Trabalho de Camila

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UNIVERSIDADE PITAGORAS UNOPAR

CURSO DE FARMACIA

CAMILA BORGES MACEDO

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DISPENSÃO DE


MEDICAMENTOS

IPIRÁ
2024
CAMILA BORGES MACEDO

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DISPENSÃO DE


MEDICAMENTOS

Relatório do Estágio Supervisionado em Dispensão em


medicamentos apresentado como requisito obrigatório
para a obtenção da pontuação necessária na disciplina
de Estágio Supervisionado em Dispensão em
medicamentos

Orientador: Prof. Ms. Flávia Soares Lassie

IPIRÁ
2024
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO.............................................................................3
2 INTRODUÇÃO...................................................................................4
3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO........................................................6
4 Teoria em prática- SITUAÇÕES- PROBLEMA..............................10
6 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO....................................14
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................15
REFERÊNCIAS......................................................................................16
1 APRESENTAÇÃO

De acordo a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, estabelece que o processo de


dispensação de medicamentos na farmácia está sob a responsabilidade do profissional
farmacêutico (Brasil, 1973). Com o passar dos anos houve o surgimento de novas definições das
atividades farmacêuticas, tais como, a Atenção Farmacêutica apresentada por Hepler e Strand
(1990), as quais têm influenciado cada vez mais estes profissionais a assumir um papel ativo de
promoção da saúde. Segundo Petty (2003), a profissão farmacêutica está mudando da simples
oferta de medicamentos para uma função clínica de fornecimento de informações.
Neste contexto, Pepe e Castro (2000) ressaltam que o farmacêutico, como um
profissional capaz de interagir com os prescritores e os pacientes, deve possuir o quesito
informação como alicerce desta relação. A informação repassada deve ser confiável e baseada
em evidências (Correr et al., 2004).
Porém, muitas vezes, a informação que o farmacêutico tem acesso nas farmácias é
obtida de fontes terciárias, como apontado por Correr et al. (2004), o que pode ser crítico ao
atendimento prestado. Isto pode ocorrer pelo fato das fontes mais precisas serem muitas vezes
inacessíveis, seja pelo custo ou pela língua, ou mesmo em algumas situações pela dificuldade
de negociação com o proprietário.
Além disso, Silva e Vieira (2004) alertam para o fato de que, quando o farmacêutico
exerce sua função de prestar serviços na farmácia, muitas vezes, apresenta deficiências de
conhecimento que podem gerar distorções do seu verdadeiro papel. Por outro lado, o tempo
disponível (pelo paciente ou farmacêutico) para o atendimento pode ser insuficiente para que
sejam prestadas as devidas orientações, contribuindo também para que haja distorções.
Naves, Merchan-Hamann e Silver (2005) indicam que a capacitação do farmacêutico
passa a ser uma importante estratégia de saúde pública quando se busca a prevenção de
doenças e o uso racional de medicamentos. Correr et al. (2004) enfatizam este caminho e
apresentam que é o farmacêutico comunitário, que atua na dispensação, quem tem procurado
formação na área de Atenção Farmacêutica.
Na perspectiva da promoção de saúde, a Organização Mundial da Saúde promoveu
diversos encontros discutindo o tema "O papel do farmacêutico no sistema de atenção da saúde"
(OMS, 1993). Destes encontros foi elaborado, pela Federação Internacional dos Farmacêuticos,
o documento "Boas práticas em farmácia: normas de qualidade de serviços farmacêuticos" (FIP,
1997). Este documento tem sido norteador de diversas alterações nos serviços farmacêuticos,
em especial naqueles com foco no paciente como é o caso da Atenção Farmacêutica.
Alano (2005) demonstra que os farmacêuticos apresentam diversos desafios perante
mudança de prática na farmácia comunitária, entre eles se destacam: a priorização dos
interesses econômicos e a exigência do cumprimento de tarefas administrativas no processo de
trabalho, em detrimento das atividades clínicas e de educação em saúde. Os próprios pacientes
reivindicam por um profissional farmacêutico que não promova a prestação do serviço somente
pensando no seu retorno financeiro (West et al., 2002).
Com a publicação do conceito de Atenção Farmacêutica por Hepler e Strand (1990)
como sendo: "a provisão responsável da farmacoterapia com o objetivo de alcançar resultados
satisfatórios que melhorem a qualidade de vida dos pacientes", surge também o conceito de
Problemas Relacionados à Farmacoterapia. Este último conceito é apresentado como sendo
"qualquer evento indesejável em que o paciente apresente-se envolvendo ou com suspeita de
envolvimento do tratamento farmacológico e que interfira de maneira real ou provável na
evolução do paciente". Estes problemas foram sistematizados por diversos grupos, sendo que os
mais aceitos são os descritos pelo grupo de Granada (Comité del Consenso, 2002), que os
classificam em três categorias que são: necessidade, efetividade e segurança.
2 INTRODUÇÃO

O estágio foi realizado na Farmácia Mais Saúde Ipirá Ltda,


localizada na AV Cesar Cabral , nº16 , na cidade de Ipirá – Bahia, durante esse
período fui acompanhada pelo farmacêutico . O estágio, como prática educativa, faz
parte de um projeto pedagógico do ensino regular em instituições de ensino
superior, dentre outras, visando o aprendizado de competências que são inerentes a
atividade profissional e à contextualização curricular. Tem como objetivo o
desenvolvimento do aluno, tanto pessoal quanto profissional (BRASIL, 2008), sendo
um importante alicerce na construção da competência profissional. Segundo a
legislação brasileira, o estágio é uma atividade educacional que deverá ser orientada
pelo professor e supervisionada por um profissional local com formação apropriada.
Ele tem como objetivo preparar o discente para uma vida profissional produtiva e
competente (BRASIL,2008)
Uma maneira de complementar este aprendizado de forma efetiva
seria a realização do estágio profissional como prática educativa. De acordo com o
Quadro de Padrões de Competências Nacionais para Farmacêuticos da
Pharmaceutical Society of Australia (PSA), a aprendizagem experiencial, na qual
pode se enquadrar o estágio, inclui diferentes domínios cognitivos, uma vez que o
discente desenvolve ou reestrutura conhecimentos, habilidades, atitudes e valores
(PSA, 2016). A construção da competência exige que o aluno conecte as
informações, armazene, processe, analise, relacione e avalie segundo critérios de
relevância (MACHADO, 2011). Habilidade é a capacidade da pessoa em aplicar
seus conhecimentos adquiridos (PSA, 2016). A atitude diz respeito à iniciativa do
profissional em relação a fatos que necessitem de uma atuação efetiva de uma
pessoa em relação ao trabalho, a objetos ou a situações (BRANDAO, 1999). Desta
forma, entende-se por competência a reunião de conhecimentos, habilidades e
atitudes necessárias para solucionar com eficácia e pertinência as tarefas diárias
propostas, no ambiente de trabalho (COELHO, 2017).
O estágio, que faz parte da aprendizagem experiencial, busca esta
integração. Porém, para que o estágio seja considerado uma aprendizagem
experiencial, onde a experiência vivida pelo aluno seja transformada em
conhecimento, o aluno deve ter a oportunidade de refletir e desenvolver as novas
experiências, com isso, ele pode aplicar as habilidades adquiridas e continuar o ciclo
(KOLB, 1998; JACOB e BOYTER, 2020). Mas, para que isso ocorra, conforme
pesquisa realizada por Jacob e Boyter (2020), por meio da perspectiva dos
estudantes, é fundamental o papel do tutor nesta etapa.
As práticas do tipo estágio fazem parte do ensino farmacêutico em
vários países. No Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia há incluída, na formação
farmacêutica, a prática profissional denomina internship, que se destaca por fornecer
o conhecimento científico e teórico, juntamente com a experiência clínica. É um
programa de aproximadamente 12 meses, realizado após a conclusão do programa
de quatro anos de bacharelado. Este estágio é realizado em um ambiente de prática,
geralmente hospitalar ou comunitário, sob supervisão de um farmacêutico
responsável registrado nos conselhos de farmácia (MARRIOTT et al., 2008;
SOSABOWSKI e GARD, 2008)
3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO.

O estagio aconteceu com apresentação da equipe e apresentado aos colegas


de trabalho e ao ambiente da farmácia, tive treinamento inicial a uma Introdução às
políticas, procedimentos de segurança, normas de higiene e boas práticas de
manipulação fiz um tour pelo local sendo que essa visita guiada pelas diferentes
áreas da farmácia de manipulação, como recepção, laboratório, área de pesagem,
sala de estoque, etc. fui apresentada aos equipamentos utilizados na dispensação
de medicamentos e dos materiais necessários.
Tive um treinamento em atendimento ao cliente, incluindo a comunicação
eficaz, esclarecimento de dúvidas e orientação sobre o uso correto dos
medicamentos, depois como interpretar receitas médicas corretamente, verificando
dosagens e possíveis interações medicamentosas, prática de dispensação de
medicamentos, assegurando que os pacientes recebam os medicamentos corretos e
as informações necessárias sobre seu uso, participação na organização do estoque
de medicamentos, controle de validade e reposição de produtos, Manutenção de
registros precisos de medicamentos dispensados, receitas retidas e outros
documentos relevantes, conhecimento sobre os diferentes tipos de medicamentos
disponíveis na farmácia, incluindo genéricos, similares e de referência, familiarização
com outros produtos vendidos na farmácia, como suplementos, produtos de higiene,
cosméticos e dispositivos médicos, orientação aos pacientes sobre prevenção de
doenças, adesão ao tratamento e uso seguro de medicamentos, participação em
campanhas de promoção da saúde realizadas pela farmácia, como vacinação,
aferição de pressão arterial e glicemia.
Durante todo meu estagio pude notar que o controle de receitas é muito
rigoroso, principalmente de medicamentos controlados e antibióticos, que após a
dispensação é carimbado no fundo da receita campos que devem ser preenchidos
corretamente com dados do paciente e do medicamento. A princípio não tive
muito segurança para atender ao abertamente ao público, mas fui adquirindo
confiança e atendendo com o auxílio da farmacêutica.
A receita eletrônica pode ser renovável facilitando a prescrição a
doentes que equerem tratamentos prolongados. A validade da receita renovável é
de 6 meses sendo esta composta por um original e duas vias autocopiáveis.
Cada receita médica pode conter no máximo quatro embalagens prescritas,
até quatro medicamentos distintos. Por cada medicamento podem ser prescritas
até duas embalagens. Nos casos em que o medicamento se apresenta sob uma
unidade de forma farmacêutica na dosagem média usual para uma administração
podem ser prescritas até quatro embalagens iguais em cada receita.A receita
médica é prescrita pela indicação da DCI, seguida da dosagem, forma farmacêutica,
apresentação e tamanho da embalagem e posologia. Quando da ausência de
medicamento genérico (MG) comparticipado ou na existência de original de marca
ou por pré-justificação técnica do prescritor, é possível incluir a denominação
comercial do medicamento, por marca ou indicação do nome do titular de introdução
no mercado. Os dispositivos médicos de controlo da glicémia (agulhas, seringas
e lancetas) são prescritos em receitas faturadas por um organismo específico, não
podendo incluir outros medicamentos.

Outro ponto bastante importante e que não passou despercebido A dispensa


de substâncias psicotrópicas e estupefacientes é regida de uma forma mais rigorosa
que a dos restantes medicamentos, com o objetivo de manter um controlo
apertado destas substâncias e, assim, evitar o seu consumo excessivo ou ilícito.

observei e aprendi todo o circuito destes medicamentos desde a sua


aquisição à dispensa, conforme está legislado pelo DL n.º 15/93, de 22 de Janeiro. A
aquisição destes medicamentos é feita da mesma forma que os restantes
produtos, contudo, os fornecedores devem enviar regularmente durante o mês, ou
no início do mês seguinte, os documentos designados por "Requisição de
Estupefacientes e Psicotrópicos Receita Especial" os quais são verificados,
carimbados e assinados pelo diretor técnico, que se identifica com o seu número de
inscrição na Ordem dos Farmacêuticos. O original desta requisição fica na farmácia
e é devolvido o duplicado ao respetivo fornecedor.

o dispensar medicamentos psicotrópicos e estupefacientes o


Sifarma2000® obriga ao preenchimento de um quadro com os dados do médico
prescritor, do doente e do adquirente. Finalizada a venda, é emitido o documento de
psicotrópicos, que é anexado ao duplicado da receita que deve ser arquivado na
Farmácia por um período de três anos. Todas as entradas e saídas destes fármacos
devem ser registadas sendo enviadas todos os meses para o INFARMED.
Por fim além de todas essas atividades desenvolvidas pude participar
ativamente na sala de atendimento de serviços farmacêuticos, houve ações de
saúde como aferição de pressão, teste de glicemia, controle peso, e orientações
farmacêuticas. Foi possível observar um pouco de cada obrigação das
farmacêuticas, sendo mostrado detalhadamente até conseguir desenvolve-la
lembrando que todo esse processo foi é continuamente supervisionado e orientado
por um farmacêutico experiente.
4 TEORIA EM PRÁTICA- SITUAÇÕES- PROBLEMA

1.1 ORIENTAÇÕES PARA AS ATIVIDADES

Seja bem-vindo ao Estágio Supervisionado em Dispensação!

No decorrer dessas semanas do Estágio Supervisionado em


Dispensação, você irá aprender como lidar com diferentes situações da
dispensação no uso racional de medicamentos.
Na primeira situação problema teremos o contexto de
acompanhamento da pressão arterial, desde a estratégia utilizada até o
embasamento legal para realização dessa ação.
Na segunda atividade teremos o contexto da avaliação da prescrição
e do papel do farmacêutico na orientação adequada do paciente/cliente.
Por fim, na terceira situação problema teremos um caso de
responsabilidade técnica e o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Produtos Controlados e suas implicações legais.
Para resolver essas atividades, recomendamos que sua produção
seja baseada nas melhores evidências disponíveis nas bases de dados
científicas, que podem ser acessadas por meio da sua Biblioteca Virtual,
para garantir o raciocínio crítico e reflexivo, importantes na sua futura
jornada profissional.
Bons Estudos! Equipe de Docentes do Curso de Farmácia
3

ATIVIDADE 1:
Dona Josefa provavelmente está experimentando sintomas relacionados à
hipertensão arterial, como dores de cabeça, tonturas, visão embaçada, fadiga
excessiva, entre outros. Esses sintomas podem ser explicados pelos valores
registrados na ficha de controle da pressão arterial. Os valores sistólicos e
diastólicos estão consistentemente elevados, indicando hipertensão arterial. A
pressão arterial sistólica (a primeira medida) indica a pressão nas artérias quando o
coração se contrai, enquanto a diastólica (a segunda medida) indica a pressão
quando o coração relaxa entre as batidas. Valores consistentemente acima de
140/90 mmHg são considerados hipertensão, o que está evidente em vários
registros da ficha, como 149/97 mmHg e 148/95 mmHg.
Além disso, os valores elevados da pressão diastólica sugerem uma possível
comorbidade ou complicação associada, como a presença de doença renal, uma
vez que a pressão diastólica elevada pode ser um indicador de problemas renais.
a) Explique a importância da presença da Ficha de Controle de
Pressão Arterial nas farmácias que ofertem esse serviço farmacêutico e
a Resolução (RDC) que traz esse embasamento.
A FCPA permite o registro contínuo das leituras de pressão arterial,
oferecendo um histórico detalhado da condição do paciente ao longo do tempo , com
registros regulares, é possível identificar padrões ou variações significativas nos
níveis de pressão arterial, que podem indicar a necessidade de intervenção médica
com essa ficha pode acontecer de realizar uma informação detalhada tais como:
Detecção Precoce de Problemas de Saúde
Documentação Legal e Ética:
Comunicação com Outros Profissionais de Saúde:
A FCPA e o serviço de aferição de pressão arterial nas farmácias são
embasados pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 44 de 17 de
agosto de 2009, emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA). Esta resolução dispõe sobre as boas práticas farmacêuticas
em farmácias e drogarias.
A presença da FCPA nas farmácias é, portanto, um requisito normativo
que assegura a qualidade do serviço, a segurança do paciente e a
conformidade com as normas de saúde pública. Além de cumprir com a
4

legislação, a FCPA é uma ferramenta valiosa para o acompanhamento


da saúde dos pacientes, contribuindo para a detecção precoce de
doenças e a promoção de um atendimento de saúde mais integrado e
eficiente.

b) Qual a conduta adequada de Maria Eduarda frente ao caso exposto?

Revisar a Ficha de Controle de Pressão Arterial Maria Eduarda deve analisar


cuidadosamente os registros de pressão arterial de Dona Josefa para
confirmar a presença de hipertensão arterial sustentada, com base nos
valores consistentemente elevados, devendo haver uma comunicação com a
paciente explicando a Dona Josefa sobre os valores elevados de pressão
arterial encontrados nos registros e explicar o que isso significa em termos de
riscos à saúde.
Precisa mante uma comunicação perguntando sobre os sintomas que Dona Josefa
tem experimentado (dores de cabeça, tonturas, visão embaçada, fadiga) e
correlacioná-los com a hipertensão.

Orientar que Dona Josefa procure atendimento médico o mais rápido


possível para uma avaliação completa e possível tratamento da hipertensão,o
rientar sobre medidas de autocuidado que podem ser tomadas
imediatamente, como a redução do consumo de sal, a prática de atividades
físicas moderadas (se não houver contraindicações), e o monitoramento
regular da pressão arterial.
Deve haver um registro na Ficha de Controle de Pressão Arterial todas as
orientações fornecidas, incluindo a recomendação para buscar atendimento
médico.
Fazer uma breve explicação a Dona Josefa sobre informações sobre a
hipertensão arterial, suas causas, riscos e a importância de um tratamento
adequado, incetivar a paciente a adoção de um estilo de vida saudável,
incluindo dieta balanceada, exercício regular e controle do estresse.
Sugerir que a mesma retorne à farmácia para novas aferições de pressão
arterial e para acompanhar a evolução do caso após a consulta médica.
se possível, obter autorização de Dona Josefa para entrar em contato com
seu médico, proporcionando informações sobre os registros de pressão
arterial e qualquer sintoma relevante.
Essa conduta é alinhada com as boas práticas farmacêuticas e demonstra um
cuidado integral com a saúde do paciente, promovendo um atendimento
eficaz e preventivo.
5

ATIVIDADE 2:
Paula é estudante do último período de farmácia e iniciou o estágio de
dispensação há uma semana, muito proativa, ela acompanha os
farmacêuticos no momento da dispensação e o atendimento aos
pacientes. Ela percebeu que muitos idosos procuram a farmácia para
adquirirem medicamentos para dislipidemia, anti-hipertensivos,
hipoglicemiantes orais, entre outros. Alguns levam prescrição médica e
documentos pessoais, conseguindo adquirir os medicamentos de forma
gratuita. Paula questionou o farmacêutico sobre esses casos e ficou
sabendo um pouco mais sobre o Programa Farmácia Popular do Brasil.
Alguns dias depois, Paula atendeu Cláudia, uma senhora de 70 anos, com
uma prescrição de Sinvastacor 40mg. Paula explicou a Cláudia que ela
poderia pegar esse medicamento por um custo bem inferior e que ela
poderia trocar pelo genérico Sinvastatina 40mg dispensado pelo Programa
Farmácia Popular.
a) A conduta da estagiária foi correta? Quais as orientações que Paula
deveria fornecer ao paciente sobre os medicamentos dispensados pelo Programa
Farmácia Popular?
A conduta da estagiária Paula foi correta ao orientar a paciente sobre a
possibilidade de adquirir o medicamento genérico Sinvastatina 40mg através
do Programa Farmácia Popular. Entretanto , para fornecer informações mais
completas e precisas à paciente, Paula deveria ter dado as seguintes
orientações onde o paciente pudesse sair mais convicto que estava
adquirindo uma medicação de boa qualidade Paula deveria ter se atentado e
explicado mais sobre :
 Explicar sobre o Programa Farmácia Popular que é um Programa Farmácia
Popular do Brasil é uma iniciativa do governo que oferece medicamentos
gratuitos ou a preços reduzidos para diversas condições de saúde, incluindo
dislipidemia, hipertensão e diabetes.
 Apresentar as opções disponíveis.
 Requisitos e documentos necessários.
 Localização das farmácias conveniadas.
6

b) Discuta sobre o surgimento do Programa Farmácia Popular do Brasil e


seus objetivos.
O Programa Farmácia Popular do Brasil - PFPB é um programa do
Governo Federal que visa suplementar a disponibilização de medicamentos
utilizados na Atenção Primária à Saúde, por meio de parceria com farmácias
da rede privada. Dessa forma, além das Unidades Básicas de Saúde e
farmácias municipais, o cidadão pode obter medicamentos nas
farmácias credenciadas ao Farmácia Popular.
O Farmácia Popular disponibiliza medicamentos gratuitos
para diabetes, asma, hipertensão, osteoporose, anticoncepção e, a partir
de 10 de julho de 2024, também para dislipidemia (colesterol alto), rinite,
doença de Parkinson e glaucoma. O programa também oferece
medicamento de forma subsidiada para o tratamento de diabetes mellitus
associada a doença cardiovascular, além de fraldas geriátricas para
incontinência. Nesses casos, o Ministério da Saúde paga parte do valor dos
produtos (até 90% do valor de referência tabelado) e o cidadão paga o
restante, de acordo com o valor praticado pela farmácia. Ao todo, o Farmácia
Popular contempla 12 indicações, incluindo absorventes higiênicos gratuitos
paras as beneficiárias do Programa Dignidade Menstrual.
Os principais objetivos do Programa Farmácia Popular são:
 Promover o acesso a medicamentos: O programa busca tornar os
medicamentos mais acessíveis à população, especialmente os de uso
contínuo para tratamento de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e
dislipidemia.
 Melhorar a adesão ao tratamento: Ao oferecer medicamentos a preços mais
acessíveis ou gratuitos, o programa incentiva a adesão ao tratamento médico,
contribuindo para um melhor controle das doenças e redução de
complicações.
 Reduzir os impactos econômicos: O Programa Farmácia Popular ajuda a
reduzir os gastos das famílias com medicamentos, aliviando o impacto
financeiro que o tratamento de doenças crônicas pode ter.
7

 Ampliar o acesso à saúde: Ao facilitar o acesso a medicamentos, o programa


contribui para a promoção da saúde e o bem-estar da população, além de
atuar na prevenção de complicações de doenças crônicas.

O Programa Farmácia Popular do Brasil desempenha um papel


importante na garantia do acesso a medicamentos essenciais,
principalmente para grupos mais vulneráveis, como os idosos,
contribuindo para a melhoria da saúde pública no país.

ATIVIDADE 3

Para ampliar o atendimento na farmácia, o proprietário pediu algumas


instruções do farmacêutico responsável técnico (RT) sobre a dispensação de
medicamentos sujeitos a controle especial. Contudo, foi preciso aprender sobre o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), haja vista
que a farmácia irá dispensar medicamentos sujeitos à Portaria 344/1998 (como os
entorpecentes e os psicotrópicos) e antimicrobianos. Um mês após a implementação
de medicamentos controlados na farmácia, o farmacêutico RT percebeu que
alguns colegas de profissão estavam com dificuldades quanto ao uso do SNGPC e
com as prescrições, por isso o RT resolveu repassar o treinamento, já aplicado
anteriormente, sobre dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial.

a) Se você fosse o farmacêutico RT, como elaboraria esse


treinamento? Quais assuntos abordaria?

Primeiramente explicaria como iria funcionar o


treinamento como ja se sabe é preciso elaborar então
começaria pelo :

Objetivo do Treinamento

Capacitar os farmacêuticos e equipe envolvida na


farmácia sobre a correta dispensação de medicamentos sujeitos
a controle especial, conforme a legislação vigente, e o uso
eficiente do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos
Controlados (SNGPC).
8

Conteúdo Programático do Treinamento

1. Introdução ao Controle de Medicamentos


Especiais

- Importância do controle de medicamentos: Riscos de


abuso, dependência e impacto na saúde pública.

- Portaria 344/1998: Breve histórico e objetivos principais.

2. Conhecendo a Portaria 344/1998

- Classificação dos medicamentos sujeitos a controle


especial: Entorpecentes, psicotrópicos, outros medicamentos
controlados.

- Critérios para inclusão de substâncias: Fatores que


determinam a classificação de uma substância como
controlada.

- Documentação necessária: Tipos de receitas e requisitos


para a dispensação (receitas A, B, B2 e C).

- Regras de prescrição: Validade das receitas, número


máximo de unidades por prescrição e exigências específicas.

- Exceções e particularidades: Casos especiais, como


prescrições para tratamentos prolongados ou uso hospitalar.

3. Utilização do SNGPC

- O que é o SNGPC: Objetivo e importância do sistema.

- Cadastro e habilitação: Como realizar o cadastro da


farmácia e do farmacêutico responsável.

- Registro de informações: Como registrar entradas e


saídas de medicamentos controlados.

- Envio de inventários: Procedimentos para envio de


informações periódicas.

- Correção de erros: Como proceder em caso de erros de


registro.

- Acompanhamento e relatórios: Utilização de relatórios


9

para monitoramento e controle interno.

5. Responsabilidades e Boas Práticas

- Responsabilidades do farmacêutico: Importância do


controle e da conformidade legal.

- Treinamento contínuo: Necessidade de atualização


constante sobre legislações e boas práticas.

- Comunicação e ética profissional: Comunicação com os


pacientes e manejo ético de medicamentos controlados.

6. Casos Práticos e Dúvidas Frequentes

- Exemplos de prescrições corretas e incorretas: Discussão


de exemplos reais e simulados.

- Soluções para problemas comuns: Como lidar com


prescrições inadequadas, estoques incorretos e outras questões
operacionais.

7. Avaliação e Feedback

- Teste de conhecimento: Avaliação dos participantes para


garantir a compreensão dos conteúdos.

- Sessão de perguntas e respostas: Espaço para


esclarecimento de dúvidas e feedback dos participantes.

b) Discuta sobre a Portaria 344/1998 e o uso do SNGPC.

A Portaria 344/1998 estabelece o Regulamento Técnico


sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial
no Brasil. Seu principal objetivo é regulamentar a produção,
controle, transporte, prescrição, dispensação e utilização dessas
substâncias para prevenir abusos, desvios e uso inadequado
que possam gerar dependência física ou psíquica, e danos à
saúde pública. A portaria abrange:

- Classificação de Substâncias Controladas: Listas de


substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras
substâncias controladas.
10

- Critérios de Prescrição e Dispensação: Tipos de receitas


(A, B, B2 e C) com requisitos específicos para cada tipo de
medicamento.

- Controle de Estoque: Regras para o controle de


inventário e documentação necessária para a compra,
transporte e venda de medicamentos.

- Requisitos para Estabelecimentos: Normas para


farmácias e drogarias, incluindo requisitos para armazenamento
e segurança dos medicamentos controlados.

- **Penalidades**: Estabelecimento de penalidades para


infrações às normas de controle de medicamentos.

O SNGPC é uma ferramenta criada pela Agência Nacional


de Vigilância Sanitária (ANVISA)
para monitorar a movimentação de medicamentos e subst
âncias sujeitos a controle especial. Seu uso é obrigatório para
farmácias e drogarias que dispensam esses medicamentos, e
suas principais funcionalidades incluem:

- Registro de Entradas e Saídas: Registro de todas as


transações envolvendo medicamentos controlados, desde a
compra até a dispensação.

- Envio de Inventário: Envio regular de inventários à


ANVISA, permitindo o monitoramento em tempo real.

- Acompanhamento de Estoques: Controle e


monitoramento dos estoques de medicamentos controlados
para evitar desvios e perdas.

- Conformidade Legal: Garantia de que a farmácia está em


conformidade com a legislação vigente, reduzindo riscos de
penalidades.

O SNGPC auxilia no controle rigoroso da distribuição de


medicamentos controlados, contribuindo para a segurança
pública e a saúde coletiva.
11

c) Reflita sobre a frase: “A dispensação de medicamentos sujeitos a


controle especial deve ser realizada exclusivamente por farmacêuticos,
sendo proibida a delegação da responsabilidade sobre o controle dos
medicamentos a outros funcionários.” Por que os medicamentos sujeitos
à Portaria 344/1998 deve ficar sob responsabilidade do farmacêutico?
12

5 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO

Eu, [Inserir nome do Acadêmico], RA [Inserir RA do Acadêmico],


matriculado no [Inserir o semestre] semestre do Curso de Farmácia da modalidade
a Distância da [Inserir nome da Universidade], realizei as atividades de estágio
[Inserir nome do Estágio] no(a) [Inserir nome do local do estágio], cumprindo as
atividades e a carga horária previstas no respectivo Relatório de Estágio.

___________________________ ___________________________
Assinatura do(a) Estagiário(a) Assinatura Supervisor de Estágio

Após as respectivas assinaturas, digitalizar a ficha e inserir no relatório final.


13

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo desse estagio foi alcançado, pois pude notar as diferenças notáveis
ao participar ativamente de umas das atividades que forma desenvolvidas acima,
cada atividade sendo desenvolvida com bastante atenção para que não houvesse
nenhum erro até porque estamos lidando com vidas então cada medicamentos e as
instruções são de suma importância para o uso correto na hora de sua aplicação.
Quero dizer que isso só foi possível por causa da oportunidade que o estágio
nos proporciona até onde pude perceber meus conhecimentos teóricos foi bastante
útil na hora do meu desenvolvimento, entretanto nada se compara com a
experiência de esta diante do cliente explicando cada informação como o
medicamento deve ser manuseado isso é muito desafiador e ao mesmo tempo
gratificante a certeza de que você está no curso e na profissão certa.
Sinto que estes períodos foram muito enriquecedores a nível de
conhecimentos práticos e teóricos, sentindo-me assim mais motivada pois já consigo
possuir uma noção mais esclarecedora do que poderá ser o meu futuro laboral. Este
estágio foi bastante interessante e atribulado e eu acredito, que toda a agitação me
levou a um crescimento pessoal e profissional.
14

REFERÊNCIAS

ALANO, G. M. Reflexão e contribuição para uma nova prática: os serviços


farmacêuticos voltados ao paciente sob a perspectiva de farmacêuticos do
Estado de Santa Catarina. Florianópolis, 2005. 199p. [Dissertação de
Mestrado em Farmácia. Universidade Federal de Santa Catarina]

BRASIL. Lei n. 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle


sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 19
dez. 1973. Disponível em:
<http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?
id=16614&word=>. Acessado em :18/07/2024

COELHO, M. M. A. Percepções de graduandos do curso de farmácia da UFMG


sobre a prática e competências para atuação na farmácia comunitária. 2017. 86 f.
Dissertação (Mestrado em Medicamentos e Assistência Farmacêutica) - Faculdade
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