Memorial Descritivo - IHS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS –


UFAL CAMPUS SERTÃO
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

EVERALDO VENTURA
JÔNATAS EDUARDO GOMES DE LIMA
LARISSA MAIA FALCÃO
LUIZ ANTÔNIO TORRES DE CARVALHO

MEMORIAL DESCRITIVO: PROJETO DE ÁGUAS PLUVIAIS

DELMIRO GOUVEIA – AL
2024
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EVERALDO VENTURA
JÔNATAS EDUARDO GOMES DE LIMA
LARISSA MAIA FALCÃO
LUIZ ANTÔNIO TORRES DE CARVALHO

MEMORIAL DESCRITIVO PROJETO HIDROSSANITÁRIO

Projeto da disciplina de Instalações


Hidráulicas e Sanitárias realizado como
parte dos requisitos para obtenção de
nota no Curso de Engenharia Civil pela
Universidade Federal de Alagoas –
Campus do Sertão.
Prof. Dr.: Odair Moraes Barbosa.

DELMIRO GOUVEIA – AL
2024
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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO................................................................................................................ 4

2 NORMAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIA ....................................................................... 4

3 DESCRIÇÃO DO PROJETO ............................................................................................. 4

3.1 Descrição – águas pluviais ........................................................................................... 4

3.2 Vazão do projeto........................................................................................................... 4

Figura 01: Áreas de contribuição telhado/platibanda ............................................ 5

Tabela 01: Áreas de contribuição telhado/platibanda ............................................ 5

Tabela 02: Vazões de projeto ................................................................................. 7

3.3 Coberturas e Calhas .................................................................................................... 7

Tabela 03: Áreas de contribuição para cada calha ................................................. 7

Figura 02: Coeficientes multiplicativos da vazão de projeto ................................ 7

Figura 03: Capacidades de calhas semicirculares com coeficientes de rugosidade


n=0,011 (Vazão em L/min) ................................................................................................. 8

Tabela 04: Diâmetros das calhas ............................................................................ 8

3.4 Condutores verticais .................................................................................................... 8

Figura 04: Ábacos para a determinação de diâmetros de condutores verticais ..... 9

Tabela 05: Diâmetros dos condutores verticais ..................................................... 9

3.5 Condutores horizontais ............................................................................................. 10

Tabela 06: Diâmetros dos condutores verticais.................................................... 10

3.6 Caixa de areia ............................................................................................................. 10


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1 APRESENTAÇÃO

O presente memorial descritivo refere-se ao Projeto Hidrossanitário que contempla os


detalhamentos das instalações do sistema de águas pluviais, de um Prédio residência
multifamiliar, situado na Rua Avenida Getúlio Vagas.
A edificação é uma residência multifamiliar, atendida por serviço de saneamento de rede
coletora de esgoto e água potável. O imóvel é composto por cinco pavimentos, um subsolo
destinado a garagem e 4 pavimentos, totalizando 32 apartamentos, dois reservatórios superiores
e um reservatório inferior. A população contribuinte estimada é de 160 habitantes, com consumo
diário estimado de 33.400 litros de água.

2 NORMAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIA

NBR 10844/1989 – Instalações Prediais de Águas Pluviais

3 DESCRIÇÃO DO PROJETO

Projeto arquitetônico elaborado pelas arquitetas Ana Patrícia de Alcântara e Silva


Ribeiro. A realização do projeto hidrossanitário foi iniciada com a concepção e
dimensionamento da parte de instalação do sistema de água pluviais.

3.1 Descrição – águas pluviais

A captação das águas pluviais será realizada por meio de calhas instaladas entre os
telhados de fibrocimento, situados na cobertura. A água será conduzida através de tubos de
PVC, dispostos vertical e horizontalmente, que foram previamente dimensionados. Esses tubos
horizontais estarão conectados a caixas de areia no térreo, projetadas para recolher detritos por
deposição dos materiais. Após esse processo, as águas pluviais serão direcionadas por tubos de
PVC com diâmetro de Ø 200 mm para a rede pública de coleta, sempre seguindo o sentido da
menor cota, conforme a declividade do terreno.

3.2 Vazão do projeto

Para dimensionar a vazão de projeto, é necessário descrever as áreas de contribuição.


Devido à similaridade no projeto arquitetônico, este memorial técnico apresentará os cálculos
apenas para as áreas de 01 a 10, que serão replicados para os demais blocos, conforme
esquematizado na Figura 01.
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Figura 01: Áreas de contribuição telhado/platibanda.

Fonte: Autores, 2024.

Assim, considerando as especificidades do projeto na planta de cobertura, como o


modelo de telha adotado (telha de fibrocimento), a cobertura com platibandas de mesma altura,
e os espaços destinados à iluminação natural, apresentamos a seguir as descrições das áreas na
Tabela 01:

Tabela 01: Áreas de contribuição telhado/platibanda.


ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO
ÁREA (m²) A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10
TELHADO 31,16 6,24 6,24 31,16 27,60 10,03 24,59 2,60 9,15 9,15
PLATIBANDA 1,49 0,31 0,31 1,49 2,19 0,21 0,56 0,77 1,71 1,71
TOTAL 32,64 6,55 6,55 32,64 29,79 10,24 25,16 3,36 10,86 10,86

Fonte: Autores, 2024.

Vale salientar que as fórmulas utilizadas para a obtenção das áreas acima citadas foram
obtidas segundo a norma NBR 10844/89 e obedecendo os seguintes critérios:
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➢ Telhados com uma inclinação;


𝐴 = (𝑎 + ) ∙ 𝑏
2

➢ Platibanda única – superfície plana vertical;

𝑎∙𝑏
𝐴 =
2

➢ Platibanda dupla perpendiculares e adjacentes;

√(𝐴1 )2 + (𝐴2 )2
𝐴=
2

Seguindo as orientações previstas em norma, a determinação da intensidade


pluviométrica “I”, para fins de projeto, deve ser feita a partir da fixação de valores adequados
para a duração de precipitação e o período de retorno. Na ausência de dados sobre a intensidade
pluviométrica da região, adotamos conforme item 5.1.4 da mesma norma, o valor de I = 150
mm/h, com um período de retorno de T = 5 anos.

Desta forma, com base no esquema apresentado na Figura 01, as vazões de projeto foram
calculadas tendo em vista a calha específica para onde o volume deve ser drenado, pela fórmula:

𝐼∙𝐴
𝑄=
60

Onde:

Q = Vazão de projeto, em L/min

I = intensidade pluviométrica, em mm/h

A = área de contribuição, em m²

Na Tabela 02, mostra os resultados das vazões.


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Tabela 02: Vazões de projeto.


VAZÕES DE PROJETO
- I (mm/h) A (m²) Q (L/min) Qf (L/min)
Calha 1 150 146,85 367,12 403,83
Calha 2 150 21,73 54,31 59,74
Calha 3 150 146,85 367,12 403,83
Calha 4 150 146,85 367,12 403,83
Calha 5 150 21,73 54,31 59,74
Calha 6 150 146,85 367,12 403,83
Fonte: Autores, 2024

3.3 Coberturas e Calhas

Conforme mencionado anteriormente, devido à simetria do projeto arquitetônico, foi


possível dimensionar as vazões de projeto e, consequentemente, as calhas, conforme
apresentado na Figura 01, bem como as áreas de contribuição descritas na Tabela 01. Dessa
forma, as calhas 3, 4 e 6 são simétricas à calha 1, enquanto a calha 5 é simétrica à calha 2,
conforme ilustrado na Tabela 03 a seguir:

Tabela 03: Áreas de contribuição para cada calha.


ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO PARA AS CALHAS
CALHA 1, 3, 4 e 6 CALHA 2 e 5
SOMATÓRIO A1 -> A8 A9 + A10
146,85 21,73
Fonte: Autores, 2024

Com intuito de dimensionar cada trecho de acordo com as características do telhado, foi
utilizado o coeficiente de multiplicativo da vazão de projeto, presentes na Figura 02, tendo em
vista algumas curvas à 90° presentes em especial nas calhas 1, 3, 4 e 6.

Figura 02: Coeficientes multiplicativos da vazão de projeto.

Fonte: NBR 10844/1989


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Foram definidos o uso de calhas semicirculares onde a seu diâmetro foi estabelecido
através da Figura 03 de acordo com a NBR 10844/89; usando coeficiente de rugosidade n =
0,011 para alguns valores de declividade, utilizando como referência a vazão (Q) apresentada
na Tabela 02:

Figura 03: Capacidades de calhas semicirculares com coeficientes de rugosidade n=0,011 (Vazão em
L/min).

Fonte: NBR 10844/1989

Desta forma, considerando as vazões mensuradas e a declividade constante de 0,5%,


obtivemos os valores dos diâmetros das calhas a seguir, como representado na Tabela 04.

Tabela 04: Diâmetros das calhas


DIMENSIONAMENTO DAS CALHAS
- Diâmetro (mm) Declividade (%) H (mm)
Calha 1 150 0,5 75
Calha 2 100 0,5 50
Calha 3 150 0,5 75
Calha 4 150 0,5 75
Calha 5 100 0,5 50
Calha 6 150 0,5 75
Fonte: Autores, 2024.

3.4 Condutores verticais

Para o dimensionamento dos condutores verticais, foram considerados o somatório das


vazões de contribuição em cada calha, a altura da edificação/tubulação vertical necessária e o
tipo de saída da calha, que foi definida como do tipo funil. Utilizando o ábaco “b”, disponível
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na norma mencionada, realizamos o cruzamento dessas informações para determinar o diâmetro


adequado dos condutores.

Figura 04: Ábacos para a determinação de diâmetros de condutores verticais.

Fonte: NBR 10844/1989

Considerando a maior das vazões presentes na Tabela 02, bem como as alturas das
tubulações, observamos que não há o cruzamento dos dados em uma única dimensão. Diante
disso, a norma estabelece que se deve adotar o diâmetro mínimo de 70 mm, entretanto, optou-
se por adotar o diâmetro de 75 mm, encontrado mais facilmente no mercado.

Tabela 05: Diâmetros dos condutores verticais


CONDUTORES VERTICAIS
- Q (L/min) L (m) DADOT. (mm)
CV1 403,83 14,18 75
CV2 403,83 14,18 75
CV3 59,74 14,18 75
CV4 59,74 14,18 75
CV5 403,83 14,18 75
CV6 403,83 14,18 75
Fonte: Autores, 2024.
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3.5 Condutores horizontais

O dimensionamento dos condutores horizontais de seção circular deve ser feito para
escoamento com lâmina de altura igual a 2/3 do diâmetro interno (D) do tubo. As vazões são
obtidas pelo somatório de cada calha de contribuição onde em virtude da própria topografia do
terreno, foi adotada uma inclinação de 1%. Os condutores horizontais foram enumerados de
CH1 a CH10 e suas disposições podem ser observadas na planta em anexo. A Tabela 06 a seguir
foi dimensionada tendo como base de cálculo a Figura 02 da NBR 10844/89.

Tabela 06: Diâmetros dos condutores verticais


CONDUTORES HORIZONTAIS
- Q (L/min) i (%) DADOT. (mm)
CH1 404,08 1,0 150
CH2 808,16 1,0 150
CH3 808,16 1,0 150
CH4 59,74 1,0 75
CH5 59,74 1,0 75
CH6 867,90 1,0 150
CH7 927,65 1,0 150
CH8 404,08 1,0 150
CH9 808,16 1,0 150
CH10 1735,81 1,0 200
Fonte: Autores, 2024.

Adotou-se o diâmetro de 150 mm para os condutores horizontais CH1 e CH8 em virtude da


facilidade de obtenção comercialmente e padronização do projeto.

3.6 Caixa de areia

De acordo com a NBR 10844/89, a ligação entre os condutores verticais e horizontais é


sempre feita por curva de raio longo, com inspeção ou caixa de areia, estando o condutor
horizontal aparente ou enterrado.

Para este projeto de residência multifamiliar, dada as dimensões da edificação, foram


previstas caixas de areia que serão em alvenaria de blocos, revestida em argamassa e com tampa
de concreto. Todas as caixas deverão possuir identificação em sua tampa.

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