Qualidade - Produção Mecânica
Qualidade - Produção Mecânica
Qualidade - Produção Mecânica
Qualidade
Qualidade
Produção mecânica
© SENAI-SP, 1996
Equipe responsável
Ficha catalográfica
S47q SENAI - Qualidade Por Luiz Roberto Gasparetto, São Paulo, 1996-
Produção Mecânica 6 – Qualidade, 188 p
621.01
CDU, IBCT,1976
E-mail [email protected]
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SENAI
Qualidade
Sumário
Conteúdos 5
Objetivos gerais 7
Princípios e Filosofia da Qualidade total 9
Gerenciamento da qualidade 17
Custo da qualidade 23
Sistema da Qualidade - Normas ISSO Série 9000 35
Ferramentas da qualidade 61
Gestão ambiental 141
Anexos 151
Bibliografia 187
SENAI
Qualidade
Conteúdos
Teste 1 01 hora
SENAI 5
Qualidade
Teste 2 01 hora
Total 42 horas
6 SENAI
Qualidade
Objetivos gerais
Conhecer
Estar informado sobre:
• Princípios de Filosofia da Qualidade total;
• Os custos envolvidos na qualidade;
• Os métodos gerenciais para resolução de problemas;
• As rotinas que norteiam o sistema de gerenciamento da qualidade;
• Os sistemas de garantia da qualidade;
• Os prejuízos decorrentes da não efetivação dos procedimentos da garantia da
qualidade;
• Aplicação, abrangências e implicações das Normas ISO série 9000;
• A dinâmica de aplicação das ferramentas da qualidade;
• A abrangência da norma ISO 14000.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Fundamentar a necessidade de uma política industrial da qualidade;
• Nível de abordagem do programa de qualidade adota nas empresas;
• Aplicação do método para resolução de problemas;
• Padronização, controle e implantação das rotinas de gerenciamento da qualidade
• Identificação dos métodos de garantia da qualidade;
• Explicar os objetivos e a abrangência das normas ISO série 9000;
• A utilização das ferramentas da qualidade.
SENAI 7
Qualidade
Ser capaz
Aplicar conhecimentos para:
• Reconhecer o programa de qualidade total no âmbito da sua empresa;
• Identificar e descrever as condições necessárias para implantação da qualidade
total nas empresas;
• A resolução de problemas nas empresas através do método de resolução de
problemas;
• Descrever os pressuposto e diretrizes das normas ISO Série 9000 para
implantação de sistemas de garantia da qualidade;
• Descrever e fundamentar o desenvolvimento de meios e procedimentos de controle
integrados aos sistemas de garantia da qualidade;
• Implementação de rotinas para utilização das ferramentas da qualidade no controle
do processo;
• Reconhecer e identificar na empresa, as Normas ISO série 9000 e os critérios para
obtenção da certificação;
• Criar conciência preservacionista e adquirir cultura de ISO controle ambiental;
8 SENAI
Qualidade
Princípios e filosofia da
qualidade total
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá.
Conhecer
Esta informado sobre:
• Os percursores da Qualidade a nível mundial;
• Os princípios da Qualidade total;
• As condições fundamentais para a implantação da Qualidade total nas empresas.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• A implicação das mudanças comportamentais para o êxito dos programas de
qualidade nas empresas;
• A norma ISO 8402 - Conceituação e Terminologia.
Ser capaz
Aplicar conhecimentos para:
• Reconhecer e contribuir para o desenvolvimento dos programas de gestão de
qualidade nas empresas.
Introdução
A história nos tem mostrado que "Novos Tempos" exigem mudanças de postura como
condição de sobrevivência.
SENAI 9
Qualidade
Embora isso ocorra, também é verdade que toda organização deve ter estabelecido
seus procedimentos cotidianos com uma boa dose de coerência e dotada de
flexibilidade tal que possa, através de uma análise crítica, real e constante, notear
ações de melhoria e aperfeiçoamento contínuos.
A evolução dos conceitos sobre Sistema da qualidade, iniciou-se nos anos 20 através
do conceito de "inspeção final" e das primeiras teorias do "Controle Estatístico da
Qualidade", por necessidade dos organismos militares dos E.U.A.
Anos 20:
A ordem é simplificar e padronizar o trabalho. Cita-se a Administração científica de
Frederick Taylor e as linha de montagem de Henry Ford.
Anos 30:
Controle da qualidade do produto e eliminação dos defeitos com ajuda da estatística.
Destaque para Walter Shewhart dos Laboratórios Bell.
Anos 50:
O controle de qualidade dos EUA é imitado pelos japoneses com atuação dos norte
americanos W. Edwards Deming e Joseph M. Juran.
Anos 60:
Os japoneses implantam o Contrale de Qualidade Total de Genichi Taguchi e os
Círculos de Qualidade de Kaoru Ishikawa.
Anos 70:
Surge nos EUA a Administração por objetivos. Todos os níveis de uma organização
devem atingir objetivos específicos. Registra-se a continuidade da estagnação em todo
Ocidente.
Anos 80:
Os EUA criam a gestão da qualidade total, imitando o Japão. Destaque para a
Motorola e Xerox. Surgem os indícios de focar os clientes.
10 SENAI
Qualidade
Deming
Introduziu técnicas gerenciais e métodos estatísticos. Suas prescrições baseiam-se em
profundas mudanças nas relações entre empresas, fornecedores, clientes e
funcionários.
Juran
Apresentou o conceito de conformidade com as especificações adequação ao uso e
ênfase nas ações preventivas. Para ele administrar a qualidade envolve três
processos: Planejamento, controle e melhoria;
Crosby
Criou a concepção zero defect ( zero defeito) e popularizou o conceito de fazer certo
da primeira vez.
Feigenbaun-
Desenvolveu o conceito de TQC (Total Quality Control), tratando-o como questão
estratégica que demanda profundo envolvimento de todos dentro da organização,
concluindo com uma filosofia de compromisso com a melhoria.
Ishikawa
Aplicou o CWRC (Company Wide Quality Control), programas de Qualidade
participativa (E.Q.C.).
Comportamento x Mudança
Muitas coisas têm ocorrido nos últimos anos, a nível mundial, e conseqüentemente, a
nível nacional que representam mudanças, evolução, crescimento, modernização,
obrigando as empresas a se adaptarem ao ambiente extremamente competitivo que se
instaurou. As organizações, consideradas hoje, como " de sucesso " ou mesmo
"modernas", contam com um alto grau de envolvimento de seus funcionários, onde a
potencialidade dos mesmos são exploradas permitindo que as pessoas contribuam e
SENAI 11
Qualidade
Vale salientar que para o Japão atingir o estágio econômico / tecnológico que ocupa
atualmente ações estratégicas foram tomadas visando provocar mudanças capazes de
promover uma reviravolta nos modelos conhecidos até então. Assim, o enforque maior
concentrou-se no ser humano.
A mudança faz parte da vida de toda organização, e são influenciadas por situações de
competição, pressões sociais, condições legais, físicas e ecológicas. Portanto, a
organização que puder contar com o emprego habilidoso de serviços profissionais terá
constituída uma vantagem competitiva.
Conceituação
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Qualidade
Organização
Companhia, corporação ou associação, ou parte delas, caso incorporadas ou não,
pública ou privada, que tenha sua (s) própria(s) função (ões) e administração.
Fornecedor
Organização que fornece produto ou serviço a um cliente.
Notas
1) O fornecedor é, às vezes, citado como a primeira parte de um negócio;
2) O termo sub-fornecedor pode ser usado para um fornecedor de uma organização.
Cliente
O recebedor de um produto ou serviço.
Notas
1) Um cliente pode ser, por exemplo, o último consumidor ou comprador;
2) Um cliente é, as vezes, citado como a segunda parte de um negócio.
Serviço
Atividade de um fornecedor na interface com um cliente e os resultados de todas
atividades do fornecedor para atender as necessidades do cliente.
Notas
1) O fornecedor ou cliente pode ser representado na interface por pessoas ou
equipamentos;
2) As atividades dos clientes na interface com o fornecedor podem ser essenciais
para o fornecimento de um serviço;
3) O fornecimento ou uso de bens tangíveis podem fazer parte do serviço.
Qualidade
Política da qualidade
O conjunto de intervenções para a qualidade e a direção de uma organização em
relação à qualidade, conforme expresso formalmente pela alta gerência.
SENAI 13
Qualidade
Gestão da qualidade
Aspecto de toda a função gerencial que determina e implementa a política da
qualidade.
Sistema da qualidade
A estrutura organizacional, responsabilidades, procedimentos, processos e fontes para
implementar a gestão da qualidade.
Grau da qualidade
É um indicador de categoria ou classe relacionada às propriedades ou características
que cobrem diferentes conjuntos de necessidades para produtos ou serviços
destinados ao mesmo uso funcional.
A maioria desses conceitos se baseiam nas definições dos " gurus da qualidade "
porém, todos são unânimes em conceituar Qualidade dentro de uma amplitude e
profundidade voltada para três frentes:
• Conformidade;
• Adequação ao uso:
• Satisfação do cliente
Desta forma, basta interagir o Produto, o Cliente e o Uso, de uma forma dinâmica e
múltipla para surgirem inúmeras idéias e conceitos referentes à qualidade.
Há que se lembrar que não existem fórmulas milagrosas ou mágicas para resolução de
problemas ou para salvar uma organização. Importante saber que o modismo pode ser
muito perigoso. Nada se consegue sem sacrifício; é enfrentando as dificuldades,
implementando mudanças através de uma administração participativa que se alcança
o sucesso.
Algumas técnicas são frutos do momento e não vingarão se não houver uma política
fundamentada na redução de desperdícios, eliminação de erros e redução dos custos
produtivos.
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Qualidade
SENAI 15
Qualidade
Gerenciamento da qualidade
Objetivo
Ao final desta unidade o participante deverá,
Conhecer
Estar informado sobre:
• Os tipos de gerenciamento do controle total da qualidade;
• Os princípios do gerenciamento por rotina e por melhorias;
• O conceito de processo;
• A natureza do controle de processo.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Reconhecer tipos de gerenciamento adotado nos processos;
• Identificar o processo dentro do contexto da organização.
Ser capaz de
Aplicar conhecimento para:
• Participar na identificação, priorização e solução de problemas nos processos
produtivos das empresas.
Introdução
SENAI 17
Qualidade
Rotina
Melhorias
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Qualidade
• O gerenciamento por rotinas e Melhoria deve ser conduzido por ações sistemáticas
para que os resultados sejam obtidos mais rapidamente;
• Em geral, as rotinas e as melhorias são administradas por pessoas diferentes, nas
empresas.
SENAI 19
Qualidade
Conceito de controle.
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Qualidade
A verdade é que nem num caso nem no outro o controle pode ser baseado em
"comandos" ou "Cobrança" desordenadas. É comum, nesse caso, as culpas serem
atribuída aos operário, quando é sabido que 85% de todos os problemas que ocorrem
numa empresa são de responsabilidade direta dos administradores.
Processo
Um efeito pode ter uma série de causas diferentes, daí porque o processo ser o
conjunto dessas causas. Pode-se imaginar uma fábrica de latas onde o efeito principal
é a lata e as causas são os equipamentos, a matéria prima, a mão de obra treinada, o
método de fabricação, etc.
SENAI 21
Qualidade
Então, fica fácil concluir que enquanto houver causas e efeitos haverá processos,
assim como, se cada processo for subdividido em outros processos será cada vez
mais fácil identificar e trabalhar os problemas, atacando prontamente suas causas.
Um processo pode ter vários efeitos, porém, dois ou três são os mais importantes,
caracterizando-se como itens de verificação.
Controle de processo
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Qualidade
Custo da qualidade
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá.
Conhecer
Estar informado sobre:
• A importância dos custos no Sistema de controle da qualidade;
• As vantagens para o processo, quando se adota um programa de Custos da
qualidade;
• A classificação dos Custos da qualidade e as implicações de cada tipo;
• As despesas geradas no processo produtivo;
• As implicações dos Custo da qualidade na composição do Custo total do produto;
• Conhecer o Sistema de custos da qualidade, seus elementos e os setores
envolvidos.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Identificar os tipo de despesas e classificá-las como custos;
• Classificar os Custos da qualidade em função de sua natureza;
• As rotinas do Sistemas de custos da qualidade e o papel de cada setor ou
departamento da empresa dentro do processo.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos sobre:
• Analisar o processo produtivo e opinar sobre as estratégias de mercado;
• Identificar elementos de composição de Custos da qualidade que podem ser
melhorados;
SENAI 23
Qualidade
Introdução
24 SENAI
Qualidade
Custo de prevenção
Enquadram-se neste segmento os custos relacionados com o desenvolvimento,
manutenção e prevenção da conformidade do produto, assim como os custos relativos
ao custeio do pessoal de coordenação, implementação e manutenção do sistema de
qualidade. Encaixam-se também aqui, os custos destinados à análise e solução de
problemas voltados para o aprimoramento e motivação da mão de obra, melhoria do
desempenho e eficácia.
Custo de avaliação
Toda avaliação, quer seja para checar a conformidade do produto ou do sistema de
gestão da qualidade terão seus custos creditados ao segmento de avaliação. Ou seja,
são os custos que buscam manter o produto dentro dos padrões de qualidade e
requisitos de desempenho. Pode-se considerar atividades como: controle, auditoria,
recursos humanos, materiais e custos indiretos, que visem assegurar a conformidade
do produto.
SENAI 25
Qualidade
26 SENAI
Qualidade
Gerenciamento do sistema
Serão ainda relacionados em relatório, os custos com fornecedores que tenham como
atividade fim atividades voltadas para a qualidade do produto, e que estão ligadas aos
setores de compras, vendas, qualidade, marketing, produção.
Prevenção
• Administração da qualidade: salários e encargos sociais, despesas e
representações quando no planejamento e administração de todo sistema da
qualidade;
• Engenharia da qualidade: salários, honorários e encargos sociais das pessoas
quando no planejamento e execução das ações da engenharia da qualidade;
• Treinamento da qualidade: programas de treinamento do pessoal da qualidade ou
relacionado à garantia da qualidade do produto (tempo, matrículas, materiais
didáticos, viagens, alimentação, etc.);
• Avaliação de fornecedores: Valores relacionados com ações preventivas junto a
fornecedores (tempo, viagens, e custos indiretos);
SENAI 27
Qualidade
Avaliação
• Inspeção: salários e encargos sociais com inspetores e controladores e testes e
ensaios efetuados nas atividades de avaliação da qualidade do produto;
• Teste: salários e encargos sociais, viagens com pessoal de laborátorios nos
ensaios com terceiros para testar produtos finais. Materiais, inspeção e teste de
recebimento e fiscalização e certificação de fornecedores;
• Auditoria da qualidade: despesas gerais relacionadas com o pessoal que executa
exame da qualidade em produtos e processos;
• Manutenção de equipamento de teste: manutenção e calibração de
equipamentos de inspeção e teste usados internamente ou com terceiros;
• Material consumido em inspeção ou teste: produtos para análises químicas,
ensaios mecânicos, experiências em processos de fundição da primeira peça.
Falhas internas
• Material refugado: custos reais como materiais refugados durante a fabricação e
que não atinjam requisitos mínimos da qualidade;
• Retrabalho: materiais, insumos, horas/ homem, inspeções, envolvidas com a
recuperação do produto até atingir o grau de qualidade exigido;
• Produção: materiais, encargos e trabalhos por sucateamente, retrabalho ou
reparos por falha na produção;
• Engenharia: materiais, encargos e trabalhos ocorridos por falha da engenharia
(especificações erradas);
• Suprimento: materiais, encargos e trabalhos ocorridos por falha no suprimento
(qualidade da matéria prima empregada);
• Investigação de falhas internas: gastos com investigações de causas de defeitos
por pessoal da qualidade ( tempo e encargos, testes e ensaios).
Falhas Externas
• Expedição: despesas geradas com embarque, transporte, acondicionamento,
reposições, garantia da qualidade, testes e inspeções de ajustes;
• Setor comercial: substituição de produção danificados ou inadequados em razão
de imformações incorretas ou incompletas;
• Investigação de falhas extrernas: deslocamento de pessoal para análise de
reclamação e detecção de problemas de desempenho do produto no cliente, ou por
peças devolvidas à empresa;
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Qualidade
SENAI 29
Qualidade
Desta forma, os custos de avaliação também serão reduzidos, pois o produto obtido
terá uma incidência menor de falhas, o que pode ser traduzido como um aumento nos
custos de prevenção ou uma redução no Custo total do produto.
Estudo de Caso
30 SENAI
Qualidade
♦ ROI = 2%
A Diretoria da Metalúrgica Ari e Mirp Anhil apontou para duas alternativas para
recompor lucros perdidos:
Estudos complementares foram realizados para checar-se qual das duas alternativas
apresentaria o melhor resultado.
SENAI 31
Qualidade
Mantendo-se o processo atual com 15% de rejeitos, o estudo mostrou que seria
necessário produção de 118 peças para garantir as cem peças conforme ao cliente.
Uma análise aprofundada para apurar-se os custos de produção para esse lote,
registrou o seguinte resultado:
lucro 30
ROi = x 100 = x 100 = 1,69%
investimento R$ 1.770,00
A metalúrgica Ari e Mip conclui que a produção de um número maior de peças não
melhoraria a situação, ao contrário, diminuiria o lucro por peça tendo o mesmo efeito
sobre o ROI. O lucro total foi o mesmo apesar do investimento suplementar de R$
270,00 para gerar o mesmo lucro, o que prejudicou ainda mais o ROI.
Em conformidade
85 peças 95 peças
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Qualidade
Em conformidade
85 peças 98 peças
Conclusão:
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Qualidade
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• A abrangência dos Sistemas da qualidade;
• A origem das Normas ISO Série 9000;
• Aplicação, abrangências e implicações das Normas ISO Série 9000;
• As normas que compõem a Série 9000;
• Os critérios de análise da ISO Série 9000.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Identificar os fatores de seleção das Normas ISO Série 9000;
• Estabelecer parâmetros de aplicação e uso das Normas da Série 9000;
• Explicar os objetivos e a abrangências das Normas ISO Série 9000;
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos sobre:
• Descrever os pressupostos e diretrizes das Normas ISO Série 9000 para
implantação de Sistemas de garantia da qualidade;
• Participar da Implantação e gerenciamento da ISO Série 9000 na empresa;
• Reconhecer e identificar na empresa, as Normas ISO Série 9000 e os critérios para
obtenção da certificação;
Introdução
As Normas ISO série 9000 constituem o mais importante selo de garantia da qualidade
das empresas em todo o mundo.
SENAI 35
Qualidade
Para que possa desfrutar de boa reputação e ter participação significativa no mercado
é necessário que as empresas desenvolvam programas de qualidade como elemento
fundamental do Planejamento estratégico, seguindo com simplicidade e atuando de
forma global e eficaz.
Um estudo sobre queixas de clientes nos EUA, realizado pelo "White House Office
Consumers Affairs", demonstra que a maioria dos clientes insatisfeitos não reclamam.
Para cada reclamante, há 26 outros clientes insatisfeitos que não reclamam, dos quais
pelo menos 6 têm problemas sérios. Constatou-se ainda que dos clientes que não
reclamam entre 65 e 90% não voltam a comprar o produto ou serviço e o fornecedor
sequer fica sabendo que perdeu o cliente, e o pior, desconhecem o porquê.
Origem
As Normas ISO série 9000 foram elaboradas pela ISO (International Organization for
Standardization), para tratar exclusivamente de questões ligadas à qualidade.
Essa série se originou de normas militares e de segurança nuclear adotadas nos EUA
e pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Já são mais de 50 os países que adotam a ISO Série 9000. A Inglaterra destaca-se
entre esses países, pois já apresenta mais de 15000 empresas com certificação ISO
9000.
No Brasil a ISO Série 9000 foi traduzida pela ABNT em 1990, passando a ser
denominada NB 9000 e registrada no INMETRO (Instituto Brasileiro de Metrologia
Normalização e Qualidade Industrial) Como NBR 19000. Em 1994, a ABNT revisou
a série NB 9000 que passou a ser denominada como série NBR ISO 9000.
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Qualidade
SENAI 37
Qualidade
38 SENAI
Qualidade
A NBR ISO 9002 tem uma abrangência menor - sua garantia atinge apenas produção
e a instalação do produto. A NBR ISO 9003 tem abrangência menor pois sua garantia
atinge a inspeção e ensaios finais. Com a revisão de 1994, as normas NBR ISO 9001,
NBR ISO 9002 e NBR ISSO 9003 passaram a ter o mesmo número de elementos:20.
º
ISSO INMETRO ABNT Aplicação n Itens Envolvimento
• Subcontratada
Modelo para a garantia da
⇓
ISSO NBR ISO NB qualidade em produção,
20 • Fornecedor
9002 9002 9001 instalação e Assistência
⇓
Técnica
• Cliente
• Subcontratada
Modelo para garantia da ⇓
ISSO NBR ISO NB
qualidade em inspeção e 20 • Fornecedor
9003 9003 9003
Ensaios Finais ⇓
• Cliente
• Subcontratada
Guia Geral da Gestão da ⇓
ISSO NBR ISO NB
qualidade para as 20 • Fornecedor
9004 9004 9004
organizações ⇓
• Cliente
Similaridade entre as Normas Série ISO 9000 e as Normas Nacionais (NBR' s e NB'S).
SENAI 39
Qualidade
Muitas vezes, uma organização deve levar seus clientes a ter confiança nos produtos e
serviços que fornece. Essa confiança é alcançada quando o cliente acredita que o
produto ou serviço prestado atingiu ou atingirá a qualidade pretendida. No caso de
exigência contratual, essa confiança pode envolver a demonstração dos requisitos que
foram objeto de acordo entre o fornecedor e o cliente.
Algumas vezes o próprio fornecedor dá garantia escrita de que seu produto ou serviço
está em conformidade com os requisitos especificados. Trata-se, então, de uma
declaração do fornecedor.
40 SENAI
Qualidade
Outras vezes, entretanto, essa garantia é dada por uma terceira parte, isto, é por uma
pessoa ou organismo reconhecido como independente do fornecedor (primeira parte)
ou do cliente (segunda parte). Nesse caso essa garantia constitui uma certificação.
a) Complexidade do projeto:
Este fator refere-se à dificuldade de projetar o produto e os processos de produção
e apoio, se for o caso, ou se o projeto necessita de alterações periódicas.
b) Maturidade do projeto:
Este fator refere-se a até que ponto o projeto global do produto é conhecido e
comprovado, tanto por ensaio de desempenho quanto por experiência de campo.
SENAI 41
Qualidade
f) Aspectos econômicos:
Este fator refere-se aos custos econômicos para ambos, fornecedor e cliente, de
fatores precedentes ponderados com os riscos de ocorrência de custo devido às
não- conformidade do produto.
Quando o produto tem um projeto muito complexo pode haver exigência de certificação
pela NBR ISO 9001, que vai garantir a qualidade desde o atendimento às
especificações do projeto até os serviços de assistência técnica.
Essa situação é muito comum no caso de projetos de caldeiras. Cada caldeira precisa
atender a exigências específicas feitas pelo cliente ao fornecedor. Neste caso, ela deve
ser coberta pela NBR ISO 9001.
Entretanto, nos projetos muitos novos, que não atingiram um certo grau de maturidade,
costuma-se adotar a seguinte estratégia: certificar o produto pela NBR ISO 9002 para,
mais tarde, passar para a NBR ISO 9001. Ou seja, de início a garantia da qualidade só
cobrirá a produção e a instalação; quando o projeto for mais conhecido (amadurecer),
a garantia da qualidade poderá ser dada de forma ampla (NBR ISO 9001).
Pelo mesmo raciocínio, fica claro perceber que a NBR ISO 9003 é suficiente para
produtos com processo produtivo simples.
Além desses fatores que influem na escolha da normais adequada da ISO Série 9000,
pode-se consultar a tabela de correspondência entre os elementos do sistema da
qualidade, que compõe o anexo da NBR ISO 9000-1.
Essa tabela compara as normas 9001, 9002 e 9003, informando que requisitos estão,
ou não, previstos em cada norma e com que grau de rigor: requisito pleno, requisito
menos rigoroso do que na NBR ISO 9001 ou menos rigoroso do que na NBR ISO
9002.
Assim:
• A responsabilidade da administração é um requisito pleno na NBR ISO 9001 e na
NBR 9002 mas é menor na NBR ISO 9003.
42 SENAI
Qualidade
• Aquisição está prevista, com igual rigor, nas NBR ISO 9001e 9002, mas não
aparece na NBR ISSO 9003.
Os primeiros itens da NBR ISO 9001 são semelhantes aos casos das normas 9002 e
9003. São eles:
• Introdução
• Objetivo e campo de aplicação
• Referências
• Definições
Depois desses itens, NBR ISO 9001 passa a descrever os requisitos para o sistema da
qualidade, abordando os diversos aspectos referentes a cinco atividades básicas:
• Administração
• Definição de processos
• Controle de processos
• Medição
• Melhoria do processo
Esses aspectos são tratados no ítem 4 da forma NBR 9001, em 20 subítens que serão
analisados (tabela Requisitos da NBR ISO 9001, ISO 9002 e ISO 9003).
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Qualidade
44 SENAI
Qualidade
SENAI 45
Qualidade
Responsabilidade da Administração(4.1)
A administração deve iniciar e dar suporte ao processo da garantia da qualidade total,
através de um documento assinado em que declara a política da qualidade da
empresa e os objetivos da qualidade que deverão ser perseguidos. Este documento
deve ter a mais ampla divulgação, atingindo os empregados de todos os níveis
hierárquicos.
46 SENAI
Qualidade
Deve ficar bem estabelecida a autonomia que as pessoas encarregadas terão para
iniciar e acompanhar ações de prevenção ou correção de não-conformidade.
SENAI 47
Qualidade
Tudo isso requer documentação, análises críticas periódicas, verificação dos requisitos
de entrada do projeto, comparação dos dados resultantes ou de saída de projeto com
estes requisitos de entrada e identificação de características do projeto que são críticas
para que o produto venha a ter um funcionamento correto e seguro.
Há portanto, uma série de cuidados que os projetos necessitam para a sua verificação,
controle, alteração e documentação.
Aquisição (4.6)
Esta cláusula da norma refere-se aos serviços, mão-de-obra, matéria-prima e
componentes comprados pelo fornecedor para a elaboração de seus produtos.
Estes insumos devem estar de acordo com requisitos especificados. A norma indica as
informações que a ordem de compra deve apresentar para que eles estejam
claramente definidos e sua aquisição possa ser liberada.
48 SENAI
Qualidade
Controle de Processo(4.9)
O fornecedor deve identificar todos os processos de produção e instalação que influem
na qualidade do produto.
SENAI 49
Qualidade
O comprador deve ter acesso a estas informações, para verificar se o fornecedor tem
competência exigida.
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Qualidade
SENAI 51
Qualidade
De uma forma geral, as auditorias internas devem ser repetidas em prazos inferiores a
um ano. Seus resultados devem ser documentados e levados ao conhecimento de
quem tenha responsabilidade, bem como desencadear as ações corretivas e
preventivas necessárias.
Treinamento (4.18).
Os treinamentos devem ser feitos sempre que se detectar necessidade de capacitar
pessoal envolvido em tarefas que afetam a qualidade. Estes treinamentos devem ser
registrados.
O sistema de garantia da qualidade ISO Série 9000 exige uma série de ações planejadas
e coordenadas que tornem possível sua implantação.
Comprometimento da Administração.
O primeiro passo para essa implantação é obter suporte da alta administração. Sem o
comprometimento da administração não será possível vencer a resistência que as
pessoas oferecem às mudanças, pois ele é fundamental para gerar confiança.
52 SENAI
Qualidade
É preciso deixar bem claro que não se trata de "mais um plano que vai começar e não
vai continuar" . Por esta mesma razão, não se deve interromper programas da
qualidade que já estejam em andamento na empresa. A implantação da ISO Série
9000 deve completar esses programas.
Um comitê de coordenação poderá ser formado, por exemplo, por um diretor, pelo
gerente da qualidade e pelos gerentes das divisões de marketing, produção,
tecnologia, suprimentos e recursos humanos.
Conscientização
A comunicação e a conscientização são fundamentais para o processo de mudança. È
importante promover seminários de conscientização, antes de implantar os
procedimentos da qualidade.
SENAI 53
Qualidade
Diagnóstico
Depois desta seleção, é necessário verificar como está a situação da empresa com
relação a cada um dos itens previstos na norma escolhida. Deve-se fazer, portanto, um
diagnóstico para obter um retrato atual da empresa em termos de organização,
processos e produtos.
Treinamentos
Em uma primeira etapa, deverá ser estabelecida uma bese conceitual comum a todos
os funcionários / colaboradores da empresa.
A base conceitual vai levar a todos a filosofia e os princípios da qualidade adotado pela
empresa. É importante que todos falem a mesma língua e, para isso, é importante
considerar que as pessoas não têm o mesmo tipo de vivência e de capacidade de
abstração.
54 SENAI
Qualidade
Grupos de Trabalho
A mola propulsora de melhoria da empresa é o comprometimento de seus funcionários.
Comprometimento só acontece quando há espaço para a participação. E essa participação
dá mais resultados quando ocorre em grupos de trabalho.
Estes grupos serão orientados pelo comitê de coordenação. Sua tarefa será a de
elaborar os procedimentos correspondentes a cada requisito da ISO Série 9000
selecionada pela empresa.
Documentação
O manual da qualidade tem caráter bastante amplo e, por isso, é o primeiro documento
elaborado na implantação do sistema.
Juntamente com a norma selecionada, utiliza-se a NBR ISO 9004-1 pois suas
informações são mais detalhadas para a implementação do sistema de gestão da
qualidade.
SENAI 55
Qualidade
Procedimentos Documentados
Com base no manual da qualidade, cada uma das grandes atividades da empresa terá
um procedimento documentado.
A elaboração dos procedimentos será feita por pessoas envolvidas com as tarefas e
durante o horário de trabalho. Não devem ser contratados elementos externos para
escrever os procedimentos, pois ninguém irá aceitar estes procedimentos.
Todos os documentos deverão ser verificados e ter sua aprovação feita por pessoal
credenciado, de forma a tornar seu uso obrigatório na empresa.
56 SENAI
Qualidade
Entretanto, auditoria não significa inspeção e, por isso, a NBR ISO 10011-1 (Diretrizes
para auditoria de sistemas da qualidade) prevê que os auditores "De preferência
trabalhem em cooperação com o pessoal destas áreas (auditadas)"
Após um ciclo de auditorias internas cobrindo todas atividades, deverá ser feita a
revisão geral do sistema da qualidade.
SENAI 57
Qualidade
Cada uma das seguintes situações evidencia uma falha na Gestão da qualidade
conforme estabelecem os requisitos da ISO 9001.
Analise cada uma das afirmativas abaixo e escreva o número da cláusula da ISO 9001
que está diretamente relacionada com a "não-conformidade". Se houver mais do que
uma cláusula que seja relevante, estas devem ser apontadas.
Exemplo:
Um teste de ultra-som em uma solda foi esquecido. A fabricação da estrutura foi
completada. Não era possível atingir a solda para realizar o teste necessário.
⇒ Cláusula 4.12
1) Todos os paquímetros da empresa têm sido usados por vários anos sem nunca
terem sido aferidos a fim de garantir que ainda apresentavam a exatidão
necessária para medir as peças na produção.
58 SENAI
Qualidade
12) Um relatório de inspeção mostrou que 20% das peças de um lote deixaram de
receber tratamento térmico
13) A gerência não tinha conhecimento do fato de que, de acordo com os últimos
Relatórios de Inspeção, esta era a vigésima vez que havia acontecido tal fato.
SENAI 59
Qualidade
Ferramentas da qualidade
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá
Conhecer
Estar informado sobre:
• Os Métodos de Resolução de Problemas;
• As ferramentas da Qualidade utilizadas na utilização, no levantamento das causas
e efeitos e na solução de problemas;
• Outras ferramentas utilizadas na solução de problemas;
• As despesas geradas no processo produtivo.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Descrever a aplicação das Ferramentas da Qualidade, assim como a seleção da
ferramenta adequada em cada fase da solução de um problema.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos sobre:
• Atacar os problemas dentro de uma abordagem lógica, lançando mão das
Ferramentas estatísticas e gerencias na busca da Qualidade Total.
Grupos de Melhoria
SENAI 61
Qualidade
Para que haja uma participação efetiva na busca da qualidade, se faz necessário
estabelecer um clima que contribua para a formação espontânea de grupos de
melhorias, cuja função é estudar e discutir temas e problemas e problemas
relacionados ao seu ambiente de trabalho.
O Ciclo PDCA
Do inglês temos:
Plan (P) - Planejar: nesta fase é que se estabelece o plano de ação através de
cronogramas, gráficos ou procedimentos;
O Ciclo PDCA tem um caráter dinâmico permitindo ações corretivas toda vez que
ocorrer discrepâncias entre o planejado e o executado permitindo reiniciar o processo.
62 SENAI
Qualidade
Gerenciamento de Informações
Como já, vimos, a instituição dos grupos de melhoria em permitir que pessoas
relacionadas com os processos produtivos, ou seja, que conheçam o dia-a-dia da
empresa possam trabalhar no sentido de solucionar os problemas relacionados com a
qualidade e produtividade da empresa.
Para que essa tarefa seja cumprida necessitam de instrumentos que facilitem o
gerenciamento das informações quando se busca soluções para os problemas.
Toda empresa que se propõe a implantar um Controle de qualidade total tem muitos
problemas e a primeira coisa a fazer ao iniciar-se a implantação é efetuar um
levantamento dos mesmos e trabalhar para solucioná-los.
No início, os problemas são mais simples de tal maneira que sua solução também não
requer muitos conhecimentos, mas à medida que se caminha, suas soluções exigem
métodos mais sofisticados e maiores conhecimentos e sistematização nos
procedimentos. É momento de se usar as Ferramentas básicas da qualidade, as
Ferramentas gerenciais, a FMEA, tecnologia de processo, QFD e outras.
SENAI 63
Qualidade
Etapa 1 Estratificação
64 SENAI
Qualidade
1) Procurar seus problemas: problemas são comuns, e toda empresa tem os seus.
Perdas de produção por parada de equipamentos, reclamações de clientes, erros
de pedido de compra etc., alguns exemplos;
SENAI 65
Qualidade
Ferramentas da Qualidade
Assim, algumas ações foram necessárias para se chegar aos problemas e outras
tantas para solucioná-los.
Para que se possa tratar os desvios ocorridos nos processos de produção e prestação
de serviços, os dados históricos e documentais são de suma importância.
Vejamos:
1) Inicialmente, é sempre importante ter-se a idéia geral do fluxo do processo. Com
base nisso, é possível determinar-se o local exato de ocorrência de desvios;
2) A seguir, é preciso levantar dados como os tipos de defeitos que surgem, a
ocorrência, em qual máquina, com qual operador, em que data e horário;
3) Depois deve-se analisar os dados: Qual é o defeito mais comum, com que
incidência;
4) Em seguida, lançar os dados num gráfico de freqüência por tipo de defeitos e
analisá-los;
5) Levantar as causas dos defeitos e relacionar as formas com que ocorrem;
6) Elaborar uma tabela da distribuição das freqüências com que os problemas
ocorrem representando através de um gráfico;
7) Analisar e verificar se existem correlações entre as ocorrências;
8) Instituir um acompanhamento periódico através dos gráficos de controle.
Cabe aqui salientar que não existem padrões claramente definidos para a utilização
das ferramentas da qualidade e, tampouco, a obrigação de se usar todas as
ferramentas disponíveis, da mesma forma que existem algumas ferramentas que em
determinados instantes se equivalem.
66 SENAI
Qualidade
Simbologia
SENAI 67
Qualidade
Fluxograma do processo
Construção do Fluxograma
68 SENAI
Qualidade
Observação
Nesta fase, envolver as pessoas que atuam no processo, pois elas poderão contribuir
dando informações importantes.
Exercício
1) Elaborar o fluxograma do processo de funcionamento do processo atual da cantina
escolar durante o intervalo. Após discussão com seus colegas construa o
fluxograma proposto para o funcionamento da cantina escolar.
Folha de Verificação
Problema Mês
1 2 3 Total
A ll ll l 5
B l l l 3
C ll 12
Total 8 5 7 20
Trata-se de uma ferramenta muito simples e por isso é usada como elemento auxiliar
de outras ferramentas. Como cada problema a ser tratado possui características
próprias, estes devem ser tratados de forma individualizada, o que implica em elaborar
um modelo de folha para cada caso.
SENAI 69
Qualidade
a) Determinar " exatamente " o que deve ser observado, sempre que possível ilustrar;
b) Estabelecer o período em que os dados devem ser coletados;
c) Construir um formulário claro e de fácil preenchimento onde todos os campos
estejam identificados (tabela abaixo).
Peso 52
Acabamento 7
Total 29 22 25 26 102
Exercício: Elaborar uma Folha de verificação para coleta de dados sobre as causas
que levam o aluno a chegar atrasado às aulas (entrada).
Estratificação
70 SENAI
Qualidade
Com base nesses dados, buscar padrões relacionados com o tempo ou seqüência,
comparando os dados coletados. As perguntas aqui apresentadas fornecerão
respostas onde pode-se verificar diferenças entre turmas, períodos, operadores,
máquinas, setores, etc.
SENAI 71
Qualidade
72 SENAI
Qualidade
a) Separá-los em estratos.
c) Comparar os resultados.
d) Elaborar as conclusões.
No estrato "estrela", a proporção é maior (2 rejeitos em quatro).
SENAI 73
Qualidade
Diagrama de Pareto
É importante observar que não se pode saber onde se quer chegar se não soubermos
onde estamos, o que significa dizer que devemos ter tudo documentado e uma visão
clara da situação antes de se implantar uma mudança.
74 SENAI
Qualidade
Observação
Registrar os dados no eixo do lado esquerdo e as porcentagens num eixo do lado
direito;
SENAI 75
Qualidade
d) Traçar os eixos
76 SENAI
Qualidade
1) Identificar os problemas analisando o por diferentes estratos: por lote, por máquina,
por operador. (figura abaixo)
SENAI 77
Qualidade
78 SENAI
Qualidade
Exercício
O levantamento feito pelo setor de segurança e prevenção de acidentes de uma
empresa indicou que a parte do corpo mais afetada nos acidentes ocorridos nos
últimos 2 anos é:
• Cabeça: 25%
• Troncos: 19%
• Membros: 56%
Este diagrama é representado por uma seta apontada para o problema (espinha
dorsal) onde incidem outras setas que indicam as categorias das causas virtuais e/ou
potenciais.
SENAI 79
Qualidade
São seis categorias, os 6Ms: Máquina, Matéria prima, Mão de obra, Método, Medição
e Meio ambiente. (figura abaixo)
Não existe obrigatoriedade na utilização dos 6 Ms, mesmo porque outros especialistas
sugerem 4 Ms ou 5 Ms, outros ainda não utilizam os Ms. Trata-se apenas de uma
forma orientada de se levantar informações. (figura abaixo.)
80 SENAI
Qualidade
O que está errado nos nossos procedimentos?; Nossos instrumentos de controle têm
sido aferido segundo os procedimentos recomendados pelo fabricante?
• Ser claro e objetivo evitando discussões;
• Eleger as causas através de consenso.
Exercício
Construir um diagrama de causa e efeito usando os tópicos levantados na folha de
verificação (atraso).
Diagrama de Dispersão
Diagrama de dispersão
SENAI 81
Qualidade
Tipos de correlação
82 SENAI
Qualidade
b) Por outro lado, se ao aumentar-se o valor da variável "X" e "Y" aumentar, mas
pouco, a correlação é chamada de correlação positiva fraca (figura abaixo). Ex: ao
atingir uma idade mais elevada, a experiência cresce, mas pouco;
c) Se ao variar o valor de "X" (aumentar por exemplo), o valor de "Y" varia ao acaso, o
resultado do cruzamento das informações é uma correlação nula. (figura abaixo)
SENAI 83
Qualidade
1) Coletar uma amostra entre 50 e 100 pares de dados onde se queira verificar a
correlação. (figura abaixo)
84 SENAI
Qualidade
2) Traçar sistema de eixos cartesianos. Se no eixo "Y" a relação for do tipo causa X
efeito, lançar as "causas" no eixo "X" e os "efeitos" "Y" e estabelecer escalas de
valores para os dois eixos (figura abaixo)
SENAI 85
Qualidade
86 SENAI
Qualidade
2) Identificar os quatro setores definidos, numerando-os com l, ll, lll e lV, no sentido
anti-horário, a partir do quadrante superior direto (figura abaixo)
Setor Pontos
l 19
ll 5
lll 17
lV 6
Na linha 3
Total 50
SENAI 87
Qualidade
nº de pontos nº de pontos
Nº limites Nº limites
para l + lll e ll + lV para l + lll e ll + lV
20 5 42 14
21 5 44 15
22 5 46 15
23 6 48 16
24 6 50 17
25 7 52 18
26 7 54 19
27 7 56 20
28 8 58 21
29 8 60 21
30 9 62 22
32 9 64 23
34 10 66 24
36 11 68 25
38 12 70 26
40 13
6) Interpretar os resultados:
a) Se o nº de pontos em ll e lV for maior que o nº de pontos limites, não existe
correlação;
b) Se e nº de pontos em ll e lV for menor que o nº de pontos limites, existe
correlação. Neste caso, a soma de ll e lV é menor do que o nº de pontos 11<
16. Assim, pode se concluir que existe correlação e está é positiva.
88 SENAI
Qualidade
Exercício
Desenhar o Diagrama de dispersão, verificando a correlação, para a situação proposta:
durante uma avaliação de aprendizagem aplicada numa população de 50 alunos num
tempo máximo de 45 minutos, foram registrados os tempos para resolução do teste e o
nº de acertos, conforme a tabela abaixo.
Histograma
SENAI 89
Qualidade
Construindo o histograma
Para construir um histograma, é necessário seguir os seguintes passos:
90 SENAI
Qualidade
Nota
O valor "h" deve ser usado com a mesma precisão do conjunto de dados. Se
necessário arredondar para mais
SENAI 91
Qualidade
a) Número de dados: n = 30
b) Valor máximo → V máx = 45
Valor mínimo → V min = 29
c) Amplitude (R): R = V máx - V min
R = 45 - 29 = 16
d) Número de classes (K)
para n = 30 → K = 5,47∼ 6,0
e) Amplitude das classes (h):
R 16
h= = = 2,66 ≅ 3,0
K 6
f) Limites da classe:
1ª classe
• lim. inf. = V min = 29
• lim. sup. =V máx = V min + h = 29 + 3 = 32
g) Tabela de freqüência abaixo:
Exercício - (sugestão)
Fazer o histograma com os valores das alturas dos participantes do curso.
92 SENAI
Qualidade
Cartas de controle
Uma carta de controle é um gráfico de acompanhamento do processo, onde são
plotados os valores da amostra, tomada aleatoriamente e calculada estatisticamente.
É constituída por uma linha superior (limite superior de controle) e uma linha inferior
(de controle) traçadas de cada lado da linha média do processo. (figura abaixo)
As cartas de controle são usadas quando necessita-se verificar quando ocorre uma
alteração significativa no processo e também que tipo de variação foi constatada, ou
seja, se a variação foi por causa comum ou foi por fontes circunstanciais e
imprevisíveis.
Tipo de Variações
Basicamente são dois os tipos de variações que podem ser distinguidas num processo:
SENAI 93
Qualidade
Entretanto, quando detectadas, devem ser analisadas de forma rápida a fim de não se
causar maiores problemas.
Eventualmente, pontos caem fora dos limites de controle e refletem causas especiais
(erro humano, acidentes, etc) que não são caracterizados como ocorrência originais do
processo. Nesse caso, causas desse tipo devem ser eliminadas antes de se implantar
as cartas de controle como ferramenta de monitoração.
94 SENAI
Qualidade
A partir daí o processo estará "sob controle" podendo ser coletadas amostras em
intervalos regulares afim de se certificar que o processo não sofre mudanças.
É importante esclarecer: dizer que um processo está "sob controle" não significa dizer,
necessariamente, que o produto ou serviço atenderá às exigências , mas sim que o
processo é consistente, podendo até ser consistentemente ruim, dizendo-se que o
processo está controlado mas não é capaz de atender às especificações. (figura
abaixo).
SENAI 95
Qualidade
Observação
Os valores de A2 são obtidos na tabela "Valores padronizados para distribuição normal
e variáveis contínuas”
96 SENAI
Qualidade
Observação:
Os valores de D 3 e D 4 são obtidos na tabela abaixo.
n = tamanho da amostra.
7) Desenhar as cartas
Exemplo construir a carta de controle para variáveis para os dados da tabela abaixo.
Dia 1 2 3 4 5 6
60 50 60 60 60 50
70 60 70 50 50 65
55 70 75 55 60 65
65 60 65 55 65 70
X 62,5 60 67,5 55 60 62,5
R 15 20 15 10 15 10
SENAI 97
Qualidade
Para construir uma carta de controle para atributos deve seguir os seguintes passos:
nº de defeituosos
C =
K
LSC = C + 3 C
LIC = C - 3 C
98 SENAI
Qualidade
Observação
Caso o valor de LIC seja negativo, adotar LIC = 0
Exemplo:
Traçar o gráfico de controle para peças defeituosas numa amostra de 100 peças de
mesmo tamanho tabela abaixo.
Dia 1 2 3 4 5 6 7
Defeitos 9 8 10 9 12 10 8
9 + 8 + 10 + 9 + 12 + 10 + 8
C = = 9,43
7
Erros comuns:
• Ausência de confiabilidade metrológica;
• Plotar os pontos fora da sequência da coleta;
• Interferência no processo durante a coleta de dados;
• Plotar os pontos fora do local (confundir escala).
SENAI 99
Qualidade
100 SENAI
Qualidade
Diagrama Matricial
SENAI 101
Qualidade
A cada símbolo corresponde uma quantidade de pontos, (figura abaixo) que depois
dos elementos relacionados, os pontos são somados e as prioridades estabelecidas.
Forte 9 Pontos
Média 3 Pontos
Fraca 1 Pontos
Tipos de Matrizes
102 SENAI
Qualidade
A matriz tipo "L" pode ser usada no estudo para melhoria de um equipamento.
Pode ser usada, por exemplo, para explicar como um material pode ser
selecionado conforme o local de uso, características e forma.
SENAI 103
Qualidade
É também um processo estruturado que visa oferecer novos produtos com maior
possibilidade de aceitação, implicando no encantamento do cliente, atendimento
mais rápido e custo reduzido.
104 SENAI
Qualidade
SENAI 105
Qualidade
106 SENAI
Qualidade
SENAI 107
Qualidade
108 SENAI
Qualidade
SENAI 109
Qualidade
110 SENAI
Qualidade
SENAI 111
Qualidade
112 SENAI
Qualidade
Introdução
A utilização da estatística, como o objetivo de controlar implantando melhorias
contínuas nos processos através de informações obtidas nos métodos estatísticos,
geralmente transformados em gráficos é o que caracteriza o CEP.
SENAI 113
Qualidade
História do CEP
Definições
Controle: Significa manter algo dentro de limites ou fazer algo manter-se no caminho
que queremos.
Elemento (X): É a unidade considerada para o estudo estatístico; pode ser um objeto ,
uma peça, um conjunto, etc.
114 SENAI
Qualidade
Exemplo:
Todas as peças, que sejam (ou possam ser) produzidas, de um determinado modelo.
Todas as peças produzidas em uma máquina.
Exemplo:
13 grupos de 20 elementos cada
Amostragem N = 13 amostras
Amostra n =20 elementos
Exemplo:
Seja a amostra: 4,4; 2,7; 4,1; 3,2; 2,6
maior valor (X maior ) =4,4
menor valor(X menor ) =2,6
Então temos:
R = X maior - X menor
R = 4,4 - 2,6
R = 1,8
• Média (X): é a soma dos valores encontrados na amostra dividido pelo número de
elementos da amostra.
Exemplo:
Com a amostra do exemplo anterior, temos:
SENAI 115
Qualidade
ıx =
∑ ( x - X)
n -1
Exemplo:
14,9
ıx =
9 −1
ıx = 1,8625
ıx = 1,36
b) Método aproximado
Na prática (em distribuições normais), podendo utilizar o método aproximado que
apresenta maior facilidade para o cálculo.
116 SENAI
Qualidade
R
ıx = onde d2 é tabelado p/n = 9, temos d 2 = 2,97
d2
No exemplo:
R = X maior -X menor
R = 37 - 33
R=4
4
ıx =
2,97
ı x = 1,35
amplitudem édia R
ıx =
d
Observação
R é a amplitude média de subgrupos, convenientemente escolhidos, de elementos da
amostra. O valor tabelado de "d2" a ser usado. será correspondente ao número de
elementos do subgrupo.
Tabela de d2
Fatores para estimar o desvio padrão
n d2 n d2
02 1,128 21 3,778
03 1,693 22 3,819
04 2,059 23 3,858
05 2,326 24 3,895
06 2,534 25 3,931
07 2,704 30 4,086
08 2,847 35 4,213
09 2,970 40 4,322
10 3,078 45 4,415
11 3,173 50 4,498
12 3,258 55 4,572
13 3,336 60 4,639
14 3,407 65 4,609
15 3,472 70 4,755
16 3,532 75 4,806
17 3,588 80 4,854
18 3,640 85 4,898
19 3,689 90 4,939
20 3,735 95 4,978
100 5,015
SENAI 117
Qualidade
Variações
Trata-se de uma lei fundamental da natureza, pela qual nunca dois elementos são
exatamente iguais. Assim, nossos processos de fabricação também são afetados por
variações que influenciam o resultado final.
Nunca duas peças ou dois produtos são exatamente iguais. Dimensões de peça
apresentam variações dentro de certo intervalos.
Tipos de variações
Seu aspecto gráfico é de um sino e, para sua construção são necessários dois
parâmetros: a média da população. (µ) e o desvio padrão ı A curva teórica é
simétrica em relação à média.
118 SENAI
Qualidade
A curva normal se estende desde "menos infinito' até "mais infinito" e, sendo uma
curva de possibilidade , a área limitada pela mesma, representa a probabilidade de
encontrarmos todas as observações e portanto, é igual a 1. A média (µ) coincide com o
ponto de máxima e a " distância" de m até o ponto onde muda a concavidade da curva,
ou seja, o ponto de inflexão, é a medida do desvio padrão ı
A área sob a curva normal costuma ser dividida em zonas de probabilidades, cada
uma das quais com a mesma base, ou seja, de um desvio padrão.
A tabela fornece a área sob a curva normal (proporção da área total) em função do
valor Z calculado. Com esse valor, tirado da tabela, se calcular a porcentagem acima
ou abaixo de um valor X qualquer.
x-x
Z abaixo =
σx
SENAI 119
Qualidade
x−x
Z acima =
σx
x−x
Z abaixo =
σ
Observação
O resultado da fórmula pode ser negativo
x-x
Z acima =
σ
Observação
O resultado da fórmula pode ser negativo ou positivo.
120 SENAI
Qualidade
SENAI 121
Qualidade
122 SENAI
Qualidade
Exemplos
1) Calcular a porcentagem de peças com médias inferiores a 30 (fig. anterior).5.54
Dados:
Média x = 35
Desvio Padrão (ı x ) = 4,31
x−x
Z abaixo =
σx
Z = -1,16
Resp.:12,3%
Dados:
Média ( x ) = 45
Desvio Padrão ( σ x ) = 2
45 - 51
Z=
2
Z= -3
Probabilidade → 0,00135
Resp.:0,135%
SENAI 123
Qualidade
Dados.:
Média x = 35
Desvio Padrão = 2
x-x
Z abaixo =
σx
39,5 − 35
Z=
2
Z = 2,25
R.: 98,78%
Capacidade do processo
A seguir apresentamos as fórmula que são as mais empregadas nas indústria para a
determinação da capacidade.
Tolerância
CP =
6σ x
z min
CP k =
3
Observação
Na prática é utilizado como valor mínimo aceitável de CP ou CPk, 1,33. Isso
corresponde à tolerância -8 σ x .
124 SENAI
Qualidade
Exemplos
Neste caso o CP dará um valor superior a 1,33, pois a tolerância é maior do que 8 σ x .
Neste caso o CP dará um valor menor do que 1,33, pois a tolerância é menor do que
8 σ x . figura abaixo.
SENAI 125
Qualidade
z min
CP k =
3
LIE - X X - LSE
z ab = z ac =
σx σx
Observação
Para o cálculo do CP k é importante que a média do processo ( x ) seja um valor dentro
da tolerância, ou seja, entre o LIE e o LSE.
Exemplo:
Num processo produtivo sob controle estatístico, observou-se (figura seguinte).
X = 15; σ x = 2; LSE = 40; LIE = 10
TOL LIE − X 10 − 15
CP = Z abaixo = = = -2,5
6σ x σx 2
30 Z min = 2,5
CP =
6.2
Z min 2,5
Cp k = =
CP = 2,5 3
126 SENAI
Qualidade
x = LIE + 4 σ x
x = 10 + 4.2
x = 18
A média do processo deverá ser no mínimo 18.
Nota
O ideal seria a média igual ao centro da especificação, como na prática, muitas vezes,
é difícil a deslocamento da média, calculamos o valor da média, a4 σ x do limite mais
próximo.
Por esse motivo para facilitar o entendimento do F.M.E.A iniciaremos pela sua" espinha
dorsal" (figura abaixo).
SENAI 127
Qualidade
1) Forme um equipe
2) Identificação das características/ função - projeto ou processo
3) Levante os tipos de falhas ou problemas principais (potenciais).
4) Identifique o efeito desses problemas ou falhas;
5) Identifique a possível causa do problema ou falha
6) Levantamento dos atuais métodos de controle.
7) Avalie de 1 a10 quanto severo é o efeito, do problema ou falha para que o sente
(quanto pior, mais alto é o índice)
8) Avalie de 1 a10 a freqüência que o problema ocorre ou pode correr (quanto mais
ocorre, mais alto é o índice de riscos)
9) Avalie de 1 a 10 qual é a eficiência em detectar o problema ou falha ( quanto pior é
a eficiência, maior é o índice).
10) Multiplique os passos 7 x 8 x 10 e você terá o índice de risco
11) Recomendação de ações corretivas
12) Implemente as ações corretivas e reavalie os riscos
Projetos e Processos
Vamos dividir o F.M.E.A nas duas partes acima citadas, de forma que possamos
entender a diferenciação de aplicação.
O F.M.E.A. foi usado, por muitos anos, como ferramenta de prevenção de problemas.
De fato, ele praticamente nasceu no segmento, aeroespacial, onde, em quase tudo
que se fabrica, o primeiro teste real ocorre na prática.
Imagine mandar uma nave espacial para um planeta qualquer, quantos milhões,
quantos milhões de dólares se investe, sem contar com os possíveis envolvimentos de
vidas humanas. Assim criou-se essa técnica onde se avalia, por equipe, possíveis
falhas de projetos e processamentos de componentes.
128 SENAI
Qualidade
Projeto novo
Características: Prevenção de Falhas de projeto
Aperfeiçoamento do Projeto
Características: Corrigir e/ ou aperfeiçoar um projeto já existente.
Processo novo
Características: Prevenção de falhas de processo que comprometam as
funções ou características básicas do projeto.
Aperfeiçoamento do Processo Existente
Características: Corrigir e/ ou aperfeiçoar o processo já existente.
Passos do F.M.E.A.
SENAI 129
Qualidade
130 SENAI
Qualidade
Facilitar as ações das grupos F.M.E.A s em sua área de competência e prover recursos
para a eficácia desses grupos.
2º Passo:
Após o preenchimento do cabeçalho, deve-se definir: a característica do
projeto/processo que será analisado e a função da mesma .Indicar de forma simples,
clara e concisa a função das peças ou conjuntos em análise. Quando houver diferentes
funções com vários tipos de falhas em potencial, é recomendável listar as funções
separadamente.
Exemplos de funções:
• Permitir fixação;
• Fornecer proteção;
• Prover reforço;
• etc.
SENAI 131
Qualidade
Portanto, mesmo que improvável, considere todo tipo de falha possível. Para facilitar a
descrição dos tipos de falhas, faz-se as seguintes perguntas:
Observação
Se o efeito da falha afetar a segurança ou infringir alguma lei, coloque um "X" na
coluna correspondente do formulário. Caso contrário coloque apenas um traço.
132 SENAI
Qualidade
Observação
O índice de ocorrência é mais um significado do que um simples valor numérico.
É usada uma escala de 1 a 10, assumido que a falha em questão tenha ocorrido
Tabela
Índice de Detecção
Probabilidade de
Classificação Critérios de avaliação Índice
percepção (%)
Sistema de avaliação do projeto/processo é eficaz, mas
Muito alta existem testes de validação com critérios de aceitação 1 acima de 95
bem definidos. Detecção da falha é grande.
Sistema de validade do projeto/processo é confiável,
revisão do projeto/processo é feita por especialistas e acima de 85
2
Alta baseada em parâmetros e critérios de aceitação bem
3
definidos(normalizados, similaridade, etc) acima de 75
Alta probabilidade de detecção da falha
Sistema de validação do projeto/processo gera
acima de 65
incertezas, não existem parâmetros e critérios de
4
aceitação bem definidos, sistema de validação do
Moderada 5 acima de 55
projeto/processo é similar aos produtos que
6
eventualmente apresentaram mau desempenho em
acima de 45
campo. Média probabilidade de detecção da falha.
Sistema de validação do projeto/processo não é
confiável, projeto incorpora tecnologia não totalmente
dominada, não existem parâmetros e critérios de acima de 35
7
Baixa aceitação bem definidos, sistema de validação do
8
projeto/processo é similar ao de produtos que acima de 25
normalmente apresentam mau desempenho. É pouco
provável que a falha seja detectada.
Não existe sistema ou teste de validação do
projeto/processo, critérios de aceitação não definidos, acima de 15
9
Muito Baixa não há similaridade com projetos/processos anteriores,
10
tecnologia totalmente nova. acima de 15
Há remota probabilidade de a falha ser detectada.
SENAI 133
Qualidade
As ações corretivas / preventivas recomendadas devem ser ações que ataque a causa
das falhas e não os efeitos.
Só devem ser tomadas ações que ataquem o efeito, caso essas sejam ações
temporárias que servirão para inibir os efeitos aos clientes até que as causas finais,
que recaiam sobre a causa, sejam institucionalizadas.
A cada ação descrita o grupo deve eleger uma pessoa que se responsabilizará pela
ação e data previstas. Além disso, deve-se descrever os índices que se acredita atingir
após as ações serem implementadas.
Muitas vezes, quando não se sabe a causa verdadeira da falha, recomenda-se, nesse
campo, ações como: estudos estatísticos ou científicos para se averiguar a verdadeira
causa. Neste caso os índices não são previstos.
134 SENAI
Qualidade
Observação
A grande desvantagem da adoção de ações interinas é a de se tornarem, ao longo do
tempo, definitivas.
Ações definitivas
Depois da identificação das ações corretivas, e à medida que forem sendo implantadas,
as mesmas devem ser apontadas na coluna "resultados" e devem-se estimar quais serão
os novos índices de severidade, ocorrência e detecção, considerando-se as situações
após a implantação, a fim de se avaliar a eficácia da ação na redução do índice de risco.
Caso o índice de risco se mantenha acima dos valores aceitáveis, novas ações deverão
ser propostas até se chegar a níveis aceitáveis.
Exemplo de FMEA
As tabelas seguintes ilustram exemplos de aplicação de FMEA de projeto e de
processo.
Aplicação da F.M.E.A., como até agora foi descrito, num processo complexo, leva-nos
a imaginar como ela seria onerosa.
Para evitar custos elevados com resultados não muito significativos, é prudente e
oportuno limitá-lo às partes do processo/projeto ou produtos realmente críticos,
devendo canalizar as intervenções para os problemas mais graves.
SENAI 135
Qualidade
136 SENAI
Qualidade
SENAI 137
Qualidade
Uma vez conhecidas as ferramentas da qualidade, resta saber onde, quando e como
usá-las.
Este material foi preparado para dar uma visão ampla das ferramentas da qualidade
que freqüentemente são usadas no tratamento do desvios e rearranjos dos processos
nas empresas. Assim, um quadro de sugestões de utilização apresentado a seguir na
tabela abaixo.
Identificação e Análise
Identificação de Problemas Análise de Problemas
de Problemas
Estratificação Histograma Gráfico de pareto
Folha de verificação Gráfico de controle Diagrama de causa e efeito
Fluxograma Diagrama de dispersão Fluxograma
Brainstorming Diagrama matricial - QFD
Tarefas Ferramentas
Fluxograma
Decisão para a escolha do primeiro Folha de verificação
problema ou do problema seguinte Diagrama de Pareto
Brainstorming
Estratificação
Fluxograma
Descrição do problema específico e
Diagrama de Pareto
abrangência
Folha de verificação
Histograma
Folha de verificação
Visão global de todas as causas possíveis
Diagrama de causa e efeito
do problema
Brainstorming
Folha de verificação
Diagrama de Pareto
Relacionamento entre as causas do
Diagrama de dispersão
problema
Brainstorming
Diagrama matricial - QFD
Brainstorming
Elaboração do plano de ação
Histograma
Ciclo PDCA
Diagrama de Pareto
Implementação da solução, padronização
Folha de verificação
e monitoramento.
Fluxograma do processo
Histograma
138 SENAI
Qualidade
As informações aqui contidas constituem-se num meio e não num fim. Este é um caminho
que oferece algumas alternativas para o tratamento dos problemas tão comuns de serem
encontrados nas empresas, mas a melhor e maior alternativa ainda será a criatividade e
bom senso no tratamento do problema, na escolha da ferramenta e sua aplicação.
Algumas regras, porém, deverão ser seguidas para obtenção do sucesso esperado:
SENAI 139
Qualidade
‘1
Gestão Ambiental
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá:
Conhecer
Estar informado sobre:
• As políticas nacionais e internacionais e de legislação ambiental e suas influências
sobre os negócios, as empresas e as implicações em forma de barreiras
econômicas:
• A importância da coordenação de grupos de trabalhos no cenário atual no enfoque
da Gestão Ambiental;
• Os princípios fundamentais da reciclagem de materiais ;
• Os diferentes tipos de deposição de resíduos industriais;
• As ações de proteção contra impactos ambientais do tipo poluição atmosférica,
sonora, dos mananciais e eliminação de resíduos industriais.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Descrever a importância de ações e procedimentos para a eliminação de resíduos
industriais e a reciclagem de materiais;
• Diferenciar processos industriais destacando a reciclagem interna e externa;
• Identificar as política de proteção ambiental.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Sugerir ações que contribuam para melhoria da Qualidade de vida na sua empresa
e consequentemente no país;
• Gerenciar os sistemas de controle ambiental assim como, multiplicar informações
sobre eliminação de resíduos industriais e efetuar a reciclagem interna de
materiais.
SENAI 141
Qualidade
Introdução
O homem passou a exercer grande influência nos ecossistemas terrestres, uma vez que a
tecnologia que domina lhe permite alterar o ambiente em que vive de forma rápida e
poderosa. Os recursos naturais são explorados indiscriminadamente, comprometendo a
qualidade de vida e, sobremaneira, o meio ambiente.
Hoje, já não basta criar mecanismos para reduzir os efeitos causados pela poluição,
pois o importante é eliminar as causas e não os defeitos, razão pela qual o
direcionamento tecnológico tem sido para as tecnologias industriais limpas, que não
bloqueiam a entrada de novas tecnologias favorecendo os processos produtivos, mas
que reduzem significativamente a emissão de resíduos para o ambiente, influindo na
diminuição dos custos de controle da poluição. Este é um fator muito importante, pois a
população é vista como um grande desperdício além de indicar ineficiência no
processo produtivo.
142 SENAI
Qualidade
Parte das indústrias tem resistido à transição para tecnologias não poluidoras e
práticas ecologicamente sustentáveis, apesar da crescente evidência de que tal
transição é economicamente vantajosa. As leis, embora severas, abrangem apenas
um pequeno segmento dos rejeitos produzidos, e o que é pior, só no final do processo,
não abrangendo a prevenção da poluição.
A dita "colonização" se deu por pessoas oriundas de países onde os recursos naturais
eram mal utilizados. O crescimento se deu de forma desordenada e em ritmo
acelerado baseado no extrativismo vegetal e mineral, na monocultura e nas
queimadas, pondo em risco a biodiversidade. A agricultura, mal planejada, provocou
erosão e degradação de terras agrícolas, impactos sobre recursos florestais. hídricos e
sobre o equilíbrio biológico.
SENAI 143
Qualidade
Educação Ambiental
Incluir o fator meio ambiente na gestão da empresa significa provocar mudanças culturais
em todos os níveis hierárquicos. Para isso, é necessário desenvolver e manter uma
comunicação eficiente e estabelecer um programa educativo que promova uma
verdadeira mobilização dos funcionários. A Educação Ambiental é uma ferramenta
indispensável nesse processo.
Impacto ambiental
O meio ambiente, além de sua evolução natural, está sujeito a constantes alterações
causadas por fenômenos naturais ou provocada pela atividade antrópica. As
alterações resultantes da ação do homem são chamadas de efeitos ambientais.
144 SENAI
Qualidade
Empresas do mundo inteiro levadas por esses fatos, passaram a adotar a Norma
BS 7750 como referência para sistematizar a Gestão Ambiental em suas organizações.
Diante da necessidade de se estabelecer uma linguagem única, um comitê da ISO, o
TC 207, composto por representantes de mais de 40 países tem trabalhado no projeto
da Norma ISO 14000.
SENAI 145
Qualidade
146 SENAI
Qualidade
A tabela a seguir mostra a escopo geral da Série ISO 14000 com relação das 18 leis
de que é composta:
SENAI 147
Qualidade
A decisão por desenvolver e implementar sistemas de Gestão Ambiental por parte das
empresas, com o intuito de obterem certificação via organismo de certificação, deve
passar por uma análise compensatória respondendo basicamente a duas perguntas de
eficácia:
1) Quais serão os ganhos caso a decisão por aderir à Gestão Ambiental se mostra
correta?
2) Quais serão os prejuízos caso a decisão por tal adoção se mostra incorreta?
148 SENAI
Qualidade
Vantagens Desvantagens
Consolidação da credibilidade e
Não reconhecimento do sistema no
reconhecimento internacional do
curto prazo, por organismos ambientais,
sistema, através de certificação de
governamentais e não governamentais.
terceira parte
Redução dos custos, por meio de
legislação a regulamentos, bem como
de prevenção e controle de efeitos
Investimento inicial para o
ambientais adversos; e, por meio disto,
desenvolvimento e implementação do
atenuação de situações de emergência,
sistema
incidentes e acidentes de repercussão
interna e externa, inclusive no que
concerne a responsabilidade civil.
Melhoria progressiva do desempenho
ambiental
Possibilidade de burocratização caso
Diferenciação de contrato comercial
não haja equilíbrio judicioso entre os
para empresas já certificadas pela ISO
graus de regulamentação e de
9000.
flexibilidade.
Aumento da educação e da motivação
dos funcionários.
SENAI 149
Qualidade
Anexo
Prefácio
Esta Norma Britânica foi preparada sob a direção do EMSPC - Comitê de política para
normas de Gestão Ambiental em resposta à crescente preocupação sobre proteção e
desempenho ambiental. Ela é uma especificação para um sistema de gestão ambiental
para assegurar e demonstrar a conformidade com políticas e objetos ambientais
declarados. Ela também fornece orientação sobre a especificação e sua implementação
dentro do sistema de gestão global de uma organização. Esta Norma Britânica substitui a
BS 7750: 1992, que torna-se obsoleta.
Esta norma não pretende abranger, nem incluir requisitos para aspectos de saúde
ocupacional e gerenciamento da segurança, entretanto, ela não impede que uma
organização incorpore tais questões em seu sistema de gestão ambiental.
Esta Norma compartilha os princípios comuns dos sistemas de gestão com a BS 5750
(EM 29000, ISO 9000). Norma Européia de sistema da qualidade e internacionalmente
reconhecida. As organizações podem decidir usar um sistema já existente de gestão
desenvolvida em conformidade com a BS 5750, como base para a Gestão Ambiental.
SENAI 151
Qualidade
Para alcançar a equivalência com os requisitos desta norma, deve-se aplicá-la com
apropriados guias para cada setor.
Esta norma foi elaborada com a intenção clara de compatibilizar seus requisitos com
os do sistema de gestão ambiental especificado no Regulamento de Eco-Gestão e
Auditoria da Comunidade Européia (EMA) [1]. Se ela for reconhecida como tal pela
Comissão da Comunidade Européia, qualquer instalação industrial certificada como
estando em conformidade com a norma, por um órgão de certificação cujo registro seja
reconhecido no Estado Membro onde a indústria está localizada, será considerada
como atendendo aos correspondentes requisitos da Comunidade Européia
Deve-se notar que esta norma não estabelece requisitos absolutos para desempenho
ambiental além da conformidade com a legislação e regulamentos aplicáveis e um
comprometimento com a melhoria contínua. Desta forma, duas organizações
executando atividades similares mas tendo desempenhos ambientais diferentes
podem, ambas, cumprir com seus requisitos. Também deve ser observado, entretanto,
que isto requer que a política e os objetivos ambientais da organização estejam
disponíveis publicamente.
Orientação sobre efeitos ambientais e/ou desempenho para setores específicos pode
ser dada através de documentos complementares, por exemplo guias de aplicação por
setor. Estes poderão ser produzidos para explicar os requisitos em determinadas
situações. Reconhece-se que em certos setores industriais o uso desta norma pode
ser adiado até que os guias para aplicação por setor estejam disponíveis.
152 SENAI
Qualidade
Especificação
Introdução
Organizações de todos os tipos estão cada vez mais preocupadas em alcançar e
demostrar um sólido desempenho ambiental. Isto se dá num contexto de aumento de
restrições legais, o desenvolvimento de medidas econômicas e outras encorajadas da
proteção ao meio ambientem, além da preocupação crescente sobre as questões
ambientais.
SENAI 153
Qualidade
Esta norma Britânica é compatível com a BS 5750. Elas têm abordagem similar para
atingir e demonstrar conformidade a requisitos especificados.
Anexo B explica os elos entre as referidas normas.
Espera-se que organizações que utilizam a BS 5750 sejam capazes de aplicar seus
sistemas de gestão de acordo com esta norma, todavia a implantação da BS 5750 não
é um pré-requisito para implantação desta norma
154 SENAI
Qualidade
Escopo
SENAI 155
Qualidade
Referências informativas
Definições
Melhoria contínua
Melhoria ano-a-ano do desempenho ambiental global, não necessariamente em todas
as áreas de atividade, resultando de esforços contínuos de melhoria com base na
política ambiental. Essa melhoria será alcançada, onde apropriado, através de
medidas tais como:
a) Desenvolvimento em produtos, serviços, processos e instalações;
b) Aumento da qualidade do produto, da eficiência operacional e da utilização de
recursos;
c) Aplicação de medidas visando reduzir efeitos ambientais adversos, em níveis que
não excedam os correspondentes à aplicação economicamente viável da melhor
tecnologia disponível.
Meio ambiente
Os arredores e condições nas quais a organização opera, incluindo sistemas vivos
(humanos e outros). Como os efeitos ambientais da organização podem afetar todas
as partes do mundo, o meio ambiente neste contexto se amplia do local de trabalho
para sistema global.
156 SENAI
Qualidade
Efeito ambiental
Qualquer impacto, direto ou indireto, de atividades, produtos e serviços da organização
sobre o meio ambiente, quer seja este adverso benéfico.
Gestão ambiental
Aspectos da função global de gestão (incluindo planejamento) que desenvolvem,
implementam e mantêm a política ambiental.
Objetivos ambientais
Os objetivos gerais, oriundos da política ambiental e da avaliação de efeitos, que uma
organização estabelece para si mesmo e que são quantificados, onde praticável.
SENAI 157
Qualidade
Política ambiental
Uma declaração pública das intenções e princípios de ação de uma organização no
que diz respeito aos seus efeitos ambientais, originando seus objetivos e metas.
Metas ambientais
Requisitos detalhados de desempenho, quantificados onde praticável, aplicados pela
organização, ou parte dela, oriundos dos objetivos ambientais, e que necessitam ser
estabelecidos e alcançados para atingir esses objetivos.
Partes Interessadas
Aquelas com algum interesse nos efeitos ambientais das atividades, produtos e
serviços da organização. Entre estas, estão incluídas aquelas que exercem o controle
ambiental legal sobre a organização, residente locais, pessoal da organização,
investidores e seguradora, clientes e consumidores, grupos interessados no meio
ambiente e o público em geral.
Organização
Qualquer entidade ou estabelecimento organizado, por exemplo, um negócio,
empresa, órgão governamental, instituição de caridade ou sociedade.
Para entidades ou estabelecimento com mais de uma instalação física, física, cada
localização em separado em poderá ser definida como organização.
Atividades de verificação
Toda inspeção, ensaio e monitoramento de trabalho relacionado com gestão ambienta.
158 SENAI
Qualidade
Política ambiental
A alta direção da organização deve definir e documentar sua política ambiental dentro
do contexto da política ambiental de qualquer corporação mais ampla de que ela faça
parte e com o endosso dessa corporação. A alta direção deve assegurar que tal
política:
a) Seja relevante para suas atividades, produtos e serviços, assim como os efeitos
ambientais destes;
b) Seja comunicada, implementada e mantida em todos os níveis da organização;
c) Esteja publicamente disponível;
d) Inclua um comprometimento com a melhoria contínua do desempenho ambiental;
e) Proporcione o estabelecimento e a publicação dos objetivos ambientais;
f) Declare quais atividades da organização estão cobertas pelo sistema específico de
gestão ambiental;
g) Indique como os objetivos ambientais se tornarão publicamente disponíveis.
Organização e pessoal
SENAI 159
Qualidade
O pessoal que executa tarefas especificamente designadas deve ser competente com
base na instrução apropriada, treinamento e/ou experiência, conforme requerido pela
legislação ou regulamentos, caso existam, e pela organização.
Fornecedores
A organização deve estabelecer e manter procedimentos para assegurar que os
fornecedores fiquem cientes dos requisitos e previsões relevantes do sistema de
gestão ambiental.
Efeitos Ambientais
Comunicações
A organização deve estabelecer e manter procedimentos para recepção,
documentação e respostas às comunicações (internas e externas) de partes
interessadas relevantes, no que diz respeito aos seus efeitos e gestão ambientais.
160 SENAI
Qualidade
SENAI 161
Qualidade
Os objetivos e metas ser coerentes com a política ambiental e devem quantificar, onde
praticável, onde praticável, o comprometimento com a melhoria contínua no
desempenho ambiental dentro de cronogramas definidos.
Nota
A expressão "avaliação ambiental" é largamente utilizada para significar um estudo
requisitado pelas autoridades, no processo de planejamento, para certos tipos de
desenvolvimento.
Manual
A organização deve estabelecer e manter um manual ou manuais, em papel ou meio
eletrônico, para:
a) Reunir e organizar a política ambiental, seus objetivos, metas e o programa;
b) Documentar as principais funções e responsabilidades;
162 SENAI
Qualidade
Documentação
A organização deve manter e estabelecer procedimentos para controlar todos os
documentos requeridos por esta norma para assegurar que:
a) Eles possam ser identificados com apropriada organização, divisão, função ou
atividade;
b) Eles sejam periodicamente analisados criticamente e revisados, conforme a
necessidade, e aprovamos quanto a sua adequação por pessoal autorizado, antes
da emissão;
c) As versões correntes de documentos relevantes estejam disponíveis em todos os
locais onde são executadas operações essenciais para o funcionamento eficaz do
sistema;
d) Os documentos obsoletos sejam removidos de todos os pontos de emissão e uso.
Toda documentação deve ser legível, datada (com datas de revisão), prontamente
identificável, mantida de maneira ordenada e retirada por um período especificado.
Políticas e responsabilidades claras devem ser estabelecidas com relação a
modificações dos vários tipos de documentos. Deve ser determinada sua
disponibilidade, dentro e fora da organização.
Controle Operacional
Geral
As responsabilidades da alta direção devem ser definidas para assegurar que os
controles, verificações, medições e ensaios em partes específicas da organização
sejam adequadamente coordenados e executados com eficácia.
SENAI 163
Qualidade
Controle
A organização deve identificar funções, atividades e processos que afetam
significativamente, ou têm potência para afetar significativamente o meio ambiente. A
organização deve planejar tais funções e atividades para assegurar que estas sejam
executadas sob condições controladas. Atenção especial deve ser dada para:
a) Procedimentos e instruções de trabalho documentados ( consistentes com, e
contendo referências ao manual da gestão ambiental da organização), definindo a
maneira de conduzir a atividade, seja pelos próprios empregados da organização,
seja pelos que estejam agindo em seu nome. Tais procedimentos e instruções de
trabalho devem ser preparados para situações em que a ausência dessas
instruções possa resultar em violação da política ambiental;
b) Procedimentos e instruções de trabalho lidando com aquisições e atividades
subcontratadas para assegurar que fornecedores e os que atuam em nome da
organização atendam aos requisitos a eles aplicáveis da política da organização;
c) Monitoramento e controle de características relevantes de processo (ex:
lançamento de efluentes e destino do lixo);
e) Aprovação de processos e de equipamentos planejados;
f) Critérios de desempenho, que devem ser estipulados em normas escritas.
164 SENAI
Qualidade
SENAI 165
Qualidade
Generalidades
A organização deve estabelecer e manter procedimentos de execução de auditorias,
para determinar:
a) Se as atividades da gestão ambiental estão, ou não, em conformidade com o
manual de gestão ambiental, procedimentos e instruções de trabalho e se estão
implementadas efetivamente;
b) A eficácia do sistema de gestão ambiental no cumprimento da política ambiental da
organização.
Programa de Auditorias
O programa de auditorias deve lidar com os seguintes pontos:
a) As atividades e áreas específicas a serem auditadas, que incluem:
1) estruturas organizacionais;
2) procedimentos administrativos e operacionais;
3) áreas de trabalho, operações e processos;
b) A freqüência das auditorias de cada área de atividade; auditorias sendo
programadas com base na contribuição, real e potencial, da atividade em questão
para os efeito ambientais significativos, bem como os resultados de auditorias
anteriores;
c) A responsabilidade pela auditoria de cada área de atividade.
166 SENAI
Qualidade
O Sistema
Todas atividades organizacionais, produtos e serviços, interagem com e tem algum
efeito sobre o meio ambiente, e um sistema eficaz de gestão ambiental deve ser capaz
de lidar com essa complexidade. Portanto, os componentes do sistema de gestão
ambiental devem estar fortemente entrelaçado com a maioria, senão com todos, os
elementos do sistema de gestão global da organização.
Os componentes existentes do sistema global podem ser comuns para, por exemplo, a
gerência operacional, saúde ocupacional e segurança, gestão da qualidade e gestão
ambiental.
SENAI 167
Qualidade
168 SENAI
Qualidade
SENAI 169
Qualidade
Política ambiental
A política deve:
a) Ser iniciada, desenvolvida e apoiada ativamente pela alta direção, em seu nível
mais alto;
b) Estar consistente com a saúde ocupacional, a política de segurança e outras
políticas da organização (como a política da qualidade);
c) Não somente comprometer a organização no atendimento a todos os requisitos
regulatórios e legais relevantes, mas também definir como ela vai procurar atender,
exceder ou desenvolver algumas ou todas as preocupações das partes
interessadas, assegurando melhoria contínua do desempenho ambiental;
d) Estar disponível às partes interessadas em formato prontamente compreensível,
por exemplo, através do relatório anual da organização, livreto ou painel (display).
170 SENAI
Qualidade
Organização e pessoal
SENAI 171
Qualidade
172 SENAI
Qualidade
Efeitos ambientais
SENAI 173
Qualidade
A avaliação de efeitos indiretos deve incluir todos aqueles efeitos que a empresa pode
controlar e todos aqueles sobre os quais pode se esperar razoavelmente que ela tenha
influência.
A probidade ambiental dos fornecedores também deve ser considerada, com respeito
a seus produtos e atividades.
Enquanto que em muitos casos não será possível compilar cadastros detalhados das
organizações fornecedoras, vai ser freqüentemente possível, pelo menos, comparar
fornecedores alternativos em relação a seus mais importantes efeitos ambientais.
174 SENAI
Qualidade
Análise de risco e outras técnicas podem ser usadas para comparar os efeitos
identificados. Quando uma avaliação regulatória é feita, a organização pode,
dependendo de sua política ambiental, aceitar a avaliação resultante das condições
regulatórias, ou pode realizar outras avaliações se quiser considerar o efeito mais
detalhadamente. (É claro que o requisito regulatório tem que ser atendido). É inevitável
que a avaliação da importância envolva muitas vezes julgamentos subjetivos; o
sistema estabelecido para avaliação de efeitos deve prover um enfoque consistente
em si mesmo relativamente a esse processo.
Com relação a uma organização industrial, a avaliação dos efeitos deve contemplar
evidência disponível em todas as fases, desde a concepção do produto, passando pela
pesquisa e desenvolvimento, projeto, marketing, fontes de matéria-prima, aquisição,
produção, gerência de refugos, empacotamento, armazenamento, distribuição, vendas
e uso, até o derradeiro destino após uso. Isso é particularmente importante para
identificação de metas e objetivos relativos às funções de projetos do produto.
SENAI 175
Qualidade
Entre as áreas eleitas para melhoria, devem estar aquelas onde melhorias são
necessárias para a redução de risco (para o meio ambiente e a organização) e
responsabilidade civil, e devem ser identificados por meio de análise de custo-
benefíco, onde praticável.
Objetivo devem ser fixados de modo que, com o passar do tempo, sejam realizadas
melhorias no desempenho ambiental, similarmente àquelas derivadas da aplicação da
melhor tecnologia disponível, economicamente viável para as áreas eleitas para a
melhoria. A taxa pela qual a organização se move em direção à essa meta vai
depender de questões econômicas e o grau de impacto ambiental e risco envolvido.
No caso de processos sujeitos a controle sob o Ato de Proteção Ambiental de 1990:[2],
as autorizações previstas no Alto irão estabelecer os requisitos. Para outros processos
e atividades, deve-se levar em conta os desenvolvimentos tecnológicos na fixação e
análise crítica de objetivos e metas.
176 SENAI
Qualidade
O manual deve ser suficientemente detalhado para ser utilizado pelo auditor do
sistema para verificar:
1) Que o sistema existe, e;
2) Está adequado aos seus propósitos, dada a natureza dos efeitos ambientais
envolvidos.
SENAI 177
Qualidade
Controle operacional
Controle e Verificação
Procedimentos apropriados de controle e verificação devem cobrir todas as funções,
atividades e processos que têm ou poderiam ter, se fora de controle, efeito significativo
(direto ou indireto) sobre o meio ambiente. Assim, esses procedimentos podem ter que
lidar cm funções, atividades e processos que:
a) Relacionem-se diretamente ao empreendimento principal, produtos ou serviços
como p.ex : pesquisa e desenvolvimento, projeto, produção, distribuição;
b) Relacionam-se indiretamente ao empreendimento principal, produtos ou serviços
como por exemplo, obtenção de matéria-prima, aquisição, e uso de produtos;
c) Fornecem apoio ao empreendimento principal como p. ex : finanças, pessoal e
administração.
178 SENAI
Qualidade
Tal investigação vai possibilitar o planejamento de ação corretiva, que deve incluir
providências para:
• Restaurar a conformidade com a maior rapidez praticável;
• Prevenir contra a repetição das deficiências ou falhas;
• Avaliar e abrandar qualquer efeito ambiental adverso;
• Assegurar interação satisfatória com outros componentes do sistema de gestão
como segurança, saúde ocupacional e qualidade;
• Avaliação e eficácia das providências acima.
SENAI 179
Qualidade
Cuidado deve ser tomado para limitar os registros à extensão pertinente à sua
aplicação, mas eles devem ser mantidos em ordem e concebidos de maneira a
possibilitar uma avaliação da conformidade com a política ambiental e a extensão em
que os objetivos e metas foram alcançados. Registros relevantes compilados em
outras partes do sistema global de gestão não precisam ser reproduzidos, mas os
meios de acesso a eles devem ser especificados.
Auditorias podem ser internas (feitas por pessoas de dentro da organização, mas onde
possível, independente da parte sendo auditada) ou externas, mas em ambos os casos
as pessoas conduzindo a auditoria devem ser treinadas adequadamente para executar
a tarefa de forma objetiva, imparcial e eficaz. Independentemente, verificações
externas (auditorias) podem ser requeridas por certas instituições (por exemplo, sob o
Esquema de Eco-gestão e Auditorias da Comunidade Européia (1); a organização
deve identificar todos esses requisitos que está comprometida a atender.
180 SENAI
Qualidade
Deve ser considerado cuidadosamente, em cada caso específico, até que ponto vai a
importância de observações diretas ou medições de desempenho ambiental durante
uma auditoria. Embora sejam valiosas em algumas circunstâncias, elas podem ser de
valor muito limitado em outras (p. ex:. em relação a elementos de desempenho sujeitos
a marcantes variações no tempo).
O escopo da análise crítica deve incluir toda a organização e todas as suas atividades,
produtos e serviços; não deve se restringir àqueles relevantes para a política
ambiental, objetivos e metas existentes.
SENAI 181
Qualidade
Tais análises críticas devem ser feitas por membros apropriados da alta direção da
empresa, ou pessoal competente, independente, designado pela mesma.
Os temas a serem abordados como parte do processo de análise crítica devem incluir:
a) Quaisquer recomendações feitas pelos relatórios de auditorias ambientais e se
essas foram implementadas.
b) A contínua adequação da política ambiental e se esta deve ser revisada em virtude
de, por exemplo:
1) Surgimento de preocupações ambientais em áreas específicas;
2) Avanço no entendimento de questões ambientais;
3) Desdobramentos potenciais em regulamentos;
4) Preocupações entre partes interessadas;
5) Pressões do mercado;
6) Mudanças nas atividades da organização;
7) Mudanças na sensibilidade do meio ambiente.
c) A contínua adequação dos objetivos e metas ambientais, e revisões no programa
de gerenciamento ambiental, manual e outros documentos, para refletir as suas
mudanças.
Os relatórios das análises críticas devem deixar claro porquê estas foram realizadas
(por exemplo, procedimentos de rotina, mudanças organizacionais, evolução no
entendimento dos efeitos ambientais, mudanças na sensibilidade ambiental,
deficiências relatadas no sistema de Gestão Ambiental).
A operação de acordo com esta norma não requer a operação de acordo com a BS
5750, apesar de que esta norma é compatível com a BS 5750 (ISO Série9000).
182 SENAI
Qualidade
Para ajudar as empresas que operam de acordo com a BS 5750, a tabela B.1 identifica
ligações e correspondência geral entre norma e a referida BS 5750:
Nota:
Todas as referências à BS 5750, na lista abaixo podem ser lidas como referências à BS
5750: Parte 1: 1987. Está sendo considerado que a BS 5750: Parte 1: 1987 será substituída
pela nova edição de 1994.
SENAI 183
Qualidade
184 SENAI
Qualidade
B.4.10
B.4.11
B.4.1
B.4.2
B.4.3
B.4.4
B.4.5
B.4.6
B 4.7
B.4.8
B.4.9
Parte 1 (ISO 9001: 1987)
OBS.: O espaço contendo o símbolo ƔUHSUHVHQWDXPDFRQH[ão entre os itens das duas normas
SENAI 185
Qualidade
Bibliografia
SENAI 187
Qualidade
Revistas consultadas
• Química e derivados, janeiro/95.
• Petro & Química, junho/95
• Exame, 26 de outubro/94
• Controle de qualidade, nº 24, 30 e 36.
• Cipa
• Treinamento & Desenvolvimento, fevereiro/95
• Especificação para sistemas de gestão ambiental - norma BS 7750, MCG -
Qualidade, dezembro/94.
Referências informativas
• Publicações da BSI
• BRITSH STANDARDS INSTITUTION, London.
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