Ber resumoRevsInglesasdosculoXVII
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A Revolução Inglesa foi um dos momentos mais marcantes da Idade Moderna. Ocorrida entre
1640 e 1688, foi uma das primeiras revoluções burguesas que limitaram o poder de um rei
absolutista e deu início à formação de uma monarquia constitucional na Inglaterra. Essa
revolução marcou também o começo do predomínio das religiões protestantes no reino inglês. O
fim do absolutismo, a ascensão da burguesia como classe social dominante e o Parlamento
como centro político criaram um ambiente favorável para o surgimento das primeiras indústrias
décadas depois, bem como para a consolidação do capitalismo inglês.
Na Inglaterra, o rei Henrique VIII, da dinastia Tudor, promoveu uma reforma religiosa
e converteu as terras que pertenciam à Igreja Católica em propriedade privada. Essa ruptura com
o catolicismo fez com que a Inglaterra se tornasse rival de outros reinos católicos, como a
Espanha. Vale dizer que várias guerras que aconteceram na Europa nesse período tiveram entre
suas causas os embates entre católicos e protestantes.
Logo após o fim da dinastia Tudor, subiu ao trono na Inglaterra o rei Jaime I, da dinastia Stuart,
que governou os ingleses entre 1603 e 1625. Essa mudança favoreceu os nobres e tentou frear o
avanço da burguesia. O rei aumentou impostos, impôs o monopólio estatal sobre os negócios
burgueses e perseguiu os puritanos, que era a religião predominante entre os negociantes. Além
dessa investida contra a burguesia, Jaime I também enfrentou o Parlamento ao dissolvê-lo e
deixá-lo inativo entre 1614 e 1622.
O Parlamento inglês era bicameral. A Câmara dos Comuns era dominada pelos burgueses, e a
Câmara dos Lordes, pela nobreza e aliados do rei. Quando alguma medida não obtinha a
maioria no Parlamento, o rei ordenava o seu fechamento. Foi o que aconteceu em 1640, quando
o rei Carlos I, filho de Jaime I, enviou ao Parlamento um projeto de aumento de impostos. O
Parlamento estava dividido em duas alas:
os diggers, que defendiam a realização da reforma agrária e uma distribuição de
terras para o desenvolvimento da agricultura; e
os levellers, que defendiam a prática da religião católica de forma livre, bem como
a igualdade jurídica.
Como não houve consenso, o projeto não foi aprovado, e o rei ameaçou suspender as atividades
parlamentares. Quando Carlos I entrou em guerra contra a Escócia, ele pediu aos parlamentares
autorização para aumentar os impostos e financiar a batalha. A Câmara dos Comuns rejeitou o
pedido do rei, mas, dessa vez, estava preparada para uma reação absolutista.
Nessa batalha contra o Parlamento, Carlos I tinha o apoio dos cavaleiros da nobreza. Em
1642, Cromwell convocou o Novo Exército Modelo, formando por pequenos burgueses e
camponeses, também chamado de “Cabeças Redondas”, por não utilizarem as perucas dos
nobres. Esses soldados eram promovidos pelos méritos, e não por sangue. Além do embate
físico, os motivos daquele confronto eram discutidos entre eles, o que aumentava a consciência
política de suas ações.
O exército de Cromwell conseguiu derrotar as tropas de Carlos I e o rei foi preso. Em 1649, a
ala radical da burguesia exigiu a decapitação do rei, o que aconteceu em 31 de janeiro daquele
ano. Pela primeira vez, um monarca era decapitado em praça pública por ordem do Parlamento.
Com o fim da dinastia Stuart, logo após a morte de Carlos I, a Inglaterra foi comandada por
Oliver Cromwell, responsável por organizar o exército que garantiu a vitória do Parlamento
sobre a Coroa e os nobres. A República foi proclamada na Inglaterra, em 16 de maio de 1649, e
os parlamentares nomearam Cromwell como “Lord Protector” (Senhor Protetor da República).
Uma das medidas importantes nesse período foi a implantação do Ato de Navegação, ou seja, os
produtos ingleses só poderiam ser carregados em navios da Inglaterra. Esse ato contribuiu para a
formação da poderosa esquadra naval inglesa, que dominaria os mares pelos séculos seguintes.
Seu irmão, Jaime II, sucedeu-o no trono e reativou o Parlamento, mas mantendo seu
absolutismo e sua aproximação com a Igreja Católica. O rei concedeu privilégios aos católicos,
como a isenção de impostos, gerando protestos do Parlamento, que era composto em sua
maioria por calvinistas
Guilherme de Orange foi coroado o novo rei da Inglaterra, sendo chamado de Guilherme III.
Porém, antes da coroação, os parlamentares exigiram que Guilherme e sua esposa, Maria,
assinassem a Declaração de Direitos (Bill of Rights) em 1689, que garantia a limitação do poder
do rei e que as decisões políticas na Inglaterra seriam de exclusividade do Parlamento. Outra
medida dessa declaração era a liberdade religiosa. Formava-se, assim, a monarquia
constitucional, vigente até hoje na Inglaterra. Para saber mais sobre esse conflito,
leia: Revolução Gloriosa.
fonte: Revolução Inglesa: o que foi, fases e resumo - Mundo Educação (uol.com.br)