O DIREITO NA GRÉCIA ANTIGA
PROFESSOR: MAX ADILSON LIMA COSTA JÚNIOR.
São períodos da evolução jurídica da Grécia:
621 a.C – legislação de Dracon – leis severas –
aristocracia – 51 juízes. Destaca-se pelo fim à
solidariedade familiar e obriga-se o ingresso nos
tribunais para solução das controvérsias;
594 a.C – legislação de Sólon – novo conselho – 400
membros (alguns da classe média). Pessoas eram
divididas em classes de renda; a classe média e
inferiores tornaram-se elegíveis para a Assembleia;
Além disto, limitou-se a quantidade de terras que uma
só pessoa podia possuir (suprime-se a propriedade
dos clãs), foi determinado o ensino obrigatório de um
ofício para os menores e estabelecidas multas pesadas
para os ociosos.
Por fim, limitou o poder paterno, pois os filhos (do
sexo masculino) maiores se tornaram autônomos.
Porém, as mulheres permaneciam sempre sob alguma
tutela (ou do pai, ou do marido). O governo
continuava com os nobres e ricos.
510 a.C. – Clistenes – reforçou a legislação
reformadora de Sólon. Foi ampliado o sistema
representativo e a divisão territorial dos distritos.
São características gerais do direito grego:
1 - Existência de juízes leigos. Para crimes de
interesse público, o julgamento era feito por grandes
tribunais. Em casos menos importantes, por um
magistrado ou juiz singular. Poderia haver apelo para
a Assembleia;
2 - Não tinha um órgão público para acusar, a ação era
exclusivamente privada;
3 - Havia uma confusão de leis e era preciso provar os
fatos e o direito;
4- A pena de morte era amplamente aplicada, mas o
mais temido era ser expulso da cidade;
5 - Não haviam juristas. Os sofistas (pessoas
cobravam para preparar discursos e defesas)
dominavam a argumentação, os raciocínios lógicos e
a retórica. Porém, eram mal vistos na sociedade por
cobrarem por tal atividade;
6 - No início do ano era votado se haveria, ou não, o
ostracismo, que era retirada compulsória de
determinada pessoa da sociedade. Colocava-se o
nome de alguém dentro de uma concha de ostra e o
“escolhido” era obrigado a sair da polis. Para muitos,
era considerado pior que a morte.
A Grécia é considerada o berço da filosofia;
O Pensamento Ocidental é profundamente
influenciado pelo legado de pensadores gregos, como
Sócrates, Platão e Aristóteles, sendo referência
intelectual para as gerações vindouras.
“Osgregos se achavam superiores aos demais povos,
os quais eram rotulados de “bárbaros”.”
O universo helênico era composto por inúmeras
cidades-estado (poleis) independentes.
DoPeríodo Micênico (1500-1100 a.C.) pouco se sabe,
exceto que a povoação dos Bálcãs coincide com a
Idade do Bronze no Oriente Próximo.
“Poemas épicos, como a Ilíada e a Odisseia,
atribuídos a Homero (século VIII a.C.), talvez sejam
as únicas fontes literárias a fornecer dados plausíveis
para a reconstrução do passado helênico.”
Persistemmuitas lacunas sobre o Direito na Grécia
Antiga, apesar de sua inquestionável importância.
“Como bem destacou Gilissen, na atualidade melhor
se conhece o Direito Privado de Atenas.”
Códigos de Leis ou outras fontes diretas são raras no
Direito Grego, o que faz com que se recorram a
escritos filosóficos para remontar as regras daquela
época, destacando-se a obra A Política de Aristóteles.
Cuida-se de um direito baseado nas regras
consuetudinárias, ritualísticas, fundado no culto aos
antepassados e desenvolvido no seio da própria
família.
“Os gregos desenvolveram também a consciência da
existência de uma lei eterna, imutável, a reger o
homem indistintamente. Ora, trata-se de uma ideia
embrionária do que convencionamos chamar hoje de
“direito natural”.”
É atribuído aos gregos o florescimento de uma noção
preliminar de constitucionalismo, especialmente em
Atenas.
As cidades-estado helênicas possuíam ordenamento
jurídico próprio e gozavam de plena soberania.
A utilidade do Direito, na visão grega, era tão
somente parte do regime de governo das cidades-
estados.
As leis de Sólon eram ensinadas ao ateniense.
“O direito, presumia-se, devia ser aprendido
vivenciando-o. As leis deveriam fazer parte da
educação do cidadão. As discussões sobre a justiça
são discussões sobre a justiça na cidade, entre os
cidadãos e iguais.”
No século VII a.C., as cidades-estado se destacaram na
invenção de constituições ainda de forma embrionária,
sendo símbolo da estabilidade das instituições políticas do
Estado.
A inexistência desses dispositivos legais era vista com
maus olhos pelos filósofos e tal estranheza pode ser
averiguada nos dizeres de Aristóteles sobre os cretenses:
“A dispensa da prestação de contas e a perpetuidade são
prerrogativas muito acima de seus méritos. A falta de leis
que possam servir-lhes de regra para julgar o caráter
arbitrário de seus julgamentos não dá nenhuma segurança
aos réus.”
Os mais famosos legisladores do universo helênico
foram Drácon, Sólon e Péricles, de Atenas, e também
Licurgo, de Esparta. Mas também se pode falar de
Zaleuco (Lócria), Carondas (Catânia), Filolau
(Tebas), Androdamas (Régio), Hipódomo (Mileto) e
Onomácrito (Lócris).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Rodrigo Freitas Palma. História do Direito . Editora
Saraiva. Edição do Kindle. Direito
Ribeiro,Marcus Vinicius. História do Direito .
CreateSpace Independent Publishing Platform.
Edição do Kindle.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Grécia Antiga - Toda Matéria -
https://www.youtube.com/watch?v=H7tY0E7--GY
GRÉCIA ANTIGA - RESUMO DESENHADO -
https://www.youtube.com/watch?v=ijU4-hf7lGE