Primeiros Socorros

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Primeiros socorros

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Estrela da Vida, símbolo usado nas ambulâncias de emergência


de diversos países para significar os seis estágios do socorro pré-
hospitalar.

SAMU 192 - Lancha de salvamento


De acordo com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz
Vermelha e do Crescente Vermelho, define-se os primeiros
socorros como a prestação e assistência médica imediata a uma
pessoa ou ferida até à chegada de ajuda profissional. Centra-se não
só no dano físico ou de doença, mas também no atendimento
inicial, incluindo o apoio psicológico para pessoas que sofrem
emocionalmente devido a vivência ou testemunho de um evento
traumático.1
Diversas situações podem precisar de primeiros socorros. As
situações mais comuns são atendimento de vítimas de acidentes
automobilísticos, atropelamentos, incêndios, tumultos, afogamentos,
catástrofes naturais, acidentes industriais, tiroteios ou atendimento
de pessoas que passem mal: traição,apoplexia (ataque cardíaco),
ataques epilépticos, convulsões, etc. Tão importante quanto os
próprios primeiros socorros é providenciar o atendimento
especializado. Ao informar as autoridades, deve-se ser direto e
preciso sobre as condições da(s) vítima(s) e o local da ocorrência.

Conceitos e definição
Os primeiros socorros referem-se ao atendimento temporário e
imediato de uma pessoa que está ferida ou adoeceu
repentinamente. Também podem envolver o atendimento em casa
quando não se pode ter acesso a uma equipe de resgate ou
quando técnicos em emergência médica (TEM) não chegam. Trata-
se de procedimentos de emergência, os quais devem ser aplicados
a vítimas de acidentes, mal súbito ou em perigo de vida, com o
intuito de manter sinais vitais. Os procedimentos não substituem o
médico, a enfermeira ou a equipe técnica. Na verdade, um dos
principais fundamentos dos primeiros socorros é a obtenção de
assistência médica em todos os casos de lesão grave. O socorro
tende a ser prestado sempre que a vítima não tem condições de
cuidar de si própria, recebendo um primeiro atendimento e logo
acionando-se o atendimento especializado.2 3

Avaliação das condições gerais da vítima


Todo procedimento de primeiros socorros deve começar com a
avaliação das condições da vítima.4 Sua avaliação é
particularmente vital para fornecer a ajuda correta à vítima: em
casos de regiões selvagens, talvez o equipamento necessário para
o socorro tenha que ser carregado por quilômetros em terreno
irregular.
Atitudes de coragem ou medo são reações bastante
compreensíveis. Algumas pessoas não se manisfestam pois não
sabem o que fazer, enquanto outras, sabendo ou não, podem se
apresentar paralisadas pelo pânico ou pelo medo, ficando
incapazes de tomar qualquer atitude.6
Desta forma um ponto importante tanto para o socorrista
profissional ou leigo será em primeiro momento avaliar o nível de
consciência de sua vítima usando um parâmetro muito simples,
chamado A.V.D.S.:

 A (ALERTA)
 V (RESPONDE À VOZ)
 D (RESPONDE À DOR)
 S (SEM RESPOSTA)
Em primeiro lugar, abordar a vítima independente do mecanismo
sendo traumático ou clínico: se ao tocar na vítima o socorrista
percebe uma reação espontânea, concluímos que ela está na fase
A (ALERTA). Isto é um indício de que existe atividade neurológica:
o cérebro está sendo suprido de oxigênio, pois para isto acontecer
ele tem de estar estimulando o grupo muscular da respiração, como
musculatura diafragmática e intercostal (caixa torácica).
Já a fase V (VOZ) é percebida quando a vítima não responde ao ser
chamada pelo nome. É bom lembrar que a audição é um dos
últimos sentidos a serem perdidos antes de o cérebro entrar em
estado de inconsciência.
Não havendo nenhuma resposta à solicitação verbal estimularemos
a D (DOR): feche a mão e com a área da dobra dos dedos friccionar
o esterno da vítima, que fica localizado no meio do tórax, na junção
das costelas. Havendo uma resposta muscular da vítima tanto em
tentar inibir o estímulo ou qualquer outra que seja, saberemos que
ainda existe uma atividade neurológica funcional, pois o cérebro
ainda recebe oxigênio.
Entretanto, se não houver nenhum tipo de resposta como em não
estar em ALERTA, responsivo à VOZ ou à DOR, a vítima está no
estágio de I (INCONSCIÊNCIA), no qual o cérebro não mais recebe
oxigênio e por falta deste não haverá estímulo muscular. O que
preocupa é a possibilidade da necrose, que é a morte de parte dos
tecidos dos cérebro por escassez de oxigênio. Isso pode levar à
paralisia, ao coma, e, em casos mais graves, à morte. Acontece
também o que chamamos de relaxamento muscular generalizado, e
o músculo da cavidade bucal, localizado imediatamente abaixo da
língua, pode fazê-la inclinar-se para trás, o que obstrui a passagem
de ar.
 Respiração
 A respiração é crítica para a sobrevivência do organismo, e
garanti-la é o ponto fundamental de qualquer procedimento de
primeiros socorros. O cérebro tem lesões irreversíveis
(necroses) em no máximo 6 minutos após a interrupção da
respiração. Após 10 minutos, a morte cerebral é quase certa.
 Para verificar a respiração, flexione a cabeça da vítima para
trás, coloque o seu ouvido próximo à boca do acidentado, e ao
mesmo tempo observe o movimento do tórax. Ouça e sinta se há
ar saindo pela boca e pelas narinas da vítima. Veja se o tórax se
eleva, indicando movimento respiratório.
 Se não há movimentos respiratórios, isso indica que houve
parada respiratória.
 Abertura das vias respiratórias
 O primeiro procedimento é verificar se há obstrução das vias
aéreas do paciente.
Para isso, deixe o queixo da vítima levemente erguido para facilitar
a respiração. Usando os dedos, remova da boca objetos que
possam dificultar a respiração: próteses, dentaduras, restos de
alimentos, sangue e líquidos. Os movimentos do pescoço devem
ser limitados, e com o máximo cuidado: lesões na medula podem
causar danos irreparáveis. Também é bom ressaltar: nunca
aproxime a mão ou os dedos na boca de uma vítima que esteja
sofrendo convulsões ou ataques epilépticos.

 Respiração artificial
 É o processo mecânico empregado para restabelecer a
respiração que deve ser ministrado imediatamente, em todos os
casos de asfixia, mesmo quando houver parada cardíaca.
 Os pulmões precisam receber oxigênio, caso contrário
ocorrerão sérios danos ao organismo no aspecto circulatório,
com grandes implicações para o cérebro.
 A respiração artificial pode ser feita de cinco modos:
a) boca a boca;
b) boca-nariz;
c) boca-nariz-boca;
d) boca-máscara;
e) por aparelhos (entubação).
A máscara de respiração é obrigatória para
preservar o socorrista do contágio de doenças.
Sendo utilizado contato direto com o paciente
apenas em situações adversas.
Procedimentos
Os procedimentos são os seguintes:

 deitar a vítima de costas sobre uma superfície lisa


e firme;
 retirar da boca da vítima próteses (dentaduras,
aparelhos de correção, se possível) e restos de
alimentos, desobstruindo as vias aéreas;
 elevar com delicadeza o queixo da vítima,
estabilizando a coluna cervical (é importante o
cuidado com a medula e que a vítima não se
movimente, especial atenção em casos de
possível traumatismo);
 tapar as narinas com o polegar e o indicador e
abrir a boca da vítima completamente;
 a partir dai o socorrista deverá respirar fundo,
colocar sua boca sobre a boca da vítima (sem
deixar nenhuma abertura) a soprar COM FORÇA
por duas vezes seguidas , até encher os
pulmões, que se elevarão;
 afastar-se, tomar novamente ar e repetir a
operação em média 12 vezes por minuto, de
maneira uniforme e sem interrupção (ou seja, a
cada 5 segundos a pessoa deve repetir a
operação).
É importante dizer que a ausência de pulsação
requer o procedimento de compressão torácica
externa (massagem pulmonar) ou reanimação
cardíaca vale dizer também que a pessoa que teve
um ataque cardíaco não tem mais de 5 minutos de
vida e a cada minuto que se passa a vitima perda
9% de chance de sobreviver.
Asfixia/sufocação
Dependendo da gravidade da asfixia, os sintomas
podem ir de um estado de agitação, palidez,
dilatação das pupilas (olhos), respiração ruidosa e
tosse, a um estado de inconsciência com parada
respiratória e cianose (tonalidade azulada) da face e
extremidades (dedos dos pés e mãos).

Circulação
Avaliação
A circulação é inicialmente avaliada através
do pulso: a onda de pressão que é sentida quando
o coração bombeia o sangue através das artérias,
indicando as condições cardíacas.
É sentida nas artérias carótidas, que se localizam
uma a cada lado do pescoço, ao lado do pomo-de-
adão, no sulco entre a traqueia e o músculo do
pescoço. Existem diversos outros pontos onde se
pode sentir o pulsar das artérias, entre elas a artéria
radial (logo abaixo da mão). O pulso deve ser
sentido com os dedos indicador e médio, que devem
pressionar levemente o local.
Dada a complexidade da avaliação do pulso, em
formações para leigos, a medição do pulso foi
eliminada, na medida em que seriam precisos mais
que 10 segundo de VOSP para uma correcta
medição do pulso. Dado isto, os sinais de circulação
são avaliados pela existência de tosse, movimentos
corporais voluntários (excluir convulsões, espasmos)
e sinais respiratórios.

Hemorragias
É o derramamento de sangue para fora dos vasos
que devem contê-lo com repercussão clínica ou
laboratorial (exames), por menor que seja.
Sendo utilizado para transportar oxigênio, nutrientes
para as células, bem como gás carbônico e outras
excretas para os órgãos de eliminação, o sangue
constitui-se como o meio de inquestionável
importância, tanto na respiração, nutrição e
excreção, como na regulação corpórea,
transportando hormônios, água e sais minerais para
a manutenção de seu equilíbrio. O volume circulante
em um adulto varia em torno de 5 a 6 litros, levados
em conta a relação de 70ml por kg de peso corporal,
o que corresponde, por exemplo, a 4.900ml de
sangue em uma pessoa de 70kg.
Havendo uma diminuição brusca do volume
circulante, como a que ocorre em uma grande
hemorragia, o coração poderá ter sua ação como
bomba comprometida, o que chegando a
determinados níveis, levará a vítima a um colapso
circulatório, podendo resultar em morte.
Classificação da hemorragia quanto à
localização

Hemorragia externa
Sangramento "exterior ao corpo"; normalmente é
facilmente visualizada. Pode ser oriunda de
estruturas superficiais, ou mesmo de áreas mais
profundas através de aberturas ou orifícios artificiais
(comuns nos traumas). Normalmente pode ser
controlada utilizando-se técnicas de primeiros
socorros.
Hemorragia interna
Hemorragia das estruturas mais profundas podendo
ser oculta ou exteriorizada, como ocorre em
sangramento no estômago, em que a vítima expele
o sangue pela boca. A hemorragia interna é mais
grave devido ao fato de não podermos visualizá-la, o
que faz com que não saibamos a extensão das
lesões. O tratamento necessariamente deve ser
realizado em ambiente hospitalar, cabendo ao
socorrista apenas algumas manobras que visam
evitar que o estado de choque se instale.
Classificação da hemorragia quanto
ao tipo do vaso rompido

Hemorragia arterial
O sangramento ocorre em jatos intermitentes, no
mesmo ritmo das contrações cardíacas. Sua
coloração é um vermelho claro. A pressão arterial
torna este tipo de hemorragia mais grave que um
sangramento venoso devido à velocidade da perda
sanguínea.
Hemorragia venosa
Sangramento contínuo de coloração vermelho
escuro, pobre em oxigênio e rico em gás carbônico.
Hemorragia capilar
Sangramento contínuo com fluxo lento, como visto
em arranhões e cortes superficiais da pele. Obs:
considerando que as artérias estão localizadas mais
profundamente na estrutura do corpo, as
hemorragias venosa e capilar são mais comuns do
que a do tipo arterial.
Consequências das hemorragias
Uma grande hemorragia não tratada pode conduzir
a vítima a um estado de choque e
consequentemente a morte. Já sangramentos lentos
e crônicos podem causar anemia (baixa quantidade
de glóbulos vermelhos).
Hemorragia nasal
A hemorragia nasal é causada pela ruptura de vasos
sanguíneos da mucosa do nariz. Caracteriza-se pela
saída de sangue pelo nariz, por vezes abundante e
persistente, e se a hemorragia é grande o sangue
pode sair também pela boca.
Ataque cardíaco (apoplexia)
Um ataque cardíaco acontece quando parte de seu
coração não recebe oxigênio em quantidade
suficiente.
O coração é um músculo e como os outros do corpo,
precisa de oxigênio, que é fornecido pelo sangue
dos vasos sanguíneos, conhecidos como artérias
coronárias. Um coágulo sanguíneo em uma dessas
artérias pode bloquear o fluxo de sangue para o
músculo cardíaco o que acarreta prejuízos ao
coração e a depender do tempo de duração deste
bloqueio, uma parte do coração necrosa (morre)
fazendo com que pare de funcionar corretamente.
Ataques cardíacos podem ocorrer caso seu coração
passe a precisar subitamente de mais oxigênio
durante exercícios intensos. Tanto homens como
mulheres têm ataques cardíacos, risco este que
aumentam com a idade.
Placas de ateroma (fragmentos de colesterol)
podem crescer no interior das artérias diminuindo
seu diâmetro. Além disso, coágulos sanguíneos
podem então se formar nesta artéria estreitada e
bloqueá-la.
Diagnóstico
O médico o examinará e perguntará sobre seu
histórico médico. Pode ser necessário a realização
de alguns exames para que se verifique como o seu
coração está trabalhando.
Tratamento
Permanecerá no hospital por 2 a 7 dias.

 Receberá oxigénio , por um determinado período,


para melhorar a função e oxigenação do músculo
cardíaco.
 Realizará um austerismo cardíaco ( cinematografia
e ventricular) para verificar qual artéria do
coração ( coronária ) está danificada (bloqueada
totalmente ou parcialmente) e quanto da função
cardíaca foi avariada , e assim realizar uma
coroplastia imediatamente ou programar
autoplastia ou vascularização miocárdio ou
tratamento clínico.
 Pode ser necessário a realização de uma cirurgia
para abrir ou criar um caminho
acessório (bypass) para a artéria bloqueada.
 Poderá receber medicação para dissolver o
coágulo.
 Outros medicamentos podem ser administrados.
Todo esse tratamento é a critério médico.
Assim que melhore, o médico criará um programa
de cuidados. Quando for para casa, pode ser
necessário que use um pequeno monitor cardíaco
nos primeiros dias que gravará os batimentos
cardíacos.
Prevenção
Existem muitas maneiras de se proteger o coração e
diminuir os riscos:

 Não consumir drogas


 Se tem diabetes, tente mantê-lo sob controle.
 Alimente-se bem.
 Controle a sua pressão sanguínea.
 Coma alimentos pobres em gordura e sal.
 Pratique exercícios regularmente.

Desmaio
O desmaio é provocado por falta de oxigênio ou
açúcar no cérebro, a que o organismo reage de
forma automática, com perda de consciência e
queda do corpo. Tem diversas causas: excesso de
calor, fadiga, falta de alimentos, etc, e é
caracterizada por palidez, suores frios, falta de
forças e pulso fraco. Recomenda-se deixar a vítima
em estado de repouso, deitada, sempre
acomodando-a.

Estado de choque
O choque é uma situação em que algumas
alterações no corpo podem levar à morte. O caso de
vítima de estado de choque manifesta-se de
diferentes formas. A vítima pode apresentar diversos
sinais e sintomas, ou apenas alguns deles,
dependendo da intensidade de cada caso. O quadro
clínico é praticamente o mesmo, não importa a
causa que desencadeou o estado. Tal estado é uma
situação grave, acontece quando o fluxo de
oxigênio para as células do corpo diminui ou para
por completo. Este caso que requer atendimento
médico imediato.
Caso se trate de um estado de choque que
provoque a inconsciência da vítima deve-se colocar
o indivíduo em posição lateral (PLS), continuando
com os mesmos procedimentos. Nota importante:
nunca administrar líquidos ao sinistrado. São vários
os fatores que ocasionam o estado de choque,
considerado reação comum em vítimas de acidentes
com hemorragias internas ou externas, emoções
fortes, choques elétricos, queimaduras, etc..

Ferimentos
Picadas
As crianças, devido à sua enorme curiosidade e
devido ao facto de lhes agradar as actividades ao ar
livre, estão muitas vezes susceptíveis a picadas de
insectos, nomeadamente de abelhas e vespas e
também a picadas de peixes venenosos, ouriços e
alforrecas (medusas, águas-vivas), quando as
crianças frequentam a praia.
Mordeduras
Os tipos de mordeduras mais comuns são as de
cães, gatos e de outros animais. Menos comuns,
mas, geralmente, mais perigosas, são as
mordeduras de cobras e roedores. Os problemas de
saúde consequentes de uma mordedura dependem
do tipo de animal e da gravidade da mordedura, e
incluem:

 Raiva: infecção grave, causada por um vírus que


ataca o [sistema nervoso central] e que
geralmente, é fatal;
 Veneno;
 Hemorragia;
 Infecção;
 Perda de tecido, em ferimentos desfigurantes;
 Tétano: Doença em que ocorre uma libertação de
uma toxina, que causa endurecimento persistente
do maxilar inferior e que pode ser prevenida pela
vacina contra o tétano;
 Reacções alérgicas;
Perfurações
É a penetração de um corpo estranho perfurante,
sendo ferimentos estreitos causando rompimento da
pele e dos órgãos internos. Podendo ser com ou
sem empalamento, ou seja, podendo ou não o
objeto permanecer no local. O empalamento é uma
forma de contenção da hemorragia, deve-se avaliar
a retirada ou não do objeto, para melhor segurança
do acidentado. No caso de perfuração do tórax
(pneumotórax) deverá ser realizado um curativo de
três pontos, onde será utilizada com um pedaço de
sacola que será tampado três lados, caso a vítima
esteja em decúbito dorsal, a parte de baixo não
pode ser fechada, pois será por lá que haverá a
saída do sangue. Procedimento: é levar a vítima
para o pronto atendimento.

Queimaduras
Definição

Queimadura de primeiro grau causada 19 horas


após um acidente de cozinha.
Uma queimadura pode ter vários graus de gravidade
e esta pode ser considerada grave quando as suas
características fazem com que seja necessária uma
consulta médica ou a hospitalização. A gravidade da
queimadura depende de vários fatores: do local
atingida pela queimadura, extensão da queimadura,
profundidade, natureza ou causa da queimadura e
da fragilidade do indivíduo. A queimadura está entre
as lesões mais comuns ocorridas dentro de uma
residência – principalmente na cozinha. Segundo as
dermatologistas Denise Steiner e Márcia Purceli
"não existe produto ou receita caseira que alivie na
hora nem as dores e nem as lesões causadas pela
queimadura.19 20
A complicação mais imediata de uma queimadura
grave é o estado de choque e a paragem
cardiovascular, causados pela dor, pela perda de
plasma em correspondência com a zona queimada e
pelas substâncias libertadas pelos tecidos
lesionados. As complicações tardias são de dois
tipos: a infecção da queimadura; uma cicatrização
insuficiente que requer um enxerto cutâneo.
Classificação das queimaduras
O sistema de avaliação utilizado para descrever a
gravidade das queimaduras baseia-se no número
de camadas de tecido envolvidas. As queimaduras
mais graves destroem não apenas camadas de pele
e tecido subcutâneo, mas também tecidos
subjacentes. Podem possuir características
causadas por produtos químicos, como produtos
corrosivos que podem ser bases fortes ou de origem
ácida, tais como o álcool ou a gasolina, bases e
ácidos. Ou por intermédio de produtos físicos como
o calor ou o frio, através de exposição, condução
ou radiação eletromagnética, existem ainda as de
origem biológica como animas: água-viva, lagarta-
de-fogo e a medusa.19 21 Passados os primeiros
socorros, também é preciso tomar uma série de
cuidados nos dias seguintes. Bolhas formam uma
proteção natural ao local e não devem ser
estouradas, porque isso aumenta o risco de infecção
do local. O uso do algodão também não é indicado,
porque ele pode grudar nos ferimentos.20
Queimaduras de 1º grau são as queimaduras menos
graves; apenas a camada externa da pele
(epiderme) é afetada. A pele fica avermelhada e
quente e há a sensação de calor e dor (queimadura
simples), causa algum desconforto e o
avermelhamento da pele, a destruição do tecido é
mínima.
Às características das queimaduras de 1º grau
juntam-se a existência de bolhas com líquido
ou flictenas. Esta queimadura já atinge a derme e é
bastante dolorosa (queimadura mais grave). Às
características das queimaduras do 1º e do 2º,
juntam-se a destruição de tecidos. A queimadura
atinge tecidos mais profundos provocando uma
lesão grave e a pele fica carbonizada (queimadura
muito grave). A vítima pode entrar em estado de
choque.
As queimaduras de 4° e 5° grau são as mais graves,
são caracterizadas pela exposição de músculos,
tendão, ossos (geralmente por eletricidade).
Carbonização do corpo. Acaba resultando em óbito.

Entorses
A entorse é uma lesão nos tecidos moles (cápsula
articular e/ou ligamentos) de uma articulação.
Manifesta-se por uma dor na articulação, gradual ou
imediata, um inchamento na articulação lesada e
pela incapacidade do lesado para mexer a
articulação.
As entorses se originam de movimentos bruscos,
traumatismos, má colocação do pé ou de um
simples tropeçar que force a articulação a um
movimento para o qual ela não está preparada.
Pode igualmente acontecer de uma intensa tração, a
que o ligamento seja submetido, provocar o seu
estiramento ou ruptura e que isso chegue a arrancar
um pequeno fragmento ósseo.

Fraturas
Uma fractura é caracterizada por uma dor intensa no
local, inchaço, falta de força, perda total ou parcial
dos movimentos, e encurtamento ou deformação do
membro lesionado.
Em caso de fratura ou suspeita de fractura, o osso
deve ser imobilizado. Qualquer movimento provoca
dores intensas e deve ser evitado.
O que fazer
 expor a zona da lesão (desapertar ou se
necessário cortar a roupa);
 verificar se existem ferimentos;
 tentar imobilizar as articulações que se encontram
antes e depois da fratura usando talas
apropriadas, ou na sua falta, improvisadas;
 dar analgésico (Ben-u-ron) se a criança estiver
consciente e com dor e mantê-la em jejum pela
possibilidade de cirurgia;
 em caso de fractura exposta, cobrir o ferimento
com gaze ou pano limpo.
Nota: As talas devem ser sempre previamente
almofadadas e bastante sólidas.

Choques elétricos
Ver artigo principal: Choque elétrico
A morte causada por eletricidade é também
conhecida como eletrocussão e consiste na
passagem de uma corrente eléctrica pelo corpo. A
electrocussão pode provocar a morte instantânea,
perda dos sentidos mais ou menos prolongada,
convulsões e queimaduras no ponto de contacto.
É necessário tomar cuidado com quem está sujeito
ao choque, tocá-lo pode ser perigoso. O ideal é
pegar num objecto constituído por plástico pois
conduzem pouco a eletricidade; afastá-lo do objeto
que lhe dá o choque, e verificar os sinais vitais da
vitima. Caso esta se encontre em paragem
cardiorrespiratória deve-se retirar os objectos
adjacentes a esta como por exemplo dentaduras,
óculos, etc… desapertar a roupa e expor o tórax, e
proceder então à reanimação colocando sobre o
tórax as duas mãos sobrepostas e realizar 30
compressões seguidas de suas insuflações. Se a
vitima estiver inconsciente mas com pulso e a
ventilar deve-se colocá-la em PLS e contactar o 112
(193 no Brasil) para obter transporte ao Hospital
mais próximo.

Envenenamento e Intoxicação[editar | editar código-


fonte]
O envenenamento é o efeito produzido no
organismo por um veneno que seja introduzido.
Envenenamento por via digestiva
Por produtos alimentares
Caracteriza-se por arrepios e transpiração
abundante, dores abdominais, náuseas e vómitos,
prostração, desmaio, agitação e delírio.
O que fazer

Verificar sinais de vida;

 chamar ajuda, nunca faça um socorro sozinho,


somente em último caso;
 se possível, interrogar a vítima no sentido de tentar
perceber a origem do envenenamento;
 manter a vítima confortavelmente aquecida;
 é uma situação grave que necessita de transporte
imediato para o hospital feita por especialistas.

Por medicamentos
Dependendo do medicamento ingerido, podem
observar-se: vómitos, dificuldade respiratória, perda
de consciência, sonolência, confusão, etc.

Insolação
O suor é o nosso ar condicionado natural. À medida
que ele se evapora da nossa pele ocorre o
esfriamento do corpo. Porém, esse sistema pode
falhar se ocorrer uma exposição prolongada ao
calor, num local fechado e sobreaquecido (por ex:,
dentro de uma viatura fechada, ao sol) ou se ocorrer
uma exposição prolongada ao sol.
A insolação é caracterizada por: cefaleias (dores de
cabeça), tonturas, vómitos, excitação, pele fria e
pegajosa, boca seca, fadiga e fraqueza, pulso rápido
e inconsciência.

Transporte de vítimas
Ver artigo principal: Transporte aeromédico

Um metodo de transporte de vítimas é o


transporte aeromédico.
O transporte de vítimas é um procedimento
arriscado que muitas vezes, na tentativa de ajudar, a
pessoa acaba agravando um quadro estável,
recomenda-se que em casos de vítima grave, com
possível lesão na medula, movimenta-se a vítima o
menos possível. Em caso de vítima de mal-estar,
desmaio ou intoxicação leve-se a vítima "no colo
colocando um braço por baixo dos joelhos e o outro
em torno das costas dela." Recomendações
posteriores incluem para que pessoas não se
impressionem com a gravidade, a avaliação é que
as lesões possam ser "cuidadas rapidamente".
A Triagem é o procedimento pelo qual doêntes e
feridos são classificados de acordo com o tipo de
urgência e suas condições.22 23

Orientações gerais
manter a vítima calma;

 procure socorro;
 evite mover a vítima;
 sinalizar o local onde ocorreu o acidente;
 ligar para socorro médico.
Contatos para socorro especializado
no Brasil
Em todo o território nacional, discar:

 Polícia: 190 ou 911 ou 112


 Emergência médica (SAMU): 192
 Bombeiros: 193
 Polícia de Trânsito - 194
 Polícia Rodoviária Federal: 191
 FONE 0800 ****** nas Rodovias sob concessão.
Vale a pena ter tal telefone antes de pegar a
estrada, visto que em tais rodovias costuma
haver serviço de auxílio médico e mecânico ao
usuário.
 CEATOX - Centro de Assistência Toxicológica -
0800 014 81 100
 Ligar para a família da pessoa
Obs.: Alguns estados unificaram os telefones 19X
em uma "central de emergência" (ex.: DF,
ES(CIODES))

Ver também]

 Hipoglicémia
 Direção defensiva
 Desintoxicação / Antídoto

Referências

1. Ir para cima↑ Pascal Cassan


(2011). International first aid and
resuscitation (PDF) (em inglês)Federação
Internacional das Sociedades da Cruz
Vermelha e do Crescente Vermelho. Visitado
em 02 de dezembro de 2013.
2. Ir para cima↑ Hafen 1999, pp. 3.
3. Ir para cima↑ AMARIZ, Marlene. Primeiros
Socorros (em português) InfoEscola. Visitado
em 02 de dezembro de 2013.
4. Ir para cima↑ Primeiros
Socorros (PDF) (em português) Governo do
Estado do Pará Departamento de Trânsito do
Estado do Pará. Visitado em 02 de dezembro
de 2013.
5. Ir para cima↑ Hafen 1999, pp. 449.
6. Ir para cima↑ Pessoa 2002, pp. 10.
7. Ir para cima↑ Varella pp. 7.
8. Ir para cima↑ Primeiros Socorros e Assistência
Hospitalar (em português) Comitê
Internacional da Cruz Vermelha. Visitado em
05 dedezembro de 2013.
9. Ir para cima↑ NÉSPOLI, Gabriela. Médicos Sem
Fronteiras recria campo de refugiados no
Ibirapuera(em português) UOL Opera Mundi.
Visitado em 05 de dezembro de 2013.
10. Ir para cima↑ CORREIA FILHO, João
(Novembro de 2011). Voluntários sem
fonteiras (em português)Terra Revista
Planeta. Visitado em 05 de dezembro de
2013.
11. Ir para cima↑ Carta dos Médicos sem
Fronteiras - Emergência em
Moçambique UNAIDSAIDSPortugal (1º de
julho de 2001). Visitado em 05 de dezembro
de 2013.
12. Ir para cima↑ Mora Anda 2006, pp. 194.
13. Ir para cima↑ Recorde os grandes momentos
da vida de John F.
Kennedy (em português) France Presse;
Globo.com G1 (22 de novembro de 2013).
Visitado em 05 de dezembro de 2013.
14. Ir para cima↑ Kennedy pp. 86.
15. Ir para cima↑ Davidson 2008, pp. 279.
16. ↑ Ir para:a b Pessoa 2002, pp. 28.
17. Ir para cima↑ Estado de
choque (em português) Portal iG. Visitado em
03 de dezembro de 2013.
18. Ir para cima↑ LIMA, Ana Luiza. Tipos de
choque (em português) Tua Saúde. Visitado
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talNoticias.do?acao=carregaNoticia&codigo=3
1768
25. Ir para cima↑ Este número apenas deve ser
marcado em caso de emergência, em
qualquer outra situação devem ser utilizados
os números regulares para contactar as
referidas entidades
Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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