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DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
UNIDADE DE GESTÃO DE EDUCAÇÃO
Educação não violenta
Larissa lucia da Silva Tosetto- Psicóloga escolar- CRP: 06/178605 INTRODUÇÃO Podemos começar nosso assunto dizendo que em primeiro lugar quem começa a fazer o papel de educador de uma criança é seus pais, família, sociedade e qualquer ambiente social em que estiver inserida terá pessoas de referência que também desempenharam em conjunto com os pais esse papel de educador dessa criança. Um outro ponto a ser falado é que enraizados em nós como conceito de educação é sinônimo de punição, essa ideia nos foi passada ainda na infância o que pode tornar-se difícil agora pensarmos em agir de maneira diferente dessa. Precisamos aprender que educar não significa bater, gritar. COMPREENDENDO UM POUCO DA CRIANÇA ● Crianças têm sentimentos, precisam de limites ● Crianças têm sentimentos, necessidades, anseios, medos, angústias, aflições. ● Crianças não sabem nomear suas emoções, sentimentos ● Eles precisam na nossa ajuda para isso ● Precisamos validar suas emoções, mas não certos comportamentos. ● Ela precisa ser vista agora e cuidada agora, ela é o presente. A CRIANÇA EM PLENO DESENVOLVIMENTO ● A criança para entender o outro, ela precisa se conectar consigo mesma, precisa desse contorno ● Na fase de 0 a 3 anos é que ela começa a ter consciência de sua existência, de que está nesse mundo, de que há muita coisa dentro dela que reflete no que está acontecendo do lado de fora. ● E dessa fase até o fim de sua infância quanto mais usamos do autoritarismo com eles, mais resistências em fazer o “ aceito” ela vai ter. ERROS QUE COMETEMOS COM ELES ● Dar conselhos, querer ditar aos pequenos como devem agir diante das situações, isso só é possível quando estiverem calmas. ● Atender todos os pedidos dela ou resolver os problemas por ela, isso no futuro, gerará adultos pouco resilientes, incapazes de lidar com frustrações. ● Ignorar os sentimentos das crianças, os colocamos como inadequados, indevidos, achamos que se ignorarmos eles. ● Querer dialogar com eles no momento do choro, o que não é viável, eles não tem nesse momento estrutura pra conversar, é preciso esperar ela se acalmar. Exemplos de como ajudá-los Podemos aí usar o lúdico para ajudá-lo a se acalmar, a trabalhar seu sentimento, ex: vamos fazer igual o Leão para raiva ir embora?, já ouvi professoras dizendo: acalma seu coração, vamos respirar fundo juntos?, mostra por exemplo que um aperto no coração é a angústia, ou então: essa vontade bater é a raiva, lembramos de explicar sobre objetos, mas não sentimento, nesse momento o que precisamos é criar mecanismos para ele direcionar sua raiva até estar calmo, não é brigar ou desmerecer seus sentimentos, mas sim validá-los e mostrar como se acalmar e como expressar suas angústias e frustrações. IR ALÉM DO NÃO Existem outras formas de educar nossa criança. Ao invés de falar: Não risca a parede, podemos falar: o Lápis a gente risca no papel, o lápis fica longe da parede. se a viu agredir alguém, nomeie seu sentimento por trás dessa ação e como extravasar os mesmos. Isso não significa que devemos fazer suas vontades, há muitas maneiras de dizer não e de acolher nossos filhos ao mesmo tempo. PRATICANDO EMPATIA uma palavra de destaque para nós adultos: empatia, entender o motivo do choro do nosso filho que muitas vezes teve suas expectativas desfeitas, tendo aí a frustração manifestada, a birra, o choro, que já nos deixa atordoados, se acolhermos essa criança sem julgamento ficará mais fácil entender seu momento e ajudá-lo a se estabilizar, acalmar e até mesmo fazer o que queremos. AJUDANDO A CRIANÇA A NOMEAR SEUS SENTIMENTOS • Até 2 anos: você parece frustrado, não está conseguindo empilhar os blocos! • criança com maior compreensão, entendimento: imagino que esteja frustrada, filha. Montar esse brinquedo é muito importante para você, e não está ficando do jeito que gostaria. • Adolescente: Putz, você deve estar super frustrada com o resultado da prova…se esforçou tanto e estava ansiosa! EXEMPLOS VALEM MAIS QUE PALAVRAS
• Espelhe o sentimento. Repetir o que a criança fala,
com palavras muito semelhantes, faz com que ela sinta-se compreendida e escutada. • E podemos falar com elas também pedindo um momento para nós mesmos, mostrando para elas que nós também podemos nos descompensar. • Falar para ela: me dá só um tempinho, quando eu estiver calma conversamos. Precisamos ser sinceros com eles. EDUCANDO NOSSOS FILHOS SEM JULGAMENTOS A educação tem como objetivo ajudar nossos filhos a lidar com sua muitas facetas, a que gostamos e a que detestamos. Fato é o que acontece, opinião é o que julgamos sobre o que acontece. Rótulos são profecias auto realizáveis. Comunicação com rótulos tira a presença necessária de lidar com a realidade e encontrar soluções para os problemas disciplinares, e tanto rótulos positivos como negativos devem ser evitados. Substitua a crítica por perguntas que estimulem a reflexão. Lembrem-se que os erros fazem parte do crescimento e ajudam a crescer. DESENVOLVENDO A AUTONOMIA DELES Precisamos ensinar nossos filhos a desenvolver a autonomia, de fazer escolhas e a cuidarem de si mesmo. Somos treinadores e nosso papel como tal é auxiliar na situação ruim, que estimulam a criatividade, que estende a mão quando precisam, e não controlar, ou fazer por eles, e sim prepará-los para as atividades diárias em vez de cobrar a realização das tarefas. Permita as escolhas dentro de uma limite já estabelecido, crie uma rotina, escute suas dúvidas, anseios e explique as consequências as suas ações, escolhas. Ensine, não faça tudo pelo seu filho. Valorize o esforço dela. PUNIÇÃO NÃO EDUCA As punições a longo prazo além de não educar, induzem a mentira e ferem a relação da criança com os pais e consigo mesma. crianças precisam se sentirem aceitas, amadas, e o mau comportamento muitas vezes são formas equivocadas de consegui-los. observar as necessidades e os sentimentos por trás do comportamento no leva a desenvolver ferramentas construtivas de agir, assim como a fala positiva, oferta de escolhas e a possibilidade de permitir a criança a experimentação das consequências a suas atitudes são alternativas as punições. ALTERNATIVAS NÃO PUNITIVAS NA EDUCAÇÃO DOS NOSSOS FILHOS • As crianças se comprometem mais com as regras que ajudam a construir, as crianças acima de 4 anos já são capazes de ajudar e opinar na construção dessas regras. • O reservatório de amor influencia diretamente no comportamento das crianças. è essencial a conexão para obter boas relações. • Menos exposição a telas e mais brincadeiras diminui o estresse e reflete na saúde física e emocional da criança.
Resumo - Como Falar Para Seu Filho Ouvir E Como Ouvir Para Seu Filho Falar (How To Talk So Kids Will Listen And Listen So Kids Will Talk) - Baseado No Livro De Adele Faber E Elaine Mazlish