Arquitetura No Modelo C4 e Visão 4+1

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Diagrama de Arquitetura no Modelo C4: Uma Visão

Geral
O Modelo C4 é uma abordagem popular para documentar a arquitetura de software de
forma clara e concisa. Ele oferece uma visão hierárquica e abrangente do sistema, desde
o contexto geral até os detalhes de implementação. Os diagramas C4 são especialmente
úteis para facilitar a comunicação entre diferentes stakeholders, como arquitetos,
desenvolvedores e gestores de produtos.

Os quatro níveis do Modelo C4 são:

1. Contexto:
o Objetivo: Mostrar como o sistema se relaciona com outros sistemas e
entidades externas.
o Elementos: Sistemas, pessoas, dispositivos e outros sistemas externos.
o Relações: Interações entre os sistemas.
o Exemplo: Um diagrama de contexto pode mostrar como um aplicativo
de e-commerce se integra com um gateway de pagamento, um serviço de
entrega e um sistema de gestão de estoque.
2. Contêiner:
o Objetivo: Detalhar os componentes principais do sistema e como eles se
comunicam.
o Elementos: Aplicações, bancos de dados, serviços externos e outros
componentes de software.
o Relações: Dependências e fluxos de dados entre os componentes.
o Exemplo: Um diagrama de contêiner pode mostrar como um aplicativo
web é composto por um servidor web, um banco de dados e um serviço
de autenticação.
3. Componentes:
o Objetivo: Descrever a estrutura interna de cada contêiner.
o Elementos: Classes, módulos, funções e outros elementos de software.
o Relações: Interações entre os componentes internos.
o Exemplo: Um diagrama de componentes pode mostrar como um módulo
de carrinho de compras se comunica com um módulo de produtos e um
módulo de pagamento.
4. Código:
o Objetivo: Fornecer o nível mais detalhado de documentação,
referenciando o código-fonte.
o Elementos: Classes, métodos e outras entidades de código.
o Relações: Dependências e chamadas entre as entidades de código.
o Exemplo: Um diagrama de código pode mostrar a implementação de
uma classe específica e suas relações com outras classes.

Benefícios do Modelo C4:

 Facilidade de compreensão: A hierarquia de níveis torna a arquitetura mais


fácil de entender para diferentes públicos.
 Flexibilidade: Pode ser adaptado a diferentes tipos de sistemas e tecnologias.
 Reutilização: Os diagramas podem ser reutilizados em diferentes fases do
desenvolvimento.
 Comunicação eficaz: Facilita a comunicação entre os membros da equipe.
 Onboarding: Ajudar novos membros a entender a arquitetura do sistema.

Ferramentas para criar diagramas C4:

 PlantUML: Ferramenta popular para gerar diagramas UML, incluindo


diagramas C4.
 Draw.io: Ferramenta de diagramação online gratuita e fácil de usar.
 Lucidchart: Ferramenta de diagramação online com recursos avançados.
 Visual Studio Code: Extensões para criar diagramas C4 diretamente no editor
de código.

Em resumo, o Modelo C4 é uma ferramenta poderosa para visualizar e documentar a


arquitetura de software. Ao fornecer uma visão clara e organizada do sistema, ele ajuda
a garantir que todos os envolvidos compreendam a estrutura e o funcionamento do
software.
Best Practices para Criar Diagramas C4 Eficazes
Diagramas C4 são ferramentas poderosas para visualizar e comunicar a arquitetura de
software. Para garantir que seus diagramas sejam claros, concisos e eficazes, siga estas
best practices:

1. Escolha o Nível de Detalhe Adequado

 Contexto: Foque nas relações entre sistemas externos.


 Contêiner: Detalhe os componentes principais e suas interações.
 Componentes: Explore a estrutura interna dos componentes.
 Código: Use para documentar detalhes de implementação específicos.

2. Utilize Notação Consistente

 Padronize a notação: Utilize formas e símbolos consistentes para representar


diferentes elementos (sistemas, componentes, etc.).
 Adote um estilo visual: Mantenha um estilo visual uniforme em todos os diagramas
para facilitar a compreensão.
 Utilize legendas: Inclua uma legenda para explicar os símbolos e abreviações
utilizados.

3. Mantenha a Simplicidade

 Evite o excesso de detalhes: Inclua apenas as informações relevantes para o público-


alvo.
 Organize os elementos: Agrupe elementos relacionados para melhorar a legibilidade.
 Use cores e espaçamento: Utilize cores e espaçamento para destacar os elementos
mais importantes.

4. Foque na Comunicação

 Adapte-se ao público: Utilize uma linguagem e nível de detalhe adequados ao


conhecimento do público-alvo.
 Use diagramas para complementar a documentação: Os diagramas devem
complementar a documentação textual, não substituí-la.
 Obtenha feedback: Solicite feedback de outros membros da equipe para garantir que
os diagramas sejam claros e compreensíveis.

5. Utilize Ferramentas Adequadas

 Escolha a ferramenta certa: Utilize ferramentas como PlantUML, Draw.io ou


Lucidchart para criar diagramas de alta qualidade.
 Explore as funcionalidades: Aproveite as funcionalidades das ferramentas para
automatizar a criação de diagramas e gerar código a partir deles.
6. Mantenha os Diagramas Atualizados

 Atualize regularmente: Mantenha os diagramas atualizados para refletir as mudanças


na arquitetura do sistema.
 Utilize um sistema de versionamento: Utilize um sistema de versionamento para
acompanhar as mudanças nos diagramas.

7. Comece com um Diagrama de Contexto

 Defina os limites do sistema: Um diagrama de contexto ajuda a estabelecer o escopo


do sistema e suas interações com o mundo externo.
 Identifique os stakeholders: Ajude a identificar os principais stakeholders e suas
necessidades.

8. Utilize a Revisão por Pares

 Obtenha feedback: Realize revisões por pares para identificar erros e inconsistências
nos diagramas.
 Melhore a qualidade: A revisão por pares ajuda a garantir que os diagramas sejam
precisos e completos.

9. Considere a Evolução do Sistema

 Planeje para o futuro: Os diagramas devem ser flexíveis o suficiente para acomodar as
mudanças futuras na arquitetura do sistema.
 Utilize padrões de design: A utilização de padrões de design pode ajudar a criar
diagramas mais robustos e escaláveis.

10. Documente as Decisões de Arquitetura

 Explique o porquê: Documente as razões por trás das decisões de arquitetura para
facilitar a manutenção e evolução do sistema.
Como Usar o Modelo C4 em Diferentes Contextos:
Microserviços, Sistemas Monolíticos, etc.
O Modelo C4 oferece uma flexibilidade incrível para documentar a arquitetura de
sistemas, independentemente de sua complexidade ou tipo. Seja em sistemas
monolíticos, microserviços, ou até mesmo em arquiteturas híbridas, o C4 pode ser
adaptado para fornecer uma visão clara e concisa.

Adaptação do Modelo C4 a Diferentes Contextos:

 Sistemas Monolíticos:
o Foco nos componentes: Os diagramas de componentes podem detalhar
a estrutura interna do monolito, mostrando as classes, módulos e funções
que compõem o sistema.
o Evolução para microserviços: O C4 pode ser usado para visualizar a
decomposição gradual de um monolito em microserviços, mostrando
como os componentes serão divididos e como as novas interfaces serão
definidas.
 Microserviços:
o Visão geral: Os diagramas de contexto e contêiner podem fornecer uma
visão geral da arquitetura de microserviços, mostrando como os serviços
se comunicam e quais são suas dependências.
o Detalhamento: Os diagramas de componentes e código podem ser
usados para detalhar a implementação interna de cada microserviço.
o Bounded contexts: O C4 pode ajudar a visualizar os limites de cada
bounded context em uma arquitetura de microserviços.
 Sistemas Híbridos:
o Combinação de estilos: O C4 pode ser usado para modelar sistemas que
combinam elementos de arquiteturas monolíticas e de microserviços.
o Transição: Pode auxiliar na visualização de uma arquitetura em
transição, mostrando como diferentes partes do sistema estão sendo
migradas para microserviços.
 Sistemas Legados:
o Documentação: O C4 pode ser usado para documentar a arquitetura de
sistemas legados, facilitando a compreensão e a manutenção.
o Modernização: Pode ajudar a visualizar as opções de modernização,
como a migração para a nuvem ou a refatoração para microserviços.

Considerações Importantes:

 Nível de detalhe: O nível de detalhe dos diagramas deve ser ajustado de acordo
com o contexto e o público-alvo.
 Ferramentas: Utilize ferramentas como PlantUML, Draw.io ou Lucidchart para
criar diagramas de alta qualidade.
 Manutenção: Mantenha os diagramas atualizados para refletir as mudanças na
arquitetura do sistema.
 Colaboração: Envolva os stakeholders na criação e manutenção dos diagramas
para garantir que eles reflitam a visão compartilhada da arquitetura.
Exemplo Prático:

Imagine um sistema de e-commerce que está sendo migrado de um monolito para uma
arquitetura de microserviços. O C4 pode ser usado para:

 Visualizar o monolito: Criar um diagrama de componentes para mostrar a


estrutura interna do monolito.
 Modelar os microserviços: Criar diagramas de contêiner para mostrar os novos
microserviços e suas interações.
 Mapear a transição: Criar diagramas que mostrem como os componentes do
monolito estão sendo mapeados para os microserviços.

Em resumo:

O Modelo C4 é uma ferramenta versátil que pode ser adaptada para qualquer tipo de
arquitetura de software. Ao entender os princípios básicos do C4 e como aplicá-los em
diferentes contextos, você poderá criar diagramas claros e concisos que facilitarão a
comunicação, a colaboração e a manutenção de seus sistemas.
Comparação do Modelo C4 com Outros Modelos de
Arquitetura: UML e 4+1
O Modelo C4, UML e 4+1 são todos modelos de representação de arquitetura de
software, cada um com suas próprias características e aplicações. Vamos comparar
esses modelos para entender melhor suas diferenças e semelhanças:

Modelo C4

 Foco: Simplicidade e comunicação.


 Níveis de abstração: Contexto, Contêiner, Componente, Código.
 Diagramas: Poucos tipos de diagramas, focando na visualização da arquitetura de alto
nível.
 Público-alvo: Amplo, desde desenvolvedores até stakeholders de negócio.
 Vantagens: Fácil de aprender e aplicar, ideal para equipes ágeis, boa comunicação
visual.
 Desvantagens: Pode ser limitado para representar detalhes de design muito
específicos.

UML (Unified Modeling Language)

 Foco: Modelagem completa do ciclo de vida do software.


 Níveis de abstração: Vários diagramas (casos de uso, classes, sequências, estados,
etc.).
 Diagramas: Grande variedade de diagramas para modelar diferentes aspectos do
software.
 Público-alvo: Desenvolvedores e arquitetos de software.
 Vantagens: Extremamente poderoso para modelar sistemas complexos, grande
comunidade e ferramentas.
 Desvantagens: Curva de aprendizado íngreme, pode gerar diagramas complexos e
difíceis de entender.

4+1 Views

 Foco: Múltiplas perspectivas da arquitetura.


 Vistas: Lógica, processo, desenvolvimento, físico, cenários.
 Diagramas: Utiliza diagramas UML para representar as diferentes vistas.
 Público-alvo: Arquitetos de software.
 Vantagens: Abordagem holística da arquitetura, permite analisar diferentes aspectos
do sistema.
 Desvantagens: Pode ser complexa de implementar, requer um bom entendimento de
UML.
Comparação resumida:
Característica Modelo C4 UML 4+1 Views

Simplicidade e Múltiplas
Foco Modelagem completa
comunicação perspectivas

Níveis de
4 níveis Vários diagramas 5 vistas
abstração

Utiliza diagramas
Diagramas Poucos tipos Grande variedade
UML

Desenvolvedores e
Público-alvo Amplo Arquitetos
arquitetos

Complexidade Baixa Alta Média

Quando usar cada modelo?

 Modelo C4: Ideal para equipes ágeis que buscam uma forma rápida e eficiente de
documentar a arquitetura de seus sistemas. É também uma boa opção para comunicar
a arquitetura para stakeholders não técnicos.
 UML: Indicado para projetos complexos que exigem uma modelagem detalhada e
precisa. É útil para capturar requisitos, design e implementação.
 4+1 Views: Adequado para projetos de grande porte que exigem uma visão completa
da arquitetura. Permite analisar a arquitetura sob diferentes perspectivas.

Qual escolher?

A escolha do modelo depende das necessidades específicas do projeto. Em muitos


casos, é possível combinar os modelos. Por exemplo, o Modelo C4 pode ser usado para
fornecer uma visão geral da arquitetura, enquanto o UML pode ser usado para modelar
detalhes específicos de componentes ou subsistemas.

Em resumo:

 Modelo C4: Ótimo para comunicação e visão geral.


 UML: Ideal para modelagem detalhada e complexa.
 4+1 Views: Abordagem holística para arquitetura de sistemas.

A escolha do modelo ideal depende de fatores como:

 Complexidade do sistema: Sistemas simples podem se beneficiar do Modelo C4,


enquanto sistemas complexos podem exigir UML ou 4+1 Views.
 Público-alvo: Se o público-alvo é técnico, UML pode ser mais adequado. Se o público-
alvo é mais amplo, o Modelo C4 pode ser mais fácil de entender.
 Ferramentas disponíveis: A escolha da ferramenta de modelagem também pode
influenciar a decisão.
Em muitos casos, a melhor abordagem é combinar os modelos, utilizando o
Modelo C4 para fornecer uma visão geral da arquitetura e o UML ou 4+1 Views
para modelar detalhes específicos.
O Modelo 4+1 Views: Uma Visão Completa da
Arquitetura de Software
O modelo 4+1 Views, proposto por Philippe Kruchten, é uma abordagem popular para
descrever a arquitetura de software de grande porte, oferecendo uma visão holística e
completa do sistema. Ele propõe a utilização de cinco vistas distintas, cada uma
abordando um aspecto específico da arquitetura, permitindo assim uma análise mais
detalhada e completa do sistema.

As Cinco Vistas do Modelo 4+1 Views

1. Vista Lógica:
o Foco: Funcionalidades do sistema do ponto de vista do usuário.
o Diagramas: Diagramas de classes e casos de uso UML.
o Objetivo: Descrever as classes, objetos e suas relações, além dos casos de uso
que o sistema deve suportar.

2. Vista de Processo:
o Foco: Aspectos dinâmicos do sistema, como a concorrência e o fluxo de
controle.
o Diagramas: Diagramas de sequência, atividades e estados UML.
o Objetivo: Modelar os processos do sistema, as interações entre componentes
e o fluxo de dados.

3. Vista de Desenvolvimento:
o Foco: Organização do software em módulos e componentes para
desenvolvimento.
o Diagramas: Diagramas de componentes UML.
o Objetivo: Mostrar como o sistema é decomposto em partes menores para
desenvolvimento e como essas partes se relacionam.

4. Vista Física:
o Foco: Implementação do sistema em hardware e software.
o Diagramas: Diagramas de implantação UML.
o Objetivo: Descrever a distribuição dos componentes do sistema em nós de
hardware e redes.

5. Vistas de Cenários (o "+1"):


o Foco: Uso do sistema em diferentes cenários.
o Diagramas: Casos de uso, diagramas de sequência.
o Objetivo: Integrar as outras vistas, mostrando como os diferentes elementos
do sistema interagem em cenários de uso reais.

Por que usar o Modelo 4+1 Views?

 Visão holística: Aborda a arquitetura de diferentes perspectivas, permitindo uma


compreensão mais completa do sistema.
 Comunicação eficaz: Facilita a comunicação entre diferentes stakeholders, como
desenvolvedores, testadores e clientes.
 Suporte à tomada de decisões: Ajuda a tomar decisões de design mais informadas.
 Gerenciamento de complexidade: Divide a complexidade da arquitetura em partes
menores e mais gerenciáveis.

Quando usar o Modelo 4+1 Views?

O modelo 4+1 Views é particularmente útil para:

 Projetos de grande porte: Onde a complexidade da arquitetura exige uma abordagem


mais estruturada.
 Sistemas distribuídos: Onde a comunicação e a interação entre diferentes
componentes são cruciais.
 Sistemas com requisitos complexos: Onde é necessário modelar diferentes aspectos
do sistema, como funcionalidade, desempenho e segurança.

Limitações do Modelo 4+1 Views

 Complexidade: Pode ser complexo de implementar, especialmente para projetos


menores.
 Manutenção: Requer esforço contínuo para manter os diagramas atualizados.
 Sobrecarga: A criação de muitos diagramas pode levar a uma sobrecarga de
informações.

Em resumo

O modelo 4+1 Views é uma ferramenta poderosa para arquitetos de software que
buscam uma visão completa e detalhada da arquitetura de seus sistemas. Ao combinar
diferentes perspectivas, ele permite uma análise mais profunda e uma comunicação mais
eficaz entre os stakeholders. No entanto, é importante escolher o nível de detalhe
adequado para cada projeto e evitar a criação de diagramas excessivamente complexos.
A Vista Lógica no Modelo 4+1 Views
A Vista Lógica é uma das cinco perspectivas do modelo 4+1 Views, proposto por
Philippe Kruchten, para descrever a arquitetura de software. Essa vista se concentra na
estrutura estática do sistema, ou seja, nos elementos que compõem o sistema e em como
eles se relacionam entre si para fornecer a funcionalidade desejada.

Objetivo:

 Modelar as abstrações do sistema: Representar os conceitos e objetos do


domínio do problema.
 Capturar os requisitos funcionais: Mostrar como os requisitos funcionais são
mapeados na arquitetura.
 Servir como base para outras vistas: A Vista Lógica é o ponto de partida para
a construção das outras vistas, como a Vista de Processo e a Vista de
Desenvolvimento.

Elementos da Vista Lógica:

 Classes: Representam os conceitos do domínio do problema e as entidades do


sistema.
 Objetos: Instâncias das classes, que representam os dados e comportamentos do
sistema.
 Atributos: As características das classes.
 Métodos: As operações que as classes podem executar.
 Associações: As relações entre as classes.
 Agregação: Um tipo especial de associação que representa uma relação "parte
de".
 Composição: Um tipo especial de agregação onde a parte não pode existir
independentemente do todo.
 Generalização: A relação entre uma classe mais geral (superclasse) e uma
classe mais específica (subclasse).

Diagramas Utilizados:

 Diagrama de Classes: O diagrama mais comum para representar a Vista


Lógica. Ele mostra as classes, seus atributos, métodos e as relações entre elas.
 Diagrama de Objetos: Uma instância do diagrama de classes, mostrando
objetos específicos e suas relações em um determinado momento.
 Diagrama de Casos de Uso: Embora mais relacionado à Vista de Cenários, o
diagrama de casos de uso também pode ser utilizado na Vista Lógica para
mostrar as funcionalidades do sistema.

Exemplo:

Imagine um sistema de e-commerce. A Vista Lógica poderia incluir classes como:

 Cliente: Com atributos como nome, endereço e histórico de compras.


 Produto: Com atributos como nome, preço e descrição.
 Pedido: Com atributos como data, itens e status.

As relações entre essas classes poderiam ser:

 Um cliente pode fazer muitos pedidos.


 Um pedido contém muitos produtos.

Importância da Vista Lógica:

 Base para outras vistas: A Vista Lógica serve como base para a construção das
outras vistas, como a Vista de Processo, que mostra como as classes interagem
para realizar as funcionalidades do sistema.
 Comunicação com stakeholders: A Vista Lógica, por ser mais abstrata, é mais
fácil de entender por stakeholders não técnicos, como clientes e gerentes de
produto.
 Evolução do sistema: A Vista Lógica pode ser utilizada para acompanhar as
mudanças nos requisitos do sistema e para guiar o desenvolvimento de novas
funcionalidades.

Em resumo:

A Vista Lógica do modelo 4+1 Views fornece uma visão estática e abstrata da
arquitetura de software, focando nos conceitos e objetos do domínio do problema. Ela é
fundamental para entender a estrutura do sistema e como os diferentes componentes se
relacionam entre si.
A Vista de Processo no Modelo 4+1 Views
A Vista de Processo no Modelo 4+1 Views se concentra na dinâmica do sistema, ou
seja, em como os componentes do sistema interagem ao longo do tempo para realizar as
suas funções. Ela complementa a Vista Lógica, que se foca na estrutura estática do
sistema.

Objetivo:

 Modelar o comportamento dinâmico do sistema: Mostrar como as atividades


são executadas e como os dados fluem entre os componentes.
 Identificar processos concorrentes e paralelos: Mostrar como diferentes
partes do sistema podem executar tarefas simultaneamente.
 Analisar o desempenho e a escalabilidade: Avaliar como o sistema se
comporta sob diferentes cargas de trabalho.

Elementos da Vista de Processo:

 Processos: Representam as unidades de trabalho que são executadas no sistema.


 Threads: Representam as unidades de execução dentro de um processo.
 Objetos: Podem ser utilizados para representar dados que são passados entre
processos.
 Mensagens: Representam a comunicação entre processos.
 Estados: Representam os diferentes estados por que um processo pode passar.

Diagramas Utilizados:

 Diagrama de Atividades: O diagrama mais comum para representar a Vista de


Processo. Ele mostra o fluxo de controle entre as atividades, as decisões a serem
tomadas e os objetos que são manipulados.
 Diagrama de Sequência: Pode ser utilizado para mostrar a interação entre
objetos ao longo do tempo.
 Diagrama de Estados: Pode ser utilizado para modelar o comportamento de um
objeto ao longo de seu ciclo de vida.

Exemplo:

Em um sistema de e-commerce, a Vista de Processo poderia mostrar:

 Processo de pedido: Como um pedido é criado, processado, enviado e faturado.


 Processo de pagamento: Como um pagamento é autorizado e processado.
 Processo de entrega: Como um produto é enviado para o cliente.

Importância da Vista de Processo:

 Identificação de gargalos: Permite identificar partes do sistema que podem ser


um gargalo de desempenho.
 Análise de concorrencia: Ajuda a entender como diferentes partes do sistema
podem executar em paralelo.
 Gerenciamento de transações: Permite modelar as transações que envolvem
múltiplos processos.
 Teste e depuração: Serve como base para a criação de casos de teste e para a
depuração de problemas.

Em resumo:

A Vista de Processo é essencial para entender o comportamento dinâmico do sistema.


Ela complementa a Vista Lógica, que se concentra na estrutura estática. Ao modelar os
processos do sistema, é possível identificar gargalos de desempenho, analisar a
concorrência e garantir a qualidade do software.
Vista de Desenvolvimento no Modelo 4+1 Views
A Vista de Desenvolvimento no modelo 4+1 Views se concentra na organização do
software em componentes e subsistemas para fins de desenvolvimento e construção. É
como se fosse um mapa de como o sistema será construído, dividindo o todo em partes
menores e mais gerenciáveis.

Objetivo:

 Modularização do software: Dividir o sistema em módulos ou componentes


coesos e independentes.
 Organização do código: Definir a estrutura de diretórios, pacotes e
namespaces.
 Alocação de tarefas: Definir as responsabilidades de cada equipe de
desenvolvimento.
 Gerenciamento de dependências: Mostrar as dependências entre os
componentes.

Elementos da Vista de Desenvolvimento:

 Componentes: Representam as unidades de software que são construídas e


implantadas.
 Pacotes: Agrupam componentes relacionados.
 Camadas: Organizam os componentes em camadas hierárquicas (por exemplo,
apresentação, negócio, dados).
 Interfaces: Definem como os componentes se comunicam.

Diagramas Utilizados:

 Diagrama de Componentes: O diagrama mais comum para representar a Vista


de Desenvolvimento. Ele mostra os componentes, suas interfaces e as
dependências entre eles.
 Diagrama de Pacotes: Pode ser utilizado para mostrar a organização dos
componentes em pacotes.

Exemplo:

Em um sistema de e-commerce, a Vista de Desenvolvimento poderia mostrar:

 Componentes: Módulo de catálogo, módulo de carrinho de compras, módulo de


pagamento, módulo de relatório.
 Camadas: Camada de apresentação (interface web), camada de negócios (regras
de negócio), camada de dados (acesso ao banco de dados).
 Dependências: O módulo de carrinho de compras depende do módulo de
catálogo para obter informações sobre os produtos.

Importância da Vista de Desenvolvimento:


 Gerenciamento do desenvolvimento: Facilita a organização e o gerenciamento
do trabalho de desenvolvimento.
 Reutilização de componentes: Permite identificar componentes que podem ser
reutilizados em outros projetos.
 Evolução do sistema: Permite realizar mudanças na arquitetura do sistema de
forma mais controlada.
 Alocação de recursos: Ajuda a alocar recursos (pessoas, tempo, etc.) para cada
componente.

Em resumo:

A Vista de Desenvolvimento no modelo 4+1 Views fornece uma visão de como o


sistema será construído, dividindo-o em componentes e subsistemas. Ela é essencial
para a organização do trabalho de desenvolvimento e para garantir a qualidade e a
manutenibilidade do software.
Relação entre a Vista de Desenvolvimento e a Vista
Lógica
A relação entre a Vista de Desenvolvimento e a Vista Lógica no modelo 4+1 Views é
fundamental para entender como a arquitetura de um sistema é traduzida em
componentes concretos. A Vista Lógica representa a estrutura estática do sistema, com
classes, objetos e suas relações, enquanto a Vista de Desenvolvimento mostra como
essas classes são organizadas em componentes para fins de construção.

Mapeamento de Classes para Componentes

O processo de mapeamento das classes da Vista Lógica para os componentes da Vista


de Desenvolvimento envolve uma série de decisões de design, considerando fatores
como:

 Coesão: Classes com alta coesão, ou seja, que realizam um conjunto bem
definido de tarefas, tendem a ser agrupadas em um mesmo componente.
 Acoplamento: Componentes com baixo acoplamento, ou seja, que dependem
pouco uns dos outros, são mais fáceis de manter e testar.
 Reutilização: Classes que podem ser reutilizadas em diferentes partes do
sistema podem ser agrupadas em componentes separados.
 Implementação: Considerações de linguagem de programação, frameworks e
tecnologias utilizadas.
 Desempenho: A organização dos componentes pode impactar o desempenho do
sistema.

Formas de Mapeamento:

 Uma classe por componente: Em casos simples, uma classe pode ser mapeada
para um componente. No entanto, essa abordagem pode levar a muitos
componentes pequenos e acoplados.
 Múltiplas classes por componente: Várias classes relacionadas podem ser
agrupadas em um mesmo componente, aumentando a coesão e reduzindo o
acoplamento.
 Componentes compostos: Componentes podem ser compostos por outros
componentes, formando uma hierarquia.
 Interfaces: As interfaces das classes definem as responsabilidades dos
componentes.

Exemplos de Mapeamento:

 Sistema de e-commerce:
o Vista Lógica: Classes como Cliente, Produto, Pedido, Pagamento.
o Vista de Desenvolvimento: Componentes como Módulo de Catálogo,
Módulo de Carrinho, Módulo de Pagamento. As classes Produto e
Categoria podem ser agrupadas no componente Módulo de Catálogo.
 Sistema bancário:
o Vista Lógica: Classes como ContaCorrente, Transacao, Cliente.
o Vista de Desenvolvimento: Componentes como Módulo de Contas,
Módulo de Transações, Módulo de Segurança.

Benefícios do Mapeamento:

 Modularidade: Facilita a compreensão, manutenção e teste do sistema.


 Reutilização: Permite a reutilização de componentes em outros projetos.
 Escalabilidade: Facilita a adição de novas funcionalidades ao sistema.
 Independência: Permite que diferentes equipes trabalhem em componentes
diferentes.

Desafios:

 Encontrar o equilíbrio: É preciso encontrar um equilíbrio entre coesão e


acoplamento.
 Mudanças: Mudanças na Vista Lógica podem exigir mudanças na Vista de
Desenvolvimento.
 Complexidade: Em sistemas grandes, o mapeamento pode ser complexo.

Em resumo:

A relação entre a Vista de Desenvolvimento e a Vista Lógica é fundamental para


transformar a visão abstrata do sistema em uma implementação concreta. Ao mapear as
classes da Vista Lógica para os componentes da Vista de Desenvolvimento, os
arquitetos e desenvolvedores garantem que o sistema seja modular, reutilizável e fácil
de manter.
Patrões de Arquitetura e a Vista de Desenvolvimento
A Vista de Desenvolvimento, no modelo 4+1 Views, é o local ideal para visualizar e
implementar os padrões de arquitetura de software. Esses padrões fornecem soluções
testadas e comprovadas para problemas comuns de design, e a Vista de
Desenvolvimento permite que esses padrões sejam concretizados na estrutura do
sistema.

Como a Vista de Desenvolvimento Suporta Padrões de Arquitetura

A Vista de Desenvolvimento, através dos diagramas de componentes e pacotes, permite:

 Visualizar a estrutura: Os componentes e suas relações representam as


diferentes partes do sistema e como elas interagem.
 Implementar camadas: Cada camada (apresentação, negócio, dados) pode ser
representada por um conjunto de componentes.
 Definir responsabilidades: As interfaces dos componentes definem as
responsabilidades de cada parte do sistema.
 Identificar dependências: As relações entre os componentes mostram as
dependências entre as diferentes camadas ou módulos.

Exemplos de Padrões e sua Representação na Vista de Desenvolvimento

 MVC (Model-View-Controller):
o Componentes: Model (representa os dados), View (interface do usuário)
e Controller (lógica de controle).
o Relações: O Controller interage com o Model e a View, atualizando a
View com base nas mudanças no Model.
 Camadas:
o Componentes: Cada camada (apresentação, negócio, dados) é
representada por um conjunto de componentes.
o Relações: As camadas se comunicam através de interfaces bem
definidas, com dependências unidirecionais (camadas superiores
dependem das inferiores).
 Microserviços:
o Componentes: Cada microserviço é um componente independente.
o Relações: Os microserviços se comunicam através de APIs, geralmente
RESTful.

Benefícios de Usar a Vista de Desenvolvimento para Implementar Padrões

 Clareza: A visualização da arquitetura facilita a compreensão do sistema.


 Comunicação: Facilita a comunicação entre os membros da equipe.
 Reutilização: Permite a reutilização de componentes e padrões em outros
projetos.
 Manutenção: Facilita a manutenção e evolução do sistema.

Desafios e Considerações
 Escolha do padrão: A escolha do padrão de arquitetura depende das
características do sistema e dos requisitos do negócio.
 Complexidade: Em sistemas grandes, a Vista de Desenvolvimento pode se
tornar complexa.
 Evolução: A arquitetura pode precisar evoluir ao longo do tempo, o que exige
mudanças na Vista de Desenvolvimento.

Exemplo Prático: Sistema de E-commerce com Arquitetura em Camadas

 Vista Lógica: Classes como Produto, Pedido, Cliente.


 Vista de Desenvolvimento:
o Camada de Apresentação: Componentes para a interface web (HTML,
CSS, JavaScript).
o Camada de Negócio: Componentes para as regras de negócio (validação
de pedidos, cálculo de preços).
o Camada de Dados: Componentes para acesso ao banco de dados (ORM,
DAO).

Em resumo

A Vista de Desenvolvimento é uma ferramenta poderosa para implementar padrões de


arquitetura. Ao visualizar a estrutura do sistema em componentes e suas relações, os
desenvolvedores podem garantir que o sistema seja bem organizado, escalável e
manutenível.
A Vista Física no Modelo 4+1 Views
A Vista Física é uma das cinco perspectivas do modelo 4+1 Views, proposto por
Philippe Kruchten, para descrever a arquitetura de software. Ela se concentra na
distribuição física dos componentes do sistema, ou seja, em como o software será
alocado em hardware e como os componentes se comunicarão entre si.

Objetivo:

 Mapear o software para o hardware: Mostrar como os componentes do


software serão alocados em nós de processamento, dispositivos de
armazenamento e redes.
 Definir a topologia da rede: Especificar a forma como os componentes se
conectarão e se comunicarão.
 Considerar aspectos de desempenho e disponibilidade: Analisar como a
distribuição física do software afeta o desempenho e a disponibilidade do
sistema.

Elementos da Vista Física:

 Nós: Representam os elementos de hardware (servidores, dispositivos móveis,


etc.) onde os componentes são executados.
 Componentes: Os mesmos componentes da Vista de Desenvolvimento, mas
agora alocados em nós específicos.
 Conexões: Representam as conexões de rede entre os nós.
 Localização: Indica onde cada componente será executado.

Diagramas Utilizados:

 Diagrama de Desdobramento: O diagrama mais comum para representar a


Vista Física. Ele mostra os nós, os componentes alocados em cada nó e as
conexões entre eles.

Exemplo:

Em um sistema de e-commerce, a Vista Física poderia mostrar:

 Nós: Servidores de aplicação, banco de dados, servidor web.


 Componentes: Módulo de catálogo, módulo de carrinho de compras, módulo de
pagamento, alocados em diferentes servidores.
 Conexões: Conexões de rede entre os servidores, utilizando protocolos como
HTTP e TCP/IP.

Importância da Vista Física:

 Planejamento da infraestrutura: Permite planejar a infraestrutura necessária


para o sistema.
 Otimização do desempenho: Ajuda a otimizar o desempenho do sistema,
distribuindo a carga de trabalho entre os nós.
 Gerenciamento de falhas: Permite identificar pontos de falha e implementar
mecanismos de redundância.
 Escalabilidade: Permite planejar a expansão do sistema.

Em resumo:

A Vista Física é crucial para garantir que o software seja executado de forma eficiente e
confiável. Ela complementa as outras vistas, mostrando como a arquitetura do sistema é
mapeada para o hardware.

Relação com Outras Vistas:

 Vista de Desenvolvimento: A Vista Física refina a Vista de Desenvolvimento,


indicando onde cada componente será executado.
 Vista de Processo: A Vista Física mostra como os processos são distribuídos
entre os nós.

Considerações:

 Heterogeneidade: A Vista Física precisa considerar a heterogeneidade do


hardware (diferentes tipos de servidores, dispositivos móveis).
 Mobilidade: Em sistemas móveis, a Vista Física precisa considerar a
mobilidade dos dispositivos e as diferentes redes.
 Segurança: A Vista Física deve considerar aspectos de segurança, como
firewalls e controle de acesso.

Em resumo:

A Vista Física é essencial para garantir que o software seja executado de forma eficiente
e confiável. Ao mapear os componentes do software para o hardware, os arquitetos e
desenvolvedores podem garantir que o sistema atenda aos requisitos de desempenho,
disponibilidade e segurança.
Microserviços e a Vista Física: Uma Abordagem
Detalhada
A arquitetura de microserviços, com seus serviços independentes e de granularidade
fina, impõe desafios e oportunidades únicas à Vista Física. A natureza distribuída e
escalável dos microserviços exige uma compreensão profunda de como esses serviços
são alocados, comunicam-se e interagem com o hardware.

Como a Vista Física se aplica a Microserviços:

 Granularidade Fina: Cada microserviço é um componente independente e


pode ser alocado em um nó diferente. A Vista Física detalha essa distribuição,
mostrando a localização exata de cada serviço.
 Escalabilidade Horizontal: A capacidade de escalar horizontalmente cada
microserviço individualmente é um dos grandes benefícios dessa arquitetura. A
Vista Física demonstra como essa escalabilidade é alcançada, mostrando como
novos nós podem ser adicionados para hospedar instâncias adicionais de um
serviço.
 Comunicação entre Serviços: A Vista Física define como os microserviços se
comunicam. Isso inclui a escolha de protocolos (REST, gRPC), mecanismos de
descoberta de serviços e balanceamento de carga.
 Resiliência: A Vista Física aborda como garantir a alta disponibilidade dos
microserviços. Isso envolve a replicação de serviços, o uso de balanceamento de
carga e a implementação de mecanismos de failover.
 Gerenciamento de Infraestrutura: A Vista Física auxilia no gerenciamento da
infraestrutura, mostrando como os recursos de hardware são alocados e
utilizados pelos microserviços.

Desafios e Considerações:

 Complexidade: A grande quantidade de serviços e a natureza distribuída da


arquitetura de microserviços podem tornar a Vista Física mais complexa.
 Gerenciamento de Configuração: A configuração de cada microserviço e sua
comunicação precisa ser gerenciada de forma eficiente.
 Segurança: A comunicação entre microserviços precisa ser protegida, e a Vista
Física deve considerar aspectos de segurança como autenticação e autorização.
 Monitoramento: O monitoramento do desempenho e da saúde dos
microserviços é fundamental. A Vista Física auxilia na definição dos pontos de
monitoramento.

Ferramentas e Tecnologias:

 Orquestradores de Contêineres: Ferramentas como Kubernetes e Docker


Swarm são essenciais para gerenciar a orquestração e o escalamento de
microserviços.
 Redes de Serviço: Ferramentas como Istio e Linkerd fornecem um nível de
abstração sobre a rede, facilitando a comunicação entre microserviços.
 Balanceadores de Carga: Ferramentas como HAProxy e Nginx são usadas para
distribuir o tráfego entre as instâncias de um serviço.
 Sistemas de Registro: Ferramentas como Elasticsearch e Kibana são usadas
para coletar e analisar logs de microserviços.

Exemplo:

Um sistema de e-commerce com arquitetura de microserviços poderia ter a seguinte


Vista Física:

 Nós: Vários servidores em nuvem, cada um hospedando um conjunto de


microserviços.
 Componentes: Microserviços para catálogo, carrinho de compras, pagamento,
etc., cada um em um contêiner Docker.
 Conexões: Comunicação entre microserviços via HTTP ou gRPC, utilizando um
balanceador de carga.
 Escalabilidade: A capacidade de adicionar novos nós para hospedar mais
instâncias de um microserviço específico, conforme a demanda aumenta.

Em resumo:

A Vista Física em arquiteturas de microserviços é fundamental para garantir a


escalabilidade, a resiliência e o desempenho do sistema. Ao modelar a distribuição dos
microserviços, as comunicações entre eles e a infraestrutura de suporte, os arquitetos
podem tomar decisões informadas sobre a implementação e o gerenciamento do
sistema.
Contenedores na Vista Física: Um Novo Paradigma
Os contêineres, especialmente aqueles baseados em tecnologias como Docker,
revolucionaram a forma como aplicações são desenvolvidas, implantadas e gerenciadas.
Na Vista Física, os contêineres desempenham um papel central, oferecendo um nível de
abstração entre a aplicação e o hardware subjacente.

O que são Contêineres?

Um contêiner é um pacote isolado que contém tudo o que uma aplicação precisa para
executar: código, runtime, bibliotecas, configurações etc. Essa isolação garante que a
aplicação funcione de forma consistente em qualquer ambiente, desde o
desenvolvimento até a produção.

O Papel dos Contêineres na Vista Física:

 Unidades de Implantação: Cada contêiner representa uma unidade atômica de


implantação. Isso significa que um microserviço pode ser encapsulado em um
único contêiner, facilitando a gestão e o escalamento.
 Portabilidade: Contêineres podem ser executados em qualquer máquina com
um runtime de contêiner (como Docker Engine), proporcionando alta
portabilidade.
 Isolamento: Cada contêiner tem seu próprio espaço de nomes, garantindo que as
aplicações não interfiram umas nas outras.
 Escalabilidade: Contêineres podem ser facilmente escalados para atender à
demanda, permitindo que a Vista Física seja altamente dinâmica.
 Gerenciamento de Configuração: Ferramentas como Docker Compose
permitem gerenciar a configuração de múltiplos contêineres de forma
declarativa.

Como os Contêineres se Integram à Vista Física:

 Nós: Os nós da Vista Física podem ser máquinas virtuais, servidores físicos ou
máquinas na nuvem, cada um executando um ou mais contêineres.
 Componentes: Cada contêiner representa um componente da aplicação.
 Conexões: A comunicação entre contêineres é gerenciada por redes definidas
por software, como as redes de serviço do Kubernetes.

Benefícios dos Contêineres na Vista Física:

 Aumento da densidade: Mais aplicações podem ser executadas em um mesmo


hardware.
 Redução do tempo de lançamento: Contêineres podem ser iniciados
rapidamente.
 Melhoria da confiabilidade: A isolação dos contêineres reduz o risco de
conflitos entre aplicações.
 Facilidade de gerenciamento: Ferramentas como Kubernetes simplificam o
gerenciamento de grandes quantidades de contêineres.
Desafios e Considerações:

 Complexidade: A gestão de um grande número de contêineres pode ser


complexa.
 Segurança: A segurança dos contêineres é crucial, e é preciso tomar medidas
para evitar vulnerabilidades.
 Performance: A sobrecarga imposta pelos contêineres pode impactar o
desempenho em alguns cenários.

Exemplo:

Em um sistema de e-commerce, cada microserviço (catálogo, carrinho, pagamento)


poderia ser encapsulado em um contêiner Docker. Esses contêineres seriam então
orquestrados por uma ferramenta como Kubernetes, que seria responsável por alocar os
contêineres em diferentes nós, gerenciar a rede e balancear a carga.

Em resumo:

Os contêineres transformaram a forma como pensamos sobre a Vista Física. Eles


oferecem um nível de abstração e flexibilidade que permite que as aplicações sejam
implantadas e gerenciadas de forma mais eficiente e escalável. Ao entender como os
contêineres se integram à Vista Física, os arquitetos podem criar sistemas mais
modernos, resilientes e adaptáveis.
A Vista de Cenários no Modelo 4+1 Views
A Vista de Cenários no modelo 4+1 Views, também conhecida como Vista de Uso, é a
peça que conecta todas as outras vistas e oferece uma visão mais holística do sistema.
Ela não é uma visão técnica como as outras quatro, mas sim uma representação dos
requisitos funcionais e não-funcionais do sistema através de cenários de uso.

O que são Cenários de Uso?

Um cenário de uso é uma sequência de interações entre um ator (usuário, outro sistema)
e o sistema, descrevendo como um objetivo específico é alcançado. É uma narrativa que
descreve como o sistema será utilizado em situações reais.

Por que a Vista de Cenários é Importante?

 Conexão entre as Vistas: A Vista de Cenários serve como uma ponte entre as
outras quatro vistas, garantindo que todas elas estejam alinhadas com os
requisitos do sistema.
 Foco no Usuário: Centra-se nas necessidades e expectativas dos usuários,
ajudando a garantir que o sistema atenda aos seus requisitos.
 Validação da Arquitetura: Os cenários de uso podem ser utilizados para
validar a arquitetura, verificando se ela suporta os requisitos funcionais e não-
funcionais.
 Comunicação: Serve como um meio eficaz de comunicação entre as partes
interessadas, facilitando a compreensão do sistema.

Elementos da Vista de Cenários:

 Atores: As entidades que interagem com o sistema (usuários, outros sistemas).


 Cenários: Sequências de interações entre atores e o sistema.
 Pré-condições: As condições que devem ser atendidas antes que um cenário
possa ser iniciado.
 Pós-condições: O estado do sistema após a execução de um cenário.
 Fluxo principal: A sequência de passos mais comum em um cenário.
 Fluxos alternativos: Outros caminhos que podem ser seguidos em um cenário.

Como a Vista de Cenários se Relaciona com as Outras Vistas:

 Vista Lógica: Os cenários de uso identificam as classes e objetos que


participam das interações.
 Vista de Processo: Os cenários descrevem as atividades que devem ser
executadas para realizar uma tarefa.
 Vista de Desenvolvimento: Os cenários ajudam a identificar os componentes
necessários para implementar as funcionalidades.
 Vista Física: Os cenários podem influenciar a distribuição dos componentes e a
alocação de recursos.

Exemplo:
Em um sistema de e-commerce, um cenário de uso poderia ser:

 Ator: Cliente
 Cenário: Realizar uma compra
 Pré-condição: O cliente possui um cadastro e um carrinho de compras com
itens.
 Fluxo principal: O cliente clica em "Finalizar compra", preenche os dados de
pagamento, confirma o pedido e recebe uma confirmação.
 Pós-condição: O pedido é registrado no banco de dados e o cliente recebe um e-
mail de confirmação.

Em Resumo:

A Vista de Cenários é fundamental para garantir que a arquitetura de software esteja


alinhada com os requisitos do negócio e as necessidades dos usuários. Ao descrever
como o sistema será utilizado em situações reais, os cenários de uso ajudam a validar a
arquitetura e a garantir a satisfação do cliente.
Técnicas para Elicitação de Cenários
A elicitação de cenários é um processo crucial para entender como um sistema será
utilizado e para garantir que ele atenda às necessidades dos usuários. Existem diversas
técnicas que podem ser empregadas para coletar informações e construir cenários de
uso. As mais comuns são:

Entrevistas

 Individuais: Conversas direcionadas com usuários, stakeholders ou especialistas no


domínio. Permitem aprofundar em detalhes específicos e explorar diferentes
perspectivas.
 Em grupo: Reúnem diversos stakeholders para discutir e coletar informações sobre o
sistema. São úteis para identificar diferentes pontos de vista e gerar ideias.

Tipos de Entrevistas:

 Estruturadas: Seguem um roteiro pré-definido de perguntas.


 Semi-estruturadas: Há um roteiro, mas o entrevistador pode fazer perguntas
adicionais.
 Abertas: Não há um roteiro pré-definido, a conversa flui livremente.

Workshops

 Brainstorming: Uma técnica colaborativa para gerar ideias e identificar cenários de


uso.
 Card Sorting: Os participantes organizam cartões com funcionalidades ou requisitos
em categorias, ajudando a identificar relações e prioridades.
 Storytelling: Os participantes criam histórias sobre como o sistema será utilizado em
diferentes situações.

Objetivos dos Workshops:

 Engajamento: Promover a participação ativa dos stakeholders.


 Co-criação: Construir um entendimento compartilhado sobre o sistema.
 Priorização: Identificar os cenários mais importantes.

Análise de Documentos

 Documentação existente: Analisar documentos como manuais, processos, relatórios e


especificações.
 Observação do trabalho: Observar diretamente os usuários em seu ambiente de
trabalho para identificar suas atividades e necessidades.

Tipos de Documentos:

 Requisitos funcionais: Descrevem o que o sistema deve fazer.


 Requisitos não-funcionais: Descrevem as características do sistema, como
desempenho, segurança e usabilidade.
 Processos de negócio: Descrevem as atividades e fluxos de trabalho da organização.

Escolha da Técnica Adequada

A escolha da técnica de elicitação depende de diversos fatores, como:

 Tipo de projeto: Projetos pequenos podem exigir menos formalidade, enquanto


projetos grandes podem exigir técnicas mais estruturadas.
 Stakeholders: A disponibilidade e o conhecimento dos stakeholders influenciam a
escolha da técnica.
 Tempo: O tempo disponível para a elicitação limita o número e a complexidade das
técnicas.
 Objetivos: Os objetivos da elicitação, como identificar requisitos funcionais ou não-
funcionais, determinam a técnica mais adequada.

Combinação de Técnicas

Muitas vezes, a combinação de diferentes técnicas é a melhor abordagem. Por exemplo,


um workshop pode ser utilizado para gerar ideias, seguido de entrevistas para
aprofundar os detalhes.

Dicas para uma Elicitação de Sucesso:

 Prepare-se: Defina os objetivos da elicitação, prepare um roteiro e selecione os


participantes adequados.
 Crie um ambiente colaborativo: Incentive a participação de todos e valorize as
diferentes perspectivas.
 Seja claro e conciso: Use uma linguagem clara e evite jargões técnicos.
 Documente tudo: Anote as informações coletadas e os resultados dos workshops.

Ferramentas para Suporte:

 Software de modelagem: UML, BPMN.


 Ferramentas de colaboração: Google Docs, Miro.
 Ferramentas de prototipação: Figma, Sketch.

Ao utilizar essas técnicas e ferramentas, você poderá construir cenários de uso


completos e precisos, que servirão como base para o desenvolvimento de um sistema de
software que atenda às necessidades dos usuários.
Relação entre Cenários de Uso e Casos de Teste
Os cenários de uso e os casos de teste são elementos cruciais no desenvolvimento de
software, e possuem uma relação estreita e complementar. Os cenários de uso
descrevem como o sistema será utilizado em situações reais, enquanto os casos de teste
verificam se o sistema funciona conforme o esperado nesses cenários.

Como os Cenários de Uso Geram Casos de Teste

Os cenários de uso servem como base para a criação de casos de teste, pois eles
detalham as interações do usuário com o sistema. A partir de um cenário, é possível
identificar os passos que o usuário deve seguir e os resultados esperados.

Processo de Criação de Casos de Teste a partir de Cenários de Uso:

1. Identificação dos passos: Para cada cenário de uso, identifique os passos que o
usuário deve seguir para completar a tarefa.
2. Definição dos dados de entrada: Determine os dados que o usuário irá inserir no
sistema em cada passo.
3. Definição dos resultados esperados: Defina quais são os resultados esperados para
cada passo e para o cenário como um todo.
4. Criação dos casos de teste: Crie um caso de teste para cada passo ou conjunto de
passos críticos do cenário de uso.
5. Priorização dos casos de teste: Priorize os casos de teste com base na importância do
cenário de uso e no risco associado.

Exemplo:

Cenário de Uso: Um cliente realiza uma compra em uma loja online.

 Passos:
o O cliente adiciona um produto ao carrinho.
o O cliente preenche os dados de entrega.
o O cliente escolhe a forma de pagamento.
o O cliente confirma o pedido.
 Dados de entrada:
o Informações do produto (nome, preço, quantidade)
o Dados de endereço de entrega
o Dados de cartão de crédito
 Resultados esperados:
o O produto é adicionado ao carrinho.
o Os dados de entrega são salvos.
o O pagamento é processado com sucesso.
o O cliente recebe uma confirmação de pedido.

Casos de Teste:

 Caso de Teste 1: Verificar se um produto pode ser adicionado ao carrinho.


 Caso de Teste 2: Verificar se o sistema calcula o valor total do pedido corretamente.
 Caso de Teste 3: Verificar se o sistema rejeita um pagamento com cartão de crédito
inválido.

Benefícios da Utilização de Cenários de Uso para Gerar Casos de


Teste

 Cobertura completa: Garante que todos os aspectos do sistema sejam testados.


 Foco no usuário: Assegura que o sistema atenda às necessidades dos usuários.
 Facilidade de manutenção: Os casos de teste podem ser facilmente atualizados
quando os cenários de uso são modificados.
 Melhora da qualidade: Aumenta a confiança na qualidade do software.

Considerações Adicionais

 Cenários de uso negativos: Além dos cenários de uso positivos, é importante criar
casos de teste para verificar o comportamento do sistema em situações de erro ou de
entrada inválida.
 Automatização de testes: Muitos casos de teste podem ser automatizados, o que
agiliza o processo de teste e reduz a possibilidade de erros manuais.
 Ferramentas de gerenciamento de testes: Existem diversas ferramentas disponíveis
para auxiliar na criação, execução e gerenciamento de casos de teste.

Em resumo, os cenários de uso fornecem uma base sólida para a criação de casos de
teste eficazes, garantindo que o software desenvolvido atenda aos requisitos dos
usuários e funcione corretamente em diferentes situações.
Evolução dos Cenários ao Longo do Ciclo de Vida do
Software
Os cenários de uso são ferramentas dinâmicas que acompanham o desenvolvimento do
software. À medida que o projeto evolui e os requisitos mudam, é fundamental que os
cenários sejam atualizados para refletir essas alterações.

Por que os cenários precisam ser atualizados?

 Mudanças nos requisitos: Novas funcionalidades, alterações nas


funcionalidades existentes ou a remoção de funcionalidades podem impactar
diretamente os cenários de uso.
 Feedback dos usuários: As interações com o sistema podem revelar novas
necessidades ou problemas que não foram considerados inicialmente.
 Evolução da tecnologia: Avanços tecnológicos podem permitir a
implementação de novas funcionalidades ou a otimização de processos
existentes.
 Mudanças no escopo do projeto: O escopo do projeto pode ser expandido ou
reduzido ao longo do tempo, o que exige a atualização dos cenários.

Como atualizar os cenários de uso?

1. Identificar as mudanças: A primeira etapa é identificar as mudanças nos


requisitos ou no sistema. Isso pode ser feito através de reuniões com os
stakeholders, análise de feedback dos usuários ou revisão da documentação do
projeto.
2. Avaliar o impacto: Para cada mudança, é necessário avaliar seu impacto nos
cenários de uso existentes. Algumas mudanças podem exigir apenas pequenas
atualizações, enquanto outras podem exigir a criação de novos cenários ou a
remoção de cenários antigos.
3. Atualizar os diagramas: Os diagramas de casos de uso devem ser atualizados
para refletir as mudanças nos cenários.
4. Revisar os casos de teste: Os casos de teste baseados nos cenários de uso
também precisam ser atualizados para garantir que eles ainda sejam válidos e
abranjam as novas funcionalidades.
5. Comunicar as mudanças: As mudanças nos cenários de uso devem ser
comunicadas a todos os membros da equipe de desenvolvimento.

Dicas para manter os cenários de uso atualizados:

 Revisões regulares: Realize revisões periódicas dos cenários de uso para


garantir que eles estejam alinhados com o estado atual do projeto.
 Versionamento: Utilize um sistema de versionamento para acompanhar as
mudanças nos cenários ao longo do tempo.
 Ferramentas de modelagem: Utilize ferramentas de modelagem de software
para facilitar a criação e atualização de diagramas de casos de uso.
 Colaboração: Envolva os stakeholders na atualização dos cenários para garantir
que eles reflitam as necessidades do negócio.
Exemplo:

Imagine um sistema de e-commerce que inicialmente permitia apenas pagamentos com


cartão de crédito. Com o passar do tempo, foi adicionada a opção de pagamento via
boleto bancário. Nesse caso, os cenários de uso relacionados ao processo de pagamento
precisariam ser atualizados para incluir o novo método de pagamento.

Em resumo:

A atualização dos cenários de uso é um processo contínuo que garante que a


documentação do sistema esteja sempre alinhada com os requisitos e as funcionalidades
implementadas. Ao manter os cenários de uso atualizados, as equipes de
desenvolvimento podem garantir a qualidade do software e reduzir o risco de erros.
Começando com o Modelo 4+1 Views e Integrando as
Partes
O Modelo 4+1 Views é uma abordagem poderosa para modelar a arquitetura de
software, oferecendo uma visão abrangente e multifacetada do sistema. Ao iniciar um
projeto, a pergunta comum é: por onde começar e como integrar as diferentes vistas?

Por Onde Começar?

1. Compreensão do Negócio:
o Requisitos: Comece por uma profunda compreensão dos requisitos funcionais
e não-funcionais do sistema. Quais são as necessidades do cliente? Quais são
as restrições técnicas?
o Stakeholders: Identifique os principais stakeholders e suas expectativas.

2. Criação da Vista de Cenários:


o Cenários de Uso: Comece modelando os cenários de uso. Eles fornecem uma
visão clara de como o sistema será utilizado e servem como base para as
outras vistas.
o Atores: Identifique os atores que interagem com o sistema.

3. Construção das Demais Vistas:


o Vista Lógica: Baseada nos cenários de uso, modele a estrutura estática do
sistema, identificando as classes e seus relacionamentos.
o Vista de Processo: Modele a dinâmica do sistema, mostrando como os
processos ocorrem e como as informações fluem.
o Vista de Desenvolvimento: Divida o sistema em componentes e módulos,
considerando aspectos como desenvolvimento, implantação e manutenção.
o Vista Física: Defina a distribuição física dos componentes do sistema,
considerando hardware, rede e outros recursos.

Integrando as Partes

A integração das diferentes vistas é fundamental para garantir a consistência e a


completude da arquitetura. Algumas dicas para integrar as partes:

 Consistência: As diferentes vistas devem ser consistentes entre si. Por exemplo, as
classes identificadas na vista lógica devem estar relacionadas aos processos na vista de
processo.
 Traçabilidade: Estabeleça relações de traçabilidade entre as diferentes vistas. Por
exemplo, um cenário de uso deve ser mapeado para as classes e processos que o
implementam.
 Iteração: A criação das vistas é um processo iterativo. À medida que uma vista é
refinada, as outras podem precisar ser ajustadas.
 Ferramentas de Modelagem: Utilize ferramentas de modelagem UML para criar e
manter os diagramas das diferentes vistas.
 Revisão e Validação: Realize revisões regulares com os stakeholders para garantir que
a arquitetura está alinhada com os requisitos do negócio.
Dicas Adicionais

 Comece com o que você sabe: Inicie com a parte do sistema que você melhor
conhece.
 Use analogias: Utilize analogias do mundo real para explicar conceitos complexos.
 Mantenha a simplicidade: Evite sobrecarregar os diagramas com muitos detalhes.
 Comunique-se: Compartilhe a arquitetura com os stakeholders de forma clara e
concisa.

Em Resumo

O Modelo 4+1 Views oferece uma estrutura poderosa para modelar a arquitetura de
software. Ao começar com a vista de cenários e integrar gradualmente as outras vistas,
você pode criar uma arquitetura bem definida, flexível e que atenda aos requisitos do
negócio.
Event Storming: Uma Abordagem Colaborativa para
Modelar Domínios
O Event Storming é uma técnica de modelagem colaborativa que visa a uma
compreensão profunda e compartilhada do domínio de um software. Essa abordagem,
ágil e visual, permite que equipes multidisciplinares explorem e descubram os eventos
que ocorrem em um sistema, as relações entre eles e as decisões que levam a esses
eventos.

Como funciona o Event Storming?

1. Preparação:
o Equipe: Reúna todos os membros da equipe, incluindo desenvolvedores,
testadores, designers e, principalmente, os especialistas de negócio.
o Espaço: Prepare um espaço amplo com paredes livres para que a equipe
possa colar notas adesivas.
o Materiais: Prepare canetas coloridas, notas adesivas de diferentes cores
e tamanhos, marcadores e um cronômetro.
2. Workshop:
o Eventos: A equipe começa identificando e escrevendo os eventos mais
importantes que ocorrem no domínio, colando as notas adesivas na
parede em uma linha do tempo.
o Atores: Identificam-se os atores (pessoas ou sistemas) que causam ou
reagem aos eventos.
o Comandos: São identificadas as ações que causam os eventos.
o Leituras: São identificadas as consultas ao sistema.
o Agregações: São definidas as entidades que agregam os eventos.
o Políticas: São definidas as regras de negócio que governam o domínio.
3. Discussão e Refinamento:
o A equipe discute os eventos, comandos, leituras e agregações, refinando
e organizando as notas adesivas.
o São identificados os fluxos de eventos e as relações causais entre eles.
o As políticas de negócio são mapeadas nos eventos e agregações.
4. Resultados:
o Ao final do workshop, a equipe terá uma visão visual e compartilhada do
domínio, identificando os principais eventos, as regras de negócio e as
interações entre os componentes do sistema.

Benefícios do Event Storming:

 Compreensão profunda: Permite uma compreensão profunda do domínio do


negócio, facilitando a comunicação entre as equipes técnicas e de negócio.
 Colaboração: Estimula a colaboração e o envolvimento de todos os membros
da equipe.
 Descoberta de requisitos: Ajuda a descobrir requisitos que podem não ter sido
explicitados inicialmente.
 Visualização: A representação visual facilita a compreensão e a comunicação da
arquitetura do sistema.
 Agilidade: Permite que as equipes adaptem rapidamente o design do sistema às
mudanças nos requisitos.

Aplicações do Event Storming:

 Desenvolvimento de software: Para modelar novos sistemas ou refatorar


sistemas existentes.
 Integração de sistemas: Para entender como diferentes sistemas interagem
entre si.
 Análise de problemas: Para identificar a causa raiz de problemas em sistemas
complexos.

Em resumo:

O Event Storming é uma técnica poderosa e versátil que pode ser aplicada em diversos
contextos. Ao focar nos eventos que ocorrem em um sistema, ele permite uma
compreensão mais profunda do domínio e facilita a tomada de decisões de design.
Comparação entre Event Storming e BPMN
O Event Storming e o BPMN (Business Process Model and Notation) são duas técnicas
poderosas para modelar processos de negócios, mas apresentam abordagens distintas.

Event Storming

 Foco: Descoberta e visualização de eventos e comandos em um domínio.


 Método: Colaborativo, baseado em workshops e notas adesivas.
 Nível de detalhe: Abrange desde eventos de alto nível até detalhes de implementação.
 Objetivo: Compreensão profunda do domínio e identificação de oportunidades de
melhoria.

BPMN

 Foco: Modelagem de processos de negócio, incluindo fluxos de trabalho, decisões e


atividades.
 Método: Formal, baseado em uma notação padrão.
 Nível de detalhe: Foca principalmente no fluxo de trabalho e nas decisões.
 Objetivo: Documentar processos, automatizar tarefas e melhorar a eficiência.

Principais Diferenças
Característica Event Storming BPMN

Foco Descoberta de eventos e comandos Modelagem de processos

Método Colaborativo, visual Formal, baseado em notação

Nível de detalhe Amplo Foco em fluxos de trabalho

Objetivo Compreensão do domínio, melhoria Documentação, automação

Quando Usar Cada Técnica

 Event Storming: Ideal para descobrir e visualizar um domínio complexo, especialmente


quando há incerteza ou falta de consenso. Também útil para identificar oportunidades
de melhoria e inovação.
 BPMN: Adequado para modelar processos de negócios existentes ou propostos,
especialmente quando o objetivo é documentar, automatizar ou otimizar esses
processos.

Complementariedade

Event Storming e BPMN podem ser utilizados em conjunto para obter uma visão mais
completa do sistema. O Event Storming pode ajudar a identificar os eventos e comandos
chave, enquanto o BPMN pode ser usado para modelar os fluxos de trabalho e as
decisões associados a esses eventos.
Em resumo:

 Event Storming: Ideal para descoberta e compreensão do domínio.


 BPMN: Ideal para modelagem formal de processos de negócio.
 Complementariedade: Ambas as técnicas podem ser utilizadas em conjunto para
obter uma visão completa do sistema.
Modelando Processos de Negócio com Event Storming:
Uma Abordagem Colaborativa e Visual
O Event Storming é uma técnica poderosa para modelar e visualizar processos de
negócio de forma colaborativa. Ao focar nos eventos que ocorrem em um sistema, ele
permite uma compreensão profunda do domínio e facilita a identificação de
oportunidades de melhoria.

Como Modelar um Processo de Negócio com Event Storming?

1. Reunir a Equipe: Convide todos os stakeholders relevantes para participar do


workshop, incluindo desenvolvedores, testadores, designers e, principalmente,
os especialistas de negócio.
2. Preparar o Ambiente: Crie um espaço amplo com paredes livres para colar as
notas adesivas. Prepare canetas coloridas, notas adesivas de diferentes tamanhos
e marcadores.
3. Identificar os Eventos: Comece colando notas adesivas com os eventos mais
importantes que ocorrem no processo de negócio. Use o passado para descrever
os eventos (ex: "Pedido foi realizado", "Pagamento confirmado").
4. Mapear os Atores: Identifique os atores (pessoas ou sistemas) que causam ou
reagem aos eventos.
5. Definir Comandos: Determine as ações que causam os eventos.
6. Identificar Leituras: Defina as informações que são consultadas no sistema.
7. Agrupar em Agregações: Agrupe os eventos relacionados em torno de
entidades ou conceitos centrais.
8. Definir Políticas: Escreva as regras de negócio que governam o processo.
9. Visualizar o Fluxo: Conecte os eventos, comandos e agregações para visualizar
o fluxo do processo.
10. Refinar e Detalhar: Discuta e refine o modelo, adicionando mais detalhes
conforme necessário.

Exemplo Prático: Processo de Venda em uma Loja Online

 Eventos: Pedido realizado, Pagamento confirmado, Produto enviado, Produto


devolvido.
 Atores: Cliente, Sistema de pagamento, Estoque.
 Comandos: Criar pedido, Confirmar pagamento, Enviar produto.
 Leituras: Verificar disponibilidade do produto, Consultar histórico de pedidos.
 Agregações: Pedido, Produto, Cliente.
 Políticas: Um pedido só pode ser enviado após o pagamento ser confirmado.

Benefícios do Event Storming para Modelar Processos de Negócio:

 Compreensão Compartilhada: Facilita a compreensão do processo por todos


os envolvidos.
 Descoberta de Requisitos: Ajuda a identificar requisitos não documentados.
 Identificação de Problemas: Permite visualizar gargalos e ineficiências no
processo.
 Base para Desenvolvimento: Serve como base para o desenvolvimento de
software.
 Agilidade: Permite adaptar o modelo rapidamente às mudanças.

Dicas para um Event Storming de Sucesso:

 Equipe Diversificada: Convide pessoas com diferentes perspectivas.


 Ambiente Colaborativo: Crie um ambiente seguro para que todos se sintam à
vontade para compartilhar ideias.
 Foco nos Eventos: Mantenha o foco nos eventos como o ponto central da
modelagem.
 Iteração: O Event Storming é um processo iterativo, então esteja preparado para
refinar o modelo.
 Ferramentas: Utilize ferramentas como Miro, Mural ou post-its físicos para
facilitar a colaboração.

Em resumo, o Event Storming é uma técnica poderosa para modelar processos de


negócio de forma visual e colaborativa. Ao focar nos eventos que ocorrem em um
sistema, ele permite uma compreensão profunda do domínio e facilita a identificação de
oportunidades de melhoria.
Extraindo Diagramas C4 a partir de Event Storming
O Event Storming é uma técnica poderosa para visualizar e compreender os domínios
de software, enquanto os diagramas C4 são uma excelente ferramenta para modelar a
arquitetura de software. A combinação dessas duas técnicas permite uma transição
suave da fase de descoberta para a fase de design.

Entendendo a Relação entre Event Storming e Diagramas C4:

 Event Storming: Foca na descoberta de eventos, comandos, agregados e


políticas, fornecendo uma visão rica e detalhada do domínio.
 Diagramas C4: Fornecem uma visão mais abstrata da arquitetura, dividindo o
sistema em diferentes níveis de detalhe (Sistema, Contêiner, Componente e
Código).

Passos para Extrair Diagramas C4 a partir do Event Storming:

1. Identificar os Contêineres:
o Limites Contextuais: Cada limite contextual identificado no Event
Storming pode ser considerado um contêiner no diagrama C4.
o Subdomínios: Subdomínios com responsabilidades distintas podem ser
mapeados para contêineres separados.
o Serviços Externos: Serviços externos que interagem com o sistema
podem ser representados como contêineres.
2. Mapear os Componentes:
o Agregações: As agregações identificadas no Event Storming podem ser
mapeadas para componentes.
o Handlers: Os handlers de eventos podem ser representados como
componentes.
o Repositórios: Repositórios de dados podem ser modelados como
componentes.
3. Detalhar as Relações:
o Dependências: As relações entre os componentes podem ser modeladas
como dependências (ex: um componente utiliza outro componente).
o Protocolos: Os protocolos de comunicação entre os componentes podem
ser especificados.
4. Adicionar Níveis de Detalhe:
o Sistema: O sistema como um todo pode ser representado no nível mais
alto.
o Código: Para um nível de detalhe ainda maior, os componentes podem
ser decompostos em classes ou funções.

Exemplo:

Imagine um sistema de e-commerce modelado com Event Storming. Os seguintes


elementos podem ser mapeados para diagramas C4:

 Contêiner: Loja Online, Pagamento, Estoque


 Componentes: Carrinho de compras, Catálogo de produtos, Processador de
pagamentos
 Relações: O componente "Carrinho de compras" depende do componente
"Catálogo de produtos" para obter informações sobre os produtos.

Benefícios da Combinação:

 Coerência: Garante que a arquitetura esteja alinhada com as necessidades do


negócio.
 Visibilidade: Permite visualizar a arquitetura em diferentes níveis de abstração.
 Comunicação: Facilita a comunicação entre as equipes de desenvolvimento e
negócio.
 Evolução: Permite que a arquitetura evolua junto com o sistema.

Dicas Adicionais:

 Iteração: A transição do Event Storming para os diagramas C4 é um processo


iterativo.
 Ferramentas: Utilize ferramentas como PlantUML ou draw.io para criar os
diagramas C4.
 Contextualização: Mantenha os diagramas C4 atualizados à medida que o
sistema evolui.

Em resumo:

Ao combinar Event Storming e diagramas C4, você obtém uma visão holística do seu
sistema, desde a descoberta dos requisitos até a modelagem da arquitetura. Essa
abordagem permite construir sistemas mais robustos, escaláveis e alinhados com as
necessidades do negócio.
Event Storming como Ferramenta Principal na Visão
de Uso do Modelo 4+1
O Event Storming e o Modelo 4+1 são ferramentas poderosas e complementares no
desenvolvimento de software. Enquanto o Modelo 4+1 oferece uma visão holística da
arquitetura de um sistema, o Event Storming se destaca na exploração e visualização do
domínio do problema, especialmente na fase inicial de um projeto.

A Visão de Uso no Modelo 4+1

A visão de uso no Modelo 4+1 se concentra nos requisitos funcionais do sistema,


descrevendo como os usuários interagem com o sistema e quais são os objetivos dessas
interações. Essa visão é fundamental para entender o propósito do sistema e orientar as
demais visões.

O papel do Event Storming na visão de uso:

 Descoberta colaborativa: O Event Storming reúne uma equipe multidisciplinar


para explorar o domínio do problema de forma colaborativa, identificando os
eventos que ocorrem no sistema, os atores envolvidos e as regras de negócio.
Essa descoberta é crucial para construir uma visão de uso completa e precisa.
 Visualização: Ao mapear os eventos em um grande mural, o Event Storming
cria uma visualização clara e compartilhada do domínio, facilitando a
comunicação e a compreensão dos requisitos.
 Identificação de requisitos: Através da discussão e refinamento dos eventos, a
equipe pode identificar requisitos que não foram explicitados inicialmente,
enriquecendo a visão de uso.
 Alinhamento com os stakeholders: O Event Storming envolve os stakeholders
do negócio desde o início, garantindo que a visão de uso esteja alinhada com as
necessidades do negócio.

Como usar o Event Storming na visão de uso:

1. Conduzir um workshop de Event Storming: Reúna a equipe e siga os passos


típicos do Event Storming: identificar eventos, atores, comandos, leituras e
agregações.
2. Mapear os cenários de uso: Utilize os eventos e atores identificados para
mapear os cenários de uso, descrevendo as sequências de interações entre os
usuários e o sistema.
3. Refinar a visão de uso: Utilizar os resultados do Event Storming para refinar e
detalhar a visão de uso, incluindo diagramas de casos de uso e descrições
textuais.
4. Validar com os stakeholders: Apresentar a visão de uso refinada aos
stakeholders para garantir que ela atenda às suas expectativas.

Benefícios de usar o Event Storming na visão de uso:


 Compreensão profunda do domínio: Permite uma compreensão mais profunda
e compartilhada do domínio do problema.
 Identificação de requisitos: Ajuda a identificar requisitos que podem ter sido
omitidos em outras técnicas.
 Alinhamento com os stakeholders: Garante que a visão de uso esteja alinhada
com as necessidades do negócio.
 Base sólida para as demais visões: Fornece uma base sólida para a construção
das demais visões do Modelo 4+1 (lógica, processo, desenvolvimento e física).

Em resumo:

O Event Storming é uma ferramenta poderosa para construir a visão de uso no Modelo
4+1. Ao focar na descoberta e visualização dos eventos que ocorrem em um sistema, ele
permite uma compreensão profunda do domínio e facilita a construção de uma visão de
uso completa e precisa. Essa abordagem colaborativa e visual garante que a arquitetura
do sistema esteja alinhada com as necessidades do negócio.

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