso
menininho vinha andando vestido em um pequeno smoking e uma
almofadinha rosa que tinha uma plaquinha escrita, minhas mãos foram a
boca com a surpresa.
"Mamãe ainda não estou pronta para participar, mas estou
presente com amor. Gabriela"
Havíamos feito o teste de sexagem fetal havia alguns dias e não
imaginava que ele havia pegado o resultado, ele se abaixa e pega as nossas
alianças e beija nosso menino, também me abaixo e o abraço, ele sai dos
meus braços e corre para o colo da Silvia que o agarra e dá vários beijinhos
nele, ficamos novamente um de frente para outro e o Gustavo começa a
colocar a aliança em meu dedo.
— Vanessa receba essa aliança como símbolo do meu amor, da
minha lealdade a você e principalmente da minha fidelidade. — Ele coloca
até o final do meu dedo e beija em cima, agora é a minha vez.
— Minha vez agora, quando conheci você pensei que seria um
homem que entraria e não me deixaria tão balançada e desejando cada dia
mais a sua presença, mas mesmo assim ainda tinha aquele meu lado que
dizia deixa o homem, continue fazendo o que sabe fazer de melhor, e
quando viemos para que eu conhecesse a sua família eu me encantei com
todos, mas nossa história não é como de outras pessoas, tivemos que escalar
um montanha e escavar o maior tesouro que poderíamos achar no meio de
todas as adversidades, mas o principal que tínhamos Forbes, é o nosso amor
ele nunca nos faltou, na verdade, eu te amo desde o dia que fiquei presa em
casa com você. — Tiro risadas dos membros da nossa família que conhece
a história das algemas. — Então, meu amor, meu Gusta e meu Forbes, eu
demorei a aceitar que você é o homem da minha vida, o meu amigo, pai dos
meus filhos, meu companheiro e parceiro para tudo. — Já estava chorando
após falar tudo o que sentia e desejava que ele soubesse.
— Gustavo, receba essa aliança como símbolo do meu amor, da
minha lealdade e principalmente da minha fidelidade. — Deslizo a aliança
pelo seu dedo e beijo selando meu compromisso com ele.
— Pelo poder em mim investido, eu vos declaro marido e mulher. —
O sorriso do meu finalmente marido é escancarado assim como o meu. —
Pode beijar a noiva.
Em um movimento lento, sua mão vem para a minha nuca e encosta
seus lábios nos meus e sinto todos os aromas que na última hora ele fez para
se manter controlado e não me arrancar do quarto.
— Eu te amo, Senhora Lira. — Voltamos a ficar de pé depois desse
beijo estilo cinema e olhamos para os nossos convidados que estavam em
pé aplaudindo.
Uma fila se forma para nos parabenizar e desejar felicidades, beijo e
abraço várias pessoas, pego meu filho no colo por fim e vamos para a área
preparado para a recepção vejo todos acomodados e meu marido me puxa
para dançar e assim fazemos, tiramos várias fotos e danço com muitas
pessoas.
No início da noite meu coração começa a se apertar.
— Amor, está na hora vamos lá entregar ele para o seu pai e a Silvia.
— Guilherme estava dormindo no meu colo.
— Tem certeza que não podemos levar ele querido, levamos uma
babá junto. — Meu coração estava partido por deixar ele sem a gente.
— Pare de drama, nessa viagem é só nossa e ele está seguro com
nossa família, agora vamos. — Ele estava falando se divertindo do meu
drama, mas por fim o entreguei e partimos para a nossa lua de mel.
Já havíamos decolado e estava ansiosa para chegarmos no nosso
destino, íamos conhecer a Tailândia, quinze dias naquele paraíso.
É um voo longo e cansativo, tivemos várias
paradas antes de realmente chegar no nosso
destino, Gustavo tentou me deixar o mais
confortável possível e sem contar que ele reclamou por não escolher uma
aeronave que tivesse a nossa disposição uma suíte.
O via cada vez mais preocupado por não estar confortável, tinha
tantos travesseiros ao meu redor que achava até sufocante e um pouco
engraçado, mas não queria reclamar para que ele não ficasse, mas chateado,
estávamos quase chegando ao nosso destino e poderíamos descansar à
vontade lá.
Depois de várias horas e muitos cochilos chegamos a um pequeno
aeroporto, nossa equipe de segurança estava esperando pela gente com
alguns carros na lateral da pista, Jorge e Hassan tinha tudo programado, eles
escolheram, mas algumas pessoas para ajudar eles principalmente por não
conhecermos os diversos lugares que tem por aqui.
— Graças a Deus terra. — Ouvia Jorge falando atrás da gente,
quando o avião decolou descobrimos que ele tinha medo de altura e não
havia nos contado.
Entramos nos carros que nos aguardavam e o Hassan entrou no
mesmo que a gente enquanto o Jorge foi no outro, chegamos no resort e
fiquei maravilhada com tudo, tínhamos um bangalô privativo para gente e
os de cada lado estavam reservados para a nossa equipe de segurança,
conseguimos finalmente ficarmos sozinhos e agora queria somente tomar
um banho e poder descansar de tantas horas de viagem.
Gustavo trouxe nossas malas enquanto eu abria as portas francesas
que dava de frente para a imensidão azul que estava na minha frente, e a
vontade de pisar naquela areia branquinha e me molhar naquele mar azul
quase cristalino que estava me convidando, mas o sono da minha Nemo está
falando, mas alto.
Entro novamente para o quarto e presto atenção nos detalhes na
grande cama com lençóis em cor de marfim com flores espalhadas pela
cama, toco no dossel que cai um tecido vem leve por cima da cama,
enquanto olho para os detalhes ouço o barulho de água enchendo a banheira
e a aproximação do meu marido, beijando meu pescoço, enquanto abre o
zíper do meu vestido que estava na minha costa.
— O que acha de relaxar um pouco antes de comermos algo para
dormir querida esposa? — Adorei ouvir dele que sou a sua esposa.
Sinto minha roupa fazer um amontoado de tecidos aos meus pés, e
meus seios ficando livres, também retiro o sapato e me viro de frente para o
meu marido que estava com uma camisa aberta apenas até a metade e só
com sua cueca, e finalmente olho de perto a tatuagem que ele fez no peito,
passo a mão por cima da proteção que estava e olho para ele que tinha um
sorriso vitorioso.
— Eu queria fazer faz algum tempo, e quando o Bruno cansou de
perder dinheiro apostamos fazer a tatuagem e um pouco, mas de dinheiro,
então entreguei o jogo para te fazer essa surpresa, você gostou? — Ele tinha
o olhar um pouco incerto, seguro o seu rosto e fico de pontinha dos pés e
beijo seus lábios com desejo e vontade.
— Tem problema molhar no mar ou pegar sol Gusta? — Ele apenas
concordou com a cabeça, me levantou e passei minhas pernas por sua
cintura e com cuidado ele nos levou para a banheira enorme que mais
parecia uma piscina, a água estava morninha e tinha uma fragrância gostosa
de lavanda.
— Sério que você iria querer trazer o Guilherme é? — Começo a
gargalhar e nego com a cabeça.
— Releva são os meus hormônios que estão no auge. — Ele começa
a rir e retira a proteção para que lave a tatuagem, que agora posso ver que é
um sol, ele percebe que não compreendo e me encaixa no seu colo melhor.
— É uma tatuagem Maori, para aquele povo o significado do sol é
de renascimento, já que ele nasce todos os dias, e coloquei o seu nome no
meio por que quando nos reencontramos voltei e renasci para a nossa vida e
para o nosso amor. — Olho em seus olhos cor de mel e o beijo com carinho,
agradecendo por tudo que ele fez por mim.
Nosso beijo fica mais urgente, sinto ele tirando a sua cueca e eu
tento tirar a minha lingerie também e com muito cuidado ele me encaixo em
sua ereção, fechei os olhos e me entrego a sensação do prazer que estamos
sentindo, as mãos dele estão no meu quadril estimulando o ritmo
confortável para nós dois, a sua outra mão está no meu ponto mais sensível
para me enlouquecer mais um pouco.
— Amo quando me aperta de forma. — Mostro para ele que consigo
fazer isso várias vezes, deixando-o com muito mais tesão, ele me puxa para
mais próximo e suga meu seio me deixando muito mais entregue ao seu
controle.
Continuo subindo e descendo alternando a velocidade, sinto a
ereção dele pulsando dentro de mim e as contrações da minha musculatura
começam a formar meu orgasmo, mas antes que pudesse chegar ao meu
ápice ele nos tira da banheira e me põe em pé no tapete e traz uma toalha
para nos secar e vamos para a cama.
Na cama, o olho com ternura passo a minha mão em seu rosto
enquanto ele tira alguns fios do meu rosto, fixo meu olhar no dele e consigo
perceber o quanto ele me ama, mesmo que no seu caminho até voltar a mim
ele tenha errado em algumas escolhas, seu toque, seus beijos são repleto de
ternura, antes mesmo que voltássemos a sentir qualquer prazer seus beijos
vão descendo e param na minha barriguinha de quase três meses que já
podemos enxergar.
— Papai ama muito você Gabi, prometo que irei cuidar de você
como muito amor e de nossa família também, agora fica comportadinha que
o papai precisa conversar um assunto ali com a mamãe. — Fico rindo dele
todo bobo conversando com a minha barriga.
— Deixa de ser bobo, preciso de você. — Ele não me suga, mas
seus dedos começam a fazer um carinho por cima da minha intimidade, me
deixando, mas úmida e sei que ele estava gostando disso.
Ele parecia incomodado com a ereção e também estava louca para
que ele entrasse com aquela linguiça grande e grossa dentro de mim e me
deixasse cada vez mais cheia dele.
— Gusta, preciso de você dentro de mim, por favor. — Minha voz
saiu com um pouco, mas de cheia de tesão que eu imaginava estar sentido.
Ele se encaixou de lado e passou uma de minhas pernas por cima do
seu quadril, e pincelou na minha entrada entrando devagar para que eu
pudesse me acostumar com a sua invasão, solto um suspiro de prazer
enquanto ele puxa meu rosto para nos beijar e sua outra mão começa a me
estimular, e a louca vontade de gozar me faz rebolar no seu quadril nos
deixando afoito.
No movimento rápido ele me deixa de bruços e continua entrando e
saindo de mim, sinto um orgasmo se formando e deixo que minha mente
vague para um lugar desconhecido, meu corpo começa a relaxar, mas meu
marido não me deixa ficar sem sentir prazer, ele me vira de frente para ele e
passa minha perna por um dos seus ombros e sem muita delicadeza ele
volta a estocar com força e mais ágil dessa vez, seguro em seu ombro e uma
nova onda de prazer me faz contrair toda a musculatura, só meu ventre e
fecho as pernas para aumentar o prazer, meu orgasmo explode em volta do
membro do meu marido enquanto sinto que ele me preenche
completamente com seu líquido.
Ver ele cansado e recuperando o folego, sem sair de dentro de mim
me deixa ansiosa por mais uma rodada de prazer, mas sei que isso são os
hormônios falando e faço apenas um carinho em seu rosto e ele se deita ao
meu lado e meu puxa para o seu peito e começa fazer um carinho na minha
costa enquanto com a outra mão ele puxa uma coberta sobre o nosso corpo
e começo a desligar a minha mente para que possamos descansar de nossa
viagem.
— Só um pouquinho amor, daqui a pouco peço algo para comer e
vamos passear… — Meu sono fala mais forte e não consigo escutar o resto
da sua fala.
Depois de algumas horas ainda o sinto agarrado na minha cintura,
mas começo a sentir fome, me mexo na cama e ele percebe que acordei.
— Oi, amor, que tal ir comer alguma coisa, e ir conhecer o resort. —
Fico empolgada e em pouco tempo estamos passeando por toda a
propriedade do hotel, seguidos por nossos seguranças, e caminhamos pela
areia, de mãos dadas, olhamos para o céu que começa a escurecer e nos
sentamos no chão mesmo.
— Minha, e será sempre minha colombiana, minha medrosa que no
final se mostrou, na verdade, ser a mulher, mas valente que já conheci e
tenho orgulho em dizer que é minha.
Gustavo, se sentou atrás de mim e me abraçava com carinho
enquanto víamos o por do sol, estava feliz e saber que tinha conquistado
tudo o que queria me deixava orgulhosa, meu marido continuava sendo um
homem poderoso e de bastante influência, logo iriamos começar a nova
empreitada dele na política e estaria ao seu lado lhe dando apoio e
conselhos caso precisasse.
O mais importante já tínhamos que é o amor da nossa família e ter
nossos filhos crescendo bem e com saúde.
— Amo você amor, não importa se é meu Forbes ou meu deputado,
para mim será sempre meu Gusta o homem que não desistiu de procurar a
sua medrosa.
Gustavo Lira
Após quinze dias somente nos dois naquele lugar maravilhoso,
voltamos para casa e começamos a organizar tudo para que minha
campanha politica fosse um sucesso e por sorte tenho bons amigos que me
ajudaram a conseguir bastantes votos.
Meus pais tem nos ajudado muito sendo nosso apoio com o
Guilherme, principalmente quando não podemos levar ele para algumas
reuniões do partido em outras cidades, no começo ele ficou bem chateado
com a nossa ausência, mas com o passar do tempo ele aceitou que
voltaríamos para casa.
Vanessa está cada dia mais linda com o barrigão de nove meses de
gravidez, hoje teremos uma consulta para ver como está tudo, ela insiste em
ter parto normal, já disse para irmos agendar e fazer tudo com segurança,
mas ele está irredutível com a escolha dela então fico na minha sobre isso.
Ela estava colocando um short que deixava a sua barriga bem
evidente e uma blusa com um laço nas costas, assim que terminamos de nos
arrumar descemos para ter a nossa refeição com a família que vieram todos
para a acompanhar o parto da Gabi.
— Mí hija, você tem certeza que não quer ir para o hospital e ter
logo minha netinha? — Concordo com o meu sogro, mas me mantenho
calado.
— Papai, meu corpo dará o sinal que está na hora, para que vou
querer adiantar o processo? — Hector bufa do meu lado e percebo que a
Silvia também deu um chute em seu pé.
— Acho arriscado, se posso agendar e ter o bebê em um ambiente
controlado e cercado de cuidado, porque dar margem para o azar. —
Vanessa começa a rir da Nik, que estava com uma cara de medo.
— Pessoal vocês estão mais preocupados que eu, jamais que
colocaria a Gabi em risco, mas quando ela estive pronta ela sairá daí. — Ela
faz um carinho na sua barriga e vejo apenas as ondulações.
É chegada a hora de ir para a consulta, e na saída de casa nosso
carro é cercado por diversas câmeras tentando pegar alguma imagem nossa,
tem ficado cada dia pior essa nossa exposição.
— Senhor, se passar por cima de alguns, o senhor me tira da cadeia?
— Hassan me pergunta e consegue tirar uma risada da minha esposa.
— Hassan, eu nem deixo você ser preso. — Minha esposa fala para
ele, que em resposta acelera o motor fazendo que os paparazzis se assustem
e saírem do nosso caminho.
Chegamos no consultório, a médica já nos aguardava, ela sabe que
somos pessoas que não podemos ficar muito tempo em exposição, então ela
sempre acaba nos atendo com prioridade.
— Bom dia, papais, e como andas as coisas, imaginei que nem
teríamos, mas essa consulta. — Ela fala rindo e inicia a consulta com a
minha esposa, faz todas as anotações necessárias e vamos para o ultrassom.
Vejo minha princesinha toda tranquila no seu ninho, pronta para
ganhar o mundo e nos diz que agora ela pode nascer a qualquer momento, é
só esperar, no final da consulta a Vanessa vai ao banheiro para se arrumar e
faço a pergunta que a dias quero fazer a médica.
— Doutora, podemos continuar tendo relações, porque nos últimos a
libido da minha esposa aumentou muito e tenho me preocupado de que
possa fazer algum mal para a Gabi. — Ela começa a rir e nega com a
cabeça.
— Não precisa se preocupar, na verdade, é até bom que mantenham,
assim a musculatura pélvica começa a dilatar, pode manter relações com
sua esposa tranquilamente. — Fico, mas tranquilo em ouvir isso.
Depois da consulta a levo para ir ao restaurante que meu amigo
Luigi abriu aqui em Miami e para a nossa surpresa ele e a Liza engrenaram
um relacionamento e assim que chegaram aqui eles foram agraciados com
um menino, que foi abandonado, na porta da casa deles, a Liza não quis
deixar nas mãos das autoridades e demos uma força para que adotassem o
pequeno Mauricio.
Passamos algumas horas no restaurante, mas as nossas mulheres
queriam passear e não ia negar o desejo de uma grávida que daqui a uns
dias ficará somente por nossa princesa, por fim ficamos andando por várias
horas e comparam mais algumas coisas que ela achavam que precisavam.
A noite em casa, Silvia disse que iria preparar o jantar com a ajuda
da Nik e mesmo assim ela se sentou ao lado para conseguir ouvir as
conversar enquanto me sentei com meu sogro e meu cunhado atualmente
estava gerenciando as empresas que ficavam em Dallas e estava muito bem,
Hector decidiu não envolver o filho nos seus negócios seria melhor que ele
tivesse uma vida tranquila na qual ele cresceu e ainda estava pensando no
que ele iria fazer com os seus negócios.
A nossa maior surpresa foi a Carolina, eles ainda estão em processo
de perdão e até onde sabemos, ela começou a fazer terapia de casal, tentou
matar ele umas duas vezes, mas com as novidades ele acabaram voltando a
morar juntos, mas como ela mesmo diz, não somos, mas um casal.
Depois do nosso jantar resolvi levar minha esposa para a banheira
para nos divertir um pouco a deitei no meu peito e fiquei fazendo um
carinho na sua barriga que estava para o lado de fora da água, como a
médica disse que não tem problema então aproveitarei enquanto posso me
satisfazer e ela também, entro com minha perna entre as dela que me deram
passagem para que minha mão consiga estimular seu clitóris, ela rebola a
sua bunda na minha ereção e não perco a chance de invadir a sua
intimidade, ela solta um gemido de prazer pela minha invasão, ela continua
rebolando e não consigo ficar sem soltar um gemido de prazer e alguns
palavrões, sua musculatura tem ficado cada vez mais apertada e percebo
que até seu orgasmo tem sido mais rápido.
Resolvo sair da banheira e vamos para a nossa cama, ajudo ela a
ficar de lado e sem muita paciência entro nela com força, a safada havia
deixado as porcarias dos vibradores na cabeceira da cama e para deixar
louca resolvo pegar um que suga, quando ela percebe a minha intenção a
safada tenta abrir mais ainda as pernas, fico rindo de como ela consegue se
tão fogosa assim.
Quando o vibrador encosta nela seu orgasmo vem forte e ela acaba
tendo um squirting molhando um bom pedaço da nossa cama, me levando a
loucura e a preencho com meu orgasmo, tento recuperar meu folego porque
ela precisa se limpar e tenho que trocar os lençóis da cama para poder irmos
dormir.
Ela se levanta devagar, ela faz uma carinha de dor e me preocupo,
seguro na sua mão e olho para ver se ela quer ir para o hospital.
— Amor, você está sentindo algo? — Ela segura a barriga e me dá
um lindo sorriso, ela encosta nossos lábios e me dá um beijinho e nega com
a cabeça, oh, mulher teimosa.
Depois que limpo a nossa cama e troco os lençóis, ela aparece na
porta do nosso closet de camisola e um olhar muito assustado.
— Gusta… — Ela fala ofegante e chama a minha atenção, vou para
o seu lado e percebo o chão molhado. — Acho que chegou a hora.
Minha mente trava quando ela fala, hora do que Jesus?
Ela começa andar de um lado para o outro e eu parecia aqueles
filhotes que anda atrás da mãe, não tinha ideia do que fazer, até que ela
segura no meu braço e se contem e se agacha.
— Gustavo, chama a sua mãe, acho que não conseguirei chegar ao
hospital, chama todo mundo, eu vou para a banheira. — Ela volta para o
banheiro e visto uma bermuda para chamar por todos que já haviam ido se
deitar.
Ligo para a minha mãe e digo que chegou a hora, ligo também para
a médica e peço para que ela venha até a minha casa, olho pela janela e vejo
que os reportes estão ainda lá esperando por novidades.
Volto correndo para o nosso quarto, no momento em que a Silvia
entrava no quarto apenas com uma camisola, saio entrando no banheiro e a
vejo de quatro se segurando na banheira, com uma carinha de dor e me
abaixo do seu lado e lhe dou a mão.
— Amor, vamos para o hospital? — Ela nega com a cabeça.
— Ela está vindo amor, sente aqui. — Ela pega na minha mão e leva
até o meio das suas pernas e sinto uma ondulação e um penugem, ela aperta
a minha mão e solta um suspiro de dor, mas não aguento a emoção, quero
trazer a minha filha ao mundo, entro na banheira atrás da minha esposa,
minha mãe chega toda descabelada e dá, as mãos para a Vanessa.
— Vamos lá querida, é hora de trazer a Gabi ao mundo. — Vanessa
começa a chorar.
— Não aguento Leticia, estou com falta de ar, e cansada. —
Massageio seu quadril, e tento acalmar ela.
— Calma amor, seu corpo sabe o que fazer, se já chegou até aqui
iremos até o final, falta pouquinho para ela conhecer a família dela meu
amor. — Ela encosta a sua cabeça na beirada da banheira e vejo seus olhos
azuis soltarem algumas lagrimas, e seguro na sua mão livre que volta a me
apertar.
— Amor, deixa seu corpo fazer o serviço, e ela virá. — Ela prende a
respiração e faz força, e no fim sorta um grito de dor, e seguro a cabecinha
da Gabi. — Amor, acho que só mais uma força e ela vem para o meu colo.
Olho para todos que estavam sentados no chão olhando para esse
momento magico que estava acontecendo na nossa casa, meu cunhado
tentava registrar tudo, eu já estava chorando esperando pela minha menina
que em menos de um minuto sai de dentro do corpo da sua mãe e vem
direto para os meus braços, ela é bem cabeludinha, e tão fofinha.
Choro de emoção com a minha filha no colo, tentando fazer ela
respirar e como já estava preocupado com o seu silêncio sugo o que tem no
seu nariz e na boca até que ela consegue respirar sozinha e com um choro
alto ela ganha o mundo e apresento ela a nossa família.
— Quero apresentar vocês, minha herdeira Gabriela Carrillo Lira.
— Entrego ela para a minha esposa que estava esperando para ter ela no seu
colo e agarro as duas nos meus braços.
— Ela é perfeita Gusta, e finalmente tive um filho parecido comigo.
— Todos caímos na gargalhada e vemos a médica chegar com uma equipe e
ela fica tranquila quando ver que tudo correu bem.
O resto da nossa noite foi em casa, a médica disse que não seria
necessário a nossa ida para a maternidade já que tudo ocorreu bem, de
madrugada com tudo limpo e organizado consigo colocar a Gabi no seu
berço, e volto para me deitar ao lado da mulher da minha vida que estava
olhando as fotos da nossa pequena, seu rosto podia ver a emoção que ela
estava segurando.
— Obrigado Gustavo, por me dar essa família linda que me acolheu
mesmo quando eu não merecia, que me fez sentir amada e me protegeu e se
uniu para socorre nosso filho, e depois de tudo receberam meu pai de
braços abertos sem julgar ou discriminar ele pelo que é, e principalmente
amor, quero gradecer você pelos dois diamantes que me deu, por ter me
dando a honra de ser mãe dos nossos filhos.
Fico comovido com o que ela me diz e me deito ao seu lado e a
puxo para o meu colo e faço um carinho no seu rosto cansado.
— Eu que tenho que agradecer a você meu amor, que me deu tudo
isso e que me devolveu a razão de amar e principalmente por ter me
roubando não somente as fichas de pôquer, mas meu roubou e me escondeu
em seu coração, eu sempre serei seu, minha rainha e estarei aqui para
proteger e guiar nossos filhos pelo caminho do bem.
Ajudo minha esposa a se arrumar na cama para que pudesse
descansar, porque daqui a poucas horas sabemos que uma bezerrinha
acordará e tomará toda atenção da minha colombiana.
E nossos dias seriam assim felizes e com a nossa família sempre por
perto para ver o crescimento dos nossos pequenos peixinhos.