Choque: Efeitos Celulares Do Choque

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CURSO COMPLETO: URGÊNCIA - CHOQUE (E65)

Choque
PROFESSOR MILLER BRANDÃO

Desequilíbrio entre a oferta e o consumo de O2 ;


CHOQUE

quaisquer que sejam as causas = hipoperfusão tecidual ativa a resposta


inflamatória;

aeróbico x anaeróbico = redução de O2, logo produz ácido lático.

PA = DC (FC x VS) x RVP volume sanguíneo + bomba cardíaca + vasculatura.

Hipotensão = PAS < 90 mmHg. Princípio de Fick

Efeitos celulares do choque

A célula fica túrgida e a membrana


celular se torna mais permeável
Os líquidos e eletrólitos deslocam-se
para fora e para dentro da célula
As mitocôndrias e os lisossomos são
lesionados, e a célula morre

Fonte: HINKLE; CHEEVER, 2016

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Estágios do Choque
Estágio compensatório PA normal

A vasoconstrição, a FC e contratilidade do coração elevadas contribuem para manter o


débito cardíaco aumentado - isso é feito pelo SNS + catecolaminas.

Ativação da renina-angiotensina aumento da pré-carga e


(vasoconstrição) diminuição do débito urinário.

Liberação da aldosterona (aumenta a Pele: fria, acinzentada e úmida


reabsorção de sódio e água)
Taquicardia

Mediadores inflamatórios liberados  lesão de órgãos (fígado, rins).

Aumento da inflamação - ativa cascata de coagulação (Coagulação Intravascular


Disseminada - CID).

Redução de O2 e aumento do CO2 (acidose), taquipneia; aumento da FC.

Alteração do SNC – confusão, letargia e perda da consciência.

Sangue desviado para órgãos nobres.

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1. (Pref. de Barretos-SP/VUNESP/2018) Falência do sistema circulatório, provocando a


interrupção ou a alteração no abastecimento de sangue ao cérebro, com acentuada depressão
das funções do organismo, pode ser identificada por meio de pulso rápido e fraco, aumento da
frequência respiratória, pele úmida, fria e pálida.
O texto se refere à:
a) ferimento abdominal. c) ferimento profundo no tórax. e) grandes traumatismos.
b) fraturas expostas. d) estado de choque.

Principais Tipos de Choque

Hipovolêmico Distributivo Cardiogênico Obstrutivo

Diminuição do Falência da Obstrução da


Alterações do
volume bomba = mecânica do
tônus vascular
sanguíneo miocárdio fluxo

Hemorragia, Tamponamento
Neurogênico, cardíaco,
ascite, edema Isquemia ou
séptico e pneumotórax
e desidratação toxicidade
anafilático hipertensivo e
graves
embolia
pulmonar

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2. (Residência Multiprofissional em UTI do Adulto/UESPI/2020) O choque é uma situação de


emergência extrema, caracterizada pela queda do débito cardíaco com redução da perfusão
tissular periférica e falência circulatória generalizada.
Marque a alternativa CORRETA.
a) Os principais choques obstrutivos são o pneumotórax, tamponamento pericárdico e embolia
pulmonar maciça.
b) No choque hipovolêmico, a queda crítica do débito cardíaco resulta de perda do volume
sanguíneo circulante por hemorragia. A sintomatologia relacionada a taquicardia, palidez, pele
fria e úmida, oligúria e sinais de baixa perfusão cerebral não são observáveis.
c) Os choques distributivos são o neurogênico, anafilático e séptico. No neurogênico, ocorre
vasoplegia, por ganho do tônus vascular neuro-endocrinológico.
d) O choque neurogênico é decorrente de uma agressão do centro vasomotor da medula
oblonga ou de nervos periféricos que não se estendem da medula espinal aos vasos
sanguíneos.
e) O tônus do sistema nervoso simpático, nos choques neurológicos, não são comprometidos,
mas são observados redução da resistência vascular arterial, vasodilatação e hipertensão.

3. (Residência Multiprofissional em Saúde/UNIRIO/2020) Entre os efeitos respiratórios e


cardiovasculares que se manifestam no estágio progressivo do choque, identificam-se,
respectivamente,
a) taquipneia e estreitamento da pressão diferencial.
b) alcalose respiratória compensatória e frequência cardíaca acima de 100 bpm.
c) acidose respiratória e aumento da contratilidade cardíaca.
d) lesão pulmonar aguda e aumento no nível de enzimas cardíacas.
e) taquipneia e manutenção da pressão diferencial normal.

4. (IF-TO/2019) O choque é uma condição com risco de vida em razão das diversas causas
subjacentes. Caracteriza-se pela perfusão tissular inadequada que, quando não tratada, resulta
em morte celular. O choque pode ser classificado por etiologia e pode ser descrito como:
choque hipovolêmico, choque cardiogênico, choque circulatório ou distributivo e choque
obstrutivo. Para facilitar a análise dos sinais e sintomas, o choque é separado por estágios:
compensatório, progressivo e irreversível. São sinais e sintomas do choque no estágio
progressivo:
a) Pressão sistólica (<80-90 mmHg); batimentos cardíacos (>150 bpm); respirações rápidas e
superficiais; estertores; ausência de petéquias na pele; débito urinário de 0,5 ml/kg/h;
consciente; com acidose metabólica.
b) Pressão sistólica (>80-90 mmHg); batimentos cardíacos (<150 bpm); respirações rápidas e
superficiais; estertores; presença de petéquias na pele; débito urinário de 0,5 ml/kg/h;
letárgico e com acidose metabólica.

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c) Pressão sistólica (<80-90 mmHg); batimentos cardíacos (>150 bpm); respiração normal; sem
estertores; presença de petéquias na pele; débito urinário de 0,5 ml/kg/h; letárgico e com
acidose metabólica.
d) Pressão sistólica (<80-90 mmHg); batimentos cardíacos (<150 bpm); respirações rápidas e
superficiais; estertores; ausência de petéquias na pele; débito urinário de 0,5 ml/kg/h; letárgico e
com acidose metabólica.
e) Pressão sistólica (<80-90 mmHg); batimentos cardíacos (>150 bpm); respirações rápidas e
superficiais; estertores; presença de petéquias na pele; débito urinário de 0,5 ml/kg/h; letárgico
e com acidose metabólica.

5. (CISLIPA-PR/2014) O choque é uma síndrome clínica resultante da incapacidade do sistema


circulatório de prover adequado fornecimento de oxigênio para atender às demandas
metabólicas dos tecidos. Sobre a classificação do choque quanto à etiologia, numere de acordo
com as classificações:
1. Choque hipovolêmico. 3. Choque distributivo.
2. Choque cardiogênico. 4. Choque obstrutivo.
( ) Resulta da disfunção miocárdica primária e uma de suas causas é o IAM (Infarto Agudo do
Miocárdio).
( ) Acontece quando há comprometimento do débito cardíaco por obstrução física do fluxo de
sangue e uma de suas causas é o tamponamento cardíaco.
( ) Ocorre em função do comprometimento hemodinâmico nos casos de traumatismos ou na
faixa etária pediátrica e uma de suas causas é o sangramento agudo.
( ) É caracterizado pela diminuição da resistência vascular sistêmica associado ao aumento
compensatório do débito cardíaco e uma de suas causas é a septicemia.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
a) 2 4 1 3 b) 4 2 1 3 c) 3 2 1 4 d) 1 2 3 4.

Choque Hipovolêmico
Mais comum em traumas

Diminuição do volume vascular; Taquicardia, pele fria/pegajosa,


vasos com tamanho normal. cianose, hipotensão.

Mecanismos de defesa = Metabolismo do aeróbio para o


liberação de catecolaminas. anaeróbio.

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Choque Hipovolêmico
Fisiopatologia

Volume sanguíneo Retorno venoso Volume sistólico


diminuído diminuído diminuído

Débito cardíaco Perfusão tecidual


diminuído diminuído

6. (Prefeitura de Vargem Grande Paulista-SP/2020) O choque hipovolêmico apresenta o


seguinte quadro clínico:
a) Hipotensão arterial, pele fria e pegajosa, sede e taquicardia;
b) Redução do volume urinário, hipotensão arterial, hipotermia, taquicardia, palidez e sudorese;
c) Hipotensão arterial, hipotermia, taquicardia, redução do volume urinário, palidez e
hipertensão arterial;
d) Redução do volume urinário, hipertensão arterial, hipotermia, taquicardia, ansiedade e
sudorese.

Segue, abaixo, a classificação do choque hipovolêmico.


CLASSE I CLASSE II CLASSE III CLASSE IV
Quantidade de 750-1500 1500-2000
< 750 ml > 2000 ml
sangue perdido ml ml
(< 15%) (> 40%)
(% volume) (15-30%) (30-40%)
Frequência
< 100 100-120 120-140 > 140
cardíaca
Frequência
14-20 20-30 30-40 > 35
ventilatória
PA arterial normal normal diminuída diminuída
SNC/ estado ansiedade ansiedade ansiedade, confusão,
mental discreta leve confusão letargia
Fonte: De American College of Surgeons Committee on Trauma: Advanced
trauma life support for doctors, student course manual, ed 8, Chicago, 2008,
ACS.

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7. (Prefeitura de Cunha Porã-SC/UniFil/2020) Em pacientes com choque hipovolêmico


classe III, estima-se que a quantidade de sangue perdido é de
a) 750-1500 ml. c) 1500-2000 ml.
b) 1000-2000 ml. d) > 2000 ml.

8. (Pref. Sapé-PB/CPCON/UEPB/2020) Uma mulher de 35 anos é encaminhada para


admissão em UTI, após complicação de parto, relacionado à ausência de pré-natal e
detecção de trombocitopenia e presença de miomas uterinos durante o período de
parto, com descrição também de atonia uterina. A enfermeira da UTI, ao atendê-la,
depara-se com o seguinte quadro clínico:
A paciente apresenta nível de consciência alterado e confuso; pele fria, úmida e pegajosa
com coloração pálida e cianótica; frequência cardíaca aumentada (148 bpm) e
hipotensão arterial (PA=80x50).
O diagnóstico de enfermagem prioritário foi “Estado de Choque” e precisa de cuidados
imediatos. Nessa perspectiva, é essencial que o enfermeiro reconheça os indicadores
empíricos de que tipo de choque se trata.
Marque a alternativa CORRETA, em relação ao referido caso clínico:
a) Trata-se, possivelmente, de um choque hipovolêmico por se considerar que na
paciente houve considerados sangramentos durante e após o parto, devido à
trombocitopenia e atonia uterina.
b) Trata-se, possivelmente, de um choque neurogênico por se considerar que a paciente
está confusa e com nível de consciência alterado, quadro bem marcante no puerpério
imediato de quem não fez pré-natal e não está aceitando bem a condição do parto.
c) Trata-se, possivelmente, de um choque cardiogênico por considerar que havia um
problema de leucocitose, trombocitopenia e diminuição da pressão arterial com
aumento de FC, o que de fato marca bem o quadro dessa mulher adulta.
d) Trata-se, possivelmente, de um choque cardiogênico por se considerar apenas o
aumento da FC, para o qual essa característica é determinante para o tipo de choque, por
isso não há que suspeitar de outros tipos de choques.
e) Trata-se, possivelmente, de um choque séptico por haver alterações significativas no
hemograma devido à ausência de pré-natal e, por isso, há risco de sepse.

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9. (Pref. de Quadra-SP/CONSULPAM/2019) Paciente em atendimento pré-hospitalar por Equipe


do SAMU, é diagnosticado com choque hipovolêmico classe II. De acordo com esta classificação,
marque a alternativa correta, de acordo com os parâmetros para a mesma:
a) Quantidade de sangue perdido < 750 mL (< 15%); Frequência cardíaca < 100 bpm; Frequência
ventilatória 14-20; PA arterial normal; SNC/estado mental ansiedade discreta.
b) Quantidade de sangue perdido 1500-2000mL (30- 40%); Frequência cardíaca 120-140 bpm;
Frequência ventilatória 30-40; PA arterial diminuída; SNC/estado mental ansiedade, confusão.
c) Quantidade de sangue perdido 750-1500mL (15- 30%); Frequência cardíaca 100-120 bpm;
Frequência ventilatória 20-30; PA arterial normal; SNC/estado mental ansiedade leve.
d) Quantidade de sangue perdido > 2000mL (> 40%); Frequência cardíaca > 140 bpm; Frequência
ventilatória >35; PA arterial diminuída; SNC/estado mental confusão, letargia.

10. (CISRUN-MG/COTEC/2019) O choque hipovolêmico, também conhecido como choque


hemorrágico, acontece quando se perde cerca de 1 litro de sangue, o que faz com que o coração
deixe de ser capaz de bombear o sangue necessário para todo o corpo, levando a problemas
graves em vários órgãos do corpo e colocando a vida em risco. São sinais e sintomas do choque:
a) Frequência cardíaca menor do que 100 bpm.
b) Enchimento capilar menor do que 2 segundos.
c) Pressão arterial sistólica menor que 90 mmHg.
d) Frequência respiratória menor do que 10 irpm.
e) Pele pálida, quente e com sudorese intensa.

11. (AL-GO/IADES/2019) É atribuição do Enfermeiro conhecer as características do choque


hipovolêmico associado à perda sanguínea e saber classificá-las. Qual é a porcentagem de perda
de volume circulante que ainda mantém os sintomas clínicos óbvios em pacientes saudáveis?
a) Mais de 40%. b) 16 a 30%. c) 28%.d) 35%. e) 15%.

12. (EBSERH/IADES/2014) Estancar hemorragias é essencial para o cuidado e a sobrevivência de


pacientes em uma circunstância de emergência. Uma hemorragia que acarreta a redução do
volume sanguíneo circulante é causa primária de choque, situação clínica que exige do
enfermeiro conhecimentos para avaliar sinais e sintomas. Com relação a esses sinais e sintomas,
assinale a alternativa correta.
a) Pele fria e úmida, aumento da pressão arterial, bradicardia, retardo do enchimento capilar e
volume urinário aumentado.
b) Poliúria, hipertensão, bradipneia e alcalose metabólica.
c) Alteração da consciência, poliúria, polifagia e dislalia.
d) Pele fria e úmida, pressão arterial em queda, frequência cardíaca em elevação, retardo do
enchimento capilar e volume urinário diminuído.
e) Polaciúria, hipertensão, bradipneia e alcalose metabólica.

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13. (Pref. de João Pessoa-PB/AOCP/2018) Segundo o protocolo de emergências clínicas


do Samu, consideram-se sinais de Choque Hipovolêmico:
a) Temperatura de pele: quente e seca; Coloração da pele: pálida, cianose; Pressão
arterial: normal ou aumentada; Nível de consciência: alterado; Enchimento capilar:
<2segundos; Frequência cardíaca: aumentada.
b) Temperatura de pele: fria, úmida, pegajosa; Coloração da pele: rosada; Pressão
arterial: normal ou diminuída; Nível de consciência: alterado; Enchimento capilar:
>2segundos; Frequência cardíaca: diminuída.
c) Temperatura de pele: quente e seca; Coloração da pele: rosada; Pressão arterial:
normal ou diminuída; Nível de consciência: lúcido, orientado; Enchimento capilar:
<2segundos; Frequência cardíaca: aumentada.
d) Temperatura de pele: fria, úmida, pegajosa; Coloração da pele: pálida, cianose; Pressão
arterial: normal ou diminuída; Nível de consciência: alterado; Enchimento capilar:
>2segundos; Frequência cardíaca: aumentada.

14. (SEDS-TO/FUNCAB/2014) Uma das complicações mais temíveis em um paciente com


hemorragia é o choque hipovolêmico. As manifestações clínicas presentes nessa condição
são:
a) frequência cardíaca aumentada, respiração rápida e superficial, pele fria e pegajosa.
b) frequência cardíaca diminuída, respiração rápida e superficial, cianose de
extremidades.
c) frequência cardíaca aumentada, respiração lenta e cianose de extremidades.
d) frequência cardíaca diminuída, respiração lenta, pele fria e pegajosa.

15. (Pref. de Vitória-ES/AOCP/2019) Paciente masculino, 30 anos, sofreu um acidente


automobilístico e vai ao pronto-socorro confuso, com algumas escoriações em membros
inferiores, sem sangramento aparente, pressão arterial – 80 x 40 mmHg, frequência
cardíaca – 134 bpm, pele fria e pegajosa. É provável que esse paciente esteja com
choque:
a) Neurogênico.
b) Anafilático.
c) Hipovolêmico
d) Cardiogênico.

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Principais Tipos de Choque


Choque Distributivo (Vasogênico)
Hipovolemia relativa – vasodilatação inicial

Diminuição do tônus vascular,


TRM’s, desmaios, infecções ou
vasodilatação arterial/venosa,
reações alérgicas.
hipotensão e bradicardia.

Aumento do calibre dos vasos,


Pele quente e seca
mas o volume continua o
(parassimpático).
mesmo.

Choque Distributivo (Vasogênico)


Fisiopatologia

Choque Neurogênico
O choque neurogênico é o quadro secundário à lesão da medula, com consequente
perda do tônus simpático distal à lesão, ou seja, um quadro com repercussão
hemodinâmica. Com isso, os vasos sanguíneos, principalmente dos membros inferiores,
ficam vasodilatados sem a atuação do sistema simpático. O sangue é represado na
periferia, com consequente hipotensão, já que não chega ao coração.

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O coração sem a atuação do sistema simpático não apresenta taquicardia.

FIGURA – Ressonância Magnética.

Principais Tipos de Choque


SINAIS HIPOVOLÊMICO NEUROGÊNICO CARDIOGÊNICO SÉPTICO

Temperatura fria, úmida, fria, úmida, fria, úmida,


quente, seca
da pele pegajosa pegajosa pegajosa
Coloração da pálida, pálida, pálida,
rosada
pele cianose cianose rendilhada
Pressão normal ou normal ou normal ou normal ou
arterial diminuída diminuída diminuída diminuída
alerta,
Nível de
alterado lúcido, alterado alterado
consciência
orientado
Enchimento normal: < 2
> 2 seg > 2 seg > 2 seg
capilar seg
Frequência
aumentada diminuída aumentada aumentada
cardíaca
Fonte: BRASIL, 2016.

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Choque Neurogênico
A clínica do choque neurogênico apresentada pelo paciente será de hipotensão com
bradicardia. Outros achados sugestivos da lesão medular podem estar associados,
como a presença de nível sensitivo e motor. Em pacientes comatosos, em que não é
possível avaliar a motricidade e sensibilidade, pode-se avaliar o tônus do esfíncter anal,
que estará hipotônico, e, no homem, poderá evidenciar quadro de ereção.

16. (Residência Multiprofissional em Saúde/UEPA/2020) O enfermeiro ao avaliar que


um paciente em pós-operatório encontra-se hipotenso, bradicárdico, com cianose labial
e pele úmida e fria. Estes sinais clínicos são clássicos de:
a) Choque. c) Trombose. e) Edema pulmonar.
b) Embolia. d) Infarto.

17. (Residência Multiprofissional em UTI/HU-UFPI/2020) Paciente de 55 anos,


admitido na UTI com quadro de choque séptico, recebeu prontamente medidas iniciais
de ressuscitação volêmica com 2.000 ml de solução salina e antibiótico de amplo
espectro. Uma das metas a serem alcançadas no manejo hemodinâmico do paciente
séptico é:
a) Diurese > 0,5 ml/kg/h. d) Relação PaO²/FiO²>300.
b) PVC = 4 a 8 cmH²O. e) Leucócitos <4000.
c) PAM > 120 mmHg.

18. (Pref. de Aracruz-ES/IBADE/2019) O choque, que pode ser diferente na sua causa,
afeta todos os sistemas corporais podendo se desenvolver de forma muito rápida ou
lenta, dependendo da causa subjacente. Durante o choque, o organismo esforça-se para
sobreviver, exigindo que todos os seus mecanismos homeostáticos restaurem o fluxo
sanguíneo e a perfusão tecidual. O cuidado de enfermagem do paciente em choque
requer uma avaliação sistemática contínua, pois, são urgências ou emergências médicas
e além de cuidar dos pacientes através dos diferentes estágios de choque, a equipe de
enfermagem deve adequar as intervenções ao tipo de choque com rapidez e precisão,
pois existe uma classificação para cada tipo de choque. O choque que ocorre quando o
volume sanguíneo é anormalmente deslocado na vasculatura, fazendo com que volume
sanguíneo fique represado nos vasos sanguíneos periféricos é chamado de choque:
a) cardiogênico. c) hipovolêmico. e) hemorrágico.
b) distributivo. d) elétrico.

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Choque Distributivo - Anafilático


Reação sistêmica de hipersensibilidade imediata a antígenos pré-sensibilizados.

Imagem: Filme Hitch, 2005.

Choque Distributivo - Séptico

Fonte: medscaps, 2020.

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Extremidades quentes e ruborescidas

PA normal ou discretamente reduzida

Taquicardia e pulsos amplos


Fase inicial ou
hiperdinâmica Febre e sintomas constitucionais gerais

Taquipneia e alcalose respiratória

Confusão mental

Débito urinário normal

Extremidades frias e vasoconstrição


arterial

PA muito baixa

Taquicardia e pulsos filiformes

Fase avançada ou
Insuficiência respiratória
hipodinâmica

Acidose metabólica

Obnubilação progressiva e coma

Débito urinário reduzido

19. (Pref. de Apodi-RN/FUNCERN/2019) O choque é uma condição clínica que pode ser
definida como uma síndrome caracterizada pela incapacidade do sistema circulatório
fornecer oxigênio e nutrientes aos tecidos, de forma a atender as suas necessidades
metabólicas. Os tipos de choque classificados como distributivos são:
a) séptico e cardiogênico. c) anafilático, séptico e neurogênico.
b) anafilático e hipovolêmico. d) anafilático, séptico e cardiogênico.

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(EBSERH/CESPE/2018) Com referência ao choque séptico, julgue o item que se segue.


20. Na ocorrência de choque séptico, é indicado manter PAM igual ou superior a 65
mmHg, com reposição volêmica de cristaloides (30 mL/kg), e, caso não se obtenha
resposta, iniciar vasopressor.
( ) CERTO ( ) ERRADO

21. (Pref. de Eldorado do Sul-RS/FUNDATEC/2018) Qual o choque que ocorre devido à


lesão em medula no local de saída de nervos do sistema nervoso simpático e que em sua
maioria também é um choque causado por traumas?
a) Choque Anafilático. d) Choque Cardiogênico.
b) Choque Neurogênico. e) Choque Séptico.
c) Choque Hipovolêmico.

22. (Prefeitura de Damião-PB/CONTEMAX/2019) O estado de choque pode surgir por


diversas causas e, para cada caso, o choque tem uma definição específica. Nesse sentido,
o técnico de enfermagem observa que o paciente encontra-se: orientado, com pele seca
e quente, dificuldade para respirar, tontura, coloração rosada, hipotensão e bradicardia. É
CORRETO afirmar que o paciente está em estado de choque:
a) Neurogênico. c) Hipovolêmico. e) Anafilático.
b) Cardiogênico. d) Séptico.

23. (CISLIPA/FAFIPA/2015) O estado de choque é um estado de perfusão tecidual


inadequada que gera suprimento insuficiente de oxigênio (O2) e nutrientes aos tecidos e
impede a remoção dos produtos de excreção celular, causado por anormalidades no
veículo de transporte de O2(sangue) ou no sistema de transporte (sistema
cardiovascular). É caracterizado pelo desequilíbrio entre a perfusão e as necessidades
celulares. Sobre o Choque Distributivo, relacione a primeira coluna com a segunda:
(A) Choque Anafilático. (C) Choque Séptico.
(B) Choque Neurogênico. (D) Insuficiência da Suprarrenal.
1 - Relaciona-se com a incapacidade do paciente em produzir hormônios de estresse
Cortisol, caracteriza-se por redução da resistência vascular sistêmica, do volume
circulante e do débito cardíaco.
2 - Causado pela resposta do organismo a uma infecção sistêmica.
3 - Ocorre quando o indivíduo entra em contato comum antígeno para o qual foi
previamente sensibilizado (micro-organismos, fármacos, alimentos).

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4 - Decorre da redução do tônus vasomotor normal por distúrbio da função nervosa.


A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
a) 1 - D, 2 - C, 3 - A, 4 - B.
b) 1 - D, 2 - A, 3 - B, 4 - C.
c) 1 - B, 2 - D, 3 - A, 4 - C.
d) 1 - C, 2 - B, 3 - D, 4 - A.

24. (Câmara Municipal do Recife-PE/FGV/2014) O choque característico de uma lesão


raquimedular em que o paciente apresenta hipotensão, bradicardia, bom nível de
consciência e pele rosada no local da lesão, é denominado:
a) choque cardiogênico;
b) choque neurogênico;
c) choque hipovolêmico;
d) choque periférico;
e) choque anafilático.

25. (ALESE/FCC/2018) Sinais como temperatura da pele quente e seca, enchimento


capilar < 2 segundos, frequência cardíaca diminuída e pressão arterial normal ou
diminuída são indicativos do choque:
a) neurogênico.
b) hipovolêmico.
c) séptico.
d) cardiogênico.
e) térmico.

26. (IFRN/FUNCERN/2014) Em relação aos Estados de Choque, é correto afirmar que


a) o choque neurogênico é resultante da perda do tônus simpático, causando
hipervolemia relativa.
b) o choque anafilático é decorrente de uma reação alérgica grave, produzindo uma
vasoconstricção sistêmica avassaladora e a hipovolemia relativa.
c) o choque cardiogênico é resultante do deslocamento do volume do sangue que cria
uma hipervolemia relativa e uma liberação inadequada de oxigênio para as células.
d) o choque séptico é decorrente de uma infecção avassaladora que causa hipovolemia
relativa.

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Principais Tipos de Choque


Choque Cardiogênico

IAM como causa principal; Dispnéia, taquicardia, EAP,


arritmias, doenças valvares edemas de MMII, cianose

Inventigar histórico de IAM, ICC,


Mortalidade de 80 a 70%.
sopros.

Choque Cardiogênico
Fisiopatologia

Contratilidade
cardíaca diminuída

Débito cardíaco e
volume sistólico
diminuídos

Congestão Perfusão tecidual sitêmica Perfusão diminuída da artéria


pulmonar diminuída coronária

Choque Cardiogênico

Falência do coração como bomba  disfunção do músculo cardíaco;


• Quando IAM ↓ 40% da massa ventricular;
• A mortalidade 70-80%;
• Outras causas são miocardites, cardiomiopatias, doença de Chagas, doenças valvares,
arritmias;

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27. (Prefeitura de Areal-RJ/GUALIMPs/2020) Ocorre na incapacidade de o coração


bombear um volume de sangue suficiente para atender às necessidades metabólicas dos
tecidos. (FIOCRUZ, 2003, p. 47) Esta é a definição de:
a) Choque Cardiogênico.
b) Choque Hipovolêmico.
c) Choque Neurogênico.
d) Choque Septicêmico.

28. (FMS/NUCEPE/2019) O choque cardiogênico ocorre, quando a capacidade do


coração de contrair e bombear o sangue está comprometida e o suprimento do oxigênio
é inadequado para o coração e os tecidos. O enfermeiro precisa conhecer a fisiopatologia
do choque para melhor planejar o seu cuidado. Fazem parte os eventos, EXCETO:
a) Diminuição da contratilidade cardíaca.
b) Diminuição do volume sistólico e do débito cardíaco.
c) Congestão pulmonar.
d) Diminuição da perfusão coronariana.
e) Aumento da perfusão tissular sistêmica.

29. (EBSERH/AOCP/2015) Os sinas clássicos do Choque Cardiogênico são:


a) hipertensão arterial, sonolência, aumento do débito urinário, hipoxia cerebral.
b) hipotensão arterial, pulso rápido, pele quente, agitação, confusão mental.
c) pulso rápido e fraco, diminuição do débito urinário, hipertensão arterial, pele quente.
d) arritmias cardíacas, trombose, hipotensão arterial, pulso forte, obstrução de
vasos sanguíneos.
e) hipotensão arterial, pulso rápido e fraco, hipóxia cerebral evidenciada por confusão e
agitação, diminuição do débito urinário, pele fria e úmida.

30. (HCFMUSP/2015) O choque cardiogênico é diagnosticado pela presença de


alterações hemodinâmicas sistêmicas e pulmonares, que resultam de débito cardíaco e
perfusão tecidual inadequados. Leia as afirmações a seguir e indique se elas são(V) para
verdadeira e (F) para falsa.
( ) A causa mais comum de choque cardiogênico é infarto do miocárdio ventricular
esquerdo extenso.

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( ) O choque cardiogênico é causado pela perda da força contrátil atrial, que resulta em
volume sistólico e débito cardíaco aumentados.
( ) As manifestações clínicas do choque cardiogênico são congestão pulmonar, distensão
das veias cervicais e extremidades frias e cianóticas entre outras.
( ) Os líquidos deverão ser infundidos para aumentar a pressão de enchimento
ventricular.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) V, V, F, F. c) V, F, V, F. e) V, F, F, V.
b) F, V, F, V. d) F, V, V, F.

Principais Tipos de Choque


Choque Obstrutivo

Tamponamento cardíaco, Tríade de Beck, dispneia, desvio do


pneumotórax hipertensivo e embolia mediastino, asculta pulmonar
pulmonar. timpânica, dor torácica.

Turgência jugular sem edema


Cardiogênico ou Obstrutivo?
pulmonar pode ser sugestivo.

Choque Obstrutivo

Obstrução mecânica ao enchimento ou esvaziamento do


coração.

Fonte: Wikiwand, 2020.

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Tríade de Beck – choque, turgência jugular e


hipofonese de bulhas

Tamponamento Dispneia intensa e palidez cutânea


pericárdico

Acentuação do pulso paradoxal

Tratamento Pericardiocentese

Fonte: Emergências Clínicas-USP, 2020.

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Fonte: Emergências Clínicas-USP, 2020.

Pneumotórax hipertensivo:
• Instalação rápida;
• Condutas Imediatas (Descompressão e Drenagem).

• Sintomatologia típica:
• (Dor torácica;
• Dispneia intensa e cianose;
• Desvio da traqueia;
• MV - ; Hipertimpanismo à percussão;
• Turgência jugular;
• Hipotensão arterial e taquicardia;
• Enfisema subcutâneo).

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*Segundo Hinkle e Cheever (2016), o choque cardiogênico ocorre quando a capacidade


do coração para se contrair e bombear o sangue se mostra comprometida e o
suprimento de oxigênio é inadequado para o coração e para os tecidos. As causas do
choque cardiogênico são conhecidas como coronárias ou não coronárias.

Para o PHTLS (2019), esse tipo de choque resulta de causas que podem ser classificadas
como intrínsecas (resultado de lesão direta do próprio coração, a exemplo do IAM) ou
extrínsecas (relacionadas com problema fora do coração, a exemplo do tamponamento
cardíaco).

31. (UFPE/COVEST-COPSET/2019) A respeito dos achados hemodinâmicos no choque,


assinale a alternativa correta.
a) No choque cardiogênico secundário a regurgitação mitral aguda, encontramos débito
cardíaco ↓↓, resistência vascular periférica ↓, pressão capilar pulmonar ↑↑, pressão
venosa central ↑ ou ↑↑ e saturação venosa mista de O2 ↑.
b) No choque distributivo secundário a anafilaxia, encontramos débito cardíaco ↑↑ ou
↓, resistência vascular periférica ↑ ou normal, pressão capilar pulmonar ↓ ou normal,
pressão venosa central ↓ ou normal e saturação venosa mista de O2 ↓.
c) No choque obstrutivo extracardíaco por embolia pulmonar, encontramos débito
cardíaco ↓↓, resistência vascular periférica ↑, pressão capilar pulmonar normal ou ↓,
pressão venosa central ↑↑ e saturação venosa mista de O2 ↓.
d) No choque hipovolêmico, encontramos débito cardíaco ↓↓ resistência vascular
periférica ↓, pressão capilar pulmonar ↓ ↓, pressão venosa central ↓↓ e saturação
venosa mista de O2 ↓.
e) No choque séptico, encontramos débito cardíaco ↓ ou normal, resistência vascular
periférica ↓ ou ↓↓, pressão capilar pulmonar ↓ ou normal, pressão venosa central ↓
ou normal e saturação venosa mista de O2 ↓.

Tratamento do Choque
O tratamento clínico específico do choque depende do tipo de
choque e sua etiologia subjacente.

Ele também se baseia no grau de descompensação nos sistemas


orgânicos.

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Tratamento do Choque
O tratamento em todos os tipos e em todas as fases do choque inclui o seguinte:

suporte do sistema respiratório com O2 suplementar e/ou ventilação mecânica


para fornecer a oxigenação ótima (SpO2 ≥ 94%).

reposição de líquido para restaurar o volume intravascular.

medicamentos vasoativos para restaurar o tônus vasomotor e melhorar a função


cardíaca.

suporte nutricional para abordar os requisitos metabólicos.

Posicionamento adequado (Trendelenburg modificado) para o cliente que


apresenta sinais de choque.

Os membros inferiores são elevados até um ângulo de aproximadamente 20°; os


joelhos estão retos, o tronco está.

Fonte: HINKLE; CHEEVER, 2016

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Tratamento do Choque hipovolêmico

Restauração do volume intravascular e da


perfusão/oxigenação tecidual.

3 ml de solução eletrolítica  1 ml de perda estimada.

Reposição volêmica respeitando a Hipotensão


permissiva.
Objetivo Terapêutico
PAS 90 mmHg.

Ringer lactato é preferível.

Muito SF 0,9%  acidose hiperclorêmica.

Contraindicado soluções glicosadas.

Tratamento do Choque

Reposição de líquido para restaurar o volume intravascular.


Os líquidos administrados podem incluir:
• Cristaloides - (soluções eletrolíticas que se movimentam livremente entre os espaços
intravascular e intersticial), principalmente isotônicas (mesma concentração de
eletrólitos que o líquido extracelular) - parte da solução é perdida (apenas 30% vai pro
vaso).
• SF 0,9% e lactato de Ringer - solução eletrolítica que contém o íon lactato, que é

convertido em bicarbonato, o que ajuda a tamponar a acidose global.


• Coloides - (soluções de grandes moléculas) - principalmente a albumina (↑ custo); e
• Hemoderivados - (papa de hemácias, plasma fresco congelado e plaquetas).

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Tratamento do Choque - Medicações Vasoativas


Medicações Ação Desejada no Choque Desvantagens

Agentes Inotrópicos melhora a contratilidade,


↑ demanda de oxigênio do
Dobutamina, dopamina, ↑ o volume sistólico, ↑ o
coração.
milrinona débito cardíaco;

Vasodilatadores ↓ a pré e a pós-carga, ↓ a


nitroglicerina (tridil), demanda de oxigênio do causa hipotensão.
nitroprussiato (nipride) coração;
↑ a pós-carga, ↑ a carga de
Agentes Vasopressores
trabalho cardíaca; compromete a
norepinefrina, dopamina, ↑ PA por vasoconstrição;
perfusão da pele, rins, pulmões,
fenilefrina, vasopressina
trato gastrintestinal.
Fonte: Brunner & Suddarth, 2016

Tratamento do Choque Cardiogênico


Choque cardiogênico coronário

Terapia trombolítica

Intervenção coronária percutânea (PCI)

Cirurgia de revascularização do miocárdio (CABG)

Terapia com bomba por balão intra-aórtico ou alguma combinação desses


tratamentos

Choque cardiogênico não coronário

Corrigir a causa subjacente, como a substituição de uma válvula cardíaca


defeituosa

Correção de uma arritmia

Correção da acidose e dos distúrbios eletrolíticos ou tratamento do


pneumotórax hipertensivo

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O2 - 2 a 6 ℓ/min para SPO2 > 90%

Controle da dor
Morfina é administrada para o alívio da dor, dilatar os vasos sanguíneos, reduzir
ansiedade

Terapia com líquidos

É necessária, mas com controle rigoroso para evitar sobrecarga

No choque cardiogênico coronário - os objetivos da terapia com medicamento


vasoativo são a contratilidade cardíaca melhorada, a diminuição da pré e pós-carga, e
o ritmo e a FC estabilizados.

Como melhorar a contratilidade e ↓ a carga de trabalho cardíaca são opostas; pode-se


administrar: agentes inotrópicos (↑ DC = ↑ contratilidade e FC) e vasodilatadores (↓
pós-carga = ↓ carga do coração e consumo de O2. ↓ pré-carga);

Medicamentos mais utilizados = dobutamina, nitroglicerina e dopamina;

Dispositivos de assistência mecânica = balão intra-aórtico .

Principais DVAS no Choque Cardiogênico

Dobutamina:
• Catecolamina sintética (mistura racêmica). Arritmias
• Atua sobre receptores -adrenérgicos. Hipotensão arterial
• Aumenta FC e a contratilidade miocárdica.
• Aumento DC.
• Fraca ação vasodilatadora.
• Dose inicial : 2,5 g/kg/min. hipovolemia

Indicações:
• Aumentar DC em pacientes com choque cardiogênico ou séptico.
• Aumentar o fluxo sangüíneo para região esplâncnica e renal.

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Dopamina
• Precursora imediata da noradrenalina.
• Atua sobre receptores dopa,  e -adrenérgicos. Arritmias
• Vasodilatação dos leitos arteriais renal e mesentérico.
• Aumenta o crono e o inotropismo cardíaco.
• Aumenta a RVS (vasoconstricção).
• Dose inicial : 2,5 g/kg/min.

Indicações:
• Aumentar a PAM.
• Pouca ação sobre função renal (especialmente em sépticos).

Noradrenalina:
• Atua sobre receptores 1-adrenérgicos. Arritmias
• Aumenta contratilidade miocárdica (1). Alterações perfusionais
• Aumenta a PAM (pressão de perfusão).
• Ação imprevisível sobre o DC.
• Dose inicial : 0,1 g/kg/min.

Indicações:
• Aumentar PAM (especialmente, sépticos).
• Pode melhorar a perfusão renal (vasoplegia).

Identificação e a eliminação da causa da infecção.

As amostras de sangue, escarro, urina, drenagem de feridas e


extremidades de cateteres invasivos são coletadas para a
Tratamento do Choque
cultura, usando a técnica asséptica.
Séptico

Quando o organismo infectante é desconhecido, antibióticos


de amplo espectro são iniciados até resultados da cultura e
dos testes de sensibilidade.

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Restaurar o tônus simpático, quer por meio da


estabilização de uma lesão da medula espinal; quer, no
caso da anestesia espinal, por posicionar o paciente da
maneira adequada.
Tratamento do Choque
Neurogênico

O tratamento específico depende da etiologia do


choque.

Remover o antígeno deflagrador (alérgeno).

Realização de cricotireoidostomia de urgência.

Tratamento do Choque Proteção da via aérea e ventilação.


Anafilático

Reanimação volêmica.

Administração de vasopressores (epinefrina), anti-


histamínicos (difenidramina), broncodilatadores e
corticoides.

32. (Residência Multiprofissional em UTI do Adulto/UESPI/2020) Trata-se de


catecolamina sintética derivada do isoproterenol, possui pouca ação nos níveis
pressóricos, fluxo renal e coronariano, porém aumenta o volume sistólico e o débito
cardíaco, tem indicação, nos choques cardiogênicos e Insuficiência Cardíaca Congestiva,
sendo contra indicada em estados hipovolêmicos:
a) Dopamina.
b) Dobutamina.
c) Lidocaína.
d) Adrenalina.
e) Nitroglicerina.

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Gabarito

1-D 8-A 15 - C 22 - A 29 - E
2-A 9-C 16 - A 23 - A 30 - C
3-D 10 - C 17 - A 24 - B 31 - C
4-E 11 - E 18 - B 25 - A 32 - B
5-A 12 - D 19 - C 26 - D
6-B 13 - D 20 - CERTO 27 - A
7-C 14 - A 21 - B 28 - E

Arritmias
Hipotensão arterial

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