Exto Argumentativo É Aquele Que Tem Como Principais Características Defender Uma Ideia

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exto argumentativo é aquele que tem como principais características

defender uma ideia, hipótese, teoria ou opinião e o objetivo de convencer o


leitor para que acredite nela. Tem uma estrutura bem definida: apresenta
sua tese e depois a defende.
Paula Pinheiro
6 fev, 18 | Leitura: 16min

Lembra-se de quando você tinha que produzir incontáveis textos argumentativos para se
preparar para o Enem durante o ensino médio ou cursinho? Provavelmente, você deve ter
se cansado de ler, estudar e se posicionar sobre os assuntos do momento, fazer diversas
propostas de intervenção com um único objetivo: convencer o leitor acerca do seu ponto de
vista sobre o tema.

Mas quais são as características do texto argumentativo?


Texto argumentativo é aquele que tem como principais características defender uma ideia,
hipótese, teoria ou opinião e o objetivo de convencer o leitor para que acredite nela. Tem uma
estrutura bem definida: apresenta sua tese e depois utiliza justificativas e alegações com o
propósito de persuadir a sua audiência.

A boa notícia é que a maioria dos tópicos que você aprendeu nas aulas de redação da escola e
do cursinho podem ajudar bastante, hoje, no conteúdo que você produz para a web. Sim! Isso
porque há vários elementos nos textos argumentativos que também são utilizados na escrita
para internet.

Ou seja, dá para investir seus conhecimentos passados em sua carreira como redator.
Maravilha, não é mesmo? Veja o que será abordado a seguir:

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Gostou? Então, acompanhe agora nosso post e relembre técnicas de estudante para escrever
com a excelência de um profissional!

Introdução
Diferentemente da experiência do estudante, que, com certeza, terá sua redação lida até o
final, esse é um momento crucial para o produtor de conteúdo web: é quando o leitor decide
se segue o texto ou não. Bom, e sem uma introdução, no mínimo, interessante, o leitor
definitivamente não continuará até o fim.

Algumas dicas que contaremos a seguir podem te ajudar a delinear o início do texto de uma
maneira mais atraente. Entretanto, existe uma característica infalível de bons textos
argumentativos que pode ser aplicada a todos os seus blog posts. Todos? Sim, todos. E qual
é? Seja claro e objetivo!

Trazendo clareza e objetividade ao texto


Dar clareza e objetividade ao texto demonstra conhecimento, segurança e autoridade sobre o
tema que está se discorrendo. Portanto, nesse primeiro momento, é interessante usar citações
de impacto, perguntas retóricas ou dados e exemplos que reforcem aquilo que você deseja
falar. Na prática, mais elementos em comum com o texto argumentativo, está vendo?

Só que, no marketing de conteúdo, há alguns adendos: contar histórias e fazer perguntas que
a persona certamente faria para si são bons caminhos para engajar o seu leitor logo nas linhas
iniciais. A sugestão é sempre entender bem o perfil da pessoa com quem seu texto vai
dialogar. Agora vamos a alguns exemplos e tipos de introdução:

Narração
“Joana tem 18 anos e deseja cursar jornalismo na faculdade. Hoje, sua vida no cursinho pede
escolhas e a jovem já sabe: terá de estudar, no mínimo, oito horas por dia para alcançar seu
sonho. Assim como Joana, há milhares de jovens brasileiros que passam a maior parte do dia
debruçados sobre livros. Será mesmo que o modelo vigente de ensino funciona no país?”

Esse é um exemplo de introdução para o texto argumentativo que traz a história de um


personagem para reforçar a postura do escritor, nesse caso, sobre o modelo tradicional de
educação.

Claramente, percebe-se que ele vai questionar o sistema atual de ensino. Ponto positivo, pois
o leitor já nota que o autor está disposto a não encher linguiça.

Definição
Outra possibilidade para entregar valor já no início do seu texto é conceituando o tema sobre
qual vai escrever. Por exemplo, neste post, uma boa dica seria começar:

“Textos argumentativos são aqueles que apresentam recursos, justificativas e alegações com
o objetivo principal de persuadir o leitor sobre determinado ponto de vista. Mas será mesmo
que é possível usar elementos desse tipo textual também para escrever blog posts? Será que
é simples recordar desses recursos para construir um bom texto dissertativo?”

Citação
“A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a
imaginação abrange o mundo inteiro”

A frase do cientista Albert Einstein pode ser um convite à reflexão sobre o número de horas
que os jovens brasileiros têm de investir estudando matérias como física, química ou
matemática para conseguir ingressar no ensino superior. Será mesmo que o sistema de
educação brasileiro está formando pessoas?

Trazer a ideia de outras pessoas ao seu texto pode conferir mais credibilidade ao seu ponto de
vista. Esse elemento pode se tornar um valioso ponto de conexão com o leitor, uma vez que a
citação desperte sua atenção sobre o tema.
Leituras recomendadas para escrever a melhor introdução possível:
➤ Como fazer uma introdução perfeita: guia DEFINITIVO para seus textos!
➤ Como Escrever Parágrafos de Introdução: guia completo em 6 passos!
➤ Como escrever bem: 39 dicas que você não pode ignorar!

Estrutura
Todo texto argumentativo — não importa se é um artigo de opinião, uma dissertação do
Enem ou um blog post — deve apresentar 3 elementos:

1. A tese, ou seja, o ponto de vista que será defendido, da qual já falamos;


2. Os argumentos, que sustentam esse ponto de vista;
3. A conclusão, que condensa e reforça o que foi apresentado.
Talvez você esteja pensando que, nos tempos de cursinho, viu essa divisão com os nomes de
introdução, desenvolvimento e conclusão. Bom, qualquer texto que se preze, seja ele
argumentativo ou não, precisa ter introdução, desenvolvimento e conclusão.

Agora, no caso dos textos argumentativos, existem várias estruturas que são possíveis.

Vamos ver algumas delas mais a fundo:

Começando pela tese


Essa é a estrutura tradicional e indicada para quem vai prestar Enem. O texto se inicia com
a apresentação da tese na introdução, que é defendida pelos argumentos desenvolvidos nos
parágrafos seguintes e, por fim, retomada na conclusão, agora com o reforço dos argumentos
elencados.

Começar pela tese é uma boa maneira de construir uma introdução sucinta e honesta, que
diz rapidamente para o leitor qual é o objetivo daquele texto.

Começando pelos argumentos


Nesse caso, os argumentos são apresentados primeiro e seu desdobramento lógico leva à tese.
A ideia é conduzir o raciocínio do leitor, de maneira que ele chegue à mesma conclusão que
o texto à medida que lê.
Essa é uma boa estrutura para causar curiosidade ou para apresentar opiniões controversas,
que podem fazer com que o leitor se feche aos argumentos caso sejam compartilhadas logo
no início.

Um bom exemplo de formato de texto para a web que geralmente é construído seguindo essa
estrutura são aqueles que explicam ao leitor por que investir em um CRM (ou qualquer que
seja o produto), por exemplo, pode ser benéfico para a empresa.

Cada intertítulo é um argumento a mais e, ao final, costuma haver uma frase sintetizando
todas as vantagens, que cumpre o papel de tese do texto.

Estratégias argumentativas
Antes de entrar de cabeça nas estratégias que podem melhorar seus textos argumentativos,
uma pergunta: você sabe a diferença entre estratégia e argumento?

Explicando resumidamente, argumento são todas as informações que você usa para defender
seu ponto de vista. Já as estratégias são as maneiras como você expõe, articula e apresenta
essas informações.

Aqui, nos aproximamos bastante dos campos da retórica e da lógica, áreas de estudo da
Filosofia. E você pensou que aquelas aulas meio entediantes do ensino médio nunca mais
seriam úteis!

Mas, não precisa tirar seu livro de escola do armário, porque vamos te explicar sobre algumas
estratégias argumentativas que você pode usar nos seus textos:

Analogia
A analogia é uma figura de linguagem que consiste em estabelecer paralelos e semelhanças
entre situações, a princípio, distintas.

Com isso, é possível aproximar a situação em questão das experiências vividas pelo seu leitor
(ou, no caso do marketing de conteúdo, pela sua persona), simplificando o entendimento de
algo fora da sua realidade.

Quando bem aplicada, essa estratégia permite aumentar o apelo emocional do texto (sobre
o qual vamos falar daqui a pouco). Para isso, porém, é preciso garantir que ela não seja
simplista demais.
Para aprender mais e dominar de vez as Figuras de Linguagem, confira:
• Confira as 15 Figuras de Linguagem mais comuns e aprenda a usá-las!
• O que é Metáfora? Entenda essa figura de linguagem com exemplos!
• Você sabe o que é símile? Conheça essa figura de linguagem
• Ainda não sabe o que é analogia? Tire suas dúvidas agora mesmo!
• Antítese, hipérbole e eufemismo: aprenda sobre as figuras de pensamento
• Aprenda a contar histórias incríveis com Figuras de Linguagem

Apelo emocional
Essa estratégia tem a ver com algo chamado pathos, termo que, para os gregos, designava a
paixão e o sentimento. A ideia aqui é despertar a emoção no seu leitor, a fim de conquistar o
lado emocional que faz parte da formação de qualquer opinião, por mais racional que ela seja.

Para escrever um texto com bastante apelo emocional, é importante conhecer as dores da sua
persona e elencar argumentos próximos da sua realidade.

Apesar do nome “apelo emocional”, porém, o ideal é não exagerar demais. Afinal, você não
quer que seu texto fique com um tom excessivamente piegas e meloso!

Prolepse
Esse é o nome chique que se dá à estratégia de se antecipar aos argumentos do seu
interlocutor (no caso de um texto, do seu leitor).

Essa estratégia é facilmente observada em debates políticos, em que um candidato, já


conhecendo as pautas de seu adversário, desconstrói seus argumentos antes mesmo que ele
possa apresentá-lo, exigindo dele jogo de cintura para contra-argumentar.

A prolepse pode ser usada, por exemplo, para estruturar um texto sobre a importância de se
manter fisicamente ativo. Você pode começar sua produção listando as principais objeções às
atividades físicas (é difícil encontrar tempo, fazer exercícios é chato) e desconstruir cada uma
delas em um intertítulo.

Materiais recomendados para escrever textos impecáveis:


➤ Guia definitivo do texto perfeito: do brainstorm às técnicas de persuasão
➤ Guia de produção de conteúdo para web 2.0
➤ Glossário de Produção de Conteúdo para Web
➤ Cartilha de escrita humanizada
➤ Guia prático de português e gramática para web atualizado
➤ Checklist interativa de revisão
➤ ABC do Copywriting

Tipos de argumento
Agora que você já conhece algumas estratégias que podem te ajudar no seu texto, vamos ver
alguns tipos de argumento que você pode usar para sustentar sua tese:

Argumento de autoridade
Esse argumento toma emprestada a credibilidade da sua fonte, como um instituto de pesquisa,
um pesquisador ou uma testemunha, tão importante para os jornalistas.

Como a força desse argumento vem justamente da sua fonte, é fundamental incluir links para
as pesquisas mencionadas ou citar a instituição por trás delas. Dizer “pesquisas apontam” é
o mesmo que não dizer nada, justamente porque, quando você faz isso, está deixando de
fora a credibilidade do argumento.

Vale mencionar também que, quando você está escrevendo como ghost writer (o que é o
caso da maioria das produções de conteúdo para a web), a sua própria autoridade não
significa nada, pois o seu nome não está atrelado ao texto.

Não importa se você for phD no assunto sobre o qual está escrevendo: será necessário
sustentar seus argumentos com fontes verificáveis e confiáveis.

Argumento de ilustração
Aqui, trata-se usar exemplos para confirmar que os pontos levantados são, de fato,
observáveis na realidade. Vale mencionar que os exemplos não precisam ser apenas
positivos: se a ideia é comprovar, por exemplo, a necessidade de colocar uma coleira de
identificação no seu cãozinho, você pode citar tanto casos em que a presença da coleira teve
final feliz como situações em que, por não ter identificação, o animal não foi encontrado.

Argumento por lógica


Você, provavelmente, já viu por aí aqueles exercícios simples de lógica, compostos de 3
sentenças, como “Todo homem é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal”. Essa é
a estrutura básica de qualquer argumento lógico.

Mas não se preocupe: não é preciso dividir todo o seu texto em premissas e conclusões e
tentar entender o raciocínio lógico entre elas. Argumentar por lógica é bem mais simples do
que isso — relações de causa e consequência e de condicionalidade são excelentes exemplos
de argumentos lógicos.

Falácias lógicas: como evitá-las!

Primeiro, vamos à definição das falácias, que nada mais são do que tentativas de convencer o
leitor por meio de informações que não seguem uma lógica coerente. Na prática, por
exemplo, significa usar argumentos desconexos para criar um apelo emocional exagerado ou
deturpar o argumento de uma pessoa para um contra-ataque mais impactante.

Ou seja, na verdade, essa é uma maneira de enfraquecer o seu argumento. Então, evitar
alguns caminhos que nos induzem ao uso dessas falácias é ideal. Utilizando o exemplo citado
acima, seria algo nesse sentido: “Todo homem é mortal. Sócrates é homem. Joana não é
homem. Logo, Joana é imortal”. Oi?

Portanto, não seja esse redator que usa esse tipo de argumento por lógica utilizando uma
sequência non-sense para sustentar seu ponto de vista.

Outro exemplo que você deve evitar é apelar para a popularidade de um argumento não
válido como forma de referendar seu posicionamento. São aquelas alegações sobre as quais a
maior parte das pessoas certamente concordaria, mas que não são, de fato, verdadeiras.

Exemplos desse uso são muito comuns em discursos e textos que falam sobre senso de
justiça, por exemplo, ao avaliar quem deveria estar ou não custodiado. Tão logo identifique
as falácias lógicas no seu texto, retire-as.

Conclusão
Essa etapa do texto é ideal para retomar o seu ponto de vista, reforçá-lo e, se possível,
aproximá-lo da realidade. No caso do marketing de conteúdo, um bom caminho é sugerir à
persona como aquele blog post pode ser útil na vida dela ou, quem sabe, convidá-la a estudar
mais sobre o tema sobre o qual discorre.
No geral, esse é o momento em que o autor do texto diz ao leitor: eu me importo contigo,
desejo que você aprenda e quero te oferecer ainda mais conteúdo.

Outro atributo importante de uma boa conclusão é incluir a chamada para ação, em inglês
intitulada call to action. Ela deve indicar o passo seguinte que você deseja que o leitor faça a
partir do seu texto, como compartilhar conteúdo nas redes sociais, deixar comentário ou
baixar e-book.

Para os casos do texto argumentativo, essa é a hora em que você tem para finalizar a
conversa, apresentando uma solução e/ou sugestão para o problema posto. Mais uma vez,
lembre-se: momento para ser sucinto e direto… Sem delongas!

Bom, fale a verdade: você imaginou que tivesse tanta coisa por trás das redações que você
escrevia se preparando para o Enem? Ou que poderia aplicar todo esse conhecimento na sua
carreira como redator? Pois bem, nós também não!

Confira outros conteúdos para aprender como cativar o seu leitor produzindo textos
incríveis! ✍️
• Como escrever bem: 39 dicas para começar agora
• Como fazer uma introdução perfeita: o guia definitivo
• Como fazer uma conclusão perfeita!
• Storytelling: tudo sobre a arte de contar histórias inesquecíveis
• Copywriting: entenda como dominar a escrita persuasiva
• O que é resenha e qual é a diferença para o resumo?
• Como fazer uma resenha: o passo a passo definitivo para uma resenha perfeita

Dicas para elaborar argumentos


melhores
A principal característica de um bom texto argumentativo é ser convincente. Chamar a
atenção do leitor para um ponto de vista, dissertar sobre um tema controverso ou
simplesmente vender um produto certamente é uma tarefa difícil, já que todos possuímos
pensamentos distintos e baseados em experiências únicas.

Por isso, utilizar justificativas que sejam cabíveis é necessário. Não adianta, você não
seduzirá alguém apenas impondo uma opinião ou determinando uma posição. O leitor possui
suas próprias convicções e, certamente, não mudará de ideia no caso de uma argumentação
maldotada.

Pense em uma discussão do dia a dia. Falácias e gritos não terão o resultado esperado, e
podem até ter o efeito contrário.

Por isso, a seguir, apresentamos uma série de dicas para elaboração de argumentos que
convencem e convertem.

Use dados estatísticos


As pesquisas são um dos melhores métodos para provar que algo faz sentido. Os números não
mentem, são exatos, diferentemente das opiniões, que são subjetivas.

Por exemplo, você sabia que apenas 8% dos brasileiros são capazes de se expressar
corretamente? Isso reforça ainda mais a importância dos textos argumentativos, que é o
foco desse conteúdo. Percebe como isso traz força ao artigo?

É claro que a credibilidade do realizador da pesquisa também conta muito. Por isso, vale
citar que os dados apresentados foram coletados em parceria pelo Instituto Paulo Montenegro
(IPM) e a ONG Ação Educativa no ano de 2016. Como organizações sérias, o leitor
provavelmente acreditará nas informações.

Por isso, as estatísticas são um elemento fundamental para elaborar uma redação perfeita.
Elas trazem um elemento extra e, muitas vezes, incontestáveis sobre o que foi dito.

Em uma sala de aula, o professor faz uma pergunta aos alunos: qual é a maior empresa do
mundo? Alguns alunos se propõem a respondê-la.

Um deles diz que é a companhia X, pois possui maior receita. Outro acha que é a empresa Y,
por apresentar um maior valor em branding. Um terceiro alega que é a organização Z, que
possui maior infraestrutura e número de funcionários.

Perceba que nenhum deles está errado, mas utilizam dados relevantes para fortalecer seus
argumentos. Não menospreze o valor das estatísticas.

Recorra ao storytelling
Há alguns dias, fui assistir a um jogo de futebol em um desses botecos de esquina. Cruzeiro e
Atlético se enfrentavam pelas semifinais do Estadual.
De repente dois bêbados começaram a discutir, um representante de cada time, é claro. O
primeiro disse que o Cruzeiro é o maior time das Minas Gerais, pois tem a maior torcida e o
maior número de títulos. O outro o contrariou, dizendo que o Atlético venceu mais estaduais,
tem a torcida mais apaixonada e revela mais jogadores para o exterior.

Um terceiro indivíduo se aproxima:

— Nada disso. O maior time de Minas é o América.

Indignados, os outros dois torcedores questionam o rapaz. Querem saber o motivo da


alegação, ao que ele responde:

— Ora, é simples. Eu não estou bêbado.

O exemplo anterior é uma anedota contada pelos mineiros. O recurso de contar


histórias para revelar um ponto de vista é muito bem-vindo em redações. Elas facilitam a
compreensão do leitor e os mantém atentos ao próximo parágrafo.

Nota do editor:
Para aprender mais sobre Storytelling e melhorar seus textos argumentativos, confira
nosso Minicurso gratuito sobre a arte de contar boas histórias.

Cite fontes
No mundo atual, com o advento da internet e o empoderamento do consumidor, as pessoas
são influenciadas o tempo todo. Por isso, não nenhum exagero dizer que a autoridade nunca
foi tão relevante.

Pense bem: se há alguns anos alguém lhe dissesse que o design de um produto é tão
importante quanto à performance, provavelmente você duvidaria. Foi o que ocorreu em uma
das palestras de Steve Jobs e, apenas depois disso, a experiência do usuário se tornou
prioridade para muitos segmentos do mercado.

Isso porque a visão de especialistas tende a ser ouvida e considerada. Tente focar em
autoridades sobre o assunto em questão.

Se você defende o desenvolvimento sustentável, vale à pena citar a opinião do ambientalista


Carlos Bochuhy para reforçar o argumento. Caso pretenda criticar a soberania norte-
americana sobre as demais nações do continente, que tal apresentar o documentário sobre o
tema do diretor Michael Moore? E se precisar salientar os malefícios do tabaco ao corpo
humano, traga à tona uma citação do médico Dráuzio Varella.

Certamente, as pessoas se sentirão muito mais confortáveis ao ouvirem alguém que entende
do assunto.

Evite o absolutismo
Esse é um termo muito mais utilizado em questões políticas do que nos demais assuntos, não
é mesmo? Porém, em uma redação, é muito comum encontrar esse tipo de construção.

Aqui, a dica é simples: afaste-se de opiniões contundentes e sem margem para contestação.
Lembre-se de que muitos leitores podem discordar, então, não haja como se fosse o dono da
razão.

Em vez disso, tente convencê-lo por meio de ideias e esteja aberto à discussão. Às vezes, vale
a pena inclusive citar contrapontos, para mais tarde desmantelá-lo. O seu posicionamento
pode gerar polêmicas, o que é bom, desde que não ultrapasse os limites do respeito.

Concorde para gerar empatia


Uma das técnicas de persuasão mais conhecidas é a geração de empatia. Você pode, por
exemplo, colocar-se no lugar do leitor. Ao se enxergar em determinada situação, ele
certamente continuará a leitura em busca de resolver os próprios problemas ou aprender mais
sobre o assunto.

Um bom exemplo, neste próprio texto, seria iniciá-lo assim:

“Não é fácil redigir um texto argumentativo. Convencer alguém de que o seu ponto de vista é
o correto é uma dificuldade para muitos redatores de conteúdo e vestibulandos.”

Mais à frente, o leitor teria a resposta para essa pergunta. Ao fazer isso no início, você tem a
chance de capturar a sua atenção logo de cara, mas é possível utilizar o recurso ao longo do
artigo.

Agora que você já sabe como deixar seus textos argumentativos e produções para web
calibradas, confira nosso super guia para escrever o texto perfeito!
Um texto argumentativo tem como objetivo convencer alguém das nossas ideias. Deve ser
claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer tema ou assunto.
É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a ideia no ar, depois o desenvolvimento
deve referir a opinião da pessoa que o escreve, com argumentos convincentes e verdadeiros, e
com exemplos claros. Deve também conter contra-argumentos, de forma a não permitir uma
interpretação duvidosa. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo que responda ao primeiro
parágrafo, ou simplesmente com a ideia chave da opinião.
Geralmente apresenta uma estrutura organizada em três partes: a introdução, na qual é
apresentada a ideia principal ou tese; o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a
ideia principal; e a conclusão. Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser de
diferentes tipos: exemplos, comparação, dados históricos, dados estatísticos, pesquisas, causas
socioeconômicas ou culturais, depoimentos – enfim, tudo que possa demonstrar o ponto de vista
defendido pelo autor tem consistência. A conclusão pode apresentar uma possível
solução/proposta ou uma síntese. Deve utilizar título que chame a atenção do leitor e utilizar
variedade padrão da língua.
A linguagem utilizada normalmente é impessoal e objetiva.
O texto técnico, também conhecido como texto técnico-cientifico, é um gênero textual no
qual geralmente escritos por especialistas, assumindo termos específicos e linguagem formal.[1]
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) conceitua o artigo científico como "parte
de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas,
processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento".[2] Na coleção “Normas para a
apresentação de documentos científicos”, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) considera
o artigo técnico-cientifico como um "trabalho escrito por um ou mais autores, com a finalidade de
divulgar a síntese analítica de estudos e resultados de pesquisas. Formando a seção principal
em periódicos especializados, artigos, ensaios e outras colaborações, estes devem seguir as
normas editoriais do periódico a que se destinam".[3]
A partir do tratamento dispensado à temática, os artigos técnico-científicos podem ser
classificados em dois tipos: a) originais, quando apresentam abordagens ou assuntos inéditos;
b) de revisão, quando abordam, analisam ou resumem informações já publicadas.
A compreensão desse tipo de texto dificilmente se dá de forma automática, já que é necessário
assimilar os conceitos e termos da linguagem de especialidade em questão. Em outras palavras,
são necessárias chaves de acesso que permitam a compreensão do texto.

Linguagem utilizada[4]
Para evitar possíveis “confusões” presentes na comunicação, o texto técnico-científico utiliza-se
da linguagem de especialidade, que visa uma comunicação rápida e precisa entre os
profissionais, estudantes e pesquisadores de uma determinada área, para que haja maior
desempenho na execução de suas funções. É a linguagem utilizada numa dada área que
engloba tanto a terminologia como as formas de expressão específicas da área em questão, não
se limitando apenas a terminologia, mas incluindo termos funcionais, propriedades sintáticas e
gramáticas e aderindo a convenções próprias (como evitar a voz passiva, por exemplo).
Durante uma cirurgia, por exemplo, a equipe médica precisa se entender rapidamente para que
a atividade seja bem-sucedida. Logo, os cirurgiões devem dominar uma linguagem de
especialidade com significados bem delimitados, precisos e que sejam compreendidos por todos
os participantes.
São características da linguagem de especialidade:

 Termos e significados restritos, instrumentos essenciais para a construção da coerência dos


textos técnico-científicos;
 Construção de signos monossêmicos;
 Resultada de consensos conceituais existentes dentro do campo científico ou tecnológico,
que podem sofrer alterações mediante novas descobertas na área;
 Tem como propósito a educação especializada e a comunicação entre especialistas da
mesma área;

Características
São características do texto técnico-cientifico, segundo Jacinto Martín:[4]

 Universalidade: no momento em que o pesquisador torna publica a sua investigação ele


pretende que esse resultado alcance maior difusão e seja útil para todas as pessoas;
 Objetividade: o modo como o texto é escrito evita subjetividades, eliminando a opinião do
autor;
 A significação de vocábulos científicos é denotativa;
 O objetivo da ciência é demonstrar o conhecimento dos fenômenos, portanto é necessário
apresentar provas suficientes para corroborar a veracidade das pesquisas e dos resultados
apresentados.
 A função de linguagem predominante nesse tipo de texto é a referencial, pelo seu caráter
explicativo e denotativo, com intercâmbio de conhecimento e definições. Além disso, a
explicação continua e a produção abundante de termos se apoiam na função
metalinguística;
 A formalização cientifica da linguagem, gerando terminologias e conjunto de termos com
significados designativos;
 Coerência: uma vez empregado um termo no início do texto, esse deve se manter até o fim
do discurso, para que a precisão e a clareza sejam alcançadas;
 Rigor, precisão e coerência devem ser ligados de forma elegante no momento da escrita.

Tipos
Tipos de texto técnico-
Características
científicos

Textos minuciosos que tratam de explicar uma experiência. Estrutura


Expositivos formada por hipótese, detalhamento da experiência e conclusões que
afirmam a posição inicial.

Mais técnicos do que científicos, tratam da utilização de um


Descritivos
instrumento ou de operações prefixadas.

Discussão de uma teoria ou uma tese sobre uma experiência ou


fenômeno. Estrutura geralmente formada pelo estado atual do
Argumentativos problema,

pela demonstração da tese e de seus argumentos contrastando com


ideias opostas; a conclusão vai de acordo com a hipotese inicial.

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