Trabalho Escrito - Homeostase, Fluidos Internos e Respiração

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – CMPP

CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – CCN


DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DISCIPLINA: MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DE VERTEBRADOS II
DOCENTE: DR. ROMILDO RIBEIRO SOARES

HOMEOSTASE, FLUIDOS INTERNOS E


RESPIRAÇÃO

DISCENTES:

ANY LORENA BORGES BARROS


GUILHERME NONATO RAMOS
MARIA CLARA ANDRADE
NICHOLE KAYAN OLIVEIRA

TERESINA - PI
JULHO/2024
SUMÁRIO

1. Introdução............................................................................................................................3

2. Homeostase..........................................................................................................................3

2.1. Conceito de homeostase................................................................................................3

2.2. Importância do meio interno.........................................................................................3

2.3. Mecanismos de regulação.............................................................................................4

3. Fluidos Internos...................................................................................................................4

3.1. Compartimentos dos fluidos corporais.........................................................................4

3.2. Composição dos fluidos corporais................................................................................4

3.3. Composição do sangue.................................................................................................5

3.4. Sistema circulatório......................................................................................................6

4. Respiração............................................................................................................................8

4.1. Respiração externa e interna.........................................................................................8

4.2. Desafios da respiração aquática e terrestre...................................................................8

4.3. Mecanismo de respiração em mamíferos......................................................................8

4.4. Estrutura dos pulmões...................................................................................................9

4.5. Hemoglobina e transporte de gases...............................................................................9

5. Referências.........................................................................................................................10

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1. Introdução
Os mamíferos possuem mecanismos sofisticados para manter a estabilidade do
ambiente interno, necessários para a sobrevivência e funcionamento eficiente de seus sistemas
biológicos. Homeostase é o processo que permite a regulação constante desse ambiente,
equilibrando parâmetros como temperatura, pH e concentração de íons. Os fluidos internos,
distribuídos entre os compartimentos intracelular e extracelular, desempenham papéis cruciais
na nutrição celular e na remoção de resíduos. A respiração, fundamental para a troca de gases,
fornece oxigênio aos tecidos e remove dióxido de carbono, sendo dividida em processos de
respiração celular e externa. A seguir, serão detalhados os principais aspectos relacionados a
esses temas, enfatizando sua importância para a fisiologia dos mamíferos.

2. Homeostase
2.1. Conceito de Homeostase
A homeostase refere-se à capacidade do organismo de manter um ambiente interno
estável e relativamente constante, apesar das variações externas. Essa estabilidade é essencial
para o funcionamento adequado das células e dos órgãos, permitindo que processos vitais
ocorram de forma eficiente. Os mecanismos de feedback negativo são fundamentais para a
manutenção da homeostase, onde qualquer desvio do ponto de equilíbrio desencadeia
respostas que trazem o sistema de volta ao estado desejado.

2.2. Importância do Meio Interno


O fisiologista francês Claude Bernard (figura 01) introduziu o conceito de "meio
interno", destacando que as células do corpo são banhadas por um fluido extracelular que
fornece proteção e nutrientes (figura 02). Este meio interno deve ser mantido constante para
garantir a sobrevivência e o funcionamento eficiente das células. A constância do meio
interno é mantida através da regulação dos parâmetros como temperatura, pH, e concentração
de íons.

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Figura 01 – Claude Bernard (1813-1878) Figura 02 – Compartimentos fluidos

Fonte: Hickman (2016) Fonte: Hickman (2016)

2.3. Mecanismos de Regulação


Os principais sistemas envolvidos na regulação da homeostase incluem:
 Sistema Nervoso: Responde rapidamente às mudanças, transmitindo sinais elétricos.
 Sistema Endócrino: Libera hormônios que regulam processos de longo prazo.
 Sistema Imunológico: Protege o corpo contra patógenos e participa na reparação de
tecidos.

3. Fluidos Internos
3.1. Compartimentos dos Fluidos Corporais
Os fluidos corporais estão distribuídos em dois compartimentos principais:
1. Fluido Intracelular (FIC): Localizado dentro das células, representa cerca de 50% do
peso corporal em água. Este compartimento contém altos níveis de potássio e baixos
níveis de sódio.
2. Fluido Extracelular (FEC): Inclui o plasma sanguíneo e o fluido intersticial, que
circunda as células. Juntos, eles constituem aproximadamente 20% do peso corporal.
Este compartimento é rico em sódio e cloro, mas pobre em potássio.

3.2. Composição dos Fluidos Corporais


Os fluidos corporais são compostos principalmente por água, que serve como solvente
para uma variedade de solutos, incluindo eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloro,
bicarbonato e fosfato) e proteínas. A composição dos fluidos corporais é cuidadosamente

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regulada para manter o equilíbrio eletrolítico e osmótico, essenciais para processos como a
condução nervosa e a contração muscular.

3.3. Composição do Sangue


Os invertebrados sem sistema circulatório não possuem “sangue verdadeiro”, mas sim,
um tecido fluido aquoso e claro que contém células fagocitárias, proteína e mistura de sais.
Nos vertebrados, por outro lado, o sangue é um tecido líquido complexo, composto de plasma
e componentes celulares em suspensão no plasma.
A composição do sangue dos mamíferos é a seguinte:
 Plasma: 55% do sangue
1. Água (90%)
2. Sólidos dissolvidos, que consistem em proteínas plasmáticas, glicose,
aminoácidos, eletrólitos, enzimas, anticorpos, hormônios, excretas metabólicas e
traços de muitas outras substâncias orgânicas e inorgânicas
3. Gases dissolvidos, especialmente oxigênio, dióxido de carbono e nitrogênio
 Componentes celulares (figura 03): 45% do sangue
1. Eritrócitos, contendo hemoglobina para o transporte de oxigênio e dióxido de
carbono
2. Leucócitos, que atuam como necrófagos e células de defesa
3. Plaquetas, que funcionam na coagulação do sangue
Figura 03 – Componentes celulares do sangue humano

Fonte: Hickman (2016)

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Os fluidos corporais são compostos principalmente por água, que serve como solvente
para uma variedade de solutos, incluindo eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloro,
bicarbonato e fosfato) e proteínas. A composição dos fluidos corporais é cuidadosamente
regulada para manter o equilíbrio eletrolítico e osmótico, essenciais para processos como a
condução nervosa e a contração muscular.

3.4. Sistema Circulatório


O sistema circulatório é fundamental para a distribuição de nutrientes, gases
respiratórios e resíduos. William Harvey foi pioneiro na descrição do fluxo sanguíneo,
destacando a importância das contrações cardíacas para a circulação do sangue. O sistema
circulatório inclui:
 Coração: Bombeia sangue para todo o corpo. É composto por quatro câmaras: dois
átrios e dois ventrículos, como mostra a figura 04.
 Vasos Sanguíneos: Incluem artérias, veias e capilares. As artérias transportam sangue
rico em oxigênio do coração para os tecidos, enquanto as veias retornam sangue pobre
em oxigênio ao coração. Os capilares são locais de troca de gases, nutrientes e resíduos
entre o sangue e os tecidos.
 Sistema Linfático: Auxilia na defesa do corpo e na remoção de resíduos, transportando
linfa, que é um fluido que contém linfócitos e outros elementos do sistema imunológico.
Nos vertebrados, as principais diferenças no sistema vascular sanguíneo envolvem a
separação gradual do coração em duas bombas separadas conforme os vertebrados evoluíram
da vida aquática, com respiração branquial, para a vida completamente terrestre, com
respiração pulmonar (figura 05).

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Figura 04 – Coração humano

Fonte: Hickman (2016)


Figura 04 – Sistemas circulatórios de peixe, anfíbio e mamífero, mostrando a evolução da
separação dos circuitos sistêmico e pulmonar nos vertebrados com respiração pulmonar

Fonte: Hickman (2016)

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4. Respiração
4.1. Respiração Externa e Interna
A respiração é dividida em dois processos principais:
1. Respiração Celular: Ocorre dentro das células, onde os alimentos são oxidados para
liberar energia na forma de ATP. Esse processo envolve glicólise, ciclo de Krebs e
fosforilação oxidativa.
2. Respiração Externa: Envolve a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o
organismo e o ambiente através de superfícies respiratórias. Em mamíferos, isso
ocorre nos pulmões, onde o oxigênio do ar é trocado por dióxido de carbono do
sangue.

4.2. Desafios da Respiração Aquática e Terrestre


 Ambiente Aquático: A água contém menos oxigênio do que o ar, e a densidade e
viscosidade da água são maiores, o que aumenta a resistência ao fluxo. Animais
aquáticos, como peixes, desenvolveram brânquias com uma grande superfície para
maximizar a extração de oxigênio da água. As brânquias funcionam através de um
mecanismo de contracorrente que otimiza a absorção de oxigênio.
 Ambiente Terrestre: O ar contém mais oxigênio e é menos denso, facilitando a difusão
de gases. Mamíferos desenvolveram pulmões altamente vascularizados que permitem
uma troca gasosa eficiente com um baixo custo energético. A ventilação pulmonar é
facilitada pela movimentação do diafragma e dos músculos intercostais.

4.3. Mecanismo de Respiração em Mamíferos


Nos mamíferos, a respiração é coordenada por neurônios localizados no bulbo (medula
oblongata), que controlam a frequência e a profundidade da respiração. A respiração pode ser
involuntária, mas também pode ser controlada voluntariamente. Os quimiorreceptores
periféricos, localizados nos corpos carotídeos e aórticos, detectam níveis de oxigênio, dióxido
de carbono e pH sanguíneo, ajustando a taxa respiratória conforme necessário para manter a
homeostase. A reação química que ilustra a regulação do pH é:

CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3-

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Essa reação mostra como o dióxido de carbono é convertido em ácido carbônico, que
se dissocia para liberar íons hidrogênio, aumentando a acidez do sangue e estimulando a
respiração para remover o excesso de CO2.

4.4. Estrutura dos Pulmões


Os pulmões são compostos por alvéolos, que são pequenos sacos de ar onde ocorre a
troca gasosa. Cada alvéolo é cercado por capilares sanguíneos, onde o oxigênio difunde-se
para o sangue e o dióxido de carbono é removido. A grande quantidade de alvéolos aumenta
significativamente a superfície disponível para a troca gasosa. Existem variações entre as
estruturas internas dos pulmões entre os grupos de vertebrados (figura 06).
Figura 06 – Variações entre as estruturas internas dos pulmões entre os grupos de vertebrados

Fonte: Hickman (2016)

4.5. Hemoglobina e Transporte de Gases


A hemoglobina é a proteína presente nos eritrócitos que transporta oxigênio dos
pulmões para os tecidos e dióxido de carbono dos tecidos para os pulmões. Cada molécula de
hemoglobina pode ligar-se a quatro moléculas de oxigênio, facilitando o transporte eficiente
deste gás vital.

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5. Referências
HICKMAN JR, Cleveland P. et al. Princípios integrados de zoologia. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.

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