Apostila Pilotagem de Drones
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PILOTAGEM DE DRONES
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PILOTAGEM DE DRONES
PILOTAGEM DE DRONES
SENAR 2021
PILOTAGEM DE DRONES
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Ficha Técnica:
Superintendente do Senar/AR-GO
Dirceu Borges
Gerente Pedagógica
Kelly Aparecida Lemes Baliano
Coordenação Técnica
Samantha Leandro de Sousa Andrade Alexandrino
Capa
Rui Benevides
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Apresentação
Esperamos que ao término do treinamento, seja capaz de realizar voos com drones,
monitoramento de áreas urbanas e rurais, filmagens e fotos aéreas profissionais atendendo
as resoluções legais.
Objetivos Específicos:
3. Entender as leis, regras e normas que regulamentam o uso civil de drones no Brasil;
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Vale ressaltar que, no SENAR, a sala de aula não se reduz a uma sala de aula
tradicional, acrescida por oficinas para as aulas práticas ou ainda, por laboratórios de ensaios
técnicos e tecnológicos. Ela vai além desses ambientes, considerando que o curral, o pasto, a
plantação torna-se muitas vezes o ambiente de ensino e de aprendizagem. Isso amplia os
horizontes da educação rural, contribuindo para o que se chama contextualização. Há que se
considerar, no entanto, que as aulas podem ser desenvolvidas em ambiente real de trabalho,
mas, naquele momento, a situação é de aprendizagem.
Bons estudos!
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SUMÁRIO
1. Introdução ....................................................................................................................................... 7
2. Como usar os drones seguindo a regulamentação brasileira ......................................................... 7
2.1. Definições ................................................................................................................................ 7
2.2. Quais os impactos de uma operação insegura ....................................................................... 8
2.2.1. Casos reais – exemplos negativos de uso de drones .......................................................... 8
2.2.2. O que temos em comum em todos esses exemplos? ....................................................... 11
2.2.3. Penalidades Previstas ........................................................................................................ 13
2.3. Como operar dentro das normas .......................................................................................... 14
2.3.1. O que devo saber junto à ANAC ........................................................................................ 14
2.3.2. O que devo saber junto ao DECEA .................................................................................... 21
2.3.3. O que devo saber junto à ANATEL .................................................................................... 26
2.3.3.1. Como identificar um drone homologado? .................................................................... 26
2.3.3.2. Meu drone não está homologado pela ANATEL, o que fazer? ..................................... 28
2.3.4. Outros órgãos regulamentadores ..................................................................................... 29
2.3.5. Resumo dos documentos obrigatórios ............................................................................. 29
3. Técnicas para uma pilotagem segura ............................................................................................ 30
3.1. Conhecendo os comandos de voo ........................................................................................ 34
3.2. Conhecendo os ícones do aplicativo DJI GO ......................................................................... 35
4. Considerações finais ...................................................................................................................... 37
5. Referências Bibliográficas ............................................................................................................. 38
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1. Introdução
Os drones tem se tornado cada vez mais uma ferramenta indispensável para o produtor rural
e profissionais do Agronegócio, pois, quando bem utilizado, traz inúmeros benefícios porteira para
dentro da fazenda, gerando dados que permitem conhecer a variabilidade espacial das lavouras
durante o ciclo de produção, permitindo assim integrar ao manejo da fazenda e tomar decisões mais
rápidas, precisas e assertivas.
Neste documento iremos abordar estes e outros temas de forma bem prática, com o objetivo
de descomplicar este assunto tão importante, tanto para profissionais da área rural, quanto das mais
variadas áreas.
Mesmo diante deste cenário, há plena convicção de que é um mercado que só irá se
consolidar com as regras de segurança sendo seguidas. A aviação só atingiu o nível de segurança de
hoje, em função também da regulamentação. Portanto, iremos detalhar aqui, uma síntese de
aspectos essenciais que devemos conhecer para usar os drones seguindo a regulamentação.
2.1. Definições
Apesar do termo drone ser largamente difundido e utilizado, sobretudo pelos órgãos de
comunicação, em função da similaridade do ruído dos multirrotores com o das abelhas, essa
nomenclatura não é utilizada na regulação técnica. Portanto, aqui trataremos como Aeronave
Remotamente Pilotada (ARP´s), ou RPA que é a sigla em inglês derivada deste termo, ou seja, é uma
aeronave que não tem piloto embarcado. Essa é a forma que se pode também pesquisar para
aprofundar nas regulamentações.
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Se os drones são Aeronaves, os operadores são Pilotos, logo, para ambos os casos, existem
uma série de regulamentações que precisam ser seguidas e é o que iremos abordar aqui. Assim como
Cada dia que passa, fica mais comum vermos ARP´s sobrevoando locais públicos como
shows, feiras e eventos, festas, praias, parques, entre outros. Provavelmente você já se sentiu até
mesmo incomodado, por estarem sobrevoando muito próximo a você ou de outras pessoas, ou já
presenciou alguma cena assim, em um destes locais.
Você saberia dizer os riscos envolvidos em situações como esta? É seguro operar desta
forma? Para responder estes e outros questionamentos que podem estar passando por sua cabeça
neste momento, vamos demonstrar alguns casos reais envolvendo ARP´s no cotidiano.
Este triste acidente com RPA envolvendo um bebê britânico de 18 meses aconteceu em 2016, um
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bebe de somente oito meses perdeu a visão de um dos olhos.
Este outro caso aconteceu em dezembro de 2018, e ocasionou prejuízos na ordem de 64,5 milhões
de dólares em função do alto fluxo deste Aeroporto, que teve sua única pista fechada, por sobrevoo
ilegal de drone dentro do raio de 1 km do Aeroporto.
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Casos como estes, aconteceram em diversos aeroportos por todo o mundo, e no Brasil
também não foi diferente. De novembro de 2017 a outubro de 2018, quatro aeroportos passaram
Figura 4: Fechamento Aeroportos do Brasil por voo irregular de drones Fonte: R7 - https://noticias.r7.com/sao-
paulo/em-um-ano-drones-fecham-quatro-aeroportos-e-poem-voos-em-risco-31102018
Figura 5: Prejuízos com fechamento do aeroporto de Londres por voo irregular de drones Fonte:
Fortune –https://fortune.com/2019/01/22/gatwick-drone-closure-cost/na-inglaterra.ghtml
Outro problema frequente que temos percebido é a ação dos drones ameaçando a
privacidade das pessoas. Constam como vítimas: times de futebol que sofreram espionagem, artistas
famosos que tiveram fotos íntimas vazadas e abaixo trazemos exemplos de vítimas em condomínios
e até mesmo na Presidência da República.
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Privacidade é entendida como aquilo que é particular do indivíduo, ou seja, segundo a
constituição: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. (art. 5,
inciso X da constituição federal)
Figura 6: Prisão por espionagem com drones em Salvador-BA Fonte: G1 Globo - http://g1.globo.com/globo-
news/videos/v/homem-e-preso-por-usar-drone-para-espionar-vizinhos-em-salvador/7665441/
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Além disso, neste caso dos Aeroportos, o DECEA relata que “os pilotos de ARP´s precisam
obedecer às regras de uso do Espaço Aéreo e ter consciência dos danos e riscos que podem causar
aos usuários diretos e à toda sociedade. ”. Estes Pilotos de ARP´s colocaram em risco as pessoas e
outras aeronaves em voo.
Com a popularização do uso dos drones, muitos acabam enxergando esta ferramenta como
um brinquedo e isso é muito preocupante. É muito importante que você que está buscando este
conhecimento da tecnologia, perceba que além dos prejuízos já relatados, os pilotos ainda podem
sofrer todas as sanções previstas em Lei, tanto multas administrativas, quanto prisão, conforme
exemplos abaixo:
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Figura 9: Atuação do DECEA em voos irregulares de RPAs em Salvador-BA e Niterói-RJ Fonte: DECEA -
https://www.decea.gov.br/?i=midia-e-informacao&p=pg_noticia&materia=voo-nao-autorizado-de-rpa-na-arena-fonte-
nova-em-salvador-termina-em-prisao
Estas são as penalidades previstas, para quem descumpre a regulamentação, de acordo com o
código penal e a lei de contravenções penais:
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
Artigo 261: Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer
ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea:
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2.3. Como operar dentro das normas
Para operar dentro das normas, ou seja, com segurança, é necessário que o piloto conheça
os três pilares principais, que regulamentam o uso de RPAs no Brasil: ANAC, DECEA e ANATEL. Iremos
abordar aqui em termos resumidos os aspectos mais práticos indispensáveis para operar de acordo
com a legislação.
Importante ressaltar, que o exposto aqui, é válido para a data da confecção deste
documento, porém, como se trata de uma tecnologia que muda numa rapidez grande, é importante
manter-se atualizado quanto à possíveis alterações. Um exemplo claro disso é que, recentemente a
ANAC abriu uma consulta para toda a comunidade da área e sociedade em geral dar sugestões
quanto à regulamentação, para permitir que o mercado se estabeleça cada vez mais em condições
seguras.
Figura 10: ANAC recebe contribuições sobre o futuro dos drones Fonte: Anac -
https://www.anac.gov.br/noticias/2019/anac-recebe-contribuicoes-sobre-futuro-dos-drones-no-pais
Falar de regulamentação brasileira de drones é falar sobre o RBAC-E 94, publicado pela ANAC em
2017 (evidenciado na figura 10), regulamentou pela primeira vez o uso de ARPs no Brasil e ainda
vigente. Lembrando que a sigla especial, é justamente para reforçar o que falamos anteriormente, ou
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seja, está sujeito a alterações necessárias.
Este deve ser um livro de cabeceira para todos que pretendem atuar com ARPs, pois vai
relatar claramente conceitos e regras para operar de acordo com as normas. Entre agora mesmo e
Vocês podem acessar também um Manual da ANAC com um resumo deste regulamento, no
link a seguir: https://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-
tematicas/drones/orientacoes_para_usuarios.pdf (Orientações para Usuários de Drones)
Serão tratados aqui alguns aspectos mais práticos deste regulamento, de forma sintetizada,
no intuito de facilitar a compreensão, o que não dispensa o seu aprofundamento.
Quase a totalidade dos ARPs utilizados no dia a dia nas operações de uso civil, se enquadram
na Classe 3 da regulamentação, com o peso máximo de decolagem (PMD), que inclui drone, baterias,
componentes, carga embarcada entre 250 gramas e 25 kg. Abaixo alguns exemplos de ARPs
enquadrados nesta classe ilustrados com modelos distintos de drones, sendo multirrotores (a, c),
pulverizadores (b), asa fixa (d).
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Para os drones pulverizadores, existe uma instrução normativa em fase de minuta junto ao
Ministério da Agricultura (MAPA), a ideia é substituir os trabalhos de pulverização costal e onde os
aviões não conseguem chegar por barreiras físicas, estes são os principais requisitos:
Figura 11: DJI Phanton 4 Pro PMD: 1,388 kg Figura 12: Pulverizador MG1: 23,8 kg. Fonte: Página da
DJI Mavic Pro PMD: 0,744 kg. Fonte: Página Avant Agro no Instagram¹.
da Avant Agro no Instagram².
Figura 13: Parrot Bluegrass, PMD: Figura 14: Asa Fixa Xmobots Arator 5A, PMD: 3,5 kg.
1,850 kg. Fonte: Avant Agro. Acervo Fonte: Avant Agro. Acervo da empresa.
da empresa.
Com PMD acima de 25 kg, teremos os ARPs das classes 1 e 2, que possuem outras
particularidades na regulamentação, que não trataremos neste documento. Neste caso a maior parte
são para uso militar ou de vigilância de fronteira. Para uso agropecuário teremos, por exemplo,
drones pulverizadores, que necessitam carregar um maior peso do produto que será aplicado.
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Dentre estes modelos ilustrados acima, sem dúvida o mais comum são os multirrotores. Fazendo
uma pesquisa rápida na internet, notamos inúmeros vídeos no youtube de testes como este abaixo,
sobre o máximo de distância ou altura que um drone consegue atingir. Neste caso testou-se o limite
de 8 km de distância no Phanton 4.
A resposta para estas e outras perguntas, consta na regulamentação e pode ser entendida
observando a imagem a seguir:
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Figura acima mostra os tipos de operação. A operação VLOS o operador mantém o
contato visual com a aeronave durante todo o voo. Na operação EVLOS o piloto já não tem mais o
contato visual e precisa do auxílio de um observador com o qual deve manter contato. O voo que
não é VLOS ou EVLOS é o BVLOS, que é totalmente além da linha de visada.
Ou seja, isso responde nossa pergunta, mesmo que seu Phanton ou Mavic consiga atingir
longas distancias, você não pode efetuar um voo EVLOS ou BVLOS, porque? Observe o fluxo de
trabalho da ANAC relatado no quadro abaixo.
Conforme grifado na figura 17, note que apenas Aeronaves com certificado de aero
Figura 18: Aprovação projeto BVLOS Ebee Classic e Ebee Plus/SQ – 18/04/2019 Fonte: ANAC –
https://www.anac.gov.br/noticias/2019/anac-emite-autorizacoes-para-operacoes-comerciais-bvlos-de-drones
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navegabilidade (CAER) podem efetuar voos que não seja VLOS, e somente três projetos foram
aprovados até o momento no Brasil para voos BVLOS, ambos em 2019 e receberam aprovação para
voar além da linha de visão com alcance de até 5 km, portanto, você NÂO pode fazer voo acima de
120 metros e fora da linha de visão com os multirrotores ou qualquer outro projeto que não passou
por aprovação de projeto pela ANAC.
Para voar dentro da linha de visão e na altura de até 120 metros, dentro da regulamentação,
é necessário fazer o cadastro da aeronave no site SISANT da ANAC. (Link: SISANT - Sistema de aeronaves não
tripuladas)
A Aeronave deve ser identificada com o número do certificado e a certidão (figura 20) deverá
ser impressa e mantido junto com a documentação do ARP.
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Figura 20: Modelo de certidão de cadastro ARPs na ANAC Fonte: Avant Agro. Acervo da empresa.
É exigida idade mínima de 18 anos para todos os pilotos e observadores de ARPs. Já para
aeromodelos não existe idade mínima.
Uma dúvida comum é se o piloto de ARP precisa de uma espécie de carteira de habilitação
para operar. No caso voando dentro da linha de visão é necessário somente o cadastro do piloto no
sistema SISANT da ANAC. Já para pilotos que vão operar os projetos autorizados BVLOS já citados, é
sim exigido uma habilitação, onde o piloto passa por um processo de avaliação e aprovação pela
ANAC.
Analisando o RBAC-E 94 e trazendo para a realidade operacional do dia a dia, abaixo observa-
se os documentos de porte obrigatório para realização de um voo com ARP:
Diante de tudo que foi exposto até aqui, em uma reflexão, nota-se que existem 3 tipos de
piloto:
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Responsável - opera dentro das normas, porque entende que a regulamentação existe
justamente para buscar uma maior segurança;
Imprudente – opera sem levar em consideração as consequências de seus atos;
Criminoso – mesmo com regras claras, não respeita a segurança dele e de terceiros e pode
ser punido.
Sendo o ARP uma Aeronave, o acesso ao espaço aéreo está sujeito às regulamentações do
DECEA. Ou seja, mais uma vez reforçamos que não basta comprar seu ARP, carregar a bateria e sair
operando. Existe uma série de regras que devem ser seguidas para ocupar o espaço aéreo, afinal
você está dividindo o mesmo espaço que as aeronaves tripuladas.
O principal documento que temos é o ICA 100-40, que até janeiro de 2019 se chamava
Sistemas de ARP e o acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro. A partir de 03/01/2019 passou a se chamar
Aeronaves não Tripuladas e o acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro. Link: Instrução do Comando da Aeronáutica
100-40
Sempre tem alterações nesta ICA 100-40, se faz necessário acompanhar de perto.
Importante destacar que uma Aeronave não tripulada só pode acessar o Espaço Aéreo
Brasileiro após emissão de uma autorização especial.
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Outra informação muito importante é que o voo de uma ARPs deve se manter afastado de
qualquer outra aeronave tripulada ou não.
Figura 21: Sanções aplicadas pelo DECEA – vídeo RPA seguindo helicóptero Fonte:
https://www.decea.gov.br/?i=midia-e-informacao&p=pg_noticia&materia=decea-aplica-sancoes-administrativas-
depois-de-receber-denuncias-de-videos-e-fotos-postados-em-midias-sociais
Aeronave e Piloto deverão estar cadastrada no sistema SARPAS. Este processo você deverá
fazer somente uma vez para cada aeronave, a partir daí é somente solicitação de todos os voos
realizados, que é deve ser bem rápido e tranquilo de ser feito. Link: site do SARPAS para iniciar o cadastro.
Clicando no mesmo link citado acima, no item Orientações que vemos na imagem acima,
você irá acessar um resumo interessante de orientações para voos em segurança com ARPs, muito
bem detalhado também em nosso material complementar Cartilha nº 249 na página 35, confira
agora mesmo!
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Na figura 22 há o fluxo de trabalho do sistema SARPAS do DECEA, onde se deve acessar para
solicitar o voo da ARPs. Percebam que, caso esteja respeitando todas as regras, a autorização sai
muito rápido. Na prática o retorno sai praticamente online, ou seja, não tem nenhuma justificativa
para não seguir o procedimento correndo riscos desnecessários, além de colocar em risco outras
pessoas. A análise só é mais demorada caso esteja próximo a aeroportos, helipontos, aeródromos.
Neste caso da emissão de NOTAM que acontece em até 18 dias é reservado aquele espaço
Figura 22: Entendendo o Fluxo de Trabalho do sistema SARPAS DECEA Fonte: www.youtube.com
aéreo no perímetro do voo para o voo da ARPs e não haverá tráfego de outras aeronaves neste local
na janela de operação.
Na figura a seguir, é um exemplo de um voo solicitado nestas condições, neste caso, próximo a um
heliponto, e aprovado dentro dos 18 dias com emissão do NOTAM.
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Figura 23: Voo Aprovado no SARPAS – DECEA em emissão de NOTAM. Fonte: Avant Agro. Acervo da empresa.
A fabricante DJI implantou um sistema de controle interno definido como DJI’s GEO system,
mais conhecido como no-fly zone, recentemente o sistema foi aperfeiçoado para maior proteção de
aeroportos na América Latina, estes preocupados com a segurança das aeronaves tripuladas e em
manter segura as operações de ARPs. O sistema bloqueia automaticamente no aparelho voos em
locais proibidos (aeroportos, usinas e presídios). Eles conseguem também estabelecer no-fly zones
temporárias demandadas pelo departamento de controle do tráfego aéreo, como por exemplo
grandes eventos ou situações emergenciais.
Em situações de necessidades de voos nestes locais, como por exemplo serviços autorizados
nestas áreas, o usuário pode fazer uma solicitação para a DJI no e-mail: [email protected] pedindo a
atualização para seu equipamento efetuar o voo por um determinado período. Estas respectivas
cores abaixo serão as cores que aparecerão no mapa para cada uma das zonas e na figura 24 temos
um exemplo que é dividido por aeroportos de alto, médio e baixo risco.
Zonas Restritas: O usuário vai receber uma mensagem avisando que não é possível
voar e precisa enviar e-mail para DJI;
Zonas de Altitude: o usuário vai receber uma mensagem avisando que a altitude de
voo é limitada (regiões urbanas de tráfego de Helicópteros, por exemplo)
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Zonas por Autorização: usuário vai receber um aviso que os voos são limitados por
padrão. Usuários com a autorização podem liberar o voo através de uma conta autorizada pelo
sistema da DJI.
Zonas de Alerta: Essas zonas podem não aparecer destacadas no mapa do aplicativo,
porém o usuário poderá receber mensagens de alerta.
Zona Restrita por Regulação: Locais onde os voos são proibidos por
regulamentação (prisões, policia, órgãos governamentais etc.)
Área recomendada: Todas as áreas onde os voos podem ser feitos sem
restrições.
Figura 24: Entendendo o DJI’s GEO system (no-fly zone) - Fonte: DJI -
https://www.dji.com/br/newsroom/news/dji-geofencing-melhora-protecao-aeroportos
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Assim como fizemos no caso da ANAC, trazendo para a nossa realidade operacional do dia a
dia, abaixo citam-se os documentos de porte obrigatório para realização de um voo com ARPs
referente ao DECEA:
Com este último pilar da regulamentação trataremos da Anatel que também é um pilar que
regula o uso de ARPs, visto que entre a estação de pilotagem e as ARPs, se tem um enlace de
comando e controle que acontece por frequência e a Anatel por lei é responsável pela
regulamentação das frequências no Brasil.
É uma lei, que vai dizer no Artigo 161: § 2º É vedada a utilização de equipamentos emissores
de radiofrequência sem certificação expedida ou aceita pela Agência.
O primeiro passo é saber se o seu drone e controle está homologado pela Anatel.
Muitos fabricantes já vendem os drones homologados pela Anatel, portanto, para identificar
se o seu drone já veio homologado de fábrica basta procurar no controle e no drone conforme
imagens a seguir.
Se o seu drone possui o selo, significa que ele já foi homologado para comercialização no
mercado brasileiro.
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Figura 25: Homologação Anatel no controle (esquerda) e drone (direita) – Phanton Fonte: Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (SENAR). Acervo da empresa.
Figura 26: Homologação Anatel no controle (esquerda) e drone (direita) – Mavic Fonte: www.vixevendas.com
Pode acontecer também do drone ter sido homologado via etiqueta manual, neste caso é só
procurar pela etiqueta no equipamento.
Figura 27: Homologação Anatel na Etiqueta Fonte: Avant Agro. Acervo da empresa.
Caso você identifique o selo de qualquer uma das formas descritas acima, perante a Anatel
não tem mais nada o que ser feito.
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2.3.3.2. Meu drone não está homologado pela ANATEL, o que fazer?
Não se preocupe, se este for o seu caso, o seu ARP deverá ser homologado pelo processo de
Declaração de Conformidade.
Figura 28: Homologação Anatel – colando a Etiqueta Fonte: Avant Agro. Acervo da empresa.
Uma dica que deixamos é que a forma mais tranquila de fazer esta homologação é
fornecendo os dados FCC que você encontra na etiqueta em seu drone.
Uma dúvida que muitos ainda possuem é se preciso pagar alguma taxa para esta
homologação.
fechando então o assunto, segue em resumo o que é obrigatório para realização de um voo
com ARP referente a ANATEL:
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Figura 29: Avant Agro. Acervo da empresa.
Homologação na Anatel
Em resumo vamos trazer abaixo uma relação de documentos obrigatórios que devemos
observar para realização de um voo com RPA:
ANAC
DECEA
5 - Cadastro de Piloto
6 - Autorização de Voo
ANATEL
7 - Homologação na Anatel
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3. Técnicas para uma pilotagem segura
Agora que você já está bastante familiarizado com a regulamentação para operar seu ARP
com segurança, é importante também observar cuidados que devem ser tomados antes, durante e
após o voo, no sentido de minimizar riscos seguindo boas práticas.
A maioria dos acidentes com drones são causados por falta de atenção e cuidados com a
segurança. Sempre antes de fazer um voo, todos os componentes devem ser checados e confirmados
se estão operando corretamente.
No capítulo IV da Cartilha 249, vai abordar muito bem este tema, portanto é de suma
importância que você siga cuidadosamente estas recomendações, desde o planejamento da missão,
acessórios, check list dos equipamentos, voo, entre outros.
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No item que cita atualização de softwares, ainda em escritório, verifique a necessidade de
atualização.
Figura 31: Print screen da tela do aplicativo DJI GO – Atualização Firmware Fonte: Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural (SENAR). Acervo da empresa
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Figura 32: Print screen da tela do aplicativo DJI GO – – Sinal de Satélite e Home Point Fonte: Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (SENAR). Acervo da empresa
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Figura 33: Procedimentos práticos no momento da decolagem Fonte: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR).
Acervo da empresa.
Figura 34: Procedimentos práticos no momento do pouso Fonte: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Acervo
da empresa.
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Outro cuidado importante é com relação às baterias. Quando não estiver operando, sempre
guarde as baterias com carga entre 30% e 50%. Armazenar as baterias com cargas diferentes disso,
diminuem a vida útil e pode causar inchamentos e danos, e elas não serão mais confiáveis para o
uso. Podendo inclusive causar um acidente. Muitos carregadores já possuem a função Storage que é
justamente para deixar a bateria com o nível de carga ideal para armazenamento. No dia anterior ao
voo faz-se o processo de carga. Uma dica interessante para esta função para o Phanton é este Hub
Carregador que tem o carregamento inteligente, onde a bateria com a mais energia será a prioridade
para receber a carga completa.
Figura 35: Bateria Phanton 3 em modo de armazenamento e Hub carregador DJI para Phanton 4.
O piloto é responsável pelas condições de segurança de voo, ele deve abortar a prática
sempre que perceber problemas elétricos, estruturais e mecânicos no drone que comprometam a
segurança da operação.
A maioria dos acidentes que ocorrem no momento da aprendizagem inicial de pilotagem de ARP,
é justamente por não possuir o total domínio dos comandos de voo. Por isso abaixo trazemos uma
ilustração que descreve quais os comandos são utilizados na operação. Recomendamos que os
iniciantes treinem bastante estes comandos, em ambiente de simulador, e somente após total
domínio e percepção da sensibilidade dos movimentos, é que deverá partir para a prática de voo no
ARP.
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3.2. Conhecendo os ícones do aplicativo DJI GO
Como boa parte dos drones utilizados são da fabricante DJI, que detém cerca de 70% do
mercado, vamos demonstrar na tela do aplicativo DJI GO os ícones, pois é fundamental este
Figura 36: Executando os comandos de voo no controle do ARP – exemplo Phanton 4 Fonte: Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (SENAR). Acervo da empresa.
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Figura 37: Print Screen da tela do aplicativo DJI GO com representação numérica dos ícones Fonte: Adaptado de
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Acervo da empresa.
1. Indica o status do voo da aeronave e exibe várias mensagens de aviso. Acessando o ícone pode-se
configurar os limites de voo, calibrar a bússola e definir aos valores de ganho;
2. Fornece uma exibição dinâmica do nível da bateria. As zonas coloridas no indicador do nível de
bateria representam os níveis de energia necessários para realizar diferentes funções;
4. Mostra o número atual de satélites GPS conectados. A barra branca indica que o sinal GPS está
adequado;
5. Toque neste ícone para ativar ou desativar recursos fornecidos pelo Sensing 3D Sistema – sensor
de colisão;
8. Mostra o nível atual da bateria. Toque para visualizar o menu de informações sobre a bateria,
definir os vários avisos de bateria, configurar o nível de retorno com segurança e visualizar o
histórico de aviso de bateria;
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9. Configurações Gerais: Acessando este ícone pode-se estabelecer os parâmetros de voo, restaurar
as configurações da câmera, habilitar a função de visualização rápida, configurar o estabilizador de
câmera e ativar ou desativar a rota de voo;
13. Toque para entrar na página de reprodução e visualizar as fotos e vídeos assim que eles são
gravados;
15. Toque neste ícone para ter acesso aos módulos de voo inteligente;
16. Toque para ter o retorno da aeronave para o último ponto de casa gravado (return to home -
RTH);
4. Considerações finais
Este documento traz informações básicas de como utilizar o drone de forma consciente,
respeitando as regras, técnicas e práticas para operação em segurança.
Estes conceitos são fundamentais para que o produtor rural possa iniciar a adoção desta
tecnologia em sua propriedade e aproveitar os seus benefícios na gestão dos dados espaciais da sua
lavoura.
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5. Referências Bibliográficas
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PILOTAGEM DE DRONES
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