Apostila - Curso Regular Extensivo 2020 v. 2

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P I

CURSO CACD | POLÍTICA INTERNACIONAL

2020

CURSO REGULAR EXTENSIVO 2020

APOSTILA
DO CURSO
CURSO CACD
http://www.cursoCACD.com

Versão 2 – fevereiro/2020 1
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................3
PROGRAMA .....................................................................................................................................4
LEITURAS INDICADAS.....................................................................................................................5
AULA 01 – TEORIAS DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS ................................................................8
AULA 02 – HISTÓRIA DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA.........................................................11
AULA 03 – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS E SEGURANÇA INTERNACIONAL ............14
AULA 04 – MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .........................................32

AULA 05 – DIREITOS HUMANOS ..................................................................................................35


AULA 06 – COOPERAÇÃO SUL-SUL E COALIZÕES INTERNACIONAIS ......................................38
AULA 07 – SISTEMA FINANCEIRO INTERNACIONAL ..................................................................40
AULA 08 – COMÉRCIO INTERNACIONAL ....................................................................................42
AULA 09 – BLOCOS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO EUROPEIA E INTEGRAÇÃO LATINO-
AMERICANA ..................................................................................................................................47
AULA 10 – ESTADOS UNIDOS: POLÍTICA EXTERNA E RELAÇÕES COM O BRASIL...................52
AULA 11 – ARGENTINA: POLÍTICA EXTERNA E RELAÇÕES COM O BRASIL .............................54
AULA 12 – ÁSIA, CHINA, ÍNDIA E JAPÃO: POLÍTICAS EXTERNAS E RELAÇÕES COM O BRASIL
.......................................................................................................................................................57
AULA 13 – UNIÃO EUROPEIA E RÚSSIA: POLÍTICAS EXTERNAS E RELAÇÕES COM O BRASIL
.......................................................................................................................................................61
AULA 14 – O CONTINENTE AMERICANO E O BRASIL................................................................64
AULA 15 – O ORIENTE MÉDIO E O BRASIL .................................................................................67
AULA 16 – A ÁFRICA E O BRASIL .................................................................................................69
AULA 17 – NOVOS TEMAS E AGENDAS DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA..........................71

2
INTRODUÇÃO
A cobrança de Política Internacional (PI) no CACD ocorre em duas provas: Ano Corte*
uma objetiva e outra discursiva. A prova objetiva do concurso (comumente 2019 69%
chamada de TPS, em alusão a seu antigo nome, Teste de Pré-Seleção) 2018 57%
compõe a primeira fase do certame. A partir do concurso de 2014, o número 2017 60%
de questões de Política Internacional na primeira fase foi de 12 questões, de 2016 61%
um total de 731. A partir do edital de 2014, passou-se a prever apenas 2015 64%
questões de Certo ou Errado no TPS (até 2013, também havia questões de 2014 64%
múltipla escolha). 2013 76%
A cobrança de PI na modalidade discursiva ocorre na segunda fase2 do 2012 68%
concurso, a qual também compreende provas de Direito e Direito 2011 63%
Internacional Público, Economia, Geografia, História do Brasil, Língua 2010 66%
Espanhola, Língua Francesa, Língua Inglesa e Língua Portuguesa. A prova 2009 68%
discursiva de PI compreendeu, de 2008 a 2013, quatro questões. De 2014 a 2008 69%
2016, os editais do concurso previram uma única prova discursiva para 2007 76%
Geografia e Política Internacional, com duas questões de Geografia e duas 2006 69%
questões de PI. A partir de 2017, o edital voltou a estabelecer uma prova *Notas de corte da
inteira para PI, com quatro questões: duas de 90 linhas, valendo 30 pontos ampla concorrência na
primeira fase
cada, e duas de 60 linhas, valendo 20 pontos cada.

Na página do curso (http://www.cursocacd.com), você encontrará diversas ferramentas que


poderão ajudar em seus estudos: edital, guias de estudos e provas anteriores; materiais e links
úteis à preparação para o CACD. Acesse a página e cadastre-se (atenção: o cadastro na “Página
do Aluno” é distinto do cadastro na plataforma de aulas do curso):

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Materiais do Curso Regular Extensivo 2020

Além desta Apostila, baixe também, na plataforma de aulas (http://cursocacd.eadbox.com), o


Caderno de Exercícios, a compilação de conteúdo da Página do Itamaraty e os planejadores de
estudos.

1
Desde 2014, a prova objetiva é composta por 73 questões. O edital de 2019 previu a seguinte divisão (igual à dos
anos anteriores): 12 questões de Política Internacional, 11 questões de História Mundial, 11 questões de História do
Brasil, 10 questões de Língua Portuguesa, 9 questões de Língua Inglesa, 8 questões de Economia, 6 questões de
Direito e Direito Internacional Público e 6 questões de Geografia. A prova objetiva é dividida em duas etapas, uma
aplicada pela manhã e outra pela tarde. Nos editais anteriores, não houve informação prévia a respeito de quais
matérias seriam cobradas em qual período – nos últimos concursos, entretanto, manteve-se o padrão de cobrança de
Língua Portuguesa, Política Internacional, Geografia e Direito e Direito Internacional Público na prova da manhã e as
demais à tarde.
2
Até 2018, o CACD teve três fases. No CACD de 2019, todas as provas discursivas foram agregadas na segunda fase,
sem mudanças na estrutura ou no formato de cada prova.
3
PROGRAMA
Segue o conteúdo programático indicado para a prova de PI no CACD de 2019. Entre parênteses,
faz-se referência à(s) aula(s) do curso em que se tratará o assunto indicado.
1. Relações internacionais: conceitos básicos, 13.2. Desenvolvimento e desenvolvimento
atores, processos, instituições e principais sustentável. (aula 4)
paradigmas teóricos. (aula 1) 13.3. Pobreza e ações de combate à fome.
2. A política externa brasileira: evolução desde (aula 4)
1945, principais vertentes e linhas de ação. (aula 13.4. Meio ambiente. (aula 4)
2) 13.5. Mar, espaço e Antártida. (aula 4)
3. O Brasil e a América do Sul. (aulas 9 e 14) 13.6. Direitos humanos, liberdade religiosa e
3.1. Integração na América do Sul. (aula 9) políticas de identidade. (aula 5)
3.2. O Mercosul: origens do processo de 13.7. Migrações internacionais, migrantes,
integração no Cone Sul. (aula 9) refugiados e apátridas. (aula 5)
3.3. Objetivos, características e estágio atual 13.8. Comércio internacional e Organização
de integração. (aula 9) Mundial do Comércio (OMC). (aula 8)
3.4. As iniciativas de integração física, 13.9. Sistema financeiro internacional. (aula 7)
energética, política, econômica e de defesa 13.10. Desarmamento e não proliferação.
na América do Sul. (aula 9) (aula 3)
4. Argentina: política externa e relações com o 13.11. Crimes de guerra e crimes contra a
Brasil. (aula 11) humanidade: genocídio, holocausto e o
5 Relações do Brasil com os demais países do Tribunal Penal Internacional. (aula 3)
hemisfério. (aula 14) 13.12. Terrorismo. (aula 3)
6. Estados Unidos da América: política externa e 13.13. Narcotráfico, crime transnacional e
relações com o Brasil. (aula 10) crimes cibernéticos de alcance global. (aula 3)
7. União Europeia: origens, evolução histórica, 13.14. Reforma das Nações Unidas. (aula 3)
estrutura e funcionamento, situação atual, política 13.15. Operações de paz das Nações Unidas.
externa e relações com o Brasil. (aulas 9 e 13) (aula 3)
8. Rússia: política externa e relações com o Brasil. 14. O Brasil e o sistema interamericano. (aula 14)
(aula 13) 14.1. A Organização dos Estados
9. O Brasil e a África. (aula 16) Americanos. (aula 14)
10. O Brasil e a Ásia. (aula 12) 15. O Brasil e a formação dos blocos econômicos,
10.1 China, Índia e Japão: políticas externas a negociação de acordos comerciais e a
e relações com o Brasil. (aula 12) promoção comercial. (aulas 9 e 17)
11. O Brasil e o Oriente Médio. (aula 15) 16. A dimensão da segurança na política exterior
11.1. A questão israelo-palestina. (aula 15) do Brasil. (aula 3)
11.2. Síria, Iraque, Irã e outras situações 17. O Brasil e as coalizões internacionais: o G-20,
nacionais relevantes. (aula 15) o IBAS e o BRICS. (aulas 6 e 7)
12. A Comunidade dos Países de Língua 18. O Brasil e a cooperação sul-sul. (aula 6)
Portuguesa. (aula 16) 19. Criptomoedas, blockchain e os impactos na
13. O Brasil e a agenda internacional: economia mundial. (aula 7)
13.1. O multilateralismo de dimensão
universal: a ONU; as conferências
internacionais; os órgãos multilaterais. (aula 3)

4
LEITURAS INDICADAS
Para cada aula, esta Apostila apresenta uma sugestão de leituras. As leituras básicas fazem parte
da série “Cadernos Globais”, com conteúdos objetivos e resumidos preparados exclusivamente
para este curso e atualizados de acordo com as prioridades da política externa brasileira atual e os
acontecimentos recentes. Os Cadernos Globais serão publicados na plataforma de aulas
juntamente com a aula correspondente. Sugestões de leituras introdutórias ou complementares
encontram-se ao final de cada Caderno Global e poderão servir como ponto de apoio para
aprofundamento nessas matérias. Em algumas aulas, também há sugestão de leitura dos
conteúdos da página do Itamaraty compilados e disponibilizados na plataforma de aulas para
download em arquivo único, dividido por aula.
Além dos textos indicados, sugere-se, ainda, que se acompanhem as notas, os discursos e os
artigos publicados na página do Itamaraty (http://www.itamaraty.gov.br/) e nas redes sociais do
MRE e do ministro das Relações Exteriores e os noticiários nacionais e internacionais referentes a
temas de PI.

Além das leituras específicas para as aulas, alguns livros e materiais de conteúdo geral poderão
ajudar em sua preparação. Alguns deles estão listados abaixo para referência – o que não significa
que sua leitura seja indispensável e/ou suficiente. Caso sinta necessidade de recomendações
complementares de leitura sobre pontos específicos da matéria de PI, entre em contato por e-mail
([email protected]).

Desde o CACD de 2011, não há indicação de bibliografia obrigatória para o concurso. Para os
estudos de PI, a leitura da bibliografia oficial indicada nos concursos anteriores a 2011 não é
recomendada (além de muito extensa e pouco objetiva, essa bibliografia está bastante
desatualizada).
Assim como em qualquer outra matéria para o CACD, é fundamental que os estudos de PI estejam
centrados nos conteúdos exigidos no edital do concurso mais recente – e, dentro desses
conteúdos, com foco maior nos temas que têm sido objeto de cobrança mais recorrente nos
últimos concursos. Em nosso curso, procuraremos sistematizar e otimizar os estudos de PI, com
atenção às exigências do edital e das provas recentes, mas também atentos às atualidades
internacionais e às novas prioridades da política externa brasileira.
A leitura dos textos indicados nesta Apostila constitui base fundamental a respeito das matérias
exigidas no edital de PI, mas não cobre todos os tópicos de cobrança possível nas provas do
CACD. Diferentemente do que ocorre nas demais matérias exigidas no concurso, a prova de PI
tem sido caracterizada, nos últimos anos, por grande exigência relativa a temas de atualidades, e
é impossível que as leituras selecionadas em um curso de PI abarquem todos esses pontos
passíveis de cobrança. Para cobri-los adequadamente, portanto, são essenciais a leitura e a
atualização com notícias sobre os mais variados temas de PI. Além disso, pela inexistência de uma
bibliografia oficial para o CACD, é possível que as provas cobrem aspectos históricos ou
conceituais específicos não contemplados nos materiais e nas aulas do curso. Por essa razão,
sugere-se tomar as leituras e as videoaulas como ponto de partida, procurando aprofundar o
conteúdo com outras fontes e ferramentas de estudos.

5
História mundial/Política internacional geral

A preparação sobre a evolução histórica e recente dos principais temas de PI constitui base
fundamental não só para a realização das provas do CACD, mas também para o desempenho
profissional de qualquer diplomata. Algumas sugestões introdutórias podem incluir:

- O Mundo Contemporâneo, de Demétrio Magnoli. Obra de caráter introdutório, mas com bom
conteúdo, sobretudo para quem está iniciando os estudos. Leitura recomendada a partir do
capítulo 3.

- História das Relações Internacionais Contemporâneas, de Sombra Saraiva. Útil para o panorama
histórico básico que acompanhará todo o curso, além de figurar como possível bibliografia
sugerida para os estudos introdutórios de História Mundial.
- Política Internacional Contemporânea: mundo em transformação, de Lessa e Altemani. Tem
caráter introdutório e didático. Poderá ser útil para quem estiver na fase introdutória dos estudos
de PI.

O Manual de Política Internacional da FUNAG tem caráter bastante introdutório e é bastante


superficial, não cobrindo todos os pontos do edital. Por isso, sua leitura não é recomendada. O
livro Política Internacional (2 volumes), da Coleção Diplomata/Editora Saraiva, deixa de lado certos
tópicos do edital, está desatualizado e tem erros e imprecisões, razão pela qual sua leitura não é
indicada.

Outras obras de conteúdo histórico geral poderão ser incluídas nos estudos de História Mundial.

História da política externa brasileira (HPEB)

Há várias obras de HPEB recomendadas aos estudos de PI. Algumas delas são:

- “Política externa brasileira: padrões e descontinuidades no período republicano” (Gelson


Fonseca Jr.) e “O Brasil e o mundo: a política externa e suas fases”. Artigos curtos e introdutórios,
sugeridos para quem está iniciando os estudos de PI/HPEB.
- História da Política Exterior do Brasil, de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno. Recomendação
clássica para HPEB.

- História das Relações Internacionais do Brasil, de Francisco Doratioto e Carlos Eduardo Vidigal.
Obra resumida, de caráter introdutório.

- A diplomacia na construção do Brasil (1750-2016), de Rubens Ricupero. Lançado em 2017, o livro


cobre amplo período da história nacional.

- Manual do Candidato de História do Brasil, de João Daniel Lima de Almeida. Está disponível para
download gratuito na página do curso. Acesse www.cursocacd.com >> Página do Aluno >>
Material de Apoio >> Publicações e sites úteis.

6
Relações bilaterais e política externa brasileira atual

No página do curso (www.cursocacd.com), estão disponíveis para download arquivos enviados


pelo Itamaraty ao Senado Federal por ocasião das sabatinas de embaixadores, com informações
relativamente atualizadas sobre relações bilaterais, política externa de outros países e atuação do
Brasil em organizações internacionais. Acesse www.cursocacd.com >> Página do Aluno >>
Material de Apoio >> Política externa brasileira >> Maços ostensivos do Itamaraty.
Na página do Itamaraty (www.itamaraty.gov.br), há conteúdos a respeito do posicionamento
brasileiro em relação a diferentes matérias de política internacional e também sobre as relações
bilaterais com outros países. Sugere-se seu acompanhamento rotineiro.

Indica-se, ainda, o acompanhamento atento de discursos, artigos e entrevistas do ministro das


Relações Exteriores e de outras autoridades governamentais sobre matérias de política externa.

Exercícios

- Caderno de Exercícios do Curso de Política Internacional. Disponível para download na


plataforma de aulas (http://cursocacd.eadbox.com).

- Como Passar nos Concursos da Diplomacia e Chancelaria, de Garcia e Flumian (3ª edição, 2018).
Compilação de exercícios de CACDs anteriores com respostas comentadas. Bom recurso para
estudos de todas as disciplinas da primeira fase. As explicações de alguns itens de PI contêm
imprecisões, o que faz necessário conferir as informações (ainda assim, pode ser boa fonte de
estudos).

- Guias de Estudos das respostas discursivas (segunda e terceira fases do CACD). Até 2013, o
Instituto Rio Branco publicava Guias de Estudos com as melhores respostas discursivas dos
aprovados no CACD anterior. A partir de 2013, os candidatos aprovados no CACD passaram a
editar Guias de Estudos com as melhores e as piores respostas dos aprovados. Todos esses Guias
de Estudos estão disponíveis na página do curso e podem ser úteis para a preparação para as
provas discursivas do CACD. Acesse www.cursocacd.com >> Página do Aluno >> Edital e provas
>> Guias de Estudos.

Dados de comércio exterior

- “Comex Vis”: É a fonte oficial mais atualizada e sistematizada sobre dados de comércio exterior
brasileiro, divididos por parceiro, região, bloco econômico, produtos, tipos de bens, etc.:
http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis

- “The Observatory of Economic Complexity”: Dados econômico-comerciais de todos os países


(clicar em “Countries” e procurar o país desejado): https://atlas.media.mit.edu/en/

7
AULA 01 – TEORIAS DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #1: Teorias de Relações Internacionais.

MATERIAL DE AULA

As três correntes clássicas: Realismo, Liberalismo e Marxismo


Realismo Liberalismo Marxismo
O Estado é um dos
atores mais importantes
Organizações
Classes sociais
internacionais
Atores O Estado Estados
Empresas multinacionais
Empresas multinacionais
Neoliberalismo: o
Estado é o ator mais
importante
Clássico: o poder Acumulação (burguesia)
Interesse Variável, dependendo
Neorrealismo: Revolução / luta anti-
dominante do ator e das
sobrevivência ou imperialista (proletariado/
dos atores circunstâncias
dominação Estados periféricos)
Realismo: Estado e/
Nível de ou sistema Sociedade doméstica/
Sistêmico
análise Neorrealismo: sociedade internacional
sistema
Dinâmica Conflito Cooperação e conflito Exploração
Lógica de Desenvolvimento desigual /
produção do Balança de poder Institucionalização crises cíclicas /
ordenamento imperialismo
Temas mais Estratégias de acumulação
Guerra Economia
importantes do capitalismo

Fonte: NOGUEIRA, João Pontes. MESSARI, Nizar. Teoria das relações internacionais: correntes e debates. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.

8
As correntes pós-positivistas

Teoria Crítica Construtivismo Pós-Modernismo

Lógica de produção do Situada histórica


Intersubjetividade Poder/ verdade
conhecimento e socialmente

Ordens
Anarquia/ Práticas
Objeto de análise mundiais/
domínio discursivas
hegemonia

Dominação/ Dominação/
Dinâmica “Coconstrução”
exclusão exclusão

Materialismo / Idealismo (para


Dialética Idealismo
Idealismo Wendt)

Complexo Agente
Espaço arbitrário
Visão do Estado Estado/ corporativo
de exclusão
sociedade (Wendt)

Fundacionismo/
Universal Universal Particular
Racionalidade

Fonte: NOGUEIRA e MESSARI, 2005.

Elementos do debate positivismo versus pós-positivismo

Positivistas Pós-Positivistas

Unidade do método científico Sim Não

Saber como ciência Sim Não

Teoria normativa Não Sim

Sujeito/Objeto Separados/dados Coconstituídos

Identidades Exógenas Endógenas

Soberania Dada Construída

Fonte: NOGUEIRA e MESSARI, 2005.

9
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópico do edital Leituras

1. Relações internacionais: conceitos básicos,


atores, processos, instituições e principais
paradigmas teóricos.

Relevância do tema / cobrança nos últimos concursos

Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo

Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

10
AULA 02 – HISTÓRIA DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #2: História da Política Externa Brasileira.

MATERIAL DE AULA

Um dos objetivos principais da aula 2 está relacionado à introdução de conceitos tradicionais de


política externa brasileira. Acostume-se a fazer referência a eles e, em seus estudos, procure
relacioná-los a exemplos concretos de política externa.

Orientações tradicionais da
política externa brasileira CF/1988
Art. 4º A República Federativa do Brasil
Autodeterminação
rege-se nas suas relações internacionais
pelos seguintes princípios:
Autonomia
I - independência nacional;
Cooperação II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
Cordialidade com os vizinhos IV – não intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
Desenvolvimento como vetor VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
Independência VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o
Integração regional progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Juridicismo
Parágrafo único. A República Federativa
Multilateralismo normativo do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da
Não intervenção
América Latina, visando à formação de
Pacifismo

Pragmatismo

Universalismo

11
Presidentes e chanceleres do Brasil República
Deodoro da Floriano Prudente de Rodrigues
Campos Sales Afonso Pena Nilo Peçanha
Fonseca Peixoto Morais Alves
1889-1891 1891-1894 1894-1898 1898-1902 1902-1906 1906-1909 1909-1910
Quintino
Barão do Rio Barão do Rio Barão do Rio
Bocaiuva
- - - Branco Branco Branco
(jan 1891)
(dez 1902)
-
Hermes da Wenceslau Epitácio Artur Washington
Delfim Moreira Getúlio Vargas
Fonseca Braz Pessoa Bernardes Luís
1910-1914 1914-1918 1918-1919 1919-1922 1922-1926 1926-1930 1930-1945
Afrânio de
Melo Franco
Barão do Rio
(1930-1933)
Branco Lauro Müller
-
(fev 1912) (maio 1917) Domício da Azevedo Otávio
Félix Pacheco -
Gama Marques Mangabeira
-
Lauro Müller Nilo Peçanha
Osvaldo
(fev 1912)
Aranha
(1938-1944)
Gaspar Dutra Getúlio Vargas Café Filho JK Jânio Quadros João Goulart Castelo Branco
1946-1951 1951-1954 ago54-nov55 1956-1961 jan-ago 1961 1961-1964 1964-1967
San Tiago
Macedo Soares Dantas
Vasco Leitão da
(jul 1958) (set 61-jul62)
Cunha
João Neves da João Neves da
(1964-1966)
Fontoura Fontoura Francisco Afonso Arinos
(jan-jul 1946) (1951-1953) Negrão de Afonso Arinos (jul-set 1962)
Raul Fernandes Juracy
- Lima de Melo Franco
Monteiro
Raul Fernandes Vicente Rao (1958-1959) -
Magalhães
(dez46 jan51) (1953-1954) -
(1966-1967)
Horácio Lafer
(1959-1961) Araújo Castro
(ago63-mar64)

Costa e Silva Médici Geisel Figueiredo Sarney Collor Itamar


1967-1969 1969-1974 1974-1979 1979-1985 1985-1990 1990-1992 1992-1995
Francisco
Olavo Setúbal FHC
Rezek
José de (1985-1986) (1992-1993)
Mário Gibson Azeredo da Saraiva (1990-1992)
Magalhães
Barboza Silveira Guerreiro
Pinto Roberto Sodré Celso Amorim
Celso Lafer
(1986-1990) (1993-1995)
(abr-out1992)

FHC Lula Dilma Temer Bolsonaro


1995-2002 2003-2010 2011-2016 2016-2018 2019-2022
Antonio
Patriota
Luiz
(2011-2013)
Felipe José Serra
Lampreia (2016-2017) Ernesto Araújo
Luiz Alberto
(1995-2001) Celso Amorim (desde
Figueiredo “-“ significa nome omitido, por
Aloysio Nunes jan 2019)
(2013-2014) não ser essencial; ministros
Celso Lafer (2017-2018)
interinos não foram incluídos
(2001-2003)
Mauro Vieira
(2015-2016)

12
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópico do edital Leituras


2. A política externa brasileira: evolução desde
1945, principais vertentes e linhas de ação.

Relevância do tema / cobrança nos últimos concursos

Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo


Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

13
AULA 03 – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS E SEGURANÇA
INTERNACIONAL

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #3: Organização das Nações Unidas e segurança internacional.
TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 3.

MATERIAL DE AULA

PACTO DA LIGA DAS NAÇÕES (1919) O Conselho tomará conhecimento de toda questão que
(artigos e trechos selecionados) entrar na esfera de atividade da Sociedade ou que afetar
a paz do mundo.
Art.2º. A ação da Sociedade, tal qual está definida no
Cada Membro da Sociedade representado no Conselho
presente Pacto, será exercida por uma Assembleia e um
só disporá dum voto e só terá um Representante.
Conselho, auxiliados por uma Secretaria permanente.
Art.5º. Salvo disposição contrária do presente Pacto ou
Art.3º. A Assembleia compor-se-á de Representantes dos
das cláusulas do presente Tratado, as decisões da
Membros da Sociedade. Reunir-se-á em épocas fixas e
Assembleia e do Conselho serão tomadas pela
em qualquer outra ocasião, se as circunstâncias exigirem,
unanimidade dos Membros da Sociedade representados
na sede da Sociedade ou em qualquer outro lugar que
na reunião.
for designado.
Todas as questões do processo que se aventarem nas
A Assembleia tomará conhecimento de toda questão que
reuniões da Assembleia ou do Conselho, incluída a
entre na esfera de atividade da Sociedade ou que afete
designação das Comissões encarregadas de inquéritos
a paz do mundo.
sobre pontos particulares, serão reguladas pela
Cada Membro da Sociedade não poderá ter mais de três Assembleia ou pelo Conselho e decididas pela maioria
Representantes na Assembleia e só disporá de um voto. dos membros da Sociedade representados na reunião.
Art.4º. O Conselho compor-se-á de Representantes das A primeira reunião da Assembleia e a primeira reunião do
Principais Potências aliadas e associadas, assim como de Conselho serão convocadas pelo Presidente dos Estados
Representantes de quatro outros Membros da Unidos da América.
Sociedade. Esses quatro Membros da Sociedade serão
Art.8º. Os Membros da Sociedade reconhecem que a
designados livremente pela Assembleia e nas épocas que
manutenção da paz exige a redução dos armamentos
lhe agradar escolher. Até a primeira designação pela
nacionais ao mínimo compatível com a segurança
Assembleia, os Representantes da Bélgica, do Brasil, da
nacional e com a execução das obrigações internacionais
Espanha e da Grécia serão Membros do Conselho.
impostas por uma ação comum.
Com aprovação da maioria da Assembleia, o Conselho
O Conselho, tendo em conta a situação geográfica e as
poderá designar outros Membros da Sociedade, cuja
condições especiais de cada Estado, preparará os planos
representação será de então por diante permanente no
dessa redução, sujeitos a exame e decisão dos diversos
próprio Conselho. Poderá, com a mesma aprovação,
Governos.
aumentar o número dos Membros da Sociedade que
serão escolhidos pela Assembleia para serem Art.10. Os Membros da Sociedade comprometem-se a
representados no Conselho. respeitar e manter contra toda agressão externa a
integridade territorial e a independência política
O Conselho reunir-se-á quando for necessário e ao
presente de todos os Membros da Sociedade. Em caso
menos uma vez por ano na sede da Sociedade ou no
de agressão, ameaça ou perigo de agressão, o Conselho
lugar que for designado.
resolverá os meios de assegurar a execução desta
obrigação.

14
Art.11. Fica expressamente declarado que toda guerra artigo 13, os Membros da Sociedade convirão em
ou ameaça de guerra, quer afete diretamente ou não um submetê-lo ao Conselho. Para isto basta que um deles
dos Membros da Sociedade, interessará à Sociedade avise do litígio o Secretário Geral, que tomará todas às
inteira e esta deverá tomar as medidas apropriadas para disposições para um inquérito e um exame completos.
salvaguardar eficazmente a paz das Nações. Em
O Conselho poderá, em todos os casos previstos no
semelhante caso, o Secretário Geral convocará
presente artigo, levar o litígio perante a Assembleia. A
imediatamente o Conselho a pedido de qualquer
Assembleia deverá também tomar conhecimento do
Membro da Sociedade.
litígio a requerimento de uma das Partes; esse
Além disso, fica declarado que todo Membro da requerimento deverá ser apresentado no prazo de
Sociedade tem o direito de, a título amigável, chamar a quatorze dias a contar o momento em que a divergência
atenção da Assembleia ou do Conselho sobre qualquer foi levada ao conhecimento do Conselho.
circunstância de natureza a afetar as relações
Art.16. Se um Membro da Sociedade recorrer à guerra,
internacionais e que ameace, consequentemente,
contrariamente aos compromissos tomados nos artigos
perturbar a paz ou o bom acordo entre as Nações, do
12,13 ou 15, será "ipso facto" considerado como tendo
qual depende a paz.
cometido um ato de beligerância contra todos os outros
Art.12. Todos os Membros da Sociedade convêm que, se Membros da Sociedade. Estes comprometer-se-ão a
entre eles houver um litígio que possa trazer romper imediatamente com ele todas as relações
rompimento, o submeterão ao processo de arbitragem comerciais ou financeiras, a interdizer todas as relações
ou ao exame do Conselho. Convêm mais que, em entre seus nacionais e os do Estado que rompeu o Pacto,
nenhum caso, deverão recorrer à guerra antes de expirar e a fazer cessar todas as comunicações financeiras,
o prazo de três meses depois da sentença dos árbitros ou comerciais ou pessoais entre os nacionais desse Estado e
do parecer do Conselho. os de qualquer outro Estado, Membro ou não da
Sociedade.
Art. 13. Os membros da Sociedade acordam que, se
houver entre eles um litígio suscetível, na sua opinião, de Neste caso, o Conselho terá o dever de recomendar aos
uma solução arbitral e se esse litígio não puder ser diversos Governos interessados os efetivos militares ou
resolvido, de modo satisfatório, por via diplomática, será navais pelos quais os Membros da Sociedade
submetido integralmente à arbitragem. contribuirão, respectivamente, para as forças armadas
destinadas a fazer respeitar os compromissos da
Entre os geralmente suscetíveis de solução arbitral,
Sociedade.
declaram-se os litígios relativos à interpretação de um
Tratado, a qualquer ponto de direito internacional, à Os Membros da Sociedade convêm, além disso, em
realidade de qualquer fato que, se fosse determinado, prestarem uns aos outros auxílio mútuo na aplicação de
constituiria rompimento de um compromisso medidas econômicas e financeiras a tomar em virtude do
internacional, ou a extensão ou natureza da reparação presente artigo, afim de reduzir ao mínimo as perdas e
devida pelo mesmo rompimento. inconvenientes que dele possam resultar. Prestar-se-ão
igualmente apoio mútuo para resistir a toda medida
Os Membros da Sociedade comprometem-se a executar
especial dirigida contra um deles pelo Estado que
de boa fé as sentenças proferidas e a não recorrer à
romper o Pacto. Tomarão às disposições necessárias para
guerra contra todo Membro da Sociedade que com elas
facilitar a passagem através do seu território das forças
se conformar. Na falta de execução da sentença, o
de qualquer Membro da Sociedade que participe duma
Conselho proporá as medidas que devam assegurar seus
ação comum para fazer respeitar os compromissos da
efeitos.
Sociedade.
Art. 14. O Conselho será encarregado de preparar um
Poderá ser excluído da Sociedade todo membro que se
projeto de Tribunal permanente de justiça internacional
tiver tornado culpado de violação de um dos
e de submetê-lo aos Membros da Sociedade. Esse
compromissos resultantes do Pacto. A exclusão será
Tribunal tomará conhecimento de todos os litígios de
pronunciada pelo voto de todos os outros membros da
caráter internacional que as Partes lhe submetam. Dará
Sociedade representados no Conselho.
também pareceres consultivos sobre toda pendência ou
todo ponto que lhe submeta o Conselho ou a Art.22. Os princípios seguintes aplicam-se às colônias e
Assembleia. territórios que, em consequência da guerra, cessaram de
estar sob a soberania dos Estados que precedentemente
Art.15. Se entre os Membros da Sociedade houver um
os governavam e são habitados por povos ainda
litígio capaz de produzir um rompimento e se essa
incapazes de se dirigirem por si próprios nas condições
divergência não for submetida à arbitragem prevista pelo
15
particularmente difíceis do mundo moderno. O bem- nossos respectivos Governos, por intermédio de
estar e o desenvolvimento desses povos formam uma representantes reunidos na cidade de São Francisco,
missão sagrada de civilização, e convém incorporar no depois de exibirem seus plenos poderes, que foram
presente Pacto garantias para o cumprimento dessa achados em boa e devida forma, concordaram com a
missão. presente Carta das Nações Unidas e estabelecem, por
meio dela, uma organização internacional que será
O melhor método de realizar praticamente esse princípio
conhecida pelo nome de Nações Unidas.
é confiar a tutela desses povos às nações desenvolvidas
que, em razão de seus recursos, de sua experiência ou de CAPÍTULO I
sua posição geográfica, estão em situação de bem
PROPÓSITOS E PRINCÍPIOS
assumir essa responsabilidade e que consistam em
aceitá-la: elas exerceriam a tutela na qualidade de ARTIGO 1 - Os propósitos das Nações Unidas são:
mandatários e em nome da Sociedade. 1. Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse
Certas comunidades que outrora pertenciam ao Império fim: tomar, coletivamente, medidas efetivas para evitar
Otomano atingiram tal grau de desenvolvimento que sua ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra
existência como nações independentes pode ser qualquer ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos e
reconhecida provisoriamente, com a condição que os de conformidade com os princípios da justiça e do direito
conselhos e o auxílio de um mandatário guiem sua internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias
administração até o momento em que forem capazes de ou situações que possam levar a uma perturbação da paz;
se conduzirem sozinhas. Os desejos dessas comunidades 2. Desenvolver relações amistosas entre as nações,
devem ser tomados em primeiro lugar em consideração baseadas no respeito ao princípio de igualdade de
para escolha do mandatário. direitos e de autodeterminação dos povos, e tomar
outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz
universal;
CARTA DE SÃO FRANCISCO/CARTA DA
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (1945) 3. Conseguir uma cooperação internacional para resolver
os problemas internacionais de caráter econômico,
(artigos e trechos selecionados) social, cultural ou humanitário, e para promover e
estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades
PREÂMBULO
fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo,
NÓS, OS POVOS DAS NAÇÕES UNIDAS, RESOLVIDOS língua ou religião; e
a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra,
4. Ser um centro destinado a harmonizar a ação das
que por duas vezes, no espaço da nossa vida, trouxe
nações para a consecução desses objetivos comuns.
sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé
nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no ARTIGO 2 - A Organização e seus Membros, para a
valor do ser humano, na igualdade de direito dos homens realização dos propósitos mencionados no Artigo 1,
e das mulheres, assim como das nações grandes e agirão de acordo com os seguintes Princípios:
pequenas, e a estabelecer condições sob as quais a
1. A Organização é baseada no princípio da igualdade de
justiça e o respeito às obrigações decorrentes de
todos os seus Membros.
tratados e de outras fontes do direito internacional
possam ser mantidos, e a promover o progresso social e 2. Todos os Membros, a fim de assegurarem para todos
melhores condições de vida dentro de uma liberdade em geral os direitos e vantagens resultantes de sua
ampla. qualidade de Membros, deverão cumprir de boa fé as
obrigações por eles assumidas de acordo com a presente
E PARA TAIS FINS, praticar a tolerância e viver em paz,
Carta.
uns com os outros, como bons vizinhos, e unir as nossas
forças para manter a paz e a segurança internacionais, e 3. Todos os Membros deverão resolver suas
a garantir, pela aceitação de princípios e a instituição dos controvérsias internacionais por meios pacíficos, de
métodos, que a força armada não será usada a não ser modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a
no interesse comum, a empregar um mecanismo justiça internacionais.
internacional para promover o progresso econômico e 4. Todos os Membros deverão evitar em suas relações
social de todos os povos. internacionais a ameaça ou o uso da força contra a
RESOLVEMOS CONJUGAR NOSSOS ESFORÇOS PARA integridade territorial ou a dependência política de
A CONSECUÇÃO DESSES OBJETIVOS. Em vista disso, qualquer Estado, ou qualquer outra ação incompatível
com os Propósitos das Nações Unidas.
16
5. Todos os Membros darão às Nações toda assistência Conselho de Segurança, um Conselho Econômico e
em qualquer ação a que elas recorrerem de acordo com Social, um conselho de Tutela, uma Corte Internacional
a presente Carta e se absterão de dar auxílio a qual de Justiça e um Secretariado. 2. Serão estabelecidos, de
Estado contra o qual as Nações Unidas agirem de modo acordo com a presente Carta, os órgãos subsidiários
preventivo ou coercitivo. considerados de necessidade.
6. A Organização fará com que os Estados que não são ARTIGO 8 - As Nações Unidas não farão restrições
Membros das Nações Unidas ajam de acordo com esses quanto à elegibilidade de homens e mulheres destinados
Princípios em tudo quanto for necessário à manutenção a participar em qualquer caráter e em condições de
da paz e da segurança internacionais. igualdade em seus órgãos principais e subsidiários.
7. Nenhum dispositivo da presente Carta autorizará as CAPÍTULO IV
Nações Unidas a intervirem em assuntos que dependam
ASSEMBLEIA GERAL
essencialmente da jurisdição de qualquer Estado ou
obrigará os Membros a submeterem tais assuntos a uma COMPOSIÇÃO
solução, nos termos da presente Carta; este princípio, ARTIGO 9 - 1. A Assembleia Geral será constituída por
porém, não prejudicará a aplicação das medidas todos os Membros das Nações Unidas.
coercitivas constantes do Capitulo VII.
2. Cada Membro não deverá ter mais de cinco
CAPÍTULO II representantes na Assembleia Geral.
DOS MEMBROS FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES
ARTIGO 3 - Os Membros originais das Nações Unidas ARTIGO 10 - A Assembleia Geral poderá discutir
serão os Estados que, tendo participado da Conferência quaisquer questões ou assuntos que estiverem dentro
das Nações Unidas sobre a Organização Internacional, das finalidades da presente Carta ou que se relacionarem
realizada em São Francisco, ou, tendo assinado com as atribuições e funções de qualquer dos órgãos
previamente a Declaração das Nações Unidas, de 1 de nela previstos e, com exceção do estipulado no Artigo
janeiro de 1942, assinarem a presente Carta, e a 12, poderá fazer recomendações aos Membros das
ratificarem, de acordo com o Artigo 110. Nações Unidas ou ao Conselho de Segurança ou a este e
ARTIGO 4 - 1. A admissão como Membro das Nações àqueles, conjuntamente, com referência a qualquer
Unidas fica aberta a todos os Estados amantes da paz que daquelas questões ou assuntos.
aceitarem as obrigações contidas na presente Carta e ARTIGO 11 - 1. A Assembleia Geral poderá considerar os
que, a juízo da Organização, estiverem aptos e dispostos princípios gerais de cooperação na manutenção da paz e
a cumprir tais obrigações. 2. A admissão de qualquer da segurança internacionais, inclusive os princípios que
desses Estados como Membros das Nações Unidas será disponham sobre o desarmamento e a regulamentação
efetuada por decisão da Assembleia Geral, mediante dos armamentos, e poderá fazer recomendações
recomendação do Conselho de Segurança. relativas a tais princípios aos Membros ou ao Conselho
ARTIGO 5 - O Membro das Nações Unidas, contra o qual de Segurança, ou a este e àqueles conjuntamente.
for levada a efeito ação preventiva ou coercitiva por parte 2. A Assembleia Geral poderá discutir quaisquer
do Conselho de Segurança, poderá ser suspenso do questões relativas à manutenção da paz e da segurança
exercício dos direitos e privilégios de Membro pela internacionais, que a ela forem submetidas por qualquer
Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho Membro das Nações Unidas, ou pelo Conselho de
de Segurança. O exercício desses direitos e privilégios Segurança, ou por um Estado que não seja Membro das
poderá ser restabelecido pelo Conselho de Segurança. Nações unidas, de acordo com o Artigo 35, parágrafo 2,
ARTIGO 6 - O Membro das Nações Unidas que houver e, com exceção do que fica estipulado no Artigo 12,
violado persistentemente os Princípios contidos na poderá fazer recomendações relativas a quaisquer destas
presente Carta, poderá ser expulso da Organização pela questões ao Estado ou Estados interessados, ou ao
Assembleia Geral mediante recomendação do Conselho Conselho de Segurança ou a ambos. Qualquer destas
de Segurança. questões, para cuja solução for necessária uma ação, será
submetida ao Conselho de Segurança pela Assembleia
CAPÍTULO III
Geral, antes ou depois da discussão.
ÓRGÃOS
3. A Assembleia Geral poderá solicitar a atenção do
ARTIGO 7 - 1. Ficam estabelecidos como órgãos Conselho de Segurança para situações que possam
principais das Nações Unidas: uma Assembleia Geral, um constituir ameaça à paz e à segurança internacionais.

17
. As atribuições da Assembleia Geral enumeradas neste ARTIGO 16 - A Assembleia Geral desempenhará, com
Artigo não limitarão a finalidade geral do Artigo 10. relação ao sistema internacional de tutela, as funções a
ela atribuídas nos Capítulos XII e XIII, inclusive a
ARTIGO 12 - 1. Enquanto o Conselho de Segurança
aprovação de acordos de tutela referentes às zonas não
estiver exercendo, em relação a qualquer controvérsia ou
designadas como estratégias.
situação, as funções que lhe são atribuídas na presente
Carta, a Assembleia Geral não fará nenhuma ARTIGO 17 - 1. A Assembleia Geral considerará e
recomendação a respeito dessa controvérsia ou situação, aprovará o orçamento da organização.
a menos que o Conselho de Segurança a solicite.
2. As despesas da Organização serão custeadas pelos
2. O Secretário-Geral, com o consentimento do Conselho Membros, segundo cotas fixadas pela Assembleia Geral.
de Segurança, comunicará à Assembleia Geral, em cada
3. A Assembleia Geral considerará e aprovará quaisquer
sessão, quaisquer assuntos relativos à manutenção da
ajustes financeiros e orçamentários com as entidades
paz e da segurança internacionais que estiverem sendo
especializadas, a que se refere o Artigo 57 e examinará
tratados pelo Conselho de Segurança, e da mesma
os orçamentos administrativos de tais instituições
maneira dará conhecimento de tais assuntos à
especializadas com o fim de lhes fazer recomendações.
Assembleia Geral, ou aos Membros das Nações Unidas
se a Assembleia Geral não estiver em sessão, logo que o VOTAÇÃO
Conselho de Segurança terminar o exame dos referidos ARTIGO 18 - 1. Cada Membro da Assembleia Geral terá
assuntos. um voto.
ARTIGO 13 - 1. A Assembleia Geral iniciará estudos e fará 2. As decisões da Assembleia Geral, em questões
recomendações, destinados a: importantes, serão tomadas por maioria de dois terços
a) promover cooperação internacional no terreno político dos Membros presentes e votantes. Essas questões
e incentivar o desenvolvimento progressivo do direito compreenderão: recomendações relativas à manutenção
internacional e a sua codificação; da paz e da segurança internacionais; à eleição dos
Membros não permanentes do Conselho de Segurança;
b) promover cooperação internacional nos terrenos
à eleição dos Membros do Conselho Econômico e Social;
econômico, social, cultural, educacional e sanitário e
à eleição dos Membros do Conselho de Tutela, de
favorecer o pleno gozo dos direitos humanos e das
acordo como parágrafo 1 (c) do Artigo 86; à admissão de
liberdades fundamentais, por parte de todos os povos,
novos Membros das Nações Unidas; à suspensão dos
sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.
direitos e privilégios de Membros; à expulsão dos
2. As demais responsabilidades, funções e atribuições da Membros; questões referentes ao funcionamento do
Assembleia Geral, em relação aos assuntos mencionados sistema de tutela e questões orçamentárias.
no parágrafo 1(b) acima, estão enumeradas nos Capítulos
3. As decisões sobre outras questões, inclusive a
IX e X.
determinação de categorias adicionais de assuntos a
ARTIGO 14 - A Assembleia Geral, sujeita aos dispositivos serem debatidos por uma maioria dos membros
do Artigo 12, poderá recomendar medidas para a presentes e que votem.
solução pacífica de qualquer situação, qualquer que seja
ARTIGO 19 - O Membro das Nações Unidas que estiver
sua origem, que lhe pareça prejudicial ao bem-estar geral
em atraso no pagamento de sua contribuição financeira
ou às relações amistosas entre as nações, inclusive em
à Organização não terá voto na Assembleia Geral, se o
situações que resultem da violação dos dispositivos da
total de suas contribuições atrasadas igualar ou exceder
presente Carta que estabelecem os Propósitos e
a soma das contribuições correspondentes aos dois anos
Princípios das Nações Unidas.
anteriores completos. A Assembleia Geral poderá,
ARTIGO 15 - 1. A Assembleia Geral receberá e examinará entretanto, permitir que o referido Membro vote, se ficar
os relatórios anuais e especiais do Conselho de provado que a falta de pagamento é devida a condições
Segurança. Esses relatórios incluirão uma relação das independentes de sua vontade.
medidas que o Conselho de Segurança tenha adotado ou
PROCESSO
aplicado a fim de manter a paz e a segurança
internacionais. ARTIGO 20 - A Assembleia Geral reunir-se-á em sessões
anuais regulares e em sessões especiais exigidas pelas
2. A Assembleia Geral receberá e examinará os relatórios
circunstâncias. As sessões especiais serão convocadas
dos outros órgãos das Nações Unidas.
pelo Secretário-Geral, a pedido do Conselho de

18
Segurança ou da maioria dos Membros das Nações 3. O Conselho de Segurança submeterá relatórios anuais
Unidas. e, quando necessário, especiais à Assembleia Geral para
sua consideração.
ARTIGO 21 - A Assembleia Geral adotará suas regras de
processo e elegerá seu presidente para cada sessão. ARTIGO 25 - Os Membros das Nações Unidas concordam
em aceitar e executar as decisões do Conselho de
ARTIGO 22 - A Assembleia Geral poderá estabelecer os
Segurança, de acordo com a presente Carta.
órgãos subsidiários que julgar necessários ao
desempenho de suas funções. ARTIGO 26 - A fim de promover o estabelecimento e a
manutenção da paz e da segurança internacionais,
CAPITULO V
desviando para armamentos o menos possível dos
CONSELHO DE SEGURANÇA recursos humanos e econômicos do mundo, o Conselho
COMPOSIÇÃO de Segurança terá o encargo de formular, com a
assistência da Comissão de Estado-Maior, a que se refere
ARTIGO 23 - 1. O Conselho de Segurança será composto o Artigo 47, os planos a serem submetidos aos Membros
de quinze Membros das Nações Unidas. A República da das Nações Unidas, para o estabelecimento de um
China, a França, a União das Repúblicas Socialistas sistema de regulamentação dos armamentos.
Soviéticas, o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do
norte e os Estados unidos da América serão membros VOTAÇÃO
permanentes do Conselho de Segurança. A Assembleia ARTIGO 27 - 1. Cada membro do Conselho de Segurança
Geral elegerá dez outros Membros das Nações Unidas terá um voto.
para Membros não permanentes do Conselho de
2. As decisões do conselho de Segurança, em questões
Segurança, tendo especialmente em vista, em primeiro
processuais, serão tomadas pelo voto afirmativo de nove
lugar, a contribuição dos Membros das Nações Unidas
Membros.
para a manutenção da paz e da segurança internacionais
e para os outros propósitos da Organização e também a 3. As decisões do Conselho de Segurança, em todos os
distribuição geográfica equitativa. outros assuntos, serão tomadas pelo voto afirmativo de
nove membros, inclusive os votos afirmativos de todos os
2. Os membros não permanentes do Conselho de
membros permanentes, ficando estabelecido que, nas
Segurança serão eleitos por um período de dois anos. Na
decisões previstas no Capítulo VI e no parágrafo 3 do
primeira eleição dos Membros não permanentes do
Artigo 52, aquele que for parte em uma controvérsia se
Conselho de Segurança, que se celebre depois de haver-
absterá de votar.
se aumentado de onze para quinze o número de
membros do Conselho de Segurança, dois dos quatro PROCESSO
membros novos serão eleitos por um período de um ano.
ARTIGO 28 - 1. O Conselho de Segurança será
Nenhum membro que termine seu mandato poderá ser
organizado de maneira que possa funcionar
reeleito para o período imediato.
continuamente. Cada membro do Conselho de
3. Cada Membro do Conselho de Segurança terá um Segurança será, para tal fim, em todos os momentos,
representante. representado na sede da Organização.
FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES 2. O Conselho de Segurança terá reuniões periódicas, nas
quais cada um de seus membros poderá, se assim o
ARTIGO 24 - 1. A fim de assegurar pronta e eficaz ação
desejar, ser representado por um membro do governo
por parte das Nações Unidas, seus Membros conferem
ou por outro representante especialmente designado.
ao Conselho de Segurança a principal responsabilidade
na manutenção da paz e da segurança internacionais e 3. O Conselho de Segurança poderá reunir-se em outros
concordam em que no cumprimento dos deveres lugares, fora da sede da Organização, e que, a seu juízo,
impostos por essa responsabilidade o Conselho de possam facilitar o seu trabalho.
Segurança aja em nome deles.
ARTIGO 29 - O Conselho de Segurança poderá
2. No cumprimento desses deveres, o Conselho de estabelecer órgãos subsidiários que julgar necessários
Segurança agirá de acordo com os Propósitos e para o desempenho de suas funções.
Princípios das Nações Unidas. As atribuições específicas
ARTIGO 30 - O Conselho de Segurança adotará seu
do Conselho de Segurança para o cumprimento desses
próprio regulamento interno, que incluirá o método de
deveres estão enumeradas nos Capítulos VI, VII, VIII e XII.
escolha de seu Presidente.

19
ARTIGO 31 - Qualquer membro das Nações Unidas, que ARTIGO 36 - 1. O conselho de Segurança poderá, em
não for membro do Conselho de Segurança, ou qualquer qualquer fase de uma controvérsia da natureza a que se
Estado que não for Membro das Nações Unidas será refere o Artigo 33, ou de uma situação de natureza
convidado, desde que seja parte em uma controvérsia semelhante, recomendar procedimentos ou métodos de
submetida ao Conselho de Segurança a participar, sem solução apropriados.
voto, na discussão dessa controvérsia. O Conselho de
2. O Conselho de Segurança deverá tomar em
Segurança determinará as condições que lhe parecerem
consideração quaisquer procedimentos para a solução
justas para a participação de um Estado que não for
de uma controvérsia que já tenham sido adotados pelas
Membro das Nações Unidas.
partes.
ARTIGO 32 - Qualquer Membro das Nações Unidas que
3. Ao fazer recomendações, de acordo com este Artigo,
não for Membro do Conselho de Segurança, ou qualquer
o Conselho de Segurança deverá tomar em consideração
Estado que não for Membro das Nações Unidas será
que as controvérsias de caráter jurídico devem, em regra
convidado, desde que seja parte em uma controvérsia
geral, ser submetidas pelas partes à Corte Internacional
submetida ao Conselho de Segurança, a participar, sem
de Justiça, de acordo com os dispositivos do Estatuto da
voto, na discussão dessa controvérsia. O Conselho de
Corte.
Segurança determinará as condições que lhe parecerem
justas para a participação de um Estado que não for ARTIGO 37 - 1. No caso em que as partes em
Membro das Nações Unidas. controvérsia da natureza a que se refere o Artigo 33 não
conseguirem resolve-la pelos meios indicados no mesmo
CAPÍTULO VI
Artigo, deverão submetê-la ao Conselho de Segurança.
SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS
. O Conselho de Segurança, caso julgue que a
ARTIGO 33 - 1. As partes em uma controvérsia, que continuação dessa controvérsia poderá realmente
possa vir a constituir uma ameaça à paz e à segurança constituir uma ameaça à manutenção da paz e da
internacionais, procurarão, antes de tudo, chegar a uma segurança internacionais, decidirá sobre a conveniência
solução por negociação, inquérito, mediação, de agir de acordo com o Artigo 36 ou recomendar as
conciliação, arbitragem, solução judicial, recurso a condições que lhe parecerem apropriadas à sua solução.
entidades ou acordos regionais, ou a qualquer outro
ARTIGO 38 - Sem prejuízo dos dispositivos dos Artigos
meio pacífico à sua escolha. 2. O Conselho de Segurança
33 a 37, o Conselho de Segurança poderá, se todas as
convidará, quando julgar necessário, as referidas partes a
partes em uma controvérsia assim o solicitarem, fazer
resolver, por tais meios, suas controvérsias.
recomendações às partes, tendo em vista uma solução
ARTIGO 34 - O Conselho de Segurança poderá investigar pacífica da controvérsia.
sobre qualquer controvérsia ou situação suscetível de
CAPÍTULO VII
provocar atritos entre as Nações ou dar origem a uma
controvérsia, a fim de determinar se a continuação de tal AÇÃO RELATIVA A AMEAÇAS À PAZ, RUPTURA DA
controvérsia ou situação pode constituir ameaça à PAZ E ATOS DE AGRESSÃO
manutenção da paz e da segurança internacionais. ARTIGO 39 - O Conselho de Segurança determinará a
ARTIGO 35 - 1. Qualquer Membro das Nações Unidas existência de qualquer ameaça à paz, ruptura da paz ou
poderá solicitar a atenção do Conselho de Segurança ou ato de agressão, e fará recomendações ou decidirá que
da Assembleia Geral para qualquer controvérsia, ou medidas deverão ser tomadas de acordo com os Artigos
qualquer situação, da natureza das que se acham 41 e 42, a fim de manter ou restabelecer a paz e a
previstas no Artigo 34. segurança internacionais.

2. Um Estado que não for Membro das Nações Unidas ARTIGO 40 - A fim de evitar que a situação se agrave, o
poderá solicitar a atenção do Conselho de Segurança ou Conselho de Segurança poderá, antes de fazer as
da Assembleia Geral para qualquer controvérsia em que recomendações ou decidir a respeito das medidas
seja parte, uma vez que aceite, previamente, em relação previstas no Artigo 39, convidar as partes interessadas a
a essa controvérsia, as obrigações de solução pacífica que aceitem as medidas provisórias que lhe pareçam
previstas na presente Carta. necessárias ou aconselháveis. Tais medidas provisórias
não prejudicarão os direitos ou pretensões, nem a
3. Os atos da Assembleia Geral, a respeito dos assuntos
situação das partes interessadas. O Conselho de
submetidos à sua atenção, de acordo com este Artigo,
Segurança tomará devida nota do não cumprimento
serão sujeitos aos dispositivos dos Artigos 11 e 12.
dessas medidas.

20
ARTIGO 41 - O Conselho de Segurança decidirá sobre as internacional. A potência e o grau de preparação desses
medidas que, sem envolver o emprego de forças contingentes, como os planos de ação combinada, serão
armadas, deverão ser tomadas para tornar efetivas suas determinados pelo Conselho de Segurança com a
decisões e poderá convidar os Membros das Nações assistência da Comissão de Estado-Maior, dentro dos
Unidas a aplicarem tais medidas. Estas poderão incluir a limites estabelecidos no acordo ou acordos especiais a
interrupção completa ou parcial das relações que se refere o Artigo 43.
econômicas, dos meios de comunicação ferroviários,
ARTIGO 46 - O Conselho de Segurança, com a
marítimos, aéreos, postais, telegráficos, radiofônicos, ou
assistência da Comissão de Estado-maior, fará planos
de outra qualquer espécie e o rompimento das relações
para a aplicação das forças armadas.
diplomáticas.
ARTIGO 47 - 1. Será estabelecia uma Comissão de
ARTIGO 42 - No caso de o Conselho de Segurança
Estado-Maior destinada a orientar e assistir o Conselho
considerar que as medidas previstas no Artigo 41 seriam
de Segurança, em todas as questões relativas às
ou demonstraram que são inadequadas, poderá levar e
exigências militares do mesmo Conselho, para
efeito, por meio de forças aéreas, navais ou terrestres, a
manutenção da paz e da segurança internacionais,
ação que julgar necessária para manter ou restabelecer a
utilização e comando das forças colocadas à sua
paz e a segurança internacionais. Tal ação poderá
disposição, regulamentação de armamentos e possível
compreender demonstrações, bloqueios e outras
desarmamento.
operações, por parte das forças aéreas, navais ou
terrestres dos Membros das Nações Unidas. 2. A Comissão de Estado-Maior será composta dos
Chefes de Estado-Maior dos Membros Permanentes do
ARTIGO 43 - 1. Todos os Membros das Nações Unidas, a
Conselho de Segurança ou de seus representantes. Todo
fim de contribuir para a manutenção da paz e da
Membro das Nações Unidas que não estiver
segurança internacionais, se comprometem a
permanentemente representado na Comissão será por
proporcionar ao Conselho de Segurança, a seu pedido e
esta convidado a tomar parte nos seus trabalhos, sempre
de conformidade com o acordo ou acordos especiais,
que a sua participação for necessária ao eficiente
forças armadas, assistência e facilidades, inclusive
cumprimento das responsabilidades da Comissão.
direitos de passagem, necessários à manutenção da paz
e da segurança internacionais. 3. A Comissão de Estado-Maior será responsável, sob a
autoridade do Conselho de Segurança, pela direção
2. Tal acordo ou tais acordos determinarão o número e
estratégica de todas as forças armadas postas à
tipo das forças, seu grau de preparação e sua localização
disposição do dito Conselho. As questões relativas ao
geral, bem como a natureza das facilidades e da
comando dessas forças serão resolvidas ulteriormente.
assistência a serem proporcionadas.
4. A Comissão de Estado-Maior, com autorização do
3. O acordo ou acordos serão negociados o mais cedo
Conselho de Segurança e depois de consultar os
possível, por iniciativa do Conselho de Segurança. Serão
organismos regionais adequados, poderá estabelecer
concluídos entre o Conselho de Segurança e Membros
subcomissões regionais.
da Organização ou entre o Conselho de Segurança e
grupos de Membros e submetidos à ratificação, pelos ARTIGO 48 - 1. A ação necessária ao cumprimento das
Estados signatários, de conformidade com seus decisões do Conselho de Segurança para manutenção da
respectivos processos constitucionais. paz e da segurança internacionais será levada a efeito por
todos os Membros das Nações Unidas ou por alguns
ARTIGO 44 - Quando o Conselho de Segurança decidir o
deles, conforme seja determinado pelo Conselho de
emprego de força, deverá, antes de solicitar a um
Segurança.
Membro nele não representado o fornecimento de forças
armadas em cumprimento das obrigações assumidas em 2. Essas decisões serão executas pelos Membros das
virtude do Artigo 43, convidar o referido Membro, se Nações Unidas diretamente e, por seu intermédio, nos
este assim o desejar, a participar das decisões do organismos internacionais apropriados de que façam
Conselho de Segurança relativas ao emprego de parte.
contingentes das forças armadas do dito Membro. ARTIGO 49 - Os Membros das Nações Unidas prestar-se-
ARTIGO 45 - A fim de habilitar as Nações Unidas a ão assistência mútua para a execução das medidas
tomarem medidas militares urgentes, os Membros das determinadas pelo Conselho de Segurança.
Nações Unidas deverão manter, imediatamente ARTIGO 50 - No caso de serem tomadas medidas
utilizáveis, contingentes das forças aéreas nacionais para preventivas ou coercitivas contra um Estado pelo
a execução combinada de uma ação coercitiva Conselho de Segurança, qualquer outro Estado, Membro
21
ou não das Nações unidas, que se sinta em presença de forem determinadas em consequência do Artigo 107 ou
problemas especiais de natureza econômica, resultantes em acordos regionais destinados a impedir a renovação
da execução daquelas medidas, terá o direito de de uma política agressiva por parte de qualquer desses
consultar o Conselho de Segurança a respeito da solução Estados, até o momento em que a Organização possa, a
de tais problemas. pedido dos Governos interessados, ser incumbida de
impedir toda nova agressão por parte de tal Estado.
ARTIGO 51 - Nada na presente Carta prejudicará o
direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva 2. O termo Estado inimigo, usado no parágrafo 1 deste
no caso de ocorrer um ataque armado contra um Artigo, aplica-se a qualquer Estado que, durante a
Membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segunda Guerra Mundial, foi inimigo de qualquer
Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a signatário da presente Carta.
manutenção da paz e da segurança internacionais. As
CAPÍTULO XIV
medidas tomadas pelos Membros no exercício desse
direito de legítima defesa serão comunicadas CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA
imediatamente ao Conselho de Segurança e não ARTIGO 92 - A Corte Internacional de Justiça será o
deverão, de modo algum, atingir a autoridade e a principal órgão judiciário das Nações Unidas. Funcionará
responsabilidade que a presente Carta atribui ao de acordo com o Estatuto anexo, que é baseado no
Conselho para levar a efeito, em qualquer tempo, a ação Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional e
que julgar necessária à manutenção ou ao faz parte integrante da presente Carta.
restabelecimento da paz e da segurança internacionais.
ARTIGO 93 - 1. Todos os Membros das Nações Unidas
CAPÍTULO VIII são ipso facto partes do Estatuto da Corte Internacional
ACORDOS REGIONAIS de Justiça.2. Um Estado que não for Membro das Nações
Unidas poderá tornar-se parte no Estatuto da Corte
ARTIGO 52 - 1. Nada na presente Carta impede a
Internacional de Justiça, em condições que serão
existência de acordos ou de entidades regionais,
determinadas, em cada caso, pela Assembleia Geral,
destinadas a tratar dos assuntos relativos à manutenção
mediante recomendação do Conselho de Segurança.
da paz e da segurança internacionais que forem
suscetíveis de uma ação regional, desde que tais acordos ARTIGO 94 - 1. Cada Membro das Nações Unidas se
ou entidades regionais e suas atividades sejam compromete a conformar-se com a decisão da Corte
compatíveis com os Propósitos e Princípios das Nações Internacional de Justiça em qualquer caso em que for
Unidas. parte. 2. Se uma das partes num caso deixar de cumprir
as obrigações que lhe incumbem em virtude de sentença
2. Os Membros das Nações Unidas, que forem parte em
proferida pela Corte, a outra terá direito de recorrer ao
tais acordos ou que constituírem tais entidades,
Conselho de Segurança que poderá, se julgar necessário,
empregarão todo os esforços para chegar a uma solução
fazer recomendações ou decidir sobre medidas a serem
pacífica das controvérsias locais por meio desses acordos
tomadas para o cumprimento da sentença.
e entidades regionais, antes de as submeter ao Conselho
de Segurança. ARTIGO 95 - Nada na presente Carta impedirá os
Membros das Nações Unidas de confiarem a solução de
3. O Conselho de Segurança estimulará o
suas divergências a outros tribunais, em virtude de
desenvolvimento da solução pacífica de controvérsias
acordos já vigentes ou que possam ser concluídos no
locais mediante os referidos acordos ou entidades
futuro.
regionais, por iniciativa dos Estados interessados ou a
instância do próprio conselho de Segurança. ARTIGO 96 - 1. A Assembleia Geral ou o Conselho de
Segurança poderá solicitar parecer consultivo da Corte
4. Este Artigo não prejudica, de modo algum, a aplicação
Internacional de Justiça, sobre qualquer questão de
dos Artigos 34 e 35.
ordem jurídica. 2. Outros órgãos das Nações Unidas e
ARTIGO 53 - 1. O Conselho de Segurança utilizará, entidades especializadas, que forem em qualquer época
quando for o caso, tais acordos e entidades regionais devidamente autorizados pela Assembleia Geral,
para uma ação coercitiva sob a sua própria autoridade. poderão também solicitar pareceres consultivos da Corte
Nenhuma ação coercitiva será, no entanto, levada a sobre questões jurídicas surgidas dentro da esfera de
efeito de conformidade com acordos ou entidades suas atividades.
regionais sem autorização do Conselho de Segurança,
ARTIGO 99 - O Secretário-Geral poderá chamar a
com exceção das medidas contra um Estado inimigo
atenção do Conselho de Segurança para qualquer
como está definido no parágrafo 2 deste Artigo, que

22
assunto que em sua opinião possa ameaçar a de qualquer fornecedor, de armas nucleares ou outros
manutenção da paz e da segurança internacionais. artefatos explosivos nucleares, ou o controle, direto ou
indireto, sobre tais armas ou artefatos explosivos; a não
ARTIGO 103 - No caso de conflito entre as obrigações
fabricar, ou por outros meios adquirir armas nucleares ou
dos Membros das Nações Unidas, em virtude da
outros artefatos explosivos nucleares, e a não procurar
presente Carta e as obrigações resultantes de qualquer
ou receber qualquer assistência para fabricação de armas
outro acordo internacional, prevalecerão as obrigações
nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares.
assumidas em virtude da presente Carta.
ARTIGO III
CAPÍTULO XVIII
1. Cada Estado não nuclearmente armado, Parte deste
EMENDAS
Tratado, compromete-se a aceitar salvaguardas -
ARTIGO 108 - As emendas à presente Carta entrarão em conforme estabelecidas em um acordo a ser negociado e
vigor para todos os Membros das Nações Unidas, celebrado com a Agência Internacional de Energia
quando forem adotadas pelos votos de dois terços dos Atômica, de acordo com o Estatuto da Agência
membros da Assembleia Geral e ratificada de acordo Internacional de Energia Atômica e com o sistema de
com os seus respectivos métodos constitucionais por salvaguardas da Agência - com a finalidade exclusiva de
dois terços dos Membros das Nações Unidas, inclusive verificação do cumprimento das obrigações assumidas
todos os membros permanentes do Conselho de sob o presente Tratado, e com vistas a impedir que a
Segurança. energia nuclear destinada a fins pacíficos venha a ser
ARTIGO 109 - 1. Uma Conferência Geral dos Membros desviada para armas nucleares ou outros artefatos
das Nações Unidas, destinada a rever a presente Carta, explosivos nucleares. Os métodos de salvaguardas
poderá reunir-se em data e lugar a serem fixados pelo previstos neste Artigo serão aplicados em relação aos
voto de dois terços dos membros da Assembleia Geral e materiais fonte ou físseis especiais, tanto na fase de sua
de nove membros quaisquer do Conselho de Segurança. produção, quanto nas de processamento ou utilização,
Cada Membro das Nações Unidas terá voto nessa em qualquer instalação nuclear principal ou fora de tais
Conferência. instalações. As salvaguardas previstas neste Artigo serão
aplicadas a todos os materiais fonte ou físseis especiais
2. Qualquer modificação à presente Carta, que for usados em todas as atividades nucleares pacíficas que
recomendada por dois terços dos votos da Conferência, tenham lugar no território de tal Estado, sob sua
terá efeito depois de ratificada, de acordo com os jurisdição, ou aquelas levadas a efeito sob seu controle,
respectivos métodos constitucionais, por dois terços dos em qualquer outro local.
Membros das Nações Unidas, inclusive todos os
membros permanentes do Conselho de Segurança. 2. Cada Estado, Parte deste Tratado, compromete-se a
não fornecer:
a) material fonte ou físsil especial, ou
TRATADO SOBRE A NÃO PROLIFERAÇÃO DE
b) equipamento ou material especialmente destinado ou
ARMAS NUCLEARES – TNP (1968)
preparado para o processamento, utilização ou produção
(artigos e trechos selecionados) de material físsil especial para qualquer Estado não
nuclearmente armado, para fins pacíficos, exceto quando
ARTIGO I o material fonte ou físsil especial esteja sujeito às
Cada Estado nuclearmente armado, Parte deste Tratado, salvaguardas previstas neste Artigo.
compromete-se a não transferir, para qualquer 3. As salvaguardas exigidas por este Artigo serão
recipiendário, armas nucleares ou outros artefatos implementadas de modo que se cumpra o disposto no
explosivos nucleares, assim como o controle, direto ou Artigo IV deste Tratado e se evite entravar o
indireto, sobre tais armas ou artefatos explosivos e, sob desenvolvimento econômico e tecnológico das Partes ou
forma alguma assistir, encorajar ou induzir qualquer a cooperação internacional no campo das atividades
Estado não nuclearmente armado a fabricar, ou por nucleares pacíficas, inclusive no tocante ao intercâmbio
outros meios adquirir armas nucleares ou outros artefatos internacional de material nuclear e de equipamentos para
explosivos nucleares, ou obter controle sobre tais armas o processamento, utilização ou produção de material
ou artefatos explosivos nucleares. nuclear para fins pacíficos, de conformidade com o
ARTIGO II disposto neste Artigo e com o princípio de salvaguardas
enunciado no Preâmbulo deste Tratado.
Cada Estado não nuclearmente armado, Parte deste
Tratado, compromete-se a não receber a transferência,
23
4. Cada Estado não nuclearmente armado, Parte deste to nuclear disarmament in all its aspects under strict and
Tratado, deverá celebrar - isoladamente ou juntamente effective international control, (...)
com outros Estados - acordos com a Agência
Have agreed as follows:
Internacional de Energia Atômica, com a finalidade de
cumprir o disposto neste Artigo, de conformidade com o ARTICLE 1 – PROHIBITIONS
Estatuto da Agência Internacional de Energia Atômica. 1. Each State Party undertakes never under any
ARTIGO IV circumstances to:

1. Nenhuma disposição deste Tratado será interpretada (a) Develop, test, produce, manufacture, otherwise
como afetando o direito inalienável de todas as Partes do acquire, possess or stockpile nuclear weapons or other
Tratado de desenvolverem a pesquisa, a produção e a nuclear explosive devices;
utilização da energia nuclear para fins pacíficos, sem (b) Transfer to any recipient whatsoever nuclear weapons
discriminação, e de conformidade com os artigos I e II or other nuclear explosive devices or control over such
deste Tratado. weapons or explosive devices directly or indirectly;
ARTIGO V (c) Receive the transfer of or control over nuclear
Cada Parte deste Tratado compromete-se a tomar as weapons or other nuclear explosive devices directly or
medidas apropriadas para assegurar que, de acordo com indirectly;
este Tratado, sob observação internacional apropriada, e (d) Use or threaten to use nuclear weapons or other
por meio de procedimentos internacionais apropriados, nuclear explosive devices;
os benefícios potenciais de quaisquer aplicações
pacíficas de explosões nucleares serão tornados (e) Assist, encourage or induce, in any way, anyone to
acessíveis aos Estados não nuclearmente armados, Partes engage in any activity prohibited to a State Party under
deste Tratado, em uma base não discriminatória, e que o this Treaty;
custo para essas Partes, dos explosivos nucleares (f) Seek or receive any assistance, in any way, from anyone
empregados, será tão baixo quanto possível, com to engage in any activity prohibited to a State Party under
exclusão de qualquer custo de pesquisa e this Treaty;
desenvolvimento.
(g) Allow any stationing, installation or deployment of any
ARTIGO VI nuclear weapons or other nuclear explosive devices in its
Cada Parte deste Tratado compromete-se a entabular, territory or at any place under its jurisdiction or control.
de boa fé, negociações sobre medidas efetivas para a ARTICLE 12 – UNIVERSALITY
cessação em data próxima da corrida armamentista
nuclear e para o desarmamento nuclear, e sobre um Each State Party shall encourage States not party to this
Tratado de desarmamento geral e completo, sob estrito Treaty to sign, ratify, accept, approve or accede to the
Treaty, with the goal of universal adherence of all States
e eficaz controle internacional.
to the Treaty.

TRATADO SOBRE A PROIBIÇÃO DE ARMAS


ARTICLE 15 – ENTRY INTO FORCE
NUCLEARES (2017)
1. This Treaty shall enter into force 90 days after the
(artigos e trechos selecionados) fiftieth instrument of ratification, acceptance, approval or
The States Parties to this Treaty, accession has been deposited.

Determined to contribute to the realization of the ARTICLE 16 - RESERVATIONS


purposes and principles of the Charter of the United The Articles of this Treaty shall not be subject to
Nations, (...) reservations.
Considering that any use of nuclear weapons would be
contrary to the rules of international law applicable in
armed conflict, in particular the principles and rules of
international humanitarian law, (...)
Reaffirming that there exists an obligation to pursue in
good faith and bring to a conclusion negotiations leading

24
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra,
DO BRASIL (1988) a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
(artigos e trechos selecionados) temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei
Art. 21. Compete à União: complementar.

I - manter relações com Estados estrangeiros e participar Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de
de organizações internacionais; consulta do Presidente da República nos assuntos
relacionados com a soberania nacional e a defesa do
II - declarar a guerra e celebrar a paz; Estado democrático, e dele participam como membros
III - assegurar a defesa nacional; natos:

IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, I - o Vice-Presidente da República;


que forças estrangeiras transitem pelo território nacional II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
ou nele permaneçam temporariamente;
III - o Presidente do Senado Federal;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a
intervenção federal; IV - o Ministro da Justiça;

VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de V - o Ministro de Estado da Defesa;


material bélico; VI - o Ministro das Relações Exteriores;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de VII - o Ministro do Planejamento;
qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento,
Aeronáutica.
a industrialização e o comércio de minérios nucleares e
seus derivados, atendidos os seguintes princípios e § 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
condições:
I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de
a) toda atividade nuclear em território nacional somente celebração da paz, nos termos desta Constituição;
será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação
II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do
do Congresso Nacional;
estado de sítio e da intervenção federal;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a
III - propor os critérios e condições de utilização de áreas
comercialização e a utilização de radioisótopos para a
indispensáveis à segurança do território nacional e opinar
pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;
sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos
comercialização e utilização de radioisótopos de meia- recursos naturais de qualquer tipo;
vida igual ou inferior a duas horas;
IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de
d) a responsabilidade civil por danos nucleares iniciativas necessárias a garantir a independência
independe da existência de culpa. nacional e a defesa do Estado democrático.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso § 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do
Nacional: Conselho de Defesa Nacional. [v. Lei nº 8.183, de
11/04/1991]
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou
atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

25
26
27
Tratados, grupos e regimes de segurança internacional
SEGURANÇA INTERNACIONAL
Em Brasil
Tratado/Grupo/Regime Data
vigor Assin. Depós.
Protocolo de Genebra 1925 1928 1925 1970
Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) 1947 1948 1947 1948
Tratado da Antártida 1959 1961 - 1975
Convenção Única sobre Entorpecentes 1961 1975 1961 1964
Tratado para a Proibição Parcial de Testes Nucleares (PTBT) 1963 1963 1963 1964
Tratado do Espaço Exterior 1967 1967 1967 1969
Tratado para a Proibição de Armas Nucleares na Am. Latina e o Caribe (Tlatelolco) 1967 1969 1967 19681
Tratado sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP)2 1968 1970 - 1998
Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas 1971 1976 1971 1973
Convenção sobre a Proibição de Armas Biológicas (CPAB) 1972 1975 1972 1973
Grupo de Supridores Nucleares (NSG) 1974 1996
Convenção sobre a Proteção Física de Materiais Nucleares 1979 1987 1981 1985
Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (MTCR) 1987 1995
Convenção contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas 1988 1990 1988 1991
Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares
1991 1991 1991 1991
(ABACC)
Acordo Quadripartite Argentina-Brasil-ABACC-AIEA 1991 1994 1991 1994
Convenção sobre Armas Químicas 1993 1997 1993 1996
Convenção de Segurança Nuclear 1994 1996 1994 1997
Convenção Internacional sobre a Supressão de Atentados Terroristas com Bombas 1997 2001 1999 2002
Tratado para a Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT) 1996 - 1996 1998
Convenção sobre a Proibição de Minas Antipessoais (Tratado de Ottawa) 1997 1999 1997 1999
Convenção Interamericana contra a Fabricação e o Tráfico Ilícitos de Armas de
1997 1998 1997 1999
Fogo, Munições, Explosivos e outros Materiais Correlatos
Protocolo Adicional ao TNP 19973 - -
Convenção Internacional para Supressão do Financiamento do Terrorismo 1999 2002 2001 2005
Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional (Palermo) 2000 2003 2000 2004
Convenção de Budapeste sobre Crimes Cibernéticos 2001 2004 - -4
Convenção Internacional para a Supressão de Atos de Terrorismo Nuclear 2005 2007 2005 2009
Convenção Interamericana contra o Terrorismo 2002 2003 2002 2005
Convenção sobre Munições Cluster 2008 2010 - -
Tratado sobre o Comércio de Armas (ATT) 2013 2014 2013 2018
Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPAN) 2017 - 2017 -

1. O Brasil depositou o instrumento de ratificação do Tratado de Tlatelolco em 1968, mas ele entrou em vigor para o
Brasil apenas em 1994, quando foi feito o depósito da declaração de dispensa prevista no segundo parágrafo do art.
28 do Tratado. A data oficial de promulgação do Tratado de Tlatelolco no Brasil é 16/09/1994.
2. Dos 193 Estados membros da ONU, apenas cinco não são partes do TNP: Coreia do Norte, Índia, Israel, Paquistão
e Sudão do Sul (a Coreia do Norte era parte e retirou-se em 2003). Desses, Coreia do Norte, Índia e Paquistão têm
armas nucleares declaradas. O governo israelense não confirma nem nega ter armas nucleares.
3. A entrada em vigor do Protocolo Adicional ao TNP é individual para cada signatário, após a respectiva ratificação.
4. Em 2019, anunciou-se que o Brasil dará início ao processo de adesão à Convenção de Budapeste sobre Crimes
Cibernéticos.
As datas de depósito referem-se ao ano de depósito dos instrumentos de ratificação ou das cartas de adesão. Nos
casos de adesão, não há data de assinatura.

28
Operações de manutenção da paz clássicas e multidimensionais/ multidisciplinares

Operações clássicas Operações multidimensionais


Atuam em conflitos interestatais. São
iniciadas após a cessação de
Atuam em conflitos intraestatais. São iniciadas depois de as
hostilidades, mas antes da celebração
partes terem alcançado um acordo de paz, e um dos objetivos
de um acordo de paz final. Um de seus
principais é monitorar a implementação do acordo celebrado.
objetivos é criar condições necessárias
para a celebração de um acordo de paz
Suas atividades, que procuram repercutir sobre as causas dos
conflitos, incorporam tarefas militares, além de outras de
cunho civil e humanitário. Além das funções tradicionais, seus
integrantes têm sido chamados a desempenhar tarefas novas
Suas atividades envolvem, sobretudo, e mais complexas, como: acantonamento e desmobilização de
tarefas militares, como: supervisionar forças; recolhimento e destruição de armamentos;
cessar-fogos, tréguas e armistícios; reintegração de ex-combatentes à vida civil; concepção e
observar separação de forças e zonas- execução de programas de desminagem; auxílio para o
tampão, bem como controlar fronteiras retorno de refugiados e deslocados internos; fornecimento de
para prevenir infiltrações em áreas ajuda humanitária; treinamento de novas forças policiais;
geograficamente circunscritas. supervisão do respeito aos direitos humanos e apoio à
implementação de reformas constitucionais, judiciais e
eleitorais; e auxílio à retomada das atividades econômicas e à
reconstrução nacional, incluindo a reparação da infraestrutura
física do país anfitrião.
A composição é variada – civis com experiência em áreas como
eleições, direitos humanos, administração pública,
gerenciamento econômico e assistência humanitária; policiais
Sua composição é e militares. Os efetivos militares viabilizam o desdobramento
preponderantemente militar. dos componentes não militares proporcionando um ambiente
seguro, enquanto os elementos civis e policiais atuam na
consolidação dos processos de pacificação política e de
reconciliação nacional.
O mandato – documento que estipula
O mandato sofre ajustes ao longo de sua implementação e visa
as obrigações da ONU e das partes
ajudar as partes a executar um acordo político destinado a
envolvidas – raramente é modificado e
superar o conflito. Não se trata meramente de evitar o
objetiva preservar a paz, enquanto
agravamento da disputa, mas de implementar metas de maior
outros instrumentos são empregados
prazo.
para resolver as disputas subjacentes.
Atores "atomizados". Entre outros: ONU; agências
Atores claramente identificáveis: ONU, especializadas; fundos e programas das Nações Unidas; partes
partes em conflito – em geral, dois em conflito; países contribuintes; ONGs; demais organismos
países – e países que contribuem com internacionais ou regionais; e mídia. Nessas situações, as
pessoal. partes em conflito nem sempre são identificadas, podendo
envolver, por vezes, milícias, guerrilhas, tribos e clãs.
Fonte: FONTOURA, Paulo R.C.T. O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das Nações Unidas. Brasília:
FUNAG, 1999.

29
Gerações de operações de paz

Exemplos de operações com


Geração Características Período
participação brasileira
Manutenção da paz UNEF I (Sinai e Faixa de Gaza), ONUC
“tradicional” (princípios: (Congo), UNSF (Nova Guiné
1ª consentimento, Guerra Fria Ocidental), DOMREP (República
imparcialidade e não Dominicana), UNIPOM
uso da força) (Índia/Paquistão) e UNFICYP (Chipre)
UNAVEM I (Angola), ONUCA
(América Central), UNAVEM II
(Angola), ONUSAL (El Salvador),
MINURSO (Saara Ocidental),
Além do mandato
ONUMOZ (Moçambique), UNTAC
militar de 1ª geração,
Pós-Guerra (Camboja), UNOMSA (África do Sul),
inclui tarefas civis para
2ª apoiar transição política
Fria/década UNPROFOR (Ex-Iugoslávia),
de 1990 UNOMUR (Ruanda/ Uganda),
(missões
UNOMIL (Libéria), UNCRO (Croácia),
multidimensionais)
UNAVEM III (Angola), UNPREDEP
(Macedônia), UNTAES (Eslovênia),
UNMOP (Pevlalka), MINUGUA
(Guatemala) e MONUA (Angola)
Imposição da força UNTAET (Timor-Leste), UNMIK
Fim dos
(permissão de uso da (Kosovo), UNMISET (Timor-Leste),
anos 1990
3ª força ampliada, para
até meados
MINURCAT (África Central e
impor os objetivos do República do Chade) e UNIFIL
dos 2000
mandato) (Líbano)
UNIMEE (Etiópia e Eritreia), UNMIL
(Libéria), UNOCI (Costa do Marfim),
Construção da paz (uso Desde os
MINUSTAH (Haiti), UNMIS (Sudão),
da força mais elevado e anos 2000,
UNMIT (Timor-Leste), UNMIN (Nepal),
4ª tarefas civis mais após o
MONUSCO (República Democrática
complexas e intrusivas Relatório
do Congo), UNISFA (Abyei), UNMISS
na autonomia local) Brahimi
(Sudão do Sul), UNSMIS (Síria) e
MINUSCA (África Central)
Missão híbrida
Desde
(emprego de tropas e
meados
5ª policiais pela ONU e
dos anos
-
por organizações
2000
regionais)

Obs.: Essa categorização em cinco gerações tomou como base o artigo “Five generations of peace operations”,
de Kai Michael Kenkel.

30
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópicos do edital Leituras

13. O Brasil e a agenda internacional:


13.1. O multilateralismo de dimensão universal: a
ONU; as conferências internacionais; os órgãos
multilaterais.
13.10. Desarmamento e não proliferação.
13.11. Crimes de guerra e crimes contra a
humanidade: genocídio, holocausto e o Tribunal
Penal Internacional.
13.12. Terrorismo.
13.13. Narcotráfico, crime transnacional e crimes
cibernéticos de alcance global.
13.14. Reforma das Nações Unidas.
13.15. Operações de paz das Nações Unidas.
16. A dimensão da segurança na política exterior do Brasil.

Relevância do tema / cobrança nos últimos concursos

Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo

Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

31
AULA 04 – MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #4: Meio ambiente e desenvolvimento sustentável.


TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 4.

MATERIAL DE AULA

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) Desenvolvimento sustentável – três


dimensões:

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

32
Grandes conferências da ONU sobre meio ambiente / desenvolvimento sustentável
Conferência Local Ano

Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano Estocolmo 1972

Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento Rio de Janeiro 1992

Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+10) Joanesburgo 2002

Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) Rio de Janeiro 2012

Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável Nova York 2015

Anos Noventa: a “década das conferências”

1990 Nova York Cúpula Mundial sobre a Criança

Rio de
1992 Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
Janeiro

1993 Viena Conferência de Direitos Humanos

1994 Cairo Conferência sobre População e Desenvolvimento

1995 Copenhague Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social

1995 Pequim Cúpula Mundial sobre a Mulher

1996 Istambul Conferência das Nações Unidas sobre Assentamentos Humanos (Habitat II)

Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e


2001 Durban
Intolerância Correlata

33
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópicos do edital Leituras

13. O Brasil e a agenda internacional:


13.2. Desenvolvimento e desenvolvimento
sustentável.
13.3. Pobreza e ações de combate à fome.
13.4. Meio ambiente.
13.5. Mar, espaço e Antártida.

Relevância do tema / cobrança nos últimos concursos

Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo

Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

34
AULA 05 – DIREITOS HUMANOS

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #5: Direitos humanos.


TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 5.

MATERIAL DE AULA

Principais tratados e instrumentos de direitos humanos no âmbito da OEA


Brasil
Tratado / instrumento Data Em vigor
Assin. Depós.
Carta de Bogotá 1948 1951 1948 1950
Declaração de Bogotá / Declaração Americana dos Direitos e
1948*
Deveres do Homem
Pacto de São José da Costa Rica / Convenção Americana sobre
1969 1978 - 1992
Direitos Humanos
Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura 1985 1987 1986 1989
Protocolo de San Salvador / Protocolo Adicional à Convenção
Interamericana Sobre Direitos Humanos em Matéria de Direitos 1988 1999 - 1996
Econômicos, Sociais e Culturais
Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos
1990 ** 1994 1996
Humanos Referente à Abolição da Pena de Morte
Convenção de Belém do Pará / Convenção Interamericana para
1994 1995 1994 1995
Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher
Convenção Interamericana sobre o Desaparecimento Forçado
1994 1996 1994 2014
de Pessoas
Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as
Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de 1999 2001 1999 2001
Deficiência
Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação
2013 2017 2013 -
Racial e Formas Conexas de Intolerância
Convenção Interamericana contra Toda Forma de Discriminação
2013 2020 2013 -
e Intolerância
Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos
2015 2017 2015 -
Humanos das Pessoas Idosas

*É uma declaração, não um tratado. Por essa razão, não há referência a datas de assinatura ou depósito pelo Brasil.
** Entra em vigor entre os Estados que acederem a ele quando depositarem seus respectivos documentos de
ratificação ou acessão.
As datas de depósito referem-se ao ano de depósito dos instrumentos de ratificação ou das cartas de adesão. Nos
casos de adesão, não há data de assinatura.

35
Principais tratados de direitos humanos no âmbito da ONU
Em Brasil
Tratado Órgão de monitoramento Data
vigor Assin. Depós.
Comitê para a Eliminação
Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial da Discriminação Racial 1966 1969 1966 1968
(CERD)
Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos 1966 1976 - 1992
Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos Comitê de Direitos 1966 1976 - 2009
Segundo Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, Humanos (CCPR)
1989 1991 - 2009
visando à abolição da pena de morte
Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais Comitê sobre Direitos 1966 1976 - 1992
Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Econômicos, Sociais e
2008 2013 - -
Culturais Culturais (CESCR)
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher Comitê sobre Eliminação 1979 1981 1981 1984
Protocolo Facultativo à Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de da Discriminação contra
1999 2000 2001 2002
Discriminação contra a Mulher Mulheres (CEDAW)
Convenção contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou
1984 1987 1985 1989
Degradantes Comitê contra a Tortura
Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos (CAT)
2002 2006 2003 2007
Cruéis, Desumanos ou Degradantes
Convenção sobre os Direitos da Criança 1989 1990 1990 1990
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao
2000 2002 2000 2004
Envolvimento de Crianças em Conflitos Armados
Comitê sobre os Direitos
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança referente à venda de
da Criança (CRC) 2000 2002 2000 2004
crianças, à prostituição infantil e à pornografia infantil
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança Relativo à Instituição
2014 2014 2012 2017
de um Procedimento de Comunicação
Comitê sobre
Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos dos Trabalhadores Migrantes e
Trabalhadores Migrantes 1990 2003 - -
Membros de suas Famílias
(CMW)
Comitê sobre
Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento
Desaparecimentos 2006 2010 2007 2010
Forçado
Forçados (CED)
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência* Comitê sobre os Direitos 2006 2008 2007 2008
das Pessoas com
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência* 2006 2008 2007 2008 36
Deficiência (CRPD)
*A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência e o Tratado de Marraquexe para Facilitar o Acesso a Obras Publicadas para Pessoas
Cegas (este último celebrado no âmbito da Organização Mundial da Propriedade Intelectual/OMPI, agência
especializada das Nações Unidas) foram aprovados no Brasil por procedimento legislativo que os equipara às emendas
constitucionais, conforme estabelece o art. 5º, §3º da Constituição Federal de 1988 (aprovação em cada casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos).
As datas de depósito referem-se ao ano de depósito dos instrumentos de ratificação ou das cartas de adesão. Nos
casos de adesão, não há data de assinatura.

PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópicos do edital Leituras


13. O Brasil e a agenda internacional:
13.6. Direitos humanos, liberdade religiosa e
políticas de identidade.
13.7. Migrações internacionais, migrantes,
refugiados e apátridas.
14. O Brasil e o sistema interamericano.
14.1. A Organização dos Estados Americanos.

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Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo

Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

37
AULA 06 – COOPERAÇÃO SUL-SUL E COALIZÕES INTERNACIONAIS

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #6: Cooperação Sul-Sul e Coalizões Internacionais.


TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 6.

MATERIAL DE AULA

Principais
Agrupamento Origem Primeira cúpula
mecanismos/instituições
Acrônimo econômico, 2001; Novo Banco de
BRICS mecanismo político-
!Ecaterimburgo, Desenvolvimento, Arranjo
2009
diplomático, 2006 Contingente de Reservas
Fundo IBAS, grupos de
IBAS Declaração de Brasília, 2003 "Brasília, 2006 trabalho

Reuniões de cúpula

# BRICS IBAS
1 2009 !Ecaterimburgo 2006 "Brasília
2 2010 "Brasília 2007 #Tshwane/Pretória
3 2011 $Sanya 2008 %Nova Delhi
4 2012 %Nova Delhi 2010 "Brasília
5 2013 #Durban 2011 #Tshwane/Pretória
6 2014 "Fortaleza
7 2015 !Ufá
8 2016 %Goa
9 2017 $Xiamen
10 2018 #Joanesburgo
11 2019 "Brasília

38
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópicos do edital Leituras

17. O Brasil e as coalizões internacionais: o G-20, o


IBAS e o BRICS.
18. O Brasil e a cooperação sul-sul.

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39
AULA 07 – SISTEMA FINANCEIRO INTERNACIONAL

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #7: Sistema financeiro internacional.


TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 7.

MATERIAL DE AULA

Reuniões de cúpula do G20 financeiro


Ano Local Principais temas
Primeira reunião de cúpula, no contexto da crise de 2008; regulação
2008 Washington (EUA)
financeira, políticas expansionistas e combate ao protecionismo
2009 Londres (UK) Capitalização do FMI
G20 declarado o principal foro econômico-financeiro; defesa da
2009 Pittsburgh (EUA)
reforma do poder de voto em favor dos emergentes no FMI e no BM
2010 Toronto (Canadá) Reforma financeira, medidas de estímulo, combate ao protecionismo
2010 Seul (Coreia do Sul) Riscos de uma guerra cambial
2011 Cannes (França) Reforma do sistema monetário, energia, segurança alimentar
2012 Los Cabos (México) Crescimento verde e volatilidade dos preços das commodities
São Petersburgo Fortalecimento do crescimento e criação de empregos, cooperação
2013
(Rússia) tributária, combate à corrupção e prorrogação da cláusula de standstill
2014 Brisbane (Austrália) Promoção do crescimento econômico e do emprego
Antália Aumento de investimentos; crise de refugiados; combate ao
2015
(Turquia) terrorismo e à corrupção
Hangzhou Aumento de investimentos; Agenda 2030; mudança do clima;
2016
(China) terrorismo; crise de refugiados; combate à corrupção; energia
Combate ao protecionismo; mudança do clima (EUA isolados sobre
Hamburgo
2017 Acordo de Paris); Agenda 2030; migrações; combate à corrupção; luta
(Alemanha)
contra o terrorismo
Buenos Aires Infraestrutura para o desenvolvimento, futuro alimentar saudável e
2018
(Argentina) integração da perspectiva de gênero na agenda do G20
Comércio; CT&I; economia digital; infraestrutura; mudança do clima;
Osaka
2019 combate ao lixo plástico no mar; cobertura universal de saúde;
(Japão)
envelhecimento populacional; desenvolvimento sustentável.

40
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópicos do edital Leituras


13. O Brasil e a agenda internacional:
13.9. Sistema financeiro internacional.
17. O Brasil e as coalizões internacionais: o G-20, o
IBAS e o BRICS.
19. Criptomoedas, blockchain e os impactos na
economia mundial.

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Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo

Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

41
AULA 08 – COMÉRCIO INTERNACIONAL

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #8: Comércio internacional.


TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 8.

MATERIAL DE AULA

ACORDO GERAL SOBRE TARIFAS E COMÉRCIO – GATT-1947 (artigos e trechos selecionados)

ARTIGO I retarda, sensivelmente o estabelecimento de uma


indústria nacional.
TRATAMENTO GERAL DE NAÇÃO MAIS FAVORECIDA
2. Com o fim de neutralizar ou impedir "dumping" a
1. Qualquer vantagem, favor, imunidade ou privilégio
Parte Contratante poderá cobrar sobre o produto, objeto
concedido por uma Parte Contratante em relação a um
de um "dumping" um direito "antidumping" que não
produto originário de ou destinado a qualquer outro país,
exceda a margem de "dumping" relativa a esse produto.
será imediata e incondicionalmente estendido ao
produtor similar, originário do território de cada uma das ARTIGO XI
outras Partes Contratantes ou ao mesmo destinado.
ELIMINAÇÃO GERAL DAS RESTRIÇÕES
ARTIGO III QUANTITATIVAS
TRATAMENTO NACIONAL NO TOCANTE A 1. Nenhuma Parte Contratante instituirá ou manterá, para
TRIBUTAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO INTERNAS a importação de um produto originário do território de
outra Parte Contratante, ou para a exportação ou venda
1. As Partes Contratantes reconhecem que os impostos e
para exportação de um produto destinado ao território
outros tributos internos, assim como leis, regulamentos e
de outra Parte Contratante, proibições ou restrições a
exigências relacionadas com a venda, oferta para venda,
não ser direitos alfandegários, impostos ou outras taxas,
compra, transporte, distribuição ou utilização de
quer a sua aplicação seja feita por meio de contingentes,
produtos no mercado interno e as regulamentações
de licenças de importação ou exportação, quer por outro
sobre medidas quantitativas internas que exijam a
qualquer processo.
mistura, a transformação ou utilização de produtos, em
quantidade e proporções especificadas, não devem ser ARTIGO XII
aplicados a produtos importados ou nacionais, de modo
RESTRIÇÕES DESTINADAS A PROTEGER O
a proteger a produção nacional.
EQUILÍBRIO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS
2. Os produtos do território de qualquer Parte
1. Não obstante as disposições do parágrafo primeiro do
Contratante, importados por outra Parte Contratante,
artigo XI, toda Parte Contratante, a fim de salvaguardar
não estão sujeitos, direta ou indiretamente, a impostos
sua posição financeira exterior e o equilíbrio de sua
ou outros tributos internos de qualquer espécie
balança de pagamentos, pode restringir o volume ou o
superiores aos que incidem, direta ou indiretamente,
valor das mercadorias cuja importação ela autoriza, sob
sobre produtos nacionais.
reserva das disposições dos parágrafos seguintes do
ARTIGO VI presente artigo.
DIREITOS "ANTIDUMPING" E DE COMPENSAÇÃO ARTIGO XX
1. As Partes Contratantes reconhecem que o "dumping" EXCEÇÕES GERAIS
que introduz produtos de um país no comércio de outro
Desde que essas medidas não sejam aplicadas de forma
país por valor abaixo do normal é condenado se causa ou
a constituir quer um meio de discriminação arbitrária, ou
ameaça causar prejuízo material a uma indústria
injustificada, entre os países onde existem as mesmas
estabelecida no território de uma Parte Contratante ou
condições, quer uma restrição disfarçada ao comércio
42
internacional, disposição alguma do presente capítulo ARTIGO XXI
será interpretada como impedindo a adoção ou
EXCEÇÕES RELATIVAS À SEGURANÇA
aplicação, por qualquer Parte Contratante, das medidas:
Nenhuma disposição do presente Acordo será
(a) necessárias à proteção da moralidade pública;
interpretada:
(b) necessárias à proteção da saúde e da vida das pessoas
(a) como impondo a uma Parte Contratante a obrigação
e dos animais e à preservação dos vegetais;
de fornecer informações cuja divulgação seja, a seu
(c) que se relacionem à exportação e a importação do critério, contrária aos interesses essenciais de sua
ouro e da prata; segurança;
(d) necessárias a assegurar a aplicação das leis e (b) ou como impedindo uma Parte Contratante de tomar
regulamentos que não sejam incompatíveis com as todas as medidas que achar necessárias à proteção dos
disposições do presente acordo, tais como, por exemplo, interesses essenciais de sua segurança:
as leis e regulamentos que dizem respeito à aplicação de
(i) relacionando-se às matérias desintegráveis ou às
medidas alfandegárias, à proteção das patentes, marcas
matérias primas que servem à sua fabricação;
de fábrica e direitos de autoria e de reprodução, e a
medidas próprias a impedir as práticas de natureza a (ii) relacionando-se ao tráfico de armas, munições e
induzir em erro; material de guerra e a todo o comércio de outros artigos
e materiais destinados direta ou indiretamente a
(e) relativas aos artigos fabricados nas prisões:
assegurar o aprovisionamento das forças armadas;
(f) impostas para a proteção de tesouros nacionais de
(iii) aplicadas em tempo de guerra ou em caso de grave
valor artístico, histórico ou arqueológico;
tensão internacional;
(g) relativas à conservação dos recursos naturais
(c) ou como impedindo uma Parte Contratante de tomar
esgotáveis, se tais medidas forem aplicadas
medidas destinadas ao cumprimento de suas obrigações
conjuntamente com restrições à produção ou ao
em virtude da Carta das Nações Unidas, a fim de manter
consumo nacionais;
a paz e a segurança internacionais.
(h) tomadas em execução de compromisso contraídos em
ARTIGO XXIV
virtude de um Acordo intergovernamental sobre um
produto de base, em conformidade com os critérios APLICAÇÃO TERRITORIAL -TRÁFICO FRONTEIRIÇO -
submetidos às Partes Contratantes e não desaprovados UNIÕES ADUANEIRAS E ZONAS DE LIVRE TROCA
por elas e que é ele próprio submetido às Partes 2. Para os fins de aplicação do presente Acordo,
Contratantes e não é desaprovado por elas. entende-se por território aduaneiro todo o território para
(i) que impliquem em restrições à exportação de matérias o qual tarifas aduaneiras distintas ou outras
primas produzidas no interior do país e necessárias para regulamentações aplicáveis às trocas comerciais sejam
assegurar a uma indústria nacional de transformação as mantidas a respeito de outros territórios para uma parte
quantidades essenciais das referidas matérias-primas substancial do comércio do território em questão.
durante os períodos nos quais o preço nacional seja 4. As Partes Contratantes reconhecem que é
mantido abaixo do preço mundial, em execução de um recomendável aumentar a liberdade do comércio,
plano governamental de estabilização; sob reserva de desenvolvendo, através de acordos livremente
que essas restrições não tenham por efeito reforçar a concluídos, uma integração mais estreita das economias
exportação ou a proteção concedida à referida indústria dos países participantes de tais acordos. Reconhecem
nacional e não sejam contrárias às disposições do igualmente que o estabelecimento de uma união
presente Acordo relativas à não discriminação. aduaneira ou de uma zona de livre comércio deve ter por
(j) essenciais à aquisição ou a distribuição de produtos finalidade facilitar o comércio entre os territórios
dos quais se faz sentir uma penúria geral ou local. constitutivos e não opor obstáculos ao comércio de
outras Partes Contratantes com esses territórios.

43
Estrutura da OMC
Estrutura da OMC
Estrutura da OMC

IESDE Brasil S.A. Adaptado.


Conferência Ministerial

Reunião do Conselho Geral na qualidade Reunião do Conselho Geral na qualidade


de Órgão de Solução de Controvérsias de Órgão de Exame de Políticas Comerciais
Conselho Geral

Órgão de Apelação
Grupos Especiais de solução de controvérsias

Comitês de
Conselho de Direitos de
Propriedade Intelectual Conselho de
Conselho de
Relacionados ao Comércio de
Desenvolvimento Comércio de Bens
Comércio (Conselho Serviços
Subcomitê de Países Menos
Desenvolvidos
TRIPS)

Regionais
Comitês de
Comitê de
Pagamentos
Financeiros
Financeiros e Administrativos
Fitossanitárias
Grupos de Trabalho sobre
Grupos de Trabalho sobre
Comércio
Grupos de Trabalho sobre
Compensatórias

Acordos Plurilaterais
Tecnologia
Comitê de Comércio de Aeronaves
Inativos: Civis
Comitê de Compras Governamentais
Investimento Relacionadas ao Comércio
Salvaguardas
Programa de Doha para o
Política de Concorrência Grupos de Trabalho sobre
Desenvolvimento:
CNC e seus orgãos
Governamentais

Acordos Plutilaterais Comitê de Negociações


Comitê de Acordo sobre Tecnologia da Comerciais
Informação
Reuniões Especiais do
Conselho de Comércio de Serviços/
Conselho TRIPS/ Orgão de Solução de
Explicação Controvérsias/ Comitê de Agricultura e
Subcomitê sobre o Algodão/ Comitê de
Reportar-se ao Conselho (ou a um órgão subsidiário)
Comércio e Desenvolvimento/ Comitê
Reportar-se ao Órgão de Solução de Controvérsias de Comércio e Meio Ambiente

Os Comitês dos Acordos Plurilaterais reportam suas atividades ao Conselho Grupo de Negociação sobre
Geral ou ao Conselho de Comércio de Bens, embora estes acordos não Acesso a Mercados/ Regras/ Facilitação
tenham sido assinados por todos os Membros da OMC. do Comércio
O Comitê de Negociações Comerciais se reporta ao Conselho Geral

O Conselho se reúne também na qualidade de Órgão de Exame de Políticas Comerciais e Órgãos de Solução de Controvérsias.
Fonte: site da OMC (<www.wto.org>).

A autoridade máxima da OMC é a Conferência Ministerial, formada


por representantes (ministros das relações exteriores) de todos os seus
44
34
Sistema de Solução de Controvérsias da OMC

Fonte: OMC.

45
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópicos do edital Leituras

13. O Brasil e a agenda internacional:


13.8. Comércio internacional e Organização
Mundial do Comércio (OMC).

Relevância do tema / cobrança nos últimos concursos

Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo

Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

46
AULA 09 – BLOCOS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO EUROPEIA E
INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #9: Blocos econômicos, integração europeia e integração latino-
americana.
TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 9.

MATERIAL DE AULA

Tipos de integração econômica

Área/zona de livre comércio: redução de barreiras tarifárias e não tarifárias


União aduaneira: redução de barreiras tarifárias e não tarifárias + Tarifa Externa Comum (TEC)
Mercado comum: redução de barreiras tarifárias e não tarifárias + Tarifa Externa Comum (TEC) + livre
circulação de serviços, capitais e pessoas
União monetária: adoção de moeda única

Bloco MERCOSUL União Europeia


1951 – Tratado de Paris – CECA
Criação 1991 – Tratado de Assunção 1957 – Tratados de Roma – CEE e Euratom
1992 – Tratado de Maastricht – UE
Estágio União aduaneira imperfeita União monetária (zona do euro)
Membros 5 (Venezuela suspensa em 2016/2017) 27 (o Reino Unido saiu em 2020)
Albânia, Macedônia do Norte,
Candidatos Bolívia (em fase de ratificação)
Montenegro, Sérvia e Turquia
CMC – decisório (emite decisões ou Conselho da União Europeia – decisório;
recomendações); nível ministerial nível ministerial
GMC – iniciativa legislativa (emite Parlamento Europeu – decisório;
resoluções); nível de altos funcionários parlamentares eleitos por voto direto
CCM – caráter técnico (emite diretivas); Comissão Europeia – executório e iniciativa
Estrutura nível técnico legislativa; comissários
Parlasul – representativo, sem capacidade Conselho Europeu – define orientações e
decisória (faz propostas para o CMC); prioridades políticas gerais da UE; chefes
parlamentares chegaram a ser eleitos por de Estado ou de Governo, presidente do
voto direto na Argentina e no Paraguai (em Conselho Europeu e presidente da
2019, foi suspensa a eleição direta) Comissão Europeia

47
Histórico da integração europeia

48
Ampliações do processo de integração europeia Acordo de Schengen – participantes

- 1951: Bélgica, Alemanha, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos (total: 6 países)

- 1973: Dinamarca, Irlanda, Reino Unido (total: 9 países)

- 1981: Grécia (total: 10 países)

- 1986: Portugal, Espanha (total: 12 países)

- 1995: Áustria, Finlândia, Suécia (total: 15 países)

- 2004: Chipre, Eslovênia, Eslováquia, Estônia, Hungria, Lituânia, Letônia, Malta, Polônia,
República Tcheca (total: 25 países)

- 2007: Bulgária, Romênia (total: 27 países)

- 2013: Croácia (total: 28 países)

- 2020: saída do Reino Unido (total: 27 países)

Após o referendo que aprovou o


“Brexit” (2016), o artigo 50 do
Tratado de Lisboa foi invocado
pelo Reino Unido em 2017, o que
deu início, de maneira formal, ao
processo de saída do país da UE,
concluído em 2020.

A União Europeia desde 2020

49
Organograma do MERCOSUL

Fonte: página do MERCOSUL.


PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópicos do edital Leituras

3. O Brasil e a América do Sul.


3.1. Integração na América do Sul.
3.2. O Mercosul: origens do processo de
integração no Cone Sul.
3.3. Objetivos, características e estágio atual
de integração.
3.4. As iniciativas de integração física,
energética, política, econômica e de defesa na
América do Sul.
7. União Europeia: origens, evolução histórica,
estrutura e funcionamento, situação atual, política
externa e relações com o Brasil.
15. O Brasil e a formação dos blocos econômicos, a
negociação de acordos comerciais e a promoção
comercial.

Relevância do tema / cobrança nos últimos concursos

Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo


Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

51
AULA 10 – ESTADOS UNIDOS: POLÍTICA EXTERNA E RELAÇÕES COM
O BRASIL

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #10: Estados Unidos: política externa e relações com o Brasil.
TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 10.

MATERIAL DE AULA

Relações: diálogo de parceria global (2010); diálogo de parceria estratégica (2019)


Déficit para o Brasil desde 2009 (exceto 2017).
Comércio e investimentos

Comércio em 2019: exportações US$ 29,6 bi, importações US$ 30,1 bi, déficit
de US$ 526 mi para o Brasil.
Os EUA foram o 2º maior parceiro comercial, de exportações e de importações
e o maior comprador de manufaturados e semimanufaturados do Brasil em
2019. Exportações: 63% manufaturados (destaques: óleos brutos de petróleo,
produtos semimanufaturados de ferro ou aços e aviões). Importações: 90%
manufaturados (combustíveis, hulhas/carvão mineral, medicamentos).
EUA: país com o maior estoque de investimentos no Brasil.
Grande comunidade brasileira nos EUA (cerca de 1,5 milhão, a maior no
exterior) e expressiva diáspora científica brasileira nos EUA. Acordo sobre
Transportes Aéreos (“Acordo de Céus Abertos”). Convergência de posições
sobre a situação na Venezuela e reconhecimento do governo legítimo de Juan
Guaidó. Assinatura e entrada em vigor do AST. Apoio dos EUA à acessão do
Convergências

Brasil à OCDE (segue pendente acordo entre os membros da OCDE sobre o


cronograma de acessões). Brasil concordou em começar a abrir mão do TED
na OMC. Reconhecimento do Brasil como aliado prioritário extra-OTAN pelos
EUA. Criação do Diálogo de Parceria Estratégica. Inclusão do Brasil no
Programa Global Entry. Retomada do Fórum de Altos Executivos (CEO Forum).
Criação do Foro Permanente de Segurança. Criação do Fórum de Energia
Brasil-EUA. Interesse bilateral em negociar acordo comercial abrangente. Brasil
ampliou quota de importações de etanol e estabeleceu quota de importação
de trigo com alíquota zero, demandas dos EUA. Cooperação agrícola no
âmbito do AG-5 (Argentina, Brasil, Canadá, EUA e México).
Demanda brasileira de acesso aos mercados norte-americanos de carne bovina
in natura, aço e alumínio. Demanda norte-americana de maior acesso aos
Desafios

mercados brasileiros de trigo e etanol. EUA impõem tarifas sobre aço e quotas
sobre alumínio desde 2018. Temas consulares (separação de menores em 2018;
elevação do número de brasileiros detidos na fronteira dos EUA com o México
desde 2019). Ausência de apoio formal dos EUA ao pleito brasileiro ao CSNU.

52
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópico do edital Leituras

6. Estados Unidos da América: política externa e


relações com o Brasil.

Relevância do tema / cobrança nos últimos concursos

Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo

Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

53
AULA 11 – ARGENTINA: POLÍTICA EXTERNA E RELAÇÕES COM O
BRASIL

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #11: Argentina: política externa e relações com o Brasil.
TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 11.

MATERIAL DE AULA

Relações: aliança estratégica (1997)


Superávit para o Brasil de 2004 a 2018, com déficit em 2019. Queda pronunciada
no comércio bilateral em 2014 e 2015, com recuperação parcial a partir de 2016.
Comércio e investimentos

Comércio em 2019: exportações US$ 9,7 bi, importações US$ 10,6 bi, déficit de
US$ 830 mi para o Brasil. Queda de 35% nas exportações brasileiras em 2019.
A Argentina foi o 3º maior parceiro comercial, 4º maior parceiro de exportações, 3º
maior parceiro de importações e o segundo maior comprador de manufaturados
do Brasil em 2019. O Brasil é o maior parceiro comercial da Argentina.
Exportações: 91% manufaturados (destaques: automóveis, autopeças e veículos de
carga). Importações: 76% manufaturados (destaques: veículos de carga - 25%,
automóveis e trigo).
Grande estoque de investimentos brasileiros (mineração, siderúrgico, alimentício,
bancário, automotivo e têxtil).
Áreas de destaque: integração regional; comércio e investimentos; CT&I; energia;
cooperação nuclear, espacial, de defesa, de infraestrutura e de comunicações
(adesão ao padrão nipo-brasileiro de TV digital); segurança nas fronteiras; apoio
tradicional do Brasil (desde 1833) ao pleito argentino sobre as Ilhas Malvinas;
Convergências

concertação política (Mecanismo de Coordenação Política Brasil-Argentina).


No governo Macri: convergência de posições sobre a situação na Venezuela;
convergência sobre a abertura comercial (proposta brasileira de redução da TEC) e
conclusão das negociações comerciais do Mercosul com a UE e a EFTA; denúncia
do tratado constitutivo da UNASUL pelos dois países e apoio à criação do PROSUL;
assinatura de novo acordo automotivo. No governo Fernández: busca de agenda
pragmática.
Protecionismo comercial argentino (o maior déficit comercial argentino é com o
Brasil) e crise financeira argentina (impactos sobre as importações de produtos
brasileiros). Postura defensiva argentina no comércio de açúcar e automotivo.
Desafios

Contrariedade ao pleito brasileiro ao CSNU (faz parte do “Unidos pelo Consenso”);


diferentes perspectivas dos governos Bolsonaro e Fernández sobre a abertura do
Mercosul (como o acordo com a UE) e a conjuntura sul-americana (a exemplo das
situações na Bolívia e na Venezuela).

54
Acordos e iniciativas importantes entre Brasil e Argentina
1979: Acordo Tripartite Itaipu-Corpus 1990: Ata de Buenos Aires; ACE nº 14; Declaração
sobre Política Nuclear Comum Brasileiro-Argentina
1980: Acordo de Cooperação para o
(aprova o SCCC)
Desenvolvimento e a Aplicação dos Usos Pacíficos
da Energia Nuclear 1991: Tratado de Assunção (MERCOSUL); Acordo
de Guadalajara (ABACC); Acordo Quadripartite
1985: Declaração de Iguaçu
(Argentina-Brasil-ABACC-AIEA)
Declarações conjuntas sobre política nuclear: Foz
1997: reconhecimento da aliança estratégica
do Iguaçu (1985), Brasília (1986), Viedma (1987),
Iperó (1988) e Ezeiza (1988) 2003: Consenso de Buenos Aires
2004: Ata de Copacabana
1986: Ata para a Integração Brasileiro-Argentina
(estabelece o PICE); Ata de Amizade Brasileiro- 2016: criação do Mecanismo de Coordenação
Argentina: Democracia, Paz e Desenvolvimento Política Brasil-Argentina
1988: Tratado de Integração, Cooperação e
Desenvolvimento
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópico do edital Leituras

4. Argentina: política externa e relações com o


Brasil.

Relevância do tema / cobrança nos últimos concursos

Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo

Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

56
AULA 12 – ÁSIA, CHINA, ÍNDIA E JAPÃO: POLÍTICAS EXTERNAS E
RELAÇÕES COM O BRASIL

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #12: Ásia, China, Índia e Japão: política externa e relações com o
Brasil.
TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 12.

MATERIAL DE AULA

ÍNDIA

Relações: parceria estratégica (2006)


Déficit para o Brasil entre 2013 e 2015, superávits de 2016 a 2018 e novo déficit
em 2019. Depois do recorde de US$11,4 bi em 2014, a corrente de comércio
caiu (influência da queda do petróleo e de commodities minerais e agrícolas),
Comércio e investimentos

com oscilações nos anos seguintes.


Comércio em 2019: exportações US$ 2,8 bi, importações US$ 4,3 bi, déficit de
US$ 1,5 bi para o Brasil. 18º no ranking de exportações e 7º no de importações
em 2019. Queda de quase 30% nas exportações em 2019 com relação a 2018.
Exportações: 54% industrializados em 2019 (destaques: óleos brutos de
petróleo, óleo de soja, ouro e açúcar de cana). Importações: 95%
manufaturados (químicos, óleos combustíveis, defensivos agrícolas e fármacos).
Investimentos indianos no Brasil crescentes, mas ainda baixos (mineração,
energia, TI, farmacêutico, agropecuário, eletrônico, siderúrgico,
automobilístico).
Convergência multilateral histórica; reforma da governança global; apoio ao
pleito brasileiro ao CSNU (integra o G4); concertação: BRICS, BASIC, G4, G20,
Convergências

IBAS; defesa (Comitê Conjunto de Defesa Brasil-Índia); CT&I; biotecnologia;


espaço (satélites); agropecuária; defesa; meio ambiente e mudança do clima
(BASIC); energia e biocombustíveis; atuação multilateral coordenada para
defesa de genéricos e acesso a medicamentos; interesse mútuo em expandir o
APTF Mercosul-Índia; defesa do mandato agrícola da Rodada Doha; Plano de
Ação para Fortalecer a Parceria Estratégica entre o Brasil e a Índia (2020);
assinatura do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (2020).
Comércio ainda baixo, com oscilações recentes, e exportações brasileiras
concentradas em poucos produtos; divergências sobre demandas brasileiras de
Desafios

cortes em programas de apoio agrícola (há gasto crescente da Índia em


subsídios); posicionamento indiano contrário ao processo de reforma da OMC
atualmente em discussão e oposição indiana ao abandono do TED, defendido
pelo Brasil.

57
CHINA

Relações: parceria estratégica (1993); parceria estratégica global (2012); diálogo


estratégico global (o primeiro foi realizado em 2014, em nível de chanceleres)
• Estabelecimento de relações diplomáticas: 1913 (República da China)
Histórico

• Revolução Chinesa (1949): Brasil não reconhece a RPC, mantém relações com
República da China (Taiwan/Formosa) e abre embaixada em Taipei (1952)
• Estabelecimento de relações diplomáticas com a RPC: 1974 (e rompimento
tácito com Taiwan)
Superávit para o Brasil desde 2009. De 2014 a 2016, queda na corrente de
comércio, após o recorde de 2013. Retomada a partir de 2017, com recorde
histórico de exportações em 2018.
Maior parceiro comercial (desde 2009), maior origem de importações (voltou a
Comércio e investimentos

superar os EUA, que ficou na frente em 2016) e maior destino de exportações


(desde 2009) do Brasil.
Comércio em 2019: exportações US$ 62,9 bi, importações US$35,3 bi, superávit
de US$ 27,6 bi para o Brasil (o maior superávit para o Brasil no ano).
Exportações concentradas (89%) em básicos (destaques: soja – 33%, óleos brutos
de petróleo – 24% e minério de ferro – 21%). Importações: 98% manufaturados
(plataformas de perfuração ou de exploração, dragas, etc.; circuitos impressos e
outras partes para aparelhos de telefonia; partes de aparelhos transmissores ou
receptores). Ampliação recente dos investimentos chineses no Brasil (energia
renovável, saneamento, telecomunicações, agronegócio, TI, serviços, energia,
infraestrutura portuária, finanças).
Convergências

Diversificação de temas; Comitê Conjunto de Defesa (2004); Conselho Empresarial


Brasil-China (2004); COSBAN (2004); cooperação financeira; CT&I; cooperação
espacial (lançamento de satélites pelo Programa CBERS); defesa da reforma da
governança global; concertação, cooperação no BRICS; G20 financeiro;
concertação em matéria de mudança do clima no âmbito do BASIC.

Exportações brasileiras concentradas em poucos bens e com baixo valor agregado


Desafios

(apenas soja, petróleo bruto e minério de ferro corresponderam a 82% das


exportações brasileiras para a China em 2018); ausência de apoio declarado ao
pleito brasileiro ao CSNU; apoio chinês ao regime de Nicolás Maduro.

58
JAPÃO
Relações: parceria estratégica e global (2014)

• Estabelecimento de relações diplomáticas: 1895


Histórico

• Rompimento: 1942
• Restabelecimento: 1952

Superávit para o Brasil desde 2010 (exceto 2015 e 2018). Entre 2011 e 2016, o
Comércio e investimentos

intercâmbio comercial caiu a mais da metade (queda nos preços do minério de


ferro, redução do embarque de carnes, crise brasileira). Aumento de 25% nas
exportações brasileiras em 2019.
Comércio em 2019: exportações US$ 5,4 bi, importações US$ 4,1 bi, superávit de
US$ 1,3 bi para o Brasil. 5º no ranking de exportações e 9º no de importações.
Exportações em 2019: 70% básicos (destaques: milho, minério de ferro, carne de
frango, café). Importações: 99% manufaturados (autopeças, automóveis,
plataformas de perfuração ou de exploração, dragas, etc.). 6º maior estoque de
investimentos externos no Brasil (700 empresas japonesas).
Laços humanos tradicionais (o Brasil abriga a maior população japonesa fora do
Japão, e cerca de 190 mil brasileiros vivem no Japão, a 3ª maior comunidade
nacional no exterior); fenômeno decasségui é importante fonte de fluxo de
Convergências

capitais remetidos ao Brasil; Prodecer (1974); acordo de previdência social (2010);


apoio ao pleito brasileiro no CSNU (G4); busca de expansão dos investimentos
(especialmente, em infraestrutura); CT&I; padrão nipo-brasileiro de TV digital em
quase toda a América do Sul + alguns países da América Central, da África e da
Ásia; cooperação trilateral (Prosavana em Moçambique); educação; cooperação
sobre megaeventos esportivos; possíveis tratativas comerciais com o Mercosul.
Exportações brasileiras concentradas em poucos produtos primários; painel
Desafios

aberto na OMC contra políticas brasileiras para os setores automotivo e de


tecnologia da informação (derrota do Brasil em alguns tópicos, mas o OA reverteu,
em favor do Brasil, algumas conclusões do painel).

59
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópicos do edital Leituras

10. O Brasil e a Ásia.


10.1 China, Índia e Japão: políticas externas e
relações com o Brasil.

Relevância do tema / cobrança nos últimos concursos

Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo

Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

60
AULA 13 – UNIÃO EUROPEIA E RÚSSIA: POLÍTICAS EXTERNAS E
RELAÇÕES COM O BRASIL

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #13: União Europeia, Alemanha, França, Reino Unido e Rússia:
política externa e relações com o Brasil.
TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 13.

MATERIAL DE AULA

UNIÃO EUROPEIA

Relações: parceria estratégica (2007)


Superávit histórico para o Brasil (com período de déficit entre 2013 e 2015). Queda
de 15% nas exportações em 2019.
Comércio e investimentos

Comércio em 2019: exportações US$ 35,7 bi, importações US$ 33,3 bi, superávit
de US$ 2,3 bi para o Brasil (em conjunto, 2º maior destino de exportações, 2ª maior
origem de importações e 2º maior parceiro comercial do Brasil).
Exportações: 46% básicos (destaques: soja, café, celulose e minério de ferro).
Importações: 94% manufaturados (fármacos, químicos e autopeças).
Principal parceiro comercial e principal origem de importações do Brasil na UE:
Alemanha.
Principal destino de exportações brasileiras na UE: Países Baixos.
Quase 50% dos investimentos externos no Brasil (em fluxo e em estoque) são
europeus (destaque para manufaturas e tecnologias da informação e comunicação).
Comércio e investimentos. Cúpulas: Brasil-UE, CELAC-UE (o Brasil suspendeu sua
participação na CELAC em 2020) e Ibero-Americana; reuniões de altos funcionários
e mais de trinta diálogos setoriais. Conclusão do capítulo comercial acordo de
Convergências

associação Mercosul-UE (2019). Relações baseadas em valores compartilhados:


defesa da democracia, defesa da paz, foco na integração e na identidade cultural e
histórica, reforma da governança global, combate à fome e à miséria. Cooperação
diversificada: espacial, saúde, defesa, energia e biocombustíveis, agricultura,
ciência e tecnologia, tecnologia da informação, etc. Cooperação espacial, nuclear
e em defesa com a França (programas de submarinos – PROSUB – e helicópteros –
H-XBR). Cooperação ambiental com a Alemanha. Apoios ao pleito do G4 ao CSNU
(como Alemanha, França e Reino Unido, entre outros).
Subsídios europeus à agricultura (PAC). Painel aberto na OMC pela UE contra
políticas brasileiras para os setores automotivo e de tecnologia da informação
Desafios

(derrota do Brasil em alguns tópicos, mas o OA reverteu, em favor do Brasil,


algumas conclusões do painel). Divergências com a Alemanha e a Noruega sobre o
Fundo Amazônia (2019) e com a França sobre o desmatamento na Amazônia.

61
RÚSSIA

Relações: parceria estratégica (2002)


• Estabelecimento de relações diplomáticas: 1828 (Império Russo)
Histórico

• Rompimento: 1917
• Restabelecimento: 1945 (URSS)
• Rompimento: 1947
• Restabelecimento: 1961 (URSS)
O Brasil teve superávit de 2001 a 2017. Comércio em 2019: exportações US$ 1,6
Comércio

bi, importações US$ 3,7 bi, déficit de US$ 2,1 bi para o Brasil.
Exportações brasileiras: 66% de produtos básicos (destaques: carnes – 26% e soja
– 22%). Importações: 90% industrializadas (fertilizantes).
Apoio declarado ao pleito brasileiro ao CSNU; defesa da reforma da governança
global; concertação e cooperação no BRICS; educação; aliança tecnológica (2004);
CT&I (iniciativa para internacionalização de startups brasileiras); navegação por
Convergências

satélite (participação de instituições brasileiras no sistema russo GLONASS); Plano


de Ação da Parceria Estratégica (2010); Acordo de Defesa (2012); cooperação
aeroespacial e técnico-militar; cooperação cultural; energia; diálogo político na
Comissão de Alto Nível (CAN); consultas políticas bilaterais (Comissão
Intergovernamental de Cooperação) e multilaterais (Comissão Política); Rússia
voltou a comprar carnes suína e bovina de fornecedores brasileiros em 2018, após
um ano de embargo por questões sanitárias.
À exceção do destaque para a venda de tratores, as exportações brasileiras
Desafios

dependem largamente de produtos básicos; investimentos bilaterais baixos;


comércio bilateral aquém das possibilidades (meta de US$ 10 bi ainda não
alcançada); apoio russo a Nicolás Maduro.

62
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópicos do edital Leituras

7. União Europeia: origens, evolução histórica,


estrutura e funcionamento, situação atual, política
externa e relações com o Brasil.
8. Rússia: política externa e relações com o Brasil.

Relevância do tema / cobrança nos últimos concursos

Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo

Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

63
AULA 14 – O CONTINENTE AMERICANO E O BRASIL

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #14: O continente americano e o Brasil.


TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 14.

MATERIAL DE AULA

Principais grupos, mecanismos e organizações

OEA (1948) MERCOSUL (1991) CELAC (2010)


ALALC (1960) CASA (2004) PROSUL (2019)
ALADI (1980) CALC (2008)
Grupo do Rio (1986) UNASUL (2008)

AMÉRICA DO SUL

Grande superávit para o Brasil desde 2003.


Comércio em 2019: exportações US$ 27,8 bi, importações US$ 20,7 bi,
superávit de US$ 7,1 bi para o Brasil. Queda de 21% nas exportações em 2019.
Na América do Sul, o Brasil teve superávit comercial com quase todos os
países em 2019, exceto a Argentina.
Comércio

82% das exportações do Brasil para a América do Sul foram de manufaturados


(destaques: automóveis, óleos brutos de petróleo, veículos de carga e
autopeças), e 58% das importações foram de manufaturados (veículos de
carga, trigo, automóveis e gás natural).
A Argentina é o principal parceiro comercial do Brasil na América do Sul (35%
das exportações do Brasil para a região e 51% das importações provenientes
da região em 2019).
Integração regional; criação do PROSUL, em substituição à UNASUL (2019);
Convergências

desenvolvimento sustentável; combate à fome e à miséria; paz e segurança


(atuação na MINUSTAH); cooperação técnica; cooperação fronteiriça; ciência
e tecnologia; adesões ao padrão nipo-brasileiro de TV digital; adensamento
das relações econômicas e da convergência política; cooperação para
combate aos ilícitos transnacionais e para segurança das fronteiras.
Desafios

Crise econômica, democrática e humanitária na Venezuela.

64
AMÉRICA CENTRAL E CARIBE

Superávit histórico para o Brasil.


Comércio em 2019: exportações US$ 4,6 bi, importações US$ 744 mi,
superávit de US$ 3,8 bi para o Brasil.
Comércio

O Brasil tem superávit com quase todos os países da região. 76% das
exportações brasileiras em 2019 foram de manufaturados (destaques:
plataformas de perfuração ou de exploração, dragas, etc.; óleos
combustíveis; milho), e 91% das importações brasileiras foram de
manufaturados (medicamentos, gás natural e produtos químicos).
Convergências

Integração; desenvolvimento sustentável; combate à fome e à miséria; paz


e segurança (atuação na MINUSTAH); cooperação técnica; ciência e
tecnologia; Brasil tornou-se observador da Caricom (2004); I Cúpula Brasil-
Caricom (2010); iniciativas para promover comércio e investimentos.

Comércio ainda baixo, registrando quedas ou crescimento tímido em anos


recentes; críticas brasileiras a violações de direitos humanos e da
Desafios

democracia em Cuba e na Nicarágua; crítica brasileira à presença militar


cubana na Venezuela; fechamento recente de algumas embaixadas
brasileiras no Caribe; CELAC paralisada pelas divergências regionais
recentes (Brasil suspendeu sua participação na CELAC em 2020).

65
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópicos do edital Leituras

3. O Brasil e a América do Sul.


5. Relações do Brasil com os demais países do
hemisfério.
14. O Brasil e o sistema interamericano.
14.1. A Organização dos Estados Americanos.

Relevância do tema / cobrança nos últimos concursos

Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo

Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

66
AULA 15 – O ORIENTE MÉDIO E O BRASIL

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #15: O Oriente Médio e o Brasil.


TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 15.

MATERIAL DE AULA

ORIENTE MÉDIO

Superávits para o Brasil desde 2001.


Comércio em 2019: exportações US$ 10,8 bi, importações US$ 5,1 bi, superávit
de US$ 5,7 bi para o Brasil.
Comércio

Em 2019, 69% das exportações do Brasil para o Oriente Médio foram de


básicos (destaques: carne de frango, minério de ferro, milho e açúcar), e 55%
das importações foram de manufaturados (combustíveis e adubos). O principal
parceiro comercial do Brasil na região em 2019 foi a Arábia Saudita, origem de
45% das importações brasileiras provenientes da região.
Grandes comunidades árabe e judaica no Brasil; acolhimento de refugiados
sírios; defesa de solução negociada e apoio à solução de dois Estados para o
Convergências

conflito Israel-Palestina; parcerias em defesa; energia; complementariedade de


mercados; exportações brasileiras de alimentos; cooperação técnica; defesa da
paz e das justas aspirações pela democracia no contexto da Primavera Árabe;
concertação político-diplomática no âmbito da Cúpula ASPA (2005); Brasil é
observador da Liga Árabe (2002); maior convergência de posições entre Brasil
e Israel a partir de 2019; abertura de escritório de promoção comercial da
Apex-Brasil em Jerusalém.
Terrorismo, situação de insegurança, conflitos e crises humanitárias na região;
descontentamento palestino e de alguns países árabes sobre aproximação
entre Brasil e Israel a partir de 2019 e sobre a menção à possível mudança da
Desafios

embaixada para Jerusalém.


Divergências recentes com o Irã: desentendimento sobre recusa da Petrobras
em abastecer navios iranianos sancionados pelos EUA (2019); manifestação
brasileira de apoio à luta global contra o terrorismo no contexto do ataque
norte-americano contra o chefe da Guarda Revolucionária Iraniana (2020).

67
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópicos do edital Leituras

11. O Brasil e o Oriente Médio.


11.1. A questão israelo-palestina.
11.2. Síria, Iraque, Irã e outras situações
nacionais relevantes.

Relevância do tema / cobrança nos últimos concursos

Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo

Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

68
AULA 16 – A ÁFRICA E O BRASIL

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #16: A África e o Brasil.


TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 16.

MATERIAL DE AULA

ÁFRICA

Havia tendência histórica de déficit para o Brasil, mas há superávit desde 2016.
Comércio em 2019: exportações US$ 7,5 bi, importações US$ 5,6 bi, superávit
de US$ 2 bi para o Brasil.
A partir de 2015, houve queda brusca nas importações brasileiras de produtos
Comércio

africanos, o que reverteu a tendência histórica de déficit para o Brasil.


59% das exportações brasileiras para a África em 2019 foram de produtos
industrializados (destaques: açúcar – 27%, milho, carnes (bovina e de frango)
e minério de ferro). 53% das importações brasileiras provenientes da África
foram de produtos industrializados (combustíveis – 55% e adubos).
O principal parceiro comercial do Brasil na África em 2019 foi a Argélia,
importante origem de importação de combustíveis.
ZOPACAS (A/RES/41/11, 1986); cooperação técnica; combate à fome e à
pobreza; desenvolvimento; reestruturação de dívidas soberanas; herança
cultural e passado comum; ciência, tecnologia e inovação (ProÁfrica);
cooperação e concertação na CPLP; presença de empreiteiras brasileiras;
Convergências

cooperação em defesa; cooperação em segurança, combate ao crime e


enfrentamento à corrupção; participação recente em operações de paz (Abyei
– Sudão/Sudão do Sul, Côte d’Ivoire, Libéria, República Centro-Africana, Saara
Ocidental, Sudão do Sul; generais brasileiros exerceram o comando militar da
missão na República Democrática do Congo (MONUSCO) de 2013 a 2015 e
desde 2018; concertação político-diplomática: Cúpula ASA (2006-2013); Brasil
tornou-se observador da UA (2005); criação do Grupo de Trabalho
Interministerial de Acompanhamento da Situação no Golfo da Guiné (2019),
para tratar de questões diplomáticas e militares relacionadas à região.

69
PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópicos do edital Leituras

9. O Brasil e a África.
12. A Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa.

Relevância do tema / cobrança nos últimos concursos

Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo

Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

70
AULA 17 – NOVOS TEMAS E AGENDAS DA POLÍTICA EXTERNA
BRASILEIRA

BIBLIOGRAFIA INDICADA

TEXTO 1 – CADERNO GLOBAL #17: Novos temas e agendas da política externa brasileira.
TEXTO 2 – PÁGINA DO ITAMARATY: Textos esquematizados, aula 17.

PLANEJAMENTO DE ESTUDOS

Tópico do edital Leituras


15. O Brasil e a formação dos blocos
econômicos, a negociação de acordos
comerciais e a promoção comercial.

Relevância do tema / cobrança nos últimos concursos

Principais tópicos de estudo

Avaliação do rendimento do estudo

Meu conhecimento sobre a matéria antes de começar o estudo: Baixo Médio Alto

Meu conhecimento sobre a matéria após o estudo da aula: Baixo Médio Alto

Pontos de maior dificuldade que requerem mais estudo:

71

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