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Pontifica Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC

Gestão de Projetos

Sustentabilidade e energia

Nova Era – Minas Gerais


Julho de 2024
A geração de energia elétrica como forma de desenvolvimento necessita considerar seus
efeitos sobre a sociedade e o meio ambiente, pois da mesma forma que abrange os aspectos
econômicos e sociais, podem provocar impactos ambientais. Nesse sentido, estudos vêm
sendo desenvolvidos com o intuito de englobar as temáticas sobre geração de energia elétrica
como estratégia de sustentabilidade.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................

2. OBJETIVOS.....................................................................................................................................

2.1. Objetivo Geral.......................................................................................................................

2.2. Objetivos Específicos...........................................................................................................

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................................

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................
6. ANEXOS.........................................................................................................................................

1. INTRODUÇÃO.

De acordo com a Comissão Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (2013), as


conferências sobre meio ambiente vêm sendo realizadas desde a década de 1970, época em
que os problemas ambientais tiveram sua ascensão, mostrando a necessidade de debater essa
temática e o quão preocupante era os níveis que o descuido com o meio ambiente tinha
atingido. A primeira conferência em torno dessa pauta ocorreu em 1972, a Conferência das
Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, apontando o processo de
industrialização e pobreza como causas da degradação, sendo o desenvolvimento econômico
o responsável por contornar essa situação. Em 1992, ocorreu a Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento ou Eco-92, no Rio de Janeiro, o qual ocorreu
a assinatura da Agenda 21, comprometendo 179 países a elaborar estratégias para alcançar o
desenvolvimento sustentável. Em 2002 Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável ou
Rio+10, realizada em Joanesburgo, inserindo questões além das ambientais, as sociais como a
pobreza. Em 2012, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20), no Rio de Janeiro, renovou o compromisso político com o desenvolvimento
sustentável nas próximas décadas. O conceito de sustentabilidade foi proposto originalmente
na década de 80, tinha como objetivo direcionar as formas de utilização dos recursos da
natureza para conservar a vida no planeta, levando em consideração os riscos do uso de
recursos naturais e sua renovação. Atualmente, a construção civil vem recebendo destaque por
ser um grande consumidor de recursos naturais e gerador de resíduos. A busca pela
sustentabilidade ganhou relevância num contexto em que as ações empresariais são vistas
como as principais responsáveis pela degradação ambiental e social, a exploração dos
recursos naturais tem sido potencializada pois aumenta o crescimento econômico e a
acumulação de capital. As cidades estão em constante desenvolvimento, buscando atender as
demandas populacionais do meio urbano, nesse sentido, torna-se necessário abrir espaços de
produção e reprodução do capital, ou seja, hospitais, escolas, indústrias, moradias populares,
entre outros. É nesse contexto que a engenharia se torna de suma importância, ocupando o
papel de planejar o uso desses espaços a serem construídos. No entanto, ainda que a
engenharia seja o ponto de partida para o desenvolvimento das cidades, a mesma é
responsável por gerar tipos de agressões ambientais e para isso, o uso de materiais
sustentáveis torna-se uma alternativa eficaz no que diz respeito a minimização dos impactos
ambientais nesse ramo da economia, já que os recursos naturais são limitados e seu uso
indiscriminado vem a comprometer gerações futuras no acesso a esses bens naturais. O uso
exagerado de recursos renováveis faz com que haja uma urgência de novos pensamentos,
atitudes e hábitos no contexto atual. Para isso, a implementação de construções sustentáveis e
ecológicas são vistas como grande aliadas ao meio ambiente como um todo, auxiliando o bem
estar do planeta e, consequentemente, os que nele habitam. Esse novo jeito de construir deve
propor soluções para os principais problemas ambientais sem deixar de lado a tecnologia e a
criação de edificações que atendam às necessidades dos usuários e por isso, quanto mais
sustentável é uma obra, automaticamente mais responsável também, pois está racionalmente
de acordo com tudo o que consome, gera, processa e descarta, analisando todos os impactos
presentes durante o ciclo de construção até o fim de sua vida útil. Embasada nesses conceitos,
a Casa Popular Eficiente é o protótipo de uma residência baseado no interesse social aliado ao
baixo custo, tendo como objetivo a sua difusão para a sociedade, a fim de possibilitar a
mudança de hábitos tão agressores presentes na construção civil, buscando soluções
sustentáveis e a melhora na qualidade do ambiente construído.
2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

As cidades estão em um fluxo constante de mudanças, causados essencialmente pelos seus


habitantes. Nesse sentido, a construção civil ocupa uma posição de destaque na organização e
planejamento da zona urbana, sendo responsável pela construção de espaços de produção e
reprodução do capital. Em paralelo a isso, a construção civil se tornou dos maiores geradores
de resíduos sólidos e consumidor de recursos naturais, visto o aumento demasiado da
população e sua demanda por moradia, além da concentração de pessoas em grandes centros
urbanos. Na tentativa de minimizar esses impactos, surgem os materiais sustentáveis, uma
alternativa menos agressora ao meio ambiente e que reduz a redução de tantos resíduos.

2.2. Objetivos Específicos

O presente artigo tem como objetivo apresentar os principais materiais de cunho sustentável
utilizados na construção (tijolo solo cimento, telha tetra Pak, piso PVC reciclável, forro OSB,
esquadrias de eucalipto).

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na origem da sociedade industrial, desenvolvimento econômico era sinônimo de transformação
da natureza em prol da qualidade de vida da população, ou seja, a transformação do ambiente
natural em ambiente construído adequado ao desenvolvimento das atividades. Além da
construção civil ser um dos macro setores da economia, também é responsável por produzir os
bens de maiores dimensões físicas do planeta, sendo, portanto, um dos maiores consumidores
de recursos naturais. Quando se fala em reciclagem de resíduos, o Brasil possui tímido
avanços, com exceção da intensa reciclagem das indústrias de aço e cimento. Com o
desordenado crescimento populacional aliado ao crescente desenvolvimento tecnológico e
industrial, principalmente a partir da eclosão da Primeira Revolução Industrial, a construção civil
tornou-se um dos campos de maior crescimento, pois a sociedade capitalista começou a exigir
mais bens de consumo e consequentemente, a demandar mais obras de construção civil,
ocasionando também seu rápido desenvolvimento tecnológico. Nesse cenário, em meados do
século XX, ocorreu o aumento da poluição e degradação ambiental, que se estende até os dias
atuais. A medida que a construção civil se tornou de suma importância para a sociedade
também ficou evidente o quanto a mesma tem provocado uma geração descontrolada de
resíduos, provocando não somente impactos ambientais, como também, sociais. De acordo
com o IPEA “além do intenso consumo de recursos naturais, os grandes empreendimentos de
construção acarretam a alteração da paisagem e, como todas as demais atividades da
sociedade, geram resíduos”. Em virtude disso, em 2002 a Resolução nº 307 do Conama,
determinou que o gerador dos resíduos seria o responsável pelo gerenciamento do mesmo,
estabelecendo, portanto, a responsabilidades aos gestores, ou seja, segregação dos resíduos
em classes e o devido encaminhamento para reciclagem/disposição final adequada.

Para a Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (s/d), a inserção de práticas


sustentáveis nos empreendimentos residenciais proporciona vantagens para o agente do setor
imobiliário, bem como para a sociedade, comunidade local e o próprio poder público pois
melhora a qualidade ambiental na redução do consumo energético, de resíduos, consumo de
água e aproveitamento de condições naturais locais, inovação, entre outros. Assim, “no
aspecto ambiental, que com frequência o termo é empregado, a sustentabilidade diz respeito,
então a um planeta sadio, no qual as pessoas possam encontrar as condições necessárias
para a sua sobrevivência, de geração em geração” O Brasil enfrenta um grande problema no
que diz respeito a moradias, muitas famílias estão desabrigadas, ou encontram-se em
moradias precárias, sem condições de disponibilizar aos moradores as condições mínimas de
conforto e bem estar. Nesse sentido, as construções sustentáveis tornam uma opção viável e
tende a promover empregos. No entanto, “as práticas sustentáveis na área da construção civil
são limitadas e na maioria das vezes a matéria prima utilizada se torna inacessível ao
consumidor de baixa renda devido ao seu alto preço de comercialização”

Diversos materiais trazem benefícios para a sustentabilidade na construção e demonstram uma


alternativa para a diminuição e consumo dos recursos naturais, os quais destacam-se: madeira
plástica, elementos construtivos em bambu, tijolo ecológico, agregados de resíduos da
construção civil, entre outros. Nos últimos anos, têm-se atribuído importância cada vez maior
aos materiais de construção e seus impactos ambientais, quando se decide por determinado
produto e sistema construtivo, deve-se levar em consideração os aspectos técnicos,
econômicos e ecológicos. No entanto, a realidade é diferente, pequena parcela se atenta aos
impactos ambientais já que o fornecimento desses materiais, na maioria dos casos, é por
varejo.

Apuração

No que se refere aos materiais presentes na Casa Popular eficiente, Figura 02, todos foram
escolhidos criteriosamente aspirando a sustentabilidade e acessibilidade desses materiais,
para que não sejam apenas alternativas inviáveis de execução para moradias de baixo custo:

 Placas OSB: OSB é a sigla para Oriented Strand Board (Painel de tiras de Madeira
Orientada), essas tiras são de madeiras vindas do reflorestamento, é um produto consistente e
uniforme e um bom isolamento termo acústico e resistência ao fogo. As placas foram utilizadas
como revestimento horizontal no forro, estruturalmente se comportou de forma eficiente, porém
notou-se um escurecimento do ambiente devido a sua cor e combinação com tijolo solo
cimento, outro material de cor mais escura, além disso, apresentou patologias como o mofo,
causadas pela presença de umidade em determinados pontos, assim, pode-se estudar um
novo local de uso ou correção com impermeabilização adequada;

 Tijolo Solo Cimento: É um tijolo feito de solo, cimento Portland e água, compactados em
umidade ótima e sob baixa densidade, que em composição previamente estabelecidas, adquire
resistência e durabilidade através das reações de hidratação do cimento. Suas vantagens
estão em possuir um fácil processo de fabricação e reduzindo prazos e custos na construção, é
feito de um material abundante, o solo e, além disso, não se faz necessário a queima do tijolo
não emitindo gases poluentes. Quanto ao seu uso na CPE, demonstrou um bom desempenho,
apesar da dificuldade em fixar suportes, como tomadas e parafusos, problema advindo de
fábrica, devido à grande demanda, houve pouco tempo de cura da remessa utilizada na
construção da Casa Popular Eficiente;

 Esquadrias de eucalipto: A principal vantagem do uso do eucalipto é que é uma madeira


renovável, vinda do reflorestamento, o que contribui para a preservação de florestas nativas e
pode ser plantada em qualquer lugar. É de grande versatilidade e apesar de ser mais
suscetível à cupins e fungos, não apresentou nenhum tipo de patologia até o momento, tendo
um ótimo desempenho;

 Tinta ecológica impermeável: Ao contrário da maioria das tintas encontradas no mercado,


a tinta ecológica não possui materiais tóxicos em sua composição ou derivados do petróleo,
sendo formuladas de matéria prima natural, usando a argila como componente de ligação, o
que reforça a vantagem de uso, visto que é um componente abundante e ecológico. Além
disso, essa alternativa não oferece risco à saúde dos moradores e controla a umidade do
ambiente. O uso na Casa Popular Eficiente foi satisfatório, não apresentando bolhas,
eflorescências ou qualquer patologia até o momento;

 Telha Tetra Pak: É uma telha ecológica muito mais resistente que as telhas convencionais,
em suma são compostas por alumínio, pet e polietileno e polinylon, atendendo aos interesses
de ordem ambiental e saúde pública, estimulando a reciclagem por serem feitas
essencialmente de caixinhas de leite. Proporcionam conforto térmico e acústico, não
apresentando trincas ou rachaduras, além de ser leve e de fácil instalação. Seu uso no
protótipo CPE, foi de ótimo desempenho, não ocasionando nenhum problema ou desconforto;

 Piso laminado de PVC reciclado: Sendo um tipo de piso vinílico, possui grande resistência a
manhas, riscos e possui isolamento acústico, além de fácil instalação e manutenção não
exigindo juntas por não sofrer processo de dilatação ou retração. Mas o que faz esse piso ser
tão atrativo é por ser um material ecologicamente correto, criado a partir de 67% de PVC
reciclado pós consumo, sendo muito mais barato que o piso de madeira. A sua aplicação
apresentou resultado satisfatório na maioria das áreas aplicadas, porém ocorreram problemas
em sua aplicação na área de serviço, tendo peças descoladas. O piso laminado é resistente à
umidade, mas vale ressaltar que se não for bem aplicado a cola, incômodos como esse, podem
ocorrer, por isso é de suma importância a boa aplicação da cola, não demorar no processo
entre a colocação da cola e a colagem do piso verificando os cantos para que estejam bem
selados a fim de evitar a entrada de água.
4. Considerações Finais

O protótipo da Casa Popular Eficiente se mostra como um grande laboratório, permitindo


diversos experimentos, e também a avaliação de cada material utilizado, abrindo um leque de
novas possibilidades de aplicação dos mesmos e melhorias na execução e uso, assim como
abre portas para novos materiais alternativos que possam ter uma resposta melhor que os
atuais, ou usados em conjunto. Sempre buscando o baixo custo e acessibilidade de todos
esses insumos, provando que sim, é possível mudar a realidade de grande setor gerador de
resíduos, de forma ampla e efetiva em todas as classes sociais, dessa forma, mesmo que a
passos lentos, se caminha para uma nova realidade, mais sustentável e ecológica tão
essencial para todos.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA E APLICADA. Diagnósticos dos resíduos sólidos da


construção civil. Relatório de Pesquisa. Brasília, 2012. 42 p . Disponível em: <
http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/7669/1/RP_Diagn%C3%B3stico_2012.pdf>
Acesso em: fevereiro de 2021.

FUNDAÇÃO INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO. Sustentabilidade: o que é, tipos, importância e


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fevereiro de 2021.

CONSELHO BRASILEIRO DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL. Disponível em: <


http://www.cbcs.org.br/website/> Acesso em: fevereiro de 2021. GERHARDT, T.E.; SILVEIRA,
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COMISSÃO MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, 2013. Disponível em: <


https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoespermanentes/cmads/
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Wieczynski.pdf> Acesso em: fevereiro de 2021.

6. ANEXOS.

_ Casa popular eficiente:

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