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PROJETO PEDAGÓGICO

Escola Nacional de Administração Pública -


Enap SAIS – Área 2-A 70610-900 - Brasília – DF
Telefone: (61) 2020-3000

Paulo Roberto Nunes Guedes


Ministro da Economia

Diogo Godinho Ramos Costa


Presidente da Escola Nacional de Administração
Pública

Rodrigo Torres de Araújo Lima


Diretor de Educação Executiva

Bruna Danielly da Paz Tenório


Coordenadora-Geral de Especialização e MBA

Juliana Miranda Leda


Coordenadora de Especialização

Eduardo Paracêncio
Eliane Luz
Coordenadores do curso

Janaina Angelina Teixeira


Designer Instrucional

Pedro Luiz Costa Cavalcante


Curador do curso

Equipe:
Cecília Chachamovitz
Dênia Freitas
Genival Macedo
Leonardo Batista
Rachel Dorneles
Renata Regina Scarpim
Tereza Labrunie

Estagiários: Responsáveis pela produção do


Daniela Leite documento:
Giovana Gonçalves
Hellen Bastos Janaína Angelina Teixeira
Josafá da Silva Pedro Luiz Costa Cavalcante
Lucas de Oliveira
1. INTRODUÇÃO ............................................................................ 4
1.1. Contexto e Justificativa ....................................................... 4
1.2. Identificação do Curso ......................................................... 6

2. OBJETIVO DO CURSO .............................................................. 7

3. COMPETÊNCIAS A SEREM DESENVOLVIDAS ....................... 7

4. PÚBLICO-ALVO .......................................................................... 8

5. REQUISITOS PARA INGRESSO NO CURSO ............................ 8

6. CARGA HORÁRIA ....................................................................... 8

7. METODOLOGIA ......................................................................... 9

8. CERTIFICAÇÃO/TITULAÇÃO (ENAP) .................................... 10

9. INFRAESTRUTURA .................................................................. 10

10. ESTRUTURA CURRICULAR ................................................. 11

11. CARACTERIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS ............................... 13


12.1. Disciplinas Obrigatórias ................................................ 13
12.2. Disciplinas Optativas........................................................17
12.3. Podcasts ............................................................................. 21

12. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DO CURSO .......................... 22


12.1. Avaliação dos Discentes ................................................ 22

13. CORPO DOCENTE ................................................................. 23

13. CORPO DOCENTE ................................................................ 24

14. BIBLIOGRAFIA DAS DISCIPLINAS ...................................... 34


1. INTRODUÇÃO

1.1. Contexto e Justificativa

A Especialização em Gestão Pública é um curso de pós-graduação lato sensu


oferecido pela Enap desde 2002; formou centenas de agentes públicos de
diferentes setores e Poderes do Estado brasileiro. O curso foi concebido de
forma a aproximar os (as) participantes de questões concretas da prática go-
vernamental, com estratégias de ensino teórico-aplicado, por meio de instru-
mentos didático-pedagógicos que facilitem a apropriação da realidade, sua
análise e o enfrentamento de problemas.

Essa nova edição, denominada de MBA em Gestão Pública, inicia um processo


de transição para a modalidade a distância (EaD), com o propósito do cur-
so de adequação às possibilidades que os avanços tecnológicos propiciam,
como também às pressões e demandas por alternativas de ensino diante das
mudanças e incertezas no mundo do trabalho e, mais especificamente, no
serviço público, geradas pela pandemia do coronavírus. Outro aspecto positi-
vo, envolve o potencial de ampliação de oportunidades de aquisição e apro-
fundamento de conhecimentos aos agentes públicos não apenas em Brasília,
mas em todo o território nacional.

O novo programa tem como referência original a estrutura curricular da 12ª


edição da Especialização da Enap, contudo, são incorporadas inovações didá-
ticas e metodológicas, bem como atualização na organização e no conteúdo
das disciplinas do curso. O aprimoramento das estratégias de qualificação no
serviço público pressupõe o reconhecimento do dinamismo e da complexida-
de do funcionamento da sociedade, economia e, principalmente, do aparato
estatal, que exigem uma burocracia profissional com capacidades de compre-
ensão e reflexão crítica dessas circunstâncias e de suas implicações, como
também de aplicabilidade de instrumentos de gestão e de políticas públicas
eficazes para a criação de valor público.

4
O projeto pedagógico do MBA em Gestão Pública se fundamenta no caráter
multidisciplinar do campo de públicas, que incluem predominantemente as
áreas de administração, ciência política, sociologia, economia e direito. O cur-
so é também alinhado à visão estratégica da Escola1 que possui a missão de
‘formar e desenvolver agentes públicos capazes de inovar, alcançar resultados
e servir à sociedade’. Além dos valores de compromisso com o conhecimento
científico aplicado, colaboração, foco nas pessoas e diversidade, o planeja-
mento da Enap (2019-2022) enfatiza o desenvolvimento de lideranças para
a melhoria da governança, das políticas públicas e da gestão governamental.

Em um mundo globalizado e de mudanças em tempo real, é imperativo a


convergência do projeto pedagógico do curso com as tendências e melhores
práticas da administração pública nacional e internacional2. Cabe ressaltar
que a gestão e as políticas públicas, incluindo as suas ino- va-
ções, cada vez mais se materializam em arranjos de
governança pública, ou seja, em um conjunto de
dinâmicas relacionais envolvendo múltiplos
atores interconectados (governamentais e
não-governamentais). Essas complexas e
variadas configurações de governança de-
mandam competências do agente públi-
co que não se restringem à execução ou à
implementação, uma vez que são precisos
conhecimentos e habilidades em todas
as etapas do processo de políticas públicas
(policymaking), desde a formação da agenda
à avaliação. Logo, as metodologias didáticas e
disciplinas do curso englobam um conjunto de
competências em diferentes níveis de capacidades
e recursos3.

1 https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/6216/1/Enap_MapaEstrat%c3%a9gico_2022_
V2021.pdf.
2 CAVALCANTE, P. Trends in Public Administration after Hegemony of the New Public Mana-
gement. Revista do Serviço Público, 70(2), 195 – 218, 2019.
3 WU, X.; HOWLETT, M.; RAMESH, M. (eds.) Policy Capacity and Governance: assessing gover-
nmental competences and capabilities in theory and practice. Studies in the Political Economy of Public
Policy, Palgrave Macmillan, 2018.

5
O desenho da especialização está embasado em trilha de aprendizagem gami-
ficada, devido ao seu caráter dinâmico e com foco prático. Trata-se de um cur-
so em e-learning, auto formativo e com ofertas em modelo carrossel, ou seja,
o participante inicia no seu tempo e percorre sua jornada no curso de acordo
com suas necessidades e preferências. As trilhas de aprendizagem têm sido
implementadas nas organizações como estratégias para desenvolver compe-
tências voltadas para o aprimoramento do desempenho atual e futuro dos
colaboradores4. São como rotas de navegação, pois entende-se que, assim
como navegadores que têm em suas mãos as cartas geográficas, bússola e
informações meteorológicas, cada profissional tem um mapa de oportunida-
des disponíveis para que se escolha qual caminho seguir5. Nesse sentido, as
trilhas surgem como estratégias de promoção do desenvolvimento de com-
petências, tendo como âncoras as expectativas da
organização e os anseios profissionais, desejos e
necessidades das pessoas nelas envolvidas, con-
tribuindo para o desenvolvimento integral
e contínuo do colaborador.

A especialização contará ainda com


materiais bônus de podcasts. A sé-
rie de podcasts será uma sequ-
ência no formato de entrevistas
com especialistas e dirigentes
públicos, abordando temas im-
portantes da administração pú-
blica, aplicados à prática.

4 FREITAS, I.A.; BRANDÃO, H.P. Trilhas de aprendizagem como estratégia de TD&E. In: BOR-
GES-ANDRADE, J.E.; ABBAD, G.; MOURÃO, L. (org.). Treinamento, desenvolvimento e educação em
organizações e trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2006. Cap.5, p. 97-113.
5 LE BOTERF, G. Competénce et navigation professionnelle. Paris: Éd. d’Organisation, 1999.

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1.2. Identificação do Curso

Nome do Curso: MBA em Gestão Pública

Certificação conferida: Especialista em Gestão Pública

Modalidade: a distância

Duração: 11 meses

Área de Conhecimento: administração pública

Número de vagas oferecidas: 100

Reserva de vagas: mediante acordo com órgãos

Ano e período letivo de início de funcionamento do curso: janeiro/2022

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2. OBJETIVO DO CURSO

Capacitar agentes públicos para atuarem em processos de melhoria da admi-


nistração pública no Brasil, com foco em competências que promovam a visão
holística e integrada dos dinâmicos problemas e desafios da gestão governa-
mental e incentivem a postura focada em resultados, colaborativa e transpa-
rente na construção de soluções de políticas públicas.

3. COMPETÊNCIAS A SEREM DESENVOLVIDAS

A estrutura curricular do curso visa desenvolver as seguintes competências


do (a) discente:

Analítica Operacional Política

Conhecimento e habilidades na
Conhecimento sobre as característi-
análise e avaliação & monitoramento Expertise em planejamento e
cas históricas, os contextos político,
de ações governamentais, análise de orçamento público, gestão de pesso-
social e econômico subjacentes ao
cenários prospectivos, ferramentas e as, gerenciamento estratégico de
policymaking e acerca da posição
processos para coleta, exame e divul- metas e desempenho organizacional
dos atores envolvidos (stakehol-
gação de dados e informações em e, prestação de contas administrativa
ders), como acessá-los e mobilizá-los.
contexto de políticas públicas basea- (accountability);
das em evidências;

Liderança Inovadora
Habilidades de comunicação, negocia-
ção, construção de consenso e resolu- formas de pensar e atuar empreende-
ção de conflitos. Capacidades de doras, em coprodução, aberta aos
articulação e coordenação de proces- riscos, ao aprendizado contínuo e às
sos internos, intergovernamental e nas ideias criativas durante os processos
redes de políticas públicas para de desenho e implantação de inova-
estabelecer parcerias e engajar os ções com foco no usuário e na promo-
stakeholders, gerando coerência, ção de mais valores aos serviços públi-
legitimidade e apoio aos projetos cos.
institucionais em diferentes configura-
ções de governança democrática;

4. PÚBLICO-ALVO

O curso é direcionado a servidores públicos federais ocupantes de cargo efe-


tivo, empregados públicos federais concursados ou servidor militar federal
integrante do quadro efetivo das Forças Armadas.

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5. REQUISITOS PARA INGRESSO NO CURSO

1 Ter diploma de 3 Ser aprovado (a) em 5 Requisitos técnicos: possuir


graduação em curso processo seletivo câmera, microfone e
superior reconhecido conduzido pela Enap conexão à internet
pelo MEC. ou por órgão parceiro. suficiente para
acompanhar aulas
síncronas. A conexão ideal
é a partir de 2Mb de
velocidade real. Abaixo
2 Pertencer ao 4 Não estar cursando disso, ocorrem travamentos
público-alvo do curso. outro programa de e outras dificuldades de
pós-graduação da visualização dos vídeos.
Enap ou não ter
cursado nos últimos
dois anos até a data da
matrícula.

6. CARGA HORÁRIA

A carga horária total ofertada no curso é de 442 horas, sendo o mínimo de 365
horas para aprovação do estudante. São dez disciplinas obrigatórias, nove de
30 horas cada e uma (Metodologia de Laboratório de Casos) de 15 horas. Se-
rão ofertados três laboratórios de casos, de 10 horas cada, e o aluno terá que
realizar um laboratório obrigatório tendo como referência uma disciplina op-
tativa. Sendo assim, a matrícula no laboratório será vinculada à matrícula na
optativa de referência. As optativas correspondem a três trilhas de aprendiza-
gem, cada uma delas com 3 disciplinas e cada disciplina com carga horária de
15 horas: i) governança e políticas públicas; ii) inovação e valor público e; iii)
federalismo e governança multinível. Ainda serão realizadas 6 aulas ao vivo
(síncronas) ofertadas ao longo do curso durante os eixos.

A carga horária obrigatória ofertada é de 320 horas e, para complementar a


carga horária mínima de 365 horas, o aluno deverá cursar ao menos quatro
disciplinas optativas (uma já vinculada à escolha do laboratório de caso e ou-
tras três de livre escolha).

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7. METODOLOGIA

Trata-se de um curso na modalidade a distância (EAD), flexibilizando o espa-


ço/tempo de estudos. O aluno poderá estudar em qualquer lugar e gerenciar
seu tempo de dedicação. A concepção pedagógica do curso envolve uma sé-
rie de estratégias didáticas e metodológicas que objetivam a construção de
uma aprendizagem significativa com potencial de desenvolvimento de com-
petências fundamentais para o agente e a gestão pública.

Uma estratégia inovadora do curso é a gamificação estrutural que permite


uma aprendizagem mais criativa e substantiva, a medida em que por meio
dos elementos dos jogos aplicados a situações educacionais os colaborado-
res tendem a demonstrar maior engajamento. Sendo assim, trabalharemos
com componentes de conquistas e desafios, dinâmicas de narrativas e pro-
gressão e mecânicas de aquisição de recursos e recompensas.

As disciplinas obrigatórias serão realizadas com base em videoaulas e mate-


rial complementar de estudos. Já, as disciplinas optativas estão embasadas
na estratégia de estudos de caso, que possibilita aos estudantes a melhoria
de práticas e processos, exercitando a tomada de decisão e o pensamento
analítico, bem como a troca de experiências.

Os laboratórios de caso serão realizados a partir da metodologia de Aprendi-


zagem baseada em Problemas (ABP), em que os “problemas” são o ponto de
partida para a aprendizagem. Assim, a aprendizagem parte de situações-pro-
blema que suscitam dúvidas e estimulam a cognição para práticas de investi-
gação e resolução criativa6.1

6 Para saber mais sobre o método de Aprendizagem baseada em Problemas, acesse o artigo
“Aprendizagem baseada em Problemas: um método de aprendizagem inovadora para o ensino educativo”.
Disponível em: http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/2880

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8. CERTIFICAÇÃO/TITULAÇÃO (ENAP)

Para obtenção da certificação de conclusão do curso o discente deverá cum-


prir os requisitos mínimos:

• Cumprir 365 horas de carga horária de estudos distribuídas entre as disci-


plinas obrigatórias, optativas e laboratório de caso.

• Assistir a no mínimo 5 aulas ao vivo.

• Obter aproveitamento acadêmico mínimo exigido nas disciplinas do curso


de 60 (sessenta) pontos, observada a frequência mínima exigida.

• Participar de 1 dos 3 laboratórios de caso ofertados durante o curso e ob-


ter média 60 (sessenta) na avaliação de cada laboratório realizado.

9. INFRAESTRUTURA

O curso será ofertado na modalidade a distância por meio da plataforma


Moodle (Modular Object Oriented Distance Learning), em ambiente virtual de
aprendizagem da Enap.

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10. ESTRUTURA CURRICULAR

A estrutura curricular do curso possui três eixos principais e sequenciais,


compostos por:

• Disciplinas obrigatórias (30h cada): de cunho generalista e complementar,


são de caráter mandatório a todos os alunos;

• Metodologia de laboratórios de casos (15h cada): obrigatória e prévia à


realização das atividades de Laboratórios, que é aplicada a Aprendizagem
Baseada em Problemas (PBL);

• Disciplinas optativas (15h cada) das seguintes trilhas de aprendizagem:


i) governança e políticas públicas (Gov); ii) inovação e valor público (Inov)
e; iii) federalismo e governança multinível (Fed);

• Laboratórios de casos (10h cada): três no total, sendo um obrigatório. Os


laboratórios são desenvolvidos a partir das disciplinas optativas;

• Aulas ao vivo (2h cada): serão 6 aulas no total, sendo 5 obrigatórias, com
temáticas de temas diversos;

• Bônus de série de podcasts: temáticas relevantes e latentes discutidas


com professores especialistas e servidores/dirigentes envolvidos nas
políticas públicas.

A estrutura curricular das disciplinas e atividades é apresentada no Quadro 1,


assim como a relação das trilhas de aprendizagem e das respectivas disciplinas
optativas expostas na Figura 1.

Quadro 1 – Grade Curricular

Eixos Tipo Carga Horária


Formação e Desafios do
Obrigatória 30h
Estado Brasileiro
Análise de Políticas Públicas Obrigatória 30h
Estado e Políticas Inovação no Setor Público Obrigatória 30h
Públicas Metodologia de Laboratórios
Obrigatória 15h
de Casos
Carga Horária (Eixo) 105h (obrigatória)

Paradigmas da Gestão
Obrigatória 30h
Pública Contemporânea
Finanças e Economia do
Obrigatória 30h
Setor Público
Gestão
Governamental Planejamento e Gestão de
Obrigatória 30h
Desempenho e Riscos
Carga Horária (Eixo) 90h (obrigatória)

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Eixos Tipo Carga Horária
Liderança e Gestão
Obrigatória 30h
Estratégica de Pessoas
Transformação Digital e
Obrigatória 30h
Gestão Pública no Accountability Democrático
Brasil: dimensões Governança Orçamentária
estratégicas Obrigatória 30h
no Brasil
Carga Horária (Eixo) 90h (obrigatória)

3 (três) laboratórios
Laboratórios de
ofertados com temáticas das 1 obrigatório 10h
casos
optativas

Governança e Políticas
Mínimo de 4
Públicas
disciplinas (1
Trilhas optativas Inovação e Valor Público vinculada ao lab. 60h/135h
de casos mais 3
Federalismo e Governança
de livre escolha)
Multinível

6 (seis) aulas ao vivo com 5 aulas


Aulas ao vivo 10/12h
temas diversos obrigatórias

Bônus Série de podcasts Optativo -

365h (mínima
Total de Carga Horária do Curso 442h (ofertada)
obrigatória)

Fonte: elaboração própria

Figura 1 – Trilhas de Aprendizagem (disciplinas optativas)

Inovação e
Valor Público
Governança e
(Inov)
Políticas Públicas
(Gov)

Federalismo e
Governança
Multinível
(Fed)

Gestão da Inovação Governamental

Governança e Coordenação Design thinking com Foco no Usuário


de Políticas Públicas
Tecnologias Inovadoras na Gestão Pública
Implementação de Políticas
Públicas no Brasil

Políticas Públicas Federalismo no Brasil


Baseadas em Evidências
Descentralização e Coordenação Vertical

Mecanismos Horizontais de Coordenação Federativa

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11. CARACTERIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS

12.1. Disciplinas Obrigatórias

A elaboração e organização das disciplinas obrigatórias se basearam


em um conjunto de critérios e premissas7.1O primeiro envolve o caráter
multidisciplinar do campo de públicas, logo, abarcam assuntos relacionados,
sobretudo, à administração, ciência política, sociologia, economia e direito. O
segundo critério consiste na inclusão de temáticas que se associam aos valores
do planejamento estratégico da Enap (2019-2022) e que, em boa medida,
estão bastante alinhados às tendências do debate e da prática contemporânea
da gestão pública8.2Por fim, a grade curricular do curso visa desenvolver
competências distintas, mas complementares (analítica, operacional, política,
inovadora e de liderança), necessárias para o desempenho de diferentes
funções em contexto de governança democrática.

D1. Análise de Políticas Públicas

Objetivo: Aplicar os conceitos básicos e modelos analíticos de políticas públicas


que auxiliam o entendimento da diversidade e complexidade do papel e das
atuações do Estado.
Conteúdo programático: Conceitos de política pública (policy), seus tipos e
relações com os processos políticos (politics) e arcabouço político-institucional
(polity). Subsistemas de políticas públicas, arenas decisórias e seus atores
envolvidos. Abordagem de etapas ou ciclo das políticas públicas: formação de
agenda, formulação, processo decisório, implementação/execução e avaliação &
monitoramento. Principais perspectivas teóricas e modelos sintéticos de análise
de políticas públicas. Aprendizado, difusão em políticas públicas e o papel dos
burocratas.

D2. Formação e Desafios do Estado Brasileiro

Objetivo: Discutir dimensões históricas e institucionais da formação do Estado


nacional, essenciais para a compreensão de sua morfologia, seu funcionamento e
seus desafios atuais.
Conteúdo programático: Arcabouço institucional brasileiro pós-Constituição
Federal de 1988: organização do sistema político, da federação, papéis e funções
assumidos pelo Estado e repartição de competências nas políticas públicas.
Transformações nas relações Estado, Sociedade e Mercado. Configuração do
Estado de Bem-Estar, avanços, dilemas e problemas persistentes no país: pobreza,
justiça social, crescimento sustentável, equilíbrio fiscal e efetividade/eficiência
administrativa.

7 Para mais detalhes ver Relatório de Pesquisa da Grade Curricular do Curso MBA de Gestão
Pública da Enap.
8 Cavalcante, P. (2019). Trends in Public Administration after Hegemony of the New Public Ma-
nagement. Revista do Serviço Público, 70(2), p. 195 - 218.

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D3. Inovação no Setor Público

Objetivo: Introduzir conceitos latentes do debate e da prática da inovação


como dimensão estratégica no setor público a partir de abordagens aplicadas e
experiências de casos.
Conteúdo programático: Principais conceitos relacionados ao tema inovação e sua
aplicação no setor público. Inovação Pública x Privada. Papel do Estado na inovação
e suas diferentes funções na perspectiva sistêmica de inovação. Consequências
da inovação e problemas complexos/incertos (wicked problem). Princípios de
experimentalismo, co-criação, equipes interdisciplinares e foco no usuário.
Tendências: laboratórios de inovação, gamificação, insights comportamentais,
e-democracy etc. Empreendedorismo no Setor Público.

D4. Paradigmas da Gestão Pública Contemporânea

Objetivo: Analisar as transformações nos arcabouços teóricos recentes e associá-


los às tendências de gestão que norteiam os processos e serviços na administração
pública contemporânea.
Conteúdo programático: História da constituição e desenvolvimento da
administração pública brasileira. Herança patrimonialista aos esforços inacabados
de constituição da burocracia típica weberiana. Reformas administrativas sob
a égide da Nova Gestão Pública. Do Estado provedor ao regulador. Reformas
administrativas em perspectiva internacional e comparada. Arranjos institucionais
e instrumentos de gestão pública na Era da Governança ou pós NPM. Tendências e
desafios estruturais à evolução da prática inovadora na gestão pública brasileira.

D5. Finanças e Economia do Setor Público

Objetivo: Analisar questões subjacentes às finanças e economia do setor público


que influenciam diretamente a gestão e o processo de construção das políticas
públicas no país.
Conteúdo programático: Falhas de mercado. Inflação e desemprego. Funções
econômicas do Estado: alocativa, distributiva e estabilizadora. Estado de Bem-
Estar Social no Brasil e seus impactos nas finanças públicas. Financiamento
(tributação/arrecadação) e despesas (obrigatórias e discricionárias) do setor
público. Crise e sustentabilidade fiscal. Evolução e dilemas das contas públicas
no Brasil contemporâneo: crescimento econômico, resultado primário dos efeitos
teto de gastos sobre o endividamento público e os gastos na área social.

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D6. Planejamento e Gestão de Desempenho e Riscos

Objetivo: Abordar conceitos, ferramentas e métodos de planejamento,


gerenciamento estratégico de desempenho e riscos em contexto de contínuo
aprimoramento da governança pública.
Conteúdo programático: Principais dimensões conceituais do planejamento e
da gestão estratégica. Planejamento estratégico para resultados. Possibilidades
e limitações do planejamento na administração pública. Utilização de cenários
prospectivos na formulação de estratégias e políticas públicas. Tomada de
decisão e cenários futuros. Gestão da estratégia de desempenho e adaptativa.
Caracterização do ciclo de vida e processos de um projeto. Monitoramento,
avaliação e revisão de indicadores de projetos. Gerenciamento de riscos para
identificar, avaliar e prevenir potenciais eventos que possam afetar a performance
de organizações públicas.

D.7. Liderança e Gestão Estratégica de Pessoas

Objetivo: Demonstrar a relevância do desenvolvimento de competências


de liderança e gestão de pessoas como parte fundamental dos processos de
mudanças organizacionais no setor público.
Conteúdo programático: Fatores determinantes para o líder empreendedor e
facilitador de mudanças em contexto de governança. Estilos de liderança prol
inovação. Construção de estratégias e instrumentos direcionados à valorização,
satisfação e proatividade dos recursos humanos nas organizações públicas.
Gerenciamento de competências, flexibilização e trabalho remoto. Gestão de
carreiras, desempenho e aprendizado na administração pública. O sistema de
gestão de pessoas na administração pública. Relações e mudanças no mundo do
trabalho da administração pública.

D.8. Transformação Digital e Accountability Democrático

Objetivo: Debater o processo de transformação digital em curso no país com


ênfase nos valores gerados, oportunidades, desafios e riscos da governança
digital nos serviços governamentais.
Conteúdo programático: Transformação digital e governança digital: conceitos
e evolução. Plataformização de serviços públicos. Instrumentos de digitais em
políticas públicas. Mudança na cadeia de valor dos serviços públicos: reintegração,
eficiência e integridade. Inteligência artificial e big data aplicados a serviços e
políticas públicas. Perspectivas críticas sobre as implicações, riscos, e limites
criados pelo avanço das tecnologias de informação e comunicação no setor
público. O caso da governança digital no Brasil.
Objetivo: Debater o processo de transformação digital em curso no país com
ênfase nos valores gerados, oportunidades, desafios e riscos da governança
digital nos serviços governamentais.

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Conteúdo programático: Política de governança digital no Brasil: conceitos
e evolução. Plataformização dos serviços públicos: o caso do Portal Gov.Br..
Transformação digital para gerar mais valor público: simplificação, integração,
eficiência nas entregas públicas e satisfação dos cidadãos. Perspectiva ampla
e crítica quanto às implicações, limites e riscos criados pela proliferação da
tecnologia da informação no setor público. Variedades de mecanismos de
accountability democráticos no Brasil. Políticas de transparência e acesso
à informação: instrumentos, resultados, LAI e desafios. E-government como
estratégia de efetividade, participação e controle social na gestão pública.

D.9. Governança Orçamentária no Brasil

Objetivo: Explicar como diferentes particularidades do arranjo de governança


orçamentária no Brasil impactam no processo de construção de políticas públicas
e de melhoria da gestão.
Conteúdo programático: Planejamento e orçamento do setor público brasileiro:
principais conceitos. Instrumentos orçamentários: Estratégia Federal de
Desenvolvimento, Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
e Lei Orçamentária Anual (LOA). Ciclo orçamentário: processos de formulação,
aprovação e execução. O orçamento como instrumento de gestão de desempenho e
de accountability. Gerenciamento de indicadores para avaliação & monitoramento,
controle e transparência dos sistemas de planejamento e orçamento. Avanços e
dilemas da governança orçamentária no Brasil no persistente cenário de restrições
fiscais.

D.10. Metodologia de Laboratório de Casos

Objetivo: Ensinar a metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL),


que consiste em um método ativo direcionado a uma aprendizagem construtiva
e colaborativa para a solução de problemas a partir dos conhecimentos prévios
dos estudantes.
Conteúdo programático: Contextualização e caracterização do método de
Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL). Princípios fundamentais do PBL.
Problemas direcionadores da aprendizagem. Ciclo de aprendizagem e etapas
de aplicação do PBL. Utilização do PBL em Administração. Dinâmica das aulas.
Vantagens e desvantagens do método.

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12.2. Disciplinas Optativas

A trilha de Governança e Políticas Públicas se direciona para o aprofundamento


de dimensões centrais do processo de construção das políticas públicas
(policymaking). Enquanto as trilhas de Inovação e Valor Público e Federalismo
e Governança Multinível se devem em razão da referência da Enap nessas
duas dimensões da administração pública brasileira.

Na primeira, a Escola não apenas atua com um papel de destaque na capacitação


de profissionais inovadores, na produção de conhecimento e na disseminação
de práticas por meio de suas pesquisas e de seu laboratório (Gnova), mas
também é responsável pelo prêmio mais importante de inovação no setor
público no país, que completa vinte e cinco edições em 2021.

Quanto à dimensão federativa, a Enap desde sua criação desenvolve um


amplo conjunto de atividades (formação, capacitação, seminários, encontros,
etc.) em parceria e/ou direcionado aos governos subnacionais, o que tornou
a instituição uma líder na Rede de Escolas de Governo do país. Ademais, a
compreensão do funcionamento do Estado brasileiro e de suas políticas
públicas pressupõe atentar para as configurações e especificidades políticas
e administrativas do federalismo brasileiro, em especial às competências
concorrentes entre esferas de governo (artigo 23 da Constituição Federal
de 1988) e do intenso processo de municipalização de diferentes áreas de
políticas públicas no país desde os anos 1990.

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N Ç A E POLÍT ICAS
GOV E R N A
PÚBLICAS
(GOV)

Governança e Coordenação de Políticas Públicas


Objetivo: Aprofundar nos instrumentos e mecanismos de coordenação de políticas
públicas aplicados em diferentes arranjos de governança em contexto democrático.
Conteúdo programático: Variedades de Governança Pública: conceitos e razões
da proliferação. Diversidade das relações entre Estado, sociedade e mercado em
diferentes níveis e esferas. Mecanismos de governança: hierarquia, mercado e
redes. Construção de capacidades estatais como determinantes para o sucesso
das políticas públicas. Coordenação de Políticas Públicas: tipos, barreiras, tensões
e resultados. Instrumentos de políticas públicas: atributos e tipos procedimentais
e substantivos. Instrumentos e modos de governança. Coordenação do Núcleo de
Governo: características e padrões de funcionamento no Brasil.

Implementação de Políticas Públicas no Brasil


Objetivo: Avançar nas abordagens teóricas e nas análises da constituição e as
implicações dos processos de implementação de políticas públicas em ambientes
institucionais complexos.
Conteúdo programático: Elaboração e Implementação de Políticas Públicas em
ambientes político-institucionais complexos (relações federativas, participação
social, parcerias público-privadas, controle interno e externo, relações com os
poderes Legislativo e Judiciário). Importância da análise de atores envolvidos
(stakeholders) no policymaking. Redes de Políticas Públicas. Abordagem bottom-
up e burocracia de nível de rua. Papel da burocracia de médio escalão na gestão
pública. Desenhos de arranjos formais e informais de implementação direcionados
a promover coordenação, comprometimento e cooperação entre os atores. Fatores
facilitadores e barreiras ao sucesso da implementação.

Políticas Públicas baseadas em Evidências


Objetivo: Enfatizar a importância do uso de evidências para a qualidade das políticas
públicas e comparar vantagens e possibilidades de diferentes estratégias avaliativas.
Conteúdo programático: Relevância e uso de dados e evidências para identificar
problemas públicos e avaliar a efetividade de políticas em diferentes áreas do setor
público. Métodos de coleta, transformação de dados e informações em evidências.
Conceitos e Tipos de Avaliação e Monitoramento de políticas públicas. Abordagem
Econômica das políticas públicas. Critérios de eficiência, economicidade, eficácia e
efetividade. Estatística básica e aplicação de modelos multivariados de avaliação
de políticas públicas. Desenhos de Avaliação: experimental, quase-experimentais e
não-experimentais. Estimativas de custos, análises de custo-benefício e de custo-
efetividade. Análise de Impacto Regulatório (AIR).

19
ÃO E VALOR PÚBLICO
IN OVAÇ
(INOV)

Gestão da Inovação Governamental


Objetivo: Aprofundar nos fatores determinantes do processo de construção de
capacidades e cultura de inovação nas organizações públicas.
Conteúdo programático: Inovação como dimensão estratégica na administração
pública contemporânea. Tipologias de inovação: Manual de Oslo e tipologias de
inovação em gestão. Barreiras internas e externas. Fatores facilitadores: ambientais,
organizacionais, individuais e características da inovação. Construção de capacidades
inovadoras e o Sistema de Inovação do Serviço Público do Brasil. Modelos internacionais
de gestão da mudança. Cultura de inovação nas organizações públicas com um
fenômeno multidimensional: gestão do conhecimento, liderança inovadora, incentivos
ao empreendedorismo público, foco na aprendizagem, espaços para co-criação e
experimentalismo.

Design Thinking com Foco no Usuário


Objetivo: Experimentar métodos e ferramentas colaborativos fundamentados nos
princípios de design thinking direcionados a soluções de problemas da gestão pública.
Conteúdo programático: Origem, conceitos e valores do design thinking. Da aplicação
em produtos industriais aos processos e serviços públicos. Princípios basilares: cen-
trado no ser humano; interatividade e co-produção, transdisciplinariedade, foco em
opções, tentativa-erro e empatia. Design Thinking e Policymaking tradicional: comple-
mentariedade nas abordagens. Métodos e ferramentas colaborativas na identificação
de problemas e geração de soluções em políticas e serviços públicos. Etapas típicas do
design thinking: imersão, ideação e prototipação e implementação. Tendências na apli-
cação de DT e combinações com outras ferramentas e metodologias na exploração de
problemas complexos e no fomento à criatividade nas organizações públicas.

Tecnologias Inovadoras na Gestão Pública


Objetivo: Abordar as aplicações e adaptações de tendências tecnológicas aos processos
e serviços públicos, com foco nas suas consequências, desafios e riscos.
Conteúdo programático: Novas tecnologias disruptivas para melhorias das organizações
públicas. Evolução da internet e as possibilidades de uso no governo. Criatividade e
aprendizagem de tecnologias para o serviço público. Práticas inovadoras a partir da
aplicação de Data Analytics, Big Data, Blockchain Inteligência Artificial, Internet das
coisas e computação em nuvem. Implementação com foco no cidadão: pesquisa,
adaptação, aplicação de soluções tecnológicas. Ciência de Dados para a melhoria da
gestão pública. Governança de Dados no setor público: processos e as medidas de
segurança na LGPD. Reflexões sobre os impactos das dinâmicas mudanças tecnológicas
na economia, sociedade e na atuação estatal.

20
O E G OV E R N ANÇA
FEDERALISM
MULTINÍVEL
(FED)

Federalismo no Brasil
Objetivo: Analisar conceitos do federalismo e as especificidades desse complexo arranjo
de governança multinível no Brasil contemporâneo e seus reflexos para a gestão de polí-
ticas públicas.
Conteúdo programático: Conceito de Governança Multinível. Federalismo e democracia:
demos-constraining a demos-enabling. Descentralização política, legislativa e adminis-
trativa. Repartição de competências entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Modelos dual, competitivo e cooperativo. A Constituição de 1988 e o pacto federativo:
complexidade dos arranjos, avanços e constrangimentos institucionais, disparidades de
capacidades entre setores de políticas públicas e desigualdades regionais e entre urbano/
rural. Federalismo fiscal e descentralização: competências, lacunas e sobreposições. Geo-
grafia dos impostos no Brasil: divisão de tributos entre os entes. Coordenação federativa e
orçamento no caso brasileiro: gastos obrigatórios e voluntários. Desigualdades no acesso
das verbas discricionárias.

Descentralização e Coordenação Vertical


Objetivo: Comparar os diferentes processos de descentralização política, administrativa
e financeira entre as esferas de governo no Brasil, seus avanços, gargalos e alternativas.
Conteúdo programático: Descentralização de políticas públicas: aspectos positivos e ad-
versos. Histórico de descentralização e movimento municipalista na Assembleia Consti-
tuinte de 1986. Coordenação. Políticas públicas comuns entre os entes federados (artigo
23 da Constituição Federal): estruturas institucionais, base normativa, processos, dinâmi-
cas, fluxos, atores e conflitos. Coordenação vertical: constrangimentos constitucionais e
legais, transferências condicionadas e arranjos informais de implementação. Papel prota-
gonista da União: regulador, financiador e coordenador. Sistemas de Políticas Sociais (SUS,
Educação e SUS) x Setores ‘desregulados’ (saneamento, habitação e cultura). Inovações e
desafios persistentes nas relações intergovernamentais e na gestão pública.

Mecanismos Horizontais de Coordenação Federativa


Objetivo: Debater as dinâmicas institucionais e políticas inerentes aos problemas e de-
mandas da cooperação entre governos subnacionais no país, bem como suas experiências
inovadoras.
Conteúdo programático: Poder e desenvolvimento em nível subnacional. Papéis e res-
ponsabilidades dos governos estaduais e municipais no Brasil: histórico, configuração pós
CF/88 e, sobreposições e lacunas. Territorialidade, transversalidade e integração das po-
líticas públicas. Processo de governança territorial. Coordenação Horizontal: coprodução
e cooperação pública em rede para a prestação de serviços públicos. Consórcios Públicos
(intermunicipais, estados ou diferentes níveis de governo). Regiões Metropolitanas (RM):
avanços, diversidade e dilemas históricos. Associativismo e arranjos produtivos locais.

21
12.3. Podcasts

Os podcasts visam apresentar aos alunos discussões sobre temas relevantes


e latentes no campo da gestão pública no Brasil. Para tanto, contarão com
a participação de professores especialistas e servidores/dirigentes que
estiveram ou estão envolvidos diretamente na formulação/implementação
de políticas públicas inovadoras relacionadas a cada um dos temas sugeridos
a seguir, subdivididos entre temáticos e ferramentais ou de gestão:

a) Temáticos:
1. Agenda 2030 e o ODS: e o Brasil como está?;
2. Inovações de democracia digital: presente e futuro das relações Estado-
Sociedade;
3. Formatos Organizacionais na administração pública: isomorfismo x
mudanças;
4. Concessões e Parcerias Público-Privadas na Infraestrutura (econômica,
social e ambiental);
5. Política de Direitos Humanos: avanços e barreiras estruturais;
6. Diversidade nas Políticas Públicas: impasses à efetiva transversalidade;
7. Gestão Urbana e os Desafios das Cidades Inteligentes no Brasil;
8. Desenvolvimento Sustentável X Desenvolvimento Econômico: antítese ou
justaposição?
9. Política de Emprego e dos Direitos Laborais: perspectivas e dilemas.

b) Ferramentais ou de gestão:
10. Comunicação e Políticas Públicas na Era da Governança;
11. Inovações e Desafios da Política de Compras Governamentais;
12. Estratégia de Governo Digital - 2020 a 2022;
13. Gestão Estratégica de TICs na administração pública;
14. Estratégia Federal de Desenvolvimento: extinção ou alternativa do
planejamento governamental?
15. Empregabilidade no setor público: entre a flexibilidade e a segurança
(flexicurity);
16. Desempenho funcional e Trabalho Remoto: tendências e dilemas pós-
pandemia.

22
12. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DO CURSO

As avaliações do MBA em Gestão Pública possuem dois focos: discente e dis-


ciplina. O primeiro consiste em atividades contínuas e sistemáticas que sub-
sidiam o processo de ensino e aprendizagem, tanto na perspectiva formativa
quanto somativa, direcionados à consolidação do conhecimento e habilida-
des desenvolvidas no curso e às reflexões sobre a prática e soluções de pro-
blemas do serviço público. Já a avaliação da disciplina tem como objetivo
aferir a capacidade e o desempenho dos docentes no desenvolvimento da
disciplina, bem como o conteúdo oferecido, as metodologias e estratégias
didáticas empregadas.

12.1. Avaliação dos Discentes

12.1.1. Avaliação Formativa

A avaliação formativa são atividades de estudos que objetivam proporcionar


um espaço de aprendizagem significativa e aplicação prática dos conceitos
aprendidos. Ocorrerá por meio de duas estratégias principais:

a) Atividades de estudos nas disciplinas: assíncronas pontuadas e dispo-


nibilizadas ao decorrer das disciplinas do curso, cujo objetivo é propor-
cionar um momento de reflexão e ação dos alunos com base em estudos
de casos e resolução de problemas com temas concretos e da prática go-
vernamental. Essas atividades valerão 30 pontos;

b) Laboratórios de casos: atividades híbridas pontuadas e obrigatórias


que utilizarão a metodologia aprendizagem baseada em problemas. A ati-
vidade valerá 100 pontos e a aprovação ocorrerá mediante a média 60. O
aluno deverá escolher 1 dos 3 laboratórios ofertados e realizar sua ma-
trícula no início do curso. Será ofertado 1 laboratório por eixo. Os labora-
tórios terão carga horária de 10 horas cada, sendo 6 horas em atividades
assíncronas e 4 horas em atividades síncronas.

12.2.2. Avaliação Somativa dos Discentes

A avaliação somativa consiste em atividades objetivas ao final de cada disci-


plina que visam verificar a aprendizagem dos estudantes em relação aos con-
teúdos abordados. Ocorrerá por meio de questionário avaliativo com ques-
tões objetivas, aplicado ao final de cada disciplina (obrigatória e optativa). O
questionário valerá 70 pontos.

23
12.2. Avaliação das Disciplinas

As avaliações das disciplinas do curso visam verificar o desempenho dos pro-


fessores e da estruturação e metodologia das aulas a partir da perspectiva
dos alunos. Os parâmetros que devem ser atendidos são:

• Docente: qualidade da apostila do curso, conhecimento do conteúdo,


cumprimento do plano de aula proposto, capacidade de transmissão
do conhecimento com clareza e articulação dos conceitos com proble-
mas e/ou questões concretas do contexto e da prática governamental;

• Disciplina: atualização e pertinência do conteúdo programático, ade-


quação da apresentação visual do conteúdo, eficácia das ferramentas
do ambiente virtual utilizadas e coerência das estratégias avaliativas.

24
13. DESIGNER INSTRUCIONAL E CURADOR

Janaina Angelina Teixeira


Designer instrucional

Doutoranda em Educação, mestra em


Administração, linha de pesquisa Inovação e
Estratégia. Formada em pedagogia pela Universidade
de Brasília - UnB. Pós-graduada em Educação a Distância.
Experiência como Coordenadora de Projetos Educacionais,
ênfase em projetos de educação a distância, na elaboração
de cursos de treinamento e capacitação, revisão pedagógica de conteúdos
e designer Instrucional. Na área acadêmica experiência com pesquisas
relacionadas a educação e tecnologias; formação de professores e tutores e
estudos relacionados a inovação em serviços.

Pedro Luiz Costa Cavalcante


Curador

Doutor em Ciência Política (UnB) com pós-


doutorado da School of International and Public Affairs
(SIPA) da Columbia University e Estágio de Doutorando
(University of California – San Diego (UCSD). Possui
especialização em Administração Pública pela EBAPE/FGV.
Desde 2004 pertence à carreira de Especialista em Políticas
Públicas e Gestão Governamental do MPOG. Professor do Mestrado Profissional
em Administração Pública do Ppga/UnB, Idp e Ipea. Professor Colaborador de
cursos de especialização da UnB e ENAP. Diversas publicações e experiência na
área de Gestão Pública e Ciência Política.

25
14. CORPO DOCENTE

Eixo 1 - Estado e Políticas Públicas

Disciplina: Formação e Desafios do Estado Brasileiro

Eduardo José Grin - Pesquisador do Centro de


Estudos de Administração Pública e Governo da
Fundação Getulio Vargas (FGVceapg). Doutor em
Administração Pública e Governo (FGV-SP), Mestre em
Ciência Política (USP), Especialista em Sociologia (UFRGS),
Bacharelado e licenciatura em Ciências Sociais (UNISINOS).
Professor da Escola de Administração de Empresas e da Escola de Economia
da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Como docente na FGV/São Paulo
ministra curso sobre os seguintes temas: a) sistema político e instituições
políticas no Brasil, disciplina onde se analisam temas como sistema eleitoral,
sistema de governo, sistema partidário e o papel das instituições controle; b)
economia política do lobby e da representação de interesses (papel das agências
reguladoras, teoria da captura, o comportamento rent seeking das empresas
e o financiamento eleitoral); c) federalismo e relações intergovernamentais,
com ênfase para a gestão municipal e suas demandas de capacidades estatais
nas áreas de finanças, gestão de pessoas, transparência, controle, auditoria e
avaliação de políticas públicas.

Disciplina: Análise de Políticas Públicas – 30h

Bruno Lazzarotti Diniz Costa - Possui graduação


em Ciências Sociais pela Universidade Federal
de Minas Gerais (1990), mestrado em Sociologia
pela Universidade Federal de Minas Gerais (1995) e
doutorado em Sociologia e Política pela Universidade
Federal de Minas Gerais (2005). Atualmente é Pesquisador
em Ciência e Tecnologia da Fundação João Pinheiro, professor da
graduação e do mestrado em Administração Pública da instituição. Coordenador
do Observatório das Desigualdades (FJP/Corecon-MG) Parecerista de vários
periódicos, Líder do tema de Políticas Públicas na Anpad. Tem experiência
nas áreas de ciência política e administração pública, com ênfase em políticas
públicas, desigualdade social, educação, assistência social e federalismo.

26
Disciplina: Inovação do Setor Público

Hironobu Sano - Professor Associado do


Departamento de Administração Pública e Gestão
Social (DAPGS) da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN) e vice-coordenador do Grupo
de Pesquisa Núcleo de Inovação na Gestão Pública da
UFRN/CNPq. Leciona no curso de Pós-graduação em Gestão
Pública (PPGP), do qual foi coordenador de 2010 a 2014, e no de
Pós-graduação em Administração (PPGA). Doutor e Mestre em Administração
Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas/SP e graduado em Engenharia
Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Professor
visitante, com bolsa Capes - Professor Visitante Sênior, na London School of
Economics and Political Science (LSE), Department of Management (2020), para
realizar pesquisa de pós-doutorado. Tem experiência na área de administração
pública, com ênfase em inovação na gestão pública, laboratórios de inovação,
análise de políticas públicas, transparência e accountability e relações
intergovernamentais/coordenação federativa. Também pesquisa a interface
entre a gestão pública em pequenos municípios e o desenvolvimento de
energias renováveis (energia eólica), com foco na capacidade de gestão local,
na articulação entre governos e empresas e em projetos de responsabilidade
socioambiental das empresas.

Disciplina: Metodologia de Laboratórios de Casos

Roberto Portes Ribeiro - Possui graduação


em Engenharia Mecânica (2002) e Administração
(2005), mestrado em Engenharia de Produção
pela Universidade Federal de Santa Maria (2007) e
doutorado em Administração pela Universidade de São
Paulo (2016). Atualmente é professor do departamento de
Engenharia de Produção e Sistemas da Universidade Federal de
Santa Maria e pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Excelência Operacional
da Universidade de São Paulo. Tem experiência nas áreas de Engenharia de
Produção e Administração, atuando principalmente nos seguintes temas: jogos
de empresas, simulação, otimização e métodos ativos de ensino-aprendizagem.

27
Trilhas Optativas - Governança e Políticas Públicas

Disciplina: Governança da Inovação Governamental

Roberto Pires - Pesquisador do Instituto de


Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com atuação
na Diretoria de Estudos do Estado, das Instituições
e da Democracia (DIEST). Pesquisador visitante (pós-
doutorado) no Centro de Sociologia das Organizações
da Sciences Po (2015-2016) e no Watson Institute
Brown University (2015). Doutor em Políticas Públicas pelo
Massachusetts Institute of Technology-MIT (2009). Mestre em Ciência
Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (2004), e graduado em
Administração Pública pela Fundação João Pinheiro (2001). É professor do
Mestrado Profissional em Governança e Desenvolvimento na Escola Nacional
de Administração Pública (Enap) e professor do Mestrado Profissional em
Políticas Públicas e Desenvolvimento (Ipea). Desenvolve pesquisas sobre
temas como implementação de políticas públicas, burocracia, participação
social e relações estado-sociedade.

Trilhas Optativas – Inovação e Valor Público

Disciplina: Gestão da Inovação Governamental

Antônio Isidro da Silva Filho - Pós-Doutorando


em Inovação Pública pela Universidade de São Paulo,
Doutor (2010) e Mestre (2006) em Administração
formado pela Universidade de Brasília, MBA em
Gestão de Pessoas formado pela Fundação Getúlio
Vargas (2004) e Psicólogo formado pelo UniCEUB (2002).
Formação em Gestão pela École des Hautes Études Commerciales
(HEC/Université de Montréal/Canadá, 2005). Coordenador do Laboratório de
Inovação e Estratégia em Governo (LineGov|UnB - www.linegov.com.br) da
UnB. Ex-Coordenador do Mestrado Profissional em Administração Pública
(MPA/PPGA/UnB) na gestão 2015-2017. Professor Adjunto e Pesquisador no
Departamento de Administração (ADM/UnB) e no Programa de Pós-Graduação
em Administração (PPGA/UnB). Ex-Chefe do Departamento de Administração
(ADM/UnB) na gestão 2013-2015. Tem experiência acadêmica e profissional
nas áreas de Gestão da Inovação, Gestão Estratégica, Gestão por Competências,
Liderança e Desenvolvimento Gerencial. Autor de artigos em eventos e
periódicos científicos nacionais e estrangeiros.

28
Trilhas Optativas – Federalismo e Governança
Multinível
Disciplina: Federalismo no Brasil

Antonio Sergio Araujo Fernandes - Professor


Associado da Universidade Federal da Bahia (UFBA) no
Núcleo de Pós-Graduação em Administração da Escola
de Administração da UFBA. Possui Pós-Doutorado em
Administração Pública pela University of Texas at Austin
(2012), Doutorado em Ciência Política pela Universidade
de São Paulo (2003), Mestrado em Desenvolvimento Urbano pela
Universidade Federal de Pernambuco (1998) e Graduação em Administração
pela Universidade Federal da Bahia (1994). Sua área de trabalho em pesquisa é
Administração Pública, com foco teórico-metodológico em Análise Institucional,
Estudos Históricos Comparados em Política e Política Pública e Análise de Dados
em Políticas Públicas. Seus temas de pesquisa são Poder Local, Política Urbana,
Política Metropolitana, Cooperação Intermunicipal e Consórcios, Consórcios
Inter-federativos, Análise da Burocracia Pública.

Eixo 2 - Gestão Governamental


Disciplina: Paradigmas da Gestão Pública Contemporânea

Suylan de Almeida Midlej e Silva - Doutora em


Sociologia pela Universidade de Brasília (2008), com
mestrado em Comunicação e Cultura Contemporâneas
pela Universidade Federal da Bahia (1996) e graduação
em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais (1992). Professora Adjunta do
Departamento de Gestão de Políticas Públicas da Faculdade
de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas
da Universidade de Brasília (GPP/FACE/UnB). Professora do Programa de
Pós-graduação em Administração (PPGA/UnB) e do Mestrado Profissional
em Administração Pública (MPA/UnB). Líder do Tema 15 - Administração
Pública, Participação e Democracia - Divisão Administração Pública Brasileira
dos Encontros da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Administração (EnAPG e EnANPAD). Foi Secretária-Executiva da Associação
Nacional de Ensino e Pesquisa do Campo de Públicas (ANEPCP) 2018-2019.
Lidera o grupo de pesquisa: Estado e Sociedade no Combate à Corrupção,
cadastrado no CNPq desde 2017. Desenvolve pesquisa nos temas: políticas
públicas e participação social; transparência, controle social e combate à
corrupção; e análise e avaliação de políticas públicas.

29
Disciplina: Finanças e Economia do Setor Público

Robson Zuccolotto - Possui Pós-Doutorado


em Administração Pública e Governo pela
Fundação Getúlio Vargas - EAESP - FGV, Doutorado
em Controladoria e Contabilidade pela Faculdade
de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo - FEA-USP. É Professor Adjunto
do Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal
do Espírito Santo (UFES), onde ministra aulas na graduação e no Programa
de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Ciências Contábeis. É autor
de livros como: O Novo Padrão de Contabilidade Aplicado ao Setor Público -
Estrutura Conceitual (Editora Appris) e, Transparência: Aspectos Conceituais e
Avanços no Contexto Brasileiro (ENAP). Foi Diretor do Centro Tecnológico de
Viçosa - CENTEV-UFV, tendo experiência na área de Administração Pública e
Contabilidade Pública, atuando principalmente nos seguintes temas: Gestão e
políticas públicas, contabilidade governamental, desenvolvimento econômico
e social, orçamento e finanças públicas e transparência governamental.

Disciplina: Planejamento e Gestão de


Desempenho e Riscos

Jackson De Toni - Doutor em Ciência Política


pela Universidade de Brasília (UnB), com uma
tese sobre Relações de Estado-Negócios (SBR), uma
pesquisa sobre relações público-privadas na política
industrial brasileira. Possui Mestrado em Planejamento
Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, na área de mobilidade urbana e licenciado em Economia
pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Foi Técnico de
Planejamento e Diretor Geral da Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado
do Rio Grande do Sul (1998/2002), Assessor Especial do Pessoal Técnico da
Presidência da República (2004/2006) e Gerente de Planejamento e Gestão da
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (2007/2011).
Coordenou e publicou vários estudos sobre indústria brasileira, avaliação
de políticas públicas e planejamento estratégico governamental. Participou
ativamente da preparação e coordenação do Plano Brasil Maior, em 2011, e
acompanhamento e avaliação de projetos e programas de desenvolvimento
produtivo. Atualmente é Especialista em Projetos na equipe técnica da Agência
Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), vinculada ao Ministério da
Indústria, Comércio Externo e Serviços (MDIC), é Gerente de Planejamento e
Governança da ABDI desde 2011.

30
Trilhas de Aprendizagem – Governança e Políticas
Públicas
Disciplina: Implementação de Políticas
Públicas no Brasil

Michelle Fernandez é doutora e mestre


em Processos Políticos Contemporâneos pela
Universidade de Salamanca (Espanha) e graduada em
Ciência Política pela UnB. Foi pesquisadora visitante
na Universidade Autônoma de Barcelona (Espanha), na
Universidade de Oxford (Inglaterra) e na Universidade de
Manchester (Inglaterra). Realizou pesquisa de pós-doutorado na
Universidade Federal de Pernambuco. É pesquisadora no Instituto de Ciência
Política da UnB, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Burocracia da FGV e
pesquisadora-colaboradora do Instituto Aggeu Magalhães/Fiocruz. Coordena
o Núcleo de Estudos de Políticas de Saúde (NEPOS) dentro do Laboratório de
Pesquisa em Comportamento Político, Instituições e Políticas Públicas (LAPCIPP/
UnB). Desenvolve estudos sobre implementação e avaliação de políticas
públicas sociais no Brasil, com foco nas políticas de saúde.

Trilhas Optativas – Inovação e Valor Público

Disciplina: Design Thinking com Foco no Usuário

Luana Faria - Psicóloga, servidora pública federal


e coordenadora-geral na Secretaria de Gestão e
Desempenho de Pessoal (SGP), Ministério da Economia,
onde fundou e lidera o LA-BORA! gov, Gestão Inovadora
de Pessoas. Especialista em Pessoas, Inovação e Resultados
pela Enap. Atua nas áreas de Ciência da Felicidade; Gestão de
Pessoas e Design de experiências. Facilita processos de Inovação,
com foco em pessoas e utiliza métodos ágeis para apoiar organizações a
transformarem seus modelos de negócios. Seu objetivo é desenhar experiências
que façam sentido para as pessoas e as engajem no propósito de gerar valor
público.

31
Trilhas Optativas – Federalismo e Governança
Multinível
Disciplina: Descentralização e Coordenação Vertical

Pedro Palotti - Doutor em Ciência Política pela


Universidade de Brasília (2017). Mestre em Ciência
Política pela Universidade Federal de Minas Gerais
(2012), e graduado em Administração Pública pela
Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho
da Fundação João Pinheiro (2008) e em Direito pela
Universidade Federal de Minas Gerais (2009). Desde 2011, é membro da carreira
de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental do Ministério
da Economia. Atualmente está em exercício descentralizado no Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). É professor no Mestrado Profissional em
Governança e Desenvolvimento da Escola Nacional de Administração Pública
(Enap) e no Mestrado Profissional em Administração Pública do Instituto
Brasiliense de Direito Público (IDP).

Eixo 3 - Gestão Pública no Brasil: dimensões


estratégicas
Disciplina: Liderança e Gestão Estratégica de Pessoas

Aleksandra Santos - Atua na transformação das


organizações por meio de inovações em gestão de
pessoas. Servidora pública, da carreira de Especialista
em Políticas Públicas e Gestão Governamental
(EPPGG), doutora em Psicologia Social, do Trabalho e
das Organizações pela Universidade de Brasília (UnB), com
estágio sanduíche na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, da
Universidade de Coimbra, Portugal. Atualmente é Secretária de Gestão de
Pessoas do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região. Atuou como gestora
de pessoas em diversas organizações públicas (Ministério da Justiça, Previc,
Iphan), é instrutora da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e foi
pesquisadora colaboradora da Universidade de Brasília, no Mestrado Profissional
em Administração Pública. Atua principalmente nos seguintes temas: gestão
pública, gestão de pessoas, competências no trabalho e nas organizações,
carreiras e avaliação de desempenho.

32
Disciplina: Transformação Digital e Accountability
Democrático

Fernando Filgueiras - Professor do Departamento


de Ciência Política da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG). Professor afiliado do Ostrom Workshop
on Political Theory and Policy Analysis, Indiana Universi-
ty. Bolsista de produtividade do Conselho Nacional de De-
senvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Foi Diretor de
Pesquisa e Pós-Graduação da Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
Foi Diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH), da UFMG.
Tem experiência na área de Ciência Política e de Administração Pública, com ên-
fase em políticas públicas, comportamento político, instituições e inteligência
artificial, atuando principalmente nos seguintes temas: Estado e governo, go-
vernança digital, novas tecnologias em governo. Pesquisador do Instituto de Es-
tudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP). Pesquisador do Instituto
Nacional de Ciência e Tecnologia - Democracia Digital (INCT-DD), Universidade
Federal da Bahia (UFBA). Fernando Filgueiras é doutor em Ciência Política pelo
Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ).

Disciplina: Governança Orçamentária no Brasil

Leandro Couto - Doutor em Relações Internacionais


pela Universidade de Brasília (UnB), atualmente está
em exercício descentralizado, no Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada – IPEA, atuando como pesquisador.
Membro da carreira Analista de Planejamento e Orçamento
do Governo Federal.

33
Trilhas de Aprendizagem – Governança e Políticas
Públicas
Disciplina: Políticas Públicas baseadas em Evidências

Paulo Jannuzzi - Professor do Programa de Pós-


Graduação em População, Território e Estatísticas
Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas -
ENCE/IBGE, pesquisador PQ/CNPq no projeto Informação
Estatística e Políticas Públicas no Brasil: uma análise
temporal e comparativa internacional. Professor do curso de
Gestão da Avaliação da Faculdade Cesgranrio. Informações complementares:
Foi Assessor Técnico da Diretoria da Fundação Seade, Secretário de Avaliação
e Gestão da Informação do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate
à Fome, membro do Painel de Especialistas em Avaliação do International
Evaluation Office do Programa das Nações Unidas em Nova York, colaborador
da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV e Escola Nacional de
Administração Pública (Enap). Formação acadêmica: Graduado em Matemática
Aplicada e Computacional pela UNICAMP, Mestrado em Administração Pública
pela EAESP/FGV, Doutorado em Demografia pela UNICAMP e especialização em
Sociedade e Política pelo IESP/UERJ.

Trilhas Optativas – Inovação e Valor Público

Disciplina: Tecnologias Inovadoras na Gestão Pública

Carlos Augusto Pessoa Machado - Graduado


em Arquitetura e Urbanismo, é membro da carreira
de Especialista em Políticas Públicas e Gestão
Governamental desde 2004. O início da sua atuação
na Administração Pública foi marcado pela gestão de
políticas e projetos da área sociocultural, mas a partir de
2007 conduziu o setor de Tecnologia da Informação do Iphan por quase
uma década, elevando os indicadores de Governança de TI para níveis de
excelência entre as autarquias federais. Em 2009, tornou-se conteudista do
curso de Plano Diretor de Tecnologia da Informação da Enap, que ministrou
presencialmente até 2016. Especialmente neste tema, cursou um MBA em
Governança de Tecnologia da Informação na Universidade Católica de Brasília,
entre 2012 e 2014, com trabalhos na área de planejamento tecnológico. Em
2017, transferiu-se para o então recém-criado Ministério dos Direitos Humanos
também para estruturar seu setor de tecnologia. Em 2021, concluiu o mestrado
em Administração e Políticas Públicas na Universidade de Milão (Itália), com
foco em Governo Digital, no qual desenvolveu uma análise da solução de
plataformização e concentração de serviços públicos federais sob um único
portal, o Gov.br. Atualmente, atua no Ministério da Mulher, Família e Direitos
Humanos, em projetos de desenvolvimento de pessoas e equipes.

34
Trilhas de Aprendizagem – Governança e
Políticas Públicas

Disciplina: Mecanismos Horizontais de


Coordenação Federativa

Diogo Demarco - Graduado em Engenharia


Agronômica pela Universidade Federal de Pelotas
(1992), mestrado em Educação pela Universidade
de São Paulo (2001) e doutorado em Educação pela
Universidade de São Paulo (2007). É docente associado
da Escola de Administração da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (EA/UFRGS) no curso de Administração Pública e Social.
Docente permanente do Programa de Pós-Graduação Profissional em Economia
(PPECO/UFRGS). Vice-diretor do Centro de Estudos Internacionais sobre Governo
(CEGOV/UFRGS) e pesquisador do GT-Gestão Pública, Município e Federação.
Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Gestão Municipal: capacidades estatais,
federalismo e administração municipal para o desenvolvimento na América
Latina (NUPEGEM). Tem experiência na área de Administração Pública, atuando
principalmente nos temas do federalismo, gestão municipal, políticas públicas,
planejamento e finanças públicas.

35
15. BIBLIOGRAFIA DAS DISCIPLINAS

DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS

D1. Formação e Desafios do Estado Brasileiro

Bibliografia básica

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Civilização Brasileira, 2002.

HOCHMAN, Gilberto; ARRETCHE, Marta; MARQUES, Eduardo (Orgs.). Políticas


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2019.

D2. Paradigmas da Gestão Pública Contemporânea

Bibliografia básica

CAVALCANTE, P.; SILVA, M. (Orgs.) Reformas do Estado no Brasil: trajetórias,


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Bibliografia complementar

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Bibliografia básica

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Bibliografia complementar

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38
D6. Planejamento e Gestão de Desempenho e Riscos

Bibliografia básica

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Bibliografia complementar

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Bibliografia básica

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Bibliografia complementar

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Bibliografia complementar

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DISCIPLINAS OPTATIVAS

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Governança e Coordenação de Políticas Públicas

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Bibliografia básica

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BRASIL. Avaliação de políticas públicas: guia prático de análise ex post. Casa


Civil da Presidência da República, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
Brasília: Ipea, 2018.

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Bibliografia complementar

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» Inovação e Valor Público (Inov)


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Bibliografia complementar

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Design Thinking com Foco no Usuário

Bibliografia básica

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https://portal.tcu.gov.br/inovaTCU/toolkitTellus/index.html

Tecnologias Inovadoras Aplicadas aos Serviços Públicos

Bibliografia básica

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REDDICK, C.; RODRÍGUEZ-BOLIVAR, M.; SCHOLL, H. (eds.). Blockchain and the


Public Sector: theories, reforms, and case studies. Public Administration and
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Bibliografia complementar

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» Federalismo e Governança Multinível (Fed)


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SOARES, M.; MACHADO, J. Federalismo e Políticas Públicas. Brasília, Enap,


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BICHIR, R. M.; BRETTAS, G. H.; CANATO, P. C. Multi-level governance in federal


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FRANZESE, C.; ABRUCIO, F. L. A. Combinação entre Federalismo e as Políticas


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Mecanismos Horizontais de Coordenação Federativa

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MARGUTI, B. et al. (orgs.) Ipea. Brasil metropolitano em foco: desafios à im-


plementação do estatuto da metrópole. Série Rede Ipea, Projeto Governança
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SOUZA, C. Regiões metropolitanas: condicionantes do regime político. Lua


Nova, 59, p.137-158, 2003.

MACHADO, J.; ANDRADE, M. Cooperação intergovernamental, consórcios pú-


blicos e sistemas de distribuição de custos e benefícios. Rev. Adm. Pública,
v.48, n.3, 2014.

48
Escola Nacional de
Administração Pública

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