Perguntas e Respostas Efd Reinf
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Perguntas e Respostas
Resposta: Sim, o MEI está obrigado quando suas operações recaírem nas exigências previstas para entrega da EFD-Reinf.
A exigência de apresentação pode ser visualizada no artigo 3° da IN RFB n° 2.043/2021, de onde se extrai que as pessoas físicas e
jurídicas com as operações ali previstas recaem na exigência da EFD-Reinf, sendo que não há nenhuma dispensa para as pessoas
jurídicas submetidas ao tratamento diferenciado dado pela LC n° 123/2006 (ME, inclusive o MEI e EPP optantes pelo Simples
Nacional).
Na condição de fonte pagadora (tomador), a isenção do MEI estabelecida no artigo 18-A, § 3°, inciso VI, da LC n° 123/2006, não se
estende às retenções na fonte. Esse esclarecimento pode ser conferido no Perguntas Frequentes do MEI, disponível no Portal do
Simples Nacional:
(…)
A opção pelo Simei também não é suficiente para dispensar a obrigatoriedade de reter IRPJ, CSLL, Contribuição para o
PIS/Pasep e Cofins, conforme a legislação federal de regência desses tributos.
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Dito isso, podemos definir que:
a) a respeito do IRRF, o MEI não é dispensado de efetuar a retenção e recolhimento do imposto sobre pagamentos aos autônomos,
funcionários, aos prestadores de serviços na condição de pessoa jurídica de direito privado e nas remessas aos beneficiários
residente ou domiciliada no exterior; e
b) com relação à CSRF na alíquota de 4,65%, o artigo 30, § 2° da Lei n° 10.833/2003 dispensa o Simples Nacional, e
consequentemente o MEI, de reter as contribuições sobre os pagamentos a outras pessoas jurídicas.
Relativamente aos pagamentos de comissões ou corretagens sujeitos a autorretenção do IRRF previstos na Instrução Normativa
SRF n° 153/87, com a alteração trazida pela Instrução Normativa RFB n° 2.163/2023, as tomadoras desses serviços ficam
dispensadas de prestar as respectivas informações no evento R-4020 da EFD-Reinf.
1.2. O Microempreendedor Individual (MEI) que possui máquina de cartão de crédito deve entregar a EFD-Reinf?
Resposta: O MEI não deve entregar a EFD-Reinf se o único pagamento sujeito à retenção efetuado por ele seja referente aos
serviços relativos à máquina de cartão de crédito, desde que não tenha mais nenhuma outra obrigação de apresentação da EFD-
Reinf. Isto, porque a IN RFB n° 2.163/2023, publicada no DOU de 11.10.2023, alterou a IN RFB n° 2.043/2021, dispensa o tomador
de prestar informações referentes a comissões e corretagens listadas na IN SRF n° 153/87, que configuram hipóteses de
autorretenção, inclusas as prestações de serviços relacionadas à administração das máquinas de cartão de crédito.
1.3. O Microempreendedor Individual (MEI) precisa de certificado digital para entrega da EFD-Reinf?
Resposta: Desde que realize o preenchimento e a transmissão pelo portal eCAC, o MEI não precisa do certificado digital, podendo
gerar um código de acesso no portal para acesso a EFD-Reinf.
A IN RFB n° 2.043/2021 não trata sobre as exigências do Certificado Digital, ficando a cargo do Manual defini-las.
Neste caso, de acordo com a página 20 do Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, o MEI não é obrigado ao certificado digital,
podendo gerar um código de acesso no portal da EFD-Reinf.
Contudo, deve observar que são duas formas de transmissão, de acordo com o Manual de orientação do usuário - versão 2.1.2.1,
p. 16 e 17:
a) transmitido via web service, que basicamente faz com que a PJ tenha um sistema próprio contratado que gere o arquivo XML e
que na sequência este arquivo é assinado e transmitido. Vale dizer que esta forma de transmissão não pode ser feita com código
de acesso, sendo apenas com certificado digital; ou
b) transmitido via EFD-Reinf Web, onde a PJ acessa o serviço pelo Portal e-CAC (portal web). O Portal do Sped instrui que a
utilização deste serviço é recomendada apenas para pequenos contribuintes e, de fato, como o MEI possui pouca estrutura, é
possível notar que a grande maioria opta por este meio. Para concluir, neste formato é que se torna possível a transmissão sem o
certificado digital, ou seja, acessando o e-CAC com o Gov.br.
Resposta: Primeiramente é preciso destacar que o plano de saúde vinculado a contrato de trabalho ativo deve ser informado no
eSocial, inclusive os valores dos dependentes do beneficiário do plano. (Manual do Orientação do eSocial, versão S-1.1, atualizado
até ao Nota Técnica n° 07/2023, página 134)
Porém, quando o plano de saúde coletivo empresarial for decorrente de contrato de trabalho que não está mais ativo (após
desligamento), como ocorre na situação em que a empresa continua pagando plano de saúde para ex-funcionário ou plano de
saúde de dependente de ex-funcionário, nesses casos, a informação é apresentada por meio da EFD-Reinf, no evento R-4010,
observando as seguintes classificações: (Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, páginas 100 e 102)
a) coparticipação do beneficiário do plano no seu custeio: refere-se à dedução do rendimento tributável do beneficiário; deve ser
informada a do próprio beneficiário e também a coparticipação de seus dependentes. Portanto, se o beneficiário teria direito a
receber R$ 10.000,00, com descontos da coparticipação no valor de R$ 500,00, teria a receber R$ 9.500,00.
b) reembolso de despesas pagas pelo beneficiário diretamente ao prestador de serviços de saúde (médico, dentista, clínica,
hospital etc.): refere-se aos valores pagos pelo próprio beneficiário ou seu dependente diretamente ao prestador de serviços de
saúde, mas que posteriormente é reembolsado pelo plano de saúde. Nesse caso, se o beneficiário (PF) teria direito a receber R$
10.000,00 por seus serviços prestados, e tenha um reembolso de despesas médicas no valor de R$ 1.650,00, receberia da fonte
pagadora R$ 11.650,00.
O reembolso mencionado é especificamente para os casos em que fonte pagadora recebe os valores do reembolso do plano de
saúde e repassa à pessoa física beneficiária. Os reembolsos que não transitem pela fonte pagadora do beneficiário (do plano direto
para o beneficiário) não devem ser informados na EFD-Reinf pela fonte pagadora.
Destacamos que não deve ser declarado no R-4010 da EFD-Reinf a parte custeada pela pessoa jurídica, pois os campos desse
registro dedicam-se a indicar apenas a parcela descontada da pessoa física (coparticipação) ou a parte reembolsada.
É importante ressaltar que essas informações refletem para o beneficiário do rendimento em sua declaração de ajuste anual, de
modo que incorreções podem deixá-lo em malha fiscal. (Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, página 103)
2.2. Qual o tratamento de pagamento à pessoa jurídica realizado por outra pessoa jurídica e decorrente de plano de saúde
e serviços médicos?
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Resposta: Com relação aos pagamentos por pessoa jurídica às cooperativas de trabalho médico ou demais pessoas jurídicas
operadoras de plano de saúde, nos termos das Soluções de Divergência Cosit n° 05/2014 e 24/2014, Soluções de Consulta Cosit
n° 529/2017, 59/2014, 61/2014 e 25/2013:
a) não estão sujeitos à retenção do IRRF e da CSRF quando se tratar de contratos celebrados na condição de preço pré-
estabelecido (preço fixo cobrado independentemente do serviço prestado), sem cobrança de coparticipação, nesse caso, não
preenche na EFD-Reinf devido a sua natureza;
b) estão sujeitos à retenção do IRRF e da CSRF quando se tratar de contratos de planos privados de assistência à saúde a preço
pós-estabelecido, na modalidade de custo operacional (quando o contratante repassa ao plano o valor pelos serviços que foram
efetivamente prestados), nesse caso, preenche na EFD-Reinf devido a sua natureza;
c) estão sujeitos à retenção do IRRF e da CSRF quando se tratar de contratos com preço pré-estabelecido ou pós-estabelecido,
quando existir cobrança de coparticipação, nesse caso, preenche na EFD-Reinf devido a sua natureza.
Portanto, considerando os cenários das letras “b” e “c”, em que há retenção, as cooperativas de trabalho médico, operadoras de
plano de saúde, deverão discriminar em sua fatura ou apresentar faturas segregadas dos valores a serem pagos pelas fontes
pagadoras, discriminados os valores passíveis de retenção e os que não sofrem retenção.
Logo, os valores citados no item “a” não têm retenção e não devem ser informados no evento R-4020 da EFD-Reinf. (Solução de
Consulta Cosit n° 529/2017; Mafon 2023, página 94; ADN Cosit n° 01/93)
Deve ser utilizado o código de natureza de rendimento 15001 para informar o Imposto de Renda e as contribuições sociais retidas
na fonte, sobre os serviços pessoais prestados pela cooperativa médica, os quais estão vinculados ao código de receita 3280-06
(IRRF) e 5952-07 (CSRF), ou quando for decorrente de ato cooperativo, 5979-07 (PIS/Pasep) e 5960-07 (Cofins).
Se a operadora não for cooperativa, deve usar o código de natureza de rendimento 15026 para informar os serviços de medicina
vinculados à retenção das contribuições sociais (código de receita agregado 5952-07) e também do Imposto de Renda (código de
receita 1708-06), quando for passível de retenção, observando as regras das letras “a”, “b” e “c”.
No caso das contribuições sociais, deve ser informado a retenção agregada, na alíquota de 4,65% e sua respectiva base de
cálculo, dessa forma será gerado o DARF 5952. Alternativamente, quando não ocorrer retenção de CSLL sobre o ato cooperado,
exclusivamente em relação aos pagamentos à cooperativas, deve ser informado separadamente o PIS e a Cofins e suas
respectivas bases de cálculo; nesse caso, não devem ser preenchidos os campos “Valor da base de retenção agregada” e “Valor
da retenção agregada”.
3. DEPENDENTES E ALIMENTANDOS
Resposta: Para fins de dedução da base de cálculo mensal do IRRF e também do Imposto de Renda devido pela pessoa física na
Declaração de Ajuste Anual, a legislação permite:
a) a dedução mensal de R$ 189,59 para cada um dos seguintes dependentes: (RIR/2018, artigos 71, § 1° e 708, inciso VI; ADI n°
5.583/2021)
1 - Companheiro(a) com quem o contribuinte tenha filho ou viva há mais de 5 anos, ou cônjuge;
3 - Filho(a) ou enteado(a) com deficiência, de qualquer idade, quando a sua remuneração não exceder as deduções
autorizadas por lei;
4 - Filho(a) ou enteado(a), se ainda estiverem cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo
grau, até 24 anos de idade;
5 - Irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a), sem arrimo dos pais, de quem o contribuinte detenha a guarda judicial, até 21 anos, ou
em qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho;
6 - Irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a), sem arrimo dos pais, com idade de 21 anos até 24 anos, se ainda estiver cursando
estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau, desde que o contribuinte tenha detido sua guarda
judicial até os 21 anos;
7 - Irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a) com deficiência, sem arrimo dos pais, do(a) qual o contribuinte detém a guarda judicial,
em qualquer idade, quando a sua remuneração não exceder as deduções autorizadas por lei;
8 - Pais, avós e bisavós que, em 2022, tenham recebido rendimentos, tributáveis ou não, até R$ 22.847,76;
9 - Menor pobre até 21 anos que o contribuinte crie e eduque e de quem detenha a guarda judicial; e
b) a dedução das importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em decorrência das normas do Direito de Família,
quando em cumprimento de decisão judicial, de acordo homologado judicialmente ou de separação ou de divórcio consensual
realizado por escritura pública, desde que correspondentes a esse rendimento. (RIR/2018, artigos 72, 683, § 4° e 709)
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c) é permitido apenas na Declaração de Ajuste Anual (DAA) as deduções de despesas médicas os pagamentos efetuados, no ano-
calendário, a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as
despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias. A dedução
alcança, também, os pagamentos efetuados a planos de saúde. Todavia, no caso de reembolso, tais valores são parcelas não
dedutíveis. (RIR/2018, artigo 73)
A dedução da despesa médica pode ser usufruída no caso de gastos médicos pelo beneficiário do rendimento, seus dependentes e
seus alimentandos, nos termos dos artigos 94, § 2° e 99, da IN RFB n° 1.500/2014.
Na EFD-Reinf, evento R-4010, devem ser informados no campo “Dependentes” o CPF e a relação de dependência: (Manual da
EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, páginas 93, 94, 102 e 103)
b) de pessoas que estejam na condição de alimentandas do beneficiário de pensão alimentícia dedutível da base de cálculo do IR;
c) de pessoas que sejam dependentes de plano privado coletivo empresarial de assistência à saúde, tanto em relação à
coparticipação do beneficiário no custeio do plano como no caso de informações de reembolso.
- Relativa à coparticipação do beneficiário em plano privado coletivo de assistência à saúde de seus dependentes (somente na
DAA).
Rendimento:
Rendimento Bruto de Aluguel: R$ 5.000,00
Valor não tributável: R$ 500,00 (IPTU e condomínio ônus do locador)
Rendimento tributável: R$ 4.500,00 (após dedução de IPTU e condomínio)
Deduções:
1 Dependente (filho): R$ 189,59
1 Pensão alimentícia (agregados/outros): R$ 1.000,00
Cálculo do IRRF:
Rendimento tributável: R$ 4.500,00
Deduções legais: R$ 1.189,59
Base de cálculo: R$ 3.310,41
IRRF: 3.310,41 x 15% - 370,40 = R$ 126,16
4.1. Como informar pagamento feito à pessoa física referente a direitos autorais?
a) será informado no eSocial quando pago para o autor ou criador da obra que tenha relação de trabalho com a contratante (rubrica
2510);
b) será informado na EFD-Reinf quando pago à pessoa física que não é a autora ou criadora da obra, com o código de natureza de
rendimento 13011; e
c) será informado na EFD-Reinf quando pago para o autor ou criador da obra mas é verificado impossibilidade de informação no
eSocial, como é o caso de beneficiário não residente fiscal do Brasil que não tem inscrição no CPF.
A orientação é justificada pelos seguintes dispositivos legais (citados abaixo) que permitem a interpretação de que o direito autoral
pago ao criador ou autor da obra é decorrente de um serviço e quando há a relação de trabalho, deve ser informado no eSocial.
Por outro lado, quando o direito autoral é comprado por uma terceira pessoa física, a remuneração paga a essa terceira pessoa
que não é a autora ou criadora, não decorre de serviço/trabalho e, portanto, deve ser informado na EFD-Reinf.
257 - Como são tributados os rendimentos recebidos por escritor que assume os encargos da publicação e venda
de livros de sua autoria?
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1 - Se tais atividades não forem exercidas com habitualidade, os rendimentos decorrentes da venda efetuada a pessoas
físicas sujeitam-se ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão) e na declaração. Tratando-se de venda a pessoa
jurídica, sujeitam-se à retenção na fonte e na declaração.
2 - Se houver habitualidade, o autor é considerado empresa individual equiparada a pessoa jurídica e seus ganhos são
tributados nessa condição.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, artigo 162, § 1°, inciso II, aprovado pelo Decreto n° 9.580, de 22 de
novembro de 2018)
Importante: as retenções de Imposto de Renda decorrentes do rendimento de trabalho devem ser enviadas pelo eSocial.
No entanto, para situações específicas em que não seja possível fazer o envio pelo eSocial, a EFD-Reinf deve ser a
escrituração utilizada para essa apuração. (...)
Evento R-4010
Código Natureza Descrição da Tributação no Período de
Tributo Código de receita
Rendimento natureza exterior apuração
Rendimentos de
13010 N IRPF 058807 Mensal
Direito Autoral
Rendimentos de
13010 N RRA 188902 Mensal
Direito Autoral
Rendimentos de
13010 S IRPF 042201 Diário
Direito Autoral
Rendimentos de
Direito Autoral
(quando não
13011 N IRPF 320806 Mensal
percebidos pelo
autor ou criador da
obra)
Rendimentos de
Direito Autoral
(quando não
13011 N RRA 188902 Mensal
percebidos pelo
autor ou criador da
obra)
Rendimentos de
Direito Autoral
(quando não
13011 S IRPF 042201 Diário
percebidos pelo
autor ou criador da
obra)
Nome da natureza da
Código Descrição da natureza da rubrica Início Término
rubrica
Direitos autorais e Valor correspondente a participação em produção
2510 01/01/2014 -
intelectuais científica, intelectual ou artística
Resposta: Na EFD-Reinf são realizados dois fechamentos separados e cada um gera um número identificador da escrituração que
podem ser consultados nos eventos de retorno R-9015 (retenções federais) e R-9011 (contribuições previdenciárias). São esses
números identificadores que ficam vinculados à DCTFWeb “criada” automaticamente no Portal e-CAC. (Leiaute EFD-Reinf, versão
2.1.2, páginas 60 e 63)
Especificamente no caso dos eventos série R-2000, apesar da dispensa prevista no artigo 4° da IN RFB n° 2.043/2021, é possível
o envio do R-2099 (fechamento do período) sem movimento. O mesmo não ocorre para os eventos da série R-4000, ou seja, o
declarante não pode entregar EFD-Reinf “sem movimento” preenchendo apenas o R-4099, já que o pré-requisito para o R-4099 é
enviar pelo menos um evento periódico da série R-4000 (R-4010, R-4020, R-4040, R-4080). (Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1,
página 118)
5.2. Estou com dificuldade para enviar as informações das retenções federais no prazo de entrega da EFD-Reinf. Caso eu
envie os eventos da série R-2000 no prazo e os eventos da série R-4000 após o prazo, fico sujeito a penalidades?
Resposta: Muitas empresas estão encontrando empecilhos na hora de enviar, dentro do prazo da declaração (até o dia 15 do mês
seguinte ou dia útil imediatamente posterior), as informações nos eventos da família R-4000, quando obrigadas. Desse modo,
essas empresas estão pretendendo enviar no prazo tempestivo de entrega da IN RFB n° 2.043/2021 apenas os eventos da série R-
2000, questionando se com isso serão isentadas da cobrança de multa caso entreguem depois do prazo de envio a série R-4000.
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Nesses casos, reforça-se que tanto os eventos da série R-2000 quanto da série R-4000 são independentes e, quando exigíveis no
mês, precisam respeitar o mesmo prazo legal de envio, ainda que os débitos de IRRF e CSRF não sejam alimentados na
DCTFWeb para os períodos de apuração de setembro a dezembro de 2023, de acordo com o 19-A da IN RFB n° 2.005/2021.
Como a entrega dos eventos da série R-2000 e série R-4000 geram recibos de entrega diferentes, e esses por sua vez, seriam a
prova de que contribuinte transmitiu ou não o Sped no prazo, entende-se que pode haver cobrança de penalidade pelo Fisco caso
o declarante transmita em tempo hábil apenas os eventos das famílias 2000, por exemplo, e deixe para enviar posterior a data
limite a série R-4000, ou vice-versa. (Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, páginas 12, 21, 121 e125)
Quanto as penalidades da EFD-Reinf, o artigo 7° da IN RFB n° 2.043/2021 não é suficientemente claro para assegurar a não
aplicação de multa mediante envio parcial tempestivo apenas dos eventos da série R-2000 ou R-4000, quando as duas sejam
exigíveis, como exemplo acima.
a) no caso de falta de entrega da escrituração ou de entrega após o prazo: multa de 2% ao mês ou fração de mês sobre os tributos
informados nela, limitada a 20%. A multa calculada a partir desse critério pode ser reduzida em:
- 50% quando apresentada depois do prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; ou
- 25% (paga 75%) se apresentada após o prazo de envio legal, mas dentro do prazo da intimação; ou
Depois que considerar as regras acima, lembre-se que a multa mínima é de R$ 500,00. Ademais, como o artigo 7°, § 6° da IN RFB
n° 2.043/2021 estabelece a cobrança da multa pela própria autoridade fiscal, mediante lançamento de ofício, deve-se observar que
ainda caberá mais uma redução de 50% ou 40% quando cumprir com o pagamento da intimação nos prazos e regras do artigo
6° da Lei 8.218/91.
b) para cada grupo de 10 informações incorretas ou omitidas, multa de R$ 20,00, observada a multa mínima de R$ 500,00 que
também será exigida mediante lançamento de ofício.
6.1. Devo informar na EFD-Reinf notas fiscais de pagamentos efetuados sem retenção de Imposto de Renda?
Resposta: Depende. No preenchimento do registro R-4020 (pagamentos/créditos a beneficiário pessoa jurídica), devem ser
enviadas as informações referentes a pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa efetuado por fonte ao beneficiário pessoa
jurídica (residente no País ou exterior), mesmo sem retenção de Imposto de Renda, nos casos previstos na legislação, ou seja, a
informação na EFD-Reinf dependerá na natureza do rendimento pago ou creditado. (Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, páginas
87 e 105)
Pela leitura do texto do manual, alinhado aos casos em que a pessoa jurídica contrata outras pessoas jurídicas no País para
prestação de serviços, devemos saber que a fonte pagadora (tomador) deve declarar todos os pagamentos/créditos que tem
retenção do IRRF e/ou da CSRF.
Ademais, a fonte pagadora deve declarar pagamentos sem retenção nos casos previstos na legislação, que ao nosso
entendimento, remete à normativa da DIRF (IN RFB n° 1.990/2020), observas as regras próprias da EFD-Reinf previstas na IN RFB
n° 2.043/2021 e no Manual. Nesse caso, tratando-se especificamente de operação realizada entre pessoas jurídicas domiciliadas
no Brasil, é preciso preencher na EFD-Reinf:
1. os rendimentos pagos/creditados à PJ (i) sujeitos ao IRRF e/ou a CSRF e (ii) os rendimentos que não tem IRRF e/ou CSRF em
razão de decisão judicial - regra do artigo 13 da IN RFB n° 1.990/2020;
2. os rendimentos pagos/creditados às agências de propaganda e publicidade sujeitos à autorretenção. Por outro lado, para as
comissões e corretagens pagas que são passíveis de autorretenção do imposto de renda em função IN SRF n° 153/87, com a
alteração trazida pela IN RFB n° 2.163/2023, não devem ser declaradas na EFD-Reinf do tomador, mas ainda constarão na DIRF
dos mesmos pela regra do artigo 14 da IN RFB n° 1.990/2020;
3. os lucros e dividendos pagos ou creditados, no prazo previsto no art. 6°, §3° da IN RFB n° 2.043/2021, conforme a exigência
imposta pelo Fisco na página 109 do Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1. É importante lembra que, em se tratando da DIRF,
devem ser declarados os lucros pagos/creditados pela SCP a todos os sócios pessoas jurídicas (ostensivo e participantes), bem
como, os lucros pagos ou creditados em conta bancária dos sócios - regra do artigo 10, inciso VIII da IN RFB n° 1.990/2020.
Precisamos lembrar também, que algumas notas fiscais pagas/creditadas às pessoas jurídicas, mesmo sem retenção, obrigam o
tomador a apresentar a EFD-Reinf, conforme explica a página 6 do Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1:
“(...) até que seja publicada Instrução Normativa adequando o critério de obrigatoriedade de periodicidade anual da DIRF para
mensal da EFD-Reinf, recomenda-se que o contribuinte informe todos os pagamentos ou créditos que, por sua natureza, esteja
obrigado a declarar, mesmo que não haja retenção do Imposto de Renda ou esteja abaixo do limite mínimo anual. Esse
procedimento evita a necessidade de retificações posteriores, conforme mencionado no exemplo acima.”
Note que pelo texto acima, os pagamentos ou créditos sem retenção que devem ser declarados pelo tomador na Reinf, dependem
ainda de uma análise à sua natureza. Por exemplo: a empresa ABC contratou a pessoa jurídica XYZ para prestar serviços de
engenharia. A XYZ emitiu em setembro uma NF de R$ 215,00 (sem retenções) e novembro uma NF de R$ 500,00 (com retenções).
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No Sped da empresa ABC, a informação de novembro é obrigatória e a de setembro também se torna obrigatória, pois a regra é,
havendo pelo menos um pagamento ou crédito no ano-calendário com retenção, todos os pagamentos ou créditos efetuados no
ano para esse beneficiário são de informação obrigatória. (Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, páginas 6 e 87)
Por outro lado, se o serviço contratado entre as duas pessoas jurídicas de direito privado fosse de construção de imóvel, pelo artigo
714 do RIR/2018 e artigo 30 da Lei n° 10.833/2003, esse serviço não está sujeito ao IRRF e a CSRF, respectivamente. Levando em
consideração as regras de declaração acima explicadas e o fato de não ter código de natureza de rendimento no Anexo I das
tabelas de leiaute da EFD-Reinf para serviços sem previsão legal de retenção, esse pagamento ou crédito à XYZ não seria
declarado pela empresa ABC do registro R-4020.
Outro exemplo de dispensa que podemos considerar, diz respeito a informar no R-4020, os pagamentos/créditos aos prestadores
de serviços optantes pelo MEI/Simples Nacional, que não sofrem retenção de IRRF e CSRF (IN SRF n° 765/2007, artigo 1°; IN
SRF n° 459/2004, artigo 3°, inciso I e artigo 11)
Em resumo, tratando-se especificamente de operações entre pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no Brasil, sobre o R-
4020 preenchido pela PJ fonte pagadora (tomadora), consideramos:
7.1. Como declarar mais de um rendimento pago no mês ao mesmo beneficiário (sujeitas apenas à EFD-Reinf)?
Resposta: Quando houver mais de um rendimento tributável sendo pago ao mesmo CPF no mês, a cada novo pagamento (mesmo
que de naturezas distintas), a fonte pagadora deve somar os valores e aplicar a tabela progressiva de acordo com o artigo 677, §
2° do RIR/2018.
Para efeitos didáticos, não consideramos nesse exemplo os valores de despesas com o imóvel que não integram a base de cálculo
e que estão citados no artigo 31 da IN RFB n° 1.500/2014 ou artigo 689 do RIR/2018 (IPTU, condomínio e outros).
Vale ressaltar também que pelo artigo 32 da IN RFB n° 1.500/2014 e questão n° 297 do Perguntas e Respostas da Pessoa Física
2023, a multa acima é considerada como rendimento de aluguel.
Cálculo do IRRF:
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Base de cálculo = R$ 2.472,00 Base de cálculo = R$ 6.472,00
No R-4010 do PA 09/2023, a empresa ABC enviará um evento apenas por CPF, detalhando cada um dos pagamentos/créditos
efetuados (Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, páginas 89 e 97):
Resposta: Quando houver mais de um rendimento tributável sendo pago ao mesmo CPF no mês, a cada novo pagamento (mesmo
que de naturezas distintas), a fonte pagadora deve somar os valores e aplicar a tabela progressiva de acordo com o artigo 677, §
2° do RIR/2018.
Assim, caso um sócio receba rendimentos de pró-labore, ele será escriturado no eSocial e vai gerar o código de receita 0561-07 na
DCTFWeb e, caso esse sócio receba também rendimentos de aluguel da mesma fonte pagadora, essa informação será prestada
na EFD-Reinf, e até o PA 12/2023 o DARF com o código de receita 3208-06 será gerado pela fonte pagadora no Sicalc Web. A
partir de janeiro de 2024 o IRRF da EFD-Reinf passa a ser confessado na DCTFWeb, com a DARF numerada sendo gerada pelo
sistema. (IN RFB n° 2.043/2021, artigo 3°, inciso VIII e artigo 5°, inciso VI; IN RFB n° 2.005/2021, artigos 19-A e 19-B)
Por ora, tanto no eSocial quanto na EFD-Reinf, o Sped não realiza cálculos de validação dos valores do IRRF (diferentemente das
contribuições previdenciárias). Portanto, o sistema não calculará o IRRF, tampouco apresentará erro em relação ao valor que o
declarante informar de imposto. (Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, página 125; Manual do eSocial, versão S-1.1, atualizado até
a Nota Técnica n° 07/2023, página 330)
Com isso, o valor do IRRF informado na EFD-Reinf, no campo “Valor do IR retido na fonte” será o calculado sobre os dois
rendimentos exemplificados acima, ainda que nos campos “Valor do rendimento bruto” e “Valor do rendimento tributável” seja
informado apenas o rendimento de aluguel apenas.
Considere os exemplos A e B que apresentam, a título de dedução legal, apenas o desconto simplificado de R$ 528,00 previsto
no artigo 53, § 3° da IN RFB n° 1.500/2014:
Exemplo A: Sócio Pedro recebe da empresa Cometa, no mês de setembro, o valor de R$ 2.600,00 a título de pró-labore em
06.09.2023 e adicionalmente, R$ 5.000,00 a título de aluguel em 10.09.2023.
Pagamento do dia 06.09.2023 (eSocial) Pagamento do dia 10.09.2023 (com soma - Reinf)
Rendimento bruto R$ 2.600,00 Soma de rendimentos brutos R$ 7.600,00
Desconto simplificado (528,00) Desconto simplificado (528,00)
Base de cálculo = R$ 2.072,00 Base de cálculo = R$ 7.072,00
Exemplo B: Sócio Pedro recebe da empresa Cometa no mês de setembro, o valor de R$ 3.000,00 a título de pró-labore em
06.09.2023 e adicionalmente, R$ 5.000,00 a título de aluguel em 10.09.2023.
Pagamento do dia 06.09.2023 (eSocial) Pagamento do dia 10.09.2023 (com soma - Reinf)
Rendimento Bruto R$ 3.000,00 Soma de Rendimentos Brutos R$ 8.000,00
Desconto simplificado (528,00) Desconto simplificado (528,00)
Base de cálculo = R$ 2.472,00 Base de cálculo = R$ 7.472,00
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PD da tabela progressiva (158,40) PD da tabela progressiva (884,96)
IR a ser retido de Pedro = R$ 27,00 IR calculado = R$ 1.169,84
Resposta: Com relação aos débitos IRRF decorrente das relações de trabalho (assalariado ou não) informados no eSocial, eles
passaram a ser confessados via DCTFWeb a partir da competência 05/2023 e o seu recolhimento passou a ser através de DARF
numerado que compreende mais de um código de receita.
Portanto, para o IRRF que o próprio declarante calcula e retém dos beneficiários no eSocial, não há complicação na geração da
DARF, já que a guia é emitida pela DCTFWeb.
As demais retenções de IRRF (não decorrentes de remunerações de relação de trabalho), referente aos pagamentos à pessoa
física, passaram a ser informadas na EFD-Reinf desde o dia 21.09.2023, em relação aos fatos geradores ocorridos a partir do dia
01.09.2023. Porém, esses débitos apenas serão confessados na DCTFWeb, para compor o DARF numerado com mais de um
código de receita, a partir de competência 01/2024. (IN RFB n° 2.043/2022, artigo 3°, inciso VIII e § 1° e artigo 5°, inciso VI; IN RFB
n° 2.005/2021, artigo 19-A)
Assim, sobre os períodos de apuração 09/2023 a 12/2023, para recolhimento do IRRF referente aos rendimentos informados na
EFD-Reinf, deve ser mantida a emissão de DARF com o respectivo código de arrecadação compatível com o rendimento pela
aplicação Sicalc Web, sendo que esta não comporta mais de um código de receita no mesmo documento de arrecadação.
Até o período de apuração 12/2023 indica-se ao contribuinte consulta à RFB nos termos da IN RFB n° 2.058/2021 em relação aos
códigos de arrecadação do IRRF relacionados a mais de um tipo de rendimento, declarado na EFD-Reinf.
Em hipótese que o contribuinte opte por individualizar os recolhimentos conforme os códigos de DARF aos quais correspondam as
rendas, caberá também ao mesmo definir de que modo irá realizar a separação dos débitos.
Referente aos débitos de IRRF apurados a partir da competência 01/2024, escriturado na EFD-Reinf e/ou no eSocial, eles serão
alimentados na DCTFWeb, com o código de receita gerado a partir da escrituração nos referidos SPEDs. (Manual da EFD-Reinf,
versão 2.1.2.1, páginas 91 e 129; Leiaute do eSocial, versão S-1.1, atualizado até a Nota Técnica n° 07/2023, página 353; Manual
da DCTFWeb, versão 02/2023, páginas 10 e 107 a 112)
Em função da operacionalidade dos SPEDs e da DCTFWeb, observa-se que a partir de 01/2024, considerando a linha de
interpretação apresentada, inevitavelmente, o valor do IRRF retido no segundo pagamento será computado no código de receita
correspondente. Assim, caso o segundo pagamento no mês se refira a aluguel por exemplo, o IRRF será computado no código de
receita 3208-06 quando for enviado para a DCTFWeb.
8.1. Como será a informação e o recolhimento de IRRF com vencimento diário, semanal, decenal ou quinzenal na EFD-
Reinf?
Resposta:Na situação em que o vencimento do IRRF não seja mensal, o envio dos eventos da série 4000 permanece inalterado,
devendo estes serem informados até o dia 15 do mês seguinte, ou dia útil imediatamente posterior, contemplando a escrituração
desses débitos.
A partir de 01/2024, com a vinculação dos eventos da série 4000 à DCTFWeb, será necessário emitir a guia de DARF desses
débitos pelo Sicalc Web, para que sejam cumpridos os prazos de recolhimento.
Na DCTFWeb, que vai receber a informação do débito normalmente da EFD-Reinf, deverá ser realizada a vinculação do
pagamento do DARF numerado gerado através do Sicalc Web, conforme orientações do Manual da DCTFWeb.
9.1. Como devem ser informadas os rendimentos pagos/creditados por Sociedade em Conta de Participação (SCP) ou um
Fundo de Investimento?
Resposta:O evento R-1050 deve ser enviado por pessoa jurídica que pagar ou creditar rendimentos provenientes de: (Manual da
EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, página 40)
Essa informação está intimamente ligada ao fato de que, para fins de retenção, nos termos dos itens 5.4, 8 e 8.1 da Instrução
Normativa SRF n° 179/87, a sócia ostensiva deve efetuar e recolher as retenções decorrentes dos pagamentos efetuados pela
SCP. Isso, porque a SCP não possui personalidade jurídica, sendo apenas equipara a tal, pela legislação do Imposto de Renda, o
Regulamento do Imposto de Renda de 2018 (RIR/2018), aprovado pelo Decreto n° 9.580/2018, artigo 160.
E no caso dos fundos ou clubes de investimento, a IN RFB n° 1.585/2015 atribui à pessoa jurídica (financeira) administradora do
fundo a responsabilidade por efetuar pagamentos com retenções em nome do clube ou fundo.
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Dessa forma, acerca da informação dessas operações nos eventos R-4010 ou R-4020, será evidenciada neles a entidade ligada, a
qual, previamente deve estar preenchida no evento R-1050.
b) CNPJ da entidade ligada (fundo ou clube de investimento ou SCP), sendo que o de fundo ou clube de investimento deve
obedecer às seguintes regras:
• Deve pertencer a uma das seguintes CNAE: 6499-9/01, 6470-1/01, 6470-1/02 ou 6470-1/03;
• O CNPJ do declarante deve corresponder à pessoa jurídica de direito privado (grupo 2 da tabela de naturezas jurídicas, presente
no Anexo V da IN RFB n° 2.119/2022);
c) CNPJ da entidade ligada (fundo ou clube de investimento ou SCP), sendo que o de SCP deve obedecer às seguintes regras:
• Deve ser um número de CNPJ válido, com situação cadastral diferente de “inapta”, em pelo menos um dia do período do início da
validade das informações prestadas pelo contribuinte no evento R-1050;
• Se o período fim da validade no evento R-1050 estiver preenchido, a validação do item anterior também é realizada no primeiro
dia do período final de validade informado;
• O número de identificação do declarante deve ser de pessoa física (CPF) ou pessoa jurídica (CNPJ), de direito privado, não
pertencente ao grupo 1 da tabela de natureza jurídica presente no Anexo V da IN RFB n° 2.119/2022;
1 - Fundo de investimento;
3 - Clube de investimento;
Assim como já ocorre nos outros eventos não periódicos, em caso de alterações de informações, deve-se enviar um R-1050,
atribuindo a data fim de validade das informações prestadas, caso isso ainda não tenha sido realizado, e posteriormente enviado
novo R-1050, para envio das novas informações com nova data de início de validade dessas informações.
Ademais, deve ser enviado um evento R-1050 para cada SCP ou Fundo que precise ser informado na EFD-Reinf.
Resposta: Depende. O JCP poderá ser informado o evento R-4010, quando o beneficiário for pessoa física, já que, em regra,
sempre que uma pessoa jurídica efetua pagamento de rendimentos a pessoa física, deve ser calculado e retido na fonte do
Imposto de Renda devido sobre os rendimentos, sejam os pagamentos decorrentes de rendimentos do trabalho, do capital ou
proventos de qualquer natureza.
No caso do beneficiário for uma pessoa jurídica, o lançamento deverá ser feito no evento R-4020.
Entretanto, a informação deve ser feita no evento R-4040 quando o registro no passivo a pagar, referente ao JCP, não identificar no
lançamento contábil o beneficiário do pagamento ou crédito. A informação neste evento deverá conter a data da escrituração
contábil da pessoa jurídica, quando a destinação dos juros sobre o capital próprio for registrada em contrapartida à conta de
passivo exigível, representativa de direito de crédito de sócios e/ou acionistas não identificados no momento do registro contábil.
(Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, páginas 111 a 114)
11. LUCROS
11.1. O que pode ser compreendido como antecipação de lucros isentos e como informar o pagamento na EFD-Reinf?
Resposta: Resposta: Primeiramente vale dizer que não há uma posição consolidada pela autoridade fiscal nesse sentido e a
legislação não trata do caso de forma objetiva, de modo que a seguir serão tecidas algumas considerações que não dão respaldo
ao contribuinte (necessitando de solução de consulta para garantir a segurança jurídica).
Ressalta-se que o assunto em questão não visa explicar as disposições societárias acerca da matéria, mas é importante que o
adiantamento seja convencionado em cláusula contratual ou em ata de reunião/assembleia.
A antecipação da distribuição de lucros/dividendos é compreendida pelo Fisco como a distribuição do lucro antes de 31.12.XX (ano
civil) com base na escrita contábil prévia ao encerramento do período, o que é permitido no sistema jurídico desde que, ao final do
período, o resultado “precariamente distribuído” seja menor ou igual ao lucro definitivo, retratado no encerramento do resultado do
exercício. (Acórdão CARF n° 2202-001.862)
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Em outro entendimento do Fisco, voltado às contribuições previdenciárias dos sócios, quando existe um balanço parcial
demonstrando que o pagamento é efetivamente a distribuição lucro apurado do próprio período, tal pagamento não é “antecipação
do resultado”, mas, sim, o próprio resultado (parcial) positivo (lucro) apurado, que está sendo distribuído (pago). (item 7.3 do
relatório da SC Disit/SRRF09 n° 196/2012)
Na legislação do IR observa-se que o lucro pago devidamente apurado e demonstrado na contabilidade (por meio de balanço) é
isento. Para o beneficiário pessoa física, as antecipações são isentas do IR quando:
a) forem acima do lucro contábil do período, mas estiverem acobertadas por lucros acumulados ou reservas de lucros de exercícios
anteriores capazes de absorver o valor que excede ao valor apurado na escrituração contábil; ou (IN RFB n° 1.700/2017, artigo
238; IN RFB n° 1.500/2014, artigo 22, inciso XVII)
b) nos casos autorizados pela legislação tributária (lucro presumido, arbitrado ou simples nacional e MEI), quando pagar o lucro
dentro do limite do cálculo fiscal. (Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 145)
Ademais, é preciso observar que os adiantamentos de lucros e a distribuição desses lucros são operações distintas, pois no
primeiro há incerteza em relação ao fato de o valor pago ao beneficiário se concretizar no término do exercício.
No que diz respeito a legislação do Imposto de Renda, é possível garantir a isenção do IRRF/IRPF mesmo na antecipação de
lucros, o que fará com que a fonte pagadora já possa reconhecer na EFD-Reinf o rendimento pago com isenção no R-4010 para o
beneficiário pessoa física no código de natureza 12001. (Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, páginas 100 e 109)
Em se tratando de lucros isentos, com a alteração trazida em 11.10.2023 pela IN RFB n° 2.163/2023, o prazo para apresentar
essas informações na EFD-Reinf foi alterado para o dia 15 do segundo mês subsequente ao trimestre correspondente,
considerando a mesma regra de prorrogação do prazo para dias não úteis, de acordo com a nova redação da Instrução Normativa
RFB n° 2.043/2021, art. 6°, §3°.
No entanto, quando o valor adiantado não encontrar nenhum respaldo na contabilidade ou na matéria tributária para ser
definitivamente tratado como rendimento isento no IRPF, ou seja, não se evidenciar lucro ao término do exercício, resta a
tributação.
11.2. Como informar o pagamento de Lucros às pessoas físicas que estejam efetivamente evidenciados na escrituração
contábil?
Resposta: Neste caso, informa-se o pagamento de lucro/dividendo no registro R-4010 (beneficiário pessoa física), no campo de
“valor do rendimento bruto”, com o código de natureza 12001.
Já os campos de bases de cálculo e respectivos tributos que se localizam no grupo “retenções” não devem ser preenchidos.
Também não é obrigatório o preenchimento do grupo de informações “Rendimentos isentos ou não tributáveis” uma vez que ele foi
criado para atender a situações em que a natureza de rendimentos, por si só, não define uma isenção ou não tributação, como por
exemplo, parcela isenta 65 anos, cuja isenção se limita a uma parcela do rendimento total tributável. (Manual da EFD-Reinf, versão
2.1.2.1, páginas 101 e 109)
A indicação de declarar o lucro no mês do pagamento (independentemente do mês do registro contábil da distribuição no passivo)
pode ser confirmada na página 100 do Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1.
A respeito do prazo, as informações sobre lucros isentos do imposto de renda devem ser declaradas na EFD-Reinf no dia 15 do
segundo mês subsequente ao correspondente trimestre, considerando a mesma regra de prorrogação do prazo para dias não
úteis, de acordo com a nova redação da Instrução Normativa RFB n° 2.043/2021, art. 6°, §3°.
Por exemplo, lucro pago ao sócio em setembro de 2023, com a nova regra, terá que ser informado na EFD-Reinf até dia
16.11.2023, dado que o dia 15 deste mês é feriado.
Por se tratar de lucros/dividendos isentos de tributação, não há geração de DARF a ser recolhido sobre estes rendimentos com a
transmissão das informações da EFD-Reinf para a DCTFWeb.
11.3. Como informar o pagamento à pessoa física de rendimento excedente (quando o lucro antecipado não é
comprovado)?
Resposta: Qualquer valor que não atenda aos critérios para ser considerado isento, deve ser tratado como rendimento tributável e
essa informação será necessariamente declarada na EFD-Reinf, salvo na hipótese de ser tributado pelo IRRF e INSS e informada
no eSocial como remuneração de trabalho/serviço.
Entretanto, para identificar o código de natureza adequado e o evento (R-4010 ou R-4040) para a tributação dos valores pagos aos
beneficiários pessoas físicas, é preciso lembrar que o tratamento do imposto de renda se altera de acordo com o regime tributário
da empresa que realiza a antecipação dos lucros/dividendos sujeitos ao imposto de renda, em que temos:
a) Tabela Progressiva (natureza de antecipação do devido): para os valores pagos por Lucro Presumido, Simples Nacional e MEI à
Pessoa Física; ou
b) Alíquota de 35% (natureza exclusiva na fonte): para os valores pagos por Lucro Real e Lucro Arbitrado à Pessoa Física.
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Em função disso, há necessidade de utilizar códigos de natureza adequados à cada forma de tributação, assim como o evento
correspondente, em que, analisando a Tabela I do Leiaute da EFD-Reinf, versão 2.1.2, sugere-se o código 19009 quando da
tributação exclusiva na fonte, a alíquota de 35%, o qual unicamente deve ser informado no evento R-4040:
19009 - Pagamento a Beneficiário não identificado: desde que não tenha natureza de rendimentos do trabalho, a base de
cálculo do imposto será reajustada, com alíquota de 35%, alinhado ao código de DARF 5217. (Manual da EFD-Reinf de
orientação do usuário - versão 2.1.2.1, página 185)
Já nos casos em o valor excedente ao lucro for tratado como pró-labore, o rendimento deverá ser colocado no e-Social e não na
EFD-Reinf.
Todavia, cabe ressaltar que esta é apenas uma linha de interpretação, uma vez que não há especificação pela RFB quanto ao
código adequado para a situação de pagamento de lucros excedentes com tributação pela tabela progressiva, sendo sugerida
consulta ao fisco para maior segurança jurídica. (IN RFB n° 2.058/2021, artigos 18 e 33)
Informa-se ainda que, no caso de utilizar os códigos de beneficiário não identificado (grupo 19 da Tabela I), no evento R-4040, não
são informados os CPF/CNPJ do “beneficiário” do rendimento. Com isso, é possível que a informação não seja objeto de
cruzamento automático/imediato com a DIRPF do sócio pelo sistema da RFB, mas a informação estaria disponível para análise por
parte do auditor fiscal e eventual fiscalização/malha do contribuinte. (Leiautes dos eventos da EFD-Reinf, versão 2.1.2, páginas 47
e 48; Leiautes da EFD-Reinf, versão 2.1.2 - Anexo I - Tabelas, página 12; Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, página 185)
11.4. Como informar lucros isentos pagos em outras competências dentro da EFD-Reinf?
Resposta: A informação deve ser feita no registro R-4010 (beneficiário pessoa física) ou no registro R-4020 (beneficiário pessoa
jurídica), no campo “Rendimento bruto”, com o código de natureza 12001.
Não há necessidade de preenchimento dos campos de bases de cálculo e respectivos tributos, uma vez que este é um rendimento
isento e código de natureza 12001 apenas é utilizado para rendimento isento em sua totalidade.
Inclusive, de acordo com a Nota Técnica n° 04/2023 do Leiaute 2.1.2, já é possível informar lucros e dividendos pagos em
setembro/2023, na EFD-Reinf de competência 10/2023 cujo prazo de entrega é até 16.11.2023.
Considere o seguinte exemplo: EFD-Reinf com período de apuração 10/2023, cuja entrega deve ser feita até 16.11.2023, em que
são informados lucros pagos em 30.09.2023 no montante de R$ 10.000,00 à pessoa física e mais R$ 10.000,00 a beneficiário
pessoa jurídica.
O pagamento de lucros à pessoa física deve ser informado no evento R-4010. Para isso, no campo “Período de apuração” deve ser
preenchido com a competência 10/2023. No detalhamento do pagamento, no campo “Data do fato gerador” deve ser preenchido
“30/09/2023” e no campo “Valor do rendimento bruto” o montante de R$ 10.000,00 sendo que os demais campos de valores não
precisam ser preenchidos.
O beneficiário pessoa jurídica será informado no evento R-4020. Para isso, no campo “Período de apuração” deve ser preenchido
com a competência 10/2023. No detalhamento do pagamento, no campo “Data do fato gerador” deve ser preenchido “30/09/2023”
e no campo “Valor do rendimento bruto” o montante de R$ 10.000,00 sendo que os demais campos de valores não precisam ser
preenchidos.
12.1. Devo informar na EFD-Reinf os rendimentos de aplicação financeira? Onde informar a retenção sofrida?
Resposta: Considerando que a pessoa jurídica é a investidora, que recebe/aufere os rendimentos decorrentes da aplicação, não
há previsão para a mesma informar rendimentos e retenções sofridas na EFD-Reinf.
Isso pois, a obrigatoriedade de informação na EFD-Reinf ocorre sobre os créditos/pagamentos relativos a retenções na fonte de
imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, CSLL, PIS e Cofins. (Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, página 85)
Assim, em relação aos rendimentos pagos/creditados relativos a aplicação financeira, esta informação será efetuada na EFD-Reinf
pela instituição financeira responsável pelo pagamento/creditamento dos mesmos, ou seja, o beneficiário dos rendimentos da
aplicação não irá informá-los na EFD-Reinf. (IN RFB n° 2.043/2021, artigo 3°, inciso VIII; Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1,
página 105)
Mútuo:
Os contratos de mútuo, comumente conhecidos como empréstimos financeiros, que envolvem pelo menos uma pessoa jurídica,
são também tributados pelo IRRF como aplicação financeira de renda fixa, nos termos do artigo 47 da IN RFB n° 1.525/2015 e
seguem a mesma explicação acima.
Exemplo: Empresa ABC emprestou para a Empresa XYZ R$ 30.000,00 e recebeu R$ 35.000,00, de modo que compete à fonte
(Empresa XYZ) reter o IRRF sobre os juros de R$ 5.000,00 (na tabela regressiva), declarar a operação na EFD-Reinf no R-4020 e
pagar o DARF 3426 até o 3° dia útil subsequente ao decêndio de ocorrência dos fatos geradores.
Mas, aqui existe uma ressalva dada pelo artigo 49, § 1°, inciso II da IN RFB n° 1.525/2015, em que a própria pessoa jurídica
beneficiária do rendimento deve reter e recolher o IRRF no DARF quando a mutuária for pessoa física (quem toma o empréstimo).
É como uma espécie de autorretenção, mas que não tem preenchimento no R-4080 porque esse código de natureza de rendimento
não consta no Grupo 20 (identificado o código 12022).
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Exemplo: Empresa ABC emprestou para João R$ 5.000,00 e receberá R$ 5.500,00, Como João é o mutuário, na legislação, caberá
a mutuante (Empresa ABC) calcular o IRRF sobre os juros de R$ 500,00 com base na tabela progressiva e recolher o DARF 3426
até o 3° dia útil subsequente ao decêndio de ocorrência dos fatos geradores.
Nesse caso, entendemos que a DCTFWeb deve compreender o débito da mutuante (PJ) que consequentemente é quem
apresentaria a informação no R-4020. No campo do CNPJ do beneficiário do rendimento o Sped autorizará que o declarante repita
a mesma informação apenas quando os códigos de natureza do rendimento forem iguais a 11001 a 11003, 12017 a 12028, 15002 a
15046, 15050, 15051, 15099. Nesse caso, não haverá problemas na declaração do mutuante PJ (com mutuário PF) já que o código
indicado é 12022: Rendimentos auferidos nas operações de mútuo de recursos financeiros entre pessoa física e pessoa jurídica e
entre pessoas jurídicas, inclusive controladoras, controladas, coligadas e interligada. (Leiautes dos eventos da EFD-Reinf, versão
2.1.2, página 43)
Onde informar:
Cabe acrescentar que o beneficiário dos rendimentos de aplicações financeiras, quando for lucro real, presumido ou arbitrado,
detalhará a retenção sofrida na Escrituração Contábil Fiscal (ECF). (Manual do Leiaute 9 da ECF, página 555)
Para o beneficiário optante pelo Simples Nacional, os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e/ou variável são
informados na Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais - DEFIS. (Manual do PGDAS-D e DEFIS, a partir de 2018,
página 90)
Resposta: Em caso de beneficiário falecido, remunerações do trabalho devem ser enviadas no eSocial com o CPF do falecido
(Manual do eSocial, versão S-1.1, atualizado até a Nota Técnica n° 07/2023, páginas 129, 157, 169, 172 e 259).
Se tratando de pagamento de eventual remuneração/verba diretamente aos herdeiros do falecido durante ou após o encerramento
do processo de inventário, será lançado no eSocial sem apuração do IR (opção [1] no campo "Indicativo de tipo de apuração de
IR") e deverá informar o pagamento na EFD-Reinf, para fins de apuração do IRRF no CPF dos beneficiários.
14.1. Como informar pagamentos feitos em razão de reclamatória trabalhista / Rendimentos Recebidos Acumuladamente
(RRA)?
Resposta: De acordo com a páginas 124, 166, 256 e 276 do Manual do eSocial, versão S-1.1, há situações excepcionais, como é
o caso de Rendimentos Recebidos Acumuladamente (RRA) informados nos eventos S-1200, S-1207, S-2299 e S-2399.
Nessa hipótese, para ocorrer a apuração do imposto de renda de forma correta, com base nas informações do eSocial, o
declarante precisa elaborar uma estrutura complexa no evento. Por motivo de tal complexidade, há a opção de enviar os eventos
de remuneração do eSocial, como é o caso do S-1200, indicando a opção “1” no campo {indApurIR} (Indicativo de Apuração de IR)
para que o IRRF não seja apurado no eSocial, e nesse caso, tais valores devem ser lançados na EFD-Reinf para apuração do
imposto de renda, observado o início do envio das informações do IRRF na EFD-Reinf. (Manual do eSocial, versão S-1.1, páginas
124, 166, 256 e 276)
Destaca-se que apenas serão informados no eSocial, nos eventos S-2500 e S-2501, as informações decorrentes de processos
trabalhistas perante a Justiça do Trabalho e de acordos celebrados no âmbito das Comissões de Conciliação Prévia (CCP) e dos
Núcleos Intersindicais (Ninter).
Contudo, o envio dos eventos S-2500 e S-2501 estão condicionados à substituição da GFIP-Reclamatória pela DCTFWeb, o que
está previsto para ocorrer a partir de 01.10.2023, de acordo com o artigo 19, § 1°, inciso V da IN RFB n° 2.005/2021, alterado
pela IN RFB n° 2.147/2023. (Manual do eSocial, versão S-1.1, página 286)
Considerando que a informação do imposto de renda na EFD-Reinf apenas será realizada a partir dos fatos geradores ocorridos a
partir de 01.09.2023 e que as retenções de IRRF informadas na EFD-Reinf apenas serão confessadas via DCTFWeb a partir de
01/2024, em relação ao envio de informações de RRA. (IN RFB n° 2.043/2021, artigo 3°, inciso VIII; IN RFB n° 2.005/2021, artigo
19-A)
Desta forma, quando se tratar de reclamatória trabalhista, devem ser observadas as seguintes orientações:
Processos trabalhistas perante a Justiça do Trabalho e de acordos celebrados no âmbito das Comissões de
Conciliação Prévia (CCP) e dos Núcleos Intersindicais (Ninter)
Trânsito em julgado ou homologação de acordo judicial eSocial (S-2500 e S- EFD- DCTF
DIRFDCTFWeb
ocorrido 2501) Reinf Programa
Até 31.08.2023 Não Não Sim Não Sim
De 01.09 a 30.09.2023 Não Sim Sim Não Sim
A partir de 01.10.2023 Sim Não Sim* Sim Não
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Não, quando o trânsito em julgado Sim, quando o trânsito em julgado
ou homologação de acordo judicial ou homologação de acordo judicial
A partir de 01.10.2023 Não Sim Sim* ocorrer até 31.12.2023 ocorrer até 31.12.2023
Sim, quando ocorrer a partir de Não, quando ocorrer a partir de
01.01.2024 01.01.2024
* Com relação à DIRF, passar a valer a dispensa em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 01.01.2024. (IN RFB n°
2.043/2021, artigo 3°, § 1°)
15. RETIFICAÇÃO
15.1. Posso fazer o envio da EFD-Reinf e posteriormente retificar? Vou ter multa?
Resposta: Não há impedimento de realizar a retificação das informações já prestadas e, para isso, basta reabrir o movimento da
competência pelo R-4099 para fazer as devidas retificações no evento. (Manual de orientação do usuário da EFD-Reinf - versão
2.1.2.1, p. 23 e 118)
Além disso, não há previsão de multa pelo ato de retificar a EFD-Reinf. As penalidades previstas no artigo 7° da IN RFB n°
2.043/2021 são:
a) no caso de falta de entrega da escrituração ou de entrega após o prazo: multa de 2% ao mês ou fração de mês sobre os tributos
informados nela, limitada a 20%. A multa calculada a partir desse critério pode ser reduzida em:
- 50% quando apresentada depois do prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; ou
- 25% (paga 75%) se apresentada após o prazo de envio legal, mas dentro do prazo da intimação; ou
Depois que considerar as regras acima, lembre-se que a multa mínima é de R$ 500,00. Ademais, como o artigo 7°, § 6° da IN RFB
n° 2.043/2021 estabelece a cobrança da multa pela própria autoridade fiscal, mediante lançamento de ofício, deve-se observar que
ainda caberá mais uma redução de 50% ou 40% quando cumprir com o pagamento da intimação nos prazos e regras do artigo
6° da Lei n° 8.218/91.
b) para cada grupo de 10 informações incorretas ou omitidas, multa de R$ 20,00, observada a multa mínima de R$ 500,00 que
também será exigida mediante lançamento de ofício.
Para aplicação da multa, será considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo fixado para a entrega da
declaração, e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação, a data da lavratura do Auto de Infração
ou da Notificação de Lançamento. (IN RFB n° 2.043/2021, artigo 7°, § 1°)
Atenção: Para os eventos da série R-4000, não há possibilidade de “envio sem movimento” do evento R-4099 tendo em vista que
o pré-requisito para o fechamento exige pelo menos o envio de um evento periódico da série (R-4010, R-4020, R-4040 e/ou R-
4080). (Manual da EFD-Reinf, versão 2.1.2.1, página 118)
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