10 - Glicólise, Glicogenôlise e Gliconeogêse (Aulas)

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA
E TECNOLOGIA GOIANO

Disciplina: Bioquímica

Profa Dra Leticia Valvassori

Glicólise
Capítulo 14
Gliconeogênese
Via das pentoses
LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M.
Princípios de Bioquímica. 6ª Edição, 2014. Ed. Prof. Dra Leticia Valvassori Rodrigues
Artmed. 1
... Relembrando...
Conceito de Metabolismo:
Metabolismo celular é o conjunto de reações que ocorrem no ambiente celular com o objetivo de sintetizar as
biomoléculas ou degradá-las para produzir energia.

“Conjunto de reações orgânicas que os organismos vivos realizam para obter energia e para
sintetizar as substâncias de que necessitam”(Lehninger).

Catabolismo Anabolismo
2
... Relembrando...

3
... Relembrando...
O catabolismo inicia com a digestão:
-polissacarídeos são quebradas em monosacarídeos,
-lipídios são quebrados em ácidos graxos e glicerol e
-proteínas são quebradas em seus aminoácidos.
•Após a digestão temos os catabolismos de carboidratos, de lipídios e de aminoácidos.

Todos esses três metabolismos convergem


para o Ciclo do Ácido Cítrico!

- também denominado de Ciclo de Krebs


- a acetil-CoA é convertida em CO2 e H2O, e a energia é conservada na forma de ATP, GTP, NADH e FADH2 .
- Por fim segue para a etapa da fosforilação oxidativa onde todos são convertidos em ATP, armazenando assim a
energia.
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CATABOLISMO DE CARBOIDRATOS

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CATABOLISMO DE CARBOIDRATOS

Produção de energia dividida em 3 etapas:

I. Glicólise;
II. Clico de Krebs;
III. Cadeia respiratória – fosforilação oxidativa

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CATABOLISMO DE CARBOIDRATOS

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CATABOLISMO DE CARBOIDRATOS

Os carboidratos possuem um monômero centralisador = glicose.

A glicose é estocada:
- Na forma de glicogênio nos animais
- Na forma de amido ou sacarose nas plantas

MAS COMO CONSEGUIR A ENERGIA QUE ESTÁ NAS MOLÉCULAS DE


GLICOSE???

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GLICOSE
Ao quebrar as ligações entre os
CARBONOS ocorre a liberação
de energia . Ao quebrar as
ligações entre os CARBONOS
ocorre a liberação de energia .

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GLICÓLISE
• É a quebra da glicose;
• Ocorre no citoplasma;
• A energia liberada é transferida para os ATP;
• Processo anaeróbio;
• A glicólise, que possui 10 reações.

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GLICÓLISE
•Também chamada de via glicolítica (citosol)
•Ocorre por anaerobiose e é um processo pelo qual uma hexose (6C), a molécula de
glicose, é oxidada a duas moléculas de piruvato(3C).

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GLICÓLISE
• É o catabolismo da glicose.
• Lise = quebra ou degradação
• Nela a molécula de 6 carbonos da glicose é convertida em duas moléculas de 3
carbonos de piruvato, gerando energia na forma de ATP e NADH durante o
processo.

•Dividida em duas etapas de 5 reações cada

É a sequência metabólica de várias reações catalisadas por enzimas


promovendo a habilidade da glicose gerar ATP

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GLICÓLISE

1ª à 5ª etapa da Glicólise

•Fase preparatória
Nesta etapa ATP é
consumido para ativar
a molécula de glicose e
convertê-la em
gliceraldeído-3- fosfato

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GLICÓLISE

6ª à 10ª etapa da Glicólise

•Fase de compensação
O gliceraldeído 3-
fosfato é convertido
em piruvato, e energia
é armazenada na
forma de ATP

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GLICÓLISE

1ª etapa da Glicólise

•A glicólise inicia com a fosforilação da glicose.


•A enzima hexoquinase utiliza uma molécula de ATP para converter a glicose em glicose-6-
fosfato

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GLICÓLISE

1ª etapa da Glicólise

O mecanismo envolve um ataque nucleofílico da


hidroxila do álcool primário na posição C-6 ao
fósforo-γ do ATP., onde o ADP é o grupo
abandonador.

Embora essa reação seja energeticamente


favorável, ela não ocorreria sem o auxílio da
enzima e do Mg2+, pois as cargas negativas dos
grupos fosfato impediriam a aproximação do
nucleófilo na substituição nucleofílica.
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GLICÓLISE

2ª etapa da Glicólise

•A enzima fosfo-hexose-
isomerase, através de quatro
reações sucessivas de catálise
enzimática básica geral e ácida
geral, promove a conversão de
glicose-6-fosfato em frutose-6-
fosfato

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GLICÓLISE
2° outro resíduo básico de
Glu remove o Hα
carbonílico que possui
2ª etapa da Glicólise caráter ácido, formando
1° Ataque de um resíduo básico assim o cisenedio
de Glu à hidroxila do carbono
anomérico, abrindo a ligação
hemiacetal da glicose- 6-fosfato.

3° Um resíduo ácido
de Glu doa o H ácido
ao enediol,
isomerizando a
4°Por fim ocorre o glicose-6- fosfato
fechamento do anel numa para frutose-6-
ligação hemicetal. fosfato

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GLICÓLISE

3ª etapa da Glicólise

• A enzima fosfofrutoquinase catalisa a transferência de um fosfato do ATP para a hidroxila


do C-1 da frutose 6-fosfato, formando a frutose-1,6-bifosfato.

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GLICÓLISE

4ª etapa da Glicólise

• A enzima aldolase catalisa a reversão


de uma condensação aldólica,
convertendo a frutose-1,6-bifosfato em
gliceraldeído- 3-fosfato e
diidroxiacetona-fosfato.

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GLICÓLISE

5ª etapa da Glicólise – última da preparatória

•A diidroxiacetona-fosfato é
isomerizada à gliceraldeído-3- fosfato
num mecanismo análogo ao da
isomerização da glicose-6- fosfato à
frutose-6-fosfato (já visto).

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GLICÓLISE

6ª etapa da Glicólise

• A enzima gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase utiliza o NAD+ para oxidar o gliceraldeído-


3-fosfato e incorporar em sua molécula um fosfato inorgânico, gerando o 1,3-bifosfoglicerato.

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GLICÓLISE

6ª etapa da Glicólise
2° NAD+ captura o
1° O grupo aldeído sofre um hidrogênio do C-1,
ataque nucleofílico do grupo enquanto um resíduo
tiol (-SH) de um resíduo de básico captura o hidrogênio
Cys, formando um tio- da hidroxila, convertendo
hemiacetal e se ligando a o tiohemiacetal
enzima. em tio-éster e liberando
uma molécula de NADH.
3°A carbonila então sofre ataque
nucleofílico do fosfato inorgânico,
numa substituição acílica nucleofílica,
gerando o 1,3-bifosfoglicerato e
regenerando a enzima.

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GLICÓLISE

7ª etapa da Glicólise

• O grupo fosforil do 1,3-bifosfoglicerato é transferido para uma molécula de ADP pela enzima
fosfoglicerato-quinase, formando ATP e 3- fosfoglicerato.
• O mecanismo é análogo em todas as fosforilações, mas dessa vez o sentido energeticamente
favorável é a transferência do fosfato para o ADP.

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GLICÓLISE

8ª etapa da Glicólise

• A enzima fosfoglicerato-mutase catalisa a isomerização do 3- fosfoglicerato em 2-


fosfoglicerato.

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GLICÓLISE

9ª etapa da Glicólise

• A enzima enolase desidrata o 2-fosfoglicerato, formando o


fosfoenolpiruvato.

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GLICÓLISE

10ª etapa da Glicólise

•O fosfoenolpiruvato transfere seu fosfato


para o ADP, gerando o enol do piruvato
que tautomeriza para piruvato, e uma
molécula de ATP

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GLICÓLISE

Balanço final da Glicólise

Glicose + 2ATP + 2NAD+ + 4ADP + 2Pi → 2Piruvato + 2ADP + 2NADH + 2H+ + 4ATP + 2H2O

Balanço já simplificando:

Glicose + 2NAD+ + 2ADP + 2Pi → 2Piruvato + 2NADH + 2H+ + 2ATP + 2H2O

Como podemos notar, há um ganho energético na


glicólise de 2ATP. Além disso, os elétrons conservados
na forma de NADH serão utilizados na fosforilação
oxidativa para a converção de ADP em ATP.

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GLICÓLISE

Regulação da Glicólise

A via glicolítica em geral é estimulada pela insulina.


No fluxo metabólico, através da glicólise existem três pontos de regulação que são as etapas
irreversíveis onde estão envolvidas as enzimas abaixo:
- A Hexoquinase é inibida pelo próprio produto, glicose-6-P.
- A Fosfofrutoquinase I é inibida por ATP e por citrato, o qual sinaliza a abundância de
intermediários do ciclo de Krebs. É também inibida por H+, o que é importante em situações de
anaerobiose, na qual a fermentação produz ácido láctico, o que faz baixar o pH. Provavelmente este
mecanismo impede que nestas situações, a célula esgote toda a sua reserva de ATP na reação da
fosfofrutoquinase, o que impediria a ativação da glicose pela hexoquinase. É estimulada pelo substrato
frutose-6-fosfato, AMP e ADP que sinalizam falta de energia disponível. Essa etapa é regulada
negativamente pela Fosfrutoquinase II através do glucagon.
- A Piruvato Quinase inibida por ATP e por acetil-CoA e também pelo glucagon.

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GLICÓLISE

Entrada de outros carboidratos na glicólise

• A via glicolítica centraliza o metabolismo de carboidratos, já que a glicose é de longe o


carboidrato mais abundante.
• Os outros carboidratos então precisam se moldar para se encaixar.
Ex:
• monossacarídeos D-frutose,
• D-galactose,
• D-manose,
• dissacarídeos trealose, lactose e sacarose,
• polissacarídeos amido e glicogênio

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GLICÓLISE

Como outros carboidratos se inserem na via glicolítica??

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GLICÓLISE

Como outros carboidratos se inserem na via glicolítica??

Os polissacarídeos: Amido e glicogênio

• Via ingestão: sejam eles amido ou glicogênio, são hidrolisados à glicose na boca e no estômago,
pela enzima α-amilase presente na saliva ou secretada pelo pâncreas, quebrando as ligações
α1→4.
• As ligações α1→6 das ramificações são quebradas no intestino, sendo absorvida apenas a glicose.

• Quando necessitamos de glicose, esses polissacarídeos armazenados são quebrados e ao


mesmo tempo fosforilados pela enzima fosforilase.
• Os animais possuem a glicogênio-fosforilase e as plantas a amido-fosforilase. Ambas convertem
o polissacarídeo em glicose-1-fosfato com gasto de ATP.
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GLICÓLISE

Como outros carboidratos se inserem na via glicolítica??

Os dissacarídeos

• Os dissacarídeos são quebrados em monossacarídeos durante o processo digestivo.


• A enzima dextrinase quebra a dextrina no intestino
• a enzima maltase quebra a maltose
• a sacarase quebra a sacarose
• a trealase quebra a trealose
• lactase quebra a lactose.

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GLICÓLISE

Como outros carboidratos se inserem na via glicolítica??

Os monossacarídeos

•Após serem hidrolisados em monossacarídeos, estes são absorvidos nas vilosidades da parede
intestinal e entram na corrente sangüínea.
•Ao chegar às células segue um caminho para se encaixar na via glicolítica.
•A frutose é fosforilada pela enzima frutoquinase, gerando frutose-1-fosfato
•A frutose-1-fosfato é então quebrada em duas pela aldolase, numa reação idêntica a quebra da
frutose-1,6-bifosfato,gerando diidroxiacetona-fosfato e gliceraldeído.
•Por fim o gliceraldeído é fosforilado pela enzima triosequinase dando gliceraldeído-3-fosfato, Se
encaixando desta forma na via glicolítica

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DESTINOS DO PIRUVATO

O piruvato formado na glicólise segue um dos seus três destinos:

- Formação do etanol (via anaeróbia);


- Formação do lactato (via anaeróbia);
- Formação da Acetil-CoA (via aeróbica - do Ciclo de Krebs).

Fermentação Fermentação láctica Ciclo do ácido cítrico


alcoólica •Em condições
•Em condições
•Outros anaeróbicas alguns aeróbicas, o piruvato é
microorganismos microorganismos e as convertido a acetil-
como as leveduras nossas células coenzima-A, que entra
convertem o musculares, o no ciclo do ácido cítrico
piruvato em etanol piruvato é convertido sendo convertida em
à lactato. CO2 e água.

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DESTINOS DO PIRUVATO

UTILIZAÇÃO DO PIRUVATO NO CITOSOL

A fermentação alcoólica

Fermentação feita
através de
microorganismos

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DESTINOS DO PIRUVATO

UTILIZAÇÃO DO PIRUVATO NO CITOSOL

A fermentação láctica

A enzima lactato-
desidrogenase utiliza o
NADH para reduzir o C-2
do piruvato de cetona
para álcool, formando o
lactato

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DESTINOS DO PIRUVATO

UTILIZAÇÃO DO PIRUVATO NA MATRIZ MITOCONDRIAL

A ) RESPIRAÇÃO AERÓBICA

A respiração aeróbica envolve a glicólise e o ciclo do ácido tricarboxílico (ciclo de Krebs). O


piruvato é completamente degradado a dióxido de carbono (CO2) e, nesse processo, o NAD é
convertido a NADH + H+ . Desta forma, na fermentação aeróbica, o NADH é gerado a partir de
duas rotas: a glicólise e o ciclo de Krebs, para gerar ATP na cadeia de transporte de elétrons. A
fosforilação oxidativa converte o excesso de NADH + H+ à NAD+ e, no processo, produz moléculas
de ATP como forma de energia a ser armazenada. Nesse processo estão envolvidos outros pares
redoxes como veremos adiante. A conversão de oxigênio à água é o passo final deste processo
através do par redox 2 H+ + ½ O2. Portanto, a respiração celular aeróbica tem como objetivo
principal produzir energia a partir da decomposição de glicídios, gorduras e aminoácidos, utilizando
para tal, o oxigênio.

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GLICOGÊNESE E GLICOGENÓLISE

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GLICOGÊNIO

- Polissacarídeo de reserva animal


- Constituído por moléculas de α-D-glicose ligadas entre si por ligações
glicosídicas 1,4 no alongamento das cadeias e 1,6 nas ramificações

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GLICOGÊNESE

- Produção de glicogênio
- Produzidos pelo fígado (5% do seu peso em glicogênio ) e músculo (1% do seu
peso em glicogênio)
- Formados a partir de um resíduo de glicogênio existentes na célula
- Primer : enzima glicogenina associada a 4 moléculas de glicose existente na
célula

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GLICOGÊNESE

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GLICOGÊNESE

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GLICOGÊNESE

REGULAÇÃO DA GLICOGÊNESE

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GLICOGENÓLISE

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GLICOGÊNÓLISE

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GLICOGENÓLISE

Ação de três enzimas:


G-fosforilase, transferase e enzima desramificadora

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GLICOGENÓLISE

REGULAÇÃO DA GLICOGÊNÓLISE

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GLICONEOGÊNESE / NEOGLICOGENÊSE
• Alguns tecidos do corpo utilizam apenas glicose como fonte de energia, não sendo capazes de
metabolizar aminoácidos ou lipídios.
Ex:cérebro, sistema nervoso, eritrócitos, testículos, medula renal e tecidos embrionários.

• É necessário manter um nível de concentração de glicose na corrente sangüínea.

• Em geral nosso estoque de glicogênio armazenado no fígado e músculos é suficiente, em


períodos de jejum prolongado, ou após exercícios físicos extenuantes o estoque de glicogênio se
esgota, sendo necessário ao organismo apelar para a síntese da glicose a partir de
precursores não oriundos de carboidratos.

Isso é alcançado por uma rota do anabolismo de carboidratos denominada de


GLICONEOGÊNESE
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GLICONEOGÊNESE / NEOGLICOGENÊSE

GLICONEOGÊNESE

é a formação da glicose

a partir de precursores não-carboidratos (“formação de açúcar novo”)

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GLICONEOGÊNESE / NEOGLICOGENÊSE

Precursores (substratos):

· Glicerol: liberado durante a hidrólise dos triglicerídeos no tecido adiposo - na


lipólise - e levado ao fígado pelo sangue.
· Lactato: é produzido durante a glicólise anaeróbica e é liberado na corrente
sanguínea pelo músculo. Faz parte do ciclo de Cori (conecta a gliconeogênese e a
glicólise), no qual o lactato é captado pelo fígado e é oxidado, sendo convertido
a piruvato pela ação da piruvato desidrogenase. O piruvato é então reconvertido
em glicose, que é liberada de volta para a circulação.
Aminoácidos: os esqueletos carbônicos dos aminoácidos são usados para
fornecer piruvato ou intermediários do Ciclo de Krebs. Durante o jejum, ocorre a
hidrólise de proteínas dos tecidos e a produção de aminoácidos, que são a principal
fonte de glicose durante esse período. Depois da desaminação de grande parte dos
aminoácidos, seus esqueletos de carbono podem ser convertidos em glicose.

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GLICONEOGÊNESE / NEOGLICOGENÊSE

Ciclo de Cori

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GLICONEOGÊNESE / NEOGLICOGÊNESE

Na gliconeogênese, o piruvato é convertido à glicose,


numa reversão das reações da glicólise.
Como a maioria das reações de glicólise é reversível isto
pode ser feito sem problemas, mas com algumas
ressalvas.
• As etapas que na glicólise gastam ATP na
gliconeogênese são revertidas por hidrólise,
liberando fosfato inorgânico(Pi), mas com perda da
energia, são elas a conversão de glicose-6-fosfato para
glicose, e a conversão de frutose-1,6- bifosfato para
frutose-6-fosfato.

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GLICONEOGÊNESE / NEOGLICOGÊNESE

Portanto, três etapas diferem da glicólise:


• 1° etapa: A reação que era catalisada pela piruvato
quinase na glicólise passa a ser catalisada pela piruvato
carboxilase e pela fosfoenolpiruvato carboxiquinase. O
piruvato é transformado em oxaloacetato pela piruvato
carboxilase. O oxaloacetato é convertido em
fosfoenolpiruvato pela fosfoenolpiruvato carboxiquinase.
O fosfoenolpiruvato é transformado em frutose-1,6-
bisfosfato por enzimas participantes na glicólise, que
catalisam reações reversíveis, podendo operar a via no
sentido inverso.

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GLICONEOGÊNESE / NEOGLICOGÊNESE

Portanto, três etapas diferem da glicólise:


• 1° etapa: Conversão do piruvato a oxaloacetato o qual
é convertido em fosfoenolpiruvato.

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GLICONEOGÊNESE / NEOGLICOGÊNESE

Portanto, três etapas diferem da glicólise:


2º etapa: Há a conversão da frutose-1,6-bisfosfato em
frutose-6-fosfato. Esta reação é catalisada pela frutose-
1,6- bifosfatase.

3º etapa: Nesta etapa faz-se a conversão de glicose-6-


fosfato em glicose. O grupo fosfato ligado ao carbono 6
da glicose-6-fosfato sofre hidrólisse catalisada pela
glicose-6-fosfatase. O produto dessa reação é a glicose
não fosforilada que, assim, pode atravessar a membrana
plasmática. A enzima glicose-6-fosfatase só ocorre no
fígado e rins. 65
GLICONEOGÊNESE / NEOGLICOGÊNESE

Portanto, três etapas diferem da glicólise:


2º etapa: Há a conversão da frutose-1,6-bisfosfato em
frutose-6-fosfato.

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GLICONEOGÊNESE / NEOGLICOGÊNESE

Portanto, três etapas diferem da glicólise:


3º etapa: Nesta etapa faz-se a conversão de glicose-6-
fosfato em glicose.

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GLICONEOGÊNESE / NEOGLICOGÊNESE
Regulação: a gliconeogênese é regulada
pelo glucagon, disponibilidade de substratos
gliconeogênicos e mudanças na atividade enzimática.

· Glucagon: estimula a gliconeogênese.

· Disponibilidade de substrato: influencia a velocidade da síntese de


glicose.

· Ativação alostérica pela acetil-CoA: há a ativação alostérica da PC


hepática pela acetil—CoA durante o jejum.

· Inibição alostérica pelo AMP: a frutose-1,6-bisfosfatase é inibida por


AMP. 69
GLICONEOGÊNESE / NEOGLICOGÊNESE

Custo energético

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VIA DAS PENTOSES

• Ou via do fosfogliconato ou via da hexose-monofosfato

• O destino principal de glicose, como vimos até o momento é servir de fonte de energia,
gerando ATP.

• Entretanto, alguns tecidos especializados utilizam a glicose-6- fosfato para a produção


de pentoses-fosfato, que serão utilizadas na síntese do DNA, RNA, CoASH, ATP,
FADH2 e NADH.

Essa rota metabólica é denominada via das pentoses!


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VIA DAS PENTOSES

• As células dos tecidos animais degradam a


glicose 6-fosfato na via glicolítica (glicólise)
até piruvato. Grande parte deste piruvato é
oxidada a acetil-CoA, que por sua vez será
oxidado no ciclo de Krebs (ciclo do ácido
cítrico) formando ATP (principalmente, por
fosforilação oxidativa). Porém, existem
outros destinos catabólicos para a glicose 6-
fosfato, entre eles: o ciclo das pentoses
fosfato, também, denominado de via das
pentoses fosfato ou via do 6-fosfo gliconato.
72
VIA DAS PENTOSES

NA FASE OXIDATIVA
A glicose-6-fosfato é oxidada até ser
convertida à ribose-5-fosfato, para ser
utilizada na biossíntese.

NA FASE NÃO OXIDATIVA


A ribose-5-fosfato é reconvertida à
. glicose-6- fosfato para ser degradada e
produzir energia

73
VIA DAS PENTOSES
NA FASE OXIDATIVA
1ª reação 2ª reação 3ª reação 4ª reação

Oxidação Hidrólise Descarboxilação oxidativa Isomerização 74


VIA DAS PENTOSES

NA FASE NÃO OXIDATIVA

75
VIA DAS PENTOSES

VIA OXIDATIVA

- Produção de 2 NADPH que não aciona cadeia respiratória.


- Conversão de uma glicose em uma pentose com liberação de CO2
- Utilização das pentoses para produção de nucleotídeos
- Enzima marca-passo: G6PD
76
VIA DAS PENTOSES

NA FASE NÃO-OXIDATIVA

Reações de Trancetolases
e Transaldolases:
catalisam a transferência de
fragmentos de 2 C de uma
cetose (doador) para uma
aldose (receptor)

77
VIA DAS PENTOSES

VIA NÃO OXIDATIVA

- Interconversão das pentoses em substâncias intermediárias da via glicolítica.


- As pentoses são convertidas a hexoses ou trioses lançadas na via glicolítica.
- Cada 3 moléculas de ribose -5 -fosfato são convertidas à 2 hexoses e uma triose
- Não existe ganho ou perda de energia

78
VIA DAS PENTOSES

CONTROLE DA VIA DAS PENTOSES

A enzima marca-passo da rota é a glicose-


6P desidrogenase. Esta enzima
é inibida quando a relação entre as
concentrações de NADPH e
NADP+([NADPH]/[NADP+]) estiver alta e
é ativada quando a relação estiver baixa

79
VIA DAS PENTOSES

RELAÇÃO COM A GLICÓLISE

80

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