0% acharam este documento útil (0 voto)
24 visualizações22 páginas

Apostila Liderança Cristã

Liderança Cristã

Enviado por

paarqstudio10
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
24 visualizações22 páginas

Apostila Liderança Cristã

Liderança Cristã

Enviado por

paarqstudio10
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 22

INTRODUÇÃO

Imagine como seria para nós não termos líderes. Imagine como seria se não
tivéssemos lideres nos ministérios, no trabalho, na governança civil, etc. Imagine uma
família que não tenha um líder! Em Juízes 21:25 temos um dos relatos mais tristes da
história de Israel e que nos faz pensar como é viver sem uma liderança adequada:
“Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto” (Juízes
21:25). O povo vivia uma verdadeira anarquia, pois não havia um referencial de
liderança adequada para conduzir a nação. Cada um fazia como bem achava melhor!
Porém, como diz o livro de Provérbios, “Não havendo sábia direção, cai o povo”
(11.14).
A liderança é uma necessidade vital em qualquer setor de nossa vivência
coletiva: trabalho, família, sociedade e o mesmo podemos afirmar da liderança cristã,
voltada a conduzir pessoas que estão inseridas no Reinos de Deus. Essa cadeira tem
como o objetivo sobre a liderança cristã nas diversas manifestações, não apenas no
ministério, mas a liderança na família cristã e até mesmo na individualidade cristã,
afinal de contas, o indivíduo é um líder de si mesmo.
Esta introdução inicia afirmando sem medo de errar que a liderança cristã é
excelente e por excelência superior a qualquer outra forma de liderança (liderança
empresarial, política, social, etc.) E por que? Porque a liderança cristã não lida apenas
com questões temporais – elas têm implicações eternas. Não se preocupa apenas com os
resultados trazidos pelas pessoas, mas antes, elas se preocupam com a própria pessoa
que gerará esses resultados, com a formação do caráter dessa pessoa e com suas
demandas. Não enxerga apenas o potencial de um indivíduo, mas enxerga primeiro o
indivíduo que possui o potencial.
Desse modo, vemos que a liderança cristã não é egoísta, ela é altruísta. Não deve
ser exercida em prol de um interesse individual, mas em prol de um interesse coletivo.
Acima de tudo, ela até segue na contramão dos tempos pós-modernos em que vivemos:
se baseia na humildade, onde o maior serve o menor. Espero que a cadeira possa
contribuir efetivamente para sua edificação.
Aula 02
O que é liderança? Todos podem liderar? Já nascemos lideres ou nos tornamos
líderes? O cargo faz o líder? Liderança é influência, isto é, a habilidade de uma pessoa
de influenciar a outros. Um homem pode liderar outros apenas na medida em que pode
influenciá-los a segui-lo. Este fato é apoiado por definições de liderança feitas por
homens que exerceram grande influência.
Lord Montgomey, como líder militar, define liderança assim: “Liderança é a
capacidade e desejo de unir homens e mulheres num propósito comum, e o caráter que
inspira confiança.
O ex presidente dos Estados Unidos Truman disse sobre liderança: “Líder é a
pessoa que tem a habilidade de fazer com que os outros façam o que não queriam
fazer, e gostem de fazê-lo.”
Li Hung Chang, um velho líder chinês respondeu sobre liderança dizendo: “Há
três tipos de pessoas no mundo: aquelas que não se mexem, as que são movíveis, e as
que movem os outros.”
John R. Mott, um líder mundial em círculos estudantis, deu esta definição:
“Líder é o homem que conhece o caminho, e sabe manter-se à frente, trazendo outros
após si.”
Para ser sincero, liderança não é uma coisa fácil de ser aprendida, mas por que
vale tanto a pena? Afinal, ainda que ser tornar um líder melhor gere benefícios, també m
exige grande esforço. A liderança requer muito das pessoas que desejam desenvolvê-las.
É exigente e complexa. Entenda o que estou querendo dizer:
- Liderança é a disposição de assumir riscos.
- Liderança é o desejo apaixonado de fazer diferença.
- Liderança é se sentir incomodado com a realidade.
- Liderança é assumir responsabilidades enquanto outros inventam justificativas.
- Liderança é enxergar as possibilidades de uma situação enquanto outros só conseguem
ver as dificuldades.
- Liderança é a disposição de ser destacar no meio da multidão.
- Liderança é abrir a mente e o coração.
- Liderança é a capacidade de subjugar o ego em beneficio daquilo que é melhor.
- Liderança é evocar em quem nos ouve a capacidade de sonhar.
- Liderança é inspirar outras pessoas com uma visão clara de contribuição que elas
podem oferecer.
- Liderança é o poder de potencializar muitas vidas.
- Liderança é falar com o coração ao coração dos liderados.
- Liderança é a integração do coração, mente e da alma.
- Liderança é a capacidade de se importar com os outros e, ao fazer isso, liberar as
ideias, a energia e a capacidade dessas pessoas.
- Liderança é o sonho transformado em realidade.
- Liderança é, acima de tudo, coragem.
Se essas reflexões sobre a liderança aceleram sua pulsação e mexem com seu
coração, aprender mais sobre esse assunto fará uma grande diferença em sua vida, e por
sua vez você será capaz de fazer uma grande diferença na vida de outras pessoas.
De fato, liderar é administrar. Hoje, quando se fala em liderança nos meios
empresários, usa-se com muita frequência a palavra “gestão”, que se origina do latim
gestione e significa “o ato de gerir que por sua vez significa: trazer, produzir, criar,
executar, administrar. John C. Maxwell, um conhecido escritor e palestrante na área da
liderança, faz um interessante comentário sobre “a melhor fonte de ensino sobre
liderança”:
Aonde a maioria das pessoas vai aprender sobre liderança? A resposta a
esta questão, hoje, é que elas buscam em muitas lugares. Alguns
examinam o mundo da política. Outros buscam modelos na indústria do
entretenimento. Muitos olham para o mundo dos negócios. Muitas
pessoas parecem buscar executivos de sucesso, consultores ou
especialistas altamente graduados para aprender a respeito da liderança.
Mas a verdade é que a melhor fonte de ensino sobre liderança, hoje, é a
mesma de milhares de anos. Se você quer aprender sobre liderança,
busque no maior Livro da liderança que já foi escrito: A Bíblia. Você tem
em suas mãos uma ferramenta com o potencial para mudar a sua vida e o
curso de seu desenvolvimento como um líder espiritual.
Das Escrituras podemos extrair princípios para construir uma liderança nobre,
compartilhada, edificante e que glorifica a Deus e promove o crescimento do corpo de
Cristo. O Líder é aquele que pode ajudar a aprimorar outras pessoas pela sua influência
e ser decisivo para construir um projeto que seja maior que ele mesmo. E ele não poderá
fazer isso se de fato não for um líder, pois só um líder verdadeiro é capaz de influenciar
outras pessoas a abraçarem um projeto e trabalhar por ele.
A liderança Espiritual é uma mistura de qualidades naturais e espirituais. Até
mesmo as qualidades naturais não são oriundas do indivíduo, mas de Deus e, portanto,
alcançam maior efetividade quando empregadas no serviço de Deus e para sua glória.
As definições acima referem-se a liderança geral. Embora a liderança Espiritual exija
aquelas qualidades, há outros elementos que suplementam e levam precedência sobre
elas.
Personalidade é um fator primordial na liderança natural. Entretanto, o líder
espiritual influencia aos outros não apenas pelo poder de sua personalidade, mas
personalidade irradiada pelo Espirito Santo. Visto que ele permite que o Espirito tome
controle integral de sua vida. Ele só é capaz de influenciar aos outros espiritualmente
porque o Espirito é capaz de trabalhar através dele, num grau superior daqueles a quem
ele lidera.
Um princípio geral da liderança é que só podemos influenciar e liderar outros até
o ponto a que nós mesmo chegamos. A pessoa mais susceptível de sucesso não é aquela
que lidera meramente apontando o caminho, mas a que o percorreu pessoalmente. Nós
lideramos na medida em que inspiramos outros a seguir-nos.
A resposta que mais parece correta aos questionamentos é: há lideres natos e
lideres forjados. Liderança pode ser definida como “uma qualidade indefinível” vinda
diretamente de Deus. Por outro lado, é claro que a liderança pode ser cultivada e
desenvolvida. Parece que algumas pessoas desenvolvem o espirito de liderança
unicamente em razão de uma serie de circunstâncias. A liderança natural e espiritual
tem muitos pontos em comum, mas, há alguns aspectos em que elas podem diferenciar-
se totalmente. Vê-se isto melhor quando suas características dominantes são
comparadas entre si, como veremos:
Líder natural
1 Autoconfiante
2 Faz suas próprias decisões
3 Ambicioso
4 Origina seus próprios métodos
5 Gosta de comandar os outros
6 Motivado por considerações pessoais
7 Independente.
Líder Espiritual
1 Confiar em Deus
2 Procura a vontade de Deus
3 Humilde
4 Encontra e segue os métodos de Deus
5 Tem prazer em obedecer a Deus
6 Motivado pelo amor a Deus e aos homens
7 Dependente de Deus.
A verdadeira grandeza, a verdadeira liderança, não é alcançada conseguindo
sujeição de pessoas ao nosso serviço, mas mediante nossa consagração ao serviço das
pessoas. Isto nunca acontecerá sem que haja um preço a ser pago. Envolve a
necessidade de beber o cálice amargo e experimentar o doloroso batismo do sofrimento.
O verdadeiro líder espiritual está infinitamente mais interessado no serviço que ele pode
prestar a Deus e aos seus companheiros, do que nos benefícios e prazeres que ele poderá
extrair da vida. Seu objetivo é servir à vida e não se aproveitar dela.
A maior necessidade da igreja, para que ela cumpra suas obrigações para com a
presente geração, é uma liderança espiritual, sacrificial, plena de autoridade vinda do
alto, plena de autoridade porque as pessoas gostam de ser lideradas por alguém que
saiba para aonde vai, e que inspira confiança. A natureza sobrenatural da igreja exige
uma liderança que se erga acima do que é humano.
Líderes espirituais não são feitos mediante eleição ou nomeação por homens ou
quaisquer grupos de homens, nem por reuniões eclesiásticas ou sínodos. Só Deus pode
fazer líderes. O simples fato de a pessoa ocupar cargo de importância não a torna um
líder. Fazer cursos de liderança não produz líderes. A resolução de torna-se líder não faz
da pessoa um líder. Liderança espiritual é autoridade do Espirito, e só pode ser
conferida pelo próprio Espirito. Agora, Deus pode sim, usar homens para conceder
autoridade e ungir para separá-los para um trabalho espiritual.
Na verdade, o grande desafio contemporâneo não é colocar homens em funções
de liderança, mas achar pessoas que estão dispostas a se entregarem e renunciarem os
seus desejos e vontades para servir a Deus e ao próximo visando a edificação do projeto
de Deus. Não foi isso que Jesus disse a mulher samaritana, quando questionado sobre
como e aonde deveria adorar a Deus?
George Liddell escreveu:
Dá-me um homem de Deus – um homem cuja fé domine sua
mente, e eu endireitarei o que está torto, e abençoarei toda a
humanidade.
Dá-me um homem de Deus- um homem cuja língua tenha sido
tocada pelo fogo do céu, e eu inflamarei os corações mais escuros
com resoluções altas e desejos puros.
Dá-me um homem de Deus- um homem que seja profeta
poderoso do Senhor, e eu te darei paz na terra, trazida pela oração,
não pela espada.
Dá-me um homem de Deus – um homem fiel à visão que lhe é
dada, e eu reconstruirei vossos santuários destruídos, e porei as
nações de joelhos, humilhadas.
Deus e os homens estão constantemente procurando líderes para as várias
ramificações dos empreendimentos cristãos. Nas Escrituras, encontramos Deus, com
frequência, empenhado na busca de um homem de certo tipo. Não homens, mas um
homem. Não um grupo, mas um indivíduo.
“O Senhor buscou para si um homem que lhe agrada.”
1 Samuel 13:14
“Olhei, e eis que não havia homem nenhum.”
Jeremias 4:1
“Daí voltas as ruas de Jerusalém, vede agora, procurai saber, buscai pelas suas praças a
ver se achais alguém, se há um homem que pratique a justiça ou busque a verdade; e eu
lhe perdoarei a ela.”
Jeremias 5:1
A igreja sempre prosperou muito quando foi abençoada com a dádiva de líderes
fortes, espirituais, que experimentaram e esperaram o toque do sobrenatural em seu
trabalho. A falta de tais homens é um sintoma da doença que enfraquece a igreja. A
palavra poderosa, do púlpito a maior influência do poder do alto entre o povo, quase não
se ouve mais. Num mundo em chamas, a voz da igreja transformou-se num sussurro
patético. É dever inadiável de todos quantos estão em posição de liderança enfrentar
situação face a face, e fazer o possível, ao máximo de suas forças, para que a chama da
verdadeira liderança espiritual passe aos mais jovens.
Podemos dizer que existe uma liderança ao contrário. Se aquelas pessoas de
posição de poder e influência falham na tarefa de levantar o povo espiritualmente, elas o
conduzirão para baixo, inconscientemente e falharam em sua missão.
AULA 03
O LÍDER OU A LIDERANÇA NA HISTÓRIA DA BÍBLIA

Percebemos que em toda história da humanidade, em cada momento e tempo,


sempre Deus estabeleceu líderes para conduzir Seu povo. Lembramos do início de
tudo, quando o Senhor estabeleceu os firmamentos (Gn 1:1-25) e criou todas as coisas,
Ele mesmo ORDENOU como cada uma delas seriam, demonstrando sua SOBERANA
liderança sobre TODAS AS COISAS.
Colossenses 1:16-18 - Porque nele foram criadas todas as coisas que
há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por
ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas
subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e
o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a
preeminência.

Deus estabelece na criação o primeiro homem, dando o nome de “CABEÇA”,


com um único propósito que era o dele ser um líder.
Gênesis 1:26 - E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre os
animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo os répteis que se move sobre a
terra.
Termo grego: radah que significa GOVERNAR, SUBJULGAR, levar à Dominar.
Efésios 5:23 Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da
igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
Termo grego: kephale muito usado para descrever algo supremo,
principal ou proeminente.
Gênesis 2:15 - E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o
lavrar e o guardar.
Termo grego: shamar que significa guardar, mais também
preservar, proteger e PRESTAR ATENÇÃO.
Gênesis 2:19 - Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo o animal do
campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e
tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
Adão foi criado e estabelecido por Deus, como vemos nos textos acima, para
cuidar, proteger e manter em ORDEM o que Deus criou. Ele foi o responsável, também,
por CLASSIFICAR algumas coisas, como os nomes dos animais. Esse primeiro
homem, foi privilegiado pois desfrutou pessoalmente da Liderança de Seu Criador, que
pelo exemplo revelou para Ele, após sua queda (Gn 3) a importância de um Líder; a
importância de alguém que conduza de forma firme e Segura àquilo que o foi confiado.
Podemos aprender através da liderança de Adão alguns erros que são totalmente
danosos para a função de um líder: Desobediência, Omissão, rebelião, egoísmo. Através
dos erros e falhas da liderança de Adão, podemos enxergar as consequências que causou
a toda a humanidade: conheceram o mal, interrompeu-se a comunhão com Deus, a
natureza do homem corrompeu-se e as consequências do pecado (dor, sujeição e
sofrimento.) Também como resultado da falha de Adão, o primeiro homicídio e outros
(Lameque) (4:23) a deturpação na instituição do casamento (poligamia e casamentos
mistos) e a ferocidade crescente na linhagem de Caim.
O propósito do diluvio era tanto destrutivo como construtivo. A linhagem da
mulher corria perigo de desaparecer completamente pe la maldade. Por isso Deus
exterminou a incorrigível raça velha para estabelecer a nova. O diluvio foi também o
juízo contra uma geração que havia rejeitado totalmente a justiça e a verdade. Noé
destaca-se como um dos mais completos lideres de Deus. Somente ele, entre seus
contemporâneos, achou graça e favor de Deus de forma pessoal (6.8). Era justo e reto
(6.9) uma pessoa de conduta irrepreensível, de integridade moral e espiritual no meio de
uma geração perversa e finalmente um pregador da justiça (2 Pd 2.5). O segredo do seu
caráter e constância era o andar diário com o Senhor.
Outro importante líder que obedeceu ao chamado de Deus foi Abraão. Segundo
Aelxander MacLaren, é o acontecimento mais importante do Antigo Testamento. Aqui
tem inicio a obra da redenção que fora insinuada no jardim do Éden. Deus agora, chama
um homem para fundar uma raça escolhida mediante a qual realizaria a restauração da
humanidade. Abraão é um líder sem dúvida nenhuma de grande referência, não apenas
para o cristianismo, mas para o judaísmo e o islamismo. Em realidade, a Bíblia declara
que o “povo escolhido” não se refere somente à descendência carnal do patriarca, mas a
todos quantos têm a mesma fé que Abraão tinha. Isto é, ele é o pai espiritual de todos os
que creem.
E o que temos o que aprender com Abraão? Quais lições tiramos de sua
liderança como pai de fé? As promessas pessoais feitas a Abraão são interessantes.
Abraão seria famoso e reverenciado, não por sua própria virtude, mas pelo favor de
Deus, que disse: “Abençoar-te-ei, e engradecerei o teu nome”. Abraão tinha a
responsabilidade de ser uma CANAL de benção para outros. “tu serás uma benção”.
Então podemos perceber que o propósito de Deus o ter levantado como um líder
espiritual era para abençoar a vida da todas as famílias. Essa é a verdadeira função de
um líder espiritual, abençoar a todos que estiverem a seu alcance sem ponderar o preço
que poderá pagar.
Ao decorrer da história, o povo de Deus é mandado ao Egito para que através de
José, outro grande líder da história, pudesse encontra favor e mantimentos para que o
plano de salvação se cumprisse. Infelizmente, o povo começou a gostar do Egito e se
estabeleceram fazendo moradia, sem plano de retornar as terras de Jacó. Transcorreram
aproximadamente trezentos anos desde a morte de José e o faraó que outrora hora foi
favorável aos Israelitas, agora o fazem escravos e subjuga o povo. A situação do
Israelitas tornou-se tão grave que necessitavam de um libertador, um líder que pudesse
libertar o povo de Deus.
Moises foi chamado enquanto pastoreava ovelhas. Deus revelou a compaixão
que sentia pelo povo oprimido e depois delineou os pormenores de seu plano para
libertá-lo. Mandou que ele reunisse os anciões de Israel e os avisasse do que o Senhor ia
fazer. No entanto advertiu-o de que Faraó não deixaria os israelitas ir a não ser forçado
pela poderosa mão de Deus. Assim Deus procede, primeiro informa a seu servo acerca
de seus planos e depois confirma sua palavra. Moises estava pouco disposto a aceitar a
comissão de Deus. Respondeu com quatros desculpas que muitas vezes usamos como
desculpas para não obedecer:
1 – Quem sou eu, que vá a Faraó? (3:11)
2 – O Deus de vossos pais me enviou a vós, e eles me disserem: Qual é o seu nome?
Que lhes direi? (3:13)
3 – Mas eis que me não crerão, nem ouvirão a minha voz, porque dirão: O Senhor não te
apareceu. (4:1)
4- Eu não sou homem eloquente (4:10)
Contestadas suas desculpas, Moises aceitou seu chamado e nunca mais olhou
para trás. De imediato deu inicio a sua missão, voltando ao Egito para libertar e liderar o
povo de Deus para voltar a terra prometida. A visão de um líder Espiritual é cumprir a
vontade de Deus na sua vida e na vidas das pessoas que Ele coloca em sua mão.
Precisamos aprender ao renunciar as nossas vontades, podemos liderar e levar pessoas a
alcançar os propósitos de Deus na vidas delas. Vale muito a pena deixar que Deus nos
use como instrumento para abençoar vidas.
Existiu um período “teocrático” – REINADO DE DEUS/ GOVERNO DE
DEUS, onde o próprio Deus, “conduzia” através de homens todas as coisas, de forma
DIRETA. Esse período foi “encerrado” após o povo desejar um REINADO humano,
como vemos em primeiro Samuel:

1 Samuel 8:4-7 - Então todos os anciãos de Israel se congregaram, e


vieram a Samuel, a Ramá, E disseram-lhe: Eis que já estás velho, e
teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora
um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.
Porém esta palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando
disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao
Senhor. E disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo
quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm
rejeitado, para eu não reinar sobre eles.

O período Teocrático foi de Gênesis até o profeta Samuel, que foi o último juiz,
onde Deus, GOVERNAVA sobre todos, porém Ele elegeu REPRESENTANTES -
LÍDERES, que foram levantados para conduzir as decisões e caminhos traçados pelo
próprio Deus. Esse período foi de grande relevância, pois traz para nós, vários
fundamentos sobre como deve ser a VIDA de um líder CRISTÃO na atualidade. Pois
àqueles que ainda hoje entregam sua vida à Jesus, recebem uma NOVA vida e mente
(Rm 12:2/ 2ª Co 5:17), que os leva a serem GOVERNADOS e conduzidos pelo único
Deus, a tomarem decisões e seguirem CAMINHOS, com consciência e segurança, ou
seja, com uma FÉ MADURA e RACIONAL (Rm 12:1).
Assim percebemos a CONTINUIDADE da visão de NECESSIDADE de uma
LIDERANÇA para conduzir toda CRIAÇÃO. Hoje entendemos que a necessidade de
liderança alcança todas as estâncias da sociedade: Famílias, Empresas, Instituições
públicas e privadas, Igreja e Mundo (Estado).
AULA 04
CARACTERÍSTICAS DO LÍDER
Os critérios do Senhor quanto a liderança e potenciais de líderes, tendiam tanto a
ferir as opiniões populares e os costumes daqueles dias, quanto os do nossos. Quem
escolheria, para um trabalho de implicações de âmbito mundial, um grupo de apóstolos
tão destituídos de simpatia, destreinados e sem influência? Não teríamos nós procurado
incluir em nosso grupo de liderança pessoas de destaque, membros influentes quem tem
conhecimento, autoridade e poder? Jesus não escolheu nenhuma pessoa de tal tipo.
Todos os seus discípulos provieram das chamadas mais humildes, não pertenciam às
classes influentes, mas eram homens que não eram aprovados segundo os nossos
preceitos para liderança.
Jesus escolheu leigos, ao invés de homens de hierarquia religiosa. Ele não
escolheu eruditos, talvez porque tais ocupações os tornariam menos apropriados para a
liderança espiritual que lhe daria. Quase todos os seus discípulos vieram da Galileia,
não da Judeia. Ele escolheu homens com pequena educação formal, para formar seus
líderes que logo mais demonstraram talentos extraordinários e provaram ser líderes que
influenciaram não apenas uma região, mas todo o mundo.
Não é exagero dizer que ninguém, a não ser o próprio Jesus, foi capaz de ver
naqueles homens diversificados, o estilo de liderança que gradualmente emergiu como
resultado do seu treinamento de alguns anos sob a habilidosa mão do grande Mestre.
Visto que as qualidades da liderança natural não são, de modo nenhum, destituídas de
importância para a liderança espiritual, é valido tentar descobrir o potencial de liderança
em nós mesmos e nos outros. A maior parte das pessoas possui qualidades latentes, não
desenvolvidas que, devido a falta de autoanalise e consequente falta de
autoconhecimento, podem permanecer escondidas durante muito tempo. Um estudo
objetivo dos padrões de autoavaliação a seguir poderia tanto resultar na descoberta de
tais qualidades, quanto detectar fraquezas que desqualificariam a pessoa para a
liderança.
● Você já eliminou, alguma vez, um mau hábito de seu caráter? Quem quiser
conduzir outros, deve disciplinar-se a si próprio.
● Você se controla quando as coisas vão mal? O líder que perde o autocontrole em
circunstâncias difíceis perde o respeito e a confiança. Ele deve ser calmo durante
as crises, flexível na adversidade e no desapontamento.
● Você pensa independentemente? Embora use ao máximo o pensamento alheio, o
líder não pode permitir que os outros pensem por ele, ou tomem decisões em seu
lugar.
● Você é capaz de receber críticas objetivamente e permanecer firme? Você sabe
transformá-las em benefícios? Uma pessoa humilde pode obter benefícios da
crítica insignificante e até mesmo maliciosa.
● Você é capaz de usar criativamente os desapontamentos?
● Você é capaz de assegurar a cooperação e ganhar o respeito e a confiança dos
outros?
● Você possui a habilidade de manter a disciplina, sem precisar recorrer a um uso
de autoritarismo? A verdadeira liderança é uma qualidade interna de espirito que
requer serenidade, e nunca uma demonstração externa de força.
● Você é digno de receber a bem-aventurança concedida aos pacificadores? É bem
mais fácil manter a paz do que restabelecer a paz, quando a mesma foi quebrada.
Uma função importante da liderança é a reconciliação – a habilidade de
descobrir terreno comum entre pontos de vista divergentes, induzindo ambas as
partes a aceita-lo.
● Você já recebeu a incumbência de lidar com situações difíceis e delicadas?
● Você sabe induzir as pessoas a fazer com a alegria algo legitimo que,
normalmente, não desejaria fazer?
● Você é capaz de aceitar oposição a seu ponto de vista, ou à sua decisão, sem
considerá-la uma afronta pessoal e sem reagir, portanto, como se afrontado? Os
líderes devem esperar oposição e jamais deveriam ofender-se quando ela
ocorrer.
● Você depende indevidamente do elogio ou da aprovação dos outros? É capaz de
manter uma atitude firme em face da desaprovação, e até mesmo da perca
temporária da confiança?
● Você é razoavelmente otimista? O pessimismo não é um atributo de um líder.
● Você gosta de assumir responsabilidades?
Não basta efetuarmos este exercício de autoanalise e de maneira superficial, sem
darmos contínua atenção às descobertas. É preciso fazer algo a respeito dos fatos
verificados. Por que não selecionar alguns pontos de fraqueza consciente, isto é,
aqueles que determinam nossas falhas, e em cooperação com o Espirito Santo, que é
um Espirito de disciplina, concentrarmos no fortalecimento ou correção deles?
Todas essas desejáveis qualidades estavam presentes, em sua integridade, no caráter
simétrico de Cristo, e cada cristão deve pedir ao Senhor em oração constante, que
elas sejam rapidamente incorporadas em sua própria personalidade.
A liderança espiritual só pode ser exercida por homens cheios do Espirito santo.
Outras qualificações para a liderança espiritual são desejáveis, mas ser cheio do
Espirito santo, é indispensável. O livro de atos é a história de homens que
estabeleceram a igreja cristã, conduzindo o empreendimento missionário. Tem
grande significado o fato de que a principal característica, até mesmo daqueles que
deveriam ocupar cargos de menor importância e responsabilidade na igreja
primitiva, era que fossem homens “cheios do Espirito Santo”. Deveriam ser
conhecidos por sua integridade e sagacidade, mas principalmente por sua
espiritualidade. Por mais brilhante que seja uma pessoa intelectualmente, por mais
capaz que seja como administrador, sem este equipamento essencial, a pessoa será
incapaz de exercer verdadeira liderança espiritual.
Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do
Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante
negócio.
Atos 6:3
A escolha deste homens não deveria ser influenciada por considerações quanto a
sabedoria mundana, discernimento financeiro ou aceitação social; deveriam ser
escolhidos primordialmente por sua genuína espiritualidade. Quando os oficiais da
igreja que não tenham qualificações espirituais, necessariamente são escolhidos
resultam em grande dano para a própria igreja. Estar cheio do Espirito é ser
controlado pelo Espirito. O intelecto, as emoções, a vontade, as forças físicas, tudo
fica em disponibilidade ao Espirito, para que se atinjam os propósitos de Deus. Sob
seu controle, os dons naturais da liderança ficam santificados e elevados à sua maior
potência para produzir o seu fruto na vida do líder. A obra toda, realmente, não é
outra coisa senão o fluir do Espirito Santo através de vidas entregues e cheias.
Outra característica muito marcante que é resultado do enchimento do Espirito
na vida dele é ser o maior exemplo de servo.
Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre
vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de
todos.
Marcos 10:43-44
Embora Jesus não fosse um revolucionário no sentido político, muitos de seus
ensinos eram espantosos e revolucionários, especialmente aqueles concernentes à
liderança. No mundo contemporâneo, o termo servo tem uma conotação de
inferioridade, mas não era assim no ensino de Jesus. Na verdade, Ele magnificou o
termo, igualando-o à grandeza. A maioria das pessoas não tem nada contra em
torna-se senhores, mas há muito pouca atração em ser servo. O ideal de Cristo para
o seu reino era o de uma comunidade de pessoas servindo-se mutuamente. Paulo
advoga a mesma ideia: “sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor (Gl 5:13).
Jesus sabia muito bem que este conceito “não é desde mundo” não seria bem
aceito no mundo egoísta dos homens, mas era exatamente isto que Ele exigia
daqueles que desejassem se líderes em seu reino. Eis uma lição que Tiago e João
ainda não haviam aprendido. Eles guardaram em seu coração a promessa que Jesus
disse:
“Em verdade vos digo que vós os que me seguistes, quando, na regeneração, o
Filho do homem se assentar no trono na sua glória, também vos assentareis em
doze tronos para julgar as doze tribos de Israel” (Mt 19:28).
O egoísmo ambicioso deles levou-os a usar a própria mão para tentar sobrepujar
seus colegas, e ocupar os primeiros lugares no reino vindouro. Contudo, Jesus exortou:
“Vocês não sabem o que estão pedindo”. O pedido deles ocasião para Jesus apresentar
um princípio de liderança:
● Há uma soberania na liderança espiritual
“...quanto, porém, ao assentar à minha direita ou à minha esquerdar, não
compete concedê-lo; porque é para aqueles a quem está preparado”
Nos, provavelmente, daríamos: É para aqueles que se prepararam para isto. Mas,
Jesus enfatizou a diferença fundamental nos princípios de liderança. “Entre
vocês não pode assim.” Os ministérios de liderança espirituais são
soberanamente conferidos por Deus. Nenhum curso teológico ou treinamento
dará automaticamente liderança espiritual e nem qualificara alguém para um
ministério eficiente. “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário,
eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis frutos...”
A lição fundamental de que a grandeza só vem mediante a servitude, e que o
primeiro lugar em liderança é obtido apenas mediante a pessoa torna-se servo de todos,
deve ter atingido os discípulos com um grande e desagradável choque. É digno de nota
que foi uma vez que Jesus disse a seus discípulos que deixaria um exemplo – quando ele
lhes lavou os pés – o exemplo foi de servitude. Ao declarar que a primazia na liderança
advém pela primazia no serviço, Jesus não tinha em mente meros atos de serviço,
porquanto estes podem ser desempenhados por motivos duvidosos. Cristo tinha em
mente o espirito de servitude, como quando Ele declarou: “Pois, no meio de vós, eu sou
como quem serve.”
AULA 05
O PAPEL E FUNÇÃO DO LIDER
Quando Jesus estava preparando seus discípulos para suas tarefas futuras,
demonstrou um método de treinamento excelente. Ele os ensinou tanto com lições como
pelo exemplo. Seu ensino era mais prático que formal. Ele providenciava retiros para
ensinamentos especiais, mas em geral, eram forjados nas estradas da vida ao invés do
isolamento. As experiencias do dia a dia dos discípulos constituíam oportunidades para
inculcar princípios e valores espirituais.
Ele empregava o método de residência (Lc 10:17-24), que permitia que eles
aprendessem tanto através dos seus próprios erros quanto de seus sucessos. Aprendiam
a exercer a fé para suas necessidades diárias. Ele lhes delegava autoridade e
responsabilidade, à medida que iam sendo capazes de assumi-las. O discurso
maravilhoso de João 13:16 tem sido chamado de discurso de formatura dos discípulos.
Não há nada melhor para fazemos do que seguir o exemplo do Mestre Supremo, o
melhor exemplo de liderança Espiritual.
Então podemos entender que a função de um líder espiritual é inspirar pessoas
para que elas cumpram o chamado de Deus para a vida delas. O líder é alguém que
aprendeu a caminhar seguindo o seu chamado e agora por obedecer a esse chamado,
inspira pessoas para que elas se movam e consigam estar no centro da vontade do
Senhor. Ele inspira pessoas a estarem no lugar onde Deus quer que elas estejam. Mas só
será capaz de liderar à medida que conquistar-se a si mesmo. Ele aprendeu a se
submeter de boa vontade. Então por conseguir inicialmente se liderar, ele agora
consegue exercer influência e autoridade sobre a vida de outras pessoas.
A compreensão de que o líder sempre é aquele que precisa está à frente, sendo
exemplo, é fundamental para que consiga mover as pessoas ao objetivo que Deus
colocou em seu coração. Essa função vai requerer muita energia, força, abdicação,
renuncia, visão, disciplina, paciência, humildade, sabedoria, coragem e decisão. Isso
tem sido a grande dificuldade dessa geração que aprendeu a conquistar e ter as coisas
muito rápido. Com respostas prontas e rápidas graças ao Google, com lanches de fast-
foods que ficam prontos em cinco minutos, com comidas congeladas que só colocar no
micro-ondas que pode desfrutar, estamos esquecendo dos processos que são essenciais
para a formação de líderes. Essa nossa geração não deseja passar pelos processos que a
liderança precisa, para conseguir aprender a exercer influência não por imposição, mas
por inspiração.
Podemos ver que o próprio Jesus esperou trinta anos, a chegar na idade correta
para começar o seu ministério. Davi, mesmo sendo ungido Rei pelo profeta Samuel
ainda muito novo, precisou esperar e deixar Deus lhe preparar para conseguir assumir o
trono que lhe fora prometido. Paulo, depois que seus olhos foram abertos, teve que
passar um tempo de oração e dedicação com o próprio Jesus para que sua liderança
fosse forjada. Então é necessário que estejamos preparados para o processo que Deus
quer fazer em nossas vidas para nos transformar e nos equipar para a função de
liderança.
Tanto Rick como Henry e Richard, comentam sobre a Influência de um líder.
Embora Rick afirme literalmente que liderar é influência, e muitos escritores usem essa
visão como um principal fator de uma liderança, outros como Henry e Richard vão
trazer luz para nós em afirmar que a Influência do líder, deve condizer com seu caráter e
exemplo. Também é isso que Jesus nos ensina, quando nos diz em Jo 13:15 “[...] eu vos
dei o exemplo, agora vão e façam uns com os outros...”
Sabemos que como líderes exercemos influência sobre nossos liderados. A
liderança é algo que é formada e também conquistada. É através da conquista que
somos influenciados e assim reconhecemos os líderes. O líder não se auto elege, ele é
eleito. Ele é reconhecido! Jesus um dia perguntou em Lc 9:20: “O que vocês dizem que
eu sou [...]”. Jesus não se intitulou, embora devesse e soubesse plenamente quem era,
como também vemos em Fp 2:4-7 “[...] sabendo que era Deus, se esvaziou [...]” a
mesma atitude teve o apóstolo Paulo, em 2ª Co 12:1-5 quando disse: “Em verdade que
não convém gloriar-me [...]”.
Provérbios 27:2 vai nos dizer: “Deixe que outros o louvem, e não a sua própria
boca; um estranho, e não você mesmo.” Rick vai nos dizer: “quer saber se você é um
líder, é só olhar para trás por cima do ombro e ver se tem alguém te seguindo”. John
Maxwell vai afirmar através de uma parábola a respeito de liderança o seguinte: “quem
pensa está guiando, sem ninguém que o siga, está apenas dando um passeio”. Henry vai
afirmar que é fundamental “levar as pessoas a fazer o que tem que ser feito”
Rick usa como base para essas afirmações acima o evangelho de João, quando o
Senhor Jesus se apresenta como o bom pastor e também na epístola de Paulo, quando
ele convida a igreja de Corinto a ser imitadores dele: João 10:27 “As minhas ovelhas
ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem”; e 1 Coríntios 11:1 “Sede meus
imitadores, como também eu de Cristo”.
Compreendemos que com o avanço das redes sociais e outros meios de
comunicação, de fato, a influência tem sido a parte fundamental para a conquista de
seguidores, e é uma qualidade indispensável para um líder, porém nossa referência
maior, que são as Sagradas Escrituras nos mostram que apenas influência não é
suficiente. É necessário, princípios e exemplo de vida da parte do líder, que é outra
qualidade, para que ele se sustente e para que de fato sua liderança não apenas exista,
mas gere frutos! Alguém um dia disse: “Aquilo que você faz, fala tão alto que o que
você diz, ninguém escuta”. Foi e é isso que perpetua a liderança de Cristo e do apóstolo
Paulo e de tantos outros homens e mulheres que são Líderes Cristãos autênticos. Não
apenas uma posição, mas principalmente o exemplo e caráter que ambos carregavam
diante de seus liderados. Henry fala que “o que confirma o líder, nem sempre serão suas
credenciais, mas o seu desempenho”.
Como líderes Cristãos, o que vai realmente contar não serão nossos títulos,
posições e até quantas pessoas estão nos seguindo, mas sim quantas estão sendo
conduzidas ao encontro com o senhor. quantas estão seguindo (discípulo), Jesus de
Nazaré. Quantas de fato tem vivido através de nossa liderança, a novidade de vida.
Quantas hoje tem uma nova esperança, ao invés de desespero! Essa é a maior das
influências – Cumprir o ide do Senhor. Reconhecer que é através da Autoridade do
servir, que seremos líderes autênticos e convictos da vontade de Deus, para nossos
liderados, que são e ou serão nossos irmãos.

UM LÍDER NÃO É UM CHEFE


Jesus nos ensinou em Mt 20:26 “aquele que quiser ser o primeiro, sirva a todos”.
Existe uma grande diferença entre ser um Líder e ser apenas um Chefe! Um chefe ou
um gestor, ele tem como principal objetivo, alcançar os resultados da instituição à qual
serve, um líder também, porém usando os princípios Cristãos para nortear suas decisões
e funções. Para realmente enxergar não somente o número, mais e principalmente a
PESSOA. Vamos enumerar algumas características, que estudiosos perceberam em
ambos
O chefe ou gestor “comum” ele: Administra; conserva; se apoia em sistemas e
metodologias; conta com controles e estatísticas; faz certo as coisas; Cobra e pergunta:
Como e quando? O líder Cristão, ele: Inova; desenvolve; se apoia em pessoas; conta
com a confiança; faz as coisas certas; Pergunta: O quê e por quê?
Devemos lembrar da Aula 2, onde aprendemos que as motivações de uma
liderança, sempre será norteada por Ganhos e Resultados, porém como cristãos, crendo
na Soberania de nosso Deus, compreendemos que nem sempre “ganhar”, é ganhar,
lembrando do que o Senhor Jesus nos ensinou. Mateus 16:25 “Pois quem quiser salvar a
sua vida a perderá; e quem perder a vida por minha causa, esse a achará”.Como líderes
cristãos maduros, compreendemos que estaremos mais dispostos a renunciar do que
impor; mas propícios a abrir mão do que dá ordens e formar opiniões. De fazer como
Paulo: “se fazer de louco, para conquistar os loucos [...]” Josué Gonçalves em um
sermão, intitulado - três chaves para o sucesso do líder – ele diz: “Em quanto você não
estiver pronto para lavar os pés de seu inimigo, você não está pronto para ser um líder
Cristão”.

O CARGO NÃO LIDERA

Muitos hoje estão liderando pelo cargo e função e não pela conquista. Não por
ter sido eleito, mais sim por ter sido nomeado. Isso tem levado muitos, dentro e fora da
Igreja, a serem tentados e sucumbirem à vaidade.
Henry e Richard vai nos dizer: “é possível que alguém conquiste um cargo
influente sem desenvolver um caráter que combine com a tarefa. Quem utiliza meios
políticos ou antiéticos para conseguir cargos também não possui a INTEGRIDADE
necessária para manter o respeito de seus liderados” – Fonte A Liderança Espiritual,
Cap. 5, p. 113.
Sabemos, que tudo não deve ser do jeito que queremos. Em nossa visão
Episcopal por exemplo, quem decide quem vai ser ou não são os Bispos, conduzidos e
inspirados pelo Espírito Santo, que age em nosso meio pelo consenso, com base no que
sugere as escrituras em Provérbios 11:14 “Não havendo sábios conselhos, o povo cai,
mas na multidão de conselhos há segurança”.
O cargo não lidera, pois é uma posição! Quem lidera é àquele que ocupa o cargo.
Muitos buscam respeito nessa posição, porém não adquirem por não saberem lidar com
ela. O que pode acontecer de mais nocivo para alguém é desejar chegar onde o Espírito
de Deus não o mandou. Hoje muitos sofrem com a tirania de “líderes” que por articular
ou até mesmo “comprar” chegaram a posições que “não estavam” nos planos de Deus.
A bíblia nos ensina isso em Provérbios 29:2 dizendo: “Quando os justos se
engrandecem, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme”. Então
podemos concluir, que o cargo não é uma forma Legítima de adquirir respeito e ou ter
sua liderança reconhecida.

O PODER NÃO LIDERA, ESCRAVIZA


Muitos são que por meio da força, desejam liderar. Atualmente vemos países e
instituições religiosas Radicais, que “lideram” assim. Obrigando, oprimindo, ameaçando
através do poder ou autoridade que os foi conferido. Quem usa da força para
“conquistar”, será conquistado por ela. O líder Cristão, quando recebe Autoridade ou
poder, é para que se possa existir compaixão e misericórdia. Thomas Carlyle (prof.
Escocês) diz: “Para cada cem pessoas que podem lidar com a adversidade, há somente
uma que pode lidar com a prosperidade”. Esse é um risco de muitos cristãos: o de não
saber lidar com o poder.
Henry afirma que “A ditadura espiritual pode ser a forma mais opressiva de
tirania”. Ele continua dizendo: “Uma coisa é dominar o povo por ter um quadro
organizacional do seu lado; outra coisa é manipular as pessoas sob a alegação de que
Deus está do seu lado”.
Nada é mais contrário aos ensinos das escrituras, do que você exigir obediência
aos liderados, usando o “poder” e não a autoridade Espiritual. Usando a força e não o
Charisma do Espírito Santo. Lembramos do que nos diz Zacarias 4:6 “Ele prosseguiu e
me disse: — Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: ‘Não por força nem por poder,
mas pelo meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos”. Lembramos também da opressão
vivida pelos Hebreus; Lembramos das cobranças e regras infundadas que os Fariseus
usavam, para oprimir e manipular o povo, até JESUS chegar para cumprir de forma
Clara e Simples, o que de fato estava escrito.
Henry e Richard fazem uma ligação, à arrogância de muitos “líderes”
importantes, que governavam suas empresas através do poder, um deles era Henry Ford,
que intimidando os movimentos trabalhistas em sua época, declarou “Os clientes podem
ter um carro na cor que quiserem, desde que seja preto”; Mao Tse-Tung, um comunista
chinês, alegava que o poder vinha de uma arma. Henry e Richard afirmam: Esse tempo
já passou! As escrituras, como sempre atualizadíssimas, nos mostram que esse tempo
“não deveria” ter existido, haja vista que Deus rejeita os Soberbos (Tg 4:6). O poder
não lidera e com isso os líderes cristãos, devem liderar com humildade, pois esta levará
a uma liberdade e reconhecimento da verdadeira liderança e Autoridade Espiritual.

AULA 06
DESAFIOS E PERIGOS PARA O LÍDER
Todo ano, milhares de lideres são responsáveis pelo naufrágio de carreiras,
organizações e famílias, em razão de escolhas descuidadas e imprudentes. As redes
sociais não cessam de divulgar histórias de lideres desacreditados, humilhados e com a
reputação manchada para sempre diante de uma sociedade cada vez mais desiludida.
Por que alguns lideres caminham de vitória em vitória, ano após ano, enquanto outros,
que começaram como uma grande promessa, acabaram caindo no esquecimento? É
óbvio que eles não pretendiam fracassar, mas, se acompanharmos a trilha do fracasso,
perceberemos os erros, que poderiam ter sido facilmente evitados.
Se alguém não estiver preparado para pagar um alto preço, maior que seus
contemporâneos e colegas estejam dispostos a pagar, não devera aspirar a liderança no
trabalho de Deus. A verdadeira liderança exige custo elevado, a ser cobrado do líder e,
quanto mais eficiente a liderança, maior o custo. O auto sacrifício é parte do preço que
deve ser pago diariamente. Ergue-se uma cruz no caminho da liderança espiritual, cruz
que o líder permiti ser pregado. As exigências dos céus sao absolutas. “Cristo deu a sua
vida por nos e devemos da a nossa vida pelos irmãos.” (1 João 3:16). A maneira pela
qual permitimos, ou não, que a cruz de Cristo trabalhe em nós, será a medida pela qual a
vida ressurreta de Cristo se manifesta através de nós. “A morte trabalha em mim, mas a
vida em vós”. Fugir da cruz é fugir da liderança.
“Quem quiser ser o primeiro entre vos, será servo de todos, pois o próprio Filho
do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de
muitos.” (Me 10:44-45). Todos os heróis da fé imortalizados em Hb 11 foram chamados
tanto para o sacrifício quanto para o serviço. As pessoas marcadas por Deus para
posições de influência em seu trabalho caracterizam-se pela prontidão para renunciar
preferências pessoais e para sacrificar objetos legítimos e naturais, por amor ao reino.
Além das cousas esteriores, há o que pesa sobre mim diarimente, a
preocupação com todas as igrejas. 2 Corintios 11:28
O verdadeiro lider considera o bem-estar dos outros como sendo prioridade
numero um, acima de seu conforto e prestigio pessoais. Manifesta simpatia e interesse
por aqueles que estao sob sua liderança, quanto a seus problemas, dificuldades e
cuidados. Ele sempre dirigirá a confiança deles ao Senhor. Vê em cada emergência uma
nova oportunidade para ser util. É digno de nota que quando Deus escolheu um líder
para seguir os passos do grandioso Moises, escolheu Josué, homem que havia provado
ser um servo fiel.
Disciplinar é outra responsabilidade do líder que é onerosa e muitas vezes
indesejavel. Em qualquer igreja há necessidade de manter-se uma disciplina piedosa e
amorosa, se desejar-se manter os padrões divinos, especialmente no que concerne à
santidade da fé, da moral e da conduta cristã. Paulo estipula o espirito que se requer
daqueles que deverão exercer disciplina: “Irmãos, se alguém for supreendido nalguma
falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o, com o espirito de brandura; e guarda-te para
que não sejas também tantado” (Gl 6:1) O requesito fundamental em qualquer atitude
disciplinar é o amor. “Adverti-o como irmão” 2 Tess 3:15. “Pelo que vos rogo que
confirmeis para com ele o vosso amor” 2 cor 2:8.
Guiar é outra responsabilidade. O lider espiritual deve saber para onde está indo,
e a semelhança do pastor de ovelhas, vai sempre à frente do rebanho. Este foi o método
do Supremo Pastor: “Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante
delas, e elas o seguem porque lhe reconhecem a voz” Jo 10:4. O lider ideal, disse A.W
Tozer “é aquele que ouve a voz de Deus, e vai acenando, à medida que a voz o chama e
a seus liderados.” Paulo entregou este desafio aos cristãos de corinto: “Sede meus
imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 cor 11:1). Ele sabia a quem estava
seguindo e aonde estava indo, estando, portanto, apto para desafia-los a segui-lo.
Os perigos para os lideres espirituais são inumeros. Por ele está a frente, sempre
será alvo de criticas, de ofensa, de ingratidão, de exclusão. Sua vida será recheada de
acertos, mas também de erros. Será aplaudido quando suas decisões forem acertadas.
Terá a glória do reconhecimento quando o ministério conseguir atingir o seu proposito
da multiplicação, mas alvo de critica quando não conseguir. Ele só estará apto para
enfrentar todo o peso do ministério a medida que sua capacidade de amadurecimento e
crescimento for aumentando e ele sabendo lhe da com todas as criticas.
Por causa de sua própria natureza, o destino do líder e o de um solitário. Ele
sempre deve estar a frente de seus seguidores. Embora seja o mais amável dos homens,
há áreas de sua vida em que ele deve estar preparado para caminhar sozinho. A natureza
humana anseia por companhia, sendo perfeitamente natural desejar-se compartilhar com
outros os pesados encargos de responsabilidades e cuidados. Frequentemente é
traumatizante ter-se de tomar decisões de grande importância, que afetam as vidas de
companheiros queridos no ministério, e ter-se de tomá-las sozinho. É um dos preços
mais caros a serem pagos, mas deve ser pago. Moises pagou o preço de sua liderança -
sozinho de monte, e sozinho na planície, sofrendo a solidão esmagadora da
incompreensão, da critica e da impugnação de motivos. Os tempos não mudaram.
Os profetas eram homens solitários. Enoque andou sozinho numa sociedade
decadente, enquanto proclamava o julgamento próximo, sendo compensado pela
presença de Deus. Quem poderia ter experimentado o espinhos da solidão mais o que
Jonas, quando proclamou a mensagem do julgamento iminente, que só poderia ser
evitado mediante arrependimento imediato?
Fadiga
“O mundo e governado por homens cansados.” Embora esta frase assertiva
possa ser discutida, quanto a sua validade, há uma realidade na afirmação. As
exigências sempre crescentes impostas ao líder drenam seus recursos nervosos, e
exaurem os físicos mais robustos. Ele sabe, todavia onde retemperar-se. Paulo era
alguém que constantemente sentia o peso e a fadiga no seu ministerio. Mas ele estava
familiarizado com o segredo. “Por isso não desanimamos: pelo contrario, mesmo que o
nosso homem exterior se corrompe, contudo o nosso homem interior se renova de dia
em dia”.
A pessoa interessada em seu proprio bem-estar não tem o calibre exigido de um
líder. Se ela não estiver disposta a levantar-se mais cedo, ir dormir mais tarde do que os
demais, trabalhar mais duramente e estudar mais diligentimente do que seus liderados,
tal pessoa não fará grande impressão no seu ministério. Se não estiver disposta a pagar o
preço da fadiga, pela sua liderança, será sempre comum e sua liderança estara fadada ao
fracasso.
Quando Robert Murray McCheyne, o jovem e santo ministro escocês, jazia
morrendo, à idade de vinte e nova anos, ele sse voltou para um amigo sentado ao seu
lado e disse: “Deus me deu uma mensagem para entregar e um cavalo para cavalgar.
Bolas, matei o cavalo e agora não posso entregar a mensagem!”
O grande segredo para um líder enfrentar todas as difuldades no ministerio é sua
vida de oração. E umas das principais funções que o líder espiritual tem é carregar e ter
uma vida de oração. Em nenhum outro lugar o líder deveria estar mais à frente de seus
liderados, do que no da oração. O Deão C. J. Vaugham disse certa vez: “Se eu desejasse
humilhar algum líder, eu o questionaria a respeito de suas orações.” A oração é a
expressão mais antiga, mais universal e mais intensa do instinto religioso. Toca
extremos infinitos. É, ao mesmo tempo a mais simples forma de expressão vocal, que
lábios infantis podem soletrar, e os mais sublimes louvores que chagam ao trono da
Majestade. Contudo, estranho paradoxo, muitos do lideres sofrem de uma sutil aversão
contra a vida de oração. Falam muitas vezes do prazer, da potência e do valor da oração,
mas apenas da boca para fora. Sabemos que as Escrituras recomendam constantemente
a oração, e trazem dela muito exemplos. Contudo, despeito de tudo isso, frequentemente
deixam de orar.
A vida de Jesus, como o líder espiritual que precisamos nos tornar, nos inspira e
nos leva a buscar a vida de oração. Ao analisarmos os seus passos, todos eles nos levam
a buscar o lugar secreto. O líder que perde a oportunidade de falar com o Pai e ser
orientado por Ele está predestinado ao fracasso no seu ministério e nas pessoas que ele
lidera. Dominar a arte de orar, como outra arte qualquer, exige tempo. O tempo que
dedicamos à oração é a verdadeira medida de nosso conceito de importância da
comunhão com Deus. Nós sempre encontramos tempo para aquilo que realmente
consideramos importante. Para a maioria dos lideres, as suas agendas cheias são os
motivos para cortar a vida de oração, mas isso poderá ser a sua ruina e queda.

AULA 07
A ARTE DE DELEGAR
Escolheu Moises homens capazes, de todo o Israel, e os constituiu por cabeças sobre o
povo... estes julgaram o povo em todo o tempo: a causa grave trouxeram a Moises.
Ex 18:25-26
Uma definição de liderança é “a habilidade de reconhecer as habilidades
especiais e as limitações dos outros, combinada com a capacidade de colocar cada
pessoa no trabalho em que ela renderá o melhor possivel.” Aquele que for bem
sucessido em consenir que as coisas sejam feitas através dos outros está exercendo o
melhor tipo de liderança. O astuto juiz de homens, Dwight L. Moody disse, certa vez,
que ele ele preferia colocar mil homens a trabalhar do que fazer o trabalho de mil
homens. A habilidade de escolher pessoas a quem possa delegar autoridade com
segurança, e em seguida delegar mesmo, é a maior caracteristica do verdadeiro líder. O
diretor Geral da missão para o Interior da China, D. E. Hoste, disse: “A capacidade de
apreciar os dons da grande variedade de tipos de obreiros e, em seguida, ajuda-los ao
longo das caracteristicas de suas proprias personalidades e trabalhos, é a principal
qualidade de supervisão numa missão como a nossa.”
Esta capacidade evitará que o líder passe pela frustrante experiência de tentar
adptar pinos quadrados em buracos redondos. A delegação de responsabilidade, com a
autoridade proporcional para tornar possivel que tal responsabilidade seja cumprida, não
é sempre coisa apreciável pela pessoa que gosta de exercer plena autoridade por si
mesma. Tem prazer em concener a responsabilidade, mas reluta em deixar as redeas do
poder escapulirem de suas mãos. Isto não é justo para com o subordinado, e certamente
não dará resultados satistatórios, ou eficientes. Tal atitude tende a ser interpretada como
falta de confiança, o que não induz ao melhor tipo de cooperação, nem captará as
maiores forças da pessoa em treinamento para liderança. É bem possivel que a pessoa
não faça o trabalho tão bem como seu superior, mas a experiência comprova que isto
não acontece sempre. Se lhe der oportunidade, o jovem poderá fazer a tarefa ainda
melhor, porque tem melhores condições de sentir o pulso da vida contemporânea. De
qualquer maneira, como é que ele obterá experiência, senão mediante delegação total de
responsabilidae e de autoridade?
“A medida do sucesso de um lider é o grau em que é capaz de delegar
trabalhos.” Tem-se dito corretamente que a atividade de uma pessoa não pode
desenvolver-se, e tornar-se maior do que a maior carga que uma pessoa pode carregar.
Alguns lideres sentem-se ameaçados por subordinados brilhantes e, por isso, relutam em
delegar-lhes autoridade. A pessoa em cargo de liderança, que não sabe delegar, está
constantemente envolvida num emaranhado de pequenos detalhes que não apenas o
sobrecarregam, mas desviam-no de suas responsabilidades primordiais. Além disso ela
nao consegue libertar o potencial de liderança de seus subordinados. A insistência em
fazer-se as coisas por si mesmo, como pode ser presunção, ou evidência de uma
conceito não provado. O líder meticuloso na observação de prioridades tem sua
eficiência grandemente aumentada.
Desde que a deleção tenha sito efetuada, o lider deve manifestar confiança
maxima em seus colegas. Dizia-se do Dr. A. B. Simpson, fundador da aliança Cristã e
missionaria, que ele confiava nas pessoas encarregadas as diferentes instituições, e
deixava-as livres para exercerem seus proprios dons. Se elas fossem bem sucedidas, ele
achava que isto era reflexo de sua propria liderança, porquanto era ele quem tinha
selecionado tais pessoas para as posições. Os subordinados poderiam ter absoluta
certeza do apoio de seu líder em qualquer decisão que achassem que deveriam tomar,
não importando o resultado, desde que agissem dentro de seus limites de autoridade.
Isto pressupõe que as areas de responsabilidade tenham sito claramente definidas de tal
maneira que não haja más interpretações. Muitas situações desagradaveis ocorrem por
causa da ausencia de tais precausões.
A mais notavel ilustração biblica do importante principio da delagação de
responsabilidade e de autoridade é o conselho de Jetro a seu genro Moises, conforme
registrado em Exodo 18:1-27. Israel havia saido do Egito como um povo desorganizado
e uma cultura de escravos. Por esta época, desenvolvia-se novo espirito nacional, e o
povo estava tornando-se uma nação organizada. Os intoleraveis fardos administrativos
que esse desenvolvimento impunha sobre Moises fizeram surgir o excelente conselho de
Jetro. Desde a manha até a noite, ele via Moises ouvindo e aconselhando a respeito dos
interminaveis problemas surgidos naquelas novas condições. Moíses estava encarregado
de unções legislativas e judiciarias, e suas decisões eram aceitas pelo povo como
oraculo de Deus.
Jetro viu que Moises não poderia suportar a pressão indefinidamente, e
apresentou duas fortes raões a favor da delegação de algumas de suas responsabilidades.
Primeiro, “sem duvida desfalecerás... isto é pesado demais para ti; tu só não o podes
fazer.” V.18. Há limites ao desgaste fisico e nervoso, não sendo conveniente ultrapassá-
los. Em segundo lugar, o metodo atual era demorado demais, e as pessoas estavam
insatisfeitas, por não estarem recebendo a atenção almejada. Distribuindo-se
responsabilidades, as decisões legais se acelerariam, e as pessoas iriam embora
satisfeitas (V.23). Jetro propôs, então, uma providência de duplo alcance. Moises
continuaria a agir como representante de Deus, ensinando principios espirituais, e
exercendo suas funções legisladoras. Deveria levar os casos dificeis a Deus (v16;19-20).
As funções judiciais que até então vinha exercendo, ele delegaria a lideres legais,
competentes, os quais aliviariam seu fardo intolerável. O conselho foi sábio, porque
Moises houvesse sucumbido pela pressão de seu cargo, não teria deixado atrás de si
ninguém experimentado, e treinado no exercicio da autoridade e no manuseio de
responsabilidades. Quando não se cuida do trabalho de Deus com tais precausões, a
ruina é certa – muitos projetos que prometiam arruinaram-se assim.
Varios beneficios foram colhidos por Moises pela aceitação do conselho de
Jetro. Ele pode concentrar-se nos aspectos mais elevados, e nas maiores
responsabildades de seu cargo. Descobriu os talantos latentes e insuspeitos de muito de
seus subordinados. Tais homens talentosos, que poderiam ter-se tornado seus criticos, se
ele prosseguisse mantendo tudo em suas proprias mãos, desenvolveram-se sob o peso de
seus cargos, e tornaram-se, assim, seus fieis aliados. Quaisquer desleadades incipientes
foram abordadas mediante a aceleração dos processos legais. Moisés também cuidou de
prover liderança efeitava para a nação apos sua morte. Jetro encorajou seu genro ao
expor um principio espiritual de importância permanente. “Se fizeres, e assim Deus to
mandar, poderás então suportar”. Ele submeteu seu conselho à direção ultima de Deus.
O principio é que Deus assume total responsabilidade para capacitar seu homem a
cumprir todas as tarefas para as quais Ele o nomeou. Há algumas tarefas que chama-os a
nós mesmo, que outros podem executar do que nós; por isso devemos abrir mão delas.
Contudo, mesmo que os outros fizessem de modo pior do que nós, deveriamos abrir
mãos delas – um teste bastante secero para o perfeccionista! Moisés, sem duvida,
poderia realizar as tarefas melhor do que os setenta homens que ele selecionou; contudo,
houvesse ele persistido na velha prática e logo se tornaria apenas numa lembrança.
Os padrões de seleção sugeridos por Jetro, para escolha de ajudantes para
Moisés, evidenciaram verdadeiro discernimento espiritual. Deveriam ser homens de
habilidade, porque a terefa deles seria exigente; homens de piedade, que temessem a
Deus e respeitassem seus companheiros: homens de honra, que odiassem a cobiça e não
fossem suscetiveis de suborno. Dentre outras lições pra lideres, tiradas desde incidente,
há as seguintes: É erro assumir mais deveres que podemos desincumbir adequada e
satisfatoriamente. Não há virtude em fazer mais do que nossa genuina porção do
trabalho. É bom reconhecer e aceitar nossas proprias limitações. Nosso Jetros
Frequentemente podem discernir mais claramente do que nós o alto custo pelo qual
nossa liderança, vem sendo exercida, e seremos sábios se ouvirmos suas admoestações.
Se quebrarmos uma lei natural, mesmo que a serviço de Deus, não estaremos isentos das
penalidades. É facil assuimir responsabilidades, sob pressão, da parte de homens, ao
invés de pela direção de Deus. Deus não aceita responsabilidade por tais atividades
extracurriculares.

Você também pode gostar