6 Brigada de Infantaria Blindada Diferente, Novo e Muito Interessante
6 Brigada de Infantaria Blindada Diferente, Novo e Muito Interessante
6 Brigada de Infantaria Blindada Diferente, Novo e Muito Interessante
Ficha catalográfica
BENTO, Cláudio Moreira, GIORGIS, Luiz Ernani Caminha et MENEZES, Mário
José de. História da 6- Brigada de Infantaria Blindada-Brigada Niederauer.
Porto Alegre: Promoarte Comunicação Gráfica, 2002.
CAPÍTULO PRIMEIRO
RETROSPECTO DA HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DE SANTA MARIA, DE
1750 A 1908 ............................................................................................................ 13
- Santa Maria, ponto de passagem dos Sete Povos das Missões para suas 11
estâncias jesuíticas do Rio Grande do Sul .......................................................... 13
- Santa Maria, chave de acesso aos Sete Povos na Guerra Guaranítica . 13
- Santa Maria e as invasões espanholas no Rio Grande do Sul, em 1763 e
1773/74 ................................................................................................................ 14
- A conquista do forte espanhol de São Martinho em 31Out1775 ........................ 15
- Santa Maria - sua origem militar - em um acampamento dos Dragões do Rio
Grande em 1787 ................................................................................................. 15
- Santa Maria e a Guerra de 1801 ........................................................................ 16
- A Guerra de 1801 ............................................................................................... 16
- Santa Maria e o Exército Pacificador da Banda Oriental em 1811..................... 18
- 0 27° Batalhão de Caçadores Alemães em Santa Maria, em 1828 ................... 18
- Santa Maria na Guerra dos Farrapos. O Ten Cel José Alves Valença e os
Niederauer ........................................................................................................... 18
- Bento Gonçalves, em retirada de Porto Alegre, passou por Santa Maria em
09Fev1841 ........................................................................................................... 20
- Santa Maria, centro ferroviário estratégico ................................................... 21
- Acadêmico Cel Mário José de Menezes,o historiador da 3a DE ................. 21
- Acadêmico Ten Cel Ref BMRS José Luiz Silveira, o historiador da Brigada
Militar ................................................................................................................... 22
CAPÍTULO SEGUNDO
SÍNTESE HISTÓRICA DA 6a Bda Inf Bld................................................................ 23
- Brigada Niederauer, a denominação histórica da 6a Bda Inf Bld........................24
- Estandarte Histórico e Brasão da 6a Bda Inf Bld ................................................ 25
- Organograma do CMS, 33 Divisão de Exército e da 6a Bda Inf Bld....................26
- O Quartel General da 6a Bda Inf Bld .................................................................. 27
CAPÍTULO TERCEIRO
3
Cel JOÃO NIEDERAUER SOBRINHO, ORIGEM DA DENOMINAÇÃO
HISTÓRICA DA 6a BRIGADA DE INFANTARIA BLINDADA ................................ 29
- Introdução......................................................................................................... 29
- O Cidadão ........................................................................................................ 29
- O Soldado......................................................................................................... 31
- A Exaltação ao Herói ....................................................................................... 39
- Conclusão......................................................................................................... 40
- Biografia ........................................................................................................... 41
CAPÍTULO QUARTO
OS COMANDANTES DA ID/6 E DA 6* Bda Inf Bld, SUAS EXPERIÊNCIAS
PROFISSIONAIS, AÇÕES E LIÇÕES DE COMANDO ........................................ 43
Comandantes da ID/6, em Porto Alegre
4
Relação dos chefes do EM da ID/6 e da 63 Bda Inf Bld .........................................116
CAPÍTULO QUINTO
UNIDADES DA 6a Bda Inf Bld ................................................................................117
- Companhia de Comando da 6- Bda Inf Bld ......................................................117
- 26- Pelotão de Polícia do Exército ....................................................................118
- 79 Batalhão de Infantaria Blindado ....................................................................120
- 299 Batalhão de Infantaria Blindado ..................................................................126
- 49 Regimento de Carros de Combate................................................................130
- 69 Esquadrão de Cavalaria Mecanizado ...........................................................133
- 39 Grupo de Artilharia de Campanha Auto-Propulsado .....................................134
- 6a Bateria de Artilharia Anti-Aérea .....................................................................143
- 6a Companhia de Engenharia de Combate Blindada ........................................ 144
- 3a Companhia de Comunicações Blindada .......................................................146
- 49 Batalhão Logístico .........................................................................................149
ANEXOS
A - Um debate histórico sobre a data da conquista do
Forte São Martinho ..........................................................................................151
B - Ex-combatentes da FEB egressos de OM da 6- Bda Inf Bld
.............................................................................................................................
156
C - Oficiais do Comando da 69 Bda Inf Bld e funções
.............................................................................................................................
156
D - Integrantes do Comando da 6- Bda Inf Bld - Abr 2002
.............................................................................................................................
157
E - Praças e Funcionários Civis não pertencentes à Cia Cmdo da 69 Bda Inf Bld
que trabalham no QG ............................................................................... 158
F - Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)..............................159
G - Acadêmico Emérito Cel Cláudio Moreira Bento (currículo) ........................162
H - Acadêmico Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis (currículo) ............................ 170
I - Acadêmico Cel Mário José de Menezes (currículo)....................................172
5
APRESENTAÇÃO ’
INTRODUÇÃO
8
Ernani Caminha Giorgis, Delegado da AHIMTB no Rio Grande do Sul- Delegacia
Gen Rinaldo Pereira da Câmara, que pesquisou e redigiu o Capítulo Quinto,
sobre a História das OM da Brigada, coordenou o trabalho junto à Brigada, os de
revisão e de edição junto à Editora, mais o historiador da 3a DE-Divisão
Encouraçada, Cel Mário José de Menezes, que teve a seu cargo o Capítulo
Terceiro, uma síntese biográfica do Cel João Niederauer Sobrinho, denominação
histórica e Patrono da Brigada, cuja instrução de proposta então aprovada foi de
sua lavra.
E mais, com a colaboração, em Porto Alegre, do acadêmico emérito
Veterano da FEB José Conrado de Souza, no tocante aos expedicionários da
FEB egressos da Brigada. Em Brasília, do acadêmico Cel Manoel Soriano Neto;
no Rio de Janeiro, do acadêmico Paulo Dartagnam Marques do Amorim, os dois
últimos diretores, respectivamente, do Centro de Documentação do Exército e do
Arquivo Histórico do Exército, com dados sobre os comandantes da ID/6 e da 6a
Bda Inf Bld.
No Capítulo Primeiro introduzimos um retrospecto da História Militar
Terrestre de Santa Maria e Bagé, de cerca de 1750, ano do Tratado de Madrid,
que definiu brasileira a região de Santa Maria, até por volta de 1908, ao ser
sediada em Santa Maria uma Brigada Estratégica.
No Capítulo Segundo, divulgamos o histórico da ID/6 e da 6a BdalnfBld, à
qual deu origem, e desta seu histórico, organograma, brasão, estandarte,
condecorações, etc.
No Capítulo Terceiro, o acadêmico e historiador da 3a DE-Divisão
Encouraçada, Cel Mário José de Menezes, sintetizou a vida e obra do Cel João
Niederauer Sobrinho, Patrono e denominação histórica da Brigada.
No Capítulo Quarto focalizamos, com retratos, cada um dos comandantes da
ID/6 e depois da 6a Bda Inf Bld, como os agentes principais do processo de
evolução histórica da Grande Unidade e outros dados complementares que
permitam aos leitores e pesquisadores interessados concluir das experiências
agregadas por cada comandante e das suas ações e lições de comando, e
também o registro dos principais eventos históricos da ID/6 e depois 6a Bda Inf
Bld durante seus comandos.
Completamos o capítulo com a relação de chefes do Estado-Maior da ID/ 6 e
depois 6a Bda Inf Bld.
No Capítulo Quinto, o acadêmico Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis abordou
uma síntese histórica das Unidades que integram a 6a Bda Inf Bld. Tudo com
apoio em informações enviadas pelas citadas unidades.
E finalmente, nos anexos, um debate sobre o Forte São Martinho, os ex-
combatentes da FEB, oficiais do Comando da Bda, integrantes do Comando,
praças e funcionários civis do QG e uma síntese da Academia de História Militar
Terrestre do Brasil e de seus membros, que tornaram possível esta obra, que se
constitui por certo numa contribuição à conquista do objetivo atual n5 1 do
Exército:
“Pesquisar, preservar, cultuar e divulgar a memória histórica, as tradições e
os valores morais, culturais e históricos do Exército”.
9
Os próximos trabalhos, já em adiantado curso, serão as histórias da AD/6 e
da 2a Bda C Mec, para depois passarmos à História da 5aRM/DE, com jurisdição
sobre Santa Catarina e Paraná, solicitada por seu comandante. E mais, a
atualização dos trabalhos anteriores, seguramente no livro referente à História
da AD/6-Artilharia Divisionária Marechal Gastão de Orleans, o Conde D’Eu.
10
AGRADECIMENTOS DA AHIMTB
11
Arquivo Histórico do Exército, pelo apoio dado ao sócio correspondente 2 9
Sargento Nelson Soares, em suas pesquisas sobre comandantes da
Brigada.
Cláudio Moreira
Bento Presidente da
AHIMTB
12
CAPÍTULO PRIMEIRO
13
Na terceira tentativa, os Exércitos demarcadores operaram junção próxima a
Bagé atual e prosseguiram, tendo derrotado os índios missioneiros em Caibaté,
em 07Fev1756. Depois atingiram a região de Santa Maria e investiram pela
Serra de São Martinho, e tiveram de ali abrir e alargar a picada com dificuldades.
Depois atingiram e derrotaram as últimas resistências dos índios em Chuereby,
em 10Mar 1756, próximo ao povo de São Miguel.
E por Santa Maria atual desfilou então, a caminho dos Sete Povos, o
Exército Demarcador, ao comando do General Gomes Freire de Andrada, forte
de 1633 homens, com tropas recrutadas no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São
Paulo e Rio Grande. O Rio Grande do Sul contribuiu com 491 homens do
Regimento de Dragões do Rio Grande.
A tropa vinda do Rio de Janeiro era composta pelo Regimento de Artilharia
(189 homens); o de Infantaria Velho (atual Sampaio-204 homens) e o de
Infantaria Novo. Os 2 últimos da guarnição do Rio de Janeiro e mais o da
Infantaria de Santos(104 homens), além de 2 companhias de Aventureiros
paulistas e de Laguna, que executavam o apoio ao movimento, hoje apoio de
Engenharia.
A Artilharia era composta de 10 peças com tração bovina, ao comando do
Cel Fernandes Ponto Alpoym, grande técnico no assunto.
O Exército Demarcador dispunha dos seguintes meios de transporte: 60
carretas e carros do Exército, 13 carretas e carros particulares, 4.630 cavalos do
Exército, 1.300 cavalos particulares, 820 bois mansos carreiros do Exército e
bois mansos de particulares. Este enorme exército transitou por Santa Maria
entre 10Fev-10Mai1756 e por ali retornou, por volta de março de 1757, com
destino a Rio Pardo.
Resgatamos estes fatos na História da 3- RM/1808-1889 e antecedentes.
Porto Alegre: 3- RM, 1994, v.1.
14
prosseguir em sua campanha, o que se tornou impossível.
Vertiz y Salcedo invadiu o Rio Grande para combater as guerrilhas
portuguesas baseadas em Encruzilhada (na Serra do Herval) e na Encruzilhada
do Duro (Coxilha do Fogo, em Canguçu), que desenvolviam a seguinte diretriz
emanada do Rio de Janeiro, para combater o invasor:
“A guerra contra o invasor será feita com pequenas patrulhas atuando
dispersas, localizadas nos matos e nos passos dos arroios e rios. Destes locais
sairão ao encontro do invasor para surpreendê-lo, causar-lhe baixas,
arruinar-lhe cavalhadas, gados e suprimentos e ainda trazê-los em contínua e
persistente inquietação”.
15
Rio Grande enviados do Rio Pardo para ali, e a partir dali apoiar os trabalhos de
demarcação.
No local da cidade de Santa Maria atual chegou em 15Abr1787, para
estabelecer seu acampamento de inverno, o Capitão de Engenheiros Dr. José
Saldanha, com o apoio, nos trabalhos de demarcação, de parte de um
contingente de Dragões do Rio Grande, aquartelados no Rio Pardo. E ali o Cap
José Saldanha permaneceu cerca de 14 anos. E em torno do seu acampamento
começou a surgir a atual cidade de Santa Maria.
E ali começou a prestar assistência religiosa aos moradores o padre capelão
militar Eusébio de Magalhães Rangel.
Em 1798, foi criada ali uma capela, em invocação à N. S. da Conceição, a
padroeira do Exército de Portugal e que seria também a do Exército Brasileiro,
no Império. Local que por esta razão seria chamado sucessivamente Rincão de
Santa Maria, Acampamento de Santa Maria e finalmente Santa Maria da Boca
do Monte (Boca do Mato).
Portanto, Santa Maria teve origem militar, como a grande maioria das
cidades gaúchas.
Em 28Jul1810, Santa Maria tornou-se capela curada, provida em 27Jul
1812, no contexto da Campanha do Exército Pacificador da Banda
Oriental/1811-12.
A Guerra de 1801
O Rio Grande, de 1777-1801, por 20 anos, trabalhou com afinco e
acumulou riquezas, mas inconformado com o Tratado de Santo lldefonso de
1777-que foi um retrocesso.
A guerra se aproximava. Como preparativos para um futuro conflito,
Portugal fundou, no início de janeiro de 1800, as povoações de Caçapava e
16
Encruzilhada, para barrarem, em caso de guerra, o histórico caminho de
invasão: Aceguá- Santa Tecla-Lavras-Caçapava-Encruzilhada-Pântano
Grande-Rio Pardo.
E fundou Canguçu, aprofundando a defesa nos caminhos de invasão
usados pelos guerrilheiros de Rafael Pinto Bandeira na guerra de 1777-76:
Canguçu-Piratini-Pinheiro Machado-Pedras Altas-Herval do Sul-Passo
Centurion, no rio Jaguarão e Forte de Cerro Largo.
Estourando a guerra na Europa, a Espanha invadiu Portugal e conquistou
Olivença. No Rio Grande, a guerra seria sustentada com recursos humanos e
materiais fornecidos pela iniciativa privada.
Na Fronteira do Rio Grande, sob a liderança do Cel Manoel Marques de
Souza 1g, atual patrono da 8- Brigada Motorizada de Pelotas, comandando a
Legião de Cavalaria da Fronteira de Rio Grande, esta invadiu o território ao sul
do rio Piratini e levou nossa fronteira até o rio Jaguarão, depois de destruir as
guardas espanholas de São José, Santa Rosa, Quilombo e da Lagoa.
Data daí a fundação de Jaguarão, com o estabelecimento ali de uma Guarda
Militar, ao comando do Major Vasco Pinto Bandeira.
Na Fronteira do Rio Pardo, o Cel Patrício Corrêa da Câmara, atual
denominação histórica da 39 Brigada de Cavalaria Mecanizada em Bagé, à
frente de seus Dragões do Rio Grande, baseados no Rio Pardo, expulsou os
espanhóis de Batoví (a primitiva São Gabriel), de Santa Tecla, para onde
haviam retornado, e da Guarda São Sebastião, na Coxilha São Sebastião. Esta
guarda retraiu para São Borja através do Passo do Rosário. A oeste, Patrício
colou a fronteira no rio Santa Maria, como previra o Tratado de Madrid.
A partir de Santa Maria atual, 40 dragões e aventureiros, sob a orientação de
Rio Pardo, conquistaram sucessivamente a guarda espanhola de São Martinho
e os Sete Povos, que foram incorporados pela força das armas.
A vitória portuguesa foi decidida no passo N.S. da Conceição do Jaguarão
(atual Passo Centurion), com a retirada, em 13Dez1801, da tropa de Espanha
para o forte de Cerro Largo.
Em 17Dez1801 foi conhecida a paz na Europa, mas a Espanha não
devolveu Olivença, e aqui no Brasil Portugal não devolveu o que conquistara.
Assim, com esta guerra, sustentada com recursos materiais e primários das
fazendas, o Rio Grande do Sul foi bastante ampliado.
Conquistou o território com ricas pastagens dos Sete Povos, o que fica entre
os rios Piratini e Jaguarão, o território entre o rio Santa Maria e o divisor de
águas das bacias da Lagoa dos Patos e Santa Maria, acrescendo aos atuais
municípios de São Gabriel (mais da metade), a Bagé cerca de mais 1/ 3 e a D.
Pedrito quase a metade. E sem esquecermos, todo o município de Santa Vitória.
Enfim, a Fronteira do Brasil no Rio Grande do Sul se apoiava agora em
acidentes naturais, na linha armada pelos rios Uruguai-lbicuí-Santa Maria-
Jaguarão-Lagoa Mirim e, em linha seca, em Aceguá. Do que hoje é o Rio
Grande só faltava o quadrilátero chamado Distrito de Entre Rios, formado pelos
17
atuais municípios de Santana, Rosário, Alegrete, Uruguaiana e Quaraí.
18
comando da 2a Divisão.
Personagem que abordamos na citada obra Estrangeiros e descendentes na
História Militar do RGS, p.147/154 e que será focalizado em detalhes, como
denominação histórica da 6a Bda Inf Bld, pelo acadêmico Cel Mário José
Menezes, ocupante da cadeira n9 27-Gen Riograndino Costa e Silva, da
AHIMTB, no Capítulo Terceiro.
Radicou-se em Santa Maria como comerciante antes da Revolução
Farroupilha o Ten Cel José Alves Valença (1810-1866), depois de haver servido,
no Rio Grande do Sul, no atual Regimento de Dragões da Independência de
Brasília.
Dali saiu para se destacar como um grande líder de combate. O estudamos
em O Exército Farrapo e seus chefes. Rio de Janeiro: BIBLIEX, 1993, v.2
p.13/15.
Sua vida se desenvolveu em torno de Santa Maria.
A testemunha ocular Caldeira, assim descreveu sua ação na Revolução
Farroupilha:
“Foi um bravo, porém prudente na ocasião de combate. Tinha excessos de
bravura. Precisava ser mais humano. Nenhum oficial lhe ganhava a palma no
furor do combate. Era enérgico, violento e muito militar. Montava muito bem. E
na frente de seus soldados, incutia-lhes valor. Era o 19 guerrilheiro de nosso
Exército".
Comandou ao final da Revolução um Corpo de Lanceiros Negros.
Na guerra contra Oribe e Rosas/1851-52, Caxias lhe confiou o comando do
9
1 Regimento da Guarda Nacional de Santa Maria. Regimento de Santa Maria
que integrou a 12a Brigada, ao comando do Cel GN José Gomes Portinho, que
integrava a 2a Divisão, esta ao comando do Brigadeiro João Frederico Caldwel,
que focalizamos no citado Estrangeiros e descendentes ..., já citado.
Nas guerras contra Aguirre e do Paraguai, Alves Valença comandou uma
Brigada de Cavalaria da Guarda Nacional, constituída por unidades de
Encruzilhada e de Santa Maria. Participou da conquista de Paissandú, do
combate à invasão paraguaia por São Borja e da rendição paraguaia em
Uruguaiana. Muito doente, marchou de Uruguaiana até o Passo da Pátria, onde
faleceu em 31Jan1866, sendo sepultado no Cemitério de Corrientes.
Em 1828, tendo Rivera invadido os Sete Povos das Missões, Santa Maria foi
local de concentração de forças para atuar contra este general uruguaio.
E foi neste contexto que ali estacionou o 279 BC de Alemães.
Em abril de 1844, quase ao final da Revolução Farroupilha, o Barão de
Caxias guarneceu Santa Maria com uma Companhia do 29 Batalhão de
Fuzileiros do Exército, baseado em Rio Pardo, dentro da estratégia de ocupar as
localidades para impedir que nelas os farrapos buscassem apoio, dentro de um
quadro geral que abordamos no citado O Exército Farrapo e seus chefes, v. 1. E
foi no 29 ano da Revolução Farroupilha que Santa Maria foi elevada à freguesia.
19
Como vimos, nas lutas externas de 1851-52 contra Oribe e Rosas, 1864
contra Aguirre e 1865-70 contra o Paraguai, Santa Maria se fez presente com
seu Regimento de Cavalaria da Guarda Nacional, ao comando do Cel Valença e
integrado por João Niederauer Sobrinho, denominação histórica da 6a Bda Inf
Bld.
20
para onde, com mais facilidade, brasileiros da bacia do rio Uruguai podiam
comerciar.
A condição de Santa Maria como centro geográfico do Rio Grande do Sul,
acrescida de centro ferroviário estadual e no meio do caminho entre as duas
maiores metrópoles sul-americanas, São Paulo e Buenos Aires, como centro
dispersor e de reunião de cargas e passageiros do/ou para o centro do país,
estava predestinada a ser o centro de gravidade das forças do Exército no Sul
do Brasil, até atingir a condição de ser a maior guarnição do Brasil, no tocante à
concentração de tropas, pois hoje ela reúne 19 unidades do Exército e mais a
Base Aérea.
21
Acadêmico Ten Cel Ref BMRS José Luiz Silveira, o historiador
da Brigada Militar
Reside em Santa Maria o venerando acadêmico Ten Cel Ref da Brigada
Militar José Luiz Silveira, o qual, em parceria com o Cel da Brigada Militar
Hermito Lopes Sobrinho escreveram a História do 12 Regimento de Cavalaria -
Regimento Pillar, da Brigada Militar, sediado em Santa Maria.
O acadêmico José Luís, o considero o maior historiador operacional da
Brigada Militar, em cuja obra O Rio Grande pelo Brasil. Santa Maria: Machris,
1989, ele resgatou a movimentada história da Brigada Militar de 1897/1932,
onde inclui o combate de Cerro Alegre, em Piratini, de 20 de setembro de 1932,
do qual ele participou e resgatou sua História, junto com Osório Santana
Figueiredo.
Creio que talvez hoje o Ten Cel Silveira seja o único veterano que conheço
das lutas que, em Piratini, com o combate do Cerro Alegre, encerraram o ciclo
revolucionário gaúcho, iniciado exatamente 97 anos antes, com o combate da
Ponte da Azenha, em 20 de setembro de 1835, que marcou o início da
Revolução Farroupilha.
Em Notícias Históricas-1737/1898. Santa Maria: 1889, o Ten Cel Silveira
-esgatou as ações da Brigada Militar, a maioria das vezes lado a lado, ombro i
ombro com tropas do Exército no combate a Guerra Civil de 1893/95.
E hoje, nonagenário, se constitui em um dos mais solidários membros da
Academia de História Militar Terrestre do Brasil, onde representa a Brigada
Militar e ocupa a cadeira especial n2 1, que tem por patrono o historiador da
Brigada Militar Major Miguel Pereira. Sobre ele escreveu Dulce Klein, com muita
felicidade e verdade, o que endossamos:
“A energia, a vitalidade, a lucidez, o carinho, a amizade que o Cel Silveira
transmite, contagia a todos que o conhecem”.
Aos 88 anos de vida (agora 92) é digno de grande admiração e merecedor
de gratidão e reconhecimento, pela sua incansável preocupação em manter
acesa e viva a história e os marcantes feitos de sua querida Brigada Militar do
Rio Grande do Sul.”
A Academia de História Militar Terrestre do Brasil agradece seus socorros
financeiros em seus momentos difíceis, nem sempre percebidos, que a
ajudaram a permanecer no campo cultural em defesa da memória de suas
forças terrestres no últimos 6 anos.
22
CAPÍTULO SEGUNDO
QG no Regimento Mallet - 1978 Prédio que abrigou a 6’ Bda Iní Bld - 2000
(canto do Hino Nacional)
Em 22Set87, depois de passar por várias alterações em sua Ordem de
Batalha, construção de quartéis e rearticulações de suas OM, a Brigada instalou
o seu QG na Av. Borges de Medeiros n9 1515, que até então servira de parada
do antigo e tradicional 79 Rl-Regimento Gomes Carneiro e depois ao seu
sucessor, o 79 BIB.
A 6a BdalnfBld integra a 3a DE-Divisão Encouraçada, em Santa Maria,
juntamente com a 1a BdaCMec, em Santiago/RS, a 2a BdaCMec, em
Uruguaiana e a AD/3, em Cruz Alta/RS, além de unidades de sua base
divisionária.
A 6a BdalnfBld tem por características Mobilidade, Flexibilidade, Potência
de Fogo, Proteção Blindada, Ação de Choque e Comunicações amplas e
23
flexíveis.
Está situada no Centro Geográfico do Rio Grande do Sul, a meio caminho
de São Paulo e Buenos Aires.
A 6a Bda Inf Bld está capacitada:
- A realizar operações militares de natureza ou atitude
predominantemente ofensiva, e que exijam Alta Mobilidade Tática,
Potência de Fogo, Proteção Blindada e Ação de Choque;
- A constituir uma Reserva móvel e potente do Escalão Superior;
- A executar operações como Força de Junção;
- A conduzir operações como Força de Cobertura;
- A dispersar-se e concentrar-se rapidamente;
A 6- Bda Inf Bld está concentrada em Santa Maria, posição de expressivo
valor geoestratégico. Ela é completa desde o tempo de paz, e suas OM reunidas
e justapostas no Campo de Instrução de Santa Maria, exceto o modelar 49 RCC,
localizado em Rosário do Sul, vizinho do Campo de Instrução Barão de São
Borja.
Ela é constituída das seguintes OM, cuja síntese histórica será feita pelo
acadêmico Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis no Capítulo Quinto: Cia Comando,
3- Cia Com, 269 Pel PE, 79 BIB, 299 BIB, 49 RCC, 69 Esqd C Mec, 6a Cia Eng
Cmb Bld, 39 GAC AP, 6a Bia AAAé e 49 B Log, além do Cmdo da Bda (vide
organograma).
A Brigada Niederauer possui o informativo Lança Partida, referência a uma
lança partida que pertenceu ao Cel Niederauer e que integra o acervo da
Brigada. Informativo criado no comando do Gen Bda José Chuquer Rodrigues e
que a Academia de História Militar Terrestre do Brasil vem colecionando como
Histórico futuro da Brigada.
Vale lembrar que o título de Anspeçada, que existiu em nosso Exército
como um soldado melhorado entre o soldado e o cabo deriva da expressão
italiana “lanzia spezata” (lança partida). Título dado ao soldado de cavalaria que
não mais podia montar por razões de saúde e passava para a Infantaria.
24
nas obras:
- BELÉM, João da Silva (1874-1935). História do Município de Santa Maria.
(Porto Alegre: Liv. Selbach, 1933).
- COELHO, Catão Vicente. Cel João Niederauer Sobrinho. (Santa Maria:
Liv. Globo, 1903).
A Catão Coelho se deve o início do resgate da memória do Cel João
Niederauer Sobrinho em 1903 e a sua imortalização em 1921 na herma Cel
Niederauer.
25
Organograma do CMS, 3a Divisão de Exército e 6a Bda Inf Bld
26
Foto atual do QG
27
como encarregado da construção desta obra majestosa, em cuja direção se
houve com o maior interesse e amor ao trabalho, a par da mais escrupulosa
probidade, ficando assim seu nome gravado nos Anais da história deste 7Q
Regimento, como uma das glórias da nossa Engenharia Militar. “
No Boletim do Dia 21 sob o titulo Festa Nacional e Inauguração constou o
seguinte:
“As bandas de música e de corneteiros tocarão Alvorada Festiva amanhã
neste quartel, seguindo depois a percorreras principais ruas de Santa Maria,
devendo ter regressado na hora de hastear-se os pavilhões, no centro e flancos
do novo quartel e tudo feito com as formalidades de estilo.
O rancho será melhorado, de acordo com a tabela. Das 14 horas em diante
a banda de música fará retreta no Quartel.
Às 16 horas será servida uma mesa de doces a todas as praças do
Regimento presentes nesta Guarnição de Santa Maria. As equipes ficam
autorizadas a convidar suas famílias e conhecidos para visitarem o quartel, cujo
portão estará franco das 12 horas às 21 horas.
Às 20 horas devem achar-se neste quartel os Srs. Oficiais, para receberem
os Srs. generais Inspetor, o comandante da 3a Brigada Estratégica e demais
convidados, que virão assistir ao ato solene de inauguração.
A Revista do Recolher, de acordo com a autorização superior existente,
será passada à meia noite.
Deixo de convidar as Exmas Famílias dos companheiros, pois sendo a
festa em seus nomes espero ter a honra de vê-los abrilhantar o ato, por isso já
se acham compreendidas no número de convidados.”
O Capitão Érico era carioca, nascido em 1860. Foi praça voluntária na
Fortaleza de São João, em janeiro de 1881, tendo percorrido todas as
graduações de praça até ser promovido a tenente em 1902. Capitão por
merecimento em 1906 e major por merecimento em 1914, ano seguinte da
inauguração do atual QG da 6a Bda Inf Bld, posto em que participou do combate
com o T RI de 16Abr a 28Mai de 1915 do combate à Revolta do Contestado.
Passou para a Reserva como coronel graduado em 30Dez22, segundo dados
colhidos pelo membro correspondente da AHIMTB, 2B Sgt Nelson Soares bem
como do engenheiro construtor o Major Oscar Barcellos, nascido no Rio em
06Out1868, durante a Guerra do Paraguai. Cursou a Escola Militar de Porto
Alegre. Como Alferes, combateu a Revolta na Armada (1893/94), a bordo do
Cruzador Benjamin Constant, da Esquadra Legal. Como Major comandou o 5o
Batalhão de Engenharia em Mato Grosso, na construção de linhas telegráficas.
Trabalhou na ferrovia Lorena-Piquete, sendo autor do traçado da ferrovia que
atingiu Itajubá através da Mantiqueira.
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CAPÍTULO TERCEIRO
O Cidadão
João Niederauer Sobrinho era filho de Felipe Leonardo Niederauer e de
Catarina Diehl Niederauer, imigrantes alemães que vieram para o Brasil em
1825 e se estabeleceram em São Leopoldo, colônia alemã situada na então
Província do Rio Grande do Sul.
Em dezembro de 1826, seus pais transferiram sua residência para Três
Forquilhas, acompanhando as primeiras famílias alemãs que se estabeleceram
naquela região, conduzidas pelo pastor luterano alemão Carl Leopoldo Voges,
parente de Catarina.
Foi em Três Forquilhas que, a 4 de abril de 1827, nasceu João Niederauer
Sobrinho, que os registros da igreja daquela localidade informam ter sido o
primeiro varão vindo à luz na nova colônia.
Apesar de tornar-se um dos moradores mais abastados do lugar, Felipe
Leonardo não acreditava no futuro da colônia e, por volta de 1830, retornou a
São Leopoldo, onde Niederauer aprendeu as primeiras letras.
A intranqüilidade gerada pela Revolução Farroupilha/1835-45, que enlutou
o solo riograndense por longos 10 anos, provocou a saída de Felipe Leonardo
29
para Santa Maria, onde já viviam os seus dois irmãos, Frederico, João Frederico
e o sobrinho João Frederico, os 3 vindos com ele da Alemanha.
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filhos e três filhas, a última das quais, Adelaide, não chegou a conhecer, por
nascida enquanto ele estava em campanha.
O Soldado
No Brasil-lmpério, por lei de 18 de agosto de 1831, foi criada a Guarda
Nacional em substituição às Milícias e Ordenanças, resolução que, segundo
Gustavo Barroso, "... para a vida militar do Brasil, foi o ato mais notável da
Regência.”
Mais adiante explica a sua afirmativa sobre essa Instituição militar: prestou
relevantíssimos serviços como reserva do Exército. Tomou parte em todas as
guerras civis e externas do Império e nas primeiras lutas intestinas do período
republicano.”
Em períodos de crise e por decisão do Governo, a Guarda Nacional era
convocada pelo Presidente da Província e a ele ficava subordinada.
A 16 de abril de 1850 o Governo Imperial, com o fito de defender a fronteira
sul do Brasil, ameaçada de invasão pelo Ditador argentino D. Juan Manuel Ortiz
de Rosas, criou o Comando Superior da Guarda Nacional de Cachoeira e
Caçapava, composto de Corpos dessa vilas e das freguesias de Santa Maria e
Lavras.
Em razão do Decreto do Governo Imperial foram logo criados corpos de
Cavalaria nas citadas localidades.
A ameaça de invasão do nosso território excitou o ânimo dos mais afoitos.
Niederauer não ficou indiferente. Seu patriotismo fê-lo abandonar a vida
tranqüila do comércio, onde vinha obtendo sucesso, para ingressar, a 9 de
janeiro de 1851, como Alferes, no 19 Esquadrão do Corpo de Cavalaria do
Distrito de Santa Maria, integrante do Comando Superior da Guarda Nacional de
Cachoeira e Caçapava.
O seu ingresso na Guarda Nacional no posto de Alferes confirmou o
excelente conceito que Niederauer desfrutava entre os seus conterrâneos. Pois
apenas aqueles cidadãos que se destacavam pela inteligência, pela facilidade
de comunicar-se e pela capacidade de liderança ingressavam na Guarda
Nacional nos postos de Oficial. A inclusão em tão prestigiada Força permitiu a
Niederauer participar de todos os acontecimentos marcantes que se
desenrolaram em sua época no sul do Brasil.
A primeira operação na qual participou foi a da bicentenária Guerra contra
Oribe e Rosas/1851-52, quando, com o 19 Esquadrão de Cavalaria, partiu de
Santa Maria integrando o 19 Regimento de Cavalaria da Guarda Nacional, sob o
comando do Ten Cel José Alves Valença, para se juntar ao contingente de
Cachoeira.
A 19 de agosto de 1851, o 19 Regimento de Cavalaria, que fazia parte da
Brigada de Cavalaria comandada pelo Cel José Gomes Portinho, juntou-se ao
Exército de Caxias na região de Seival e a 6 de setembro cruzava a fronteira,
indo acampar nas proximidades de Montevidéu a 22 de outubro de 1851.
31
Niederauer não participou da Batalha de Monte Caseros em 02Fev1852,
onde Rosas foi derrotado. Ficara no Acampamento Geral do Exército Brasileiro
em Colônia do Sacramento, na força reserva.
Ao regressar a Santa Maria, após a paz, ostentava no peito a sua primeira
condecoração, a Medalha de Prata da Guerra de Rosas, com fita verde,
significando que ele participara apenas das operações contra Oribe, que se
rendera a Urquiza antes de enfrentar o Exército de Caxias.
Sua estada em Santa Maria, onde retomou as suas atividades no comércio,
foi de curta duração.
Em 17 de outubro de 1853 irrompeu uma revolução em Montevidéu.
O Capitão Niederauer, que fora confirmado neste posto a contar de 1852,
comandando um Esquadrão de Cavalaria, integrou a força brasileira que tomou
o nome de Divisão Imperial Auxiliadora a qual, a pedido do Governo do Uruguai
atravessou a fronteira com o fito de apaziguar as forças políticas que haviam
entrado em conflito no Uruguai.
Em 28 de março de 1854 a Divisão Imperial pisou em território uruguaio e a
sua simples presença contribuiu para a pacificação desejada.
Em 1857, nova missão foi cumprida por Niederauer. A situação das nossas
fronteiras com o Uruguai e Argentina continuava tensa. Então, o Governo
brasileiro, como medida de segurança, organizou uma Força denominada
Exército de Observação do Ibicuí, que devia estacionar próximo dos limites com
os dois países.
Foi dividido o Exército em três Divisões. Em Alegrete, acampou a 5- Divisão
de Cavalaria, comandada pelo então Coronel José Joaquim de Andrade Neves,
à qual pertencia o Esquadrão de Niederauer.
Sem demora, desenvolveu-se entre Andrade Neves e Niederauer uma
grande admiração e respeito mútuos que, infalivelmente, iriam desaguar, como
de fato ocorreu, em uma profunda amizade que só terminaria com a morte deles.
Externando essa amizade, Niederauer, quando mais tarde lutava no
Paraguai, ao saber do nascimento de sua última filha, mandou avisar à sua
esposa que ela devia chamar-se Adelaide, homenagem à esposa de seu amigo
e compadre, Dona Adelaide.
Cumpre aqui, ressaltar a grande influência de Andrade Neves na vida militar
de Niederauer, ambos expoentes da Guarda Nacional e hoje denominações
históricas de organizações do Exército.
Já guerreiro experimentado, o futuro Barão do Triunfo, diante de um
companheiro ávido por saber, certamente ministrou-lhe inúmeros
conhecimentos, completando aqueles que ele já recebera do Ten Cel Valença,
também seu amigo e compadre.
Além do mais, Andrade Neves confiava, sem reservas, em Niederauer. E
mais tarde, combatendo juntos no Paraguai, manteve Niederauer sempre na
vanguarda de sua Divisão, entregando-lhe as missões mais difíceis e
arriscadas. E Niederauer cumpriu todas elas, com inusitada galhardia.
32
Niederauer tornou-se conhecido de seus companheiros e superiores pelo
ardor e determinação com que combatia. Seu destemor frente ao perigo
causava profunda impressão em seus comandados.
Oto Stieher, combatente, e também correspondente de guerra do jornal
Deutsche Zeitung, editado em Porto Alegre, que conviveu com nosso biografado
na Guerra do Paraguai, escreveu sobre o herói:
“Estimado e quase endeusado pelos seus comandados, gozava de muita
estima, bem como da amizade de seus superiores.”
Caxias admirava-o de modo particular.
As duas últimas batalhas em que Niederauer tomou parte antes de morrer
foram Itororó e Avaí. Em Itororó, a vanguarda que comandou tinha o valor de
uma Divisão. Em Avaí, a 2- Divisão de Cavalaria.
É ainda Oto Stieher que informa:
"... além disso, possuía a confiança especial do Marquês de Caxias e foi um
dos intrépidos comandantes que, sem expor-se atrevidamente ao perigo,
sempre indicou à sua Brigada o caminho da vitória.”
A decisão de Caxias em dar-lhe, por 2 vezes, o comando de uma Divisão
parecia indicar sua próxima promoção a Brigadeiro.
O Barão Homem de Melo partilhava dessa opinião ao escrever, depois de
sua morte :
”... valoroso cabo de guerra, em cuja fronte varonil, alumiada pelos clarões
de um futuro esplêndido, o Exército antevia, por ventura, um sucessor do Barão
do Triunfo.”
A missão do Exército de Observação do Ibicuí terminou em 1858 e, já em
1864, Niederauer, promovido a tenente-coronel, marchou para a Campanha do
Uruguai à testa do 7- Regimento Provisório de Cavalaria.
Nessa Campanha mais uma vez o 7g Corpo ficou como força de Reserva,
sob o comando de Osório, enquanto Paisandú e Salto eram conquistadas.
Niederauer, apesar de ter participado de todos os movimentos armados
ocorridos entre 1851 -Guerra contra Oribe e Rosas/1851-52 e a Campanha do
Uruguai-1864, não esteve presente em nenhuma luta ou combate ocorrido no
período. Mas se instruiu e preparou seus homens para a guerra dentro de
situações reais. Foram marchas constantes através de terrenos difíceis e
situações climáticas inclementes que enrijeceram os seus comandados e
aprimoraram a sua capacidade de condutor de homens.
Ao contrário do que ocorrera nas lutas anteriores, Niederauer, agora com a
segunda condecoração, a Medalha da Campanha do Uruguai, não mais
retornou a Santa Maria.
Ao término da Guerra contra Aguirre, a 20 de fevereiro de 1865, ainda no
acampamento de Santa Lúcia, no Uruguai, chegou a notícia de que o Paraguai
declarara guerra ao Brasil e à Argentina e que já invadira o território desses
países.
Osório, no comando das Forças acampadas em Santa Lúcia, em
33
substituição ao Gen João Propício Mena Barreto, que adoecera, preparou-se
febrilmente para organizar o Exército que marcharia em socorro da Argentina,
que se aliara ao Brasil, juntamente com o Uruguai, através do Tratado da
Tríplice Aliança.
A 27 de abril de 1865 começou a marcha do Exército Imperial, com o 79
Corpo Provisório de Cavalaria integrando a 6- Brigada de Cavalaria, comandada
pelo Ten Cel Manuel Oliveira Bueno.
Ao atingir a foz do rio Mocoretá, o exército sofreu nova organização e o 7-
Corpo de Cavalaria passou a fazer parte da 3- Brigada de Cavalaria,
comandada por Andrade Neves. Entretanto, ainda não era desta vez que os dois
amigos trilhariam juntos os mesmos caminhos.
Quando, a 24 de abril de 1866, Niederauer desembarcou em solo paraguaio
o 7- Corpo de Cavalaria, sob o seu comando, integrava a 4ê Brigada de
Cavalaria, comandada pelo Cel Manuel Oliveira Bueno, que deixara o comando
da 6- Brigada de Cavalaria.
A 18 de maio de 1866, Niederauer foi promovido a coronel e nomeado
Comandante Superior da Guarda Nacional de Santa Maria e São Martinho, o
que não implicava em sua retirada do Teatro de Operações.
Deixou o Comando do 79 Corpo de Cavalaria mas não recebeu, de
imediato, o novo Comando. Encontrava-se nessa situação quando foi travada, a
24 de maio de 1866, a primeira batalha de Tuiuti. Somente a 19 de agosto do
mesmo ano Niederauer foi nomeado Comandante da 3- Brigada de Cavalaria.
Em 31 de janeiro de 1867, Caxias reorganizou o Exército Aliado, no
Acampamento Geral do Passo da Pátria. A 3- Brigada de Cavalaria, comandada
por Niederauer, passou a integrar a 2- Divisão de Cavalaria sob o comando de
Andrade Neves. A partir de então, os dois amigos percorrerão juntos um
caminho de glórias imorredouras e juntos engrandecerão o Exército e exaltarão
o Brasil.
Por essa época, Niederauer já havia recebido três medalhas: Guerra contra
Oribe e Rosas, Campanha do Uruguai e Comenda da Ordem de Rosa,
condecorações estas que ele honrará de forma soberba.
Enquanto reorganiza a Força Aliada para a ofensiva, Caxias verificou ser
impossível vencer as fortificações paraguaias mediante um ataque frontal.
Decidiu, então, desbordá-las, realizando um grande movimento que conduzisse
os aliados à retaguarda profunda do inimigo delas. Foi a célebre Marcha de
Flanco.
Ao iniciar o movimento em 22 de julho de 1867 a 3- Brigada de Cavalaria
fazia a vanguarda da Força Aliada. Em 31 de julho a Força Aliada atingiu
Tuiu-Cué, região buscada por Caxias. Travou-se um combate. Foi o primeiro em
que Niederauer tomou parte desde o ingresso na Guarda Nacional. Pela
maneira com que se houve em seu batismo de fogo, e também a sua tropa,
mereceu elogios de Andrade Neves.
A partir daí os combates se sucedem e neles o destemor, a bravura, a
34
perícia na condução dos homens bem como a magnanimidade com que
Niederauer tratava os vencidos, foram destacados por Caxias e Andrade Neves.
A 3 de agosto de 1867, na vanguarda do Destacamento que Caxias
encarregara de desbaratar os paraguaios que hostilizavam a progressão aliada
na região de São Solano, Niederauer investiu em carga furiosa contra uma tropa
paraguaia de cerca de 700 homens, derrotando-os e os perseguindo até uma
ponte sobre o Arroio Hondo. Essa vitória foi exclusivamente de Niederauer. E
ele sentiu o seu prestígio crescer no seio do Exército.
Após a vitória de Arroio Hondo foi necessário fazer um reconhecimento em
toda a região a fim de deixá-la livre dos paraguaios que continuavam fustigando,
sem cessar, a Força Aliada.
Durante esses reconhecimentos foram travados alguns combates, entre eles
o de Potrero Obella, contra uma tropa de 150 homens, os quais, apesar de
oporem desesperada resistência, foram batidos, fragorosamente, por
Niederauer, a 19 de setembro de 1867. E já no dia seguinte participou do assalto
e tomada da posição inimiga de Vila de Pilar. Quando a vanguarda atingiu Pilar,
encontrou- a desguarnecida. Andrade Neves mandou ocupá-la, enquanto
lançava Niederauer para a frente, com a missão de encontrar um passo no rio
Nheembuçu, além do qual estava uma posição inimiga artilhada. Encontrado o
passo, mal os primeiros elementos o atravessaram foram atacados,
inopinadamente, por cerca de 400 cavalarianos. Sem perda de tempo Andrade
Neves cruzou o rio em socorro da tropa atacada, lançando Niederauer contra o
inimigo. O embate das duas forças foi terrível, mas Niederauer foi o vencedor. O
reduto artilhado teve apenas tempo necessário para disparar 3 tiros.
Após a vitória de Pilar, Andrade Neves, ao ser aclamado por seus soldados,
exclamou: “Não me pertencem estas glórias. Elas são de Niederauer.”
Caxias externou a sua admiração pelo feito de Niederauer em elogio do qual
se extrai esta passagem:
"... pela bravura em combate e magnanimidade para com os vencidos, atos
estes que muito o recomendam à gratidão do País e do Exército especialmente.”
Os feitos de Potrero Obella e Vila de Pilar valeram a Niederauer a Ordem do
Cruzeiro no grau de Cavaleiro.
Com a conquista de Pilar os aliados passaram a dominar o chamado
Quadrilátero, sistema de fortificações que Lopez mandara construir na região, e
também, a barrar as comunicações de Humaitá com o resto do Paraguai, o que
dificultou a chegada de suprimentos ao imimigo.
Por esta razão, diariamente, os Corpos de Cavalaria paraguaios saíam da
Fortaleza de Humaitá para forragear os animais.
A 3 de outubro de 1867 uma Força aliada, a 6- DC, que estava em vigilância,
observou um Regimento de Cavalaria inimigo e pediu auxílio a Andrade Neves,
que atacou os paraguaios. O inimigo fugiu, procurando proteção no forte de
Humaitá.
Caxias, que acorreu ao teatro da ação com reforços, vendo que o inimigo
estava se retirando, mandou recolher a tropa brasileira, deixando a Divisão de
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Andrade Neves em observação.
Mal a tropa brasileira começou a retirar-se, 6 Regimentos de Cavalaria
paraguaios, cerca de 1.000 homens, atacaram os 400 homens da 63 DC e os
envolveram.
Andrade Neves, em cargas sucessivas sobre o inimigo, procurou socorrer a
ê
6 DC. O inimigo resistiu e Andrade Neves, então, ordenou à 3- Brigada de
Cavalaria que atacasse o centro. Após cerca de uma hora de luta o inimigo se
retirou.
Em razão de sua conduta nesse combate Niederauer recebeu um elogio de
Andrade Neves:
"... pela maneira com que dirigiu as cargas dos Esquadrões de sua
Brigada...”
E outro de Caxias :
“... pelo costumado denodo e bravura com que se distinguiu no combate.”
No dia 21 de outubro de 1867, 18 dias após esse combate, chamado de
Paré-cué, Niederauer voltou a distinguir-se em violento combate na região de
Tatay-ibá, ou Hermosa-Cué. Após a vitória o elogio de Andrade Neves foi
consagrador:
“Neste feito de audácia, resultado de um plano bem combinado, que deu
lugar a mais uma vez brilharem as armas brasileiras, torna-se digno de honrosa
menção o valente Coronel Niederauer Sobrinho, que tem se revelado um chefe
perito e de notável bravura.”
Oito dias após o combate de Hermosa-Cué, Niederauer distinguiu-se,
sobremaneira, no segundo combate de Potrero Obella.
Depois, a 2 de novembro, teve lugar a tomada de Tayi, outro ponto
importante para Lopez, por interferir nas ligações de Humaitá com o norte do
Paraguai.
Em 19 de fevereiro de 1868 teve lugar a conquista de Estabelecimiento. A
resistência paraguaia foi de tal monta que ia pondo em perigo o ataque
brasileiro. E mais uma vez a iniciativa de Niederauer salvou-nos do desastre.
Frente aos fossos de Estabelecimento, e desmontando, o 69 Corpo de
Cavalaria, ao qual pertencia à sua Brigada, investiu à sua frente, de espada em
punho, pondo fim à luta.
O Governo Imperial não ficou indiferente aos feitos de Niederauer. A 2 de
abril de 1868 concedeu-lhe a Ordem do Cruzeiro no Grau de Oficial:
“pelos serviços prestados e bravura nos combates de 19 e 20 de setembro,
3 e 21 de outubro de 1867 e 19 de fevereiro de 1868.”
A 25 de julho de 1868 os aliados entraram em Humaitá, que encontram
abandonada. A partir daí estava aberto o caminho para Assunção, seguindo a
estrada real que a ligava a Humaitá.
Iniciado o movimento na direção da capital paraguaia, a vanguarda foi
confiada à 2- Divisão de Andrade Neves que, a 23 de agosto, atravessou o rio
Nheembuçu, acampando, na manhã de 26, a cerca de uma légua do arroio
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Jacaré.
Nesse mesmo dia um piquete cruzou o arroio Jacaré e se deslocou na
direção do rio Tebiquari, em reconhecimento. Próximo ao rio, começaram a
perseguir uma pequena força inimiga quando foram atacados, inopinadamente,
por cerca de 300 cavalarianos paraguaios, sendo obrigados a retroceder.
Andrade Neves recebeu ordens de Caxias para atacar e se dirigiu para o passo
do Jacaré. Ao chegar no local ordenou a Niederauer investir contra a força
inimiga. A vitória de Niederauer foi completa.
Se levarmos em conta que Niederauer conduziu à vitória 96 homens, que era
o efetivo de sua força, conforme sua declaração em parte de combate ao seu
Chefe, concluímos que, ao ele combater e vencer 300 inimigos, ele era um
inexcedível condutor de homens.
A fim de prosseguir na marcha para Assunção, com segurança, Niederauer
foi mandado fazer um reconhecimento do reduto inimigo existente no Passo
Real do Tebiquari. De posse das informações obtidas por Niederauer, Caxias
determinou que o ataque fosse realizado no dia seguinte.
Mais uma vez coube a Niederauer a honra de iniciar o ataque. Investindo
com intrepidez, atravessou o fosso em vários lugares sobre pranchões
colocados por nossos sapadores, e debaixo de uma saraivada de balas. Após
escalarem um baluarte do reduto de mais de 3 m de altura, tocaram os
paraguaios rio a dentro.
Findo o combate, eis o que publicou de Caxias em sua Ordem do dia ng 248,
de 31 de agosto de 1868:
“O Exmo Sr Marquês de Caxias, comandante em chefe, tendo dado o devido
apreço ao brilhante feito d’armas praticado na tarde de 28 do corrente pela 3a
Brigada de Cavalaria, manda também elogiar ao Sr. Coronel João Niederauer
Sobrinho pela leal e franca coadjuvação nas acertadas medidas que empregou
para o bom desempenho desta operação, demonstrando ainda, mais uma vez,
bravura, perícia e inteligência”.
A 23 de setembro, Niederauer travou violento combate sobre a ponte do rio
Surubi e a 19 de outubro participou de um reconhecimento à viva força da linha
fortificada do Piquiciri, sob o comando de Osório. O reconhecimento revelou que
Lopez mandara construir uma linha de obstáculos impossível de ser vencida por
um ataque frontal. Esse fato fez com que Caxias idealizasse a memorável
marcha através do Chaco, flanqueando as fortificações da Linha Piquiciri.
Para possibilitar essa travessia, nossos engenheiros do Batalhão de
Engenheiros e do Batalhão de Pontoneiros, ao comando do General Argolo
Ferrão, deram uma demonstração nítida de arrojo, determinação e
competência, construindo uma estrada de mais de 10 quilômetros, onde foram
empregadas cerca de 30.000 estivas colocadas sobre os tremedais.
Até que todo o Exército passasse, o trabalho foi renovado várias vezes, em
razão das cheias repetidas que destruíam o trabalho feito.
A 3 de dezembro de 1868 a Brigada Niederauer foi a última a embarcar nc:
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porto de Palmas a fim de atravessar o rio Paraguai para, então, encetar a
marcha pelo Chaco. Mas no dia 5, depois de desembarcar em Santo Antônio»,
na retaguarda profunda das fortificações de Piquiciri, Niederauer, com sua
Brigada, voltou a fazer a vanguarda de Caxias.
Continuando a marcha para o sul, o Exército Aliado atingiu a região do arroio
Itororó, onde um reconhecimento levado a feito por Niederauer detectou a
presença de tropa inimiga. Ao sul da ponte o General paraguaio Caballero
estava posicionado com mais de 4.000 homens, sob a cobertura das elevações
e matas que circundavam o campo.
Ao partir para o ataque, sempre na vanguarda do Exército, Niederauer
comandava uma força de valor Divisão, comando de general. Niederauer não
faltou à confiança que Caxias lhe depositou. Na conquista da ponte sobre o
arroio, que permitiría o prosseguimento do movimento do Exército e defendida
com extrema ferocidade pelo inimigo, e onde foram imolados muitos bravos, a
estrela de Niederauer brilhou como astro de primeira grandeza. Depois de
cruzar e recruzar a ponte por 4 vezes coube-lhe dar a carga final que destroçou
a resistência paraguaia liderada pelo General Caballero.
11 de dezembro de 1868. Batalha do Avaí.
Após a derrota sofrida em Itororó os paraguaios recuaram e se
reorganizaram na vasta planície que se estendia após o arroio Avaí. Osório, que
fazia a vanguarda, logo após atravessar o arroio, avistou o inimigo disposto em
ordem de batalha.
Quando Caxias rompeu com o ataque, enquanto Osório investia pelo
centro do dispositivo inimigo e João Manuel Mena Barreto pela direita, confiou a
Andrade Neves a esquerda. Este era o setor mais crítico, pois por ele poderíam
vir reforços para o inimigo.
Andrade Neves comandava duas Divisões de Cavalaria, entre elas a 2-,
sob o comando de Niederauer. Travou-se violenta batalha e, depois de 5 horas
de luta debaixo de violento temporal, mais uma vitória colhida pelos aliados, e
mais um momento de glória para o valoroso Coronel Niederauer.
Finda a batalha, quando Niederauer percorria o campo de batalha para
identificar os mortos e mandar recolher os feridos, surgiu de surpresa por detrás
de uma moita um paraguaio que o feriu mortalmente com um golpe de lança. A
lança atravessou seus intestinos. Levado para o hospital de Vileta veio a falecer
no dia 13, vítima de peritonite aguda.
Foi sepultado no cemitério de Vileta, como um anônimo entre tantos
anônimos.
Seus restos mortais nunca puderam ser recuperados apesar de buscas
cuidadosas levadas a cabo em Vileta, por seus familiares.
O antigo cemitério de Vileta fora transferido para outro local, este sem o
mínimo cuidado na identificação dos sepultados.
Entretanto, personagens como Niederauer não são atingidos pela mesma
morte que se abate sobre o homem comum. Das cinzas do seu corpo
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desaparecido surgiu o herói que hoje conhecemos, lembrado e venerado com
muito carinho e que inspira com seu exemplo imortal os integrantes da 6a
Brigada de Infantaria Blindada - A Brigada Niederauer.
A Exaltação ao Herói
Apesar de se afastar, repetidas vezes, de Santa Maria, o Coronel João
Niederauer Sobrinho deixou uma impressão muito profunda na sociedade de
sua terra adotiva. Não demorou muito, portanto, a surgirem as homenagens
póstumas a este bravo.
Em 1876, 8 anos após a sua morte, a rua 2 de julho passou a denominar- se
Cel Niederauer.
Em 1903 o historiador Catão Vicente Coelho, nascido em São Borja mas
radicado em Santa Maria, teve a idéia de que fosse erigida uma herma em
homenagem ao herói. Labutou com afinco e perseverança na realização do seu
intento. Em 1921, finalmente, viu a sua idéia vitoriosa com a criação de uma
Comissão encarregada de levantar os fundos necessários entre as firmas
comerciais e a população. Não houve interferência do poder público. A obra,
caríssima para a época, foi executada em Florença pelo escultor brasileiro
Rodolfo Pinto Couto e inaugurada em 10 de setembro de 1922.
A Guarnição Militar de Santa Maria, na época constituída pelo QG da 5-
Brigada de Infantaria, hoje 3- Divisão de Exército e pelo 7- Regimento de
Infantaria, atual 79 Batalhão de Infantaria Blindado, perfeitamente sintonizada
com a população, juntou-se a esta na homenagem tocante e seus integrantes
contribuíram para a construção e feitura da obra.
Não ficaram apenas na contribuição financeira as homenagens prestadas a
Niederauer pelos militares.
Em 1944, o Comandante da Guarnição instituiu uma competição esportiva
que teve o seu nome, a ser disputada no dia 25 de agosto, Dia do Soldado, por
todas as unidades de Santa Maria, inclusive a Brigada Militar.
Em 08 Nov de 1968, ano do centenário da morte de Niederauer, o
Comandante da 3a Divisão de Infantaria, desejando que a Guarnição Militar se
unisse à população nas homenagens que seriam prestadas, viu aprovada a sua
proposta ao Comandante da 3a Região Militar para que a Vila Militar passasse a
ser denominada Vila Cel Niederauer. Mas a maior homenagem ainda estava por
vir.
A 18 de março de 1992, o Ministro de Estado do Exército, em Portaria
Ministerial n9 164, aprovando proposta do Comandante da 6a Brigada de
Infantaria Blindada, Gen Bda Jorge Cardoso Nogueira, concedeu à GU a
denominação histórica de “Brigada Niederauer” com o respectivo Estandarte
Histórico.
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Blindada preciosos documentos e objetos que pertenceram ao Cel Niederauer,
entre eles uma lança partida em combate, que figura como peça heráldica no
Brasão d’Armas do Estandarte da 6a Bda Inf Bld, a sua espada cerimonial e o
Atestado de Óbito do herói, assinado no Acampamento do Exército Imperial, em
Vileta, pelo Dr. Francisco Rodrigues da Silva, lente catedrático da Faculdade de
Medicina e do Liceu da Bahia e cirurgião-mor da Brigada de Comissão.
Conclusão
Ao iniciar o século XIX, o sul do Brasil passou a viver um período de
grandes agitações políticas. Países há pouco tornados independentes lutavam
entre si na busca de um espaço definido onde exercer a sua soberania e de uma
identidade própria que os alinhassem entre as Nações conhecidas. Não raras
vezes o Brasil teve de interferir, ora nas fronteiras desses Países, ou mesmo
dentro dos territórios deles, para solucionar conflitos ou defender a sua
soberania ameaçada. As guerras então travadas, embora fomentassem ódios e
exacerbassem nacionalismos, terminaram por gerar grandes vultos nacionais,
hoje venerados com admiração e respeito.
O Coronel João Niederauer Sobrinho foi um desses homens providenciais.
Viveu sua infância e adolescência no período mais aceso dessas lutas que tanto
empolgaram a Província do Rio Grande do Sul.
Patriota ardoroso, cedo ele deixou a vida tranqüila de comerciante bem
sucedido e acatado para ingressar na Guarda Nacional, como Alferes do 1ç
Esquadrão do Corpo de Cavalaria.
Ingressando na Guarda Nacional, tropa de elite, sempre presente em todos
•s conflitos internos e externos do nosso país, Niederauer participou de todas as
lutas e convulsões que ocorreram em sua época no Rio Grande do Sul.
Se, como cidadão, Niederauer tinha o reconhecimento de Santa Maria, sua
terra adotiva, o teve como militar, pelo destacado desempenho nos combates e
batalhas. Pois em cada um deles foi colocado, por seus chefes, no ponto mais
crítico, por reconhecerem o seu valor.
O Cel João Niederauer Sobrinho, no curto espaço de 15 anos, galgou todos
os postos da hierarquia militar - de Alferes a Coronel. E ao morrer, logo após a
Batalha do Avaí, estava exercendo, pela 2a vez, um comando de oficial general.
O relacionamento, com respeito e dignidade, que mantinha com seus
subordinados, por ele tratados com energia e exigidos ao máximo no
desempenho de suas tarefas o tornaram um líder autêntico.
Cabe, aqui, repetir o testemunho de Oto Stiehr, já citado:
"Estimado e quase endeusado pelos seus comandados, gozava de muita
estima, bem como da amizade dos seus superiores."
40
Bibliografia
41
CAPÍTULO QUARTO
43
Os comandantes da ID/6
44
De 10Fev43 a 19Abr45 serviu como Ten Cel e Coronel no 7- BC em Porto
45
Alegre, na antiga Praça do Portão. Participou de operações de combate à
Revolução de 1924 em São Paulo, como 19 Ten, de 13Jul a 05Set 24 e de
01NOV24 a 03Mai25 e da Revolução de 32 em São Paulo de 11 Jul a 03Out 32.
Cursou a EsAO como 19 Ten de 30Abr a 200ut30 e a EEM (Escola de
Estado-Maior) como Major e Ten Cel, de 15Mar40 a 01Jan42. Serviu nas
guarnições: de Pelotas, em 1922 e 1937; Bagé, 1942 e em Porto Alegre, 1924,
1925 a 1931, 1937 e 1942 a 1952. Em 1935, como capitão, esteve à disposição
do interventor de Alagoas, em Maceió. Foi adido militar do Brasil no Chile como
coronel, de 12Mar52 a 03Mai54. Foi agraciado com as seguintes
condecorações: Comendador da Ordem do Mérito Militar e medalhas: de
Guerra, do Pacificador e Militar (com passador de platina). E mais a do Marechal
Caetano de Faria e a de 29 Classe do Chile. Ao passar para a Reserva a
Revolução de 64 o nomeou prefeito da cidade de Rio Grande.
46
Gen Bda SYLVIO AMÉRICO SANTA ROSA
47
Gen Bda FRANKLIN RODRIGUES DE MORAES
Comandou a ID/6 de 08Fev62 a 21 Fev 63, por
cerca de um ano. Nasceu em 13Mai1901 em Goiás,
filho de Jerônimo Rodrigues Moraes. Praça voluntário
em 29 Abr19 na Escola Militar do Realengo que
cursou sob a égide da Missão Indígena de 1919 a 21.
Asp Of de Infantaria em 07Jan22. Sua carreira teve o
seguinte curso: 29Ten, 30Abr22. 19Ten, 13Fev32.
Cap, 11Nov32, e por merecimento: Maj, 25Dez 41;
Ten Cel, 25Dez45 e Cel, 25Dez50. Gen Bda, 25Abr57
e Gen Ex Ref, em 24Mai63 (BE 21/63, p. 24).
Participou de operações contra a Revolução de 1924
em São Paulo de 08Jul a 04Ago24, de 12 a 24Nov24
e de 09Dez24 a 01Mai25. Cursou a
EsAO, ECEME (1946-1948) e a ESG. Exerceu as seguintes funções mais
expressivas: Instrutor da Escola de Sargentos de Infantaria, em 1937-38.
Instrutor da Escola Militar do Realengo, 12Abr29 a 23Dez32, por cerca de 4
anos. Comandou o IIIo Batalhão do Regimento Sampaio, de 20Set44 a 21Ago45
e comandou o CPOR/BH, de 02Fev51 a 03Mai57 (6 anos). Como Of Gen
comandou a ID/4 em Belo Horizonte, de 13Mai57 a 16Fev61 (4 anos). Fez
estágio na ESG em 1961, de onde saiu para comandar a ID/6 e logo a seguir a
6- Dl, a partir de 28Fev63, de onde foi transferido para a reserva e cuja ação
abordamos na História da 63 DE. Foi agraciado com as seguintes
condecorações: Grande Oficial do Mérito Militar e medalhas por sua
participação na FEB: Cruz de Combate de 2- Classe, de Campanha e de
Guerra, Bronze Star (EUA) e Cruz ao Valor Militar, Itália. E mais a do Pacificador
e a Santos Dumont (prata). Era pai de Ideal e Olga Moura, nascidos em 07Nov
44 e 07Mai48, respectivamente.
49
da Itália. Nesta, tomou parte, como major, do ataque a Monte Castelo, como
oficial do Regimento Sampaio. Cursou Aperfeiçoamento e Informação da Escola
das Armas, a Escola de Estado-Maior dos EEUU, Defesa Aérea e a Escola
Superior de Guerra. Exerceu os comandos, chefias e comissões a seguir:
Instrutor do CPOR/PA em 1930, do CPOR/RJ em 1940 e da EsAO em 1946.
Chefiou o Gabinete do EMFA de 1947 a 1950 e em 1960. Integrou o Corpo
Permanente da ESG em 1951/52. Foi Adido Militar na Colômbia em 1953/52.
Chefiou a CR/MG em 1956/57. Foi subcomandante da EsAO em 1958/59 e da
ECEME em 1962/63. Foi subchefe do Gabinete da Presidência da República em
1961. Depois, como Of Gen, comandou a ID/6 em 1964, a ECEME de 1964/66,
onde procedeu notável reestruturação do ensino naquela escola, onde
estudamos em 1967/69. Comandou a 2- RM/SP em 1966/67 e foi Diretor de
Ensino e Formação em 1967/68; foi Subchefe do EME de 22Abr68 a 30Abr69 e
Diretor do Serviço Militar de 15Set a 04Dez69. Foi Vice-chefe do EME de
05Dez69 a 07Dez70, de onde saiu para comandar o IVo Exército (atual CMNE),
de 05Jan a 10Set71, ocasião em que privamos bastante, como seu chefe da 5-
Sec do Estado-Maior, quando foi inaugurado o Parque Histórico Nacional dos
Guararapes, cuja coordenação do projeto da construção e de sua inauguração
foi a nós confiado. E o nosso trabalho ele ressaltou em suas Memórias, das
quais nos destinou um exemplar que consta do acervo da Academia de História
Militar Terrestre do Brasil, em Resende. Comandou o Io Ex (atual CML) de
22Set71 a 17Fev72, e logo a seguir a ESG. Como se pode concluir, dedicou
grande parte de sua vida ao ensino militar, deixando preciosas lições que podem
ser colhidas em suas citadas Memórias.O NE 3433, de 11Set71, publicou elogio
recebido por sua ação à frente do IVo Exército. Foi agraciado com as seguintes
condecorações: Grã-Cruz do Mérito Militar, Grande Oficial do Mérito
Aeronáutico, da Ordem do Rio Branco e Comendador do Mérito Naval.
Medalhas por sua participação na FEB: Cruz de Combate de 2- Classe, de
Campanha e de Guerra. Outras medalhas: Militar com passador de platina,
Pacificador, Mérito Tamandaré, Rui Barbosa, da Inconfidência, Santos Dumont
(prata) e Marechal Trompowsky. E além das condecorações nacionais, recebeu
ainda: Bronze Star (EUA), Cruz de Boiacá-Colômbia (comendador), Mérito
Militar de Portugal (1- Classe)-Grande Oficial, Cruz Peruana Al Mérito Militar e
Medalha Estrela Al Mérito Militar, do Chile. Como comandante da ECEME
visitou instalações do Exército dos EUA de 03 a 23Jun66. Representou o
Exército na Reunião Preparatória da VIII- Conferência dos Exércitos
Americanos, na Guanabara, de 23 a 30Jun68 e Presidiu Comissão da Reforma
Administrativa no Exército, dentro do espírito do Decreto de 25Fev67 (NE de
Jun68). A sua espada de general havia pertencido a seu parente Gen Bento
Ribeiro Carneiro Monteiro, chefe da Comissão do EME que criou em 1919 a
Missão Indígena da Escola Militar e que era neto do General Bento Manoel
Ribeiro e filho do Marechal Victorino Carneiro Monteiro, Barão de São Borja. E
fomos por ele, com muita honra, incumbidos de fazer
50
entrega solene da mesma à AMAN, em 19Nov93 no Dia da Bandeira, em frente
à Academia, toda em forma. Na inatividade atuou muito em benefício dos
superdotados e era muito aberto a idéias novas. Recordo, como seu assessor
em assuntos de 5- Sessão, voltado para assuntos de relacionamento com o
Público Externo, que, certa feita, o Jornal do Comércio do Recife publicou
matéria produzida por um grande poeta de cordel de Pernambuco sobre o
General Antônio Sampaio, sob o título Um Sertanejo que foi um dos maiores
generais do Brasil, baseado num texto de nossa lavra. E nos chamou, indignado
com as expressões "paraguaio”, que contrariavam orientação diplomática que
desconhecíamos. E a certa altura lhe falei: - Comandante o Sr. está certo. Eu
errei desta vez, mas o meu escore com o senhor quanto a acertos e erros está
99x1. Ele pensou, desanuviou o semblante e me disse: - Major Bento, você tem
razão! Depois, o Projeto Rondon editou o citado trabalho para ser distribuído em
Tamboril, no Dia da Infantaria de 1971, no local do nascimento de Sampaio. E
substituí a palavra paraguaio, por adversário, sem prejudicar a rima do poeta.
Suas memórias contém preciosas lições aos militares em geral. Elas possuem
exemplar na ECEME.
51
Foi agraciado com as seguintes condecorações: Nacionais: Grã Cruz do Mérito
Militar, Grande Oficial do Mérito Aeronáutico, Naval e do Rio Branco. Medalhas:
Mérito Santos Dumont, de Guerra, Militar de Ouro (platina), Mérito Tamandaré,
Pacificador, Trompowsky, Barão do Rio Branco e Cinqüentenário da República^
Estrangeiras: Grande Oficial do Mérito Militar do Paraguai e Comendador da
Ordem de Mayo ao Mérito Militar (Argentina). Outras distinções: Grã Cruz do
Mérito Estácio de Sá; Cruz de João Ramalho; Colar D. Pedro I, do IHGSP;
Medalhas Mal Rondon, Pedro Álvares Cabral (Sociedade Geográfica do Brasil),
Independência, Cruzada Assistencial Paulista, Veteranos de 32, Mérito Osório
(ABOREx), Maria Quitéria, Souza Aguiar (Bombeiros/DF), Marechal Hermes
(PMRJ), Mar Thaumaturgo, Governador Pedro Toledo (Veteranos /32) e Troféu
Pinhal 73 - Mérito Militar. Publicou trabalhos nas revistas A Defesa Nacional e
Revista do Clube Militar. Integrou as seguintes instituições culturais: Instituto
Genealógico Brasileiro (sócio honorário), Instituto Histórico de Sergipe (efetivo),
Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (honorário), Associação de
Cavaleiros de São Paulo (honorário). Foi agraciado com os seguintes títulos de
cidadão: Matogrossense, Paulistano, de Recife e Soteropolitano. Foi professor
de Matemática e Física no Ginásio da Bahia, assistente de Mecânica da Escola
Politécnica da Bahia e Secretário de Segurança de Pernambuco. Foi
conferencista na ESG, na ECEMAr, no Io Ex, na 4- RM e na ADESG (RS e SP).
Possuía o hobby de estudar e pesquisar a História do Brasil, principalmente a
sua vertente militar. Desportista, integrou os times de futebol das OM em que
serviu. Praticou voleibol, basquetebol e equitação. Sua carreira teve o seguinte
curso: Asp Of, 21 Jun30; 29 Ten, 24Jul30; 19 Ten, 15Out31; Cap, 03Mai37; Maj,
25Set45; Ten Cel, 25Jul52 (merecimento); Cel, Dez55 (merecimento); Gen Bda,
25Jul61; Gen Div, 25Nov64; Gen Ex, 25Nov70; Reserva, 25Set74, com cerca de
48 anos de efetivo serviço.
52
comissões: capitão do 79 RI em Santa Maria, de 24Mar42 a 20Mar46, por
cerca de 4 anos. Oficial da ID/3- RM, Porto Alegre, como capitão, de
30Mar46
53
a 27Jun47. Sub Cmt e Fiscal do 3Q BCC, em Santa Maria, como capitão, de
28Fev47 a 15Out48. Chefe da 3- Sec/EM/29 DC de 10Fev54 a 09Mar56,
como Major e Ten Cel, de 10Fev54 a 09Mar56. Cmt do 1 - Btl e
Subcomandante do 7- RI, como Ten Cel, de 01Jul57 a 06 Out58. Chefe da 1-
Sec/EM/1- RM no Rio, como Coronel, de 30Abr62 a 17Ago62. Chefe do
EM/3- Dl (atual 3- DE) em Santa Maria de 25Ago62 a 15Jan65, como
Coronel, onde teve destacada atuação na Contra Revolução Democrática de
1964. Comandante do 79 RI e respondendo pelo comando da ID/3 de
15Jan65 a 22Jun 66. Chefe do EM/3- Dl de 24Jun66 a 04Abr67, como
Coronel. Como general, comandou a ID/6 de 05Jun67 a 17Nov70, quando
foi transferido para a Reserva. Foi agraciado com as seguintes
condecorações: Comendador da Ordem do Mérito Militar e Medalhas Militar
(ouro), de Guerra e Pacificador. Foi desportista na modalidade tiro. O
conhecemos em 2001, por ocasião de palestra que pronunciamos no
Auditório do GBOEx sobre o tema A Amazônia e os seus desafios, na qual,
ao final, integrando a mesa diretora, nos dirigiu algumas perguntas e
palavras de incentivo, em presença de alunos do Curso de Formação de
Oficiais da Brigada Militar. Faleceu em Porto Alegre no final de 2001.
54
10Jun70 a 05Abr71. Como oficial general comandou a ID/6, de 22Jun71 a
55
01 Jan72 e a AD/6, de 01 Jan a 16Mai72. Foi Diretor de Patrimônio do Exército
de 09Jun72 a 28Mai73, onde o conhecemos e dele conseguimos a transferência
da Mapoteca Histórica para o Centro de Documentação do Exército. Comandou
a 3- Bda Inf Mtz a partir de 29Mai73 e a seguir foi Diretor de Cadastro e
Avaliação. Foi agraciado com as seguintes condecorações: Comendador da
Ordem do Mérito Militar e Medalhas Militar (ouro), de Guerra, do Pacificador,
Mérito Santos Dumont, Comendador e Ordem do Mérito do Trabalho.
Estrangeiras: OMM de Ayacucho-Peru (oficial) e Oficial da Estrela Negra da
França.
56
Sec/EME de Jun68 a Jul69 e os gabinetes da DAM, Jul69 a Mar71 e o da
DCom, de Mar a Jul71. Como cadete em 1935, combateu a Revolução
Comunista na Escola de Aviação Militar. Como Of Gen comandou a AD/3 em
Cruz Alta, de Set a 21 Dez71 e a 6- Bdalnf Bld. Chefiou a Diretoria de
Transportes de 01Mar74 a 01Dez76 e a Diretoria de Especialização e
Extensão(DEE), de 14Jan a 22Jun77. Comandou o CMP e a 11- RM de
28Jun77 a 31Jan79, de onde retornou à Chefia da Diretoria de
Especialização e Extensão (DEE), de 09Fev a 21Set79. Foi Vice- chefe do
DEP, de 04Mai81 a 26Ago62 e Cmt do IV9 Exército (atual CMNE), a partir de
01Set82. Cursou Historiografia do Brasil, em 1958, na Academia Brasileira de
Letras e Opinião Pública e Relações Públicas pela PUC/RJ em 1962. Foi
instrutor de História Militar na ECEME e publicou os seguintes livros:
- Estratégia e Ação. Tradução do Gen Beaufre (Rio de Janeiro: Ed. Black,
1968);
- Bastidores da Guerra. New York: Ed. Acadêmica. (Livro texto que
produziu para alunos de Português de West Point). Na ESG produziu os
seguintes trabalhos: Potencial, 1968. A Revolução Democrática de 1964 -
Realizações, 1973.
Na Revista A Defesa Nacional:
- A Zona de Defesa. N9 580, Dez 62;
- Logística e Mobilização. N9 563, Ago61;
Na Revista Militar Brasileira: A FEB - algumas recordações, 1973;
Em O Febiano: Carta de um ex-diretor, 10Jul70;
Foi agraciado com as seguintes condecorações: Nacionais: Grã-Cruz da
Ordem do Mérito Militar e do Rio Branco. Grande Oficial do Mérito Naval e
Aeronáutico. Medalhas: Cruz de Combate de 2- Classe, de Guerra e de
Campanha (por sua participação na FEB), Militar com passador de platina,
Pacificador, Mérito Santos Dumont (prata), Marechal Hermes (prata dourada
com 1 coroa), Mérito Tamandaré e Mérito Mauá - Serviços Relevantes.
Estrangeiras: Membro da Ordem do Império Britânico; Legionário do Mérito dos
EUA; Ordem Francisco Miranda 29 Classe - Venezuela; Ordem Militar de Aviz -
Portugal e Ordem Nacional do Mérito da França (Comendador). Honoríficas:
Ruy Barbosa-MEC; Mérito Universitário-UFSM-Santa Maria, Mérito
Anhangüera-GO, Mérito Brasília-DF, Tiradentes-PMGO, Mérito de Engenheiro
Militar e Mal Mascarenhas de Moraes da ANVFEB.
Foi praticante de basquetebol e voleibol, tendo integrado equipes deste
esporte, inclusive na 69 Bda Inf Bld.
57
Cheguei a SANTA MARIA a 29 de setembro de 1971 para exercer o
Comando da Artilharia Divisionária da 3- Divisão de Infantaria. Por 3 meses,
amparado pela Graça de Deus, os meus grupos subordinados: o I/3- RO 105 -
Grupo Mallet e o 3Q Grupo de Obuses 155 realizaram campanhas de tiro com
materiais 155, 105 e 75, que existiam em suas Organizações Militares.
- Tiro do NPOR/ Mallet + Bia 75 (do 39 GO 155)
- Tiro de Grupo do Mallet + Bia 75 (do 39 GO 155)
- Tiro do 39 GO 155 com a 3- (pelo rodízio) Bia 75 do GO 155
- Manobras da 6- DE-realizando um reforço à AD/6-Bia 105 do Gp Mallet.
Com a AD/3 elaborei um expediente em que solicitava à Alta
Administração do Exército providências no sentido de que as viaturas tratoras
do material 155 fossem fabricadas no nosso país, com o aproveitamento dos
caminhões capazes de tracionar o obus 155, sobre uma prancha, facilitando
dessa forma a operação desse material, bastando que houvesse um trator por
bateria para ocupação de posição, também tracionada sobre prancha.
Devo dizer que essa vivência como AD/3 foi-me muito útil e efetiva.
A partir de 19 de janeiro de 1972 passei a comandar a 6- Brigada de
Infantaria Blindada, em conseqüência da nova estruturação do Exército
Brasileiro.
Dez OM aglutinadas por um comando que as enfeixava e das quais
somente duas tinham origem comum. Realmente, as 10 OM vinham de
diferentes Grandes Unidades. Uma verdadeira colcha de retalhos.
As Brigadas de Cavalaria Mecanizadas eram herdeiras de fato e de direito
das antigas Divisões de Cavalaria (DC) com seu Estado-Maior vivo e atuante,
em pessoal, material, instalações, ligações e arquivo. Suas unidades de
combate e de serviço já existiam em torno do comandante e já moldadas
pelas suas Normas Gerais de Ação, com suas ligações, tradições,
vinculações as mais estreitas.
A minha 6- Brigada de Infantaria Blindada era um amontoado de
Organizações Militares. Urgia dar-lhe uma contextura nova de vinculações e
de fios para transformar aquela colcha de retalhos num tecido com trama
homogênea e forte, para poder suprir com entusiasmo e firmeza as
necessidades de vencer os entrechoques causados pela disparidade de
ordens. Trabalho esse que objetivava o desfrute do que chamamos Espírito
de Corpo.
Como disse o Cmt do III9 Ex na nossa primeira reunião do Alto Comando
do III9 Ex, com a finalidade de conhecer a situação das unidades do III9 Ex,
bem como o pensamento dos Cmt de GU subordinados, que o ano de 1972
seria dedicado à instrução mesmo, a incutir nos elementos subordinados a
mentalidade de manutenção, quer do armamento quer do material
motomecanizado. O Plano prometia-nos o material em curto prazo.
Assumimos, nós, Cmt de GU, o compromisso de receber o material,
instruir os que iriam operá-lo e incutir em todas as praças a figura irreversível
58
da manutenção.
O material começou a chegar. Os estágios de instrução foram realizados, a
manutenção atingiu um grau elevado e os homens estão entusiasmados com o
material recém-chegado.
Realizamos exercícios de forças-tarefas, apresentamos demonstrações do
Cmdo do IIP Ex, às autoridades civis e pessoas gradas da cidade, visitamos
reciprocamente as unidades da Brigada, valemo-nos de todas as oportunidades
para reunir os comandantes das OM, os que trabalhavam em atividades
análogas, oficiais e sargentos, e a 6- Brigada de Infantaria Blindada vai surgindo
com um esplendor e um mentalidade que já podem causar inveja àquelas mais
antigas em existência e tradições. Muita coisa ainda há a fazer, mas a base, a
infra-estrutura foi montada e cabe aos novos comandantes intensificar os
esforços e fortalecer os liames de trabalho em conjunto e de vivência fraterna.
Socialmente, a 6- Brigada de Infantaria Blindada é um fato. O
relacionamento com as autoridades civis, os prefeitos dos municípios
abrangidos por sua área de jurisdição são parte efetiva dessa comunhão de
idéias, bem como os membros das câmaras legislativas, do poder judiciário, do
magistério federal, estadual e municipal, as autoridades eclesiásticas, os
representantes da Polícia Federal, da Brigada Militar, das exatorias, da
imprensa escrita, falada e televisionada e das forças vivas das comunidades
estão aglutinados pelo congraçamento da amizade, da cooperação e da
convivência fraternal.
Está a 6- Brigada de Infantaria Blindada realizando com o seu trabalho, esse
entrelaçamento com aquelas autoridades civis, o objetivo na revolução de 1964
de fortalecer cada vez mais os alicerces para o desenvolvimento da Nação
Brasileira numa segurança efetiva e real.
Funcionalmente, é prova cabal o preparo dos homens, das frações e das
unidades que tem sido cuidado com muito carinho e devotamento. O
relacionamento das OM da 6ê Brigada de Infantaria Blindada é uma realidade.
Seu espírito de colaboração tem sido posto à prova no atendimento das
solicitações das GU irmãs, como a 2- Bda C Mec, a AD/3, a própria 6- DE e no
desprendimento e na desenvoltura com que apela para a 39 Bda C Mec no
sentido de aprimorar sua instrução valendo-se da experiência daquela GU irmã.
Tem sido, é inegável, uma constante, a compreensão, boa vontade e incentivo
recebidos do Comando do IIP Ex, da 3- RM e da 39 DE.
Espiritualmente, é mais um aspecto que quero registrar, a orientação e a
proteção divina, com que, graças a Deus fomos favorecidos e que a um
observador menos avisado poderia parecer bafejos de sorte, como sejam, a
equipe de auxiliares coesa e permanente, cada vez mais enriquecida, o
atendimento de nossas pretensões pelos escalões superiores, tantas vezes
comprovado, a adaptação das instalações do Comando e da Cia Cmdo, o eco
encontrado nos meus comandos subordinados das solicitações mais diversas e
sem horário previsto, a realização de eventos de instrução e administração de
caráter ambicioso com resultados mais confortantes, o haver podido atender
59
com sucesso a maioria das solicitações, tipo assistencial, dos companheiros e
subordinados contando, com regularidade e confiança, com a cooperação do
111° Ex, da 3- RM, do HGuSM e particularmente da Base Aérea de Santa Maria.
Tudo isso tendo por mira aqueles princípios que nortearam a nossa
conduta:
19- considerar a função de Cmt da 6- Brigada de Infantaria Blindada como
se fosse eternizar-me nela e estar preparado para passá-la na hora
seguinte, e
9
2 - o revezamento - a idéia capital de passar o bastão em situação melhor
do que aquela em que recebeu.
Confesso, finalmente, que essa experiência não será jamais esquecida.
Criei com meus auxiliares uma pujante Grande Unidade. Vi-a crescer,
fortalecer-se, engatinhar e dar os seus primeiros passos. Estou com a
consciência tranqüila do dever cumprido e guardarei essa lembrança
eternamente em meu coração.
Agradeço aos amigos presentes o carinho e a solidariedade desse
momento vibrante e ponho-me à disposição de todos onde estiver, apelando
para que se lembrem de mim nas oportunidades em que lhes puder ser útil.
Meu muito obrigado.”
60
ensinamentos, não só para seus oficiais como para seus soldados. Dedicado
à sua arma de origem, organizou, em 1973, uma festa comemorativa do Dia
da Infantaria, que ficará para sempre na memória de todos.
61
Suas qualidades de chefe exemplar que sempre se fizeram presentes em
toda a sua carreira, aqui, mais uma vez, teve a oportunidade de demonstrá-las.
Dotado de grande noção de sentimento do dever e espírito de decisão, foi
sempre o comandante e o amigo leal que este comando precisava.
Louvo-o, pelo êxito alcançado no cumprimento de sua missão, desejando
que nas novas funções que irá desempenhar, tenha o mesmo sucesso que teve
na sua 69 Bda Inf Bld e agradeço profundamente a cooperação prestada ao meu
Comando. (INDIVIDUAL)”. (Transcrito do Boi Div n9 23, de 01 Fev74, da 3- DE).
62
Palavras de Despedida (BI Nr 21, de Fev76)
“Meus Comandados!
Entregando hoje o Comando da 6- Bda Inf Bld, encerro o meu primeiro
Comando como Oficial - General.
Após um ano e nove meses de efetivo exercício do Comando, honrado com
a confiança em mim depositada, irei assumir as funções de Chefe do Estado-
Maior do II9 Exército. Reconheço que minha nova função exigirá um trabalho
árduo pela sua importância e grandiosidade, entretanto confio em Deus e na sua
ajuda para não desmerecer o julgamento feito a meu respeito pelo meu novo
comandante.
Felizes são os homens que tem a ventura de, ao encerrar um ciclo de
atividade como o que eu hoje encerro, poderem, de cabeça erguida e
consciência tranqüila afirmar terem empregado o máximo de suas energias para
bem cumprir a missão recebida. Assim me sinto neste momento.
Entretanto, a afirmação acima exige meu reconhecimento de que não seria
possível fazê-la sem a colaboração recebida de parte de meus superiores, de
meus comandados e até mesmo da comunidade santamariense.
De meu comandante, o prezado Chefe e amigo Gen MONTAGNA, sempre
recebi a maior consideração e o maior apoio além da orientação que, por sua
experiência e dedicação, muito me auxiliou, particularmente nas decisões que
foram tomadas.
Não se resumiu somente na parte profissional o apoio e a orientação, pois,
minha família também foi alvo de atenções especiais do Gen MONTAGNA.
Meus subordinados, até há pouco tempo alguns mesmo desconhecidos
hoje meus amigos, cooperaram com o melhor de seus esforços procurando
de todos os modos e em todos os atos facilitar minha ação. Trabalharam
sempre com o objetivo único de produzir o máximo dentro da diretriz recebida.
A comunidade santamariense pelo carinho com que recebeu a minha
família, nos proporcionou um ambiente sadio e amigo, possibilitando uma vida
muito agradável, feliz e despreocupada, o que me permitiu, sem dúvida,
dedicação integral ao trabalho.
De fora de nossa DE também tive a compreensão e o atendimento
primordiais para facilitar minha ação, entre os colaboradores e cooperadores
devem ser citados os Comandantes do III9 Exército e da 3° Região Militar e
seus comandados.
Recordando, rapidamente, o trabalho desenvolvido nos dois anos de
instrução durante os quais tive a ventura de comandar a 63 Brigada
verificamos que muito foi realizado. Vários exercícios de pequena e mesmo
de grande envergadura. Competições esportivas e de instrução.
Demonstrações para Escolas e Cursos. Tudo sempre no mesmo espírito de
colaborar para produzir o melhor.
Esse trabalho todo, sempre foi entregue para educar, ensinar e tornar apto
para constituir nossas reservas. Temos a certeza que esse objetivo foi
63
alcançado, e que, além desse, ainda obtivemos, graças ao espírito de corpo e
de Grande Unidade, e grande união entre todos que possibilita a segurança
necessária para vivermos no clima em que vivemos. A 69 Brigada de
Infantaria Blindada, tem consciência que, assim se mantendo, será imune às
investidas desagregadoras que nada mais querem senão a anarquia e a
desordem que é o único ambiente onde poderão viver livremente. Sabemos o
valor da Liberdade e não a trocaremos por qualquer idéia dita nova, mas que
na realidade, já é por todos conhecida há muito tempo. Que a união seja o
objetivo permanente da 63 Brigada.
Ao encerrar desejo agradecer a presença das autoridades que vieram dar
brilho especial à solenidade confirmando o apoio que sempre recebi de sua
parte.
Ao meu Comandante e aos meus comandados minha gratidão pela
felicidade que me proporcionaram, tornando minha ação de Comando mais
amena com a sempre pronta, ampla e eficiente colaboração.
Nota: O Cel Menezes é nosso parceiro neste trabalho, o qual serviu largo
tempo na 6a Bda Inf Bld e que testemunhou a grande competência e dedicação
administrativa do General Xavier e com quem muito aprendeu.
64
R|, Santa Maria/RS, 1944-46; no 14g BC, Florianópolis, 1946-52 (6 anos) e no 7S
R|, novamente, de 1953 a 55. Como oficial de Estado-Maior serviu no EM/39 Dl,
1955/62 (onde o conhecemos, quando oficial da 3- Cia Com/3ê Dl); Instrutor da
ECEME, 1962/65; no EMFA, 1965; na ESG, 1967/68; Adido Militar em
Lima/Peru, 1971/73 e Chefe da 2- Sec/EME, 1975/76. Como Of Gen comandou
a 6- BdalnfBId. Foi Diretor de Promoções (28Abr78 a 27 Ago79); Chefe do
EME/12 Ex-atual CML(28Ago79 a 27Abr71); Diretor de Movimentações (21
Mar81 a 04Ago82); Vice-Chefe do DGP (04Ago82 a 11 Fev83); Comandante da
6ê RM (23Fev83 a 28Ago84); Vice-chefe do DEP (31Ago84 a 09 Abr85); Chefe
do DGS (09Abr85 a 18Dez86) e Comandante do CMSE/São Paulo, a partir de
08Jan87, de onde foi transferido para a Reserva. Foi agraciado com as
seguintes condecorações: Grã-Cruz das ordens do Mérito Militar, Rio Branco e
Mérito Judiciário Militar. Grande Oficial do Mérito Naval, Aeronáutico e das
Forças Armadas. Medalhas: Militar (ouro, passador de platina); de Guerra, do
Pacificador, Mérito Santos Dumont e Tamandaré. Foi conferencista na ESG,
ADESG/RGS, Escola de Polícia/SC (Civil e Militar) e EsNI.
65
às agruras da vida militar e, em pouco tempo, fazem da caserna o
prolongamento de seus próprios lares. Esta verdade, associada à dedicação e
ao entusiasmo dos Oficiais e Sargentos que lhes instruem e moldam o seu
caráter às exigências da Guerra, permite que, em curto prazo, tenhamos
soldados e Unidades aptos ao combate. Assim que, em cada ano,
aperfeiçoando desempenhos operativos, aplicando novas técnicas como
conseqüência natural e evolutiva de nosso Exército, racionalizando e
padronizando rotinas, dando um sentido cada vez mais objetivo às atividades
profissionais, pudemos elevar os níveis de operacionalidade de nossa Brigada,
em concordância com as diretrizes superiores e a própria experiência adquirida
no trabalho diário.
Sempre tivemos presente que, embora os meios materiais de que é dotada
nossa Brigada sejam os mais modernos existentes no nosso Exército, o homem
é o nosso mais precioso elemento de combate.
As nossas preocupações estiveram, prioritariamente, voltadas para ele,
instruindo-o e assistindo-o a fim de que, à medida que se tornem exímios no
manejo das armas e equipamentos, fortaleçam os valores morais e espirituais
que dão forma e conteúdo à sociedade brasileira, não permitindo, assim, que
idéias más descaracterizem a moral nacional, forjando ao longo de nosso
honrado processo histórico.
Em síntese, foi nossa preocupação constante a formação do
cidadão-soldado para servir à Pátria, democrática e cristã. Procuramos
desenvolver em todas as atividades, na instrução, nas competições esportivas,
nos atos sociais, o espírito de camaradagem e de solidariedade, bem como a
mentalidade de cooperação que se robustece no trabalho em conjunto, base
para a consolidação do sadio espírito de corpo. Agradeço e louvo os meus
dedicados e eficientes Comandantes de Unidade, que vêm conduzindo com
desvelo exemplar a instrução de suas tropas, os oficiais de meu Estado-Maior
que me assessoraram com extrema dedicação e souberam levar com clareza e
oportunidade nossas diretrizes e ordens aos escalões subordinados, enfim, aos
oficiais e praças que, pelo exemplo, tem sabido apontar aos jovens soldados o
caminho do dever.
Elevo meu pensamento a Deus, para que meus estimados camaradas sejam
felizes, junto aos seus dignos familiares, e que permaneçam, como até aqui,
unidos e coesos em torno de nossos chefes, pois nossa força aí reside, com
unidade espiritual, identificada, em todos os quadrantes do Brasil, nos sagrados
ideais de bem servir à nossa Pátria.
Elogio da 3a DE
Após dois anos de ação muito eficiente, deixa hoje o comando da 6a Bda Inf
Bld o Exmo. Sr. Gen Bda IVAN DÉNTICE LINHARES.
Nessa sua primeira comissão como Oficial General, teve o privilégio e a
felicidade de vir comandar uma destacada Grande Unidade de sua Arma de
66
origem, numa Guarnição, onde, por mais de uma vez, havia servido, fato que,
sem dúvida, pelo conhecimento que já tinha da área e da sociedade local, muito
contribuiu para o sucesso que obteve em todas as suas atividades.
Chefe dinâmico e extremamente entusiasmado pelo trabalho da tropa, a qual
acompanhou no dia-a-dia, soube imprimir no adestramento de suas unidades
um elevado espírito de objetividade, perfeitamente ajustado à orientação desta
Divisão, conseguindo, graças à sua destacada liderança, resultados dignos dos
melhores louvores, particularmente no campo da operacionalidade da 6- Bda Inf
Bld.
Dotado de grande capacidade de trabalho e de planejamento, toda a
documentação elaborada por sua Grande Unidade, quer para a execução de
exercícios, quer para as diferentes solenidades realizadas em SANTA MARIA,
primou pelo cuidado e pelas minúcias.
De trato afável e cordial, com superiores e subordinados, consegue, com
rara habilidade, fazer sentir sua grande característica de disciplinador, em cuja
ação sempre age firmemente, mas com elevado senso de julgamento.
Instrutor nato, com longa vivência de nossas escolas militares, teve
participação destacada, não apenas na organização e execução dos exercícios
da 3ê DE, mas também, nos do escalão superior.
Muito ponderado e profundo conhecedor dos problemas do Exército, foi
prestimoso assessor deste comando em todas as ocasiões em que isso se
tornou necessário, apresentando, sempre, propostas judiciosas e objetivas, no
que revelou permanentemente o seu elevado espírito de cooperação.
Exemplar chefe de família, encontra em sua digníssima esposa, todo
incentivo e apoio irrestrito tão necessários ao desempenho de suas tarefas
profissionais.
Durante o período de seu Comando, renovou antigas amizades, cultivou
novos conhecimentos e participou intensamente de todas as atividades da
sociedade local, graças à sua lhaneza de trato e ao interesse comunitário,
facilitando, assim, a perfeita integração entre a população civil e a família militar
existente na Guarnição de Santa Maria.
Distinguido pelo Exmo. Sr. Presidente da República para a função de
Diretor de Promoções, num campo de atuação mais amplo no cenário do
Exército, manifesto a certeza de que, com as brilhantes qualidades que ornam
sua personalidade de militar de escol, terá sem dúvida, como teve à frente da 69
Bda Inf Bld, pleno sucesso na nova e extremamente delicada função que vai
exercer.
Despedindo-me de tão ilustre General, agradeço-lhe toda a eficiente e leal
cooperação prestada ao meu comando e, em particular, as atenções e cortesias
com que sempre me distinguiu, durante as minhas visitas e inspeções, em
SANTA MARIA, e nas Guarnições sob o seu comando, onde sempre se fez
presente.
Finalmente, desejo ao Gen Linhares e à sua excelentíssima família, toda
67
sorte de felicidades. Gen Div Hermann Bergkvist.”
68
Gen Bda JOSÉ ALBANO LEAL
Comandou a 6- Bda Inf Bld de 27Abr78 a
29Mar80. Nasceu em Juiz de Fora-MG em 04Ago25,
filho de Mathias de Souza Leal (comerciante) e de D.
Sophia Lima Dias Leal. Casou com D. Iza Freire
Leal, de cujo consórcio nasceram: Cláudia, Tais,
Guaracy Albano(oficial de Cavalaria) e Luiza Maria,
que lhe deram os netos Caio Luís, Érica, Eliza, Irma,
Ivens, Iris e Iria. Praça de 26Mar42 na EPPA. Cursou
a Escola Militar do Realengo e a Academia Militar
das Agulhas Negras, 1943-45. Na última foi
declarado Asp Of de Cavalaria em 11 Ago45, na 1 -
turma formada na AMAN. Sua carreira teve o
9
seguinte curso: 2 Ten, 23Nov45.
1gTen, 25 Dez47. Cap, 25Jul51. E por merecimento: Maj, 25Abr57; Ten Cel,
25Abr65 e Cel, 25Abr70. Gen Bda em 31 Mar78. Além da Escola Militar, cursou
a EsAO em 1953/54, a ECEME em 1958/60 e o CEMCFA em 1969. Cursou a
Escola de Estado Maior do Exército dos EUA de Jun63 a Jun64. Desempenhou
funções de instrutor na EsSA (24Fev47 a 01Fev49); na AMAN (14Mar49 a
06Nov51 e de 01Jul55 a 11 Fev58), e na ECEME (15Set64 a 05Mar69). Na
AMAN, foi Ajudante-Secretário de 06Nov51 a 23Set53 e mais tarde
Comandante do Corpo de Cadetes, de 12Abr71 a 14Fev74. Comandou o 7-
Regimento de Cavalaria de 23Mar70 a 25Mai71. Como subalterno serviu no 3Ç
RC e no 115 RC. Como oficial de Estado-Maior serviu na 4- DC (Campo
Grande/MS), de 25Fev61 a 10Abr63; na 1- BdalnfMtz (como chefe de seu EM)
de 25Mar74 a 11Set74; na 59 BdaCBId (como chefe de EM), de 11Set74 a
25Mai76, e no EME, na Inspetoria Geral de Polícias Militares, de 05Jul76 a 31
Mar 78. Como Of Gen comandou a 6- BdalnfBld, em cujo exercício veio a
falecer. Foi agraciado com as seguintes condecorações: Grande Oficial da
Ordem do Mérito Militar e Medalhas Militar (ouro) e do Pacificador. Lecionou
Matemática, em 1961/63 no Ginásio Osvaldo Cruz em Campo Grande/MS.
Desportista nas modalidades hipismo (na qual venceu vários concursos), Pólo
(tomou parte em vários torneios), Pentatlo Moderno Militar(Campeão de Oficiais
na AMAN/1950), Basquete e Vôlei (Campeão das Olimpíadas da 5- BdaCBId/
1975). Integrou em S. Luiz Gonzaga/RS, o Roque Gonzales Futebol Clube
(amador), sagrando-se campeão em 1946.
69
Por seus reconhecidos atributos morais e suas qualidades pessoais e
profissionais-em que se destacavam a grande capacidade de liderança, a
franqueza, a lealdade, a sinceridade de propósitos, a extraordinária capacidade
de trabalho e, particularmente, o contagiante entusiasmo com que prontamente
se engajava no cumprimento de qualquer missão-o Exmo.Sr. Gen ALBANO
conseguiu imprimir um intenso ritmo de trabalho nas Unidades que integram sua
Brigada, mantendo-a coesa e altamente operacional, perfeitamente integrada
no conjunto da DIVISÃO ENCOURAÇADA.
De trato afável e conduta irrepreensível, o Exmo Sr. Gen ALBANO soube
comandar pelo exemplo e se destacou, ainda, por seu elevado grau de disciplina
intelectual.
Diante de seu prematuro falecimento, a DIVISÃO ENCOURAÇADA,
profundamente chocada, apresenta as despedidas de todos aqueles que
tiveram a honra e o privilégio de conviver com esse inesquecível companheiro e
amigo de todas as horas e se associa a seus familiares no profundo sentimento
de perda que seu afastamento provocou. “(Transe do Boi Div n9 061, de 31 Mar
80)” .
70
Seção Administrativa do Chefe do SNI (01Set65 a 29Set70). Como Of Gen
comandou a 69 BdalnfBld e a AMAN (05Fev81 a 16Fev84). Chefiou o EM do I9
Ex (atual CML, de 24Fev84 a 18Abr85). Comandou a 89 RM (03Mai85 a 17Dez
86). Foi diretor de Cadastro e Avaliação (06Jan86 a 30Ago87) e Subsecretário
de Ciência e Tecnologia, a partir de 30Ago87. Fez jus às seguintes
condecorações: Grande Oficial do Mérito Militar e da Ordem do Rio Branco.
Comendador do Mérito Naval, Aeronáutico e das Forças Armadas. Medalhas:
Militar de ouro (passador de platina), Pacificador, Mérito Santos Dumont
(prata), Mérito Tamandaré e Serviço Amazônico (passador de bronze). Possui
trabalho publicado sobre sua conferência sobre Levantamento Estratégico.
Foi conferencista na ESG e na Academia Nacional de Polícia/DF. Foi
praticante de voleibol, basquetebol, equitação(salto e Pólo).
71
valiosa, e mesmo decisiva, a cooperação dos Oficiais, Praças e Funcionários
Elogio da 3aDE
“Por ter sido nomeado Comandante da Academia Militar das Agulhas
Negras, deixa o Comando da 6a Bda Inf Bld o Exmo. Sr. Gen Bda RAMIRO
MONTEIRO DE CASTRO. Nestes poucos meses de estreito convívio, este
comando acompanhou atentamente a instrução e o adestramento das
Unidades diretamente subordinadas ao Cmdo da 6a Bda Inf Bld. Dessa forma,
foi possível constatar o empenho e a dedicação do Gen RAMIRO, sem
presente aos atos mais importantes das atividades de suas Unidades,
imprimindo objetividade na realização dos exercícios táticos. Procurou,
ademais, estar sempre acompanhando os problemas de natureza
administrativas das Unidades, buscando soluções junto aos Escalões
Superiores.
Oficial-General ativo, com excelente disposição física, muito humano e
compreensivo, exerceu o comando de forma eficiente, planejando
cuidadosamente as atividades da Brigada por forma a obter o melhor
rendimento possível dos recursos disponíveis. Sua permanente disposição
para colaborar com o Escalão Superior muito facilitou a ação do comando da
DE. Na importante missão de formar os futuros oficiais de nosso Exército, os
atributos morais e profissionais do Gen RAMIRO são garantia de completo
êxito.
72
Ao agradecer pelos serviços prestados, com grande satisfação o elogio,
desejando-lhe todo o êxito profissional e felicidades pessoais extensivas à
sua Excelentíssima esposa. Gen Bda Jonas de Morais Correia Neto”.
73
Gen Bda DÉCIO BARBOSA MACHADO
ComanGou a 6- BdalnfBld de 13Jan81 a
10Fev83. Nasceu em Porto Alegre em 14Fe\ ?4, filho
do Maj Cav Mário Bina Machado e D. Alda Barbosa
Machado. Casou com D. Maria de Lourdes Rossi
Machado, de cujo consórcio nasceu o atual Cel Art
QEMA Mário Luiz Rossi Machado, que comandou de
forma marcante o 259 GAC em Bagé 2 cujas tradições
tratou de preservar em museu que organizou e em
publicação que mandou editar. Praça de 01Abr42, na
EPPA. Cursou a Escola Militar do Realengo e a Escola
Militar de Resende (atual AMAN), de 1943 a 45. Nesta,
foi declarado Asp Of Artilharia em 11Ago45. Cursou a
EsAO em 1954, a
ECEME em 1956/58 e a ESG em 1972. Atualizou seu curso na ECEME em
1968,1973 e 1978 e também o da ESG. Curso da carreira: 19Ten, 25Dez47.
Cap, 25Dez50. E por merecimento: Maj, 25Set55; Ten Cel, 25Ago65 e Cel,
25Dez70. Gen Bda, 31Jul78. Gen Div, 31Mar84 e Gen Ex, 31Mar88. Como
subalterno serviu na lll-/2e RA Mixta, no 19 GO 75 Do e no P/69 RO 105, em São
Leopoldo, RS. Foi auxiliar de instrutor do Curto de Artilharia do CPOR/ PA.
Como Capitão e Major, serviu, novamente, no P/69 RO 1G5(atual 169 GAC AP).
Como oficial de Estado-Maior, de 1959 a 69, prestou serviços nos QG da 3- RM
e IIP Ex (atual CMS), em Porto Alegre, RS; na AD/6, em Cruz Alta, RS; na 6°
Dl(atual 69 DE) e novamente no IIP Ex, ambos em P. Alegre. De 1976 a 1978,
serviu no EME, em Brasília, DF, tendo chefiado a Secção de Orçamento.
Comandou, em Caxias do Sul, o 39 GCanAuAAe(atual 09 GAAAé), de 06Jun69 a
02Fev72. Foi membro do Corpo Permanente da ESG, em 1972 e 73, e Adido do
Exército junto à Embaixada do Brasil no Chile, de 07Fev74 a 01 Abr76. Como
Oficial-General, foi Diretoi de Inativos e Pensionistas(25Ago78 a 05Jan81), em
Brasília. Comandou a 6- Bda Inf Bld em Santa Maria, RS, a AD/6(23Fev a
16Mai83) e foi ChEM do IIPEx(atual CMS) de 16Mai83 a 12Abr84. No posto de
Gen Div, comandou a 39 DE, em Sta. Maria(23Abr84 a 28Abr86). Foi Vice-Chefe
do EMFA(14Mai a 07Ago86) e do DMB(13Ago86 a 14Abr88), ambos em
Brasília. Como Gen Ex foi Ch do DGP, de 15Abr88 a 13Abr89, e do DMB de
14Abr89 a 23Ago90, seu último cargo no serviço ativo. Fez jus às seguintes
condecorações: Grã-Cruz do Mérito Militar, Grande Oficial do Mérito das Forças
Armadas, do Mérito Naval, do Mérito Aeronáutico e do Mérito Rio Branco.
Medalhas: Militar com passador de platina(40 anos de bons serviços), Mérito
Tamandaré, Mérito Santos Dumont e do Pacificador. Condecorações
estrangeiras: Estrela Militar oo Exército do Chile e Grã-Cruz dos Carabineiros do
Chile. Cursos civis: Bacharel licenciado em História e Geografia pela PUC/Porto
Alegre em 1951. Técnico de Administração e Cursos de Planejamento
Governamental pelo IPES-1977. Coordenador Regional no
74
RS e SC, do Projeto Rondon, 1969-71. Lecionou Geografia do Brasil nos cursos
de Jornalismo e Geografia da PUC/Porto Alegre, 1959/62 e Geografia
Econômica na Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas em Cruz Alta-
1964 e de Antropologia Cultural, no Curso de Ciências Sociais da PUC/Porto
Alegre, 1966/69. Foi conferencista na ECEME em 1977 e 1978 e na Escola
Nacional de Informações em 1977 e 1978.
75
mas que prefiro omitir por ocioso e desnecessário. A estas magníficas
Unidades, minha mais sincera e profunda gratidão.
Não posso deixar de dirigir, também, meus agradecimentos a todos aqueles
que, concorreram para que eu tivesse podido cumprir mais facilmente minha
missão.
Ao despedir-me da 6- Brigada de Infantaria Blindada resta-me agora desejar:
- A todos os seus integrantes, o sucesso e muitas felicidades junto às
digníssimas famílias e a certeza de que jamais os esquecerei;
- Ao caro amigo que me substitui, Gen THEÓPHILO e prezada esposa a
antecipada certeza do pleno êxito na missão que ora iniciam.
76
Gen Bda MANOEL THEOPHILO GASPAR DE OLIVEIRA NETO
Comandou a 6- BdalnfBld de 10Fev83 a
28Mar84. Nasceu em Fortaleza/CE em 27Jun24, filho
de José Theophilo Gaspar de Oliveira e de D. Alice
Teixeira Theophilo Gaspar de Oliveira. Casou com D.
Maria de Lourdes Cais Theophilo Gaspar de Oliveira,
de cujo consórcio nasceram: Henrique César, Manoel
Theophilo, José Theophilo, Guilherme, Alexandre e
Estevam (todos Oficiais de Artilharia) e ainda Bárbara
Mana e Inês Maria. Entre seus 20 netos registre-se,
entre os outros, Jordana, Henrique César, leda,
Raquel e Juliana, até onde pode alcançar o presente
registro. Portanto, integra uma família de militares da
Arma de Artilharia, sendo que atingiu o posto máximo o Gen Ex Tácito Theophilo
Gaspar de Oliveira, acadêmico emérito da AHIMTB, que biografamos na obra 8-
Brigada de Infantaria Motorizada-Brigada Manoel Marques de Souza 1° Possui
ainda os irmãos Paulo Theophilo, Almirante, já falecido e Pedro Teophilo, Cel
Cav Ref. Praça de 01Mai42, na Escola Preparatória de Cadetes de Fortaleza e
foi 39 Sgt de Artilharia. Cursou a Escola Militar de Resende (1944/46), atual
AMAN, na 1ê turma dela egressa com curso completo ali cursado. Foi declarado
Asp Of Art em 28Dez46. Sua carreira teve o seguinte curso: 29 Ten/25Jun47, 19
Ten/ 25Jun49, Cap/25Abr52, Maj/25Ago58, Ten-Cel/25Abr66, Cel/25Abr72 e
Gen Bda em 31Jul79. Cursou a EsAO em 1955; a ECEME em 1958/60 e a ESG
em 1982. Como subalterno comandou a Linha de Fogo em sua OM, 1947/51 e
exerceu funções várias no 10Q GAT/75 e no 109 GO 105, que comandou, em
Fortaleza, de 1967/69. Estagiou no EM/10- RM em 1961. Como Oficial de
Estado- Maior serviu na 10-RM(Fortaleza), no GEF, Manaus, em 1962, na 26ê
CR em Terezina/PI (1963/64), no EM/10- RM em Fortaleza (1964/65), no EM/4-
DC, Campo Grande/MS (1970/72), novamente na 109RM (1972/75), no EM/IV9
Ex (atual CMNE, 1976/77), na Chefia de Gabinete do DGS (1977) e no EME
(1977/ 79). Como Of Gen comandou a 10- BdalnfMtz, Recife( 1979/82).
Estagiou na ESG (02Mar82 a 12Jan83) e finalmente comandou a 6§ BdalnfBld,
de onde foi transferido para a Reserva. Integrou turma de 40 cadetes da AMAN
que fizeram a viagem de Instrução em Navio Escola com a Escola Naval no
itinerário Gibraltar- Toulon-Nápoles-Lisboa e Ilha da Madeira(1946). Integrou a
FAIBRÁS e a Brigada Latino Americana em São Domingos-República
Dominicana, como S/1 e S/ 5(1966-Serviço Nacional Relevante). Foi Adido
Militar na Colômbia, 1975/76. Foi agraciado com as seguintes condecorações:
Ordem do Mérito Militar(Comendador), Ordem do Mérito Aeronáutico
(Comendador) e Ordem do Rio Branco(Oficial). Medalhas: Militar (ouro com
passador de platina/40 anos), de Guerra, Mérito Tamandaré, Mérito Santos
Dumont(Prata), Pacificador, Mérito Guararapes(Comendador-Pernambuco) e
Pernambucana do Mérito Policial- Militar. Estrangeiras: Ordem do Mérito Gen
José Maria Córdoba (Comendador-
77
Colômbia) e Medalha ao Mérito da Força Interamericana de Paz (Internacional).
Recebeu diversos Diplomas: Faibrás, 4êDC, ECEME, 39GAC AP, 6-BdalnfBld,
26§CR, 109GAC e do CPOR/R. Teve relevante participação em ações
relacionadas com o Movimento Revolucionário de 1964, em Fortaleza, Manaus
e Teresina. Suas palavras de despedida e elogios ao deixar o comando da 6-
Bda Inf Bld e o elogio recebido completam o seu modelar currículo de soldado.
78
Pela segunda vez iria passar a comandar uma Brigada de Infantaria. Ao
entusiasmo somava-se a preocupação da responsabilidade no adestramento de
uma Brigada Blindada, adestramento este que se desdobrava no de cada uma
das Unidades das Armas que a constituem. A isto acrescia também o orgulho de
comandar uma Brigada de peso e neste Estado onde nunca havia servido e
onde a tradição guerreira é um traço marcante. Uma Brigada pertencente à 3-
DE que ostenta com honra e designação de “DIVISÃO ENCOURAÇADA",
herdeira que é do Patrono da Infantaria, o cearense Brigadeiro Antônio de
Sampaio e que recebeu esta denominação pelo destemor com que manobrava
sob o fogo, como se estivesse protegida por uma couraça.
É a Brigada, essencialmente, uma GU de combate e assim ela teria de ser,
não interessando dificuldades em meios, material e pessoal.
Ao olhar o aquartelamento, situado em pavilhão outrora pertencente ao
VELHO REGIMENTO, de tantas recordações históricas, o Regimento do
Patrono da Artilharia, forjado nas lutas ao Sul do País, neste Rio Grande do Sul
guerreiro com suas Unidades, todas de valor já firmado, algumas de longa
tradição e outras criadas mais recentemente, sob a égide da 2- Guerra Mundial,
sentia ainda mais o peso da responsabilidade.
Hoje, 1 ano e 18 dias após, me encontro no mesmo lugar contemplando a 6-
Bda Inf Bld em forma, pela representação de todas as suas Unidades, presentes
suas insígnias, seus blindados e seus comandantes, não posso conter meu
entusiasmo e orgulho em tê-la comandado.
Aí vejo meus três Batalhões: o 7- BIB de Santa Maria, "Regimento Gomes
Carneiro”, o 299 BIB de Santa Maria, "O Batalhão da Esperança” e o 89 BI Mtz de
Santa Cruz do Sul, “O nosso Batalhão”, minha massa de manobra, os homens
que verão o brilho dos olhos do inimigo, dominando-o pelo fogo e pela manobra,
assegurando a vitória pela sua destruição ou pela posse do terreno depois de
pô-lo em fuga. O meu 49 RCC, que com o turbilhão de seus blindados ao inimigo
avassala pela ação de choque. O nosso 39 GAC AP, O Regimento Mallet,
representante da "poderosa", nesta Bda, assegurando eficaz apoio de fogo à
nossa Infantaria e Cavalaria. A 39 Cia de Comunicações que faculta ao
Comando ■ansmitir suas decisões e comunicar sua vontade a tropa.
Para que o Comando possa ser exercido, aí está a Cia de Comando,
montando o PC, dando segurança, permitindo seus deslocamentos e sua vida
de Campanha.
Meu EM, Geral e Especial, tão necessário ao Cmt, com seu trabalho,
anônimo e leal, ao fomecer-lhe elementos para bem decidir.
Meus camaradas da 69 Brigada: os aqui presentes, os que estão nos
aquartelamentos e aqueles que já se foram, principalmente, os tombados no
cumprimento do dever, se hoje sinto tudo o que acabei de dizer e mais aquilo
que as palavras não traduzem, eu devo a vocês integrantes da 69 Bda Inf Bld
que como tantas vezes disse é a minha, a nossa Brigada.
Fizemos tudo o que podíamos fazer colocando nisto a nossa alma.
79
Quantas vezes ouviram este velho General, seu Comandante, insistir que
deveriamos ver os nossos quartéis como acantonamentos provisórios, pois
nossa missão exigirá que estejamos prontos para partir a qualquer momento
para cumprir missão em qualquer lugar. Que para isto existimos e para isto
devemos estar preparados constantemente e que devemos nos preparar para
vencer a guerra e não somente para a guerra.
Que por mais real que sejam nossos exercícios estará sempre faltando o
principal, o inimigo, que nos quer destruir. Não esquecerão o guerreiro e poeta
CAMÕES tantas vezes citado por este Comandante.
“A disciplina militar prestante não se aprende senhor na fantasia, sonhando,
imaginando ou estudando, mas senão vendo, tratando e pelejando”.
Quantos exercícios, quantas noites e madrugadas, passamos nós,
dedicados de corpo e alma ao nosso adestramento profissional. As formaturas,
as solenidades, as paradas. As recentes manobras realizadas pela Brigada e
dirigida pela 3- DE, na região de São Simão - Saicã onde se fizeram notar, a
dedicação, o preparo profissional, o entusiasmo de cada Unidade ou
Subunidade Independente, formando no seu conjunto a eficiência e a força da 6-
Bda Inf Bld.
A oportunidade que tivemos de enquadrar tropa Divisionária, da 1êeda2- Bda
C Mec , completando e aumentando a capacidade combativa da nossa 6- Bda e
ainda a possibilidade de trabalhar com a nossa FAB.
O fecho da manobra com um desfile final, constitui também um esforço para
a tropa e um trabalho eficiente do EM reunindo e deslocando pela noite adentro
as Unidades e colocando-as em coluna de marcha nas estradas. Esta manobra
pelo seu vulto e correção não será esquecida pelos que a resistiram e
principalmente pelos que dela participaram. Tudo isto me entusiasma no
momento em que pela última vez, como seu Cmt, contemplo a 6g Bda Inf Bld.
É com pesar e com alegria que hoje entrego o Comando a meu substituto.
Pesar por deixar meus oficiais e praças que comigo viveram momentos de
vibração e tristeza. Alegria por ter a certeza que a 6- Bda Inf Bld continuará uma
GU que segue com obstinação a trilha do dever e só dará satisfação aos
Comandantes que virão, sem destoar da nossa Divisão e de suas outras
Brigadas e AD.
Não poderia como soldado ter tido satisfação e orgulho maior do que a de
haver comandado esta Brigada. Esta passagem de Comando tem um
significado diferente dos outros, pois agora estou entregando meu último
Comando. Não me despeço porém, porque o soldado velho simplesmente
desaparece, não morre, nem se despede. “
80
assaltando-se profunda e exclusiva dedicação ao Exército. Dotado de uma
personalidade marcante, torna-se, nesse momento, o Gen THEÓPHILO, alvo
dos melhores louvores e agradecimentos pelos inestimáveis serviços que
prestou durante sua brilhante e invejável carreira.
Deixa o Gen THEOPHILO, como experimentado soldado, uma trajetória de
constantes exemplos de dignidade, amor e devotamento a profissão e a marca
indelével de um caráter sem jaça. Sua vida militar é plena de significativas ações
que caracterizam o verdadeiro soldado. Tornando-se difícil, senão impossível,
destacar em cada grau de hierarquia que galgou, aquelas de maior relevo.
Praça de 10Abr42, na Escola Preparatória de Fortaleza, foi declarado
Aspirante a Oficial da Arma de Artilharia em 28Dez46. Classificado no 109 GAT
75, seguiu para Fortaleza, sua terra natal. Nessa Unidade, desde logo, foi
notado no jovem Ten Theophilo qualidades excepcionais: aptidão para instrutor,
elevado espírito militar, dedicação, contagiante capacidade de trabalho e apto
para a prática dos desportos. Revelou-se Oficial de Alto nível em todas as
funções de Oficial Subalterno que assumiu. No posto de Capitão foi um Cmt de
Bia equilibrado, dinâmico e realizador. Transformou a 2- Bia Can em seu
segundo lar, conseguindo excelentes resultados no instrução e administração.
Nas atividades desportivas da 109 RM, o 109 GAT 75 brilhou com as
performances do Cap Theophilo, seja em tiro, esgrima, voleibol e hipismo. Em
Out 47 foi classificado em 19 lugar no Pentatlo Militar na Olimpíada Regional.
Em Mar52, o Exmo Sr. Presidente da República resolveu conceder ao Cap
Theophilo "Medalha de Guerra" por haver cooperado no esforço de guerra do
Brasil.
Seu amor e identificação com a Arma de Mallet foram notáveis e bem
resumidas em um elogio consignado por seu Comandante em 1954:
"Comanda a 2- Bia Can com raro brilho, dedicação e eficiência. Tem
conseguido com suas destacadas qualidades de Oficial de tropa, esgotar a
vasta terminologia de elogios. É efetivamente um grande Capitão. Apegado às
tradições da Arma, luta pelas belas imagens que o tempo já levou; graças
entretanto ao seu grande coração, consegue sacudir a poeira do tempo e
reviver glórias passadas. É nteligente e dotado de magníficas qualidades para
instrutor de Oficiais. Sua jateria é o impulso e, portanto, tão eficiente como seu
eficiente Capitão".
Em 1955 cursou a EsAO, onde obteve menção MB e invejável conceito
sintético.
Voltou ao seu 109 GAT 75 em Nov55, agora já mais amadurecido, mas
com o mesmo elo e entusiasmo daquele Aspirante em 1947. Exerceu com
eficiência e dedicação as funções de Estado-Maior do Grupo.
Em 13Mai57 deixou o 109 GAT 75, para servir no QG da 10- RM, onde
apesar de ter passado apenas sete meses, foi notado e elogiado pela maneira
criteriosa e inteligente ao chefiar o Serviço Auto Transporte e Embarque da
Região.
Cursou a ECEME nos anos de 58, 59 e 60 com distinção e brilhantismo.
81
Retornou a FORTALEZA, já como Major, onde realizou o Estágio de Estado-
Maior na 10a RM, evidenciando suas qualidades positivas, ao planejar um
exercício de Mobilização, com acerto e perspicácia.
Transferido para o GEF, apresentou-se em 05Mar62 e foi designado Chefe
da 3a Seção do EMG. Serviu nessa GU por oito meses, sempre primando pela
eficiência, honestidade de propósitos e capacidade de trabalho.
Movimentado em Dez62 para a 26a CR, TEREZINA, prestou excelentes
serviços. Teve atuação destacada na Revolução Democrática de Mar64, agindo
com energia e ponderação.
Voltou ao Quartel General da 10a RM em Mai64, onde foi prestar seus
serviços na 1a Seção do EMG. Convém destacar o excelente trabalho que
realizou na apuração de entidades assistenciais fictícias no Estado do Ceará.
Sua alma de Artilheiro e seu pendor para a tropa fizeram com que o Maj
Theóphilo retornasse ao seu amado 10a GO 105 e assumisse a função de
Subcomandante. Organizou uma Bateria de Tiro 75 composta de militares dos
mais diversos setores do Grupo, assegurando, assim total presteza para o caso
de um eventual emprego.
Em Mai66, foi nomeado pelo Exmo. Sr. Presidente da República para
integrar o Estado-Maior do Destacamento Brasileiro da Força Inter-americana
de Paz - FAIBRÁS, assumindo as funções de S/1 e S/5 da Brigada Latino-
Americana.
Por suas qualidades de caráter e por sua competência o já então Ten Cel
Theophilo dignificou o Exército Brasileiro no conjunto das Forças Internacionais
componentes da Brigada Latino-Americana e FAIBRÁS. Regressou ao Brasil
em agosto de 66 e após curta passagem pelo EME, foi nomeado Cmt do 10a GO
105. Estava consagrado o grande líder e soldado ao comandar o Grupo que
assistiu todos os passos de sua brilhante carreira. Aquele Asp Of de 1947,
agora, na mesma Unidade, já se destacava pela alta capacidade de Comando e
como magnífico condutor de homens. Por três anos e dois meses no Comando
do 10a GO 105, o Ten Cel Theophilo confirmou suas qualidades de liderança,
seu amor à Unidade, atitudes claras e bem definidas, e grande conhecimento
dos misteres da Artilharia.
Classificado em Mar70 na 4a DC, Campo Grande/MS, assumiu a Chefia da
3a Seção. Demonstrou nas funções, ser um excelente Oficial de Estado- Maior,
capacidade, correção e espírito militar acentuado. Coordenou a montagem e
execução das Manobras da DC realizadas em 1970, com acerto, equilíbrio e
discernimento.
Em agosto de 1972 retornou ao QG 10a RM, como chefe da 3a Seção do
EMG, já no posto de Coronel, respondendo, por vezes, pela chefia do EMR/ 10.
Nessas funções revelou impressionante capacidade de trabalho, disciplina
intelectual e facilidade de apreensão.
Foi distinguido pelo Exmo. Sr. Presidente da República como Adido das
Forças Armadas junto à Embaixada do Brasil na Colômbia em Out75. Teve, na
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Chefia dessa Aditância, conduta irrepreensível, espíritos público e dedicação ao
serviço, merecendo do Embaixador elogios significativos.
Concluída mais essa missão foi o Cel Theophilo classificado no Cmdo do IVo
Exército, onde se apresentou em Nov76. Apesar do reduzido espaço de tempo
que serviu nesse Grande Comando, destacou-se na Chefia da Seção de
Planejamento e Coordenação e, posteriormente na Chefia da 3- Seção, pela
habitual capacidade de trabalho e dedicação ao serviço.
Em Jun77, foi nomeado Chefe de Gabinete do Departamento Geral dos
Serviços e, logo depois, em Nov77, transferido para o EME, indo prestar seus
serviços na 4- Seção e posteriormente na SO/2 (Seção de Apoio
Administrativo). Distinguiu-se pela orientação objetiva e segura que imprimiu às
atividades da Seção no trato dos complexos assuntos ligados ao planejamento
do Apoio Administrativo no âmbito do EME. Oficial possuidor de larga
experiência, estudioso, competente e capaz, possui profunda visão de conjunto
dos problemas do Exército, para cujo equacionamento tem dado, não raro, a
valorosa colaboração de seus pontos de vista sempre objetivos, judiciosos e
oportunos. Como reconhecimento de seus comprovados méritos profissionais e
elevadas virtudes morais, foi promovido a General de Brigada em 31Jul79
abrindo-se-lhe, novos e mais amplos horizontes, à sua operosidade, inteligência
e dinamismo. Nomeado Comandante da 10§ Brigada de Infantaria Motorizada,
com sede no RECIFE, voltou-se para o preparo profissional de sua tropa,
buscando uma maior operacionalidade, sem descurar do aspecto humano.
Bateu-se constante e incansavelmente para solucionar os problemas de suas
Unidades por forma que as diretrizes de instrução que estabeleceu tivessem
cumprimento integral. Sua freqüente presença nas OM subordinadas e seu
contagiante entusiasmo profissional foram decisivos para que a 10- Bda Inf Mtz
alcançasse excelente nível de operacionalidade, sob seu Comando.
Após mais de dois anos de profícuo e eficiente Comando da 109 Bda de Inf
Motorizada, foi distinguido para cursar a Escola Superior de Guerra em 1982.
No Comando da 6- BdalnfBId-sua última missão na ativa, confirmou suas
excepcionais qualidades de soldado e de chefe capaz, impulsionando a
instrução, zelando pelo bem-estar dos seus comandados e primando pela
eficiência profissional. Sob seu Comando, a 6- BdalnfBld teve uma atuação
destacada no planejamento e desenvolvimento da Operação de Grande
Comando do IIIo Exército, 4- fase, em 1983. Como substituto eventual deste
Comando, demonstrou as excelentes características de que é dotado,
mantendo os Comandos subordinados coesos e voltados para as atividades
profissionais sem permitir que houvesse perda da continuidade. Esta é a
trajetória brilhante desse ilustre militar e excelente companheiro, exemplo digno
de ser seguido pelos mais moços.
Artilheiro da mais fina estirpe, valorizou e honrou sobremaneira a Arma de
Mallet, ao manter vivas as tradições históricas da Artilharia e incutir nos seus
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subordinados o apego e o cuidado na conservação dos antigos materiais da
Arma. Sem deixar de se preocupar com a modernização e evolução dos novos
materiais.
Muito lamento ver-me privado de tão excelente colaborador, tanto mais
quanto seu afastamento abre profunda lacuna no Comando da mais potente GU
da Divisão Encouraçada, mas conforta-me a certeza que o Gen Theophilo, ao
deixar a 63 Bda Inf Bld, a entrega ao seu substituto plenamente organizada,
adestrada, coesa, perfeitamente operacional, propiciando assim, ao sucessor,
total facilidade em prosseguir nos misteres da GU em todas as atividades.
Ao apresentar ao Gen Theophilo, amigo de tantos anos e que tanto prezo, as
despedidas do Exército, não poderia deixar de registrar meu preito de gratidão e
minhas homenagens de sincera admiração, pelo muito que deixa no Exército,
cabendo-me com toda justiça, apontá-lo como exemplo de Chefe e líder, cuja
carreira foi uma constante modelo de coerência nas atitudes, de dignidade, de
bom senso e de sinceridade de propósitos, dando-se inteiramente ao Exército e
à Pátria, não raro em detrimento de família.
Ao ingressar na reserva e deixar o nosso convívio cotidiano, pode o Gen
Theophilo fazê-lo com absoluta tranqüilidade do dever plenamente cumprido e
com a certeza de haver conquistado a amizade e gratidão de todos aqueles que
tiveram a ventura e o privilégio de com ele privar.
Finalmente, em nome dos companheiros de todos os níveis e no meu
próprio, expresso ao já saudoso amigo, os mais ardentes votos de rápida
adaptação na nova quadra de sua vida e votos de plena felicidades no recesso
do lar, ao par da dileta esposa, companheira de todas as horas e dos estimados
filhos que seguem a senda de seu exemplo (INDIVIDUAL).
*Cel Pedro Paulo de Oliveira e Britto
84
(1957-58) e pela 2- vez no 89 RC (1962/63). Como oficial de Estado-Maior serviu
no QG/GEF em Manaus (13Fev69 a 11 Jan71), no EME (13 vez-01 Mar73 a
18Jun75) e (2- vez-29Ago77 a 01Fev78), no QG da 4- DC (01Mar78 a 23Fev79),
no QG do IIo Ex (atual CMSE, de 04Abr a 22Ago79), na ESG (22Ago79 a
23Jan81) e no DGS (11Jun83 a 30Mar84). Comandou o 69 RCB (Jul75 a Jul77)
e chefiou a Comissão Militar do Brasil em Washington (Mar81 a Mar83). Foi
instrutor da EsSA (1954/55 e em 1959), do CPOR/PA (1964/65), da EsAO
(1971/72) e integrou o Corpo Permanente da ESG em 1980. Como Of Gen
comandou a 69 Bda Inf Bld e a Diretoria de Patrimônio (14Fev85 a 12Set86). Foi
agraciado com as seguintes condecorações: Comendador do Mérito Militar e
Medalhas: Militar (ouro), Pacificador, Mérito Santos Dumont e Marechal Hermes
(bronze, 1 coroa).
85
Soldados da 6a Brigada, eu me congratulo com todos pelos exemplos que
têm dado de disciplina, dedicação, amor à Instituição e capacidade profissional.
Lembrarei sempre com orgulho o tempo em que tive o privilégio de
comandá-los."
86
de 1952/53 e de 1956/57, na ECEME de 1964/66 e na Dragões da
Independência, de 1949/51 e 1959/60, unidade que viria a comandar em Brasília
de 1974/76. Como Oficial de Estado-Maior serviu na ECEME (1964/66), na
MMBIP (1966/68), no EME em 1969 e no Gabinete do Ministro Gen Ex Orlando
Geisel, como um de seus assistentes secretários de 1969/74 e onde o
conhecemos quando éramos adjunto da Presidência da Comissão de História
do Exército Brasileiro do EME, ao lhe fornecermos subsídios históricos que
solicitava para seu trabalho. Serviu no Comando Militar do Planalto em 1976.
Trabalhou de 1976/79 no Gabinete do Ministro-Chefe do SNI, de onde saiu para
o exercício de Chefe da Assessoria Especial do Presidente da República João
Figueiredo, de 1979/81. Como Of Gen comandou a 5a Bda C Bld (11 Set81 a
27Fev84). Estagiou na ESG (28Fev a 18Dez84), comandou a 6- Bda Inf Bld
(11Jan85 a 15Abr86). Foi Diretor de Moto- Mecanização(25Abr86 a 10Jan86),
Cmt da 1- RM (27Jan89 a 25Ago90) e Chefe do DMB( 11Set90 a 11Ago93),
data de sua passagem para a Reserva (Dec. de 10Ago93 - DO 152, de 11
Ago93). Em 03Set93 assumiu a Presidência da Indústria de Material Bélico do
Brasil - IMBEL, que até hoje exerce. Sua carreira teve o seguinte curso: 2g Ten,
26Jun 49. 19 Ten, 25Jun51. Cap, 14Dez53. E por merecimento: Maj, 25Ago61;
Ten Cel, 25 Dez66 e Cel, 31Ago73. Gen Bda, 31 Jul81; Gen Div, 31Jul86 e Gen
Ex, 31Jul90. Foi agraciado com as seguintes condecorações: Nacionais:
Grã-Cruz do Mérito Militar e do Mérito Judiciário Militar, Grande Oficial do Mérito
Naval, Grande Oficial do Mérito Aeronáutico, Grã-Cruz do Mérito das Forças
Armadas, Oficial da Ordem do Rio Branco e da Ordem do Mérito de Brasília.
Medalhas: Marechal Hermes, Pacificador, Mérito Tamandaré, Mérito Santos
Dumont, Militar(ouro- passador de platina), Grande Medalha da Inconfidência e
Mérito Mauá-Cruz de Mauá. Estrangeiras: Ordem do Mérito Militar Grande
Oficial e Medalha Honorífica de Cavalaria(Paraguai), Ordem do Mérito El
Sol(Peru), Ordem Nacional do Mérito(França), Ordem Libertador San
Martín(Argentina), Ordem Bernardo O'Higgins(Chile), Ordem Mexicana dei
Aguila Azteca(México), Ordem Militar de Aviz+Comendador(Portugal), Ordem
Nacional da Legião de Honra- Oficial(França) e Ordem do Mérito Francisco
Miranda 2- Classe(Venezuela). Honoríficas: Ordem do Mérito Judiciário do
Trabalho-Comendador e Medalha Mérito Avante Bombeiro-RJ.
87
A valorização do homem, como primordial objeto e fim da atividade
castrense, em sua destinação bélica e no aperfeiçoamento para a livre e
consciente cidadania, dignificou o sacerdócio de oficiais e graduados.
Os cuidados com a conservação, limpeza e manutenção de instalações,
armamentos, viaturas e demais materiais, constantemente demonstrados nos
padrões crescentes de disponibilidade atingidos, exaltam o senso de
responsabilidade de seus orientadores e executores.
O planejamento do Ano de Instrução, meticulosamente encadeado e dirigido
para os objetivos sucessivos de comportamentos, aptidão física, habilitações e
desempenhos coletivos, projetou, na compatibilidade e rendimento da
execução, a excelência do somatório harmônico e da completa articulação de
diretrizes de Comando com os programas das Unidades.Os resultados
alcançados provaram o ganho de operacionalidade, na integração de todas as
peças orgânicas da Grande Unidade, complementadas por não orgânicas, em
Manobras de larga envergadura, envolvendo vultosos efetivos de pessoal e
material, em convincente atuação de grande profundidade e duração.
Realizamos hoje mais uma concentração, destinada, como todas, à
avaliação comparativa dos progressos que tivemos, em ambiente de
confraternização e competição que, a um tempo, irmana, integra e exercita nos
desafios.
E aqui, nossos caminhos se separam. O barro que os pés, rodas e lagartas
amassaram, o calor e a poeira, o frio e a chuva enrijeceram suas vontades, que
madrugaram em dias longos e noites de vigília, para acompanharem os
ponteiros da inexorável marcha do tempo.
Estado-Maior: uma equipe. Ágil, operoso, criativo, transformou idéias
audazes em planos precisos para execuções seguras.
Comandantes zelosos, vigilantes, impulsionaram, supervisionaram, com
inteligência e dinamismo no realizar, com resignação para o inexeqüível.
Oficiais e graduados foram guias e modelos de seus soldados, assim como
aprendizes e executantes, modestos no que sabem e na competência que
sempre se pode aperfeiçoar.
Em meu caminho, levo a rica experiência que me ofereceram: A coragem
para as distâncias e a preparação para vencê-las. O valor de comportamento,
atitudes e habilitações mais fáceis de adquirir, que se sedimentam em alicerce
robusto para a conquista dos grandes objetivos. A convivência que aproxima,
familiariza, adestra e consolida a integração. A dura têmpera gaúcha, forjada
pela determinação dos avós nas agruras e lutas do passado.
Agradeço pela experiência. Pela tolerância, pela adesão, pela confiança.
Pela felicidade e realização profissional que me proporcionaram.
Agradeço por minha mulher, pelo carinho que lhe deram. E a ela, pela
contribuição decisiva nos êxitos que, porventura, tenha alcançado.
Deus, obrigado. Camaradas, felicidades!"
Elogio da 3S DE(B1 Nr 15, de 15Abr86)
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Gen Armando Luiz Malan de Paiva Chaves
Por ter sido nomeado para o cargo de Diretor de Motomecanização, entrega
nesta data o Comando da 6° Brigada de Infantaria Blindada a seu substituto
legal.
No desempenho desse importante e honroso cargo por cerca de um ano e
três meses, imprimiu uma orientação esclarecida e segura ao seu Estado- Maior
e aos Comandos das Unidades subordinadas. Procurou com constância e
tenacidade aprimorar e manter elevado o grau de operacionalidade de sua
Brigada, enfrentando dificuldades de diversas naturezas, notadamente as
relacionadas com a insuficiência de suprimento e restrições de recursos
financeiros.
A todas superou graças a sua capacidade e liderança, criatividade,
propriedade de definir e fixar objetivos e a de orientar e aglutinar a atenção de
seus comandados, na consecução dos fins almejados.
Dedicou-se à instrução dos quadros e da tropa e ao preparo orgânico de
sua Grande Unidade. Com invulgar dinamismo através de Visitas, Inspeções e
Reuniões de Comando, acompanhou e avaliou as diversas atividades das
Organizações Militares subordinadas, corrigindo falhas e consolidando acertos.
Integrando os Exercícios das Unidades da Arma Básica com as de Apoio ao
Combate e Apoio Logístico, visando à Economia de Recursos, logrou realizar ao
término do Ano de Instrução de 1985, um magnífico Exercício de Campanha, na
Região do Campo de Instrução "BARÃO DE SÃO BORJA".
Nesse exercício que incluiu o transporte ferroviário do Regimento Mallet e o
deslocamento rodoviário das demais Unidades, de suas sedes para Saicã, da e
volta, em percurso médio superior a 300 km, foi efetuada a transposição o Rio
SANTA MARIA e uma atuação ofensiva em profundidade com realização e tiro
real. Nessas ações ficou perfeitamente evidenciado o elevado grau de
adestramento alcançado pela Tropa, o preparo dos Quadros e a eficiência do
Estado-Maior da Brigada. Conhecedor da importância da tradição, do espírito de
corpo e de moral da tropa, adotou medidas visando o permanente fortalecimento
e aperfeiçoamento dos valores morais dos seus comandados. Através de
competições de instrução e contato entre Comandantes e Oficiais das diversas
Unidades, logrou obter um excelente grau de coesão e interesse profissional
que bem caracterizam a 69 Brigada de Infantaria Blindada.
Chefe entusiasmado, vibrante, capaz, ativo e dedicado, fundamenta nítida
vocação militar em sólida formação moral, franqueza, clareza de atitudes e trato
afável e cavalheiresco.
Com sua excelentíssima esposa, Dona MARILDA, soube conquistar a
admiração e a estima de seus comandados e companheiros. Na sociedade civil
renovaram antigas amizades e criaram numerosos grupos de novos amigos,
cativados pela simplicidade e espontaneidade do casal.
89
Ao apresentar as despedidas da 39 Divisão de Exército, agradeço ao Gen
PAIVA CHAVES sua constante colaboração e as manifestações de apreço e de
fraterna amizade. Faço os votos de pleno êxito em seu novo e importante cargo
de Diretor de Motomecanização e desejo plena felicidade em companhia de sua
digna e estimada família. Gen Div Décio Barbosa Machado.
90
1
92
Com sua digníssima esposa soube conquistar a admiração e a estima de
seus Comandados e companheiros, tendo criado numerosos amigos na
sociedade civil, com reflexos altamente positivos para a integração da família
militar com a comunidade.
Assim, ao apresentar as despedidas da 39 DE, agradeço ao Gen MONTE
SERRAT sua inestimável colaboração, formulando votos de pleno êxito em sua
nova e honrosa missão e também que continue o desenvolvimento de sua
carreira para acrescentar novas e preciosas contribuições ao nosso Exército e
ao País. (INDIVIDUAL)."
93
entusiasmo e a alegria inundavam-me a alma de soldado; era imensa e otimista
a minha expectativa.
Hoje, no momento de transmitir o cargo, entendo melhor aquelas emoções
vibrantes que então me ocupavam o espírito, diante da nobre tarefa que me era
dado desempenhar. O tempo decorre com incrível velocidade, quando nos
ocupamos com trabalho de nosso agrado. Creio que assim foi o meu Comando.
Tive tanta sorte e fui tão feliz no seu exercício, que agora ouso achar ter sido
muito curto o período que me foi concedido.
Tive a ventura de viver um período de importantes realizações na área da 6-
Bda Inf Bld, recompletamento, transformação e transferência de Unidades,
implantação de novas OM, intensa atividade na instrução militar, cursos,
estágios e exercícios no terreno. Foi, enfim, uma grande felicidade ter sido o
Comandante da Brigada.
Agradeço, de modo muito especial, aos meus comandados, que foram
sempre o alvo principal de minha Ação de Comando e que souberam
corresponder às minhas melhores expectativas. Agradeço-lhes muito a leal e
inestimável colaboração.
Peço permissão para nomear apenas um dos meus colaboradores: o Cel
FREDERICO GUIDO BIERI, meu Chefe de Estado-Maior, companheiro da mais
alta competência profissional e amigo dileto a quem muito fico a dever pelo seu
notável desempenho e extraordinária dedicação em cargo tão absorvente e
complexo.
Peço ainda permissão para mencionar nestas palavras de despedida a figura
de minha mulher, meu permanente amparo.
Enfim, sou muito grato a todos aqueles que me socorreram com o seu
indispensável apoio ou a palavra amiga nas horas de dificuldade.
No momento em que estou concluindo a minha tarefa, sinto, de um lado,
tristeza por deixar o Comando, de outro, a alegria da missão cumprida. Para nós
soldados, não existe retribuição superior a essa. A felicidade pelo cumprimento
da missão é o nosso maior ganho. É, pois, envolto nessa emoção de felicidade,
que me despeço da 6a Bda Inf Bld, concitando a todos os seus integrantes que
me emprestem ao meu digno sucessor, General Jorge Cardoso Nogueira, a
mesma dedicada e leal colaboração com a qual tive a satisfação de contar.
94
liderança, entusiasmo, dedicação e eficiência profissional. Coube-lhe o mérito
de dirigir a implantação de uma nova estrutura administrativa, reunindo em uma
única as administrações de quatro Organizações Militares distintas, com
resultados positivos em termos de racionalidade e economia de pessoal e
material. Manteve a Grande Unidade sob seu Comando em elevado grau de
operacionalidade conforme ficou comprovado nas avaliações realizadas e em
todos os Exercícios de que participou nos anos de 1988 e 1989.
Tendo assumido o Comando da 3a Divisão de Exército a 25 de janeiro do
corrente ano, tive o privilégio de tê-lo sob meu Comando apenas por 3 meses e
3 dias. Durante esse curto espaço de tempo pude comprovar e apreciar os
atributos que caracterizam a sua personalidade de soldado de escol e cidadão
exemplar, dentre os quais destaco o senso de responsabilidade, o amor ao
trabalho, a disciplina consciente, a lealdade, a discrição, a franqueza, o
equilíbrio emocional, a inteligência lúcida, a cordialidade, a camaradagem, a
coragem moral, o discernimento.
O Comandante da 3- DE, num preito de justiça, cumpre o dever de louvar o
Gen KÜMMEL pelos excepcionais serviços prestados ao Exército, como
comandante da 6- Brigada de Infantaria Blindada, ao mesmo tempo em que
manifesta a sua convicção de que saberá dignificar e valorizar o cargo de Diretor
do Pessoal Civil que irá exercer e formula ao caro amigo os melhores votos de
felicidade junto à digníssima esposa. (INDIVIDUAL)
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15Mar94. Sua carreira teve o seguinte curso: 22 Ten, 25Ago58. 12 Ten,
25Ago60. Gap, 25Ago64 e sem menção curricular se por antigüidade ou
merecimento: Maj, 25Dez73; Ten Cel, 25Ago79 e Cel, 30Abr84. Gen Bda,
31Mar90. Foi agraciado com as seguintes condecorações: Comendador do
Mérito Militar e das Forças Armadas, Medalhas: Militar (ouro), Pacificador e
Legião do Mérito Legionário (EUA).
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plenitude, as suas excelsas qualidades de profissional estudioso e chefe capaz
e competente. Exerceu uma ação de comando permanente sobre todas as
Unidades subordinadas, alicerçada no exemplo pessoal e na firmeza de uma
orientação segura e inteligente. Planejou, coordenou e controlou com adequado
equilíbrio e bom senso, a instrução dos quadros e da tropa. Conduziu sua
Grande Unidade, com acerto e discernimento, em todos os exercícios de
campanha levados a efeito nos anos de 1990 e 1991, nos Campos de Instrução
de Santa Maria e Barão de São Borja (Saicã).
Meticuloso e exigente, fez-se presente, com marcante assuiduidade, em
todas as Organizações Militares sob seu comando, transmitindo aos seus
comandados os ensinamentos de sua longa vivência militar e requerente de
cada um o cumprindo rigoroso do dever.
Nas diferentes ocasiões em que me substituiu no Comando da Guarnição
de Santa Maria se houve com louvável lealdade, eficiência, ponderação e
equilíbrio.
Devo-lhe o concurso de uma colaboração franca e eficaz prestada com
acerto e precisão. Durante as reuniões de comando da 3- DE a sua participação
se caracterizou pela objetividade e clareza, concorrendo decisivamente para o
equacionamento de múltiplos e variados problemas.
Ao despedir-me do prezado amigo Gen NOGUEIRA, louvo-o pelos
excepcionais serviços prestados como Comandante da 6- Brigada de Infantaria
Blindada. Ao louvor, junto os votos de sucesso no exercício do Comando da 9 Q
Região Militar e de uma estada feliz ao lado de seus familiares, na capital do
Mato Grosso do Sul. (INDIVIDUAL).
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CComSex (13Fev84 a 13Fev85) e foi Assessor do Ch do DEP (16Mar88 a
15Jan89). Comandou o 39 BPE, Porto Alegre, de 16Fev89 a >0Jan91. Foi adido
militar das FFAA na República do Suriname (02Fev86 a '2Fev88). Como Of Gen
comandou a 6- Bda Inf Bld, estagiou na ESG em 944, foi subchefe do COTER e
chefe da Assessoria Especial de Ensino e lodernização(AEEM), do EME, em
1995 e Assistente do Comando da ESG íe 12Fev96 a 13Mar97, data de sua
transferência para a Reserva (Dec. de 3Mar97, publicado no DO 50, de
14Mai97). Sua carreira teve o seguinte urso: 2gTen, 25Ago61. 1gTen, 25Ago63.
Cap, 25Dez66. Maj, 25Dez75.Ten tel, 30Abr81 e Cel, 25Dez85; todas por
merecimento. Gen Bda em 31 Mar92. :oi agraciado com as seguintes
condecorações: Ordem do Mérito •lilitar(Comendador); Ordem do Mérito das
Forças Armadas, grau de Comendador; Ordem do Mérito
Aeronáutico(Comendador); Ordem do Mérito :special da República do
Suriname(Comendador); Medalhas: Militar com tessador de Ouro(40 anos);
Medalha do Pacificador; Mérito Santos temont(prata); Medalha Mérito
Tamandaré; Medalha Marechal Cordeiro de •arias e Medalha da Vitória. É
Engenheiro Civil formado na UFRGS, em 1968.
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Realizamos muito. Tempos de aprendizado e de realização profissional que
me permitem trabalhar, em anos subseqüentes, com equipes distintas.
Foram Estados-Maiores diferentes. Os dois competentes e dedicados,
chefiados, sucessivamente por amigos, os Coronéis GUIDO e RENK. Cada um
com seu feitio pessoal. Ambos leais e eficientes. Agradeço-lhes as lições de
amizade e de camaradagem.
Aos Comandantes das Unidades da Brigada, com quem mantive estreito e
cordial relacionamento, manifesto meus agradecimentos pelo trabalho que
desenvolveram. As peculiares condições de nossa Brigada, com todas as suas
Unidades concentradas na Guarnição de Santa Maria, à exceção de uma,
exigiram de mim uma preocupação permanente - o cuidado para evitar a
constante interferência do General em assuntos do quotidiano, que dizem
respeito exclusivo a cada comandante de Unidade.
Aos companheiros da reserva, em especial àqueles que iniciaram comigo a
caminhada no velho casarão da Escola Preparatória de Porto Alegre (EsPPA) e
aos que contribuíram com estudos e pesquisas que enriqueceram de dados e
documentos o acervo do Museu do nosso Patrono, externo meus
agradecimentos pelo incentivo e o apoio recebido. Com suas presenças,
invariavelmente prestigiaram os eventos cívicos, esportivos e sociais
promovidos por nossa Brigada.
Aos oficiais, subtenentes e sargentos, cabos, soldados e funcionários civis
do Quartel General agradeço pela colaboração prestada ao meu comando.
Encontrei nesse seleto grupo de profissionais, homens dedicados e
disciplinados que mantiveram, apesar das conhecidas dificuldades conjunturais,
a coesão interna.
Encerro minha passagem pelo comando da 69 Bda Inf Bld com a
consciência tranqüila. Procurei unir os homens sob meu comando sem fazer
concessões à disciplina. Como sempre, fui autêntico e procurei ser leal com
todos.
Foi uma etapa importante de minha vida. Não a esquecerei.
Ao terminar, agradeço a DEUS por ter-me dado forças para cumprir a
missão integralmente, e pelas lições recebidas durante um curto período de
enfermidade. Naquela difícil fase, contei com a solidariedade de velhos amigos
e, como sempre, com o amparo de IEDA MARIA, incansável companheira de
todas as horas, que soube com sua alegria e otimismo auxiliar-me a contornar
os inúmeros obstáculos encontrados. A ela, especial carinho e os mais sinceros
agradecimentos.
99
No período de vinte e dois meses em que comandou tão importante Grande
Unidade de nosso Exército, evidenciou uma vez mais o Gen SANTOS, os
elevados dotes morais e profissionais de que é possuidor.
Dedicado, inteligente, íntegro e disciplinador, desenvolveu na sua GU um
elevado espírito profissional, baseado no cumprimento do dever, na
responsabilidade consciente e na melhoria dos padrões de desempenho
individual e coletivo.
Por ocasião da visita procedida pelo Exmo Sr. Gen Ex ZENILDO
ZOROASTRO DE LUCENA, Ministro do Exército, nesta Guarnição, mereceu
especial referência por parte daquela autoridade, a ótima apresentação da tropa
e o desenvolvimento da formatura e desfile da Guarnição de Santa Maria. De
modo particular, causou muito boa impressão a todos o preparo da tropa e do
material motomecanizado, o que destaca a responsabilidade, a determinação e
a capacidade profissional dos quadros das Unidades subordinadas, fruto da
eficiente e determinante ação de comando do Gen SANTOS. Além disso, contou
o Cmt da "DIVISÃO ENCOURAÇADA", constantemente, com sua leal e eficiente
assessoria e cooperação pessoais e ainda, com o imprescindível apoio e
colaboração da sua Brigada, na organização e execução dos diversos eventos e
cerimônias levadas a efeito nesta Guarnição.
A permanente preocupação com a instrução e o adestramento da tropa,
constituíram-se em fator decisivo para que a Brigada como um todo, alcançasse
o desejado grau de operacionalidade, malgrado as restrições decorrentes das
dificuldades conjunturais da hora presente. Através de um trabalho dedicado e
objetivo obteve significativos resultados nos exercícios do PAB.
Soube compatibilizar, de forma irrepreensível, os seus encargos e
compromissos de Presidente do Círculo Militar com as múltiplas exigências e
deveres de Cmt GU, sem prejuízo das mútuas obrigações.
Como presidente do Círculo Militar de Santa Maria, empenhou-se com
sacrifício das horas de descanso, para que as instalações fossem melhoradas a
fim de que permitissem aos seus associados momentos de lazer e
entretenimento. Estimulou o esporte e a confraternização.
Sua Brigada teve destacada participação por ocasião da visita das
delegações estrangeiras à Guarnição de Santa Maria, particularmente da
comitiva de Oficiais Paraguaios, pela excelência das demonstrações realizadas
e pelas atenções dispensadas àqueles militares.
O elevadíssimo espírito militar, a amplitude de visão, o extremado zelo, a
excepcional dedicação, enfim, as qualidades morais e profissionais do Gen
SANTOS o evidenciam a prosseguir com êxito na sua árdua e nobre missão,
cursando a Escola Superior de Guerra.
Ao me despedir do caro amigo, agradeço a eficiente colaboração que
emprestou ao meu Comando, augurando o sucesso de sempre nas novas
comissões, junto à sua digníssima família. (INDIVIDUAL).
100
Gen Bda ÁLVARO NEREU KLAUS CALAZANS
Comandou a 6- BdalnfBld de 25Abr94 a 28Abr95.
Nasceu em São Borja em 19Fev40, filho de Artemio
de Andrade Calazans e de Olinda Klaus Calazans.
Casou com Lia Neves Calazans, de cujo consórcio
nasceram Carla Aparecida, Cláudia Maria, Álvaro
Augusto e Maria Carolina. Praça de 11 Mar57 na
EsPPA. Asp Of da Arma de Engenharia na AMAN em
20Dez62. Cursou o IME, em 1967/69, graduando-se
como Engenheiro de Construção, a EsAO em 1974 e
a ECEME em 1981/82. Como subalterno, serviu no 2g
Batalhão Rodoviário(1963/ 67), como Capitão, eno 12
Batalhão Ferroviário (1970/ 74), unidade que
comandaria em 1988/89. Como oficial de EM serviu no EM/14ê Bda Inf Mtz
(1983/84) e chefiou o EM/3ê RM (1993/94), tendo servido antes no EME
(1978/80). Foi instrutor no IME (1975/77) e Adido Militar das FFAA na Iugoslávia
(1990/92). Como Of Gen comandou a 6- Bda Inf Bld e foi Diretor de Material de
Engenharia (15Mai-16Nov95). Foi transferido para a Reserva em 16Nov95 (DO
220, de 17Nov95). Sua carreira teve o seguinte curso: 29 Ten, 25Ago63. 12 Ten,
25Ago65. Cap, 25Ago68. E por merecimento: Maj, 30Abr77. Ten Cel, 31Ago82
e Cel, 31Ago86. Gen Bda em 31Mar94. Foi agraciado com as seguintes
condecorações: Comendador da Ordem do Mérito Militar e medalhas: Militar de
Ouro, Pacificador, Marechal Hermes (bronze-1 coroa) e Amigo da PM de Santa
Catarina. Foi professor universitário na PUC/Rio de Janeiro (1975/77), na
Universidade Nuno Lisboa/Rio de Janeiro (1975/77), na Universidade de
Brasília (1979/80) e na Universidade Gama Filho/Rio de Janeiro (1981/82).
Praticou tiro ao alvo e fez conferência na Associação Latino-Americana de
Estradas de Ferro em 1989.
101
De início, foi a surpresa. Meu retrospecto profissional não colocava, é
preciso reconhecer, esta Grande Unidade como uma comissão provável para
este oficial-general então recém promovido.
Em seguida, foi o desafio. Passaria a comandar uma das mais completas
Brigadas do nosso Exército, constituída pela mistura equilibrada de Unidades
tradicionais e de grande prestígio na Força com Subunidades de apoio recém
criadas, com missão estratégica de grande responsabilidade, contando com
quadros profissionais entre os melhores da Instituição, ombreando com
Grandes Unidade co-irmãs de elevado conceito operacional, e seria
subordinada à 3- Divisão de Exército - a "Divisão Encouraçada" de SAMPAIO! E
ainda, para aumentar a responsabilidade, estaria em Santa Maria, centro de
cultura e guarnição amostra do Exército. Depois, fui à realização. Ela é
avaliação minha. É conclusão minha. Fruto do que vivi, do que senti e do que
aprendi durante este período de Comando. E do que penso ter feito. Do meu
desempenho e dos resultados alcançados dirão meus superiores,
testemunharão meus subordinados.
Há, na área funcional, registros impostergáveis a fazer:
tive o Chefe de Estado-Maior que todo oficial-general gostaria de ter;
assessorou-me um dedicado e preparado Estado-Maior, que trabalhou em
uníssona harmonia e em exemplar mútuo apoio;
dispuz de uma equipe administrativa competente, dedicada e zelosa;
contei com comandantes das Organizações Militares subordinadas da
melhor estirpe, de elevado valor profissional e que se dedicaram com
entusiasmo as suas obrigações;
recebi da 3a Divisão de Exército, através dos seus dois comandantes neste
período, total apoio, completa orientação, sensibilizadora compreensão e
provas emuladoras de absoluta confiança;
fui alvo de precioso auxílio por parte do Comando da 3a Região Militar, e
concedeu-me especial atenção o Sr. Ministro do Exército, através da
interveniência decisiva da Secretaria de Economia e Finanças.
- À Sra. Maria Julieta Renk, esposa do meu chefe do Estado-Maior,
exemplo de fortaleza de ânimo, pela sua inverossímil disponibilidade para
partilhar tarefas com minha mulher, em eventos e ações que elas próprias
criaram ou realizaram em prol da família militar da Guarnição;
- À Lia, minha mulher, amiga e companheira de todas as horas, pela
retaguarda segura e tranquila que me proporcionou, pelo complemento ao meu
trabalho que desenvolveu, pelo ambiente maravilhoso que, com sua habilidade,
simplicidade e serenidade, ajudou a criar no nosso entorno, pelo incentivo que
sempre me deu e por ter, muitas vezes, me substituído nos cuidados com
nossos filhos;
- À Deus, por fim, pelas graças com que me cobriu, como vem fazendo ao
longo de minha vida, também durante este ano de atividades que ora se
encerra. O momento temido chegou!
102
É hora de deixar a 6- Bda Inf Bld, a nossa Brigada Niederauer, assim
denominada em decisão de rara felicidade.
103
ampliação, em parceria com a Prefeitura Municipal, Conselho Tutelar para
Infância e Adolescência e Câmara do Comércio e Indústria de Santa Maria, dos
seguintes Projetos Mirins: Niederauer, no 299 BIB, Gomes Carneiro, no 7- BIB,
Mallet, no 3Q GAC AP e, em fase de ativação o projeto Pelotão Blindadinho, no
4Q RCC, em Rosário do Sul, :odos com cerca de 130 menores desassistidos que
recebem alimentação, /estuário, acompanhamento escolar, noções de civismo e
orientação arofissional; a parceria estabelecida com a Prefeitura Municipal para
o 3rojeto Adoção de Ruas e Logradouros por todas as Unidades subordinadas
:om sede em Santa Maria, concorrendo para a boa apresentação da Jnidade e
dando um exemplo de participação para todos os seguimentos ia Sociedade.
Com essas atividades sociais e de alcance beneficente o 3en CALAZANS,
angariou grande simpatia por parte da população e que Je conduziu em
dividendos para a Instituição.
Com a recente denominação histórica da 6- Brigada de Infantaria findada,
empenhou-se com denodo, dando continuidade a um Projeto nstituído em
Comandos anteriores, visando difundir o nome e a História io Cel Niederauer.
Com esse intuito, promoveu palestras e inaugurou, em solenidades marcantes,
o busto de seu Patrono em sua terra natal, Itatí, distrito de Terra de Areia e no
aquartelamento da Bda. Um terceiro deverá ser inaugurado, em breve, na Praça
Gen Osório, em Santa Maria.
Além dos encargos comuns de todos os Comandantes de Grande Jnidade,
exerceu ainda o de Presidente do Círculo Militar de Santa Maria quando
desenvolveu intenso e excelente trabalho, proporcionando ao quadro social
opções de lazer, bem como ofereceu as dependências ao olube, condições de
dar maior conforto aos associados.
Como Comandante da 39 Divisão de Exército, acompanhei, assim, com
Dastante tranqüilidade a sua excelente ação de comando, na certeza de que em
qualquer situação, esse digno camarada e amigo somente traria xopostas de
soluções, jamais problemas, e de que os quadros e as tropas ia 6ê Brigada de
Infantaria Blindada estariam sempre presas e disciplinadas ?m torno de seus
chefes e no cumprimento de suas missões.
Por estas razões, louvo o Gen CALAZANS pela distinguida operação ie
comando e agradeço-lhe a prestimosa colaboração prestada a meu :omando.
Faço votos de em suas novas funções continue a ter êxito :orrespondente aos
seus méritos pessoais e profissionais, desejando-lhe ambém muitas felicidades
junto à D. LIA, sua dedicada esposa e demais auxiliares."
104
Gen Bda JOSÉ PLÍNIO MONTEIRO
Comandou a 6Q Bda Inf Bld de 28Abr95 a
15Mar96, por menos de um ano. Nasceu em São
Luiz/MA, em 30Nov37, filho de José Ribamar Monteiro
e Raimunda Silva Monteiro. Casou com D. Vilma
Ribeiro Monteiro, de cujo consórcio nasceram
Alessandra, Paulo Eduardo(Oficial do Exército) e
Luciana, que lhes deram os netos Pedro, Paula
Eduarda e Marina. Praça de 01Abr55, egresso da
EPF, tendo sido declarado Asp Of Infantaria na AMAN
em 04Dez60. Cursou a EsAO em 1971, a ECEME em
1979/ 80 e o CPEAEx em 1998. Foi instrutor do
CPOR/R J (1969/ 70), da EsAO (1973/75), da ECEME
(1983/85) e foi chefe do CPEAEx/ECEME (1989/90). Serviu como subalterno e
capitão nas seguintes OM: no 69RI (Abr61/Nov62); no 19 BPE(Dez62 a Out64);
no BPEB/Brasília (Nov64 a Fev67); no 19/239 RI(Fev67 a Mai68); no 19 BPE,
pela 2- vez(Jun68 a Abr69), unidade que comandaria em 1986/87. Serviu
também no 369 BI, de Fev72 a Fev73. Como oficial de Estado-Maior serviu no
EM/1ê DE (1981/82), na ECEME (1983/85-88/91) e no Gabinete do Ministro do
Exército, 1991/92. Em 1975/79 foi, como Major, Ajudante de Ordens do
Presidente da República General Ernesto Geisel. Como Of Gen, comandou a
183 Bda Inf de Fronteira (18Ago92 a 03Mar93), chefiou a Delegação do Brasil na
Junta Interamericana de Defesa(22Abr93 a 01 Jul94). Dirigiu o Centro de
Avaliações do Exército(CAEx-16Ago94 a 18Abr 95) e comandou a 6- Bda Inf
Bld, de onde foi transferido para a Reserva Remunerada, por Dec de 26Fev96,
publicado no DO 39, de 26Fev96. Sua carreira teve o seguinte curso: 29 Ten,
25Ago61. 19 Ten, 23Ago63. Cap, 25Dez66. Foi promovido por merecimento aos
postos de: Maj, 25Dez75. Ten Cel, 31 Ago81 e Cel, 30Abr 86. Conquistou o
generalato em 31 Jul92. Foi agraciado com as seguintes condecorações:
Grande Oficial do Mérito Militar e do Aeronáutico, Cavaleiro da Ordem do Rio
Branco, e medalhas: Militar(ouro), Pacificador, Mérito Santos Dumont(Prata),
Mérito Tamandaré e Medalha Mal Mascarenhas de Moraes. Estrangeiras:
Cavaleiro da Legião de Honra(França), Grande Oficial da Ordem Militar de
Aviz(Portugal), Ordem Infante Dom Henrique(Oficial-Portugal), Ordem
Francisco Miranda (3- Classe)-Venezuela, Cavaleiro da Ordem Nacional do
Leão(Senegal), Grã-Cruz da Ordem do Mérito(1 - Classe-Alemanha), Insígnia
da Águia Azteca(México) e Medalha 39 grau(ltália). Espírita, realizou palestras
várias sobre o tema, integrando a Cruzada dos Militares Espírita. Maiores
detalhes de sua vida e obra como soldado constam de sua despedida e elogio, a
seguir.
105
manifestam: pela emancipação da alma, quando do sono físico, e pelo nosso
projeto de vida. Na primeira, o Espírito realiza experiencias próprias, de
encontro com suas afinidades, dela guardando as mais variadas recordações
que, com o tempo, ficam perdidas nas noites do esquecimento. Na segunda,
consubstanciamos a meta que elegemos para a concretização de um ideal.
Hoje encerro, sob o ponto de vista formal, o sonho que acalentei ao longo
de quarenta e um anos de efetivos serviços prestados à Nação, como integrante
do Exército Brasileiro. Na dobagem do tempo, volto ao passado para situar- me,
aos dezessete anos de idade, na minha cidade natal, a longínqua SÃO LUIS DO
MARANHÃO, onde iniciei, através de concurso público, a longa jornada que tem
seu termo neste momento. Recordo-me das dificuldades para estudar, das
noites em claro e da alegria pelo resultado favorável alcançado.
Uma vez matriculado na Escola Preparatória de FORTALEZA, na bela
capital cearense, parti para a arrancada que três anos depois, havería de
colocar-me na Academia Militar. Já ali começaram as amizades de que hoje
tanto me orgulho e que se ampliaram de forma marcante, porque consolidadas
nas dificuldades e identificadas por inconfundível lealdade.
Concluído o curso acadêmico, tive como primeira unidade o glorioso 6 Q
Regimento de Infantaria-Regimento IPIRANGA, em CAÇAPAVA -SP, que havia
integrado a Força Expedicionária Brasileira na campanha da 2- Guerra Mundial.
E encerro minha carreira orgulhoso por ter como palco a tradicional 6- Brigada
de Infantaria Blindada-Brigada NIEDERAUER, em pleno coração do Rio Grande
do Sul. Prosseguindo nessa viagem ao passado, nas asas do pensamento,
recordo-me do curto período em que servi em BLUMENAU-SC, quando
assimilei valores culturais de grande significação, e da passagem por
UBERLÂNDIA, no Triângulo Mineiro, quando vivi experiências que
influenciaram o prosseguimento da minha trajetória. Grande parte da minha vida
profissional eu passei no RIO DE JANEIRO, para onde retomo ao deixar o
serviço ativo. Na cidade maravilhosa servi no 1Q Batalhão de Polícia do Exército
- Batalhão Marechal ZENÓBIO DA COSTA, em três oportunidades distintas,
sendo a última como seu comandante. Foram experiências que, ao recordar,
não consigo evitar a emoção. Passei dois anos como Instrutor do Centro de
Preparação de Oficiais da Reserva, período de que muito me envaideço, por ter
contribuído para a formação de duas turmas de oficiais de infantaria. Vivi
importantes momentos na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, como aluno
e, mais tarde, como instrutor, quando tive inúmeras ocasiões para edificar sólida
realização profissional. Passei pelo Comando da 1- Divisão de Exército, a
Divisão Marechal MASCARENHAS DE MORAES, onde iniciei minha
experiência como Oficial de Estado-Maior. E foi justamente na Escola de
Comando e Estado-Maior do Exército que permanecí por mais tempo: precisos
oito anos, em quatro ocasiões distintas, duas como aluno e duas como instrutor.
Recordo-me o quanto fui feliz naquele místico casarão da Praia Vermelha. A
última Comissão no RIO DE JANEIRO exerci-a como Diretor do Centro de
106
Avaliações do Exército, e ali travei os primeiros contatos com a Gestão pela
Qualidade Total, mundo maravilhoso que fatalmente transformará as mentes e
as estruturas do nosso Exército.
Abro espaço especial para desfilar, na minha tela mental, as alegrias e os
momentos também felizes passados em BRASÍLIA, a nossa Capital Federal, em
três fases distintas. Ainda como tenente, no Batalhão de Polícia do Exército, que
ajudei a implantar; mais tarde, capitão antigo, tive a honra e o privilégio de ser
escolhido para exercer o cargo de ajudante-de-ordens do Presidente ERNESTO
GEISEL, experiência extremamente rica e intensamente vivida ao longo de
quatro anos; por fim, já coronel, fui Subchefe do Gabinete do Ministro do
Exército, de onde sai por força de minha promoção ao posto atual.
Ainda nessa incursão ao passado, retorno a CORUMBÁ-MS, onde
comandei, por seis meses, a 18- Brigada de Infantaria de Fronteira. Foi, sem
dúvida, uma grande realização. Ali foi possível conjugar a beleza do Pantanal
com as dificuldades de nossa gente, encontrando soluções adequadas para os
problemas dominantes. Naquela região, minha mulher e eu vivemos emoções
inesquecíveis, encontrando, na fonte da humildade, o manancial de civismo e o
sentimento patriótico manifestado por pessoas simples mas que nos legaram
lições de verdadeiro amor ao Brasil. Nos destacamentos de Fronteira vimos de
perto o espírito de solidariedade e a alegria de viver, mesmo em condições de
acentuada adversidade. Foi, sem dúvida, a mais gratificante de todas as
experiências.
De CORUMBÁ, transporto-me para WASHINGTON, nos Estados Unidos,
onde fui chefiar a Delegação do Brasil na Junta Interamericana de Defesa.
Período notável, pelos desafios, ensinamentos e oportunidade de servir ao meu
país em solo estrangeiro. No retorno à Pátria querida, uma breve permanência
no RIO DE JANEIRO e, em seguida, SANTA MARIA.
Doravante, ocuparei minha mente com o novo sonho. Provado está que o
sonho não é uma utopia, é factível de realização. Amparado no aprendizado na
escola da vida, terá o mesmo fundamento do anterior: continuar servindo,
porque o importante não é o que somos nem o que fomos, mas o que fizemos.
Deixo de ostentar a farda convencido de que a experiência foi notável. Não
me arrependo do que fiz, porque em nenhum momento usei de má fé, atuei com
preconceitos ou deixei de considerar, em todos e em cada um, a condição de ser
humano. Fazia parte do meu sonho:
Vivenciar a grande escola do civismo, fortalecer meus sentimentos de amor
ao Brasil e influenciar, positivamente, a todos os que esperassem do meu
exemplo um roteiro a seguir;
Buscar o aperfeiçoamento na carreira, ampliando meus conhecimentos
profissionais e enriquecendo a cultura que hoje me situaria no universo dos que
pensam;
Reconhecer no homem a razão de ser da Instituição, conduzindo meu
trabalho e as minhas ações objetivando educá-lo, orientando-o para o caminho
107
Jo bem;
Aprender com as lições do exemplo, tanto dos chefes quanto do pares e
subordinados, valorizando sobremaneira a experiência ao meu alcance;
Procurar ser humilde para compreender que, por mais elevada que seja a
posição do homem perante a sociedade, diante de Deus estará sempre de
toelhos o seu Espírito;
Tentar ser justo, sobretudo nas ações que implicassem análise de
comportamento e gradação de castigo ou recompensa, porque um e outro tem
finalidade especifica, de coibir a falta e premiar o merecedor de louvor
Trabalhar com dedicação e cumprir com meu dever, condicionando,
evidentemente, os resultados ao limite da minha competência;
Valorizar a amizade, por entender que, mais importante do que ter, é ser
amigo;
Defender os interesses do nosso Exército e contribuir para o seu
engrandecimento, servindo-o com honestidade e sem dele me servir;
Agir sempre com determinação e altivez, mostrando aos superiores os fatos
segundo sua importância e minha visão, convencido de que o assessor leal e
honesto não é o que diz ao chefe o que ele gostaria de ouvir, mas o que ele
necessita ouvir, para decidir com acerto;
Conceder permanente liberdade aos meus subordinados para discordarem
das minhas idéias, posto que não me julgava dono da verdade;
Voltar minhas atenções, de modo especial, aos problemas sociais que
afligissem meus comandados, atuando primeiro sobre os mais humildes e
necessitados;
Tratar a todos com estima e respeito, procurando ofertar o que gostaria de
receber.
Credito, por fim e acima de tudo, o meu agradecimento a Deus, pela sua
eterna presença em minha vida.
Agora, a minha mensagem para os meus ex-comandados: a transformação
da humanidade fundamenta-se na transformação de cada um de nós. A
evolução do Brasil, para livrá-lo da maior de todas as misérias, que é a
ignorância do nosso povo, somente se fará se cada cidadão ofertar a sua
parcela de contribuição. É imperativo que assumamos o nosso compromisso
para com a Pátria, amando-a com patriotismo, não o patriotismo que muitos
demonstram por palavras, mas o que decorre das ações dos seus filhos em
proveito do bem comum; acreditem nas potencialidades do nosso país e
trabalhem com amor e dedicação; confiem nos chefes, porque a eles compete a
responsabilidade pela condução dos destinos do nosso Exército; cultivem as
virtudes do soldado, para que possam sentir-se amparados também como
cidadãos; e caminhem sempre em busca da verdade. Que Deus os abençoe.
Elogio da 39 DE (BI 53, de 15Mar96)
Após mais de quatro décadas de completa dedicação à Força Terrestre, o
Gen PLÍNIO entrega o Comando da 6- Bda Inf Bld e deixa o serviço ativo,
108
legando-nos, além de obras duradouras, magnífico exemplo de correção,
disciplina, competência profissional, cortesia, iniciativa, espírito militar e
liderança.
Natural de SÃO LUIS, capital do MARANHÃO, deu seus primeiros passos
na caserna ao ingressar na Escola Preparatória de Fortaleza em 10 de abril de
1955 que o encaminhou à Academia Militar das Agulhas Negras onde, em 04 de
dezembro de 1960, foi declarado Aspirante-a-Oficial da Arma de infantaria.
Nos postos iniciais da carreira, já revelou-se um profissional competente,
inteligente e organizado, além de comandante enérgico e dedicado, sempre se
sobressaindo, quer no Comando de Pelotão, quer no Comando de Subunidade.
A orientação segura, a permanente assistência aos seus homens, o exemplo, a
confiança que transmite, a constante presença junto à tropa e a força de sua
liderança, levaram-no, merecidamente a conquistar lugar de destaque, marca
invariável de sua trajetória profissional.
O pendor para a instrução também cedo se fez notar. Seu preparo
intelectual, desenvoltura à frente dos instruendos e o brilho de suas
explanações, foram características marcantes desse excepcional instrutor.
Em 1971 cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, para onde
retornou dois anos após, mercê de sua dedicação como aluno e das já
comprovadas qualidades de instrutor e educador exemplar. A plêiade de oficiais
que ajudou a aperfeiçoar, trazem na bagagem profissional a imagem do seu
exemplo e de sua orientação firme, objetiva, exigente e leal.
A militar de tão altos predicados estava destinada, desde logo, relevante
missão. Assim, como Capitão, em 1975, graças às virtudes militares que até
então demonstrara, foi nomeado ajudante-de-ordens do Exmo Sr Presidente da
República, função de importância e de responsabilidade que, com muita justiça,
o distinguiu entre seus pares. Em 1979, ao ser dispensado das funções de
ajudante-de-ordens, por ter sido matriculado na ECEME, foi enaltecido em
elogio pelo "equilíbrio, discernimento, zelo, competência, elevado senso de
responsabilidade, sentimento do dever, discrição, lealdade e exemplar
dedicação ao serviço, a par de constantes demonstrações de educação, apreço,
admiração e amizade, tão importantes quanto necessárias ao relacionamento
peculiaríssimo entre o Presidente e seu Ajudante-de-ordens”
O caráter íntegro, a nobreza das atitudes e a afetividade que dispensava no
trato pessoal, aliados a uma natural afinidade com a personalidade do Chefe da
Nação levou-o a conquistar especial afeição do Exmo Sr Presidente ERNESTO
GEISEL, relacionamento cujo calor humano, forjado no verdadeiro sentimento
de amizade, se mantém até hoje. Sua grande aptidão para transmitir
:onhecimentos, calcada em uma inteligência viva e criativa, levaram-no a ser
lomeado instrutor da ECEME em 1983, permanecendo nesta função até ser
iistinguido com o Comando do 19 Batalhão de Policia do Exército.
Sua inquebrantável têmpera de Infante, larga experiência nas atividades
Xóprias da PE e marcado culto à mística que acompanha essa tropa de elite,
109
conduziram-no a significativas conquistas e invejável currículo de realizações,
como Comandante do BATALHÃO MARECHAL ZENÓBIO DA COSTA, no
oiênio de 1986/1987.
Em 31 de julho de 1992 recebeu a promoção ao generalato, justo
econhecimento do Exército à sua dedicação, eficiência, integridade, caráter B
atributos para a Chefia, sendo nomeado para o Comando da 18§ Brigada de
nfantaria de Fronteira, com sede em CORUMBÁ-MS. Nesta importante e
iestacada comissão, ratificou, plenamente, sua condição de Chefe Militar úcido,
enérgico, hábil, humano e preocupado em gerir adequadamente os marcos
recursos disponíveis, de forma a compatibilizar as necessidades operacionais
com o bem-estar e o conforto da tropa.
A capacitação profissional, o discernimento e as demais virtudes que
'ompõem seu perfil militar, levaram à sua nomeação para Delegado do Brasil ia
Junta Interamericana de Defesa (JID), em WASHINGTON-DC, ESTADOS
JNIDOS DA AMÉRICA, e posteriormente para Chefe da Representação
Brasileira neste Organismo Internacional. Suas posições firmes, claras e muito
□em estruturadas permitiram-lhe intervenções oportunas, sobressaindo-se pelo
□erfeito domínio das idéias e da palavra. Desempenhou, assim, com rara
eficiência seus encargos na JID, contribuindo sobremaneira, por sua liderança e
elevado conceito pessoal, para manter em destacado nível a imagem do militar
brasileiro no Exterior.
Encerrada a sua missão na JID, retorna ao Brasil e assume, em agosto de
1994 o cargo de Diretor do Centro de Avaliação do Exército, no RIO DE
JANEIRO-RJ, oportunidade em que pode ampliar seus conhecimentos técnicos
relativos a modernos equipamentos e matérias de interesse da Força Terrestre,
bem como empenhou-se em introduzir atualizadas técnicas de Administração
através do Programa de Qualidade Total.
Nomeado Comandante da 6- Brigada de Infantaria Blindada, assumiu o
Comando no dia 28 de abril de 1995, buscando, de imediato, assenhorar-se dos
principais aspectos da Grande Unidade. No período de sua permanência em
SANTA MARIA, manteve o Gen PLÍNIO um ritmo de trabalho intenso, dividindo
sua atenção para diversas frentes e, em todas elas, obtendo excelentes
resultados, fruto de sua capacidade de coordenação e método. Assim é que, na
parte operacional cumpriu integralmente os objetivos de instrução previstos para
a tropa, mantendo um acompanhamento cerrado sobre suas Unidades e
culminando com o excelente desempenho dos Quadros na 'Operação
IBIRAPUITÃ-AÇÚ".
Na parte administrativa deu um grande impulso no programa de Qualidade
Total, conscientizando seus subordinados para as vantagens de implantação do
projeto piloto, sendo hoje o Comando da BRIGADA NIEDERAUER e suas
Unidades Subordinadas, exemplos a serem seguidos por todo o Exército.
Na parte social, sua cultura e desembaraço foram atributos valiosos nos
110
contatos com a sociedade santamariense e que se traduziram em dividendos
positivos para os interesses da Força Terrestre. Entre as atividades
complementares, desenvolvidas na Guarnição de SANTA MARIA e ROSÁRIO
DO SUL, destaco seu interesse e empenho pessoal para a efetivação dos
Projetos de Apoio ao Menor Desassistido, implantado em diversas Unidades 'ob
seu Comando.
O 269 Pelotão PE recebeu especial atenção do Cmt da BRIGADA
IEDERAUER, através da melhoria de suas instalações, aquisição de novos
equipamentos e pela valorização da mística e do elevado padrão dessa fração
de elite.
Os Ex-Combatentes da FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA,
presenças obrigatórias nos principais eventos militares, foram sempre tratados
com dignidade, respeito e afeição, marcas do caráter altruísta e elevado senso
de justiça que tão bem compõem a personalidade do Gen PLÍNIO.
Seu lado humano, tantas vezes exteriorizado na sua visão espiritual da
existência, no seu trato com o homem e na efetiva ajuda a todos que lhe
procuram, mais uma vez se fez presente, ao preocupar-se com o futuro dos
cabos e soldados estabilizados, através de convênio firmado com a Prefeitura
Municipal de SANTA MARIA, com vistas a construção de casas para esses
militares, em regime de mutirão, e que tem obtido resultados extremamente
positivos.
Podemos ainda citar as gestões realizadas no sentido de dotar a Guarnição
de SANTA MARIA com um Hotel de Trânsito compatível com as necessidades
da terceira maior Guarnição Federal e o projeto de construção de PNR para
Oficiais e Sargentos. Não poderia deixar de salientar também a ativa
participação do Gen PLÍNIO em todas as etapas desenvolvidas, desde o
planejamento até a brilhante execução, por ocasião do translado dos restos
mortais do Mal MALLET, patrono da Artilharia Brasileira, e de sua esposa, do
RIO DE JANEIRO para SANTA MARIA, onde hoje repousa sob a guarda de
seus comandados do 39 GAC AP - Regimento Mallet, em Memorial
especialmente construído para tal fim.
Significativo destaque deve ser dado à sua esposa, D. Vilma, cuja presença
representa o mais importante pilar a sustentar o sucesso do Gen PLÍNIO, na
vida militar e familiar. O carinho e o tratamento que a todos dispensa, aliados à
sua personalidade meiga e atenciosa, foram fatores fundamentais para a
manutenção de um ambiente agradável e para uma convivência rica em
harmonia e amizade.
Coube-me a honra de louvar este leal e estimado amigo, na ocasião em que
deixa o serviço ativo da Força Terrestre. Em nome do Exército e no meu próprio,
agradeço ao Gen PLÍNIO a valiosa contribuição, à nossa Instituição e
111
à Pátria ao longo de sua profícua carreira, desejando-lhe paz, saúde e felicidade
na nova etapa da vida que está a iniciar, junto a sua digníssima família. General
de Divisão Piero Ludovico Gobbato-Comandante da 3- Divisão de Exército-
Divisão Encouraçada.
112
Desejo também,
- agradecer ao Exmo. Sr. Ministro pela confiança ao me indicar para o
Comando da Brigada de maior poder de combate do Exército Brasileiro.
Comando que envaidece e honra um Oficial-General;
- agradecer o apoio dos escalões superiores;
- Comando Militar do Sul, nas pessoas dos Exmos. Generais Dirceu Ribas
Corrêa e Ney da Silva Oliveira que propiciaram direção segura e objetiva às
atividades da Brigada;
- 39 Região Militar, nas pessoas dos Exmos. Generais Horácio Raposo
Borges Neto e Luiz Felipe Médici Candiota, pela eficiência do Apoio Logístico
proporcionado;
- 3- Divisão de Exército, nas pessoas dos Exmos. Generais Piero Ludovico
Gobbato e Reynaldo Paim Sampaio pela orientação serena, oportuna, segura e
cordial;
- agradecer, ainda, aos demais Comandantes, Chefes ou Diretores, de
Unidades da guarnição, aos companheiros da Forças Aérea, da Brigada Militar e
da Reserva e à comunidade santa-mariense pelo prestígio, pela confiança e
irrestrita cooperação prestada durante meu Comando;
- agradecer, em especial, à minha esposa, VERA MARIA, pela bondosa
compreensão e pelo dedicado e ininterrupto apoio. Sua presença, sempre ao
meu lado, proporcionando a devida e indispensável tranquilidade ao
desenvolvimento de meu trabalho, foi o principal fator par o cumprimento de
minha missão.
Ao meu substituto, desejo sucesso e felicidades.
Finalmente, agradeço a presença das autoridades e convidados que aqui
compareceram, proporcionando maior brilho a esta cerimônia. Muito Obrigado!
113
RO105-Lapa/PR, EsACosAAe, 82 GACosM, 1V6°GACos(Forte Coimbra), 15°
GAC, AMAN e, novamente, 15° GAC. Como Oficial de Estado- Maior, serviu no
Comando da 5- BdalnfBld, em Ponta Grossa/PR(1986), AMAN, 26° GAC(como
Comandante), Cmdo da 5- RM/DE, Embaixada do Brasil em Portugal(como
Adido do Exército e da Aeronáutica) e no EME. Como Of Gen, comandou a 6-
Bda Inf Bld e exerceu os cargos de Diretor de Promoções e Diretor de Avaliação
e Promoções. Foi agraciado com as seguintes condecorações: Ordem do Mérito
Militar(Comendador), Ordem do Mérito Aeronáutico(Comendador), Medalha
Militar de Ouro com Passador de Platina, Medalha do Pacificador, Medalha
Mérito Tamandaré, Medalha da Vitória e Medalha do Mérito Militar de 1- Classe
de Portugal.
114
Estes 21 meses foram evidentemente desafiadores. Desafiadores, porém
estimulantes. Nada enaltece mais a alma e a força interior do homem de bem do
que o entendimento do valor das dificuldades. Pois esta compreensão, as tropas
blindadas de Santa Maria e Rosário do Sul possuem de sobejo. Alma rija e moral
elevado, esta conjugação harmônica de um Estado-Maior confiável e eficiente e
Unidades motivadas e bem instruídas, deu embasamento sólido à minha ação
de comando, aplainando caminhos e removendo óbices.
Esta reflexão, por sinal, remete-me às primeiras décadas deste século XX,
para recuperar um primoroso ensinamento do ínclito Marechal JOSÉ PESSOA,
profundo, percuciente e sempre atual. Sentenciava o ilustre chefe militar:
"Ao Corpo de Oficiais cabe o dever de aceitar o Exército como a Nação
pode tê-lo, mas o dever ainda maior é o de redobrar esforços para colocá- lo à
altura de sua elevada missão".
Se, por um lado é lícito sonhar com um Exército de Grande Potência, por
outro é mandatário interpretar a realidade e aceitar o Exército como a Nação
pode tê-lo, como pregava o insigne marechal.
Contudo, José Pessoa acrescentava que temos o dever ainda maior de
redobrar esforços para colocar o nosso Exército à altura de sua elevada missão.
Pesquisa ainda recente do renomado e insuspeito Instituto Vox Populi, realizada
em âmbito nacional, apontou as Forças Armadas como a instituição de maior
credibilidade junto à população brasileira. Para a maioria a maioria do nosso
povo, somos a instituição mais confiável do País. É este mesmo povo que nos
provê todos os recursos materiais e financeiros indispensáveis à nossa
sustentação. São os impostos pagos por esta sociedade, que em nós confia em
primeiro lugar, que nos garantem os materiais de emprego militar e toda a sorte
de suprimentos indispensáveis ao nosso preparo e ao nosso emprego, )em
como os soidos necessários à nossa subsistência. Sendo, pois, pagos e
mantidos pelos cofres públicos, cabe-nos dar uma satisfação à sociedade que
nós deposita toda a sua confiança. E só o faremos, como pregava o Marechal
José Pessoa, redobrando esforços para colocar o Exército que a Nação pode
nos dar à altura de sua elevada missão. Para tanto, haveremos que gerenciar
criteriosamente, racionalmente, os recursos financeiros e, enfaticamente, como
profissionais da guerra, zelar diligentemente pelo nosso preparo, e a ela
devemos a contrapartida do nosso profissionalismo e da nossa competência.
Revisitando o Marechal José Pessoa, e após 21 meses de intensa vivência
profissional na 6- Bda Inf Bld, posso asseverar que os combatentes de
Niederauer incorporam, em plenitude, a mensagem do eminente chefe militar:
aceitamos a Brigada como a Nação pode dotá-la, mas redobramos esforços,
vencemos desafios, superamos óbices, adotamos soluções criativas,
racionalizamos despesas, aproveitamos criteriosamente o tempo, realizamos
sacrifícios e adestramo-nos com elevado profissionalismo e, assim, colocamos
a Brigada Niederauer à altura de sua elevada missão. Vai-me, assim, como
pano-de-fundo do pensamento sagaz, sempre moderno do Marechal José
115
Pessoa, para traduzir o imenso orgulho de comandar esta brava e fiel Brigada
Niederauer. Preferi fazê-lo desta forma, em vez de desfilar uma miríade de
justificativas pontuais.
Agradeço ao Comandante da 3- DE, Exmo. Sr. Gen Div Luiz Seldon da Silva
Muniz, autoridade a quem a Brigada está diretamente subordinada há cerca de
nove meses, por cujas mãos fui iniciado, no início de carreira, como Cadete de
Artilharia e, conduzido ao Aspirantado, na Academia Militar das Agulhas Negras.
Chefe militar de temperamento afável, capaz, experiente e confiante na ação
dos subordinados, manteve sempre parte ponderável de suas atenções voltada
para a Brigada Niederauer. Sensível às necessidades desta Grande Unidade,
acompanhou de perto o nosso dia-a-dia, baixou diretrizes orientadas, corrigiu a
eventuais deficiências, destacou acertos, ofereceu opiniões importantes e
conselhos oportunos, sugeriu medidas de racionalização, e viabilizou a
obtenção de recursos. Sua mão estendida foi sustentáculo vigoroso para que
pudesse conduzir o comando da Brigada até este dia, sem sobressaltos ou
embaraços.
Agradeço à comunidade santamariense em geral, à gente educada,
laboriosa e cordial desta Cidade-Coração. Acolhe generosamente aqueles que,
a serviço da Pátria aportam na nossa Brigada. A todos cumula com afeto,
carinho e gentileza. Deixo registrado o meu profundo agradecimento a todos os
segmentos da coletividade-empresários, entidades, clubes de serviço,
estabelecimentos de ensino, estabelecimentos comerciais e financeiros, órgãos
públicos, fornecedores, organizações e profissionais de saúde, conveniados e
profissionais liberais - a calorosa recepção que oferece à família militar.
Viver e conviver em Santa Maria terá sido, para mim, indelével privilégio.
Privilégio de testemunhar o trabalho, o caráter, a cultura e a delicadeza de
sentimentos dos seus filhos; privilégio de conhecer a densidade de suas
tradições históricas, privilégio por conceder-me que fortalecesse o meu orgulho
de ser brasileiro, ao contemplar esta convivência harmoniosa do rural com o
urbano, onde a modernidade tecnológica, a arte, a cultura, a natureza generosa,
o impulso do progresso, a localização geoestratégica e a integração de etnias
traçam o perfil de um pólo regional pujante, avançado e digno de admiração.
Finalizando, volto-me aos meus prezadíssimos comandados, quase ex-
comandados, que contemplo, já saudoso, garbosamente perfilados neste
majestoso Pátio Ito do Carmo Guimarães. Afirmo-lhes que me despeço honrado
por haver contado com a compreensão, a cooperação e o respeito de tão
distintos companheiros.
116
sua vida militar. Com base no conhecimento detalhado das possibilidades,
servidões e peculiaridades das Unidades integrantes da Brigada, lançou mão de
seus amplos recursos de inteligência, firmeza e liderança para coordenar e
impulsionar a instrução militar, a administração e a preservação do patrimônio
da União. Equilíbrio, sensibilidade, tato, criatividade e, acima de tudo, o
exemplo, embasaram a ação de comando do Gen CHUQUER que, valorizando
o trabalho de seus subordinados, colheu deles a confiança e a admiração,
estreitando os laços de cooperação e aprimorando o espírito de corpo na
Brigada Niederauer. Disciplinado, metódico e ponderado, suas adequadas e
oportunas decisões estiveram sempre consentâneas com as normas castrenses
e as diretrizes superiores, sem prejuízo da inovação e da adaptação, tão úteis à
ação administrativa nesta época em que as necessidades superam os recursos
disponíveis.
Dedicou especial atenção ao preparo de sua Grande Unidade para a
atividade-fim, incentivando a gestão pela qualidade total e a realização do Teste
de Reação de Líder, preparando e participando dos jogos de guerra da 3- DE e
dos exercícios de adestramento avançado da Brigada, e desenvolvendo um
trabalho de intercâmbio doutrinário com a V Brigada Blindada, do Exército
Argentino. Atento à benéfica influência do treinamento físico na manutenção da
moral da tropa, orientou o preparo das equipes esportivas da Brigada
Niederauer que, nos dois anos sob seu comando, sagrou-se vencedora dos XIXo
e XXo Jogos Desportivos da 39 DE.
Todas as missões que foram atribuídas à sua tropa mereceram acurado
estudo e planejamento eficiente, resultando em execução ordenada e completa.
Nesse processo, ficaram patenteados o tirocínio, a larga experiência profissional
e a competência do comandante, capaz de liderar seus colaboradores na busca
da melhor solução. Não descurou dos aspectos sociais do comando,
desenvolvendo relacionamento participativo e proveitoso com a sociedade
santamariense e mantendo freqüente contato cm as autoridades federais,
estaduais e municipais da extensa área de segurança sob sua responsabilidade.
As qualidade humanas, a facilidade de relacionar-se em novos ambientes e o
espírito associativo permitiram-lhe exercer com êxito a Presidência do Círculo
Militar de Santa Maria, realizar eventos como o concurso de vitrines, a corrida
Niederauer, o concurso de ornamentação de natal e os festivos do
cinquentenário da Brigada, além de criar o informativo "Lança- Partida". Leal,
franco, discreto e coerente, tive no Gen CHUQUER interlocutor sempre pronto
para contribuir com seus pareceres sensatos e opiniões pertinentes na
condução dos diversificados trabalhos desenvolvidos na guarnição de Santa
Maria ou no âmbito da Divisão.
No momento em que se despede da 6- Brigada de Infantaria Blindada,
louvo o dignificante desempenho do Gen CHUQUER como chefe militar e
espero que
117
o seu exemplo perdure no seio da tropa que soube tão bem comandar.
Ressaltando o privilégio que foi te-lo como comandante subordinado, formulo
votos de que, como Diretor de Promoções, continue a obter o êxito que aqui
colheu. Estendo a D. Marina os meus cumprimentos pela participação, junto a
seu marido, em mais esta etapa bem sucedida e, em nome da família militar da
3- DE, auguro ao distinto casal muitas felicidades em Brasília.
118
Palavras de Despedida (BI 78, de 26Abr2001)
"Não adormeças pensando que uma coisa é impossível. Talvez corras o
risco de acordar com o barulho que outra pessoa faria, executando o teu
impossível".
Com esse pensamento na mente, muita emoção no coração e grande
vibração assumi, em 28 de janeiro de 2000, minha primeira comissão como
Oficial-General - o Comando da 6a Bda Inf Bld, Brigada Niederauer.
Hoje, decorridos cerca de 1 ano e 3 meses, renova-se o Comando mais uma
vez. E nesse momento é muito salutar para o Exército, não só pelos valores
intrínsecos que representa como também por não haver solução de
continuidade, pois em nossa instituição nada fazemos para nós e sim para vê-la
mais nobre e acreditada.
Por outro lado, a solenidade de passagem de comando, oportuniza este
congraçamento social possibilitando-nos vivenciar momentos de intenso
civismo, constituindo uma moldura toda especial para podermos repensar os
momentos de feliz realização profissional e pessoal, passados à frente desta
Grande Unidade de Elite do Exército Brasileiro, localizada na cidade "Coração
do Rio Grande do Sul".
A conjuntura econômica do nosso país não é das mais favoráveis, as
dificuldades encontradas não foram poucas, mas isso tudo não impediu que
buscássemos sempre atingir os objetivos propostos.
Para administrar utilizamos a criatividade, a priorização e a inteligência. Na
instrução e adestramento nos valemos do profissionalismo, da coragem e da
determinação para contornar os óbices.
No entanto, não o fizemos sozinho e aproveito esta oportunidade para
ressaltar e agradecer a todos aqueles que contribuíram, ajudando-me a fazer
aquele impossível.
Aos Comandantes das OMDS da 3- DE e das demais OM da Guarnição de
Santa Maria, o meu reconhecimento pelo apoio e compreensão demonstrados.
Ao meu Chefe de Estado-Maior, Cel Caon, pela lealdade, amizade e
segurança, que me permitiram uma dedicação maior para com a
operacionalidade da Brigada.
Aos meus oficiais do Estado-Maior Geral e especial pela dedicação,
assessoramento oportuno, solidariedade, eficácia e respeito que pautaram
nosso relacionamento.
Aos meus Comandantes de OMs subordinadas, que em todos os
momentos procuraram conduzir suas Unidades dentro das diretrizes traçadas,
com objetivo e perseverança.
Ao meu auxiliar de Estado-Maior Pessoal, Ten Newton, pela confiança,
respeito e trabalho silencioso, eficiente e anônimo dedicado a mim e muitas
vezes à minha família.
Aos companheiros da reserva, particularmente aos do grupo "Laços da
Amizade" pelo apoio e participação nos eventos da Brigada, nos quais sempre
119
nos brindaram com suas presenças.
Aos meus soldados, soldados do Exército Brasileiro forjado em Guararapes,
que sempre esteve presente nos momentos mais graves de nossa Pátria, o meu
reconhecimento pela dedicação com que cumpriram suas missões.
A todos os convidados e amigos que compareceram a este ato, cujas
presenças muito me gratifica.
Ao meu pai e aos meus filhos pelo respeito, admiração, incentivo e apoio
que sempre me dedicaram.
E, finalmente à minha querida Maria Rosa, esposa dedicada e companheira
de todos os momentos que caminhou ao meu lado em mais esta missão, com
muita dedicação, respeito, amor e carinho, cobrindo a necessário retaguarda,
possibilitando que me dedicasse de corpo e alma à Brigada Niederauer.
Elogio da 3- DE
Despede-se nesta data, do Comando da 6- Brigada de Infantaria Blindada, o
General de Brigada Luiz Carlos Gomes de Mattos, por motivo de sua
exoneração, por necessidade do serviço, e consequente nomeação para o
Comando da Brigada de Infantaria Pára-quedista. Após um período de quinze
meses no exercício do comando, deixa um acervo de profícuas realizações, que
caracterizam expressiva contribuição à 3- Divisão de Exército - "Divisão
Encouraçada" e ao Exército Brasileiro, colocando em relevo sua singular
eficiência, exemplar dedicação, reconhecida capacidade de trabalho, larga
experiência e destacada competência profissional.
O General MATTOS, à frente da sua tradicional Grande Unidade de
Infantaria, mais uma vez conquistou significativos êxitos profissionais, tal qual
vem acontecendo ao longo de sua vitoriosa carreira.
Em todas as ocasiões, esse distinto Oficial-General evidenciou ainda
inteligência lúcida e ágil, o preparo profissional, a liderança firme e serena, o
dinamismo objetivo e sensato, a operosidade, o agudo discernimento, o alto
grau de proficiência, o acendrado sentido de disciplina e a extrema lealdade
para com seus superiores, pares e subordinados. Esses atributos relevantes
permitiram-lhe equacionar e cumprir, com pleno êxito, as mais variadas e
complexas missões que lhe foram atribuídas. Nesse mister, orientou
judiciosamente as ações do seu Estado-Maior e a de seus comandantes
subordinados, no enfrentamento e superação de óbices de toda ordem e das
conhecidas dificuldades conjunturais, alcançando sempre elevados níveis de
desempenho, coerentes com o prestígio e as tradições históricas da Brigada
Niederauer, Grande Unidade de elite do nosso Exército.
Em todos os campos de atuação, o General MATTOS deixou registrada a
marca inconfundível de sua ação de comando, seja na atividade-fim,
notadamente na instrução e adestramento, preparo e emprego operacional da
tropa, ou na atividade-meio, especialmente na orientação segura aos seus
subordinados nos aspectos da gestão do material e dos bens patrimoniais.
120
No que tange ao preparo da tropa, fixou objetivos, conduziu e coordenou o
seu adestramento, cumprindo todo o programa estabelecido. Ao mesmo tempo,
acompanhou a execução dos exercícios no terreno; atualizou, reformulou e
testou planejamentos de emprego em ações de garantia da lei e da ordem,
colocando seus efetivos em condições de pronto-emprego. Participou com
todas as suas unidades subordinadas, com grande brilho, dos Jogos de Guerra
da 3- Divisão de Exército;, teve destacada atuação na montagem e execução da
"Operação Cacequi", exercício de adestramento avançado de expressiva
envergadura realizado pela 3- Divisão de Exército, que envolveu ações de
combate, apoio ao combate e apoio logístico. Realizou, com reconhecida
eficiência, notável trabalho de melhoria das condições de segurança dos
aquartelamentos, estabelecendo normas e procedimentos eficazes; aperfeiçoou
a instrução de Ordem Unida e a execução do Cerimonial Militar, obtendo visíveis
resultados em todas as solenidades e desfiles realizados na Guarnição de Santa
Maria, realçando, nestas ocasiões, o alto grau de disciplina e de coesão de sua
tropa. Coordenou as reuniões temáticas de Infantaria Blindada e Cavalaria
Blindada, importante fator de desenvolvimento doutrinário, programadas pelo
Comando Militar do Sul; incentivou a prática do treinamento físico militar e das
competições desportivas, como instrumento de aperfeiçoamento do espírito
combativo e de integração, conseguindo excelente participação nas Olimpíadas
da 3- Divisão de Exército.
No setor administrativo, melhorou os índices de disponibilidade de viaturas;
aperfeiçoou as condições de estocagem de combustível em toda a Grande
Unidade, normalizou o transporte de viaturas blindadas, tornando-o mais
eficiente econômico, empenhou-se na construção do estande de tiro do seu
aquartelamento; incrementou as atividades logísticas ligadas às áreas de
armamento, motomecanização, material de intendência e de saúde; realizou
inúmeros melhoramentos nas dependências de sua Brigada, dotando-as de
melhores condições de conforto e funcionalidade.
Sua capacidade de comunicação e suas qualidade humanas manifestaram-
se no excelente convívio mantido com as sociedades de Santa Maria e Rosário
do Sul, desenvolvendo relacionamento harmonioso e participativo co as
autoridades federais, estaduais e municipais, além de organizações e
instituições civis. Prestigiou os companheiros da reserva e os ex-combatentes e
cooperou com as comunidades municipais, ao desenvolver o Projeto Pelotão
Esperança, programa de auxílio a menores carentes em situação de risco social
e que vem apresentando excelentes resultados.
Convém destacar, ainda, a notável contribuição do Gen MATTOS à
Guarnição de Santa Maria, no exercício do cargo de Presidente do Círculo
Militar, ao realizar inúmeras importantes obras, valorizando o patrimônio da
associação, e ao promover inúmeras reuniões sociais e atividades diversas,
121
proporcionando lazer e congraçamento a militares da ativa, da reserva e civis.
No exercício de suas funções de Comandante da 6- Brigada de Infantaria
Blindada, o Gen MATTOS desenvolveu excepcional trabalho, cooperando,
ainda, decisivamente para a ampliação do clima de mútua colaboração, de
harmonia e cordialidade, que caracteriza o relacionamento entre a família e a
bela e acolhedora cidade de Santa Maria.
Na oportunidade em que se despede da "Brigada Niederauer" e da "Divisão
Encouraçada", louvo a exemplar atuação do Gen MATTOS como comandante
de brigada."
122
Mérito Naval, Ordem do Mérito Santos Dumont e Comendador da Ordem do
Mérito Judiciário do Trabalho. Medalhas: Militar(ouro), Pacificador e da Vitória.
Praticou Pentatlo Militar, Atletismo e Basquete.
123
CAPÍTULO QUINTO
UNIDADES DA 6ê Bda Inf Bld
124
Niederauer de Instrução Individual. É tetra-campeã dos Jogos Desportivos da Bda e
detentora transitória do Troféu Havaí.
Confirmando a qualidade do recruta incorporado na Cia, vale ressaltar que
nenhum soldado do Efetivo Variável incorporado no ano de 2000 foi punido
disciplinarmente, o que valoriza cada vez mais os princípios básicos a eles
transmitidos na Companhia de Comando da 6- Bda Inf Bld.
125
porém como orgânico da Brigada Niederauer. Em 01 Fev 85, o Pel 3E já estava
completamente instalado e em pleno funcionamento administrativo s operacional,
junto à Companhia de Comando da 3êDE, cujo aquartelamento lavia sido
devidamente adaptado para este fim.
Em 1988, com a transferência do aquartelamento do 1- Batalhão de Infantaria
Blindado para suas atuais instalações no Bairro Boi Morto, e conseqüente
ransferência do Cmdo da 6êBda Inf Bld para as de hoje, o Pel PE passou a >cupar
um pavilhão no interior do QG da Bda, portanto junto ao Cmdo ao qual apoia. Nos
anos seguintes, diversas adaptações foram realizadas em suas nstalações,
atendendo às suas necessidades e à modernização do Exército Brasileiro.
O 26Q Pel PE possui atualmente um efetivo de 42 homens, para atender, o que
faz da melhor maneira, às solicitações e ordens do Escalão Superior. Desempenha,
assim, enquadrado na 6-Bda Inf Bld, atividades de Policiamento de Pessoal, Trânsito
de Viaturas, Balizamento, Estacionamento, Escolta e Segurança, tanto em
campanha como no interior da guarnição. Neste mister, louve-se com destaque nas
seguintes missões:
- Operação Centauro Beta: exercício de Grande Comando, realizado no Campo
de Instrução de Alegrete, em 1986, sob coordenação da 3-DE;
- Operação Centauro: exercício de Grande Comando, realizado no Campo de
Instrução de Rosário do Sul, em 1987, sob coordenação da 69Bda Inf Bld;
- Operação Sulex IV: exercício de Grande Comando, realizado no Campo de
Instrução de Rosário do Sul, em 1988, sob coordenação do CMS;
- Escolta e Segurança do Gen Glyn Mallory Junior, Cmt da 2- Divisão do
Exército/EUA, em 1988, quando de sua passagem pela guarnição de Santa Maria;
- Operação Jaguar II- Fase: exercício de Grande Comando, realizado no Campo
de Instrução de Santa Maria(CISM), em 1989, sob coordenação do CMS;
- Segurança do Gen Ex Carlos Tinoco Ribeiro Gomes, então Ministro do
Exército, em 1989, quando de sua visita à Santa Maria;
- Operação Lança Partida: exercício de Grande Comando realizado no CISM,
em 1992, sob coordenação do CMS;
- Policiamento e Trânsito, na visita do Gen Ex Zenildo Lucena, então Ministro do
Exército, em 1993, quando de sua visita à Santa Maria;
- Estacionamento e Trânsito, na visita do Gen Ex José Sampaio Maia, então
Cmt do Comando de Operações Terrestres(COTER), em 1994, quando de sua
passagem por Santa Maria;
- Estacionamento e Trânsito, nas atividades de traslado dos restos mortais do
Marechal Mallet, Patrono da Artilharia Brasileira, para o interior do 39GAC AP,
Regimento Mallet, em 1995;
- Cerimonial de Inauguração do Busto do Marechal Euclides Zenóbio da Costa,
Patrono da Polícia do Exército, em 29 Out 95, no interior do aquartelamento do
Pelotão;
- Operação Arietê: exercício de Grande comando, realizado no Campo de
Instrução Barão de São Borja(CIBSB), Cacequi, em 1996, sob coordenação do
CMS;
126
- Policiamento e Controle de Trânsito, durante o XVII9 Campeonato de Voleibol
das Forças Armadas, em 1996, em Santa Maria;
- Policiamento e Trânsito, durante a visita do Presidente da República,
Fernando Henrique Cardoso à Santa Maria, em 1997;
- Operação Cacequi: exercício de Grande Comando, realizado no CIBSB, em
2000, sob a coordenação do CMS;
- Segurança Velada do Vice-Presidente da República, Marco Maciel, na
inauguração da Hidrelétrica de Dona Francisca, em 2001, em conjunto e sob a
coordenação da Segurança Presidencial.
O 269 Pel PE comemora seu aniversário no dia 15 de outubro, data da sua
criação em 1984. Nestes dezesseis anos de atividade, o Pel já teve sete
comandantes, estando no 89, o I^Ten Paulo Gomes Bornhorst.
127
Além do Terço Novo, os antecessores do 79 foram o Regimento de Infantaria de
Linha de Santa Catarina (RI Linha/SC), criado em 1772, o Regimento de Infantaria
de Linha do Maranhão (RI Linha/MA), criado também em 1772 e a Companhia de
Caçadores da Paraíba (Cia Caçadores /PB), criada em 1842.
O Terço Novo, e os citados antecessores , através de sucessivas
transformações e fusões deram origem até 1908, aos três batalhões (199, 209 e 219),
raízes que deram origem, a 04Jun1908, ao 79 Regimento de Infantaria (79 RI).
Nestes 371 anos de história muitas mudanças aconteceram, até o atual 79 BIB.
Na página 122, um fluxograma mostra essa evolução.
Dos heróicos passados de lutas das unidades formadoras do 7°BIB, destacamos
o 17°Batalhão de Caçadores (17°BC), que participou da vitoriosa Guerra da Tríplice
Aliança contra o Paraguai, de 1865/ 70. Unidade que marcou sua heróica presença,
em outras batalhas, em Peribebuí e na Campanha da Cordilheira (12Ago869).
Ao final da guerra o 17°BC recebeu a importante missão de permanecer no
Paraguai, fazendo parte da Força de Ocupação.
Mais tarde, em 1894, durante a Revolução Federalista, o 17°BC destacou- se no
episódio conhecido como o Cerco da Lapa (PR-16Jan/11 Fev), de resistência aos
revolucionários, onde se imortalizou o Cel Ernesto Gomes Carneiro, hoje Patrono do
7°BIB, pela sua resistência a todo o custo à progressão federalista, dando tempo a
que o Governo organizasse a resistência em Itararé, na divisa do Paraná com São
Paulo e a chegada, em tempo de atuar, da Esquadra Legal. Episódio abordado pelo
organizador desta obra Cel Cláudio Moreira Bento em artigo, "Os cercos, Bagé e da
Lapa - duas resistências épicas de nossa História Militar" em A Defesa Nacional (Nr
769, Jan/Mar95. P.103ss). Vale aqui lembrar que um de seus formadores, o 19° BC,
participou da Divisão que forçou os federalistas a levantarem o rigoroso cerco de
Bagé.
Na luta contra a Revolta do Contestado, ocorrida no Paraná e Santa Catarina, no
período 1912/16, o 7o RI atuou com destaque, conforme abordou o acadêmico Cel
Mário José de Menezes em sua História da 3a Divisão de Exército.
Em 1924, participou da luta contra a Coluna Miguel Costa-Prestes. Em 1930,
apoiou a Revolução de 30.
Em 1932, combateu a Revolução liderada por São Paulo Em 1943, contribuiu
com 98 homens para a formação da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que
cobriu-se de glória na Itália, durante a 2S Guerra Mundial, conforme Anexo B.
128
/V Fluxograma da evolução do 79 BIB
no
Em 1946, por decreto do Presidente Eurico Gaspar Dutra, o 7°RI recebeu a
Denominação Histórica de REGIMENTO GOMES CARNEIRO, justa homenagem
ao Comandante do então 17°BC no Cerco da Lapa, e que lá tombou no
cumprimento do dever. Homenagem rara a um combatente em luta interna.
Em 1947, o Regimento Gomes Carneiro recebeu o seu Estandarte Histórico,
que imortaliza a atuação heróica e o sacrifício supremo do Patrono da unidade na
resistência da Lapa.
Em 1964, ao eclodir a Contra Revolução, o 7o colocou-se ao lado das forças da
lei e da ordem para a vitória da Revolução de 31 de Março.
Em 1970, foi transformado em 7°Batalhão de Infantaria (7°BIB), continuando a
honrar as tradições de seus antecessores.
Em 1972, passou a denominar-se 7°Batalhão de Infantaria Blindado, com o
recebimento e incorporação das Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal
(VBTP) tipo M 113.
E teve início uma nova fase de sua heróica e honrosa existência, com essa
transformação.
O velho e bravo "Pé-de-Poeira" passou a falar mais alto e mais forte com o ronco
dos motores, com a impetuosidade de suas viaturas e com a potência de seu
choque avassalador.
Em 1988, o 7°BIB passou a ocupar suas novas e modernas instalações na
região de Boi Morto, junto ao Campo de Instrução de Santa Maria.
Entretanto, deverá permanecer sempre na memória de seus integrantes o seu
monumental e antigo Quartel, construído especialmente para abrigá-lo e hoje sede
do Quartel general do Comando da 6a BdalnfBId.
Como homenagem ao desempenho do 17°BC na Guerra do Paraguai e no
Cerco da Lapa, o 7°BIB conserva o 14 de maio como data de seu aniversário.
123
Ten Cel Hygino Pantaleão Silva Júnior ............................. 19Jun22 a
05Set22;
Maj Primo Pereira de Paula Dias (19 vez) ............................05Set22 a 15Abr24;
Ten Cel Henrique Roberto Burle......................................................... 15Abr24 a19Out24;
Cel Álvaro Guilherme Mariante ........................................................... 19Out24 a23Nov24;
Ten Cel Primo Pereira de Paula Dias (2- vez) ................23Nov24 a 02Fev26;
Maj Eliezer Abbot .................................................................................02Fev26 a07Mar27;
Cel Heliodoro Sodré........................................................... 07Mar27 a
05Mai27;
Cel Primo Pereira de Paula Dias ........................................................ 05Mar27 a05Mai27;
Cel Arnaldo de Souza Paes Andrade.................................................. 20Jul28 a01Mar29;
Ten Cel lldefonso Leite Bastos (1§ vez) ............................ 01Mar29a 02Nov29;
Cel Manoel de Cerqueira Daltro Filho ............................. 02Nov29 a
24Abr30;
Ten Cel lldefonso Leite Bastos (1- vez) .......................... 24Abr30 a 17Mai30;
Cel Guilherme Ribeiro Cruz ............................................................. 17Mai30 a08Dez30;
Ten Cel lldefonso Leite Bastos (2- vez) ......................... 08Dez30 a 24Jan31;
Ten Cel Miguel de Castro Ayres ....................................................... 24Jan31 a09Mar31;
Ten Cel Francisco de Lorenzi .......................................................... 09Mar31 a07Dez31;
Maj João Batista Maciel Monteiro .................................................... 07Dez31 a26Set32;
Maj Nestor José da Silva Soares ...................................................... 26Set32 a09Nov33;
Ten Cel Alberto Guedes da Fontoura .............................................. 09Nov33 a15Dez34;
Maj Augusto Conte Torres Homem ................................. 15Dez34 a 07Fev35;
Ten Cel Tancredo Gomes Ribeiro ....................................................07Fev35 a22Abr36;
Cel Francisco de Paula R Vieira ....................................................... 22Abr36 a27Jan39;
Cel Augusto Telles Ferreira .............................................................. 29Abr39 a12Dez39;
Cel Onofre Muniz Gomes de Lima ................................. 12Dez39 a 12Jun40;
Cel Olímpio Falconiére da Cunha ................................... 07Ago40 a 07Mar42;
Cel Tito Coelho Lamego .................................................................. 07Mar42 a12Out42;
Cel Alipio de Almeida Nunes............................................................. 17Out42 a26Mai43;
Cel Augusto Soares dos Santos ....................................................... 11Out43 a02Ago44;
Cel Luiz Corrêa Barbosa ................................................ 02Ago44 a 06Out45;
Cel Noé de Viana Montezuma .......................................................... 06Out45 a17Jun46;
Ten Cel Jerônimo Ferreira R. Rodrigues .......................... 17Jun46 a 16Jan47;
Cel Alfredo Soares dos Santos ......................................................... 16Jan47 a13Jan48;
Maj Felicíssimo de Azevedo Aveline (1ã vez) ..............14Fev48 a 31Mai48;
Ten Cel Gilberto Oscar Virgílio Carvalho .......................... 05Jun48 a 18Mai49;
Ten Cel Felicíssimo de Azevedo Aveline (2- vez) .. 18Mai49 a 24Jul50; Cel
Aristóteles Ribeiro .............................................................. 24Jul50 a
10Fev51;
Ten Cel Felicíssimo de Azevedo Aveline (3ê vez) . 10Fev51 a 09Abr53; Cel
Luiz Ferraz de Sampaio ................................................09Abr53 a 30Jun55;
Cel Argemiro de Assis Brasil ........................................... 03Ago55 a
124
02Out56;
Ten Cel Armando Torres Pereira ..................................... 02Out56 a 29Dez56;
Cel Salvador Moreira de Souza Lima ............................................... 29Dez56 a22Set58;
Ten Cel Joaquim Carlos Müller Ribeiro (1a vez) ............ 22Set58 a 09Abr59;
Cel Mário de Carvalho Valle .............................................................. 09Abr59 a11Fev60;
Cel Mário Fonseca ............................................................................ 11Fev60 a10Out61;
Cel Joaquim Carlos Müller Ribeiro (2a vez) ...................... 10Out61a 08Jan65;
Cel Ramão Menna Barreto ............................................... 15Jan65 a 22Jun66;
Cel Hélio Freire.................................................................................. 22Jun66 a12Mar69;
Cel Joberto Ferreira Dias ..................................................................12Mar69 a30Abr71;
Cel Milton Pedro Weiss ..................................................................... 18Mai71 a04Jan74;
Cel Eduardo de Ulhoa Cavalcanti ..................................................... 04Jan74 a13Jan75;
Cel Edile Lamartine Matte ................................................................. 13Jan75 a04Fev77;
Cel Darcy Gomes Prange.................................................................. 04Fev77 a05Fev79;
Cel Jorge Armando Severo Machado ............................................... 05Fev79 a05Fev82;
Cel Antonio Machado Borges ............................................................ 05Fev82 a07Fev84;
Cel Álvaro Bruno Pereira Garcia ....................................................... 07Fev84 a07Fev86;
Cel João Odone Vilanova .................................................................. 07Fev86 a08Fev88;
Cel Luiz Gonzaga Filho ..................................................................... 08Fev88 a26Jan90;
Cel Mário Miquelino Cunha Filho ...................................................... 26Jan90 a28Jan92;
Cel Mário Jorge Bell de Campos ....................................................... 28Jan92 a28Jan94;
Cel Oswaldo Bitencourt Menna Barreto ............................................ 28Jan94 a02Fev96;
Cel Carlos Bolivar Goellner ............................................................... 02Fev96 a02Fev98;
Cel Manoel Luiz Narvaz Pafiadache ................................................. 02Fev98 a19Fev00;
Cel Giovani Danelon Bandas ............................................................ 19Fev00 a28JanO2;
Ten Cel Rudimar Lacerda Mauss ...........................................28JanO2 (atual).
125
29° Batalhão de Infantaria Blindado
Santa Maria - RS
126
Itapé e Comandante Midossi chegaram a Porto Alegre - RS no dia 20 Set 44.
O Batalhão chegou a Santa Maria, em 22 Set 44, por via ferroviária, e foi
deslocado para um acantonamento no antigo Parque Imembuí, local onde hoje está
situada a Vila Militar da Guarnição de Santa Maria.
Devido às peculiaridades do solo da região de Santa Maria, o 39 BCC foi
obrigado a substituir seus carros médios e deixou de contar com a Companhia de
Carros de Combate Médios, os quais foram substituídos por CCL.
Desta forma, o Batalhão teve sua designação alterada para 39 Batalhão De
Carros de Combate Leves (39 BCCL).
Um Núcleo da 1- Companhia Especial de Manutenção foi constituído em
instalação anexa ao Batalhão no dia 3Jan 45.
Mais tarde, recebería a denominação de 311- Companhia de Apoio e
Manutenção e finalmente em 1972, na reestruturação sofrida pelo Exército
Brasileiro, passaria a denominar-se 49 Batalhão Logístico.
Em 29 Jan 48, o Serviço Regional de Obras (SRO) entregou as obras do novo
aquartelamento e no dia 15 Mar 48 teve início a ocupação do novo quartel,
localizado na antiga aviação, vulgarmente chamado "Boi Morto", onde, em 1922,
havia sido o quartel do Parque de Aviação Militar e, posteriormente, ocupada pela
3a Companhia de Morteiros Pesados, a partir de 1927.
A 1- Cia foi designada para iniciar essa ocupação, estando prontos: dois
pavilhões de alojamento, um pavilhão e parque e um pavilhão sanitário; rede de
água e esgoto atendendo aos pavilhões construídos; mais, a construção de dois
reservatórios d'água geminados, enterrados, de 100 m3; instalação de Grupo
gerador de 31,3 KVA; instalação de compressor de 29 pés cúbicos; construção de
rede elétrica externa e perfuração de um poço de 6" e 86 metros de profundidade.
No início do mês de Set 61, o Batalhão tomou parte do fato político consequente
da Crise da Renúncia do Presidente Jânio Quadros, oportunidade em que ficou à
disposição do Comando do IIIo Exército (atual CMS), na Guarnição de Porto Alegre
e para onde deslocou-se por via férrea, transportando 24 (vinte e quatro) CCL, 13
(treze) Vtr % Ton, 1 (um) Vtr I/2 Ton, 6 (seis) Vtr 1 1/2 Ton e 6 (seis) Vtr 2 1/2 Ton.
Fato digno de ser mencionado foi o ocorrido no dia 07Set63, data em que
amanheceu chovendo torrencialmente em Santa Maria e o desfile em
comemoração ao Dia da Pátria foi transferido, da parte da manhã para a parte da
tarde.
Mesmo assim, o Batalhão desfilou sozinho naquela manhã e foi vivamente
aplaudido. Na tarde daquele mesmo dia o 39 BCCL tornou a desfilar, juntamente
com as demais Unidades da Guarnição, e voltou a ser aplaudido.
A Unidade participou, também, dos acontecimentos relativos à Contra
Revolução Democrática de 31 Mar 64, tendo permanecido em prontidão e
designados efetivos da OM para guarnecer o Depósito de Subsistência e a Gare da
Viação Férrea do Rio Grande do Sul, entre outras instalações, bem como realizar
escoltas de autoridades e comitivas militares.
Em 31 Dez 71, o 3Q BCCL foi transformado em 299 Batalhão de Infantaria
Blindado (299 BIB), tendo recebido as Viaturas Blindadas Transporte de Pessoal
127
(VBTP M 113) e transferido os seus carros de combate leves para unidades de
Cavalaria.
Encerrava-se, desta forma, a curta e significativa trajetória de relevantes
serviços prestados pelo 3? BCCL, unidade que não tomou parte em combates na
frente de fogo, mas empenhou-se em concorrer de forma integrada à sociedade,
para a superação dos desafios das questões sócio-econômicas que, ao longo da
história, vêm envolvendo a sociedade e o Exército Brasileiro, por meio da prestação
de assistência social, médica e odontológica para a população carente da região
que circunda seu aquartelamento.
Os CCL muito auxiliaram a população civil, transportando água nas épocas de
seca e gêneros para muitos necessitados e auxiliando a comunidade local em
outros misteres, deixando assim sua marca como Mão Amiga entre os habitantes
de Santa Maria.
Formou um sem número de reservistas e restituiu à sociedade milhares de
especialistas, tais como tratoristas, cozinheiros, motoristas, mecânicos,
enfermeiros e datilógrafos, entre tantas outras profissões.
Orientou centenas de jovens para cursos superiores da Universidade Federal
de Santa Maria e de outras faculdades locais, os quais, em sua maioria, concluíram
com aproveitamento.
Ao ser arriado o símbolo do 3Q BCCL para ser içado o do 29Q BIB, as tradições
de lealdade, harmonia, união, camaradagem, amor ao trabalho, disciplina e
obediência hierárquica continuaram vivas entre os militares da OM transformada,
após 29 anos e 8 meses de existência, período em que manteve-se pronto para
cumprir as mais variadas missões e tarefas, das mais simples às mais árduas.
O 299 BIB incorporou as suas primeiras VBTP M 113 no dia 09Jun1972, fato
este comemorado com uma formatura festiva.
Em 16 Mar 1974, a 2- Cia Fzo Bld foi transformada em 13- Companhia
Depósito de Armamento e Munição (13- Cia DAM), conforme o determinado na Port
Min Nr 015, de 1 Mar 74, permanecendo adida ao Batalhão até seu deslocamento
definitivo, para a região de Philipson, no atual município de Itaára - RS.
Em setembro daquele mesmo ano, foi realizada uma solenidade de despedida
ao efetivo da 13- Cia DAM.
A 09 Dez 77, foi entregue pela Comissão Regional de Obras da 3ê Região
Militar (CRO/3). um pavilhão destinado à Companhia de Comando e Serviços, atual
Companhia de Comando e Apoio e iniciada a construção de um Armazém de
Munição, a fim de substituir o antigo Paiol, previsto para funcionar em condomínio
com o 4g Batalhão Logístico (4g BLog).
Foram acrescidos ainda, ao patrimônio da Unidade, uma Pista de Pentatlo
Militar, em 6 Nov 79, e o novo Pavilhão Depósito de Víveres do Serviço de
Aprovisionamento no dia 08 Mai 81.
Em 13 Ago 98, o Ministro de Estado do Exército, em Portaria Ministerial Nr 504,
de 13 Ago 98, resolveu conceder ao 29g BIB a denominação histórica de "Batalhão
Cidade de Santa Maria" e o respectivo Estandarte Histórico, o qual foi recebido das
mãos do Prefeito, representante da Comunidade, com a presença do Ministro do
128
Exército, Gen Zenildo de Lucena.
Em sessão realizada no dia 18 Nov 98, o Conselho da Ordem do Mérito
Judiciário Militar, do Superior Tribunal Militar, decidiu, por unanimidade, agraciar o
Estandarte do 29g BIB, com a insígnia da Ordem do Mérito Judiciário Militar.
O 29g BIB comemora seu aniversário a 07 de Maio, data vinculada à assunção
de comando do Maj IBSEN, primeiro comandante, e também data do início das
atividades do Batalhão como unidade efetivamente constituída.
129
49 Regimento de Carros de Combate
Rosário do Sul - RS
130
humanidade, em marcha implacável, afastou cada vez mais o cavalo do campo de
batalha, mas que surgem novos elementos para perpetuar a Cavalaria através dos
tempos e ratificar seu papel de arma móvel, conservando o espírito e a mobilidade
que caracterizaram a cavalaria hipomóvel de Osório, seu insigne Patrono da arma
ligeira.
O 4- RCC vêm obtendo excepcional destaque na Administração pela Qualidade
Total (AQT), programa iniciado em 1995, sob a liderança e inspiração do Cel
Reinaldo Menna Barreto de Barros Falcão Bozon, comandante de 27Jan95 a
28Jan97. Já em Abr96 a unidade foi premiada pelo Programa Gaúcho de Qualidade
e Produtividade(PGQP/Nível 1).
Em Out do mesmo ano recebeu Diploma por ter sido um dos vencedores do 19
Concurso Nacional de Experiências Inovadoras de Gestão na Administração
Pública Federal. Em Abr97 fez jus ao Diploma do PGQP/29 Nível.
Em agosto do mesmo ano recebeu uma Placa como prêmio do Programa da
Qualidade e Participação da Administração Pública Federal. Em Jun98 foi
novamente premiado pelo PGQP.
Em Set98 foi agraciado com o Troféu da Série Prata do Prêmio de Qualidade do
Governo Federal. Em Jun99 foi novamente premiado pelo PGQP e em Jun2000
recebeu o Troféu Bronze Nível II do PGQP.
Nesta época, o 49RCC, através de seu Cmt, foi chamado a proferir Palestra no
Ministério da Defesa em Brasília, sob o tema "A Implantação da Qualidade no 49
RCC".
Em 1997, através das Port Min Nr 442, de 23Jun e 341, de 02Jul, o 49 RCC
recebeu, respectivamente, o Estandarte Histórico e a Denominação Histórica de
"Regimento Passo do Rosário", como guardião do local da Batalha do Passo do
Rosário, ocorrida em 20 de fevereiro de 1827, a maior batalha campal travada no
Brasil, há 175 anos, e que mereceu de organizador deste trabalho o livro
comemorativo: 2002-Os 175 anos da Batalha do Passo do Rosário de 20 Fev 1827.
O 49 RCC comemora seu aniversário a 12Jul, data fixada pela Portaria
Ministerial Nr 830, de 14Jun74.
Comandantes do Regimento Passo do Rosário
Ten Cel Manoel de Azambuja Brilhante ............................. 18Abr41 a 04Jun42;
Ten Cel Aquiles de Menezes.............................................20Nov43 a 17Ago44;
Ten Cel Descarte Cunha17Ago44 a
............................................................................................................. 06Fev45;
Ten Cel Aparício Brasil Cabral30Dez46 a
............................................................................................................. 02Dez47;
Ten Cel Irineu Ferreira de Castro05Mar48 a
.............................................................................................................. 16Abr49;
Ten Cel Jonathas Cunha02Mai50 a
..............................................................................................................18Out52;
Ten Cel Clóvis Breyer17Jan53 a
............................................................................................................. 29Mar54;
131
Cel Carlos Villamil Telles Ferreira .................................18Jun54 a 20Abr57;
Ten Cel Agenor Medeiros Martins .................................21 Mar57 a 24Jan58;
Ten Cel José Miranda Barcia15Dez58 a
............................................................................................................. 12Nov59;
Ten Cel Antônio Leal de Albuquerque05Dez59 a
............................................................................................................. 19Fev62;
Ten Cel João Rosa da Silva Filho27Abr62 a
............................................................................................................. 05Fev63;
Ten Cel Durval Montagna Meirelles11Jun63 a
............................................................................................................. 20Mar64;
Ten Cel Pedro Pinto de Carvalho31Mar64 a
............................................................................................................. 31Ago65;
Cel Solon Rodrigues D'Ávila .......................................... 23Mar66 a 14Ago68;
Ten Cel Oly Hastenpflug .................................................. 15Ago68 a 020ut70;
Ten Cel Horácio Francisco Boscardin ................................ 020ut70 a 21Fev73;
Ten Cel Túlio Soviero ........................................................................10Mar73 a09Jun75;
Cel João Carlos Vanário Eschiletti ..................................................... 10Jul75 a26Jan78;
Cel Aloízio Pires ................................................................................ 26Jan78 a29Jan80;
Ten Cel Hugo José da Silva .............................................................. 29Jan80 a28Jan83;
Ten Cel Milton Schneider .................................................................. 28Jan83 a28Jan85;
Cel Ronald Marreta ........................................................................... 28Jan85 a30Jan87;
Cel Almir Moraes dos Santos ............................................................ 30Jan87 a30Jan89;
Cel Mariano Laflor ............................................................................. 30Jan89 a30Jan91;
Cel Florentino Mitidieri Irizaga ........................................................... 30Jan91 a29Jan93;
Cel Carlos Alberto da Cruz Azambuja............................................... 29Jan93 a27Jan95;
Cel Reinaldo Menna Barreto de Barros F. Bozon . 27Jan95 a 28Jan97;
Cel Júlio César Monteiro de Vasconcelos......................... 28Jan97 a 28Jan00;
Cel Aldemir Cardoso Altamiranda ..................................................... 28Jan00 a28JanO2;
Ten Cel Rubens Danilo Mourão Rios ..................................... 28JanO2 (atual).
132
6g Esquadrão de Cavalaria Mecanizado
Santa Maria - RS
133
uso na Cavalaria de Osório: o Pelotão de Cavalaria Mecanizado (PelCMec) e o
Pelotão de Carros de Combate (Pel CC).
O Esquadrão tem por finalidade cumprir missões de Reconhecimento e
Segurança em proveito da 6-BdalnfBld. Para isso conta com o efetivo de 184
homens, sendo 12 oficiais, 28 ST/Sgt e 144 Cb/Sd.
O 69 Esqd C Mec comemora seu aniversário a 19 Dez, data da Portaria de sua
criação em 1985.
134
Guerra da Cisplatina.
Em Out835, o CACav foi transferido para Porto Alegre, a fim de defender a
-apitai do cerco realizado pela Revolução Farroupilha, após a mesma ter sido
ocupada pelos revolucionários, a 20Set, e retomada pelo Império.
Mantinha o Corpo, além disso, duas bocas de fogo e 50 artilheiros em Rio
Srande.
Em maio do ano seguinte, uma parte do CACav, composta por alguns oficiais e
praças e seis bocas de fogo, aderiu aos Farrapos e partiu para Pelotas.
Até Fev839 esta parcela do Corpo defendería as cores farroupilhas.
Através de decreto de 21 Mai836, a Regência Una, do Padre Diogo Antonio
“eijó, mandou dissolver os corpos que tinham tomado parte a favor da Revolução,
mas a 10Jul do mesmo ano o Ministro da Guerra, em nome de Feijó, deixou a
decisão ao arbítrio do Presidente da Província.
Este decidiu pela não dissolução, e assim o CACav foi preservado, mas os
adeptos da Farroupilha foram excluídos da unidade. Até 1844, o CACav lutou
fracionado, contra os farrapos, atuando em Porto Alegre, Triunfo, Rio Pardo, Rio
Grande, São José do Norte, Caí, Taquari, Passo de São Borja, Arroio do Meio e
São Gabriel.
A 22Ago1846 o Corpo foi transferido para São Gabriel, ocupando o quartel hoje
pertencente ao 6Q Batalhão de Engenharia de Combate e conhecido como Caserna
de Bravos. Expressão consagrada no livro alusivo do acadêmico Osório Santana
Figueiredo, Caserna de Bravos.
Com o novo Plano de Organização do Exército Brasileiro, estabelecido pelo
Decreto Nr 728, de 19Abr851, o Corpo foi transformado em Regimento de Artilharia
a Cavalo (RACav), passando a ter seis baterias e maior efetivo.
Ainda em 1851, já sob o comando do Cap Emílio Luiz Mallet, o RACav recebeu
a missão de deslocar-se para o Uruguai e Argentina, na luta contra os ditadores
Manoel Oribe e Juan Manuel de Rosas.
Nessa ocasião, tomou parte no forçamento do Passo de Tonelero, no rio
Paraná, embarcado na Esquadra Brasileira.
A 01 Dez, na Nova Colônia do Santíssimo Sacramento, recebeu a numeração
de 1B, por ativação do 29 RACav.
Em 02Fev1852 participou da Batalha de Monte Caseros, sob o comando do Maj
Joaquim José Gonçalves Fontes, pois Mallet fora incumbido de comandar o recém
ativado 2Q RACav.
Vencendo a Art inimiga, que lhe era superior, o 1eRACav contribuiu
decisivamente para a vitória dos Aliados.
Foi nesta campanha que o Regimento ganhou o apelido usado até hoje - Boi de
Botas. Uma versão é devido às pesadas perneiras de couro usadas pelos
condutores, o que lhes fazia lento o passo, lembrando assim os bois que
tracionavam as peças de artilharia. Outra versão era em razão de os bois, por
tracionarem as peças em atoleiros, suas patas envoltas por barro pareciam botas.
Com a desativação do 29RACav, o 19 voltou ser somente RACav, sem
numeração.
Em 1863, um contingente do Regimento cumpriu missões estranhas à Artilharia
135
, estabelecendo linhas telegráficas em Santa Catarina, ao comando do Cap Hermes
Ernesto da Fonseca, pai do Marechal Hermes da Fonseca.
A campanha contra o ditador uruguaio Atanásio Cruz Aguirre exigiu novamente
a participação do RACav, voltando à numeração de 1° fazendo parte das tropas do
Marechal João Propício Menna Barreto, quando apoiou o assalto vitorioso à
localidade de Paysandú, em 02Jan865, atuando preponderantemente no combate
e usando os novos canhões raiados "A La Hitte".
A partir de 1865, o 19RACav tomou parte ativa e relevante na Guerra da
Tríplice Aliança contra o Marechal Francisco Solano López, ditador do Paraguai.
Para obter maior flexibilidade, destacou sucessivamente um "29 Regimento
Provisório de Artilharia a Cavalo" e um "49 Regimento Provisório" do mesmo tipo.
Participou, fracionado ou em conjunto, dos combates de Corrientes,
Riachuelo, Mercedes, Cuevas, Uruguaiana, Ilha da Redenção, Confluência, Passo
da Pátria, Estero Bellaco, Tuiuty (1- batalha), Curuzú, Boquerón, Curupaity, Lagoa
Pires, Tuyu-Cuê, Tebicuary, Parê-Cuê, Passo Poty, Potrero Ovella, Tayí, Tuiuty (2-
batalha), Villa dei Pillar, Humaitá (1a), Estabelecimiento, Sauce, Espinilho, Humaitá
(2a), Suruby-í, Itororó, Avaí, Tupium, Lomas Valentinas, Itá-lvaté, Angustura,
Peribebuí, Campo Grande e Caraguataí. Foram 37 enfrentamentos com os
paraguaios.
A 24Mai866, houve a consagração heróica e definitiva do 19RACav, ao
tornar-se fator decisivo para a vitória na maior Batalha Campal da América do Sul, a
de Tuiuty, impedindo o sucesso das cargas de Cavalaria Paraguaia.
Neste episódio, Mallet proferiu sucessivamente 4 frases que se incorporaram
à tradição da Unidade e da Arma de Artilharia do EB. Isso tem sido repetido - muitas
vezes - de forma equivocada, e a correta é a seguinte:
- Na tarde de 20 de maio de 1866, o 1o RACav atingiu o local, na clareira
de Tuiuty, onde devia entrar em posição. Seu comandante reuniu o Maj
Fiscal (Severiano da Fonseca) e os Comandantes de Bateria, todos a
cavalo, e determinou longamente os detalhes do serviço de "prontidão"
e da execução de um fosso de proteção à "linha de fogo". Encerrou
suas ordens dizendo:
e eles que venham."
- Cerca das 11 horas do dia 24, parte o ataque guarani. Foi recalcando
os batalhões de vanguarda comandados por Venâncio Flores, hesitou
ante a "Divisão Encouraçada" de Sampaio e, afinal, a Cavalaria do Cel
Marcó começou a evoluir, demonstrando claramente a direção que
tomaria a sua carga: a linha de Artilharia, que já se havia
desmascarado, atirando em apoio àquela vanguarda.
Mallet percebeu a intenção do inimigo e preparou a reação, comandando:
Granada e metralha, espoletas a seis segundos!"
- Já em plena carga, a Cavalaria guarani se dirigiui nitidamente ao 1 °
RACav. E os artilheiros viram a enorme massa trovejante e ululante de
milhares de homens e de cavalos que se aproximavam com sabres
faiscando, estandartes drapejando... e, nervosamente, não podendo
136
esconder sua ansiedade. E era preciso desfazê-la!
E Mallet: Calma amigos! Os primeiros são para o buraco que nos deu tanto
trabalho. Por aqui eles não passam!"
- Os primeiros Esquadrões mergulham no fosso (a 14 metros da "linha de
fogo"), ao mesmo tempo em que as peças raiadas "a La Hitte" vomitam
sua primeira descarga. Destroço e ruína! E Mallet, vibrando de
entusiasmo:
"-Por aqui não entram!"
Em face da extraordinária atuação da Unidade é que se difundiram, até hoje, as
designações de "Artilharia - Revólver" e "Fogo de Horror".
Retornando da Guerra do Paraguai, em 1870, a unidade volta a ser RACav,
sem numeração, mas já em 1874, pelo Dec 5596, de 18Abr, recebeu
definitivamente a numeração de 1S, conseqüência da criação de outros
Regimentos.
Em 1888, pela reorganização do Exército, o Dec Nr 10.015, de 18 Ago,
transforma os RACav em Regimentos de Artilharia de Campanha, passando o 19a
ser 19 RAC.
A partir daí originaram-se outras OM de Artilharia, os atuais 229GAC
(Uruguaiana), o 259 (Bagé-antigo 49RAC), o 279 (Ijuí), o 289 (Criciúma) e o 299 (Cruz
Alta).
Em Nov 1889, a participação do 19RAC nos acontecimentos relacionados à
Proclamação da República foi no sentido da manutenção da ordem legal.
A 22Nov, a Ala Esquerda do Regimento seguiu para Rio Pardo, a fim de impor a
ordem, regressando a São Gabriel a 24.
Em Nov891, posicionou-se contra o fechamento do Congresso Nacional pelo
Marechal Deodoro da Fonseca, situação contornada pela renúncia do mesmo a
23Nov. Não houve deslocamento do RAC.
Durante a Revolução Federalista de 1893/95 no Rio Grande do Sul, o 19 RAC
esteve destacado em Porto Alegre, em apoio à autoridade legal do governador Júlio
de Castilhos.
Neste período, recebeu em suas fileiras, por curto espaço de tempo, o então 2-
cadete, depois 29 Sgt, José Plácido de Castro, desligado da Escola Militar, hoje
Colégio Militar de Porto Alegre. Plácido tomar-se-ia, dez anos depois(1903), o
Libertador do Acre.
Em Set895, com o fim da Revolução Federalista, o 19 RAC retornou a São
Gabriel, encontrando seu quartel - que ficara abandonado - saqueado e semi-
destruído, tendo perdido seu arquivo e troféus das campanhas.
Em 1908, pelo Dec Nr 7.054, de 06Ago, o 1 - RAC cedeu a 19 e a 2- baterias
para a formação do 179GACav (Alegrete), mas recebeu do 49 RAC (Bagé) a 3a e 4-
baterias, que, juntamente com as suas 3~ e 49, formaram o novo 49 Regimento de
Artilharia Montada (49RAM), sendo extinto o 49 RAC. As baterias remanescentes, 1a
e 2a, formaram o 189GACav.
A 11 Jul919 sua numeração foi alterada, passando a ser o 59 RAM.
137
Em 1923, nova revolução assola o RS. Joaquim Francisco de Assis Brasil
contra as contínuas reeleições do Presidente do Estado Dr. Augusto Borges de
Medeiros. O 59 RAM atuou prestando apoio logístico às tropas federais que
proporcionaram segurança a instalações federais no Estado, em especial as
ferrovias.
No ano seguinte, ocorre a revolução do Gen Isidoro Dias Lopes contra o
governo federal, em São Paulo.
No Sul, o Cap Luís Carlos Prestes inicia sua coluna revolucionária tenentista.
9
O 5 RAM recebeu, em Jun24, ordem de formar duas "Baterias Expedicionárias",
uma em Jun e outra em Dez24. Ambas perseguem Prestes no interior do RS, sendo
que uma delas continua a perseguição até Botucatu/ SP. As duas retornam a São
Gabriel em Mai25.
Em 06Fev25 o 59 RAM foi transferido para Santa Maria, ocupando suas novas
instalações em julho do mesmo ano.
A 16Nov26, ainda dentro do Movimento Tenentista contra o Governo Federal,
uma parte do 59 RAM foi sublevada pelos tenentes Nelson e Alcides Etchegoyen.
Mas o pessoal legalista do Regimento, prevendo a revolta, havia retirado as
espoletas das granadas, que, lançadas, descreveram trajetórias sem nenhuma
precisão.
Os revoltosos abandonaram Santa Maria e a rebelião fracassou, pela
repressão da 3a RM e pela falta de apoio de civis e militares.
Na Revolução de 1930, o 59 RAM aderiu e destacou três baterias: Duas
seguiram até São Paulo e a outra prosseguiu até o Rio de Janeiro. Vitoriosa a
Revolução, retornaram as três a Santa Maria, sem ter havido derramamento e
sangue.
Em 1932, na Revolução liderada por São Paulo contra o governo de Getúlio
/argas, o 59 RAM, ao lado do governo, recebeu ordem de embarcar para São Paulo.
Foi o 19 Grupo Expedicionário, formado por duas baterias e uma Secção de
Comando. Houve combates em Apiaí, Capinzal e Capão Bonito.
Em seguida, uma outra Bia foi embarcada em Santa Maria, tendo alcançado
Itapetininga. Dominada a Revolução, que durou alguns meses, as tropas do 59
RAM retornaram.
Pelo Decreto Nr 21.196, de 23Mar32, considerando-se que o 59RAM "... é o
sucessor do tradicional 19 Regimento de Artilharia a Cavalo." E que "... sob o
comando do então Major Emílio Luiz Mallet, marchou ...", ficou instituído Mallet
como Patrono da Artilharia e o 59 RAM como "Regimento Mallet".
O decreto concedeu ainda ao 59RAM os respectivos estandarte e talabarte, e
também patronos às baterias, vultos eminentes que as comandaram na Guerra do
Paraguai, a saber: 19 bateria: Cap Nepomuceno Medeiros Mallet; 2- bateria: Cap
Gama Lobo D'Eça; 3- bateria: 1 9Ten Antonio Tibúrcio; 4- bateria: Cap Filinto de
Araújo; 5§ bateria: Cap Rego Monteiro; 6ê bateria: Cap Leite de Castro.
Ainda na década de 30, os eventos históricos da frustrada Intentona Comunista
de 1935 e do Estado-Novo (1937), não contaram com a participação do 59 RAM.
Em 1940, o Regimento Mallet participou das manobras de Saicã, as maiores até
138
então realizadas pela 3- Região Militar, já no clima da 2- Guerra Mundial que havia
iniciado em Set39.
Com a entrada do Brasil na guerra e conseqüente formação da Força
Expedicionária Brasileira, 154 "Bois de Botas" integraram a FEB (Out43) para lutar
na Itália com os Aliados, contra o Eixo, em 1944 e 45.
Em 1950 o 59RAM, com o recebimento de novo material, recebeu a
denominação de 39 Regimento de Artilharia Auto-Rebocado 75 (39RA AR 75).
Em 1961, com a adoção do calibre 105, o Regimento passou a chamar-se 39
Regimento de Obuses 105 (39RO 105).
No ano seguinte, a 21 Jan, com nova reestruturação, passa a ser 15 Grupo do
39RO 105 (19/39RO 105).
Por ocasião do movimento cívico-militar de março de 1964, o Regimento Mallet
participou, integrado ao Exército Brasileiro e ao lado da comunidade
santa-mariense, das ações desencadeadas em defesa da Democracia.
Em dezembro de 1971, com a incorporação dos obuseiros 105mm, modelo
M108, autopropulsados, a denominação da OM passou a ser 39 Grupo de Artilharia
de Campanha Auto-Propulsado (39GAC AP), Grupo Mallet. Em 1982, retomou sua
denominação histórica de Regimento Mallet.
Em 22Ago95, o 39 GAC AP teve a honra de acolher os restos mortais do
Patrono da Artilharia Brasileira e de sua esposa, Dona Joaquina de Medeiros
Mallet.
Nesta ocasião foi inaugurado o Memorial Mallet, no interior do Grupo, composto
pelo Museu Histórico e pelo definitivo Mausoléu do Velho Marecha".
Portarias ministeriais sucessivas aprovaram o Uniforme Histórico de Parada, o
Dia Nacional da Artilharia, comemorado a 10Jun na guarnição de Santa Maria e a
instituição do Museu Histórico e também do Mausoléu Mallet.
Em 1996, o Grupo recebeu a Espada de Gala de Mallet e o Estandarte Imperial
de Batalha. O Brasão da família Mallet já havia sido concedido ao então Regimento
pelo Aviso Nr 158, de 14Ago51.
O 39 GAC AP é a unidade do EB que possui o maior número de condecorações,
a saber: Ordem do Mérito Militar, Ordem do Mérito Naval, Ordem do Mérito
Aeronáutico, Ordem do Mérito das FA, Ordem do Rio Branco, Ordem do Mérito
Judiciário Militar, Medalha Mascarenhas de Morais, Medalha da Vitória, Medalha da
Associação dos ex-combatentes da FEB e a Medalha do Mérito Militar do Exército
Uruguaio.
O Regimento Mallet comemora seu aniversário a 04Mai, data da criação, em
1831, do antigo Corpo de Artilharia a Cavalo.
Observação: este trabalho contou com a dedicada colaboração do ST RRm
Antonio Carlos Mesquita do Amaral, historiador de Mallet e do 3°GAC AP.
139
Cel Francisco Antonio da Silva Bitencourt ............ 23Jul1844 a 190ut1848
Maj Joaquim José Gonçalves Fontes
(em campanha) ...................................................... 23Jan1851 a 04Jun1852
Cel Hermenegildo de A. Portocarreiro .................. 02Dez1857 a 02Dez1860
Cel Alexandre Gomes de Argolo Ferrão ............... 02Dez1860 a 01Set1865
Ten Cel Emílio Luiz Mallet ....................................... 01Set1865 a O70ut1866
Ten Cel Severiano Martins da Fonseca ................ 07Out1866 a 06Set1870
Ten Cel Joaquim da Costa Rêgo Monteiro... 30Mar1870 a 01Fev1871; Cel
Manoel Deodoro da Fonseca .................................. 02Fev1871 a 14Out1874;
Cel Manoel A. Gama Lobo D'Eça .......................... 28Out1874 a 09Ago1879
Cel Filinto Gomes d'Araújo............................................................ 27Set1879 a13Jun1885
Cel Felício Paes Ribeiro ......................................... 13Jun1885 a 05Dez1885
Cel Cândido Costa ....................................................................... 05Dez1885 a09Abr1887
Cel Bernardo Vasques .................................................................. 09Abr1887 a06Mai1889
Cel Manoel José Pereira Júnior .................................................... 09Fev1889 a27Abr1890
Cel Antônio Fernandes Barbosa ............................... 01 Jun1890 a 01Abr1891
Cel Jorge Diniz de Santiago .......................................................... 01Abr1891 a14Mar1893
Cel Luiz Gomes Caldeira de Andrade .................... 14Mar1893 a 15Nov1893
Cel Belo Augusto Brandão ............................................................25Mar1894 a23Mai1898
Cel Miguel D'Oliveira Paes ..................................... 12Mai1898 a 14Dez1900
Cel Belo Augusto Brandão .............................................. 04Jul03 a 05Set06
Cap João Batista Martins Pereira.................................... 27JanO7 a 30Jul08
Cel João Leocádio Pereira de Mello ............................... 31 Jul08 a 30Jul10
Cap Francisco Olympio Corrêa ......................................28Out09 a 31DezO9
Cel Nicanor Gonçalves da Silva Júnior ........................... 21Jun11 a 16Ago13
Cel Lindolpho Libânio Moreira Serra ........................................ 27Ago13 a17Mar15
Cel Joaquim Thomaz Santos e Silva Filho.........................03Nov15 a 21Jun16
Cel José da Veiga Cabral................................................................. 20Dez16 a05Dez17
Cel Cláudio da Rocha Lima...............................................................17Mar20 a30Jun21
Cel Silvestre Rocha ......................................................................... 10Dez21 a17Jun22
Cel Simeão Pereira Reis ................................................................... 04Mai23 a06Out27
Ten Cel José Tobias Coelho ............................................... 28Abr27 a 04Jun28
Cel Armando Duval Sérgio Ferreira09Jul28 a
.............................................................................................................. 01Ago28
Cel Oscar Lisboa de Souza ................................................. 06Jun29 a 22Abr30
Cel Alberto da Cunha Pitta11Fev31 a
............................................................................................................... 14Mai31
Cel Sebastião do Rego Barros ............................................ 14Jun32 a 08Abr33
Cel Gentil Falcão .................................................................26Mar35a 30Mar36
Cel Manoel Padron22Abr36 a
............................................................................................................... 02Jun36
Cel José Agostinho dos Santos........................................... 16Fev38a 28Dez38
Cel Alcio Souto .................................................................... 27Fev39 a 26Jul39
Cel José Nery Ewbanck da Câmara.................................... 17Abr40 a 02Jan42
Cel Jaime de Almeida.......................................................... 04Abr42 a 08Fev43
Cel Álvaro Ribeiro Saldanha ............................................... 15Fev43 a 14Jul44
Cel Oscar de Barros Falcão ............................................17Ago44 a 27Abr46
140
Cel Júlio Telles de Menezes............................................04Nov46 a 12Jun47
Cel Waldemar Levy Cardoso ...........................................17Jun48 a 19Mar49
Cel Nelson Gonçalves Etchegoyen ................................. 06Out49 a 06Dez49
Cel Isaac Nahon ..............................................................09Out53 a 16Jun54
Cel Argemiro Souto .........................................................09Set54 a 17Nov54
Ten Cel Celso Montes de Marsillac .................................24Fev55 a 30Abr56
Ten Cel Mércio Caldas ....................................................30Abr56 a 01Abr58
Cel Prudente de Castro Jobim ........................................01Abr58 a 22Nov58
Ten Cel José Tito do Canto .............................................23Fev59 a 15Out60
Cel José Anchieta Paz ....................................................01Fev61 a 31Ago61
Maj Alexandre M. C. Amêndola .......................................31Ago61 a 11Jan62
Cel Carlos Gonçalves Terra ............................................20Mai62 a 08Jan63
Cel Ruy de Paula Couto ..................................................28Mai63 a 12Mar64
Cel Gabriel d'Annunzio Agostini ......................................01Out64 a 07Jun66
Cel Mário de Souza Pinto ................................................01 Jul66 a 02Out68
Cel Paulo Emílio Souto ........................................................ 02Out68 a15Dez70
Ten Cel Helvécio da Silveira Leite ........................................ 05Fev71 a 03Fev73
Cel Cláudio Dubeux Collares M. Filho .................................01Mar73 a 18Jul75
Cel Jorge de Almeida Ribeiro .............................................. 18Jul75 a 21Jul77
Cel Paulo Henrique Lisboa .................................................. 22Jul77a 18Jan80
Cel Enir dos Santos Araújo .................................................. 19Jan80 a 26Jan82
Cel José Pedro de Melo .................................................. 26Jan1982a 27Jan84
Cel Ticiano Torres ................................................................ 27Jan84 a 28Jan86
Cel Benedito Lajoya Garcia ............................................. 28Jan1986a 29Jan88
Cel Januário Guarany G. Bravo ......................................30Jan88 a 30Jan90
Cel José Prudêncio Pinto de Sá ......................................30Jan90 a31 Jan92
Cel Valmor Falkenberg Boelhouwer ................................31Jan92 a 31Jan94
Cel Carlos Eugênio Kasper .............................................31 Jan94 a06Fev96
Cel Jorge Alberto Duardes Boabaid .................................... 06Fev96 a 27Jan98
Cel Emir Benedetti............................................................... 27Jan98 a 30Jan01
Cel Luiz Roberto Milanello ....................................................... 30Jan01 (atual).
Nota do organizador: O primeiro comandante, Major José Mariano de Matos,
resgatamos a sua vida e obra em O Exército farrapo e os seus chefes (Rio de
Janeiro:BIBLIEx,1992.v.1). Era carioca e cursara Artilharia na Escola Militar do
Largo do São Francisco. Participou da conspiração que resultou na Revolução
Farroupilha e depois República Rio Grandense, da qual foi Presidente interino,
Vice-presidente, Ministro do Exército e da Marinha. A ele se atribui a concepção do
Brasão farrapo, adotado pelo Rio Grande do Sul na Constituição de 1891, na qual
ele introduziu um canhão. Depois da Revolução, foi o Ajudante-General de Caxias
na Guerra contra Oribe e Rosas, 1851/52. Retornando ao Rio foi Ministro da Guerra
do Império em 1864, tendo antes comandado a Fábrica de Pólvora da Estrela.
Aderiu à Revolução Farroupilha, como a maior parte da oficialidade do Exército no
Rio Grande do Sul, como revolta aos líderes que assumiram o governo depois de 7
de Abril de 1831. Então o Exército apoiou a Abdicação para salvar a Monarquia. Em
seguida, os vencedores iniciaram uma campanha de erradicação do Exército sem
precedentes, reduzindo as 4 unidades de Cavalaria a efetivos de esquadrão e
confinando a Infantaria em São Borja e a Artilharia em Rio Pardo. A Revolução
141
Farroupilha foi levada a efeito pela Guarnição do Exército do Rio Grande, aliado à
sua Guarda Nacional e com apoio dos fazendeiros e charqueadores. Esta é a
realidade que tem sido camuflada. Constatar é obra de simples verificação e
raciocínio. E dentro desta manobra erradicadora do Exército é que foi excluído do
Exército o Ten Emílio Luiz Mallet, herói do Passo do Rosário e que cursara a nossa
Escola Militar e que não tinha sido ferido em ação. Os trabalhos sobre a Revolução
Farroupilha tem omitido a participação do valoroso primeiro comandante do
Regimento Mallet.
Quando cursamos a ECEME, 1967/69, participando de um velório de um
companheiro no Cemitério do Cajú, olhando através de uma janela, deparamos
num jazigo o nome Mallet. E fomos até lá e constatamos ser o túmulo do Patrono da
Artilharia. Quando integramos a Comissão de História do Exército do EME e neste
cargo, como seu chefe, o Gen Ex Breno Borges Fortes, este passou à Comissão a
tarefa de localizar o corpo do patrono da Artilharia, um retrato e a biografia do
Marechal João Nepomuceno Medeiros Mallet, filho do patrono e que havia, como
Ministro do Exército, criado o Estado-Maior do Exército. Pretendia o General Breno,
cujo pai, o General João Borges Fortes fora integrante e o primeiro historiador do
Regimento Mallet na obra História do Regimento Mallet (Rio de Janeiro:lmprensa
do Exército,1932), que o retrato do Marechal Medeiros Mallet fosse entronizado em
seu Gabinete. Quanto à localização do lugar onde se encontrava sepultado o
patrono da Artilharia respondí de pronto. E dados biográficos e foto do Marechal
Medeiros Mallet conseguimos com seu biógrafo, o historiador P.J. Mallet Joubim.
Há pouco o Marechal João Nepomuceno Medeiros Mallet foi biografado pelo
acadêmico Osório Santana Figueiredo em seu livro Terra dos Marechais. Santa
Maria: Pallotti, 2001.
6- Bateria de Artilharia Anti-Aérea
Santa Maria - RS
Comandantes da 6-BiaAAAé
Cap José Eduardo Rezende Bastos ............................. 01 Jan79 a 01 Jun80;
19Ten Gileno Antônio Ferreira Silva ................................ 09Jun80 a 07Jan81;
Cap Sérgio Luiz Vaz da Silva .......................................... 07Jan81 a30Jun81;
Cap Rubens Vieira Melo .................................................. 30Jun81 a14Jan82;
Cap Lencarte Lopes......................................................... 14Jan82 a10Fev82;
Cap Celso do Ó da Silva..................................................10Fev82 a25Jan86;
9
1 Ten Renato Nascimento ............................................... 25Jan86 a 29Jul86;
Cap Alberto Madeira da Silva ........................................... 29Jul86 a 20Jan88;
1-Ten Laurisnor Rochester Barros dos Santos............. 20Jan88 a 18Abr88;
Cap Carlos Alberto Contieri ......................................... 18Abr88 a 22Jan91;
Maj Antônio Carlos Efren .............................................. 22Jan91 a 28Jan93;
Cap Vaner Luiz Ferraz Bettanzo...................................... 28Jan93 a 25Jan95;
Maj Adalberto Corrêa de Almeida .................................... 25Jan95 a 27Jan97;
Maj Denilson Peres Tosta ............................................. 27Jan97 a 11 Jan99;
Maj Ademir Gomes Nunes ............................................ 11 Jan99 a 09Jan01;
143
Cap Alexandre de Almeida Porto......................................... 09Jan01 (atual).
144
Ordinário da unidade.
A criação da 6-CiaECmbBld veio suprir as necessidades da 6a Bda nos
aspectos de mobilidade, contramobilidade e proteção, representando assim um
fator multiplicador do poder de combate.
O engenheiro de combate é o militar que constrói, repara, melhora e conserva
estradas. Constrói, reforça ou destrói, pontes. Reconhece o terreno. Executa
trabalhos de fortificação de campanha e de camuflagem. Lança obstáculos, minas e
armadilhas. Constrói instalações provisórias. Enfim, ele é sobretudo um
combatente que, ombro a ombro com os seus companheiros, serve à sua Pátria.
A 6- Cia E Cmb Bld comemora seu aniversário a 19Dez, data da criação, em
1985, do Núcleo, elemento precursor da Cia.
Comandantes da 6a Cia E Cmb Bld
Maj Tarquínio Marcondes de França ............................. 05Mar89 a 10Jan92;
Maj Erasmo de Oliveira Melo ......................................... 10Jan92 a 24Jan95;
Maj Carlos Eduardo Kroeff Piá ......................................... 24Jan95 a 23Jan98;
Ten Cel Eduardo Leitão Crisóstomo ................................. 23Jan98 a 10Jan01;
Maj Eduardo Santos Barroso ................................................. 10Jan01 (atual).
3a Companhia de Comunicações Blindada
Santa Maria - RS
145
cearense.
Em 24Set49 a 3êCiaTrans foi desligada da 10§RM e embarcada, via marítima,
para o Rio Grande do Sul, chegando e desembarcando no Porto de Rio Grande a
12Out. Nesta altura, a Cia já tinha designada sua sede definitiva, a guarnição de
Cachoeira do Sul. Assim, seguiu por via ferroviária de Rio Grande para Pelotas,
onde permaneceu até 14Abr51, quando então seguiu, também por ferrovia, para
Cachoeira do Sul.
Na sua guarnição de destino, a Cia Trans permaneceu inicialmente acantonada
em dependências cedidas pelo 39Batalhão de Engenharia de Combate (39BECmb).
Em 15Abr53, pela Port Nr 58, de 31 Jan do mesmo ano, publicada no Diário
Oficial Nr 28, de 03Fev, a Cia Trans cumpriu a determinação de alterar o nome
"Transmissões" para "Comunicações", passando a chamar-se 3a Companhia de
Comunicações (3§CiaCom).
Tendo recebido seu quartel - um picadeiro adaptado - a 39Cia Com ali
permaneceu até 08Jan70, quando, por determinação do Dec Nr 64.948, de
06Ago69, teve sua sede transferida para Santa Maria, onde ocupou instalações
com amplas áreas para a instrução e prática de esportes. Este aquartelamento
ficava situado no Bairro Perpétuo Socorro.
Em 1986, sua denominação foi novamente alterada, desta vez para 3-
Companhia de Comunicações Blindada, de acordo com a Port Min Nr 20- Res, de
02Jul86, conseqüência da subordinação a uma GU com essa característica, a
6-Brigada de Infantaria Blindada (6-BdalnfBld). Em 31Jul89 a Cia passou a ocupar
as instalações a ela destinadas, no interior do QG da 6-BdalnfBld.
Apesar das mudanças de sede a unidade sempre cumpriu fielmente suas
missões específicas: instalar, explorar e manter os sistemas de Comunicações
necessários ao Escalão Superior. Dentro de suas atribuições, com a aquisição do
Sistema Tático de Comunicações (SISTAC/3-DE) pelo 19 Batalhão de
Comunicações Divisionário, a 3- Cia Com Bld realizou, em 1999/2000, exercícios
técnicos e táticos, buscando a integração de seus meios com aquele Sistema,
tendo obtido resultado em proporcionar maior facilidade na obtenção e na
manutenção das ligações da 6ê Bda Inf Bld com o Escalão Superior.
A 39 Cia Com Bld comemora seu aniversário a 12 de maio, data da criação, em
1944, da sua antecessora, a 10ê Companhia de Transmissões.
146
Cap Carlos Pereira Gil ....................................................................... 19Fev75 a26Abr78;
Maj OEM Octávio Pinheiro Lima ........................................................ 26Abr78 a20Jan81;
Ten Cel Jair dos Santos Nogueira ..................................................... 20Jan81 a29Jan83;
Maj Elias Brawermann ....................................................................... 29Jan83 a17Jan85;
Maj Emílio Joaquim de Oliveira Júnior ............................................... 17Jan85 a18Jan89;
Maj Euler Basso Mattos ..................................................................... 18Jan89 a21Jan91;
Maj Luiz Roberto de Miranda ............................................ 21 Jan91 a 28Jan93;
Cap Jorge Luiz da Silva ..................................................................... 28Jan93 a26Jan95;
Cap Carlos Alberto Dahmer ............................................................... 26Jan95 a15Jan97;
Maj Paulo Roberto Leal ...................................................................... 15Jan97 a07Jan00;
Maj José Elias Ribeiro Júnior ............................................................. 07Jan00 a30Jan02;
Maj José Lopes Macedo ....................................................... 30Jan02 (atual).
Obs. Nos períodos vagos entre um Cmt e o seguinte, o comando da OM foi
exercido por comandantes interinos.
147
que não necessitavam recorrer a empréstimo. E tudo funcionou a contento, sem
envolver recursos da Unidade. E eu inclusive, fui beneficiado, por ocasião do
nascimento de meu 39 filho, para cobrir despesas que superaram de muito os
vencimentos. Foi uma época dificílima, em especial para os que possuíam famílias
grandes. E era difícil conseguir-se empréstimos em bancos. Só a Caixa Econômica
emprestava aos militares. Foi por esta época que surgiu o Banco Duque de Caxias,
que me emprestou uma quantia boa para desconto e ai comecei a virar o jogo da
manutenção de uma poupança.
49 Batalhão Logístico
Santa Maria - RS
148
Democrática de 31 de março de 1964, ao lado e em defesa da Democracia.
Em 28Set67 sua denominação foi alterada para 3113 Companhia de Apoio de
Material Bélico (3113CiaApMB), pelo Dec Nr 61.977, daquela data.
A transformação e conseqüente mudança de denominação para 49 Batalhão
Logístico foi efetivada em 01 Jan72, pela Port Min Reservada Nr 040, de 22Dez71.
A partir daquela data o 49BLog deixou de ser diretamente subordinado à 3-
Divisão de Infantaria (39 Dl) e à 39 Região Militar (3ê RM), passando a integrar a
atual 69 Brigada de Infantaria Blindada (6- Bda Inf Bld).
Por mais de 28 anos consecutivos o atual 49 B Log prestou apoio de Material
Bélico às antigas 3- Dl, 2- Divisão de Cavalaria (2- DC) e à Infantaria Divisionária da
3- DE (1D/3), tomando parte ativa em quase todos o exercícios com tropa
realizados na área.
Em 26Jan78 o 49 BLog passou novamente a ser subordinado à 3ê DE, situação
que só foi alterada 11 anos mais tarde, em 03Fev87, quando voltou a integrar a
6-BdalnfBld.
Atualmente, o 49BLog presta apoio logístico às unidades da 6- BdalnfBld, 3<3DE
e 3-RM, sediadas em Santa Maria, Itaára, Cruza Alta, Cachoeira do Sul e Ijuí.
O 49BLog vem se destacando no desenvolvimento do Projeto da Qualidade
Total, implementado em Dez99, tendo já recebido um Troféu do Programa Gaúcho
de Qualidade e Produtividade (PGQP), por ter obtido mais de 100(cem) pontos no
Ciclo de Avaliação 2000, tendo sido o primeiro BLog a receber tal prêmio.
O atual comando da OM vem trabalhando no sentido de obter a concessão de
uma Denominação Histórica para a unidade, levando em conta seu pioneirismo na
manutenção de blindados, já que foi o primeiro no CC M60, no AP M109 e também
na Bateria de Lançadores Múltiplos de Foguetes (BiaLMF).
O 4° BLog comemora seu aniversário a 09Set, data da criação do Núcleo da 4-
Companhia Especial de Manutenção, em 1944.
Comandantes do 49 B Log
Cap Tarcísio Woolf de Oliveira......................................... 23Jan52 a 14Fev53;
Cap Brumel Couto ............................................................ 05Mai53 a 23Abr55;
Cap Aurélio Gonçalves..................................................... 23Abr55 a 02Mar57;
Cap Jairo Goes Lobo Viana ............................................ 02Mar57 a 07Fev61;
Cap Gabriel Coelho de Castro .........................................07Fev61 a 03Jan68;
Maj Geraldo Barreto Bragança......................................... 03Jan68 a14Set74;
Cel Ermar Rocha de Cunto ............................................. 14Set74 a13Jan77;
Cel Heitor Augusto Borges Filho ...................................... 13Jan77 a24Jan79;
Ten Cel Jaime Irajá Pereira.............................................. 24Jan79 a 29Jan81;
Cel Euclides da Silva Chignall.......................................... 29Jan81 a31Jan83;
Cel Simon Fernandes Sampedro ..................................... 31Jan83 a01Fev85;
Cel Pedro Silva do Nascimento........................................01Fev85 a03Fev87;
Cel José Marleno Albiero ............................................... 03Fev87 a 10Fev89
Cel Cícero Carlos Gomes da Silva .......................... 10Fev89 a23Jan92;
Cel João Carlos Sarmento da Silva ................................. 23Jan92 a 29Jan96;
Cel Alciomar Luiz Miolo .................................................. 29Jan96 a 01 Fev99;
149
Cel José Geraldo Soares Durães........................... 01 Fev99 a 29JanO1;
Ten Cel Robson Novaes Huren ............................................ 29JanO1 (atual).
ANEXO A
150
Município de São Martinho, publicada em 1958, também registrei 31 de outubro de
1776. Seja como for, não foi a 31 de dezembro a tomada do forte de São Martinho,
simples tranqueira ou trincheira, da qual existe um croquis na correspondência do
Brigadeiro João Henrique de Bõhm, recolhida à Biblioteca Nacional, no Rio de
Janeiro, e enumerado como entrincheiramento, com o nome de Santa Maria, não
sei por qual razão, pelo Cel Aníbal Barreto (Fortificações do Brasil, Biblioteca do
Exército, vol. 250-251, Rio de Janeiro, 1958, p. 29 ). Tenho procurado, em vão,
encontrar vestígios da Trincheira de São Martinho, como é chamada no esboço da
citada correspondência de Bóhm. No Arquivo Nacional também existe um esboço
da mesma fortificação, que é chamada de trincheira. Quanto ao ano, é ponto
discutível.
É de lamentar-se que o Ten Cel Bueno não tenha citado a fonte bibliográfica em
que colheu as informações para o seu excelente trabalho, ressalvado o reparo aqui
feito, para o interessante cotejo de informes.
Aproveito a oportunidade para o reparo ao artigo de Atalíbio de Oliveira
aparecido em A Razão, aludindo às comemorações preparadas para 1976, por
motivo do transcurso do bicentenário de fundação de São Martinho. Deve haver
outro engano, porque, se houve assalto e arrasamento da Trincheira de São
Martinho em 31 de outubro de 1775 ou 1776, é sinal da existência de um
povoamento, militar ou civil. Não se pode comemorar a fundação daquilo que está
sendo destruído. Não se conhece a data exata de São Martinho, mas é bem
anterior a 1776, quando se chamava Guarda Espanhola de São Martinho do Monte
Grande. E, por falar em monte, a que também alude o Ten Cel Bueno, essa palavra
designa, em espanhol, "grande elevación natural de terreno" e "tierra inculta
cubierta de árbores, arbustos e matas" (cf. Diccionario Manual e Ilustrado da Ia
Lengua Espanhola, Espasa-Calpe S. A. Madrid, 1950, verbete "monte "). Está certo
Santa Maria da Boca do Monte.
Ass:Prof. Romeu Beltrão, Santa Maria - RS
151
trabalho.
Resposta: Não tem sido usual esta prática em artigos de jornais. Há uma
restrição natural, por questão de espaço ou interesse muito restrito na bibliografia.
Uso o processo em livros, artigos revistas especializadas e quando relevante,
em jornais. O meu artigo apoiou-se, entre outros, nos seguintes autores e obras,
cuja precisão, credibilidade, é reconhecida pela historiografia rio-grandense, a qual
tem enriquecido, renovado e a colocado em termos científicos, muito do que foi
transmitido pela tradição oral: CRUZ, Alcides, Vida de Rafael Pinto Bandeira. Porto
Alegre, 1906, p.64(obra em que, em momento inspirado, o Conselho Estadual
decidiu reeditar como parte dos festejos do Bicentenário da Conquista do Rio
Grande do Sul, e sob a coordenação do ilustre, profundo e preciso historiador
Guilhermino César). MONTEIRO, Jonathas da Costa Rego, coronel. A dominação
espanhola do RGS. Revista Militar Brasileira, 1935, ngs 1 a 4, p. 218,223. (Obra
esgotada e rara, que talvez mereça uma reedição, como parte dos festejos do
Bicentenário).
Este autor, creio, tenha sido o mais preciso e profundo pesquisador da
Dominação Espanhola do RGS(1763-76). Guilhermino César recorreu bastante a
esse autor, para escrever o período considerado de sua excelente História do RGS.
3 - Refere existir dúvidas se a conquista de São Martinho foi em 1775 ou 76.
Resposta: Creio que não deixem dúvidas estudos realizados por Alcides Cruz,
Rego Monteiro, Guilhermino César e pela comissão de História do Exército, que
coordenou a obra História do Exército Brasileiro,1972,3v.(v1, p269-270).
Aceitar 1776, será admitir que foi a última operação militar a libertar o RGS,
antes de Santa Tecla e da Vila de Rio Grande em março-abril de 1776. Não
alimento esta dúvida. Procurei elucidar o ano, no estudo para elaboração de minha
obra: O Gaúcho Fundador da Imprensa Brasileira (Premiada pela Assembléia
Legislativa do RGS e ARI) ao estudar a participação do pai de Hipólito da Costa na
conquista de S. Martinho.
Em meus trabalhos mais recentes, Estrangeiros e descendentes na História
Militar do RGS e O Negro na sociedade do RGS, ambos premiados no Biênio da
Colonização e Imigração, procurei novamente conferir o ano, e ela incide em 75,
conforme meu artigo.
Se o professor Romeu Beltrão possuir dado novo a justificar por que adotou
1776 em sua Cronologia de Santa Maria e São Martinho, seria interessante assunto
a debater e a esclarecer. Seria, se provado, uma reviravolta no que se tem como
certo, além de oportuno no transcurso do Bicentenário da Restauração do RGS.
4 - Refere-se com apoio em dicionário espanhol, que o Monte que compõe
Santa Maria da Boca do Monte, tem o sentido de elevação e não o de mata,
conforme o meu artigo, com o apoio em Rego Monteiro, op cit. p.318:
"E a este pretexto a aproximação das guardas espanholas, consideradas
ameaçadoras à segurança do Rio Pardo. E entre essas destaca-se S. Martinho do
Monte Grande, denominação espanhola que erradamente vem até hoje, quando
deveria ser do Mato Grande."
Resposta: Monte em espanhol designava Mato e não nosso Monte, Português.
152
Nunca ouvi expressão referente à boca de um monte e sim o contrário, para
designar a entrada de uma picada, como no caso, aberta em 1756 pelos exércitos
demarcadores de Espanha e Portugal, para acesso às missões rebeladas.O
dicionário a que o professor Beltrão alude, segundo entendi de sua carta, empresta
também o significado do monte, a mata. "Terra inculta, coberta de árvores, arbustos
e matas ".
Rego Monteiro, com o apoio no Compêndio Noticioso de Róscio, fundador de
Santa Maria e que esteve na região por largo tempo, informa que o local era
conhecido pelos índios como: CAÁ-GUASSU-ROQUE (entrada do mato grande),
CAÁ-RO-QUE(porteira do mato) e CAÁ-GUASSU(mato grande). A última, referida
em 1775 pelo Marechal Funck em seu roteiro de viagem, que exploro em meu
trabalho Estrangeiros e Descendentes... citado, bem como a biografia de Róscio.
CAÁ-GUASSU permitiu-me entender a etimologia do meu município natal-
Canguçu, nome originalmente da Real Feitoria do Linho-cânhamo do Rincão do
Cangussu (1783-89) em Canguçú-Velho, região originalmente coberta de
abundante mata, avistada das planícies de Pelotas e Rio Grande. Nessa região de
Canguçu, Rafael Pinto Bandeira teve suas bases de guerrilhas. Na época era
designada genericamente de Encruzilhada do Duro e confundida por Rego
Monteiro como sendo a atual cidade de Encruzilhada, na época Guardas de
Encruzilhada. Portanto, dois locais distintos, um ao sul e outro ao norte do rio
Camaquã, o que vem mudar fundamentalmente o entendimento do papel das
guerrilhas baseadas nas serras dos Tapes e Herval, com funções militares distintas
(Ver O Negro na Sociedade do RGS, citado).
5 - Refere-se como designação mais apropriada para São Martinho: "simples
trincheira ou tranqueira "e não forte, como aludi.
Resposta: Rego Monteiro, op cit. entre p.218-219, reproduz planta a que o prof.
Beltrão aludiu, sob o título Demonstração do Forte Espanhol ou Trincheira de S.
Martinho. Por seu valor estratégico e defensivo, forma quadrangular, caráter
permanente e defesa por 66 armas de fogo (das quais 6 pequenos canhões) e
efetivos em presença, preferi a designação de forte, constante da planta. Está certo
o professor Beltrão ao discordar de outro autor, afirmando que a data de fundação
de S. Martinho é conhecida. Na região houve pelo menos dois pontos fortes
espanhóis no contexto da Denominação Espanhola no RGS.
Em 01 de janeiro de 1763, Dragões do Rio Pardo e tropas paulistas, recém
chegadas ao Rio Grande, arrasaram um fortim em Monte Grande, atrás do qual se
escudaram tropas provenientes das Missões, para um ataque ao Rio Pardo.
Em 02 de janeiro de 1774, próximo ao arroio Santa Bárbara, afluente do
Vacacaí Grande, Pinto Bandeira surpreendeu e destroçou forte contingente inimigo,
proveniente das Missões, para junção com Vertiz y Salcedo para conquistar todo
Rio Grande.
Em 1801, S. Martinho foi a base de partida de Gabriel Ribeiro, Borges do Canto
e seus bravos companheiros, para conquista e incorporação definitiva das Missões
ao Rio Grande e ao Brasil.
Acreditando haver prestado esclarecimentos ao professor Beltrão, aos reparos
153
que fez a meu artigo, agradeço-lhe haver adjetivado meu modesto trabalho, de
excelente, o que me estimula a prosseguir no meu trabalho de evocação e
reconhecimento aos que ajudaram, no passado, a definir a base física do Rio
Grande e construir a riqueza moral e as tradições de seu povo. Apreciaria, através
de correspondência pessoal, trocar informações com o prof. Beltrão. Aproveito para
agradecer também ao Correio do Povo, como ao professor Beltrão, a oportunidade
dessa intervenção.
Finalmente convoco o prof. Beltrão para que junte seus esforços em Santa
Maria, ao de pesquisadores do IHGB, IHGMB.IHGRGS, Conselho Estadual de
Cultura, Fundação Taborda de Bagé, Biblioteca Rio Grandense, autoridades e
jornalistas, na campanha junto ao povo e governo do RGS, no sentido de
comemorarem, condignamente e com amplitude nacional, a efeméride da
Reconquista do RGS pelo imenso significado geopolítico que ela encerra na
definição pelas armas, do destino brasileiro do RGS, episódio no qual os rio -
grandenses pagaram o maior tributo em sangue e vidas preciosas para, segundo o
saudoso Érico Veríssimo, serem brasileiros por opção. Assim, creio estaremos
cumprindo nosso sagrado dever cívico como historiadores. O resto será esperar
que cada um cumpra o seu!
Ass: Cláudio Moreira Bento
Anexo B
Ex-combatentes da FEB egressos de OM da 6- Bda Inf Bld
154
De outras localidades: Adelino Ferreira da Silva, Formigueiro, RS - Alcides
Basso, Florianópolis, SC - Arlindo da Silva, Canabarro, RS - Dorvalino Moreira
Pedroso, Júlio de Castilhos, RS - Ismael Rosa da Silva, São Sepé, RS - Merico
Xavier Paim, Porto Alegre, RS - Ineraltino Flores dos Santos, Tupanciretã, RS -
Taltíbio de Mello Custódio, Júlio de Castilhos, RS - Virgilino de Assis Soares,
Goiânia, GO - João Francisco Pinto e Arlindo Feldem.
Anexo C
Oficiais do Comando da 62 Bda Inf Bld e funções
Gen LUIZ ALFREDO REIS JEFFE Cmt
Bda
Cel CLAITON DE OLIVEIRA CAON Ch EM
Ten Cel JOSÉ FREIRE LIMA Aj G
Ten Cel HAROLDO DA COSTA GUIMARÃES E1
Maj EDMIR RODRIGUES BEZERRA E3
Ten Cel AGILDO MEDEIROS DE OLIVEIRA E4
Maj HENRIQUE DE JESUS P. BATISTA Adj E3
Maj ÂNGELO GIUSEPP A. DA COSTA E2/Of Com Soc
12 Ten ALTAIR ARAÚJO SCHIAFINO Almox
19 Ten RODRIGO MACHADO GELAIN Aprov
19Ten GUILHERME KEESE DIOGO CAMPOS Tes
29 Ten JOSÉ NEWTON MACHADO DA SILVA Of EMP Cmt
29 Ten MAGNO JÚNIOR MACHRY Of Dent
29 Ten FLÁVIO COSTA MARTELLET Ch SPPes
29 Ten PRIMÁRIO MANCILHAS RODRIGUES Of Mob
29 Ten BRUNO FAGUNDES PIETRO Of Med
29 Ten ROBERTO JUSCELINO RUY Aux Of Com Soc
Anexo D
155
29 Sargentos:AGOSTINHO TERRAS DE SOUZA, JOSÉ ROBERTO MENDES
VILLIS, GERVANI LUIS SACHETT, ANDRÉ ANTONIO AMBRÓS, BERANDO
ROSSI MARTINS, JEAN FREITAS QUADROS, GIOVANI WOUTERS, CARLOS
ENRIQUE ANDRADE, JOÃO MARCELO DOS SANTOS, PAULO JOCELITO
MONTEIRO, LEOMAR JILIANI, CARLOS ALBERTO FREITAS FERRAS, SÉRGIO
LUIZ VALCANOVER, PAULO SECRETTI.
39 Sargentos: LEONEL CERVELIN, EVALDO GALVÃO MENDONÇA, UILSON
DOS SANTOS MACHADO.
Cabos: JOSÉ CARLOS SANTOS OLIVEIRA, CLÁUDIO ALBERTO VARGAS
PRANKE, ALFREDO DOS SANTOS COSTAS, DANIEL VARGAS PENTEADO,
EVANDRO CARLOS DA SILVA, ADÃO CARLOS LOPES, ISMAEL RODRIGUES
JAROCHEWSKI.
Taifeiros: GLADEMIR C. AIRES MOTTA, ELTON SCHERER KOPP, CÉSAR
FRENZEN, ROMILDO ANTONIO DAL MOLIN.
Soldados: ANTÔNIO CÉSAR MENDES RODRIGUES, JOÃO ALÍPIO DE
SOUZA VEIGA, SANDRO ROBERTO PEREZ, ANDRÉ LUIZ SARTURI, FABRÍCIO
SIQUEIRA DE CHRISTO, JOÃO LUIZ DA SILVA XAVIER, FÁBIO CARVALHO
PORTO ALEGRE, MARCOS CESAR POZZOBON, JOSÉ FELIPE BRAGA DOS
SANTOS, DOUGLAS QUEVEDO PADILHA, ALESSANDRO STRASSBURGER,
HELVIO SACCOL PETERS, LEANDRO MENDONÇA, VAGNER DE ARRUDA
ILHA, ALEXANDRE MARTINS SILVA, ADEMIR STOFFEL JUNIOR, ADRION
CAMARGO NAGERA, DIOGO PAYNES VARGAS, JANUÁRIO NETO
RODRIGUES DORNELES, JOSÉ JOCELI GONÇALVES DOS SANTOS, LAURO
BARBOSA ALVES, NEIMAR BOLZAN.
156
Anexo E
Praças e Funcionários Civis não pertencentes à Cia Cmdo da
63 Bda Inf Bld que trabalham no QG
157
Anexo F
Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
158
combateram na Força Expedicionária Brasileira (FEB). A Academia participou, de
23 a 25 de setembro de 1997, na Câmara Federal, de Seminário Comemorativo da
Guerra de Canudos e, em 25 de setembro, na Globo News, sobre o mesmo tema,
defendendo a participação das Forças Terrestres no trágico espisódio que, via de
regra, vinha sendo deturpada, quando, em realidade, a responsabilidade moral e
política foi da Sociedade Civil da época, que ordenou a destruição de Canudos. A
Academia possui como órgão de divulgação o jornal O GUARARAPES, que é
dirigido a especialistas no assunto e a autoridades com responsabilidade de
Estado, pelo desenvolvimento deste assunto, de importância estratégica, por
gerador da perspectiva e identidade históricas das Forças Terrestres do Brasil. E,
principalmente, pelo desenvolvimento de suas doutrinas militares. Divulgação que
potencializa através de sua Home page - http://
www.resenet.com.br/users/ahimtb-apioneira entre as entidades do gênero no
Brasil, já com mais de 5.500 visitas e onde implantou diversos livros, entre os quais
As batalhas dos Guararapes, relacionado com o Dia do Exército e Caxias e a
Unidade Nacional, relacionado com o Dia do Soldado. Irá procurar, de futuro,
explorar mais este meio de comunicação. A Academia desenvolve seu trabalho em
duas dimensões: a 1a, a clássica, como instrumento de aprendizagem em Arte
Militar, com vistas ao melhor desempenho constitucional das Forças Terrestres,
com apoio em suas experiências passadas. A 2ã, com vistas a isolar os
mecanismos geradores de confrontos bélicos externos e internos, para que
colocados à disposição das lideranças civis, estas evitem futuros confrontos
bélicos, com todo o seu rosário de graves conseqüências para a Sociedade Civil
Brasileira. A Academia dá especial atenção à Juventude masculina e feminina que
estuda no sistema de ensino das Forças Terrestres Brasileiras, com vistas a
promover o encontro da mesma com as velhas gerações e com as atuais, de
historiadores militares terrestres e soldados terrestres, além de tentar despertar no
turbilhão da hora presente, já no insondável 39 milênio, novas gerações de
historiadores militares terrestres, especialidade hoje em vias de extinção, por falta
de apoio e sobretudo estímulo editorial. Constatar é obra de simples raciocínio e
verificação! É assunto que merece, salvo melhor juízo, séria reflexão de parte de
lideranças das Forças Terrestres, com responsabilidade funcional de desenvolver
a identidade e a perspectiva históricas das mesmas e, além, as suas doutrinas
militares expressivamente nacionalizadas, calcadas na criatividade de seus
quadros e em suas experiências históricas bem sucedidas, o que se impõe a uma
grande nacão, potência ou grande potência do 3Q milênio. No desempenho de sua
proposta ela vem realizando sessões junto à juventude militar terrestre brasileira, a
par de posses de novos acadêmicos do Exército, Fuzileiros Navais, Infantaria da
Aeronáutica e Polícias Militares, os quais vem progressivamente mobilizando e
integrando em sua cruzada cultural, centralizando subsídios em seu Centro de
Informações de História Militar Terrestre do Brasil em Resende, junto à AMAN.
Outra finalidade da Academia é enfatizar, para os jovens com os quais
contata, a importância da História do Brasil e a de sua subdivisão - A História Militar
Terrestre do Brasil. A primeira como a mãe da identidade e perspectiva históricas
do Brasil
I
159
e a segunda como mãe da identidade e perspectivas históricas das forças
terrestres brasileiras no contexto das do Brasil, como em todas as grandes nações,
potências e grandes potências mundiais. Isto por ser subsidiária de soluções
táticas, logísticas e estratégicas militares brasileiras, que, nos últimos 500 anos,
foram responsáveis, em grande parte, pelo delineamento, conquista, definição e
manutenção de um Brasil de dimensões continentais. Soluções capazes de
contribuir para o desenvolvimento da doutrina militar terrestre brasileira, com
progressivos índices de nacionalização, como a sonharam o Duque de Caxias e os
marechais Floriano Peixoto e Humberto de Alencar Castello Branco.
Complementarmente, procura a Academia apontar aos jovens, seu público
alvo, os homens e instituições que lutam patrioticamente, a maioria das vezes sem
nenhum apoio, para manter acesas e vivas as chamas dos estudos de História do
Brasil e seus desdobramentos, com apoio na análise racional e não passional de
fontes históricas, íntegras, autênticas e fidedignas, que com grandes esforços
garimpam, ao invés das manipulações históricas predominantes entre nós, feitas
por historicidas, e fruto das mais variadas paixões, fantasias e interesses, o que
Rui Barbosa já denunciava em seu tempo. Confirmar é obra de simples verificação
e raciocínio. E, se os jovens disto se convencerem e exercerem o seu espírito
crítico, será meia batalha ganha.
A Academia vem atuando em escala nacional, com representantes em todo o
Brasil, em suas várias categorias de sócios, e já possui em Brasília, funcionando
junto ao Colégio Militar, a sua Delegacia Marechal José Pessoa. Instalou, no
Colégio Militar de Porto Alegre, a Delegacia General Rinaldo Pereira da Câmara,
cujo Delegado é o historiador Cel Luiz Emani Caminha Giorgis, co-autor das
Histórias da 8a Bda Inf Mtz e da 3- Bda C Mec, que já foram lançadas, e agora, da
6- Bda Inf Bld. Em Fortaleza, em seu Colégio Militar, a Delegacia Cel José Aurélio
Câmara. No Rio de Janeiro, no IME, a Delegacia Marechal João Batista de Matos.
E, experimentalmente, a Delegacia Cel Pedro Dias de Campos, voltada para a
História da PMSP, ao abrigo da Associação de Oficiais da Reserva da Policia
Militar de São Paulo, e mais a Delegacia Gen Luiz Carlos Pereira Tourinho, em
Curitiba. Em Pelotas, passou a contar a partir de Jun2001, como Colaboradora
Emérita, a 8a Bda Inf Mtz-Brigada Manoel Marques de Souza 19 e correspondentes
o Major Ângelo Pires Moreira e D.Heloísa Assumpção do Nascimento e ainda,
como sócio colaborador, Jonas Plínio do Nascimento, que representa sua mãe, a
1a sócia feminina admitida e empossada na Academia.
Em 01 de março deste ano a AHIMTB comemorou o seu 69 aniversário em
Sessão Solene na Fundação Osório, Rio de Janeiro, a qual contou com a presença
de diversas autoridades, tendo sido empossados os novos acadêmicos juniores
Henrique Vasconcellos Cruz e Luiz Felipe Resende de Ávila e correspondentes o
Comandante Guilherme Canellas e o 29Sgt Nelson Soares, tendo ainda
apresentado o relatório de suas atividades no período.
160
Anexo G
Acadêmico Emérito Cel Cláudio Moreira Bento (Currículo)
I
161
Barroso.
Foi instrutor de História Militar na AMAN/1978-80 onde, com apoio do Estado
-Maior do Exército(EME) editou o manual Como Estudar e pesquisar a História do
Exército Brasileiro, que, desde 1978 vem sendo adotado na AMAN e ECEME,
particularmente no tocante à metodologia de pesquisa histórica. Coordenou então
a edição dos livros textos História da Doutrina Militar e História Militar do Brasil,
com apoio em recursos do EME e desde então livros textos na Academia Militar
das Agulhas Negras(há 20 anos ).
Coordenou o projeto, a construção e inauguração do Parque Histórico
Nacional dos Guararapes, inaugurado em 19Abr1971, ocasião em que foram
lançadas suas obras A Grande Festa dos Lanceiros (relacionando o Parque
Histórico Mal Osório, inaugurado, e o Parque Guararapes) e As batalhas dos
Guararapes- descrição e análise militar, sobre a qual se manifestaram,
elogiosamente, por escrito, Pedro Calmon, Câmara Cascudo, Gilberto Freyre,
José Américo de Almeida, Mauro Mota, Nilo Pereira, Leduar Assis Rocha, etc. e os
historiadores militares generais Aurélio Lyra Tavares, Antônio Souza Júnior, Carlos
de Meira Mattos, Coronel Ruas Santos, entre outros. Trabalho no qual foram
baseados a Maqueta e mapas explicativos das batalhas, constantes de Sala sob o
Mirante dos Guararapes, inaugurada em 20 de abril de 1998, pelo Exmo. Sr.
Ministro do Exército Zenildo de Lucena, conforme consta dos referidos mapas e foi
anunciado pelo mestre de cerimônias na inauguração do Mirante. Participou em
14-15 abril do lg Simpósio Guararapes, onde abordou, na SUDENE, o tema As
Batalhas dos Guararapes, e foi distinguido pelo Comando Militar do Nordeste para
ali hastear a bandeira nacional em homenagem a seu pioneirismo, há 29 anos, na
idéia do 19 Parque Histórico Nacional, hoje concretizado, e lançamento de seu livro
sobre as batalhas, o qual ajudou a que a data da 1 a Batalha dos Guararapes, em
19Abril1648, fosse considerada, por decreto presidencial, o Dia do Exército, que ali
despertou seu espírito, junto com o de nação brasileira. Foi coordenador científico,
em 1971, do Projeto Rondon dos Guararapes, que contou com a participação de 5
cadetes da AMAN, alunos e alunas universitárias de Ciências Humanas vindos de
diversos locais do Brasil, para pesquisarem a Insurreição Pernambucana, com
vistas à construção do Parque Histórico Nacional dos Guararapes citado, do que
resultou o livro por eles escrito O Projeto Rondon nos Guararapes, que foi editado
pela SUDENE, com apoio de seu Superintendente, o então Gen Bda Tácito
Theóphilo Gaspar de Oliveira. Os estudantes retornaram na inauguração do
Parque, em 19 de abril de 1971, trazendo as bandeiras de seus estados, que
hastearam no Morro do Telégrafo, a do Brasil e a de Portugal, hasteadas
respectivamente por um cadete da AMAN e um cadete de Engenharia de Portugal.
Experiência que inspirou a criação, pelo Cel Bento, da Academia de História Militar
Terrestre do Brasil, voltada para a juventude militar atualmente freqüentando as
escolas do Exército e as das Forças Auxiliares.
Foi adjunto da Presidência da Comissão de História do Exército do Estado -
Maior do Exército, que editou a História do Exército Brasileiro em 3 volumes,
cabendo-lhe, como historiador convidado, abordar as guerras holandesas. História
162
ora reeditada com apoio da Odebrecht e relançada no Forte do Brum em 20 de
abril de 1998, em cerimônia presidida pelo Exmo Sr Ministro do Exército Zenildo de
Lucena, com a denominação de O Exército Brasileiro na História do Brasil, com
novas ilustrações e coordenada pela DAC/BIBLIEx. Presidiu: Comissão que editou
Revista do Exército comemorativa do bicentenário do Forte de Coimbra, que
resultou na escolha do Forte de Copacabana como Museu do Exército e sua
conseqüente criação no final dos anos 80, além de haver cooperado no texto
relativo ao Salão Império do Museu; Comissão de História Militar de A Defesa
Nacional, na administração, da BIBLIEx, do Cel Aldílio S. Xavier. Revista de que foi
conselheiro editorial por longo tempo.
Possui 7 prêmios em concursos literários no Brasil e Estados Unidos onde se
destacam: pela BIBLIEx, 19 lugar, com o Exército e a Abolição e o Exército na
Proclamação da República e O Negro na Sociedade do Rio Grande do Sul, 1o
lugar em Concurso Nacional. Primeiro lugar pela Military Review com a pesquisa O
Exército no desenvolvimento - o caso brasileiro, 29 prêmio com O Gaúcho fundador
da Imprensa Brasileira, pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul e
Associação Rio Grandense de Imprensa e 2° lugar em concurso nacional com a
obra Estrangeiros e descendentes na História Militar do Rio Grande do Sul,
comemorativo ao Biênio da Colonização e Imigração para o Rio Grande do Sul em
1975-76. Foram destaque especial em 1989 e 1990 pela Associação Brasileira de
Comunicação Empresarial(ABERJ) suas obras Quartéis Generais das Forças
Armadas do Brasil e A Guarnição Militar do Rio de Janeiro na Proclamação da
República, editadas pela FHE-POUPEx, e premiado com a Monografia A Produção
de Estimadas, em concurso Argus promovido pela EsNI em 1976. As duas obras,
antepenúltima e penúltima, mais seus álbuns Escolas de Formação de Oficiais das
Forças Armadas (FHE-POUPEx) e A História do Brasil através de seus fortes
decoram paredes de comandos e tropas espalhados por todo o Brasil.
Sua bibliografia consta do Dicionário de historiadores brasileiros v.1 do
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do Dicionário Biobibliográfico Gaúcho
(Martins Livreiro) e do site www.resenet.com.br/users/ahimtb
Produziu e foram lançadas em 1995 no Rio Grande do Sul as seguintes obras
suas dentro do Projeto O Exército na Região Sul; História da 3a Região Militar
1809-1995 e Antecedentes, em 3 volumes, que traduzem a História Militar do
Exército no Rio Grande do Sul e que foi completada com Comando Militar do Sul -
4 décadas de História /1953-95 e Antecedentes. Já lançou História da 8a Bda Inf
Mtz e História da 6a DE, está lançando a História da 3a BdaCMec, e desenvolve,
estando bem adiantadas, as histórias da 6a Bda Inf Bld (em lançamento), AD/6 e 2a
BdaCMec .
Coordenou o 13o Simpósio de História do Vale do Paraíba, que teve por tema
pioneiro A Presença Militar no Vale do Paraíba, realizado de 3-5 de julho/1996 na
Fundação Educacional D. Bosco, na Academia Militar das Agulhas Negras em
Resende e no Centro Sargento Max Wolf em Itatiaia e que contou com a presença
de ilustres historiadores militares e civis. O Cel Bento se dedica à História Militar
Terrestre do Brasil dentro do seguinte contexto, definido pelo Marechal Ferdinand
163
Foch, o comandante da vitória Aliada na 1- Guerra Mundial:
"Para alimentar o cérebro(comando) de um Exército na paz, para melhor
prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais
fecundo em lições e meditações do que o da HISTÓRIA MILITAR."
Isto, por considerar também a História Militar como o Laboratório de Táticas e
Estratégias e, por via de conseqüência, contribuir para o desenvolvimento
doutrinário militar dos Exércitos.
Acaba de ser lançada pela Biblioteca do Exército sua obra A Guerra de
Restauração do Rio Grande do Sul aos espanhóis/1774-76, baseada no Diário de
Campanha inédito em português do Ten Gen Henrique Bõhn, que comandou o
Exército do Sul /1774-77, que reconquistou o Rio Grande do Sul aos espanhóis e
que liberou as terras de Pelotas e Canguçu para povoamento por Portugal.
Possui as seguintes condecorações: Comendador do Mérito Militar, Medalha
Militar de Ouro com passador de platina por mais de 40 anos de bons serviços ao
Exército, Pacificador, Oficial da Ordem do Mérito das Forças Armadas, Ordem do
Mérito Tamandaré pela Marinha, Medalha de Honra da Inconfidência, Medalha
Santos Dumont, Marechal Mascarenhas de Morais, Mérito Cívico pela Liga de
Defesa Nacional, Comenda Conde de Resende e J.Simões Lopes Neto pelas
Câmaras de Resende e Pelotas, respectivamente.
Historiador Emérito pela 8aBdalnfMtz em Pelotas, cuja denominação histórica
Mal Manoel Marques de Souza 1Q, pesquisou e instruiu processo de concessão .
Teve transcrito nos Anais da Assembléia Legislativa de Goiás seu artigo, em
1972, do Correio Braziliense -Um filho de Goyáz, herói da Integridade e da
Independência do Brasil( Mal Xavier Curado), bem como na Câmara Federal,
trabalho seu sobre o centenário de morte do Duque de Caxias, em 1980, por
proposta do deputado federal pernambucano Dr. Lucena. E na Câmara de Recife
trabalho alusivo ao centenário do Patrono da Artilharia, Mal Mallet, no Comando
das Armas de Pernambuco e nas câmaras de Resende e de Diamantina,
respetivamente, seu discurso sobre o Conde de Resende no aniversário da cidade
em 1992 e outro sobre O diamantinense, que foi o cérebro da Revolução
Farroupilha na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Por indicação do sr
Ministro do Exército e apoio logístico de sua assessoria parlamentar, participou de
Simpósio na Câmara Federal, comemorativo do
Centenário de Canudos, tendo ali defendido a Força Terrestre de manipulações
que a apresentavam ao Povo, injustamente, como a responsável pela Tragédia de
Canudos, em realidade uma responsabilidade da Sociedade Civil da época, ou de
todos os avós e bisavós dos brasileiros. Idêntica postura transmitiu em entrevista
pela Globo News em que as falsas e manipuladas acusações vieram à tona e
foram rebatidas sem contestação. Idêntica postura em reportagem de O Globo e
oferecida a outras publicações brasileiras.
Assinou o Livro de Honra do Corpo de Cadetes em 1955, p.42,18- linha, por
haver realizado seu curso de oficial sem nenhuma punição. Em 1993/94 foi o
Diretor Cultural da SORAAMAN (Sociedade Resendense de Amigos da AMAN)
quando publicou a plaqueta 1994-Jubileu de Ouro da Academia Militar das
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Agulhas Negras em Resende. Sociedade constituída de civis e militares destinada
a estreitar os laços de amizade entre as comunidades resendense e a acadêmica.
Foi o Diretor Cultural e da Revista do Clube Militar no centenário do Clube,
tendo colaborado e coordenado e Revista do Clube Comemorativa e enriquecido o
seu museu com quadros históricos que promoveu e fez as legendas. Integrou a
Comissão do Exército no Centenário da República e da Bandeira, tendo
colaborado e coordenado O Caderno da Comissão do Exército Comemorativa dos
centenários da República e da Bandeira, publicado em parceria pela BIBLIEX e
pelo SENAI, este presidido então pelo Cel Arivaldo Silveira Fontes que também
editou livro do Cel Bento O Exército na Proclamação da Republica/1989, que fora
premiado pela BIBLIEx, lançado na ECEME e distribuído amplamente na AMAN .
Publicou com apoio da Odebrecht: A Participação da Marinha Mercante e das
FFAA do Brasil na 2a Guerra Mundial, comemorativo aos 50 anos do Dia da Vitória
e distribuído amplamente na AMAN. A pedido do Cel Sérgio Westphalen
Echegoyen, comandante das CIAS SUL(Cruz Alta-RS), elaborou pesquisa sobre
os 68 sargentos heróis da FEB, para emular os alunos daquela Escola de
Sargentos. Trabalho que difundiu em palestra na Escola de Sargentos das Armas,
a convite de seu comandante e das unidades às quais pertenceram os bravos
heróis e que participaram da 2a Guerra Mundial.
Possui várias distinções civis onde se destacam a de cidadão itajubense por
unanimidade pela Câmara de Vereadores em 1982, a de Comendador da Ordem
J. Simões Lopes Neto pela Câmara de Pelotas, a de Irmão da Santa Casa de
Misericórdia do Rio de Janeiro, brasão de Canguçu, em reconhecimento "AO
FILHO ILUSTRE, PELA RECONSTITUIÇÃO DA MEMÓRIA COMUNITÁRIA" (Set
91). Orador oficial na Câmara de Resende no aniversário da cidade, quando
resgatou a memória do Conde de Resende, em cujo estudo esta se apoiou para
criar a Comenda Conde de Resende. Câmara que acaba de aprovar, por
unanimidade, Moção Congratulatória por sua atuação, de 1991 a 97, para o
resgate e divulgação da História de Resende e Itatiaia. Foi orador, em 13 de abril,
na cerimônia de inauguração, no Batalhão
Escola de Engenharia em Santa Cruz-RJ, do Memorial ao Patrono da Arma de
Engenharia, o Ten Cel Vilagran Cabrita. Integra a Confraria dos Cidadãos de
Resende, voltada para o culto da cidadania, na função de Tribuno.
Pois desde 1991 tem escrito sobre a História de Resende onde se destacam
seus livros A Saga da Santa Casa de Misericórdia de Resende:1994-Jubileu de
Ouro da AMAN em Resende(já citado); "Os puris, primitivos habitantes do Vale do
Paraíba: "Lenda resendense do Timburibá"; História Militar do Vale do Paraíba e,"
Resendenses na Guarda de Honra de D. Pedro na proclamação da Independência
em 7 setembro de 1822. Foi distinguido pela Câmara de Resende com Voto de
louvor pela brilhante participação da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil nos 200 anos de Resende em 2001.
Conferencista Emérito da ECEME, EsAO, EslE e Instituto Militar de
Engenharia onde, em 15Abr 98, pronunciou para os corpos docente e discente
palestra de 2 horas sobre As Guerras Holandesas, em comemoração aos 350
165
anos da 1a batalha dos Guararapes e 4o ano do Dia do Exército. Tem pronunciado
palestras na AMAN e em especial sobre a História da mesma aos novos cadetes,
logo que nela ingressam. De igual modo tem atendido alunos da ECEME e em
especial seus ex-alunos da AMAN, para ajudá-los com fontes históricas na
elaboração de suas monografias, gravando para os mesmos seu pensamento e
interpretações, o mesmo acontecendo em relação a pesquisas históricas de
cadetes e da própria AMAN no seu arquivo pessoal sobre a história da mesma e
antecessoras. Como diretor do Arquivo Histórico do Exército/1985-91, promoveu
sessões comemorativas de centenários de generais brasileiros, resgatando
expressivamente suas memórias e suas preciosas lições.
Vem acompanhando e divulgando na mídia civil e castrense fatos expressivos
recentes ocorridos na AMAN, relacionados com o culto das tradições da mesma.
Estudou de 1938-44 no Colégio N. S. Aparecida de Canguçu; de 1945-50 no
Ginásio Gonzaga de Pelotas, tendo se bacharelado no Curso Ginasial, com
destaque, em 15 de dezembro de 1948. Concluiu o Científico, com destaque, em
Porto Alegre, na Escola Preparatória de Cadetes no Casarão da Várzea. Como
aspirante, 2o tenente, 1o tenente e capitão serviu em São Leopoldo/ 1955-57, em
Bento Gonçalves (2 vezes, 1957-59 e 1961-66) e em Cachoeira do Sul/1959-61.
Como presidente do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul presidiu
encontros da entidade em Pelotas, Porto Alegre, Caçapava do Sul, São Gabriel,
São Borja, Santana e Lavras.
Possui alentada produção histórica sobre a Zona Sul do Rio Grande do Sul na
antiga Coluna Querência do Diário Popular de Pelotas, bem como no jornal
Tradição de Porto Alegre, órgão de divulgação do MTG, no qual é considerado
autoridade tradicionalista.
Passou sua vida nos seguintes locais: Canguçú-RS/1931 -44; Pelotas/1945-
50; Porto Alegre/1951-52; Resende-RJ/1953-54; São Leopoldo/1955-57; Bento
Gonçalves e Veranópolis, destacado no vale dos rios da Prata e das Antas/
1957-59; Cachoeira do Sul/1959-61; Bento Gonçalves/1962-66 (sendo que no 2o
semestre de 1964 na Vila Militar-Rio de Janeiro); Rio de Janeiro/1967- 69 (na Praia
Vermelha); Recife/1970-71; Brasília/1972-75; São Paulo/1976- 77;
9
Resende/1978-80; Itajubá -MG/1981-82; Rio de Janeiro/1983-85, no EM 1 RM e
de 1985-91 no Arquivo Histórico do Exército, quando passou para a Reserva,
passando a residir em Resende, onde construíra casa de campo em 1980 e para
onde se fixou em definitivo em 1991, à sombra de sua mãe profissional, a AMAN.
Residiu destacado quando no 1’ Btl Ferroviário, sucessivamente em
Jabuticaba, junto a ponte ferroviária sobre o Rio das Antas (Bento Gonçalves); Rio
da Prata (em Veranópolis junto a Gruta do Paco ); no KM 2, na altura do Passo do
Governo (Bento Gonçalves) e na Linha Marechal Hermes (Violanda) em
Veranópolis e próximo de Muçum-RS. Tudo na construção do Tronco Ferroviário
Sul, considerado serviço de natureza nacional relevante, conforme registram suas
alterações. Foi pioneiro em 1963, como capitão, na perfuração do maior túnel
ferroviário da América do Sul, o Túnel 19 Boca Norte, no qual revolucionou o
rendimento de perfuração de no máximo 8 metros por semana para até 21 metros,
166
tendo em conseqüência sido distinguido pelo seu comandante de Batalhão, Cel
Dirceu de Araújo Nogueira, com a caminhonete Aero Willys que até então usara,
até adquirir outra, para cumprir promessa feita junto ao então coronel Rodrigo
Otávio Jordão Ramos, atual denominação histórica do 2o GEC em Manaus.
Revisou, com o concurso da AMAN, ampliou e condensou, num só volume, os
originais de projetada reedição de As Batalhas dos Guararapes, análise e
descrição militar, com apresentação de S.Exa. o Gen Ex Zenildo de Lucena e por
sua Exa. instruído a BIBLIEx a publicá-lo. Obra em implantação em disquete no
Web do CComSEx, para apoiar estudos e pesquisas que se estenderam até 19 de
fevereiro de 1999, 350 anos da 2§ Batalha dos Guararapes.
Produziu para o Sistema de Ensino a Distância para preparação para a
ECEME os trabalhos Lutas internas no período monárquico, Ação pacificadora do
Duque de Caxias e Conflitos externos e lutas internas na consolidação da
República/1889-97.
Produziu, faz cerca de 8 anos, para a FHE-POUPEX, pesquisa original sobre
Os patronos nas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) ilustradas pelo
pintor Newton Coutinho e que se destinariam a distribuição no seio da juventude
militar brasileira, estudando em escolas das FFAA e potencialmente futuros
associados à FHE-POUPEX . Lamenta o autor a falta de recursos para dar
prosseguimento ao projeto que cobriría lacunas biográficas referentes a
personalidades exemplares para a juventude militar, tão carente de obras sintética
e ilustradas do gênero. É também autor da obra inédita Moedas de Honra, que
consolida a bibliografia sobre Ordens de Cavalaria vindas de Portugal até as
honoríficas atuais, a nível federal, e condecorações militares. Obra inicialmente
encomendada pelo GBOEx, na antepenúltima administração e não honrada pela
penúltima, em relação à atual, que nem sequer indenizou o sofrido investimento
intelectual e financeiro do autor. É obra essencial para o conhecimento do assunto
pelos recipiendários. É importante disciplina auxiliar da História Militar e Civil do
Brasil e está sendo implantada na Internet no Site da AHIMTB:
http://www.resenet.com.br/users/ahimtb, que a cada dia que passa vem sendo
enriquecida com livros e artigos sobre História Militar Terrestre do Brasil.
Em 1972 foi autor do parecer solicitado ao EME pelo Ministério dos Transportes
sobre o verdadeiro local da descoberta do Brasil, se em Porto Seguro ou Cabrália,
opinando sobre a descoberta em Cabrália, do que resultou a decisão
governamental de estender a rodovia federal até lá, conforme consta da obra:
MAIA, Rocha. Do Monte Pascal a Cabrália. Rio de Janeiro, MT, I993. p.25-26.
Sua projeção atual na historiografia nacional e internacional resultou de seu
desejo de escrever a História de Canguçu, sobre a qual produziu os seguintes
trabalhos, entre outros:
- Canguçu, reencontro com a História,1983. História da Real Feitoria do Linho
Cânhamo do Rincão do Canguçu/1783-89. Município de Canguçu, formação
histórica: 200 anos da Igreja N.S da Conceição de Canguçu. Apresentação do livro
de llka Neves, Primeiros povoadores e batismos de Canguçu 1800-13.
Colaborações na antologia anual do OPEL: Canguçu na Revolução federalista;
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Guerra à gaúcha; As Pedras das Mentiras; A Educação em Canguçu-evolução;
Canguçu, aspectos da Comunicação Social, até o advento da radiodifusão e
apreciável volume de artigos em O Diário Popular de Pelotas e no O Liberal, de
Canguçu.
Possui as principais fontes da História de Canguçu reunidas no Arquivo
Conrado Ernani Bento, seu pai, iniciador da preservação das referidas fontes
históricas. Arquivo que será colocado à disposição da pesquisa na sala da Casa da
Cultura destinada à Academia Canguçuense de História.
Acaba de ser agraciado pela Câmara de Vereadores de Resende com a
Comenda Conde de Resende. Está produzindo para o Jornal da SASDE (2- DE -
SP), Passagens da História Militar de São Paulo.
É colaborador da Revista Eletrônica da AHIMTB no site www.militar.com.br
168
Anexo H
Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis (Currículo)
169
O Cel Caminha é co-autor das Histórias da 85 Bda Inf Mtz, da História da 3-
BdaCMec e agora, da 6- Bda Inf Bld. Acaba de ser contratado professor de História
do CMPA, com o encargo complementar de cooperar com a AHIMTB no
desenvolvimento do Projeto História do Exército na Região Sul.
170
Anexo I
cel MÁRIO JOSÉ DE MENEZES (Currículo)
171
“Brigada Niederauer”
Denominação histórica da 6a Brigada de Infantaria Blindada
L,-'. ib
K|
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fêrauer Sobrinho