INSTITUTONATURA21.DEZ

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co
Instituto Natura
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2021
e relatório do auditor independente
Relatório do auditor independente

sobre as demonstrações financeiras
Aos Conselheiros e Administradores
Instituto Natura
Opinião
Examinamos as demonstrações financeiras do Instituto Natura ("Instituto"), que compreendem o balanço

patrimonial em 31 de dezembro de 2021 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado
abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data,
bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo as políticas contábeis significativas e outras
informações elucidativas.
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Instituto Natura em 31 de dezembro de 2021, o
desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com
as práticas contábeis adotadas no Brasil e Interpretação Técnica ITG 2002 (R1) - Entidades sem
fins lucrativos.
Base para opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas
responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada
"Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras". Somos independentes em
relação ao Instituto, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética
Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e
cumprimos com as demais responsabilidades éticas conforme essas normas. Acreditamos que a evidência
de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras
A administração do Instituto é responsável pela elaboração e adequada apresentação das

demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e Interpretação
Técnica ITG 2002 (R1) - Entidades sem fins lucrativos e pelos controles internos que ela determinou como
necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante,
independentemente se causada por fraude ou erro.
Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade
do Instituto continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua
continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não
ser que a administração pretenda liquidar o Instituto ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma
alternativa realista para evitar o encerramento das operações.
Os responsáveis pela governança do Instituto são aqueles com responsabilidade pela supervisão do
processo de elaboração das demonstrações financeiras.
Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto,
estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes Ltda., Av. Brigadeiro Faria Lima 3732, 16o, partes 1 e 6,
Edifício Adalmiro Dellape Baptista B32, São Paulo, SP, Brasil, 04538-132
T: +55 (11) 4004-8000, www.pwc.com.br
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auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia
de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre
detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou
erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro
de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas
demonstrações financeiras.
Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria,
exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:
• Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras,

independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de
auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente
para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é
maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos,
conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.
• Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos
procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos
opinião sobre a eficácia dos controles internos do Instituto.
• Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e
respectivas divulgações feitas pela administração.
• Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade

operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a
eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de
continuidade operacional do Instituto. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar
atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras
ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões
estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia,
eventos ou condições futuras podem levar o Instituto a não mais se manter em continuidade
operacional.
• Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as

divulgações e se essas demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os
eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.
Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance e da
época dos trabalhos de auditoria planejados e das constatações significativas de auditoria, inclusive as
deficiências significativas nos controles internos que, eventualmente, tenham sido identificadas durante
nossos trabalhos.
São Paulo, 19 de abril de 2022
PricewaterhouseCoopers Rodrigo Lobenwein Marcatti

Auditores Independentes Ltda. Contador CRC 1MG091301/O-2
CRC 2SP000160/O-5
3
Índice
Demonstrações financeiras ilustrativas
Balanço patrimonial 4
Demonstração do resultado 5
Demonstração do resultado abrangente 6
Demonstração das mutações do patrimônio líquido 7
Demonstração dos fluxos de caixa 8
Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras
1 Informações gerais 9
1.1 Contexto operacional 9
1.2 Eventos Relevantes do exercício 9
1.3 Efeitos da pandemia provocada pela COVID-19 9
2 Resumo das principais políticas contábeis 10
2.1 Base de preparação 10
2.2 Moeda Funcional 10
2.3 Caixa e equivalentes de caixa 11
2.4 Instrumentos financeiros 11
2.5 Imobilizado 13
2.6 Empréstimos e financiamentos 13
2.7 Arrendamento Mercantil 13
2.8 Fornecedores 14
2.9 Provisões 14
2.10 Benefícios a empregadores e executivos 14
2.11 Capital social 14
2.12 Apuração do superávit / déficit - receitas e despesas 14
2.13 Trabalhos voluntários 15
3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos 15
4 Caixa e equivalentes de caixa 15
5 Títulos e valores mobiliários 16
6 Imobilizado 16
7 Direitos de uso 16
8 Empréstimos e financiamentos 19
9 Fornecedores e outras contas a pagar 19
10 Obrigações trabalhistas e tributárias 19
11 Provisões para contingências 20
12 Patrimônio social 20
13 Receitas sociais 21
14 Despesas sociais 22
15 Receita (despesas) financeiras 23
16 Remuneração da Administração 23
17 Renúncia fiscal 23
18 Eventos subsequentes 24
19 Aprovação para emissão das Demonstrações Financeiras 24
INSTITUTO NATURA
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2021 E 2020
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
2021 2020 2021 2020

PASSIVOS E PASSIVO A
ATIVOS DESCOBERTO
CIRCULANTES CIRCULANTES
Caixa e equivalentes de caixa (Nota Empréstimos e financiamentos

4) 287 248 (Nota 8) 15.102 5.006
Títulos e valores mobiliários (Nota 5) 3.835 3.414 Arrendamento Mercantil (Nota 7) 366 266
Outros ativos 169 35 Fornecedores e provisões (Nota 9) 858 1.341
Obrigações trabalhistas (Nota 10) 2.149 1.585
Total dos ativos circulantes 4.292 3.697 Obrigações tributárias (Nota 10) 337 199
Total dos passivos circulantes 18.812 8.397
NÃO CIRCULANTES NÃO CIRCULANTES
Imobilizado (Nota 6) 13 24 Arrendamento Mercantil (Nota 7) 1.172 1.206

Direito de uso (Nota 7) 1.301 1.361 Provisão para contingências (Nota 11) 469 469
Total dos ativos não circulantes 1.314 1.385 Total dos passivos não circulantes 1.641 1.675
PASSIVO A DESCOBERTO
Patrimônio Social (Nota 12) 162 162

Déficit acumulado (Nota 12) (15.010) (5.152)
Total do passivo a descoberto (14.848) (4.990)
TOTAL DOS PASSIVOS E PASSIVO A

TOTAL DOS ATIVOS 5.605 5.082 DESCOBERTO 5.605 5.082
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2021 E
2020
2021 2020
RECEITAIS SOCIAIS (NOTA 13)
Doações Crer Para Ver 36.789 37.742
Trabalho Voluntário 600 517
Outras doações 4.127 2.681
RECEITAIS SOCIAIS 41.515 40.940
DESPESAS SOCIAIS (NOTA 14)

Gerais e administrativas (1.975) (2.165)
Com projetos (49.126) (37.447)
(51.101) (39.612)
1.328
(DÉFICIT) / SUPERÁVIT ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO (9.586)
Receitas financeiras (Nota 15) 391 94

Despesas financeiras (Nota 15) (663) (182)
(DÉFICIT) / SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO (9.858) 1.240
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INSTITUTO NATURA
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2021 E 2020
2021 2020
(DÉFICIT) / SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO (9.858) 1.240
Outros resultados abrangentes - -
Total do resultado abrangente do exercício (9.858) 1.240
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Demonstração das mutações do patrimônio líquido (negativo)
Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2021 e 2020.
Passivo à
Patrimônio social (Déficit) acumulados descoberto
Em 1o de janeiro de 2020 162 (6.392) (6.230)
Superávit/(déficit) do exercício - 1.240 1.240
Em 31 de dezembro de 2020 162 (5.152) (4.990)
Superávit/(déficit) do exercício - (9.858) (9.858)
Em 31 de dezembro de 2021 162 (15.010) (14.848)
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DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2021 E 2020
2021 2020
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
(Déficit) / Superávit do período (Nota 12) (9.858) 1.240
Ajustes de receitas e despesas não envolvendo caixa:

Juros sobre aplicações e títulos de valores mobiliários (391) (94)
Depreciações e amortizações (Imobilizado e Intangível) (Nota 6) 12 21
Depreciações e amortizações (Direito de Uso) (Nota 7) 399 309
Atualização monetária sobre Provisão para contingências (Nota 11) - 11

Juros e variação cambial sobre arrendamento mercantil (Nota 8) 118 115
Juros e variação cambial sobre empréstimos e financiamentos (Nota 8) (102) (31)
AUMENTO/(REDUÇÃO) DOS ATIVOS E PASSIVOS

Outros ativos (134) 11
Fornecedores e provisões (Nota 9) (483) 267
Obrigações trabalhistas (Nota 10) 564 (11)
Obrigações tributárias (Nota 10) 138 (81)
CAIXA (UTILIZADO) / GERADO NAS ATIVIDADES SOCIAIS (9.737) 1.758
OUTROS FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES SOCIAS

Pagamento de empréstimos e financiamentos (Nota 8) (5.006) (7.000)
Pagamento de juros sobre arrendamento mercantil (Nota 7) 66 (416)
CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO NAS ATIVIDADES SOCIAIS (14.677) (5.659)
CAIXA UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Aquisições (venda) de imobilizado e intangível (Nota 6) (340) 447

Aplicação em títulos e valores mobiliários (Nota 5) (51.150) (33.500)
Resgate de títulos e valores mobiliários (Nota 5) 50.715 33.939
Resgate de juros sobre aplicações e títulos
de valores mobiliários (Nota 5) 14 8
CAIXA (UTILIZADO) GERDADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (761) 894
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Amortização de arrendamento mercantil - principal (481) (346)
Captações de empréstimos e financiamentos (Nota 8) 15.204 5.000
CAIXA UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 15.204 4.654
AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 39 (110)
Saldo inicial do caixa e equivalentes de caixa 248 358

Saldo final do caixa e equivalentes de caixa 287 248
AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 39 (110)
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INSTITUTO NATURA
NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
1 Informações gerais
1.1 Contexto operacional
O Instituto Natura, doravante denominado simplesmente “Instituto”, é uma Associação sem fins lucrativos ou
econômicos, com prazo de duração indeterminado, com sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo,
na Av. Brigadeiro Faria Lima, nº 201, conjunto 171, Condomínio Edifício Faria Lima, e tem por objeto social a
transformação da sociedade, focando na promoção da qualidade de vida, em suas diferentes dimensões, com
ênfase na educação, na ampliação das liberdades, na democratização do acesso à informação, no
aprofundamento da justiça social e na sustentabilidade.
O Instituto é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que é um título concedido
pelo Ministério da Justiça do Brasil, para as organizações que atendam aos requisitos da Lei nº 9.790, de 23
de março de 1999. O Instituto possui essa titulação desde 31 de janeiro 2011.
A partir de 2016, com a publicação da Portaria MJ n° 362, de 1° de março de 2016, a renovação anual deixou
de ocorrer, e a titulação permanece vigente enquanto as condições iniciais para sua obtenção sejam
atendidas.
1.2 Eventos relevantes do exercício
Durante o exercício de 2021, o Instituto apresentou:

• Passivo à descoberto de R$ 14.848 (R$ 4.990 em 2020),
• Capital circulante líquido negativo de R$ 14.520 (R$ 4.700 em 2020) e
• Déficit do exercício de R$ 9.858 (superávit de R$ 1.241 em 2020).
As alterações nessas posições são decorrentes principalmente pelo aumento nas receitas sociais recebidas
pelo Instituto no mesmo exercício (nota explicativa n° 13), principalmente pela aumento dos repasses que a
mantenedora fez para o Instituto. O Instituto teve um aumento de orçamento para o ano de 2021 para
investimento em ações de recomposição de aprendizagens, investimentos em seus compromissos voltados
para a educação pública no Brasil e desenvolvimento para consultoras, líderes e demais integrantes da força
de vendas.
A principal fonte de recursos do Instituto é oriunda da mantenedora Natura Cosméticos S.A. e suas
subsidiárias do Brasil, que destina o lucro da linha de produtos Crer Para Ver para que seja investido em
ações sociais e manutenção do Instituto. Adicionalmente, a administração destaca para demonstrar o
pressuposto de continuidade do Instituto que na data de aprovação da emissão destas demonstrações
financeiras, há recursos financeiros da Linha Crer Para Ver que se encontram aplicados na mantenedora do
Instituto, os quais são considerados suficientes para garantir a premissa de continuidade da operação. Em 31
de dezembro de 2021 este montante é de R$ 73.546 (61.023 em 2020).
1.3 Efeitos da pandemia provocada pela COVID-19
Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a COVID-19 como uma pandemia. As
autoridades governamentais de diversos países, incluindo o Brasil, impuseram restrições de contenção do
vírus. O Instituto instituiu Comitê e definiu plano de gestão da pandemia, com medidas preventivas e de
mitigação dos seus efeitos, em linha com as diretrizes estabelecidas pelas autoridades de saúde nacionais e
internacionais.
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INSTITUTO NATURA
Considerando a realidade do Instituto, não foi identificado impactos até o momento, todavia, o mesmo vem
monitorando os efeitos nos seus negócios e na avaliação das principais estimativas e julgamentos contábeis
críticos, bem como em outros saldos com potencial de gerar incertezas e impactos nas demonstrações
financeiras.
2 Resumo das principais políticas contábeis
As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas
a seguir. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente nos exercícios apresentados.
2.1 Base de preparação
As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade,

consubstanciadas nos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e nas
disposições aplicáveis às instituições sem fins lucrativos, ITG 2002 (R1) – Entidade Sem finalidade de Lucros,
CPC PME - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, expedidas pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), que visam orientar o atendimento às exigências legais sobre procedimentos contábeis
a serem cumpridos pelas pessoas jurídicas de direito privado sem finalidade de lucros. Elas foram preparadas
considerando o custo histórico como base de valor.
A preparação de demonstrações financeiras em conformidade com o CPC PME requer o uso de certas
estimativas contábeis críticas e o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no
processo de aplicação das políticas contábeis. As áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem
maior complexidade, bem como aquelas cujas premissas e estimativas são significativas para as
demonstrações financeiras, estão divulgadas na nota explicativa n° 3.
Por fim, a Administração avaliou a capacidade do Instituto em continuar operando normalmente e está
convencida de que possui recursos para dar continuidade a seus negócios no futuro, assim como não tem
conhecimento de nenhuma incerteza material que possa gerar dúvidas significativas sobre a sua capacidade
de continuar operando. Assim, estas demonstrações financeiras foram preparadas com base no pressuposto
de continuidade operacional dos negócios do Instituto.
2.2 Moeda Funcional
(a) Moeda funcional e moeda de apresentação
Os itens incluídos nas demonstrações financeiras são mensurados de acordo com a moeda do principal
ambiente econômico no qual o Instituto atua ("moeda funcional"). As demonstrações financeiras estão
apresentadas em milhares de reais, que é a moeda funcional do Instituto e, também, a sua moeda de
apresentação.
(b) Operações e saldos
As transações em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional do Instituto (R$ - reais)
utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações. Os saldos das contas de balanço são
convertidos pela taxa de câmbio vigente nas datas dos balanços. Os ganhos e as perdas de variação cambial
resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos monetários denominados
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INSTITUTO NATURA
em moeda estrangeira são reconhecidos no resultado do exercício, nas rubricas “Receitas financeiras” e
“Despesas financeiras”.
2.3 Caixa e equivalentes de caixa
Incluem caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras realizáveis em até 90 dias da data original
do título ou considerados de liquidez imediata ou conversíveis em um montante conhecido de caixa e que
estão sujeitos a um risco insignificante de mudança de valor. Estão registrados pelos valores de custo,
acrescidos dos rendimentos auferidos até as datas dos balanços, que não excedem o seu valor de mercado
ou de realização.
2.4 Instrumentos financeiros
Ativos financeiros não derivativo
Os instrumentos financeiros somente são reconhecidos a partir da data em que o Instituto se torna parte das
disposições contratuais dos instrumentos financeiros.
A classificação dos ativos financeiros no reconhecimento inicial depende das características dos fluxos de
caixa contratuais do ativo financeiro e do modelo de negócio do Instituto para a gestão destes ativos
financeiros. O Instituto inicialmente mensura um ativo financeiro ao seu valor justo acrescido dos custos de
transação, no caso de ativo financeiro não mensurado ao valor justo por meio de resultado. Sua mensuração
subsequente ocorre a cada data de balanço de acordo com as regras estabelecidas para cada tipo de
classificação de ativos e passivos financeiros.
Os instrumentos financeiros do Instituto são classificados como:
(i) Custo amortizado
Quando atender as condições a seguir e não for designado como mensurado ao valor justo por meio do
resultado:
● é mantido dentro de um modelo de negócios cujo objetivo seja manter ativos financeiros para receber
fluxos de caixa contratuais; e
● seus termos contratuais geram em datas específicas fluxos de caixa que são relativos somente ao
pagamento de principal e juros sobre o valor principal em aberto.
São subsequentemente mensurados usando o método de juros efetivos e estão sujeitos a redução ao valor
recuperável. Ganhos ou perdas são reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado, modificado ou
apresenta redução ao valor recuperável.
(ii) Valor justo por meio do resultado
Quando não classificado como custo amortizado são apresentados no balanço patrimonial pelo valor justo
com as variações líquidas do valor justo reconhecidas na demonstração do resultado. Essa categoria
contempla os títulos e valores mobiliários caixa e equivalentes de caixa.
Passivos financeiros não derivativos
Os passivos financeiros do Instituto são classificados, no reconhecimento inicial, como passivos financeiros
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INSTITUTO NATURA
ao valor justo por meio do resultado, passivos financeiros ao custo amortizado ou como derivativos
designados como instrumentos de hedge em um hedge efetivo, quando aplicável.
Todos os passivos financeiros são mensurados inicialmente ao seu valor justo, mais ou menos, no caso de
passivo financeiro que não seja ao valor justo por meio do resultado, os custos de transação que sejam
diretamente atribuíveis a emissão do passivo financeiro.
Os passivos financeiros do Instituto durante os períodos apresentados incluem empréstimos e financiamentos

(nota explicativa n° 8) e fornecedores (nota explicativa n° 9).
Mensuração subsequente
Para fins de mensuração subsequente, os passivos financeiros são classificados em duas categorias:
● Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado; e

● Passivos financeiros ao custo amortizado.
Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado
Incluem passivos financeiros para negociação e passivos financeiros designados no reconhecimento inicial
ao valor justo por meio do resultado. São classificados como mantidos para negociação se forem incorridos
para fins de recompra no curto prazo. Essa categoria também inclui instrumentos financeiros derivativos que
não são designados como instrumentos de hedge nas relações de hedge definidas pelo CPC 48. Derivativos
embutidos separados também são classificados como mantidos para negociação a menos que sejam
designados como instrumentos de hedge eficazes.
Ganhos e perdas em passivos para negociação são reconhecidos na demonstração do resultado.
Os passivos financeiros designados no reconhecimento inicial ao valor justo por meio do resultado são
designados na data inicial de reconhecimento, e somente se os critérios do CPC 48 forem atendidos. Nos
exercícios apresentados, o Instituto não possuía passivos financeiros classificados nesta categoria.
Passivos financeiros ao custo amortizado (empréstimos e financiamentos e fornecedores)
Após o reconhecimento inicial, empréstimos e financiamentos contraídos e concedidos sujeitos a juros são
mensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetiva. Ganhos
e perdas são reconhecidos no resultado quando os passivos são baixados, bem como pelo processo de
amortização da taxa de juros efetiva.
O custo amortizado é calculado levando em consideração qualquer deságio ou ágio na aquisição e taxas ou
custos que são parte integrante do método da taxa de juros efetiva. A amortização pelo método da taxa de
juros efetiva é incluída como despesa financeira na demonstração do resultado.
Essa categoria se aplica a empréstimos e financiamentos e fornecedores concedidos e contraídos, sujeitos a

juros.
Desreconhecimento
Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação sob o passivo é extinta, ou seja, quando a obrigação
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especificada no contrato for liquidada, cancelada ou expirar. Quando um passivo financeiro existente é
substituído por outro do mesmo mutuante em termos substancialmente diferentes, ou os termos de um
passivo existente são substancialmente modificados, tal troca ou modificação é tratada como o
desreconhecimento do passivo original e o reconhecimento de um novo passivo. A diferença nos respectivos
valores contábeis é reconhecida na demonstração do resultado.
2.5 Imobilizado
Os itens do imobilizado são demonstrados ao custo histórico de aquisição menos o valor da depreciação e
de qualquer provisão para perda por valor não recuperável de ativo acumulada. O custo histórico inclui os
gastos diretamente atribuíveis necessários para preparar o ativo para o uso pretendido pela administração
excluindo custos de financiamentos.
A depreciação é calculada pelo método linear tendo como referência o valor do custo menos o valor residual
e a vida útil remanescente. As estimativas de vidas úteis estão demonstradas conforme segue:
. Móveis e utensílios - 5 - 8 anos (12,5% a.a. à 20% a.a.)

. Equipamentos de informática – 15 – 20 anos (5% a.a. à 6,67% a.a.)
. Benfeitorias em propriedades de terceiros – 20 anos (5% a.a.)
Os valores residuais, a vida útil e os métodos de depreciação dos ativos são revisados e ajustados quando
existir uma indicação de mudança significativa desde a última data de balanço.
O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável se o valor contábil do ativo
for maior que seu valor recuperável estimado (nota explicativa n°6).
Os ganhos e as perdas em alienações são determinados pela comparação do valor de venda com o valor
contábil e são reconhecidos em "Outros ganhos/(perdas), líquidos" na demonstração do resultado.
2.6 Empréstimos e financiamentos
Os empréstimos e financiamentos são inicialmente reconhecidos pelo valor da transação (ou seja, pelo valor
recebido do banco, incluindo os custos da transação) e subsequentemente demonstrados pelo custo
amortizado.
As despesas com juros são reconhecidas com base no método de taxa de juros efetiva ao longo do prazo do
empréstimo de tal forma que na data do vencimento o saldo contábil corresponde ao valor devido. Os juros
são registrados em despesas financeiras.
Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia
tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do
balanço.
2.7 Arrendamento mercantil
O Instituto aplicou, a partir de 1º de janeiro de 2019, o CPC 06(R2), que introduziu um único modelo de
arrendamento, substituindo o conceito de classificação entre arrendamento mercantil operacional e financeiro,
que era aplicado pelo Instituto até 31 de dezembro de 2018. O impacto desta nova norma aplicada está
ilustrado na nota explicativa nº 7.
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2.8 Fornecedores
As contas a pagar aos fornecedores são inicialmente reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente,
mensuradas pelo custo amortizado tendo como referência o método de taxa de juros efetiva.
2.9 Provisões
As provisões são reconhecidas quando: (i) o Instituto tem uma obrigação presente ou não formalizada como
resultado de eventos passados; (ii) é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a
obrigação; e (iii) o valor possa ser estimado com segurança.
As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a
obrigação, por meio de aplicação de uma taxa de desconto acrescida dos efeitos de impostos sobre o lucro,
que reflita as avaliações atuais do mercado para o valor do dinheiro no tempo e para os riscos específicos da
obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é contabilizado como despesa
financeira.
As provisões para reestruturação compreendem multas por rescisão de contratos de arrendamento e

pagamentos por rescisão de vínculo empregatício. Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais
futuras.
Provisão para contingências
As provisões para contingências são reconhecidas quando o Instituto tem uma obrigação presente ou não
formalizada como resultado de eventos passados, sendo provável que uma saída de recursos seja necessária
para liquidar a obrigação e o valor possa ser estimado com segurança.
2.10 Benefícios de curto prazo a empregados
Obrigações de benefícios de curto prazo a empregados são reconhecidas em uma base não descontada e
são incorridas como despesas conforme o serviço relacionado seja prestado. O passivo é reconhecido pelo
valor esperado a ser pago, se o Instituto tem uma obrigação legal ou construtiva de pagar esse valor e em
função de serviço passado prestado pelo empregado e se a obrigação possa ser estimada de maneira
confiável.
2.11 Patrimônio social
Em 31 de dezembro de 2021, o total acumulado de destinações ao fundo patrimonial classificado como

patrimônio social era R$ 162 (R$ 162 em 2020).
2.12 Apuração do superávit / déficit - receitas e despesas
As receitas oriundas de doações são registradas mediante documentação hábil, quando da efetiva entrada
dos recursos. Todas as demais receitas e as despesas necessárias à manutenção das suas atividades são
registradas pelo regime de competência.
14 de 24
INSTITUTO NATURA
Não há previsão para devolução das doações ao doador. Adicionalmente a Administração do Instituto possui
autonomia para a destinação das respectivas doações e não há projetos em que há a efetiva correlação entre
a doação recebida e a despesa a ser incorrida.
As despesas com doação são registradas no momento em que os respectivos gastos são incorridos ou
quando há um efetivo compromisso contratual assumido de destinação de recursos para um projeto ou
iniciativa. Para alguns projetos, estes compromissos são assumidos de maneira parcial, a partir das
respectivas prestações de contas dos parceiros para cada fase do projeto
2.13 Trabalhos voluntários
As receitas com trabalhos voluntários são mensuradas ao seu valor justo levando-se em consideração os
montantes que o Instituto haveria de desembolsar, caso contratasse esses serviços em mercado similar.
Conforme estabelecido na ITG 2002 (R1) - Entidade sem Finalidade de Lucros (“ITG 2002”), o Instituto
valoriza as receitas com trabalhos voluntários, inclusive de membros integrantes dos órgãos da administração
no exercício de suas funções.
As receitas com trabalhos voluntários são reconhecidas no resultado do exercício como receitas sociais de
outras doações (nota explicativa n° 13) em contrapartida nas despesas sociais com pessoal (nota explicativa
n° 14).
3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos
A Companhia faz estimativas e estabelece premissas com relação ao futuro, baseada na experiência histórica
e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros. Por definição, as estimativas contábeis
resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que
apresentam um risco significativo de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos
para o próximo exercício estão divulgadas nas respectivas rubricas, conforme notas explicativas abaixo,
quando aplicável.
4 Caixa e equivalentes de caixa
2021 2020
Caixa e bancos
287 248
287 248
15 de 24
INSTITUTO NATURA
5 Títulos e valores mobiliários

2021 2020
Fundo de investimento exclusivo (i) 3.835 3.414
3.835 3.414
(i) Fundo de Investimento Essencial – fundo exclusivo do Grupo Natura o qual é um Fundo de Investimento
Multimercado Crédito Privado sob gestão, administração e custódia do Itaú Unibanco Asset Management. Os
ativos elegíveis na composição da carteira são: títulos da dívida pública, certificado de Depósito Bancário
(CDB), Letras Financeiras e operações compromissadas. Não há prazo de carência para resgate de quotas,
que podem ser resgatadas com rendimento a qualquer momento.
6 Imobilizado
% 2020 Adições Baixas 2021

Valor de custo
(+) Benfeitorias em propriedades de
terceiros 214 - - 214
(+) Móveis e utensílios
192 1 - 193
(+) Equipamentos de informática
91 - - 91
Total custo
497 1 - 498
Depreciação
(-) Benfeitorias em propriedades de
20
terceiros (211) (3) (214)
(-) Móveis e utensílios 7
(171) (9) (180)
(-) Equipamentos de informática 18
(91) (91)
Total depreciação (473) (12) (485)
-
Total geral 24 (11) - (13)
16 de 24
INSTITUTO NATURA

Valor de custo
(+) Benfeitorias em propriedades de
terceiros 214 - - 214
(+) Móveis e utensílios
191 3 (2) 192
(+) Equipamentos de informática
91 - - 91
Total custo (2)
496 3 497
Depreciação
(-) Benfeitorias em propriedades de
20
terceiros (207) (4) (211)
(-) Móveis e utensílios 7 (1)
(153) (19) (171)
(-) Equipamentos de informática 18
(91) (91)
Total depreciação (451) (23) (1) (473)
Total geral 45 (20) (1) 24
7 Direito de uso

Valor de custo
(+) Imóveis
2.104 339 - 2.443
Total custo -
2.104 339 2.443
Depreciação
(-) Imóveis 1,08 (743) (475) (1.142)
76
Total depreciação (743) (475) (1.142)
76
Total geral 1.361 (136) 76 1.301
17 de 24
INSTITUTO NATURA
Obrigações com arrendamento financeiro
A propriedade é a própria garantia do arrendador uma vez que, na falta de pagamento, o bem arrendado
reverte ao arrendador.
O prazo de vencimento do contrato com vigência de 5 anos, foi fevereiro de 2020. Em junho de 2020, foi
firmado um aditivo (6º) em que foram definidos os critérios de cálculo do valor do aluguel para os próximos 5
anos (2020 - 2025), confirmando o ajuste entre as Partes pela prorrogação do contrato.
Foi elaborado o 7º aditivo (7º) ratificando a prorrogação da vigência do contrato (2020 - 2025) e indicando
que, excepcionalmente este ano, foi ajustada a aplicação de um índice de reajuste diferente daquele previsto
em contrato (IPCA em vez de IGPM).
As vidas úteis aplicadas referem-se aos prazos pelos quais o Instituto tem segurança de que utilizará os ativos
objetos dos contratos de arrendamento mercantil observando as condições contratuais. Em 1º de janeiro de
2021 correspondiam ao prazo remanescente dos contratos vigentes na data da transição da norma de
Arrendamentos.
2021 Captações Juros Transferências 2020

Valor de Custo
(+) Principal (1.773) (1) (1.772)

-
Total custo (1.773) (1) (1.772)
- -
Depreciação
(-) Amortização 235 - (66) (301)
Total (66)
235 - (301)
depreciação -
Total geral (1.538) (67) - (1.472)

-
Obrigações com arrendamento financeiro
A propriedade é a própria garantia do arrendador uma vez que, na falta de pagamento, o bem arrendado
reverte ao arrendador.
O prazo de vencimento do contrato com vigência de 5 anos, foi fevereiro de 2020. Em junho de 2020, foi
firmado um aditivo (6º) em que foram definidos os critérios de cálculo do valor do aluguel para os próximos 5
anos (2020 - 2025), confirmando o ajuste entre as Partes pela prorrogação do contrato.
Foi elaborado o 7º aditivo (7º) ratificando a prorrogação da vigência do contrato (2020 - 2025) e indicando
que, excepcionalmente este ano, foi ajustada a aplicação de um índice de reajuste diferente daquele previsto
em contrato (IPCA em vez de IGPM).
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INSTITUTO NATURA
A implementação do IFRS16 se deu com a assinatura do 6° aditivo em junho de 2020. As obrigações com
arrendamento financeiro apresentam os seguintes prazos de vencimento:
8 Empréstimos e financiamentos
2020 Captação Pagamento Juros 2021

Empréstimos e
financiamentos (5.006) (15.204) 5.006 102 (15.102)
Total (5.006) (15.204) 5.006 102 (15.102)
O empréstimo bancário contratado em 09 de dezembro de 2021 possui vencimento em 06 de junho de 2022.

O mesmo foi contratado com taxa de juros 100% Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) composto com
a taxa fixa de 1,450% ao ano exponencial a ser paga através de uma única parcela debitada em conta. Não
há garantia oferecida conforme consta em contrato de crédito bancário.
9 Fornecedores e outras contas a pagar
2021 2020
Fornecedores internacionais - (25)
Fornecedores nacionais (i) (516) (590)
Provisões de contas a pagar (ii) (342) (726)
(858) (1.341)
(i) As atividades administrativas de suporte (contábil, financeiro, jurídico, tecnologia da informação,

etc.) são executadas pela Natura Cosméticos S.A. e cobradas do Instituto. Em 31 de dezembro
de 2021, o Instituto possuía um saldo a pagar para a Natura Cosméticos S.A. de R$15 (R$15 em
31 de dezembro de 2020).
(ii) Refere-se às provisões de despesas diversas para atender ao regime de competência.
10 Obrigações trabalhistas e tributárias
2021 2020
Salários a pagar (990) (678)

Encargos sociais sobre folha (514) (406)
Provisão para férias e encargos (645) (501)
(2.149) (1.585)
19 de 24
INSTITUTO NATURA
2021 2020
INSS - (6)
IRRF (148) (124)
ISS (9) (19)
Outros (180) (50)
(337) (199)
11 Provisões para contingências

2021 2020
Trabalhistas (i) (469) (469)

(469) (469)
(i) O saldo apresentado consiste em riscos trabalhistas compostos majoritariamente por encargos (INSS
e IR). Adicionalmente, em 2020 houve mudança estratégica do Instituto, onde formadores foram
substituídos por consultores (terceiros), melhorando a abordagem de atuação, além de mitigar
eventuais riscos trabalhistas. O valor não foi atualizado monetariamente, visto que o mesmo será
revertido em 2022 diante do não mais risco de ações.
12 Patrimônio social
Patrimônio social
(Passivo à descoberto) Déficit Total
acumulado
Em 1o de janeiro de 2021 162 (5.152) (4.990)
Déficit do exercício - (9.858) (9.858)
Em 31 de dezembro de 2021 (i) 162 (15.010) (14.848)
O fundo patrimonial é formado por 10% do valor de doações recebidas das associadas patrocinadoras,
quando estas não forem destinadas a projetos específicos. Visa garantir a sustentabilidade e a perpetuação
do patrimônio e objeto social do Instituto Natura. A utilização do fundo patrimonial é aprovada, quando
necessária, em Assembleia Geral.
Em 31 de dezembro de 2021, o total acumulado de destinações ao fundo patrimonial classificado como

patrimônio social era R$ 162 (R$ 162 em 2020).
(i) Déficit acumulado
Em 31 de dezembro de 2021, o déficit acumulado é de R$ 15.010 (déficit de R$ 5.152 em 2020).
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INSTITUTO NATURA
13 Receitas sociais
2021 2020
Doações Crer Para Ver (i) 36.789 37.742

Trabalho Voluntário (iii) 600 517
Outras doações (ii) 4.127 2.681
RECEITAIS SOCIAIS 41.515 40.940
(i) Doação da Natura Cosméticos S.A. e suas subsidiárias do Brasil, que está associada ao repasse
do resultado líquido das vendas da linha de produtos Natura Crer Para Ver, acrescidas das
despesas de Head.
(ii) Doações recebidas de outros Institutos e Fundações para destinação em projetos coordenados
pelo Instituto Natura para investimento nas ações onde atuamos.
(iii) Trabalho voluntário dos integrantes do Conselho de Administração. O trabalho e serviço

voluntário obtido não gerou desembolso de caixa para o Instituto Natura e refere-se aos
honorários do conselho de administração. Caso houvesse necessidade de desembolso de caixa
para esta finalidade o Instituto Natura estima que teria desembolsado o valor aproximado de R$
599.519,94 (2021 – R$ 517.385,00), conforme demonstrado a seguir:
2021 2020
Honorários Valor / Hora Valor / Hora Valor / Hora Valor / Hora
Conselho de Administração 7.508 599.520 7.287 517.385
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INSTITUTO NATURA
14 Despesas sociais
2021 2020
Gerais e administrativas
Pessoal (i) 935 1.279

Consultorias e serviços intelectuais (iv) 329 206
Manutenção e conservação 626 561
Outras despesas (v) 72 101
Comunicação e eventos (v) 13 18
1.975 2.165
Projetos
Consultorias e serviços intelectuais (iii) 20.879 13.321

Doações realizadas (ii) 14.592 11.388
Pessoal (i) 8.650 7.707
Outras despesas 1.602 1.434
Formações para projetos (iii) - 193
Comunicação e eventos 3.240 3.212
Despesas com logística (v) 163 192
49.126 37.447
Total 51.101 39.612
(i) Tivemos a saída de colaboradores do Instituto no ano de 2021 que não foram respostas dentro do
mesmo ano. Apesar da redução no administrativo, os projetos mantiveram seu pessoal, sendo o
aumento decorrente dos ajustes / dissídio previstos em lei (CLT), bem como, subsídio internet.
(ii) Doações realizadas pelo Instituto são direcionadas para organizações parceiras. O aumento se deu
para viabilização da expansão e maior abrangência do projeto de alfabetização, ensino médio em
tempo integral e Agendas Prioritárias de Educação.
(iii) Em decorrência da mudança estratégica do Instituto, os formadores foram substituídos por
consultores (terceiros), melhorando a abordagem de atuação, além de mitigar eventuais riscos
trabalhistas. Esta mudança refletiu nesta rubrica, especialmente pelo aumento na capacidade
produtiva (uma vez que o Instituto não é mais responsável por gerenciar os formadores).
(iv) Contratação de empresa para consultoria em projetos Resource (Projeto CPV 130k).
(v) Redução nas despesas gerais de escritório como táxi, coffeebreak, material de escritório, serviços
de motoboys e outros.
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INSTITUTO NATURA
15 Receitas (despesas) financeiras

2021 2020
Receitas financeiras
Juros com aplicações financeiras 339 79
Outras receitas 52 15
391 94
Despesas financeiras
Juros com empréstimos (193) (27)
Juros com arrendamento mercantil (171) (116)
Outras despesas financeiras (i) (299) (39)
(663) (182)
Resultado financeiro líquido (272) (88)
(i) Variação ocorreu devido a despesas com empréstimo efetuado em 2021 no valor de R$
15.000.000,00 diante de 2020 onde pegamos um valor de R$ 5.000.000,00. Os valores decorrem
de juros e IOF.
16 Remuneração da administração
Conforme previsto no Estatuto Social do Instituto, o Conselho de Administração do Instituto, através de

Assembleia Geral, é responsável por instituir a remuneração para os dirigentes do Instituto, nos termos da Lei
nº 9.790/99, que atuarem efetivamente na gestão executiva. Os membros do Conselho de Administração
do Instituto não são remunerados por suas funções estatutárias e têm sua dedicação contabilizada conforme
descrito na nota explicativa n° 3.11 “Trabalho Voluntário”. O Conselho de Administração é responsável por
instituir a remuneração para os demais dirigentes do Instituto, nos termos da Lei nº 9.790/99, que atuarem
efetivamente na gestão executiva.
17 Renúncia fiscal
O Instituto está sujeito a determinados tributos objetos da renúncia fiscal para os exercícios findos em 31 de
dezembro de 2021 e 2020. No julgamento da Administração, para fins de atendimento às divulgações exigidas
pela ITG 2002(R1), a renúncia fiscal engloba o Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação de
Quaisquer Bens ou Direitos - ITCMD, o Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ e a Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido - CSLL.
O ITCMD está previsto na Constituição Federal art. 155 , I. O Instituto Natura é isento do mesmo conforme
Lei nº 10.705/2000 do Estado de São Paulo por se tratar de uma instituição sem fins lucrativos cujo objetivo
social está vinculado à promoção dos direitos humanos.
23 de 24
INSTITUTO NATURA
18 Evento subsequente
A administração do Instituto está avaliando os impactos econômico-financeiros decorrentes do COVID-19 em

seus negócios e os riscos e incertezas existentes. Com base nas melhores informações internas e de fontes
externas disponíveis, a administração não vislumbra impactos no que diz respeito à continuidade operacional
do Instituto, nas estimativas contábeis registradas para realização de ativos ou relacionadas à provisão de
obrigações em suas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2021.
19 Aprovação para emissão das Demonstrações Financeiras
As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas para publicação pelo Conselho de Administração
do Instituto em reunião realizada em 18 de abril de 2022.
Diretoria
Presidente
David Saad
Gerente de Finanças e Governança

Rodolfo Luque Simões
Responsável Técnico
Valéria Adegas
Gerente RTR
CRC: 1SP234636
Controller
Alessandra Segatelli
Controller Financeira Latam
* * *
24 de 24

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Relatório do auditor independente

Examinamos as demonstrações financeiras do Instituto Natura ("Instituto"), que compreendem o balanço

A administração do Instituto é responsável pela elaboração e adequada apresentação das

• Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras,

• Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade

• Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as

São Paulo, 19 de abril de 2022

PricewaterhouseCoopers Rodrigo Lobenwein Marcatti

2021 2020 2021 2020

Caixa e equivalentes de caixa (Nota Empréstimos e financiamentos

Total dos passivos circulantes 18.812 8.397

NÃO CIRCULANTES NÃO CIRCULANTES

Imobilizado (Nota 6) 13 24 Arrendamento Mercantil (Nota 7) 1.172 1.206

Patrimônio Social (Nota 12) 162 162

Total do passivo a descoberto (14.848) (4.990)

TOTAL DOS PASSIVOS E PASSIVO A

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

DESPESAS SOCIAIS (NOTA 14)

Receitas financeiras (Nota 15) 391 94

(DÉFICIT) / SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO (9.858) 1.240

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

(DÉFICIT) / SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO (9.858) 1.240

Outros resultados abrangentes - -

Total do resultado abrangente do exercício (9.858) 1.240

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Superávit/(déficit) do exercício - 1.240 1.240

Em 31 de dezembro de 2020 162 (5.152) (4.990)

Superávit/(déficit) do exercício - (9.858) (9.858)

Em 31 de dezembro de 2021 162 (15.010) (14.848)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

(Déficit) / Superávit do período (Nota 12) (9.858) 1.240

Ajustes de receitas e despesas não envolvendo caixa:

Atualização monetária sobre Provisão para contingências (Nota 11) - 11

AUMENTO/(REDUÇÃO) DOS ATIVOS E PASSIVOS

CAIXA (UTILIZADO) / GERADO NAS ATIVIDADES SOCIAIS (9.737) 1.758

OUTROS FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES SOCIAS

CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO NAS ATIVIDADES SOCIAIS (14.677) (5.659)

CAIXA UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Aquisições (venda) de imobilizado e intangível (Nota 6) (340) 447

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 39 (110)

Saldo inicial do caixa e equivalentes de caixa 248 358

AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 39 (110)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

1.1 Contexto operacional

1.2 Eventos relevantes do exercício

Durante o exercício de 2021, o Instituto apresentou:

1.3 Efeitos da pandemia provocada pela COVID-19

2 Resumo das principais políticas contábeis

2.1 Base de preparação

As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade,

2.2 Moeda Funcional

(a) Moeda funcional e moeda de apresentação

(b) Operações e saldos

2.3 Caixa e equivalentes de caixa

2.4 Instrumentos financeiros

Ativos financeiros não derivativo