Dicionario-Trabalho e Tecnologia-Cattani - Precarização Do Trabalho

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 4

' ~ ' r

:o
'.É

.E
t
F
õ

z
c
o
o
s
o
ê.
I EI;;iãrq{iEs;Er;tEr;ãi iEE;:;;cxü };âã$Éâi
ANTONIO D. CATTANI & LORENA 1-l0›.zMANN “â;¿ -,ig ]3¡C¡0NÁR¡0 DE TRABALHO E TECNOLOGIA

? EÊÍ::ÊãÉrÊÊiiltílt;íi§ [rÊã{iEãir;*HEirãí!
; ÊitiriãiE açÊlÊâ:giã9,i*i;liÊ#Ê:ãiiEãÊãiifr
ã ãiEr:ãiãEEã;ÉEêÊtÊãEÉlilÉiÊífã;ftrÍgÊ;sE:r

Í
A
_.‹

;ã Eãe*:r'âEÉÊe*;Ê;;iã:É;iã Eãi
Ít,ÍÊ,li;iãgi;iãiÊ;ã}ãiÊi;i+E*u
iÊ ;É;áq tIiãlti:[:ii:;ããE;zzàa $i3
nomicamente ativa. de 15 a 19 anos / total

'.

r rÊ ec*e: ü Ê':iE;;âE;i:ã;:?f!

;e
Eã Ê Ê íü

€?i:tltâíi
; i ãg; §ii i ãi É; iíãt i i ?Êt Êi iãii â i ãÊt ãil i t ã ! i i

ãi Í
u
res não remunerados membros de unida-

aÉ §Íiãã Êe, §ãã:É[[iiiáiãâãÊiiiiE EÉÊi


podem ser comparadas as' diferenças de

*ç$€sFu:Itr;;ttti*;irr

;ÊEÉ1ã:H?E!Y1
E:i:a;i:É;ÉsiÉÊ; EÊEii:ãã;1Eiã ãiâiêtiti?Ê
Pais. Aqui, distintas metodologias adotadas

âÊE iÉE ? r ÉE ã:
Ee EãE
EÊEãi:pliE+:Ê;ãÊÍã;ÊÉiÊE:i;;iii§ã[stêEiçÉ;
de familiar; vi) outros trabalhadores não da população economicamente ativa] x 100.

ãt i É ãt ! i i
para essa aferição produzem resultados atividade entre distintos grupos. Para se
diversos, podendo-se destacar a duração remunerados; vii) trabalhadores na pm. obter a taxa de atividade, usa-se a fórmula
dução para o próprio consumo e viii) tra- Referências
lp. ex., para se obter a taxa de ocupação

rii
e a regularidade da atividade no período
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Es-

{§ÊE ?, i[Éil;ÊÉãrÉ;r*:iiÊ;cr $g,: iEq


de referência da tomada das informações, balhadores na construção para o próprio das mulheres): [mulheres com 10 anos e tatistica: Censos demográficos e Pesquisa Na-
assim como o tempo anterior àquele em uso; b) Categoria de emprego, relativa aos mais de idade ocupadas I total de mulhe-

E
cional por Amostra de Domicílios (PNADs).
empregados. classificados como: i) com res com 10 anos e mais de idade] x 100. Disponivel em: www.ibge.gov.br.

Êãi Éâ;eiã i i iãi ã íiÉg E i ããÉi i?ãÉir ; Ê i IÊ


i ãiã
que a pessoa investigada procurou por

FEti! S ã HÂ 8=-áE ã.E E: a E BTE ã E." E.ãE.ETE3 gTÊ


trabalho. Se o período especificado for a carteira de trabalho assinada; ii) sem car- A taxa geral de atividade de uma popula-
semana anterior à data de referência e, se teira de trabalho assinada; iii) militares ção é a razão entre o total de ocupados e POPULAÇÃO EM IDADE
e funcionários públicos estatutários; iv) o total da população com 10 anos e mais
naquela semana, o entrevistado dedicou
trabalhadores domésticos. aqui incluidos
ATIVA

=
multiplicado por 100.

íi ; i ãg, ; i Êãir iÊ ãlÊ í: r ii ãr ã; ! Eã:E


pelo menos uma hora a uma atividade. Lorena Holzmonn

ãr;tÉE i Eg Eããral; ;i;ÊÉ E;:,Eru,, *


em duas classificações distintas - com ou

ÉE
ele é considerado ocupado segundo os 6. O estudo da população ocupada ou
sem carteira de trabalho assinada; c) Ocu- desocupada ou economicamente ativa

gi â; iíiiÊ i}; i i gÍ iáɧi íÊ,Ea,iit


critérios do IBGE. Do mesmo modo, se, 1. População em idade ativa (PIA) e 0
pação exercida. segundo a Classificação

;i I it
naquele período. a pessoa sem trabalho pode ser feita, também. abordando sua conjunto de pessoas presumidamente dis-
tomou alguma providência efetiva para Brasileira de Ocupações; e d) Atividade composição de acordo com determinados
poniveis à integração a produção social.
encontrar uma ocupação. ela é considera- exercida. segundo a Classificação Nacio- atnbutos. como sexo. idade. raça./cor, ou Para o cômputo dessa população. paises
da desocupada, integrando a PEA. As re- nal de Atividades Econômicas. outro, de interesse do pesquisador. É a
como os latino-americanos consideram
ferências e os critérios adotados diferem 4. Outros atributos da PEA são contem- distribuição do total das pessoas ocupa- as pessoas na faixa etária de dez anos ou
de um pais para outro. mas há esforços plados nos levantamentos realizados pe- das ou desocupadas ou economicamente

:;
mais, especialmente dada a existência
desenvolvidos por organismos interna- riodicamente pelo IBGE, particularmente ativas em cada estrato considerado. se-
de trabalho infantil, que deve ser cap-
por meio da Pesquisa Nacional por Amos- gundo aqueles atributos. expressando sua

i í! i l;
cionais no sentido de sua padronização. tada nas pesquisas. enquanto que para
viabilizando a comparação entre realida- tra de Domicílios (PNAD), tais como ho- participação no respectivo conjunto (taxa
os paises avançados esse recorte etário
des distintas. ras trabalhadas por semana e local onde de participação). Como exemplo. pode-se
abrange, via de regra. o contingente entre
a atividade é exercida (domicílio próprio Citar a participação de homens e mulhe-
ãiÊÊãã;ri; ;ilã:;iE

2. O estudo da PEA pode ser detalha- 15 e 64 anos de idade. A PIA constitui o


do pela sua desagregação segundo atri- ou do empregador, loja. oficina. fabrica. res no total da população ocupada ou do
potencial de força de trabalho existente.
butos que a diferenciam internamente, escritório, escola, repartição pública. gal- total da economicamente ativa; ou qual o
podendo ser analisada segundo a condi-
pão, na rua, em veículo, fazenda. sitio. percentual de cada grupo etário nesses to-

É; i
definindo-se. assim, mais nitidamente. ção da atividade locupada. desocupada
sua composição. De acordo com objeti- granja. chácara etc.). Também é impru- WS. Assim. para se determinar a taxa de ou inativa) e/ou segundo os atributos que
vos especificos de estudos das condições tante o registro da associação ou não G Participação das mulheres entre a popu-

3ãiilÊi
a diferenciam internamente. como sexo.
sindicato, assim como a contribuição 011 lflçäo ocupada. usa-se a fórmula: [total de

; ã ! I t iã ??Éi Ê i
da população economicamente ativa (ou faixa etária. cor/raça, escolaridade, local
mesmo dos não ativos), ela pode ser exa- não para instituto de previdência. mulheres com 10 e mais ocupadas / total
de moradia. entre outros. A PIA é uma
minada segundo atributos de sexo. idade, 5. A taxa de atividade é o percentual das Úä População com 10 anos e mais de ida- referência menos usual que a população
escolaridade. rendimentos, raça./cor e es- pessoas economicamente ativas (de um '39 ocupada] x 100. Para se aferir a taxa de economicamente ativa - PEA.
tado civil. entre outros. grupo especifico) em relação ao total dãs pãiticipação de uma faixa etária na popu-
.z
3. No Brasil, a classificação da PEA foi pessoas do mesmo grupo. Essa taxa pode ÍÕÇÊO ocupada (p. ex.. pessoas de 15 a 19 PRECARIZAÇAO no
ser calculada dentro de grupos definíd05 51105). a formula é: [total de pessoas com

;1={;ãi
sistematizada pelo IBGE, constituindo re- TRABALHO
ferência oficial e unificada para sua aná- segundo atributos como sexo. idade, rfiçfif Ídãüe de 15 a 19 anos ocupadas / total de Irene Galeazzi
lise. A classificação da-se segundo quatro cor e escolarida de. indicando as variaçöës Pessoas com 10 anos e mais] x 100. Lorena Holzmann
categorias: a) Posição no ocupação, defi- dentro de cada grupo na perspectiva des- Para obter a taxa de participação de seg»
ses atributos. como. por exemplo. êfllfe À-1 mentos da PEA no seu total. usa-se a fór- 1. O termo precarização é empregado.

iãi
nindo: i) empregados; ii) empregadores; 1.
iii) trabalhadores por conta própria; iv) homens e mulheres ou entre diferenteã ml-Úfl lp. ex., se o segmento for a população contemporaneamente. para definir o pro-
trabalhadores domésticos; v) trabalhado- faixas etárias. Com esse procedimeD¡0~ de 15 a 19 anos): [total da população eco- cesso de redução ou supressão de direitos
r
e*
Dicionário de trabalho e tecnologia. Antonio David Cattani e :
259

E
258
§

Lorena Holzmann (Org.), Porto Alegre, Zouk, 2011 ‹


m.__._._.._..-_-l

I
_l
rrtv:-- ._... .'z .-«,. I.. ' ,

;9

1B
I i

r.
Drcrouƒuuo De Tr‹Asâ.LHo E Tecuoroorâ.

o
I
o
o
õ

z
d
§
o
z
r

i EEiÊEilÊ;'$tãrs;:tÊ
?
É i€r:Ê í'*li ;li[É3iÊi;ã;i;Êã;;iiÊii EiliaiãÊí
ANTONIO D. CATIANI & LORENA HOLZMANN

E raEEsg;+r:iüEÊPãilÉIEÍ;ã;Ê;í'il;âEíàeri;tí
: g g:9; g;: Í
'c ÊÊ;*ÉÊã:EtE:;ââ:§:siáÉEii;ÊÉc;iÉãEiãEs;;sÉ

ãã,iãíãíeãÉiiÉi
salariais que implicaram amplas conquis-

s{ÉÉlEíÉt:ãa;tiíriÊÉiãÊrEisiEi§ÉiiiI*ã;Í:E
Éi3 ? Ei Bsiliíiili'i;iliiiiãã'iãiiãiliIã
ÉÉãiir
gi ããi ããgÊg, ãáE g* ãi É E íã $ íÉ

asãi:!€;geeE
ã
afastamento do trabalho e_ outros benefí- ronstitucionais, mas acordadas no bojo das

4,aÁó

Ii t;
! XP
: õ À.

ElKB gíi;iiI;ãÊEÉÉÊüE;Ê ; F 3 f; r f, g; E Ê ãÉr *- 9 r Í


ã,io

ohSE

õt
ú8,u.5
laborais, decorrente da disseminação de

,to-!
Ee:;;rEc;Éià!lrE!Eii§âãiãi;iÉElBi:s*;êã;EÊ
;iEir;seo;ãii!ÊÊcií;i!iÊiã:tí;ã:ÉuÉiiêiÊii cios, distintosem cada contexto e resultan- negociações coletivas, bem como a amplia- tas trabalhistas e de seguridade social

iiiÉrê
formas de inserção no mercado de trabalho
ção de formas de inserção ocupacional que (Oliveira, 1990; Mattos, 1997).
tes da capacidade politica de os trabalha-

g
em substituição ao trabalho assalariado e
dores fazerem valer seus interesses. náo estendam, ao trabalhador. parte ou o Esse padrão começa a entrar em crise
às proteções a ele associadas. O resultado

É
I
o
Í A noção corrente de precarização do todo dos direitos constitucionais, decorren- no final da década de 1960. E partir dos

ãEÊ;EÊãitEãE*;ãi:E ãcEEái;ÊE;üÉã§Egi

33rEÉ;pçi;+IÊrrááÉ

g
;* § â ã 〠É;p ; ! i Ê e s *g E a! ig;t ÉÊ;

ÊãÊ

^5
desse processo é a emergência do trabalho

íE#s#§riã1{iêÉiãí:
trabalho, portanto, tem como parâmetro o tes da flexibilização ou da supressão dos anos 1970 as economias passaram a en-

ÊgÉi i ã ç !
! E'c 3 s É a É: É 3.3 € s Àu E0r!rú-o!.:!
t precário. Com a consolidação do sistema
frentar problemas que se expressam pelas

E
regime de trabalho assalaiiado e referencia-
l direitos laborais legais. Na segunda, con-

;!
capitalista, o trabalho assalariado se cons-
t sideram-se a relação entre ganhos e quan- baixas taxas de crescimento, elevação das

íE

se ao processo de afastamento do padrão

I
titui como a forma tipica, predominante e
de qualidade atingido com o florescirnen- tidade de trabalho e, complementarmente, taxas de inflação e de desemprego. Dian-

ri;
hegemônica de inserção no mercado de

c d a y id..iõ
t
te desse quadro, a competitividade das

Ê ; [! iãiÉiãiiÊíâi iE ãÉãi r!EEtE


aspectos de qualidade ligados diretamente

ii
trabalho, ainda que convivendo com ou- to da sociedade salarial, aqui usada na
1 'lI .¬ ¬4 empresas, assentada na capacidade de re-
tras modalidades de inserção nessa esfera. acepção de Castel (1998). Para esse autor, ao exercício da atividade.
O modelo de contrato empregado como duzirem custos, passou a ser garantida

Ê
| 2. Com a desagregação do sistema feu- "o salariado acampou durante muito tem- .L

Êl E t EE [; !it
parâmetro no conceito de precarização por duas vias: uma, a inovação tecnológi-

! E ÊEi i à;
dal, no qual a pertinência de qualquer po às margens da sociedade; depois, aí se
I
conferiu ao regime de trabalho assalaria- ca, compreendendo a adoção de equipa-

igiEi
instalou, permanecendo subordinado; en-
r
pessoa a um território assegurava-lhe al-
guma forma de integração e assistência. fim, se difundiu até envolvê-la completa- l do um padrão de qualidade que 0 tornou mentos de base elétrico-eletrônica na pro-
dução de bens e serviços e a reorganização

ÊitãiíãiÉil;tiiÊÉ*iia:isig- ]
denominada por Castel de proteções pró- mente para impor sua marca por toda a um paradigma desejável. De fato. o pa-
parte" {Castel, 1998: 495). O paradigma
l drão de acumulação capitalista do pós-II dos processos de trabalho e de produção;

(rÉ=
ximas (1998), vai se constituindo o traba-
a outra. pela intervenção nas relações de
lhador livre, não mais submetido à rede de de emprego tipico pode ser sinteticamen-
te definido como o trabalho que é realiza- l Guerra até 0 final dos anos 1960 permitiu,
especialmente às economias desenvolvi- trabalho, com a flexibilização dos direitos

[
relações que o vinculava inexoravelmente
das, a constituição de um amplo sistema trabalhistas e sociais. Este conjunto de

ãi
do para um único empregador, geralmen-

c ^ v
a um senhor e a um território. É a emer-
Éãe*; iãrFÊirã* qr:ÉêE §Ê;

de proteção social e a elevação da qua- modificações configura a reestruturação

ííÍÊ ;É É ãã g
gência do sistema capitalista, no qual o te por prazo indeterminado, acordado por
l lidade do regime de trabalho assalaria- produtiva. O câmbio tecnológico, reco-

i; i!'
produtor direto passa a vender sua capa- meio de contrato de trabalho entre o em-
Ê

d0. pressupondo o estabelecimento de nhecido como o processo pelo qual as

:!Ê:sr?àsePEB
pregador e o empregado, exercido em lo-

i:sã;ÊEê1gtÊqailã
cidade de trabalho em troca de um salário.
i a ! É ú Y : P t , i aa k o 8.9
âE:Êãi;itâ:íãtüEs

um contrato de longo prazo da relação economias mudam ao longo do tempo os


É o emprego, forma típica do traballio da cal definido pelo primeiro, com tarefas
executadas de modo continuo, sob regime salarial, com limites rígidos quanto às bens que produzem e os processos de pro-
sociedade capitalista. Inicialmente, essa
demissões. e uma programação de cres- dução, adquiriu caracteristicas revolucio-

Fi ãi i ãiâE } Íl
condição foi caracterizada pela absoluta de jornada integral e plenamente ampara-
f 3ã: i e u!e $ €q.!-:i5 n ;H.H

cimento do salário indexado aos preços e nárias: o aumento de produtividade dele

; ; Í i E gi ; ã
falta de direitos dos trabalhadores e pela do pela legislação vigente que rege o tra-
balho subordinado. Numa versão amplia- á produtividade em geral. O aumento de decorrente. aliado aos efeitos das sucessi~
i :Ê;; á Ft f,I â i

inexistência de regramento nas relações


Produtividade e da atividade econômica, vas crises que marcaram o final do séc.
com os empregadores, cujo poder de defi- da do conceito, é possivel integrarem-SE
indicadores de qualidade, tais como ren- verificado no periodo. tornou viáveis sa- XX. suprimiu postos de trabalho em pro-
nir o uso da força de trabalho e os valores
lários reais crescentes, ampliação do ní- porções inéditas. Potencializando tal fato.

gãá;F
a serem pagos eram praticamente abso- dimento, beneficios não salariais, prote-
vel global do emprego, taxas de desem- as mudanças ocorridas nos instrumentos
lutos. As condições de vida e de trabalho ção social (pensões, saúde. proteção U0
Plëgo reduzidas. expansão dos serviços de regulação das relações de trabalho
dos grandes contingentes de trabalhadores desemprego), indenizações por acidentes
Públicos, obras de infraestruturas fisica provocaram ou intensificaram a heteroge-
reunidos nas fábricas eram, então. mui- e doenças ocupacionais e oportunidadfifi
9 S0cial, melhoria dos perfis distributi- neidade nas formas de inserção ocupa cio-
to precárias. Mas a ação de fílantropos e, de qualificação profissional. entre outros
“US 8 politicas públicas que constituíram nal. Com isso, começaram a ganhar signi-
iãji; sj
sobretudo, a ação organizada e a luta dos (Ameglio et ol., 1988; Reinecke. 1999).
?; il ãr
° Estado de bem estar social. O período ficado, pelo fato de agregarem um número
ê;t

trabalhadores foi consolidando uma legis- 3. A definição de trabalho precário con-


Í0i marcado, ainda, pelo desenvolvimento crescente de trabalhadores, formas distin-

I ; Éi
lação reguladora das relações entre capital templa pelo menos duas dimensões: êl EW'
tas do assalariamento tipico, incluindo

:s:Í
e trabalho e garantindo um conjunto de di- sência ou redução de direitos e garantiflã de uma estrutura sindical forte e de um
ú

Slstema complexo de relações industriais uma diversidade de situações, desde


o

do trabalho e a qualidade no eXe1'CÍÕ°


!
ã

reitos vinculados a condição laboral, como


g

da atividade. Na primeira, considera-Se ` negociações coletivas de trabalho, de novas modalidades de contrato ao sim-
'á. .9
'E(,
.É,o
Éy

férias, previdência social, aposentadorias,


õ!t

E.H
,d6

z‹.r,
treinamento, de promoções e de escalas ples descumprimento legal, interpretadas
i
.'

licenças temporárias ou permanentes de o retrocesso em relação a conquistas não


. ,.
sf'
f
l
260 S5 261
E
=

l .
-

I
I
,
‹ .¬_--‹.-. .¬¡

F
F
â

{z

Ioo
ANTONIO D. CA'rrANI & LQRENA Hor_zMANN _'.Í¡ D1c1oNÁmo os TRABALHO E TEcNor.ocrA

; i

ã
o

j
üi

g
o

I
E
?

z
I

ÊããÊÉããiããã;ãi; ãÊíiiâEii;iiÊ!i;iiÉiEIi;Eã
eisg;;aãllaBt!; :;ãÉ[!ü:a;Ê;ÉÉÊÉãÉ{giilÉ;i
de produtividade e de qualidade - todas

ílãiãirí§ [ãiãli,íEÊ;Êã;lâigiãÉliãi;ãÉíãitB
â r Éãs â s Ê ; Ê
Êi !
diretamente pela empresa, na condição

[ãi i ãi iiãI I ÊiI íiiI


como expressão de um processo de preca-

'ãsg€

€!!:õú.:9s

ãiliã t Ê ; ãt ãl; ãígi ãâÊ ãii iii lr iiiÉ


;s
Êsiií[iliiE;igã§[[ÉíiiÉlãttgiii
; ?: i i § l i; ã;;
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de

Eãs: ãg

;õ.àrtP.À.9:g

3; É s i aÉ ú a 3 ü:
s i t E ir i : ;;; í : : s Ei; r E 9t e;
;! ! :: q li ç: q E E;
rÊI;irtgEEÊãE;EÊiÉÊÉEiI

H€ É ã c â B $Ê Eã; íÊ Ê E; ;
.iíÉi;i

E p *: À: E F ii
EÊEs{.sE!s,,iErâEEe:r=*:ãÉãi,[[;Éãu:ãt;Êi;Ítu
ÊãÊÊÉl;lE[:$Hâ{ÊÉ:Êl€íEbqâÉ!t*Ê:
u:;ÊiÉÉâÊÊqE::raíÉãp!ríi;aEsEíHq[Í;í:É5Agã
rização do trabalho, abrigadas. predomi- de autônomo; não usufrui dos direitos e 3% para 2%, dispensa do pagamento de características do trabalho subordinado à I

E g E S s r ê ã T;. Ê Ê e FE.i ã a * r E E
nantemente, no universo da chamada benefícios garantidos por lei ao trabalha. aviso prévio e da multa de 40% do FGTS lógica da acumulação capitalista (Lima,
e ç Ê5: g;:E: F:3H íri:E i IE FE; Ê: uíE; E qÉh;:é:{
economiainformal. Algumas dessas mo- dor assalariado. Além disso, o trabalhador por ocasião da demissão (Krein, 1999). O 2002]. mascaradas sem muita sutileza.
1


dalidades de inserção no mercado de tra- assume os gastos com a estrutura para o trabalho em tempo parcial pode ocorrer Com essa estratégia eliminam os encar-

H.e s.E áE
gos sociais da folha de pagamentos. No

i i ; i ; i i i i i ;âã;; [i
balho não podem ser, sempre, considera- desempenho das atividades, como espa- como trabalho normal, de escolha do tra-
das inovadoras. Em alguns contextos, elas ço e energia e os riscos decorrentes das balhador. exercido num periodo diário ou caso brasileiro, a organização de coope-

.;
E:i;E§r: ; riitiã;r;; mErÊÉr,";EgiiàüI€
têm estado presentes em todo o processo oscilações da demanda ou de sua inca- semanal inferior ao da jornada comum, rativas de trabalho foi regulamentada por

"
de Constituição do mercado de trabalho. pacidade para o trabalho, permanente ou consensual ou legalmente estabelecida lei aprovada no Congresso Nacional em

E * *z Ê ã Ê
Í
É, por exemplo, o caso do trabalho assala- temporária, que incidem na incerteza de na sociedade, recaindo sobre ele o mesmo 1994. Sua utilização como estratégia em-
riado não regulamentado. que no Brasil é seus ganhos presentes e futuros. direito aplicado ao contrato de trabalho presarial tem sido contida pela posição da t

rí i I É: Ê Ê i Í Ê ãi ?: i I i ;i i: i É E ãE ÊgãE
g
o emprego sem carteira assinada, no qual No caso da empresa subcontratada t
com jornada normal. Todavia. na Medida justiça do trabalho que, em muitos casos. ‹

=
*r
apenas são deixados de se cumprirem os - uma organização que. contratando di- Provisória 1.709/98, constituinte da pro- reconhece o vinculo empregatício traba-

Ê Ê E ü à i F à É E e -*Í

É
Bg

requisitos legais de registro de seus ter-


i E a Us
retamente mão de obra, cumpre tarefas posta do governo brasileiro de reíorma do lhista e determina o pagamento de todos

t

mos. Restringe-se, portanto, ao âmbito da i


complementares ou acessórias em uma sistema de relações de trabalho e de regu- os direitos devidos (Nogueira; lkezaki,
f

E 3; i ü p íE I t à
:
questão legal, sendo, a rigor, um contrato ou várias empresas principais -, a prote- lamentação do trabalho em tempo parcial 1999; K1-ein, 1999).

I
;;; i I;

s: Ê;* r; :I ii ir !Ii3ra:lE:â;:ic.e;
trabalhista que vigora à margem da legis- ção do trabalhador aí incorporado pode (interior a 25 horas), ficou determinado O trabalho por conta própria é outra

a g g g t ;; r
lação. As consequências para a força de ser similar à do assalariado que integra o que os salários e demais direitos trabalhis- modalidade que em alguns países, até re-
quadro de funcionários da empresa con- tas serão proporcionais à jornada semanal centemente, era marginal na inserção do

Éi ii i
trabalho assim empregada são profunda-
i
áE:;;3

mente danosas, já que lhes são sorregados tratante, mas a ele podem não ser esten- _|,_¬umnm¬q. de trabalho, acabando com o direito cons- mercado de trabalho. Não é o caso do Bra-
!

i titucional que prevê térias de, pelo menos, sil: esta categoria totaliza, há décadas, em


os direitos trabalhistas e previdenciários didas as conquistas de Convenções cole-
!
"''"^:óE

em vigor na sociedade, assim como os be- tivas de trabalho da categoria. Todavia. 30 dias por ano trabalhado {Krein, 1999). torno de 20% da população ocupada e seu
*
e

neficios conquistados pelas categorias em é comum a inexistência de contratos de Na busca do rebaixamento dos custos papel no processo de formação da socie-
eE: r i :

da produção via redução do custo da mão dade urbana-industrial é decisivo (Olivei-

iffiriâããEiE iiã iI
convenções coletivas de trabalho. trabalho formalizados nesse tipo de em-
E

de obra, algumas empresas vêm lançando ra, 1990]. O trabalhador por conta própria,

3 ;t iÉi É E ã i I E :
A busca da Competitividade tem na re- presa, acarretando a perda das proteções

U
Ê.9 - ! H s Ê 5 s É r ! H e 3 { áE
I[iÉã€;ãsã㧀ãF$ãE

dução de pessoal uma das estratégias em- legal e previdenciária. mão de uma forma especial de terceiriza- ou autônomo, é o personagem-símbolo do
P
s

ideário neoliberal, expressão da criativi-


€:ãE:gÊâIE§s.sQ3ê
presariais mais usuais, desencadeando o Inscrevem-se, também, no âmbito (10 Çäü. que é a contratação de cooperativas
tE:EiEgcÉPriE:;!3

Ê eE âE :3t it:! 9líÊ


::.eis€ÉE:Âà'.Éã33
C.3?:ü!B:ETE!ETPe
EÍls;;s,:Íeir::tc

is i e i; rÊ ;i Ê E r ; C;

processo de enxugamento das empresas, trabalho precário, outras formas contratu- de trabalho. Esses empreendimentos são. dade e da independência dos indivíduos
s r lêÊEç r*: ã[ii ê

simultaneamente à transferência para ter- ais assalariadas. entre elas o trabalho pm muitas vezes, organizados pelas próprias e de sua capacidade presumível de cons-
Eãu

ceiros de funções antes desempenhadas tempo determinado. que configura 111116 empresas, que empregam ex-funcionários truir, sem subordinação, sua estratégias
na própria empresa. Ela implica tanto ira hipótese de precariedade por não conlêí SEUS demitidos, os quais, na condição de de sobrevivência e de êxito econômico.
constituição da empresa em rede, pela via uma das notas que caracterizam a relâÇã0 sócios, não têm vínculo empregatício com Mas, como autônomo, dono ou trabalha-
+F
IiÉilã[r iiÍ

de emprego tipico, qual seja. o period” ‹'=1 Cooperativa, não tendo, portanto, cartei- dor de negócio familiar, ou de microuni-
FÊá
da terceirização, como na subcontratação,
por tarefa, desempenhadas por trabalha- indefinido ou indeterminado. AdemBi5› fâ assinada e não usuiruindo dos direitos dade econômica. não tem assegurados
i Êt s ã: 3:

dores (com frequência, ex-empregados as normas que hoje regem os Cor1tTâÍ05 ífãbalhistas e previdenciários básicos, direitos ou benefícios como férias e des-
temporários não estendem, ao trabalhõdflf nem dos que tenham sido assegurados canso remunerados, garantia de receita
iííiF§§
da própria empresa] contratados direta-
mente pela mesma ou por intermédio de assim inscrito, todos os direitos daqueles em convenção coletiva da respectiva ca- em periodos de parada do trabalho por
lëgoria. A empresa, que organiza a pro- enfermidade, seguro para o caso de ficar

tiãE i
outras unidades empresariais. Ainda que contratados por tempo indefinido. 65139' S
dentro de uma diversidade muito grande cialmente no que diz respeito as regrâfi de d“'z`äO em conformidade aos seus interes- desempregado (extinção do negócio ou
595- impõe condições de trabalho, como atividade), aposentadoria e outros. Todo e
iii
de situações, observa-se uma progressi- dispensa. No caso brasileiro, entre OUUUS ‹
,_
va desproteção do trabalhador ocupado quesitos. a lei estabelece uma reduçãü "° Í dufãção da jornada, formas e critérios de qualquer beneficio desse tipo precisa ser
nessas atividades. Quando contratado Í, financiado pelo próprio trabalhador. Via
valor da alíquota do depósito do Fund0 de P
paêlflmento, cotas de produção, padrões
e

_.\_

-1
263 1

x3
41,.
262
-

t
"
1 * a l
md
..._›,.-., ,. _ .

,,4
'o
'F
,a
. ‹ .

''t
F
D1c1oNÁiuo DE TRABALHO E TECNOLOGIA

o
o
s
â

z
o
o
á
p
Aocromo D. CAT-rlmi & Lorem HQLZMANN

l ;ÊâiíãlããilÍiÊããÉi:
iÉ iã[:âÊEÊâgi!Éi
?
ã gÊ[ãiãriu;ÉEí;ãs;ãEuá;::üÊ!§!Í;ÉÉtÊáEiããEg ¿

Éll
NOGUEIRA. L.; IKEZAKI. R. Construção das

ifirÊlliÉttft Er iiiiliiiãiiiiliEillglliliil
EÊã
EEÊ
tít.ÉEÉE:i;çuãs;g ullt§r iii i:§à,fiê?iit fi:i
Eli tÉÊrãÊãliE::: Ê-Étli,:gi ;liu EE:;Ê;E
ãilict tÊii; iÉl' i I ;iiãii; ?ir'âi;lã:!Êf;,; ;Eãr
ção burocrática de sua "empresa" e das rontrato padrão e da descontinuidade da

ÉÊãEi ãã
de regra. essas atividades proporcionam

ãÉãEs

-
li gíí;

;s! B;; ã e ;i l $; ã [r: Ê Ê ieÍs


É y i E; B Ê : Ê ; : 4 E u "r z 3 É à : € i -s € : i t i t E É -a ; .r i a g i I a I e
ííãã;tiaiã;ã;ãáãÊig:,üi [íiÊã;l:,eã[El

E.EÉ \H S g E U U : *i } ; E ã; ã 3Ê i E E Ê 5â:
âãÉi
niÊEãI;!!Ê:Éágigã*iâi!iÊií;EEi:s;sfiE;i;Êã
cooperativas no Nordeste brasileiro. In: DlE-
rendimentos insuficientes para que ele despesas dahdecorrentes. além de prover relação de trabalho que está implícita em ESE. Emprego e desenvolvimento tecnológico.

EE
algumas delas como da imprevisibilidade Campinas: CESIT. 1999-
possa acumular uma poupança individual suas próprias garantias previdenciárias e

ãli,r;il; ã i;iigiÉáÊii*ã;lgnÊí?tiãÊiil
OLl\/EIRA. F. A metamorfose de_Arribaçã: furi-
que lhe permita. por sua própria iniciati- outras precauções que lhe deem seguran- dos rendimentos.

r E E ; r Ê í E á i Ís } Í }: üã ã b Fài Éí?
do público e regulação autontána na expansão

â:iIãIiããliíi
Essa conceituação de trabalho precário.

aeta;Ê{Êi:;*i
va, um padrão de proteção similar ao do ça frente a imprevistos eventuais. A ad- econômica do Nordeste. Novos Estudos CE-

Ê
missão em escritórios de arquitetura ou ainda que de caráter negativo ou resi- BRAP. São Paulo, n. 27, jul. 1990.
trabalho assalariado regulamentado. Essa

Éii rãI Êsi í i i Êãi i il


Eíi;j 9; íi ãi íã;ã? âEá!Ei: i i;EiiÊ:ÊiiíÍ
REINECKE. G. Qualidade de emprego e em-
condição de ocupação tem pouca afini- de advogados. em agências de publicida- dual, parece capaz de conter as diversas

âi
prego atipico no Brasil. In: POSTHUMA, A. C.
dade com o trabalhador independente de de. entre outros segmentos da economia, formas e dimensões pelas quais se mani- Abertura e ajuste do mercado de trabalho no

*
festa, hoje. o fenômeno da proliferação de Brasil: politicas para conciliar os desafios de

i
tem sido condicionada ao registro como

i
corte tradicional, abrigados no conceito emprego e competitividade. Brasilia: OIT; S50
de profissional liberal, integrado por pro- PJ dos candidatos a um posto de trabalho. situações laborais alternativas à relação

iE


Paulo; MTE: Ed- 34. 1999-
fissionais com escolaridade elevada. altos 4. A identidade entre essas diversas si- assalariada. Todavia. e imprescindível as-

j
sinalar que se está diante de um proces-

ã'?
rendimentos e relevantes consideração tuações laborais, que permite agrega-las

Ê iãr i íãi: Ilr iíi { + íg; Ê í i ;; ;Éíãi


e prestígio sociais e. provavelmente com sob um conceito ou definição. está em so ainda em curso e que a utilização do Pnociâsso DE TRABALHO I
sua situação profissional regularizada, sua origem: todas são geradas ou inten- conceito de trabalho precário. construido Antonio David Cattaní

E
a partir do paradigma do assalariamento.


por meio da formalização. segundo as re- sificadas no seio de um mesmo processo.
}!;Ê*â?rei ÍãiEÉ* air;+:ilíâÂê

pode ter um alcance limitado para expli- I. O conceito de processo de trabalho


gras vigentes. No Brasil, os trabalhadores em que se busca garantir a competitivi-
por conta própria que são contribuintes dade das emprosas pela via tecnológica car uma conformação futura do mercado aplicado ao sistema capitalista remete à

';: r !§i:! r;,i+i:ersssej§;s§*srÍ;


?
da previdência social oficial tem a segun- e, principalmente, pela desregulação das de trabalho. unidade dialética entre o processo de tra-
relações laborais e pela redução ou au- balho (entendido como trabalho humano
da maior renda média entre as categorias
de ocupados, inferior apenas à renda dos sência dos direitos e garantias conquis- Referencias generico executado para a criação de va-
i§Êã;ã;ÊíEgÊíãiãi§E

empregadores (Holzmann. 2006). tados pelos trabalhadores ao longo do


lores de uso) e o processo de criação de

i lsa;1 :É: :,1: gü} tÉE i:i


AMECLIO. E. el al. El elmpleo pr€CCH'Í0 EI1 BÍ

liEl§á aic ãi:t if,ã*!;i :lE


Uruguay. Lima: CIAT, 1988. valor [entendido como a forma capitalista
Há outra modalidade de inserção no séc. XX. A perda ou a diminuição dessas
mercado de trabalho que tem se difundi- conquistas e o crescimento de formas dê
(ÍACCIAMALI. M. C. A economia informal 2,0 de organização da produção para a extra-
anos depois. Indicadores Econômicos FEE ana-
do recentemente: a dos estagiários, em- trabalho que permanecem ã margem de lise conjunrural. Porto Alegre, v. 21. T1. 4. 1994-
ção da mais-valia). Esse conceito deve ser

F; I
: iE ããã; 5 f I Éi
CASTEL, R. As melamorfoses da questão so- entendido como um exemplo de teoria sin-
pregando sobretudo jovens, que, por não qualquer proteção faz retroceder a hlšf
cial: uma crônica do salário. Petrópolis: Vozes. tético, isto é, implicado com todo um sis-
terem experiência de trabalho. são recru- toria, conduzindo importante parcela GC 1998.
tados como aprendizes ou para atividade trabalhadores a uma situação de vulnerã-
tema articulado de noções e pressupostos
Ê
HOFFMANN, M. P; BRANDÃO. S. lvl. C. Me-
de complementação da formação escolar. bilidade. Esta é reforça da pelo isolamento didas de emprego: recomendações da OIT e que interrogam, definem e qualificam os
i Í ; i ;ââr;,i: ii i
práticas nacionais. Cadernos do CESIT. Cam- fenômenos observados. Como 0 conceito
Mas. efetivamente. desenvolvem ativida- ou atomização resultantes da inexistên- pinas. 1996.
des em substituição a trabalhadores adul- cia ou impossíbilidade de sindicalizaçãü de processo de produção, 0 de processo de
I;ã
t : : q ; âÊ{

HOLZMANN. L. A dimensão do trabalho pre-


tos, recebendo remuneração muito infe- para esses trabalhadores (assalariad0S fário no Brasil no inicio do século XXI. ln: trabalho desdobra-se em conceitos corre-
rior a destes. para tarefas iguais. sem contrato registrado em carteira. pot
PICCININI, V ef al. O mosaico do trabalho no latos. complementares ou subordinados.
Sociedade contemporânea. Porto Alegre: Ed.
No Brasil. o trabalhador-empresa, figura exemplo, não são representados pelo sin' Ufrgs. 2006. p. 71-92. em diferentes graus de abstração. ilumi-
[ti:

juridica caracterizada pela constituição dicato). Ela se revela em uma longa série KREIN. J. D. Reforma do sistema de relações nando uma ou várias dimensões e relações
j

(Ie trabalho no Brasil. ln; DIEESE. Emprego e da realidade empírica (Cattani, 1995: 13).
de uma empresa integrada por apenas uma de perdas, como a redução de perspectivä
íE : H+ ; [!

desenvolvimento tecnológico: artigos dos pes-


pessoa, tem se difundido recentemente. profissional (contratos temporários. f1€XÍ' quisadores. Campinas: CESITÇ 1999. A partir da análise dos elementos relacio-
Denominado trabalhador PJ (Pessoa Juri- bilidade de demissões). e de supressão LIMA, Jacob cz-›r1os.As artimanhas da flexibi- nados ao processo de trabalho chega-se às
Êl; * âi

fílüção. O trabalho terceirizado em cooperati- formas de existência material do capitalis-


dica), exerce suas atividades em empresas. de direitos. como descanso remuneradfilt
âÉE

vas de produção. São Paulo: Terceira lvfargem,


submetendo-se às regras e imposições do férias, licenças de saúde, aposentfldüfía 2002. mo. O processo de trabalho tem finalidade
rÊFá

Il E

trabalho subordinado, mas não sendo con- e regulação dos salários. entre tantos OU' MATTOS, F. A. M. Lições do capitalismo orga- e conteúdo definidos, envolvendo dimen-
tratado como empregado. Deve. nessa con- tros. A qualificação de precariedade des'
nizado: o mercado de trabalho do Pós-Guerra
É:;- sões concretas, como a subordinação do

“US paises capitalistas centrais. ENSAIOS FEE.


dição. responsabilizar-se pela regulariza- sas atividades resulta tanto da falta U0 p0I1o Alegre, ano 18. n. 1, 1997. conjunto dos trabalhadores aos desígnios
!

265

H
264 1
Ê

. í_í.__._.__í-aí

Você também pode gostar