9 Zoneamento Ambiental e SNUC 24
9 Zoneamento Ambiental e SNUC 24
9 Zoneamento Ambiental e SNUC 24
DIREITO AMBIENTAL
SUMÁRIO
1. ZONEAMENTO AMBIENTAL.............................................................................................................3
2. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO.........................................................................................................5
4. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA.............................................................................................................22
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ATUALIZADO EM 15/05/20241
1. ZONEAMENTO AMBIENTAL:
Cumpre ressaltar que, nos termos do art. 13, § 2º, da Lei 12.651/12 (Novo Código Florestal),
“os Estados que não possuem seus Zoneamentos Ecológico-Econômicos (ZEEs) segundo a
metodologia unificada, estabelecida em norma federal, terão o prazo de 5 (cinco) anos, a partir da
data da publicação desta Lei, para a sua elaboração e aprovação”.
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As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de
diálogo ([email protected]) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos,
porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do
material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas
jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos
eventos anteriormente citados.
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A finalidade de elaboração do ZEE é assegurar a plena manutenção do capital e serviços
ambientais dos ecossistemas por meio da organização, de forma vinculada, das decisões de agentes
públicos e privados quanto a planos, programas, projetos e atividades que utilizem recursos naturais
(art. 3º, caput, Dec. 4.297).
Vale destacar que, se o zoneamento vedar a instalação de determinada atividade, por ser de
caráter vinculante, fica vedada a concessão de licença ambiental.
Apesar de inexistir previsão específica para os municípios, a CRFB, art. 30, VIII, afirma
competir a eles o adequado ordenamento territorial. Para a doutrina, essa previsão contém a
competência para o zoneamento.
Questão complexa é saber se a aprovação do zoneamento ambiental será feita por lei ou
mediante decreto. Muito embora inexista previsão constitucional ou legal para a instituição do ZEE por
lei em sentido estrito, consta do Decreto n. 4.297/2002 a exigência de processo legislativo de iniciativa
do poder executivo para a alteração do zoneamento (art. 19, §1º). Desta forma, no entendimento de
Frederico Amado, é possível concluir que a exigência de lei em sentido estrito para a alteração do ZEE
pressupõe, ainda que implicitamente, a sua aprovação por lei, de acordo com o princípio da simetria.
Calha lembrar que, no âmbito dos municípios, o zoneamento ambiental é um dos instrumentos para a
execução da Política Urbana (artigo 4.º, III, “c”, da Lei 10.257/2001), devendo ser considerado na
elaboração do Plano Diretor.
Salienta-se que a alteração só pode ser feita após 10 anos da conclusão ou última alteração, a
menos que seja para aumentar a proteção ou decorrente aprimoramento científico, e sujeito a
consulta pública e aprovação da comissão (art. 19 do Decreto n. 4.297/2002).
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Entre os diplomas legais editados pela União com finalidade de estabelecimento de
zoneamento ambiental, podemos destacar a Lei n. 6.803 (zoneamento industrial), Lei n º 4.504
(Estatuto da Terra, que estabelece zoneamento agrícola), Lei nº 7661 (Plano Nacional de
Gerenciamento Costeiro) e o Decreto n. 6961 (zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar).
2. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
Pessoal, esse tema é importante e muito conceitual. Tenho certeza que no ciclo 1 vocês
ficarão um pouco tontos e confusos com a quantidade de conceitos e tipos de unidades, não se
assustem. Uma boa dica é verificar rapidamente o estilo das questões sobre essa parte do assunto, o
que pode ser feito com uma pesquisa no seu livro ou site de questões. Não precisa resolver, basta ler o
enunciado e a alternativa correta de algumas questões, apenas para sentir a profundidade e a forma
como o assunto é cobrado.
O conceito pode incluir na área de UC o subsolo e o espaço aéreo, sempre que influírem na
estabilidade do ecossistema (art. 24 da Lei 9.985/00). Paulo Bessa entende ser norma de
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constitucionalidade duvidosa, uma vez que o subsolo é bem da união, cuja propriedade depende da do
solo.
A Lei traz definições importantes, que merecem ser conferidas (art. 2º – ex.: conservação,
conservação in situ, preservação, diversidade biológica, proteção integral, uso direto, uso indireto e
uso sustentável, extrativismo, manejo, recuperação, restauração) e que são muito cobradas em
provas.
I) Unidades de Proteção Integral (UPI): têm por objetivo básico a preservação da natureza,
sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na
própria lei. São espécies de UPI:
a. Estação Ecológica
b. Reserva Biológica
c. Parque Nacional
d. Monumento Natural
c. Floresta nacional
d. Reserva extrativista
e. Reserva de fauna
#RESUMO
Atenção! Tais unidades não podem ter finalidade lucrativa, contudo, é possível que dentro de
tais unidades sejam desenvolvidas determinadas atividades que gerem lucro. Por exemplo, muitas
unidades de conservação contam com restaurantes, serviços de turismo ecológico, atividades que
geram lucro, porém, isso não desvirtua a finalidade precípua da Unidade de Conservação que é a
preservação do meio ambiente.
Permite-se apenas o uso indireto dos atributos naturais, sendo vedado consumo, coleta,
dano, ou destruição dos recursos naturais. A visitação pública é proibida, salvo objetivo educativo. A
pesquisa depende de autorização prévia e condições especificadas pelo órgão responsável pela gestão.
A alteração de ecossistemas é permitida apenas nos casos de medidas que visem:
c) Equilíbrio natural;
d) Diversidade biológica;
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Conjunto de todos os seres vivos de uma região.
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e) Processos ecológicos naturais.
A visitação pública está sujeita às normas e restrições no Plano de Manejo da unidade, além
das estabelecidas pelo órgão responsável e as previstas em regulamento.
O Monumento Natural tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares
ou de grande beleza cênica.
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Pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os
objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários.
Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo
aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da
unidade para a coexistência do Monumento Natural com o uso da propriedade, a área deve ser
desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei.
O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se
asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e
da fauna residente ou migratória.
Pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os
objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários.
Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo
aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da
unidade para a coexistência do Refúgio de Vida Silvestre com o uso da propriedade, a área deve ser
desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei.
#RESUMO
Preservar Proibida a
Pesquisa
integralmente a visitação
RESERVA Posse e Áreas depende de
biota e demais pública, Conselho
BIOLÓGICA domínio particulares serão autorização
atributos exceto com Consultivo.
(ART. 10) públicos. desapropriadas. prévia do órgão
naturais objetivo
responsável.
existentes. educacional.
Preservar
Visitação está
Ecossistemas Pesquisa
sujeita a
PARQUE naturais de Posse e Áreas depende de
normas e Conselho
NACIONAL grande domínio particulares serão autorização
restrições do Consultivo.
(ART. 11) relevância públicos. desapropriadas. prévia do órgão
Plano de
ecológica e responsável.
Manejo.
beleza cênica.
Pode ser
constituído por
áreas
particulares, Visitação está
A lei não
sujeita a
MONUMENT Preservar sítios fala que desde que haja Pesquisa
naturais raros, compatibilidade normas e depende de
O NATURAL são de Conselho
singulares ou de entre os objetivos restrições do autorização
(ART. 12) posse e Consultivo.
grande beleza da unidade com a Plano de prévia do órgão
domínio
cênica. utilização pelo Manejo responsável
públicos
proprietário. (art. 32, §2º).
Caso contrário,
haverá
desapropriação.
REFÚGIO DA Proteger A lei não Pode ser Visitação está Pesquisa Conselho
compatibilidade
entre os objetivos
espécies ou
da unidade com a
comunidades de
utilização pelo
flora local e da públicos Manejo.
proprietário.
fauna residente
Caso contrário,
ou migratória.
haverá
desapropriação.
A área de proteção ambiental foi criada pela Lei n 6.902/81 e pode ser conceituada como uma
área, em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos,
bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar
das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar
o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
É constituída por terras públicas ou privadas e pode haver normas e restrições para a
utilização da propriedade privada.
A pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio público terá condições
estabelecidas pelo órgão gestor da unidade. Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário
estabelecê-las, observadas as exigências e restrições legais.
Previstas inicialmente no Decreto 89.336/84, são áreas em geral de pequena extensão, com
pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abrigam
exemplares raros da biota regional. Têm como objetivo manter os ecossistemas naturais de
importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com
os objetivos de conservação da natureza.
É área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo
básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em
métodos para exploração sustentável de florestas nativas.
É de posse e domínio públicos, e as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser
desapropriadas.
Disporá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua administração
e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e, quando for
o caso, das populações tradicionais residentes.
A UC será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua
administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade
civil e das populações tradicionais residentes na área. O Plano de Manejo da unidade será aprovado
por este conselho.
A visitação pública é permitida, desde que compatível com os interesses locais e de acordo
com o disposto no Plano de Manejo da área. A pesquisa científica é permitida e incentivada,
sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável pela administração da UC, e sujeitando-se a
normas previstas em regulamento.
É de posse e domínio públicos, e as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser
desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei.
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A visitação pública pode ser permitida, desde que compatível com o manejo da unidade e de
acordo com as normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração.
É uma área natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas
sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às
condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na
manutenção da diversidade biológica.
A UC será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua
administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil
e das populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de
criação da unidade.
A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada, gravada com perpetuidade,
com o objetivo de conservar a diversidade biológica. Este gravame constará de termo de
compromisso assinado perante o órgão ambiental, que verificará a existência de interesse público, e
será averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis.3
a) a pesquisa científica;
Os órgãos integrantes do SNUC, sempre que possível e oportuno, prestarão orientação técnica
e científica ao proprietário de Reserva para a elaboração de um Plano de Manejo ou de Proteção e de
Gestão da unidade.
São vantagens: isenção de ITR (art. 104, p.u., Lei 8.171/91), preferência na concessão de
recursos do Fundo Nacional de Meio Ambiente e crédito agrícola, nas instituições de crédito oficiais
(Decreto n./ 1.922/96, arts. 12 e 13).
OBS: A servidão ambiental perpétua equivale, para fins creditícios, tributários e de acesso
aos recursos de fundos públicos, à Reserva Particular do Patrimônio Natural (Art. 9º-B, Lei 6.938,
redação pelo Novo CFlo, Lei 12.615/12).
2.2.3 CRIAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E GESTÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO :
3
Tema cobrado no PC-PA/2016 (FUNCAB).
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● CRIADAS POR ATO DO PODER PÚBLICO.
PARA PAULO BESSA ANTUNES, A CRIAÇÃO SE DÁ POR DECRETO, ENQUANTO PARA VLADIMIR
PASSOS DE FREITAS, POR LEI, DECRETO OU RESOLUÇÃO. FREDERICO AMADO ENTENDE QUE A CRIAÇÃO
OCORRE POR LEI OU DECRETO.
A depender da modalidade, podem ser compostas de área pública ou particular. Neste último
caso, será necessária sua desapropriação, por utilidade pública. A Lei do SNUC, no art. 45, exclui da
indenização as espécies arbóreas declaradas imunes ao corte, os lucros cessantes, juros compostos e
áreas sem prova inequívoca do domínio anterior.
A criação deve ser precedida de estudos técnicos e consulta pública. A consulta pública,
concretização do princípio democrático, visa subsidiar a definição da localização, da dimensão e dos
limites mais adequados (art. 5º, Dec. 4.340/02). O STF (MS 24.184/2003) já decidiu que ela não pode
ser dispensada, sob pena de invalidade do ato de criação, apesar de não ser vinculativa. Frise-se que a
consulta pública é dispensada para estações ecológicas e reservas biológicas, uma vez que o interesse
público é presumido. A mera ampliação dos limites territoriais, sem redução em outras áreas,
depende dos requisitos da criação. No MS 25.347/2010, o STF entendeu não haver ilegalidade na
criação de mais de um tipo de UC pelo mesmo procedimento administrativo4.
A desafetação ou redução dos limites de uma UC apenas pode se dar por meio de lei
específica5 (exceção ao princípio do paralelismo das formas), já que o art. 225, §1º, III, CRFB, afirma
que alteração e supressão somente podem ser feitas por lei.
4
Tema cobrado no PC-PA/2016 (FUNCAB).
5
CAI MUITO EM PROVA, ATENÇÃO! Tema cobrado no TJPR/2017 (CESPE).
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vegetações nativas. Ficam ressalvadas as atividades agropecuárias e outras atividades econômicas
em andamento, bem como obras públicas licenciadas (art. 22-A, Lei 9.985/2000).
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA
Zona de amortecimento é o entorno de uma UC, onde as atividades humanas estão sujeitas a
normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a UC (art.
2º, XVIII, Lei do SNUC). Todas as UC devem possuir uma zona de amortecimento, salvo as Áreas de
proteção ambiental e as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (art. 25, caput).
Pela inexistência de definição dos limites em lei, eles podem ser definidos no ato de criação
da UC ou posteriormente, devendo ser ouvidos os proprietários e possuidores das áreas. 6
A zona de uma UC de proteção integral, uma vez definida formalmente, não pode ser
transformada em zona urbana.
6
Tema cobrado no TRF 2ª Região/2017.
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considerará os distintos objetivos de conservação, para compatibilizar a presença da biodiversidade,
valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável no contexto regional. É reconhecido
em ato do Ministério do Meio Ambiente, a pedido de órgãos gestores das UC.
É documento técnico mediante o qual se estabelece seu zoneamento e as normas que devem
presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas
necessárias à gestão da UC. Tem caráter vinculante.
O plano, que deve ser elaborado em até 5 anos a partir da criação da UC, deve abranger a
área da UC, sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos, devendo incluir medidas com o
fim de promover sua integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas.
Nas Áreas de Proteção Ambiental e nas zonas de amortecimento das demais UC, o plano de
manejo poderá dispor sobre as atividades de liberação planejada e cultivo de organismos
geneticamente modificados, observada as informações técnicas da CTNBio (Comissão Técnica Nacional
de Biossegurança) sobre:
● UC de proteção integral: até que seja elaborado o Plano de Manejo, todas as atividades e
obras desenvolvidas devem se limitar àquelas destinadas a garantir a integridade dos recursos que a
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unidade objetiva proteger, assegurando-se às populações tradicionais as condições e os meios
necessários para a satisfação de suas necessidades materiais, sociais e culturais.
São espécies não originárias da unidade de conservação. Em regra, não será permitida a sua
introdução em UC, salvo, na presença de plano de manejo, em:
2.3.3.7. Doações:
a) Reserva Extrativista
Podem ser geridas por organizações da sociedade civil de interesse público com objetivos
afins aos da unidade, mediante instrumento a ser firmado com o órgão responsável por sua gestão .
Frederico Amado entende que a referida possibilidade é inconstitucional, pois importa em delegação
do poder de polícia, que é atividade estatal indelegável.
O montante de recursos é destinado a essa finalidade, sendo o percentual fixado pelo órgão
ambiental licenciador, conforme o grau de impacto ambiental causado pelo empreendimento. É a
realização do princípio do usuário-pagador.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA
STF ADI 3.378/2008: declarou inconstitucional a expressão que previa que o montante “não pode ser
inferior a 0,5% dos custos totais de implantação do empreendimento”. Entendeu que o valor da
compensação deve ser fixado proporcionalmente o impacto ambiental, após estudo que assegurasse
contraditório e ampla defesa, que prescinde de fixação percentual sobre os custos do
empreendimento.
Em retrocesso, por ser prejudicial às UC, o Dec. 6.848/2009, que alterou o Dec. 4.340/02,
estabeleceu regras para o cálculo do valor, limitando a 0,5% dos custos totais.
No RESP 896.863/2011, o STJ afirmou que, se o dano ambiental já tiver sido alvo de
compensação ambiental, não deve gerar a responsabilidade civil posterior do empreendedor, sob
pena de bis in idem. Apenas no caso de dano ambiental não previsto no EIA/RIMA é que será possível
a posterior responsabilização.
Destaque-se, por fim, que o Novo Código Florestal proporciona aos proprietários localizados
nas zonas de amortecimento de UC de proteção integral a possibilidade de receber apoio técnico-
financeiro decorrente da compensação ambiental, com a finalidade de recuperação e manutenção
das áreas prioritárias para a gestão da unidade.
c) Florestas nacionais
d) Reservas extrativistas
Nas UC que não podem mantê-los, por manifesta incompatibilidade, as populações serão
indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes e devidamente realocadas pelo poder
público em lugar e condições acordados entre as partes, devendo o poder público priorizar o seu
reassentamento. Até que isso ocorra, serão estabelecidas normas e ações específicas destinadas a
compatibilizar a sua presença.
Nos termos da LC 140/2011, salvo no que concerne às áreas de proteção ambiental (APA), a
competência observará o critério do ente federativo instituidor do referido espaço com regime
especial de proteção. Logo, as UC da União serão licenciadas pelo IBAMA.
#ATENÇÃO
Por fim, temos ainda as reservas de biofesra, tema que ocasionalmente é cobrado em provas, vejamos
seus principais aspectos que foram grifados a seguir:
II - uma ou várias zonas de amortecimento, onde só são admitidas atividades que não resultem em
dano para as áreas-núcleo; e
III - uma ou várias zonas de transição, sem limites rígidos, onde o processo de ocupação e o manejo
dos recursos naturais são planejados e conduzidos de modo participativo e em bases sustentáveis.
§ 3o A Reserva da Biosfera pode ser integrada por unidades de conservação já criadas pelo Poder
Público, respeitadas as normas legais que disciplinam o manejo de cada categoria específica.
DIPLOMA DISPOSITIVO
5. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA