Código de Organização Judiciária Do Estado Do Maranhão
Código de Organização Judiciária Do Estado Do Maranhão
Código de Organização Judiciária Do Estado Do Maranhão
JUDICIÁRIA DO MARANHÃO
Atualizado até Lei Complementar n.º 250/2022
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LIVRO I
Da Justiça Estadual
Art. 1º. Este Código regula a Divisão e a Organização Judiciária do Estado do Maranhão,
compreendendo a constituição, estrutura, atribuições e competência dos Tribunais, Juízes e Serviços
Auxiliares da Justiça.
TÍTULO I
Das Disposições Preliminares
Art. 2º. Compete ao Poder Judiciário Estadual a apreciação de qualquer lesão ou ameaça a direito,
que não esteja sujeita à competência de outro órgão jurisdicional.
Art. 3º. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros poderá o Tribunal de Justiça
declarar a inconstitucionalidade da lei ou ato do Poder Público.
Art. 4º. No exame dos atos oriundos dos outros Poderes restringir-se-á o Judiciário ao aspecto da
legalidade, sendo-lhe defeso apreciar sua conveniência ou oportunidade.
Art. 5º. Para garantir o cumprimento e a execução de seus atos e decisões poderão os Juízes e
Tribunais requisitar da autoridade competente o auxílio da Força Pública ou de outros meios
necessários àquele fim, os quais não lhes poderão ser negados.
Parágrafo único. Essas requisições deverão ser prontamente atendidas, sob pena de
responsabilidade, sem que assista à autoridade que deva atendê-las, a faculdade de apreciar os
fundamentos ou justiça da decisão ou do que deva ser executado ou cumprido.
Art. 5º-A. 1 2 O Ano Judiciário será iniciado com a primeira sessão do Plenário realizada no mês de
janeiro de cada ano, e encerrado na última sessão do mês de dezembro.
§1º São feriados forenses em todo o Estado do Maranhão: os sábados, os domingos, os feriados
nacionais, as segundas e terças-feiras de carnaval, as quintas e sextas-feiras santas, o dia 11 de
agosto e o dia 8 de dezembro.
§2º Até o dia 30 de novembro de cada ano, o Plenário expedirá resolução especificando os dias
feriados e de suspensão do expediente do ano seguinte.
§3º O presidente do Tribunal poderá suspender o expediente forense em todo o Estado ou em parte
dele, em dias não previstos no calendário de que trata o parágrafo anterior, desde que exista motivo
grave que o justifique, o qual deverá constar no ato de suspensão.
1 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 193/2017.
2 Acrescentado pela Lei Complementar Estadual nº157/2013.
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§4º Nas comarcas são também feriados forenses os dias de criação do município sede e os feriados
que tenham sido assim declarados por lei municipal.
§5º O juiz poderá suspender, por ato próprio, o expediente forense na sua comarca fora dos casos
previstos no parágrafo anterior, desde que haja motivo gravíssimo a justificá-lo, que deverá constar
na portaria de suspensão, com a comunicação imediata do ato ao Corregedor-Geral da Justiça.
Art. 5º-B. 3 Cabe ao presidente do Tribunal de Justiça, ou ao seu substituto legal, representar o
Poder Judiciário do Estado do Maranhão em suas relações com os demais poderes e autoridades,
zelando pelas prerrogativas do Poder Judiciário e da magistratura do Estado do Maranhão.
§1º As solenidades do Poder Judiciário serão presididas pelo presidente do Tribunal de Justiça ou
pelo seu substituto legal ou ainda pelo desembargador ou outro magistrado designado pelo
presidente do Tribunal, sempre respeitado o disposto no §4º do art. 22 deste Código no que se refere
às sessões solenes, judiciais ou administrativas do Plenário.
§2º As solenidades nas comarcas serão presididas pelo membro da mesa diretora do Tribunal
presente e na ausência de qualquer deles, pelo juiz diretor do fórum quando envolver mais de uma
unidade jurisdicional, ou ainda pelo juiz respectivo quando se tratar de solenidade de uma única
unidade jurisdicional.
TÍTULO II
Da Divisão Judiciária
Art. 6º. 4 5 6 7 8 O território do Estado, para os efeitos da administração da Justiça Comum, divide-se
em comarcas, termos judiciários e zonas judiciárias.
§1º A comarca, que pode ser constituída por mais de um termo judiciário, terá a denominação
daquele que lhe servir de sede.
§2º As comarcas, divididas em três entrâncias, inicial, intermediária e final, serão classificadas pelo
Tribunal de Justiça, por maioria absoluta de seus membros, nos termos desta Lei, obedecendo aos
seguintes critérios:
I – comarcas de entrância inicial: as comarcas com um único juiz;
II – comarcas de entrância intermediária: as comarcas com mais de um juiz;
III – comarcas de entrância final: as comarcas com mais de um juiz e mais de duzentos mil
eleitores no termo sede da comarca.
§3º Sempre que uma comarca alterar o seu número de juízes ou alterar o número de eleitores
previsto no inciso III, o Presidente do Tribunal submeterá ao Plenário, se for o caso, a nova
classificação dessa comarca.
§6º O Tribunal, em decisão motivada e por maioria absoluta de seus membros, poderá dispensar os
requisitos exigidos nos parágrafos 4º e 5º, deste artigo, quando assim o recomendar o interesse da
Justiça.
§7º Cada município corresponde a um termo judiciário, cuja denominação será a mesma daquele.
Art.6º-A.9 São unidades jurisdicionais de 1º Grau, as varas de uma comarca, as comarcas de vara
única e os juizados especiais, sendo todas as unidades jurisdicionais, com os respectivos cargos de
juízes de direito titular e se os servidores necessários, criadas por lei.
Art. 8º. 32 33 34 Na Comarca da Ilha de São Luís haverá uma Vara Agrária, com competência em todo
o Estado, para dirimir conflitos fundiários que envolvam litígios coletivos.
§2º A competência dos juízes de direito da Vara Agrária será definida em resolução e a distribuição
se dará por sorteio, mediante a devida compensação.
§3º Caberá aos juízes de direito, nos limites de suas circunscrições de atuação, comparecerem aos
locais dos litígios quando necessário à eficiente prestação jurisdicional.
Art. 8º-A. 35 36 37 38 39 40 41 42 43 A Comarca da Ilha de São Luís é composta pelos municípios de São
Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.
§1º Cada termo judiciário terá um fórum próprio, com seus juízes titulares e unidades jurisdicionais,
distribuídos da seguinte forma:
I – Termo Judiciário de São Luís – oitenta e seis juízes de direito titulares;
II – Termo Judiciário de São José de Ribamar – oito juízes titulares;
III – Termo Judiciário de Paço do Lumiar – quatro juízes titulares;
IV – Termo Judiciário de Raposa – um juiz titular.
§2º Terão jurisdição em toda área territorial da Comarca da Ilha de São Luís (São Luís, São José de
Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa) a Vara de Saúde Pública, as 1ª e 2ª Varas da Execução Penal, as
1ª, 2ª e 3ª Varas de Entorpecentes, a Vara de Interesses Difusos e Coletivos, a Central de Inquéritos
e Custódia e a 2ª Vara da Infância e Juventude quanto à execução das medidas socioeducativas em
regime fechado.
§3º Os juízes de direito auxiliares de entrância final terão jurisdição em toda a Comarca da Ilha de
São Luís, conforme designação do corregedor-geral da Justiça.
§4º O plantão judiciário noturno, de feriados e finais de semana será realizado no Fórum do
Município de São Luís, dele participando todos os juízes auxiliares e titulares da Comarca da Ilha
de São Luís.
também para o processamento dos inquéritos policiais da Comarca da Ilha de São Luís, decidindo
seus incidentes e medidas cautelares, ressalvados os de competência da 1ª Vara Criminal;
LXVII – 02 (duas) Turmas Recursais Permanentes.
§1º Os crimes de menor potencial ofensivo praticados contra crianças e adolescentes são de
competência do 1º Juizado Especial Criminal.
§2º Os pedidos de Habeas corpus, nos casos de crimes de competência da 9ª Vara Criminal, das
varas especiais de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e da Vara Especial do Idoso são
de competência privativa dessas varas.
§3º As Varas da Infância e Juventude, as Varas de Família, a 9ª Vara Criminal, as Varas das
Execuções Penais, a Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e a Vara
Especial do Idoso contarão com equipes multidisciplinares, constituídas por servidores do Poder
Judiciário ou requisitados de outros órgãos do Poder Executivo, conforme resolução do Tribunal de
Justiça.
§4º As ações que envolvam interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos de relevante
interesse social, meio ambiente, improbidade administrativa ambiental e urbanística e que tenham
como parte a Fazenda Pública Estadual ou Municipal são de competência da Vara de Interesses
Difusos e Coletivos.
§5º As Centrais de Inquéritos e Custódia serão regulamentadas por resolução do Tribunal de Justiça
e jurisdicionadas por um juiz titular cada uma.
§6º As 6ª e 7ª varas da Fazenda Pública terão dois juízes de direito titulares cada uma.
§7º (revogado)70
§7º 71 A Vara de Saúde Pública contará com estruturas de apoio para a solução consensual e/ou
administrativa das demandas de sua competência, constituídas por servidores do Poder Judiciário ou
de outros órgãos, incluindo-se o Núcleo de Apoio Técnico do Judiciário (NAT-JUS), previsto na
Resolução nº 238, do Conselho Nacional de Justiça, sendo o funcionamento dessas estruturas de
apoio disciplinadas por meio de resolução do Tribunal de Justiça.
Art. 9-A. 72 A Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados, sediada na Capital, possui
competência exclusiva sobre todo território do Estado do Maranhão para o processo e julgamento:
I – de crimes de pertinência a organização criminosa, conforme o conceito estabelecido no
art. 1º, §1º, da Lei Federal nº 12.850/2013, ressalvada a competência da Justiça Federal;
II – do crime de constituição de milícia privada (art. 288-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal);
III – das infrações penais conexas aos crimes a que se referem incisos I e II do caput deste
artigo, prevalecendo sobre a competência das demais varas especializadas previstas nesta Lei de
Organização Judiciária, ressalvada a competência constitucionalmente atribuída ao Juízo da
Infância e Juventude e ao Tribunal do Júri, em sua segunda fase.
§1º A competência desta Vara Especial abrange a primeira fase do procedimento relativo aos crimes
da competência do Tribunal do Júri conexos aos delitos a que se referem os incisos I e II do caput
deste artigo, encerrando-se com a preclusão da decisão de pronúncia, quando os autos deverão ser
encaminhados ao juiz-presidente do Tribunal do Júri.
§3º As ações penais já em andamento quando da publicação desta Lei Complementar não serão
redistribuídas.
Art. 9º-B. 73 A Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados será composta de 3 (três)
magistrados de entrância final, os quais decidirão e assinarão, em conjunto, todos os atos judiciais
decisórios de competência da unidade, inadmitida referência a voto divergente.
§2º As audiências poderão ser presididas por apenas um dos magistrados, exceto na hipótese de
prolação de sentenças e atos decisórios.
§3º Os atos e audiências inerentes aos feitos em trâmite nesta Vara Especial serão praticados na sua
sede, podendo, sempre que motivadamente e à vista da eficiente prestação jurisdicional, serem
deprecados à qualquer juízo criminal.
§4º A Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados contará com protocolo autônomo, integrado
ao sistema de automação processual.
Parágrafo único. Os serviços do Juizado Especial do Município de Raposa serão exercidos pela
unidade jurisdicional única do Termo Judiciário de Raposa.
§1º A Vara da Infância e Juventude, as Varas de Família, a 4ª Vara Criminal, a Vara das Execuções
Criminais e a Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher contarão com
equipes multidisciplinares, constituídas por servidores do Poder Judiciário ou requisitados de órgãos
do Poder Executivo, conforme resolução do Tribunal de Justiça.
§2º A Central de Inquéritos e Custódia será regulamentada por resolução do Tribunal de Justiça e
jurisdicionada por um juiz de direito que será seu titular e realizará as audiências de custódia
durante o expediente forense além das que não tenham sido realizadas pelo juiz plantonista.
Art. 12. 97 98 99 100 101 102 103 104 105 Na Comarca de Timon, os serviços judiciários serão distribuídos da
seguinte forma:
I – 1ª Vara Cível: Cível e Comércio. Recuperação de Empresas. Curatela e Ausência
II – 2ª Vara Cível: Cível e Comércio. Registros Públicos. Curatela e Ausência;
III – Vara da Família: Família e Sucessões. Casamento. Inventários, Partilhas e
Arrolamentos. Tutela. Alvará.
IV – Vara da Infância e Juventude: Competência e atribuições definidas na legislação
específica.
V – Vara da Fazenda Pública: Fazenda Estadual, Fazenda Municipal e Saúde Pública.
Interesses Difusos e Coletivos. Improbidade administrativa. Fundações. Meio Ambiente e
Urbanismo. Ações do art. 129, inciso II, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.
VI – 1ª Vara Criminal: Processamento e julgamento dos crimes de competência do juiz
singular. Processamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri. Presidência do Tribunal do
Júri. Entorpecentes. Crimes contra a Administração Pública e a Ordem Tributária. Crimes previstos
Art.12-A. 106 107 108 Na Comarca de Açailândia, os serviços judiciários serão distribuídos da seguinte
forma:
I – 1ª Vara Cível: Cível e Comércio. Recuperação de Empresas;
II – 2ªVara Cível: Cível e Comércio. Registros Públicos;
III – 1ª Vara de Família: Família e Sucessões. Casamento. Inventários, Partilhas e
Arrolamentos. Alvarás. Atos infracionais;
IV – 2ª Vara de Família: Família e Sucessões. Casamento. Inventários, Partilhas e
Arrolamentos. Tutela, Curatela e Ausência. Alvarás. Infância e Juventude;
V – Vara da Fazenda Pública: Fazenda Estadual, Fazenda Municipal e Saúde Pública.
Interesses Difusos e Coletivos. Improbidade Administrativa. Meio Ambiente. Ações do art. 129,
inciso II, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Fundações;
VI – 1ª Vara Criminal: Crime. Processamento e Julgamento dos Crimes de Competência do
Juiz Singular. Processamento dos Crimes de Competência do Tribunal do Júri. Entorpecentes.
Execução Penal, inclusive oriundas do Juizado Especial. Correição de presídios. Presidência do
Tribunal do Júri. Habeas Corpus;
VII – 2ª Vara Criminal: Crime. Processamento e julgamento dos crimes de competência do
juiz singular. Processamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri. Entorpecentes.
Presidência do Tribunal do Júri. Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher com a competência prevista no art. 14 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Habeas
corpus;
VIII – Juizado Especial Cível e Criminal, com a competência prevista na legislação
específica.
Art.13. 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 Na Comarca de Caxias os serviços judiciários serão
distribuídos da seguinte forma:
I – 1ª Vara Cível: Cível. Comércio. Recuperação de Empresas. Fazenda e Saúde Pública.
Registros Públicos. Fundações. Cartas Precatórias Cíveis;
II – 2ª Vara Cível: Cível. Comércio. Recuperação de Empresas. Execução Fiscal. Cartas
Precatórias Cíveis;
III – 3ª Vara Cível: Família. Casamento. Sucessões. Tutela, Curatela e Ausência. Infância e
Juventude. Alvarás. Cartas Precatórias de sua competência;
IV – 1ª Vara Criminal: Crime. Processamento e julgamento dos crimes de competência do
juiz singular. Processamento e julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri.
Presidência do Tribunal do Júri. Entorpecente. Cartas precatórias criminais. Habeas Corpus;
V – 2ª Vara: Criminal: Crime. Processamento e julgamento dos crimes de competência do
juiz singular. Processamento e julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri.
Presidência do Tribunal do Júri. Entorpecente. Cartas precatórias criminais. Habeas Corpus;
VI – 3ª Vara Criminal: Execução Penal: regime fechado, semiaberto e aberto, penas e
medidas alternativas, inclusive oriundas do Juizado Especial. Fiscalização e decisão dos incidentes
no livramento condicional ou indulto. Sursis. Correições de presídios para presos de regime fechado
e semiaberto e demais estabelecimentos prisionais para presos provisórios e de regime aberto.
Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, com a competência prevista no art. 14 combinado
com o art. 5º, ambos da Lei nº11.340,de7deagostode 2006, inclusive o processamento e julgamento
dos crimes de competência do Tribunal do Júri com a Presidência deste Tribunal. Crimes contra
criança e adolescentes, inclusive os de competência do Tribunal do Júri, com competência deste
Tribunal. Cartas Precatórias de sua competência. Habeas Corpus.
VII – Juizado Especial Cível e Criminal, com a competência prevista na legislação
específica.
Art. 13-A. 121 122 123 Na comarca de Bacabal, os serviços judiciários serão distribuídos da seguinte
forma:
I – 1ª Vara Cível: Cível. Comércio. Registros Públicos. Fundações. Tutela, Curatela e
Ausência;
II – 2ª Vara Cível: Cível. Comércio. Fazenda Estadual, Fazenda Municipal e Saúde Pública.
Ações do art. 129, inciso II, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Improbidade Administrativa.
Interesses Difusos e Coletivos. Infância e Juventude: cível e administrativa;
III – Vara da Família: Família. Casamento. Sucessões. Inventários, Partilhas e Arrolamentos.
Alvarás;
IV – 1ª Vara Criminal: Crime. Processamento e julgamento dos crimes de competência do
juiz singular. Processamento e julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri.
Presidência do Tribunal do Júri. Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher com a
competência prevista no art.14 combinado com o art. 5º, ambos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de
2006, inclusive o processamento e julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri e a
Presidência deste Tribunal Processamento. Processamento e julgamento dos crimes praticados
contra crianças e adolescentes, inclusive os de competência do Tribunal do Júri e Presidência desse
Tribunal. Entorpecentes. Habeas corpus;
V – 2ª Vara Criminal: Crime. Processamento e julgamento dos crimes de competência do
juiz singular. Processamento e julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri.
Presidência do Tribunal do Júri. Entorpecentes. Infância e Juventude: atos infracionais. Execução
Penal. Habeas Corpus;
VI – Juizado Especial Cível e Criminal, com a competência prevista na legislação
específica.
Art.13-B. 124 125 126 Na comarca de Balsas, os serviços judiciários serão distribuídos da seguinte
forma:
I – 1ª Vara: Cível: Comércio. Fazenda Estadual, Fazenda Municipal e Saúde Pública. Ações
do art.129, inciso II, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Improbidade administrativa. Habeas
Corpus;
II – 2ª Vara: Cível: Comércio. Registros Públicos. Fundações. Habeas Corpus;
III – 3ª Vara: Família: Sucessões. Casamento. Inventário, Partilhas e Arrolamentos. Tutela,
Curatela e Ausência. Alvarás. Habeas Corpus;
IV – 4º Vara: Crime. Processamento e julgamento dos crimes de competência do juiz
singular. Processamento e julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri. Presidência
do Tribunal do Júri. Entorpecentes. Habeas Corpus;
V – 5º Vara: Infância e Juventude: atribuições cíveis e administrativas e processamento e
julgamento de atos infracionais, de acordo com a legislação específica. Juizado Especial da
Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, com a competência prevista no art. 14 combinado
com o art. 5º, ambos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, inclusive o processamento e
julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri com a Presidência deste Tribunal.
Processamento e julgamento de medidas de proteção judicial dos interesses difusos, coletivos e
individuais indisponíveis ou homogêneos previstas na Lei nº 10.741, de 1º de janeiro de 2003
(Estatuto do Idoso). Execução Penal: regime fechado, semiaberto e aberto, penas e medidas
alternativas, inclusive oriundas do Juizado Especial. Fiscalização e decisão dos incidentes no
livramento condicional ou indulto. Sursis. Correições de presídios para presos de regime fechado e
semiaberto e demais estabelecimentos prisionais para presos provisórios e de regime aberto. Habeas
Corpus;
VI – Juizado Especial Cível e Criminal, com a competência prevista na legislação
específica.
Art. 13-C. 127 128 Na comarca de Santa Inês, os serviços judiciários serão distribuídos da seguinte
forma:
I – 1ª Vara: Cível. Comércio. Fazenda Estadual, Fazenda Municipal e Saúde Pública. Ações
do art. 129, inciso II, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de1991. Improbidade administrativa. Habeas
corpus;
II – 2ª Vara: Cível. Comércio. Registros Públicos. Fundações. Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher com a competência prevista no art. 14 combinado com o art. 5º, ambos da
Art. 13-D. 129 130 Na Comarca de Pedreiras, os serviços judiciários serão distribuídos da seguinte
forma:
I – 1ª Vara: Fazenda Estadual, Fazenda Municipal e Saúde Pública. Ações do art. 129, inciso
II, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Improbidade administrativa. Interesses Difusos e
Coletivos. Meio Ambiente;
II – 2ª Vara: Crime. Processamento e julgamento dos crimes de competência do juiz
singular. Processamento e julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri. Presidência
do Tribunal do Júri. Entorpecentes. Crimes praticados contra crianças e adolescentes, inclusive os
de competência do Tribunal do Júri e Presidência desse Tribunal. Execução Penal. Inspeções de
presídios. Infância e Juventude: atos infracionais. Habeas corpus;
III – 3ª Vara: Família. Casamento. Sucessões. Inventário, Partilhas e Arrolamentos. Alvarás.
Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher com a competência prevista no
art. 14 combinado com o art. 5º, ambos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, inclusive o
processamento e julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri. Infância e Juventude:
atribuições cíveis e administrativas;
IV – 4ª Vara: Cível. Comércio. Registros Públicos. Fundações. Tutela, Curatela e Ausência;
V – Juizado Especial Cível e Criminal, com a competência prevista na legislação específica,
inclusive, a execução das decisões deste juizado.
Art.13-E. 131 Na Comarca de Pinheiro, os serviços judiciários serão distribuídos da seguinte forma:
I – 1ª Vara: Cível. Comércio. Fazenda Estadual, Fazenda Municipal e Saúde Pública.
Registros Públicos. Ações do art. 129, inciso II, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.
Improbidade administrativa;
II – 2ª Vara: Cível. Comércio. Fundações. Tutela, Curatela e Ausência. Família. Casamento.
Sucessões. Inventários, Partilhas e Arrolamentos. Alvarás. Infância e Juventude. Juizado Especial de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher com a competência prevista no art. 14 combinado
com o art. 5º, ambos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, inclusive o processamento e
julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri;
III – 3ª Vara: Crime. Processamento e julgamento dos crimes de competência do juiz
singular. Processamento e julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri.
Entorpecentes. Habeas corpus. Execução Penal;
IV – Juizado Especial Cível e Criminal, com a competência prevista na legislação
específica.
Art.13-F. 132 Nas comarcas de Barra do Corda, Chapadinha, Codó, Itapecuru-Mirim e Lago da
Pedra os serviços judiciários serão distribuídos da seguinte forma:
129 AlteradopelaLeiComplementarEstadualnº198/2017.
130 AcrescentadopelaLeiComplementarEstadualnº188/2017.
131 AcrescentadopelaLeiComplementarEstadualnº198/2017.
132 AcrescentadopelaLeiComplementarEstadualnº198/2017.
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I – 1ª Vara: Cível. Comércio. Crime. Fazenda Estadual, Fazenda Municipal e Saúde Pública.
Processamento e julgamento dos crimes de competência do juiz singular. Processamento e
julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri. Presidência do Tribunal do Júri.
Entorpecentes. Ações do art. 129, inciso II, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Improbidade
administrativa. Habeas corpus;
II – 2ª Vara: Cível. Comércio. Crime. Registros Públicos. Fundações. Tutela, Curatela e
Ausência. Processamento e julgamento dos crimes de competência do juiz singular. Processamento
e julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri. Presidência do Tribunal do Júri.
Entorpecentes. Crimes praticados contra crianças e adolescentes, inclusive os de competência do
Tribunal do Júri e Presidência desse Tribunal. Execução Penal. Inspeções de presídios. Habeas
corpus;
III – 3ª Vara: Crime. Família. Casamento. Sucessões. Inventários, Partilha se Arrolamentos.
Alvarás. Processamento e julgamento dos crimes de competência do juiz singular. Processamento e
julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri. Presidência do Tribunal do Júri.
Infância e Juventude. Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher com a
competência prevista no art. 14 combinado com o art. 5º,ambos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de
2006, inclusive o processamento e julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri.
Habeas corpus.
Parágrafo único. O quarto juiz da comarca de Codó é o titular do Juizado Especial Cível e
Criminal, com a competência prevista na legislação específica.
Art. 14. 133 134 135 136 137 138 139 140 Nas comarcas com duas varas os serviços judiciários serão
distribuídos da seguinte forma:
I – 1ª Vara: Cível. Comércio. Crime. Fazenda Estadual, Fazenda Municipal e Saúde
Públicas. Registros Públicos. Fundações. Processamento e julgamento dos crimes de competência
do juiz singular. Processamento e julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri.
Presidência do Tribunal do Júri. Entorpecentes. Crimes contra crianças e adolescentes, inclusive os
de competência do Tribunal do Júri e Presidência desse Tribunal. Execução Penal. Correições de
presídios. Ações do art. 129, inciso II, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Improbidade
Administrativa. Habeas Corpus;
II – 2ª Vara: Cível. Comércio. Crime. Família. Casamento. Sucessões. Tutela, Curatela e
Ausência. Infância e Juventude. Processamento e julgamento dos crimes de competência do juiz
singular. Processamento e julgamento dos crimes de competência do Tribunal do Júri. Presidência
do Tribunal do Júri. Entorpecentes. Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher com a competência prevista no art. 14 combinado com o art. 5º, ambos da Lei 11.340, de 7
de agosto de 2006, inclusive o processamento e julgamento dos crimes de competência do Tribunal
do Júri. Habeas Corpus.
Parágrafo único.(Revogado)
133 AlteradopelaLeiComplementarEstadualnº198/2017.
134 AlteradopelaLeiComplementarEstadualnº159/2013.
135 AlteradopelaLeiComplementarEstadualnº158/2013.
136 AlteradopelaLeiComplementarEstadualnº140/2011.
137 AlteradopelaLeiComplementarEstadualnº131/2010.
138 AlteradopelaLeiComplementarEstadualnº119/2008.
139 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 87/2005.
140 AlteradopelaLeiComplementarEstadualnº67/2003.
22
Art.14-A. 141 142 143 Enquanto não instalada a comarca criada, a competência permanecerá com as
comarcas das quais foram desmembrados os termos judiciários da nova comarca.
§1º Alterada a competência de uma vara pela criação de nova vara e enquanto não for esta instalada,
permanecerá a competência fixada na lei anterior.
§2º Quando da instalação da 2ª Vara em uma comarca, o juiz titular da unidade jurisdicional fará
opção para em qual das duas varas será titularizado.
§3º Quando da instalação de uma vara com competência exclusiva para determinada matéria e essa
competência esteja sendo retirada de outra unidade jurisdicional, também com competência
exclusiva da matéria, será facultado ao juiz da unidade anterior fazer opção pela nova vara, antes da
apreciação dos pedidos de remoção.
Art.15. 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 Em todas as comarcas serão obedecidas as seguintes regras:
I – nos feitos comuns a duas ou mais varas, a competência dos juízes será fixada por
distribuição;
II – havendo impedimento ou suspeição do juiz, será o feito redistribuído, mediante
posterior compensação; salvo em não havendo outra unidade jurisdicional na comarca com a
mesma competência, quando então será designado outro juiz de direito pelo corregedor-geral da
Justiça, para presidi-lo;
III – nos casos de falta ou impedimento dos titulares da comarca, sua competência será
prorrogada, quanto a todos os feitos, ao juiz de direito designado pelo corregedor-geral da Justiça;
IV – as varas de execução penal terão competência para o processamento dos feitos
referentes aos sentenciados que estejam cumprindo penas em estabelecimentos prisionais ou penas e
medidas alternativas em instituições públicas ou privadas localizadas na área de sua jurisdição, bem
como, suspensão condicional do processo, transação penal ou medidas cautelares alternativas à
prisão de réu domiciliado na sua comarca, ainda que as guias de recolhimento para execução sejam
oriundas de outra comarca ou unidade da Federação;
V – para cumprimento do disposto na parte final do inciso anterior, o juiz criminal ou da
execução penal que, por qualquer motivo, transfira de sua jurisdição o sentenciado encaminhará
obrigatoriamente a respectiva guia de recolhimento para execução ao juízo competente;
VI – as atribuições de juiz do Juizado Especial da Fazenda Pública previstas na Lei no
12.153, de 22 de dezembro de 2009, nas comarcas onde não exista Juizado Especial da Fazenda
Pública, serão exercidas pelo Juiz da Vara da Fazenda Pública ou, onde não houver, por juízes de
varas diversas, designados na forma do art. 60-C, § 3º, desta Lei, não importando em modificação
da competência recursal estabelecida no Regimento Interno;
VII – é competente para execução da medida socioeducativa o Juízo da Infância e Juventude
com competência em matéria de ato infracional da comarca onde estiver situada a unidade de
Parágrafo único. Aos Magistrados que acumulem o exercício de jurisdição em mais de uma
unidade jurisdicional ou acumulando turma recursal, será atribuído um terço do subsídio de seu
cargo, correspondente aos dias trabalhados.
Art. 15-A. O Tribunal de Justiça, por maioria absoluta de seus membros, poderá, por meio de
resolução, alterar a denominação e competência de varas, com a consequente redistribuição dos
feitos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo somente será aplicado nas varas que se encontram vagas.
Art. 15-B. 154 O Tribunal de Justiça, por maioria absoluta de seus membros, por meio de resolução,
poderá agregar uma comarca vaga deficitária à outra comarca.
§1º Os critérios para definição de uma comarca como deficitária serão estabelecidos pelo Plenário,
em resolução, aprovada por maioria absoluta de seus membros.
§2º Os servidores da comarca agregada serão removidos para outras unidades judiciárias de acordo
com a necessidade da Administração.
TÍTULO III
Da Organização Judiciária
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
CAPÍTULO II
Do Tribunal de Justiça156
SEÇÃO I
Da Constituição, da Substituição e do Funcionamento
Art. 17. 157 158 159 160 161 O Tribunal de Justiça, com sede na cidade de São Luís, e jurisdição em todo
o Estado, é o órgão supremo do Poder Judiciário Estadual, compor-se-á de 37 (trinta e sete)
desembargadores, dentre os quais serão escolhidos o presidente, o 1º vice-presidente, o 2º vice-
presidente e o corregedor-geral da Justiça, e com as competências e atribuições definidas na
Constituição do Estado, neste Código e no Regimento Interno.
Art. 18. 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 O Tribunal de Justiça funcionará em Plenário, em
Órgão Especial, em uma Seção Cível, em Câmaras Reunidas e Câmaras Isoladas, cujas
especialidades serão especificadas neste Código e no Regimento Interno.
§1º A Seção Cível será presidida pelo vice-presidente, que não exercerá as funções de relator e
revisor e será substituído nas suas férias, licenças ausências e impedimentos, pelo membro da Seção
Cível mais antigo no Tribunal.
§2º São onze as câmaras isoladas, divididas em três criminais e oito cíveis.
§3º As câmaras isoladas, cíveis e criminais, serão compostas de três desembargadores, e presididas,
em sistema de rodízio, a cada ano, pelo desembargador mais antigo na câmara, que também
exercerá as funções de relator, revisor e vogal.
156 Capítulo com o nome alterado pela Lei Complementar Estadual nº 91/2005.
157 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 242/2022.
158 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 199/2017.
159 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 127/2009.
160 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 98/2006.
161 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 36/1997.
162 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 250/2022.
163 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 242/2022.
164 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 234/2021.
165 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 199/2017.
166 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 188/2017.
167 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 160/2013.
168 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 145/2012.
169 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 104/2006.
170 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 98/2006.
171 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 91/2005.
172 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 74/2004.
173 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 37/1997.
174 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 18/1993.
25
§4º As Câmaras Criminais reunidas serão compostas pelos respectivos membros das câmaras
isoladas criminais, e presididas pelo membro mais antigo do Tribunal, que também exercerá as
funções de relator, revisor e vogal.
§5º São duas as câmaras cíveis reunidas, compostas pelos respectivos membros das câmaras cíveis
isoladas e presididas pelo membro de cada uma dessas câmaras cíveis reunidas mais antigo no
Tribunal, que também exercerá as funções de relator e revisor.
I – as Primeiras Câmaras Cíveis Reunidas, com doze membros, são compostas pelos
membros da 1ª, 2ª, 5ª e 7ª câmaras cíveis do Tribunal;
II – as Segundas Câmaras Cíveis Reunidas, com também doze membros, são compostas
pelos membros da 3ª, 4ª e 6ª e 8ª câmaras cíveis do Tribunal.
§6º As competências e atribuições do Plenário, do Órgão Especial, da Seção Cível, das Câmaras
Reunidas e das Câmaras Isoladas serão fixadas neste Código e no Regimento Interno.
§7º Ocorrendo vaga no Tribunal, será facultado aos desembargadores requerer em remoção, até a
posse do novo desembargador, dando-se preferência ao requerente mais antigo.
§9º No caso do parágrafo anterior, se os seus sucessores não integravam câmaras, o presidente, o
vice-presidente e o corregedor-geral da Justiça preencherão respectivamente as vagas dos que
passaram a ocupar os lugares deixados por aqueles.
Art. 18-B. 177 O Órgão Especial, com 23 membros, exercerá todas as atribuições e competências do
Plenário previstas neste Código e no Regimento Interno do Tribunal de Justiça, salvo:
I – eleger, tomar compromisso e dar posse aos membros da Mesa Diretora do Tribunal de
Justiça;
II – eleger os membros do Órgão Especial para as vagas destinadas ao preenchimento por
eleição e dar posse a todos os seus membros;
III – deliberar sobre a alteração do número de desembargadores;
IV – escolher juiz de direito de entrância final para acesso ao Tribunal pelos critérios de
antiguidade e merecimento;
V – formar a lista tríplice dos candidatos ao cargo de desembargador pelo quinto
constitucional;
VI – eleger desembargadores e juízes de direito, titulares e suplentes, que comporão o
Tribunal Regional Eleitoral, bem como elaborar a lista tríplice para preenchimento das vagas
destinadas aos advogados para integrar o mesmo Tribunal Regional Eleitoral;
VII – eleger o diretor e o vice-diretor da Escola Superior da Magistratura;
VIII – realizar as sessões solenes do Plenário previstas neste Código e no Regimento
Interno.
§1º O Órgão Especial se reunirá com no mínimo doze desembargadores, além do seu presidente.
§3º O presidente será substituído em suas férias, ausências, impedimentos e suspeições pelo vice-
presidente ou pelo desembargador mais antigo na sessão.
Art. 19. 178 Ressalvado os casos de nomeação como previsto no art. 94 da Constituição da
República, a investidura no cargo de desembargador será feito por acessos de juízes de direito,
segundo os critérios, alternados, de antiguidade e merecimento.
Parágrafo único. O acesso dos juízes de direito pelos critérios de antiguidade ou merecimento se
dará da mesma forma da promoção dos juízes de uma entrância para outra, prevista neste Código e
no Regimento Interno do Tribunal de Justiça.
Art. 20. 179 180 181 Na composição do Tribunal, 1/5 (um quinto) dos lugares será preenchido por
advogados de notório saber jurídico, com mais de 10(dez) anos de efetiva atividade profissional, e
de membros do Ministério Público Estadual, de notório merecimento, com mais de 10 (dez) anos de
carreira, todas de reputação ilibada e indicadas em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das
respectivas classes.
§1º Recebidas as indicações, o Tribunal formará lista tríplice enviando-a ao Poder Executivo que
nos 20 (vinte) dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
Art.21. 182 183 184 185 186 187 Por maioria dos seus membros efetivos e por votação secreta, o Plenário
elegerá o presidente, o 1º vice-presidente, o 2º vice-presidente e o corregedor-geral da Justiça, na
primeira sessão plenária do mês de fevereiro, dos anos pares, dentre seus membros, para mandato
de dois anos, proibida a reeleição.
§2º O desembargador que tiver exercido dois de quaisquer dos cargos de direção, não figurará mais
entre os elegíveis, até que se esgotem todos os nomes na ordem de antiguidade.
§3° O disposto no parágrafo anterior não se aplica ao desembargador eleito para completar período
de mandato inferior a um ano.
§4º A posse dos eleitos, que será realizada em sessão solene do Plenário, ocorrerá na última sexta-
feira útil do mês de abril do ano da eleição.
Art. 22. 188 189 190 191 192 193 194 195 O Plenário funcionará com a presença, pelo menos, de dezenove
desembargadores, além do presidente; e os seus julgamentos serão tomados por maioria de votos,
salvo os casos que exijam quórum especial.
§1º A Seção Cível funcionará com, pelo menos, doze desembargadores, não incluído o presidente;
as duas câmaras cíveis reunidas funcionarão com no mínimo sete desembargadores cada uma,
incluindo o seu presidente; e as Câmaras Criminais Reunidas, com cinco desembargadores, além do
seu presidente.
§2º Os julgamentos das Câmaras Isoladas serão realizados por três desembargadores.
§3º Os julgamentos do Plenário, das Câmaras Isolada se das Câmaras Reunidas serão tomados por
maioria de votos, ressalvadas as exceções previstas em lei.
§4º No Plenário, em casos de licenças, férias, faltas ou impedimentos, será o presidente substituído
pelo 1º vice-presidente; e na ausência deste, pelo 2º vice- presidente, e este pelos demais membros,
na ordem decrescente de antiguidade.
§5º Nas Câmaras Reunidas, Cíveis ou Criminais, será o presidente substituído pelo desembargador
mais antigo presente à sessão e que seja membro dessa Câmara.
§6º O presidente das Câmaras Isoladas será substituído pelo desembargador mais antigo presente à
sessão e que seja membro dessa Câmara.
§8º Salvo motivo de saúde ou outro de força maior, a critério da Presidência, não serão autorizados
afastamentos simultâneos de integrantes da mesma Câmara Isolada. Não havendo entendimento
prévio entre os interessados para evitar a coincidência, o presidente do Tribunal decidirá sobre o
afastamento.
Art. 23. 196 197 Em caso de afastamento, a qualquer título, por período igualou superior a trinta dias e
igual ou inferior a sessenta, os feitos em poder do desembargador-relator, exceto aqueles em que
tenha lançado o relatório ou pedido inclusão em pauta, serão encaminhados ao magistrado
convocado para substituição.
§1º Os processos dos quais o afastado seja revisor, ainda que incluídos em pauta, serão
encaminhados ao magistrado convocado para substituição.
§2º Nos casos de afastamento de desembargador, a qualquer título, por período superior a sessenta
dias, ou no caso de vacância, todos os processos, inclusive os das exceções previstas no caput deste
artigo, serão encaminhados ao magistrado convocado para substituição.
Art. 24. 198 Quando o afastamento do desembargador-relator for por período inferior a trinta dias,
mas igual ou superior a três dias úteis, serão redistribuídos, mediante oportuna compensação, os
Habeas Corpus, os Mandados de Segurança, os Agravos de Instrumento que aguardem apreciação
de liminar, e outros feitos que, consoante fundada alegação do interessado, reclamem solução
urgente.
Parágrafo único. Nos casos de outros feitos, cabe ao vice-presidente apreciar o pedido de urgência
alegado pela parte.
Art. 25. 199 200 201 Para composição de quorum de julgamento das Câmaras Isoladas ou Reunidas, nos
casos de ausência, impedimento eventual ou afastamento por período inferior a trinta dias, o
desembargador será substituído por membro de outra câmara, de preferência da mesma
especialidade e na forma fixada no Regimento Interno.
Parágrafo único. Quando o afastamento de membro de Câmara Isolada for por período igual ou
superior a trinta dias, a substituição será feita por desembargador de outra Câmara de preferência da
mesma especialidade.
Art.26. 202 203 204 Quando, por impedimento, suspeição ou ausência eventual de desembargador, não
for possível atingir o quorum para julgamento no Plenário, nas Câmaras Reunidas e nas Câmaras
Isoladas, e, no caso das Câmaras Reunidas e das Câmaras Isoladas não for possível proceder-se à
substituição na forma prevista no artigo anterior, serão convocados juízes de direito.
§1º Também serão convocados juízes de direito quando não for possível fazer a substituição de
desembargador por desembargador, nos casos previstos nos artigos 23 e 25 deste Código.
§2º A convocação será feita por sorteio dentre os juízes de direito de entrância final, não podendo
dele participar os já sorteados no ano, os que estejam respondendo ao procedimento previsto no art.
27 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional ou que tenham sido punidos com as penas previstas
no art.42, I, II, III e IV, da mesma Lei.
Art. 27. 205 A redistribuição de feitos, a substituição nos casos de ausência ou impedimento eventual
e a convocação para completar quorum de julgamento, não autorizam a concessão de qualquer
vantagem.
Parágrafo único. Aos desembargadores aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 15 deste
Código206.
Art.28. 207 208 Ordinariamente, o Plenário e as Câmaras isoladas reunir-se-ão uma vez por semana; a
Seção Cível, uma vez por bimestre; e as câmaras reunidas, duas vezes por mês.
Parágrafo único. Serão realizadas sessões extraordinárias sempre que restarem em pauta ou em
Mesa mais de quinze feitos sem julgamento nos casos do Plenário, das Câmaras Reunidas ou
Isoladas; e mais de dez feitos no caso da Seção Cível; ou ainda, a juízo do Presidente do Tribunal,
do Presidente da Seção Cível, dos Presidentes das Câmaras Reunidas ou das Câmaras Isoladas,
quando requerido pelo interessado.
SEÇÃO II
Das Atribuições do Tribunal de Justiça
X – exercer por seus órgãos competentes, o poder disciplinar sobre seus próprios Membros,
Juízes, Serventuários, Funcionários e Auxiliares da Justiça;
XI – representar sobre intervenção federal no Estado e nos Municípios;
XII – encaminhar ao Procurador-Geral da Justiça autos ou quaisquer papéis em que verificar
a existência de crime de ação pública ou contravenção penal;
XIII – determinar, por motivo de interesse público ou em virtude de decisão disciplinar,
mediante votação motivada, em sessão pública, e pelo voto da maioria absoluta de seus membros
efetivos, a remoção, a disponibilidade ou aposentadoria de magistrado, assegurado em todos os
casos o contraditório e a ampla defesa;
XIV – mandar proceder, por intermédio da Corregedoria Geral da Justiça, as sindicâncias,
inquéritos ou correições gerais ou parciais;
XV – determinar o afastamento do Juiz, Funcionários, Serventuários ou Auxiliares da Justiça
submetidos a processo administrativo sindicância ou processo criminal observado o disposto na Lei
Orgânica da Magistratura Nacional.
SUBSEÇÃO I
Da Corregedoria Geral da Justiça
Art.33. 215 O corregedor-geral da Justiça será auxiliado por juízes corregedores que, por delegação,
exercerão as atribuições em relação aos juízes de direito, aos servidores da Justiça de 1ºGrau, aos
serviços extrajudiciais e à polícia judiciária.
§1º Os Juízes de Direito serão indicados pelo Corregedor-Geral e aprovados pelo Tribunal de
Justiça.
§2º Os Juízes de Direito designados ficarão afastados de suas funções judicantes e serão
substituídos até o retorno as suas Varas de origem pelos Juízes de Direito Auxiliares.
Art. 35. Todos os serviços judiciários e de polícia judiciária do Estado ficam sujeitos a correições
pela forma determinada no Regimento das Correições elaborado pela Corregedoria Geral da Justiça
e aprovado pelo Tribunal.
Art. 36. O Corregedor Geral da Justiça será substituído em suas férias, licenças e impedimentos
pelo Desembargador Decano do Tribunal.
Art. 37. Das decisões originárias do Corregedor Geral da Justiça, salvo disposição em contrário,
cabe recurso para o Tribunal de Justiça, no prazo de 05 (cinco) dias, a partir do conhecimento da
decisão pelo interessado.
CAPÍTULO III
Dos Juízes de Direito
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais
Art. 38. 216 O ingresso na Magistratura de carreira dar-se-á no cargo de Juiz Substituto de Entrância
Inicial, mediante concurso público de provas e títulos, realizado pelo Tribunal de Justiça, com a
participação de um representante do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil,
fazendo-se a nomeação pela ordem de classificação, facultado aos candidatos o direito de recusa.
Parágrafo único. Os candidatos serão submetidos a investigação relativa aos aspectos moral e
social e exame de sanidade física e mental bem como a entrevista e outras investigações exigidas no
regulamento do concurso, que definirá para as inscrições.
Art.39. O Concurso será realizado com observância de Regulamento baixado pelo Tribunal de
Justiça.
Art. 40. Aos Juízes de Direito, salvo disposição em contrário, compete o exercício, em primeira
instância, de toda a jurisdição civil, criminal ou de qualquer outra natureza.
Art.41. 217 218 219 220 Ressalvadas as atribuições das autoridades competentes, cabe, ainda, aos juízes
de direito, o desempenho de funções administrativas, especialmente:
I – proceder à inspeção e correição em sua unidade jurisdicional e nas serventias
extrajudiciais quando de sua competência, pelo menos, uma vez por ano, remetendo cópia dos
relatórios à Corregedoria Geral da Justiça;
II – comunicar à Ordem dos Advogados do Brasil as infrações do seu Estatuto, quando
praticadas por integrantes do quadro da Ordem;
III – levar ao conhecimento do Procurador-Geral da Justiça, as infrações praticadas por
membro do Ministério Público na Comarca;
IV – conceder férias, licença para tratamento de saúde, licença para gestante e licença-
paternidade de acordo com o disposto nos arts. 117, 118,118-A e 118-B deste Código;
V – enviar à Corregedoria Geral da Justiça, até 31 de março de cada ano, relatório completo
da situação estrutural e do movimento forense em sua unidade jurisdicional, referente ao ano
anterior, de acordo com modelo estabelecido pela Corregedoria;
VI – remeter até o dia dez de cada mês mapa do movimento forense mensal, conforme
modelo fornecido pela Corregedoria Geral da Justiça, salvo se tal relatório puder ser obtido pela
coleta de dados dos sistemas de informática e for dispensado pelo corregedor-geral;
VII – decidir as suspeições opostas aos Juízes de Paz, Membros do Ministério Público,
Serventuários e Auxiliares da Justiça, em suas Comarcas;
VIII – desempenhar atribuições delegadas ou solicitadas por autoridades Judiciárias federal
ou estadual;
IX – exercer qualquer outra função, atribuição ou competência não especificada, mas
decorrente de lei, deste Código, de Regimento ou Regulamento;
216 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 131/2010.
217 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 184/2016.
218 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 157/2013.
219 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 157/2013.
220 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 126/2009.
33
§1º Quando promovido por antiguidade, ou por merecimento, o juiz de direito de comarca, cuja
entrância tenha sido elevada, poderá requerer ao Tribunal, no prazo de cinco dias, contados da
sessão que o promoveu, que sua promoção se efetive na comarca ou vara de que era titular.
§2º O pedido, depois de ouvido o corregedor-geral da Justiça, será decidido pelo Plenário, por
maioria de votos.
Art. 42-A. 222 223 224 O juiz titular de unidade judicial em comarca de entrância intermediária com
mais de 150.000 habitantes no termo sede, que for promovido para entrância final, poderá optar por
permanecer na mesma unidade judiciária de entrância intermediária de que era titular.
§1º Para efetivação da opção de que trata o caput deste artigo, o juiz deverá fazer o pedido quando
da inscrição da promoção e obtendo parecer favorável da Corregedoria Geral da Justiça, e ter o
pedido deferido pelo Plenário, por maioria absoluta de votos, cujo requerimento deverá ser
apreciado logo após a promoção.
§2º Os juízes que tiveram seus pedidos deferidos na forma do parágrafo anterior permanecerão na
sua posição na lista de antiguidade, independentemente de titularização.
§3º Os juízes que tiveram seus pedidos deferidos na forma do §1º só poderão requerer remoção, por
antiguidade ou merecimento, para a Comarca da Ilha de São Luís, se não precedidos, na lista de
antiguidade, de juízes auxiliares a serem titularizados na Comarca da Ilha de São Luís, respeitada a
antiguidade, no caso de remoção por antiguidade, e respeitada a primeira quinta parte da lista de
antiguidade ou os quintos sucessivos quando se tratar de remoção por merecimento.
§5º Os juízes titularizados nos termos judiciários de Paço do Lumiar, São José de Ribamar e
Raposa, após a criação da Comarca da Ilha de São Luís, só poderão requerer remoção, por
antiguidade ou merecimento, para o Termo Judiciário de São Luís, se não precedidos, na lista de
antiguidade, de juízes auxiliares que se encontram na regra de transição, constante do art. 7º da Lei
Complementar nº158, de 21 de outubro de 2013, cuja antiguidade deve ser preservada para todos os
efeitos, no caso de remoção por antiguidade, e respeitada a primeira quinta parte da lista de
antiguidade ou os quintos sucessivos quando se tratar de remoção por merecimento.
Art. 43. 225 A diretoria do fórum das comarcas de entrância intermediária será exercida por um dos
juízes titulares designado pelo corregedor-geral da Justiça para o período de um ano.
§2º A ordem de antiguidade poderá ser desconsiderada se o juiz mais antigo declinar da indicação.
CAPÍTULO IV226
Dos Juízes de Direito Auxiliares de Entrância Final e dos Juízes de Direito Substitutos de
Entrância Inicial
SEÇÃO I227
Dos Juízes de Direito Auxiliares de Entrância Final
Art. 44. 228 229 230 231 232 233 234 235
Haverá na Comarca da Ilha de São Luís 42 juízes de direito
auxiliares.
§2º Os Juízes de Direito Auxiliares, com jurisdição cumulativa ou em substituição, por prazo
determinado ou não, terão jurisdição plena, respeitado o princípio processual da vinculação à causa,
nos casos de instrução iniciada em audiência.
§3º Nos casos de jurisdição cumulativa, a cooperação prestada ao juiz titular será especificada no
ato de designação.
§4º As vagas de titulares de unidades jurisdicionais que surgirem na Comarca da Ilha de São Luí se
não preenchidas por remoção, serão preenchidas pelos juízes auxiliares, obedecida à ordem de
antiguidade, sem direito à recusa; e, na falta de juízes auxiliares, por juízes de direito de entrância
intermediária, por promoção pelos critérios de antiguidade e merecimento, alternadamente,
observado o disposto no parágrafo seguinte.
§5º Antes da titularização do Juiz Auxiliar em Vara, Juizado ou Turma Recursal Permanente,
deverão ser apreciados pelo Tribunal os pedidos de remoção por ventura existentes.
SEÇÃO II236
Dos Juízes de Direito Substitutos de Entrância Inicial
Art. 45. 237 238 239 Para as comarcas de entrâncias inicial e intermediária, haverá um Juiz de Direito
Substituto de Entrância Inicial para cada grupo de quatro juízes de direito titulares.
§2º Os Juízes de Direito Substitutos, com jurisdição cumulativa ou em substituição, por prazo
determinado ou não, terão jurisdição plena, respeitado o princípio processual da vinculação à causa,
nos casos de instrução iniciada em audiência.
§3º Nos casos de jurisdição cumulativa, a cooperação prestada ao juiz titular será especificada no
ato de designação.
§4º As vagas de titulares de entrância inicial serão preenchidas pelos juízes substitutos, obedecida à
ordem de antiguidade, sem direito à recusa.
§5º Antes da titularização do juiz substituto, deverão ser apreciados pelo Tribunal os pedidos de
remoção por ventura existentes.
§6º O Tribunal de Justiça disporá, em resolução, sobre a divisão do Estado em Zonas, apreciando
quadro elaborado pela Corregedoria no prazo de trinta dias, contados da vigência do presente
Código com indicação das respectivas sedes.
CAPÍTULO V
Do Tribunal do Júri
Art. 46. Em cada Município funcionará, pelo menos, 01 (um) Tribunal do Júri, com a composição e
organização determinadas pelo Código de Processo Penal, assegurado o sigilo das votações, a
plenitude da defesa e a soberania dos veredictos.
Art. 47. 240 241 A Presidência do Tribunal do Júri será exercida, na comarca de São Luís pelos juízes
das varas do Tribunal do Júri; e, nas demais comarcas de acordo com suas competências.
Art.48. 242 243 244 Caberão a todos os juízes com competência para a Presidência do Tribunal do Júri
as providências de que tratam os artigos 425 e 426 do Código de Processo Penal.
Art.49. 245 246 247 Nos termos judiciários de todas as comarcas, o Tribunal do Júri reunir-se-á,
ordinariamente em qualquer dia útil do mês.
§1º O presidente do Tribunal do Júri comunicará ao corregedor geral da Justiça as datas das
reuniões do Tribunal do Júri.
§2º Quando, por qualquer motivo, não funcionar o Tribunal do Júri em suas reuniões ordinárias, o
presidente do Tribunal do Júri comunicará o fato ao corregedor-geral da Justiça.
§3º Serão convocadas reuniões extraordinárias sempre que, por motivo justificado, não se puder
efetuar a reunião ordinária ou quando houver processo de réu preso há mais de sessenta dias.
Art. 50. 248 Não entrarão em gozo de férias os Juízes que não cumprirem, nos devidos prazos, o
disposto no artigo anterior e seus parágrafos.
Parágrafo único. Não serão promovidos, removidos ou permutados, os juízes de direito que não
tenham realizados, quando de sua competência, sessões do Tribunal do Júri, nos seis meses
anteriores, salvo motivo justificado.
Art. 51. O sorteio dos jurados far-se-á de 10 (dez) a 15 (quinze) dias antes da data designada para o
início da reunião ordinária do Tribunal do Júri.
CAPÍTULO VI
Da Justiça Militar do Estado
Art. 53. 250 Compete a Justiça Militar o processo e julgamento dos crimes militares definidos em lei,
praticados por Oficiais e Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militares do Estado do
Maranhão.
Art. 54. 251 Os feitos da competência da Justiça Militar serão processados e Julgados de acordo com
o Código de Processo Penal Militar e, no que couber, respeitada a competência do Tribunal de
Justiça, pela Lei de Organização Judiciária Militar.
Art.55. 252 Ao Tribunal de Justiça caberá decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e
da graduação dos Praças.
Art. 56. 253 A Auditoria da Justiça Militar será composta de um (01) Juiz Auditor, um (01) Promotor
de Justiça e um (01) Defensor Público.
Art. 57. 254 O cargo de Juiz Auditor será exercido por um Juiz de Direito da Comarca de São Luís,
sem prejuízo de suas garantias e vantagens, inclusive remoção, permuta e acesso ao Tribunal, e sua
titularização será feita nos termos do §4º do art. 44 deste Código.
Parágrafo único. O Juiz Auditor será auxiliado e substituído em suas férias, licenças e
impedimentos por um dos Juízes de Direito Auxiliares da Comarca de São Luís, designado pelo
corregedor-geral da Justiça.
Art. 58. 255 Ao Juiz Auditor, além da competência de que trata a legislação federal e estadual
compete:
I – presidir os Conselhos de Justiça, relatar todos os processos e redigir as sentenças e
decisões do Conselho;
II – expedir alvará, mandados e outros atos, em cumprimento às decisões dos Conselhos ou
no exercício de suas próprias funções;
III – conceder Habeas Corpus, quando a coação partir de autoridade administrativa ou
judiciária militar, ressalvada a competência do Tribunal de Justiça;
IV – exercer supervisão administrativa dos serviços da Auditoria e o poder disciplinar sobre
servidores que nela estiverem lotados, respeitada a competência da Corregedoria de Justiça.
Art. 59. 256 257 Os serviços auxiliares da Justiça Militar serão exercidos por um secretário judicial,
por dois oficiais de justiça e pelos demais funcionários necessários.
CAPÍTULO VII259
Dos Juizados Especiais
Art.60. 260 261 262 263 264 Integram o Sistema de Juizados Especiais:
I – o Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais;
II – a Turma de Uniformização de Jurisprudência;
III – as Turmas Recursais;
IV – os Juizados Especiais Cíveis e das Relações do Consumo;
V – os Juizados Especiais Criminais;
VI – os Juizados da Fazenda Pública; e,
VII – os Juizados Especiais Cíveis e Criminais;
VIII – Juizados Especiais do Trânsito.
Art.60-A. 265 266 267 268 Compõem o Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais:
I – o 2º vice-presidente, que o presidirá;
II – o presidente da Turma de Uniformização de Jurisprudência;
III – o juiz coordenador;
IV – um juiz das turmas recursais;
V – um juiz dos juizados especiais cíveis, da Fazenda Pública ou do Trânsito; e
VI – um juiz dos juizados especiais criminais.
Art. 60-B. 269 270 As Turmas Recursais serão compostas por três Juízes titulares e três suplentes,
todos togados e em exercício no primeiro grau de jurisdição.
§1º O Tribunal de Justiça criará tantas turmas quanto necessárias, designando no ato de criação a
sua sede e será presidida pelo Juiz mais antigo na Turma.
§2º Compete às Turmas Recursais Cíveis e Criminais, processar e julgar os recursos interpostos
contra as decisões dos respectivos Juizados Especiais, bem como os embargos de declaração de suas
próprias decisões.
§3º As Turmas Recursais Cíveis e Criminais são igualmente competentes para processar e julgar os
mandados de segurança e os habeas corpus impetrados contra Juiz de Direito dos Juizados
Especiais.
§4º Os mandados de segurança impetrados contra ato de Juiz de Turma Recursal ou contra decisões
por ela emanadas, serão processados e julgados pela própria Turma Recursal, convocado em
qualquer caso um suplente que será o relator.
§5º No Termo Judiciário de São Luís, haverá 02 (duas) Turmas Recursais Permanentes,
denominadas de 1ª e 2ª Turmas Recursais Permanentes da Comarca da Ilha de São Luís, compostas,
cada uma, por 03 (três) Juízes de Direito Titulares de Entrância Final.
§6º Os cargos de Juiz de Direito Titular de Turmas Recursais Permanentes da Comarca da Ilha de
São Luís serão providos mediante remoção entre Juízes de Entrância Final, alternadamente pelos
critérios de antiguidade e merecimento, observado, no que couber, o disposto nas alíneas a, b, c e e
do inciso II do art. 93 da Constituição Federal ou, na falta de candidatos a remoção, por
titularização de Juízes Auxiliares de Entrância Final.
§7º As Turmas Recursais Permanentes da Comarca da Ilha de São Luís poderão ter jurisdição sob
outras comarcas, a serem designadas por Resolução do Tribunal de Justiça.
§8º As Turmas Recursais Permanentes da Comarca da Ilha de São Luís serão presididas, em regime
de rodízio, por um de seus membros, com mandato de 2 (dois) anos, iniciando pelo membro mais
antigo, sem recondução até que se esgote a ordem de antiguidade de seus integrantes.
§9º As Turmas Recursais Permanentes da Comarca da Ilha de São Luís terão uma secretaria judicial
única com seu respectivo Secretário Judicial, e os servidores necessários ao seu funcionamento.
Art.60-C. 271 272 273 274 275 276 277 Os Juizados Especiais são presididos por Juízes de Direito integrantes
da carreira da magistratura, cada qual constituindo uma unidade jurisdicional.
§1º As unidades jurisdicionais dos Juizados Especiais serão criadas por lei, condicionada a
instalação à criação dos respectivos cargos de juiz titular.
§2º Em cada unidade jurisdicional o Juiz de Direito poderá contar com o auxílio de Juízes Leigos,
Conciliadores e, eventualmente, Juízes de Paz, mediante designação do Presidente do Tribunal de
Justiça.
§3º As atividades dos juízes leigos e conciliadores, exercidas voluntariamente por não servidores do
Poder Judiciário, serão consideradas serviço público relevante, não importando em vínculo
estatutário ou trabalhista com o Poder Judiciário, mas constituindo títulos em concurso para
provimento de cargos do Poder Judiciário.
§4º Cada unidade jurisdicional dos Juizados Especiais contará com um secretário, dois oficiais de
justiça e os demais funcionários necessários para seu funcionamento.
§6º Nas comarcas com mais de um juizado da mesma competência, a distribuição será feita pelo
critério territorial, de acordo com resolução expedida pelo Plenário fixando as áreas territoriais dos
respectivos juizados.
§7º O Tribunal de Justiça regulamentará, por meio de resolução, a instalação e o funcionamento das
unidades jurisdicionais dos juizados especiais e das turmas recursais.
§8º Ao funcionário do Poder Judiciário, pelo exercício das atividades de conciliador, se bacharel em
Direito, será atribuída uma função gratificada.
§9º Os conciliadores e juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros, dentre
bacharéis em Direito, e os segundos, dentre advogados com mais de cinco anos de prática forense,
que ficarão impedidos do exercício da advocacia perante o Sistema dos Juizados Especiais da
respectiva comarca, enquanto desempenhar em tais funções.
§11 Os juízes leigos, quando remunerados ou indenizados a qualquer título, serão recrutados por
prazo determinado, permitida uma recondução, mediante processo seletivo público de provas e
títulos, ainda que simplificados, cujo concurso será iniciado por provocação do Conselho de
Supervisão dos Juizados Especiais e aprovação do Plenário.
§12 Enquanto não instalados Juizados da Fazenda Pública autônomos, o Tribunal de Justiça
designará, dentre as varas da Fazenda Pública existentes, aquelas que atenderão as demandas de
competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública.
§13 Nas Comarcas em que não houver vara da Fazenda Pública, a designação recairá sobre vara
diversa, que deverá observar, de modo fundamentado, critérios objetivos, não importando em
modificação da competência recursal estabelecida no Regimento Interno do Tribunal de Justiça do
Estado do Maranhão.
§14 Ficam excluídas da competência das Turmas Recursais Cíveis e Criminais as demandas
processados e julgadas pelos juízes investidos na competência dos Juizados Especiais da Fazenda
Pública, enquanto estes não forem criados e instalados.
41
Art. 60-D. 278 O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento
das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:
I – As de valor não excedente a quarenta vezes o salário-mínimo;
II – As enumeradas no artigo 275, inciso II, do Código de Processo Civil;
III – As ações de despejo para uso próprio;
IV – As ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I
deste artigo.
§1º Compete ao Juizado Especial Cível ou ao Juizado Especial das Execuções Cíveis onde houver,
promover a execução:
I – dos seus julgados;
II – dos títulos executivos extrajudiciais de valor até quarenta vezes o salário-mínimo,
observados o disposto no § 1º do art. 8º, da Lei nº 9.099/95 e a regulamentação da Lei nº 9.541/99.
§3º A opção pelo procedimento previsto no §3º do artigo 3º da Lei nº9.099/95 importará renúncia ao
crédito que exceder ao limite estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese de conciliação.
§4º Aos Juizados Especiais Cíveis compete cumprir os atos deprecados oriundos de Juizados
Especiais Cíveis de todo o território nacional, mediante distribuição para cada unidade jurisdicional,
onde houver mais de uma, após regulamentação pelo Conselho de Supervisão.
Art.60-E. 279 280 O Juizado Especial Criminal tem competência para a conciliação, transação,
processo, julgamento e execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, assim
consideradas:
I – os crimes a que lei comine pena máxima não superior a dois anos, cumulada ou não com
multa;
II – as contravenções penais.
Parágrafo único. O termo circunstanciado a que alude o art. 69 da Lei nº9.099,de26 de setembro
de 1995, será lavrado pela autoridade policial civil competente que tomar conhecimento da
ocorrência.
Art. 60-F. 281 Compete também ao Juizado Especial Criminal promover a execução dos seus
julgados, salvo o disposto no artigo 74 da Lei 9.099/95 e nos casos de competência exclusiva da
Vara de Execuções Penais, quanto às sentenças penais condenatórias.
Parágrafo único. Os atos deprecados oriundos de Juizados Especiais Criminais de todo o território
nacional devem ser cumpridos pelas unidades jurisdicionais do Estado, mediante distribuição, onde
houver mais de uma.
Art.60-G. 282 283 Nas comarcas sem unidades jurisdicionais de juizados especiais instaladas, as
atribuições dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais são atribuídas, por distribuição, a todas as
varas.
Parágrafo único. Na vara que disponha de juiz de direito substituto auxiliando, a este competirá o
procedimento e julgamento dos processos dos juizados especiais.
Art. 60-H. 284 As unidades jurisdicionais cíveis e criminais dos juizados especiais poderão funcionar
em horário noturno, bem como, aos sábados, domingos e feriados, atendidas as peculiaridades de
cada uma delas ou da Comarca.
§1º Sem prejuízo do funcionamento das unidades jurisdicionais fixas, em cada Comarca, poderá o
Tribunal de Justiça criar tantos postos avançados quantos necessários ao melhor atendimento do
jurisdicionado.
§2º No interesse da Justiça, poderão também as unidades jurisdicionais atuar de forma móvel ou
itinerante.
Art. 60-I. 285 O acesso ao Juizado Especial Cível independerá, em primeiro grau de Jurisdição, do
pagamento de custas, taxas ou despesas.
§2º Para o efeito do disposto no §1º, bem como do contido no artigo 55, primeira parte, da Lei nº
9.099/95, deverão ser cotadas, no curso do processo, as custas, taxas e despesas previstas na Lei de
Custas, ou em Resolução do Tribunal de Justiça, inclusive aquelas que foram inicialmente
dispensadas em primeiro grau de jurisdição.
§3º Na hipótese de não provimento do re curso, o vencido arcará com o valor das custas, taxas e
despesas que foram recolhidas pela parte recorrente na oportunidade da interposição, além de
honorários de advogado, na forma de Lei nº 9.099/95.
§4º Na execução serão cotadas custas, mas o seu pagamento ocorrerá apenas se reconhecida a
litigância de má fé, se julgados improcedentes os embargos do devedor ou se tratar de execução de
sentença que tenha sido objeto de recurso não provido do devedor, sendo que, nesta última hipótese,
as custas devem integrar, desde o início, o cálculo do débito em execução.
§5º A isenção de custas, taxas ou despesas previstas no caput deste artigo não se aplica a terceiros
não envolvidos na relação processual, para feito de expedição de certidões pelos Juizados,
ressalvados os casos de pessoas pobres.
CAPÍTULO VIII286
Da Justiça de Paz
Art.61. 287 288 A Justiça de Paz será exercida por juízes de paz remunerados, eleitos pelo voto direto,
universal e secreto, com mandato de quatro anos, permitida uma reeleição.
Parágrafo único. Haverá um juiz de paz para cada Serventia Extrajudicial de Registro Civil
existente no Estado do Maranhão.
Art.61-A. 289 290 As datas para realização das eleições e posse de juiz de paz serão marcadas pelo
Tribunal de Justiça do Estado, através de resolução.
Art.61-B. 291 O processo eleitoral para a eleição do juiz de paz será presidido pelo juiz eleitoral da
comarca a qual a serventia extrajudicial esteja vinculada, considerando-se eleito juiz de paz o
candidato que obtiver maioria de votos, e seus suplentes os dois que se seguirem na ordem
decrescente da votação, aplicando-se, subsidiariamente, o Código Eleitoral e a legislação específica
que não conflitar com esta lei.
Parágrafo único. Em caso de empate na votação, considerar-se-á eleito o candidato mais idoso,
aplicando-se o mesmo critério na eleição dos suplentes.
Art.61-C. 292 As candidaturas serão registradas perante o juiz eleitoral competente para a realização
das eleições, obedecidas às normas estabelecidas pelo Tribunal Regional Eleitoral.
Art. 61-E. 294 O juiz de paz eleito e diplomado entrará em exercício perante o juiz de direito diretor
do fórum da comarca a que estiver vinculada a serventia extrajudicial.
Art.61-F. 295 Caberá ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Maranhão expedir as instruções
relativas à regulamentação da eleição, bem como definir os locais de votação correspondentes a
cada serventia.
§1º A renúncia se procede mediante declaração de vontade do renunciante, apresentada por escrito
ao juiz de direito diretor do fórum.
Art. 61-H. 297 A perda do cargo decorrente das hipóteses alinhadas no § 2ºdo artigo anterior, incisos
I, II, e III, deve ser precedida da instauração de processo administrativo, a ser presidido pelo juiz de
direito diretor do fórum, assegurada a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes, na
forma estabelecida neste código e subsidiariamente no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do
Estado.
Parágrafo único. Decidida a perda do cargo, o juiz de direito diretor do fórum afastará o juiz de
paz do exercício de suas funções e fará imediata comunicação ao Tribunal de Justiça do Maranhão.
Art. 61-I. 298 A extinção do mandato do juiz de paz, em todos os casos previstos no art.61-I, será
decretada pelo Tribunal de Justiça do Maranhão que designará o suplente.
Art. 61-J. 299 Inexistindo suplente para a convocação, se faltarem mais de 2(dois) anos para o
término do mandato, o juiz de direito diretor do fórum comunicará o fato ao Tribunal de Justiça do
Maranhão, que fixará o dia e expedirá as instruções para a realização da eleição suplementar no
prazo máximo de 60 (sessenta) dias.
Art. 61-L. 300 Nos casos de falta, impedimento ou ausência eventual do juiz de paz, a sua
substituição é feita pelo suplente.
Parágrafo único. Nos casos de falta, ausência ou impedimento do juiz de paz e de seus suplentes,
caberá ao juiz de direito da comarca diretor do fórum a nomeação de Juiz de Paz ad hoc.
Art. 61-M. 301 Compete ao juiz de paz em exercício na sede da Serventia Extrajudicial presidir o
processo de habilitação e a solenidade da celebração do casamento, atribuições conciliatórias, sem
caráter jurisdicional, além de outras reguladas por resolução do Tribunal de Justiça do Estado do
Maranhão.
Art. 61-N. 302 Somente serão realizadas eleições para a função de Juiz de Paz nos municípios onde
existirem serventias extrajudiciais instaladas.
TÍTULO IV
Do Compromisso, da Posse, Dos Exercícios e da Matrícula
Art. 62. 303 304 Os magistrados tomarão posse nos seus cargos no prazo de trinta dias, contados da
publicação do respectivo ato de provimento no Diário da Justiça.
§1º Todos os empossados, mesmo nos casos de promoção, remoção, permuta ou titularização, farão
antecipada declaração de bens e prestarão compromisso de bem servir, considerando-se completo o
ato, para os efeitos legais, somente depois de inicia do o exercício.
§2º A posse dos juízes de direito substitutos de entrância inicial será precedida de exame de
sanidade física e mental perante junta médica do Tribunal de Justiça.
§4º O prazo para o exercício será de trinta dias para juízes de direito substitutos de entrância inicial
e de quinze dias para os juízes de direito titulares quando se tratar de promoção, remoção ou
permuta, em ambos os casos conta dos da posse.
§5º Os juízes de direito substitutos de entrância inicial, quando titularizados, terão o prazo de
quinze dias para o exercício; e os juízes de direito auxiliares de entrância final, quando titularizados,
terão prazo de três dias para o exercício, em ambos os casos contados da posse.
§6º Nenhum magistrado, mesmo antes de iniciado o exercício, poderá praticar quaisquer atos na sua
antiga comarca, vara ou juizado após a posse em razão de promoção, permuta, remoção ou
titularização.
§7º Considerar-se-á sem efeito o ato de nomeação, promoção, remoção ou permuta caso não se
verifique a posse no prazo estabelecido neste artigo, salvo casos de doença comprovada e
apreciados pelo Plenário.
§8º Não será permitida a desistência de promoção, remoção e permuta após a posse; e o não
exercício nos prazos estabelecidos implicará abandono de cargo.
§9º Os juízes de direito substitutos de entrância inicial e os juízes de direito auxiliares de entrância
final não poderão recusar a titularização, que será sempre de acordo com a ordem de antiguidade,
sob pena de caracterização de abandono do cargo.
§2º Os desembargadores, caso requeiram, poderão prestar compromisso e tomar posse perante o
presidente do Tribunal de Justiça.
§3º A posse dos juízes de direito substitutos de entrância inicial terá caráter solene.
§4º Os juízes de direito titulares entrarão em exercício na comarca, vara ou juizado no qual
tomaram posse, devendo encaminhar cópias do termo de exercício ao presidente do Tribunal de
Justiça, ao corregedor-geral da Justiça e ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral.
§5º Os juízes de direito substitutos de entrância inicial e os juízes de direito auxiliares de entrância
final entrarão em exercício perante o corregedor-geral da Justiça.
Art. 64. 307 308 Os Desembargadores, Juízes de Direito, Juízes Auxiliares e Juízes Substitutos serão
matriculados na Secretaria do Tribunal, devendo conter no respectivo prontuário:
I – nome e data do nascimento do Magistrado, do cônjuge, dos filhos e de outros
dependentes;
II – endereço e datas de nomeação, posse e exercício inclusive suas interrupções, emotivos;
III – datas e motivos das remoções permutas e promoções, bem como anotações sobre
exercício inclusive suas interrupções e motivos;
IV – anotações sobre processos criminais e processos administrativos disciplinares
instaurados contra o matriculado com as respectivas decisões finais.
§1º A matrícula será feita em livro próprio aberto, rubricando e encerrado pelo Presidente do
Tribunal de Justiça.
§2º Pelos dados constantes da matrícula e do prontuário será feito em fichário, o Boletim individual.
TÍTULO V
Da Remoção, Da Permuta, Da Promoção, Da Disponibilidade e Da Aposentadoria
Art. 65. 309 O tempo de serviço do Juiz será o constante da matrícula por cujos assentamentos serão
organizadas as listas de antiguidade para promoções.
Art. 66. 310 311 Entende-se por antiguidade o tempo de efetivo serviço na Entrância deduzidas as
interrupções, exceto as licenças especiais para tratamento de saúde até 90 (noventa) dias, as férias,
os afastamentos para responder a processos criminal e os determinados pelo Tribunal de Justiça ou
pela Justiça Eleitoral para cumprimento demissões.
Parágrafo único. Havendo empate na antiguidade, cujo tempo será sempre contado da data da
posse, atender-se-á, sucessivamente, para prevalência:
I – a data do exercício;
II – a data da sessão de promoção;
III – a antiguidade na entrância anterior;
IV – a classificação no concurso, nos casos de juízes de entrância inicial.
Art. 67. A lista de antiguidade será anualmente atualizada, com a inclusão dos novos Juízes e a
exclusão dos aposentados, falecidos, ou que, por qual quer motivo, houver em perdido o cargo.
Art. 68. Em caso de mudança de sede do Juízo, será facultado ao Juiz remover-se para Comarcas de
igual entrância, se houver vaga ou obter a disponibilidade, com vencimentos integrais.
Art. 69. 313 314 Na magistratura de entrância, antes do provimento inicial ou da promoção por
antiguidade ou merecimento será facultada a remoção.
Parágrafo único. A ocorrência de vaga na entrância inicial que caiba remoção ou de vaga nas
entrâncias intermediárias ou final a serem preenchidas pelos critérios de antiguidade ou de
merecimento deverá ser divulgada por meio de edital, para que os juízes interessados possam
requerer remoção no prazo de cinco dias.
Art.70. 315 A promoção de juiz de direito far-se-á de entrância para entrância, alternadamente, por
antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes regras:
I – a antiguidade será apurada na entrância, assim como o merecimento, este mediante lista
tríplice quando possível;
II – na apuração da antiguidade, o Plenário somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo
voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio estabelecido
no Regimento Interno, e assegurada a ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
III – a promoção por merecimento requer dois anos de exercício na respectiva entrância e
integre o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais
requisitos quem aceite o lugar vago;
309 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 18/1993.
310 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 144/2011.
311 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 74/2004.
312 Revogado pela Lei Complementar Estadual nº 119/2008.
313 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 171/2014.
314 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 119/2008.
315 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 126/2009.
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Parágrafo único. Vagando comarca de entrância inicial e decididos os pedidos de remoção, será a
mesma provida por juiz de direito substituto de entrância inicial, obedecida a ordem de antiguidade.
Art. 71. 316 A disponibilidade não punitiva assegura ao magistrado, como se em exercício estivesse,
a percepção de subsídio e vantagens incorporáveis, bem como a contagem de tempo de serviço,
exceto as vantagens que supõem efetivo exercício da Magistratura, não o isentando, contudo das
vedações constitucionais impostas aos magistrados.
§1º Ao juiz em disponibilidade não punitiva é assegurada a opção de titularidade entre as unidades
jurisdicionais vagas de igual entrância, salvos e existir unidade vaga na comarca em que se
encontrava ao ser posto em disponibilidade, quando então será nesta titularizado.
Art. 72. 317 A aposentadoria dos magistrados será compulsória aos 75 anos de idade, ou por
invalidez, comprovada, ou, ainda, facultativa, aos trinta anos de serviços, após cinco anos de
exercício efetivo na judicatura, em todos esses casos, com subsídios integrais.
TÍTULO VI
Dos Direitos e Garantias
Art. 73. 318 319 Os Magistrados gozam das seguintes garantias, na forma da Constituição Federal:
I – vitaliciedade;
II – inamovibilidade;
III – irredutibilidade de subsídio.
§1º A vitaliciedade só será adquirida pelos juízes de direito substitutos de entrância inicial, após
dois anos de efetivo exercício no cargo, contados a partir da data do exercício.
§2º O corregedor-geral da Justiça apresentará ao Tribunal, até três meses antes do final do biênio de
que trata o parágrafo anterior, relatório das atividades do juiz de direito substituto de entrância
inicial.
§3º O Tribunal, por maioria absoluta de seus membros poderá exonerar o Juiz de Direito Substituto
que revelar escassa capacidade de trabalho ou personalidade incompatível com os encargos, deveres
e responsabilidade da Magistratura, assegurada ampla defesa.
Art. 74. São prerrogativas dos Magistrados mesmo em disponibilidade ou aposentados as previstas
no art. 33 seus incisos e parágrafo único da Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
TÍTULO VII
Das Incompatibilidades
Art. 75. No Tribunal de Justiça não poderão ter assento na mesma Câmara ou Sessão cônjuges e
parentes consanguíneos ou afins em linha reta, bem como em linha colateral até o terceiro grau.
Parágrafo único. Nas Sessões do Tribunal Pleno primeiro dos membros mutuamente impedidos,
que votar, excluirá a participação do outro no julgamento.
Art. 76. Não poderão funcionar no mesmo Juízo, como Juízes, Promotores ou Serventuários de
Justiça, os que entre si forem marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro, cunhado
ou parentes colaterais até o terceiro grau, inclusive.
TÍTULO VIII
Dos Subsídios e Vantagens
§1º O subsídio dos desembargadores corresponde a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por
cento do subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
§2º Os subsídios dos Juízes de Direito serão fixados com a diferença de 5%(cinco por cento) de
uma para outra entrância, atribuindo-se aos de entrância mais elevada 95% (noventa e cinco por
cento) dos subsídios dos Desembargadores.
§3º Os proventos de aposentadoria dos membros do Poder Judiciário corresponderão aos mesmos
valores do subsídio do magistrado em atividade.
§4º Ficam excluídas do disposto no caput deste artigo, além das vantagens relacionadas no art. 78,
também as seguintes verbas de caráter eventual ou temporário:
I – benefícios de plano de assistência médico-social e auxílio saúde;
II – devolução de valores tributários e/ou contribuições previdenciárias indevidamente
recolhidas;
III – gratificação por hora-aula proferida no âmbito do Poder Público;
IV – bolsa de estudo que tenha caráter remuneratório.
V – gratificação pelo exercício cumulativo de jurisdição, que tem natureza remuneratória,
compreende a acumulação de juízo e a acumulação de acervo processual, e corresponde a 1/3 (um
terço) do subsídio do magistrado designado à substituição para cada trinta dias de exercício de
designação cumulativa, a ser paga proporcionalmente em caso de período inferior, observado o teto
remuneratório constitucional, cabendo somente uma gratificação pelo exercício cumulativo de
jurisdição, a cada período de ocorrência, mesmo que o magistrado acumule, a um só tempo, mais de
um órgão jurisdicional ao acervo processual;
VI – compreende-se como acumulação de juízo o exercício simultâneo da jurisdição em
mais de um órgão jurisdicional do Poder Judiciário do Maranhão;
VII – compreende-se como acumulação de acervo processual o quantitativo de processos
vinculados a magistrado, com distribuição apurada em período específico;
VIII – não será devida a gratificação pelo exercício cumulativo de jurisdição nos casos de
substituição em feitos específicos; atuação conjunta de magistrados, atuação em regime de plantão e
composição de quórum.
Art. 78. 326 327 328 329 330 331 Além do subsídio, poderão ser outorgadas aos magistrados, de acordo com
a Lei Complementar nº 35, de 14 de março de1979, a Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de
1993, e a Lei nº 8.625,de12defevereirode1993, as seguintes vantagens e verbas:
I – ajuda de custo para despesas de transportes e mudança;
II – ajuda de custo, para moradia, nas Comarcas em que não houver residência oficial à
disposição do Magistrado;
III – salário-família;
IV – diárias;
V – representação;
VI – gratificação pela prestação de serviços à Justiça Eleitoral caso o beneficio não seja
concedido pela União;
VII – gratificação pela prestação de serviços à Justiça do Trabalho nas Comarcas onde
forem instituídas Juntas de Conciliação e Julgamento;
VIII – gratificação adicional de 5% (cinco por cento) por quinquênio de serviço, até o limite
de 35% (trinta e cinco por cento);
IX – (vetado);
X – gratificação pelo efetivo exercício em Comarca de difícil acesso assim definida e
indicada em Lei;
XI – gratificação de Direção de Fórum;
XII – auxílio alimentação e auxílio saúde, em valor fixado por resolução do Tribunal de
Justiça;
XIII – ajuda de custo para serviço fora da sede de exercício;
XIV – licença remunerada para curso no exterior;
326 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 218/2019.
327 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 198/2017.
328 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 188/2017.
329 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 144/2011.
330 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 140/2011.
331 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 133/2010.
51
§1º A verba de representação, salvo quando concedida em razão do exercício de cargo em função
temporária, integra os vencimentos para todos os efeitos legais.
§2º O auxílio saúde, a que se refere o inciso XII deste artigo, poderá ser concedido aos magistrados
inativos, nos termos da respectiva Resolução.
Art.78-A. 332 333 O magistrado, no efetivo exercício das atribuições administrativas de diretor de
fórum, fará jus, conforme disposto no inciso XI do art. 78 deste Código, à percepção de gratificação
mensal de 5% sobre seu subsídio nas comarcas de entrância inicial, inclusive no Termo Judiciário
de Raposa;7,5% nas comarcas de entrância intermediária, inclusive nos termos Judiciários de São
José de Ribamar e Paço do Lumiar; e 10% para o Termo Judiciário de São Luís.
§1º Pela substituição transitória, o substituído perderá em favor do substituto o direito à percepção
da Gratificação de Direção de Fórum, proporcionalmente aos dias em que ocorrer a substituição.
§2º A Gratificação de Direção de Fórum não é acumulável, ainda que o magistrado responda pela
direção de fóruns de duas ou mais comarcas.
Art.79. 334 Afastado de sua sede a serviço ou em representação, o magistrado terá direito a
passagens e diárias.
§2º O Decano do Tribunal perceberá a título de gratificação 20% (vinte por cento) de seus
vencimentos.
§3º Quando da aposentadoria de membros do Tribunal de Justiça, será incorporada aos seus
proventos, a maior gratificação percebida em cargo de direção.
§4º Quem tiver exercido qualquer um dos cargos de direção incorporará aos seus vencimentos, até a
aposentadoria, a gratificação de que trata este artigo.
TÍTULO IX
Da Licença e das Férias
§1º A licença para tratamento de saúde por prazo superior a 30 (trinta) dias, bem como as
prorrogações que importem em licença por período ininterrupto, também superior a 30 (trinta) dias,
dependem da inspeção por junta médica.
§2º O Magistrado licenciado não pode exercer quaisquer das suas funções jurisdicionais ou
administrativas, nem exercitar qualquer função pública ou particular.
§3º Salvo contraindicação médica o Magistrado licenciado poderá proferir decisões em processo
que antes da licença, lhe hajam sido conclusos para julgamento ou tenham recebido o seu visto
como Relator ou Revisor.
§4º A cada 5 (cinco) anos de efetivo exercício o magistrado fará jus alicença-
prêmioàassiduidadede3(três)meses.
§5º O termo de licença-prêmio à assiduidade não gozada será contado em dobro para efeito de
aposentadoria, se o requerer o interessado.
§6º A licença-prêmio à assiduidade não gozada nem contada em dobro para efeito de aposentadoria
será convertida em remuneração correspondente ao período e paga ao membro de Magistratura ao
aposentar-se, ou aos seus dependentes, em caso de morte.
§7º A licença de que trata este artigo não poderá ser fracionada por período inferior a 30 (trinta) dias
e poderá ter a metade convertida em penúria, restando-lhe o gozo oportuno da outra metade.
§8º Aplica-se às magistradas e aos magistrados, respectivamente, o disposto nos arts. 118-A e 118-
B deste Código.
§10 A licença terá duração igual à do mandato, devendo ser prorrogado no caso de reeleição,
observado o limite de 01 (um) servidor por entidade com até 500 (quinhentos) associados, 02 (dois)
servidores por entidade comaté1.000 (mil) associados e 03 (três) servidores por entidade com mais
de 1.000 (mil) associados.
§11 A licença de que trata o inciso V deste artigo somente será concedida para desempenho de
mandato em confederação, federação ou associação de classe, nos casos em que não houver
sindicato representativo da categoria.
§1º Até trinta de novembro de cada ano, o presidente do Tribunal expedirá ato contendo a escala de
férias dos desembargadores, cuja elaboração obedecerá às regras estabelecidas no Regimento
Interno.
§2º O afastamento de desembargador por motivo de férias não poderá comprometer a prestação da
atividade jurisdicional do Tribunal de forma ininterrupta.
§3º O presidente do Tribunal poderá convocar desembargador em férias, desde que se encontre na
cidade de São Luís e quando necessário para formação do quorum na sua Câmara Isolada, sendo-lhe
restituídos, ao final, os dias de interrupção.
§4º O desembargador em gozo de férias poderá, a seu critério, participar das sessões solenes e das
administrativas do Tribunal Pleno.
§5º Até primeiro de dezembro de cada ano, o corregedor geral da Justiça expedirá ato contendo
escala de férias dos juízes de direito, que obedecerá ao disposto no Regimento Interno e só poderá
ser alterada por imperiosa necessidade do serviço e desde que não comprometa o andamento dos
serviços judiciários.
§6º Os juízes não poderão entrar em gozo de férias antes de julgar os processos cujas instruções
tenham dirigido ou antes de realizarem, se da sua competência, pelo menos, uma das sessões anuais
do tribunal do júri, salvo se não houver réu aguardando julgamento, ou, ainda, não tendo cumprido
a exigência do inciso V do art. 41 deste Código.
§7º A não concessão de férias, em razão do disposto no parágrafo anterior, não gera direito à
indenização.
§8º O juiz que, em gozo de férias, for removido ou promovido, não as interromperá, o que não
impedirá, entretanto, a posse imediata.
§9º As férias dos desembargadores e juízes de direito não poderão ser gozadas, em nenhuma
hipótese, por período inferior a dez dias.
§10 É proibida a acumulação de férias, salvo motivo justo, a juízo do presidente do Tribunal. Em
nenhum caso, porém, serão acumulados mais de dois períodos.
§11 É considerado motivo justo para fins do parágrafo anterior o exercício de cargo da mesa
diretora do Tribunal de Justiça.
§12 (revogado)348
§13 Independentemente de solicitação, será paga aos magistrados, por ocasião das férias,
importância correspondente a um terço da remuneração do período em que as mesmas devam ser
gozadas.
§14 É facultada ao magistrado a conversão de um terço das férias em abono pecuniário, requerido
com pelo menos sessenta dias de antecedência, nele considerado o valor do acréscimo previsto de
gratificação no parágrafo anterior.
Art. 83. Se a necessidade do serviço Judiciário lhes exigir a presença no Tribunal nos períodos
constantes do §1º do artigo anterior, gozarão 30(trinta) dias consecutivos de férias individuais, por
semestre, o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor-Geral da Justiça.
§1º (revogado)349
§2º (revogado)350
TÍTULO X
Dos Deveres e Sanções
Art. 84. Os Magistrados usarão, obrigatoriamente, veste talares nas Sessões do Tribunal de Justiça e
o do Tribunal do Júri, bem como nas audiências e no ato de celebração do casamento.
Parágrafo único. As vestes talares obedecerão a modelos estabelecidos pelo Tribunal de Justiça.
§1º Os Juízes não poderão afastar-se de suas sedes senão em gozo de férias, licenças, por
determinação do Tribunal ou da Justiça Eleitoral com permissão do Presidente do Tribunal, ou,
ainda, por motivo de força maior devidamente justificada perante o mesmo Presidente.
LIVRO II351
Dos Serviços Judiciais e dos Servidores do Poder Judiciário
TÍTULO I
Dos Serviços Judiciais
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
Art. 87.352 Os serviços auxiliares da Justiça são executados nas seguintes secretarias:
I – secretaria do Tribunal de Justiça;
II – secretaria da Corregedoria Geral da Justiça;
III – secretarias judiciais;
IV – secretarias de diretoria de fórum.
§1º São secretarias judiciais: as secretarias das varas, as secretarias dos juizados especiais e turmas
recursais e as secretarias dos serviços de distribuição, contadoria, avaliação, partilha e depósito
judicial.
§2º É obrigatória a utilização do selo de fiscalização em todas as certidões e alvarás expedidos pelos
serviços auxiliares da Justiça.
§3º As custas e demais despesas processuais dos serviços judiciais serão cobradas de acordo com a
Lei de Custas e Emolumentos e recolhidas ao Fundo Especial de Modernização e Reaparelhamento
do Judiciário – FERJ.
§5º O horário de funcionamento dos serviços judiciais será fixado pelo Tribunal de Justiça através
de resolução.
§6º (revogado)353
CAPÍTULO II
Das Secretarias do Tribunal e da Corregedoria
Art. 89. As secretarias do Tribunal de Justiça e da Corregedoria Geral da Justiça são dirigidas por
diretores, nomeados em comissão, dentre bacharéis em Direito, pelo presidente do Tribunal, após
aprovação do Plenário.
§1º A indicação para aprovação pelo Plenário do nome para o cargo de diretor da Corregedoria
Geral da Justiça é feita pelo corregedor-geral.
CAPÍTULO III
Das Secretarias de Diretoria de Fórum
Art. 90.354 Nas comarcas com mais de três varas, a diretoria do fórum terá uma secretaria, cujo
secretário, indicado pelo juiz diretor do fórum ao presidente do Tribunal de Justiça, será nomeado
por este, em comissão, depois de ouvido o corregedor-geral da Justiça.
Parágrafo único. Nas demais comarcas, as atribuições de secretário de diretoria de fórum serão
exercidas, sem prejuízo de suas funções, pelo serventuário ou funcionário da Justiça designado pelo
juiz diretor do fórum, de acordo com esta Lei.
CAPÍTULO IV
Das Secretarias das Varas
Art. 91.355 356 357 Cada juízo de direito terá uma secretaria que executará os serviços de apoio aos
respectivos juízes, nos termos da lei processual e da presente Lei, supervisionada pelo juiz em
exercício e dirigida por um secretário judicial.
354 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 49/2000. Posteriormente foi alterado pela Lei Complementar Estadual
nº 68/2003, que alterou o Livro II.
355 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 183/2016.
356 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 158/2013.
357 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 96/2006.
58
§2º Cada secretaria, além do secretário e de dois oficiais de justiça, terá os funcionários necessários
ao seu funcionamento.
§3º O Secretário Judicial será indicado pelo juiz de direito ao Presidente do Tribunal de Justiça que
o nomeará dentre os portadores de diploma de curso superior, preferencialmente bacharel em
Direito, depois de ouvido o Corregedor-Geral da Justiça.
§4º Nas comarcas do interior em que não for possível a nomeação de secretário judicial portador de
diploma de curso superior, poderá o presidente do Tribunal, mediante justificativa do juiz e com
autorização do Plenário, nomear portador de certificado de conclusão do curso de ensino médio.
§5º Não poderão exercer cargos de diretor de secretaria, o cônjuge, companheiro ou parentes, em
linha reta ou colateral até o terceiro grau, do juiz titular.
§7º Cada secretário terá o seu substituto permanente, indicado pelo juiz titular e designado pelo
Corregedor-Geral da Justiça, que o substituirá nas ausências, impedimentos, férias e licenças.
CAPÍTULO V
Das Secretarias dos Juizados Especiais
Art. 92.358 Cada juizado especial terá uma secretaria, supervisionada pelo juiz em exercício e
dirigida por um secretário judicial, que contará, além do secretário, com dois oficiais de justiça e
funcionários necessários para o seu funcionamento.
§1º O secretário será indicado pelo respectivo juiz ao presidente do Tribunal de Justiça, dentre os
funcionários efetivos portadores de diploma de terceiro grau e, em não havendo nenhum nesta
358 AlteradopelaLeiComplementarEstadualnº157/2013.
59
§2º Nas comarcas do interior em que não for possível a nomeação de secretário de juizado portador
de diploma de curso superior, poderá o presidente do Tribunal, mediante justificativa do juiz e com
autorização do Plenário, nomear portador de certificado de conclusão do curso de ensino médio.
§3º Não poderão exercer cargos de diretor de secretaria de juizado, o cônjuge, companheiro ou
parentes, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, do juiz titular.
§4º Cada turma recursal terá uma secretaria judicial com seu respectivo secretário, e os servidores
necessários ao seu funcionamento.
§5º Aplica-se o disposto no artigo anterior, no que couber, às secretarias dos juizados especiais e
das turmas recursais e respectivos secretários, inclusive o contido no §7º.
CAPÍTULO VI
Dos Oficiais de Justiça
Art. 93.359 360 361 362 O Tribunal de Justiça terá quinze cargos de oficiais de justiça e cada juízo de
direito e juizado especial contará com dois cargos, todos providos por concurso público de provas e
títulos,constituindo requisito para seu ingresso a conclusão de curso de ensino médio e idade
mínima de dezoito anos.
§1º No Fórum do Termo Judiciário de São Luís e na Comarca de Imperatriz, os oficiais de justiça
ficarão vinculados à Central de Cumprimento de Mandados, com exceção dos lotados nos Juizados
Especiais, nas Varas de Execuções Criminais, nas varas da Infância e Juventude, nas varas Especiais
da Violência Doméstica contra a Mulher e na Vara de Interesses Difusos e Coletivos.
§2º Nas demais comarcas de entrância intermediária e nos fóruns de São José de Ribamar e Paço do
Lumiar, os oficiais de justiça ficarão vinculados às respectivas varas, salvo por ato do corregedor-
geral instituindo Central de Cumprimento de Mandados, quando será obedecido ao disposto no
parágrafo anterior.
359 AlteradopelaLeiComplementarEstadualnº158/2013.
360 AlteradopelaLeiComplementarEstadualnº136/2011.
361 AlteradopelaLeiComplementarEstadualnº116/2008.
362 AlteradopelaLeiComplementarEstadualnº85/2005.
363 AlteradopelaLeiComplementarEstadualnº85/2005.
60
§2º A identificação do oficial de justiça, no desempenho de suas funções, será feita mediante
apresentação da carteira funcional, indispensável em todas as diligências, da qual deve estar
obrigatoriamente munido.
§3º As diligências atribuídas ao oficial de justiça devem ser feitas pessoalmente; são intransferíveis
e, somente com autorização judicial, poderá ocorrer sua substituição.
§4º É vedada a entrega pelo oficial de justiça de mandado para ser cumprido por preposto, mesmo
que seja outro oficial de justiça, bem como a realização de qualquer diligência por meio epistolar ou
por telefone, constituindo estas práticas falta grave.
§5º No mandado cumprido fora do prazo, o oficial de justiça deverá certificar o motivo da demora.
§6º As férias e licenças, salvo para tratamento de saúde, serão comunicadas à secretaria da vara pelo
oficial de justiça, com antecedência mínima de dez dias, para o fim de suspender a distribuição de
mandados, a partir do décimo dia anterior ao previsto para o seu afastamento e até o dia
imediatamente anterior ao início de suas férias ou licenças, devendo o oficial de justiça restituir,
devidamente cumpridos, todos os mandados que lhe foram entregues ou justificar a impossibilidade
de tê-los cumprido.
Art. 95.364 365 Nas comarcas de entrâncias inicial e intermediária e nos fóruns dos termos judiciários
de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa e nos juizados especiais, inclusive os da
Comarca da Ilha de São Luís, o oficial de justiça exercerá também as funções de avaliador judicial,
incumbindo-lhe avaliar bens de qualquer natureza e elaborar os respectivos laudos.
CAPÍTULO VII
Do Serviço de Distribuição
Art. 96. Os feitos, petições e demais documentos da competência de dois ou mais juízos estão
sujeitos à previa distribuição por sorteio aleatório. Os demais estarão sujeitos somente a registro e
encaminhamento.
Art. 97.366 A distribuição dos feitos nos fóruns de São Luís, São José de Ribamar e Paço do Lumiar
e nas comarcas com mais de duas varas será realizada pela secretaria judicial de distribuição,
subordinada diretamente ao juiz diretor do fórum e por este supervisionada.
§1º O cargo em comissão de secretário de distribuição será exercido por portador de diploma de
curso superior, indicado pelo corregedor-geral da Justiça e nomeado pelo presidente do Tribunal,
ressalvado o disposto no §4º do art. 91.
§2º Nas demais comarcas, o serviço de distribuição ficará a cargo da secretaria de vara da qual o
juiz diretor do fórum for titular.
§3º Aplica-se o disposto no art.91, no que couber, às secretarias judiciais de distribuição e aos
respectivos secretários, inclusive o contido no §7º.
Art. 98. São atribuições do serviço de distribuição, além das previstas em lei, em resoluções do
Tribunal, em provimentos da Corregedoria Geral da Justiça ou em ato do juiz diretor do fórum:
I – distribuir, em audiência pública, em hora certa, os feitos judiciais e as petições recebidas
durante o dia, entre os diversos juízes da comarca, na presença do diretor do fórum ou de juiz por
este designado, de representante da OAB e do Ministério Público. A ausência de representantes da
OAB e do Ministério Público, que será consignada em ata, não impede a distribuição dos feitos;
II – encaminhar, imediatamente após a distribuição, os feitos distribuídos às varas, através
das respectivas secretarias;
III – dar baixa dos autos encaminhados à distribuição pelas secretarias das varas para esse
fim, por força de despacho judicial;
IV – expedir certidão única, negativa ou positiva, de processos distribuídos em andamento,
mediante requerimento em formulário próprio e recolhidas as custas devidas.
Parágrafo único. A classificação dos feitos para fins de distribuição e os livros próprios da
secretaria judicial de distribuição serão disciplinados por ato da Corregedoria Geral da Justiça.
CAPÍTULO VIII
Dos Serviços de Contadoria, Avaliação, Partilha e do Depósito Judicial
Art. 99. 367 Os serviços judiciais de contadoria, avaliação, partilha e depósito judicial são exercidos:
I – no Termo Judiciário de São Luís: os serviços da contadoria, pelo secretário judicial da
contadoria; os serviços de avaliação, pelo secretário judicial de avaliação; os serviços de partilha,
pelo secretário judicial da partidoria; e os serviços de depositário, pelo secretário do depósito
judicial;
§1º Os cargos de secretários judiciais de que trata este artigo são de provimento em comissão por
indicação do corregedor-geral da Justiça e nomeação do presidente do Tribunal, dentre pessoas
portadoras de diploma de nível superior.
§2º Cada secretário terá o seu substituto permanente, designado pelo corregedor-geral da Justiça,
que o substituirá em suas ausências, impedimentos, férias e licenças, com direito à diferença de
vencimentos, na substituição e pelo período substituído.
§1º As contas devem ser elaboradas, no prazo máximo de cinco dias, de modo claro, discriminando
os índices de atualização utilizados, assim como os percentuais de juros e a forma pela qual foram
aplicados, procedendo, se necessário, a notas explicativas quanto ao cálculo elaborado.
§2º As custas referentes à contadoria, salvo as pagas na interposição da demanda, devem ser
recolhidas no prazo de cinco dias.
§3º Transcorridos trinta dias do prazo final para recolhimento das custas, sem que esta providência
tenha sido feita pela parte interessada, o secretário judicial da contadoria comunicará o fato ao juiz
do feito, que deverá proceder na forma do disposto no art. 267, §1º, do Código de Processo Civil.
§1º O mandado de avaliação será cumprido no prazo de dez dias e, nãos endo possível o
cumprimento nesse prazo, o avaliador deverá requerer maior prazo, por escrito, ao juiz.
63
§2º Ficarão arquivadas na serventia do avaliador cópias de todas as avaliações procedidas, que
serão incineradas após transcorridos cinco anos.
Art. 102. Incumbe ao partidor organizar esboços de partilha e de sobrepartilha, de acordo com a
determinação judicial que as houver deliberado e como disposto na legislação processual.
Parágrafo único. De todos os esboços elaborados pelo partidor ficarão cópias arquivadas na
serventia pelo prazo de cinco anos.
Art. 103. O depositário judicial terá sob sua guarda, mediante registro e com obrigação de restituir,
os bens corpóreos que lhe tenham sido encaminhados por determinação judicial.
§2º Os bens que ficarem sob a guarda de depositário particular deverão também ser registrados
nesse livro, não sendo devida nenhuma custa por esse ato.
§3º Na hipótese de já existir constrição anterior sobre o mesmo bem, o depositário certificará a
ocorrência no registro e no auto de todas as constrições, comunicando o fato ao juízo competente.
Art. 104. Ao secretário do depósito judicial, além do previsto no artigo anterior, incumbe:
I – guardar e conservar os bens que lhe forem entregues, por ordem da autoridade judicial,
fornecendo recibo;
II – arrecadar frutos e rendimentos de bens depositados, recolhendo-os na forma
determinada pelo juiz e fornecendo o respectivo recibo;
III – arrecadar frutos e rendimentos de bens depositados, recolhendo-os na forma
determinada pelo juiz e fornecendo o respectivo recibo;
IV – movimentar as contas de depósito, só podendo proceder a qualquer retirada mediante
prévia decisão judicial e autorização escrita, com sua assinatura e a do juiz do feito;
V – mostrar os bens depositados às partes e seus defensores ou a qualquer interessado;
VI – exibir e prestar contas de bens depositados e de seus rendimentos, sempre que o exigir
a autoridade judiciária;
VII – ter em boa ordem, escriturados com clareza e exatidão, sem emendas, rasuras ou
entrelinhas, os registros de bens depositados e de seus rendimentos.
Art. 105. O depositário não poderá se recusar a receber depósito, salvo se:
I – de gêneros deteriorados ou em começo de deterioração; de animais doentes ou ferozes;
de explosivos e inflamáveis; de substâncias tóxicas ou corrosivas;
II – o valor do bem não cobrir as despesas com o depósito;
III – móveis ou semovente s, quando não puderem ser acomodados com segurança no
depósito, depois de consultado o juiz.
Parágrafo único. Quando a constrição recair sobre imóvel, o oficial de justiça deixará como
depositário o próprio devedor, salvo se este recusar o encargo ou houver deliberação contrária do
juiz.
Art. 106. O depositário deverá manter os bens em local adequado, com amplas condições de
segurança e higiene.
64
§1º Quando os bens depositados forem de fácil deterioração, estiverem avariados ou exigirem
grandes despesas para sua guarda, o depositário representará ao juiz do feito, sob pena de
responsabilidade, para fins de alienação antecipada.
Art. 107. O juiz diretor do fórum deverá proceder, trimestralmente, à inspeção no depósito judicial.
Art. 108. É defeso ao depositário, sob pena de suspensão pelo prazo de noventa dias, além da
responsabilidade civil e penal, o uso ou empréstimo de qualquer bem depositado.
TÍTULO II
Dos Servidores do Poder Judiciário
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
Parágrafo único. O Plenário, anualmente, com dados objetivos de demanda, estabelecerá, por meio
de resolução, a quantidade de servidores a ser lotada nas unidades jurisdicionais e nas unidades
administrativas, do 1º e do 2ºGraus.
Art. 110. São denominados serventuários judiciais, tendo fé pública na prática de seus atos:
I – o diretor-geral da secretaria do Tribunal de Justiça, o subdiretor-geral e o diretor da
secretaria da Corregedoria Geral da Justiça;
II – o diretor judiciário da secretaria do Tribunal de Justiça, os coordenadores a ele
vinculados e os secretários das Câmaras e do Plenário;
III – os secretários judiciais;
IV – os oficiais de justiça.
Art. 112.370 Os cargos dos servidores do Poder Judiciário são aqueles já existentes e os que forem
criados por leis de iniciativa do Tribunal de Justiça.
368 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 126/2009.
369 Revogado pela Lei Complementar Estadual nº 119/2008.
370 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 126/2009.
65
§1º Compete ao Tribunal de Justiça prover os cargos do Quadro Único de Pessoal do Poder
Judiciário do Maranhão, mediante concurso, ressalvados os cargos em comissão.
§2º O concurso será público e de provas ou de provas e títulos, sendo os títulos considerados apenas
para a classificação.
§4º Os servidores do Poder Judiciário adquirem estabilidade depois de três anos de efetivo exercício
e mediante avaliação procedida por comissão designada pelo presidente do Tribunal.
§5º Aos servidores do Poder Judiciário aplica-se o regime jurídico dos servidores públicos civis do
Estado, com as modificações desta Lei Complementar e de lei ordinária de iniciativa do Tribunal.
CAPÍTULO II
Da Nomeação, do Compromisso, da Posse e do Exercício
Art. 113.371 Os servidores do Poder Judiciário serão nomeados pelo presidente do Tribunal de
Justiça e tomarão posse em seus cargos dentro de trinta dias, contados da publicação do ato de
nomeação no Diário da Justiça, podendo esse prazo ser prorrogado, por mais trinta dias, pelo
presidente do Tribunal.
§1º Os servidores nomeados para o Tribunal de Justiça prestarão compromisso e tomarão posse
perante o diretor de Recursos Humanos, ressalvado o diretor-geral da secretaria e os diretores de
diretorias, que tomarão posse perante o presidente do Tribunal de Justiça.
§2º Os servidores nomeados para a Justiça de 1º Grau prestarão compromisso e tomarão posse
perante o juiz da unidade jurisdicional ou administrativa em que forem lotados.
Art. 114. Todos os direitos e deveres dos servidores do Poder Judiciário só serão considerados a
partir da data do exercício.
§1º O exercício dos servidores dos cargos em comissão será concomitante com a respectiva posse.
§2º Os servidores de cargos efetivos têm trinta dias improrrogáveis para o início do exercício,
contados da data da posse.
CAPÍTULO III
Dos Direitos e Garantias
Art. 116.372 373 374 Os servidores do Poder Judiciário terão os direitos e as garantias assegurados pela
Constituição Estadual, por este Código, por Lei própria de iniciativa do Poder Judiciário e pelo
Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado.
§1º Aplica-se aos servidores do Poder Judiciário o disposto no art. 79 desta Lei Complementar.
§2º Os servidores que substituírem titulares de cargos em comissão terão direito à percepção de
vencimentos proporcional ao período de substituição.
§3º O Plenário por meio de resolução poderá estabelecer quais os cargos, bem como a forma e o
período mínimo de apuração para pagamento da substituição realizada, de acordo com a
disponibilidade orçamentária e financeira.
CAPÍTULO IV
Das Férias, das Licenças, da Disponibilidade e da Aposentadoria
Art. 117.375 São de trinta dias consecutivos as férias anuais dos servidores do Poder Judiciário.
§1º O acúmulo de férias somente será permitido por imperiosa e comprovada necessidade do
serviço e nunca além de dois períodos.
§2º As tabelas anuais de férias serão organizadas até o dia 30 de novembro do ano anterior.
§3º A organização das tabelas anuais de férias e suas alterações, bem como a concessão individual
de férias competem:
I – ao vice-presidente do Tribunal, aos desembargadores e ao diretor–geral da secretaria,
quanto aos servidores lotados em seus respectivos gabinetes;
II – ao chefe de gabinete da Presidência, quanto aos servidores lotados no gabinete do
presidente;
III – ao diretor da ESMAM, quanto aos servidores lotados na Escola da Magistratura;
IV – ao diretor-geral da secretaria da Corregedoria Geral da Justiça, quanto aos servidores
lotados na Corregedoria;
V – ao diretor de Recursos Humanos, quanto aos demais servidores do Tribunal de Justiça;
VI – aos juízes diretores de fórum, quanto aos servidores lotados na secretaria de diretoria
do fórum e nas secretarias judiciais não subordinadas diretamente a outro juiz;
VII – aos juízes de direito de cada unidade jurisdicional, quanto aos servidores lotados em
seu gabinete e na sua secretaria judicial.
§4º As tabelas anuais de férias e suas alterações, bem como a concessão individual de férias, devem
ser comunicadas ao diretor de Recursos Humanos do Tribunal de Justiça.
§5º (revogado)376
Art. 118.377 As licenças de servidores para tratamento de saúde, de até trinta dias, serão concedidas
mediante requerimento por escrito, instruído com o devido atestado médico, pelas seguintes
autoridades:
I – o diretor de Recursos Humanos, para os servidores lotados no Tribunal de Justiça;
II – o diretor da ESMAM, quanto aos servidores lotados na Escola da Magistratura;
III – o diretor-geral da Corregedoria, para os servidores lotados na Corregedoria Geral de
Justiça;
IV – os juízes diretores de fórum, para os servidores lotados na secretaria de diretoria do
fórum e nas secretarias judiciais não subordinadas diretamente a outro juiz;
V – os juízes de direito de cada unidade jurisdicional, para os servidores lotados em seu
gabinete e na sua secretaria judicial.
§1º As licenças por período superior a trinta dias ou suas prorrogações ou,ainda, prorrogação que,
somada ao período anterior, totalize mais de trinta dias, serão instruídas com laudo da junta médica
do Tribunal de Justiça e concedidas pelo diretor-geral da secretaria quanto a funcionário lotado no
Tribunal de Justiça e na Escola da Magistratura e, pelo corregedor-geral da Justiça, quanto a
funcionário lotado na Corregedoria Geral da Justiça ou na Justiça de 1º Grau.
§2º São consideradas prorrogações as licenças em que, entre uma e outra, não transcorram, pelo
menos, três dias úteis, com o respectivo comparecimento do servidor ao serviço.
§3º Todas as licenças concedidas devem ser comunicadas ao diretor de Recursos Humanos do
Tribunal de Justiça.
§4º Havendo reiterados pedidos de licença médica, independentemente de períodos, deve o servidor
ser submetido à junta médica do Tribunal de Justiça.
Art. 118-A.378 379 Será concedida licença à servidora gestante por 180 (cento e oitenta) dias
consecutivos, sem prejuízo da remuneração.
§1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por
prescrição médica.
§3º No caso de natimorto e de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30
(trinta) dias de repouso remunerado.
§4º As licenças de que trata este artigo serão concedidas pelo diretor-geral da Secretaria para os
servidores do Tribunal de Justiça; pelo diretor da ESMAM para os servidores lotados na Escolada
Magistratura; pelo diretor-geral da Corregedoria para os servidores lotados na Corregedoria; e pelos
juízes de direito, de acordo com os incisos IV e V do artigo anterior, para os servidores lotados na
Justiça de 1º Grau.
Art. 118-B.380 Pelo nascimento ou adoção de filhos o servidor terá direito à licença-paternidade de
vinte dias consecutivos, contados a partir do nascimento ou da adoção da criança.
Parágrafo único. A licença de que trata este artigo será concedida aos servidores pelas autoridades
previstas nos incisos I a V do art. 118 deste Código.
Art. 119. As demais licenças previstas em lei são apreciadas e concedidas ou não pelo vice-
presidente do Tribunal de Justiça.
Art. 120. Aplica-se aos servidores do Poder Judiciário, quanto à disponibilidade e aposentadoria, o
Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Maranhão.
§1º Compete ao presidente do Tribunal de Justiça apreciar o pedido e expedir o devido ato de
aposentadoria, bem como expedir os atos de aposentadoria compulsória e de disponibilidade não
punitiva.
§2º Os proventos dos aposentados não poderão, em nenhuma hipótese, ultrapassar os vencimentos
do mesmo cargo ou equivalente dos servidores ativos.
§3º O valor da aposentadoria dos antigos serventuários das serventias mistas, cujos estipêndios se
compuserem de uma parte fixa e outra variável, não poderá exceder ao valor da remuneração dos
secretários de vara.
CAPÍTULO V
Dos Deveres e das Sanções
Art. 121. Ao servidor do Poder Judiciário, além de exercer o seu cargo com dignidade, cumprindo
as disposições legais, mantendo exemplar conduta na vida pública e privada, e dos demais deveres
do funcionário público do Estado, incumbe:
I – permanecer em seu local de trabalho durante o horário de expediente ou, por mais tempo,
se a necessidade do serviço o exigir, só se ausentando por motivo justificado, comunicando
imediatamente à autoridade a que estiver diretamente subordinado;
II – agir com disciplina e ordem no serviço, tratando as partes, seus procuradores e o
público em geral com a devida urbanidade;
III – exercer pessoalmente suas funções, delas só se afastando em gozo de férias ou licença
ou por determinação da autoridade a que estiver subordinado, só se admitindo substituições nos
casos previstos em lei;
IV – não receber custas, gratificações, bonificações ou quaisquer doações pela prática dos
atos de seu ofício;
V – guardar sigilo sobre os processos e diligências que devam correr em segredo de Justiça,
bem como sobre as decisões deles resultantes;
VI – prestar, com absoluta fidelidade, informação que lhe seja solicitada por autoridade a
que estiver subordinado ou a qualquer outra autorizada por lei ou pelo juiz;
VII – prestar o auxílio que lhe for solicitado pelas autoridades judiciárias encarregadas de
correições, inspeções e investigações.
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Art. 122. É vedado aos servidores do Poder Judiciário o exercício de suas funções em atos que
envolvam interesses próprios ou de seu cônjuge, parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até terceiro grau, inclusive nos casos de suspeição.
Art. 123. Constitui falta grave do servidor, além das proibições do Estatuto dos Servidores Públicos
do Estado:
I – referir-se, por qualquer meio, de forma depreciativa, a magistrado de qualquer grau,
ainda que na ausência deste; ou ao Tribunal de Justiça ou a qualquer outro Tribunal do País;
II – desrespeitar determinações legais das autoridades a que estiver direta ou indiretamente
subordinado;
III – dar preferência às partes, preterindo outras que as antecedam, no pedido de
atendimento;
IV – prestar, pessoalmente ou por telefone, a qualquer pessoa que não for parte no feito ou
seu procurador constituído, informações sobre atos de processo que corram em segredo de Justiça;
V – revelar fato ou informação de natureza sigilosa de que tenha ciência, em razão do cargo
ou função, salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial ou inquérito policial ou
administrativo.
Art. 124. Aos secretários judiciais, além da chefia e direção imediata das respectivas secretarias,
bem como dos demais deveres inerentes aos servidores em geral, incumbe:
I – conservar os livros previstos em lei ou determinados pela Corregedoria e pela Supervisão
Geral dos Juizados, devidamente regularizados e escriturados;
II – fiscalizar o pagamento das custas devidas pelos atos praticados na secretaria, com o
devido recolhimento em banco credenciado;
III – praticar, à sua custa, os atos a serem renovados por determinação do juízo, em razão de
negligência ou por erro próprio, ou de subordinado, quando ao secretário couber subscrever,
também, o ato;
IV – determinar que sejam renovados os atos praticados em desconformidade com a lei ou
com os provimentos da Corregedoria, quando o erro ou negligência resultar de ato exclusivo do
subordinado;
V – remeter à Corregedoria ou à Supervisão Geral dos Juizados a estatística mensal dos
serviços cartorários;
VI – providenciar para que as partes e os interessados sejam atendidos dentro dos prazos
estabelecidos em lei;
VII – distribuir os serviços da secretaria, superintendendo e fiscalizando sua execução;
VIII – conservar, sob sua guarda e responsabilidade, em boa ordem e devidamente
acautelados, os autos e documentos que lhe couberem por distribuição ou que lhe forem entregues
pelas partes;
IX – organizar e manter em ordem o arquivo da secretaria, de modo a permitir a busca
imediata dos autos, papéis e livros findos;
X – cumprir e fazer cumprir ordens e decisões judiciais e determinações das autoridades
superiores;
XI – encaminhar mensalmente à Corregedoria ou à Supervisão Geral dos Juizados a
frequência dos funcionários lotados na secretaria, controlando-a diariamente;
XII – fornecer recibo de documentos entregues na secretaria, quando aparte o exigir;
tratando-se de petição, o recibo será passado na respectiva cópia, se a apresentar o interessado,
utilizando-se de carimbo datador onde houver;
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XIII – certificar nos autos a data do recebimento de qualquer importância em dinheiro, com
indicação de quem as pagou;
XIV – fornecer certidões às partes ou aos interessados, ressalvados os casos de segredo de
Justiça.
Art. 125. Os servidores do Poder Judiciário estão sujeitos às seguintes penas disciplinares:
I – advertência;
II – repreensão;
III – suspensão;
IV– demissão.
§1º A pena de advertência será aplicada, por escrito, em caso de negligência no cumprimento dos
deveres do cargo.
§2º A pena de repreensão, também aplicada por escrito, em caso de falta de cumprimento dos
deveres previstos neste Código e de reincidência de que tenha resultado aplicação de pena de
advertência.
§6º Os servidores nomeados em comissão ou em exercício de função gratificada que sofrerem pena
de suspensão superior a trinta dias serão demitidos de seu cargo ou destituídos de sua função.
§7º Na aplicação das penalidades, serão levadas em conta a natureza e a gravidade da infração, os
meios empregados, os danos que dela provierem para o serviço público e os antecedentes funcionais
do servidor, respeitado o prazo prescricional.
Art. 126. São competentes para aplicação das penalidades disciplinares o Tribunal de Justiça, o
presidente do Tribunal, o corregedor-geral da Justiça e os juízes perante os quais servirem ou a
quem estiverem subordinados os servidores, observadas as seguintes regras:
I – os juízes poderão aplicar as penas de advertência, repreensão e suspensão igual ou
inferior a trinta dias;
II – o presidente do Tribunal e o corregedor-geral da Justiça poderão aplicar as penas de
advertência, de repreensão e de suspensão até noventa dias;
III – o Tribunal, as penas de advertência, repreensão, suspensão e demissão;
IV – o presidente do Tribunal, nos casos de demissão dos servidores em exercício de cargo
em comissão ou destituição de função gratificada, independentemente de qualquer procedimento
administrativo.
§1º Para aplicação das penas, a autoridade deverá sempre proceder à devida apuração, através de
processo competente, assegurando ampla defesa ao servidor.
Art. 127. Se a pena a ser imposta for a de suspensão superior a trinta dias ou a de demissão, e o
procedimento for iniciado por magistrado de 1º grau, concluído o procedimento administrativo, os
autos serão enviados ao corregedor-geral da Justiça ou ao presidente do Tribunal de Justiça,
conforme o vínculo do servidor.
Art. 128. As penalidades de advertência e repreensão terão seus registros cancelados após o decurso
de dois anos de efetivo exercício; e a de suspensão, após o decurso de quatro anos de efetivo
exercício, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
§2º A falta também prevista na lei penal como crime prescreve juntamente com este.
CAPÍTULO VI
Do Processo Administrativo Disciplinar
§2º Os servidores das secretarias judiciais são também subordinados aos respectivos juízes de
direito.
Art. 132.382 O processo disciplinar administrativo terá início por portaria baixada pelo presidente do
Tribunal, pelo corregedor-geral da Justiça ou pelo juiz onde hajam sido imputados os fatos ao
servidor, delimitando o teor da acusação.
§2º Os atos instrutórios do processo poderão ser delegados pelo presidente do Tribunal ou pelo
corregedor-geral da Justiça a juizou servidor efetivo.
§6º As intimações observarão a antecedência mínima de três dias quanto à data do comparecimento
do ato, sob pena de nulidade.
Art. 133. Das penalidades impostas pelos juízes caberá recurso para o corregedor-geral da Justiça, e
das impostas por este, ou pelo presidente do Tribunal, caberá recurso ao Plenário do Tribunal de
Justiça.
§1º O prazo para interposição do recurso é de quinze dias, contados da intimação pessoal, da
juntada nos autos do aviso de recebimento, quando feita por via postal, ou da data da publicação da
decisão no Diário da Justiça.
§2º O recurso será interposto perante a autoridade que houver aplicado a pena, a qual, se o receber,
o encaminhará à autoridade competente, no prazo de dois dias.
§4º O recurso interposto da decisão que aplicar penas disciplinares terá efeito suspensivo.
LIVRO III383
Dos Serviços Extrajudiciais
TÍTULO I
Das Disposições Comuns a todas as Serventias
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
§2º Aos notários e registradores é vedada a prática de atos de seu ofício fora da circunscrição para a
qual receberam a delegação, bem como a recusa ou atraso na prática de quaisquer desses atos.
§3º A denominação conferida a cada serventia nesta Lei não poderá ser alterada, vedado o
acréscimo de outra denominação.
§4º Na serventia de que é titular, o serventuário extrajudicial não poderá praticar, pessoalmente,
qualquer ato em que o próprio, seu cônjuge ou parentes, na linha reta ou colateral, consanguíneos
ou afins, até o 3º grau, figurem como parte, beneficiário, procurador ou representante legal.
Art. 135. Exercidos em caráter privado e por delegação do Poder Público, através do Tribunal de
Justiça, os serviços notariais e de registro são:
I – Registro Civil das Pessoas Naturais;
II – Registro Civil das Pessoas Jurídicas;
III – Registro de Títulos e Documentos;
IV – Registro de Imóveis;
V – Tabelionato de Notas;
VI – Tabelionato de Protesto de Títulos;
VII – Registro de Distribuição;
VIII – Tabelionato e Oficiais de Contratos Marítimos.
§1º Pelos atos praticados em decorrência das funções a eles atribuídas, os notários e os registradores
têm direito, a título de remuneração, aos emolumentos fixados na Lei de Custas do Estado, de
iniciativa do Tribunal de Justiça, e nas leis específicas em vigor, a serem pagos pelo interessado no
ato do requerimento ou no da apresentação do título.
§2º Os serventuários extrajudiciais não receberão vencimentos ou qualquer tipo de remuneração dos
poderes públicos estaduais.
Art. 136. O ingresso na atividade notarial e de registro público depende de concurso público de
provas e de títulos, promovido pelo Tribunal de Justiça, não se permitindo que qualquer serventia
permaneça vaga por mais de seis meses.
Parágrafo único. Quando vagas destinadas à remoção não forem preenchidas por essa modalidade
por falta de candidatos aprovados, essas mesmas vagas poderão ser preenchidas por candidatos
aprovados em concurso de ingresso.
Art. 138. O regulamento do concurso será aprovado pelo Tribunal de Justiça, cabendo ao presidente
do Tribunal expedir ato determinando a publicação do edital, com a indicação da Comissão
Examinadora, das serventias vagas, das matérias do concurso e demais informações.
Art. 138-A.384 Homologado o resultado do concurso e realizada a audiência pública para escolha de
serventias, os atos de delegação serão expedidos pelo presidente do Tribunal de Justiça.
§2º Não ocorrendo a posse no prazo marcado, será tornada sem efeito a delegação, por ato do
presidente do Tribunal de Justiça.
§5º Não será deferida posse ao candidato que não apresentar a documentação exigida em resolução
do Tribunal de Justiça.
§6º Da decisão que indeferir a posse em razão da deficiência da documentação apresentada caberá
recurso ao Plenário do Tribunal no prazo de três dias.
§7º Cópias do termo de posse e exercício serão encaminhadas pelo serventuário aos juízes das varas
dos Registros Públicos e à Corregedoria Geral da Justiça.
§8º No prazo máximo de trinta dias após a posse, o serventuário apresentará à Corregedoria Geral
da Justiça informações relativas à estrutura, conservação do acervo e ao funcionamento do serviço
da serventia.
Art. 139. Os livros das serventias extrajudiciais obedecerão, na sua escrituração e nomenclatura, ao
que for estabelecido pela legislação própria e por provimento da Corregedoria Geral da Justiça.
Art. 140. Os livros, as fichas que os substituem e os documentos somente sairão do respectivo
ofício mediante autorização judicial.
Art. 141. As serventias extrajudiciais poderão adotar sistema de computação, microfilmagem, disco
ótico ou outro meio de reprodução.
§1º Feita a opção pela informatização, o programa utilizado e o banco de dados farão parte do
acervo do serviço.
§3º O responsável pelo serviço cientificará o corregedor-geral da Justiça sobre os dados necessários
ao acesso ao programa, o que viabilizará eventual controle do sistema pela Corregedoria, mesmo na
ausência do titular.
§4º Deve o programa facilitar a busca pelo nome, apelido de família e,quando disponível, número
de inscrição no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda, número do registro geral da
cédula de identidade, entre outros dados, visando a facilitar o acesso e a fiscalização.
§5º O salvamento dos dados deve ocorrer através de duas cópias: uma diária, guardada na própria
sede do serviço, outra semanal, a ser armazenada em local distinto, com as cautelas devidas.
§6º O sistema informatizado não poderá ficar desativado por mais de três dias, em razão do
fornecimento de certidões, ficando o titular responsável pela substituição do equipamento, se
necessário.
Art. 142. As serventias extrajudiciais funcionarão todos os dias, de segunda a sexta-feira. Nos
municípios de São Luís e Imperatriz, no horário das 8 às 18 horas, e nos demais municípios, das 8
às 12 horas e das 14 às 18 horas, no mínimo.
Art. 142-A.385 As serventias extrajudiciais devem iniciar o atendimento aos seus usuários no prazo
máximo de trinta minutos a partir do momento em que tenham entrado na fila de atendimento, sob
pena de processo administrativo disciplinar para apuração da infração prevista no inciso I do art. 31
da Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994.
Art. 144. O Poder Judiciário, através da Corregedoria Geral da Justiça, expedirá provimento com
normas regulamentadoras dos serviços das serventias extrajudiciais.
§1º Na designação do interino, serão obedecidas as regras estabelecidas pelo Conselho Nacional de
Justiça.
§2º Caso o titular tenha perdido a delegação em virtude de processo administrativo disciplinar ou
não tenha sido designado substituto, o corregedor-geral da Justiça designará interino conforme os
critérios de conveniência e de oportunidade, escolhendo-o preferencialmente entre os delegatários
de serventias extrajudiciais no município sede ou nos municípios mais próximos que denotem
aptidão para o exercício da atividade e apresentem reputação ilibada.
§3º O interino terá como limite de remuneração o valor de 90,25% (noventa vírgula vinte e cinco
por cento) do subsídio mensal em espécie dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, sendo que o
valor excedente à renda líquida, deduzidas as despesas, deverá ser recolhido, mensalmente, em
favor do Fundo Especial de Modernização e Reaparelhamento do Judiciário - FERJ.
CAPÍTULO II
Dos Deveres dos Notários e dos Registradores
Art. 145. Além dos deveres constantes do art. 30 da Lei nº 8.935/94, os notários e registradores
deverão:
I – obrigatoriamente, fazer constar no próprio documento, independentemente da expedição
de recibo, o valor dos emolumentos recebidos correspondentes às escrituras, certidões, buscas,
averbações ou registros de qualquer natureza;
II – elaborar e remeter à Corregedoria Geral da Justiça relatório anual de suas atividades,
conforme modelo definido pela própria Corregedoria;
III – transmitir todo o acervo que componha o serviço notarial e de registro ao seu sucessor,
tais como livros, papéis, registros, programas e dados de informática instalados, garantindo a
continuidade da prestação do serviço de forma adequada;
IV – prestar as informações requisitadas pelas autoridades judiciárias, bem como proceder
aos registros e às averbações oriundas de decisões judiciais;
V – residir na sede do município onde tem a delegação, salvo autorização do Tribunal.
CAPÍTULO III
Da Fiscalização
Parágrafo único. O juiz da Vara de Registros Públicos ou o juiz designa do pelo corregedor-geral
da Justiça fiscalizará as serventias extrajudiciais situadas na comarca, de ofício ou atendendo à
reclamação verbal ou escrita, observando a correção dos atos notariais ou registrais, a qualidade dos
serviços, o respeito à tabela de emolumentos, a utilização do selo de fiscalização e a extração de
recibos, sem prejuízo da fiscalização rotineira da Corregedoria Geral da Justiça.
Art. 147.389 As penas disciplinares dos notários e registradores previstas na Lei nº 8.935, de 18 de
novembro de 1994, serão aplicadas pelas autoridades judiciárias, de acordo com o disposto no art.
126 deste Código, sendo que apena de multa pode ser aplicada por qualquer uma daquelas
autoridades, e a de perda de delegação somente pelo Tribunal de Justiça.
§1º O recolhimento de multa deverá ser efetuado em agência bancária, conta do Fundo Especial de
Modernização e Reaparelhamento do Judiciário, através de formulários próprios, em três vias,
destinadas à Presidência do Tribunal, ao serventuário e ao banco recebedor.
§2º Os recursos das penalidades impostas obedecerá ao disposto no art. 133 deste Código.
Art. 148.390 Compete ao juiz da Vara de Registros Públicos a que está vinculada a serventia
extrajudicial, sem prejuízo das atribuições do Corregedor-Geral da Justiça:
I – instaurar processo administrativo pela prática de infrações disciplinares;
II – impor aos notários e oficiais de registro, quando for o caso, a pena disciplinar prevista
na Lei nº 8.935/94, respeitados os limites previstos nesta Lei;
III – suspender, preventivamente, o notário ou oficial de registro.
Parágrafo único. Os recursos das decisões tomadas pelos juízes serão dirigidos ao corregedor-geral
da Justiça.
Art. 149. Quando, para a apuração de faltas imputadas a notários ou a oficiais de registro, for
necessário o afastamento do titular do serviço, poderá este ser suspenso preventivamente, pelo
prazo de noventa dias, prorrogável por mais trinta.
§1º O afastamento será determinado pelo corregedor-geral da Justiça ou pelo juiz processante.
§2º O juiz processante só poderá determinar o afastamento pelo prazo máximo de trinta dias.
Art. 150. Nos casos de suspensão preventiva ou punitiva, responderá pela serventia o substituto do
serviço notarial ou de registro.
§1º Quando o substituto também for acusado das mesmas faltas ou quando a medida se revelar
conveniente para os serviços, o corregedor-geral da Justiça designará interventor para responder
pela serventia.
§2º A escolha do interventor deverá recair sobre pessoa idônea, com reconhecida capacidade na
área, fixando-se remuneração, atendendo às peculiaridades do serviço e em conformidade com o
disposto na Lei8.935/94.
§3º Excluídos a remuneração do interventor e os encargos com a manutenção dos serviços, metade
da renda líquida das serventias será entregue ao titular afastado, e a outra metade será depositada
em caderneta de poupança.
Art. 151.391 O procedimento de ação disciplinar para verificação do cumprimento dos deveres e
para eventual imposição das penalidades previstas na Lei 8.935/94 obedecerá às regras
estabelecidas para o processo administrativo disciplinar dos servidores do Poder Judiciário e às do
Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado, no que não conflitar como disposto no Capítulo
VI do Título II da Lei 8.935/94.
Parágrafo único. O processo disciplinar será conduzido por comissão de três membros, que poderá
ser composta por juízes, servidores do Poder Judiciário, delegatários e substitutos, designados pela
autoridade competente, que indicará dentre os servidores do Poder Judiciário, o de categoria mais
elevada para presidente.
CAPÍTULO IV
Dos Auxiliares
Art. 153. A existência de auxiliares nas serventias extrajudiciais seguirá as seguintes regras:
I – os contratos de trabalho serão celebrados livremente entre os notários e registradores e
seus prepostos, e comunicados ao juiz diretor do fórum, aos juízes de Registros Públicos e ao
corregedor-geral da Justiça;
II – o titular do serviço designará um ou mais substitutos, devendo a escolha recair em
pessoa idônea, preferencialmente bacharel em Direito, ou que tenha comprovada experiência e
conhecimento das atribuições das serventias extrajudiciais, devendo a designação ser comunicada
ao juiz diretor do fórum, aos juízes de Registros Públicos e ao corregedor-geral da Justiça;
III – A indicação do substituto deverá estar acompanhada de folha-corrida judicial.
Art. 154. Os atos praticados pelos auxiliares serão de inteira responsabilidade do titular e, na falta
ou impedimento deste, de seu substituto legal, sem prejuízo do exercício, pelos últimos, do direito
de regresso nos casos de dolo ou culpa dos prepostos.
Art. 156.393 Não havendo substituto designado pelo titular, o juiz diretor do fórum designará o
notário ou o registrador mais antigo da comarca para responder pelo expediente do serviço nas
ausências e impedimentos do titular.
§1º Inexistindo outro notário ou registrador, será designado auxiliar da própria serventia.
§2º No caso de vacância, responderá pela serventia o substituto ou outro notário ou registrador
designado pelo corregedor-geral da Justiça, obedecidas às determinações do Conselho Nacional de
Justiça.
TÍTULO II
Das Serventias em Espécie
CAPÍTULO I
Do Registro Civil das Pessoas Naturais
Art. 157. Os registros de nascimento e de óbito e a primeira certidão expedida são inteiramente
gratuitos a todo e qualquer cidadão.
§2º Igualmente, nãos eram cobrados emolumentos pelo processo de habilitação para o casamento
das pessoas referidas no parágrafo anterior.
§3º O estado de pobreza será comprovado por declaração do próprio interessado ou a rogo, em se
tratando de analfabeto, neste caso, acompanhada da assinatura de duas testemunhas.
Art. 158. É obrigatória a exposição permanente e de forma visível, nos serviços de registro civil do
Estado, e em local de acesso ao público, de cartazes legíveis com a informação da gratuidade do
registro civil (art. 45 da Lei 8.935/94).
§1º O oficial, dentro de quinze dias da data do pedido, concederá a certidão, ou justificará, perante o
juiz eleitoral, porque deixa de fazê-lo.
§2º A infração ao disposto neste artigo sujeitará o serventuário às penas do art. 293 do Código
Eleitoral.
Art. 160.394 São isentos de pagamento de emolumentos o registro e a averbação de quaisquer atos
relativos a crianças ou a adolescentes em situação de risco, que poderão ser determinados pelos
juízes ou solicitados pelas promotorias da infância e juventude.
Art. 161. No período noturno e aos sábados, domingos e feriados, haverá sistema de plantão para o
Registro Civil das Pessoas Naturais, que funcionará de acordo com provimento da Corregedoria
Geral da Justiça.
Parágrafo único. O plantão noturno, das 18 horas de um dia até as 8 horas do dia seguinte, será
feito na residência do próprio oficial e exclusivamente para os casos de urgência, como doença,
viagem e outros.
Art. 162. O oficial deverá encaminhar, nos primeiros dez dias de cada mês, as comunicações dos
óbitos ocorridos no mês anterior:
I – ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, das pessoas com mais de quatorze
anos;
II – ao juiz eleitoral, dos maiores de dezesseis anos;
III – ao juiz diretor do fórum, das pessoas falecidas com bens a inventariar;
IV – à Polícia Federal, quando o registro envolver estrangeiro.
§1º Todo óbito deverá ser comunicado ao oficial de Registro do Nascimento e Casamento do
falecido, para a devida averbação.
§2º A omissão no encaminhamento dessas informações sujeita o oficial à multa prevista, nos termos
da lei.
Art. 163. Todas as questões relativas à habilitação para o casamento devem ser resolvidas pelo juiz
de direito da vara de Família.
Parágrafo único. Até que seja realizada eleição para juiz de paz, os casamentos serão celebrados
pelo juiz de direito ou pelo juiz de paz designado, mediante delegação daquele.
Art. 164.395 O Poder Judiciário fornecerá às serventias do Registro Civil das Pessoas Naturais o
material de expediente necessário à garantia da gratuidade de que trata o art. 157, caso não haja
ressarcimento pelos cofres públicos dos atos praticados.
Art. 165. A Corregedoria Geral da Justiça poderá instalar postos de serviços de registro de
nascimento e de óbito nas maternidades e hospitais, vinculados à serventia respectiva.
Art. 166. Será mantido na Corregedoria Geral da Justiça serviço centralizado de busca de assentos
do Registro Civil das Pessoas Naturais.
CAPÍTULO II
Do Registro Civil das Pessoas Jurídicas
Art. 168. Não poderão ser registrados os atos constitutivos de pessoas jurídicas quando o seu
objetivo ou circunstâncias relevantes indiquem destino ou atividades ilícitas, contrárias, nocivas ou
perigosas ao bem público, à segurança do Estado e da coletividade, à ordem pública ou social, à
moral e aos bons costumes.
Parágrafo único. Na hipótese de ocorrer um desses motivos, o oficial, de ofício, ou por provocação
de qualquer autoridade, sobrestará o processo de registro e suscitará dúvida perante o juiz de
Registros Públicos.
CAPÍTULO III
Do Registro de Imóveis
Art. 169. Os livros dos ofícios de Registro de Imóveis obedecerão aos modelos previstos na Lei de
Registros Públicos, os quais poderão ser encadernados pelo sistema convencional para escrituração
manual, facultado ao oficial substituí-los por livros de folhas soltas que permitam a escrituração
mecânica.
Art. 170. O ofício do Registro de Imóveis, criado mediante desmembramento territorial de outros
ofícios já existentes, comunicará o novo registro do imóvel, para efeito de averbação, ao ofício do
Registro de origem.
§1º Essa comunicação poderá efetivar-se por certidão ou ofício, contendo a completa caracterização
do imóvel e dados concernentes a seu registro.
§2º O ofício do novo registro nada cobrará pela comunicação, ressalvadas as despesas postais com a
remessa.
§3º O ofício do anterior registro poderá exigir emolumentos referentes à averbação sem valor
declarado, que serão cobrados pelo ofício do novo registro, ao remeter a comunicação.
§5º O desmembramento territorial posterior ao registro não exigirá a repetição do registro no novo
ofício.
Art. 171. Os oficiais e seus auxiliares são obrigados a lavrar certidão do que lhes for requerido e a
fornecer às partes as informações solicitadas.
§1º Qualquer pessoa pode requerer certidão do registro sem informar ao oficial ou ao funcionário o
motivo ou interesse do pedido.
§2º A certidão, que será lavrada em inteiro teor, em resumo ou em relatório,não poderá ser retardada
por mais de cinco dias e deverá ser fornecida em papel e mediante escrita que permitam a sua
reprodução por fotocópia, ou outro processo equivalente.
§3º Em toda certidão que for expedida, os oficiais ou seus auxiliares farão constar,
obrigatoriamente, e se for o caso, a informação de que o imóvel passou à circunscrição de outra
serventia, em decorrência de desmembramento territorial.
Art. 172. No processo de dúvida, que obedecerá ao disposto no art. 198 da Lei 6.015/73, só serão
cobrados emolumentos do interessado, se julgada procedente.
CAPÍTULO IV
Do Registro de Títulos e Documentos
Art. 173. Caberá ao Registro de Títulos e Documentos a realização dos registros não atribuídos
expressamente a outro ofício.
§1º Os atos relativos ao Registro Civil de Pessoas Jurídicas não poderão ser lançados no Registro de
Títulos e Documentos, mesmo quando acumulados os ofícios.
§2º É vedado o registro, mesmo facultativamente, de ato constitutivo de sociedade, quando antes
não estiver regularmente registrado no livro do Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
§3º Exclusivamente para autenticação da data, poderá o documento ser levado a registro por fax,
devendo ser convalidado o registro com a posterior averbação do original, que será apresentado no
prazo de dez dias, sob pena de sua nulidade e cancelamento de ofício do registro.
Art. 174. Recusar-se-á o registro de título, documento ou papel não revestidos das formalidades
legais exigíveis.
§1º Havendo indícios de falsificação, o oficial poderá sobrestar o registro e, depois de protocolizar
o título, documento ou papel, notificará o apresentante sobre as causas da suspensão do ato.
CAPÍTULO V
Do Tabelionato de Notas
Art. 175. O tabelião não está vinculado às minutas que lhe forem submetidas, podendo revisá-las ou
negar-lhes curso, se entender que o ato a ser lavrado não preenche os requisitos legais.
Art. 176. Nas escrituras declaradas sem efeito, o tabelião certificará as causas e motivos, datará e
assinará o ato, sendo exigíveis os emolumentos respectivos, se atribuída a culpa às partes.
§1º Na ausência de assinatura de uma das partes, o tabelião declarará incompleta a escritura e
consignará as assinaturas faltantes, individuando-as, mas pelo ato serão devidos emolumentos, se
imputável a qualquer das partes.
§2º Na situação descrita neste artigo, é proibido fornecer certidão ou traslados em ordem judicial.
Art. 177. Compete aos tabeliães ou aos seus substitutos legais a autenticação das cópias de
documentos particulares e a autenticação de certidões ou traslados de instrumentos do foro judicial
ou extrajudicial, extraídos pelo sistema reprográfico, desde que apresentados os originais.
§1º Os tabeliães, ao autenticarem cópias reprográficas, não deverão restringir-se à mera conferência
dos textos ou ao aspecto morfológico, mas verificar, com cautela, se o documento copiado contém
rasuras ou quaisquer outros defeitos, os quais serão ressalvados na autenticação.
§2º No caso de fundada suspeita de fraude, será recusada a autenticação e o fato será comunicado,
de imediato, à autoridade competente.
§3º Em documento cuja reprodução seja de frente e verso, deverá ser procedida apenas a uma
autenticação, no verso.
Art. 178. As serventias judiciais e as demais extrajudiciais, dotadas de fé pública, poderão lançar
certidão, em relação a documentos fora de circulação existentes em suas respectivas serventias, de
que a cópia reprográfica confere com o documento apresentado, ato este que dispensará a utilização
de selo de fiscalização.
Art. 179. No reconhecimento de firma, deverão ser mencionados, por extenso e de modo legível, os
nomes das pessoas a quem pertencem as assinaturas e se foram reconhecidas como verdadeiras ou
por semelhança.
§2º Para o reconhecimento de firma, poderá o notário, havendo justo motivo, exigir a presença do
signatário ou a apresentação de documento de identidade e da prova de inscrição no CPF.
85
CAPÍTULO VI
Dos Serviços de Distribuição
Art. 180. Nos municípios onde houver mais de um tabelionato de protestos, a apresentação do
documento para protesto será feita no serviço de distribuição, criado e mantido pelos próprios
tabelionatos.
§2º Não estão sujeitos à nova distribuição os títulos cujos protestos tenham sido sustados por ordem
judicial ou os evitados pelo devedor por motivo legal ou, ainda, os devolvidos ao apresentador por
falta de requisito formal.
§3º Não sendo possível observar a rigorosa distribuição equitativa, no dia imediato, far-se-á a
compensação.
§4º Efetuada a distribuição, será entregue ao apresentante recibo com as características do título e a
indicação do tabelionato para o qual foi distribuído, bem como dos emolumentos recebidos.
§1º O serviço de distribuição deverá efetuar as baixas das distribuições e expedir as certidões
correspondentes no prazo de dois dias úteis.
§2º O serviço de distribuição não fornece rá certidão de ocorrência de distribuição, na qual conste
averbação de baixa, salvo se a pedido escrito do próprio devedor ou por determinação judicial.
CAPÍTULO VII
Do Tabelionato de Protestos
Art. 182. O documento apresentado para protesto deverá revestir-se dos requisitos formais previstos
na legislação própria, não cabendo ao tabelião investigar a ocorrência de prescrição ou caducidade
(Lei 9.492/97, art. 9º), bem como a origem da dívida ou a falsidade do documento.
§1º É vedado o apontamento de cheque que tenha sido devolvido pelo banco sacado, em razão de
roubo, furto ou extravio comunicado pelo titular da conta-corrente, salvo se houver endosso ou aval.
396 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 18/1993. Posteriormente foi alterado pela Lei Complementar Estadual
nº 68/2003, que alterou o Livro III.
86
§4º O título não protocolado por falta de requisito formal será devolvido diretamente ao
apresentante, exceto onde houver distribuição, caso em que a devolução deverá ser feita por meio
dessa, não sendo devidos emolumentos por esse ato.
Art. 183.397 398 Nas intimações por via postal, serão cobradas da parte as quantias efetivamente
despendidas com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, consoante contrato de tarifas com
esta mantido ou, não havendo contrato, conforme tarifas em vigor.
§1º As despesas de condução, nas intimações feitas por pessoa do próprio tabelionato, não podem
ultrapassar o valor da s passagens de ida e volta em transporte coletivo para o endereço do intimado.
Art. 184. O pagamento devido ao apresentante poderá ser feito em espécie ou por meio de cheque
cruzado e nominal.
§1º O pagamento de quantia superior a R$ 300,00 (trezentos reais) só será recebido por meio de
cheques.
§2º Só serão recebidos cheques emitidos pelo próprio devedor ou por estabelecimento bancário.
§3º (revogado)399
§4º Em razão de desvalorização da moeda, poderá o Tribunal de Justiça, por meio de resolução,
alterar o valor constante no §1º.
§5º Quando o pagamento for efetuado por meio de cheque, será dado recibo constando a descrição
do cheque e que a quitação fica condicionada à efetiva liquidação do cheque, quando então será
devolvido o título.
Art. 185.400 401 402 As importâncias recebidas em espécie destinadas ao pagamento de títulos ou
documentos de dívidas serão depositadas no mesmo dia em conta do tabelionato.
§1º A conta-corrente deverá ser aberta na agência mais próxima de banco oficial e, não havendo em
agência de banco particular.
§2º Os extratos dessa conta-corrente serão arquivados por seis meses, contados do visto do juiz.
397 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 29/1995. Posteriormente foi alterado pela Lei Complementar Estadual
nº 68/2003, que alterou o Livro III.
398 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 22/1994.
399 Revogado pela Lei Complementar Estadual nº 157/2013.
400 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 33/1996. Posteriormente foi alterado pela Lei Complementar Estadual
nº 68/2003, que alterou o Livro III.
401 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 29/1995.
402 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 22/1994.
87
§4º O pagamento ao apresentante só será efetuado por meio de cheque nominal e cruzado.
Art. 186.403 404 Decorridos os prazos legais mínimos estabelecidos para conservação dos livros e dos
documentos no tabelionato, a eliminação do acervo deverá ser comunicada com antecedência de
trinta d ias ao juiz da Vara de Registros Públicos.
TÍTULO III
Das Serventias Extrajudiciais nas Comarcas e Termos
CAPÍTULO ÚNICO
Das Serventias Extrajudiciais
IV – a quarta compreende toda a área além dos limites da terceira, que partindo da Ponte
Governador Newton Bello (Caratatiua), lado direito do rio Anil seguindo pela Avenida Daniel de La
Touche até alcançar a estrada São Francisco, Olho d’Água, daí continuando pela Rua da Cegonha
até o mar;
V – a quinta compreenderá a margem direita do rio Anil até os limites da quarta zona.
III – as atuais serventias mistas denominadas 1º Cartório Cível e 2º Cartório Cível passam a
ser denominadas de 6º e 7º Ofícios Extrajudiciais, respectivamente, com as atribuições do Registro
de Imóveis, sendo o 6º Ofício correspondente à 1ª Zona e o 7º Ofício correspondente à 2ª Zona,
mantendo-se a atual divisão territorial.
Art. 190.408 409 Nos municípios de Codó, Coroatá, Itapecuru Mirim, Pedreiras, Santa Inês e Timon:
I – os atuais cartórios mistos do 1º Ofício passam a ser denominados de 1º Ofício
Extrajudicial, com a função de Registro de Imóveis;
II – os atuais cartórios do 2º Ofício passam a ser denominados de 2º Ofício Extrajudicial,
com as funções de Registro Civil das Pessoas Naturais e Tabelionato dos Contratos Marítimos;
III – os atuais cartórios do 3º Ofício passam a ser denominados de 3º Ofício Extrajudicial,
com as funções de Registro de Protesto de Títulos.
Art. 191.410 Nos municípios de Açailândia, Alto Parnaíba, Arari, Balsas, Barão de Grajaú, Barra do
Corda, Bom Jardim, Brejo, Carolina, Chapadinha, Colinas, Coelho Neto, Cururupu, Dom Pedro,
Esperantinópolis, Estreito, Grajaú, João Lisboa, Lago da Pedra, Paço do Lumiar, Paraibano, Pastos
Bons, Pindaré Mirim, Pinheiro, Porto Franco, Presidente Dutra, Rosário, Santa Helena, Santa Luzia,
Santa Luzia do Paruá, São Bento, São José de Ribamar, São Luiz Gonzaga do Maranhão, Tuntum,
Vargem Grande, Viana, Vitória do Mearim, Vitorino Freire e Zé Doca:
I – o 1º Ofício Extrajudicial terá as funções de Registro de Imóveis e Tabelionato de
Protestos;
II – o 2º Ofício Extrajudicial terá as funções de Registro Civil das Pessoas Naturais,
Registro Civil das Pessoas Jurídicas, Registro de Títulos e Documentos, Tabelionato e Registro dos
Contratos Marítimos e Tabelionato de Notas.
Art. 192. Nos demais municípios do Estado haverá um único cartório extrajudicial denominado
Serventia Extrajudicial, que acumulará todas as funções de registradores e notários.
Art. 193. Para cumprimento do disposto no artigo anterior, serão obedecidas as seguintes regras:
I – os atuais cartórios do Ofício Único dos termos judiciários passam a ser denominados
Serventia Extrajudicial;
II – nos municípios onde existirem dois cartórios mistos, e os dois se encontrarem vagos,
fica extinto o cartório do 2º Ofício, passando as atribuições deste ao cartório do 1º Ofício, que passa
a ser denominado Serventia Extrajudicial, com todas as atribuições dos registradores e notários;
III – nos municípios onde existirem dois cartórios mistos e somente um se encontrar vago,
fica extinto o cartório que se encontra vago, passando o outro a ser denominado de Serventia
Extrajudicial, com todas as atribuições de registradores e notários;
IV – nos municípios onde existirem dois cartórios mistos e os seus ocupantes forem efetivos
ou estáveis, permanecerão os dois cartórios como serventias extrajudiciais, obedecendo-se o
disposto nos incisos I e II doartigo191, extinguindo-se o primeiro em que ocorrer a vacância.
LIVRO IV412
Das Disposições Finais e Transitórias
TÍTULO I
Disposições Finais
Art. 194.413 As decisões do Tribunal de Justiça e de seus órgãos serão lavradas em forma de
acórdãos, que serão publicados, e cujos requisitos constarão do Regimento Interno.
§1º Todos os atos do presidente do Tribunal e do corregedor geral da Justiça serão publicados no
Diário da Justiça Eletrônico.
§2º As decisões e atos dos juízes de direito também serão publicados no Diário da Justiça
Eletrônico.
§2º O pagamento dos proventos dos Magistrados inativos será efetuado juntamente com o dos
vencimentos que se encontrem na atividade.
§3º Para efeito dos parágrafos anteriores continuam os inativos vinculados à Secretaria do Tribunal
de Justiça que, obrigatoriamente, providenciará sobre a continuidade das anotações nas suas fichas
individuais e sobre outras ocorrências no Boletim de Alteração Individual (B.A.I.).
412 Livro IV com artigos renumerados pela Lei Complementar Estadual nº 68/2003.
413 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 157/2013.
91
Art. 196.414 A instalação de unidade jurisdicional está condicionada à existência de estrutura física e
recursos humanos necessários à execução de suas atividades.
Art. 197.415 A instalação de qualquer unidade jurisdicional será feita pelo presidente do Tribunal de
Justiça ou pelo corregedor-geral da Justiça ou, na impossibilidade destes, por magistrado designado
pelo presidente do Tribunal de Justiça.
Parágrafo único. A instalação da unidade jurisdicional será realizada em dia e hora previamente
designados pelo presidente do Tribunal de Justiça, após autorização do Plenário e com a presença
do juiz designado para responder e dos servidores, sendo convidados os membros do Ministério
Público, os advogados e as autoridades locais.
Art. 198.416 Da solenidade de instalação da unidade jurisdicional será lavrada a respectiva ata em
livro especial, na qual serão mencionados obrigatoriamente os atos de criação da unidade e de seus
cargos, a autoridade que preside a instalação, o juiz designado e as demais autoridades presentes.
Parágrafo único. Cópias da ata serão remetidas à Secretaria do Tribunal de Justiça, à Corregedoria
Geral da Justiça, ao Tribunal Regional Eleitoral e à Procuradoria Gera lda Justiça.
Art. 201. Os votos dados em julgamento interrompido serão computados no final do julgamento,
estejam ou não presentes os Desembargadores que os tenham proferido.
Art. 203.420 O Tribunal de Justiça, por meio de resolução, poderá criar e regulamentar a concessão
de medalhas de mérito judiciário a serem concedidas a magistrados e outras autoridades com
relevantes serviços prestados ao Poder Judiciário.
Art. 204. Fica mantida a atual Divisão Judiciária do Estado, com as modificações constantes deste
Código.
Art. 206. No orçamento do Poder Judiciário serão consignados recurso necessários ao pagamento
de despesas postais, telegráficas, telefônicas e de publicação do interesse da Justiça, efetuada pelos
Juízes, bem como de instalações de Comarcas.
Art. 207. À Escola Superior da Magistratura do Estado do Maranhão, ESMAM, criada pela
Resolução nº 19/86, do tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, compete promover:
I – cursos de iniciação funcional para novos magistrados;
II – cursos de extensão e atualização para magistrados;
III – seminários, simpósios, painéis e outras atividades destinadas ao aprimoramento da
Instituição, da carreira e do magistrado;
IV – cursos para serventuários da Justiça;
§3º Os Juízes de Direito Substitutos de 1ª Entrância, após a posse e exercício, participarão do curso
de iniciação funcional para novos magistrados, cujo programa deverá ser aprovado pela Presidência
do Tribunal de Justiça, findo o qual terão o prazo de 5 (cinco) dias para reassumirem a jurisdição.
TÍTULO II
Disposições Transitórias
Art. 208. Enquanto não for elaborado e publicado o novo Regimento Interno do Tribunal de Justiça,
continuará em vigor o atual Regimento, respeitadas as modificações previstas na Constituição
Federal, na Lei Orgânica da Magistratura Nacional e na legislação processual vigente.
Art. 209.422 423 Ficam criadas as seguintes Comarcas de 1ª Entrância, com sede nos Municípios que
lhes dão o nome:
I – Igarapé Grande, desmembrada da Comarca de Pedreiras;
II – Olho D’Água das Cunhãs, desmembrada da Comarca de Vitorino Freire;
III – Santo Antônio dos Lopes, desmembra da Comarca de Dom Pedro, com o Termo
Governador Archer;
IV – Zé Doca, desmembrada da Comarca de Santa Inês;
V – Governador Eugênio Barros, desmembrada da Comarca de Presidente Dutra, com o
Termo Graça Aranha;
VI – Monção, desmembrada da Comarca de Bom Jardim;
VII – Matões, desmembrada da Comarca de Parnarama;
VIII – Santa Luzia do Paruá, desmembrada da Comarca de Turiaçu;
IX – Santa Helena, desmembrada da Comarca de Pinheiro;
X – São Vicente Ferrer, desmembrada da Comarca de São João Batista;
XI – Amarante do Maranhão, desmembrada da Comarca de Grajaú;
XII – Buriti Bravo, desmembrada da Comarca de Passagem Franca;
XIII – Paço do Lumiar, desmembrada da Comarca de São José de Ribamar;
XIV – Cantanhede, desmembrada da Comarca de Itapecuru Mirim;
XV – Timbiras, desmembrada da Comarca de Codó;
XVI – Poção de Pedras, desmembrada da Comarca de Esperantinópolis;
XVII – Santa Quitéria, desmembrada da Comarca de Brejo;
XVIII – Pio XII desmembrada da Comarca de Vitorino Freire;
422 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 29/1995, posteriormente renumerado o Livro IV pela Lei
Complementar Estadual nº 68/2003.
423 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 22/1994, posteriormente renumerado o Livro IV pela Lei
Complementar Estadual nº 68/2003.
93
Art. 210. Ficam criadas mais 01 (uma) Vara na Comarca de Santa Luzia,01 (uma) na Comarca de
Grajaú, 01 (uma) na Comarca de Codó e 01 (uma) na Comarca de Lago da Pedra.
Parágrafo único.(Vetado)
Art. 214. Fica revogada a criação da Comarca de Fortaleza dos Nogueiras, de 1ª Entrância, prevista
no art. 3º da Lei nº186, de 23/11/1989.
Art. 215. Fica extinta a Comarca de Nova Iorque, que volta a ser Termo de Pastos Bons.
424 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 33/1996, posteriormente renumerado o Livro IV pela Lei
Complementar Estadual nº 68/2003.
425 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 29/1995, posteriormente renumerado o Livro IV pela Lei
Complementar Estadual nº 68/2003.
426 Alterado pela Lei Complementar Estadual nº 22/1994, posteriormente renumerado o Livro IV pela Lei
Complementar Estadual nº 68/2003.
94
Art. 216. O Termo Judiciário de Sucupira do Norte, da Comarca de Pastos Bons, passa a ser Termo
da Comarca de Mirador.
Art. 217. As despesas decorrentes desta lei Complementar correrão à conta de créditos especiais.
Art. 218. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
EDISON LOBÃO
Governador do Estado do Maranhão