Cartilha ECA SJBV

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Cartilha educativa

ECA
Direito absoluto
Editorial
Este é o sétimo volume de uma série de cartilhas educati-
vas que têm o propósito de informar e conscientizar nos-
sos assistidos, bem como suas famílias, sobre temáticas
importantes, referentes ao nosso plano de trabalho.

A Cartilha “ECA - DIREITO ABSOLUTO” foi elaborada com


intuito de fazer com que a família tenha acesso a impor-
tantes informações sobre direitos e deveres que as crian-
ças e adolescentes possuem.
Jéssica Alves
Abimael de O. Costa Magalhães
Ana Luiza Franceschini
Prefácio
2020 e 2021 estão sendo anos repletos de desafios, es-
pecialmente com o advento da pandemia. Tivemos que
nos reinventar de várias formas. Aos poucos, foi possível
descobrir que a tecnologia poderia ser uma grande aliada
para propostas criativas de estudo, bem como para co-
nectar pessoas.
Apesar das incertezas, nosso objetivo ao elaborar uma
cartilha com esse conteúdo e reconhecer a importância
do ECA continuava aceso em nossos corações.
Abraçamos a causa com muita garra e dedicação e nos
propusemos a desenvolver uma pesquisa na elaboração
dessa cartilha que pontua os Direitos da Criança e do
Adolescente.
Neste espaço, agradecemos a união e o desempenho dos
educadores que integram o grupo
de estudos, os quais não medi-
ram esforços para vencer as
adversidades da pandemia e
produzir, com qualidade ímpar,
uma cartilha para concretizar,
no PROJETO AMMA*, um
material de esclarecimento
às nossas crianças.
Abimael, Ana Luiza e Jéssica
*Cartilha desenvolvida para o projeto
AMMA (ammapirassununga.org.br)
Para as crianças e
os adolescentes
No Brasil em que vivemos, todos vocês têm o direito de ter
um lar, uma família e educação. Dizemos que vocês são
o futuro da nação, futuro mal cuidado e mal preservado.
Por lei constitucional, as crianças devem, por direito, ter
um lugar onde possam morar, se alimentar, ter acesso
à educação e saúde. Em todo o país, dá-se esse direito
às crianças e adolescentes, mas, nem todos têm acesso
a esse direito. É uma lei descuidada e
mal cumprida.
Nos dias atuais, nem todas as
crianças e adolescentes têm uma
boa educação, uma boa alimen-
tação, cuidados adequados para o
seu desenvolvimento.
Saímos na rua e nos deparamos com
cenas deploráveis de crianças com frio,
fome, simplesmente jogadas ao relento.
Devemos cuidar, preservar e, principal-
mente, respeitar as crianças. Vocês são
o futuro. Devemos modelá-las de uma
forma boa para que essa educação repre-
sente, lá na frente, uma coisa boa e que
faça com que o mundo seja um lugar melhor.
Índice
Entendendo o ECA ................................................................. 5

Antes e depois ........................................................................ 6

Quais os direitos? ................................................................... 8

Quais os deveres? ................................................................ 10

Façamos valer o ECA! ........................................................... 11

Aos pais e responsáveis ....................................................... 12

Agradecimentos .................................................................... 13
Entendendo o ECA
ECA é a sigla do Estatuto da Criança e do Adolescente –
Lei nº 8069, publicada em 13 de julho de 1990. O ECA sur-
giu da consciência de que as crianças e adolescentes me-
recem proteção integral e condições completas para seu
bom desenvolvimento.

Trata-se de conjunto de regras que estabelecem os direi-


tos dos menores: à vida, saúde, convivência familiar, edu-
cação e também seus deveres dentro da sociedade.

O Estatuto foi elaborado de forma democrática, com a


participação do governo (Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário) e de vários movimentos populares.

Um dos principais avanços que o ECA tornou pos-


sível foi a criação de conselhos municipais, es-
taduais e do Conselho Nacional
dos Direitos da Criança e do
Adolescente (o Conanda) e
dos Conselhos Tutelares.

Hoje, cada vez mais gente


está lutando para tentar di-
minuir os casos de trabalho
infantil, mortalidade infantil
e violência.
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Antes e depois
Como era antes de 1990?
Antes da promulgação do ECA, em 1990, crianças e ado-
lescentes não eram vistos como pessoas em desenvolvi-
mento que deveriam ter proteção diferenciada, face aos
seus interesses ou necessidades.

Somente interessava aquela categoria de pessoas meno-


res de idade, em situação irregular, em razão dos seus
problemas, porque abandonados, vítimas de maus tratos
ou então envolvidos com a delinquência.

Para esses, os chamados “menores em situação irregu-


lar”, a lei atribuía exclusivamente ao juiz a respon-
sabilidade de determinar as provi-
dências com legitimidade.

Os “menores” de então,
considerados incapazes
e, por isso, em razão do
risco que apresentavam
à paz social, eram meros
objetos das providências
determinadas pela auto-
ridade competente, não
em sua proteção, mas em
proteção à sociedade.
6
Antes e depois
Como passou a ser depois de 1990?
A promulgação do ECA significou a conquista da cidada-
nia para nossas crianças e adolescentes. Além dos direitos
fundamentais à vida, à liberdade, à dignidade e ao respei-
to, crianças e adolescentes tiveram reconhecidos os seus
direitos sociais, como os direitos à saúde, à educação, à
assistência, ao esporte, ao lazer, à profissionalização e à
cultura, assim como o direito individual à convivência fa-
miliar e comunitária.

O cumprimento de tais direitos passou para o


campo das obrigações, que devem ser
exercidas pela família e, em nome da
sociedade, pelo Estado — cumprimen-
to considerado, por norma constitu-
cional, de prioridade absoluta.

Sendo assim, além de serem sujeitos


de direitos que devem ser cumpridos
com prioridade absoluta, crianças e
adolescentes devem ter respeitada a
sua condição peculiar de pessoas em
desenvolvimento, com o que a lei brasi-
leira passou a proibir quaisquer formas
de negligência, discriminação, explora-
ção, violência, crueldade ou opressão.
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Quais os direitos?
O ECA assegura, com absoluta prioridade, a efetivação
dos direitos fundamentais das crianças, referentes: à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Toda criança tem o direito à vida e à saúde

Sendo que essa garantia começa antes do nascimento,


com a atenção durante a gravidez, o parto e pós-parto,
garantindo assim o desenvolvimento adequado e nasci-
mento de forma segura, sendo primordial para a existên-
cia da criança.

As crianças têm o direito de ir e vir

De demonstrar sua opinião, de se expres-


sar e participar da vida comunitária,
este é o direito à liberdade. Elas tam-
bém devem ser protegidas manten-
do sua integridade física, psíquica
e moral e devem ter preservada a
imagem, a identidade, a autono-
mia, os valores, as ideias, crenças e
os espaços e objetos pessoais.

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Quais os direitos?
É direito da criança ser criada e educada

No seio de sua família e, excepcionalmente, em família


substituta. A convivência familiar e comunitária são ne-
cessárias para o bem estar da criança. O acolhimento dos
pais e a convivência social saudável são primordiais para
o seu desenvolvimento.

Os pequenos também têm direito à educação

à cultura, ao esporte e ao lazer, e o cumprimento dessa


garantia é essencial para o avanço intelectual e bem estar
físico das crianças. É necessário o estímulo à aquisição do
conhecimento e a atividade física, pois fazem bem para o
corpo e mente da criança.

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Quais os deveres?
Mas, ao contrário do que muitos pensam, essa regulação não
trata apenas dos direitos dos pequenos. Porém, ela também
possui uma parte específica sobre os deveres da criança.
Afinal, é de suma importância para o adequado desenvolvi-
mento infantil, que a criança aprenda limites – e saiba como
se comportar adequadamente em sociedade, se protegendo e
ajudando os demais.
De acordo com essa legislação, são deveres da criança e do
adolescente:
- Respeitar pais e responsáveis;
- Frequentar a escola e cumprir a carga horária estipula-
da para a sua série;
- Respeitar os professores, educadores e demais funcioná-
rios da escola;
- Respeitar o próximo e as suas diferenças (como religião,
classe social ou cor da pele);
- Participar das atividades em família e em comunidade;
- Manter limpo e preservar os espaços e ambientes públicos;
- Conhecer e cumprir as regras estabelecidas;
- Respeitar a si mesmo;
- Participar de atividades cuulturais, esportivas, educa-
cionais e de lazer;
- Sempre que tiver dúvidas sobre seus direitos e deveres,
procurar o responsável legal ou o conselho tutelar;
- Proteger o meio ambiente.
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Façamos valer o ECA
Uma lei, por si só, por melhor que seja, por mais promes-
sas que faça, não muda a realidade. Uma boa lei pode
mudar a realidade se todas as pessoas encarregadas de
fazê-la valer, efetivamente, cumprirem com o seu papel. E
esse é um dos maiores desafios do ECA.

Para que isso aconteça na prática, o ECA orienta políti-


cas de atendimento e medidas de proteção, bem como as
ações socioeducativas.

Para garantir a aplicação desses direitos, é obrigatório


que cada município brasileiro tenha um Conselho Tutelar,
composto de cinco integrantes, escolhidos pela comuni-
dade local. Esse órgão tem o compromisso de fazer cum-
prir os direitos assegurados no ECA.

Entre as principais tarefas do conselho está a de atender


crianças e adolescentes, aplicando medidas de proteção.

Compreende, também, orientar e aconselhar pais e res-


ponsáveis sobre os cuidados que devem ter com meninos
e meninas.

Numa ação mais severa, esse órgão pode levar ao conhe-


cimento do Ministério Público denúncias que comprovem
a violação dos direitos previstos no Estatuto.
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Aos pais e responsáveis
Imaginamos que você deve estar se perguntando: “O que eu
posso fazer?!” Tem muita coisa que está ao nosso alcance e
acabamos deixando de intervir e assegurar direitos funda-
mentais para aqueles que serão o futuro do nosso país.

Observe as situações de risco ao seu redor: quando an-


damos pelas ruas, indo ao trabalho ou mesmo passeando
com a família, não é raro vermos menores de idade em
situação de risco. No caso de verificar uma cena como
essa, tome uma atitude, acionando o Conselho Tutelar da
sua cidade.

Ajude àqueles que não estão ao alcance dos nossos olhos:


para isso, nossa recomendação é apoiar projetos sociais
e escolas. Estejam próximos a projetos que assegurem os
diretos das crianças que vivem em vulnerabilidade social.

Cuide muito bem dos seus filhos. Assegure a eles todos


os direitos e deveres, cumprindo o Estatuto da Criança e
do Adolescente. Converse com seus filhos, dando a eles
compreensão desses direitos e estabelecendo uma convi-
vência familiar segura para ambos.
E aí, qual atitude você vai tomar?
É nosso compromisso zelar pela felicidade daqueles que
irão construir o Brasil do amanhã!

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Agradecimentos
Muitas pessoas perguntam como podem ajudar a mudar
a sociedade. Percebemos o desejo genuíno de que mui-
tos querem ajudar, mas não sabem por onde começar.
Acreditamos que se aceitarem o papel de colaborar para
o meio em que vivem e convivem os fará exercer o per-
tencimento à situação devida.

Para trabalhar com transformação humana é necessário


criar o ambiente e o tempo para que a pessoa assimile
o cuidado, o amor e o reconhecimento da humanidade,
comum a nós. E, ao mesmo tempo, percebermosos privi-
légios que temos por fazer as mudanças necessárias ao
nosso redor.

Isso requer muita paciência, conosco e com o sistema em


que vivemos. Além de flexibilidade talvez, também, uma
pitada de confiança que mesmo que nosso trabalho ter-
mine, terão outras pessoas que continuarão exercendo
positivamente o cuidado com as pessoas com quem nos
importamos.

A nossa gratidão ao Projeto AMMA,


ao ECA e a vocês, “leitores”, que
são os principais responsáveis pelo
amor e dedicação que deposita-
mos em nossa luta diária.
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Fontes de pesquisas
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/portugues/pre-
servando-nosso-futuro.htm

https://cidadaniaejustica.to.gov.br/

https://www.childfundbrasil.org.br/blog/deveres-da-
-crianca/

https://www.childfundbrasil.org.br/

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