Pirata Ria

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Pirataria

Pirataria ou pirataria moderna, como alguns denominam, é a


prática de vender ou distribuir produtos sem a expressa autorização dos
proprietários de uma marca ou produto. A pirataria é considerada crime
contra o direito autoral, a pena para este delito pode chegar a quatro anos
de reclusão e multa.
Os principais produtos pirateados são roupas, calçados, utensílios
domésticos, remédios, livros, softwares e CDs. A pirataria, considerada por
muitos especialistas como o crime do século XXI, atualmente movimenta
mais recursos que o narcotráfico. O crime é financiado, em sua maioria, por
grandes grupos organizados e máfias internacionais.
Além de poder frustrar o consumidor nos quesitos qualidade, durabilidade e
eficiência, a pirataria de certos produtos, como remédios, óculos de sol e
bebidas, por exemplo, pode representar sérios danos à saúde do
consumidor.
No âmbito econômico, a pirataria é um grave problema. Em 2001, de
acordo com a Business Software Alliance, a prática ilegal custou à
economia global mais de US$ 13 bilhões em impostos, valor que
beneficiaria toda a sociedade. Além do mais, centenas de milhares de
empregos deixam de ser criados.
Por que a pirataria é tão fácil no Brasil?
Recursos públicos escassos, uso de tecnologia avançada nos crimes,
sistema judicial desatualizado que dificulta a punição a infratores. Essas
são algumas razões apontadas por especialistas para os parcos resultados
obtidos até hoje na redução da pirataria no Brasil.
A Informalidade insere-se nos principais problemas no combate à pirataria;
os fatores econômicos obviamente contribuem para o aumento da
informalidade. Estatísticas do governo sugerem que, nos dias atuais,
aproximadamente 35% da população economicamente ativa trabalham na
informalidade.
Quais são as principais medidas de combate à pirataria?
Campanhas para educar o consumidor.
Ações governamentais de combate à pirataria.
Combinação de medidas administrativas e judiciais.
Contratação de profissionais para identificar práticas de pirataria.
O que os brasileiros pensam sobre a problemática?
De acordo com uma pesquisa da Akamai, empresa de cibersegurança norte-
americana, o Brasil é o quinto país que mais consome conteúdo on-line
pirata no mundo. Além disso, conforme levantamento do Fórum Nacional
contra a Pirataria e Ilegalidade, em 2020, o Brasil perdeu cerca de R$ 287
bilhões para o mercado ilegal.
Segundo Edson Vismona, presidente do FNCP (Fórum Nacional contra a
Pirataria e Ilegalidade), existe uma aceitação dos brasileiros para a compra
de produtos piratas. “As pessoas querem comprar com preços mais baixos,
e não se questionam sobre o valor ético dessa compra. Por trás de um
produto muito barato, tem fraude, contrabando, pirataria. Ou seja, tem algo
errado”, disse ele em entrevista à CNN.
A cada dez brasileiros, três têm o hábito de comprar produtos piratas, como
entendeu a pesquisa de 2016 pela Federação do Comércio do Rio de
Janeiro. Isso porque existe uma aceitação sistêmica, ao contrário de outros
tipos de crime, e uma falsa passividade que impede o consumidor de ver os
efeitos nocivos de adquirir produtos pirateados.
Para o procurador da República, José Maria de Castro Panoeiro, existe uma
dificuldade cultural no discurso existente de minimização do problema,
portanto, é preciso esclarecer a população sobre as perdas coletivas
envolvidas nesse comportamento inadequado.
O crime atrapalha e muito o crescimento econômico do país e a geração de
empregos, inclusive, em sua maioria, para a fatia social das pessoas que
costumam consumir esse tipo de produto. Portanto, o barato acaba saindo
caro.
“Sem a pirataria, teríamos mais indústrias, mais empregos, mais inovação,
mais geração de tecnologias atuais. Você fortaleceria os elos da economia,
teria produtos certificados pela Anatel e pelo Inmetro, garantindo a
segurança das pessoas. Você teria um mercado saudável, onde reverteria
esses recursos vindos das compras desses produtos para o próprio mercado,
para o Brasil, gerando então o desenvolvimento”, afirma Vismona.
Em uma matéria de 2007 publicada pelo jornal Folha de S. Paulo sobre o
livro O Jardim de D. João, da jornalista e escritora Rosa Nepomuceno, a
pirataria já aparecia como um problema no período Brasil-Colônia,
impulsionado pela chegada da família real ao país, que criou e multiplicou
os hortos de aclimatação essenciais para o desenvolvimento do tráfico de
plantas.
Curiosidade:

Em uma matéria de 2007 publicada pelo jornal Folha de S. Paulo sobre o


livro O Jardim de D. João, da jornalista e escritora Rosa Nepomuceno, a
pirataria já aparecia como um problema no período Brasil-Colônia,
impulsionado pela chegada da família real ao país, que criou e multiplicou
os hortos de aclimatação essenciais para o desenvolvimento do tráfico de
plantas.

Os portugueses tinham espiões nos dois grandes hortos franceses (atual


Guiana Francesa e em Maurício, no oceano Índico), cooptando
pesquisadores para trazer informações e sementes de especiarias, resinas,
madeira ou plantas medicinais.

“A pirataria sempre correu solta, mas ela se oficializou em 1809, quando D.


João VI mandou invadir a atual Guiana Francesa e levou os portugueses e
se estabeleceram na região, entre 1810 e 1817, apropriando-se de manuais e
técnicas para plantio”, escreveu ela.
Referências:

https://brasilescola.uol.com.br/amp/curiosidades/pirataria.htm

https://epoca.oglobo.globo.com/economia/noticia/2017/11/por-que-
pirataria-e-tao-facil-no-brasil.html

https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123101-por-que-a-
pirataria-no-brasil-e-social-e-moralmente-aceita.htm

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