Escatologia - Apostila Completa

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ESCATOLOGIA

A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS

INTRODUÇÃO

A Escatologia é a Coroa da Teologia.


Ao contrário do que muita gente pensa, a Escatologia, não constitui um emaranhado de
enigmas, ou um quebra-cabeça. Ele é um conjunto de verdades cristalinas e bem estabelecidas a
respeito do que Deus está para fazer nestes últimos dias.
Sua correta compreensão – bem como a de todas as matérias teológicas – só ocorre
mediante a priorização do que está revelado nas Escrituras, que apresentam a totalidade das
informações primordialmente essenciais (Ap 22.18,19). A questão não é o que queremos, mas o que a
palavra de Deus ensina.

A) O Que É A Doutrina Das Últimas Coisas


Etimologia do Termo:
Escatologia (gr. Eschatos, “último”, “derradeiro”, “final”, “extremo”; + logia “coleta”,
“estudo”, “tratado”)

B) Definição Teológica:
A Doutrina das Últimas Coisas, por conseguintes, são as verdades da Bíblia Sagrada
referente aos derradeiros dias da história humana. Em Teologia Sistemática, recebe ela o nome de
Escatologia que, em grego, significa, literalmente, estudo das “Últimas Coisas”.
É o estudo dos acontecimentos que hão de ocorrer conforme a soberana vontade de Deus
(Ef 3.11).
A questão é como se interpreta o termo “últimas coisas”. Para muitos, este termo está
relacionado a uma ideia de finalização de uma certa existência posterior ao próprio fim. Mas, pela
visão bíblica, o fim dá início a uma nova etapa. O exemplo disso é o noivado, que pode chegar ao fim
quando o casal se separa, mas também pode chegar ao fim quando o casamento chega.
É por isso que a escatologia não está relacionada ao estudo do “fim do mundo”, pois a
Bíblia ensina que o fim é a consumação é a consumação, ou melhor dizendo, um novo início. Desse
modo, a Escatologia é a doutrina que aborda como todas as coisas se completarão na plenitude dos
tempos.

C) Como Termos Uma Escatologia Confiável.


Quantos se intitulam profetas dos últimos dias? Como é possível termos uma base
confiável sobre os eventos futuros? Os que creem em Deus e na sua Palavra não dão valor nem atenção
às afirmativas de futurólogos, adivinhadores, astrólogos, cartomantes e outros que vaticinam a fazem
prognósticos sobre o futuro.
A Nossa base repousa em um alicerce seguro:
I) Em Deus. O conhecimento do futuro pertence somente a Deus, que o vê como se fosse hoje. O Eterno
disse: “Não há outro deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio e,
desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei
toda a minha vontade (Is 46.9,10). “A visão que tem este é para muitos dias, e ele profetiza de tempos
que estão mui longe” (Ez 12.27 ARA). Cremos que “As Revelações Proféticas de Deus são como a
história antecipada” (Eurico Bergstén).
II) Na Palavra de Deus. A recomendação é: “não ir além do que está escrito na Bíblia (Dt 29.29; 1 Co
4.6). Deixemos as especulações, pois algumas verdades estão reveladas, e outras permanecem como
um mistério para nós, sobre elas Jesus nos advertiu: “não vos pertence saber” (At 1.7)
Para os salvos em Jesus Cristo este é um tema que traz esperança, pois não há nada
melhor do que ter a certeza de que o Salvador voltará e que viveremos junto com Ele por toda a
eternidade. No entanto, para os descrentes, a segunda vinda de Jesus não oferece motivos para
regozijo. As previsões bíblicas para o futuro dos ímpios são aterradoras: “Os ímpios serão lançados no
inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (Sl 9.17). Porém, ainda é tempo para o
arrependimento e a conversão. Por isso, a Igreja do Senhor tem a responsabilidade de anunciar Jesus,
cumprindo a Grande Comissão (Mt 28.19,20).

D) A Vinda de Cristo: Nossa Esperança Abençoada


Precisamos entender o PONTO PRINCIPAL DA ESCATOLOGIA: A VINDA DO SENHOR JESUS
PARA ESTEBELECIMENTO DO SEU REINO.
1º Jo 3:2 Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser.
Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como
ele é. 3. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.
Tt 2:11 Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. 12 Ela nos ensina a
renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era
presente, 13 enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande
Deus e Salvador, Jesus Cristo. 14 Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e
purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras.
No final das contas, a pergunta que precisamos ter em mente sobre Escatologia é: o que
a palavra de Deus ensina de fato? E não: o que os homens ensinam? O ensinamento absolutamente
essencial, por ser bíblico, é o da volta pessoal, visível e gloriosa de Cristo para trazer o reino de Deus.
A esta “bendita esperança” devemos nos agarrar, e assim não perderemos nada de essencial da vida
e doutrina cristãs.
Quando observamos os textos bíblicos, é possível perceber a similaridade entre os textos
bíblicos dos capítulos 1 e 2 de Gênesis, com os capítulos 21 e 22 do Apocalipse. São os quatro capítulos
da Bíblia que falam do início e reinício da criação e o mundo. Há um paralelo interessantíssimo entre
esses capítulos. Vejamos:
GÊNESIS 1-2 APOCALIPSE 21-22
Céu e terra criados (Gn 1.1) Novos céus e nova terra (Ap 21.1)
Um jardim (Gn 2.8) Uma cidade (Ap 21.2)
Árvore da vida (Gn 2.9) Árvore da vida (Ap 22.2)
Um casal – homem e mulher (Gn 2.22) Um casal – Cristo e a Igreja (Ap 21.3)
Deus com os homens Deus com os homens (Ap 21.3)
Esses quatro capítulos tem uma característica única na Bíblia: são os capítulos onde não
há o pecado. Em Gênesis 1 e 2, o pecado ainda não havia entrado no mundo, e em Apocalipse 21 e 22
o pecado já foi vencido.
É preciso entender que a Bíblia nunca menciona um Reino NO céu, mas sempre um Reino
DOS Céus. Todos os textos bíblicos são exatamente nesse contexto, onde podemos citar alguns,
ficando apenas nos primeiros capítulos do Evangelho de Mateus:
Mt 4. 17 - Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino
DOS céus.
Mt 4.23 - E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho DO reino...
Mt 5.3 - Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino DOS céus.
Mt 5.20 - Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo
nenhum entrareis no reino DOS céus.
Mt 6.9.10 - Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
VENHA O TEU REINO, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
Mt 9.35 - E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho
DO reino, e curando toda sorte de doenças e enfermidades.
MT 10.7 - e indo, pregai, dizendo: É chegado o reino DOS céus.
Mt 13.11 - Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino DOS céus, mas
a eles não lhes é dado;
Mt 13.24 - Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino DOS céus é semelhante ao homem que
semeou boa semente no seu campo;
Mt 13.31 - Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino DOS céus é semelhante a um grão de mostarda
que um homem tomou, e semeou no seu campo;
Mt 13.33 - O reino DOS céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou com três
medidas de farinha, até ficar tudo levedado.
Todo o contexto das Escrituras aponta para uma verdade indiscutível: Os céus são a
origem de onde vem o Reino para nós, e não o destino para onde iremos!
Sl 115:16 Os céus são os céus do SENHOR, mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens.
Ap 21.1-3 “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não
existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada
como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o
tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo
estará com eles.”
O propósito do Senhor é, ao final dos tempos estabelecer seu Reino nesta nova terra,
conforme revelado a João e registrado nos capítulos finais do livro do Apocalipse.
A ESPERANÇA ABENÇOADA É A VINDA DO SENHOR, quer esse evento glorioso aconteça
antes da Grande Tribulação, quer depois desse evento.
Para os salvos em Jesus Cristo, este é um tema que traz esperança, pois não há nada
melhor do que ter a certeza de que o Salvador voltará e que viveremos junto com Ele por toda a
eternidade. No entanto, para os descrentes, a segunda vinda de Jesus não oferece motivos para
regozijo. As previsões bíblicas para o futuro dos ímpios são aterradoras: “Os ímpios serão lançados no
inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (Sl 9.17). Porém, ainda é tempo para o
arrependimento e a conversão. Por isso, a Igreja do Senhor tem a responsabilidade de anunciar Jesus,
cumprindo a Grande Comissão (Mt 28.19,20).
1 – SUBSÍDOS PARA ENTENDER A ESCATOLOGIA

I - O CAMPO DA ESCATOLOGIA BÍBLICA


1. A escatologia tem sua base na revelação divina.
A Bíblia é a revelação da vontade de Deus à humanidade. Inicialmente, Deus escolheu a
semente de Abraão, ou seja, o povo de Israel, para revelar a sua vontade. Mais tarde, Deus ampliou o
campo da sua revelação e formou um novo povo, a Igreja, constituída de judeus e gentios (Ef 2.11-19).
A partir de então, a Igreja é o alvo da revelação divina.
Toda a revelação aponta para o futuro e a Igreja caminha neste mundo com uma
esperança, pois é identificada como “peregrina e forasteira”, 1 Pe 2.11. Ela existe por causa da
esperança (Rm 5.2; 8.24; Ef 4.4; 1 Ts 4.13).
A esperança indica uma meta; traça planos para um futuro. O mundo pagão se fecha
dentro de um fatalismo histórico, sem expectativas, sem futuro, mas a Bíblia revela o futuro.

2. A escatologia pertence ao campo da profecia.


A preocupação principal do estudo da escatologia é interpretar os textos proféticos das
Escrituras. As verdades proféticas se tornam claras e definidas quando se tem o cuidado de interpretá-
las seguindo os princípios de interpretação, observando o seu contexto histórico e doutrinário.
O apóstolo Pedro teve o cuidado de explicar essa questão quando escreveu: “E temos mui
firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar
escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração”, 2 Pe 1.19.
Na verdade, o apóstolo procura contrastar as ideias humanas com a palavra da profecia
escrita na Bíblia. Ele fortalece a origem divina das Escrituras e da sua profecia.
Não podemos duvidar nem admitir falha na Palavra de Deus. Ela é inspirada pelo Espírito
Santo (2 Tm 3.16). A inerrância das Escrituras tem sua base na infalibilidade da Palavra de Deus.
Outrossim, o mesmo autor declara que “nenhuma profecia da Escritura é de particular
interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens
santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”, 2 Pe 1.20,21.

II - MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA ESCATOLOGIA


Na história da Igreja têm sido adotados vários métodos de interpretação no que concerne
às escrituras proféticas. Eles têm produzido explicações e posições que obrigam os cristãos a serem
cautelosos. Há ideias divergentes, por exemplo, com respeito ao arrebatamento da Igreja. Alguns o
admitem antes e outros creem que se dará no meio da Grande Tribulação. As teorias são várias, mas
precisamos ser definidos sobre o assunto. Para isso, dois métodos de interpretação devem merecer a
nossa atenção.

1. O método alegórico ou figurado


Alguns teólogos definem a alegoria “como qualquer declaração de fatos supostos que
admite a interpretação literal, mas que requer, também, uma interpretação moral ou figurada”.
Quando interpretamos uma profecia bíblica, sem atentarmos para o seu sentido real,
figurado ou literal, negamos o seu valor histórico, dando uma interpretação de menor importância.
Corremos o risco de anular a revelação de Deus naquela profecia. Daí, as palavras e os eventos
proféticos perderem o significado para alguns cristãos.
Quando o sentido de uma profecia é literal e se interpreta alegoricamente, se está, de
fato, pervertendo o verdadeiro sentido da Escrituras, com o pretexto de se buscar um sentido mais
profundo ou espiritual.
Por exemplo, há os que interpretam o Milênio alegoricamente. Não acreditam num
Milênio literal. Por esse modo, além de mutilarem o sentido real e literal da profecia, anulam a
esperança da Igreja.
Tenhamos cuidado com interpretações feitas superficialmente ao bel-prazer das
especulações do intérprete, com ideias próprias ou ao que lhe parece razoável. Declarações como:
“eu penso que é isso”, “eu sinto que é isso”, são típicas de interpretações vaidosas, irresponsáveis e
vazias de temor a Deus.
Portanto, o método alegórico deve ser utilizado corretamente. Paulo utilizou-o em
Gálatas 4.21-31. Ele tomou as figuras ilustradas no texto com fatos literais da antiga dispensação, mas
apresentou-os como sombras de eventos futuros.

2. O método literal e textual.


Esse é o método gramático-histórico. Isto é: se preocupa em dar um sentido literal às
palavras da profecia, interpretando-as conforme o significado ordinário, de uso normal. A preocupação
básica é interpretar o texto sagrado consoante a natureza da inspiração da profecia. Uma vez que
cremos na inspiração plena das Escrituras através do Espírito Santo, devemos atentar para o fato de
que há textos que têm apenas um sentido espiritual, sem que exija, obrigatoriamente, uma
interpretação literal ou figurada.
Ambos os métodos são válidos, mas devem ser utilizados com cuidado e precisão. Há uma
perfeita relação entre as verdades literais e a linguagem figurada. Temos o exemplo bíblico da
apresentação de João Batista no texto de João 1.6, que diz: “Houve um homem enviado de Deus, cujo
nome era João”. Notemos que o texto está falando literalmente de um homem, cujo nome, de fato,
era João. Os termos empregados referem-se literalmente a alguém fisicamente. Mais tarde, João
Batista, ao identificar Jesus, usou uma linguagem figurada, quando diz: “Eis aí o Cordeiro de Deus”, Jo
1.29. Na verdade, Jesus era um homem real e literal, mas João usou a forma figurada para denotar o
sentido literal da pessoa de Jesus.

III - A PROFECIA NA PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA


Não entenderemos a profecia bíblica se a confundirmos com “o dom da profecia”. A
profecia bíblica tem um caráter inerrante, porque ela está nas Escrituras inspiradas pelo Espírito Santo.
A profecia, como dom do Espírito, tem a sua importância no contexto da Igreja de Cristo na Terra, pois
depende de quem a transmite e, por isso, sujeita a erro e julgamento (1 Co 14.29), e não pode ter
validade se a mesma se choca com o ensino geral das Escrituras.

1. A profecia cumprida e a futura.


Para que a profecia bíblica tenha o crédito que merece, devemos estudá-la no que
concerne ao que já foi cumprido e, também, referente ao futuro. Uma grande parte dos livros da Bíblia
contém predições. Quando estudamos as profecias cumpridas podemos enxergar o seu caráter divino,
e fazer distinção com as profecias não cumpridas. Jesus, em seu discurso aos discípulos no aposento
alto, falou do ministério do Espírito Santo após sua ascensão aos céus, e disse: “Ele vos ensinará e vos
anunciará as coisas que hão de vir”, Jo 16.13.
2. A profecia e o ministério da Palavra.
Toda declaração bíblica sobre profecia é tão crível quanto àquelas declarações históricas.
Certo autor de teologia declarou que “a história da raça humana é a história da comunicação de Deus
com o homem”. Deus mesmo recorre à sua Palavra, não como uma simples evidência da verdade
declarada, mas como a única forma pela qual nós podemos obter uma perfeita e completa visão do
propósito divino em relação à salvação. Por isso, precisamos observar a história do passado, presente
e futuro. Devemos ter confiança de que assim como teve cumprimento a Palavra de Deus no passado
e o tem no presente, o mesmo acontecerá com as profecias relacionadas ao futuro.
As Escrituras Sagradas apresentam um só sistema de verdade. Não importa o que dizem
as várias escolas de interpretação. Suas interpretações podem variar e até estar equivocadas.
E, nem a Bíblia se presta a dar apoio a qualquer sistema de interpretação. O futuro é uma
parte do plano de Deus, e só Ele conhece tudo o que encerra a profecia. As opiniões humanas têm
valor enquanto estiverem em conformidade com as Escrituras.

3. A profecia e a Escatologia
A escatologia tem profunda relação com a profecia. Não podemos evitar nem negligenciar
a profecia. Se trouxermos o estudo da Bíblia apenas para a esfera presente, como trataremos das
profecias que nos estimulam a vigiar acerca da vinda de Cristo?
Há um outro fator importante nessa relação entre a escatologia e a profecia que é o seu
cumprimento passado. São profecias que foram faladas ou registradas bem antes dos eventos
profetizados, principalmente, aquelas relativas a Cristo. As profecias quanto à sua primeira vinda se
tornaram históricas pelo seu cumprimento literal (Is 7.14; Mq 5.2; Is 11.2; Zc 9.9; Sl 41.9; Zc 11.12; Sl
50.6; Sl 34.20; Is 53.4-6). Portanto, a relação da escatologia com a profecia não é teórica, porque tem
o testemunho das Escrituras.
Compreender a linguagem da mensagem profética no estudo da escatologia é de
fundamental importância. Toda e qualquer declaração profética depende da linguagem. Expressões
simples do conhecimento humano foram usadas e inspiradas pelo Espírito Santo aos profetas, para
que, na apresentação da mensagem profética, não houvesse confusão na sua compreensão. A
linguagem da profecia bíblica é singela e clara, mesmo quando ela vem em forma alegórica. Seu
objetivo primordial é apresentar as verdades divinas. Todo aquele que ministra a Bíblia é chamado por
Deus para declarar “todo o conselho de Deus” (At 20.27). Não há como escapar da responsabilidade
de conhecer e interpretar corretamente os textos bíblicos proféticos.

4. Diferentes entendimentos sobre Escatologia


No estudo da escatologia, uma das grandes questões que levanta debates e muitas
controvérsias é a ordem dos eventos do tempo do fim. O cerne destes entraves não está na negação
ou reconhecimento dos eventos tidos como principais. Há unanimidade na certeza da volta de Cristo,
na grande tribulação, na ressurreição dos mortos e na inauguração de um novo céu e uma nova terra.
Entretanto, a ordem com que eles ocorrem, bem como a interpretação de sua ‘aplicação’,
e tudo que envolve o antes, o durante e o depois, diferencia-se. Isso tudo é, obviamente, de extrema
importância.
Outro fator importante é a evolução do pensamento teológico com o passar do tempo. A
esperança abençoada da igreja primitiva não era um arrebatamento pré-tribulacionista, mas a segunda
vinda de Cristo no fim da Grande Tribulação. O pré-tribulacionismo é um ensinamento que surgiu no
século XIX entre os Irmãos de Plymouth, nesse importante movimento surgido na Irlanda. A teologia
do arrebatamento pré-tribulacionista foi, então, popularizada extensivamente na década de 1830 por
John Nelson Darby e os Irmãos de Plymouth[1], e se tornou ainda mais conhecida nos Estados Unidos
no início do século 20 pela vasta circulação da "Scofield Reference Bible" (em português, Bíblia de
Estudo Scofield).
Assim, podemos destacar, de forma resumida, algumas das diferentes linhas de
pensamento no que concerne à interpretação dos textos escatológicos:
A) PRETERISTA – Olha as profecias como já tendo sido cumpridas, que tinham mais a ver com a
época da pessoa que profetizou. A hermenêutica respeita a realidade de quem estava falando.
- Extremado – A vinda do Espírito Santo já seria a volta de Jesus – João 14.15-16
- Moderada - Tudo já está cumprido, com exceção do Cap. 20 em diante de Apocalipse
(posição da Bethel e da teologia dos 7 montes, entre outros). A partir dessa posição se desenvolve o
Pós-Milenismo, que acredita que iremos ‘cristianizar’ o mundo antes da volta de Jesus.

B) IDEALISTA – Olha de uma forma que não está preocupada se o que está escrito aconteceu ou
irá acontecer. Percebe uma espécie de desenvolvimento de uma batalha de ideias ou espiritual
entre o bem e o mal. Como se o Apocalipse fosse uma luta da semente da mulher com a
serpente. Não é exatamente a profecia que vai se cumprir, mas são verdades que se aplicam
à nossa vida.

C) HISTÓRICA / HISTOIRITICISTA – (também chamada posição evangélica – De Lutero e dos


Adventistas) – tenta perceber na história os cumprimentos. Não é exatamente algo que
passou, nem exatamente algo que virá, nem a ideia de uma batalha espiritual. É um processo
de cumprimento na história. Essa posição concluiu em diversos momentos que o Papa era o
anticristo. Era a posição de Lutero.

D) FUTURISTA – Acredita que o Apocalipse e as profecias ainda vão se cumprir.


- Extremada – Posição que leva ao dispensacionalismo clássico. Olha as 7 igrejas, das 7
cartas de Apocalipse 1-3 como sendo períodos na história da igreja.
- Moderado – vê nas cartas igrejas históricas que existiram, de onde se tiram lições que
servem a todos, para preparação da igreja, não como uma profecia para o futuro. (Posição de teólogos
como Ângelo Bazzo, George Ladd e Dan Juster).

No tocante à questão relacionada ao Reino Milenial de Cristo, e ao Arrebatamento dos


santos, também há diferentes interpretações, as quais se destacam:
A) AMILENISTA – Não tem milênio. Martin Loyd-Jones dizia que era a interpretação de um
milênio espiritual. Diz que temos uma posição de Escatologia inaugurada - Dizem que o Reino
já veio, de forma espiritual.

B) PRÉ MILENISTA – Creem que esse Reino ainda há de chegar no futuro, dentre os quais ainda
se dividem em:
- Dispensacionalistas:
- Clássicos: defensores de sete ou oito dispensações, que fazem aqueles gráficos
bem interessantes; as dispensações são como testes divinos pelos quais os
homens devem passar. Por exemplo, na Dispensação Adâmica, Deus testa Adão
com uma ordem e estabelece um juízo. Uma vez que Adão pecou, Deus dá início
à nova dispensação. A atual dispensação também tem um teste, uma ordem e um
juízo que é a tribulação futura. Depois dessa tribulação, inicia-se nova
dispensação, a do Milênio. Característica importante do clássico é seu propósito
dualista de redenção. Deus, portanto, tem dois propósitos diferentes, um
relacionado ao céu e outro relacionado à Terra. O Dispensacionalismo clássico
tem como proponentes Darby, Chafer e Scofield.
- Revisados: recebe esse nome porque procura revisar algumas ideias centrais do
Dispensacionalismo clássico. Uma das principais modificações à teologia do
clássico é o abandono do dualismo eterno bem como da separação da
humanidade celestial e terrena. Não havia mais uma distinção celestial/terrena,
mas aqueles representados por Israel e pela Igreja. Estes dois grupos contêm
diferentes indivíduos, assim uma pessoa não poderia estar em ambos ao mesmo
tempo, embora a salvação recebida seja a mesma para ambos por meio da fé.
Portanto, a distinção entre Israel e Igreja é enfatizada. Embora a salvação que eles
recebem seja a mesma, as duas entidades são estruturadas de forma diferente,
com diferentes papéis e responsabilidades. Para a maioria dos revisados não há
duas novas alianças, mas apenas uma. A distinção entre Israel e Igreja, como
grupos diferentes, permanece pela eternidade, mesmo que ambos herdem o
milênio e estado eterno em um corpo glorificado. Negam que Jesus já esteja
sentado ou governando do trono de Davi na era da Igreja, sendo, portanto, um
reinado futuro.
- Progressistas: De toda essa tradição dispensacionalista anterior, a progressiva se
diferencia por ver as dispensações como avanços ou progressos dentro dos planos
de Deus. O dispensacionalismo progressivo rompe com essa visão, influenciado
pela teologia bíblica europeia e pela teologia do reino de George Ladd. Dessa
forma, os progressivos procuraram corrigir todos os excessos dos
dispensacionalistas tradicionais, vendo os planos divinos como algo unificado. A
Bíblia apresentaria então um centro unificador, que é o avanço do Reino de Deus,
e cada dispensação é um progresso das conquistas divinas durante o Seu plano.
O Dispensacionalismo progressivo considera que a Igreja é parte vital do mesmo
plano de redenção dado por Deus a Israel. Apesar de o Dispensacionalismo
progressivo vê a Igreja como uma manifestação da graça, uma nova dispensação
na história redentiva, ainda acredita que essa graça está precisamente de acordo
com as promessas do Antigo Testamento. Assim, uma vez que as bênçãos da Nova
Aliança foram inauguradas na Igreja, há uma distinção desta com os judeus e
gentios da dispensação passada. Contudo, apenas algumas bênçãos foram
inauguradas, o que faz com que a Igreja seja também distinguida da próxima
dispensação em que todas as bênçãos serão inauguradas. Assim, há mais
continuidade entre Israel e Igreja do que os outros dois tipos de
Dispensacionalismo. O progressivo considera que Israel e Igreja constituem o
povo de Deus quanto à salvação e ambos se relacionam com as bênçãos da nova
aliança. Contudo, ainda é notada a distinção indenitária e funcional para o Israel
étnico.
- Históricos: Jesus vai estabelecer um Reino literal na terra, com ideias diferentes sobre O
momento em que ocorrerá o arrebatamento: Pré-tribulação, Pós-tribulação, Pós-tribulação, mas pré-
ira – ao soar da última trombeta, e antes do derramar das taças.
C) PÓS MILENISTA - Crê que o Reino há de vir de uma forma espiritual, em forma de um
avivamento e transformação da sociedade.
2 – SINAIS DE QUE A VINDA DO SENHOR SE APROXIMA
Encontramos no texto escrito por Paulo a Timóteo, alguns dos maiores sinais dos últimos
tempos, que antecedem a vida do Senhor, e que se referem à apostasia dos últimos tempos.
2 Timóteo 3.1-9:
1 - Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;
2 - porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos,
desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 - sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
4 - traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5 - tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
6 - Porque deste número são os que se introduzem pelas casas e levam cativas mulheres néscias
carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências,
7 - que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.
8 - E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo
homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.
9 - Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o
daqueles.
Este tema tem destacada importância na área da Escatologia Bíblica. Segundo as
Escrituras, a apostasia é um pecado contra a fé cristã e, ao contrário do que alguns pensam, está
presente nos dias atuais não apenas como um sinal da vinda de Cristo, mas como uma atividade
maligna contra a Igreja do Senhor.
Ore a Deus para que seus alunos não se desviem, seguindo a doutrinas de demônios e
apartando-se da genuína fé cristã. Oriente-os para que tenham cuidado com as antigas e novas
heresias que contrariam a Palavra de Deus.
As epístolas de Paulo a Timóteo foram escritas aproximadamente entre 61 a 65 d.C.
Embora o Doutor dos Gentios tenha escrito a primeira, provavelmente na Macedônia, e a segunda em
Roma, ambas tratam do mesmo tema: A apostasia dos últimos tempos (1 Tm 4.1-5; 2 Tm 3.1-9).
Timóteo era um jovem pastor que dirigia a igreja de Éfeso na província da Ásia. Naquela
época, não somente Éfeso, mas outras seis cidades da mesma província, estavam sendo assoladas por
diversas heresias (Ap 2.6-20) relacionadas principalmente à idolatria, ao materialismo, ao profetismo
e à imoralidade.
Daí a necessária e urgente admoestação dos apóstolos: “Quem tem ouvidos ouça o que o
Espírito diz às igrejas... que nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé” (Ap 2.7a; 1 Tm 4.1a). Esta
advertência não é apenas histórica, mas profética.
Inspirado pelo Espírito Santo, deixou-nos o apóstolo Paulo este gravíssimo alerta: “Mas o
Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Tm 4.1). Infelizmente, essa profecia vem se
cumprindo de forma alarmante.
Igrejas são corrompidas por falsos mestres; congregações inteiras são desviadas da
simplicidade evangélica por videntes e profetas que se acham a serviço de Satanás; rebanhos são
apartados da verdade pelos que mercadejam a Palavra de Deus. E os seminários que abandonaram a
sã doutrina? E os púlpitos que se acham comprometidos com o liberalismo teológico? Tendo como
base as cartas que o Senhor Jesus enviou, através de João, às igrejas de Éfeso, Pérgamo e Laodicéia,
vejamos alguns sintomas da apostasia destes últimos dias. Antes, porém, vejamos o que é a apostasia.
I - APOSTASIA
O termo apostasia vem da palavra grega apostasia, e significa o abandono consciente e
público da fé que, de uma vez por todas, foi confiada aos santos (Jd v.3).
A apostasia destes últimos dias visa atacar, prioritariamente, os seguintes artigos de fé:
1. A soberania de Deus (Jd v.4);
2. A divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo — verdadeiro homem e verdadeiro Deus, e
único salvador e redentor da humanidade (At 4.12); e:
3. A realidade de sua vinda (2 Pe 3.1-10).
Pode-se dizer que a apostasia é deixar de crer, de acreditar, ou ainda, dizer que acredita,
mas não viver como quem acredita.
Através da apostasia, objetiva o Diabo minar a resistência da Igreja, induzindo-a a deixar
de ser Reino de Deus para tornar-se uma simples organização religiosa.
Como a seguir veremos, um dos primeiros sintomas da apostasia é a perda do primeiro
amor.

II - O ESFRIAMENTO DO AMOR CRISTÃO


Das igrejas da Ásia Menor, a de Éfeso era a mais conservadora e ortodoxa. Estava ela tão
bem alicerçada teologicamente, que era capaz, inclusive, de diferençar entre um verdadeiro e um falso
apóstolo. Não obstante todo esse preparo doutrinário, a igreja de Éfeso estava a ponto de perder a
sua primazia, por haver perdido o seu primeiro amor. Ler Ap 2.1,2.
1. Cristo adverte a sua Igreja
Quão grave é esta advertência de Nosso Senhor: “Tenho, porém, contra ti que deixaste a
tua primeira caridade. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras;
quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres” (Ap
2.4,5).
Da reprimenda de Cristo, o que depreendemos? Se a ortodoxia bíblico-teológica não for
acompanhada do primeiro amor, nenhuma utilidade terá. Pois a ausência do primeiro amor acabara
por lançar a Igreja nas garras do formalismo e, finalmente, da apostasia.
No Sermão Profético, Jesus faz-nos outra advertência: “E, por se multiplicar a iniquidade,
o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12).
2. Reavivando o primeiro amor
Que a Igreja reavive, urgentemente, o primeiro amor, observando, de forma integral, as
exigências da Grande Comissão que nos confiou o Senhor Jesus: evangelizar, fazer missões e discipular
(Mt 28.19; At 1.8); mantendo o amor fraternal e devotando a Cristo a mais provada e ardente
adoração. Ler Hb 13.1. Menos do que isto é inaceitável!
A apostasia desta última hora não haverá de resistir a uma igreja entranhavelmente
amorosa, santificada e fundamentada na Palavra de Deus. Você ama a Cristo? Ama as almas perdidas?
Ou o seu amor cristão já esfriou?

III - A DOUTRINA DE BALAÃO


A doutrina de Balaão é um outro forte indício da apostasia destes últimos dias. Atenhamo-
nos à advertência que o Senhor endereça ao anjo da Igreja de Pérgamo:
“Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de
Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos
sacrifícios da idolatria e se prostituíssem” (Ap 2.14).
Não são poucos os mestres que, torcendo as Escrituras e vendendo a alma ao Diabo,
tentam introduzir o mundo na Igreja, sob a alegação de que esta não pode viver alheia à modernidade.
Ora, ser contemporâneo não significa compactuar com este século; significa, antes de
tudo, falar de Cristo, com ousadia e poder, a esta geração.
Cuidado! A doutrina de Balaão continua a fazer estragos! Ela quer comprometer a Igreja,
impregnando-a com a cultura e com os costumes do mundo (Rm 12.1).
“Um grupo em Pérgamo começara a sustentar a doutrina de Balaão. Balaque, rei de
Moabe, sentindo-se ameaçados pelos israelitas, pedira ao profeta Balaão que os amaldiçoasse. Deus
impediu isto, e, para desgosto de Balaque, Balaão os tinha abençoado e não amaldiçoado (Nm 22:24).
Mas depois disto Israel deixou-se envolver em prostituição e no culto idólatra de Baal-Peor (Nm 25:1-
3), pecado que foi atribuído ao conselho de Balaão (Nm31:16). No nosso texto Balaão está no lugar
dos que promovem a liberalidade quanto à idolatria e imoralidade, à moda dos pagãos.” (APOCALIPSE-
introdução e Comentário, por George Eldon Ladd)

IV - O MISTICISMO HERÉTICO
A apostasia dos últimos tempos vem sendo caracterizada, também, por um misticismo
herético e extravagante. Embora pareça espiritual, é extremamente nocivo à Obra de Deus. Assim o
Senhor Jesus o desmascara: “Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa,
ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria” (Ap
2.20).
Na essência, esta profetisa em nada diferia de Balaão. Seu objetivo era, através de uma
postura falsamente piedosa, induzir os crentes a um comportamento abominável. Conclui-se, do texto
bíblico, que ela já havia conseguido, inclusive, as rédeas do governo eclesiástico de Pérgamo.
Até o anjo da igreja achava-se em suas mãos. O misticismo herético tem como principais
características:
1. Culto aos anjos (Cl 2.18).
2. Falsas profecias (Mt 24.11).
3. Prodígios de origem demoníaca (Mt 24.24).
4. Doutrinas de demônios (1 Tm 4.1; 1 Jo 4.1).
Esta Jezabel dizia ser profetisa, com revelações especiais da parte de Deus que a
qualificavam como mestre com autoridade. É óbvio que ela era membro da igreja e que procurava
seguidores entre os cristãos de Tiatira.
Toleras. O problema em Tiatira era uma tolerância que não era sadia. Eles reconheciam a
existência de uma profetisa falsa; reconheciam também o caráter maléfico de seu ensino, mas em sua
tolerância se negavam a lidar com ela. A situação é oposta à de Éfeso. Os efésios tinham provado os
que se diziam apóstolos e rejeitado os pseudo-apóstolos, mas este conflito os fez rudes e críticos. Aqui
temos uma igreja com muito e crescente amor e fé, que tolera falsos profetas em seu próprio prejuízo.
Toleras que ela não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a
prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.
O erro desta Jezabel é o mesmo dos nicolaítas em Pérgamo: adaptação completa aos
costumes pagãos. O problema em Tiatira era tão grave porque a filiação às corporações de comércio
envolvia a participação em refeições no estilo dos pagãos, que muitas vezes levavam a imoralidade.
Estejamos precavidos! Nem sempre fervor significa espiritualidade. Pode ser forjado,
fingido ou meramente emocional. Quando a congregação de Israel apostatou da fé, no deserto, aquele
ruidoso movimento até parecia um culto avivado; não passava, todavia, de uma rebelião desenfreada
contra o Senhor (Êx 32.6,18).
Assim diz o Espírito Santo por intermédio do salmista: “Mui fiéis são os teus testemunhos;
a santidade convém à tua casa, Senhor, para sempre” (Sl 93.5).

V - A PROSPERIDADE FATAL
A apóstata, rebelde e orgulhosa Laodicéia é um tipo perfeito da Teologia da Prosperidade.
No auge de sua riqueza, afirmou o anjo dessa igreja: “Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho
falta” (Ap 3.17).
A Teologia da Prosperidade é um arremedo doutrinário. Afronta a simplicidade da Igreja
de Cristo e torce, de forma escandalosa, a Bíblia Sagrada. Ensinando os santos a endeusar os bens
materiais em detrimento dos eternos, vão os proponentes dessa teologia subsidiando mentiras,
enganos, heresias e rebeliões contra o Cordeiro de Deus. Consciente, ou inconscientemente, vão
dando sustento à estrutura sobre a qual o Anticristo acha-se a construir o seu império.
Tal apostasia vem encontrando generosos espaços em alguns púlpitos, produzindo uma
geração de crentes cegos, despidos da graça e imperfeitos em suas convicções. Eles supõem, à
semelhança dos amigos de Jó, serem os bens materiais a evidência maior da presença de Deus na vida
humana.
Os proponentes da Teologia da Prosperidade amam a bênção mais do que ao
Abençoador; não têm a fé em Cristo, mas a fé na fé; a mente de Cristo, trocaram-na por um
pensamento enganosamente positivo; determinando tudo, acham-se indeterminados em sua
esperança. E esperando em Cristo apenas nesta vida, tornam-se os mais desgraçados dos homens (1
Co 15.19).
Se não estivermos vigilantes, poderemos ser enganados pelos que, insolentemente, vêm
substituindo a Palavra de Deus por doutrinas de demônios.
Você está firme na fé? E se Ele vier neste instante, está preparado para recepcioná-lo?
Esta é a sua oportunidade! Renove, agora mesmo, a sua aliança com o Cordeiro de Deus, e não se deixe
enganar pela apostasia dos últimos tempos.
Senhor Jesus, ajuda-nos a estar sempre vigilantes, a fim de não sermos contaminados e
consumidos pelo engano. Oh! Senhor, que os nossos vestidos sejam sempre brancos, e que jamais nos
falte o óleo sobre a cabeça. Amém!

VI - GUERRAS E RUMORES DE GUERRAS


Tivemos, no século XX, duas guerras mundiais (Primeira Guerra Mundial: 1914-1918;
Segunda Guerra Mundial: 1939-1945), algo que nunca havia acontecido antes em toda a história da
humanidade.
Também nunca o poderio militar de alguma nação chegou a um nível de poder destruir
diversas vezes todo o planeta, como tivemos durante a chamada Guerra Fria(1945-1989). Surgiu,
assim, o primeiro “rumor de guerra”, que existia constantemente, ao lado das várias guerras que foram
desencadeadas sob o pano de fundo desta Guerra Fria (as principais são as guerras árabe-israelenses,
a Guerra da Coréia, a Guerra do Vietnã).
- Primeira Guerra do Golfo Pérsico, Guerra dos Bálcãs (região da ex-Iugoslávia), em plena
Europa, onde ocorreram verdadeiros genocídios (extermínio de povos inteiros), conflitos igualmente
sangrentos em países africanos.
- A partir de 2001, o surgimento do novo “rumor de guerra”, representado pelo terrorismo
internacional. Esta sensação de insegurança, este medo sempre presente, e que aumenta cada vez que
há um grande atentado terrorista (como os ocorridos em 2004 em Madrid, Espanha e Beslan, Rússia),
ao lado das guerras que continuam, é um acontecimento novo na história.
No nosso século, o número de enfrentamentos militares cresceu substancialmente. Se
nos atermos apenas a esses conflitos propriamente, sem considerar rebeliões curtas, golpes militares
e mesmo genocídios, verificaremos que em todo o século passado ocorreram 107 guerras. Já no século
XX, até 1995, sem considerar a Primeira e Segunda Guerras Mundiais, houve, pelo mesmo critério, um
total de 241 guerras, das quais 166 eclodiram a partir de 1950. Nada menos que 70 países envolveram-
se em guerras de 1994 a 1997.

VII - SINAIS SOCIAIS


- FOME: Atualmente, segundo as estatísticas das Nações Unidas, 7(sete) pessoas na Terra
morrem de fome a cada minuto. A fome é a demonstração mais clara de que os sistemas econômicos
privilegiam a posse de riquezas, não a pessoa humana e que, portanto, estão todos dominados pelo
pecado, pelo sistema iníquo estabelecido no mundo. Segundo a ONU, são 840 milhões de pessoas
famintas no mundo. (http://www.farolbrasil.com.br/arquivos/re_fome_escandalosa.htm).
Atualmente, seria necessário 1,25 Planeta Terra para que não houvesse FOME. Calcula-se que no ano
2.050 será necessário o equivalente a 4 Planetas Terra para alimentar a população mundial. (Por isso
se fala tanto no desenvolvimento sustentável.
- PESTES: A AIDS persiste matando milhões de pessoas todos os anos, pessoas que não
estão mais circunscritas aos antigos “grupos de risco” (hemofílicos, promíscuos), sem que se consiga
cura. Doenças antigas, que se tinham por erradicadas ou sob controle, como a tuberculose, o cólera, a
febre amarela, reiniciaram a matar, em proporções assustadoras. Que falar, então, das doenças
relacionadas ao sedentarismo e à nova maneira de ser do homem urbano, como as doenças do coração
e a obesidade, que tem atacado, principalmente, crianças, adolescentes e jovens.
- Cada vez mais pessoas, proporcionalmente, ficam doentes a cada dia no mundo. Esse
crescimento do número relativo de doentes e o encarecimento das modernas técnicas médicas fez
aumentar em muito os gastos com despesas médicas, principalmente nos países desenvolvidos, e mais
particularmente nos Estados Unidos da América. Lá, para um crescimento da população de 1,5 vezes
entre 1960 e 1990, os gastos com saúde subiram 25,4 vezes. Apesar disso, as pessoas não estão mais
saudáveis. Pelo contrário. Adoece-se hoje em dia pelas causas mais variadas e imprevistas.

VIII - SINAIS NA NATUREZA


- TERREMOTOS: Os próprios sismólogos (são os estudiosos dos tremores de terra) são
claros em afirmar que a intensidade e o número dos terremotos têm aumentado consideravelmente
a cada ano e que há uma intensa atividade sísmica no planeta. Recentemente, em setembro de 2004,
a Argentina foi sacudida por um terremoto de grau 6,9 na escala Richter, que vai até 9, algo que nunca
havia sido detectado antes pelos sismólogos.
No século XV ocorreram 115 terremotos
No século XVI ocorreram 253 terremotos
No século XVII ocorreram 378 terremotos
No século XVIII ocorreram 640 terremotos
No século XIX ocorreram 2.119 terremotos
No século XX ocorreram Mais de 4.000 terremotos
http://www.msantunes.com.br/juizo/terremot.htm
Estima-se que ocorram a cada ano cerca de 500 mil tremores em todo o globo, havendo
quem fale até de um milhão de sismos, dos quais 100 mil são percebidos pelas pessoas com seus
próprios sentidos e pelo menos mil causam danos.
Além da frequência aumentada, verifica-se também um crescimento da intensidade dos
terremotos, alguns deles tornando-se até momentaneamente famosos em razão da destruição e do
número de mortes, como os da Guatemala (um milhão de desabrigados) e da China (750 mil mortos)
em 1976, o do México em 1985 e o do Japão em 1995. Infelizmente, também essas grandes catástrofes
acabam sendo esquecidas após um tempo maior ou menor, transformando-se em meras curiosidades
históricas.
- MUDANÇAS NO CLIMA: O sol é o primeiro astro citado no discurso escatológico1 de
Jesus. Ele disse que haveria sinais no sol, e eles realmente existem: "E haverá sinais no sol e na lua e
nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas" (Lc
21.25).
Na última década, satélites captaram, no sol, explosões que chegaram a derrubar redes
de energia elétrica em algumas regiões da Terra. Outros planetas também já foram sendo afetados
por estas explosões. É o caso de Saturno, que teve em sua superfície o irrompimento de um furacão,
cuja boca media 95.000 Km de diâmetro.
Cientistas europeus afirmam que tudo isso é consequência dessas explosões no sol, onde
a temperatura já começa a se elevar brutalmente. O profeta Isaias soube de tudo isso
antecipadamente. Ele escreveu: "E será a luz da lua como a luz do sol, e a luz do sol sete vezes maior,
como a luz de sete dias..." (Is 30.26). Luz nesta profecia refere-se ao calor que será sete vezes maior
que o atual, ou igual a soma do calor de sete dias consecutivos.
O que o leitor já deve ter notado é que isso já está acontecendo. Nos últimos anos o verão
tem se intensificado, os invernos têm sido menores e às vezes nem chegam a incomodar. Os
fenômenos ocorridos no sol estão desencadeando mudanças na nossa atmosfera, e isso dará origem
a outra série de distúrbios, nos mares, polos, ecossistemas, e ao homem.

IX - SINAIS NA ÁREA RELIGIOSA


Consta que nos últimos 50 anos, mais de 1.100 “falsos cristos” foram identificados. É
comum ver, na televisão, falsos cristos se apresentando. Estes são mais fáceis de serem identificados.
Existem falsificações quase perfeitas, razão porque Jesus afirmou que eles enganariam “a muitos”.
FALSOS PROFETAS
• No início do século, os adeptos da seita russa "Irmãos e Irmãs da Morte Vermelha"
estavam certos de que o fim do mundo ocorreria no dia 13 de novembro de 1900. Convencidos de que
deveriam suicidar-se, 862 deles decidiram morrer na fogueira. Quando a polícia chegou, já havia uma
centena de irmãos carbonizados.
• Na década de 60, astrólogos hindus chegaram à conclusão de que o mundo acabaria
em 4 de fevereiro de 1962, por conta de uma conjunção do Sol, da Lua e mais 5 planetas. Segundo
Maurice Chatelain, milhões de crentes caíram de joelhos, implorando à deusa Chandi Path que os
poupasse e fazendo queimar quase duas toneladas de manteiga para apaziguar sua cólera. Como nada
aconteceu na data estipulada, concluíram que a deusa atendera suas preces.
• Em novembro de 1978, o dirigente de uma seita na Guiana, pastor Jim Jones,
promoveu o suicídio coletivo de todos os adeptos: morreram 914 pessoas.
• Em março de 1993, pelo menos setenta seguidores da seita "Ramo Davidiano"
morreram queimados num incêndio que, segundo consta, foi provocado por eles mesmos. O dirigente
da seita, David Koresh, pregava palavras messiânicas misturando sexo, liberdade e resolução. Ele
também dizia ser Deus.
• Em outubro de 1993, 53 habitantes de uma vila no interior do Vietnã cometeram
suicídio coletivo. O responsável pelo desatino foi Cam Vam Lien, que recebeu vultosas somas em troca
da promessa de um caminho rápido para o céu.
• Em outubro de 1994, 53 membros da "Ordem do Templo Solar" morreram num
suicídio coletivo, incluindo o fundador da seita, o médico canadense Luc Jouret, que julgava ser um
novo Cristo e pregava que o fim do mundo estava próximo. Os integrantes da seita acreditavam que,
matando-se, viajariam para a estrela Sirius e lá teriam uma vida bem-aventurada. Em dezembro de
1995, outros 16 membros da seita preparam por conta própria uma segunda excursão a Sirius; eles
estavam ressentidos por não terem sido convidados para a primeira viagem. Dois integrantes do grupo
preparam 14 homens, mulheres e crianças para essa segunda jornada, encapuzando-os com sacos
plásticos e embebendo com gasolina seus corpos estendidos no chão, em formato de estrela. Atearam
fogo a eles e depois se mataram com uma arma. Em março de 1997, mais cinco membros da seita se
mudaram para Sirius.
• Em março de 1995, membros da seita japonesa "Ensino da Verdade Suprema",
provocaram um atentado com gás tóxico no metrô de Tóquio, matando dez pessoas e ferindo cerca
de cinco mil. Fundada em 1984, a seita tinha originalmente o nome de "Associação dos Eremitas
Legendários com Poderes Miraculosos". O líder da seita, Shoko Asahara, que é cego e se considera a
reencarnação de Buddha, dizia ser capaz de levitar e chamava Adolf Hitler de profeta. Ostentava os
títulos de Sua Santidade, Venerando Mestre e Salvador do Século. Dizia que o mundo iria acabar em
1997 e somente sobreviveria quem fosse membro do grupo. Os membros tinham de doar seus bens à
seita e desembolsar até 10 mil dólares para ter o direito de beber o sangue do mestre. Já os menos
abastados podiam, por 200 dólares, tomar alguns goles da água suja do banho do guru. Os seguidores
provocavam vômitos para expiar as culpas e 50 deles foram encontrados posteriormente em estado
de coma, após um jejum de uma semana. Investigações policiais descobriram nos prédios da seita
todos os ingredientes para a fabricação do gás sarin (utilizado no atentado de Tóquio), além de
componentes de nitroglicerina, estoques de bactérias do botulismo, instalações para fabricação de
armas de assalto e uma máquina de triturar ossos. Há indícios que a seita planejava comprar blindados
russos e ogivas nucleares. Em maio de 1995 a seita de Asahara computava 10 mil seguidores no Japão
e cerca de 20 mil em outros países.
• Em março de 1997, 39 membros da seita americana "Portal do Céu" cometeram
suicídio coletivo, na expectativa de que se desvencilhando de seus corpos (chamados por eles de
contêineres) embarcariam num disco voador que os aguardava escondido na cauda do cometa Hale
Bopp. O líder da seita, Marshall Applewithe, que fora castrado para se purificar, acreditava ser um
novo Cristo, com a missão de apresentar aos homens "um nível de evolução acima do humano". Em
1993, ele havia publicado anúncios em vários jornais americanos e canadenses fazendo sua "última
oferta" para quem quisesse se salvar. São dele também essas significativas palavras: "Nossa missão é
exatamente a mesma conferida a Jesus Cristo há dois mil anos. Eu estou para a sociedade de hoje na
mesma posição em que estava a alma que habitava o corpo de Cristo. Estou aqui, portanto, para
cumprir a última tarefa, prometida há dois mil anos. Como prometido, as chaves do Portal do Céu
estão novamente no Ovni 2, como estavam em Jesus e seu Pai há dois mil anos."
• Nosso Senhor nos alertou que um dos sinais que apontariam para a aproximação do
fim de todas as coisas seria o surgimento de falsos Cristos. Se não bastasse a figura caricata do Inri
Cristo, que mais nos dá pena do que qualquer outra coisa, surgiu no cenário religioso mundial Jose Luis
de Jesus Miranda, que afirma ser Jesus Cristo Homem.
• O líder religioso alega ter milhares de seguidores em mais de 30 países. Seus discípulos
afirmam que seu ministério é divino e que um dia se tornará a maior religião no mundo. José Luiz teve
uma infância pobre em Porto Rico onde foi viciado em heroína. Segundo ele, lá descobriu ser a
encarnação de Cristo quando foi visitado por anjos em um sonho. “Os profetas falavam de mim.
Demorou algum tempo para que aprendesse isso, mas eu sou o que eles estavam esperando, o que
eles estavam esperando por 2.000 anos”
Em sua doutrina não há pecado ou diabo, pois seus seguidores literalmente não fazem
nada errado aos olhos de Deus, o que, diga-se de passagem, é bem conveniente nos dias atuais. Sua
igreja proclama-se o “Governo de Deus na Terra” e possui um símbolo similar ao dos Estados Unidos.

X - SINAIS NA ÁREA DA CIÊNCIA


- Informática - Satanás, através de seus súditos, está realizando no sentido de preparar o
mundo para o Governo do Anticristo. Através de um quase perfeito Sistema de Computação ele vai
procurar exercer os três atributos que são específicos de Deus - a Onipresença, a Onisciência e a
Onipotência. Cada família poderá ser vigiada e controlada dentro de sua própria casa.
- Engenharia Genética – DNA, embriões, clonagem, Células-Tronco
- Revista Veja de Setembro de 2010, ano 37, nº 38, que traz um artigo sobre a
possibilidade do casal poder escolher o sexo do filho que pretende ter. Escolher se quer homem ou
mulher, sendo que somente uma Clinica, em São Paulo, atende, em média 1.400 casais, por ano. Cerca
de trinta anos atrás o casal só saberia se era homem, ou mulher, após o nascimento. Com a evolução
da ultrassonografia possibilitou poder identificar o sexo da criança na 16º semana de gravidez, ou na
8º, se for de sangue.

XI - SINAIS NA ÁREA POLÍTICA


Encaminhamento para um Governo Mundial
O Vaticano publicou no dia 07/07/2009, a 3ª Encíclica do Papa Bento XVI intitulada
"CARIDADE NA VERDADE". No documento que trata sobre a crise mundial o que mais chama a atenção
dos evangélicos em todo o mundo é o fato dele (O PAPA), ter redigido a seguinte frase: "É URGENTE A
PRESENÇA DE UMA VERDADEIRA AUTORIDADE POLÍTICA MUNDIAL". Para a grande maioria das
pessoas esta frase não tem um grande efeito, todavia, para os que conhecem a bíblia sagrada sabem
quem será este personagem que tem o seu surgimento profetizado na bíblia sagrada. O que queremos
dar ênfase nesta notícia não é o fato de que o Papa tenha sugerido esta autoridade mundial, mais o
fato de que esta encíclica nos aponta uma grande verdade "O fim está próximo" e mais cedo ou mais
tarde haverá este líder mundial de fato, más, nós os crentes no Senhor Jesus esperamos não ter a
oportunidade de presenciar sua atuação, pois, nesta época, seja quando for, estaremos com o Senhor.
É hora de preparação, de dizer não ao pecado e batalhar as batalhas espirituais contra as
potestades do mal que se levantam contra a igreja do Senhor, proliferando heresias, modismos,
paganismo e fazendo com que muitos crentes achem isso tudo normal.
O Papa quer uma Autoridade (com A maiúsculo) que deverá ser reconhecida por todos,
garantir o ordenamento jurídico, político e econômico, para desarmar em escala global, para controlar
os alimentos humanos globalmente e para criar uma ordem social.
Todas essas palavras chaves são indicativas de uma só coisa: o governo mundial. Aquele
que deverá começar pela ONU, pela UE e outros grupos globalistas e que terminará controlando o
mundo através das mãos de uns poucos pseudo-iluminados que em nome de um tal de “bem comum”
reconstruirá uma nova civilização humana devidamente controlada como gado.
- Renascimento do Império Romano: Poucas pessoas parecem reconhecer o que
realmente aconteceu no início de 1993. Os doze países-membros da União Europeia deram início ao
mais audacioso projeto de sua história: a criação de um mercado comum. O mundo sonha com isso há
2.000 anos.
O que vemos hoje é o reino do Anticristo sendo estabelecido. Tudo nos leva a crer que a
expansão do domínio Europeu será sobre toda a terra (Dn 7:23). A Europa se tornará num grande
mercado comum mundial ou bloco econômico, o que nos lembra o espírito da Babilônia que será
destruída durante a Grande Tribulação.
Deus, através dos acontecimentos atuais, prepara o ressurgimento do Império Romano,
que será a etapa final do reino humano, caracterizada pelos mais desmedidos esforços na luta contra
o Deus Todo-Poderoso. Por toda parte ao nosso redor, há indícios precisos de uma efetiva montagem
do cenário mundial. Para percebê-los, basta que saibamos olhar na direção certa e da maneira correta.
Essa sequência de acontecimentos abre caminho para os eventos maiores que se desenrolarão
durante a Tribulação. Enquanto Deus prepara o mundo em que vivemos para o juízo, o crente em
Cristo deve estar continuamente pronto para o serviço do Senhor; A reunião da Igreja com seu Senhor
está bem próxima! Numa espera vigilante da iminente volta de nosso Senhor nas nuvens, para
arrebatar a Sua noiva! Aleluia!

XII - OUTROS SINAIS QUE PRECEDEM A VOLTA DE CRISTO


1) Acentuado aumento no conhecimento:
"E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão
de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará." (Dn 12.4)
2) Violência
"A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de
violência.12E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o
seu caminho sobre a terra.13Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha
face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra." (Gn 6.11,13)
"E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem." (Mt 24.37)
3) Estado da igreja: apostasia, deslealdade, declínio
"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios" (1Tm 4.1)
4) Descrença na volta de Cristo
"Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as
suas próprias concupiscências, E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os
pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação " (2Pe 3.3,4)
5) Israel se torna uma nação
"Depois de muitos dias serás visitado. No fim dos anos virás à terra que se recuperou da
espada, e que foi congregada dentre muitos povos, junto aos montes de Israel, que sempre se faziam
desertos; mas aquela terra foi tirada dentre as nações, e todas elas habitarão seguramente." (Ez 38.8)
3 – AS SETENTA SEMANAS DA PROFECIA DE DANIEL
A compreensão destas semanas é indispensável para quem pretende entender a
Escatologia Bíblica.
Daniel capítulo 9, dos versos 24 ao 27:
24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar
a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para
selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos.
25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido,
ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão,
mas em tempos angustiosos.
26 Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe
que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra;
desolações são determinadas.
27 Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício
e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está
determinada, se derrame sobre ele.
Precisamos entender a profecia sobre as Setentas Semanas para compreender:
• O Sermão profético de Mt. 24.
• O livro de apocalipse cap. 6 – 19.
• Que é uma ampliação da 70 Semanas em detalhes.
I - O Cenário Histórico – Dn. 9. 1–2.
Final dos (70) setenta Anos de Cativeiro. Daniel descobriu nos escritos de Jeremias que o
tempo do cativeiro chegara ao fim.
II - Porque 70 Anos de Cativeiro?
Foram quase 500 anos de Monarquia. Israel não observou pó Ano Sabático. Ano em que
a terra descansaria - Lv. 25. 3 – 5; 8.22; II Cr. 36.21. 6 Anos podia se plantar, cultivar. No 7º ano seria o
Sabático (descanso).
A razão de ter sido 70 anos de Cativeiro não foi por acaso:
1. Durante a Monarquia não houve esta observação. Totalizando 70 Anos Sabáticos.
2. O total de Anos Sabáticos, 70.
3. Deus os levou para o cativeiro por 70 Anos para que a terra repousasse.
III - O propósito das 70 Semanas
Dn. 9.24 – setenta Semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa
Cidade:
a) Para extinguir a transgressão
b) E dar fim aos pecados
c) E para expiar a iniquidade
d) E trazer justiça eterna
e) E selar a visão e a profecia
f) E para ungir o Santo dos Santos.
A palavra hebraica traduzida por “semanas” significa simplesmente “sete”. Os Judeus
tinham:
Semanas de Dias = Sete dias.
Semanas de Anos = Sete anos.
O que vamos estudar trata-se de “Sete de Anos”. Setenta Grupos de Sete (setenta setes).
Dn. 9.24 – Setenta Sete estão determinados sobre o teu povo.
Cada “Sete anos” equivale há “uma Semana”. Cada “Semana” equivale há “Sete anos”.
As 70 Semanas de Anos somam 490 anos. Que estão divididas em 3 grupos:
• 1º Grupo – 07 Semanas = 49 anos
• 2º Grupo – 62 Semanas = 434 anos 70 Semanas = 490 anos.
• 3º Grupo - 01 Semana = 7 ano
IV - O 1º Grupo de 7 Semanas.
7 Semanas = 49 anos.
Dn. 9.25a – desde a saída e a ordem para restaurar e edificar Jerusalém.... 7 semanas...
Houve 2 decretos ligados a reconstrução de Jerusalém.
1º - Esdras 7. 6 – 7; 10.13 (2º Grupo de repatriados com Esdras). Relacionados ao Templo,
ao Culto, ao Ensinamento da Lei.
Vamos aqui abrir um parêntese e explicar que, assim como o regresso do cativeiro foi em 3
grupos de repatriados, a ida ao cativeiro também foi em 3 deportações.
• 1º Grupo de repatriados com Zorobabel Esdras Capítulos 2 a 4
• 2º Grupo de repatriados com Esdras Esdras 7. 6 – 7
• 3º Grupo de repatriados co Neemias Neemias 1.3; 2. 5 – 8.
A 1ª Deportação
No 4º Ano de Joaiaquim – Filho de Josias Daniel 1.1
No 1º ano de Nabucodonosor – Babilônia.
Isto foi em 606 aC. Quando aconteceu a profecia dos 70 anos de cativeiro Jr. 25. 11 – 12.

Em 606 aC. Acontece a 1ª deportação


Neste 4º ano, Judá tornou-se Estado escravo – de Babilônia.
- Para assegurar que Jeoiaquim pagaria os tributos a Babilônia, acontece a 1ª deportação.
- Os deportados eram reféns, um grande número de jovens das famílias mais destacadas, da
linhagem nobre. Dn. 1.4,6.

Em 598 aC. Acontece a 2ª Deportação.


- Jeoiaquim deixa de pagar os tributos a Babilônia e Nabucodonosor volta para punir Judá com a
2ª deportação.
- Jeoiaquim morre e seu corpo é lançado fora da cidade Jr. 22. 18 – 19.
- Seu filho Jeconias (Joaquim) assume o trono por 3 meses.
- Jeconias sua Mãe e mais 1000 (Mil) outros inclusive Ezequiel são levados cativos, deportados.
Estes segundo grupo de cativos era composto de líderes do povo, os melhores soldados, os
exímios artesãos – II Rs. 24. 15,16.

Em 586/597 aC. Exílio final 3ª deportação.


Durante o Reinado de Zedequias Jerusalém foi sitiada por 18 meses onde houve:
- Fome – doenças – mal cheiro na cidade – Jr. 39. 1 – 10.
- Só ficou na terra de Israel os mais pobre dentre o povo – Jr. 39. 9,10.
O exílio Babilônico durou até aproximadamente 536 aC.
Fechamos os parênteses e voltamos a explicação da divisão em Grupos das 70 semanas.

2º Neemias 1.3; 2. 5 – 8. (3º grupo de repatriados com Neemias) - Relacionado a


reconstrução dos muros e da Cidade de Jerusalém. Isso foi no ano 445 aC. Aqui começa a contagem
das 70 Semanas.
V - O 2º Grupo - 62 Semanas
62 Semanas = 434 anos
Dn. 9.25b. Até o Messias o Príncipe Mt. 21 - entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
V.26 – Depois das 62 Semanas pó Messias será tirado, E o Templo destruído. - Ano 70 DC.
VI – O 3º Grupo - 1 Semana.
1 Semana = 7 anos.
Antes que se cumpra a 70ª semana haverá um intervalo. Indicado no V. 26 – “Até o Fim”.
O relógio que registra as Semanas proféticas para Israel, para. E começa então a era da
Igreja.
A 70ª semana só começa com a manifestação do ‘príncipe’ – o Anticristo. A última das
70 Semanas de Daniel ocupa capítulos de 6 a 19 de Apocalipse. A 70ª Semana de Daniel.
Será uma semana de 7 anos, divididos em duas partes:
- 3 ½ Três anos e meio
- 3 ½ Três anos e meio
Na Bíblia encontramos os seguintes termos: Anos – Meses – Dias.
Anos – Um tempo, tempos e metade de um tempo. Dn. 7.25; Ap. 12.14.
Meses – 3 ½ Três anos e meio equivale a 42 meses Ap. 11.2; 13.5.
Dias – 3 ½ Três anos e meio = a 42 meses = a 1260 dias. Ap. 11.3; 12.6; Dn. 12.11; 9.27 – Ele fará uma
aliança por muitos por Uma Semana = 7 anos.
Anticristo – quebrará o pacto, aliança na metade da Semana.
4 – O PERÍODO DE TRIBULAÇÃO
Deus preparou todas as coisas para a vinda a este mundo, do Seu filho Jesus Cristo. De
igual modo o Diabo prepara todas as coisas, armando o palco para o tempo da manifestação do
Anticristo. Tal preparação em escala mundial não pode ser feita de improviso, nem de última hora. Ela
já começou há muito tempo e de muitas maneiras. Os três elementos que assumirão papel decisivo
nos acontecimentos da Grande Tribulação, são Satanás, o Anticristo e o Falso Profeta. Satanás será o
antideus; a Besta será o Anticristo, enquanto o Falso Profeta será o Antiespírito. Assim como Cristo é
Deus encarnado, assim também, o Anticristo, durante a Grande Tribulação, será um tipo de
encarnação do próprio Diabo, e em seu nome realizará prodígios de mentira para enganar os que
habitarem na terra durante aqueles dias.
Perguntado sobre o que aconteceria antes da sua vinda definitiva para estabelecimento
do Seu Reino, Jesus respondeu aos discípulos, no texto registrado pelo Evangelista Mateus, no capítulo
24 muitos sinais do que aconteceria nesse período de tribulação, chamado muitas vezes de – O DIA
DO SENHOR.
O livro do Apocalipse, a revelação dada por Deus a João, na ilha de Patmos, também
descreve, em sua maior parte, justamente os eventos que acontecerão durante o período de
tribulação, que conforme estudamos no capítulo anterior, deverá ter uma duração de 7 anos.
A Grande Tribulação é também chamada de:
- Última semana de Daniel Dn. 9. 24 – 27.
- Tempo da angustia de Jacó Jr. 30.7; Sf. 1.15
- Ira Futura I Ts. 1.10; 5.9 ; Ap. 6.16,17
- Tempo de destruição I Ts. 5.3
- Tempo de Eclipse (escuridão) Is. 24. 20 – 23; Am. 5.18
- Tempo de castigo Ez. 20. 37,38
- Tempo de choro (pranto) Am. 5. 16,17
- Tempo de aflição Mt. 24.21
- Dilúvio de açoites Is. 28.15, 18
No estudo sobre as setenta semanas de Daniel, podemos verificar que a última semana
que equivalem a sete anos não se cumpriu, e este período que ainda se cumpriu é exatamente a
Grande Tribulação, que da mesma forma irá durar sete anos, divididas em duas partes de três anos e
meio.
- Mil duzentos e sessenta dias Ap. 11.1; 12.6
- Quarenta e dois meses Ap. 13.5
- Tempo e tempos e metade de um tempo Ap. 12.14

I – Início dos 7 anos de Tribulação


“Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até
agora não tem havido”. (Mt 24.21)
A) Sua Duração: É a 70ª semana de Daniel e, portanto, durará sete anos (Dn 9.27). A
metade desse período é apresentada pelas expressões “42 meses” e “1.260 dias” (Ap 11.2,3)
B) Sua Descrição: Julgamento sobre o mundo. As três séries de juízos descrevem esse
julgamento (selos, Ap 6; trombeta, Ap 8-9; taças, Ap 16)
- Perseguição contra Israel – e todos os santos (Mt 24.9,22; Ap 12.17)
- Salvação de multidões (Ap 7).
- Ascensão e domínio do anticristo (2Ts 2; Ap 13).
É imprescindível analisar Apocalipse 13.1-18, para conhecer a pretensão do anticristo –
Satanás, embora derrotado (Ap 12), ainda recebe permissão para perseguir a igreja com sua fúria mais
terrível. Ele sempre quis imitar a Deus. O dragão quis ser igual a Deus, numa tentativa de imitar a Deus
Pai. A besta que surge da terra, o Anticristo tentará imitar Jesus Cristo. Como o Filho encarnou-se,
morreu e ressuscitou, o Anticristo – será uma espécie de encarnação de Satanás, que passará por uma
experiência de morte e um simulacro da ressurreição. A besta que surge da terra, o falso profeta, levará
os homens a adorarem a primeira besta, numa tentativa de imitar o Espírito Santo que leva os homens
a adorarem a Cristo. A Grande Meretriz, a falsa igreja, é uma imitação da Mulher Celestial, da Noiva
do Cordeiro, a igreja fiel. Onde quer que um poder civil despótico dê as mãos a alguma religião falsa,
aí temos uma reprodução dessas duas bestas.
O tempo da aparição do anticristo – Embora o mistério da iniquidade já esteja operando
(2 Ts 2:7), o anticristo como pessoa que encarnará o poder dos reinos ímpios e também todo o poder
de Satanás, emergirá no breve tempo do fim, visto na Bíblia de várias formas: a) A apostasia (2 Ts 2:3);
b) A grande tribulação (Mt 24:21-22); c) A revelação do homem da iniquidade (2 Ts 2:3); d) O pouco
tempo de Satanás (Ap 20:3).
As passagens de 1 Ts 5.3 e Ap 6.2, e outras semelhantes, falam da paz e prosperidade que
a terra experimentará no princípio do governo centralizado da Besta. Daniel 11.36 diz que o seu
governo será próspero. Ela convencerá o mundo de que acaba de raiar a era da paz e do progresso
com que a humanidade sonhava. A política, a religião, a economia, e a ciência, serão sua metas
principais. A ciência atingirá um ponto nunca alcançado. Todo esse progresso será falso, porque será
superficial, e, durará pouco. Logo depois, a Besta revelará seu verdadeiro caráter maligno, ao mesmo
tempo em que os juízos desencadeados do céu, sob os selos, as trombetas e as taças registrados nos
capítulos 6 a 18 de Apocalipse, porão tudo a descoberto, mostrando que as multidões foram
completamente iludidas.
Aqueles que hoje tem a oportunidade de crer em Jesus, mas não creem e não seguem a
Palavra da verdade, serão enganados pelo Anticristo (2 Ts 2.10-12).

II – Abertura do 1º Selo (Ap 6.2): Aparecimento do Anticristo


A Besta ou o Anticristo será um personagem de uma habilidade e capacidade
desconhecidas até hoje, porém, será um homem como os demais, isto é, nascido de mulher. Será o
maior líder de toda a história. Será portador de uma personalidade irresistível. Sua sabedoria e
capacidade serão sobrenaturais, quando considerarmos seus atos à luz do relato bíblico. Ele encarnará
a própria pessoa de Satanás. Além da ação diabólica direta em seu apoio, outros fatores contribuirão
decisivamente para a implantação do governo do Anticristo, como poderio bélico, tecnologia avançada
e poder econômico. (Ap 13.1-5).
A Besta terá um nome, no momento desconhecido. O número resultante desse nome será
666 (Ap 13.17,18). Três coisas a Bíblia diz sobre a Besta: seu nome, número e marca. No momento, só
o seu número nos é revelado: 666. (Falaremos sobre isso num próximo tópico específico)
O início da carreira do Anticristo será algo insignificante (Dn 7.8), mas logo depois ele
ocupará três países (Dn 7.24), e prosseguirá na escalada do poder, tornando-se governante de uma
confederação de dez países (Dn 7.24; Ap 17.12).
Diversos nomes e títulos são dados ao Anticristo nas Escrituras1: o sanguinário e
fraudulento (Sl 5.6), o perverso (Sl 10.2-4), o homem da terra (Sl 10.18), o homem poderoso (Sl 52.1),
o inimigo (Sl 55.3), o adversário (Sl 74.8-10), o líder de muitas nações (Sl 111.6), o homem violento (Sl
140.1), o assírio (Is 10.5-12), o rei da Babilônia (Is 14.4), a estrela da manhã (Is 14.12), o destruidor (Is
16.4,5; Jr 6.26), a estaca (Is 22.25), o hino triunfal dos tiranos (Is 25.5), o profano e perverso príncipe
de Israel (Ez 21.25-27), o pequeno chifre (Dn 7.8), o príncipe que há de vir (Dn 9.26), o homem vil (Dn
11.21), o rei que fará segundo a sua vontade (Dn 11.36), o pastor inútil (Zc 11.16,17), o homem da
iniqüidade (2 Ts 2.3), o filho da perdição (2 Ts 2.3), o iníquo (2 Ts 2.8), o Anticristo (l Jo 2.22), o anjo do
abismo (Ap 9.11), a besta (Ap 11.7; 13.1). A esses podem ser acrescentados: aquele que vem em seu
próprio nome (Jo 5.43), o rei feroz (Dn 8.23), o abominável da desolação (Mt 24.15), o assolador (Dn
9.27). Assim, é possível ver quão extensa a revelação desse indivíduo é. Não é de admirar, já que essa
é a obra-prima de Satanás na sua tentativa de imitar o plano de Deus.
O anticristo como o homem do pecado na teologia de Paulo – 2 Ts 2:1-12:
a) Surgirá da grande apostasia (v. 3);
b) Será uma pessoa (v. 3);
c) Será objeto de adoração (v. 4);
d) Usará milagres falsos (v. 9);
e) Só pode ser revelado depois que aquilo e aquele que o detém for removido (v. 6,7);
f) Será totalmente derrotado por Cristo (v. 8);

A Descrição Do Anticristo – (Apocalipse 13:1-18)


1. Sua ascensão se dará num tempo de muita turbulência – v. 1
“Vi emergir do mar uma besta” (v. 1). O que significa isso? As águas do mar são multidões,
as nações e os povos na sua turbulência político-social (Ap 17:5). As águas são símbolo das nações não
regeneradas em sua agitação (Is 57:20). Antes do levantamento do anticristo, o mundo estará em
desespero, num beco sem saída. Ele emerge desse caos. O pequeno chifre de Daniel, o homem de
desolação citado por Jesus, o homem da iniquidade citado por Paulo, o anticristo citado por João e a
besta que emerge do mar são a mesma pessoa. Esse personagem encarnou-se na figura dos
imperadores (Dominus et Deus) e também em outros reis e reinos despóticos, mas se apresentará no
fim como o anticristo escatológico. Ele com seu grande poder vai seduzir as pessoas e conquistar as
nações.
a) Ele se levantará num contexto de grandes convulsões naturais – Terremotos, epidemias
e fomes.
b) Ele aparecerá num tempo de grande convulsão social – Será um tempo de guerras e
rumores de guerras, onde reinos se levantarão contra reinos. O mundo será um campo de guerra.
c) Ele surgirá num tempo de profunda inquietação religiosa – Ele brotará do ventre da
grande apostasia. Os homens obedecerão a ensinos de demônios. Os falsos mestres e os falsos cristos
estarão sendo recebidos com entusiasmo. Nesse tempo haverá duas igrejas: a apóstata e a fiel.
d) Ele surgirá oferecendo solução aos problemas mundiais – O mundo estará seduzido
pelo seu poder. Os homens estarão dizendo: “Paz, paz”, quando lhes sobrevirá repentina destruição.
O historiador Arnold Toynbee disse: “O mundo está pronto para endeusar qualquer novo Cesar que
consiga dar à sociedade caótica unidade e paz”.
e) Ele surgirá num tempo de profunda desatenção à voz do juízo de Deus (Mt 24:37-39) –
Esse tempo será como nos dias de Noé.
2. Ele incorpora todo o poder, força e crueldade dos grandes impérios do passado (v. 2)
a) Daniel viu quatro animais ferozes, representando quatro reinos – A força anticristã foi
vista por Daniel como quatro reinos que dominaram o mundo (Babilônia, Medo-Persa, Grécia e Roma).
b) O Anticristo incorpora todo o poder dos impérios anticristãos – O anticristo é o braço
de Satanás, enquanto o falso profeta é a mente de Satanás. Ele será um ser totalmente mau,
prodigiosamente conquistador. Ele terá a ferocidade do leão, a força do urso e velocidade do leopardo.
A besta que sobe do mar simboliza o poder perseguidor de Satanás incorporado em todas as nações e
governos do mundo através de toda a história. Essa besta toma diferentes formas. No fim se
manifestará na pessoa do homem da iniquidade.
3. Ele agirá no poder de Satanás (v. 2-4; 2 Ts 2:9,10)
a) O anticristo vai manifestar-se com um grande milagre (v. 3) – Ele vai distinguir-se como
uma pessoa sobrenatural, por um ato que será um simulacro da ressurreição. Esse fato é tão
importante que João o registra três vezes (v. 3,12,14). Certamente não será uma genuína ressurreição
dentre os mortos, mas será o simulacro da ressurreição, produzido por Satanás. O anticristo será uma
espécie de encarnação de Satanás.
b) O anticristo vai realizar grandes milagres (2 Ts 2:9,10) – “Ora o aparecimento do iníquo
é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira”. Hoje vivemos numa
sociedade ávida por milagres. As pessoas andam atrás de sinais e serão facilmente enganadas pelo
anticristo.
c) O anticristo vai ditar e disseminar falsos ensinos (2 Ts 2:11) – Nesse tempo os homens
não suportarão a sã doutrina (2 Tm 4:3), mas obedecerão a ensinos de demônios (1 Tm 4:1). As seitas
heréticas, o misticismo e o sincretismo de muitas igrejas pavimentam o caminho para a chegada do
anticristo.
d) O anticristo vai governar na força de Satanás (Ap 13:2) – “Deu-lhe o dragão o seu poder,
o seu trono e grande autoridade”. Na verdade quem vai mandar é Satanás. Os governos subjugados
por ele vão estar sujeitos a Satanás. Será o pouco tempo de Satanás. O período da grande tribulação.
O governo do anticristo vai ser universal, pois o Satanás é o príncipe deste mundo. O mundo inteiro
jaz no maligno. Aquele reino que Satanás ofereceu a Cristo, o anticristo o aceitará. Ele vai dominar
sobre as nações. “Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação” (Ap 13:7). O
governo universal do anticristo será extremamente cruel e controlador (Ap 13:16,17). O seu poder será
irresistível (Ap 13:4). A grande pergunta será: “Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra
ela?”
e) O anticristo vai se tornar irresistível (v. 4) – Ele será singular e irresistível. Terá a
aparência de um inimigo invencível. Contra Deus e os santos que estão no céu vai blasfemar (v. 6).
Contra a igreja que estará na terra, ele vai perseguir e matar (v. 7,15b).
4. Ele será objeto de adoração em toda a terra (Ap 13:3,4,8,12; 2 Ts 2:4)
a) A adoração ao anticristo é o mesmo que adoração a Satanás (v. 4) – Adoração é um
tema central no livro de Apocalipse: a noiva está adorando o Cordeiro, e a igreja apóstata está
adorando o dragão e o anticristo. O mundo está ensaiando essa adoração aberta ao anticristo e
Satanás. O Satanismo e o ocultismo estão em alta: As seitas esotéricas crescem. A Nova Era proclama
a chegada de um novo tempo, em que o homem vai curvar-se diante do “Maitrea”, o grande líder
mundial. A adoração de ídolos é uma espécie de adoração de demônios (1 Co 10:19,20). A necromancia
é uma adoração de demônios. O grande e último plano do anticristo é levar seus súditos a adorarem a
Satanás (Ap 13:3,4). Esse será o período da grande apostasia. Nesse tempo os homens não suportarão
a verdade de Deus e obedecerão a ensinos de demônios. O Humanismo idolátrico – O endeusamento
do homem e sua consequente veneração é uma prática satânica. Adoração ao homem e adoração a
Satanás são a mesma cousa.
b) O anticristo fará forte oposição a toda adoração que não seja a ele mesmo (2 Ts 2:4) –
Ele vai se opor e se levantar contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto. Assim agiram os
imperadores romanos que viam no culto ao imperador o elo de união e fidelidade dos súditos do
império. Deixar de adorar o imperador era infidelidade ao Estado. O anticristo também se assentará
no templo de Deus, como Deus, fazendo-se passar por Deus. Ele vai usurpar a honra e a glória só devida
a Deus.
c) A adoração do anticristo será universal (Ap 13:8,16) – Diz o apóstolo João que “adorá-
lo-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida do
Cordeiro”. Satanás vai tentar imitar Deus também nesse aspecto. Ao saber que Deus tem os seus
selados, ele também selará os seus com a marca da besta (Ap 13:8, 16-18). Todas as classes sociais se
acotovelarão para entrar nessa igreja apóstata e receber a marca da besta (13:16).
d) O anticristo perseguirá de forma cruel aqueles que se recusarem a adorá-lo (Ap 13:7,15)
– Esse será um tempo de grande angústia (Jr 30:7; Dn 12:1; Mt 24:21-22). A igreja de Cristo nesse
tempo será uma igreja mártir (13:7,10). Mas os crentes fiéis vão vencer o diabo e o anticristo,
preferindo morrer a apostatar (Ap 12:11).
5. Ele fará oposição aberta a Deus e à igreja de Cristo (Ap 13:6,7; 2 Ts 2:4)
a) O anticristo será um opositor consumado de Deus (Dn 7:25; 11:36; 2 Ts 2:4; 1 Jo 2:2;
Ap 13:6) – “Proferirá palavras contra o Altíssimo”; “contra o Deus dos deuses, falará cousas incríveis”.
O apóstolo Paulo diz que ele “se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ostentando-se como
se fosse o próprio Deus”. João declara: “e abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar
o nome”. Diz ainda: “Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho”. O anticristo vai usar todas as suas
armas para ridicularizar o nome de Deus. Ele vai fazer chacota com o nome do Altíssimo.
b) O anticristo fará violenta e esmagadora oposição contra a igreja (Dn 7:25; 7:21; Ap
12:11; 13:7) – “Ele magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos
lhe serão entregues nas mãos”. “Ele fará guerra contra os santos e prevalecerá contra eles”. Mas,
mediante a morte os santos o vencerão (Ap 12:11). João diz: “Foi-lhe dado também que pelejasse
contra os santos e os vencesse” (13:7). O anticristo se levantará contra a igreja, contra o culto e contra
toda expressão de fidelidade a Deus. Esse será o ponto mais intenso da grande tribulação (Mt 24:15-
22).

III - Aparecimento do Falso Profeta:


O anticristo será apoiado pela segunda besta, o falso profeta (Ap 13:11-18; 16:13; 19:20)
Ele será o auxiliar direto do Anticristo. Os dois chifres de Ap 13.11 falam do seu poder
político (representativo), aliado ao seu poder religioso. Ele promoverá um incomparável movimento
religiosos mundial, unindo todos os credos, seitas, filosofias, igrejas modernistas e ecumênicas
formando uma superigreja mundial.
a) A segunda besta seduzirá o mundo inteiro a adorar a primeira besta (Ap 13:11-15) – Se
a primeira besta é o braço de Satanás, a segunda é a mente de Satanás. Ela é o falso profeta. A primeira
besta age no campo político, a segunda no campo religioso. O Falso Profeta vai preparar o terreno para
o anticristo e vai preparar o mundo para adorá-lo. A primeira besta será conhecida pelo seu poder
conquistador, pela sua força (v. 4). A segunda besta será conhecida pelo seu poder sobrenatural, de
fazer grandes milagres (v. 13-16).
b) A segunda besta usará também a arma do controle para garantir a adoração da
primeira besta (Ap 13:16-18) – Esse será um tempo de cerco, de perseguição, de controle, de vigilância,
de monitoramento das pessoas, no aspecto político, religioso e econômico. Todo regime totalitário
busca controlar as pessoas e tirar delas a liberdade. A recusa na adoração à primeira besta implica em
morte (v. 15b).
c) A segunda besta usará um selo distintivo para os adoradores da primeira besta (Ap
13:18; 14:9-11) – Assim como a noiva do Cordeira recebe um selo (7:3; 9:4), também os adoradores
da besta recebem uma marca (13:16). Então só haverá duas igrejas na terra, aquela que adora a Cristo
e aquela que adora o anticristo. Assim como os que recebem o selo de Deus terão a vida eterna, os
que recebem a marca da besta vão perecer eternamente (Ap 14:11; 20:4).

IV - Pacto do Anticristo com Israel:


Israel será uma nação forte, a ponto de o Anticristo fazer um pacto com ela. A princípio
Israel gozará de imunidades, reconstruirá seu templo, em Jerusalém, e reiniciará a prática dos
sacrifícios (Dn 9.27). Após os primeiros três anos e meio, o Anticristo anulará esse pacto e começará a
perseguir os judeus.

V - Surgimento duma Superigreja:


O grande carisma do Falso Profeta, ministro do Culto, durante o governo do Anticristo, se
materializará na necessidade de organizar uma superigreja, cujo perfil se acha em Apocalipse cap. 17,
e que será uma união de todas as religiões existentes no mundo. Essa superigreja com sua atraente
religião se consolidará pelo intenso trabalho “evangélico” do Falso Profeta, com suas grandes cruzadas,
e de seus auxiliares. Será uma religião inversa à de Deus, e culminará, após os primeiros três anos e
meio na adoração de um homem, o super-homem de Satanás – o Anticristo, ou a Besta (Ap 13.8,12; 2
Ts 2.4).

VI - Abertura do rolo dos sete selos:


→ 1o selo (cavalo branco): Aparecimento do Anticristo, com paz e progresso falsos (Ap
6:1,2).
→ 2o selo (cavalo vermelho): guerra, a terra sem paz, com o Anticristo galgando seu poder
sobre as nações (Ap 6:3,4).
→ 3o selo (cavalo preto): fome em toda a terra (Ap 6:5,6).
→ 4o selo (cavalo amarelho): morte da quarta parte da terra pela espada, pela fome, com
a mortandade e por meio das feras - além de significar animais bravios, é possível que venha significar
também uma multiplicação descomunal de micróbios e bactérias destrutivas, nessa época (Ap 6:7,8).
→ 5o selo: os mártires remanescentes; Ap 6:9-11
→ 6o selo: anarquia. Ocorrerá um grande terremoto que chegara até a mudar os montes
e ilhas dos seus lugares, o sol se tornará negro e a lua como sangue, e as estrelas e meteoros cairão do
céu.

VII – Os 144 mil:


Enquanto isso, terão sido selados 144.000 judeus (12.000 de cada tribo). Apocalipse 7, a
partir do v. 4, fala de um grupo de judeus salvos e preservados na terra durante a Grande Tribulação
para testemunharem de Cristo através da Igreja. O grupo está na terra, a qual é mencionada em Ap
7.1 e 3. Certamente é o cumprimento do que está predito em Is 66.19.
João ouviu quantos eram os selados: doze mil de cada uma das doze tribos de Israel. Uma
referência posterior esclarece o porquê deste selo. Ao soar da quinta trombeta uma praga de
gafanhotos assola a terra, mas esta praga não atinge a todos. Atinge somente “os homens que não
têm o selo de Deus sobre as suas fontes” (9:4). Deus vai derramar sobre a terra a sua ira, castigando
uma sociedade apóstata e rebelde com pragas terríveis, antes que venha o julgamento final. No meio
desta sociedade rebelde está o povo de Deus, mas a ira de Deus não o atinge; eles estão selados, e
desta forma protegidos da ira.
Com certeza este selo é algo espiritual, e não um fenômeno visível. Este selo dos servos
de Deus tem outro significado do que os selos do livro, que estudamos em 5:1-5.
Quem são estes 144.000 não é um problema fácil de resolver. A maneira mais fácil de
resolver a questão é vê-los como o povo judeu e ver neste simbolismo a salvação de Israel. Muitos
intérpretes acham que os 144.000 representam Israel convertido. Os 12.000 de cada tribo são a
maneira pitoresca de João dizer a mesma coisa que Paulo: “Todo o Israel será salvo”.
Não há dúvida que esta é uma interpretação possível, mas ela enfrenta uma dificuldade
crítica: os 144.000 não são selados para salvação mas para proteção, das pragas. Além disto no
versículo 3 eles são chamados de “servos de Deus”. Eles não se convertem nesta ocasião, mas já estão
convertidos. E ainda: se eles são judeus convertidos é difícil compreender por que razão eles são
preservados dos sofrimentos da tribulação enquanto grandes multidões de gentios sofrem martírio.
Outro ponto de vista, próximo a este último, é que os 144.000 são um remanescente
judeu que serão testemunhas do “evangelho do reino”, isto é, da vinda do Reino de Deus, durante a
grande tribulação, depois de a igreja ter sido arrebatada. Neste caso a segunda multidão é composta
de milhares de gentios supostamente salvos em consequência da pregação do remanescente judeu,
por sua vez martirizados pelo Anticristo. Este ponto de vista, todavia, depende da teoria de que a igreja
já foi arrebatada — numa visão pré-tribulacionista.
Há boas razões para crermos que pelos 144.000 João quer identificar o Israel espiritual —
a igreja. Certas irregularidades na lista das doze tribos de Israel levam a esta ideia. Certo é que a lista
de João não coincide com nenhuma outra lista conhecida das doze tribos de Israel.
Se João faz distinção entre Israel literal e espiritual, é possível que ele fale das doze tribos
de Israel referindo-se aos verdadeiros judeus — a igreja. Ele indica esta intenção alistando as doze
tribos de uma forma não igual à do Israel físico.
Esta interpretação é a que melhor faz jus ao sentido do texto e mostra o relacionamento
que há entre as duas multidões. Elas são constituídas das mesmas pessoas — a igreja — vista em dois
estágios da sua história nos últimos tempos: primeiro no limiar da grande tribulação e depois de ter
passado por ela, martirizadas, mas vitoriosas. Lembramo-nos das palavras do nosso Senhor quando
ele descreve o destino dos seus discípulos: “Sereis entregues até por vossos pais, irmãos, parentes e
amigos; e matarão alguns dentre vós (...) Contudo, não se perderá um só fio de cabelo da vossa cabeça”
(Lc 21:16,18).
Deus vai derramar sobre a terra a sua ira, castigando uma sociedade apóstata e rebelde
com pragas terríveis, antes que venha o julgamento final. No meio desta sociedade rebelde está o povo
de Deus, mas a ira de Deus não o atinge; eles estão selados, e desta forma protegidos da ira.
A visão de João lembra a história de Israel no Egito. Deus castigou os egípcios com dez
pragas tentando dobrar o Faraó teimoso diante da vontade de Deus. Israel estava no meio do Egito,
mas Deus o protegeu das pragas que atingiram os egípcios. A décima praga matou todos os
primogênitos do Egito, mas os israelitas receberam instruções para matar um cordeiro e aspergir o
sangue nas ombreiras das portas, e quando o anjo da morte passou pela terra ele não entrou nas casas
marcadas com sangue.
As duas multidões representam a igreja vista à luz de dois aspectos da grande tribulação:
a ira de Deus, e a perseguição da besta. A igreja é selada para estar protegida das pragas que expressam
a ira de Deus com o Anticristo e seus seguidores; mas na grande tribulação a igreja sofrerá perseguição
e morte, como já tem sido por toda a sua história.
Não é difícil entender o número 12 x 12.000. Como é costume no Apocalipse, o número é
simbólico e afirma que todo o povo de Deus será guiado com segurança através da tribulação; nem
um só se perderá.
VIII - Aparecimento das Duas Testemunhas:
Deus não abandonará seu povo, mesmo permitindo que a cidade seja pisada pelas nações
por quarenta e dois meses. Ele lhe enviará duas testemunhas, para que estas profetizem a palavra de
Deus ao povo em apuros. Ê difícil decidir se para João estas duas testemunhas eram pessoas históricas
ou somente representavam a igreja testemunhando a Israel. A favor desta última conclusão está o fato
de que os dois versículos precedentes são claramente simbólicos, falando da medição do templo e dos
seus pátios internos, e do pátio externo que será pisado pelas nações.
A descrição das duas testemunhas e do seu ministério, porém, é relatada com tantos
detalhes que parece mais que João tinha estas duas testemunhas como pessoas reais que viriam de
fato a Israel para promover sua conversão. É possível que o simbólico e o real estejam misturados.
Assim como os três anos e meio parecem representar todo o período em que o mal dominará, com
referência especial aos últimos dias desta era, assim também os dois profetas podem representar o
testemunho da igreja a Israel através dos tempos, que será completado com o surgimento de dois
profetas no tempo do fim. A flexibilidade do simbolismo apocalíptico deve ter lugar para possibilidades
como esta.
As “duas testemunhas” profetizarão em meio à Grande Tribulação, por 1.260 dias. Esses
dois homens serão intocáveis até que cumpram a sua missão (Ap 11.7). Ambos serão mortos pela
Besta, depois de darem seu testemunho durante 1.260 dias.
Comparando-se Zacarias 4.11-14 com Apocalipse 11.4, vê-se que essas duas testemunhas
estão agora no céu. Devem ser Enoque e Elias, do Antigo Testamento. Ambos não passaram pela morte
(Gn 5.24 e 2 Rs 2.11). Moisés não pode ser um deles, pois morreu (Dt 34.5,6). E, aos homens está
ordenado morrerem apenas uma vez (Hb 9.27); ao passo que essas duas testemunhas ainda morrerão
aqui.
Mas não precisamos pensar que são eles os dois profetas, retornando à terra; dois
profetas escatológicos personificarão estes dois grandes profetas, assim como João Batista
personificou Elias (Mt 11:14; 17:10-13).
A ressurreição dos dois profetas nos lembra a profecia do reavivamento de Israel em Ez
37:10. Alguns comentadores entendem que João está falando simbolicamente da preservação da
igreja no período de perseguição e martírio, da sua vingança triunfal diante dos seus inimigos, ou
mesmo do arrebatamento da igreja (1 Ts 4:17), mas isto parece duvidoso. A ressurreição dos mártires
é um acontecimento público que deverá infligir “grande medo... àqueles que os viram”.

5 – A GRANDE TRIBULAÇÃO
I - Início da Segunda, e pior etapa da “Tribulação”:
Durará, também, 3 anos e meio. Ou, como é citado em Ap 12.6 ”...mil duzentos e sessenta
dias”, em Ap 12.14 e Dn 7.25 “...um tempo, dois tempos e metade dum tempo”, e em Ap 13.4
”...quarenta e dois meses.”
Após as “duas testemunhas” terem concluído o testemunho que devem dar, a Besta
pelejará contra elas, as vencerá e as matará (Ap 11.3-14). Seus cadáveres ficarão durante 3 dias e meio
estirados na praça da grande cidade, que na Bíblia é citada como “ ...espiritualmente chamada de
Sodoma e Egito”. Essa cidade deve ser Jerusalém, pois é mencionado também, no mesmo versículo
que é a mesma cidade onde o Senhor foi crucificado. Todos os habitantes da terra verão seus
cadáveres, e celebrarão e farão muitas festas por causa da vitória da Besta sobre as testemunhas.
Passados os três dias e meio, as duas testemunhas ressuscitarão e subirão ao céu em uma
nuvem, e isso será visto por todos os seus inimigos. Então um terremoto ruirá a décima parte da
cidade, e morrerão sete mil pessoas (Ap 11.13)
As nações do norte (provavelmente a Rússia e seus aliados) invadem Israel e são
sobrenaturalmente destruídos por Deus (Ez cap. 38 e 39; Dn 11.40).
A Anticristo romperá seu acordo com Israel a começará a persegui-los. Ele colocará sua
imagem no Lugar Santo do Templo dos judeus e exigirá adoração. Talvez seja nesse tempo que ele será
mortalmente ferido e logo a seguir curado pelo poder satânico (Ap 13.3). Ele estabelecerá o seu palácio
em Jerusalém (Dn 11.45). O Anticristo será então uma personificação do Diabo. Um falso messias e
salvador, imitando assim o Senhor Jesus Cristo.

II – A ‘marca da besta’
A “superigreja” será destruída pela confederação dos dez países sob a chefia do próprio
Anticristo (Ap 17.16-18). Em seu lugar surgirá imediatamente a adoração compulsória da Besta,
promovida pelo mesmo líder religioso, o “Falso Profeta”. O único culto permitido, a partir de então
será o da adoração da Besta (Ap 13.8). Haverá um rígido controle para que todo a população da terra
adore a Besta, e receba seu sinal em suas frontes, ou em uma de suas mãos, de modo que quem não
adotar essa nova religião não possa comprar nem vender, seja para sustento da família, seja para
comércio.
Ap 13:16 Também obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem
certa marca na mão direita ou na testa, 17 para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser
quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome. 18 Aqui há sabedoria. Aquele
que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Seu número é seiscentos
e sessenta e seis.
O número repetido três vezes no nome da Besta, fala da suprema exaltação do homem,
cujo número na numerologia bíblica é 6. As três vezes, pode significar o homem exaltando-se a si
mesmo como se fosse Deus, como está escrito em 2 Ts 2.4.
Em Ap 7:3 o povo de Deus, às portas da grande tribulação, é selado em suas testas,
separando-o da ira de Deus derramada sobre o mundo (9:4), e, podemos crer, fortalecendo-o em seu
testemunho e sua lealdade a Cristo. A besta tem a sua marca, que é aplicada sobre a mão ou a testa
daqueles que a adoram. De maneira que temos dois grupos de pessoas — os que são selados por Deus
e os que levam a marca da besta.
A humanidade está dividida entre os selados de Deus e os selados da besta. Entre os
seguidores do Cordeiro e os seguidores do dragão. Entre os que estão diante do trono e aqueles que
serão atormentados eternamente.
Todos aqueles que não têm selo de Deus, são selados pela besta. Não há meio termo.
Quem não é por Cristo, é contra ela. Não há neutralidade em relação a Deus.
No tempo do fim a religião não será mais algo nominal: todo mundo terá de declarar
lealdade ou a Cristo ou ao Anticristo.
A marca consistia no nome da besta (v. 17). Não está bem claro se João tem em mente
uma marca visível nos adoradores da besta. O selo que Deus colocou na testa dos 144.000 (7:3)
certamente não é uma marca visível; é um símbolo que expressa a proteção divina (veja Is 44:5).
A intenção pode ser que a marca da besta seja uma imitação da marca de Deus, inclusive
com relação aos textos que encontramos no Antigo Testamento:
Ex 13:8 Naquele dia contarás a teu filho, dizendo: Isto é por causa do que o Senhor me fez,
quando eu saí do Egito; 9 e te será por sinal sobre tua mão e por memorial entre teus olhos, para que
a lei do Senhor esteja em tua boca; porquanto com mão forte o Senhor te tirou do Egito.
Dt 6:4 Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor. 5 Amarás, pois, ao Senhor teu
Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças. 6 E estas palavras, que hoje
te ordeno, estarão no teu coração; 7 e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e
andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. 8 Também as atarás por sinal na tua mão e te
serão por frontais entre os teus olhos;
Não sabemos de nenhuma prática antiga que sirva de fundo para explicar a marca da
besta em termos históricos. A palavra “marca” era usada para sinal de propriedade em animais. Era
também um termo técnico para o selo imperial em documentos comerciais e para a cunhagem romana
de moedas. Os escravos eram marcados na testa, mas isto era sinal de servidão, não de lealdade. A
marca da besta é sinal de fidelidade por parte dos que a recebem, identificando-os como adoradores
da besta.
A forma com o a grande Babilônia se manifestará contra o povo de Deus envolve uma
mentalidade e um padrão de comportamento. A “marca da besta” que é colocada na testa e na mão
dos homens pode simbolizar muitas coisas, mas incialmente indica uma mentalidade (representada
pela testa) e um tipo de comportamento (representado pelo braço). Isso se refere a uma imposição de
uma forma de pensamento e um estilo de vida que se levanta contra os princípios do Reino de Deus,
mantendo o povo alheio à necessidade de se preparar para o dia da vinda do Senhor.
v17. Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome
da besta, ou o número do seu nome.
A marca da besta tinha utilidade religiosa e econômica. Novamente não dispomos de
nenhuma situação histórica relacionada com o culto ao imperador que possa ilustrar esta profecia.
João prevê que a besta, com a ajuda do falso profeta, assumirá poderes totalitários, com controle
completo de toda a política, religião e economia do mundo, com o objetivo de levar toda a humanidade
a adorá-lo.
v18. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois
ê número de homem. Ora, este número é seiscentos e sessenta e seis.
João dá o nome da besta de maneira simbólica, usando um esquema conhecido no mundo
antigo como gematria. Nem a língua grega nem a hebraica tinham um sistema numérico. Usavam as
letras do alfabeto em lugar de números; por exemplo: A = 1,B = 2, C = 3, etc. Assim um nome podia ser
transliterado no número correspondente. Deissmann fala de uns rabiscos num muro de Pompéia que
dizem: “Eu amo a que tem o número 545”4 (ou ɸME).
Nos Oráculos Sibilinos encontramos uma ilustração importante de gematria. Swete alude
a uma passagem onde o valor numérico do nome Jesus é dado como sendo 888 (I = 10, H = 8 , Ʃ = 200,
0 = 70, Y=400, Ʃ = 200). João diz que é preciso sabedoria para calcular o nome da besta do seu número,
e acrescenta que é um número humano, igual a 666.
A interpretação mais comum entre os estudiosos preteristas é que o número se refere ao
imperador Nero (Neron Kaisar). Só que no grego o total numérico de Neron Kaisar não é 666, mas
1005. O problema se resolve transliterando Neron Kaisar para o hebraico, o que dá então 666. O
resultado só é obtido, todavia, alterando um pouquinho a palavra hebraica para César. Além disto
ninguém explicou por que João, escrevendo a um público que falava grego, teria elaborado um
simbolismo de gematria com a forma hebraica do Nome, e não a grega. Também é significativo que
nenhum dos intérpretes antigos do Apocalipse reconheceu esta solução.
Nosso primeiro intérprete, Irineu, sugeriu que 666 poderia significar euanthas, teitan
(Tito?), ou lateinos (o Império Latino). Muitos intérpretes sentiram que esta última sugestão de Irineu
foi a melhor.
Com uma manipulação inteligente pode-se fazer quase tudo com estes números. Por
exemplo, se A = 100, B = 101, C = 102, etc., o número de Hitler é 666.
Ê possível que o número queira ser algo simbólico. Se o número do Messias, I H Ʃ O Y Ʃ,
totaliza 888, e sete é o número perfeito, pode ser que a intenção seja que 666 seja o símbolo para o
que o homem é capaz de fazer de melhor, impossibilitado de alcançar a perfeição. Este pode ser o
significado da frase “é número de homem”. O máximo que podemos dizer é que se o número da besta
é uma profecia de uma situação futura, ninguém ainda foi capaz de resolver o seu significado, mas
quando vier a hora o significado será evidente.

III – 7º SELO (Ap 8) – Contém O toque das sete trombetas:


→1a trombeta: saraiva, fogo e sangue. Um terço da vegetação é destruída (Ap 8.7).
→2a trombeta: algo como um meteoro incandescente cai no mar e contamina-o
tornando-se em sangue, e um terço da vida marinha e um terço dos navios são destruídos (Ap 8.8,9).
→3a trombeta: Caiu do céu a grande estrela Absinto, e contaminou um terço dos rios
e das fontes (Ap 8.10,11).
→4a trombeta: trevas na terra. Um terço do sol, lua e estrelas deixarão de brilhar (Ap
8.12,13).
→5a trombeta: um incalculável número de demônios, em forma de um enxame de
gafanhotos gigantes e infernais invadem a terra e durante cinco meses atormentam os homens. Foi-
lhes dito que somente atormentassem os homens, sem, porém, os matar (Ap 9:1-12).
→6a trombeta: entra na terra um exército de 200 milhões de seres infernais e matam
um terço da população (Ap 9:13-21)
O Anticristo começará a perseguir Israel para tentar destruí-lo, porém, o povo de Israel
escapará para o deserto, provavelmente regiões que hoje integram o território da Jordânia. (Ap 12.13-
18; Dn 11.41; Mt 24.16-22; Is 16.1-5; Ez 20.35-38; Os 2.14; Dn 11.40,41; Sl 60.9; Ap 12.6,13,14). Um
grande exército tentará ir até lá para destruí-los, porém, a terra se abrirá e os engolirá a todos, porém
a Besta não desistirá de tentar destruir o povo de Israel. (Ap 12.13-18)
Pouco antes de soar a sétima trombeta, será revelado o mistério porque Deus permitiu
que Satanás causasse a queda do homem, trazendo ao mundo pecado, miséria e morte (Ap 10.7). O
ímpio persegue e prejudica o justo e aparentemente fica por isso mesmo. Nesse dia, tudo isso terá
explicação.
→7a trombeta: essa introduz os últimos e piores juízos de Deus sobre o reino do
Anticristo, sob as sete taças.

IV – 7º TROMBETA: As 7 Taças: O derramamento das sete taças da ira de Deus:


→1ª taça: úlceras malignas sobre todos os adoradores da Besta (Ap 16.2).
→2ª taça: o mar torna-se em sangue, e todos os seres viventes que nele haviam
morrem (Ap 16.3).
→3ª taça: todas as fontes e rios tornam-se em sangue (Ap 16.4).
→4ª taça: o sol terá seu calor multiplicado e queimará os homens (Ap 16.8).
→5ª taça: trevas em todo o reino da Besta, enquanto os homens remorderão suas
línguas por causa das dores que estarão sentindo. (Ap 16.10)
→6ª taça: o rio Eufrates seca, deixando livre o caminho para o avanço das tropas que
avançarão do Oriente (provavelmente da China, Japão, Índia e outros) para Israel, para a Batalha do
Armagedom que se aproxima (Ap 16.12; Is 11.15). A trindade satânica incitará as potências do Oriente
a unirem suas forças e avançarem para Oeste, para destruírem Israel.
→ 7ª taça: ocorrerão grandes trovões, vozes, relâmpagos e um grande terremoto, que
será pavoroso além do que se possa imaginar, e que irá dividir Jerusalém em três partes, e causará a
destruição das grandes cidades das nações (provavelmente aquelas que hoje são as grande
metrópoles, como por exemplo Nova Iorque, Tóquio, Paris, Rio de Janeiro, São Paulo, Buenos e Aires,
e muitas outras), causando um número incontável de mortes. Esse terremoto também provocará
grandes mudanças na superfície da terra, arrasando ilhas e aplainando montes. Também haverá uma
grande “saraivada”, ou seja uma grande chuva de pedras, que pesarão cerca de 30 kg. (Ap 16.17-21)

V – Entendimentos Gerais sobre o tempo de Tribulação:


As sete taças da ira de Deus têm uma grande semelhança com as dez pragas sobre o Egito,
bem como uma profunda conexão com as sete trombetas.
Enquanto as trombetas eram alertas de Deus ao mundo ímpio, as taças falam da cólera
consumada de Deus. É um princípio constantemente repetido e enfatizado nas Escrituras, que Deus
sempre adverte antes de finalmente punir (dilúvio, Sodoma, Egito, Jerusalém, juízo final).
Enquanto as trombetas atingiam primeiramente o ambiente em que o homem vivia, as
taças atingem desde o início os homens.
Enquanto as trombetas causaram tribulações parciais, objetivando trazer ao
arrependimento os impenitentes, as taças mostram que a oportunidade de arrependimento estava
esgotada. As trombetas atingiram apenas um terço da natureza e dos homens, as taças trazem uma
destruição completa.
Enquanto nos selos e nas trombetas havia um interlúdio antes da sétima trombetas, agora
não há mais interlúdio, as taças são derramadas sem interrupção.
Os flagelos não devem ser analisados literalmente, mas descrevem o total desamparo dos
ímpios no juízo, quando a igreja já está no céu, junto ao trono. A ceifa precede a vindima.

VI – Final da Tribulação - A Batalha do Armagedom:


O Armagedom é um vale ao norte de Israel onde o Senhor travará grande batalha contra
os inimigos do seu povo, Israel. Aí concentrar-se-ão as forças das nações em guerra contra Deus e
Israel. Nesse tempo de apostasia total, os homens estarão tão enganados pelo Diabo que cometerão
a loucura de concentrarem suas forças em Israel para destruir esse povo e lutar contra Deus (Ap 16.13-
16). Do Armagedom o Anticristo lançará seu ataque contra os judeus, e avançará sobre Jerusalém (Jr
31.35,36; 46.48; Am 4.14,15).
Os judeus, em desespero, quando não houver mais esperança de salvação, clamarão a
Deus por socorro (Is 64.1-12). Antes de Jesus descer sobre Jerusalém, primeiro destruirá Edom, no
deserto, ao sul de Israel, onde estará parte das tropas do exército do Anticristo.
Jesus virá corporalmente assim como para o céu subiu e lá se encontra como homem
perfeito (At 1.11; Ap 1.13; 1 Tm 2.5; Mt 24.30). Os salvos voltarão juntamente com Jesus (2Ts 1.7-10;
Jd 14,15; Ap 19.14). Todo o olho o verá (At 1.7; Mt 24.30). Ao chegar o momento da volta de Jesus
haverá convulsões em toda a natureza (Lc 21.25,26). É chegada a hora do colapso das nações
amotinadas contra Deus e o seu povo. No momento em que Jesus tocar o Monte das Oliveiras, este se
dividirá ao meio, produzindo um grande vale (Zc 14.4).
A ação divina destruidora e sobrenatural à repentina aparição de Jesus, em Jerusalém,
causará completo destroço nesses exércitos, tanto os atacantes sobre Jerusalém, como o grosso das
tropas e seu material de guerra concentrados em Armagedom. O morticínio será incalculável.
Os termos com que João descreve a grande batalha são tirados de Ez 39:17-20, que
descreve a vitória final de Deus sobre as nações pagãs, em particular sobre Gogue, Meseque e Tubal,
em termos de um sacrifício que Deus está preparando para as aves do céu e as feras do campo, que
comerão came e beberão sangue: “à minha mesa vós vos fartareis de cavalos e de cavaleiros, de
valentes e de todos os homens de guerra, diz o Senhor Deus” (Ez 39:20).
Obviamente isto é uma maneira pitoresca de descrever uma destruição total e decisiva
dos inimigos de Deus, que não pode ser interpretada de modo literal.
Dois terços dos judeus morrerão tentando lutar contra o exército do Anticristo. O
remanescente judaico, expurgado e arrependido, reconhecerá a Jesus como o seu Messias Redentor
prometido, e, em escala nacional o aceitarão, chorando. (Is 4.3; 59.20,21; 60.21; Zc12.10-14; 13.1; Os
3.5; Rm 9.27; 11.25-27)

VII – Destino do Diabo, Anticristo e Falso Profeta


Um dos temas de mais destaques no Apocalipse é o conflito entre Deus e Satanás, que se
manifesta na história no conflito entre Cristo e Anticristo. Nos parágrafos finais que descrevem o
triunfo de Cristo, João relata primeiro o triunfo sobre o Anticristo e seus aliados, em termos de uma
grande batalha, e depois o triunfo de Cristo sobre o próprio Satanás, que se realiza em dois estágios:
Satanás é preso no abismo, e destruído, posteriormente, no lago de fogo.
A batalha contra o Anticristo não é descrita; João somente afirma a vitória. Esta inclui
necessariamente uma vitória sobre os reis e as nações da terra que se aliaram ao Anticristo e
colaboraram com ele. Esta é a batalha do Armagedom, que já foi anunciada quando a sexta trombeta
soou (16:12-16), quando demônios reuniram os reis da terra em aliança com o Anticristo “no grande
dia do Senhor Todo-poderoso”.
Nós esperaríamos alguma descrição da batalha com os reis da terra, mas ao invés disto
João volta para seu tema principal, a derrota do Anticristo. A derrota dos reis é coisa totalmente
secundária. João afirma meramente que a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta, e eles foram
lançados vivos dentro do lago do fogo que arde com enxofre.
Também é significativo que na passagem importante de Paulo sobre o homem da
iniqüidade ele — o Anticristo — não será lançado no lago de fogo, mas morto pelo sopro da boca do
Messias (2 Ts 2:8). Sem dúvida isto é linguagem figurada para descrever a destruição completa.
Depois de relatar a destruição do Anticristo, João passa à derrota e destruição do mestre
da besta — o próprio Satanás. Isto se dá em duas etapas. Primeiro, Satanás é amarrado e preso no
abismo; vem a primeira ressurreição, e os santos ressurretos se encontram com Cristo no seu reino
messiânico de mil anos. No fim deste período Satanás é solto da sua prisão, e verifica que o coração
dos homens ainda está aberto à sua sedução, mesmo com Cristo reinando sobre eles. Satanás então
os engana de novo, e os reúne para uma segunda batalha contra Cristo.
Depois da sua derrota Satanás é jogado na Gehenna, onde já estâo a besta e o falso
profeta; (presumivelmente) segue a segunda ressurreição, porque encontramos os mortos diante do
trono de Deus para o julgamento final. Os perversos se reúnem ao Anticristo e a Satanás na Gehenna,
e os justos entram na bem-aventurança final, no novo céu e na nova terra.
Muitos intérpretes identificam com freqüência a prisão de Satanás no abismo com a
vitória que nosso Senhor conquistou sobre ele durante seu ministério terreno. Fica claro que os
evangelhos dizem que Jesus amarrou a Satanás (Mt 12:29), derrubando-o da sua posição de poder (Lc
10:18); esta vitória sobre Satanás está refletida no Apocalipse; a pergunta fica sem resposta se a prisão
de Satanás em Ap 20 é um acontecimento escatológico, ou se coincide com Mt 12.
v1. Então vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande
corrente.
O abismo é o mesmo de onde saíram os gafanhotos demoníacos que torturaram os
homens (9:1-6). Naquela visão um anjo tinha a chave do abismo, que ele usou para abri-lo e soltar os
gafanhotos. O abismo é também o lugar onde mora a besta; ela ‘‘surge do abismo” (11:7)
Na presente passagem Satanás é amarrado e preso no abismo. Certamente isto é
linguagem simbólica, descrevendo uma redução radical no poder e na atividade de Satanás.
v2. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil
anos.
Satanás é denominado aqui da mesma maneira como em 12:9, o que sugere uma derrota
sua anterior. É muito difícil entender os mil anos da sua prisão como sendo estritamente literais, por
causa do óbvio uso simbólico dos números no Apocalipse. Não precisamos tomar o número
literalmente, mas todas as aparências indicam que ele representa um período de tempo real, não
importa se curto ou longo.
3. Satanás foi amarrado e encarcerado para que não mais enganasse as nações, durante
o período milenar.
Satanás foi amarrado desta vez de maneira diferente daquela quando o nosso Senhor
esteve aqui na terra. Esta se referia principalmente ao exorcismo de demônios, libertando indivíduos
da opressão satânica (Mt 12:28-29). Temos de lembrar que prender Satanás é uma maneira simbólica
de dizer que seu poder e sua atividade foram reduzidos drasticamente; não significa imobilidade total.
O fato de que ele está preso no abismo não quer dizer que seus poderes estão anulados,
mas somente que ele não pode mais enganar as nações como o fez durante a história da humanidade
e levá-las a uma agressão ativa aos santos durante os mil anos.
Assim, O Anticristo e o Falso Profeta serão lançados vivos no Lago de Fogo e Enxofre (Ap
19.20; 2 Tm 2.8). O Diabo será preso no abismo durante mil anos (Ap 20.1-3).

6 – O ARREBATAMENTO DA IGREJA E A VINDA DO SENHOR


A segunda vinda de Cristo é mencionada 318 vezes no Novo Testamento (1 Co 15.51; 1 Ts
3.13, 4.13-17). Porém, o arrebatamento é um mistério só plenamente compreendido quando ocorrer
(1 Co 15.51). No céu ouvir-se-á o brado de Jesus, a voz do arcanjo e a trombeta de Deus, e os mortos
em Cristo ressuscitarão. Nesse instante Jesus também trará consigo os fiéis que estavam com Ele, os
quais unir-se-ão a seus corpos, já ressuscitados e glorificados. A seguir, os fiéis vivos na ocasião serão
transformados e glorificados, e todos estarão para sempre juntos com Jesus (1 Ts 3.13; 4.13-17; 1 Co
15.51,52; 1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.23; Ap 20.4). Somente os fiéis, mortos e vivos ouvirão os toques divinos
de chamada, vindos do céu, e serão arrebatados pelo poder de Deus ao encontro do Senhor nos ares.
O Senhor virá nas nuvens com seus poderosos anjos para trazer um terrível castigo aos
que não se submeteram ao seu domínio (2 Tessalonicenses 1:7-8; Atos 1:9-11). Na verdade, será um
dia terrível do Senhor (veja Joel 2:31), mas também um dia majestoso. O paradoxo surge do fato de
que será um dia de julgamento, não apenas para o perverso, mas para os justos que estão no seio de
Abraão (Lucas 16:22).
Neste primeiro momento é importante entender que trataremos de 2 eventos distintos:
Arrebatamento e Vinda do Senhor. Independentemente da visão escatológica, que trataremos
adiante, os eventos devem ser diferenciados, seja a ocorrência deles com um intervalo de tempo entre
amos, ou sejam eles ‘emendados’ um ao outro:
- Arrebatamento: Fase para Igreja – Jesus desce do céu até as nuvens, para buscar Sua
Noiva, e nos ares acontece esse encontro. Mt 25.6; Lc 19.15; 17.34-36; Jo 14.3; I Ts 4.16,17; II Ts 2.1.
- Vinda de Cristo: Jesus, agora com a Igreja, desce até a terra (Revelação), para julgar o
mundo. Jl 3.11; Zc 14.4,5; At 3.13; Jd 14; Ap 1.7.
Dois termos principais são utilizados nesse tema: Parousia e Epifania.
a. PAROUSIA – Termo usado para arrebatamento, indica presença pessoal, chegada. (At.
1.11; I Ts. 4. 14 – 17). A palavra parousia é usada nas seguintes passagens: Mt. 24.3,27,37,39; I Co. 1.8;
15.23; I Ts. 2.19; 3.13; 4.15; 5.23; II Ts. 2.1; Tg. 5.7; II Pe. 1.16; 3.4,12; I Jo. 2.28 - Relacionada com o
arrebatamento.
b. EPIFANIA – Indica aparecimento, manifestação (Volta de Jesus em glória). É usado tanto
para o primeiro advento (II Ts. 1.10). Como para o segundo (II Ts. 2.8; I Tm. 14; II Tm. 4.1,8; Tt. 2.13).

I – O Arrebatamento – Quando será?


Como visto anteriormente, pós-milenistas e amilenistas veem o arrebatamento da igreja
no final desta era e simultâneo com a segunda vinda de Cristo. Já Entre os pré-milenistas, há vários
pontos de vista, dentre os quais destacamos:
1. Visão de um Arrebatamento pré-tribulacionista:
A) Significado: O arrebatamento da Igreja (i.e., a vinda do Senhor nos ares para os Seus
santos) ocorrerá antes que comece o período de sete anos da tribulação. Por isso, a Igreja não passará
pela Tribulação, segundo este ponto de vista.
B) Provas citadas:
- A promessa de ser guardada (fora) da hora da provação. (Ap 3.10)
- A remoção do aspecto de habitação no ministério do Espírito Santo exige
necessariamente a remoção dos crentes. (2Ts 2)
- A tribulação é um período de derramamento da ira de Deus, da qual a Igreja já está
isenta. (Ap 6.17, cf. 1Ts 1.10; 5.9)
- O arrebatamento só pode ser iminente se for pré-tribulacionista. (1Ts 5.6)
2. Visão de um Arrebatamento meso-tribulacionista:
A) Significado: O arrebatamento ocorrerá depois de transcorridos três anos e meio do
período da tribulação.
B) Provas citadas:
- A última trombeta de 1Co 15.52 é a sétima trombeta de Apocalipse 11.15, que soa na
metade da tribulação.
- A Grande Tribulação é composta apenas dos últimos três anos e meio da septuagésima
semana da profecia de Daniel 9.24-27, e a promessa de libertação da Igreja só se aplica a esse período.
(Ap 11.2; 12.6)
- A ressurreição das duas testemunhas retrata o arrebatamento da Igreja, e sua
ressurreição ocorre na metade da tribulação. (Ap 11.3,11)
3. Visão de um Arrebatamento pós-tribulacionista:
A) Significado: O arrebatamento acontecerá ao final da Tribulação. O arrebatamento é
distinto da segunda vinda, embora seja separado dela por um pequeno intervalo de tempo. A igreja
permanecerá na terra durante todo o período da tribulação.
B) Provas citadas:
- Preservação da ira significa proteção sobrenatural para os crentes durante a tribulação,
não libertação por ausência (assim como Israel permaneceu no Egito durante as pragas, mas protegido
de seus efeitos).
- Há santos na terra durante a tribulação. (Mt 24.22)
- A Igreja, e o povo de Deus sempre sofreram perseguição ao longo de sua história e isso
não seria diferente em seu momento derradeiro.
4. Visão de um Arrebatamento parcial:
A) Significado: Somente os crentes considerados dignos – Os vencedores - serão
arrebatados antes de a ira de Deus ser derramada sobre a terra; os que não tiverem sido fiéis
permanecerão na terra durante a tribulação.
B) Provas citadas:
- Versículos como Hebreus 9.28, que exigem vigilância e preparo.
- Textos bíblicos que remetem à consequência de uma maior dedicação por parte de
alguns fiéis, que ao fim, reinarão com Cristo, sobre os outros salvos.
- Textos para as Igrejas do Apocalipse. Todos os textos são para a igreja como um todo,
porém há promessas específicas ‘ao que vencer’.

II – O Arrebatamento – Como será? O Momento Glorioso


Arrebatamento é o encontro de Jesus com a Igreja nos ares. No sentido Bíblico, porém, é
o momento em que o Senhor Jesus vier buscar a sua Igreja deste Mundo.
Arrebatamento vem do verbo Arrebatar (lat. Raptus; Gr harpazo). No sentido original da
palavra significa: Arrancar, tirar com violência, impelir, levar, raptar.
1Ts 4:16 Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta
de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. (ARC)
A) O que acontecerá no céu? Alarido
- Verbete: Alarido - Clamor de vozes, gritaria, algazarra, celeuma, grande brado de guerra.
- Veja o que diz a versão:
(RA) Revista e Atualizada - Dada a sua palavra de ordem
(NTLH) Nova Tradução Linguagem de Hoje - Grito de comando
(NVT) Nova Versão transformadora: com um brado de comando
(NBV) Nova Bíblia Viva: com um potente clamor
- Alarido na Bíblia está sempre relacionado com guerras e batalhas veja:
Ex. 32.17 – E, ouvindo Josué a voz do povo que jubilava, disse a Moisés: alarido de guerra
há no arraial.
Sf. 1.16 – Dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas e contra as torres
altas.
Am. 1.14 – Por isso porei fogo ao muro de Rabá, e ele consumirá os seus palácios, com
alarido no dia da batalha, com tempestade no dia tormenta.
Jr. 49.2 – Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei ouvir em Rabá dos filhos
de Amom o alarido de guerra, e tornar-se-á num montão de ruínas, e os lugares da jurisdição serão
queimados a fogo; e Israel herdará aos que o herdaram, diz o Senhor.
B) O que acontecerá no céu? Voz de arcanjo
Voz de Arcanjo – Anjo Chefe – General do Exército Celestial (Capitão) Organizador da
batalha.
C) Trombeta de Deus: Trombeta Anunciação de uma nova era (solenidade).
Nm. 10.10 – Semelhante, no dia da vossa alegria, nas vossas festas fixas, e nos princípios
dos vossos meses, tocareis as trombetas sobre os vossos holocaustos, e sobre os sacrifícios de vossas
ofertas pacíficas; e eles serão por memorial perante vosso Deus. Eu sou Senhor vosso Deus. Preparação
para a guerra.
Toque de Trombeta, na Palavra, está sempre relacionado a “ajuntamento”, “convocação”.
Veja as referências Bíblica em: Nm 10.1-10; Js 6.5; Jz 7.19-20; Ne 4.20; Jó 39.24-25.

III – O Arrebatamento – Como será? Primeiro a ressurreição dos mortos salvos


1Ts 4:13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não
vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. 14 Pois, se cremos que Jesus morreu e
ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. 15 Ora,
ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor,
de modo algum precederemos os que dormem. 16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de
ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em
Cristo ressuscitarão primeiro;
1Co 15:51 Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, 52
num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os
mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
A morte é um assunto que assusta quase todos. Mas a Bíblia afirma que Cristo veio para
destruir "aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo" e livrar "todos que, pelo pavor da morte,
estavam sujeitos à escravidão por toda a vida" (Hebreus 2:14-15).
A palavra do Senhor foi revelada para que pessoas não fossem desconhecedoras dos
planos de Deus (1 Ts 4:13; veja 1 Coríntios 12:1). Os irmãos tessalonicenses conheceram e aceitaram
a palavra, e não faria sentido eles encararem a morte com o desespero daqueles que não conhecem a
Deus (veja 1 Ts 4:5).
Por isso, Paulo, assim como fazia Jesus, trata os mortos como "os que dormem" (1 Ts 4:13-
15; veja Marcos 5:39; João 11:11-14). Essa descrição é bastante consoladora, pois realça que a morte
é um estado temporário. Assim como quem dorme acordará, também quem está morto ressuscitará
(veja João 5:24-29; 1 Coríntios 15:21-22).
A morte e a ressurreição de Jesus são a garantia disso (1 Ts 4:14). Posto que no último dia
todos serão ressuscitados, Paulo fala aqui apenas dos "mortos em Cristo", ou seja, daqueles que
morrem obedientes a Jesus (1 Ts 4:16). O verdadeiro consolo é que a morte física dos fiéis não tira
deles o galardão. De fato, quando Cristo voltar, eles ressuscitarão primeiro e virão em sua companhia
para buscar os fiéis que ainda vivem (1 Ts 4:14-18).
A “ressurreição do corpo” é uma doutrina fundamental das Escrituras. Refere-se ao ato
de Deus, de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais
esse corpo esteve separado entre a morte e a ressurreição.
A Bíblia revela pelo menos três razões por que a ressurreição do corpo é necessária:
a) O corpo é parte essencial da total personalidade do homem; o ser humano é
incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que Cristo oferece abrange a pessoa total,
inclusive o corpo (Rm 8.18-25).
b) O corpo é o templo do Espírito Santo (1 Co 6.19); na ressurreição, ele voltará a ser
templo do Espírito.
c) Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem
(a morte do corpo) deve ser aniquilado pela ressurreição (1 Co 15.26).
1 Co 15:21 Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos
mortos. 22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em
Cristo. 23 Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na
sua vinda. 24 E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído
todo principado, bem como toda potestade e poder. 25 Porque convém que ele reine até que haja posto
todos os inimigos debaixo dos pés. 26 O último inimigo a ser destruído é a morte.
1) Cristo as primícias:
- A ressurreição de Cristo é analógica, à oferta das primícias.
- Representam a consagração de toda a colheita e serviam como um penhor, ou garantia
de que a totalidade da colheita ainda se realizará na Ceifa.
- Rm 11:16 E, se forem santas as primícias da massa, igualmente o será a sua totalidade;
se for santa a raiz, também os ramos o serão.
- Cl. 1.18 também ele é a cabeça do corpo, da Igreja; é o princípio, o primogênito dentre
os mortos, para que um tudo tenha a preeminência.
- Portanto, Cristo, na qualidade de Primícias da ressurreição, consagrou toda a colheita.
2) Depois os que são Cristo, na sua vinda - A Colheita Geral da Ressurreição
- Esta é a nossa esperança o Arrebatamento da Igreja onde os que estiverem vivos serão
transformados e os que morreram em Cristo terão os seus corpos ressuscitados.
- Este é o grupo que é formado pelos santos que vão ressuscitar no momento do
Arrebatamento da Igreja I Ts 4.16-17.
- São todos os santos que morreram desde o tempo de Adão e que dormem no Senhor
ouvirão a voz do filho de homem e ressuscitarão.
Jo 5:28 Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos
ouvirão a sua voz e sairão: 29 os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem
praticado o mal, para a ressurreição do juízo.

IV – O Arrebatamento – Como será? A transformação dos vivos


Já vimos que os mortos ressurgirão quando Cristo voltar. 1 Co 15:50-55 indica que aqueles
que ainda estiverem vivos, no retorno de Cristo, serão transformados de modo que possam herdar o
reino de Deus, com corpos glorificados e incorruptíveis.
a) Os crentes que viverem nessa ocasião receberão corpos transformados.
b) Embora os crentes possuam o Espírito e as suas bênçãos, eles também gemem no
íntimo, ansiando por sua plena redenção. Gemem por duas razões:
- Os crentes, por viverem num mundo pecaminoso que entristece o seu espírito,
continuam experimentando a imperfeição, a dor e a tristeza. Os gemidos do crente expressam a sua
profunda tristeza sentida ante essas circunstâncias (2 Co 5.2-4).
- Gemem ao suspirar por sua redenção total e pela plenitude do Espírito Santo que serão
outorgadas na ressurreição. Gemem pela glória a lhes ser revelada e pelos privilégios da plena filiação
celestial (2 Co 5.2,4).
V – A Vinda do Senhor – Consumação desta era
Ninguém jamais terá ouvido aquele som ecoar pelos vales daquele paraíso impecável, mas
todos reagirão conscientemente. Esse som de trombeta será para alguns a ordem de recolhida nas
nuvens, mas, para outros, um lamento aterrador, que os fará ajoelhar-se e implorar por misericórdia
como alguém que se esconde em meio às rochas (Romanos 14:11; Apocalipse 6:16). Que som é esse?
Será a última trombeta de Deus, soada no fim desta era para dar início à era vindoura seguida do
próprio juízo de Deus (1 Coríntios 15:52; 1 Tessalonicenses 4:16).
O Senhor virá nas nuvens com seus poderosos anjos para trazer um terrível castigo aos
que não se submeteram ao seu domínio (2 Tessalonicenses 1:7-8; Atos 1:9-11). Na verdade, será um
dia terrível do Senhor (veja Joel 2:31), mas também um dia majestoso. O paradoxo surge do fato de
que será um dia de julgamento, não apenas para o perverso, mas para os justos que estão no seio de
Abraão (Lucas 16:22).
Jesus virá corporalmente assim como para o céu subiu e lá se encontra como homem
perfeito (At 1.11; Ap 1.13; 1 Tm 2.5; Mt 24.30). Os salvos voltarão juntamente com Jesus (2Ts 1.7-10;
Jd 14,15; Ap 19.14). Todo o olho o verá (Ap 1.8; At 1.7; Mt 24.30). Ao chegar o momento da volta de
Jesus haverá convulsões em toda a natureza (Lc 21.25,26). É chegada a hora do colapso das nações
amotinadas contra Deus e o seu povo. No momento em que Jesus tocar o Monte das Oliveiras, este se
dividirá ao meio, produzindo um grande vale (Zc 14.4).
Jesus agirá:
- Dará fim à Batalha do Armagedon, se apresentando como o Messias para Israel
- Lançará o Anticristo e o Falso Profeta no Lago de Fogo
- Aprisionará o diabo no abismo por mil anos
- Julgará as nações
- Julgará os salvos – Tribunal de Cristo
- As Bodas do Cordeiro
- Implantará seu reino – Milênio
Até aqui aprendemos que a vitória de Cristo é completa, final e esmagadora. O trono do
dragão e o reinado da besta parecem invencíveis. Mas os reinos deste mundo cairão e os inimigos
serão vencidos. A igreja triunfará. Cristo virá em glória e a história fechará suas cortinas.

7 – JULGAMENTOS E AS BODAS
I – O Tribunal de Cristo – Julgamento dos salvos
2 Co 5:10 Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada
um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.
1 Co 3:11 Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.
12 Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira,
feno, palha, 13 manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo
revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. 14 Se permanecer a obra
de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; 15 se a obra de alguém se
queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo.
Os textos bíblicos que mencionam esse julgamento são claros ao expressar que o mesmo
será destinado apenas aos salvos – a Igreja do Senhor. Alguns teólogos entendem, inclusive, que seja
o cumprimento da parábola dos talentos (Mt. 25. 14 – 19). A Bíblia não especifica o momento em que
ocorrerá esse Tribunal de Cristo, mas se entende que ele deverá ser realizado entre o momento após
o arrebatamento e a instituição do reino milenar de Cristo.
O julgamento das nossas obras perante o tribunal de Cristo mostrará como administramos
aqui nossos bens, dons, dádivas, nossa vida, energias, dotes, talentos, enfim, tudo o que de Deus
recebemos. Jesus deixou claro em Mt 20.1-16, que será um julgamento mais da qualidade do trabalho
feito, do que da quantidade (1 Co 3.8, 14, 15; 2 Co 9.6; Rm 14.10; Tg 5.4; Mt 18.23-35). Como remidos
por seu sangue, fomos por Ele comprados, e desde então não somos mais nossos. Não temos mais
direito de fazermos o que quisermos com a nossa vida e tudo o que temos. Não somos mais donos de
nada e sim administradores, mordomos de Deus.
Embora seja verdade que deveremos comparecer diante do trono de julgamento de Cristo
para responder pelos atos que fizemos no corpo (2 Co 5.10), isso de forma alguma significa que
devemos ficar com os medrosos e os incrédulos (Apocalipse 21:8). Pelo contrário, o santo fiel
apresenta-se ao Cordeiro de Deus com confiança porque já foi perdoado. O pecado dele, não o nome
dele, foi apagado (Is 44.22; Atos 4.19). É como se o pecado jamais tivesse ocorrido. O pecado é apagado
para sempre por Deus e jamais será reinserido nos registros. Deus fez um julgamento para saldar a
dívida, e não há outro juiz que possa fazê-la ser novamente registrada.
Paulo trata dessa confiança em 2 Timóteo 1:12, ao declarar que é só Deus que é capaz de
guardar aquilo que lhe confiou até aquele dia. O santo fiel está sempre em contato com o sangue
purificador de Cristo, para que possa levar uma vida sem medo (1 Jo 1.7). Está sempre debaixo do
julgamento de Deus, que o declara justo S uma justiça que surge do perdão, não da realização humana.
Entendemos que Deus nos comprou e nos salvou, através de Jesus Cristo, por sua graça,
não por obras, mas PARA as boas obras, conforme declara Paulo aos efésios (Ef 2.8-9). Dessa forma,
nenhuma obra que nós façamos poderá interferir em nossa salvação. Mas, uma vez salvos, temos o
dever de praticar boas obras, em especial no tocante à obra do Senhor. Justamente a forma como
praticamos essas obras é que será objeto deste julgamento.
Assim, não será um julgamento para salvação ou condenação, todos os que
comparecerem a este julgamento já estarão salvos. Este julgamento tem a finalidade de galardoar cada
um segundo as suas obras. O crente será julgado como servo, isto é, quanto ao seu serviço prestado a
Deus.
O texto de 1 Co 3.12 diz que as obras podem ser: Madeira, Feno, Palha ou Ouro, Prata,
Pedras. Ouro, prata, pedras preciosas são as obras que eu permito que Deus faça através de mim, por
isso são indestrutíveis. Madeira, feno, palha são obras feitas pelo nosso esforço próprio e para
promover a nossa pessoa, por isso são destrutíveis.
A) RESULTADO DO JULGAMENTO:
O resultado é a recompensa ou perda da recompensa como por exemplo:
- Aprovação divina (Mt 25.21)
- Tarefas e autoridades (Mt 25. 14–30)
- Recompensa (II Tm 4.8)
- Honra (Rm 2.10; I Pe 1.7)
Todo o crente receberá pelos menos um louvor da parte de Deus conforme lemos em (I
Co 4.5). Haverá um galardão para aqueles que suportaram a provação (Tg 1.12). Também haverá
recompensa para aqueles que sofreram com paciência por causa do Senhor (Mt 5.11–12). Até um copo
de água como ato de bondade não ficará sem galardão (Mt 10.42).
B) O N.T. menciona 5 coroas que os vencedores podem receber:
1- COROA DA VIDA – Tg 1.2; Ap 2.10. Para os que resistem às provações, com fidelidade;
para os mártires.
2- COROA DA JUSTIÇA – II Tm 4. 7,8. Para os que combatem até o fim, e amam a vinda do
Senhor Jesus,(muitos crentes tem medo desta vinda, ou colocam realizações deste mundo, na frente).
3- COROA DE GLÓRIA – I Pe 5.4. Para pastores, missionários, e obreiros fiéis.
4- COROA INCORRUPTÍVEL - I Co 9. 25 -27. Pelo autodomínio (domínio sobre o velho
homem). Para os que têm um alvo eterno Fp 3.13,14, e não colocam coisas terrenas na frente das
eternas.
5- COROA DA ALEGRIA – I Ts 2. 19,20; Fp 4.1. Para ganhadores de almas.
É legítimo queremos galardões: Hb 11.24–26.

II – As Bodas do Cordeiro
Ap 19:7 Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro,
cuja esposa a si mesma já se ataviou, 8 pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e
puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos. 9 Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-
aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as
verdadeiras palavras de Deus.
Lc 22:29 Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio, 30 para que comais e bebais à
minha mesa no meu reino; e vos assentareis em tronos para julgar as doze tribos de Israel.
Findo o julgamento do tribunal de Cristo, a Igreja fiel será chamada a ter acesso à festa
das Bodas do Cordeiro (Lc 22.30; Ap 19.7). Ali a Igreja será vista no seu aspecto universal. Ali estarão
juntos todos os santos do Antigo e do Novo Testamento, desde Abel. Todos os crentes do Oriente e do
Ocidente tomarão assento à Sua mesa (Mt 8.11).
As bodas passavam por quatro fases: 1) Compromisso; 2) Preparação; 3) A vinda do noivo;
4) A festa. Será um tempo de festa, alegria, celebração e devoção. Exaltaremos para sempre o noivo.
Deleitar-nos-emos em seu amor. Ele se alegrará em nós como o noivo se alegra da sua noiva. Esta festa
nunca vai acabar!
Os salvos chegados de todas as partes da terra e de todos os tempos, saudar-se-ão festiva
e alegremente. Findou a batalha na terra! Chegou o dia triunfal em que os salvos serão elevados e os
ímpios castigados. Os salvos estarão livres de todas as lutas, angústias, pecados e mal. Uma só mirada
na divina face de Jesus compensará todas as lutas e tristezas sofridas neste lado da vida.

III – O Julgamento das Nações


Mt 25:31 Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se
assentará no trono da sua glória; 32 e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará
uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas;
Conforme as palavras de Jesus, neste texto de Mateus, não será um julgamento individual
e sim coletivo. As Nações é que serão julgadas, possivelmente através de representantes dessas
Nações, cujas autoridades constituídas comparecerão perante o Juiz (Jesus).
O propósito deste juízo é determinar quais nações terão parte no Milênio. Nações serão
poupadas e ingressarão no citado reino do Filho de Deus. Outras serão desarreigadas e desaparecerão
como nações. O mapa do mundo sofrerá, pois, muitas alterações. Após o julgamento, “os restantes
das nações” (Zc 14.16) ingressarão no reino milenial sobre a terra.
A base desse juízo é a maneira como essas nações trataram Israel, os “irmãos” de Jesus
(Mt 25.41-43; Jl 3.2). No seu pacto com Abraão, Deus assim declarou que faria (Gn 12.3 e Zc 13.3).
Para serem julgadas, as nações serão levadas ao Vale de Josafá (Jl 3.2,12). Esse vale é até
hoje desconhecido; nunca existiu. Certamente será formado pelo fenômeno sobrenatural de Zacarias
14.4 no momento que Jesus descer à terra, no monte das Oliveiras.
Haverá três classes de Nações conforme Mt 25.31-40.:
- Ovelhas (povos pacíficos, amigos, protetores e defensores dos Judeus);
- bodes (devem ser os povos sanguinários, belicosos e perseguidores de Israel adoradores
do anticristo);
- e Irmãos (devem ser os Judeus irmão de Jesus segundo a carne).
Devido a todos os acontecimentos durante a Grande Tribulação, a população restante
será de número reduzido. Os povos que perseguiram Israel, e que seguiram e adoraram o Anticristo
serão lançados vivos no inferno (Mt 13.41,42; 25.41,46). Os povos pacíficos, amigos, protetores e
defensores de Israel ingressarão no Milênio de Cristo sobre a terra. (Mt 25.34)

8 – O MILÊNIO
Ap 20:1 Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. 2
Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; 3 lançou-o
no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem
os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo. 4 Vi também tronos, e nestes
sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por
causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram
a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e
reinaram com Cristo durante mil anos. 5 Os restantes dos mortos não reviveram até que se
completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. 6 Bem-aventurado e santo é aquele que tem
parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão
sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos. 7 Quando, porém, se completarem os
mil anos, Satanás será solto da sua prisão
Com a vitória sobre os inimigos, o aprisionamento de Satanás e o estabelecimento do
governo de Cristo inicia-se um período de paz em toda a Terra durante mil anos. Este tempo será a
transição entre a antiga era e a eternidade. A base bíblica para o milênio encontra-se em Apocalipse
20:4-6. Esses são os três versos bíblicos que sustentam essa posição. O texto descreve o Reino de Cristo
que se dará junto aos santos. No final do milênio Satanás será solto por um período de tempo para
então ser finalmente destruído (Ap 20:7-10). Após a destruição de Satanás, o julgamento do inferno e
da morte, o reino de Cristo será entregue ao Deus Pai, o qual será tudo em todos (1Co 15:25-28).
O Milênio é o esplendoroso reinado de Cristo aqui na terra durante mil anos, com seus
santos. É um período de preparação da terra para o estado perfeito eterno que se seguirá ao Milênio.
(Ap 20.1-6)
Satanás ausente da terra durante o Milênio será uma maneira de Deus fazer o mundo
saber que o pecado é mais do que uma influência, mais do que um produto diabólico. Isso vai provar
ao homem que ele irá pecar, mesmo sem a ação do Diabo.
Jesus vem para reger as nações como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ele será o
potentado único que regerá o Milênio (1 Tm 1.17). Durante esse período, toda e qualquer oposição a
Deus será neutralizada por Cristo (1 Co 15.24-26). Ele preparará a terra para o estabelecimento do Seu
reino eterno sob Deus, conforme a palavra divina em 2 Sm 7.12,13 e Lc 1.32,33.
Quando o milênio for introduzido, a Terra se encontrará em ruínas após a batalha do
Armagedom, duas partes da Terra serão extirpadas, somente a terceira parte restará de todo o mundo
(Zc. 13.8).
A população estará muito reduzida, principalmente a masculina, aponto de 7 mulheres
lançarem mão de um homem. (Is 4.1; 6.12; 13.11,12). Mais tarde sob o reino de Cristo a população se
multiplicará com rapidez. (Is 6.13).
O Milênio será uma teocracia, isto é, Cristo reinará diretamente, através de seus
representantes. (Gn 49.10; Is 1.26; Dn 7.27). Todos os reinos do mundo estarão sob o senhorio de
Cristo. (Fp 2.10,11).
A Igreja integrará a administração de Cristo (1 Co 6.2; Ap 2.26,27), porém o Milênio será
um reino proeminentemente judaico. Jesus reinará sobre Israel através de seus apóstolos (Mt 19.28),
e reinará sobre os gentios certamente através da Igreja. Tudo leva a crer que Davi ressurreto estará à
frente do governo de Israel (Ez 34.23,24; 37.24,25; Jr 30.9; Os 3.5)
Os salvos (todos aqueles ressuscitados e os arrebatados cf. Ap 20.4.5) não estarão
limitados à terra, nem pelas coisas físicas ou mortais. Serão como os anjos, terão corpos apropriados
para estar na terra e no céu.
Será construído um novo Templo em Jerusalém, que estará muito ampliada (Jr 31.38-40;
Sl 102.16). O território de Israel irá do Mediterrâneo ao rio Eufrates (Gn 15.18; 17.8; Ex 23.31), e será
dividido em doze faixas iguais e paralelas, uma para cada tribo de Israel (Ez 48). Haverá em Israel um
vasto programa de reconstrução (Ez 36.33-36). Israel e os israelitas serão exaltados, conceituados,
respeitados, procurados (Zc 8.23; Jr 3.17), especialmente sua capital, Jerusalém, que será a sede do
governo milenial e mundial de Cristo (Is 2.3; 60.3; 66.20; Zc 8.3, 22, 23; 14.16; Jr 3.17).
A santa Cidade de Jerusalém celestial descerá e pairará nas alturas, sobre a Jerusalém
terrestre (Is 2.2 e Mq 4.1). A glória e o esplendor da Jerusalém celeste iluminarão a Jerusalém terrestre
e seu templo (Is 4.5; 24.23; Ez 43.2-5). Essa glória será visível (Ez 43.4), e toda carne a verá manifesta,
certamente por efeito miraculoso (Is 40.5; 35.2b). Essa glória luminosa será tamanha em Jerusalém e
seus arredores que o sol e a lua se levantarão e se porão sem serem notados (Is 24.23)
Haverá pleno derramamento do Espírito Santo (Ez 39.29; 36.27; Zc 12.10); haverá
restauração e renovação em toda a face da terra (Mt 19.28; At 3.21); um rio fluirá do templo milenial
(Jl 3.18) e o mar morto terá suas águas restauradas, e terá muito peixe (Ez 47.8-12); a vida humana
será prolongada (Is 65.20,22; Zc 8.4); a fertilidade do solo será maravilhosa (Is 35.1,6; 40.19; Jr 31.12;
Is 30.23; Sl 72.16); haverá prosperidade para todos (Is 65.21,22; Mq 4.4; Zc 3.10); haverá alterações no
relevo do solo (Zc 14.2,10) ; haverá mudança no reino animal (Is 11.6-8; 65.25; Ez 35.25); a população
da terra crescerá rapidamente sob as benignas condições de vida. Haverá desarmamento total, as
armas serão transformadas em ferramentas. (Is. 2.4; Mq. 4.3; Jl. 3.10).
A Igreja estará com Cristo e cumprir-se-á em sua plenitude a profecia de Joel 2.28,29; pois
o Espírito Santo será derramado sobre Israel e demais nações (Ez. 36.25-27).

I - A última revolta de Satanás – Fim do Milênio


Passado o Milênio será solto e sairá a seduzir as nações (Ap 20.7-10).
Ap 20:7 Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão 8 e sairá a
seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a
peleja. O número dessas é como a areia do mar. 9 Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram
o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu. 10 O diabo,
o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta
como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.
Durante o Milênio nascerão multidões que não crerão para a salvação e nos seus corações
permanecerão inimigos de Deus. Uma vez induzidos pelo Diabo, eles prontamente revelarão o estado
de seus corações. Eles se dobravam ao governo de Cristo, mas prontamente atenderão aos apelos do
Diabo, provando assim que sua obediência a Cristo era fingida. Obedeciam e viviam direito porque
eram obrigados a isso, mas eram fingidos.
Para entender o fim do reino milenar é necessário ter em mente o contexto social em que
ele se iniciará. Haverá três tipos de pessoas no milênio, e elas formam o pano de fundo para a revolta
de Gogue e Magogue, que ocorre no fim desse período.
O primeiro grupo é formado pelos santos ressurretos, os quais já irão desfrutar da vida
eterna, e que reinarão com Cristo no milênio. O segundo grupo é composto pelas pessoas ímpias que
restarão da Grande Tribulação, que não se dobrarão ao Anticristo, mas também não se converterão a
Jesus naquele tempo. Nesse segundo grupo encontramos aqueles que servirão a Jesus
voluntariamente, porque passarão a reconhecer sua soberania e majestade, e haverá também aqueles
que o servirão à força (terceiro grupo). Estes, porém, quando Satanás for solto, se rebelarão contra
Cristo e os santos.
No final do milênio, satanás que fora amarrado, será solto para sair e enganar aqueles
que mesmo participando do reinado de Cristo se revoltará contra o Senhor Ap. 20.7, isto mostra que
o homem é mal mesmo, pois hoje existem pessoas que tentam justificar seus erros dizendo que é por
causa da situação em que vivemos, e colocam a culpa na miséria, políticos, situação financeira, é até
mesmo no demônio, mas no milênio, o demônio estará preso, e todos estes problemas não irão existir,
e mesmo assim muitas pessoas não aceitarão o reinado de Cristo, não indo o adorar em Jerusalém (Zc
14.16), e ao chegar no final do milênio se revoltarão contra Cristo será tão grande, que a Bíblia diz que
é como areia do mar, e ao cercarem a cidade para guerrearem contra o Senhor, descerá fogo do céu
para os consumir, pois em seus corações não houve lugar para Deus. Ap. 20.10.
Satanás será solto, para ajuntar as nações que estão servindo Cristo com o coração em
rebeldia. Até a soltura de Satanás elas nunca tiveram força para se rebelar de forma bem-sucedida,
porém, neste momento, acharão que isso será possível (Sl 2:1-2). Deus só é louvado quando há amor
voluntário sendo direcionado a ele, e, por isso, da mesma forma que o Senhor permitiu que o Anticristo
se levantasse na Grande Tribulação para enganar os rebeldes e separar o profano do justo, também
Satanás será solto para dar uma “opção de escolha” para as nações que serviram a Cristo no milênio.
Satanás convencerá as nações a montar um exército para tentar destruir Jesus e o seu
povo e a Cidade Santa, porém quando esse exército numeroso como a areia da praia sitiar Jerusalém,
fogo do céu descerá e os consumirá a todos. O milênio se encerra com a destruição definitiva de
Satanás e o triunfo permanente de Cristo e seu povo (Ap 20:7-10).
Satanás será lançado no lago de fogo e enxofre, onde já estão a Besta e o Falso Profeta, e
lá sofrerá pelos séculos dos séculos (Ap 20.10)
Todos os anjos decaídos e os demônios serão julgados agora, com o Diabo (Jd v.6; Ap
20.10; 2 Pe 2.4; Jd v.7; Lc 87.31; Mt 8.29). A Igreja certamente estará associada neste juízo, ou seja, a
Igreja também irá julgá-los (1 Co 6.3) este evento marcará o ponto final da liberdade de ação do Diabo,
dos anjos decaídos e dos demônios. É o final da sua carreira maligna (Mt 25.41).
8 – O JUÍZO FINAL
I - A Ressureição dos Ímpios
Ap 20:5 Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira
ressurreição. 6 Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses
a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão
com ele os mil anos.
Jesus disse que uns seriam ressuscitados para a vida e outros para o juízo (Jo
5:21,22,25,26,27 e 28). Os ímpios mortos só tornarão a viver no final do milênio, neste dia eles
colherão em carne o que plantaram em carne (2Co 5:10). Nesse momento os ímpios de todas as
épocas, desde Adão, ressuscitarão com seus corpos literais e imortais, porém carregados de pecado
(Ap 20.11-15; Mt 10.28).
Da mesma forma que entendemos que a ressureição dá aos santos um novo corpo para
que eles gozem de vida eterna em comunhão com Deus, os ímpios ressuscitarão para que tenham um
corpo para provar por meio dele o dano da segunda morte (Ap 20:6, 13 e 14).
Quanto aos que morreram sem conhecer o evangelho, deixamos com Deus. Sendo Deus
perfeito em justiça como é, terá uma lei para julgar os que pecaram sem lei, isto é, sem conhecerem a
lei (Rm 2.12; Rm 2.15; 10.18; Is 5.3b; Sl 19.3,4; Jó12.7-9). O “Juiz de toda a terra” saberá fazer justiça
(Gn 18.25). Só Ele é o juiz dos que morreram (At 10.42), e a Bíblia assegura que o juízo de Deus é
“segundo a verdade” (Rm 2.2), e que são verdadeiros e justos (Ap 16.7).
Parece que os justos da época milenial não morrerão, porque neste juízo, ao findar o
Milênio, só os mortos (ressuscitados) comparecerão. Porém a presença do livro da vida durante o
Juízo, talvez seja usado para a recompensa dos que morrerem durante o milênio, e que ressurgirão
nesse momento. (Ap 20.12,15)

II – O Julgamento do Grande Trono Branco


Ap 20:11 Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e
o céu, e não se achou lugar para eles. 12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em
pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos
foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. 13 Deu o mar os
mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados,
um por um, segundo as suas obras. 14 Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago
de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. 15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da
Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.
Se o destino dos remidos é ser reposicionado no lugar original, o destino dos ímpios é
justamente o lago de fogo. Eles serão banidos da face do Senhor (2 Ts 1:9). Contemplar a face do
Senhor é um serviço sacerdotal (Ap 22:3) e ser banido da face do Senhor é ser banido do sacerdócio.
Os condenados já não possuirão mais a imagem de Deus, assim, não serão participantes
da sua glória. Eles são pecadores não remidos, e por isso a criação, agora santificada e restaurada, não
poderá suportá-los. A Terra sempre expulsa da sua presença o homem que não é digno dela. O lago
de fogo é o único lugar que pode acomodá-lo para toda a eternidade
O juízo eterno é o momento em que por meio de uma sentença judicial (Deus está
estabelecendo um tribunal), a velha ordem caída dominada pela morte e pelo inferno é removida
definitivamente para dar lugar a uma nova ordem (Ap 21:5), que manifestará o governo de Deus sobre
tudo e todos.
Este julgamento não é coletivo, mas individual. Não haverá injustiça, primeiro porque o
juiz é perfeito em justiça; segundo porque o julgamento será conforme as obras de cada um. Assim
sendo, o grau de castigo de cada um variará.
A este julgamento declara a Bíblia que hão de comparecer os mortos grandes e pequenos
possivelmente tem a ver com a sua importância em relação a:
a) Sua posição.
b) Sua influência.
c) Seu prestigio.
Nada relacionado com tamanho ou idade. At. 8.10; Mt. 10.42; Ap. 11.18. Submeterão,
também, a esse julgamento aquele que, ao final do Milênio, cederem a tentação de satanás e
participarem da revolta contra Cristo e forem queimados com o fogo descido do céu.
Quantos aqueles que, ao final do milênio, ainda estiverem vivos e não se deixaram seduzir
por Satanás, mas se mantiverem fiéis a Deus, não temos na Bíblia uma definição clara se eles irão ou
não ao Juízo Final.
Como todos haveremos de comparecer ao Tribunal de Cristo para recebermos o galardão
ou a sentença possivelmente eles hão de comparecer.
A morte e o inferno também serão jogados no lago de fogo e enxofre (Ap 20.14).

9 – NOVO CÉU E NOVA TERRA – ETERNO E PERFEITO ESTADO


Deus, o homem e a Terra assumem suas justas posições por meio de um realinhamento
legal que formaliza o estabelecimento da justiça eterna de Deus sobre sua criação
Com a autorização legal e irrevogável para ser a imagem de Deus, o homem é
reposicionado em plenitude em seu lugar original, entre Deus e a Criação.
Logo em seguida do juízo eterno, aparecerá céu e Terra como em Gênesis 1. Depois há a
descrição da cidade assim como o jardim é descrito em Genesis 2:10-14. Após isso, as escrituras dizem
que o homem servirá e contemplará a face do Senhor da mesma forma em uma clara alusão ao serviço
sacerdotal de Gênesis 2:15.
Depois do juízo eterno, temos a reconstrução de Genesis 1 e 2 em uma ‘regênesis’ em
Apocalipse 21 e 22. Assim como em Genesis 2 Adão e Eva reinam a partir do jardim, em Apocalipse
22:5 os redimidos reinarão para sempre a partir da cidade de Deus que desceu do céu. O homem terá
a imagem restaurada e a glória de Deus sobre si, assumindo seu lugar de sacerdócio diante de Deus
(Ap 22:3) e da Criação (Ap 8:6).
Agora haverá um novo começo, uma nova ordem universal. Chegamos ao fim do tempo
e ao começo da eternidade (Ap cap. 21 e 22).
Como já falamos acima, os dois últimos capítulos de apocalipse remontam de forma mais
gloriosa os dois primeiros capítulos de Gênesis. Lá temos a nova criação de Deus como o resultado
final de seu plano redentor. Notamos também, nestes capítulos finais das escrituras, aquilo que para
nos dá fim à polêmica sobre se iremos morar no céu ou não, como bem disse Tim Keller certa vez:
"Não seremos transportados desse mundo para o céu, mas o céu descerá no fim dos tempos para
renovar esse mundo.”
A questão central não é onde será a morada dos santos, mas onde será a morada de Deus,
pois se os santos habitarão com Deus, onde ele estiver, seu povo estará com ele. A cidade santa desce
do céu (Ap 21:2 e 10) e o tabernáculo de Deus estará entre os homens (Ap 21:3). Deus habitará na
Terra e junto com o céu serão uma só realidade na nova criação.
A redenção alcançou não só a igreja, mas todo os cosmos (Ap 21.1). A natureza está
escravizada pelo pecado (Rm 8:20-21). Ela está gemendo aguardando a redenção do seu cativeiro.
Quando Cristo voltar a natureza será também redimida e teremos um universo completamente
restaurado.
Deus não vai criar novo céu e nova terra, mas vai fazer do velho um novo – v. 1. O novo
céu e a nova terra não um novo que não existia, mas um novo a partir do que existia (Is 65:17 e 66:22).
Assim como nosso corpo glorificado é a partir do nosso corpo, assim será o universo. O céu e a terra
serão purificados pelo fogo (2 Pe 3:13). Não é aniquilamento, mas renovação. Não é novo de edição.
Há continuidade entre o antigo e o novo.
Não vai mais existir separação entre o céu e a terra – Cap. 21, v.1,3. O céu e a terra serão
a habitação de Deus e de sua igreja glorificada. Então, se cumprirão as profecias de que a terra se
encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar. Esse tempo não vai durar apenas
mil anos, mas toda a eternidade.
Não haverá mais nenhuma contaminação. “E o mar não mais existirá” (v.1). Isso é um
símbolo. Aqui o mar é o que separa. João foi banido para a ilha de Patmos. O mar aqui é símbolo
daquilo que contamina (Is 57:20). Do mar emergiu a besta que perseguiu a igreja. No novo céu e na
terra não haverá mais rebelião, contaminação, pecado.
Nas escrituras pouco é dito sobre como será na era vindoura, contudo, sabemos que a
ideia é de um mundo restaurado, sem influência do mal e do pecado, tendo o seu governo inabalável
operando de forma absoluta sobre tudo e todos. E nesse tempo que todas as promessas de Deus sobre
seu povo se cumprirão em plenitude, e o período em que veremos, de fato, cada elemento da criação
vivendo seu potencial máximo pelo qual foi criado. Cada átomo do universo será cheio da glória de
Deus.
O nosso tempo é uma partícula da eternidade, e como ciclo da história humana, acabou
agora. Ao mesmo tempo começou a feliz eternidade para os filhos de Deus. O pecado já foi julgado.
Satanás e todos os seus seguidores já foram para o seu lugar definitivo. Deus agora estabelecerá um
novo céu, uma nova terra, e uma nova cidade – a Nova Jerusalém (Ap 21.5) e o mar não mais existirá
(Ap 21.1). O céu à que a palavra se refere não é o céu como habitação de Deus, mas o espaço sideral
entre o céu e a terra.
A santa Cidade de Jerusalém celestial baixará de vez sobre a terra, a nova terra, tendo seu
relevo totalmente diferente (Ap 21.2,10), e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro (Ap 22.3). A
cidade não será o céu. O texto bíblico afirma que ela “descia do céu”. O céu, a habitação de Deus e dos
anjos fica onde está. A cidade preparada é que desce para a terra, a nova terra. Ela será a capital de
Deus aqui na terra (Ap 22.1,3)
Nunca mais haverá qualquer maldição ou pecado (Ap 22.3). O conhecimento nosso será
então perfeito dentro do plano humano, em glória. As luzes que até então teremos serão ofuscadas
pelo superior e abundante conhecimento divino. (Ap 22.5; 1 Co 13.12). Todos juntos,
harmoniosamente, reinarão pelos séculos dos séculos (Ap 22.5). Isto jamais será conseguido aqui,
mas no perfeito estado eterno, sim!

PS.: A Bíblia menciona ainda uma sucessão de eras futuras, sobre as quais nada nos é dito no presente.
“Para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em
Cristo Jesus” (Ef 2.7). Certamente, à medida que essas eras bíblicas forem passando, conheceremos
mais e mais as insondáveis riquezas da sua graça! E como são insondáveis as riquezas de Cristo! (Ef
3.8). Certamente nessas eras bíblicas futuras o imenso universo, com seus milhões e milhões de
planetas serão ocupados, pois Deus criou todas as coisas para determinados fins, segundo o seu eterno
plano e propósito.
I. O QUE NÃO VAI ENTRAR NO NOVO CÉU E NA NOVA TERRA?
1. No novo céu e na nova terra não haverá dor – v. 4
A dor é consequência do pecado. A dor física, moral, emocional, espiritual não vão entrar
no céu. Não haverá mais sofrimento. Não haverá mais enfermidade, defeito físico, cansaço, fadiga,
depressão, traição, decepção. O céu é céu por aquilo que não vai ter lá. As primeiras coisas já passaram.
O que fez parte deste mundo de pecado não vai ter acesso lá. Aquilo que nos feriu e nos machucou
não vai chegar lá.
2. No novo céu e na nova terra não haverá mais lágrimas – v. 4
Não haverá choro nas ruas da nova Jerusalém. Este mundo é um vale de lágrimas. Muitas
vezes alagamos o nosso leito com nossas lágrimas. Choramos por nós, pelos nossos filhos, pela nossa
família, pela nossa igreja, pela nossa nação. Entramos no mundo chorando e sairemos dele com
lágrimas, mas no céu não haverá lágrimas. Deus é quem vai enxugar nossas lágrimas. Não é auto-
purificação. Deus é quem toma a iniciativa.
3. No novo céu e na nova terra não haverá luto nem morte – v. 4
A morte vai morrer e nunca vai ressuscitar. Ela foi lançada no lago do fogo. Ela não pode
mais nos atingir. Fomos revestidos da imortalidade. No céu não há vestes mortuárias, velórios, enterro,
cemitério. No céu não há despedida. No céu não há separação, acidente, morte, hospitais. Na Babilônia
se calam as vozes da vida (Ap 18:22-23), mas na Nova Jerusalém se calam as vozes da morte (Ap 21:4)!

II. POR QUE O NOVO CÉU E A NOVA TERRA SERÃO LUGARES DE BEM-AVENTURANÇA ETERNA? – V.
2,3,7
1. Porque a vida no novo céu e a na nova terra será como uma festa de casamento que
nunca termina – v. 2. As bodas passavam por quatro fases: 1) Compromisso; 2) Preparação; 3) A vinda
do noivo; 4) A festa. O céu é uma festa. Alegria, celebração, devoção. Exaltaremos para sempre o noivo.
Deleitar-nos-emos em seu amor. Ele se alegrará em nós como o noivo se alegra da sua noiva. Esta festa
nunca vai acabar!
2. Porque o novo céu e a nova terra serão profundamente envolvidos pela presença de
Deus – v. 3. O céu é céu porque Deus está presente. Depois que o véu do templo rasgou Deus não
habita mais no templo, mas na igreja. O Espírito Santo enche não o templo, mas os crentes. Agora
somos o santuário onde Deus habita. Agora somos um reino de sacerdotes. Veremos Cristo face a face.
Vê-lo-emos como ele é. Ele vai morar conosco. Não vai haver mais separação entre nós e Deus. A glória
do Senhor vai brilhar sobre nós. O Cordeiro será a lâmpada da cidade santa.
3. Porque no novo céu e na nova terra teremos profunda comunhão com Deus – v. 3b.
Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus. Aqui caem as diversidades, não só do Israel étnico,
como das denominações religiosas. Lá não seremos um povo separado, segregado,
departamentalizado. Lá não seremos presbiterianos, batistas ou assembleianos. Seremos a igreja, a
noiva, a cidade santa, a família de Deus, povos de Deus.
4. Porque no novo céu e na nova terra desfrutaremos plenamente da nossa filiação – v. 7.
A igreja é noiva do Cordeiro e filha do Pai. Tomaremos posse da nossa herança incorruptível.
Desfrutaremos das riquezas insondáveis de Cristo. Seremos co-herdeiros com ele. Seremos filhos
glorificados do Deus todo-poderoso e reinaremos com o Rei dos reis!
APÊNDICE

I – LAGO DE FOGO
O lago de fogo é a Gehenna, apesar desta palavra não ser usada no Apocalipse. O Novo
Testamento faz uma distinção clara entre Hades e Gehenna, mesmo se nossas traduções não
evidenciam isto. Hades é o estado intermediário entre a morte e a ressurreição, é o além ou o mundo
dos mortos (Mt 16:18; Lc 16:23; At 2:27), e às vezes é sinônimo de túmulo (1:18; 6:8; 20:13). Equivale
ao Seol do Antigo Testamento. Para o pano de fundo veterotestamentário para a ideia de Gehenna
veja as observações a 14:9-10. Ge Hinnom ou Vale de Hinom era um lugar de sacrifícios humanos, e se
tornou sinônimo de inferno, lugar de punição eterna, na literatura apocalíptica (Enoque 27:lss.; 54:lss.;
56:3ss.; 90:26; 4 Esdras 7:36, Apocalipse de Baruque 59:10; 85:13).
Já que nos evangelhos o inferno é retratado não só como lugar de fogo, mas também
como lugar de escuridão (Mt 8:12; 22:13; 25:30), a impressão é que a descrição usa linguagem
figurada, tirada do judaísmo contemporâneo, para descrever o julgamento final e irreversível.

II - AS SETE DISPENSAÇÕES

Período probatório em que Deus prova a fidelidade do homem. Probatório – um período


que serve de prova – que contém prova. É um período de tempo em que o homem é provado com
respeito a sua obediência a alguma revelação especial da vontade de Deus.

A história da humanidade está dividida em 7 dispensações:

1 - Dispensação da Inocência - Aliança Edênica


2 - Dispensação da Consciência - Aliança Adâmica
3 - Dispensação do Governo Humano - Aliança Noética
4 - Dispensação Patriarcal / Promessas/ Família - Aliança Abraâmica
5 - Dispensação da Lei - Aliança Mosaica
6 - Dispensação da Graça / Eclesiástica - Nova Aliança (Graça)
7 - Dispensação do Milênio / do Reino - Aliança Milênica
Tempo das Dispensações

1. Dispensação da Inocência - É o tempo contado durante a ocasião em que Adão e Eva estavam dentro
do Jardim do Éden, tempo desta dispensação é incerto. Termina com expulsão do homem do Jardim
do Éden. Gn. 3.24.

2. Dispensação da Consciência - Contada desde a saída de Adão e Eva do Jardim do Éden até o dilúvio.
Gn. 7.12; 8.14 -16, abrange um período de 1656 anos.

3. Dispensação do Governo Humano - Iniciou com Noé e sua família os únicos sobreviventes do dilúvio.
Estendeu-se desde o dilúvio até Babel Gn. 8. 15 – 16; 11. 1 – 9. Nesta dispensação foi implantada a
pena de morte Gn. 9.6. Abrange um período de 427 anos.

4. Dispensação Patriarcal - Porque nela viveram os três grandes Patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó.
Dispensação da Promessa, porque eles viviam esperando nas promessas do Deus todo poderoso.
Dispensação da Família, porque de uma família Deus formou uma grande Nação espiritual. Começa
com a chamada de Abraão Gn. 12. 1 – 9. E estendeu-se até a promulgação da Lei no Sinai. Ex. 19. 1 –
25. O livro de Gênesis contém 4 dispensações

5. Dispensação da Lei - Começa com a promulgação da Lei no Sinai Ex. 19. 1 – 5. Termina com o
sacrifício vicário e expiatório de Cristo no calvário Jo. 19.30. Com um tempo aproximadamente de 1430
anos.

6. Dispensação da Graça - É a atual dispensação em que vivemos iniciou-se com a ressurreição de


Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo Mt. 16. 1 – 7. Termina com a volta de Jesus em glória Ap. 1.7.

7. Dispensação do Milênio (Reino) - É a única dispensação que tem um tempo determinado 1000 (Mil)
anos. Ap. 20.1 – 6. O reinado de Cristo na terra.

A seguir apresentamos um esboço bastante resumido das sete dispensações. Observe que
em cada dispensação é dado ao homem uma prova ou responsabilidade específica. Cada época
termina em fracasso humano e esse tem o seu juízo correspondente. As dispensações mostram que o
homem está totalmente cheio de pecado e perdido (Rm 3.10-23).

1. Inocência ou Santidade (Gn. 1.28; 3.6).


A. Responsabilidade não comer (Gn. 1. 26 – 28; 2. 15 – 17).
B. Fracasso comeram (Gn. 3. 1 – 6).
C. Juízo a maldição e morte (Gn. 3. 7 – 19).

2. Consciência (Gn. 3.16; 8.14).


A. Responsabilidade obedecer (Gn. 3. 5,7,22; 4.4).
B. Fracasso corrupção (Gn. 6.5,6,11,12).
C. Juízo Dilúvio universal (Gn. 6.7,13; 7.11 – 24).

3. Governo Humano (Gn. 8.15; 11.9).


A. Responsabilidade povoar e espalhar-se sobre a terra (Gn. 8.15; 9.7).
B. Fracasso desobedeceram (Gn. 11. 1 – 4).
C. Juízo confusão de línguas (Gn. 11. 5 – 9).

4. Promessa ou Patriarcal (Gn. 11.10; Ex. 19.8).


A. Responsabilidade morar em Canaã (Gn. 12. 1 – 7).
B. Fracasso moraram no Egito (Gn. 12.10; 46.6).
C. Juízo escravidão (Ex. 1.8 – 14).

5. Lei (Ex. 19.9; At. 2.1).


A. Responsabilidade guardar a lei (Ex. 19. 3 – 8).
B. Fracasso violaram a lei, rejeitaram Cristo (II Rs. 17. 7 – 20; Mt. 27. 1 – 25).
C. Juízo dispersão mundial (Dt. 28. 63 – 66; Lc. 21. 20 – 24).

6. Graça ou Igreja (At. 2.1; Ap. 3.22).


A. Responsabilidade receber Cristo pela fé e andar no Espírito (Jo. 1.12;Rm. 8.1 – 14; Ef. 2. 8,9).
B. Fracasso rejeitaram Cristo (Jo. 5.39,40; II Tm. 3. 1 – 7).
C. Juízo a grande tribulação (Mt. 24.21; Ap. 6. 15 – 17).

7. Reino ou Milênio (Israel Restaurado – Ap. 20.4).


A. Responsabilidade obedecer e adorar a Cristo (Is. 11. 3 – 5; Zc. 14. 9,16).
B. Fracasso rebelião final (Ap. 7 – 9).
C. Juízo o lago de fogo (Ap. 20. 11 – 15).

II - O SÉTIMO SHOFAR E O ARREBATAMENTO (PARTE 1)


(Daniel Juster, Th. D. Restauração de Sião, Tikkun Global)

Aqueles que creem que o arrebatamento dos santos e a ressurreição dos justos em
Yeshua virão no final da tribulação (Pós-Tribulacionismo) apresentam duas possíveis visões sobre onde
colocar o arrebatamento.
Uma delas, que eu acredito ser a mais prevalecente, é que acontecerá no sétimo Shofar
(trombeta) em Apocalipse 11. A outra visão é que virá no final do período das taças da ira (um breve
período no final da tribulação), e é identificado com o toque do shofar no final do dia sagrado de Yom
Kippur. Esta identificação está ligada a 1 Coríntios 15. 51-52, texto que diz que seremos transformados
no último shofar.
Em meu livro Páscoa: a chave para abrir o livro do apocalipse, eu defendo que o sétimo
shofar é o shofar do Arrebatamento, quando seremos arrebatados ao encontro com o Senhor, e que
logo em seguida voltaremos à Terra com ele. Eu vejo uma série de eventos na volta de Yeshua e não
um único evento. Entendo que em tais assuntos ainda vemos como por um espelho de modo obscuro
e que todas essas percepções são um tanto especulativas.
Minhas razões para sustentar esse ponto de vista:
1. O Último Shofar em 1 Coríntios 15 poderia se referir apenas ao último dos shofares que
trazem juízo e este sétimo é o último da série e anuncia o juízo final, o arrebatamento e a ressurreição.
Não é o último a ser tocado. Haverá muitos outros durante toda a Era Milenar.
2. A Festa de Yom Teruah, ou a Festa das Trombetas, não teve nenhum cumprimento
histórico claro como as outras Festas, que têm cumprimentos bem óbvios em Yeshua. Mas se Yom
Teruah anuncia a vinda do Messias, e desencadeia o arrebatamento, a ressurreição e depois a sua
descida à Terra, teríamos um cumprimento bem adequado. Outras interpretações não identificam um
grande cumprimento adequado para o peso de uma grande festa como esta. A associação de 1
Tessalonicenses 4.16-17 com Yom Teruah ou Rosh Hoshana é uma visão muito aceita e comumente
ensinada por boas razões.
3. O Livro do Apocalipse fornece uma cronologia que é progressiva nos Sete Selos, nos
Sete Shofarot e Sete Taças da Ira. O Sétimo Selo se abre e inicia as Sete Trombetas. A Sétima Trombeta
toca e desencadeia as Sete Taças da ira de Deus. O livro também inclui narrativas em parêntesis no
meio dessa progressão que não estão necessariamente na linha cronológica. Ao mesmo tempo, é
significativo observar exatamente onde João colocou essas inserções em parêntesis.
No capítulo 10, João escreve que o mistério de Deus será completado logo antes de tocar
o sétimo shofar (Apocalipse 10.7). Se este é o shofar do arrebatamento e da ressurreição, seria um
encaixe perfeito. O mistério é o número completo de participantes da Noiva do Messias (como Paulo
ensina em Efésios 3 e a plenitude dos gentios em Romanos 11). Se o arrebatamento e a ressurreição
ocorrerem após o sétimo shofar, então o mistério não estaria completo antes de ser tocado essa última
trombeta como Apocalipse 10.7 declara. Ainda haveria pessoas sendo salvas que poderiam fazer parte
do arrebatamento após o toque do sétimo shofar. Não se encaixaria no texto de Apocalipse 10.7.
4. Apocalipse 11.3 afirma que, ao fim de 1.260 dias (o tempo da Grande Tribulação), as
duas testemunhas proféticas martirizadas ressuscitam dos mortos e ascendem ao céu. Esta é
certamente uma imagem do arrebatamento e da ressurreição que eu acredito que acontecem logo
depois. Então, há um grande terremoto e 7 mil morrem na cidade chamada Sodoma, que é identificada
como Jerusalém, notando que é a cidade onde nosso Senhor foi crucificado. Na sequência, indica que
Jerusalém se volta para o Senhor. “As outras ficaram sobremodo aterrorizadas e deram glória ao Deus
do céu” (Apocalipse 11.13).
Em todos os outros casos, quando há juízos no Livro do Apocalipse, o povo não se volta
para Deus, mas se rebela e amaldiçoa ainda mais, porque estão sob o engano do Anticristo e do Falso
Profeta. Esse reconhecimento e glorificação de Deus em Apocalipse 11, porém, se encaixa como o
tempo em que Israel / Jerusalém invocará Yeshua para salvá-los (Mateus 23.39)
Isso se encaixa também com Zacarias 14 onde lemos que as nações cercarão Jerusalém,
haverá um terremoto e então o Senhor sairá para lutar contra os exércitos daquelas nações. O retorno
de Jerusalém para Yeshua se encaixa se ocorrer entre Zacarias 14.2 e 14.3, e, então, seus pés pousarão
no Monte das Oliveiras (v.4). Os santos retornarão com Yeshua enquanto a guerra ainda está em
andamento, antes do seu final. Ainda não é a experiência do novo nascimento para Israel, mas,
aparentemente, é um retorno corporativo de Jerusalém para Yeshua. Somente depois desta virada em
Apocalipse 11.14 é que o anjo toca o sétimo shofar.
Eu acredito que quando Israel ou Jerusalém invocar Yeshua, isso desencadeará o
arrebatamento, e em seguida os Reinos deste mundo se tornarão o Reino de nosso Senhor e de seu
Ungido (Ap 11.15).

III - O SÉTIMO SHOFAR E O ARREBATAMENTO (PARTE 2)


(Daniel Juster, Th. D. Restauração de Sião, Tikkun Global)
5. Em Ap. 14 lemos o que muitos estudiosos, historicamente, têm entendido ser o
arrebatamento e a ressurreição dos santos. São citados dois anjos, um ceifando a Terra no que parece
ser a colheita dos justos (14.16). Depois, outro anjo recolhe as uvas no lagar da ira de Deus. Isso se
encaixa na ideia de que a ira de Deus é um período muito breve no fim das tribulações, e que não
estaremos presentes nessa hora. Seria o tempo entre a Festa das Trombetas e Yom Kippur (o Dia da
Expiação).
Alguns dos que dizem acreditar no arrebatamento antes da tribulação encontram apoio
neste trecho. Um grupo menor afirma que o arrebatamento será no meio da tribulação, antes da
manifestação da ira de Deus. O problema é que eles confundem o tempo da tribulação como um
período de sete anos, o mesmo tempo das sete trombetas, quando a Bíblia afirma que, na realidade,
serão 3 anos e meio ou metade de sete.
Portanto, as taças de ira aconteceriam só no finalzinho desse período de tribulação, no
mesmo momento em que estivermos voltando com Jesus dos céus para libertar Israel. Também inclui
um retrato do Senhor destruindo os exércitos das nações que se reuniram para destruir Israel
(Apocalipse 19; Joel 3; Zacarias 12 e 14).
6. A visão do sétimo shofar se encaixa também com o que ocorrerá depois que os
exércitos das nações forem destruídos. A Festa das Trombetas/Ano Novo na tradição judaica inicia os
Dias de Temor (dias temíveis ou de arrependimento), os dias de juízo entre o Rosh Hoshanae o Yom
Kippur, mas no Yom Kippur temos o último dia de arrependimento. Portanto, será um grande Yom
Kippur em Jerusalém, em Israel e nas nações.
Parece que o retorno de Yeshua para a Terra após o arrebatamento e a ressurreição levará
ao arrependimento aqueles que não foram arrebatados. Isso se encaixa na imagem de Zacarias 12.10-
14 quando todas as tribos de Israel se lamentarão. Olharão aquele a quem traspassaram e o
lamentarão. Não parece que o verão apenas numa espécie de visão celestial, mas que literalmente ele
estará aqui e será visto na Terra. Alguns interpretam que esse retorno de Israel ao Messias acontecerá
antes do arrebatamento, mas penso que a última guerra e o livramento de Israel virão primeiro, já que
durante a guerra não dá para imaginar toda a nação de Israel lamentando o fato de não ter
reconhecido o Messias antes. Não, eles estariam totalmente envolvidos na batalha. Pelo contrário,
creio que seja uma imagem do que ocorrerá após a guerra, quando o povo de Israel em seus corpos
naturais estará se lamentando e percebendo que era Yeshua o seu Messias e Salvador, desde o início.
Portanto, nestas imagens proféticas Yom Kippur se encaixa como a volta de Yeshua se ocorrer após o
arrebatamento e a ressurreição.
7. Ao final do Yom Kippur, toca-se um shofar. Pode ser o último shofar desta era e a
inauguração da era porvir. Em Lv 25.10-12 o shofar tocado no Yom Kippur anuncia o ano do Jubileu.
De fato, depois que Israel e as nações se arrependerem, todos poderão celebrar o Sukkot juntos ou a
Festa dos Tabernáculos (Zc 14.16). A primeira Festa dos Tabernáculos da Era do Milênio se encaixaria
com a celebração da união entre a noiva e o Messias, ou a Ceia das Bodas do Cordeiro.
Portanto, o toque do shofar no Yom Kippur neste contexto não poderia ser a trombeta do
arrebatamento e ressurreição, mas sim o shofar do jubileu que termina a antiga era e inaugura a Era
do Milênio e o reino do Messias e de sua noiva, formada por judeus e gentios que reinarão a partir de
Israel e das nações. O shofar do arrebatamento não é o anúncio da era de paz, como acontece no fim
do Yom Kippur após o arrependimento, mas a sétima trombeta que também anuncia o juízo final de
Apocalipse 19 e Zacarias 14 e a última batalha que acontecerá.

IV – 1 Ts 4.16-17 - PAULO REALMENTE ESCREVE SOBRE O "ARREBATAMENTO"?


(Por Dr. Nicholas J. Schaser)
De acordo com uma vertente proeminente do ensino cristão, os crentes em Jesus estão
aguardando um futuro no qual serão transportados para o céu em um evento conhecido como “o
Arrebatamento”. A passagem bíblica mais popular usada para apoiar essa visão é o discurso
escatológico de Paulo em 1 Tessalonicenses 4: 16-17. Apesar das interpretações comuns deste texto
em termos de uma elevação da Terra no final dos tempos, o apóstolo não descreve um
"arrebatamento" fora do nosso mundo. Pelo contrário, em vez de descrever os crentes sendo levados
para o céu, Paulo detalha os eventos que ocorrerão nesta terra em conjunto com a segunda vinda do
Messias.
Em sua apresentação da Parousia, Paulo declara: “O próprio Senhor descerá do céu com
um clamor de comando, com a voz de um arcanjo e com o som da trombeta de Deus, e os mortos no
Messias ressuscitarão primeiro. Então nós, que estamos vivos, e ficaremos, seremos arrebatados
(ἁρπάζω; harpadzo) com eles nas nuvens, para encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre
com o Senhor ”(4: 16-17) . Enquanto alguns leem um "arrebatamento" nesses versículos, a linguagem
e o contexto de Paulo argumentam contra essa leitura. Primeiro, entre os gregos da época de Paulo,
"arrebatar" (harρπάζω; harpadzo) era usado como eufemismo para uma morte prematura (ver
Plutarco, Carta a Apolônio 111C-D, 117B); o apóstolo redireciona ἁρπάζω, não como outra palavra
para a morte, mas como uma descrição da vida eterna no retorno do Senhor.
Segundo, o contexto não descreve Jesus (ou seus seguidores) subindo ao céu, mas
descendo à terra nas “nuvens” (νεφέλαις; nephelais), que são veículos comuns para a visita divina (por
exemplo, Nm 11:25; 12 : 5; Dan 7:13; Mc 13:26; Ap 10: 1).
Além disso, a referência de Paulo a Yeshua chegando com o som de uma "trombeta"
(σάλπιγξ; sálpigx) lembra a explosão do shofar que acompanhou a descida de Deus ao Sinai: "Como o
som da trombeta (‫ ;ׁשופר‬shofar / σάλπιγξ; sálpigx [LXX]) ficou mais alto ... o Senhor desceu ao monte
Sinai, ao topo da montanha ”(Êx 19:19). Uma vez que Deus pousou nesta terra, "o Senhor chamou
Moisés ao topo da montanha, e Moisés subiu" (19:20). Assim como Moisés sobe ao encontro do
Senhor no ar rarefeito do topo da montanha, Paulo afirma que os crentes encontrarão o Senhor
descendo no “ar” (;ήρ; aér) - não em um arrebatamento para o “céu” (ranὐρανός; ouranós).
Finalmente, assim como Moisés finalmente desce a montanha (veja Êx 19:25), aqueles
que encontram o Messias no ar também voltarão a esta terra. A imagem de Paulo é de um imperador
no caminho de volta de uma campanha militar: no mundo romano antigo, imperadores vitoriosos
retornariam à capital junto com um trem massivo de prisioneiros estrangeiros, riqueza e outros
despojos de guerra. Ao ouvir a volta do imperador, os cidadãos romanos encontrariam seu líder
triunfante ao longo do caminho e o seguiriam de volta à cidade como parte da procissão
comemorativa. Paulo prevê um cenário semelhante na segunda vinda de Jesus: O Messias começará
sua descida nas nuvens e seus seguidores o encontrarão no meio do caminho no ar, para que possam
seguir seu rei conquistador de volta a esta terra.
Embora seja comum em certos círculos cristãos ler um "arrebatamento" em 1
Tessalonicenses 4: 16-17, essa conclusão não explica os contextos literários e culturais de Paulo. Em
vez de descrever um portal para o céu, o apóstolo oferece uma janela para a vida eterna que vem com
a ressurreição dos mortos e o reinado eterno de Jesus no Reino de Deus.

V – 1 Ts 4.16-17 - ENCONTRO COM O SENHOR: ARREBATAMENTO OU RETORNO?


(Por Dr. Nicholas J. Schaser)
Em 1 Tessalonicenses, Paulo descreve a aparição de Jesus no fim dos tempos: “Pois o
próprio Senhor descerá do céu ... e os mortos no Messias ressuscitarão primeiro. Então nós, que
estamos vivos, e seremos arrebatados juntos com eles nas nuvens, para encontrar o Senhor nos ares
”(4: 16-17). É popular interpretar essa passagem como alusão de Paulo a um "arrebatamento", mas a
retórica e o contexto do apóstolo não se encaixam no esquema do arrebatamento. Por exemplo,
embora os leitores possam supor que a descrição de Paulo sobre o encontro com o Senhor se refere
ao "arrebatamento", a linguagem e o contexto mais amplo do Novo Testamento mostram que o
objetivo desse encontro não é permanecer no céu, mas retornar ao reino de Yeshua em terra.
Dois pontos contextuais iniciais afastam o leitor de uma interpretação de
"arrebatamento". Especificamente, Paulo diz que Jesus “descerá do céu” (4:16) e os crentes o
encontrarão no meio de sua descida “no ar” (4:17) - não no “céu”. Além dessa questão direcional óbvia,
a linguagem de Paulo em encontrar o Senhor (4:17) não descreve a permanência no céu após um
arrebatamento. Em outras partes do Novo Testamento, a palavra de Paulo para "encontro"
(ἀπάντησις; apántesis) sempre transmite um encontro inicial, após o qual um grupo de pessoas
acompanha um indivíduo até um destino final. No contexto de Paulo, quando "encontramos" o Senhor
descendente no ar, escoltamos o rei messiânico de volta à terra.
As duas outras instâncias do Novo Testamento de ἀπάντησις (apántesis) aparecem em
Atos e Mateus, e ambos os contextos descrevem um grupo que sai para encontrar um indivíduo e o
leva de volta em uma procissão. Quando Paulo se aproxima de Roma no final de Atos, os cidadãos
romanos o encontram e o levam de volta à cidade: “Viemos a Roma, e os irmãos e irmãs de lá, quando
ouviram falar de nós, vieram nos encontrar (ἀπάντησιν ἡμῖν; apántesin humin)… [e] voltamos a Roma
”(Atos 28: 14-16). Como Atos faz com que os romanos saiam para encontrar Paulo e o escoltem de
volta a Roma, devemos imaginar uma cena semelhante em 1 Ts 4:17: somos apanhados a encontrar
Jesus e depois escoltá-lo de volta à terra.
Da mesma forma, a parábola de Jesus das dez virgens observa que as virgens “saíram para
encontrar (ἀπάντησις; apántesis) o noivo” (Mt 25: 1; cf. 25: 6). No entanto, a reunião inicial iluminada
por lâmpadas na escuridão não é o destino final nem das virgens nem do noivo; antes, a cena
parabólica será seguida de uma procissão na qual as virgens acompanharão o casal matrimonial até
sua casa para o banquete de casamento. A parábola ilustra o que 1 Ts 4: 16-17 explica: em vez de
revelar um "arrebatamento", o Novo Testamento afirma que os crentes encontrarão Jesus e depois o
acompanharão ao banquete messiânico, que ocorrerá em uma terra divinamente renovada no reino
de Deus (cf. Is 65-66; 2 Ped 3:13; Ap 21).
VI – A RELAÇÃO HOMEM X TERRA – PARA ENTENDER O MILÊNIO
(Por Pr. Leandro Vieira – Cosmovisão Profética)
Além do texto de Apocalipse 20 que embasa a doutrina do milênio, queremos construir
um entendimento a partir da visão de todo conjunto de temas que temos trabalhado ao longo deste
estudo, usando, como uma linha mestra, o homem e sua relação com a criação.
Quando o homem pecou, a Terra foi diretamente afetada por sua queda (Gn 3:17). Há
uma relação entre a integridade deste e o bem-estar da criação. Na obra de Restauração, o meio para
redimir o mal causado pelo pecado de Adão é entregando um Jesus perfeito em seu lugar como
sacrifício, fato que, consequentemente, restaura a Terra.
Desta maneira, o Senhor levanta filhos maduros, entre a primeira e a segunda vinda de
Cristo, para que, ao lado de Cristo, restaurem a Terra durante o período do milênio. Jesus veio em sua
primeira manifestação para iniciar o processo de regeneração e redenção do homem, e na segunda
vinda ele termina esse processo, para que através desta humanidade redimida, ele passe a direcionar
seu foco na restauração do mundo.
O ser humano está sempre um passo antes da Terra, tanto em sua queda quando em sua
restauração. Em Gênesis, vemos o homem e um jardim (Gn 2:8-9), depois observamos a queda de
Adão e Eva e a maldição da Terra (Gn 3:6-17). Na parúsia há uma espécie de "recriação" do homem
para que, no milênio, tenhamos a restauração da ordem das coisas como numa de espécie “replantio
do jardim”. A fauna, a flora, os oceanos, os elementos celestes e todo o restante da criação serão
diretamente e positivamente afetados pela existência de um casal santificado e glorificado – Cristo e
a Igreja.
Da mesma forma que a restauração do homem precisa de um tempo entre a primeira e a
segunda vinda de Yeshua, a da Terra precisa de um tempo que durará mil anos para reconhecer
totalmente. O milênio é o tempo da restauração de todas as coisas (At 3:21).
A Restauração do Mundo
No governo de Cristo, o povo de Deus desfrutará de perfeita liberdade e paz, cumprindo
assim literalmente a profecia de Isaías 9:1-7. Essa realidade há de se manifestar perante todo o mundo,
que estará experimentando os efeitos de um mundo sem pecado. O reinado de Cristo terá como fruto
um planeta cheio da glória de Deus (11:1-10). Teremos todas as esferas da sociedade sendo
diretamente abençoadas pelo governo de Jesus.
O milênio é a dimensão mais ampla do Dia do Senhor, pois é o dia de descanso, o shabbat
de Deus ou “sétimo dia” da terra, tempo em que entraremos no descanso do Senhor. Este descanso é
um dia que nos transiciona para a eternidade e constitui simbolicamente o primeiro dia do reino
vindouro. Enquanto o período da Grande Tribulação mostra uma dimensão dramática do Dia do
Senhor, o milênio é um dia de mil anos (2 Pe 3:8) que mostra o poder restaurador de Deus e sua ação
criativa, como se o Senhor começasse uma nova semana criativa igual o capítulo 1 e 2 de Gênesis.
Nós estaremos com ele em uma união efetiva, essa ação do homem ligada ao trabalho de
Deus é o que chamamos de comunhão construtiva. Sendo assim, precisamos relembrar o esquema
abaixo.
Tudo isso parece muito diferente do que estamos acostumados a ouvir sobre o estudo
das coisas do fim. Durante muito tempo abraçamos uma visão platonista sobre o assunto e achamos
que um dia iriamos para uma "outra dimensão"; lá, tudo estaria pronto e perfeito. Só que, a partir da
retomada do entendimento de que o futuro do homem repousa na Terra, estamos sendo desafiados
a repensar nossos próximos dias. Nisso, temos descoberto que a volta de Jesus envolverá todos os
processos sobrenaturais advindos da própria divindade dele. Entretanto, esse retorno e o
estabelecimento de seu governo mundial, a partir de Sião, envolverão também os processos naturais
que estamos acostumados. Provavelmente Jesus usará alguns métodos humanos, reivindicará o uso
de nossas profissões e terá tudo o que os governos de nossos dias têm, só que tudo isso se relacionará
com a dimensão sobrenatural da sua pessoa. Sobre isso, nós temos pouca informação, segundo aquilo
que escrituras podem nos dar.
O Senhor é o todo poderoso e poderia restaurar e mudar tudo em uma palavra só, mas
todo esse processo que envolverá mil anos demonstra que Jesus, por algum motivo que não sabemos
exatamente, decidiu fazer a mudança envolvendo a igreja e os processos naturais humanos, a fim de
apresentar um mundo perfeito para o Pai. Isso reforça que Jesus deseja construir um mundo pleno
através pessoas verdadeiramente humanas. Curiosamente, o progresso esperado pelo homem
moderno virá não pela humanidade caída, mas pelo Adão idealizado, Jesus Cristo.

VII – BENDITO O QUE VEM


(Por Asher Intrater)
Yeshua é o Rei dos judeus e o Rei dos reis. Ele é o filho de Davi e o filho de Deus. Ele é o
Rei de Israel e o Cabeça da igreja. Portanto, a entrada triunfal final deve ter uma dimensão
internacional e uma dimensão israelita.
Do mesmo modo, a promessa da vinda de Yeshua deve ter um pré-requisito internacional,
assim como um que seja para Israel. O pré-requisito israelita está em Mateus 23; e o internacional é
encontrado em Mateus 24:
“E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as
nações, e então virá o fim” – Mateus 24.14.
Portanto, existem dois temas principais do reino de Deus que preparam o caminho para
a Segunda Vinda: primeiro, o evangelho a todas as nações; depois a restauração de Israel (fisicamente
e espiritualmente).
Esses dois temas do reino são encontrados em toda a Bíblia em centenas de passagens.
Eles são resumidos de maneira tão simples e sucinta por Yeshua em Mateus 24 e 23. Eles podem ser
considerados os dois pré-requisitos gerais para a Segunda Vinda de Yeshua.
Quando Yeshua retornar, Ele estabelecerá seu reino messiânico milenar na Terra. Sua
capital será Jerusalém; haverá paz e prosperidade entre todas as nações; o diabo será amarrado e
preso por mil anos (Isaías 2, Apocalipse 20, etc.).
Embora a vinda do reino de Yeshua seja uma notícia maravilhosamente boa para a raça
humana, é uma notícia horrivelmente ruim para os demônios. Portanto, os dois “pré-requisitos” para
a Segunda Vinda se tornam os dois alvos da guerra espiritual. As forças do mal sabem que serão
destruídas na vinda de Yeshua, portanto, elas querem impedir esses dois pré-requisitos.
Satanás luta contra essas duas coisas: o evangelho do reino para as nações e a restauração
do reino para Israel. Todos nós na Eclésia internacional e no remanescente messiânico de Israel
servimos diligentemente para cumprir esses dois pré-requisitos. Portanto, também nos tornamos
alvos de ataques demoníacos.
A frase “Baruch Haba” é usada em três ocasiões na cultura hebraica. A primeira é dizer
“bem-vindo” a quem entra em sua casa. A segunda é dar as boas-vindas ao noivo na cerimônia de
casamento para receber sua noiva. A terceira, é acolher o rei de Israel em sua capital, Jerusalém, no
momento de sua posse.
Então, vamos nos juntar para dizer “Baruch Haba” e “Maranata” para Yeshua - tanto em
Israel quanto nas nações. Yeshua, damos-lhe as boas-vindas para sua volta ao planeta Terra. Damos
boas-vindas à sua volta para receber sua noiva purificada e gloriosa. Damos boas-vindas à sua volta
para governar e reinar como Rei em seu reino. Bendito o que vem, Yeshua, Rei, Messias.

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