PP-1PBR-00392 - Avaliação e Gestão de Riscos Operacionais Relacionados A SMS
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PP-1PBR-00392 - Avaliação e Gestão de Riscos Operacionais Relacionados A SMS
PP-1PBR-00392 Versão C
Padrão ATIVO
AVALIAÇÃO E GESTÃO DE RISCOS OPERACIONAIS RELACIONADOS A SMS
Aprovado por Fabio Leandro Rossi/BRA/Petrobras (SMS/ECE/SP) em 16 de dez de 2022 | Gerido
por SMS/ECE/SP
1. OBJETIVO
Estabelecer orientações para a identificação, avaliação e gerenciamento de riscos operacionais
relacionados a SMS, durante todo ciclo de vida das instalações, processos e produtos.
2. ABRANGÊNCIA
Aplica-se a Petróleo Brasileiro S.A.- Petrobras.
3. DESCRIÇÃO
3.1. Autoridade e Responsabilidade
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Nota 1: Para fins deste padrão, o termo “intervenções” compreende trabalhos de manutenção,
montagem, desmontagem, construção, inspeção e reparo de instalações, equipamentos ou
sistemas.
3.2.4. Recomenda-se que a identificação e avaliação dos aspectos e impactos, perigos e riscos de
SMS das atividades sejam executadas com base nas Normas ABNT NBR ISO 14004 - Sistemas de
Gestão Ambiental – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.
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3.2.6. A avaliação e a gestão de riscos relacionados aos produtos devem considerar os requisitos
do DI-1PBR-00204 – Gestão de SMS/ Diretriz 14 – Gestão de Produtos.
3.4.1.2. Os estudos qualitativos e semi-quantitativos devem ser elaborados por uma equipe de
profissionais com composição e dimensionamento adequados à amplitude, profundidade e
natureza do estudo. A equipe deve ser coordenada por um líder com treinamento em liderança
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de análises de riscos e na técnica a ser utilizada, e que já tenha participado de estudos nos quais
tenha sido aplicada a mesma técnica.
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3.4.1.4.5. Outras especialidades (como por exemplo: automação, manutenção, inspeção, meio
ambiente, naval, equipamentos dinâmicos, equipamentos estáticos, tubulações, elétrica etc.)
serão requeridas de acordo com o tipo de instalação e sistema a ser analisado, a técnica de
análise de riscos a ser aplicada, a fase do ciclo de vida da instalação, requisitos de órgãos
reguladores, ou quando for necessário confirmar premissas assumidas nas estimativas de risco
envolvendo tais especialidades.
3.4.1.4.6. O representante de cada disciplina deve ser o mais experiente possível, sendo
desejável experiência igual ou superior a cinco anos e inaceitável experiência inferior a 2 anos na
referida especialidade.
3.4.1.5. O líder do estudo deve ser imparcial e possuir foco em segurança. Recomenda-se que
não esteja vinculado à gestão da instalação, nem possua responsabilidade sobre resultados de
produção. Adicionalmente, o líder não deve acumular representação da disciplina de processo ou
de operação.
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3.4.1.6.1. Outros documentos, sempre que disponíveis e quando aplicável, devem ser fornecidos
ao líder como:
a. memorial descritivo de processo;
b. documentação de operação (incluindo condicionantes das licenças ambientais),
procedimentos, normas e regulamentos pertinentes;
c. modelo 3D;
d. folhas de dados dos equipamentos de processo/utilidades;
e. plano de segurança.
3.4.1.7. Recomenda-se que, antes do início do estudo, o participante especializado no processo
faça uma explanação sobre o objeto do estudo para nivelamento de todo o grupo e que o líder
faça explanação sobre a técnica a ser aplicada. Para instalações em operação, recomenda-se que
o grupo vá a campo e verifique a situação física atual do objeto do estudo.
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Para a elaboração de estudos qualitativos, a avaliação de riscos dos cenários deve ser feita
utilizando a Matriz de Tolerabilidade de Riscos e os meios de análise constantes na N-2782.
Nota 4: Recomenda-se como boa prática, dentro dos princípios de melhoria contínua, a
utilização do conceito ALARP (“tão baixo quanto razoavelmente praticável”). Para informações e
orientações adicionais a respeito desse conceito, consultar o Anexo A - Guia para entendimento
e aplicação do conceito ALARP.
Análises quantitativas poderão ser utilizadas como complemento dos estudos qualitativos de
riscos, em situações tais como:
subsídio ao melhor entendimento das consequências de eventos indesejados,
visando, por exemplo, a melhor determinação de medidas mitigadoras;
quando análises históricas e/ou o julgamento profissional da equipe de estudo
sugerem sua necessidade, visando a quantificar o risco à força de trabalho, às
comunidades e ao patrimônio (próprio e de terceiros);
nos casos onde haja incertezas quanto aos riscos oferecidos, seja pelo fato de o
projeto apresentar maior complexidade que a usual, ou ainda em função da utilização
de novas tecnologias;
nos casos de exigência específica de órgãos de controle.
3.4.2.4. Análises qualitativas de riscos de processo de instalações industriais que identifiquem,
mediante aplicação da técnica APR - Análise Preliminar de Riscos, cenários de perda de
contenção com efeitos físicos de incêndio, explosão ou dispersão de material inflamável ou
tóxico, cujas categorizações de risco para as dimensões “Pessoas” ou “Patrimônio” sejam
“Moderado” (com Severidade IV ou V), ou “Não Tolerável”, devem ser complementadas por uma
análise de consequências, com o objetivo de melhor compreender esses cenários e a efetividade
das medidas necessárias ao adequado controle dos riscos, subsidiando decisões relativas ao
projeto e aos procedimentos de resposta à emergência.
Nota 5: para aplicação deste item deve-se considerar o risco inicial do cenário, ou seja, o risco
antes da implementação das recomendações, utilizando-se as categorias dispostas na Matriz de
Tolerabilidade de Riscos da N-2782.
Nota 6: A avaliação quantitativa de impactos na dimensão “Meio Ambiente” deve atender aos
requisitos dos Órgãos Reguladores.
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Nota 7: para efeitos deste padrão, os cenários com severidade inicial III, IV ou V ou com risco
inicial “Não Tolerável” são considerados acidentes maiores. O conceito de acidentes maiores aqui
adotado está alinhado com o preconizado na norma ISO 17776 e inclui os eventos perigosos que
podem resultar em:
múltiplas mortes ou ferimentos graves;
danos extensos à estrutura, instalação ou planta;
impacto em larga escala no meio ambiente (por exemplo, danos ambientais
persistentes e graves que podem levar à perda de uso comercial ou recreativo, perda
de recursos naturais sobre uma ampla área ou danos ambientais graves que exigirão
medidas extensas para restaurar os usos benéficos do meio ambiente).
3.4.2.4.1. Em caso de unidades com correntes de hidrocarboneto com elevados teores de CO2, os
estudos de dispersão também deverão considerar os cenários de perda de contenção deste tipo
de material (substância asfixiante).
3.4.2.4.2.2. Nas instalações marítimas em fase de operação e cujo projeto não tenha sido
suportado pela avaliação descrita no item 3.4.2.4.2.1, as análises de consequências deverão ser
realizadas para melhor entendimento dos perigos e riscos sinalizados nas análises qualitativas e
para cálculo das frequências de impedimento, a fim de verificar o nível de risco existente e, caso
necessário, identificar medidas de redução do mesmo, não sendo tal análise realizada com fins
de dimensionar o projeto da instalação.
3.4.2.4.2.3. Nas instalações terrestres em fase de operação e cujo projeto não tenha sido
suportado pela avaliação descrita no item 3.4.2.4.2., as análises de consequências deverão ser
realizadas para melhor entendimento dos perigos e riscos sinalizados nas análises qualitativas e
para o risco quantitativo associado, a fim de verificar o nível de risco existente e, caso necessário,
identificar medidas de redução do mesmo, não sendo tal análise realizada com fins de
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Nota 8: Unidades marítimas e terrestres em fase de operação que ainda não estejam atendendo
plenamente os subitens 3.4.2.4.2.2 e 3.4.2.4.2.3 deverão estabelecer um plano de ação para
adequação.
3.4.3.1. As ações para reduzir os riscos, seja qual for sua natureza, devem buscar, isoladamente
ou em conjunto, reduções na probabilidade de ocorrência do evento indesejado e na magnitude
das suas consequências.
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estudo.
c. resumo executivo, contendo objetivo e escopo do estudo;
d. descrição do processo, atividade ou operação analisada no estudo;
e. descrição da metodologia de análise de risco utilizada, com justificativa;
f. registro de toda a documentação analisada, a qual pode ser anexada ao estudo ou estar
devidamente referenciada;
g. planilhas ou formulários preenchidos, com a classificação do risco dos cenários, quando
aplicável, segundo a técnica de análise de risco utilizada;
h. conjunto de recomendações geradas no estudo;
i. conclusão do estudo.
3.4.4. Aprovação e implementação das recomendações dos estudos de riscos
3.4.4.1. Os relatórios dos estudos de risco devem ser formalmente aprovados pelo gerente
responsável pela instalação conforme o Anexo A - Matriz de Responsabilidades de SEPRO do PE-
1PBR-00889 ou gerente designado com esta função, em sistema informatizado SERP (Sistema
de Estudos de Riscos de Processos) ou, na ausência de aprovação pelo sistema, por meio do
protocolo constante no Anexo D – Protocolo de Aprovação de Estudo de Risco.
3.4.4.2. A aprovação dos prazos de implementação das recomendações dos estudos de risco de
instalações em operação deve ser realizada pelos níveis gerenciais dispostos na Tabela 3.
Nota 10: para aplicação do disposto na Tabela 3, considerar o maior nível de risco e severidade
associado ao cenário, antes da implementação das recomendações.
Nota 11: recomendações associadas a cenários de risco inicial Moderado e Severidade IV e que,
excepcionalmente, tenham prazos originais de implementação maiores ou iguais a 5 anos,
deverão ter seu prazo aprovado pelo nível de gerente.
3.4.4.2.2. Caso haja postergação de prazo de tal forma que a recomendação permaneça em
aberto por período maior ou igual a 5 anos (contados a partir da data de aprovação do estudo), o
prazo postergado deverá ser aprovado por nível gerencial imediatamente superior ao gestor que
realizou a última aprovação, indo até o limite de gerente geral.
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Nota 12: em caso de postergação de prazo de recomendações associadas a risco inicial Não
Tolerável (NT), deverão ser seguidas as orientações estabelecidas no item 3.4.5 deste padrão.
3.4.4.3. Devem ser indicados responsáveis pela elaboração de planos de ação visando à
implementação das recomendações do estudo de riscos.
3.4.5. Fluxo de Decisão e Comunicação de Cenários com Risco Inicial Não Tolerável (NT)
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3.4.5.2.1.2. Caso seja necessária uma postergação de prazo, deverá ser reavaliado se as medidas
de contingenciamento continuarão efetivas, fornecendo a redução de risco requerida pelo novo
período proposto. Nesta situação, um novo protocolo (Anexo E) deverá ser preenchido. O
protocolo deverá indicar o prazo postergado, devendo ser aprovado por nível gerencial igual ou
superior ao aprovador inicial, conforme critérios estabelecidos no PP-1PBR-00605 – GERIR
MUDANÇAS DAS INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS. Esse novo protocolo deverá fazer parte da
documentação de acompanhamento da recomendação, devendo também acompanhar o
processo de gestão de mudança.
3.4.5.2.3. O protocolo do Anexo E (com as 2 folhas preenchidas e assinadas) também deve ser
encaminhado ao gerente de segurança de processo do SMS que atende à Área de Negócio, que
deverá avaliar a necessidade de iniciar análise de abrangência, identificando se o cenário tem
potencial de estar presente em outro sistema ou instalação.
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Nota 14: Caso haja potencial do mesmo cenário de risco NT e severidade V estar presente em
mais de uma instalação, o Diretor da Área de Negócio deverá ser informado.
3.4.6.1. Os resultados das análises de risco devem ser divulgados para a força de trabalho
pertinente, conforme preconizado na DI-1PBR-00200 – GESTÃO DE SMS / DIRETRIZ 10 -
COMUNICAÇÃO.
3.4.7.2. Em instalações novas, a primeira reavaliação deve ser feita em até 2 anos após sua
partida. Em instalações existentes, a reavaliação das suas condições de risco deve ser realizada a
cada 5 anos.
3.4.7.2.1. A reavaliação deve ser conduzida em tempo hábil de forma a garantir que, caso se
identifique a necessidade de revisar o estudo, o intervalo entre duas revisões aprovadas não
ultrapasse 5 anos em instalações existentes (ou 2 anos após partida, no caso da primeira revisão
em instalações novas).
3.4.7.3. Ainda que ocorra revisão parcial do estudo, o protocolo constante no Anexo B - Protocolo
de reavaliação dos estudos qualitativos e semi-quantitativos de riscos - deverá ser aplicado em
até cinco anos da última reavaliação, atendendo ao disposto no item 3.4.7.2.1.
Nota 15: os estudos de riscos podem ser parcialmente revisados antes do prazo de reavaliação
em função de análises de abrangência de acidentes, resultados de auditoria, identificação de
novos cenários a partir da experiência operacional, entre outros motivos.
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3.4.7.5.2. A avaliação quanto à necessidade de revisão dos estudos deve ser feita por equipe
multidisciplinar composta minimamente por profissionais das disciplinas de processo e
operação, devendo ser subsidiada por profissional com experiência em acompanhamento de
análises de consequência e estudos quantitativos de risco.
3.4.7.5.3. A avaliação deve ser registrada conforme protocolo constante no Anexo C-Protocolo de
reavaliação de estudos de consequências e estudos quantitativos de riscos, que deverá ser
assinado por todos os profissionais envolvidos na avaliação e pelo gerente responsável pela
instalação ou gerente designado com esta função, sendo arquivado como parte da
documentação de avaliação e gestão de riscos da instalação.
3.4.7.7. Os relatórios de estudos de riscos devem ser mantidos arquivados em meio digital até o
final da vida útil da Instalação. Os relatórios que estejam impressos deverão ser descartados
através de trituradora de papel assim que a revisão estiver superada.
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3.4.8. Indicadores
3.4.8.2. Para o cálculo dos indicadores , devem ser consideradas todas e somente as
recomendações da revisão vigente dos estudos de risco das instalações.
Nota 16: Como regra de transição, até que o item 3.4.8.2.1 esteja plenamente atendido, também
deverão ser contabilizadas nos indicadores as recomendações em aberto da fase anterior do
projeto ou da revisão anterior do estudo que não tenham sido repetidas na revisão vigente.
3.4.8.3.1. Se não houver aprovação do estudo de risco conforme item 3.4.4.1 em até 60 dias
depois do relatório ter sido encaminhado para aprovação, as recomendações do estudo deverão
ser computadas nos indicadores estabelecidos no Anexo F - Indicadores da Diretriz 3.
4. REGISTROS
Não aplicável.
5 DEFINIÇÕES
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5. DEFINIÇÕES
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6. REFERÊNCIAS
DI-1PBR-00193 - GESTÃO DE SMS / DIRETRIZ 3 - AVALIAÇÃO E GESTÃO DE RISCOS
DI-1PBR-00196 - GESTÃO DE SMS / DIRETRIZ 6 - GESTÃO DE MUDANÇAS
DI-1PBR-00200 - GESTÃO DE SMS / DIRETRIZ 10 - COMUNICAÇÃO
DI-1PBR-00204 - GESTÃO DE SMS / DIRETRIZ 14 - GESTÃO DE PRODUTOS
PP-1PBR-00605 -GERIR MUDANÇAS DAS INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
ABNT NBR ISO 14004 Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes gerais sobre princípios,
sistemas e técnicas de apoio
ISO 17776: 2016 (E) - Petroleum and natural gas industries — Offshore production installations
— Major accident hazard management during the design of new installations
7. ANEXOS
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19/01/2024, 12:31 Padrões
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