Trabalho de Etii
Trabalho de Etii
Trabalho de Etii
Introdução
O magnetismo representa uma parte importante em quase todos os equipamentos eléctricos
usados hoje em dia, sejam eles industriais, de pesquisa ou domésticos. Os geradores, motores
eléctricos, transformadores, disjuntores, aparelhos de televisão, computadores, gravadores e
telefones empregam efeitos magnéticos para realizar uma variedade de importantes tarefas.
(Fonte: http://br.geocities.com/saladefisica5/leituras/magnetismoterra50.gif)
Existem diversos pesquisadores em busca do monopólio magnético, mas até o momento isto não
foi possível. Sempre quando um magneto é divido dois magnetos surgem com o norte e sul
acoplados formando dois novos dipolos magnéticos (figura 3). Este fantástico comportamento
está correlacionado ao fato que a origem dos dipolos magnéticos não é nível macrométrico e sim
devido ao spin dos eléctrons dos átomos que constituem o material.
Podemos representar qualquer campo magnético através das linhas de campo, semelhante as
linhas do campo magnético terrestre (figura 1). O princípio fundamental é que a linhas de campo
sejam tangentes em cada ponto ao vector campo magnético, de modo análogo campo eléctrico.
Figura4: Relação vectorial entre o campo magnético, a velocidade e a força magnética. A força
é sempre perpendicular ao plano que contém a velocidade e o campo magnético
Se uma partícula carregada estiver em uma certa região que tenha além do campo magnético, o
eléctrico e o gravitacional, a força total ( F t ) será a soma da força elétrica ( F e ), força magnética
→
→
( F m ) e a força peso ( P), assim:
→
⃗
F t= ⃗
F e+ ⃗
Fm+ ⃗
P =q ( ⃗
E ⃗v x ⃗
B )+ m ⃗g
Em muitas situações a massa da partícula é muito pequena, fazendo com que o termo possa ser
desprezado, então:
⃗
F t=q ¿ (3)
A equação 3 é conhecida como força de Lorentz e foi verificada inicialmente pelo cientista
alemão Hendrik Lorentz.
A força magnética é um vector perpendicular a velocidade, isto tem uma implicação física
peculiar: a força magnética não produz trabalho no movimento da carga e não produz nenhuma
variação no valor da energia cinética, simplesmente altera a direcção da velocidade.
Usando a equação 1 a unidade de campo magnético no SI pode ser definida:
N −1 1
−1
=kg s C =T (Tesla) e como C s −1
=A (Ampére), podemos também escrever que T = N/A.m.
Cm
Sendo assim, um tesla corresponde ao campo magnético que produz uma força de um Newton
sobre uma carga de um Coulomb que se move perpendicularmente ao campo, com uma
velocidade de um metro por segundo.
O nome a unidade de campo magnético foi colocado em homenagem a Nikola Tesla (1856-
1943). As vezes é mais conveniente usar o sistema cgs, sendo assim, a unidade de B é o gauss (1
G = 10-4 T).
O campo magnético da Terra da ordem de 1 G ou 10-4 T, já no interior dos átomos pode chegar a
10 T, parâmetro importantíssimo na análise de espectros atómicos e o campo magnético na
superfície de uma estrela de nêutrons é da ordem de 108 T.
Exemplo 1:
Um feixe de prótons (q = 1,6x10-19 C) se move a 3,0x105 m/s em um campo magnético
uniforme com módulo igual a 2,0 T orientado ao longo do eixo Oz. A velocidade de cada próton
está contida no pano xz, formando um ângulo de 30º com o eixo +Oz. Determine a força que
atua sobre o próton.
Solução:
A regra da mão direita indica que a força está apontando no sentido do eixo y negativo e usando
a equação 9.1, temos
⃗ −19 5 −14
F m=qBsin a=(1 ,6∗10 )(2 , 0)(3 , 0 x 10 )sin 30 °=4 , 8 x 10 N
Uma solução alternativa pode ser feita usando a expressão vectorial 2, assim
^ , 0 x 10 )sin 30 ° k^
5 5
⃗v =(3 , 0 x 10 )sin 30 ° i+(3
B=(2.0) k^
⃗
⃗
F m=¿q ⃗v xB=(1, 6∗10 ) [ (3 ,0∗10 ) sin30 ° i+^ ( 3 ,0∗10 ) cos 30° ^k ] x (2 , 0) k^ ¿
−19 5 5
⃗
F m=¿ ( 9 ,6∗10 ^
) sin30 ° i^ x k+(9 ,6∗10 )sin30 ° k^ x ^k¿
−14 −14
⃗
F m=¿(−4 , 8 x 10 N ) ^j ¿
−14
Observe que o modo vectorial tem uma grande vantagem porque naturalmente o sentido
estabelecido pela regra da mão direita é conhecido a através do sinal do vector força magnética.
Caso o feixe fosse de eléctrons, a carga seria a mesma com sinal negativo e assim a força teria o
mesmo valor, mas no sentido positivo do eixo y. (Macedo & Macedo, 2007)
Fonte: http://profs.ccems.pt/PauloPortugal/PHYSICA/Tema_b2/Tema_b2.htm)
∮ ⃗B . d ⃗A=0 (6)
o fluxo magnético através de qualquer superfície fechada.
Exemplo 2:
O campo magnético em uma certa região é de 0,128 T e seu sentido é o do eixo +Oz. a) Qual é o
fluxo magnético através da superfície abcd?
b) Qual é o fluxo magnético através da superfície befc?
c) Qual é o fluxo magnético através da superfície aefd? d) Qual é o fluxo magnético através das
cinco superfícies externas do volume?
Solução:
a) Utilizando a equação 6 e levando em consideração que não existe campo magnético através
da superfície abcd, temos
ϕ B ( abcd )=BA cos ϕ=0
b) Como o campo magnético é no sentido positivo de z o ângulo entre o vector campo magnético
e a área é de 180º, então
ϕ B ( befc )=( 0,128 ) (0 , 3 x 0 , 3)cos 180=−0,0115 Wb
c) Fazendo um desenho do plano xz, temos
^^
que i^ x i=0 e k^ x k=
^ ^j, obtemos
⃗ B=q ( v x ⃗i + v z k⃗ ) xB i=q
F m=q ⃗v x ⃗ ^ v z B ^j
A força foi muito fraca, porém a aceleração é extremamente grande devido a massa ser muito
pequena.
b) Lembrando que a força é perpendicular a velocidade, então o seu módulo permanece
constante, então usando 9.9 e colocando a componente perpendicular ao campo magnético,
temos
−27 5
m vz (1 ,67 x 10 )(2 x 10 )
R= = =4 , 18 x 10−3 m=4 , 18 mm
|q| B (1, 6 x 10−19)(0 ,5)
De acordo com a equação 8, a velocidade angular é dada por
5
v 2 x 10 7
ω= = =4 , 79 x 10 rad / s
R 4 , 18 x 10−3
A cada volta o próton avança um determinado espaço ao longo do campo magnético. O tempo
para dar este passo é igual ao tempo de uma volta completa, ou seja, igual ao período que é
2π 2 x 3 ,14 −7
T= = =1, 31 x 10 s . Como o passo é na direcção de Ox, devemos usar a
ω 4 ,79 x 10 7
componente vx da velocidade, assim
∆ x =v x T =( 1 ,5 x 10 5 )( 1, 31 x 10−7 )=0,0197 m=19 , 7 mm
O passo é muito maior do que o raio, indicando que esta hélice é bastante esticada.
Momento magnético
A força resultante sobre uma bússola produzida pelo campo magnético da Terra, é quase nula,
devido a que sobre os dois pólos magnéticos atuam forças iguais e opostas. No entanto, essas
forças produzem um torque suficientemente forte para poder ser observado facilmente. Qualquer
íman, em particular a bússola, tem um momento magnético,⃗
m que é um vetor orientado desde o
seu pólo sul até o seu pólo norte; um campo magnético ⃗
B produz um torque, ⃗
T , igual ao produto
vetorial entre o momento magnético e o campo:
⃗ m x⃗
T =⃗ B (12)
O torque será sempre no sentido que faz rodar o momento magnético ~m até apontar no sentido
do campo ⃗
B.
O torque produzido pelo campo magnético é o princípio usado nos motores eléctricos. O motor
tem uma bobina, que pode rodar à volta de um eixo, dentro de um campo magnético produzido
por ímanes fixos (figura 9). A bobina é um fio condutor enrolado várias vezes. Cada volta
completa do fio na bobina designa-se de espira.
Quando o fio é percorrido por uma corrente I, as forças magnéticas sobre os diferentes
segmentos de cada espira anulam-se, mas há um torque resultante; pode mostrar-se que se o
campo for uniforme, o torque resultante verificará a equação 12, sendo o momento magnético da
espira igual a:
m= AI e⃗ n
⃗
Onde A é a área da espira e e⃗ n o versor perpendicular à espira, no sentido definido pela regra da
mão direita, como mostra a figura 8.5: o polegar da mão direita define o sentido de ~m, quando
os outros quatro dedos apontarem no sentido da corrente na espira. O momento magnético de
uma bobina é a soma dos momentos das espiras que formam essa bobina. Se a bobina tiver N
espiras, comporta-se como um íman com momento magnético ⃗
m = N I Ae⃗ n. Se o campo não for
uniforme, a área da bobina deverá ser dividida em pequenos pedaços para calcular o torque total
por meio de uma integral de superfície.
Num motor, os dois terminais da bobina ligam-se a um comutador que roda juntamente com a
bobina. Na figura 9 pode ver-se o comutador (cilindro com dois sectores metálicos
independentes) a fazer contacto com os dois terminais + e − ligados a uma fem externa. Quando
a bobina roda, chega até uma posição em que o segmento do comutador que estava em contacto
com o terminal positivo passa a estar em contacto com o terminal negativo e vice-versa,
invertendo-se o sentido da corrente na bobina.