Transito Excesso Velocidade - RADAR

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

SECRETARIA GERAL

AUTORIDADE NACIONAL DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA

(E. A. 0011400000)

AUTO DE CONTRA - ORDENAÇÃO N.º 974 000 000

Exmo. Sr. Presidente da


Autoridade

Nacional de Segurança
Rodoviária

MARIA , arguida nos autos à margem referenciados, e, neles,


melhor identificada, vem apresentar a sua defesa escrita da autuação
de que foi alvo, nos seguintes termos:

Art. 1º

No presente auto vem descrito que a arguida:

1.) Circulava, de veiculo automóvel, no dia 00 de Agosto de


2013, pelas 09H 51M, na Estrada dosSetúbal), Comarca e Distrito de
Setúbal,

2.) A uma velocidade de 73 km/h, correspondente a velocidade


registada de 78 km/h,

3.) Onde o limite permitido de velocidade é de 50 km/h,

4.) Ora, tal situação não corresponde à verdade.

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Art. 2º

Sendo certo que a arguida circulava a velocidade inferior à


supra indicada.

Art. 3º

Velocidade que foi controlada pelo cinemómetro radar marca


“Multanova”, modelo MR-6FD, aprovado Pelo IPQ e cuja utilização foi
autorizada pela ANSR, através do Despacho n.º 15919/2011, de 12 de
Agosto de 2011, que registou a velocidade de78Km/h.

Art. 4º

É a própria acusação que parece negar a validade ou


pelo menos correção ao registo (controlo) da velocidade,
materializado no auto, isto é, ao valor do controlo efetuado,
foram retirados 05Kms/h, que será o valor máximo de erro
admissível no controlo feito.

Art. 5º

A velocidade apresentada no auto de notícia – para qual a


acusação remete e dá por reproduzida – resulta de uma operação
matemática que se traduz na dedução à velocidade lida pelo
aparelho legalmente apurada para o efeito, da percentagem de
erro máximo admissível.

Art. 6º

Coloca-se, assim e sem margens para dúvidas, em causa a


credibilidade e a precisão da medição efetuada pelo aparelho
legalmente aprovado para controlar a velocidade – aparelho

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cinemómetro radar marca “Multanova” – mod. MR-6FD, aprovado,
Pelo IPQ e cuja utilização foi autorizada pela ANSR.

Art. 7º

Ora, sem a existência de qualquer base científica concreta,


materializada numa perícia, é impossível apurar neste momento se a
velocidade apresentada pelo arguido no momento da condução era:

a) A efetivamente lida pelo aparelho aprovado Pelo IPQ


e cuja utilização foi autorizada pela ANSR.

b) A efetivamente lida pelo aparelho deduzida da


margem de erro máximo admissível; ou

c) Outra qualquer velocidade, dado que o aparelho


legalmente aprovado para o efeito será de forma
cientificamente comprovada, falível, afastando-se a presunção
legal da correção da sua leitura, deixando-nos num universo de
probabilidades infindáveis?

Art. 8º

Motivos pela qual vem requerer que sejam enviados e juntos ao


processo, os seguintes elementos:

a) Cópia do fotograma que sustenta a acusação de


excesso de velocidade;
b) Cópia do documento homologatório do aparelho
cinemómetro radar fotográfico “Multanova” utilizado pelos
agentes autuantes para monitorizar a velocidade do veículo da
Arguida, com nome do radar, do fabricante, do modelo e do
número;
c) Cópia dos registos de manutenção e calibração do
referido aparelho;

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d) Cópia do despacho da autorização de utilização pela
ANSR e certificado homologatório pelo Instituto Português de
Qualidade, com referência ao seu prazo de validade;
e) Cópias dos registos dos testes efetuadas antes do
início da operação com informação da sua tipologia e
metodologia;
f) Cópias dos certificados de formação do operador de
radar, informando quem ministrou a formação e havendo
cursos de reciclagem, quando foram efetuados.

Art. 9º

Tais elementos são essenciais para a ora Arguida poder


exercer cabalmente a sua defesa no auto de contra-ordenação à
margem referenciado, direito do qual não prescinde, para o que
requer que lhe seja concedido novo prazo para apresentação
de defesa ao abrigo n.º 2 do artigo 175.º do Código da
Estrada e do artigo 50.º do Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de
Outubro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º
244/95, de 14 de Setembro e pela Lei n.º 109/2001, de 24 de
Dezembro.

Art. 10º

Até porque, a ora Arguida não sabe, nem tem a obrigação de


saber, se o referido equipamento de radar estava, à data da
autuação, devidamente, aferido e em condições de ser utilizado,
sendo certo que esse facto deverá ser alegado e provado pela
entidade autuante.

Art. 11º

Pelos motivos expostos, não é possível saber se o referido


equipamento está devidamente aferido quando controlou a

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velocidade, ou seja, se é legalmente admitida a sua leitura, de acordo
com o Regulamento do Controlo Metrológico dos Cinemómetros -
Radar, aprovado pela Portaria n.º 714/89, de 23 de Agosto, nos
termos do Dec-Lei n.º 202/83, de 19 de Maio, tudo indicando, no
entanto, que a resposta a esta questão deva ser negativa

Art. 12º

Nesta conformidade, não pode ser aplicada à Arguida qualquer


sanção, pelo menos se e enquanto não forem junto ao auto os
elementos de prova referidos no ponto (8).

Art. 13º

Para a eventualidade de virem a ser, futuramente, alegados e


provados os elementos de facto atualmente em falta no auto de
notícia, deverão, necessariamente, ser anulados todos os atos
praticados no presente processo, com exceção do auto de notícia e
da demais documentação referente à aprovação/certificação,
identificação e data da calibragem do equipamento, os quais
deverão ser novamente notificados à ora Arguida, para os
devidos efeitos legais (apresentação de nova defesa administrativa,
com novos elementos probatórios).

Art. 14º

A Arguida tem necessidade de se deslocar diariamente no seu


veículo da sua residência constante no auto para o seu local de
trabalho e outros locais do país, relacionado com a sua profissão.

Art. 15º

O veículo automóvel é o instrumento utilizado para colmatar tal


distância, sendo por isso indispensável a carta de condução, sob pena

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de tais deslocações imperiosas ficarem interrompidas pelo período
que durar a inibição de conduzir aplicada à Arguida.

Art. 16º

Por outro lado, a Arguida é pessoa séria e bem aceite no meio


em que vive, bem como nos meios onde trabalha, sendo
habitualmente uma condutora prudente.

Nestes termos, no mais de direito requer-se a V.ª EX.ª, mandar


produzir prova a que se refere o ponto (8) desta peça ou mandar
arquivar o processo e como consequência não proferir qualquer
condenação, no auto acima identificado, já que estão reunidas as
condições e não são fornecidos elementos suficientes no auto de
notícia, que nos permitam concluir se o aparelho de radar estava em
condições técnicas para a recolha da prova de velocidade.

Pede o Merecido Deferimento

Meios de Prova:

- Testemunhal

John Doe, maior, residente em

Junta: duplicado legal (cópia/recibo).

A Arguida

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