Aconselhamento e Testagem

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 36

Aconselhamento, Testagem e

Adesão

1
Objectivos de Aprendizagem
No fim deste módulo, os participantes devem ser
capazes de:
• Explicar os conceitos de aconselhamento e
testagem para o HIV
• Compreender os objectivos do aconselhamento a
um paciente suspeito ou seropositivo
• Compreender a finalidade do aconselhamento no
contexto do HIV
• Descrever as qualidades de um bom conselheiro
• Compreender o conceito de adesão aos cuidados
e tratamento 4
Objectivos de Aprendizagem
(Continuação)
• Descrever os factores que afectam o
aconselhamento
• Descrever os factores que afectam a adesão
• Saber como monitorar e avaliar a adesão
• Identificar os pacientes com dificuldades de adesão
• Descrever a abordagem baseada na família para o
aconselhamento pré, pós­teste e pré­TARV e para
o seguimento
• Diferenciar os tipos de testes para HIV

5
Introdução

• Actualmente, o teste para HIV em


Moçambique é realizado em quase todo o
país. O conhecimento do resultado deste
teste é imprescindível na hora de tomar

decisões.

2
Introdução (Continuação)

• O teste de HIV é precedido de uma


sessão de aconselhamento por parte do
pessoal da Unidade Sanitária
(conselheiro/psicólogo se possível ou
outra pessoa formada em
aconselhamento).
• O aconselhamento é uma estratégia na
prevenção e controlo da infecção pelo
HIV.
3
Discussão

• Qual é a diferença entre o aconselhamento feito no


contexto do HIV por um profissional de saúde e os
conselhos dados por um amigo, fora da Unidade
Sanitária?

6
O que é Aconselhamento para HIV?

• Estabelecimento de relações de apoio

• Manter conversas com um objectivo claro

• Escutar atentamente

• Dar informações correctas e apropriadas

• Ajudar os utentes a falar de si

• Ajudar os utentes a reconhecer e a construir as suas fortalezas

• Ajudar os utentes a desenvolver uma atitude positiva

• Ajudar as pessoas a tomar decisões baseadas na informação7


O que não é Aconselhamento

• Dizer aos utentes aquilo que devem fazer

• Decidir pelos utentes

• Julgar ou culpar os utentes

• Interrogar e/ou buscar falhas

• Fazer promessas aos utentes que não é capaz de cumprir

• Impor aos utentes as suas própria crenças

• Discutir com os utentes


8
Como é feito o Aconselhamento e
Testagem para HIV? (1)
• Iniciado pelo Trabalhador de Saúde: pode ser
de dois tipos:
• Teste diagnóstico solicitado pelo clínico
interessado em identificar a causa de uma
determinada doença
• Teste rotineiro realizado como parte do pacote
dos cuidados de saúde oferecido aos pacientes
(consultas pré­natais, PNCTL)
• O doente pode optar por não aceitar (Opt Out)
ser testado
9
Como é feito o Aconselhamento
e Testagem para HIV? (2)
• Iniciado pelo Utente: O utente procura pelos
serviços de aconselhamento e testagem onde pode
ser testado para o HIV(Aconselhamento e
Testagem para a Saúde ou ATS)
• Aconselhamento e Testagem na Comunidade: É
uma estratégia do MISAU para ampliar o acesso à
informação sobre temas de saúde (não só HIV).
Este tipo de aconselhamento é aplicado nas zonas
mais recônditas

10
Actividade: Benefícios do
Aconselhamento
• Folha de Exercício ­ Benefícios e Barreiras
para o Aconselhamento e Testagem para o HIV

• Pontos para Discussão:


• Benefícios de fazer o teste para HIV
• Barreiras ou problemas derivados de fazer o
teste de HIV

11
Objectivos do Aconselhamento (1)

• Persuadir os utentes e a comunidade a aderirem ao


teste (Pré e Pós­teste).
• Esclarecer as dúvidas relacionadas com o TARV.
• Ajudar o utente a superar barreiras e a continuar a
aderir ao tratamento.
• Permitir que os doentes conheçam as opções de
tratamento disponíveis e seus benefícios.
12
Objectivos do Aconselhamento (2)
• Permitir a redução do estigma, da descriminação e

da rejeição social.

• Ajudar o utente a reflectir sobre: sentimentos,


relacionamentos, pensamentos, riscos, dificuldades e

formas para gerir uma determinada situação.

• Esclarecer dúvidas sobre:


• Maternidade e HIV

13
Objectivos do Aconselhamento (3)

• Alimentação infantil e a escolha da melhor


opção de alimentação do bebé com menor
risco de transmissão do HIV
• Sexo e sexualidade sem risco de se reinfectar

e de infectar

14
Finalidades do Aconselhamento no
Contexto do HIV e do TARV
• Apoio psicossocial : Ajuda as pessoas a

lidarem com os desafios do diagnóstico e o


futuro da sua saúde
• Preparação para o TARV (Apoio para

adesão): Para apoiar doentes que vão

começar com o TARV e motivá­los a


aderirem ao tratamento 15
Finalidades do Aconselhamento
no Contexto do HIV e do TARV
• Apoio para a prevenção : Ajuda as
pessoas a tomarem decisões complexas
como a prevenção positiva que evita as
reinfecções por estirpes de HIV e a
prevenção da infecção a outras pessoas
• Ajuda a vida positiva: Ajuda as pessoas
a viverem com o HIV e a compreenderem
que o HIV não é uma sentença de morte
16
Qualidades de um Bom Conselheiro

• Saber escutar (escuta activa)


• Ser uma pessoa amigável
• Mostrar interesse
• Estar bem informado
• Não julgar
• Empatia

17
Actividade: Confidencialidade

• Folha de Exercícios ­ Atitudes sobre a


Confidencialidade

• Pontos para Discussão:


• Confidencialidade

18
Confidencialidade
• A confidencialidade significa que nenhuma pessoa

deve conhecer o resultado do teste do HIV a não ser

que a própria pessoa testada assim o deseje.


• A confidencialidade entre o utente e o conselheiro é

um elemento fundamental no contexto do HIV.

Devido ao estigma e ao medo da discriminação, o

utente vai precisar de alguém com conhecimentos


para poder falar sem receio. 19
Tipos de Testes de HIV

• Testes Serológicos:
• Determine e Unigold. Quando os dois testes são
positivos, podemos falar de infecção pelo HIV
confirmada.
• Existem outros testes serológicos, nomeadamente, o
teste de Elisa e o teste Western Blot (mais complexos
de realizar e só estão disponíveis nos grandes
hospitais do país).
• Teste Virológico (PCR): Este teste permite a
detecção de restos do vírus no sangue dos doentes.
É usado no diagnóstico da infecção pelo HIV nas
crianças até os 9 meses de idade.
20
O Aconselhamento e a
Testagem: Tipos e Passos

Aconselham Amostras Apoio na


Resultados e Conhecimento
ento Pré­ de sangue Aconselhamen do seu estado revelação
Teste to Pós teste sobre o HIV

21
Aconselhamento Pré­teste e
Testagem
• Focalizado nos seguintes aspectos:
• Informação geral sobre o HIV e o SIDA

• Explicação sobre a confidencialidade

• Obtenção de consentimento informado

• Recolha da amostra de sangue: O resultado do teste


rápido demora de 5 a 30 minutos.

22
Aconselhamento Pós­teste (1)

Se o resultado for positivo:


• Explicar o significado do resultado (a pessoa tem o vírus de

HIV)
• Encaminhar o doente para os serviços de cuidados e

tratamento (Serviço TARV)

• Aconselhar sobre o sexo seguro (uso do preservativo)

• Encaminhar para serviços de apoio se necessário (cuidados


domiciliários, Serviços de Acção Social)
23
Aconselhamento Pós­teste (2)

Se o resultado for negativo:


• Falar sobre a sensação de alívio que o utente experimenta

nesse momento
• Aconselhar sobre a importância de continuar a ser negativo

para o teste de HIV através de relações sexuais seguras


(uso do preservativo)

• Explicar o significado do Período Janela

• Encorajar o utente a repetir o teste após um mês e mais


24
uma vez após três meses
Aconselhamento Pós­teste (3)

Se o utente não quer saber o resultado do seu


teste:
• Garantir que todos os resultados sejam
confidenciais
• Tentar averiguar e identificar as barreiras e
procurar superá­las
• Reforçar o que foi falado no aconselhamento pré­
teste (vantagens de conhecer o estado serológico);
• Respeitar o desejo do utente
25
Aconselhamento e Testagem: Casos
Especiais

• Pares Discordantes

• Teste com falso negativo: Período Janela

26
Discussão: Pares Discordantes

• Como se sentiriam se soubessem que vocês são


HIV+ e os vossos pares não o são?

• Como se sentiriam se soubessem que os vossos


pares são HIV+ e vocês não o são?

27
Aconselhamento para a Adesão

28
Objectivos: Aconselhamento para a
Adesão

• Apoiar os doentes em TARV e os seus confidentes


a entenderem a importância da adesão

• Ajudar o doente a criar uma estratégia para a sua


própria adesão

• Ajudar o doente a identificar potenciais factores


para a não adesão e a encontrar soluções

• Ajudar na monitorização e apoio para adesão


29
Factores que Afectam a Adesão

• Factores relacionados com a pessoa que vive


com o HIV
• Regime dos medicamentos
• Relação com o provedor de cuidados e acesso
aos cuidados de saúde
• Experiência com o HIV
• Presença de IO
• Efeitos adversos
• Adesão ao Tratamento da Tuberculose
30
Não Adesão: O Que é?

• Saltar as doses (dias sem tomar os medicamentos, ou


saltar o horário da toma dos medicamentos)

• Não tomar os medicamentos nas quantidades


recomendadas

• Tomar alguns comprimidos e não tomar outros

• Não comparecer às consultas clínicas de seguimento

31
Factores Relacionados com a Não
Adesão (1)
• Problemas de comunicação : O doente não entende
claramente a explicação sobre como deve tomar os
medicamentos.
• Conhecimento e entendimento sobre o HIV e
SIDA: O doente não entende como a doença evolui
no corpo e a importância do tratamento anti­retroviral.
• Atitudes e crenças
• Falta de apoio social: Se a pessoa não sente que os
outros entendem a situação que ela está enfrentando
e sente­se socialmente isolada, pode estar pouco
motivada a tomar os medicamentos anti­retrovirais.
32
Factores Relacionados com a Não
Adesão (2)
• Estado mental ou o bem­estar psicossocial
• Complexidade dos Regimes de Medicamentos
(Número de comprimidos por tomar, número de doses
por dia, restrições de comidas, uso de mecanismos
para apoiar a adesão).
• Difíceis condições de vida (pobreza extrema, falta
de alimentos...).
• Barreiras relacionadas com o Serviço Nacional de
Saúde (rotura de stock, escasso número de
trabalhadores da saúde...).
33
Seis Passos no Aconselhamento
para a Adesão
1. Rever cuidadosamente todos os aspectos sobre a
primeira linha de tratamento.
2. Lembrar ao doente que os medicamentos salvam a
vida, mas que devem ser tomados ao longo de toda
a vida, todos os dias e nos horários certos.
3. Rever com o doente aspectos relacionados com as
dietas recomendadas.
4. Explicar os limites no uso de álcool e drogas.
5. Explicar os efeitos adversos ao doente.
6. Fornecer informações sobre a prevenção do HIV, o
uso do preservativo. 34
Considerações (1)

• Os objectivos principais do aconselhamento e


testagem do HIV são:
• Dar apoio psicossocial aos doentes infectados;
• Preparar os doentes para o tratamento;
• Dar apoio na prevenção da transmissão do HIV;
• Ajudar os doentes infectados a levarem uma vida
positiva.
• A confidencialidade entre o doente e o conselheiro é
a base do êxito do aconselhamento.

35
Considerações (2)

• As vantagens de fazer o teste de HIV são:


• É uma forma de prevenção da transmissão;
• É a porta de entrada para os programas de
cuidados e tratamento.
• Uma vez iniciado o TARV, a adesão ao mesmo
depende em parte da atitude do pessoal da saúde.
• O AM e Enfermeiro devem ser capaz de
aconselhar correctamente para a adesão.
• O seguimento dos doentes em TARV requer do AM
e Enfermeiro a capacidade de avaliar a adesão ao
tratamento. 36

Você também pode gostar