Trabalho Ev127 MD1 Sa13 Id3140 11082019212442
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RESUMO
O Ensino de função exponencial grau é parte integrante do saber Matemático e como tal possui muitas
aplicações dentro da matemática (Cálculo, Geometria Analítica, etc.,) assim como fora dela, como por
exemplo (Desenvolvimento de Vírus – Biologia, etc.,). O presente trabalho tem por objetivo analisar
descritivamente as vinte e quatro atividades de função do exponencial em um livro didático do
primeiro ano do Ensino Médio, levando em consideração a teoria de registro de representações
semióticas de Duval, e verificar o tipo de problemas que as caracterizam (aberto ou fechado), o tipo de
tratamento predominante (algébrico, gráfico ou numérico), as conexões com outras áreas de ensino e
finalmente as conversões e tratamentos presentes em cada questão. A amostra foi intencional tendo em
vista que analisamos todas as questões que envolvem função do segundo grau no livro do primeiro ano
do Ensino Médio recomendado pelo PNLD 2016/2017/2018. A Metodologia utilizada foi qualitativa
com estudo descritivo. Os resultados mostram uma predominância de problemas fechados e da
conversão da linguagem algébrica para o numérico.
INTRODUÇÃO
1
Doutoranda do Curso Engenharia Elétrica e Computação da Universidade Estadial de Campinas - SP,
[email protected];
2
Mestre pelo Curso de Educação Matemática da Universidad Católica Nuestra Señora de la Asunción - AR,
[email protected];
3
Doutor pelo de Curso Engenharia Elétrica e Computação da Universidade Estadial de Campinas - SP,
[email protected];
4
Doutor pelo de Curso Engenharia Elétrica e Computação da Universidade Estadial de Campinas - SP,
[email protected];
Segundo Messias (2006) ‘‘Quando se aborda o conceito de função em matemática,
muitos professores da área de exatas tratam o assunto de forma muito simplista, pois
consideram o tópico de seu programa escolar como uma troca de variáveis entre x e y”. Dessa
forma, tais professores não utilizam os livros que abordam o assunto de maneira eficaz para
que o aluno obtenha êxito em aprender a matéria, já que os próprios educadores não oferecem
a devida atenção ao conteúdo função.
Considerando que muitas práticas pedagógicas, hoje, são organizadas tendo como
recurso exclusivo o livro didático (BRASIL, 1998), desenvolvemos a pesquisa deste trabalho,
enfocando a análise de questões de função exponencial. Para tanto optamos em analisar o
livro didático utilizado por professores das escolas públicas da Educação Básica, investigando
como são propostas as atividades referentes ao conceito de função exponencial.
A análise do livro didático selecionado para a pesquisa foi guiada seguindo o modelo
da pesquisa de Maggio e Soares (2009), obedecendo os seguintes critérios: a) classificação
das atividades em problemas abertos e problemas fechados; b) articulações entre os campos
da Matemática e/ou conexões da Matemática com outras áreas do conhecimento e com
situações do cotidiano; c) tratamento explorado e a forma; d) conversões exploradas e
enfatizadas;
Dessa forma este trabalho tem como objetivo analisar descritivamente as vinte e
quatro atividades de função exponencial em um livro didático do primeiro ano do ensino
médio recomendado pelo PNLD e dessa forma verificar qual a melhor maneira que o docente
pode utilizar esse livro didático em sala de aula, de modo que os alunos tenham uma
aprendizagem significativa sobre o assunto.
METODOLOGIA
O termo semiótica tem origem grega semeion, que quer dizer signo, ou seja, semiótica
é a ciência dos signos. Um dos principais pesquisadores desta área e que serviu de apoio
teórico nessa pesquisa foi Raymond Duval. Autor de várias pesquisas, ele trata do
funcionamento cognitivo, implicando, sobretudo na atividade matemática e nos problemas de
aprendizagem.
Para Duval (2003), os objetos trabalhados nas aulas de matemática são abstratos, ou
seja, não estão diretamente acessíveis à percepção com o auxílio de instrumentos como
microscópios e telescópio. Sendo necessário para sua apropriação, uma forma de
representação, portanto, dizemos que no ensino da matemática, todo comunicação é baseada
em representações, e apenas através destas é que os conceitos matemáticos serão apropriados
pelos alunos, ou seja, estas são essenciais para as atividades cognitivas do pensamento.
Dessa maneira, iremos fazer uma análise descritiva de vinte e quatro questões sobre
função exponencial grau em um livro didático do Ensino Médio aprovado no PNLD e
classifica-las de acordo com a Teoria da Representação Semiótica.
DESENVOLVIMENTO
Seguindo a linha de pensamento do último autor citado, este apresenta o livro didático
como a principal e única fonte do conhecimento em sala de aula. Em vista dos fatos
mencionados acima, decidimos analisar o livro didático para uma melhor compreensão e
consideração das questões presentes no mesmo.
No que tange as conexões da Matemática com outras ciências, o livro analisado deixa
a desejar, pois apenas cinco das 24 atividades (que representam 21% do total) que necessitam
da utilização da função exponencial, abrangem ligações com outras áreas, tais como: a
Educação Física, Geografia e a Biologia, sendo que duas dessas conexões são com a
Geografia, uma com a Educação Física e por fim duas com a Biologia. Como podemos
exemplificar na figura 4.
O último tratamento analisado nas questões são os gráficos. Estes somam apenas três
do total de vinte e quatro questões simulando 12% destas. De acordo com os PCN’S (1999),
um dos alvos da Matemática é proporcionar ao estudante uma aprendizagem autêntica e
significativa da leitura, interpretação e construção de gráficos, uma vez que a sociedade atual
exige constantemente. Podemos visualizar um exemplo desse tipo de questão na Figura 8
abaixo.
Figura 8 :Tratamento Gráfico.
Fonte: CHAVANTE, 2016.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
3 1 3 1
1 13 1 1
De acordo, com o modelo de pesquisa utilizado por Maggio e Soares (2009), tendo
como base os critérios de análise já mencionados, a análise do livro didático permitiu a
constatação que o autor se preocupa com a objetividade dos conhecimentos matemáticos,
tendo em vista que, aborda 70% das 24 atividades analisadas como ‘‘problemas fechados’’.
Além disso, o autor busca envolver o aluno com questões sobre conexões internas a
própria matemática, porém, deixa uma lacuna nas situações do cotidiano e conexão entre a
matemática com outras áreas do conhecimento, destinando apenas 22% das 24 atividades para
esse critério.
Assim, considerando que a maioria dos professores tem como base, principalmente, os
livros didáticos para planejar e conduzir suas aulas observamos que o livro analisado, ajudará
nas dificuldades em trabalhar com situações objetivas, contudo o professor precisa estar
atento para os registos gráficos, uma vez que estes foram pouco explorados pelo autor, tendo
em vista, que o livro irá refletir no ensino da matemática na sala de aula.
REFERÊNCIAS
BARROS, Aidil Jesus da Silveira & LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos
da Metodologia Científica. 3º Ed. Editora: Makron. 2007.
MAGGIO, Pedroso Deise & SOARES, Maria Arlita da Silveira. Registros de Representação
Semiótica e Função Afim: Análise de Livros Didáticos de Matemática do Ensino Médio.
In: Encontro Gaúcho De Educação Matemática, 10. (X EGEM). Ijui – RS. 2009.