Arquitetura No Modelo C4 e Visão 4+1
Arquitetura No Modelo C4 e Visão 4+1
Arquitetura No Modelo C4 e Visão 4+1
Geral
O Modelo C4 é uma abordagem popular para documentar a arquitetura de software de
forma clara e concisa. Ele oferece uma visão hierárquica e abrangente do sistema, desde
o contexto geral até os detalhes de implementação. Os diagramas C4 são especialmente
úteis para facilitar a comunicação entre diferentes stakeholders, como arquitetos,
desenvolvedores e gestores de produtos.
1. Contexto:
o Objetivo: Mostrar como o sistema se relaciona com outros sistemas e
entidades externas.
o Elementos: Sistemas, pessoas, dispositivos e outros sistemas externos.
o Relações: Interações entre os sistemas.
o Exemplo: Um diagrama de contexto pode mostrar como um aplicativo
de e-commerce se integra com um gateway de pagamento, um serviço de
entrega e um sistema de gestão de estoque.
2. Contêiner:
o Objetivo: Detalhar os componentes principais do sistema e como eles se
comunicam.
o Elementos: Aplicações, bancos de dados, serviços externos e outros
componentes de software.
o Relações: Dependências e fluxos de dados entre os componentes.
o Exemplo: Um diagrama de contêiner pode mostrar como um aplicativo
web é composto por um servidor web, um banco de dados e um serviço
de autenticação.
3. Componentes:
o Objetivo: Descrever a estrutura interna de cada contêiner.
o Elementos: Classes, módulos, funções e outros elementos de software.
o Relações: Interações entre os componentes internos.
o Exemplo: Um diagrama de componentes pode mostrar como um módulo
de carrinho de compras se comunica com um módulo de produtos e um
módulo de pagamento.
4. Código:
o Objetivo: Fornecer o nível mais detalhado de documentação,
referenciando o código-fonte.
o Elementos: Classes, métodos e outras entidades de código.
o Relações: Dependências e chamadas entre as entidades de código.
o Exemplo: Um diagrama de código pode mostrar a implementação de
uma classe específica e suas relações com outras classes.
3. Mantenha a Simplicidade
4. Foque na Comunicação
Obtenha feedback: Realize revisões por pares para identificar erros e inconsistências
nos diagramas.
Melhore a qualidade: A revisão por pares ajuda a garantir que os diagramas sejam
precisos e completos.
Planeje para o futuro: Os diagramas devem ser flexíveis o suficiente para acomodar as
mudanças futuras na arquitetura do sistema.
Utilize padrões de design: A utilização de padrões de design pode ajudar a criar
diagramas mais robustos e escaláveis.
Explique o porquê: Documente as razões por trás das decisões de arquitetura para
facilitar a manutenção e evolução do sistema.
Como Usar o Modelo C4 em Diferentes Contextos:
Microserviços, Sistemas Monolíticos, etc.
O Modelo C4 oferece uma flexibilidade incrível para documentar a arquitetura de
sistemas, independentemente de sua complexidade ou tipo. Seja em sistemas
monolíticos, microserviços, ou até mesmo em arquiteturas híbridas, o C4 pode ser
adaptado para fornecer uma visão clara e concisa.
Sistemas Monolíticos:
o Foco nos componentes: Os diagramas de componentes podem detalhar
a estrutura interna do monolito, mostrando as classes, módulos e funções
que compõem o sistema.
o Evolução para microserviços: O C4 pode ser usado para visualizar a
decomposição gradual de um monolito em microserviços, mostrando
como os componentes serão divididos e como as novas interfaces serão
definidas.
Microserviços:
o Visão geral: Os diagramas de contexto e contêiner podem fornecer uma
visão geral da arquitetura de microserviços, mostrando como os serviços
se comunicam e quais são suas dependências.
o Detalhamento: Os diagramas de componentes e código podem ser
usados para detalhar a implementação interna de cada microserviço.
o Bounded contexts: O C4 pode ajudar a visualizar os limites de cada
bounded context em uma arquitetura de microserviços.
Sistemas Híbridos:
o Combinação de estilos: O C4 pode ser usado para modelar sistemas que
combinam elementos de arquiteturas monolíticas e de microserviços.
o Transição: Pode auxiliar na visualização de uma arquitetura em
transição, mostrando como diferentes partes do sistema estão sendo
migradas para microserviços.
Sistemas Legados:
o Documentação: O C4 pode ser usado para documentar a arquitetura de
sistemas legados, facilitando a compreensão e a manutenção.
o Modernização: Pode ajudar a visualizar as opções de modernização,
como a migração para a nuvem ou a refatoração para microserviços.
Considerações Importantes:
Nível de detalhe: O nível de detalhe dos diagramas deve ser ajustado de acordo
com o contexto e o público-alvo.
Ferramentas: Utilize ferramentas como PlantUML, Draw.io ou Lucidchart para
criar diagramas de alta qualidade.
Manutenção: Mantenha os diagramas atualizados para refletir as mudanças na
arquitetura do sistema.
Colaboração: Envolva os stakeholders na criação e manutenção dos diagramas
para garantir que eles reflitam a visão compartilhada da arquitetura.
Exemplo Prático:
Imagine um sistema de e-commerce que está sendo migrado de um monolito para uma
arquitetura de microserviços. O C4 pode ser usado para:
Em resumo:
O Modelo C4 é uma ferramenta versátil que pode ser adaptada para qualquer tipo de
arquitetura de software. Ao entender os princípios básicos do C4 e como aplicá-los em
diferentes contextos, você poderá criar diagramas claros e concisos que facilitarão a
comunicação, a colaboração e a manutenção de seus sistemas.
Comparação do Modelo C4 com Outros Modelos de
Arquitetura: UML e 4+1
O Modelo C4, UML e 4+1 são todos modelos de representação de arquitetura de
software, cada um com suas próprias características e aplicações. Vamos comparar
esses modelos para entender melhor suas diferenças e semelhanças:
Modelo C4
4+1 Views
Simplicidade e Múltiplas
Foco Modelagem completa
comunicação perspectivas
Níveis de
4 níveis Vários diagramas 5 vistas
abstração
Utiliza diagramas
Diagramas Poucos tipos Grande variedade
UML
Desenvolvedores e
Público-alvo Amplo Arquitetos
arquitetos
Modelo C4: Ideal para equipes ágeis que buscam uma forma rápida e eficiente de
documentar a arquitetura de seus sistemas. É também uma boa opção para comunicar
a arquitetura para stakeholders não técnicos.
UML: Indicado para projetos complexos que exigem uma modelagem detalhada e
precisa. É útil para capturar requisitos, design e implementação.
4+1 Views: Adequado para projetos de grande porte que exigem uma visão completa
da arquitetura. Permite analisar a arquitetura sob diferentes perspectivas.
Qual escolher?
Em resumo:
1. Vista Lógica:
o Foco: Funcionalidades do sistema do ponto de vista do usuário.
o Diagramas: Diagramas de classes e casos de uso UML.
o Objetivo: Descrever as classes, objetos e suas relações, além dos casos de uso
que o sistema deve suportar.
2. Vista de Processo:
o Foco: Aspectos dinâmicos do sistema, como a concorrência e o fluxo de
controle.
o Diagramas: Diagramas de sequência, atividades e estados UML.
o Objetivo: Modelar os processos do sistema, as interações entre componentes
e o fluxo de dados.
3. Vista de Desenvolvimento:
o Foco: Organização do software em módulos e componentes para
desenvolvimento.
o Diagramas: Diagramas de componentes UML.
o Objetivo: Mostrar como o sistema é decomposto em partes menores para
desenvolvimento e como essas partes se relacionam.
4. Vista Física:
o Foco: Implementação do sistema em hardware e software.
o Diagramas: Diagramas de implantação UML.
o Objetivo: Descrever a distribuição dos componentes do sistema em nós de
hardware e redes.
Em resumo
O modelo 4+1 Views é uma ferramenta poderosa para arquitetos de software que
buscam uma visão completa e detalhada da arquitetura de seus sistemas. Ao combinar
diferentes perspectivas, ele permite uma análise mais profunda e uma comunicação mais
eficaz entre os stakeholders. No entanto, é importante escolher o nível de detalhe
adequado para cada projeto e evitar a criação de diagramas excessivamente complexos.
A Vista Lógica no Modelo 4+1 Views
A Vista Lógica é uma das cinco perspectivas do modelo 4+1 Views, proposto por
Philippe Kruchten, para descrever a arquitetura de software. Essa vista se concentra na
estrutura estática do sistema, ou seja, nos elementos que compõem o sistema e em como
eles se relacionam entre si para fornecer a funcionalidade desejada.
Objetivo:
Diagramas Utilizados:
Exemplo:
Base para outras vistas: A Vista Lógica serve como base para a construção das
outras vistas, como a Vista de Processo, que mostra como as classes interagem
para realizar as funcionalidades do sistema.
Comunicação com stakeholders: A Vista Lógica, por ser mais abstrata, é mais
fácil de entender por stakeholders não técnicos, como clientes e gerentes de
produto.
Evolução do sistema: A Vista Lógica pode ser utilizada para acompanhar as
mudanças nos requisitos do sistema e para guiar o desenvolvimento de novas
funcionalidades.
Em resumo:
A Vista Lógica do modelo 4+1 Views fornece uma visão estática e abstrata da
arquitetura de software, focando nos conceitos e objetos do domínio do problema. Ela é
fundamental para entender a estrutura do sistema e como os diferentes componentes se
relacionam entre si.
A Vista de Processo no Modelo 4+1 Views
A Vista de Processo no Modelo 4+1 Views se concentra na dinâmica do sistema, ou
seja, em como os componentes do sistema interagem ao longo do tempo para realizar as
suas funções. Ela complementa a Vista Lógica, que se foca na estrutura estática do
sistema.
Objetivo:
Diagramas Utilizados:
Exemplo:
Em resumo:
Objetivo:
Diagramas Utilizados:
Exemplo:
Em resumo:
Coesão: Classes com alta coesão, ou seja, que realizam um conjunto bem
definido de tarefas, tendem a ser agrupadas em um mesmo componente.
Acoplamento: Componentes com baixo acoplamento, ou seja, que dependem
pouco uns dos outros, são mais fáceis de manter e testar.
Reutilização: Classes que podem ser reutilizadas em diferentes partes do
sistema podem ser agrupadas em componentes separados.
Implementação: Considerações de linguagem de programação, frameworks e
tecnologias utilizadas.
Desempenho: A organização dos componentes pode impactar o desempenho do
sistema.
Formas de Mapeamento:
Uma classe por componente: Em casos simples, uma classe pode ser mapeada
para um componente. No entanto, essa abordagem pode levar a muitos
componentes pequenos e acoplados.
Múltiplas classes por componente: Várias classes relacionadas podem ser
agrupadas em um mesmo componente, aumentando a coesão e reduzindo o
acoplamento.
Componentes compostos: Componentes podem ser compostos por outros
componentes, formando uma hierarquia.
Interfaces: As interfaces das classes definem as responsabilidades dos
componentes.
Exemplos de Mapeamento:
Sistema de e-commerce:
o Vista Lógica: Classes como Cliente, Produto, Pedido, Pagamento.
o Vista de Desenvolvimento: Componentes como Módulo de Catálogo,
Módulo de Carrinho, Módulo de Pagamento. As classes Produto e
Categoria podem ser agrupadas no componente Módulo de Catálogo.
Sistema bancário:
o Vista Lógica: Classes como ContaCorrente, Transacao, Cliente.
o Vista de Desenvolvimento: Componentes como Módulo de Contas,
Módulo de Transações, Módulo de Segurança.
Benefícios do Mapeamento:
Desafios:
Em resumo:
MVC (Model-View-Controller):
o Componentes: Model (representa os dados), View (interface do usuário)
e Controller (lógica de controle).
o Relações: O Controller interage com o Model e a View, atualizando a
View com base nas mudanças no Model.
Camadas:
o Componentes: Cada camada (apresentação, negócio, dados) é
representada por um conjunto de componentes.
o Relações: As camadas se comunicam através de interfaces bem
definidas, com dependências unidirecionais (camadas superiores
dependem das inferiores).
Microserviços:
o Componentes: Cada microserviço é um componente independente.
o Relações: Os microserviços se comunicam através de APIs, geralmente
RESTful.
Desafios e Considerações
Escolha do padrão: A escolha do padrão de arquitetura depende das
características do sistema e dos requisitos do negócio.
Complexidade: Em sistemas grandes, a Vista de Desenvolvimento pode se
tornar complexa.
Evolução: A arquitetura pode precisar evoluir ao longo do tempo, o que exige
mudanças na Vista de Desenvolvimento.
Em resumo
Objetivo:
Diagramas Utilizados:
Exemplo:
Em resumo:
A Vista Física é crucial para garantir que o software seja executado de forma eficiente e
confiável. Ela complementa as outras vistas, mostrando como a arquitetura do sistema é
mapeada para o hardware.
Considerações:
Em resumo:
A Vista Física é essencial para garantir que o software seja executado de forma eficiente
e confiável. Ao mapear os componentes do software para o hardware, os arquitetos e
desenvolvedores podem garantir que o sistema atenda aos requisitos de desempenho,
disponibilidade e segurança.
Microserviços e a Vista Física: Uma Abordagem
Detalhada
A arquitetura de microserviços, com seus serviços independentes e de granularidade
fina, impõe desafios e oportunidades únicas à Vista Física. A natureza distribuída e
escalável dos microserviços exige uma compreensão profunda de como esses serviços
são alocados, comunicam-se e interagem com o hardware.
Desafios e Considerações:
Ferramentas e Tecnologias:
Exemplo:
Em resumo:
Um contêiner é um pacote isolado que contém tudo o que uma aplicação precisa para
executar: código, runtime, bibliotecas, configurações etc. Essa isolação garante que a
aplicação funcione de forma consistente em qualquer ambiente, desde o
desenvolvimento até a produção.
Nós: Os nós da Vista Física podem ser máquinas virtuais, servidores físicos ou
máquinas na nuvem, cada um executando um ou mais contêineres.
Componentes: Cada contêiner representa um componente da aplicação.
Conexões: A comunicação entre contêineres é gerenciada por redes definidas
por software, como as redes de serviço do Kubernetes.
Exemplo:
Em resumo:
Um cenário de uso é uma sequência de interações entre um ator (usuário, outro sistema)
e o sistema, descrevendo como um objetivo específico é alcançado. É uma narrativa que
descreve como o sistema será utilizado em situações reais.
Conexão entre as Vistas: A Vista de Cenários serve como uma ponte entre as
outras quatro vistas, garantindo que todas elas estejam alinhadas com os
requisitos do sistema.
Foco no Usuário: Centra-se nas necessidades e expectativas dos usuários,
ajudando a garantir que o sistema atenda aos seus requisitos.
Validação da Arquitetura: Os cenários de uso podem ser utilizados para
validar a arquitetura, verificando se ela suporta os requisitos funcionais e não-
funcionais.
Comunicação: Serve como um meio eficaz de comunicação entre as partes
interessadas, facilitando a compreensão do sistema.
Exemplo:
Em um sistema de e-commerce, um cenário de uso poderia ser:
Ator: Cliente
Cenário: Realizar uma compra
Pré-condição: O cliente possui um cadastro e um carrinho de compras com
itens.
Fluxo principal: O cliente clica em "Finalizar compra", preenche os dados de
pagamento, confirma o pedido e recebe uma confirmação.
Pós-condição: O pedido é registrado no banco de dados e o cliente recebe um e-
mail de confirmação.
Em Resumo:
Entrevistas
Tipos de Entrevistas:
Workshops
Análise de Documentos
Tipos de Documentos:
Combinação de Técnicas
Os cenários de uso servem como base para a criação de casos de teste, pois eles
detalham as interações do usuário com o sistema. A partir de um cenário, é possível
identificar os passos que o usuário deve seguir e os resultados esperados.
1. Identificação dos passos: Para cada cenário de uso, identifique os passos que o
usuário deve seguir para completar a tarefa.
2. Definição dos dados de entrada: Determine os dados que o usuário irá inserir no
sistema em cada passo.
3. Definição dos resultados esperados: Defina quais são os resultados esperados para
cada passo e para o cenário como um todo.
4. Criação dos casos de teste: Crie um caso de teste para cada passo ou conjunto de
passos críticos do cenário de uso.
5. Priorização dos casos de teste: Priorize os casos de teste com base na importância do
cenário de uso e no risco associado.
Exemplo:
Passos:
o O cliente adiciona um produto ao carrinho.
o O cliente preenche os dados de entrega.
o O cliente escolhe a forma de pagamento.
o O cliente confirma o pedido.
Dados de entrada:
o Informações do produto (nome, preço, quantidade)
o Dados de endereço de entrega
o Dados de cartão de crédito
Resultados esperados:
o O produto é adicionado ao carrinho.
o Os dados de entrega são salvos.
o O pagamento é processado com sucesso.
o O cliente recebe uma confirmação de pedido.
Casos de Teste:
Considerações Adicionais
Cenários de uso negativos: Além dos cenários de uso positivos, é importante criar
casos de teste para verificar o comportamento do sistema em situações de erro ou de
entrada inválida.
Automatização de testes: Muitos casos de teste podem ser automatizados, o que
agiliza o processo de teste e reduz a possibilidade de erros manuais.
Ferramentas de gerenciamento de testes: Existem diversas ferramentas disponíveis
para auxiliar na criação, execução e gerenciamento de casos de teste.
Em resumo, os cenários de uso fornecem uma base sólida para a criação de casos de
teste eficazes, garantindo que o software desenvolvido atenda aos requisitos dos
usuários e funcione corretamente em diferentes situações.
Evolução dos Cenários ao Longo do Ciclo de Vida do
Software
Os cenários de uso são ferramentas dinâmicas que acompanham o desenvolvimento do
software. À medida que o projeto evolui e os requisitos mudam, é fundamental que os
cenários sejam atualizados para refletir essas alterações.
Em resumo:
1. Compreensão do Negócio:
o Requisitos: Comece por uma profunda compreensão dos requisitos funcionais
e não-funcionais do sistema. Quais são as necessidades do cliente? Quais são
as restrições técnicas?
o Stakeholders: Identifique os principais stakeholders e suas expectativas.
Integrando as Partes
Consistência: As diferentes vistas devem ser consistentes entre si. Por exemplo, as
classes identificadas na vista lógica devem estar relacionadas aos processos na vista de
processo.
Traçabilidade: Estabeleça relações de traçabilidade entre as diferentes vistas. Por
exemplo, um cenário de uso deve ser mapeado para as classes e processos que o
implementam.
Iteração: A criação das vistas é um processo iterativo. À medida que uma vista é
refinada, as outras podem precisar ser ajustadas.
Ferramentas de Modelagem: Utilize ferramentas de modelagem UML para criar e
manter os diagramas das diferentes vistas.
Revisão e Validação: Realize revisões regulares com os stakeholders para garantir que
a arquitetura está alinhada com os requisitos do negócio.
Dicas Adicionais
Comece com o que você sabe: Inicie com a parte do sistema que você melhor
conhece.
Use analogias: Utilize analogias do mundo real para explicar conceitos complexos.
Mantenha a simplicidade: Evite sobrecarregar os diagramas com muitos detalhes.
Comunique-se: Compartilhe a arquitetura com os stakeholders de forma clara e
concisa.
Em Resumo
O Modelo 4+1 Views oferece uma estrutura poderosa para modelar a arquitetura de
software. Ao começar com a vista de cenários e integrar gradualmente as outras vistas,
você pode criar uma arquitetura bem definida, flexível e que atenda aos requisitos do
negócio.
Event Storming: Uma Abordagem Colaborativa para
Modelar Domínios
O Event Storming é uma técnica de modelagem colaborativa que visa a uma
compreensão profunda e compartilhada do domínio de um software. Essa abordagem,
ágil e visual, permite que equipes multidisciplinares explorem e descubram os eventos
que ocorrem em um sistema, as relações entre eles e as decisões que levam a esses
eventos.
1. Preparação:
o Equipe: Reúna todos os membros da equipe, incluindo desenvolvedores,
testadores, designers e, principalmente, os especialistas de negócio.
o Espaço: Prepare um espaço amplo com paredes livres para que a equipe
possa colar notas adesivas.
o Materiais: Prepare canetas coloridas, notas adesivas de diferentes cores
e tamanhos, marcadores e um cronômetro.
2. Workshop:
o Eventos: A equipe começa identificando e escrevendo os eventos mais
importantes que ocorrem no domínio, colando as notas adesivas na
parede em uma linha do tempo.
o Atores: Identificam-se os atores (pessoas ou sistemas) que causam ou
reagem aos eventos.
o Comandos: São identificadas as ações que causam os eventos.
o Leituras: São identificadas as consultas ao sistema.
o Agregações: São definidas as entidades que agregam os eventos.
o Políticas: São definidas as regras de negócio que governam o domínio.
3. Discussão e Refinamento:
o A equipe discute os eventos, comandos, leituras e agregações, refinando
e organizando as notas adesivas.
o São identificados os fluxos de eventos e as relações causais entre eles.
o As políticas de negócio são mapeadas nos eventos e agregações.
4. Resultados:
o Ao final do workshop, a equipe terá uma visão visual e compartilhada do
domínio, identificando os principais eventos, as regras de negócio e as
interações entre os componentes do sistema.
Em resumo:
O Event Storming é uma técnica poderosa e versátil que pode ser aplicada em diversos
contextos. Ao focar nos eventos que ocorrem em um sistema, ele permite uma
compreensão mais profunda do domínio e facilita a tomada de decisões de design.
Comparação entre Event Storming e BPMN
O Event Storming e o BPMN (Business Process Model and Notation) são duas técnicas
poderosas para modelar processos de negócios, mas apresentam abordagens distintas.
Event Storming
BPMN
Principais Diferenças
Característica Event Storming BPMN
Complementariedade
Event Storming e BPMN podem ser utilizados em conjunto para obter uma visão mais
completa do sistema. O Event Storming pode ajudar a identificar os eventos e comandos
chave, enquanto o BPMN pode ser usado para modelar os fluxos de trabalho e as
decisões associados a esses eventos.
Em resumo:
1. Identificar os Contêineres:
o Limites Contextuais: Cada limite contextual identificado no Event
Storming pode ser considerado um contêiner no diagrama C4.
o Subdomínios: Subdomínios com responsabilidades distintas podem ser
mapeados para contêineres separados.
o Serviços Externos: Serviços externos que interagem com o sistema
podem ser representados como contêineres.
2. Mapear os Componentes:
o Agregações: As agregações identificadas no Event Storming podem ser
mapeadas para componentes.
o Handlers: Os handlers de eventos podem ser representados como
componentes.
o Repositórios: Repositórios de dados podem ser modelados como
componentes.
3. Detalhar as Relações:
o Dependências: As relações entre os componentes podem ser modeladas
como dependências (ex: um componente utiliza outro componente).
o Protocolos: Os protocolos de comunicação entre os componentes podem
ser especificados.
4. Adicionar Níveis de Detalhe:
o Sistema: O sistema como um todo pode ser representado no nível mais
alto.
o Código: Para um nível de detalhe ainda maior, os componentes podem
ser decompostos em classes ou funções.
Exemplo:
Benefícios da Combinação:
Dicas Adicionais:
Em resumo:
Ao combinar Event Storming e diagramas C4, você obtém uma visão holística do seu
sistema, desde a descoberta dos requisitos até a modelagem da arquitetura. Essa
abordagem permite construir sistemas mais robustos, escaláveis e alinhados com as
necessidades do negócio.
Event Storming como Ferramenta Principal na Visão
de Uso do Modelo 4+1
O Event Storming e o Modelo 4+1 são ferramentas poderosas e complementares no
desenvolvimento de software. Enquanto o Modelo 4+1 oferece uma visão holística da
arquitetura de um sistema, o Event Storming se destaca na exploração e visualização do
domínio do problema, especialmente na fase inicial de um projeto.
Em resumo:
O Event Storming é uma ferramenta poderosa para construir a visão de uso no Modelo
4+1. Ao focar na descoberta e visualização dos eventos que ocorrem em um sistema, ele
permite uma compreensão profunda do domínio e facilita a construção de uma visão de
uso completa e precisa. Essa abordagem colaborativa e visual garante que a arquitetura
do sistema esteja alinhada com as necessidades do negócio.