Força de Arrasto

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Mecânica dos Fluídos

Prof. Msc Salmo Mardegan


MECÂNICA DOS FLUÍDOS II

Carga horária: 60h


Ementa:
Escoamento potencial: introdução a teoria e
exemplos. Escoamento viscoso: equação de navier-
stokes, soluções exatas, aproximação de camada
limite. Turbulência. Escoamento compressíveis.
Atividades de laboratório.
Numero de Reynolds

 Para escoamentos em dutos cilíndricos circulares,


Reynolds determinou que há uma relação entre o
diâmetro (D ), a velocidade média (V ) e a viscosidade
cinemática (v )

 O parâmetro estabelecido pela relação entre estas


três grandezas é o NÚMERO DE REYNOLDS (Re):
Número de Reynolds (Re)

Re < 2000 - Laminar

2000 < Re < 2300 - de Transição

Re > 2300 - Turbulento


Escoamento externo
Exemplo de aplicação: o
viscosímetro de Hoppler, onde
se tem a esfera deslocando-se
em meio a um fluido, o que
caracteriza o que se denomina
de ESCOAMENTO EXTERNO.
Excluindo-se a aplicação
anterior, que éuma aplicação
ligada a engenharia química,
tem-se outras inúmeras
aplicações em engenharia.
Teoria da camada-limite,
formulada pela primeira vez
porLudwig Prandtl em 1904.
v0

Aula de mecflu:
estudo da camada limite

Figura 1

O que objetiva com o estudo


proposto? E o se que vem a ser
camada-limite?
Quando entre o fluído e o corpo
existe um movimento relativo,
objetiva-se analisar a interação
existente entre eles, interação
que resulta em uma força
resultante agindo no corpo e que
se pretende calcular.
Aplicações

• Aeronaves
•Veículos terrestres
•Embarcações e submarinos
•Edificações
Adotando-se um sistema de
referência fixo à superfície sólida.

Portanto para o observador o corpo


sempre estará em repouso e o fluido em
movimento.

No caso da figura 1, o caminhão estará


parado, e o ar, em movimento, com uma
velocidade igual e em sentido contrário à
do caminhão.
Outro fato importante

o fluido será sempre


divido em duas regiões:
uma em que o
movimento dele é
perturbado pela
presença do objeto
sólido, e outro que o
fluido escoa como se o
objeto não estivesse
presente.
Figura extraída do livro: Mecânica dos Fluidos – 4ª
edição de Frank M. White e editado pela Mc Graw-Hill
Camada limite
• Camada limite: região delgada próxima à parede, onde as
tensões viscosas são importantes
Camada-limite é o lugar
geométrico que separa a região
do fluido perturbada pela
presença do corpo sólido, da
região que não sofre nenhuma
influência da sua presença.
Ao passar pelo corpo, o fluido
provocará nele o aparecimento
de uma força resultante.

Figura extraída do livro: Mecânica dos Fluidos escrito por


Franco Brunetti e editado pela PEARSON
A força resultante pode ser
decomposta em:

Fsforça de sustentação;

Fa força de arrasto.
Conceitos fundamentais
Em cada ponto, a ação de um fluido numa superfície sólida pode-se
decompor numa ação normal (pressão) e numa ação tangencial (tensão de
cisalhamento).

Figura do livro: Mecânica dos Fluidos (Franco Brunetti)


Para facilitar o estudo considera-se separadamente o efeito normal das
pressões do efeito tangencial das tensões de cisalhamento.
Inicialmente considera-se a não existência das forças tangenciais.
Na primeira situação, considerando o fluido em repouso, ter-se-ia
como força resultante da diferença de cota o empuxo, o qual é sempre
vertical, com sentido ascendente e com módulo igual ao produto do
peso específico do fluido pelo volume deslocado do mesmo.

ρv 2
p =p + 0
2 0
2

2 2
p4 = p0 v0 − v
+ g 4
γ γ 2
Numa segunda situação, considerando um fluido ideal, verifica-se que a
distribuição das pressões não é uniforme sobre o corpo, o que propicia
o surgimento de uma força resultante não nula. A diferença de pressão
de um ponto a outro é causada pela diferença de velocidades do fluido.
A distribuição não uniforme de
pressão resulta na expressão:
𝜌𝑣𝑜2 𝐴
𝐹=𝐶 , 𝑜𝑛𝑑𝑒
2
F  força fluidodinâmica na direção desejada;
A  área de referência (na maioria das vezes projetada na perpendicular à
direção de v0 ;
C  coeficiente adequado para resultar uma força correta
𝜌  massa espcifica do meio
Na prática, é muito difícil separar
a parcela da força de arrasto
devido às pressões dinâmicas,
denominada de “força de arrasto
de forma ou de pressão”, daquela
provocada pelas tensões de
cisalhamento. Entretanto, é
bastante instrutivo estudá-las
separadamente.
Com essa finalidade, será
apresentado o estudo de uma
placa plana fina, paralela ao
escoamento, de forma que não
aconteça nenhum efeito devido
às pressões.
Seja uma placa plana de espessura muito pequena,
introduzida paralelamente a um escoamento uniforme e em
regime permanente de um fluido. Analisando apenas um dos lados
da placa
.

O que vem a ser v0? Como se determina as velocidades na seção


perpendicular a placa? O que existe de comum nos pontos A, B e C?
Verifica-se que os pontos A, B, e C pertencem a
uma linha que será o lugar geométrico dos pontos
a partir dos quais a velocidade passa a ter valor
constante v0. O fluido fica dividido, por essa
linha, em duas regiões distintas. A região entre a
placa e a linha construída chama-se CAMADA
LIMITE, enquanto que a região acima dela
chama-se FLUIDO LIVRE.

Figura do livro: Mecânica dos Fluidos (Franco Brunetti)


Da figura anterior, pode-se
observar que o diagrama de
velocidade varia com x, ou
seja, o gradiente de
velocidade varia com x e em
conseqüência a tensão de
cisalhamento varia com x.
Cálculo da força de arrasto de
superfície

Placa Plana paralela ao escoamento: Arrasto de Fricção

A dificuldade de se recorre a expressão anterior está na


determinação da tensão em função de x, principalmente pela
fato de depender do gradiente de velocidade, o qual também
varia com x. Pelo exposto recorre-se a constantes determinadas
experimentalmente.
A força de arrasto

Arrasto Fa velocidade V

com 𝐶𝑎 = 𝑓(𝑅𝑒 )
𝜌𝑣𝑜2 𝐴
𝐹𝑎 = 𝐶𝑎 ou 𝐶𝑎 = 𝑓(𝑅𝑒 , 𝐹𝑟, 𝑀)
2

𝜌 = massa especifica do meio


A = área “frontal”
𝐶𝑎 = coeficiente de arrasto
𝐹𝑎 = Força de arrasto
Considerando uma placa plana retangular,
apenas um de seus lados

2
𝜌𝑣𝑜 𝐴
𝐹𝑎 = 𝐶𝑎
2

Na determinação do coeficiente de arrasto de superfície,


considera-se três casos:

• camada limite laminar;

• camada limite turbulenta;

• existe a passagem da camada limite laminar para o turbulento.


Se a camada limite for laminar:
1,328
𝐶𝑎𝑠 =
𝑅𝑒𝐿

𝑣0𝐿
𝑅𝑒𝐿 =
𝜈

L → comprimento da placa
A passagem do laminar para o
turbulento ocorre no
comprimento denominado de
xcrítico e este geralmente é
muito pequeno e, aí tem-se a
passagem do laminar para o
turbulento.
Figura do livro: Mecânica dos Fluidos ( Franco Brunetti)
Supondo que todos os diagramas
fossem do tipo da camada turbulenta, desde
o bordo de ataque:

turbulenta, desde o bordo de ataque:


No entanto, a expressão anterior deve
ser corrigida pelo fato de se considerar o
escoamento laminar até o xcrítico
O valor do Re cri será função da
rugosidade da placa, da troca de
calor entre a placa e o fluido, das
turbulências ao longo e de outros
fatores que possam facilitar ou
dificultar a passagem da camada
limite laminar para a turbulenta.
Para números de Reynolds
superiores a 107, Schlichting
verificou que o valor do Cas é
melhor representado pela
expressão:

0,455 𝑘
𝐶𝑎𝑠 = 2,58 −
𝑙𝑜𝑔𝑅𝑒𝐿 𝑅𝑒𝐿
Coeficiente de arrasto em uma placa plana 𝜌𝑣𝑜2 𝐴
𝐹𝑎 = 𝐶𝑎
2
𝑣0𝐿
L comprimento da placa 𝑅𝑒𝐿 =
𝜈
1,328
𝐶𝑎𝑠 = Se a camada limite for laminar
𝑅𝑒𝐿

camada turbulenta, desde o bordo de ataque

escoamento laminar até o xcrítico

0,455 𝑘
𝐶𝑎𝑠 = 2,58 − Para números de Reynolds superiores a 107
𝑙𝑜𝑔𝑅𝑒𝐿 𝑅𝑒𝐿
1a Questão:

Uma placa plana retangular de 1m de largura e 2m de


comprimento, imersa em água é arrastada horizontalmente com
velocidade constante de 1,5 m/s. Calcular a a força necessária
supondo os três casos seguintes:

a) a camada limite mantém-se laminar desde o bordo de ataque


até o bordo de fuga;

b) a camada limite é turbulenta desde o bordo de ataque;

c) o número de Reynolds crítico é 5x105


Cálculo da espessura da
camada limite.

O cálculo desta espessura


depende do perfil de velocidade
considerado.
No caso do escoamento laminar
No caso do escoamento
turbulento e considerando o
perfil de velocidade com
potência 1/7
2a Questão:

Ar escoa sobre uma placa plana de 40 cm de comprimento.


Sabendo-se que a velocidade ao longe (v0) é igual a 0,6
m/s, pede-se:

a) o número de Reynolds na borda de fuga, especificando o


tipo de escoamento observado;
b) a espessura da camada limite na borda de fuga;
c) a força de arrasto sabendo que a placa é retangular e
que tem uma largura de 1m.

Dado: νar = 2x10-5 m²/s e o ar nas CNPT

5
Considere Re = 5×10
crit
3a Questão:

Se para a questão anterior, considerando o mesmo


Reynolds crítico, ao invés do escoamento do ar,
ocorresse o escoamento d’água com uma viscosidade
igual a 9,6x10-7 m²/s (água a 22 ºC), calcule:

a) o número de Reynolds na borda de fuga, especificando


o tipo de escoamento observado;

b) a espessura da camada-limite na borda de fuga;

c) a força de arrasto considerando que a massa


específica da água é 998 kg/m³.
4a Questão: exercício 9.5 do livro: Mecânica dos
Fluidos (Franco Brunetti )
Num viscosímetro de esfera, uma esfera de aço de massa
específica igual a 7800 kg/m³e diâmetro de 1 mm
afunda num líquido de massa específica igual a 800 kg/m³,
com uma velocidade limite de 2 cm/s.
Calcular a viscosidade cinemática do fluido para as
seguintes situações:

1.sem considerar a influência das paredes do tubo que contém


o fluido;
2.Considerando a influência da parede do tubo, o qual tem
um diâmetro de 16 mm;
Placa Plana paralela ao escoamento:
Arrasto de Fricção

Laminar :

Turbulenta:
Arrasto
Escoamento sobre um esfera:
Arrasto de Fricção e de Pressão
Arrasto
Sustentação

Aerofólio

FL = Força de sustentação
CL = Coeficiente de sustentação
Nota: Baseada na área projetada
Exemplo: NACA 23015; NACA 662-215
Referencias:

http://www.infoescola.com/mecanica-de-fluidos/tipos-de-fluxos-e-
escoamentos/

www.escoladavida.eng.br/.../Simulacao%20de%20Reynolds%20un%203.pdf

http://omnis.if.ufrj.br/~moriconi/turb/DesafiosTurbulencia.pdf

http://www.dmm.cefetma.br/graduacao/aula%20_mecflu.pdf

http://www.youtube.com/watch?v=U2IWE_jzwZo&feature=related

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