Trabalho Lutas 1

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Gabriela Olegário; Luana Monteiro; Tarsila Andrade

A importância das diversas lutas

Arujá
2024
Gabriela Olegário; Luana Monteiro; Tarsila Andrade

A importância das diversas lutas

Trabalho cujo objetivo é explicar, exemplificar,


sobre as diversas lutas, suas histórias e
regras, para melhor compreensão.

Orientador: Wellington de Araújo

Arujá
2024
Resumo
Este trabalho tem como objetivo explorar a importância das lutas no contexto
da Educação Física, abordando seus aspectos históricos, pedagógicos e
benefícios para o desenvolvimento físico, mental e social dos praticantes. A
prática das lutas, que engloba diversas modalidades como judô, karatê,
capoeira, e jiu-jitsu, contribui significativamente para a formação integral dos
alunos, promovendo disciplina, autocontrole, respeito e autoconfiança. A
metodologia utilizada incluiu pesquisa bibliográfica em fontes acadêmicas, com
foco em como as lutas podem ser integradas ao currículo escolar para
fomentar habilidades motoras e emocionais. Os resultados apontam que as
lutas são ferramentas eficazes no desenvolvimento da coordenação motora,
noções de cidadania e melhoria da convivência em grupo, sendo
recomendadas como parte das atividades regulares de Educação Física
escolar.

Palavras-chave: Educação Física, lutas, desenvolvimento físico, disciplina,


currículo escolar.
Abstract
This paper aims to explore the importance of martial arts in the context of
Physical Education, addressing their historical, pedagogical aspects and the
benefits for the physical, mental, and social development of practitioners. The
practice of martial arts, encompassing various modalities such as judo, karate,
capoeira, and jiu-jitsu, significantly contributes to the integral formation of
students, promoting discipline, self-control, respect, and self-confidence. The
methodology used included bibliographic research from academic sources,
focusing on how martial arts can be integrated into the school curriculum to
foster motor and emotional skills. The results indicate that martial arts are
effective tools in developing motor coordination, notions of citizenship, and
improving group coexistence, making them recommended as part of regular
school Physical Education activities.

Keywords: Physical Education, martial arts, physical development, discipline,


school curriculum.
Sumário

1. Introdução................................................................................................1
2. História do Jiu-Jitsu................................................................................2
2.1Faixas...................................................................................................6
2.2Área de luta e uniforme........................................................................7
2.3Regras..................................................................................................9
3. História Karate.......................................................................................11
3.1Tipos e diferentes modalidades.........................................................13
3.2Regras................................................................................................16
4. História do Muay Thai...........................................................................17
4.1Regras................................................................................................20
5. Conclusão..............................................................................................23
Introdução

As lutas são os esportes que envolvem técnicas e estratégias de luta entre dois
atletas. Cada esporte de combate possui regras específicas e golpes pré-
definidos. Esses esportes podem ser praticados como uma forma de defesa
pessoal ou uma forma de arte, conhecidas como artes marciais.

Exemplos de esportes de combate: boxe, jiu-jítsu, judô, taekwondo, wrestling,


kung fu, esgrima, kickboxing, luta livre esportiva e karatê.

Dentre eles, boxe, judô, taekwondo, wrestling, esgrima e caratê são esportes
de combate olímpicos.

Existem diversas modalidades de lutas ao redor do mundo, cada uma com


suas características específicas, técnicas e filosofias. Além de proporcionarem
benefícios físicos, as artes marciais e outras formas de luta também têm muito
a oferecer em termos de desenvolvimento pessoal e mental.

Independentemente da modalidade escolhida, as lutas e artes marciais


oferecem oportunidades para o crescimento pessoal, o aprimoramento físico e
o desenvolvimento de habilidades mentais.

Além disso, muitos praticantes relatam melhorias na autoconfiança, na


capacidade de tomada de decisões sob pressão e no gerenciamento do
estresse. Esses benefícios transcendem o ambiente de treino e podem ser
aplicados em diversas áreas da vida cotidiana.
História

O Jiu-Jitsu brasileiro ou, lá fora, o Brazilian Jiu-Jitsu ou BJJ (grafado também


como jujitsu ou jujutsu) é uma arte marcial de raiz japonesa que se utiliza
essencialmente de golpes de alavancas, torções e pressões para levar um
oponente ao chão e dominá-lo. Literalmente, jū em japonês significa
“suavidade”, “brandura”, e jutsu, “arte”, “técnica”. Daí seu sinônimo literal, “arte
suave”.
Sua origem secular, como sucede com quase todas as artes marciais
ancestrais, não pode ser apontada com precisão. Estilos de luta parecidos
foram verificados em diversos povos, da Índia à China, nos séculos III e VIII. O
que se sabe é que seu ambiente de desenvolvimento e refinamento foram as
escolas de samurais, a casta guerreira do Japão feudal.

A finalidade de sua criação se deu pelo fato de que, no campo de batalha ou


durante qualquer enfrentamento, um samurai poderia acabar sem suas
espadas ou lanças, necessitando, então, de um método de defesa sem armas.
Como os golpes traumáticos não se mostravam suficientes nesse ambiente de
luta, já que os samurais vestiam armaduras, as quedas e torções começaram a
ganhar espaço pela sua eficiência. O Jiu-Jitsu, assim, nascia de sua
contraposição ao kenjitsu e outras artes ditas rígidas, em que os combatentes
portavam espadas ou outras armas.

A arte marcial ganhou novos rumos quando um célebre instrutor da escola


japonesa Kodokan decidiu ganhar o mundo e provar a eficiência de seus
estrangulamentos e chaves de braço contra oponentes de todos os tamanhos e
estilos: Mitsuyo Maeda, um filho de lutador de sumô nascido no povoado de
Funazawa, cidade de Hirosaki, Aomori, no Japão, em 18 de novembro de 1878,
e falecido em Belém do Pará a 28 de novembro de 1941.

Eterno defensor das técnicas de defesa pessoal do Jiu-Jitsu, Maeda embarcou


para os Estados Unidos em 1904, em companhia de outros professores da
escola de Jigoro Kano. À época, graças aos laços políticos e econômicos entre
Japão e EUA, as técnicas japonesas encontravam grandes e notórios
admiradores em solo americano. Em 1904, por exemplo, o presidente
Theodore Roosevelt tomara aulas com o japonês Yoshitsugu Yamashita.

Nos EUA, o ágil japonês começou a colecionar milhares de combates e


adversários tombados pelo caminho, em países como a Inglaterra, Bélgica e
Espanha, onde sua postura nobre fez nascer o apelido que o consagrou,
Conde Koma. De volta à América, o lutador fez diversas apresentações e
desafios em países como El Salvador, Costa Rica, Honduras, Panamá,
Colômbia, Equador, Peru, Chile e Argentina. Em julho de 1914, o valente
japonês de 1,64m e 68kg, segundo consta, desembarcaria no Brasil para fincar
raízes e mudar a história do esporte.

Maeda colecionaria histórias saborosas em terras brasileiras. Após rodar pelo


país, o faixa-preta de Jiu-Jitsu se estabeleceu em Belém do Pará. Certo dia,
encarou o desafio de um capoeirista conhecido como “Pé de Bola”, de cerca de
1,90m e quase cem quilos. Maeda não se fez de rogado e ainda deixou o
ousado rival portar uma faca na luta. O japonês desarmou-o, derrubou e
finalizou o brasileiro. Conde Koma, como se tornou tradição entre os
professores de Jiu-Jitsu, também lançava desafios para rivais famosos do
boxe. Foi o que fez com o afamado boxeador americano Jack Johnson, que
jamais aceitou a luta.

Foi Koma, ainda, que promoveu o primeiro campeonato de Jiu-Jitsu do país –


na verdade, um festival de lutas e desafios para promover o esporte
desconhecido.

Os pesquisadores Luiz Otávio Laydner e Fabio Quio Takao encontraram, na


Gazeta de Notícias, de 11 de março de 1915, as regras do evento marcado
para o teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro, então capital do país. Koma
anunciava as primeiras regras do nosso Jiu-Jitsu, um regulamento com dez leis
simples:

1. Todo lutador deverá se apresentar decentemente, com as unhas das mãos e


dos pés perfeitamente cortadas;
2. Deverá usar traje kimono, que o Conde Koma lhe facilitará;

3. Não é permitido morder, arranhar, pegar com a cabeça ou com o punho;

4. Quando se fizer uso do pé nunca se fará com a ponta e sim com a curva;

5. Não se considera vencido o que tenha as espáduas [costas] em terra ainda


que tenha caído primeiro;

6. O que se considera vencido o demonstrará dando três palmadas sobre o


acolchoado ou sobre o corpo do adversário;

7. O juiz considerará vencido o que por efeito da luta não se recorde que deve
dar três palmadas;

8. As lutas se dividirão em rounds ou encontros de cinco minutos por dois de


descanso. Tendo o juiz de campo que contar os minutos em voz alta para
maior compreensão do público;

9. Se os lutadores saírem do tapete, sem que nenhum deles tenha avisado, o


Sr. Juiz deve obrigá-los a colocar-se de novo no centro do acolchoado, em pé,
frente a frente;

10. Substituirão em suas obrigações ao sr. Juiz os srs. Jurados. Nem a


empresa nem o lutador que vencer é responsável pelo maior mal que possa
sobrevir ao vencido, se por tenacidade não quiser dar o sinal convencionado
para terminar a luta e declarar-se vencido.

Em 1917, um adolescente de nome Carlos Gracie (1902–1994) viu pela


primeira vez, em Belém, uma apresentação do japonês que era capaz de
dominar e finalizar os gigantes da região. Amigo de seu pai, Gastão Gracie,
Maeda concordou em ensinar ao garoto irrequieto a arte de se defender. Em
suas aulas, ensinava a Carlos e a outros brasileiros – como Luiz França, que
mais tarde seria mestre de Oswaldo Fadda – os conceitos de sua arte: em pé
ou no chão, a força do oponente deveria ser a arma para a vitória; para se
aproximar do adversário, o uso de chutes baixos e cotoveladas deveriam ser os
artifícios antes de levá-lo para o chão. Para evolução nos treinos, lançava mão
do randori, o treino à vera com um companheiro.
Aluno fiel, Carlos Gracie abraçou de vez o Jiu-Jitsu e, para lamento da mãe
que sonhava ver mais diplomatas na família célebre, passou a incutir nos
irmãos o amor pela arte. Um de oito irmãos (Oswaldo, Gastão Jr., George,
Helena, Helio, Mary e Ilka), Carlos abriu, em 1925, a primeira academia de Jiu-
Jitsu da família Gracie. Nos jornais, o anúncio era uma obra-prima do
marketing: “Se você quer ter um braço quebrado procure a academia Gracie”.

O grande mestre teria 21 filhos, sendo que 13 deles se tornariam faixas-pretas.


Cada membro da família passou, então, a fortalecer a arte e a acrescentar
mais um elo à corrente criada por grande mestre Carlos, fundador e guia do
clã, além do primeiro membro da família a se lançar numa luta sem regras, a
que chamou de “vale-tudo”. Foi em 1924, no Rio de Janeiro, quando Carlos
Gracie enfrentou o estivador Samuel, conhecido atleta da capoeira.
Helio Gracie tornou-se, rapidamente, o destaque entre os irmãos, pelas
inovações técnicas que promoveu como instrutor e pelo espírito indomável que
não combinava com o porte franzino. Em consonância com as táticas de Conde
Koma, os Gracie continuaram, no Rio de Janeiro, os desafios a capoeiristas,
estivadores e valentões de todas as origens e tamanhos. Se em pé tais
brutamontes botavam medo, no chão viravam presa fácil para os botes e
estrangulamentos que os capturavam como mágica.
As vitórias da família em lutas sem regras foram se acumulando e virando
lendas e manchetes nas primeiras páginas. Os alunos famosos também –
artistas, arquitetos, ministros de estado, prefeitos, governadores, cirurgiões e
doutores de todos os ofícios.
Além dos desafios, os campeonatos entre praticantes, com regras exclusivas
do Jiu-Jitsu, se fortaleciam, abastecidos por dezenas de academias diferentes.
Nos anos 1960, quando Carlson Gracie já pegara o bastão de seu tio Helio
como linha de frente do clã no vale-tudo, um passo importante foi dado para a
consolidação do Jiu-Jitsu esportivo. Em 1967, a Federação de Jiu-Jitsu da
Guanabara, no Rio de Janeiro, foi criada, sob autorização da Confederação
Nacional de Desportos do país. Entre as regras ainda primitivas, manobras
como queda, montada de frente com dois joelhos no chão e pegada pelas
costas rendiam um ponto ao competidor. A duração dos combates na categoria
adulta era de cinco minutos, com prorrogação de três. O Jiu-Jitsu ganhava
oficialmente tempo e pontuações.
O presidente da Federação era Helio Gracie, e o presidente do Conselho
Consultivo era Carlos. Seu primogênito, Carlson, era o diretor do departamento
técnico. O primeiro vice técnico era Oswaldo Fadda e o segundo, Orlando
Barradas – ambos professores de Jiu-Jitsu. João Alberto Barreto, notável aluno
dos Gracie, foi nomeado diretor do departamento de ensino, que tinha como
vice-diretor um irmão de Carlson, Robson Gracie – todos hoje grandes mestres
da arte.

Nos anos 1990, a arte teve um novo boom. Em duas frentes: criado por Rorion
Gracie em 1993, o Ultimate Fighting Championship deu o pontapé inicial (no
queixo) no esporte midiático conhecido hoje como MMA. A partir do ídolo
Royce Gracie, e com o suor derramado por irmãos e primos aparentemente
invencíveis como Rickson, Renzo, Ralph, Royler, Ryan, Carley e companhia, o
Jiu-Jitsu como arma de defesa pessoal estava consagrado.
Em outra frente, Carlos Gracie Jr. seguiu a obra do pai na organização dos
campeonatos e no fortalecimento da arte como esporte regulado. Estava
criada, assim, em 1994, a Federação Internacional de Jiu-Jitsu, assim como
a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu, filiada ao Comitê Olímpico Brasileiro,
que hoje promovem torneios para mais de 3 mil atletas de mais de 50 países,
como o Campeonato Mundial, realizado anualmente desde 1996.
Um século depois de Conde Koma desembarcar no Brasil, nosso Jiu-Jitsu hoje
pode ser praticado do Alasca à Mongólia, de Abu Dhabi ao Japão.

Faixas do jiu-jítsu
As cores das faixas são diferentes para atletas com até 15 anos e para atletas
a partir dos 16 anos.

Para atletas entre 4 e 15 anos, as cores das faixas são:

1.branca
2.cinza e branca
3.cinza
4.cinza e preta
5.amarela e branca
6.amarela
7.amarela e preta
8.laranja e branca
9.laranja
10. laranja e preta
11. verde e branca
12. verde
13. verde e preta

Quando completam 16 anos, os atletas que são faixas cinza, amarela e laranja
passam a ser faixa azul, enquanto os atletas que são faixa verde passam a ser
faixa azul ou roxa, conforme a decisão do professor.

Importante destacar que, no Brasil, até a faixa marrom, os graus são dados
conforme critério do professor. A partir da faixa preta é obrigatória a utilização
dos critérios da Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu.

Para atletas a partir dos 16 anos, as cores das faixas são:

1.branca
2.azul
3.roxa
4.marrom
5.preta
6.vermelha e preta
7.vermelha e branca
8.vermelha

Área de luta e uniforme no jiu-jítsu


O tamanho da área de luta do jiu-jítsu tem que ter, no mínimo, 64m 2. Desses
64m2, 36m2 correspondem à área de combate e os outros 28m2 devem ser
reservados ao redor da área de combate para uma área de segurança.

Quanto ao uniforme, o jiu-jítsu pode ser praticado com ou sem kimono.


O kimono deve ser feito de algodão ou tecido semelhante, desde que não seja
muito duro, para não limitar os movimentos durante a luta. Apenas as mulheres
podem usar camisa por baixo do kimono.

Os kimonos podem ser brancos, azuis ou pretos. As cores das faixas usadas
pelos atletas correspondem à sua graduação.

Quando não usam kimomos, os atletas usam camisa de tecido colado ao


corpo. Além disso, os homens usam bermudas, enquanto as mulheres usam
shorts, calça de tecido colado ao corpo ou bermuda.

Golpes

Alguns dos principais golpes do jiu-jitsu são:

 Montada: O atleta monta em cima do adversário, apoiando os joelhos e


pés no chão

 Mata-leão: Uma das finalizações mais famosas do jiu-jitsu, que consiste


em estrangular o oponente

 Arm-lock: O lutador coloca o braço do adversário entre as suas pernas,


segura o punho e faz uma alavanca com o quadril

 Chave de braço: O atleta imobiliza o oponente pelo braço

 Estrangulamento: O atleta imobiliza o adversário apertando o pescoço


com os braços ou pernas

 Guarda: Técnica que permite ao atleta defender-se de um ataque


enquanto está de costas no chão
Outras técnicas do jiu-jitsu incluem:

 Projeção ou quedas

 Pegada pelas costas

 Guilhotina

 Triângulo

 Joelho na barriga
 Fuga de quadril

 Kimura

Regras

As regras do Jiu-Jitsu são bem singulares. Antes de tudo, é essencialmente


importante dizer que nessa arte marcial as competições não permitem nenhum
golpe “tradicional”. Chutes, socos, cotoveladas, joelhadas e uma infinidade de
outros movimentos são plenamente restritos.

Fora isso, é crucial alertar que os praticantes somente lutam com adversários
que estão dentro da sua idade, faixa e peso.

Em algumas situações, o vencedor de uma categoria pode lutar com outros


atletas mais pesados para tentar se consagrar ainda mais, essas etapas são
reconhecidas como lutas “overall”.

Outras regras incluem:

 vitória direta por finalização ou contagem de pontos;


 toda luta deve ser realizada no tatame e com árbitro presente;
 atletas que utilizam golpes ilegais ou técnicas questionáveis podem
ser punidos também por pontuação, o que pode levar à
desclassificação;
 as pontuações seguem o seguinte padrão: 2 pontos por queda,
joelho na barriga e raspagem, 3 pontos por passagem de guarda e
4 pontos por montada e pegada nas costas.

Demais detalhes são passados de acordo com a federação e competição, isso


significa que essas regras gerais podem modificar de acordo com o
campeonato em questão. Por isso, é importante prestar atenção nas regras
antes de competir e tirar todas as dúvidas com seu mestre (professor) antes de
se inscrever.
Apesar disso, essas são as principais diretrizes dos combates, e na maioria
das vezes, esses são os principais pontos que os atletas devem se ater
durante as lutas.

Lembrando que, além disso, todos os lutadores devem manter as regras de


conduta que são aprendidas durante as aulas. Cumprimentar o adversário, ter
pontualidade, manter o quimono em ordem e uma série de outros
conhecimentos, mantidos no dia da competição.

No Jiu-Jitsu, uma vitória pode ser alcançada de várias maneiras, incluindo:


Finalização: Quando um competidor força o oponente a desistir, seja através
de uma chave de braço, estrangulamento ou outra técnica de submissão.
Pontuação: Quando um competidor acumula pontos através de controle,
domínio ou posição superior.
Desqualificação: Quando um competidor viola as regras de forma grave ou
recorrente, resultando em sua desqualificação.
História

Considerado uma das principais artes marciais japonesas, a origem do karatê


acontece no século XV no pequeno reino de Ryukyu, grupo de ilhas localizado
atualmente no sul do Japão e que formam a atual Província de Okinawa,
combinando influências chinesas e japonesas. O então reino independente
tinha conexões culturais e comerciais com a China. Por isso, muitas
delegações chinesas viajavam para Okinawa e, como parte do intercâmbio
cultural entre as duas nações, muitos mestres de artes marciais chineses
chegaram em Ryukyu e influenciaram as artes marciais locais.
No Século XVII, o clã do sul do Japão conquistou Okinawa e, por conta da
situação política do país na época, eles optaram por não se impor propriamente
sobre Okinawa, mas utilizá-la como uma rota para a China. Um mito bastante
famoso é que os samurais japoneses, quando conquistaram Okinawa, não
permitiam o uso de armas e, por conta disso, o karatê surgiu como uma
maneira de enfrentar os samurais sem armas, mas isto é só um mito. Havia
algumas restrições, mas elas não eram tão estritas como se conta. Além disso,
o domínio japonês em Okinawa não era direto, então os samurais não
costumavam estar presentes na ilha. Houve algumas rebeliões, mas não contra
os samurais
Esta foi a situação até meados do século XIX, quando o Japão decidiu se
reabrir para o Ocidente, na época que ficou conhecida como Era Meiji. Com
fortes sentimentos nacionalistas, o Japão anexou Okinawa e os habitantes
locais se dividiam entre ele a China. Em 1894, o Japão venceu a Guerra Sino-
Japonesa e os grupos pró-Japão se fortaleceram, intensificando o nacionalismo
japonês na província. Na época, a arte marcial era comumente conhecida só
como Te - “mãos” em tradução literal, que também simbolizava a ideia de
técnica -, mas também era encontrada a forma Kara-te (Mãos Chinesas). Por
conta da tensão entre os dois países na época, o nome se tornou impróprio e a
grafia foi substituída por um homófono que significa “Mãos Vazias”, forma como
se espalharia por todo o arquipélago.
Nas primeiras décadas do Século XX, muitos mestres de Okinawa começaram
a ir para as principais ilhas do Japão para disseminar o karatê e fazê-lo ser
incluído no Botoku Kai, organização que reconhecia as artes marciais de
origem japonesa. Nos anos 30, o karatê se juntou a estilos como o judô e o jiu-
jitsu e foi reconhecido oficialmente como arte originária do país
Durante sua expansão, o karatê se desenvolveria em diferentes estilos. A
Federação Brasileira de Karatê (FBK) reconhece cinco deles: Goju-Ryu,
Shotokan, Wado-Ryu, Shito-Ryu e Shorin-Ryu. Já a Federação Mundial de
Karatê (WKF) desconsidera o Shorin-Ryu e reconhece apenas os outros quatro
oficialmente. Entretanto, dezenas de subestilos e variações podem ser
encontrados ao redor do mundo hoje em dia.
[16:35, 2024 年 9 月 18 日 ] Tarsila: Quando o karatê se chamava apenas Te,
estava concentrado em três cidades de Okinawa: Naha, Shuri e Tomari.
Existiam o Naha-Te, o Shuri-Te e o Tomari-Te, já que cada lugar tinha seus
próprios mestres. Havia um intercâmbio entre os diferentes dojôs, mas cada
um tinha suas próprias técnicas de acordo com os estilos trazidos da China e o
físico e personalidade de cada mestre
- Quando chegou ao Japão, a ideia era disseminá-lo. Algumas técnicas foram
abandonadas porque não eram muito comerciais. Além disso, os mestres
começaram a ensinar karatê nas universidades, tendo que adaptar as aulas
para grupos maiores. Como os alunos só tinham três, quatro anos para
aprender na universidade, eles enfatizaram os chutes, socos e sparring,
deixando para trás técnicas de corpo-a-corpo como estrangulamentos, chaves
e quedas. Isto também foi uma forma de diferenciar o karatê dos outros estilos
japoneses, como o judô e o jiu-jitsu.
Quem exerce um papel importante neste processo é o fundador do estilo
Shotokan, Gichin Funakoshi, que é hoje reconhecido como Pai do Karatê
Moderno. A partir de suas aulas estruturadas com o uso de técnicas de longa
distância, jovens praticantes começaram a treinar para se enfrentar em
competições, o que se tornou o foco principal deste estilo. Outros estilos se
mantiveram mais relacionados com o karatê tradicional, focados na defesa
pessoal – tanto de civis quanto das forças policiais de Okinawa, que utilizavam
as técnicas para capturar e neutralizar criminosos com o mínimo de dano
possível.
Tipos e diferentes modalidades

1 – Goju-Ryu
Estilo retratado nas séries Karatê Kid e Cobra Kai, o Goju-Ryu combina força
(Go) e flexibilidade (Ju). Aqui, são comuns técnicas de bloqueio para conquistar
ataques rápidos e, consequentemente, mais potentes. Outro ponto
característico deste estilo, fundado pelo Mestre Chojum Miyagi, é a respiração
abdominal sonora (kokyu). O Goju-Ryu carrega até hoje a ideia do karatê mais
tradicional como uma jornada perpétua de treinos em busca da perfeição.

– A ideia de autodesenvolvimento contínuo era uma tendência geral nas artes


marciais japonesas no início do século XX, com grande foco na técnica. Esta
ideia foi trazida por Jigoro Kano, inventor do judô e que também integrava o
sistema educacional japonês. Funakoshi e outros mestres de karatê seguiram
esta ideologia. – descreve Yiftach: – A ideia é fazer sempre melhor,
aperfeiçoando seus movimentos e se superando a cada dia. Ao invés de
vencer outra pessoa em uma luta, o objetivo é vencer a si mesmo, tentando ser
melhor do que antes e nunca desistindo. Existe um grande valor nas
competições e em ser um atleta profissional, mas ao atingir certa idade isto
acaba. A parte mais legal das artes marciais tradicionais é que há sempre
coisas novas para aprender, focar e entender. É uma jornada que nunca
termina. Alguns caratecas, ao se aposentar das competições, decidem seguir
este lado e continuar treinando, mas com o foco no autodesenvolvimento e não
nas competições. O karatê te dá um leque de oportunidades e você pode fazer
os dois.
2 – Shotokan
Estilo mais comum no karatê competitivo, o Shotokan também é o mais
difundido no Brasil. Seu nome significa “Academia do Pinheiro”, em referência
a um pseudônimo do seu mestre-fundador. No Shotokan, as técnicas são
aplicadas de forma rápida e na longa distância, sendo muito efetivas para
surpreender os adversários em contra-ataques. Entre os grandes expoentes
deste estilo estão os nipo-brasileiros Yoshizo Machida, mestre do 8º Dan, e seu
filho Lyoto, carateca que se sagrou campeão no UFC.
: 3 – Wado-Ryu
Criado pelo Mestre Hironori Otsuka, o Wado-Ryu significa “Estilo do Caminho
da Paz”. Seu objetivo consiste em aplicar o mínimo de esforço necessário na
execução das técnicas, valendo-se de princípios físicos e fisiológicos. É bem
comum a presença de esquivas e bases mais altas, assim como algumas
nomenclaturas e movimentos próprios.
4 – Shito-Ryu
O Shito-Ryu combina técnicas da Naha-Te e da Shuri-Te, duas das três
principais escolas do karatê tradicional. Foi fundado pelo Mestre Kenwa
Mabuni, mas seu nome é o acrônimo em kanji (um dos três alfabetos que
compõem a língua japonesa) de Itosu e Higaona, dois de seus professores.
Sua característica mais marcante é a grande riqueza nas formas do kata.
5 – Shorin-Ryu
Fundado pelo Mestre Choshin Chibana, o Shorin-Ryu se baseia em preceitos
como respeito, fraternidade, harmonia, paciência, bom-senso, controle da
violência e disciplina. Além da prática física e técnica, seus treinamentos
incluem um preparo mental, espiritual, emocional e social, visando trabalhar
também a autoconfiança, controle do estresse, sensibilidade e segurança
pessoal.
Principais regras do karatê
O treinamento do karatê se divide em três partes: o kihon (fundamentos
básicos), o kata (demonstração individual de técnicas em uma sequência pré-
determinada) e o kumite (combate aplicando as técnicas aprendidas no kihon e
no kata). Para os Jogos Olímpicos, haverá competições de kata (sem
restrições por peso) e de kumite (em três categorias de peso diferentes).

Em uma competição de kata, os atletas podem performar qualquer um dos


praticados em um dos quatro estilos reconhecidos pela WKF, sem repetir o
mesmo kata ao longo do torneio. Em sistema de mata-mata, dois caratecas se
enfrentam e cinco juízes votam para decidir a melhor execução, baseando-se
em critérios como velocidade, simetria dos movimentos, uso adequado da
respiração, postura e utilização correta das técnicas.
Já no kumite, os competidores se enfrentam em um combate de três minutos.
O vencedor é quem acumular mais pontos durante o tempo regulamentar ou,
em caso de empate nos pontos, quem marcar primeiro em um sistema de
morte súbita (senshu). Também é possível que um lutador vença antes dos três
minutos previstos caso abra oito pontos de vantagem sobre o adversário ou em
caso de desqualificação do outro competidor, devido a uma falta grave ou pelo
acúmulo de faltas leves.
Yuko (1 ponto)
Soco atingindo o tronco do oponente
Soco atingindo o rosto do oponente
Waza-ari (2 pontos)
Chute atingindo o tronco do oponente
Ippon (3 pontos)
Chute atingindo a cabeça do oponente
Qualquer soco aplicado a um oponente após derruba-lo com uma rasteira ou
outro golpe
Faltas que são passíveis de punições:
Falta de combatividade;
Utilização de técnicas proibidas, como cabeçadas, cotoveladas ou joelhadas;
Golpes de mão aberta contra o rosto do oponente;
Chaves de braço ou estrangulamentos;
Técnicas de luta agarrada, como clinchar ou agarrar o kimono do oponente,
sem a intenção de aplicar uma queda ou pontuar;
Qualquer outro movimento que possa colocar em risco a integridade física do
adversário, inclusive o uso de força excessiva;
Golpes em zonas proibidas do corpo do oponente: braços, pernas, juntas e
peito do pé;
Atitudes antidesportivas;
Provocar o adversário;
Simular ou exagerar uma lesão;
Não obedecer aos comandos do árbitro.
Regras

Yuko (1 ponto)
Soco atingindo o tronco do oponente
Soco atingindo o rosto do oponente
Waza-ari (2 pontos)
Chute atingindo o tronco do oponente
Ippon (3 pontos)
Chute atingindo a cabeça do oponente
Qualquer soco aplicado a um oponente após derruba-lo com uma rasteira ou
outro golpe
Faltas que são passíveis de punições:
Falta de combatividade;
Utilização de técnicas proibidas, como cabeçadas, cotoveladas ou joelhadas;
Golpes de mão aberta contra o rosto do oponente;
Chaves de braço ou estrangulamentos;
Técnicas de luta agarrada, como clinchar ou agarrar o kimono do oponente,
sem a intenção de aplicar uma queda ou pontuar;
Qualquer outro movimento que possa colocar em risco a integridade física do
adversário, inclusive o uso de força excessiva;
Golpes em zonas proibidas do corpo do oponente: braços, pernas, juntas e
peito do pé;
Atitudes antidesportivas;
Provocar o adversário;
Simular ou exagerar uma lesão;
Não obedecer aos comandos do árbitro.

História

O Muay Thai, também conhecido como "a arte das oito armas", é uma arte
marcial originária da Tailândia que utiliza uma combinação única de punhos,
cotovelos, joelhos e canelas em combate. Suas raízes remontam a mais de mil
anos, e sua evolução está profundamente ligada à história e à cultura do povo
tailandês.

Origens Antigas

A origem do Muay Thai é frequentemente atribuída ao Reino de Sukhothai


(século XIII), o primeiro estado unificado da Tailândia, onde as técnicas de
combate corpo a corpo começaram a ser desenvolvidas como uma forma
essencial de defesa para guerreiros e civis. Durante esse período, o combate
desarmado era uma habilidade vital, especialmente em tempos de guerra. As
lutas com armas muitas vezes evoluíam para confrontos corpo a corpo, onde o
Muay Thai se destacava como uma ferramenta de sobrevivência.

Além de ser uma técnica militar, o Muay Thai também foi moldado pelas
necessidades da população. Em tempos de paz, tornou-se uma forma de
treinamento físico, entretenimento e, acima de tudo, um símbolo de disciplina e
autocontrole. Nas aldeias tailandesas, as competições de Muay Thai eram
comuns, frequentemente realizadas em festivais e cerimônias religiosas. A arte
marcial, portanto, não apenas defendia a nação, mas também unia as
comunidades e fortalecia o espírito cultural.

O Período de Ayutthaya e o Herói Nai Khanom Tom


Durante o Reino de Ayutthaya (séculos XIV a XVIII), o Muay Thai se consolidou
como um esporte nacional. A corte real promovia competições de Muay Thai
como forma de entretenimento e seleção de guerreiros. Era comum que jovens
guerreiros demonstrassem suas habilidades diante do rei e da nobreza, e os
lutadores mais habilidosos ganhavam respeito e notoriedade.

Um dos maiores heróis dessa época foi Nai Khanom Tom, um guerreiro
tailandês que, em 1774, foi capturado por forças birmanesas após a invasão de
Ayutthaya. Reza a lenda que ele foi desafiado a lutar contra nove adversários
birmaneses em um festival, derrotando todos eles consecutivamente. Essa
vitória heroica lhe garantiu a liberdade e elevou ainda mais o prestígio do Muay
Thai. Até os dias de hoje, Nai Khanom Tom é considerado um ícone do Muay
Thai, e sua bravura é celebrada em festivais anuais na Tailândia.

A Modernização do Muay Thai

Com o passar dos séculos, o Muay Thai passou por diversas transformações.
Durante o início do século XX, especialmente sob o reinado do Rei Rama V, a
prática começou a ser formalmente estruturada como um esporte com regras
claras. Antes disso, os lutadores envolviam as mãos com faixas de algodão,
conhecidas como "kard chuek", em vez de luvas, e as lutas não tinham limite
de tempo, terminando apenas quando um dos lutadores fosse derrotado.

Com a modernização, inspirada pelo boxe ocidental, foram introduzidas luvas,


divisões por categorias de peso e limites de tempo. O primeiro ringue de Muay
Thai, semelhante aos usados no boxe, foi construído em 1921 no Estádio de
Suan Kularb. Esse período também viu o surgimento dos árbitros para
supervisionar as lutas e garantir a segurança dos competidores. Essas
mudanças ajudaram a popularizar o Muay Thai, tornando-o mais seguro e
acessível para novos praticantes e transformando-o em um esporte nacional e
internacional.

Aspectos Culturais e Espirituais

Embora o Muay Thai seja uma arte marcial e um esporte, ele também carrega
profundos elementos culturais e espirituais. Tradicionalmente, antes de cada
luta, os praticantes realizam uma dança ritual chamada "Wai Kru Ram Muay",
uma forma de demonstrar respeito aos professores, aos ancestrais e aos
deuses. Esse ritual é uma parte integral da cultura do Muay Thai e reflete a
importância de valores como gratidão, humildade e respeito na vida do lutador.
Além disso, muitos lutadores usam amuletos de proteção, conhecidos como
"Mongkon" (usados na cabeça) e "Pra Jiad" (usados nos braços), que são
abençoados por monges budistas para proteger o lutador durante a batalha.
Esses símbolos refletem a conexão espiritual que os praticantes têm com a
arte, mostrando que o Muay Thai vai além do físico, envolvendo também
aspectos mentais e espirituais.

O Muay Thai no Século XX e XXI

Ao longo do século XX, o Muay Thai começou a se expandir além das


fronteiras da Tailândia, ganhando popularidade no Ocidente. Nas décadas de
1970 e 1980, com o surgimento de torneios internacionais e a inclusão do
Muay Thai em eventos de artes marciais mistas (MMA), a arte marcial começou
a atrair a atenção global. Hoje, academias de Muay Thai estão presentes em
vários países, e praticantes de todo o mundo viajam à Tailândia para treinar
nas academias tradicionais, conhecidas como "camps".

Com o crescimento da popularidade do Muay Thai, surgiram várias


organizações reguladoras que promovem competições internacionais, como o
Conselho Mundial de Muay Thai (WMC) e a Federação Internacional de Muay
Thai Amador (IFMA). Além de ser um esporte de combate, o Muay Thai é
agora praticado também como uma forma de condicionamento físico e defesa
pessoal, atraindo homens e mulheres de todas as idades.
Regras e Funcionamento do Muay Thai

O Muay Thai, também conhecido como "a arte das oito armas", é uma das
artes marciais mais completas do mundo, permitindo o uso de punhos,
cotovelos, joelhos e canelas como armas naturais. O esporte é amplamente
praticado tanto de forma competitiva quanto recreativa, e suas regras foram
estabelecidas para garantir a segurança dos lutadores e a integridade das
competições.

Estrutura da Luta

As lutas de Muay Thai geralmente ocorrem em um ringue, semelhante ao


utilizado no boxe, com dimensões variando entre 6x6 metros e 7x7 metros. As
competições podem ser amadoras ou profissionais, e as regras podem variar
ligeiramente de acordo com a organização ou o país em que a luta está sendo
realizada. No entanto, o formato básico é amplamente padronizado.

Cada luta é dividida em rounds, que, no nível profissional, são geralmente


cinco rounds de três minutos cada, com intervalos de dois minutos entre os
rounds. Para lutas amadoras, os rounds podem ser mais curtos, com duração
de dois minutos, e o número de rounds pode variar entre três e cinco.

Movimentos Permitidos

O Muay Thai se destaca por permitir o uso de várias partes do corpo para
atacar o oponente, o que dá ao lutador uma gama mais ampla de movimentos
em comparação a outros esportes de combate. As técnicas permitidas incluem:
- Socos: Os socos são semelhantes aos utilizados no boxe, com golpes como
jab, direto, gancho e uppercut.
- Chutes: Os chutes no Muay Thai são aplicados com a canela, que é uma das
armas mais poderosas do lutador. Os chutes mais comuns são o chute circular
(roundhouse kick), chute frontal (teep) e chute baixo (low kick).
- Joelhadas: As joelhadas podem ser aplicadas no corpo, na cabeça ou nas
pernas do oponente. O Muay Thai permite o uso de joelhadas em situações de
combate corpo a corpo (clinch), onde os lutadores estão próximos um do outro.
- Cotoveladas: As cotoveladas são golpes contundentes e perigosos, podendo
causar cortes e até nocautes. Elas podem ser aplicadas em várias direções –
de cima para baixo, laterais ou ascendentes.
- Clinch: No Muay Thai, o clinch é uma posição de luta onde os dois oponentes
estão agarrados, geralmente pela cabeça ou pelo pescoço, tentando controlar
e atacar com joelhadas ou cotoveladas.

Proibições e Penalidades

Embora o Muay Thai permita uma grande variedade de golpes, há restrições


para proteger a integridade física dos lutadores. Entre as principais proibições
estão:

- Golpes na nuca ou coluna vertebral: Estes são considerados perigosos e, por


isso, não são permitidos.
- Atacar um oponente caído: Assim que um lutador cai, o adversário não pode
continuar atacando. Ele deve esperar que o árbitro inicie uma contagem ou que
o lutador se levante.
- Golpes baixos: Chutes ou joelhadas abaixo da cintura são proibidos, a menos
que seja um chute na parte externa da coxa (low kick).
- Atirar o oponente ao chão: O Muay Thai permite variações limitadas de
quedas e desequilíbrios dentro do clinch, mas técnicas de queda complexas,
como as usadas no judô, não são permitidas.

Os lutadores que violarem essas regras podem ser penalizados com


advertências ou perda de pontos. Em casos mais graves, o árbitro pode
desqualificar o lutador.
Pontuação

As lutas de Muay Thai podem ser vencidas de várias maneiras: por nocaute,
nocaute técnico (quando o lutador não pode continuar), ou por decisão dos
juízes ao final dos rounds. No caso de decisão por pontos, os juízes avaliam os
lutadores com base em critérios específicos, como:

- Eficiência dos golpes: Golpes claros e bem aplicados, que mostram domínio
técnico e causam impacto no oponente, recebem mais pontos.
- Domínio no clinch: Um lutador que consegue controlar o clinch e aplicar
joelhadas ou cotoveladas eficazes também é valorizado pelos juízes.
- Equilíbrio e postura: Os juízes também consideram o equilíbrio e a postura do
lutador durante o combate. Um lutador que é constantemente desequilibrado
ou que perde a postura ao aplicar golpes tende a perder pontos.
- Agilidade e defesa: A habilidade de esquivar-se, bloquear golpes e contra-
atacar é recompensada pelos juízes.

A pontuação no Muay Thai é geralmente concedida em uma escala de 10


pontos por round. O vencedor do round recebe 10 pontos, enquanto o perdedor
recebe 9 ou menos, dependendo do desempenho. Golpes que causem
knockdowns (quando o lutador é derrubado) podem resultar em perda adicional
de pontos.

Equipamentos

Em lutas regulamentadas de Muay Thai, tanto os lutadores amadores quanto


os profissionais devem usar equipamentos específicos para proteger sua
integridade física:

- Luvas: As luvas usadas em competições variam de 8 a 10 onças (oz),


dependendo da categoria de peso. Elas são usadas para proteger tanto o
lutador quanto o oponente de lesões graves durante os socos.
- Protetores de canela: No nível amador, os lutadores geralmente usam
protetores de canela para evitar contusões sérias durante os chutes, mas no
nível profissional, eles não são usados.
- Protetor bucal: O uso de protetor bucal é obrigatório para proteger os dentes e
minimizar o risco de concussões.
- Protetor genital: Tanto os homens quanto as mulheres usam protetores
genitais para evitar ferimentos graves em caso de golpes acidentais abaixo da
cintura.
- Mongkon e Pra Jiad: Embora não sejam equipamentos de proteção, o
Mongkon (um amuleto usado na cabeça) e o Pra Jiad (faixas amarradas nos
braços) são parte importante da tradição do Muay Thai e são usados para
trazer sorte e proteção espiritual ao lutador.

Conclusão

O Jiu-Jitsu, o Karatê e o Muay Thai são artes marciais distintas, cada uma com
suas particularidades, filosofias e abordagens técnicas. No entanto, todas
compartilham princípios fundamentais como disciplina, autocontrole e respeito,
sendo não apenas formas de combate, mas também ferramentas para o
desenvolvimento físico, mental e espiritual.

O Jiu-Jitsu, com ênfase em alavancas e técnicas de imobilização, ensina que a


técnica pode superar a força bruta, sendo uma arte que privilegia o combate no
chão. Essa filosofia é particularmente valiosa para praticantes que buscam uma
maneira eficiente de se defender contra adversários fisicamente superiores. O
Jiu-Jitsu também oferece benefícios na construção da paciência, estratégia e
controle emocional.

O Karatê, por sua vez, é uma arte marcial que combina técnicas de golpes com
os punhos e pés, focando na precisão, na velocidade e na força dos ataques. O
Karatê promove a ideia de que a defesa é a melhor forma de ataque,
ensinando aos praticantes a neutralizar a agressão com movimentos rápidos e
decisivos. Além disso, é uma prática que enfatiza o desenvolvimento da
moralidade, do respeito e do caráter, tornando-se um caminho de
autossuperação e equilíbrio mental.

Por fim, o Muay Thai, também conhecido como "a arte das oito armas", permite
o uso de punhos, cotovelos, joelhos e canelas, tornando-se uma das formas de
combate mais completas e eficazes. Com uma abordagem altamente física, o
Muay Thai desenvolve resistência, força e agilidade, além de incutir nos
praticantes disciplina e foco mental. Seu legado cultural também o torna um
símbolo da identidade tailandesa, carregando consigo tradições e rituais que
enriquecem a experiência do lutador.

Em suma, embora o Jiu-Jitsu, o Karatê e o Muay Thai possuam diferenças


significativas em suas abordagens técnicas e filosóficas, todas essas artes
marciais promovem o crescimento pessoal e o desenvolvimento de habilidades
valiosas que vão além do combate. Elas ensinam que, mais do que lutar, o
verdadeiro desafio é dominar a si mesmo, cultivar o respeito pelo próximo e
buscar continuamente o aprimoramento físico e mental.

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