Artigo 15062020 Formatado
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INTRODUÇÃO
A torre de resfriamento é um equipamento muito comum em diversos setores, atuando em siderúrgicas,
indústrias alimentícias, químicas, petroquímicas, alimentícias, de geração de energia e muito mais. Sua
função, de forma simplificada, é reduzir parte do calor gerado nesses mesmos processos industriais. Para
Oliveira (2010), as torres de resfriamento estão atualmente associadas a fatores de redução de custos
operacionais juntamente com os fatores ambientais. Os sistemas de arrefecimento operam, em geral, em
circuito fechado visando à reutilização e a redução do desperdício de água.
Desde o projeto, dimensionamento e escolha de uma torre de arrefecimento, deve-se adequar a remoção
térmica troca térmica até chegar a uma temperatura mínima, de forma que se tenha o mínimo de perdas de
água e energia, garantindo que o processo esteja mantido sem perder eficiência produtividade. Pequenos
desvios em relação às especificações técnicas térmicas podem causar implicar em graves problemas de
funcionamento e na economia desse equipamento, assim como, pequenas melhorias podem trazer uma
grande economia em todo o processo.
O estudo teve como base a investigação análise dos parâmetros operacionais desta torre de resfriamento
através por meio de cálculos a partir de dados experimentais, foi possível avaliar seu funcionamento e sua
eficiência.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O sistema de refrigeração industrial (Figura 1) é aplicado em muitos segmentos das indústrias siderúrgica,
celulose, alimentícias, plástico, fundição e química, o monitoramento da temperatura é de fundamental
para estas indústrias. O processo industrial em sua maioria produz calor independentemente do segmento
e é necessário o controle desse calor. O sistema de resfriamento serve para retirar o calor gerido gerado
nestes durante os mais variados processos, sendo que os diversos processos industriais demandam um
domínio o controle da temperatura em determinada fração do processo. Um sistema de resfriamento
adequadamente operado e bem monitorado, alcança sua melhor performance na transformação de energia
térmica. Consequência disto, se tem uma melhoria da produtividade e redução de custos operacionais
(MORAES, 2017).
Existem dois tipos de sistemas de resfriamentos, são eles sistema de resfriamento refrigerado a ar e a
água. O sistema de resfriamento a ar que consiste na dissipação do calor por intermédio atmosférico
(TECNOGERA, 2014).
Figura 1 - Sistema de resfriamento industrial.
As torres de resfriamento a ar são empregadas pelas grandes usinas termoelétricas, visto que relevam a
instalação da mesma em lugares onde há poucas reservas de água e fonte considerável de combustível,
fato este que indica uma redução dos custos, de contrário, os custos se elevariam com a logística de
transporte de combustível imprescindível para seu funcionamento. Outra vantagem da torre de
resfriamento a ar é que, em comparação com as evaporativas, não se tem a necessidade de grandes
volumes de aditivos químicos e frequente higienização, além de sua manutenção ser mais barata. Outro
fato que deve-se dar relevância é quanto as vantagens em relação aos termos ambientais, no qual vão de
encontro as medidas tomadas nas políticas ambientais que impõe uma série de limitações à poluição
térmica, especificamente no que se refere a descargas de água de resfriamento para afluentes e rios para o
tratamento de efluentes, as nuvens causadas pelas torres de resfriamento a ar, fator este que, para
comunidades e localidades vizinhas, pode considerar um fator de risco e desconforto.
Sua desvantagem em relação a torre de resfriamento evaporativa, é não são tão ser menos eficientes, visto
que dependem da temperatura do bolbo seco do ar, carecendo necessitando de grandes áreas e gerando
muito ruído. Além de ser mais cara que as torres de resfriamento evaporativas, sendo que o custo do kW
em uma torre de resfriamento seca 4 vezes maior que a de uma torre de resfriamento evaporativo
(HINRICHS E KLEINBACH, 2004).
Com o intuito de diminuir as perdas de carga, o vapor de escape oriundo da turbina é direcionado
por intermédio de grandes dutos até o condensador de vapor. Em seguida o vapor percorre pelas
serpentinas com aletas, onde vai acontecer o resfriamento pelo ar externo que é ventilado sobre estas.
Então acontece a condensação do vapor, que será coletado no tanque de condensação, e futuramente
bombeado novamente para um ciclo de resfriamento novo. O formato em “A” em que a serpentina está
ordenada tem o intuito de permitir uma diminuição da área do terreno indispensável para a instalação
deste tipo de sistema.
As torres de resfriamento a ar do tipo direto são mais usadas nos centros de grandes proporções, no
qual são geradas potências que ultrapassam 1000 MW.
Estes tipos de torres são mais econômicos e eficientes, a água é resfriada na torre, por intermédio de
atomizadores, no condensador de contato direto onde vai resfriar o vapor de escape fazendo condensar. O
vapor condensado e a água de resfriamento da torre estão dispostos no fundo do condensador, onde em
seguida são removidos pela bomba de circulação. A fração maior de água de resfriamento é reenviada
para a torre, e uma quantidade igual a de vapor de escape é canalizada para a caldeira para uma nova
evaporação (KATZ, 1972).
2.3 Torre de resfriamento a água.
As torres de resfriamento a água foram projetadas no intuito de reduzir as nuvens projetadas pelas
torres de resfriamento evaporativas, somente com o adicionamento de um sistema de resfriamento a seco
que antecede o processo de evaporação, de modo a diminuir a humidade relativa do ar em um processo
abaixo onde a formação de nuvens visíveis fossem transcorrer sob condições de elevadas humidades e
baixas temperaturas para o ambiente externo. Outra vantagem deste tipo de torre de resfriamento é o fato
de serem usadas em áreas onde há escassez de água, pois permite a economia de água em meses chuvosos
do ano, visto que o processo usado é o de resfriamento a ar.
Este tipo de torre de resfriamento se assemelham as torres de resfriamento evaporativas indiretas,
pois também trabalham com funcionamento a seco. Portanto a diferença é o fato das torres de
resfriamento a água possuir duas zonas, uma seca e outra molhada, em oposição ao que acontece com as
indiretas onde o resfriamento molhado e a seco transcorrem na mesma zona, mas não em simultâneo.
As torres de resfriamento a água dispõem de dois tipos de serpentinas, sendo uma delas com aletas
voltadas para a zona seca e outra serpentina sem aletas voltadas para zona molhada. Isto permite a
aplicação simultânea de resfriamento a seco e resfriamento evaporativo nas épocas do ano mais quentes,
por outro lado as torres de resfriamento indiretas em que a utilização a seco se dar somente em épocas
mais chuvosas do ano, visto que estes tipos de torre possuem serpentinas sem aletas.
A figura 3 mostra que a água entra inicialmente através da zona seca percorrendo a serpentina, onde
acontece a troca de calor sensível com o ar externo, fazendo com que haja uma redução de sua
temperatura permitida pela temperatura do bolbo seco que atravessa a serpentina.
Figura 3: Torre de resfriamento a água com funcionamento a seco.
Depois que sai da serpentina, o trajeto da água de circulação é definido de acordo com a necessidade
de mais resfriamento. Se for necessário resfriar ainda mais a água, esta será direcionada para zona
molhada, onde será removido o restante do calor.
Este tipo de torre, possibilita o consumo de água inferior em comparação as torres evaporativas, pois
diante de temperaturas elevadas uma parcela do calor é removida na zona seca (BONALDI, 2018).
Para Mancuso (2011), as primeiras torres de resfriamento tinham pouca eficiência e concepções simples.
Nesses primeiros dispositivos, a água era levada até o topo e nebulizada por bicos, aumentando, assim,
sua área de contato com a corrente de ar, e sua vazão controlada por venezianas localizadas nas paredes
laterais. As primeiras torres foram fabricadas pelo Eng. Hans Joachim Balcke, em 1894, já tinham 12
metros de altura e foram denominadas com o tipo “chaminé’’ (VETTOR TEMPSITE, 2012).
Nesse tipo de torre de resfriamento “chaminé” à medida que a água caia pela torre, esta entrava em
contato com o ar evaporando-se parcialmente. A água resfriada em certo volume era acumulada na
bandeja inferior, de onde voltava para o processo e novamente reutilizada como fonte fria. (MANCUSO,
2011)
Ainda para Mancuso (2011), apenas posteriormente verificou-se que a introdução de obstáculos no seu
interior, (chamado pelos fabricantes de “enchimento”) permitia um aumento na eficiência e grau de
nebulização, intensificando a troca de calor entre água e ar. Nesses equipamentos ocorriam perdas
relativamente grandes de água, pois as gotículas dispersas por arraste através das venezianas,
correspondiam a cerca de 0,3 a 1,0% da vazão da torre. Com o tempo a popularidade das torres com
circulação natural caiu, sendo substituídas por torres de circulação mecânica de ar, como a ilustrada
abaixo na Figura 4.
Figura 4: Primeira torre de resfriamento de água com tiragem mecânica do ar.
Os perfis e tipos das torres, assim como o material de construção, foram evoluindo com o tempo
juntamente com a sua eficiência. Um breve histórico dessa evolução é exemplificado pela VETTOR
comércio LTDA, e para a mesma as primeiras torres de resfriamento chegaram no Brasil em 1951 e sua
estrutura era feita em madeira. Hoje muitas torres já são construídas totalmente em fibra de vidro com as
partes internas feitas de PVC extrudado.
3 METODOLOGIA
3 1 Descrição da instalação
Ajustar espaçamento
Os ventiladores da torre de resfriamento tem potência de , com velocidade de 112 RPM
da marca COFIMCO e não possuem velocidade controlada. Os ventiladores da série
COFIMCO G / GR-FRP estão disponíveis em duas configurações diferentes
(veja a figura 6, apenas como exemplo):
AZEVEDO, João Luís Toste. Apontamentos de Permutadores de Calor. Apostila de Azevedo, 2005.
VETTOR comércios e serviços LTDA. História das torres de resfriamento. Vettor tempsite, 2012.
Disponível em: http://vettor.tempsite.ws/empresa/historia.html. Acesso em: 10 out. 2012.
CHILLER RADICAL (ed.). Sistema de resfriamento industrial. In: SISTEMA DE RESFRIAMENTO
INDUSTRIAL. [S. l.]: Tecnogera, 2016. Disponível em: https://www.chillerradical.com.br/sistema-de-
resfriamento-industrial. Acesso em: 2 abr. 2020.
HINRICHS, Roger A.; KLEINBACH, Merlin. Energia e Meio Ambiente. 3 Edição. São Paulo: Thomson,
2004.
KORPER (São Paulo) (org.). Benefícios da utilização do circuito fechado de água industrial. 2016.
Desenvolvida por Korper. Disponível em: https://www.korper.com.br/Home. Acesso em: 19 maio 2020.
BONALDI, Bruno Gomes. A excelência do projeto de climatização e seu reflexo no conforto e custo
operacional. In: ENCONTRO NACIONAL DE EMPRESAS PROJETISTAS E CONSULTORES DA
ABRAVA, 13º, 2018, Salvador. Anais [...] . [São Paulo]: Encontro Nacional de Empresas Projetistas e
Consultores da Abrava, 2018. p. 1-17. Disponível em:
https://www.abrava.com.br/palestradnpc18/c2brunobonaldi.pdf.pdf. Acesso em: 19 abr. 2020.