Direito Eleitoral - RT 40º Exame

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Sumário

1. Direito Eleitoral – part. 01......................................................................................................... 4


1.1. Conceitos e sistemas eleitorais ............................................................................................. 4
1.2. Partidos políticos ................................................................................................................... 5
1.3. Arrecadação e aplicação dos recursos nas campanhas eleitorais ........................................ 7
2. Direito Eleitoral – part. 02......................................................................................................... 8
2.1. Alistamento eleitoral, elegibilidade e inelegibilidade ............................................................. 8
2.2. Propaganda política .............................................................................................................. 9
2.3. Propaganda eleitoral ............................................................................................................. 9
2.4. Ações eleitorais ................................................................................................................... 10

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1. Direito Eleitoral – part. 01

1.1. Conceitos e sistemas eleitorais


1.1.1. O que é Direito Eleitoral?
Direito eleitoral é o ramo do Direito Público que tem o objetivo de regulamentar os Direitos
Políticos e o processo eleitoral.

1.1.2. Sistemas eleitorais

Art. 106 do CE. Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos
apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a
fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior.
Art. 107 do CE. Determina-se para cada partido o quociente partidário dividindo-se pelo
quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda, desprezada a
fração.
Art. 108 do CE. Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido que
tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente
eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação
nominal que cada um tenha recebido.

Assim:
• Quociente eleitoral = nº de votos válidos apurados / pelo nº de lugares a preencher;
• Quociente partidário = nº de votos válidos de um partido político / pelo quociente
eleitoral.

Exemplo: Estado tem 20 deputados federais e 10 milhões de votos válidos.


• Quociente eleitoral = 10 milhões / 20 = 500.000;
• Quociente partidário = 1 milhão / 500.000 = 2.

Quem é eleito por cada sistema?

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1.2. Partidos políticos


Natureza jurídica.

Art. 1º da Lei nº 9.099/95. O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se
a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema
representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.
Parágrafo único. O partido político não se equipara às entidades paraestatais.

1.2.1. Criação do partido político

Art. 17, § 2º, da CF. Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

1º) Aquisição da personalidade jurídica:


• Subscrito por, no mínimo, 101 fundadores;
• Devem ter domicílio eleitoral em 1/3 dos Estados (art. 8º da Lei nº 9.096/95).

2º) Aquisição da capacidade política: partido deve conseguir, em dois anos, apoio de não
filiados a partidos que correspondam (art. 7º, § 1º, da Lei nº 9.096/95):
• 0,5% dos votos na última eleição da câmara dos deputados;
• Distribuídos por, no mínimo, 1/3 dos estados;
• Com um mínimo de 0,1% do eleitorado que haja votado em cada um deles.

Uma vez criado o partido e registrado no TSE já pode concorrer?

Art. 4º da Lei nº 9.504/97. Poderá participar das eleições o partido que, até seis meses
antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o
disposto em lei, e tenha, até a data da convenção, órgão de direção constituído na
circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto.

1.2.2. Liberdade e autonomia partidária

Art. 17 da CF. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,


resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros
ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
(…)

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§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha
e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas
eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária.
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

1.2.3. Filiação partidária

Art. 16 da Lei nº 9.096/95. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno gozo
de seus direitos políticos.

Para concorrer deve estar filiado a quanto tempo?

Art. 20 da Lei nº 9.096/95. É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto,


prazos de filiação partidária superiores aos previstos nesta Lei, com vistas a candidatura
a cargos eletivos.
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas
a candidatura a cargos eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição.

E se o filiado possui mandato e se desfilia?

Art. 17, § 6º, da CF. Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados


Distritais e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos
perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do partido ou de outras hipóteses de
justa causa estabelecidas em lei, não computada, em qualquer caso, a migração de partido
para fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou de outros fundos públicos e de
acesso gratuito ao rádio e à televisão. (Incluído pela EC nº 111/2021)

Art. 22-A da Lei nº 9.096/95. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se
desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito.
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária somente as
seguintes hipóteses:
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
II - grave discriminação política pessoal;
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo
de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término
do mandato vigente.

1.2.4. Federação partidária


Alteração recente (Lei nº 14.208/2021):

Art. 11-A da Lei nº 9.096/95. Dois ou mais partidos políticos poderão reunir-se em
federação, a qual, após sua constituição e respectivo registro perante o Tribunal Superior
Eleitoral, atuará como se fosse uma única agremiação partidária.
§1º Aplicam-se à federação de partidos todas as normas que regem o funcionamento
parlamentar e a fidelidade partidária.

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§2º Assegura-se a preservação da identidade e da autonomia dos partidos integrantes de


federação.
§3º A criação de federação obedecerá às seguintes regras:
I - A federação somente poderá ser integrada por partidos com registro definitivo no
Tribunal Superior Eleitoral;
II - Os partidos reunidos em federação deverão permanecer a ela filiados por, no mínimo,
4 (quatro) anos;
III - A federação poderá ser constituída até a data final do período de realização das
convenções partidárias; (Vide ADI nº 7021)
IV - A federação terá abrangência nacional e seu registro será encaminhado ao Tribunal
Superior Eleitoral.

Pode sair da federação?

Art. 11-A, § 4º, da Lei nº 9.096/95. O descumprimento do disposto no inciso II do § 3º


deste artigo acarretará ao partido vedação de ingressar em federação, de celebrar
coligação nas 2 (duas) eleições seguintes e, até completar o prazo mínimo remanescente,
de utilizar o fundo partidário.

Resolva a questão a seguir:

1) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 40º Exame da OAB


Um grupo de pessoas civis com pensamentos e ideologias afins pretende criar um partido político, de
caráter regional, intitulado Partido Gama, para atender aos interesses da população do Estado Alpha,
cujos direitos vêm sendo reiteradamente negligenciados pelas autoridades e pelo governo federal.
Com dúvidas sobre a viabilidade da criação do Partido Gama, seus organizadores decidem consultar
a orientação de um advogado. Considerando essa situação hipotética à luz das disposições
constitucionais e legais, assinale a afirmativa correta.

A) Após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, o partido político deverá registrar seu
estatuto no Tribunal Regional Eleitoral do Estado Alpha.
B) A autonomia interna conferida pela Constituição da República aos partidos políticos permite a
criação do Partido Gama nos termos pretendidos.
C) Os partidos políticos devem observar o preceito de terem caráter nacional, não sendo possível a
criação de um partido político com caráter regional.
D) Em razão de atenderem ao interesse público e ao regime democrático, os partidos políticos são
pessoas jurídicas de direito público.

1.3. Arrecadação e aplicação dos recursos nas campanhas eleitorais

Art. 18 da Lei nº 9.504/97. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e


divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 18-B da Lei nº 9.504/97. O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada
campanha acarretará o pagamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento)
da quantia que ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência
de abuso do poder econômico.

E gastos com advogado durante a campanha eleitoral?

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Art. 18-A da Lei nº 9.504/97. Serão contabilizadas nos limites de gastos de cada
campanha as despesas efetuadas pelos candidatos e as efetuadas pelos partidos que
puderem ser individualizadas.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput deste artigo, os gastos advocatícios e de
contabilidade referentes a consultoria, assessoria e honorários, relacionados à prestação
de serviços em campanhas eleitorais e em favor destas, bem como em processo judicial
decorrente de defesa de interesses de candidato ou partido político, não estão sujeitos a
limites de gastos ou a limites que possam impor dificuldade ao exercício da ampla defesa.
Art. 22 da Lei nº 9.504/97. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta
bancária específica para registrar todo o movimento financeiro da campanha.
Art. 23 da Lei nº 9.504/97. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou
estimáveis em dinheiro para campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por
cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
(...)
§ 2º-A O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10%
(dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.

2. Direito Eleitoral – part. 02

2.1. Alistamento eleitoral, elegibilidade e inelegibilidade


Condições de elegibilidade:

Art. 14, § 3º, da CF. São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

Causas de elegibilidade:

Art. 14, § 4º, da CF. São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.


Art. 14, § 5º, da CF. O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos
poderão ser reeleitos para um único período subsequente.
Art. 14, § 6º, da CF. Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos
respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
Art. 14, § 7º, da CF. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da
República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de
quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de
mandato eletivo e candidato à reeleição.

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Art. 14, § 9º, da CF. Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os
prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para
exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e
legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício
de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

Art. 1º, I, “e”, da LC 64/90. São inelegíveis


I - para qualquer cargo:
(…)
e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão
judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o
cumprimento da pena, pelos crimes:
1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;
2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos
na lei que regula a falência;
3. contra o meio ambiente e a saúde pública;
4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;
5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à
inabilitação para o exercício de função pública;
6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; (Incluído pela Lei Complementar
7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos;
8. de redução à condição análoga à de escravo;
9. contra a vida e a dignidade sexual;
10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;

2.2. Propaganda política


São três espécies:
1. Partidária: difundir programas partidários, transmitir mensagens para aos filiados,
divulgar posição do partido sobre determinados assuntos, incentivar filiação;
2. Intrapartidária: realizada pelo sujeito que quer ser escolhido em convenção (art.
36, § 1º, Lei nº 9.504/97);
3. Eleitoral: dirigida a obter voto, sendo permitida após 15 de agosto.

2.3. Propaganda eleitoral


Ocorre durante o período eleitoral, após 15 de agosto do ano das eleições (art. 36 da
Lei 9504/97).
Regra: não pode em bem público, bem de uso comum ou bem particular.

Art. 37, § 2º, Lei nº 9.504/97. Não é permitida a veiculação de material de propaganda
eleitoral em bens públicos ou particulares, exceto de:
I - bandeiras ao longo de vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom
andamento do trânsito de pessoas e veículos;
II - adesivo plástico em automóveis, caminhões, bicicletas, motocicletas e janelas
residenciais, desde que não exceda a 0,5 m² (meio metro quadrado).

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Observação: espontâneo e gratuito em bem particular.

§3º Nas dependências do Poder Legislativo, a veiculação de propaganda eleitoral fica a


critério da Mesa Diretora.
§6º É permitida a colocação de mesas para distribuição de material de campanha e a
utilização de bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não dificultem
o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos.
§7º A mobilidade referida no § 6º estará caracterizada com a colocação e a retirada dos
meios de propaganda entre as seis horas e as vinte e duas horas.

• Showmícios?
• Outdoors?
• Distribuição de camisetas, bonés, brindes, cestas básicas?
• Carro de som?

Boca de urna é possível?

Art. 39, § 5º. Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção, de seis meses
a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período,
e multa no valor de cinco mil a quinze mil UFIR:
I - o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata;
II - a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna;
III - a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus
candidatos.
IV - a publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento de conteúdos nas aplicações
de internet de que trata o art. 57-B desta Lei, podendo ser mantidos em funcionamento as
aplicações e os conteúdos publicados anteriormente.

• Manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido, ou


candidato com uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos?
• Aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado?
• Rádio e TV?
• Propaganda eleitoral na internet?

Propaganda eleitoral na internet pode ser paga?

Art. 57-C. É vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na


internet, excetuado o impulsionamento de conteúdos, desde que identificado de forma
inequívoca como tal e contratado exclusivamente por partidos, coligações e candidatos e
seus representantes.

2.4. Ações eleitorais


2.4.1. Ação de impugnação de registro de candidatura (AIRC)

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Prevista entre os arts. 3º e 17 da LC 64/90.


Fundamentos da AIRC:
• Ausência de uma das condições de elegibilidade (art. 14, § 3º, da CF);
• Presença de uma das hipóteses de inelegibilidade (art. 14, §§ 4º a 9º, da CF); ou
• Pela ausência de algum dos documentos essenciais ao registro (art. 11, § 1º, Lei
nº 9.504/97).

Legitimidade ativa (art. 3º, LC 64/90):


• Ministério Público;
• Candidato (pré-candidato);
• Partido político/coligação/federação.

Legitimidade passiva: candidato (pré-candidato) impugnado.


Prazo (art. 3º, LC 64/90): 5 dias, a contar da publicação do pedido de registro.
Competência:
• Juiz eleitoral: AIRC em face de candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador;
• TRE: AIRC em face de candidatos a governador e vice, senador e suplentes,
deputado federal, deputado estadual e deputado distrital;
• TSE: AIRC em face de candidato a presidente da república e vice.

Decisão final (art. 15):


• Nega o registro da candidatura;
• Cancela o registro (caso já deferido);
• Declara nulo o diploma (se já deferido).

2.4.2. Ação de investigação judicial eleitoral (AIJE)


Prevista no art. 22 da LC 64/90.

Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá


representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando
fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial
para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade,
ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de
candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito:
(…)

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Fundamentos:
• Abuso de poder econômico;
• Abuso de poder político;
• Utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social.

Legitimidade ativa (art. 22, LC 64/90):


• Ministério Público;
• Candidato;
• Partido político/coligação/federação.

Legitimidade passiva:
• Candidato impugnado;
• Particular que concorreu para prática do abuso.

Prazo (lei não fixou prazo):


• Termo inicial: após o registro de candidatura;
• Termo final: diplomação dos eleitos.

Competência:
• Juiz eleitoral: AIJE em face de candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador;
• TRE (direcionada ao Corregedor-Regional Eleitoral): AIJE em face de candidatos a
governador e vice, senador e suplentes, deputado federal, deputado estadual e
deputado distrital;
• TSE (direcionada ao Corregedor-Geral Eleitoral): AIJE em face de candidato a
presidente da república e vice (art. 24).

Decisão final (art. 22, XIV):


• Pena de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 anos subsequentes
à eleição em que se verificou;
• Cassação do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado.

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2.4.3. Ação de impugnação de mandato eletivo (AIME)


Prevista no art. 14, §§ 10 e 11, da CF.

Art. 14. § 10, da CF. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no
prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do
poder econômico, corrupção ou fraude.
Art. 14. § 11, da CF. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça,
respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

Fundamentos:
• Abuso de poder econômico;
• Corrupção (art. 299 do Código Eleitoral);
• Fraude.

Legitimidade ativa (art. 3º, LC 64/90)


• Ministério Público;
• Candidato;
• Partido político/federação.

Legitimidade passiva: diplomado (se tem vice ou suplentes, devem estar no polo passivo
também).
Prazo: 15 dias contados da diplomação (art. 14, §10, da CF).
Competência (art. 2º, LC 64/90):
• Juiz eleitoral: AIME em face de candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador;
• TRE: AIME em face de candidatos a governador e vice, senador e suplentes,
deputado federal, deputado estadual e deputado distrital;
• TSE: AIME em face de candidato a presidente da república e vice.

Resolva a questão a seguir:

2) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 40º Exame da OAB


Juliano concorreu ao cargo de prefeito do Município Beta, porém acabou perdendo as eleições para o
seu concorrente, Pedro. Após diplomação dos eleitos, chegou ao conhecimento de Juliano que Pedro
havia praticado atos que configuravam abuso de poder econômico. Diante disso, Juliano procura você,
como advogado, para saber se há alguma medida judicial que pode ser buscada. Você, corretamente,
responde que:

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A) como já houve a diplomação, não é mais possível o ajuizamento de nenhuma ação eleitoral.
B) é possível ajuizar a ação de investigação judicial eleitoral, o que deve ocorrer nos quinze dias
subsequentes à diplomação.
C) é possível ajuizar a ação de impugnação de registro de candidatura, que pode ocorrer a qualquer
momento, desde que antes da posse.
D) é possível ajuizar a ação de impugnação de mandato eletivo, o que deve ocorrer nos quinze dias
subsequentes à diplomação.

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Gabaritos das questões:

1–C 2–D

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