Viabilidade Técnica Da Substituição de Isoladores de Vidro Por Poliméricos

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VIABILIDADE TÉCNICA DA SUBSTITUIÇÃO DE ISOLADORES DE VIDRO POR

POLIMÉRICOS1

Railson Sousa de Lima2


Victor Hugo Gomes da Silva3
Flávio Gonçalves Dantas4

RESUMO

A crescente demanda do setor elétrico e o nível de exigência de seus


consumidores solicitam cada vez mais das empresas um fornecimento contínuo e
confiável de energia elétrica. Para assegurar a não interrupção deste fornecimento de
energia, as empresas do setor necessitam de constantes aperfeiçoamentos das
técnicas de manutenção utilizadas e otimização de componentes e equipamentos que
compõe o sistema elétrico de potência. Nas subestações e linhas de transmissão,
meios de transmissão e distribuição de energia existem componentes responsáveis
por manter e garantir a confiabilidade e o fornecimento ininterrupto de energia elétrica,
como por exemplo, os isoladores que são responsáveis pela suspensão dos
condutores e por evitar contatos desnecessários entre meios energizados e
desenergizados, impedindo uma intempérie no sistema. A proposta deste trabalho é
apresentar uma melhoria através da substituição de isoladores de vidro por isoladores
poliméricos com o objetivo principal de tornar o sistema mais moderno e confiável.
Para alcançar os resultados foi necessário o estudo dos conceitos de manutenção, de
técnicas de manutenção, subestações, linhas de transmissão e os isoladores citados
(vidro e polimérico). O estudo foi dividido em etapas práticas e teóricas, pois além de
obter os conhecimentos através de pesquisas e leituras foi preciso ver em campo um
isolador de cada material para que pudéssemos analisar e visualizar as suas
propriedades técnicas. Todo trabalho realizado foi baseado na necessidade da
melhoria do sistema elétrico.

Palavras­chave: Manutenção. Isoladores. Subestação. Linhas de transmissão. SEP.

1Artigo apresentado à Universidade Potiguar, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Elétrica.
2 Graduando do Curso de Engenharia Elétrica da Universidade Potiguar – [email protected].
3 Graduando do Curso de Engenharia Elétrica da Universidade Potiguar – [email protected].
4 Orientador. Professor da Universidade Potiguar – [email protected].
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1 INTRODUÇÃO

Conceitualmente os sistemas elétricos de potência (SEP), basicamente, são


conjuntos constituídos por centrais elétricas, subestações de transformação e de
interligação, linhas de transmissão e receptores, ligados eletricamente entre si. São
grandes sistemas de energia que englobam geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica. Esse complexo conjunto opera de maneira coordenada com a
finalidade de fornecer energia elétrica aos consumidores, dentro de certos padrões de
qualidade (confiabilidade, disponibilidade) segurança e custos, com o mínimo impacto
ambiental possível. Então, podemos entender que toda instalação e equipamento
destinado a gerar, transmitir e distribuir a energia elétrica faz parte do SEP. Segue
figura abaixo mostrando a configuração do sistema elétrico de potência. Segundo a
NR10 (2004, p.9), o SEP é o conjunto das instalações e equipamentos destinados à
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição, inclusive.

Figura 1 ­ Organização do Sistema Elétrico de Potência – Fonte: ABRADEE, 2016.

As empresas do setor elétrico brasileiro estão sempre destinadas a desenvolver


projetos e tecnologias que se apliquem as necessidades do sistema atual e que, ao
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mesmo tempo, tragam grandes resultados em termos de desempenhos e relações


financeiras, sempre buscando eficiência em obter mais e gastando menos. A
tecnologia e os equipamentos nela envolvidos, evoluem simultaneamente, onde
sempre é preciso de mais recursos, mais fontes de desenvolvimentos tecnológicos,
para que possa ser obtido um bom potencial elétrico onde não exista muitas alterações
no mesmo.

Devido à necessidade de manter um excelente fornecimento de energia elétrica


sem que ocorram interrupções imprevistas para garantir o desempenho do conjunto,
é necessário garantir que os equipamentos estejam em um bom funcionamento,
utilizando as manutenções rotineiras quando for preciso. Inúmeros são os
equipamentos que compõem o sistema elétrico de potência, que tem origem na
geração de energia até a sua distribuição para o consumidor final, são eles:
transformadores, religadores, disjuntores, chaves seccionadoras, fusíveis, Tc’s, Tp’s,
para­raios, condutores, barramentos, demais componentes e os isoladores, que é o
equipamento principal de nosso trabalho.

Sendo assim, é relevante o conhecimento sobre os tipos de isoladores.


Conhecer as suas principais características, modelos, suas vantagens e
desvantagens, para que possam contribuir para uma melhor compreensão dos
constituintes do SEP, tendo em vista que, esse é um tema de grande interesse da
Engenharia Elétrica.

Para o desenvolvimento deste trabalho, fomos motivados através da variedade


de tipos de isoladores existentes no setor elétrico atual, nesse contexto, foi possível
também a identificação que, entre tantos materiais utilizados na composição dos
isoladores, dois são mais utilizados, sendo eles de vidro e poliméricos. Com isso, os
alunos envolvidos pretendem analisar e identificar de maneira sugestiva, de acordo
com as análises técnicas e os estudos comparativos realizados, qual seria o melhor
isolador a ser utilizado pelas empresas de energia elétrica. Todo artigo descrito visa
manter uma boa qualidade e continuidade do fornecimento da eletricidade.
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2 MANUTENÇÃO

Combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as de


supervisão, que se realizam através de processos diretos ou indiretos nos
equipamentos, obras ou instalações, com a finalidade de assegurar­lhes condições
de cumprir com segurança e eficiência as funções para as quais foram fabricados ou
construídos, levando­se em consideração as condições operativas e econômicas. A
Manutenção pode incluir uma modificação de um item.
Conjunto de ações necessárias para que um equipamento ou instalação seja
conservado ou restaurado, de modo a permanecer de acordo com uma
condição específica. (NBR 5460, 1992, p.31).

Existem quatro modelos bases de manutenções utilizadas em todo serviço


possível, essas variações existem devido a necessidade de cada equipamento ou
objeto em relação aos seus ajustes. Seguem abaixo os tipos de manutenções.

2.1 TIPOS DE MANUTENÇÃO


2.1.1 Manutenção preventiva

Conjunto de ações desenvolvidas sobre um equipamento e/ou sistema com


programação antecipada e efetuada dentro de uma periodicidade através de ações
sistemáticas, detecção e medidas necessárias para evitar falhas com o objetivo de
mantê­lo operando ou em condições de operar dentro das especificações do
fabricante. Obedecem a um plano previamente elaborado, baseado em intervalos
definidos de tempo. Dentre estas atividades incluem­se ensaios, ajustes e testes de
rotina, limpeza geral, lubrificação, inspeções, coleta de dados, pintura, reconstituição
de partes com características alteradas, substituição de peças ou componentes
desgastados, reorganização interna e externa de componentes e cablagem de
equipamentos ou sistemas, adaptação de componentes, entre outras.
Manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo com
critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a
degradação do funcionamento de um item. (NBR 5462, 1994, p.7).

2.1.2 Manutenção corretiva

Conjunto de ações desenvolvidas com objetivo de fazer retornar às condições


especificadas, um equipamento ou sistema após a ocorrência de baixo rendimento,
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defeitos ou falhas. Pode ter a sua execução programada quando a anormalidade for
detectada dentro de uma manutenção preventiva. Segundo a NBR 5462 (1994, p.7),
a manutenção corretiva é “ efetuada após a ocorrência de uma pane destinada a
recolocar um item em condições de executar uma função requerida”. Esse tipo de
manutenção também dividida em 2 tipos, a manutenção corretiva planejada e a não
planejada.

2.1.3 Manutenção preditiva

Tipo de manutenção que permite garantir uma maior assertividade do intervalo


entre as intervenções. É baseada no acompanhamento, por monitoramento
sistemático, das condições do óleo lubrificante, das vibrações, da temperatura, etc.,
evidenciando assim a evolução destas ao longo do tempo e possibilitando uma parada
preventiva para manutenção no momento mais otimizado, refletindo na redução
significativa das manutenções corretivas e na diminuição das preventivas.
Manutenção que permite garantir uma qualidade de serviço desejada, com
base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando­se de meios
de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a
manutenção preventiva e a manutenção corretiva. (NBR 5462, 1994, p.7).

2.1.4 Gestão de manutenção

Por organização do serviço de manutenção podemos entender a maneira como


se compõem, se ordenam e se estruturam os serviços para o alcance dos objetivos
visados. A administração do serviço de manutenção tem o objetivo de normatizar as
atividades, ordenar os fatores de produção, contribuir para a produção e a
produtividade com eficiência, sem desperdícios e retrabalho. O maior risco que a
manutenção pode sofrer, especialmente nas grandes empresas, é o da perda do seu
principal objetivo, por causa, principalmente, da falta de organização e de uma
administração excessivamente burocratizada (Mariana, 2012).

Com toda essa problemática e enfoque nesse tipo de gerir a manutenção, foi
desenvolvido o conceito de manutenção produtiva total, conhecido pela sigla TPM
(total productive maintenance), que inclui programa de manutenção preventiva e
preditiva. A manutenção preventiva teve sua origem nos Estados Unidos e foi
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introduzida no Japão em 1950. O objetivo global da TPM É a melhoria da estrutura da


empresa em termos materiais (máquinas, equipamentos, ferramentas, matéria­prima,
produtos, etc.) e em termos humanos (aprimoramento das capacitações pessoais
envolvendo conhecimentos, habilidades e atitudes). A meta a ser alcançada é o
rendimento operacional global. A TPM também utiliza de cinco principais bases para
sua representação, são eles: eficiência, auto reparo, planejamento, treinamento e ciclo
de vida (Mariana, 2012).

Figura 2 ­ Pilares da TPM ­ Fonte: Autores, 2017.

3 SUBESTAÇÃO

Uma subestação é um conjunto de equipamentos de manobra e/ou


transformação e ainda eventualmente de compensação de reativos usado para dirigir
o fluxo de energia em sistema de potência e possibilitar a sua diversificação através
de rotas alternativas, possuindo dispositivos de proteção capazes de detectar os
diferentes tipos de faltas que ocorrem no sistema e de isolar os trechos onde estas
faltas acontecem.
Parte de um sistema de potência, concentrada em um dado local,
compreendendo primordialmente as extremidades de linhas de transmissão
e/ou de distribuição, com os respectivos dispositivos de manobra, controle e
proteção, incluindo as obras civis e estruturas de montagem podendo incluir
também transformadores, equipamentos conversores e/ou outros
equipamentos. (NBR 5460, 1992, p.49).
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Existem diversos tipos de subestações, cada qual exerce uma função


especifica de acordo com a necessidade do sistema. Segundo a ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) as subestações podem ser classificadas como:

3.1 QUANTO AO NÍVEL DE TENSÃO:

Podem ser classificadas em: Baixa tensão, média tensão, Alta tensão ou Extra
alta tensão.

3.1.1 Baixa tensão

Classificação utilizada para subestações de níveis de tensão de até 1 kV.


Segue figura 3, como exemplo.

Figura 3 ­ Subestação de baixa tensão – Fonte: Autores, 2017.

3.1.2 Média tensão

Classificação utilizada para subestações com níveis de tensão entre 1 kV e


34,5 kV (tensões típicas: 6,6 kV; 13,8 kV; 23 kV e 34,5 kV). Como exemplificado na
figura 4, onde se tem uma subestação de 13,8 kV.
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Figura 4 ­ Subestação de média tensão – Fonte: Autores, 2017.

3.1.3 Alta tensão

Utilizado para níveis entre 34,5 kV e 230 kV (tensões típicas: 69 kV; 138 kV;
230 kV). Como exemplificado na figura 5, onde se tem uma subestação de 138 kV.

Figura 5 ­ Subestação de alta tensão – Fonte: Autores, 2017.


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3.1.4 Extra alta tensão

Utilizada para níveis maiores que 230 kV (tensões típicas: 500 kV; 750 kV). Na
figura 6, é possível ver a foto de uma subestação de extra alta tensão.

Figura 6 ­ Subestação de extra alta tensão – Fonte: Autores, 2017.

3.2 QUANTO A SUA FUNÇÃO:

Podem ser classificadas em: Elevadoras, abaixadoras, de distribuição, de


manobra e conversoras.

3.2.1 Subestação elevadora

É localizada na saída das usinas geradoras. Elevam as tensões para níveis de


transmissão e subtransmissão, visando diminuir a corrente e, consequentemente, a
espessura dos condutores e as perdas. Esta elevação de nível tensão é comumente
utilizada para facilitar o transporte da energia, diminuição das perdas do sistema e
melhorias no processo de isolamento dos condutores. Conforme a NBR 5460 (1992,
p.50) a subestação elevadora é “ aquela que a tensão de saída é maior que a tensão
de entrada”. Na figura 7, pode­se observar uma foto de uma subestação elevadora.
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Figura 7 ­ Subestação elevadora – Fonte: Autores, 2017.

3.2.2 Subestação abaixadora

Localizada nas periferias dos centros consumidores. Diminuem os níveis de


tensão, para que essa aproxima dos centros urbanos a para evitar inconvenientes
para a população (rádio interferência, campos magnéticos intensos e faixas de
servidão muito grandes). Segundo a NBR 5460 (1992, p.50) a subestação abaixadora
é “ aquela que a tensão de saída é menor que a tensão de entrada”. Na figura 8 é
possível ver a ilustração dessa subestação próxima de uma vista urbana.

Figura 8 ­ Subestação abaixadora – Fonte: Autores, 2016.


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3.2.3 Subestação de distribuição

A subestação de distribuição é responsável pelo recebimento da energia


elétrica vinda das redes de subtransmissão, tendo a função de rebaixar o nível de
tensão para valores caracterizados como média tensão. De acordo com a NBR 5460
(1992, p.17) uma subestação de distribuição é “ uma SE rebaixadora que alimenta um
sistema de distribuição. Abaixo, segue figura 9 como exemplo.

Figura 9 ­ Subestação de distribuição ­ Fonte: Autores, 2017.

3.2.4 Subestação de manobra

Interliga os circuitos de suprimento sob o mesmo nível de tensão, permitindo a


sua multiplicação. Também tem a função de possibilitar o secionamento dos circuitos,
permitindo sua energização em partes com menores comprimentos. Segue abaixo a
figura 10 representando uma SE de manobra.

Figura 10 ­ Subestação de Manobra – Fonte: Autores, 2017.


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3.2.5 Subestação conversora

Conforme a NBR 5460 (1992, p.50) uma subestação conversora, “basicamente


converte corrente contínua em corrente alternada ou vice­versa”. Geralmente são
associadas a sistemas de transmissão em CC e basicamente recebem a
nomenclatura SE Retificadora e SE inversora. Estações conversoras produzem ruído
acústico e interferência de rádio­frequência. Paredes podem prover proteção contra
ruído. Assim como em todas estações CA, óleo dos equipamentos precisam ser
protegidos de contaminar o solo em caso de derramamento. Uma área considerável
pode ser requerida para elevar linhas de transmissão, mas pode ser reduzida se cabos
subterrâneos são utilizados.

4 LINHAS DE TRANSMISSÃO

As linhas de transmissão, são os componentes do SEP responsáveis por


conduzir a energia elétrica dos centros produtores, para os centros consumidores.
Geralmente, a eletricidade é transmitida entre longas distâncias através das linhas de
transmissão aéreas. Já as linhas de transmissão subterrâneas geralmente são usadas
somente em áreas densamente povoadas devido ao seu alto custo de instalação e
manutenção. Conforme a NBR 5460 (1992, p.30), uma linha de energia elétrica é o
conjunto de condutores, isoladores e acessórios, destinado a transportar energia
elétrica entre dois pontos de um sistema elétrico.
Atualmente no Brasil, o segmento de linhas de transmissão acima de 230 kV é
composto por mais de 100 mil quilômetros de linhas operadas por cerca de 77
concessionárias. Essa grande extensão da rede de transmissão é explicada pela
configuração do sistema de geração, o qual em sua maior parte é constituído de
usinas hidrelétricas, que são localizadas em pontos mais distantes dos grandes
centros consumidores (ABRADEE, 2015).
Temos dois grandes blocos que dividem o segmento de linhas de transmissão:
o Sistema Interligado Nacional (SIN), que abrange a maior parte do território brasileiro
e os Sistemas isolados que são instalados principalmente na região norte (ONS,
2015). Na figura 11 podemos perceber como se encontra o horizonte brasileiro.
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Figura 11 ­ Mapa do SIN nacional ­ Fonte: Abradee, 2015.

Os componentes principais de uma linha de transmissão aérea são os


condutores, isoladores, estrutura de suporte e para­raios.
Os condutores, como o próprio nome sugere, são os elementos da linha de
transmissão responsáveis por conduzir a energia elétrica entre dois pontos. Existem
algumas características necessárias para que essa condução possa ser realizada,
como por exemplo deve existir uma alta condutibilidade elétrica, boa resistência
mecânica, alta resistência à oxidação e corrosão, baixo peso específico. Os materiais
mais empregados para os condutores são o cobre e o alumínio (Mamede, 2005).
Os isoladores têm a função de suspensão dos condutores, ancoragem (fixação)
e separação. Eles devem oferecer uma alta resistência para correntes de fuga e
devem ser construídos de tal forma que haja uma prevenção de ruptura sob as
condições de tensão que devem suportar (Mamede, 2005).
Os para­raios entram na formação geométrica das linhas de transmissão com
a finalidade de evitar as descargas atmosféricas, que é o fenômeno natural principal
por causar os desligamentos dos circuitos, causando distúrbios na qualidade do
suprimento e da oferta de energia dos consumidores. Além disso, os desligamentos
das linhas provocam, adicionalmente, uma sobrecarga nos serviços de manutenção
durante os períodos chuvosos, elevando os gastos com a troca de isoladores
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danificados e com o deslocamento das equipes de manutenção para a execução dos


reparos necessários (Mamede, 2005).
As estruturas podem ter diversas formas e dimensões, as quais dependem
basicamente da disposição dos condutores, distância entre condutores, forma de
isolamento e número de circuitos. O material do qual é feita a estrutura também pode
variar, sendo os materiais mais utilizados metal, concreto armado, madeira e fibra de
vidro (Menezes, 2015). Segue na figura 12, um exemplo de uma torre de transmissão
bastante encontrado em áreas próximas a geração de energia.

Figura 12 ­ Torre de transmissão de energia elétrica ­ Fonte: Autores, 2017.

Conforme a Abradee (2015) No Brasil, as linhas de transmissão são


classificadas de acordo com o nível de tensão de sua operação, mensurado em Kilo
Volt (kV ­ milhares de Volts). Para cada faixa de tensão, existe um código que
representa todo um conjunto de linhas de transmissão de mesma classe. São eles:

A1 – tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV


A2 – tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV
A3 – tensão de fornecimento de 69 k
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5 ISOLADORES

Isolantes elétricos, ou dielétricos, são materiais que apresentam


condutividades elétricas pequenas, os seja, fazem com que a corrente que circule nele
seja a mínima possível, chegando a ser desprezível, podendo assim exercer sua
principal função como o próprio nome sugere. Devido a essa característica, essa
classe de materiais é utilizada no total ciclo da energia elétrica, seja na sua geração,
transmissão e distribuição. Este material tem grande importância na proteção de
pessoas e equipamentos, pois aqueles que têm contato de forma profissional ou
pessoal as áreas elétricas estão sujeitas a riscos constantemente.

Presentes em subestações e em linhas de transmissão, exercendo


basicamente duas funções, de modo geral, em todo o SEP, de acordo com (Mamede,
2005, p.743), os isoladores são elementos sólidos dotados de propriedades
mecânicas capazes de suportar os esforços produzidos pelos condutores.
Eletricamente, exercem a função de isolar os condutores, submetidos a uma diferença
de potencial em relação à terra (estrutura suporte) ou em relação a um outro condutor
fase.

Mas os isoladores elétricos são componentes cujos processos de engenharia,


produção, testes e aplicação em campo são muito mais complexos do que se pode
julgar em um primeiro olhar. Em paralelo a suspensão e a isolação elétrica, devem ser
capazes de suportar continuamente os campos elétricos aos quais estão expostos e
suas perturbações pré­definidas. Da mesma forma, devem suportar distúrbios
meteorológicos (chuvas, vendavais, granizo) dentro de seus limites de projeto,
ataques por contaminantes (sal, maresia, poluição), ataques de fungos nas regiões
de alta umidade como a floresta amazônica, e ainda estão expostos a vandalismo.

Os materiais utilizados na composição dos isoladores normalmente são:

 Cerâmica ou porcelana;
 Vidro;
 Polímeros.

Os isoladores são submetidos a ensaios, com o objetivo principal de garantir


que os mesmos possam desempenhar a sua função sem que ocorram inconvenientes.
Quanto a natureza dos ensaios, podemos ter:
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 Ensaios elétricos: Têm o objetivo de testar quais os níveis de tensão que o


isolador suporta nas mais variadas condições sem que os mesmos apresentem
avarias. Esse tipo de ensaio é muito importante pois em condições de trabalho,
o isolador pode receber sobretensões devido ao fechamento ou abertura das
linhas e ainda devido a descargas atmosféricas.
 Ensaios térmicos: Testa a resistência do isolador as variações de temperatura,
devendo o isolador se comportar de maneira satisfatória após os testes.
 Ensaios mecânicos: verificam a resistência do isolador de acordo com os testes
mecânicos, simulando as condições normais de trabalho.

5.1 ISOLADORES DE CERÂMICA OU PORCELANA

Os primeiros isoladores apareceram nos sistemas elétricos de linhas de


telégrafos foram os isoladores cerâmicos, uma das primeiras empresas que os
produziram estava no Reino Unido. No Brasil, em 11 de maio de 1852, Guilherme
Schuch, nascido na mesma época que o segundo imperador brasileiro, formado em
engenharia na escola politécnica de Viena, fundou uma repartição chamada Telégrafo
Nacional, portanto, instalando os primeiros fios telegráficos no país. Mais tarde, devido
ao clima úmido e quente nos trópicos os isoladores foram rapidamente se
deteriorando, com isso, o barão de Capanema, assim chamado Guilherme Schuch,
inventou um novo tipo de isolador para linhas telegráficas terrestres. Esse isolador era
basicamente feito todo de vidro, porcelana, ebonite entre outros materiais, contudo, o
seu diferencial é que não havia nenhuma peça metálica. Capanema recebeu em seu
nome a patente e o invento foi divulgado por toda a Europa. Capanema foi um dos
maiores engenheiros, da época, no Brasil.

Tratando especificamente sobre isoladores cerâmicos, eles se destacam por


terem alta resistência mecânica, não serem porosos e possuírem alta capacidade de
isolação. Um bom exemplo de material cerâmico que é comumente utilizado é a
porcelana. Por mais que os diferentes materiais possuam características e aplicações
diferentes entre si, todos eles devem possuir a confiabilidade dos sistemas elétricos.
Na figura 13, podemos perceber exemplos de isoladores cerâmicos.
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Figura 13 ­ Isoladores cerâmico ou porcelana ­ Fonte: Autores, 2015.

Os materiais cerâmicos podem apresentar várias propriedades da composição


química, dependendo da aplicação do material ela pode ter resistência à corrosão
devido à umidade, resistência mecânica, resistência elétrica, resistência térmica.
Ainda possuem algumas propriedades que são muito úteis dependendo do lugar onde
serão aplicados, tais como:

 Fácil modelagem em várias formas


 Baixa perda dielétrica
 Baixo coeficiente de dilatação térmica
 Ótima resistência a choques térmicos
 Alta flexibilidade

Portanto a utilização de materiais cerâmicos possui um campo vasto, algumas


das áreas de aplicação podem ser, as indústrias petrolíferas, na área de
telecomunicações, agricultura, e, sem dúvidas, como estamos percebendo no
decorrer do artigo, a sua tamanha importância e utilização no sistema elétrico de
potência (SEP).

Nesse ramo a cerâmica ainda é muito utilizada, contudo, ela vem perdendo
espaço para materiais como vidro e poliméricos que tomam esse espaço devido a
serem mais leves, mais fáceis de obter matéria prima, mais resistente à corrosão,
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entre outras propriedades que são facilmente notadas através de estudos, aplicações
e testes em campo.

Nos capítulos a seguir, serão apresentados os outros materiais que fazem parte
da composição e fabricação dos isoladores, os vidros e os polímeros.

5.2 ISOLADORES DE VIDRO

Os isoladores de vidro são amplamente utilizados em linhas de transmissão de


alta e extra alta tensão e em subestações, por causa de sua relativa confiabilidade e
facilidade na manutenção. O vidro, na sua grande maioria, possui propriedades físicas
semelhantes, dentre as quais podemos citar:

 Baixa dilatação térmica;


 Alta viscosidade;
 Durabilidade alta;
 Condutividade elétrica baixa;
 Ótima resistência à água.
Algumas características mecânicas também podem ser citadas:

 Possuem ideal elasticidade podendo suportar grandes pesos;


 Se submetidos a um tratamento térmico denominado têmpera, ganham uma
maior dureza;
 Suportam mais pressão do que tração.
Além do que foi descrito acima, como vantagem os isoladores de vidro
possuem uma tecnologia amadurecida (devido ao seu histórico de utilização por anos
no sistema elétrico), possuem uma vida útil longa, têm uma facilidade em ser
intercambiáveis, e ainda possuem uma vantagem na flexibilidade do ajuste em seu
tamanho para as diversas necessidades que o meio solicita.

Na figura 14, podemos ver um exemplo de um isolador de vidro em uma


subestação:
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Figura 14 ­ Isolador de vidro em subestação ­ Fonte: Autores, 2017.

Como todo material existente, os isoladores de vidro também possuem suas


limitações, são elas:

 Peso;
 Atratividade ao vandalismo;
 Corrosão nas ferragens;
 Baixa gama de utilização.

Na Figura 15, observar o isolador comprometido devido a corrosão localizada


na junção de uma saia de isolação para outra.

Figura 15 ­ Isolador de vidro comprometido ­ Fonte: Autores, 2017.


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A situação da figura 15, quando chega a esse estado físico, o ideal é que o
componente seja substituído de imediato para não comprometer o sistema elétrico
aonde está instalado, podendo gerar inúmeras não conformidades e intempéries na
instalação.

5.2.1 Fabricação do vidro

Comercialmente existem vários tipos de vidro e consequentemente uma grande


quantidade de métodos para sua fabricação. Contudo, todos esses processos
apresentam pontos em comuns os quais podemos citar as seguintes etapas abaixo:

 Fundição grossa: Os componentes são misturados e reagem juntos (1000 a


1200°C);
 Massa e concretização: Os componentes gasosos evaporam e a mistura se
concretiza começando a criação dos silicatos;
 Formação do vidro: ocorre o começo da fundição da mistura de concretização
(1300 a 1600°C) e a transparência começa a existir.
 Fundição fina: devido ao aumento da viscosidade, as infiltrações do ar se
libertam mais facilmente (1300 a 1600°C)
 Homogeneização: as infiltrações de ar restantes são removidas.
 Descanso da fundição: é o período entre 900 e 1200°C o qual ocorre o
descanso para baixar a viscosidade e melhorar a manipulação.

Dependendo da composição do vidro, as temperaturas podem variar.


Basicamente, existem 3 formas principais de fundição do vidro:

 Fornos com tanque refratários: Geralmente são utilizados na fabricação dos


vidros de forma automatizada e continua, aonde o aquecimento é realizado
através de eletrodos de grafite.
 Float glass: Essa é a técnica mais utilizada para fabricação de vidro, aonde o
material após a fundição passa por dois cilindros de aço e depois passa
flutuando por um tanque e estanho liquido com o objetivo principal de deixá­lo
totalmente plano até o resfriamento.
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 Forno com pote refratário: São usados na fabricação dos vidros de alta
qualidade em fundições periódicas e artesanais.

5.2.2 Fabricação dos isoladores e sua composição

Surpreendentemente, mesmo a mais comum das estruturas vítreas, a sílica,


vem sendo longamente estudada e ainda não é totalmente compreendida além da sua
estrutura básica (SiO4) (STRUCTURE OF OXIDE GLASSES, 2009). Os isoladores de
vidro são fabricados em sua maior parte de vidro soda­lime­silica, os quais possuem
reagentes básico a sílica (SiO4), óxido de sódio (Na2O) e óxido de cálcio (CaO). Tem
um ponto de fusão com aproximadamente 1200°C e apresentam uma aparência boa
e ótima trabalhabilidade. Durante a fabricação dos isoladores, com o objetivo de
aumentar a dureza do vidro, o mesmo passa por um processo ao qual após a
solidificação o material é submetido a um choque térmico com o objetivo de fazer um
rápido resfriamento causando a solidificação da parte externa e deixando a sob
compressão e o seu interior sob tração.

Compondo cadeias, esse tipo de isolador pode ser utilizado em qualquer


tensão, variando apenas o número de isoladores que serão ligados em série. Temos
também como opção de montagem duas ou mais cadeias em paralelo, para aumentar
a capacidade mecânica.

Devido ao seu custo de aquisição baixo, rusticidade, relativa confiabilidade e


simplicidade, os isoladores de vidro vêm dominando o mercado de isoladores por
muitos e muitos anos. Porém, temos algumas características negativas sobre esse
tipo de isolador, tais como: Material extremamente frágil; Peso relativamente elevado,
se comparado a outros tipos de isoladores; material atrativo para o vandalismo. Vale
ressaltar que esforços mecânicos ou elétricos, mesmo que de curta duração em
valores acima dos recomendados podem causar danos permanentes a esse
componente.Com o advento das novas tecnologias e estudos, os isoladores de vidro
vêm ao longo do tempo perdendo o seu espaço para os isoladores poliméricos, porém
a maioria dos isoladores das linhas de alta e extra alta tensão ainda são feitos de
vidro. Mas, tende­se a uma alta substituição desse tipo de material.
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Como tudo vem evoluindo, a tecnologia voltada para isoladores não poderia ser
diferente, não é à toa que constantemente vem­se estudando e aprimorando os meios
e materiais que compõem os isolantes elétricos. No capitulo a seguir será abordado
detalhes sobre os isoladores poliméricos, suas utilizações, composição, e demais
características que são importantes para o sistema elétrico de potência.

5.3 ISOLADORES POLIMÉRICOS

Os isoladores poliméricos são amplamente utilizados em sistemas elétricos da


Europa, América do Norte e Austrália, devido ao fato de diminuírem os custos em
projetos de linhas de transmissão e espera­se que seu uso aumente ainda mais nos
próximos anos em outros países. Apresentando um bom desempenho sob
contaminação e fácil instalação os isoladores poliméricos veem ao longo do tempo
sendo uma ótima opção para utilização em linhas de transmissão, subestações e rede
de distribuição. Nas figuras 16 e 17, podemos observar exemplos de um isolador do
tipo polimérico.

Figura 16 ­ Isolador polimérico ­ Fonte: Autores, 2017.


23

Figura 17 ­ Isolador polimérico em Linha de 69 kV ­ Fonte: Autores, 2017.

Os isoladores poliméricos são empregados em sua maioria para isolação de


Linhas de transmissão e subestações de altas ou baixas tensões, mas podem ter
inúmeras aplicações na área da engenharia elétrica.

Além das vantagens acima citadas, esse tipo de isolador também possui as
seguintes características:

 Hidrofobicidade na presença de névoa e de chuva;


 Possuem peso inferior aos outros tipos de isoladores proporcionando o
aumento da capacidade de transmissão das torres, sem alterar suas
dimensões;
 Baixo custo.

5.3.1 Fabricação dos polímeros

Os polímeros são compostos químicos que possuem elevada massa molecular


e de grandes cadeias. São macromoléculas formadas por unidades básicas, os
24

monômeros. Portanto, os polímeros são vários monômeros ligados formando uma


longa cadeia que se repete.

 Basicamente existem dois tipos de polímeros: Os naturais (encontrados na


natureza) e os artificiais. Como exemplo dos polímeros naturais, podemos citar
o DNA e o RNA, e a borracha retirada das seringueiras. Os polímeros artificiais
são formados termorrígidos: tipo de polímero que apresentam uma alta
estabilidade a variações de temperatura, porém se expostos a temperaturas
muito elevadas ocorre a decomposição do material e o mesmo fica muito difícil
de ser remodelado gerando uma dificuldade grande para a sua reciclagem.
 Termoplásticos: recebe esse nome pois em altas temperaturas apresentam
uma alta viscosidade podendo facilmente ser moldados. Este tipo de polímero
pode ser facilmente reciclável.
 Elastômeros: apresentam uma alta elasticidade em temperaturas ambiente
podendo ser esticados de duas a três vezes do seu tamanho inicial e ele volta
rapidamente ao seu tamanho inicial quando se retira a tração. Popularmente
esse tipo de polímero é conhecido como borracha.
 Por reações de polimerização. Essas reações ocorrem quando as moléculas
menores (monômeros) se combinam por valências principais formando
moléculas mais longas, mais ou menos ramificadas, no entanto com as
mesmas composições centesimais.

5.3.2 Fabricação dos isoladores e composição

Os isoladores para as linhas de transmissão e subestações de energia elétrica


são constituídos basicamente de um núcleo de material condutor que é revestido por
um material que causa a sua isolação. Comumente podemos encontrar os isoladores
tipo bastão, pilar e pino. Para moldar os materiais poliméricos é utilizado geralmente
o processo de vulcanização, o qual consiste em aquecer o polímero a altas
temperaturas provocando a formação de ligações cruzadas nas moléculas do
material, desenvolvendo uma estrutura tridimensional rígida com resistência
proporcional à quantidade destas ligações.
25

Esses tipos de isoladores são recobertos por uma camada de materiais


poliméricos, aonde os tipos de matérias mais utilizados em linhas de transmissão são
o silicone e o etileno­propileno­dieno (EPDM). O silicone é um material bastante
resistente a decomposição por agentes químicos, agua ou calor e é altamente inerte.
É fabricado a partir da sílica e do cloreto de metila. Já o EPDM (etileno­propileno­
dieno) é uma borracha sintética feita de etileno, propileno e dieno aonde podemos
obter materiais com uma arquitetura molecular de alta confiabilidade e precisão
variando as concentrações dos produtos.

5.3.3 Avaliações nos isoladores poliméricos

Para esse tipo de isolador, podemos ter algumas formas mais utilizadas para a
avaliação preditiva e consequentemente a detecção de possíveis falhas:

 Inspeção visual;
 Medições de corrente de fuga;
 Descargas parciais;
 Ultrassom.

Em laboratório, os isoladores podem ser testados das seguintes formas:


intemperismo acelerado (utilizado principalmente para classificação de materiais e
incluem câmaras de névoa salina e câmaras de névoa limpa), teste de trilhamento
com plano inclinado e teste de trilhamento no carrossel.

6 VANTAGENS E LIMITAÇÕES

Conforme visto no item 5 desse artigo, foi possível analisar diversas


características dos isoladores utilizados no sistema elétrico de potência, dentre essas
características, identificamos as suas descrições e conceitos, sua composição em
relação ao material, seu histórico de utilização, seus princípios de funcionamento,
propriedades físicas, formação do material e também suas comparações a partir do
momento que foi citado mais de um modelo existente.

Segue tabela 1 apresentando as vantagens e limitações dos isoladores.


26

Tabela 1 ­ Vantagens e limitações dos isoladores ­ Fonte: Autores, 2017.

Através da tabela, podemos observar uma linha de sucessão em relação ao


material utilizado, por exemplo, foi possível identificar também no item 5, que os
isoladores de composição cerâmica e de porcelana foram os pioneiros no sistema
elétrico, logo em seguida vieram os isoladores de vidro, e, por fim os poliméricos,
logo, diante disto, é perceptível que os compostos polímeros se sobressaiam diante
dos demais, obtendo uma quantidade e qualidade maior de vantagens, e uma menor
quantidade de limitações.

7 METODOLOGIA

A metodologia utilizada nesse artigo baseia­se em uma ideia sugestiva para a


melhoria e aperfeiçoamento do desempenho do sistema elétrico de potência, desde
sua geração de energia até o seu consumidor final, sendo necessário obedecer às
etapas de transmissão e distribuição.

A ideia veio através do contato dos graduandos com o mercado de trabalho,


onde ambos puderam observar a tamanha utilização e importância dos isoladores nas
27

linhas e subestações de energia. Durante o desenvolvimento do artigo, foram


programadas várias etapas, para melhor entendimento, produção e eficiência do
trabalho.

 Em conjunto com o professor orientador, foi decidido o tema do trabalho com o


objetivo de analisar os isoladores e identificar qual o mais vantajoso no cenário
atual.
 Foram realizados estudos e pesquisas sobre o tema proposto com o objetivo
de obter mais conhecimento do que o já existente sobre o mesmo, como por
exemplo: SEP, subestações de energia, linhas de transmissão, isolantes
elétricos, componente isolador, e por fim, seus tipos e propriedades.
 Foram necessárias idas a campo para obtenção de fotos e visualização do
componente (isolador) sendo utilizado no sistema elétrico.
 Após a junção de todo material e consolidação de dados para o artigo, foi
iniciada a fase de análise do tema proposto.
 Por fim, baseado no que foi pesquisado e analisado, foi desenvolvida uma
conclusão embasada pelo que foi apresentado no artigo.

A figura 18, logo abaixo, demostra através de um fluxo as etapas citadas


anteriormente, para melhor clareza e entendimento.

Figura 18 ­ Etapas da metodologia utilizada ­ Fonte: Autores, 2017.


28

8 CONCLUSÃO

Ao término desse artigo, foi notado o quanto os isoladores são componentes


altamente importantes no sistema elétrico de potência, e isso foi comprovado através
de todo o conteúdo abordado nesse trabalho, principalmente quando se tem toda uma
linha de pesquisa voltada para utilização, composição e características desse
material.

Foi notado que assim como qualquer objeto, qualquer componente


independente do sistema que se trata, o mesmo, tem suas limitações, assunto que
também foi demostrado com clareza no desenvolvimento do artigo.

Outros pontos que também devem ser levados em consideração, são as falhas
que os isoladores apresentam, e suas susceptibilidades aos defeitos e intempéries
que estão expostos. Essas falhas, devem ser identificadas antes que o equipamento
saia de sua fonte produtora, ou seja, do seu fabricante, para que isso ocorra com total
êxito, os testes em fábricas devem ser aplicados e parametrizados da melhor forma,
para que com isso, seja possibilitado um melhor planejamento das empresas que irão
utilizar os isoladores, garantindo uma excelente condição e padrão de funcionamento.

Um dos pontos que demostra uma característica global do que chamamos de


tecnologia, é a sua constante evolução, pois, foi retratado um pouco sobre a evolução
do material utilizado na composição dos isoladores, onde primeiramente tivemos a
cerâmica, e em seguida o vidro e os polímeros. Devido a isso, pode­se perceber que
independente do equipamento, o mesmo sempre estará sofrendo alterações de
acordo com o tempo, onde essa tem o objetivo de melhorar ao máximo a sua
qualidade.

Com a realização dos estudos e das pesquisas aplicadas, todos os conceitos


foram exemplificados com clareza, buscando demostrar a eficácia da aplicação dos
isoladores na intenção de prevenir as falhas no sistema de potência, com isso, trazer
um retorno técnico, com qualidade e confiabilidade para as empresas que trabalhem
com esse tipo de material. Foi demonstrado ao longo do trabalho, uma série de
vantagens e comparações dos isoladores poliméricos em relação aos isoladores de
vidro e porcelana
29

Por fim, com todo o trabalho apresentado, fica perceptível que a aplicação dos
isoladores é recomendada não somente no SEP, e sim em todos os setores que
utilizam a energia elétrica, por exemplo, as indústrias, que buscam um excelente
desempenho e garantia de execução sem interrupção em suas atividades e
processos.

ABSTRACT

The increasing demand of the electric sector and the level of demand of its
consumers increasingly demand from the companies a continuous and reliable supply
of electricity. To ensure the continuity of this energy supply, companies in the industry
need constant improvements in the maintenance techniques used and optimization of
components and equipment that make up the power system. In substations and
transmission lines, means of transmission and distribution of energy there are
components responsible for maintaining and guaranteeing the reliability and the
continuous supply of electrical energy, for example the insulators that are the
components responsible for avoiding unnecessary contacts between energized and
de­energized means, avoiding an intemperance in the system. The purpose of this
work is to present an improvement by replacing glass insulators with polymer insulators
with the main objective of making the system more modern and reliable. In order to
reach the results it was necessary to study the concepts of maintenance, maintenance
techniques, substations, transmission lines and the cited insulators (glass and
polymer). The study was divided into practical and theoretical stages, because besides
obtaining the knowledge through research and reading it was necessary to have an
isolator of each material so that we could visualize and analyze its technical properties.
All work done was based on the need to improve the electrical system.

Keywords: Maintenance. Insulators. Substation. Transmission Lines. SEP.


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